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IRRF – Imposto de renda retido na fonte

APRESENTAÇÃO

A regulamentação do imposto de renda é disciplinada pelo Decreto no 3.000/99, pela Lei no


9.430/96 e pela Lei Complementar no 123/2006. O imposto é calculado mediante uma alíquota
aplicada sobre uma base. O imposto é apurado para pessoas física e jurídica em relação a um
período fiscal, obedecendo ao regime de competência.

Nesta Unidade de Aprendizagem você vai estudar os critérios usados para chegar na base de
cálculo para a apuração do tributo e a responsabilidade das empresas sobre o imposto.

Bons estudos.

Ao final desta Unidade de Aprendizagem, você deve apresentar os seguintes aprendizados:

• Identificar a aplicação da alíquota para pessoas física e jurídica através da aplicação do


percentual determinado sobre a renda para o governo.
• Reconhecer os contribuintes do imposto de renda.
• Analisar a obrigação que corresponde à fonte pagadora.

DESAFIO

A empresa Clima Bom Ltda. contratou um serviço referente a treinamento e desenvolvimento


para seus colaboradores da empresa, e o profissional Arnaldo receberia por isso o valor bruto de
R$ 8.000,00, pago mediante Recibo de Pagamento Autônomo (RPA).
Considere que a legislação do município em que a empresa contratante está localizado, e
também no qual Arnaldo é domiciliado, não prevê a obrigação de retenção do Imposto sobre
serviços (ISS), sobre serviços de treinamento prestados por contribuintes inscritos na Secretaria
da Fazenda do Município, como é o caso de Arnaldo.

A partir dos dados informados, você como responsável pela área de pagamentos da empresa
deve elaborar o recibo de RPA para pagamento do trabalhador autônomo, apresentando a faixa
em que se enquadra o IRRF em relação à alíquota, o valor da parcela a deduzir, o IRRF a
recolher e o valor líquido a receber por Arnaldo.

INFOGRÁFICO

A base para a existência de um tributo é a existência do fator gerador, que em outras palavras é
ação que reflete a ocorrência do imposto ser devido pelo contribuinte.

O Infográfico a seguir apresenta a abrangência do Imposto de Renda na Fonte e o processo


necessário para a dedução do imposto devido.

CONTEÚDO DO LIVRO

O planejamento tributário contempla identificar o processo de elisão fiscal, que é verificar o


correto fato gerador do tributo e sua aplicação no negócio da empresa. Desta forma a empresa
irá planejar adequadamente os compromissos tributários e um dos principais tributos que
contribuem para este planejamento é o IRRF.

No capítulo IRRF – Imposto de renda retido na fonte você irá aprender sobre os aspectos da
base do recolhimento do tributo, os fatos geradores que estão incidentes ao imposto e os prazos
para o recolhimento do imposto devido.

Boa leitura.
CONTABILIDADE
AVANÇADA

Aline Alves
Imposto de Renda Retido na
Fonte (IRFF)
Objetivos de aprendizagem
Ao final deste texto, você deve apresentar os seguintes aprendizados:
„ Identificar a aplicação da alíquota para a pessoa física e a pessoa
jurídica por meio da aplicação do percentual determinado sobre
a renda para o Governo.
„ Reconhecer os contribuintes do imposto de renda.
„ Analisar a obrigação que corresponde à fonte pagadora.

Introdução
A regulamentação do imposto de renda é disciplinada pelo Decreto
3.000/99, pela Lei 9.430/96 e pela Lei Complementar 123/2006.
O imposto é calculado por meio de uma alíquota aplicada sobre
uma base. Aqui, você vai compreender que o imposto é apurado para
pessoa física e pessoa jurídica em relação a um período, obedecendo
ao regime de competência.
Neste texto, você também vai entender os critérios usados na ela-
boração da base de cálculo para a apuração do tributo. Além disso,
vai compreender a responsabilidade das empresas sobre o imposto.

