Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
Princípios que regem a Administração Direta do Constituição da estrutura matricial (art. 22)
Estado (art. 3) - Equipas multidisciplinares
- Princípio da unidade e da eficácia (Poderes - Com base na mobilidade funcional
hierárquicos, poderes de direção, substituição e - Coordenadas por um chefe de equipa (cujo
revogação) estatuto remuneratório é equiparado ao de
- Aproximação dos serviços às populações diretor de serviços ou ao de chefe de divisão)
(desconcentração territorial)
- Desburocratização Constituição das estruturas de missão (art. 28)
- Racionalização dos meios - Estruturas “ad hoc”
- Eficácia na afetação dos recursos públicos - De natureza temporária
- Melhoria quantitativa e qualitativa do serviço - Criadas por Resolução do Conselho de Ministros
prestado - Quando estejam em causa objetivos que não
- Garantia de participação dos cidadãos possam ser prosseguidos pelos serviços existentes
(art. 22)
Lei nº 4/2004, de 15 de Janeiro
Ministérios (art. 4) Cargos dirigentes (art. 23)
- Cada Ministério dispõe de uma lei orgânica - Os dirigentes máximos dos serviços detêm, em
própria regra, cargos de direção superior de 1º grau (ex:
- Na qual são fixadas as respetivas atribuições diretor-geral), sendo coadjuvados por dirigentes
- Em que se identifiquem os serviços que com cargos de direção superior de 2º grau (ex:
integram a administração direta e a administração subdiretor-geral)
indireta [Lei nº 2/2004, de 15 de Janeiro (alterada por
diplomas posteriores) que aprovou o estatuto do
Organização da administração direta do Estado pessoal dirigente dos serviços e organismos da
(art. 11) administração central, regional e local do Estado]
(critério da função dominante)
- Serviços executivos (art. 13 – 14) Órgãos e serviços de Vocação Geral
- Serviços de controlo, auditoria e fiscalização (art. Complementando o estudo da administração
15 – 16) central do Estado
- Serviços de coordenação (art. 17 – 19) - Órgãos consultivos (art. 7 Lei nº 4/2004)
- Conselho Consultivo da PGR
(art. 11º, 4) - Conselho Económico e Social
(critério da competência territorial)
- Serviços centrais - Órgãos de controlo
- Serviços periféricos - Tribunal de contas (art. 214/ 209º, 1, al. c)
- Serviços periféricos de caráter interno CRP)
- Serviços periféricos de caráter externo - Inspeção-Geral de Finanças [Inspeção-Geral
da Administração Local (extinta pelo DL nº 126-
Modelos de organização interna dos serviços A/2011 de Decreto-Lei nº 126-A/2011, de 29/12,
executivos e de controlo e fiscalização (art. 20) sendo as suas atribuições integradas na IGF)]
- Estrutura hierarquizada (Art. 21)
- Estrutura matricial (art.22) - Serviços de gestão administrativa
- Estrutura mista (combina as duas anteriores) - Reforma administrativa
- Estrutura de missão (art. 28) - Organização e pessoal
- Eleições e autarquias locais - Órgãos e serviços locais de institutos públicos e
- Estatísticas e planeamento de associações públicas
- Administração financeira e patrimonial - Órgãos e serviços externos do Estado
- Serviços de informações e relações públicas - Órgãos e serviços externos de institutos públicos
e associações públicas
- Órgãos independentes Administração periférica interna
- Comissão Nacional de Eleições - Órgãos e serviços locais do Estado (=
- Entidade Reguladora para a Comunicação Administração local do Estado)
Social - Órgãos e serviços locais de institutos
públicos e de associações públicas
A Administração Periférica Administração periférica externa
(Administração periférica ou administração local - Órgãos e serviços externo do Estado
do Estado?) - Órgãos e serviços externos de institutos
- Modo de designação das áreas territoriais, públicos e associações públicas
situadas fora da capital do País, em que a O conjunto dos órgãos e serviços locais e
Administração atua externos do Estado designam-se administração
- No centro (em princípio, em Lisboa) – órgãos e periférica do Estado
serviços centrais, com competência territorial
