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ESPELHO DE CORREÇÃO
DIREITO
CONSTITUCIONAL
Seção 6
DIREITO CONSTITUCIONAL
Na prática!
LEMBREMOS O CASO.
Vamos nos lembrar do que aconteceu no nosso último encontro e partir para o grande
final?
O CASO.
Este ano, uma atitude do prefeito de sua cidade o deixou absolutamente revoltado.
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terceiro da cidade, e o fez sem qualquer licitação, contratando de forma direta a
Empreiteira e Construtora Funeral, de propriedade de seu irmão Luiz Copa.
A obra teve o valor orçado em R$ 2,5 milhões e consumiu boa parte dos recursos que
haviam sido recebidos pelo município para a abertura de vagas hospitalares para o
tratamento de doentes com a COVID-19.
No papel do advogado Benjamim você ingressou com uma Ação Popular na Comarca
de Taubaté, requerendo a anulação da medida realizada pelo prefeito e a devolução
de eventuais recursos públicos indevidamente recebidos pela Empreiteira e
Construtora Funeral, de propriedade de seu irmão Luiz Copa.
A ação foi recebida pelo juiz de primeiro grau que mandou citar todos os réus, a
Prefeitura de Quiririm do Sul, o Prefeito Salame e a Empreiteira e Construtora Funeral.
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Benjamim, respondendo de forma solidária o prefeito Salame e a Empreiteira e
Construtora Funeral.
Ocorre que nenhum dos dois pagaram, o prefeito não tinha nenhum bem e nem
mesmo valores depositados em conta corrente seu nome. A Empreiteira Funeral
durante o processo, passou todos os seus bens de forma irregular para os sócios e,
logo após encerrou as suas atividades, pedindo a sua extinção de forma irregular.
Em pesquisa perante a junta comercial foi descoberto que a Empreiteira tinha como
sócio majoritário Luiz Copa e sócio minoritário o prefeito Salame, seu irmão.
Em uma análise documental foi comprovado que todo o dinheiro da empresa foi
transferido para Luiz, que possui um rico patrimônio com dezenas de imóveis e
dinheiros em contas correntes e investimentos.
Ocorre que Luiz Copa não foi parte no processo, apenas a Pessoa Jurídica
Empreiteira e Construtora Funeral.
Diante de tal quadro, qual a providência jurídica que deverá ser realizada pelo Dr.
Benjamim para a obtenção do dinheiro desviado do município de Quiririm do Sul?
Questão de ordem!
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BENJAMIM, já qualificado nos presentes autos, advogando em nome próprio os
direitos metaindividuais discutidos nesta Ação Popular, vem à presença de Vossa
Excelência, apresentar o presente:
Com a citação pessoal do seu sócio majoritário LUIZ COPA, (qualificação completa do réu
com endereço para a realização da citação) para na forma do Art. 135 do CPC manifestar-
se e requerer as provas cabíveis no prazo de 15 (quinze) dias.
DO CABIMENTO DO INCIDENTE
Foi proposta a presente Ação Popular para o desfazimento dos atos lesivos narrados
na inicial com a consequente devolução dos valores pagos pelo Município de Quiririm do Sul
aos réus prefeito Salame e a Empreiteira e Construtora Funeral.
Ocorre que de forma absolutamente anormal, nenhum dos dois nada pagaram, em
razão da inexistência de bens ou valores depositados em conta corrente em nome do
prefeito.
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Em pesquisa perante a junta comercial foi descoberto que a Empreiteira tinha como
sócio majoritário Luiz Copa e sócio minoritário o prefeito Salame, seu irmão.
Em uma análise documental foi comprovado que todo o dinheiro da empresa foi
transferido para Luiz, que possui um rico patrimônio com dezenas de imóveis e dinheiros em
contas correntes e investimentos
Por sua vez, o CPC de 2015 previu nos artigos 133 a 137 o Incidente de
Desconsideração da Personalidade Jurídica e, no art. 790, VII, que são sujeitos à execução
os bens do responsável, nos casos de desconsideração da personalidade jurídica.
Veja Excelência, não houve mera inadimplência por parte da Pessoa Jurídica. O que
houve foi verdadeira fraude em seu nome, com a transmissão de todos os seus bens à
pessoa do seu principal sócio, Luiz Copa.
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de bens penhoráveis ou a dissolução irregular da sociedade e é exatamente isso que ocorreu
no presente caso.
Diante de tal quadro, é mister a citação de Luiz Copa para que, querendo se defenda
no presente incidente e, ao final, seja condenado a pagar a quantia de R$ 2.750.000,00. (R$
2.500.000,00 referentes aos valores devolvidos à municipalidade e R$ 250.000,00 referentes
aos ônus sucumbenciais de 10%), ou não o fazendo, que sejam penhorados tantos bens e
direitos necessários à satisfação integral do crédito.
DOS PEDIDOS
Dr. Benjamim
Nº da OAB 54321
Resolução comentada
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1) Por que dizem que o Poder Constituinte é ilimitado?
Esse poder de fazer uma nova constituição é considerado pela doutrina de a) Inicial, por
não existir nenhum outro antes ou acima dele; b) Autônomo, por caber apenas ao titular
a escolha do conteúdo a ser consagrado na Constituição; c) Incondicionado, por não
estar submetido a nenhuma regra de forma ou de conteúdo.
Ele é histórico e soberano, não se submetendo a nenhum outro poder anterior ou superior
a ele.