Compromisso de terceiros
O imposto sobre a renda é um tributo federal de competência da União. A
cobrança desse imposto é antiga. Inicialmente, ela seguia um modelo francês
que era considerado justo. Porém, na década de 1970, houve a alteração desse
modelo, com o objetivo de aumentar a arrecadação.
2 Contabilidade avançada

No Brasil, anualmente surgem novas normas relativas ao imposto de renda. Isso resulta
no melhor atendimento em relação às políticas econômicas em vigor. O objetivo é
aumentar a arrecadação e reduzir o déficit fiscal. O imposto de renda visa a, além de
elevar a arrecadação, alcançar a capacidade contributiva na busca pela justiça fiscal.

A fiscalização dos tributos ocorre por meio do órgão responsável, a Se-


cretaria da Receita Federal. Mas, mesmo com controle rigoroso, você deve
observar que o volume de sonegação fiscal por meio dos recolhimentos do
imposto sobre a renda é significativo. Nesse sentido, as pessoas jurídicas se
destacam, pois muitas empresas descumprem a obrigatoriedade em relação ao
pagamento do imposto.
Com isso, somente a classe assalariada assume esse compromisso com o
relativo tributo.
Uma particularidade é o fato de que o recolhimento do imposto é obri-
gação da própria fonte pagadora. Ela deve calculá-lo e recolhê-lo.
A incidência do imposto na fonte abrange:

„ Os rendimentos do trabalho assalariado mediante pagamentos reali-


zados por pessoas físicas ou jurídicas;
„ A renda resultante do trabalho não assalariado mediante pagamento
realizado por pessoas jurídicas;
„ Rendimentos de aluguéis e royalties pagos por pessoa jurídica;
„ Rendimentos conforme pagamento de serviços prestados entre pessoas
jurídicas. Por exemplo: os que possuem natureza profissional, ou seja,
serviços de corretagem, propaganda e publicidade.

A tributação do Imposto de Renda na Fonte reflete nas pessoas jurídicas


e pessoas físicas. Você deve estar ciente de que a incidência ocorre também
sobre os rendimentos pagos, creditados, empregados, entregues ou remetidos
a pessoas jurídicas domiciliadas no exterior. Isso ocorre por meio de fontes
pagadoras localizadas no Brasil. As alíquotas aplicadas sobre os rendimentos
são variáveis de acordo com a natureza jurídica dos rendimentos, em relação
ao país em que a beneficiária reside e ao regime fiscal ao qual é submetida a
pessoa jurídica domiciliada no exterior.
Imposto de Renda Retido na Fonte (IRFF) 3

Imposto de Renda na Fonte – Pessoa Física: a renda resultante de salário


pago por pessoa física ou jurídica para uma pessoa física fica submetida à in-
cidência do imposto na fonte. Na incidência também devem ser considerados
os demais rendimentos pagos por pessoa jurídica a pessoa física. A obrigato-
riedade no recolhimento do imposto pertence à fonte pagadora.
Imposto de Renda na Fonte – Pessoa Jurídica: até 03/07/94, os valores
eram submetidos ao imposto de renda na fonte, realizando o recolhimento do
imposto com alíquota de 3%. A partir de 04/07/94, houve alteração da legis-
lação. A alteração determinou que a alíquota passaria a corresponder a 1,5%
em relação aos valores pagos ou creditados pelas pessoas jurídicas a outras
pessoas jurídicas, civis ou mercantis. Esse valor corresponde à prestação de
serviços realizados, caracterizando natureza profissional.
A IN 23-86 demonstra os tipos de serviços de natureza profissional que estão
sujeitos ao recolhimento do imposto. A lista foi adicionada ao regulamento atua-
lizado do imposto de renda, artigo 647 do Decreto 3.000 de março de 1999.