nacional Problemática da transferência de serviços
- Na periferia – órgãos locais (regionais, distritais, periféricos
concelhios ou de freguesias), com competência - Situação normal e corrente: serviços periféricos
territorial limitada estão na dependência dos órgãos próprios da
- Órgãos e serviços sediados no estrangeiro pessoa coletiva a que pertencem (os serviços
(embaixadas, consulados, serviços de turismo, periféricos do Estado são dirigidos por órgão do
núcleos de apoio a serviços de fomento da Estado, os serviços periféricos de um instituto
exportação, etc). público são dirigidos pelos órgãos desse instituto,
etc)
Conceito - Porém: a lei, num propósito de forte
Conjunto de órgãos e serviços das pessoas descentralização, pode atribuir a direção superior
coletivas públicas que dispõem de competência de determinados serviços periféricos a órgãos de
limitada numa determinada área territorial autarquias locais; estas terão então de gerir, não
restrita e funcionam sob a direção dos apenas os seus próprios serviços, mas também os
correspondentes órgãos centrais (art. 11º, 4, al. b; serviços periféricos de outra entidade, entregues
lei nº 4/2004) especialmente à sua administração – ex: Reino
Unido
Características - O caso das regiões autónomas: art. 227, 1, al. o)
- Constituída por um conjunto de órgãos e CRP
serviços (locais ou externos)
- Esses órgãos e serviços pertencem ao Estado (ou Administração local do Estado
a pessoas coletivas públicas de tipo institucional Baseia-se nos seguintes elementos
ou associativo) - A divisão do território
- A competência de tais órgãos é limitada em - Os órgãos locais do Estado
função do território (não abrange nunca a - Os serviços locais do Estado
totalidade do território nacional)
- Os órgãos e serviços da administração periférica Órgãos locais do Estado
funcionam sempre na dependência hierárquica São centros de decisão dispersos pelo território
dos órgãos centrais da pessoa coletiva pública a nacional, mas habilitados por lei a resolver
que pertencem. assuntos administrativos em nome do Estado,
nomeadamente, face a outras entidades públicas
Espécies e aos particulares em geral.
- Órgãos e serviços locais do Estado
Serviços locais do Estado Órgãos locais do Estado
São serviços públicos encarregados de preparar e São órgãos da pessoa coletiva Estado que, na
executar as decisões dos diferentes órgãos locais dependência hierárquica do Governo, exercem
do Estado. uma competência limitada a uma certa
circunscrição administrativa (competência local).
Divisões administrativas básicas da administração
local do Estado Elementos essenciais
(circunscrições administrativas) 1. Órgãos
- Distritos - Órgãos, isto é, podem por lei tomar decisões em
- Concelhos nome do Estado
- Não são meros agentes sem competência
Divisões da administração local autárquica própria
- Freguesias (art. 244 e ss CRP) - São órgãos que podem praticar atos
- Municípios (art. 249 e ss CRP) administrativos, os quais vinculam o Estado como
- Regiões Administrativas (art. 255 e ss e art 291, pessoa coletiva pública
1 CRP)
2. Do Estado (não órgãos autárquicos)
Divisões Administrativas Básicas - Não pertencem à administração local
- Distritos autárquica, mas antes à administração local do
- Concelhos Estado.
- Regiões Autónomas (insulares)
- Regiões Administrativas (continentais) 3. Competência meramente local (delimitada em
- Freguesias razão do território)
- NUTS II/CCDRs - Só podem atuar, em regra, dentro da
circunscrição administrativa a que a sua
NUTS (Nomenclatura das Unidades Territoriais competência respeita.
para Fins Estatísticos) representam as sub-regiões
estatísticas em que se divide o território Magistrados administrativos
português e correspondem a três distintos níveis Órgãos locais do Estado que, nas respetivas
de desagregação territorial circunscrições administrativas desempenham a
- Ao primeiro nível (NUTS I) correspondem três função de representantes do Governo para fins
unidades territoriais – o território do Continente de administração geral e de segurança pública.
