Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
Defina sucintamente:
1. Administração Pública.
Após a seleção dos interesses públicos relevantes, estes são confiados a serviços
próprios do aparelho que dirige a vida da comunidade, sendo os mesmos
responsáveis pela promoção da sua satisfação.
o Interesses secundários.
Os interesses primários são os valores básicos que orientam uma comunidade
politicamente organizada e que são indispensáveis à sua manutenção e
desenvolvimento – falamos aqui do bem público/a salus pública. Como exemplo
temos a Paz, Justiça e Bem-estar. A sua definição é feita pelos órgãos políticos
da comunidade.
Os interesses secundários ou instrumentais consistem na individualização de
interesses que se consideram como um instrumento necessário à prossecução dos
interesses primários.
Os interesses públicos secundários são tarefas públicas cuja realização se atribui
e impõe às entidades públicas por 2 vias:
o Em exclusividade – Por uso legítimo da força, justiça, defesa, segurança
pública, tributação;
3. Subordinação Política
4. Direito Administrativo.
O Direito administrativo é o ramo do Direito Público constituído pelo sistema de
normas jurídicas que regulam a organização e o funcionamento da AP, bem
como as relações por ela estabelecidas com outros sujeitos de Direito no
exercício da atividade administrativa pública.
DIREITO ADMINISTRATIVO
TIPOS DE NORMAS ADMINISTRATIVAS TIPOS DE RELAÇÕES
ADMINISTRATIVAS
NORMAS FUNCIONAIS/PROCEDIMENTAIS:
NORMAS RELACIONAIS:
face à Adm.
O seu principal objetivo foi o de erigir como uma das formas de reação ao
absolutismo real vigente na época do Estado de Polícia. Atualmente este
princípio aparece ligado ao princípio da competência.
6. Função Administrativa.
Mas para que ela se compreenda temos de fazer um confronto entre ela e as
restantes funções públicas: legislativa, política e jurisdicional.
Apesar das dificuldades na distinção que hoje se apresentam – não raros os casos
as esferas de delimitação do que é função administrativa, função política, função
legislativa e função jurisdicional acabam por não ser estanques, já que, por
vezes, a administração utiliza alguns instrumentos de outras esferas que não a
sua.
- “Liberdade constitutiva do
legislado”, desde que respeite o
MARIANA JESUS REIS
DRA. FERNANDA PAULA OLIVEIRA
quadro constitucional
Caráter primário:
DISTINÇÃO ESSENCIAL
MARIANA JESUS REIS
DRA. FERNANDA PAULA OLIVEIRA
INVASÕES DO PODER
ADMINISTRATIVO PELO PODER
LEGISLATIVO --------------------------- ------------------------------
SISTEMAS DA ADMINISTRAÇÃO
SISTEMAS DA ADMINISTRAÇÃO
MARIANA JESUS REIS
DRA. FERNANDA PAULA OLIVEIRA
1 – Organização Administrativa
A organização administrativa é o sistema de órgãos, serviços e agentes do Estado, bem
como das demais pessoas coletivas públicas, que asseguram, em nome da coletividade,
a satisfação regular e contínua de interesses públicos secundários – desempenham, a
título principal, a função administrativa – “máquina administrativa”.
MARIANA JESUS REIS
DRA. FERNANDA PAULA OLIVEIRA
✔ ESTADO;
✔ IP;
MARIANA JESUS REIS
DRA. FERNANDA PAULA OLIVEIRA
✔ EPE;
✔ AL;
✔ RA;
- Os seus dirigentes são nomeados pelo - Independência dos seus órgãos face ao
“ente mãe”; Estado
3 – Órgãos.
As PC são dirigidas por órgãos, os quais tomam decisões em nome da PC ou
manifestam a vontade imputável àquela.
Art.º 20.º CPA – Centros institucionalizados titulares de poderes e deveres para efeitos
da prática de atos jurídicos imputáveis à PC.
São figuras institucionais dotadas de poderes (consultivos, decisórios ou de fiscalização)
capazes de preparar, declarar ou controlar as manifestações de vontade – isto é, os atos
jurídicos – imputáveis ao ente.
