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e seu Transporte
Brasília-DF.
Elaboração
Produção
Apresentação.................................................................................................................................. 5
Introdução.................................................................................................................................... 8
Unidade i
FISIOLOGIA DO SANGUE........................................................................................................................ 9
Capítulo 1
O sangue e seus componentes............................................................................................ 9
CAPÍTULO 2
Hemostasia e coagulação sanguínea............................................................................. 23
CAPÍTULO 3
Origem das células do sangue........................................................................................ 30
Unidade iI
FATORES IMPORTANTES ANTES DE SE INICIAR A COLETA DE SANGUE...................................................... 36
CAPÍTULO 1
Infraestrutura e materiais necessários para coleta de sangue.................................... 36
CAPÍTULO 2
Orientações e preparo do profissional.......................................................................... 45
CAPÍTULO 3
Orientações para o paciente e minimizando erros na coleta...................................... 50
Unidade iII
PROCEDIMENTOS PARA COLETA SANGUÍNEA........................................................................................ 56
CAPÍTULO 1
Coleta de sangue venoso................................................................................................. 56
CAPÍTULO 2
Problemas enfrentados na coleta de sangue................................................................ 66
CAPÍTULO 3
Coleta de sangue arterial................................................................................................. 72
CAPÍTULO 4
Coleta de sangue para testes rápidos.............................................................................. 77
CAPÍTULO 5
Hemocultura ...................................................................................................................... 87
CAPÍTULO 6
Coleta de testes de coagulação .................................................................................... 91
CAPÍTULO 7
Teste de tolerância oral à glicose e outras provas funcionais................................. 96
Unidade iV
ANTICOAGULANTES E TRANPORTE DA AMOSTRA DE SANGUE............................................................... 101
CAPÍTULO 1
Anticoagulantes............................................................................................................... 101
CAPÍTULO 2
Transporte da amostra de sangue................................................................................. 105
Referências................................................................................................................................. 115
Apresentação
Caro aluno
Conselho Editorial
5
organização do Caderno
de Estudos e Pesquisa
A seguir, uma breve descrição dos ícones utilizados na organização dos Cadernos de
Estudos e Pesquisa.
Provocação
Textos que buscam instigar o aluno a refletir sobre determinado assunto antes
mesmo de iniciar sua leitura ou após algum trecho pertinente para o autor
conteudista.
Para refletir
Questões inseridas no decorrer do estudo a fim de que o aluno faça uma pausa e reflita
sobre o conteúdo estudado ou temas que o ajudem em seu raciocínio. É importante
que ele verifique seus conhecimentos, suas experiências e seus sentimentos. As
reflexões são o ponto de partida para a construção de suas conclusões.
Praticando
6
Atenção
Saiba mais
Sintetizando
7
Introdução
Assim, este Caderno lhe fornecerá uma visão detalhada dos fatores importantes antes
de se iniciar a coleta de sangue, dos diferentes procedimentos de coleta sanguínea, dos
anticoagulantes utilizados para coleta de sangue e o transporte da amostra.
Objetivos
»» Compreender quais são as orientações necessárias que o profissional
deve ter para realizar a coleta de sangue.
8
FISIOLOGIA DO Unidade i
SANGUE
Capítulo 1
O sangue e seus componentes
O sangue pode ser chamado de tecido devido ao fato de ser composto por células que
exercem funções específicas, o que o torna complexo. A movimentação do sangue no
sistema circulatório permite a distribuição de oxigênio e de substâncias nutritivas,
hormônios, eletrólitos e água para todas as células do corpo, bem como, faz o
recolhimento das substâncias tóxicas que resultam do metabolismo celular. A fisiologia
do sangue estuda a atuação que este exerce nos demais tecidos do organismo.
9
UNIDADE I │ FISIOLOGIA DO SANGUE
Plasma
O plasma é formado por água, em sua maioria, e elementos sólidos. Sua função é
transportar nutrientes, medicamentos e produtos tóxicos, entre outras substâncias
presentes no sangue.
Eletrólitos: O íon Na+ está mais abundante no sangue com 140 mil equivalentes por
litro, seguido pelo Cl- com 90 mil equivalentes por litro, HCO3– e K+ apresentam 25 mil
equivalente por litro cada um. O K+ possui um papel importante na eletrofisiologia das
membranas musculares e neurais.
10
FiSiologiA do SAnguE │ unidAdE i
glóbulos vermelhos
As células presentes em maior número no sangue humano são os glóbulos vermelhos,
também chamados hemácias ou eritrócitos (Figura 2). No seu interior, há grande
11
unidAdE i │ FiSiologiA do SAnguE
12
FISIOLOGIA DO SANGUE │ UNIDADE I
Hemoglobina
A proteína hemoglobina tem como principal função o transporte de oxigênio dos pulmões
para os tecidos, ao mesmo tempo que facilita a eliminação do CO2 em sentido inverso.
A parte proteica da molécula de hemoglobina (globina) é composta por quatro cadeias
polipeptídicas: duas cadeias α com 141 aminoácidos cada, e duas cadeias β com 146
aminoácidos. Embora as cadeias α e β tenham diferentes sequências de aminoácidos, a
sua estrutura tridimensional é muito semelhante. Cada uma destas cadeias contém um
grupo prostético heme que se liga ao oxigênio. O heme, anel porfirínico tetrapirrólico
cujo núcleo contém ferro sob a forma de Fe2+ (ferroso), é o pigmento que dá a cor
vermelha ao sangue.
Hematócrito
O volume relativo ocupado pelos eritrócitos em uma amostra de sangue é quantificado
como hematócrito (ou volume celular condensado). O hematócrito é expresso em
porcentagem por volume. Quando se diz que uma pessoa tem o hematócrito de 40
significa que 40% do volume sanguíneo são células vermelhas e o restante corresponde
ao plasma. O hematócrito do homem normal varia de 40 a 45% (média de 42%), e o da
mulher normal oscila entre 38 e 42% (média de 40%). O hematócrito, na ausência de
anemia, tem correlação com a quantidade de hemoglobina existente no sangue.
14
FiSiologiA do SAnguE │ unidAdE i
Figura 3. Hematócrito.
15
UNIDADE I │ FISIOLOGIA DO SANGUE
Glóbulos brancos
Os glóbulos brancos, também chamados de leucócitos, são células maiores que as
hemácias e possuem núcleo. Este tipo de célula possui formas variadas, no entanto
com funções sempre relacionadas à defesa do organismo. São células com o formato
arredondado e diâmetro de 10-30 µm. Alguns tipos têm protuberâncias semelhantes
a tentáculos. O tempo de vida médio de um leucócito é menor que o dos glóbulos
vermelhos, variando de algumas horas a uma semana.
Os glóbulos brancos estão divididos em três grupos, de acordo com suas funções e
características: linfócitos, monócitos e granulócitos.
Linfócitos
Os linfócitos são as células responsáveis pelo sistema de defesa imunológica (Figura 4). A
defesa imunológica é o fenômeno no qual os linfócitos reagem quando um microrganismo
com uma superfície ou estrutura diferente daquela existente no próprio corpo aparece.
O linfócito passa por um processo de desenvolvimento formando a substância chamada
anticorpo, este reage contra o microrganismo de estrutura estranha, destruindo-o.
16
FISIOLOGIA DO SANGUE │ UNIDADE I
Figura 4. Linfócito.