Art. 647. Estão sujeitas à incidência do imposto na fonte, à alíquo-


ta de um e meio por cento, as importâncias pagas ou creditadas
por pessoas jurídicas a outras pessoas jurídicas, civis ou mercan-
tis, pela prestação de serviços caracterizadamente de natureza
profissional (Decreto-Lei nº 2.030, de 9 de junho de 1983, art. 2º,
Decreto-Lei nº 2.065, de 1983, art. 1º, inciso III, Lei nº 7.450, de 1985,
art. 52, e Lei nº 9.064, de 1995, art. 6º).
§ 1º Compreendem-se nas disposições deste artigo os serviços a
seguir indicados:
1. administração de bens ou negócios em geral (exceto consór-
cios ou fundos mútuos para aquisição de bens);
2. advocacia;
3. análise clínica laboratorial;
4. análises técnicas;
5. arquitetura;
6. assessoria e consultoria técnica (exceto o serviço de assistência
técnica prestado a terceiros e concernente a ramo de indústria
ou comércio explorado pelo prestador do serviço);
7. assistência social;
8. auditoria;
9. avaliação e perícia;
4 Contabilidade avançada

10. biologia e biomedicina;


11. cálculo em geral;
12. consultoria;
13. contabilidade;
14. desenho técnico;
15. economia;
16. elaboração de projetos;
17. engenharia (exceto construção de estradas, pontes, prédios e
obras assemelhadas);
18. ensino e treinamento;
19. estatística;
20. fisioterapia;
21. fonoaudiologia;
22. geologia;
23. leilão;
24. medicina (exceto a prestada por ambulatório, banco de san-
gue, casa de saúde, casa de recuperação ou repouso sob orienta-
ção médica, hospital e pronto-socorro);
25. nutricionismo e dietética;
26. odontologia;
27. organização de feiras de amostras, congressos, seminários,
simpósios e congêneres;
28. pesquisa em geral;
29. planejamento;
30. programação; (grifou-se)
31. prótese;
32. psicologia e psicanálise;
33. química;
34. radiologia e radioterapia;
35. relações públicas;
36. serviço de despachante;
37. terapêutica ocupacional;
38. tradução ou interpretação comercial;
39. urbanismo;
40. veterinária.
Imposto de Renda Retido na Fonte (IRFF) 5

Qualquer um dos serviços apresentados no ato normativo, quando pres-


tado por pessoas jurídicas a outras pessoas jurídicas, está enquadrado na in-
cidência do imposto. Nesse sentido, é considerada irrelevante a natureza jurí-
dica civil ou comercial e também a posição econômica da empresa prestadora
de serviços.

Imposto de Renda na Fonte – fato gerador


O fato gerador do recolhimento do Imposto de Renda na Fonte, incidente
sobre os rendimentos pagos pelas pessoas jurídicas a outras pessoas jurídicas,
está submetido à retenção. Os códigos que representam o recolhimento do
Imposto de Renda da Pessoa Jurídica (IRPJ) são utilizados de acordo com a
natureza do bem ou serviço prestado.
Você precisa saber que o prazo para o recolhimento é estabelecido pela
Lei 11.933/09 e foi modificado por ela. Esse prazo deixou de ser o último dia
útil do primeiro decêndio do mês seguinte ao do fato gerador e passou a ser
o último dia útil do segundo decêndio do mês seguinte ao do fato gerador. A
modificação contempla todas as situações que envolvem o imposto de renda
na fonte e que possuem o período de apuração mensal. Ela é aplicada desde
outubro de 2008 e envolve:

„ Trabalhadores assalariados;
„ Trabalhadores sem vínculo empregatício;
„ Serviços prestados por pessoa jurídica (considerando também as coo-
perativas, as comissões e corretagens pagas a pessoas físicas e pessoas
jurídicas, além de pagamento de aluguel à pessoa física).

O fato gerador ocorre por meio de alguns critérios. Por exemplo: uma venda realizada
no mês de maio com pagamento a prazo para o mês de junho deve ser considerada
como receita de maio. Ou seja, pela aquisição da disponibilidade jurídica, você não
pode considerar o mês de junho somente pelo fato de ter recebido nele todo o valor
referente à venda. Nesse caso, você deve considerar o regime de competência.
6 Contabilidade avançada

De acordo com o CTN, inciso I do artigo 43, a renda é definida como produto de capital,
rendimento resultante do trabalho ou da combinação dos dois.