e o de cada uma das Regiões Autónomas - Exs. na história administrativa portuguesa:
- O segundo nível (NUTS II) compreende sete governador civil (nível distrital), administrador de
unidades territoriais – cinco regiões no concelho (nível concelhio) e regedor (nível de
Continente mais as duas Regiões Autónomas freguesia)
- Num terceiro nível (NUTS III) encontram-se - V. Art. 262 CRP
outras unidades territoriais, integradas em cada
uma das NUTS II, cada uma das quais resulta da Governador civil
agregação de vários concelhos - Art. 291, 3 CRP
- Magistrado administrativo que representava o
Problemática da harmonização das circunscrições Governo na circunscrição distrital
administrativas - Regime jurídico: Decreto-lei nº 252/92, de 19/11
- O problema da divisão do território em termos (alterado, entre outros, pelo Decreto-Lei nº
de reforma administrativa 213/2001, de 02/08)
- Questão da articulação entre as divisões básicas - O XIX Governo anunciou, ao tomar posse, que
do território (distritos e concelhos) não iria nomear novos governadores civis
- Necessidade de simplificação da divisão - Extinguiu-se, de facto, os governos civis
administrativa do território nacional mediante a aprovação de legislação que transfere
todas as competências destes órgãos para outros
órgãos administrativos (exs: câmaras municipais,
PSP, GNR, Proteção Civil)
- Anunciou-se que, em futura revisão reservada ao Governo a plenitude dos poderes
constitucional, se promoverá a extinção de jure decisórios para todo o território nacional)
dos governadores civis... - Centralização com desconcentração
- Áreas de competência que exercia (continuando a existir apenas a pessoa coletiva
- Representação do Governo pública Estado, as competências decisórias
- Aproximação entre o cidadão e a repartir-se-ão entre o Governo e órgãos
Administração subalternos do Estado)
- Segurança pública - Descentralização com concentração (existindo
- Proteção civil uma multiplicidade de pessoas coletivas públicas,
em cada uma delas haverá apenas um centro
Extinção dos governos civis decisório – o órgão superior de cada uma)
- Lei Orgânica nº 1/2011, de 30/11 (Transfere - Descentralização com desconcentração (à
competências dos governos civis e dos multiplicidade de pessoas coletivas públicas
governadores civis para outras entidades da somar-se-á, dentro de cada uma delas, a
Administração Pública em matérias de reserva de repartição de competência entre órgãos
competência legislativa da Assembleia da superiores e subalternos)
República)
- Decreto-Lei nº 114/2011, de 30/11 (Transfere Vantagens e inconvenientes da desconcentração
competências dos governos civis e dos administrativa
governadores civis para outras entidades da Vantagens
Administração Pública, liquida o património dos - Eficiência de serviços
governos civis e define o regime legal aplicável - Maior rapidez de resposta às solicitações
aos respetivos funcionários). dirigidas à Administração
- Melhor qualidade do serviço – especialização de
Sistemas de organização administrativa funções
- Concentração e desconcentração de poderes
(administração estadual direta – administração Desvantagens
central versus administração periférica) – art. 267, - Multiplicidade dos centros decisórios pode
2 CRP inviabilizar uma atuação harmoniosa, coerente e
- Integração e devolução de poderes concertada da Administração
(Administração estadual indireta – institutos - Redução do âmbito de atividades dos
públicos e empresas públicas) subalternos, gerando a sua desmotivação
- Centralização e descentralização administrativa - Subalternos por vezes menos preparados para
(Autarquias locais e associações públicas) assumir certas responsabilidades pode levar à
- Concentração de competência (ou diminuição da qualidade do serviço
administração concentrada) (Sistema em que o
superior hierárquico mais elevado é o único órgão Espécies de desconcentração
competente para tomar decisões, ficando os - Quanto aos níveis de desconcentração
subalternos limitados às tarefas de preparação e - Desconcentração a nível central (no âmbito
execução das decisões daquele) dos serviços da Administração central)
- Desconcentração de competência (ou - Desconcentração a nível local (no âmbito
administração desconcentrada) (Sistema em que dos serviços da Administração local)