Monócitos
Os monócitos são tipos de glóbulos brancos que funcionam como “lixeiros” (Figura
5), e estão presentes tanto no sangue quanto nos tecidos, onde recolhem e destroem
microrganismos e células exauridas. No caso de uma infecção, um grande número de
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UNIDADE I │ FISIOLOGIA DO SANGUE
Quanto a sua morfologia são células de tamanho entre 12 e 15µm de diâmetro, variando
bastante em forma, distinguíveis de outros leucócitos do sangue. O citoplasma é
abundante, de coloração cinza ou azul-claro acinzentado, com fina granulação. Esta
granulação com aspecto de fina poeira dá ao citoplasma uma aparência de vidro fosco. É
comum encontrar vacúolos citoplasmáticos nestas células. A relação núcleo citoplasma
é baixa e o núcleo é grande, oval ou indentado, posicionado no centro da célula e o
nucléolo não é visível em coloração usual. A cromatina é delicada, predominantemente
frouxa, com estreitos filamentos ligando pequenas áreas de cromatina mais densa.
Figura 5. Monócito.
Figura 6. Granulócitos.
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FISIOLOGIA DO SANGUE │ UNIDADE I
produzindo um líquido amarelo (pus), que pode ser observado nos tecidos
em decomposição. Os neutrófilos têm núcleos formados por 2 e 5 lóbulos,
mais frequentemente por 3 lóbulos, ligados entre si por finas pontes de
cromatina. A célula muito jovem tem núcleo não segmentado em lóbulos,
sendo chamada de neutrófilo com núcleo em bastonete ou simplesmente
bastonete. Nessas células o núcleo tem a forma de um bastonete curvo.
19
UNIDADE I │ FISIOLOGIA DO SANGUE
Quadro 1. Resumo das características e funções dos glóbulos brancos (adaptado de www.slideplayer.com.br).
20
FISIOLOGIA DO SANGUE │ UNIDADE I
Plaquetas
As plaquetas, também denominadas de trombócitos, são fragmentos de células que se
formam na medula óssea vermelha a partir da fragmentação do citoplasma de glóbulos
brancos gigantes, denominados megacariócitos (Figura 7). Estas células são pequenas,
com o formato elipsoide e apresentando vários grânulos internos. Em cada gota de
sangue há cerca de 150.000 a 400.000 plaquetas.
21
UNIDADE I │ FISIOLOGIA DO SANGUE
Figura 8.
Caso um paciente apresente qualquer tipo de problema nas plaquetas, este poderá
apresentar problemas de coagulação. As doenças mais comuns diretamente relacionadas
com as plaquetas são: Doença de von Willebrand, Síndrome Scott, Trombastenia de
Glanzmann e Síndrome de Bernard-Soulier.
22
CAPÍTULO 2
Hemostasia e coagulação sanguínea
23
UNIDADE I │ FISIOLOGIA DO SANGUE
Hemostasia primária
É o processo inicial da coagulação desencadeado pela lesão vascular. Imediatamente,
mecanismos locais produzem vasoconstrição, alteração da permeabilidade vascular
com produção de edema, vasodilatação dos vasos tributários da região em que ocorreu
a lesão e adesão das plaquetas. Assim, a vasoconstrição diminui o fluxo de sangue no
sítio de sangramento, tornando preferencial o fluxo pelos ramos colaterais dilatados.
Simultaneamente, a formação de edema intersticial diminui o gradiente de pressão entre
o interior do vaso lesado e a região adjacente, produzindo um tamponamento natural e
auxiliando a hemostasia. Em condições normais, os vasos sanguíneos devem constituir
um sistema tubular não trombogênico capaz de desencadear, por mecanismos locais, os
processos que iniciem a coagulação e que, após a recuperação da lesão anatômica, possam
remover o coágulo e restabelecer a circulação local (fibrinólise) (www.rca.fmrp.usp.br).
Estas plaquetas ativadas vão se agregar umas às outras formando um tampão que
fornecerá a superfície adequada ao processo de coagulação do sangue, produzindo
um coágulo resistente. Neste estágio, as plaquetas exteriorizam uma lipoproteína
denominada fator plaquetário 3 (PF3), a qual desempenha papel de superfície
fosfolipídica (superfície ativadora) que participa de inúmeras reações da cascata de
coagulação (Figura 10) (http://slideplayer.com.br/slide/47963/).
24
FISIOLOGIA DO SANGUE │ UNIDADE I
Hemostasia secundária
A hemostasia secundária consiste nas reações plasmáticas dos sistemas de coagulação,
anticoagulação e fibrinólise. Esses sistemas irão atuar no trombo para torná-lo estável.
Sistemas de coagulação
A coagulação sanguínea consiste na conversão de uma proteína solúvel do plasma, o
fibrinogênio, em um polímero insolúvel, a fibrina, por ação de uma enzima denominada
trombina. A fibrina forma uma rede de fibras elásticas que consolida o tampão plaquetário
e o transforma em tampão hemostático. A coagulação é uma série de reações químicas
entre várias proteínas que convertem pró-enzimas (zimógenos) em enzimas (proteases).
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UNIDADE I │ FISIOLOGIA DO SANGUE
26
FISIOLOGIA DO SANGUE │ UNIDADE I
Sistema fibrinolítico
A Fibrinólise pode ser definida como a degradação da fibrina mediada pela plasmina.
O sistema fibrinolítico ou sistema plasminogênio/plasmina é composto por diversas
proteínas (proteases séricas e inibidores) que regulam a geração de plasmina, uma
enzima ativa produzida a partir de uma pro-enzima inativa (plasminogênio) que
tem por função degradar a fibrina e ativar metaloproteinases de matriz extracelular.
À parte do seu papel no sistema hemostático, nos últimos anos foram descobertas
numerosas funções do sistema plasminogênio/plasmina em outros processos, incluindo
remodelagem da matriz extracelular, crescimento e disseminação tumoral, cicatrização
e infecção, mas estes aspectos não serão aqui abordados (http://www.teses.usp.br/
teses/disponiveis/41/41135/tde-13072009-160524/publico/karen.pdf).
27
UNIDADE I │ FISIOLOGIA DO SANGUE
Por exemplo, o t-PA exibe baixa afinidade pelo plasminogênio na ausência de fibrina
(KM = 65 mM), afinidade que é muito aumentada na presença de fibrina (KM = 0,15-
1,5 mM). Isto ocorre porque a fibrina representa uma superfície ideal para ligação do
t-PA ao plasminogênio, e nesta reação o plasminogênio liga-se à fibrina via resíduos
de aminoácido lisina (“lysine-binding sites”). Em contraste com esses mecanismos
fisiológicos, ativação mais extensa do sistema fibrinolítico ocorre quando da infusão
de agentes trombolíticos do tipo estreptoquinase e uroquinase, que não são específicos
para a presença de fibrina (http://www.fleury.com.br/medicos/educacao-medica/
manuais/manual-hematologia/pages/coagulacao-anticoagulacao-e-fibrinolise.aspx).
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FISIOLOGIA DO SANGUE │ UNIDADE I
Sistema anticoagulante
A anticoagulação conta com substâncias capazes de inativar as vias secundárias da
hemostasia, formadoras do trombo de fibrina (http://www.uff.br/hematolab/pluginfile.
php/28/mod_folder/content/2/Hemostasia.pdf?forcedownload=1).
»» Antitrombina III: inativa fatores II, IX, X e XI. Sua ação é potencializada
pela heparina.
29
CAPÍTULO 3
Origem das células do sangue
As paredes dos primeiros vasos sanguíneos são formadas pelas células que contornam
as ilhotas e, aos poucos, o interior das ilhotas vai ficando vazio. As células mais internas
das ilhotas transformam-se em glóbulos vermelhos primitivos. No início do segundo
mês, o sangue já tem glóbulos vermelhos, glóbulos brancos e plaquetas. Os vasos
sanguíneos e glóbulos vermelhos se originam fora do organismo do embrião, ou seja,
são de origem extraembrionária (GUYNTON, 2011).