TIPOS DE ÓRGÃOS
OUTROS ELEMENTOS:
TÍTULAR OU MEMBRO – Pessoa física que representa o órgão ou qualidade que
exprime a ligação de um indivíduo a um órgão.
INVESTIDURA – Vínculo que liga o titular ao órgão, e que o permite representá-lo.
TRABALHADOR DA AP – Indivíduos com uma relação especial de serviço com os
entes administrativos e que desenvolvem sob a direção dos titulares a atividade dos
serviços. Não têm poderes decisórios, limitando-se a preparar e a executar decisões dos
órgãos.
5 – Competências.
Conjunto de poderes funcionais que a lei confere aos órgãos para a prossecução
das atribuições das PCP – pertence ao órgão – art.º 36.º e ss. CPA.
⮚ Também não pode exercer a sua competência fora das atribuições da PC em que
se integra.
CRITÉRIO DA TITULARIDADE:
o COMPETÊNCIAS PRÓPRIAS - Conferidas diretamente pela lei ao órgão em
causa;
6 – Legitimação
Qualificação específica dos órgãos para exercer a sua competência na situação concreta.
No entanto existem fatores de legitimação.
Podemos qualificar os fatores de legitimação por duas vias:
FATORES POSITIVOS DE LEGITIMAÇÃO: Em determinadas situações, enquanto
tais fatores não se verificarem, o órgão não pode exercer a competência.
FATORES NEGATIVOS DE LEGITIMAÇÃO: Noutras, a competência não pode
ser exercida se esses fatores se verificarem
FATORES DE LEGITIMAÇÃO
FATORES POSITIVOS FATORES NEGATIVOS
INVESTIDURA DO TITULAR DO CASOS DE IMPEDIMENTO
ÓRGÃO
DECURSO DO TEMPO
PS: O fator de legitimação «decurso do tempo» tem tanto uma vertente positiva como
negativa, daí estar em ambas as colunas.
MARIANA JESUS REIS
DRA. FERNANDA PAULA OLIVEIRA
o Autonomia financeira
ADMINISTRAÇÃO INDEPENDENTE
Organismos criados pelo Estado para realizarem tarefas administrativas que lhes
competem (como a Administração Indireta). Está isento de subordinação e controlo por
parte do Estado.
CARACTERÍSTICAS DA TUTELA:
(1) Pressupõe a existência de 2 PCP distintas – PC tutelar e PC tutelada;
⮚ Integrativa;
⮚ Anulatória.
Administração Indireta
Localização (na Administração estadual Administração Indireta (tutela de legalidade e de
ordem/setores direta (serviços (entidades criadas pelo mérito) e Autónoma (tutela
administrativa administrativos do Estado sob Estado, que prosseguem apenas de legalidade)
portuguesa) direção do Governo) interesses estaduais) (interesses próprios de uma
coletividade própria)
Inerente à relação
Lei (expressamente
Fundamento jurídico hierárquica (não tem de ser Lei (expressamente prevista)
prevista)
prevista na lei)
Ordens e instruções;
Diretivas e
Poderes poder disciplinar, Fiscalização
recomendações
revogatório…
DELEGAÇÃO DE PODERES
NOÇÃO: Ato pelo qual um órgão permite que outro órgão exerça uma competência que
continua a ser do primeiro órgão.
A delegação de poderes está prevista no art.44º e seguintes do CPA, onde para além da
delegação de poderes entre órgãos da mesma pessoa coletiva – delegação de
competências -, está prevista a delegação de competências de um órgão de uma
pessoa coletiva para um órgão de uma pessoa coletiva distinta – delegação de
atribuições.
Existem várias teses que se focam em perceber no que consiste o ato de delegação de
poderes.
(1) A lei não proíba essa possibilidade («salvo disposição legal em contrário»);
(2) Delegante tem de autorizar o delegado a subdelegar.