o poder decisório se reparte entre o superior e - Quanto aos graus de desconcentração
um ou vários órgãos subalternos, os quais, - Absoluta (é tão intensa e é levada tão longe
todavia, permanecem, em regra, sujeitos à que os órgãos por ela atingidos se transformam
direção e supervisão daquele). de órgãos subalternos em órgãos independentes
– não há hierarquia)
Combinações (teoricamente) possíveis entre os - Relativa (a desconcentração é menos intensa
conceitos centralização/descentralização e e, embora atribuindo certas competências
concentração/desconcentração próprias a órgãos subalternos, mantém a
- Centralização com concentração (apenas uma subordinação destes aos poderes do superior –
pessoa coletiva pública o Estado – ficando
desconcentração e hierarquia coexistem – em lucrativa, que será gerida por conta e risco do
geral, é o caso português) concessionário, enquanto na delegação de
- Quanto às formas de desconcentração poderes o delegado passa a exercer uma
- Desconcentração originária (decorre competência puramente administrativa
imediatamente da lei, que reparte a competência - Delegação de serviços públicos
entre o superior e os subalternos) - Também tem em vista transferir para
- Desconcentração derivada (carece de entidades particulares, embora sem fins
permissão legal expressa e só se efetiva mediante lucrativos, a gestão global de um serviço público
um ato específico praticado para o efeito pelo de carácter social ou cultural
superior) – Delegação de Poderes - Não é esse o objeto nem o alcance da
delegação de poderes
Delegação de poderes (ou delegação de - Representação
competências) - Os atos que o representante pratica são
Ato pelo qual um órgão da Administração, realizados em nome do representado e os
normalmente competente para decidir em respetivos efeitos jurídicos vão-se produzir na
determinada matéria, permite, de acordo coma esfera jurídica deste
lei, que outro órgão ou agente pratiquem atos - Na delegação de poderes, o delegado exerce
administrativos sobre a mesma matéria – art. 44 e a competência delegada em nome próprio
ss CPA. - Os atos que se praticam ao abrigo da
delegação persistem sempre como atos seus e os
Requisitos respetivos efeitos inserem-se na esfera jurídica da
- Lei de habilitação (lei que preveja, pessoa coletiva pública a que o delegado
expressamente, a faculdade de um órgão delegar pertence
poderes noutro) – art. 111,2 CRP e art. 36 CPA - O delegado não é um representante do
- Existência de um órgão delegante (normalmente delegante, é um órgão da pessoa coletiva de que
competente) e um órgão delegado faz parte
(eventualmente competente) - Substituição
- Prática do ato de delegação propriamente dito. - Quando a lei permite que uma entidade
exerça poderes ou pratique atos que pertencem à
3 PP esfera jurídica própria de uma entidade distinta,
Delegação de poderes – Figuras afins de forma a que as consequências jurídicas do ato
- Transferência legal de competência recaiam na esfera do substituído (caso, por
- Forma de desconcentração originária, que se exemplo, da chamada “tutela substitutiva”),
produz ope legis, enquanto a delegação de quando este não exerce os seus deveres
poderes é uma desconcentração derivada, funcionais
resultante de um ato do delegante (em - Na delegação de poderes, o delegante não
conjugação com a lei) invade a esfera própria do delegado, nem este
- É definitiva, até que uma lei, porventura, invade a competência daquele
disponha em sentido contrário, enquanto a - Art. 43 CPA
delegação de poderes é precária, pois é - Suplência
livremente revogável pelo delegante - Quando o titular de um órgão administrativo
- Concessão não pode exercer o seu cargo, por “ausência, falta
- Em Direito Administrativo, tem de ou impedimento”, ou por vacatura do cargo, a lei
semelhante com a delegação de poderes a manda que as respetivas funções sejam
circunstância de ser um ato transitivo e de asseguradas, transitoriamente, por um suplente
duração em regra limitada - Não é o órgão impedido, ausente ou vago
- Difere dela na medida em que tem por que chama o suplente a desempenhar funções: o
destinatário, em regra, uma entidade privada, ao início destas dá-se automaticamente, ope legis