Após o terceiro mês de vida fetal, a formação do sangue se processa no fígado e no baço.
Esta fase é conhecida como fase hepática da fabricação do sangue fetal. Na metade
do período da vida fetal, a medula óssea começa a produzir o sangue, processo que se
continua durante toda a vida extrauterina (GUYNTON, 2011).
Após o nascimento, a grande maioria das células do sangue é produzida pela medula
óssea, o miolo gelatinoso que preenche o interior dos ossos longos e do esterno. Os
tecidos linfoides, localizados no baço, timo, amigdalas, gânglios linfáticos e placas de
Peyer no intestino, também colaboram nesta tarefa. A própria medula óssea contém
tecido linfoide e, em situações especiais, encarrega-se sozinha da produção de todas as
células do sangue (http://www.sogab.com.br/fisiologiadosanguecec.pdf).
A medula óssea de praticamente todos os ossos produz eritrócitos até os cinco anos de
idade. A partir daí, a medula dos ossos longos torna-se mais gordurosa, exceto o úmero
e a tíbia, e deixam de produzir células após os vinte anos de idade. Acima dos vinte anos,
a medula dos ossos membranosos, como as vértebras, as costelas, o esterno e a pelve
são os grandes produtores dos eritrócitos. A matriz celular, existente na medula óssea
e nos tecidos linfoides é a célula reticular primitiva, que aparece nas primeiras fases de
30
FISIOLOGIA DO SANGUE │ UNIDADE I
As plaquetas, portanto, não são células e sim, elementos celulares, porque são
fragmentos de uma célula principal derivada da célula primitiva hemocitoblasto.
As células sanguíneas e as plaquetas têm origem comum nas células reticulares
primitivas. A sua produção é contínua durante toda a vida do indivíduo, e regulada
por diversos fatores que, em condições normais, mantêm a concentração adequada
de cada tipo celular, no sentido de otimizar as funções do sangue. Cada elemento
celular do sangue, hemácias, leucócitos e plaquetas desempenha funções específicas,
relacionadas ao transporte de gases, aos mecanismos de defesa do organismo e ao
sistema de hemostasia (ZAGO, 2001).
31
UNIDADE I │ FISIOLOGIA DO SANGUE
Hematopoiese
A hematopoiese (Figura 12) é o processo de renovação celular do sangue por meio de
processos mitóticos, pois estas células possuem vida muito curta. Esse processo ocorre
nos órgãos hemocitopoéticos (ou hematopoéticos).
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FISIOLOGIA DO SANGUE │ UNIDADE I
Medula óssea: a medula óssea é um órgão difuso, porém volumoso e muito ativo.
Num adulto normal, produz por dia, cerca de 2,5 bilhões de eritrócitos, 2,5 bilhões de
plaquetas e 1,0 bilhão de granulócitos por kg de peso corporal.
Esse órgão está localizado dentro do canal medular dos ossos longos e nas cavidades
dos ossos esponjosos. Existem três tipos de medula óssea (www.inca.gov.br):
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UNIDADE I │ FISIOLOGIA DO SANGUE
34
FISIOLOGIA DO SANGUE │ UNIDADE I
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FAtorES
iMPortAntES
AntES dE SE unidAdE ii
iniCiAr A ColEtA
dE SAnguE
CAPítulo 1
infraestrutura e materiais necessários
para coleta de sangue
A coleta de sangue com seringa e agulha é usada há muitos anos. Por ser a
técnica mais antiga desenvolvida para coleta de sangue venoso, enraizou-
se em algumas áreas de saúde, pois o mesmo processo é usado para infundir
medicamentos. No entanto, além de causar potenciais erros pré-analíticos, a
coleta com seringa e agulha é um procedimento de risco para o profissional de
saúde que, além de manusear o sangue, deve também descartar, de maneira
segura, o dispositivo perfurocortante em descartador adequado. De acordo com
a CLSI, a venopunção feita com seringa e agulha deve ser evitada por razões de
segurança (SUMITA, 2010). Você concorda com isso?
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FATORES IMPORTANTES ANTES DE SE INICIAR A COLETA DE SANGUE │ UNIDADE II
De uma maneira geral o ambiente de coleta deve possuir janelas, ser arejado, com local
para o usuário deitar ou sentar e as superfícies devem ser laváveis. Neste local também
deve possuir pia para lavagem das mãos, mesa e bancada para apoiar o material para
coleta e o material coletado.
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UNIDADE II │ FATORES IMPORTANTES ANTES DE SE INICIAR A COLETA DE SANGUE
A sala de espera e recepção do local onde são realizadas a coleta também é regulamentada
pela Anvisa, sendo recomendável que o laboratório clínico possua, pelo menos, uma
sala de espera para pacientes e acompanhantes. Esta área pode ser compartilhada com
outras unidades diagnósticas, sendo necessária a instalação de sanitários para clientes
e acompanhantes (Manual Coleta de sangue do Ministério da Saúde, 2010).
Vale ressaltar que, os laboratórios clínicos e os postos de coleta devem, portanto, seguir
as exigências legais vigentes quanto às especificações dos códigos de obras, a respeito da
arquitetura e padrões de segurança, tais como: espaço, construções resistentes ao fogo
(com isolamento de algumas áreas), número e local das saídas de emergência, largura
de portas e corredores, alarmes e proteção automática contra incêndio, iluminação e
abastecimento e drenagem de águas (FISCHBACH e FRANCES, 2007).
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FATORES IMPORTANTES ANTES DE SE INICIAR A COLETA DE SANGUE │ UNIDADE II
Figura disponível em: Manual Coleta de sangue do Ministério da Saúde, Série TELELAB.
No que se diz respeito à relação de materiais utilizados para a coleta de sangue, deve-se
primeiramente determinar o tipo de coleta de sangue a ser realizada. Isso se deve ao
fato de que alguns materiais podem variar de acordo com o tipo de coleta de sangue a
ser realizado. A figura 14 representa os materiais comuns que devem ser utilizados em
qualquer tipo de coleta de sangue.
Figura disponível em: Manual Coleta de sangue do Ministério da Saúde, Série TELELAB.
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UNIDADE II │ FATORES IMPORTANTES ANTES DE SE INICIAR A COLETA DE SANGUE
Figura disponível em: Manual Coleta de sangue do Ministério da Saúde, Série TELELAB.
Figura disponível em: Manual Coleta de sangue do Ministério da Saúde, Série TELELAB.
Figura disponível em: Manual Coleta de sangue do Ministério da Saúde, Série TELELAB.
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FATORES IMPORTANTES ANTES DE SE INICIAR A COLETA DE SANGUE │ UNIDADE II
Para as coletas a vácuo ou com seringa, os tipos de tubos e de agulhas são importantes,
sendo necessário determiná-los previamente à coleta. O modo como ambos são
armazenados também é de extrema importância para minimizar erros durante a coleta
e análise do sangue.
Tipos de agulha
As agulhas possuem três partes que são o canhão, haste e bisel (Figura 19), para a coleta
de sangue a parte mais importante é o bisel que pode ser bifacetado ou trifacetado
e, além de poderem ser tratadas com silicones. Outra característica importante das
agulhas, mais especificadamente do bisel, é a unidade de medida os comprimentos e
diâmetros destes. Estas medidas podem ser expressas em milímetros (mm) ou calibre
nas unidades de Gauge (G).
Os calibres das agulhas para coleta de sangue, tanto a vácuo quanto utilizando seringa,
devem ser escolhidos de acordo com a veia do paciente. Assim, pacientes com veias de
grosso calibre e que são facilmente visualizadas deve-se utilizar agulhas com 0,8 mm de
diâmetro ou 21G. Já pacientes que possuem veias com médio calibre com difícil acesso
venoso é recomendado utilizar agulhas com 0,7 mm de diâmetro ou 22G.