Entre os produtos de capital, você pode considerar os aluguéis, os juros, os


dividendos, entre outros. Já o rendimento oriundo de trabalho pode compre-
ender o salário para trabalhadores com vínculo empregatício, os vencimentos
para os funcionários públicos, pró-labore para os sócios, honorários para os
profissionais, entre outros.
A harmonização da aplicação de capital com o trabalho é considerada
a principal característica da atividade empresarial. Isso ocorre mesmo com
as atividades que não são consideradas vínculos empregatícios. A razão é
que, quando são bem administradas, elas geram bom resultado econômico.
Os proventos resultam nos acréscimos patrimoniais que não são oriundos da
aplicação de capital, do trabalho ou da harmonização dos dois.
Por definição legal, o fato gerador é um fato periódico. Ele não resulta de
uma única atividade em determinada data. Ou seja, é desenvolvido dentro
do período de apuração, sendo trimestral como regra geral. Dessa forma, o
lucro será conhecido somente no término do período de apuração. Você deve
saber que poderão ocorrer lucros e prejuízos durante o período da apuração
trimestral. Nesse caso, o resultado será representado pela soma dos resultados
mensais.
A partir da Lei 9.430/96, a apuração do imposto passou a ser trimestral e
resultou na alteração da base de cálculo. Esta passou a ser apurada somente
no término do período.
Base de cálculo: o artigo 44 do CTN define que a base para o cálculo do
imposto de renda na fonte é o total dos rendimentos ou dos proventos tributá-
veis do real, arbitrado ou presumido. Já para a pessoa física, o recolhimento
do imposto ocorre pela soma do rendimento anual, deduzidos das deduções
previstas na lei, como dependentes, despesas com assistência médica, edu-
cação, entre outras. O recolhimento mensal do imposto corresponde à anteci-
pação do valor devido calculado na declaração anual de ajuste.
Como você deve ter percebido, o fato gerador é bastante complexo. Ele
pode ser elaborado a partir de vários fatos econômicos, sendo eles positivos
ou negativos, o que resulta na base para o tributo.
Imposto de Renda Retido na Fonte (IRFF) 7

Retenção do imposto de renda


O recolhimento do imposto deve obedecer ao regime de competência por oca-
sião de cada pagamento. Na existência de mais de um pagamento realizado
pela mesma fonte pagadora, a alíquota deve ser aplicada sobre o montante de
pagamentos realizados à pessoa física. Isso compensa o imposto retido no
mês vigente.
A tributação baseada no imposto de renda na fonte é bastante abrangente.
Por consequência, serão abordadas as situações mais usuais, assim você vai
entender de forma mais clara.
Trabalhadores portuários avulsos: a responsabilidade pelo recolhi-
mento do imposto de renda devido dos trabalhadores portuários avulsos cabe
ao órgão gestor de mão de obra do trabalho portuário. O cálculo para apu-
ração do imposto deve considerar a tabela progressiva mensal aplicada sobre
todo o rendimento pago ao trabalhador. Você deve desprezar a quantidade de
empresas para as quais o trabalhador prestou serviços. O órgão gestor de mão
de obra é responsável por conceder ao trabalhador o comprovante de recolhi-
mento e pagamento do imposto de renda na fonte. Os referidos rendimentos
do comprovante devem ser apresentados na Declaração do Imposto de Renda
Retido na Fonte (DIRF).
Adiantamentos de rendimentos: rendimentos pagos de forma integral no
mesmo mês não resultam na incidência do imposto em relação aos adianta-
mentos. Na possibilidade de os rendimentos não serem pagos no mesmo mês,
o adiantamento deverá ser submetido ao devido recolhimento. Você deve en-
tender todo valor concedido à pessoa física como adiantamento. Isso quando
não existir expectativa em relação à cobrança de encargos financeiros, prazos
estipulados para pagamentos e métodos, mesmo que estes sejam empréstimos.
Serviço de transporte: o imposto em relação ao pagamento da pessoa
jurídica à pessoa física sem vínculo empregatício será recolhido da seguinte
forma:

„ 40% sobre o valor do rendimento bruto resultante do transporte de


cargas;
„ 60% sobre o valor do rendimento bruto oriundo do transporte de pas-
sageiros.
8 Contabilidade avançada

Aluguel de imóveis: a tributação aplicada ao aluguel pago pela pessoa


jurídica à pessoa física é a mesma incidente sobre os rendimentos do trabalho.
No aluguel, não compõem a base de cálculo:

„ Impostos, taxas e emolumentos que incidem sobre os bens que pro-


duzem os rendimentos;
„ Pagamento de aluguel por imóvel sublocado;
„ Valor referente às despesas para cobrança ou recebimento dos rendi-
mentos;
„ Despesas de condomínio.

Serviços de vigilância, limpeza, conservação e locação de mão de obra:


também estão submetidos à retenção na fonte, mediante a alíquota de 1% em
conformidade com o artigo 649 do RIR-99. Você deve observar que, nesse
tipo de serviço, o tributo existe para bens imóveis (IN 34-89 e ADN 02-90).
Propaganda e publicidade: a partir de 04/07/94, sofreu alterações e
passou à alíquota de 1,5% sobre os valores pagos ou creditados pela pessoa ju-
rídica. Para essa base de cálculo, você deve excluir os valores pagos de forma
direta ou repassados para as empresas de rádio, televisão, cinema, jornais,
revistas e outdoors, assim como os descontos referentes a pagamentos con-
cedidos antecipadamente. Isso está em conformidade com o artigo 651 do
RIR-99.
Serviço de cooperativas de trabalho, associações de profissionais ou
assemelhadas: estão sujeitos à incidência de recolhimento de 1,5% aos va-
lores pagos ou creditados por pessoa jurídica para esses tipos de serviços. O
imposto retido pela empresa tomadora desses serviços poderá ser compen-
sado pela prestadora. Porém, para que essa compensação ocorra é necessária
a apresentação do Pedido Eletrônico de Restituição, Ressarcimento ou Reem-
bolso e Declaração de Compensação (PER/DCOMP), de acordo com a Lei
8.981/1995, artigo 64.

Empresa pagadora
Você deve considerar como fonte pagadora a pessoa física ou jurídica que re-
alizar pagamentos de rendimentos. O recolhimento devido da pessoa jurídica
e a apresentação das informações na DIRF são realizados por meio da razão
social e da identificação do Cadastro Nacional da Pessoa Jurídica (CNPJ) da
matriz da empresa.
Imposto de Renda Retido na Fonte (IRFF) 9

Os pagamentos de rendimentos à mesma pessoa física, no mesmo mês, por matriz ou


por mais de uma filial, resulta na retenção do Imposto de Renda na Fonte. Isso é feito
por meio de um cálculo com base no montante pago no mês.

Exercício social não pode ser entendido como ano civil. Ou seja, o período não pode
iniciar no mês de julho e encerrar no mês de junho.

A DIRF corresponde à declaração realizada pela fonte pagadora com o


objetivo de informar à Secretaria da Receita Federal do Brasil:

„ Os rendimentos pagos a pessoas físicas residentes no país;


„ O valor do imposto calculado sobre a renda e as contribuições retidas
na fonte, em relação aos rendimentos pagos ou creditados para a pessoa
física;
„ O pagamento, o crédito ou a remessa a residentes ou domiciliados no
exterior;
„ Os valores correspondentes a pagamentos de plano de assistência à
saúde – coletivo empresarial.