passo que a delegação de poderes é dada a um - Na suplência há um só órgão, que passa a
órgão ou agente da Administração ter novo titular, ainda que provisório
- A concessão destina-se a entregar a - Art. 42 CPA
empresas o exercício de uma atividade económica
- Delegação da assinatura Administração estadual indireta
- Por vezes a lei permite que certos órgãos da - Institutos públicos
Administração incumbam um funcionário - Empresas públicas
subalterno de assinar a correspondência expedida
em nome daqueles (a fim de os aliviar do excesso
de trabalho não criativo que de outra maneira os
sobrecarregaria)
- Não há delegação de poderes, porquanto
quem toma as decisões é o superior, cabendo ao
subalterno apenas assinar a correspondência
- Delegação tácita
- Por vezes, a lei, depois de definir a
competência de um certo órgão, determina que
essa competência, ou parte dela, se considerará
delegada noutro órgão, se e enquanto o primeiro
nada disser em contrário
Administração Estadual Indireta
Nota: (em sentido material ou objetivo)
- Habilitação Atividade administrativa do Estado realizada,
- Genérica (A lei permite que certos órgãos para a prossecução dos fins deste, por entidades
deleguem, sempre que quiserem, alguns dos seus públicas dotadas de personalidade jurídica
poderes em determinados outros órgãos (art. 44, própria e de autonomia administrativa ou
3 e 4 CPA) administrativa e financeira.
- Específica (Restantes casos)
(em sentido orgânico ou subjetivo)
- Espécies de delegação Conjunto das entidades públicas que
- Ampla (≠total) ou restrita desenvolvem, com personalidade jurídica própria
- Específica (caduca com a prática do ato e autonomia administrativa, ou administrativa e
delegado) ou genérica financeira, uma atividade administrativa
- Hierárquica (mais frequente) ou não destinada à realização de fins do Estado.
hierárquica
- Delegação propriamente dita ou Caracterização: aspetos materiais
subdelegação de poderes (delegação de poderes - Forma de atividade administrativa
delegados) - Realização de fins do Estado
- Transferência de uma atividade do Estado para
- Requisitos do ato de delegação outras entidades públicas (devolução de poderes)
- Conteúdo (art. 47, 1 CPA – especificação de - Essa atividade é exercida, por essas entidades,
poderes/ requisitos de validade – ato inválido) no interesse do Estado, mas em nome próprio
- Publicação (art. 17, 2 CPA/ requisito de (atos praticados, património, pessoal, etc)
eficácia – ato ineficaz) - Sujeição aos poderes de superintendência e de
tutela governamental (art. 199, d CRP)
- Poderes do delegante (art. 49 CPA)
Aspetos orgânicos
- Requisitos dos atos praticados por delegação - Conjunto de entidades públicas distintas do
(art. 48 CPA) Estado (com personalidade jurídica própria)
- A decisão de criação dessas entidades cabe ao
- Extinção da delegação (art. 50 CPA) Estado, nos termos da lei (Lei nº3/2004, de 15/01
– institutos públicos; Decreto-Lei nº133/2013, de
- Regime jurídico da subdelegação (art. 46 CPA) 3 de outubro – entidades públicas empresariais)
- Financiamento total ou parcial por parte do
Estado
- Autonomia administrativa e (em regra) - Serviços personalizados
financeira, em grau variável Institutos (art. 3, 1 e 2 LQIP)
Públicos - Fundações públicas
Espécies de organismos ou entidades que a (espécies) - Estabelecimentos públicos
integrem (ex. universidades)
- Institutos públicos
- Empresas públicas (entidades públicas
empresariais) Lei-Quadro dos institutos públicos (Lei 3/2004, de
15/01 – versão atualizada)
- Objeto
- Âmbito de aplicação
- Tipologia
- Conceito
- Princípios de gestão
- Fins
- Formas de criação
Empresas públicas
Institutos Públicos
Definição:
- Pessoa coletiva pública, de tipo institucional,
criada para assegurar o desempenho de
determinadas funções administrativas de carácter
não empresarial, pertencentes ao Estado ou a O setor empresarial do Estado (SEE) abrange
outra pessoa coletiva pública. - Empresas públicas sob forma privada
(≠fundos e serviços autónomos – administração (sociedades controladas pelo Estado) – art. 5,1
estadual direta; - Empresas públicas sob forma pública –
≠institutos de utilidade pública – pessoa coletivas entidades públicas empresariais (pessoas
privadas). coletivas públicas) – art. 5,2 e art. 56 e ss.