As agulhas para coleta a vácuo (Figura 19) apresentam especificações adicionais das
descritas anteriormente: as agulhas possuem em uma das extremidades o bisel que
irá penetrar na veia e na outra extremidade, coberto por uma borracha, se encontra o
local onde será encaixado o tubo e uma rosca para encaixe da agulha em um adaptador.
A função desta borracha é impedir que ocorra o vazamento de sangue para dentro do
adaptador durante a punção.
41
UNIDADE II │ FATORES IMPORTANTES ANTES DE SE INICIAR A COLETA DE SANGUE
O escalpe é outro tipo de dispositivo que pode ser usado para coleta de sangue (Figura
20). Geralmente é indicado para pacientes com difícil acesso venoso ou para coleta de
sangue periférico (mãos e pés). As agulhas e os escalpes para coleta de sangue devem ter
um dispositivo de segurança, conforme definido pela NR 32/2005 e regulamentada pela
portaria GM no 939, de 18 de novembro de 2008, Ministério do Trabalho e Emprego.
Tipos de tubos
De uma maneira geral, os tubos utilizados para coleta de sangue devem ser de vidro
ou plástico; suas tampas devem permitir a completa vedação da amostra bem como
devem ser seguras para não se desprender do tubo no momento da homogeneização ou
centrifugação da amostra. A proporção anticoagulante por volume de sangue (mL) deve
seguir o Manual Clinical and Laboratory Standards Institute (CLSI).
42
FATORES IMPORTANTES ANTES DE SE INICIAR A COLETA DE SANGUE │ UNIDADE II
Os tubos para coleta a vácuo são padronizados internacionalmente pela Norma ISO
6710:1995, que além de determinar que os tubos devam ter as condições acima descritas
devem também ser fabricados com material que possua transparência suficiente, o
qual permita uma visão do seu conteúdo bem como suas características de superfície
interna; ser estéreis (para segurança da amostra e do usuário); ter espaço suficiente
para homogeneização mecânica ou manual da amostra; no rótulo de cada tubo também
há uma indicação do volume de amostra que deve ser coletada; e as tampas destes tubos
possuem cores diferentes para cada tipo de anticoagulante ou de tratamento que o tubo
recebeu (Quadro 2) (Manual Coleta de sangue do Ministério da Saúde, 2010). Outro
ponto importante é a não reutilização dos tubos, uma vez que podem sobrar resíduos
do sabão utilizado em sua limpeza ou de outros resíduos que podem permanecer no seu
interior, podendo interferir no resultado dos exames.
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UNIDADE II │ FATORES IMPORTANTES ANTES DE SE INICIAR A COLETA DE SANGUE
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CAPÍTULO 2
Orientações e preparo do profissional
45
unidAdE ii │ FAtorES iMPortAntES AntES dE SE iniCiAr A ColEtA dE SAnguE
Passo 2
46
FATORES IMPORTANTES ANTES DE SE INICIAR A COLETA DE SANGUE │ UNIDADE II
47
UNIDADE II │ FATORES IMPORTANTES ANTES DE SE INICIAR A COLETA DE SANGUE
48
FAtorES iMPortAntES AntES dE SE iniCiAr A ColEtA dE SAnguE │ unidAdE ii
49
CAPÍTULO 3
Orientações para o paciente e
minimizando erros na coleta
Neste capítulo serão descritas as recomendações gerais de preparo dos usuários para
a coleta de exames laboratoriais, evitando-se interferências nos resultados. Assim é
importante, previamente ao exame, informar ao usuário (www.bpl_biosseguranca.
biof.ufrj.br):
»» O paciente não deve deixar de beber água, ainda que tenha que fazer
exames que necessitem de jejum.
50
FATORES IMPORTANTES ANTES DE SE INICIAR A COLETA DE SANGUE │ UNIDADE II
51
UNIDADE II │ FATORES IMPORTANTES ANTES DE SE INICIAR A COLETA DE SANGUE
O gênero, idade e posição em que foi realizada a coleta são importantes para o resultado
do exame. Assim:
52
FATORES IMPORTANTES ANTES DE SE INICIAR A COLETA DE SANGUE │ UNIDADE II
O tempo em jejum que o paciente deve ficar é relacionado ao tipo de exame que será
realizado. A tabela 1 mostra o tempo em jejum para cada tipo de exame.
Jejum Exames
»» Ácido Fólico.
»» Ácido Úrico.
»» Ácido Valpróico.
»» Adenosina Deaminase.
»» Alanina Amino Transferase.
»» Fibrinogênio.
»» Fosfatase Ácida Prostática.
4 horas »» Fosfatase Ácida Total.
»» Fosfatase Alcalina.
»» Fósforo.
»» Albumina.
»» Aldolase.
»» Alfa-1 Antitripsina.
»» Alfa-1 Glicoproteína Ácida.
»» Alfa Fetoproteína.
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UNIDADE II │ FATORES IMPORTANTES ANTES DE SE INICIAR A COLETA DE SANGUE
54
FATORES IMPORTANTES ANTES DE SE INICIAR A COLETA DE SANGUE │ UNIDADE II
Fonte: http://www.unifesp.br/dmed
Além das orientações que o paciente deve seguir antes de realizar os exames, tem alguns
procedimentos que devem ser seguidos para minimizar os erros nos resultados dos
exames. Assim, alguns procedimentos básicos devem ser seguidos pelo profissional.
CAPÍTULO 1
Coleta de sangue venoso
As veias variam de pessoa para pessoa, entretanto, há dois tipos comuns de regimes de
distribuição venosa: um com formato de H e outro se assemelhando a um M. O padrão
H foi assim denominado devido às veias que o compõem (cefálica, cubital mediana e
basílica) distribuírem-se como se fosse um H, ele representa cerca de 70% dos casos. No
padrão M, a distribuição das veias mais proeminentes (cefálica, cefálica mediana, basílica
mediana e basílica) assemelha-se à letra M (ANDRIOLO e colaboradores, 2008).
Embora qualquer veia do membro superior que apresente condições para coleta possa
ser puncionada, as veias mais utilizadas são a cubital mediana e a cefálica, ambas
localizadas na parte anterior do braço, próximo à dobra do cotovelo, conforme figura
26a. A punção na veia cubital mediana costuma ser a melhor opção, pois na punção da
veia cefálica existe maior risco de formação de hematomas (Manual Coleta de sangue
do Ministério da Saúde, 2010).
57
unidAdE iii │ ProCEdiMEntoS PArA ColEtA SAnguínEA
Quando as veias do membro superior não estão disponíveis ou são de difícil acesso, as
veias do dorso da mão também podem ser utilizadas para a venopunção (Figura 26b).
Entretanto, as veias na parte inferior do punho não devem ser utilizadas porque, assim
como elas, os nervos e tendões estão próximos à superfície da pele nessa área (Manual
Coleta de sangue do Ministério da Saúde, 2010).
A b
58
PROCEDIMENTOS PARA COLETA SANGUÍNEA │ UNIDADE III
Algumas áreas não devem ser puncionadas, podendo causar danos ao paciente. Estas
áreas são (ANDRIOLO, 2008):
»» Veias que já sofreram trombose porque são pouco flexíveis, com paredes
endurecidas.
3. Não aperte intensamente o garrote, pois o fluxo arterial não deve ser
interrompido. Lembre-se que o pulso do usuário deve permanecer
palpável.