A lei que regulamenta o imposto de renda determinou, a partir do Decreto-


-lei 1.371/74, que as organizações precisam evidenciar a declaração anual cor-
respondente ao ano-calendário composto de 12 meses corridos. Para isso, elas
devem considerar o prazo de 1º de janeiro a 31 de dezembro. A Lei das Socie-
dades por Ações define que o exercício social é compreendido pelo período
de um ano. No encerramento do período, as organizações devem evidenciar
as demonstrações financeiras.
A empresa responsável pelos recolhimentos do tributo deverá demonstrar
toda informação referente ao Imposto de Renda na Fonte na Declaração de
Débitos e Créditos Tributários Federais (DCTF).
10 Contabilidade avançada

Leituras recomendadas

BRASIL. IRRF – Imposto sobre a renda retida na fonte. Brasília, DF: 2015. Disponível em:
<http://idg.receita.fazenda.gov.br/acesso-rapido/tributos/IRRF>. Acesso em: 11 ago.
2016.

BRASIL. Decreto nº 3.000, de 26 de março de 1999. Regulamenta a tributação, fiscaliza-


ção, arrecadação e administração do Imposto sobre a Renda e proventos de qualquer
natureza. Brasília, DF, 1999. Disponível em: < http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/de-
creto/d3000.htm>. Acesso em: 16 set. 2016.

BRASIL. Imposto sobre a renda retido na fonte – IRRF. Brasília, DF: 2014. Disponível em:
<http://www.receita.fazenda.gov.br/publico/Legislacao/SolucoesConsultaCosit/2014/
SCCosit2882014.pdf>. Acesso em: 12 ago. 2016.

FABRETTI, L. C. Contabilidade tributária e societária para advogados. 2. ed. São Paulo:


Atlas, 2008.

OLIVEIRA, L. M. et al. Manual de contabilidade tributária: textos e testes com as respos-


tas.10. ed. São Paulo: Atlas, 2011.

PINTO, J. R. D. Imposto de renda, contribuições administradas pela Secretaria da Receita


Federal e sistema simples. 21. ed. Brasília: CFC, 2013.

IUDÍCIBUS, S. Contabilidade comercial: atualizado conforme lei nº 11.638/07 e lei nº


11.941/09. 9. ed. São Paulo: Atlas, 2010.
DICA DO PROFESSOR

Saber a diferença entre obrigação principal e obrigação acessória vai além de simplesmente
conhecer o conceito. Apesar da obrigação principal relacionar-se com o tributo em si, desde o
seu fato gerador até o recolhimento aos cofres do tesouro, enquanto que a obrigação acessória
trata de formulários e documentos relacionados à ocorrência do fato gerador. Ambas as
obrigações trazem penas e consequências na hipótese de não serem cumpridas.

Na Dica do Professor você irá compreender sobre o fato gerador, os prazos de recolhimento e a
aplicação do Imposto de Renda na Fonte, além das obrigações.

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EXERCÍCIOS

1) Em relação à incidência do Imposto de Renda na Fonte, aponte a alternativa


CORRETA.

A) A incidência do Imposto de Renda na Fonte abrange rendimentos, e está sujeita também a


renda através do recebimento dos valores com relação aos serviços prestados entre pessoas
jurídicas, por exemplo, serviços de corretagem, propaganda e publicidade.

B) As alíquotas são fixas e aplicadas sobre os rendimentos, independentemente dos serviços.

C) Estão submetidos ao recolhimento do imposto os rendimentos referentes aos trabalhos


assalariados conforme pagamento exclusivo de pessoas jurídicas.

D) Em relação ao Imposto de Renda na Fonte da pessoa física, o recolhimento do tributo é de


responsabilidade do próprio beneficiário.

E) Fica sujeita à incidência do imposto a renda resultante do salário pago através de pessoa
física ou jurídica para outra pessoa física.
2) É necessário o entendimento de que o fato gerador ocorre de acordo com alguns
critérios estabelecidos. Aponte a opção CORRETA em relação às alternativas
apresentadas sobre o Imposto de Renda na Fonte.

A) Os códigos utilizados para o recolhimento do Imposto de Renda da Pessoa Jurídica são


usados de acordo com a natureza do bem ou serviço prestado.

B) O prazo determinado para o recolhimento do imposto é estabelecido pela Lei no


11.941/11.

C) Conforme a legislação, o prazo de retenção (que antes era no último dia útil do primeiro
decêndio do mês seguinte ao fato gerador) passou a ser o segundo dia útil do segundo
decêndio do mês seguinte ao fato gerador.