- Empresas privadas participadas pelo Estado (não
Natureza jurídica: são empresas públicas, mas integram igualmente
- Substrato institucional autónomo o SEE) – art. 7
- Diferente do Estado ou dele destacado - A empresa pública como empresa
- Dotado por lei de personalidade jurídica - A empresa pública como entidade sujeita a
controlo público (maioria de capitais públicos ou
direitos especiais de controlo – influência - Centralização e descentralização administrativa
dominante) (autarquias locais e associações públicas)
- Motivos (políticos e económicos; administrativos - Integração de poderes (sistema em que todos os
e financeiros) de criação de empresas públicas interesses públicos a prosseguir pelo Estado, ou
- Domínio de posições-chave na economia pelas pessoas coletivas de população e território,
- Modernização e eficiência da Administração são postos por lei a cargo das próprias pessoas
- Aplicação de uma sanção política coletivas a que pertencem)
- Execução de um programa ideológico - Devolução (transmissão ou transferência, ≠
- Necessidade de um monopólio regresso ou retorno) de poderes (sistema em que
- Outros motivos todos ou alguns interesses públicos do Estado, ou
de pessoas coletivas de população e território,
Espécies de empresas públicas são postos por lei a cargo de pessoas coletivas de
- Quanto à titularidade (estaduais, regionais ou fins singulares)
locais)
- Quanto à natureza jurídica (regra: com Vantagens e inconvenientes da devolução de
personalidade jurídica; exceção: sem poderes
personalidade jurídica – ex; certos serviços Vantagens
autónomos do Estado ou os serviços - Eficiência na gestão
municipalizados) - Descongestionamento da pessoa coletiva
- Quanto à forma (pessoas coletivas públicas ou principal
privadas) - Desburocratização
- Quanto ao objeto (tenham ou não por objeto
um serviço público ou um serviço de interesse Desvantagens
económico geral, art. 48 e art. 55 do Decreto-Lei - Proliferação de centros de decisão autónomos
nº 133/2013, de 3/10). - Menor controlo global a nível financeiro e
patrimonial
Decreto-Lei nº 133/2013, de 3/10 - Desagregação e pulverização do poder
- Objeto - Necessidade de redução, quando excessivo, do
- SPE número de institutos públicos e de empresas
- Empresas públicas públicas
- Influência dominante
- Setores empresariais regionais e locais Devolução de poderes (regime jurídico)
- Formas jurídicas - Efetuada por lei
- Regime jurídico - Os poderes transferidos são exercidos em nome
- Entidades públicas empresariais (art. 56 ss) próprio pela pessoa coletiva pública criada
- No interesse da pessoa coletiva que os transferiu
Empresas públicas locais (Municipais e outras) e sob a orientação dos órgãos desta
Regime jurídico próprio - As pessoas coletivas públicas que recebem
Lei nº 50/2012, de 31/08 (Regime jurídico da devolução de poderes são entes auxiliares ou
atividade empresarial local e das participações instrumentais, ao serviço da pessoa coletiva de
locais) fins múltiplos qua as criou, sendo, por isso,
- Art. 62 ss do DL nº 133/2013 organismos dependentes (≠ organismos
independentes: ex. autarquias locais)
Sistema de organização administrativa - Autonomia administrativa e, frequentemente,
- Concentração e desconcentração de poderes autonomia financeira (≠ autodeterminação)
(administração estadual direta – administração - Sujeição à tutela administrativa (controlo) –
central versus administração periférica) – art. conjunto dos poderes de intervenção de uma
267/2 CRP pessoa coletiva pública (entidade tutelar) na
- Integração e devolução de poderes gestão de outra pessoa coletiva (entidade
(administração estadual indireta – institutos tutelada), a fim de assegurar a legalidade ou o
públicos e empresas públicas) mérito da sua atuação
- Sujeição à superintendência (orientação) – interesses públicos pertencentes a um grupo de
poder conferido ao Estado, ou a outra pessoa pessoas que se organizam para esse fim.