59
UNIDADE III │ PROCEDIMENTOS PARA COLETA SANGUÍNEA
Procedimento (http://www.capital.ms.gov.br):
60
PROCEDIMENTOS PARA COLETA SANGUÍNEA │ UNIDADE III
7. Tão logo o sangue flua para dentro do tubo coletor, o garrote deve ser
retirado. Porém, se a veia for muito fina o garrote poderá ser mantido.
61
UNIDADE III │ PROCEDIMENTOS PARA COLETA SANGUÍNEA
2. Com uma mecha de algodão exercer pressão sobre o local da punção, sem
dobrar o braço, até parar de sangrar.
Figura disponível em Manual de coleta, acondicionamento e transporte de amostras para exames laboratoriais
62
PROCEDIMENTOS PARA COLETA SANGUÍNEA │ UNIDADE III
Para a coleta de sangue com agulha e seringa deve-se seguir os passos do sistema a
vácuo, entretanto, tem alguns pontos a serem destacados como:
63
UNIDADE III │ PROCEDIMENTOS PARA COLETA SANGUÍNEA
4. Calçar luvas.
7. Selecionar a lanceta.
64
PROCEDIMENTOS PARA COLETA SANGUÍNEA │ UNIDADE III
11. Quando o microtubo estiver com o seu volume completo, troque-o pelo
subsequente, na sequência correta de coleta.
13. Após a coleta, pressionar o local da punção com gaze seca estéril até parar
o sangramento.
Figura disponível em Manual de coleta, acondicionamento e transporte de amostras para exames laboratoriais.
65
CAPÍTULO 2
Problemas enfrentados na coleta de
sangue
Na coleta de sangue podem ocorrer alguns erros, durante e após a coleta, que irão
prejudicar os resultados dos exames.
»» Mesmo após puncionar a veia o sangue não fluiu para o tubo. Esse fato
pode ocorrer devido a duas situações: a transfixação (30a) e erro na
direção da agulha 30b. Para que possa resolver estes problemas deve-se,
respectivamente, retroceder um pouco a agulha para que ela volte para
dentro da veia e localizar a veia com a sua mão livre redirecionando a
agulha.
Figura 30.
»» Caso o fluxo sanguíneo foi interrompido, pode ter ocorrido, além dos
problemas acima já mencionados, uma estenose ou colabamento da
veia (Figura 31a) ou o bisel está encostando na parede superior da
veia (Figura 31b). Para resolver o problema de estenose deve-se remover
o garrote para permitir o restabelecimento da circulação. Tentar virar
lentamente o adaptador ou a seringa para que o bisel seja desobstruído e
permita a recomposição da veia. Se o tubo perder o vácuo, troque de tubo
e sempre identificando-o ao final do procedimento. Caso não se resolva
o problema é necessário que se retire a agulha e faça uma nova punção
em outro local. Já em relação ao bisel encostado na parede da veia é
necessário aumentar o ângulo da agulha em relação ao braço e depois
avance a agulha no interior da veia para permitir o fluxo sanguíneo.
66
PROCEDIMENTOS PARA COLETA SANGUÍNEA │ UNIDADE III
Figura 31.
67
UNIDADE III │ PROCEDIMENTOS PARA COLETA SANGUÍNEA
Hematomas
O hematoma pode ser definido como extravasamento do sangue para o tecido adjacente
ao vaso e a sua formação é bastante comum. O extravasamento de sangue é mais comum
em mulheres, idosos e crianças, pois são o que têm as veias mais finas e delicadas.
Pessoas que fazem uso de anticoagulantes ou têm veias com pressão interna alta são
mais propensas à formação de hematomas (ANDRIOLLO, 2008).
Diversas são as situações onde um hematoma pode ocorrer, podendo ressaltar (http://
www.oswaldocruz.com.br):
»» Quando as veias são mais finas do que a agulha.
»» Nas tentativas mal sucedidas como, por exemplo, uma segunda coleta na
mesma veia ou múltiplas tentativas de encontrar a veia redirecionando a
agulha.
»» Quando a agulha for retirada da veia antes de soltar o garrote.
»» Quando a manga da blusa do usuário estiver apertando o braço como um
garrote.
»» Quando, após a punção, a pressão no local for mantida por tempo inferior
a 3 minutos e/ou o local for esfregado.
»» Dobrar o braço ou carregar peso após a coleta de sangue. Grande parte
dessas situações pode ser evitada seguindo-se corretamente as orientações
deste manual.
É importante que, logo após a coleta, seja feita uma compressão no local perfurado,
pressionando por aproximadamente três minutos. Caso a punção tenha sido feita na
altura da dobra do braço, deve-se evitar flexioná-lo. Deve-se, também, observar se há
algum objeto, como relógio ou pulseiras, apertando o local. Se estas medidas não forem
tomadas ou se não surtirem efeito, algumas atitudes podem ser adotadas para eliminar
o hematoma mais rapidamente:
68
PROCEDIMENTOS PARA COLETA SANGUÍNEA │ UNIDADE III
Hemólise
A Hemólise se resulta do rompimento da membrana da hemácia, causando liberação
de hemoglobina. Além disso, a hemólise pode ser provocada por fatores interferentes
originados da lise de plaquetas e granulócitos, que pode ocorrer, por exemplo, quando o
sangue é armazenado em baixas temperaturas, e não em temperatura de congelamento
(GRANT, 2003).
Este fator é a principal causa para rejeição de amostras nos laboratórios e pode ser
identificada a olho nu, pela observação do aspecto avermelhado presente no soro ou
plasma (Figura 34).
»» Evitar usar agulhas de menor calibre. Usar esse tipo de material somente
quando a veia do paciente for fina ou em casos especiais.
69
UNIDADE III │ PROCEDIMENTOS PARA COLETA SANGUÍNEA
Caso não sejam tomadas as devidas precauções acima mencionadas, devem ser
realizadas algumas ações de pós-coleta impedindo assim que ocorra hemólise (www.
unifesp.br/dmed):
»» Não deixar o sangue em contato direto com gelo, quando o analito a ser
dosado necessitar desta conservação.
70
PROCEDIMENTOS PARA COLETA SANGUÍNEA │ UNIDADE III
Lipemia
A lipemia é causada pela presença de grande quantidade de lipídios (gordura) no
sangue. Pode ser identificada a olho nu pela observação do aspecto turvo (leitoso)
do soro ou plasma (Figura 35). Alguns usuários em tratamento com antirretrovirais
para a infecção pelo HIV ou com outras enfermidades podem apresentar lipemia
permanente. Outros podem apresentar a lipemia transitória, comum após a ingestão
de alimentos gordurosos. Para prevenir a lipemia nos exames sorológicos deve-se
seguir as recomendações de jejum, definidas para cada tipo de exame, e evitar coletar
amostras quando o usuário tiver ingerido alimentos gordurosos a menos de quatro
horas (NIKOLAC, 2014).
71
CAPÍTULO 3
Coleta de sangue arterial
72
PROCEDIMENTOS PARA COLETA SANGUÍNEA │ UNIDADE III
»» Luvas de procedimento.
»» Escalpe.
»» Agulha 40 x 12.
73
UNIDADE III │ PROCEDIMENTOS PARA COLETA SANGUÍNEA
»» Anticoagulante (heparina).
»» Álcool a 70%.
»» Algodão.
»» Cuba rim.
»» Adesivo absorvente.
»» Lavar as mãos.
74
PROCEDIMENTOS PARA COLETA SANGUÍNEA │ UNIDADE III
O Teste de Allen deve ser realizado caso ocorra espasmo de uma das artérias, a outra
produzirá perfusão sanguínea adequada para a mão. Para realizar este teste deve-se
comprimir com ambas as mãos as duas artérias do paciente (radial e ulnar), com forte
compressão com dedos indicador e médio, solicitando ao paciente para abrir e fechar
as mãos oito vezes. Interromper a compressão de uma artéria e verificar a coloração da
palma da mão, que deverá ser vermelha e não pálida. Repetir o procedimento com a
outra artéria (VIEGAS, 2010).