D) A alteração em relação aos prazos do recolhimento do imposto refletiu apenas para o IR na


fonte dos trabalhadores sem vínculo empregatício.

E) A IN 23-89 evidencia os tipos de serviços de natureza profissional sujeitos ao


recolhimento do imposto.

3) Marque a afirmativa CORRETA em concordância com o recolhimento do Imposto


de Renda.

A) O recolhimento do Imposto de Renda na Fonte deve obedecer o regime de oportunidade.

B) A tributação com base no Imposto de Renda na Fonte é pouco abrangente,


independentemente do tipo de contribuinte.

C) O serviço de trabalhadores portuários avulsos não sofre retenção do imposto.

D) O cálculo para apuração do imposto deve ter como base a tabela progressiva mensal
aplicada sobre o rendimento pago ao trabalhador, independentemente da quantidade de
empresas para as quais ele tenha prestado serviço.

E) Os valores pagos integralmente dentro do mesmo mês resultam na incidência do imposto


em relação aos adiantamentos, quando pagos no mesmo mês.

4) Em relação à fonte pagadora do Imposto de Renda na Fonte, considere a alternativa


CORRETA.

A) A fonte pagadora corresponde à pessoa física ou jurídica que realizar pagamentos de


rendimentos.

B) É de responsabilidade da fonte pagadora a apresentação referente as informações do


Imposto de Renda na Fonte através da DINF.

C) Um dos objetivos da apresentação da declaração pela fonte pagadora é repassar as


informações para o Conselho Regional de Contabilidade.

D) A lei que regulamenta o Imposto de Renda definiu com o Decreto-lei no 1.361/79 que as
empresas devem demonstrar a declaração anual de acordo com o ano-calendário que
corresponde a 12 meses, de janeiro a dezembro.

E) A Lei das Sociedades por Ações define que, ao final do exercício social, a organização
deve apresentar as demonstrações das receitas e das despesas.

5) Com relação aos serviços incidentes ao Imposto de Renda na Fonte, indique a


alternativa CORRETA.

A) No serviço de transporte, o recolhimento é feito de duas formas, ou seja, 30% e 40% sobre
os rendimentos brutos resultantes do transporte de cargas e de passageiros.
B) Na composição da base de cálculo para aluguel de imóveis, devemos considerar impostos,
taxas e emolumentos que incidem sobre os bens de produção dos rendimentos.

C) Serviços de vigilância, limpeza, conservação e locação de mão de obra são regulamentado


pelo art. 699 do RIR-99.

D) Os recolhimentos realizados para os serviços de publicidade e propaganda poderão ser


compensados mediante apresentação da PERD/COMP.

E) A tributação aplicada ao aluguel pago pela pessoa jurídica à pessoa física é a mesma
incidente sobre os rendimentos do trabalho.

NA PRÁTICA

Compreender o regime de caixa e o regime de competência auxilia na tomada de decisão, pois o


regime de caixa identifica as entradas e saídas de caixa e o regime de competência identifica as
ações que ocorreram na empresa através das datas registradas nos documentos fiscais.

Na Prática você vai conhecer um exemplo de uma empresa de serviços contábeis que busca
colocar em prática este conhecimento.
SAIBA +

Para ampliar o seu conhecimento a respeito desse assunto, veja abaixo as sugestões do
professor:

Como calcular o Imposto de Renda Retido na Fonte?

Sempre que uma empresa efetua pagamentos à pessoas físicas, deve efetuar os cálculos para a
retenção de imposto de renda na fonte (IRRF). Saiba como fazê-los.

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Imposto de Renda 2022: Confira o passo a passo para fazer a declaração

O vídeo apresenta a forma como se deve declarar o IR para a Receita Federal.

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DIRF 2022 passo a passo - rendimentos do trabalho assalariado como preencher

IRRF Imposto de Renda Retido na Fonte - Salário e adiantamento.

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Portal da Receita Federal

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