coletiva de fins múltiplos, de definir os objetivos e
guiar a atuação das pessoas coletivas públicas de Espécies:
fins singulares colocadas por lei na sua - Associações públicas de entidades públicas (ex.
dependência (poder mais amplo, mais intenso e comunidades intermunicipais – art. 63 da Lei nº
mais forte do que a tutela administrativa; 75/2013, de 12/09)
diferente também do poder de direções: - Associações públicas de entidades privadas (ex.
administração direta; relação hierárquica; ordens ordens e câmaras profissionais, associações de
ou instruções, dever de obediência) – art. 199, d) regantes, academias científicas, etc) – Lei nº
CRP 2/2013, de 10.01 (regime jurídico das associações
- Sujeição à superintendência, incluindo: públicas profissionais)
- Diretas (orientações genéricas, que definem - Associações públicas de caráter misto (ex.
imperativamente os objetivos a cumprir pelos centros de formação profissional de gestão
seus destinatários, mas que lhes deixam a partilhada).
liberdade de decisão quanto aos meios a utilizar e
às formas a adotar para atingir esses objetivos; ≠ Figuras afins:
ordens – comandos concretos, específicos e - Não são pessoas coletivas de direito público (ou
determinados, que impõem a necessidade de não têm natureza associativa ou nem sequer
adotar imediata e completamente uma certa possuem personalidade jurídica)
conduta) - ANMP, ANAFRE, partidos políticos, igrejas e
- Recomendações (conselhos emitidos sem a outras comunidades religiosas, sindicatos, CVP,
força de qualquer sanção em caso de federações desportivas, IPSS, etc...
incumprimento)
Autarquias locais
Administração autónoma Pessoas coletivas públicas de população e
Prossegue interesse públicos próprios das território, correspondentes aos agregados de
pessoas que a constituem e por isso se dirige a si residentes em diversas circunscrições do
mesma (autoadministração), definindo com território nacional e que asseguram a
independência a orientação das suas atividades, prossecução dos interesses comuns resultantes
sem sujeição a hierarquia ou a superintendência da vizinhança mediante órgãos próprios,
do Governo (apenas sujeita ao poder de tutela – representativos dos respetivos habitantes – art
art. 199, d; art 242). 235, 2 CRP.
Atribuições e competências
- Atribuições (fins ou interesses que a lei incumbe
as pessoas coletivas de prosseguir)
- Competência (conjunto de poderes funcionais
que a lei confere para prossecução das
atribuições das pessoas coletivas públicas – a
competência é delimitada em função da matéria,
da hierarquia, do território e do tempo (em regra,
em relação ao presente)
Serviços públicos
Organizações humanas criadas no seio de
cada pessoa coletiva pública com o fim de
desempenhar as atribuições desta, sob a direção
dos respetivos órgãos – organização horizontal
(entre as pessoas coletivas públicas), territorial e
vertical (ou hierárquica) dos serviços públicos
- Conceito da hierarquia
- Modelo de organização administrativa
vertical, constituída por dois ou mais órgãos e
agentes com atribuições comuns
- Ligados por um vínculo jurídico que confere
ao superior poder de direção e impõe ao
subalterno dever de obediência.