O Teste positivo (+) se dará quando houver uma vermelhidão, flush, até 15 segundos
indicando a presença da circulação colateral. Será Teste negativo (-) se em 15 segundos
não houver o flush, isso indica a inabilidade da artéria ulnar para suprir adequadamente
de sangue a mão. Este local não deve ser usado para coleta (VIEGAS, 2010).
Assim como no caso da coleta de sangue venoso há alguns erros na coleta e/ou amostra
que podem levar à alteração de resultados. Estes erros são:
75
UNIDADE III │ PROCEDIMENTOS PARA COLETA SANGUÍNEA
76
CAPÍTULO 4
Coleta de sangue para testes rápidos
Os testes rápidos vêm sendo cada vez mais utilizados para o diagnóstico da infecção
pelo HIV e da sífilis porque possuem qualidade similar aos testes já utilizados na rotina
laboratorial, com a vantagem de apresentarem resultado em no máximo 30 minutos, e
leitura a olho nu, sem a necessidade de equipamentos especiais.
Estes testes rápidos e outras metodologias são indicados pela PORTARIA SVS/MS Nº
151, DE 14 DE OUTUBRO DE 2009.
O principal teste rápido utilizado é a coleta de sangue em papel filtro, a qual é semelhante
à microcoleta para bebês descrita no capítulo 4. Este teste é utilizado há muitos anos
nos estudos de triagem neonatal de doenças metabólicas congênitas e é bem sucedida
na triagem de várias infecções como, por exemplo, a infecção pelo HIV.
»» Luvas.
»» Lanceta.
77
UNIDADE III │ PROCEDIMENTOS PARA COLETA SANGUÍNEA
»» Caneta esferográfica.
Procedimento da coleta:
1. Antes de iniciar a coleta, pedir ao usuário que higienize as mãos com água
e sabão e posterior uso de álcool 70%.
5. Segure a mão do usuário com o lado da palma para cima, numa altura
abaixo do cotovelo. Pressione levemente a mão na direção do punho para
o dedo no qual será realizada a coleta.
12. Mantenha a mão do usuário levemente inclinada para evitar que a gota
escorra.
78
PROCEDIMENTOS PARA COLETA SANGUÍNEA │ UNIDADE III
13. Coloque o cartão de coleta próximo à área puncionada, sem tocar no dedo.
Faça uma leve pressão na base do dedo até que se forme uma grande gota.
14. Deixe pingar uma gota dentro do primeiro círculo impresso no cartão de
coleta. Não encoste o papel na gota. Você pode pingar mais uma gota caso
o círculo não tenha sido totalmente preenchido. Recomendação: Aplique
o sangue apenas em um lado do papel-filtro – o que contém o círculo
impresso.
15. Repita a leve pressão no dedo e aplique uma gota no segundo círculo,
impresso no cartão.
17. Após preencher todos os círculos, cubra com gaze ou algodão o local
puncionado no dedo e solicite que o usuário faça pressão no local.
Figura disponível em Coleta de sangue: Diagnóstico e monitoramento das DST, Aids e Hepatites Virais,2010.
Há também um meio de realizar esta técnica por meio da coleta por punção venosa e
aplicação em papel-filtro. Para tanto, deve-se coletar sangue total em tubo contendo o
anticoagulante EDTA, podendo utilizar tanto a coleta com seringa e agulha quanto o
sistema a vácuo. Logo, deve-se homogeneizar cada tubo entre 5 e 10 vezes; e pipetar
50μL de sangue total no centro de cada círculo do cartão. Deve-se cuidar para que a
área do cartão contendo o sangue não toque em nada.
Após secagem das amostras, o papel-filtro contendo sangue deve ser armazenamento
em temperatura ambiente, desde que fique longe de fonte de luz solar direta e em baixa
umidade. Para reduzir a umidade, coloque no interior do envelope um ou mais sachês
dessecantes.
79
UNIDADE III │ PROCEDIMENTOS PARA COLETA SANGUÍNEA
Caso seja necessário armazenar por períodos de até dois anos, as amostras devem
permanecer em geladeira. E o armazenamento por tempo superior a dois anos
pode ser realizado caso a amostra permaneça a -20ºC. Condições inadequadas de
armazenamento podem comprometer a integridade da amostra.
Para realização deste teste utiliza-se uma membrana de nitrocelulose que é dividida em
quatro áreas (Figura 38):
=
Figura disponível em http://telelab.aids.gov.br.
Área da amostra (A): onde a amostra é colocada e sobre esta, em seguida, é aplicada
a solução tampão.
80
PROCEDIMENTOS PARA COLETA SANGUÍNEA │ UNIDADE III
passam por esta área iniciando a ligação com o conjugado prosseguindo em direção à
área de teste (T).
Área de controle (C): nesta área o conjugado não ligado ao anticorpo continua a
migração ao longo da membrana de nitrocelulosee e é capturado por anticorpos anti-
imunoglobulina, formando outra banda. Esta área permite a validação do teste.
O resultado deste teste pode se apresentar das seguintes maneiras (quadro 3):
(adaptado de http://telelab.aids.gov.br/).
Resultado Interpretação
81
UNIDADE III │ PROCEDIMENTOS PARA COLETA SANGUÍNEA
Área 1: onde a amostra e o tampão são aplicados, logo, migram para área 3.
Área 2: onde se aplica o tampão para permitir a migração do conjugado (composto por
proteína A e partículas de ouro coloidal).
Área 3: contém os antígenos fixados e se houver anticorpos na amostra, eles irão se ligar
a esses antígenos. Área em que se faz a leitura do teste e do controle. Com a concentração
do ouro coloidal da área 2 é possível visualizar a presença de uma banda, de cor rosa ou
púrpura, que indica a presença de anticorpos na amostra. O conjugado continua o fluxo
até ligar-se ao reagente da área de controle, resultando no aparecimento de uma linha
rosa ou púrpura, indicando que o resultado é válido.
82
PROCEDIMENTOS PARA COLETA SANGUÍNEA │ UNIDADE III
(adaptado de http://telelab.aids.gov.br/).
Resultado Interpretação
83
UNIDADE III │ PROCEDIMENTOS PARA COLETA SANGUÍNEA
Resultado Interpretação
84
PROCEDIMENTOS PARA COLETA SANGUÍNEA │ UNIDADE III
A fase sólida se apresenta na forma de um pente com 12 dentes que contém três áreas:
uma com anticorpos anti-imunoglobulina humana (para o controle da reação); uma
com antígenos; e alguns kits podem apresentar mais antígenos no pente (Figura 41).
85
UNIDADE III │ PROCEDIMENTOS PARA COLETA SANGUÍNEA
Quadro 6: Interpretação dos resultados do teste rápido por fase sólida (adaptado de http://telelab.aids.gov.br/).
Resultado Interpretação
Reagente para HIV-1: círculo colorido na área indicada para HIV-1 e na área de controle (C).
Reagente para HIV-2: círculo colorido na área indicada para HIV-2 e na área de controle (C).
Não regente: quando não houver linha colorida, na área de controle (C).
86
CAPÍTULO 5
Hemocultura
Cada amostra deve ser coletada de punções separadas e de sítios anatômicos diferentes.
Vários frascos com sangue de uma mesma punção são considerados uma mesma
amostra ou cultura de sangue. O estado clínico do paciente é que vai determinar o
momento e o intervalo entre as coletas. Em geral, nas infecções agudas, recomenda-se
a coleta de duas a três amostras (dois frascos por punção/amostra) em curto espaço de
tempo, ou seja, sequenciais ou dentro de 1 hora. A coleta de hemoculturas em intervalos
maiores de 1 a 2 horas entre as amostras pode ser recomendada para monitorar ou
documentar bacteriemia contínua em pacientes com suspeita de endocardite ou
infecção endovascular associada a dispositivos invasivos.