QUANTO AO CONTEÚDO:
QUANTO À PUBLICAÇÃO:
QUANTO AO USO:
Atual CPA -> Este recurso administrativo especial apenas pode ser mobilizado
quando exista expressa previsão legal, o que levanta fortes dúvidas e várias
críticas.
MODELO CONSTITUCIONAL
PRINCÍPIO DA DESCENTRALIZAÇÃO ADMINISTRATIVA
PESSOA COLETIVA
CONCENTRADA DESCONCENTRADA
CLASSIFICAÇÕES DE DESCONCENTRAÇÃO:
MARIANA JESUS REIS
DRA. FERNANDA PAULA OLIVEIRA
EM SUMA:
OBJETIVOS DA PRIVATIZAÇÃO:
- Maior celeridade e flexibilidade;
- Maior eficiência;
- Menor controlo;
- Participação dos privados na Administração;
- Respeito pela vinculação comunitária.
Noção: Procedimentos que passam a ser feitos por entidades privadas. Ex: Projetos
de especialidades no licenciamento de obras.
Assiste-se à substituição do princípio da autoridade pública pelo princípio da
autorresponsabilização dos particulares. Ex: Procedimentos de mera comunicação
prévia.
2. ADMISSIBILIDADE LIMITADA;
Quando estão em causa poderes públicos de autoridade
3. INDELAGABILIDADE, quando:
(1) Poderes constitucionalmente atribuídos a determinados órgãos ou
entidades (Ex: poder de planeamento territorial - art.º 65.º CRP);
(2) Poderes que envolvam a força como meio.
O direito privado visa fixar e proteger as esferas jurídicas dos particulares, criando
barreiras externas ao comportamento de todos os sujeitos jurídicos:
- Qualquer atuação de um sujeito que atente contra um direito de um outro é
um ato ilícito.
PERIGOS INERENTES
Os perigos de uma “fuga para o direito privado” - subtração ao cumprimento de
obrigações legais e contabilísticas estabelecidas pelo direito publico.
REGALIAS:
(1) A Administração não pode perder, de forma absoluta, os seus poderes de
autoridade; (ainda que só os deva usar em casos excecionais)
o RESERVA ORGANICA:
Reserva de lei do Parlamento,
como domínio normativo da
exclusiva competência de um
órgão;
o RESERVA FUNCIONAL:
Reserva de função legislativa,
ou seja, a função legislativa
começa e acaba nas normais
gerais e abstratas elaboradas
pelo Parlamento;
o RESERVA MATERIAL,
JURÍDICA OU DE DIREITO:
Identificação do Direito com a
MARIANA JESUS REIS
DRA. FERNANDA PAULA OLIVEIRA
Matérias que não fossem relativas à propriedade e à liberdade e, se não existisse uma lei
prévia que vinculasse a atuação da Administração, esta podia atuar livremente:
DISCRICIONARIEDADE! - poder discricionário que se apresentava como poder
originário da Administração, não controlável pelos tribunais.
o RESERVA FUNCIONAL:
- SENTIDO
Perde o sentido - grande
POSITIVO/PRECEDÊNCIA
alargamento do âmbito de
DA LEI: Lei (em sentido amplo)
reserva da lei para além da
como pressuposto e fundamento
propriedade e liberdade, o que
de toda a atividade
torna difícil determinar quais as
administrativa.
matérias que exigem uma
regulamentação inicial do
legislador;
Lei não só do Parlamento mas também
do Governo e das normas da UE com
valor legislativo.
o RESERVA MATERIAL,
JURÍDICA OU DE DIREITO:
No tem mais sentido - Direito é
A lei tem de determinar, no muito mais do que a lei;
mínimo:
MARIANA JESUS REIS
DRA. FERNANDA PAULA OLIVEIRA
(2) COMPETÊNCIAS -
órgãos encarregados de
prosseguir esses fins
EM SUMA:
PRINCÍPIO DA JURIDICIDADE
A Administração não está apenas subordinada à lei, mas a todo o bloco juridicamente
relevante:
(1) Princípios jurídicos fundamentais;
(2) Constituição;
(3) Direito Europeu;
(4) Fontes de Direito Internacional;
(5) Princípios gerais da atividade administrativa;
(6) Regulamentos
DISCRICIONARIEDADE
A atividade administrativa pública está condicionada/vinculada pela legislação, não
dispondo de liberdade constitutiva para escolher os fins e competências que prossegue,
sendo estes definidos pelo legislador, sendo um continuum entre vinculação e
discricionariedade.