O volume de sangue é uma das variáveis mais críticas para a positividade do exame,
pois quanto maior o volume, maior será a chance de positividade. Todavia, é necessário
respeitar a idade do paciente (adulto ou criança) e o volume recomendado pelo
87
UNIDADE III │ PROCEDIMENTOS PARA COLETA SANGUÍNEA
Quadro 7. Volume de sangue sugerido para hemocultura de acordo com peso do paciente (adaptado de
≤1 50-99 2 2 4
11-2 100-200 2 4 4
2-12,9 >200 4 6 3
13-36 >800 10 20 2,5
>36 >2,200 20-30 40-60 1,8-2,7
Um ponto muito importante é ficar atento quando for coletada mais de uma amostra,
anotar nos respectivos frascos (aero e anaero) quais frascos são do mesmo local de
punção ou sítio anatômico.
Crianças de 13 a
Crianças até 13 kg Crianças > 36 kg e adultos
36 kg
Frasco aeróbio 1 a 4 mL 5 mL 5 a 10 mL
Frasco anaeróbio - 5 mL 5 a 10 mL
Volume total/amostra 1 a 4 mL 10 mL 20 mL
88
PROCEDIMENTOS PARA COLETA SANGUÍNEA │ UNIDADE III
Coleta
Segundo, Araujo e colaboradores (2012), O procedimento de uma coleta para
hemocultura deve seguir os passos descritos a seguir (Figura 43):
89
UNIDADE III │ PROCEDIMENTOS PARA COLETA SANGUÍNEA
90
CAPÍTULO 6
Coleta de testes de coagulação
91
UNIDADE III │ PROCEDIMENTOS PARA COLETA SANGUÍNEA
Alguns interferentes causam alterações nos resultados e por isso as amostras devem ser
descartadas. Estes interferentes são: amostra com hemólise, amostra lipêmica, amostra
Ictérica, amostra descongelada e amostra coletada com outro anticoagulante.
Para realização deste exame o paciente deve estar em jejum de 4 horas. A técnica deste
teste ocorre em quatro passos:
2. fechar o tubo com uma rolha provida de um fio de arame com a ponta
retorcida “em anzol”;
92
PROCEDIMENTOS PARA COLETA SANGUÍNEA │ UNIDADE III
Tempo de sangramento
(HENRY, 2001)
Este teste é usado para medir a duração do sangramento após uma incisão de pele. O
tempo de sangramento é medido principalmente pelos métodos de Duke e Ivy. O tempo
de sangramento depende da elasticidade da parede do vaso sanguíneo ou da quantidade
e capacidade funcional das plaquetas. Apesar deste teste ser usualmente efetuado em
pacientes com histórias pessoais ou familiares de desordem de sangramento, ele também
é útil para rastreamento pré-operatório, junto com uma contagem de plaquetas. Ele
raramente é recomendado quando a contagem de plaquetas é < 75.000/microlitro.
Os objetivos deste teste são avaliar a função hemostática global bem como detectar
desordens congênitas e adquiridas de função plaquetária.
93
UNIDADE III │ PROCEDIMENTOS PARA COLETA SANGUÍNEA
94
PROCEDIMENTOS PARA COLETA SANGUÍNEA │ UNIDADE III
95
CAPÍTULO 7
Teste de tolerância oral à glicose e
outras provas funcionais
Para realização destes testes é usada a técnica de utilização do escalpe para provas
funcionais, para o sistema de coleta múltipla de glicose utiliza-se o escalpe com sistema
a vácuo e tubo fluoreto e para sistema para coleta múltipla de provas funcionais é
utilizado o escalpe com sistema a vácuo e o tubo gel separador.
96
PROCEDIMENTOS PARA COLETA SANGUÍNEA │ UNIDADE III
6. Se o torniquete for usado para seleção preliminar da veia, pedir para que
o paciente abra e feche a mão, faça a escolha da veia a ser puncionada, e
afrouxe-o. Esperar 2 minutos para usá-lo novamente.
10. Realizar a punção com o bisel da agulha voltado para cima, para melhor
visualizar a veia, esticar a pele com a outra mão. Colocar um esparadrapo/
micropore para prender o “butterfly” no braço do paciente.
14. Administrar via oral o Glutol (300 mL) ao paciente, no caso de crianças
com até 42 kg de peso, deve-se administrar 7 mL/kg de peso, crianças
97
UNIDADE III │ PROCEDIMENTOS PARA COLETA SANGUÍNEA
16. Na próxima coleta, introduzir uma nova seringa e aspirar de 1,0 a 2,0
mL de sangue, com a finalidade de limpar toda a solução da extensão do
escalpe.
Quadro 10: Valores de referência ao exame de tolerância à glicose (adaptado de Report of the Expert Comitte
3. Higienizar as mãos.
98
PROCEDIMENTOS PARA COLETA SANGUÍNEA │ UNIDADE III
4. Calçar as luvas.
6. Se o torniquete for usado para seleção preliminar da veia, pedir para que
o paciente abra e feche a mão, faça a escolha da veia a ser puncionada, e
afrouxe-o. Esperar 2 minutos para usá-lo novamente.
7. Fazer a antissepsia.
10. Fazer a punção com o bisel da agulha voltado para cima, se necessário,
para melhor visualizar a veia, esticar a pele com a outra mão. Colocar um
esparadrapo ou similar para prender o “butterfly” no braço do paciente.
99
UNIDADE III │ PROCEDIMENTOS PARA COLETA SANGUÍNEA
apresente limpa (1 a 2,0 mL), tomar cuidado para não injetar a solução
na veia do paciente, proceder assim até o final da prova.
20. Tanto a seringa quanto o tubo siliconizado (ou de descarte), devem ser
identificados e colocados numa cuba ou similar. Estes materiais serão
descartados ao final da prova.
100
ANTICOAGULANTES
E TRANPORTE Unidade iV
DA AMOSTRA DE
SANGUE
CAPÍTULO 1
Anticoagulantes
101
UNIDADE IV │ ANTICOAGULANTES E TRANPORTE DA AMOSTRA DE SANGUE
Dependendo do estudo a análise poderá ser realizada em sangue total (ex.: Hemograma),
plasma (ex.: Glicose, Provas de coagulação) e soro (ex.: Bioquímicos e Sorológicos).
Quando a análise for realizada no soro, a colheita será feita em tubo sem anticoagulante,
para que ocorra o processo de coagulação. Quando se pretende fazer a análise no plasma,
a amostra deverá ser recolhida num tubo com anticoagulante específico (http://www.
acispes.com.br).
Quando o paciente tiver apenas exames de coagulação, deverá ser coletado primeiro
um tubo de descarte. Isso é devido ao fato de o primeiro fluxo de sangue coletado conter
os fatores de coagulação, principalmente a protrombina, o que altera os resultados
(http://www.ufrgs.br/lacvet).
Quando se pretende fazer análise de coagulação, deverá ser colhida uma amostra de
plasma. Esta será obtida através da coleta em tubo de citrato de sódio (tubo de tampa
azul). O citrato de sódio é um quelante de cálcio que reage com o cálcio livre do sangue
formando sais insolúveis. A ausência de cálcio livre impede a efetivação do mecanismo
de coagulação sanguínea. Após coleta, este tubo deve ser homegeinizado de 5 a 8 vezes
para evitar a formação de coágulos e hemólise (http://www.biomedicinabrasil.com).