ATOS VINCULADOS
No entanto há vários casos em que a lei vai mais longe indicando, para além dos fins e
competências, o conteúdo dos atos a praticar pela Administração, isto é, a lei prevê
os meios que a Administração deve usar para atingir o fim público previsto na
norma.
Como tal, há atos vinculados, pelos quais o seu conteúdo e meios se encontra
legisladamente definido, não tendo a Administração qualquer poder de escolha em
relação ao seu conteúdo. Aqui existe apenas uma solução possível - a que resulta
diretamente da lei aplicável. A administração assume uma tarefa executiva.
ATOS DISCRICIONÁRIOS
No entanto, há casos em que a lei se limita a definir o fim/interesse público e os
órgãos competentes para o prosseguir. Aqui o legislador atribui deliberadamente
MARIANA JESUS REIS
DRA. FERNANDA PAULA OLIVEIRA
- Há um espaço de avaliação e
decisão onde a Administração
determina os meios mais
adequados.
DISCRICIONARIEDADE
- Ideia de escolha (deixada pela lei), de acordo com parâmetros/critérios
(discricionariedade não é arbítrio), estando sujeita a um controlo que, em todo
o caso, não pode subsituir o juízo/escolha feito pela Administração
(proibição de uma dupla administração.
MARIANA JESUS REIS
DRA. FERNANDA PAULA OLIVEIRA
(3) PROIBIDO
NORMAS DETERMINADAS
Uma norma condicional terá uma estrutura determinada se, à hipótese legal, se fizer
corresponder uma só solução (Se x, DEVE y), isto é, se a verificação concreta de
um determinado pressuposto, se segue uma determinada consequência jurídica.
Neste caso, se se verificar a previsão legal, é dada à Administração uma única solução,
que é aquela que terá de ser adotada na situação concreta - é um ato vinculado.
NORMAS INDETERMINADAS
Exemplos:
- Conceitos de valor no âmbito de juízos sobre aptidões pessoais ou de
avaliações técnicas (ex: jurista de reconhecido de mérito, filme de
qualidade, aptidão agrícola);
POSIÇÃO DE COIMBRA
Conceito unitário e amplo de discricionariedade como espaço de decisão da
responsabilidade da Administração, decorrente de uma indeterminação
legal.
Este conceito deve abranger os efeitos, bem como as condições da decisão,
incluindo a identificação do interesse público, quando a lei não define, de
modo preciso, as circunstâncias de facto que o relevam.
MARIANA JESUS REIS
DRA. FERNANDA PAULA OLIVEIRA
EM SUMA:
Tendo em conta a concepção ampla ou unitária do poder discricionário, a
resposta é que ela resulta das situações de abertura ou indeterminação das
normas, quer ela se encontre
- No lado da estatuição da norma, formulada como preceito de possibilidade ou
como faculdade de acção;
- Quer no lado da hipótese, através da utilização de conceitos indeterminados;
- Quer ainda de normas jurídicas que misturam técnicas (normas acopladas);
MARIANA JESUS REIS
DRA. FERNANDA PAULA OLIVEIRA
CONTROLO JUDICIAL
O exercício de poderes discricionários é suscetível de fiscalização pelo juiz.
Os tribunais julgam do cumprimento pela Administração das normas e
princípios jurídicos que a vinculam e não da conveniência ou oportunidade
da sua atuação.
Cabendo à Administração a autoria dos atos e a responsabilidade pelos mesmos
e aos tribunais o controlo da compatibilidade entre a atuação administrativa e as
normas legais e os princípios jurídicos.
O tribunal controla apenas a juridicidade, sendo que este não se substitui à
administração.