Quando se pretende fazer análise bioquímica, gasometria ou outros exames, deverá ser
colhida uma amostra de plasma. Está será obtida através da coleta em tubo contendo
heparina (tubo de tampa verde). Após coleta de sangue, este tubo deve ser invertido
cuidadosamente por 8 a 10 vezes para evitar a formação de coágulos e hemólise
(RENDRIK, 2001).
102
ANTICOAGULANTES E TRANPORTE DA AMOSTRA DE SANGUE │ UNIDADE IV
Para análise hematológica, deverá ser colhida uma amostra de sangue total. Esta será
obtida por meio da coleta em tubo contendo EDTA (tubo de tampa roxa). Este tubo
contém anticoagulante específico para evitar a coagulação. Após coleta, para se evitar a
formação de coágulos e hemólise, este tubo deve ser invertido por 5 a 8 vezes (http://
www.manualmerck.net/).
Para realizar análise de glicemia, deverá ser colhida uma amostra de plasma. Esta
será obtida através da coleta com tubo contendo fluoreto de sódio com EDTA
(tubo de tampa cinza). O sangue coletado na presença deste anticoagulante deve ser
homogeinizado logo após a coleta por 5 a 8 vezes, prevenindo assim a coagulação e a
hemólise deste (RENDRIK, 2001).
103
UNIDADE IV │ ANTICOAGULANTES E TRANPORTE DA AMOSTRA DE SANGUE
Quadro 11. Relação de anticoagulantes e exames a serem realizados (preparado pelo autor deste caderno).
»» Eritrograma
EDTA Hematologia »» Leucograma Sangue total
»» Plaquetas
»» Tempo de coagulação
Hematologia »» Retração de coágulo
Citrato de sódio Plasma
(coagulação) »» Tempo Parcial de tromboplastina.
»» Tempo de protrombina
»» Glicose
Fluoreto de sódio + EDTA Bioquímica Plasma
»» Lactato
»» Determinações especiais de
Heparina Bioquímica bioquímica (Zinco, Chumbo, Cobre). Sangue total
»» Gasometria
104
CAPÍTULO 2
Transporte da amostra de sangue
Transporte de Amostra é de grande importância para a coleta de sangue, uma vez que
pode vir a ser um fator de interferência pré-analítica.
O processamento inicial da amostra inclui etapas que vão da coleta até a realização
do exame e compreendem três fases distintas: pré-centrifugação, centrifugação e pós-
centrifugação. Quando os exames não forem realizados logo após a coleta, as amostras
devem ser processadas até o ponto em que possam aguardar as dosagens em condições
para que não haja interferência significativa em seus constituintes. O tempo entre a
coleta e centrifugação do sangue não deve exceder uma hora (portal.anvisa.gov.br/).
As amostras colhidas com anticoagulante, nas quais o exame será realizado em sangue
total, devem ser mantidas refrigeradas até o procedimento, em temperatura de 4 a
8ºC. Plasma, soro e sangue total podem ser usados para a realização de alguns exames,
embora os constituintes estejam distribuídos em concentrações diferentes entre estas
matrizes. Assim, resultados no sangue total são diferentes daqueles obtidos no plasma
ou soro em função da distribuição de água nas hemácias: um determinado volume de
plasma ou de soro contém 93% de água, enquanto o mesmo volume de sangue total
possui apenas 81% de água (portal.anvisa.gov.br/).
105
UNIDADE IV │ ANTICOAGULANTES E TRANPORTE DA AMOSTRA DE SANGUE
106
ANTICOAGULANTES E TRANPORTE DA AMOSTRA DE SANGUE │ UNIDADE IV
.
Figura disponível em Guia para transporte de sangue e componentes, 2013.
107
UNIDADE IV │ ANTICOAGULANTES E TRANPORTE DA AMOSTRA DE SANGUE
108
ANTICOAGULANTES E TRANPORTE DA AMOSTRA DE SANGUE │ UNIDADE IV
Quadro 12. Intervalo de temperatura de transporte (adaptado Portaria 1353/11 e RDC Anvisa 57/2010).
Concentrado de Hemácias 1 a 10
Concentrado de Plaquetas 20 a 24
≤ - 18 (para transfusão)
Plasma
≤ - 20 (insumo farmacêutico)
109
UNIDADE IV │ ANTICOAGULANTES E TRANPORTE DA AMOSTRA DE SANGUE
Vale salientar alguns pontos importantes que devem ser levados em consideração no
transporte de amostra laboratorial.
Transporte interno
(http://portal.anvisa.gov.br)
110
ANTICOAGULANTES E TRANPORTE DA AMOSTRA DE SANGUE │ UNIDADE IV
Transporte externo
(http://portal.anvisa.gov.br)
Estocagem de amostras
(Sociedade brasileira de patologia clínica medicina laboratorial, 2009)
111
UNIDADE IV │ ANTICOAGULANTES E TRANPORTE DA AMOSTRA DE SANGUE
112
Para (não) Finalizar
113
Para (Não) Finalizar
Alguns dos motivos para ser um doador são morais, como por exemplo (DANTAS,
2002):
No Brasil, onde 50% das doações são para repor o estoque usado pelos pacientes, é muito
comum que uma pessoa comece a doar sangue porque alguém conhecido precisou de
uma transfusão e depois continue a doar voluntariamente apenas para ajudar a outros
(a motivação passa de pessoal para moral) (JUNQUEIRA e colaboradores, 2005).
Entretanto, sabe-se que há algumas pessoas que não podem doar sangue, mas esta
pessoa pode ajudar de outra maneira como divulgando a causa para conhecidos e
participando de organizações sociais que promovem a causa. O trabalho voluntário
também é essencial para garantir a doação de sangue no Brasil (DANTAS, 2002).
Assim, a doação de sangue hoje em dia vem sendo um problema na área de saúde, uma
vez que não se tem a conscientização da população para o quanto este simples ato pode
salvar uma vida.
114
Referências
ANDRIOLO, A.; BALLARATI, C.A.; BARBOSA, I.V.; MARTINS, A.R.; MELO, M.R.;
MENDES, M.E.; ROMANO, P.; SUMITA, N.M.; TRINDADE, P.A. Recomendações
da Sociedade Brasileira de Patologia Clínica/ Medicina laboratorial para
coleta de sangue venoso – 2. ed. São Paulo: Minha Editora, 2010. BRASIL. Agência
Nacional de Vigilância Sanitária. Higienização das mãos em serviços de saúde/Agência
Nacional de Vigilância Sanitária. – Brasília: Anvisa, 2007. HENRY, J. B. Diagnósticos
clínicos e tratamento por métodos laboratoriais. 20. ed. São Paulo (SP): Manole, 2008.
xvii,1734p.
ARAUJO, Maria Rita Elmor. Journal Infections Control 2012; 1 (1): 08-19.
115
Referências
NCCLS. Tubes and Additives for Venous Blood Specimen Collection; Approved Standard
– Fifth Edition. NCCLS document H1-A5. Pennsylvania – USA, 2003.
116
Referências
COMITTE. Report of the Expert Comitte on the Diagnosis and classification of Diabetes
mellitus. Clinical recommendations. 2004.
117
Referências
Sites
http://bvsms.saude.gov.br/>
http://laboratoriobiolider.com.br/>
http://pegasus.fmrp.usp.br/projeto/legislacao/PORTARIA%20CVS%2013.pdf>
http://rca.fmrp.usp.br/servico/gastro/documentos/cirurgia/gastro/capitulos/
hemostasia_revisado.pdf>
http://revista.fmrp.usp.br/2001/vol34n3e4/fisiologia_coagulacao.pdf>
http://seu-sangue.blogspot.com.br/>
http://slideplayer.com.br/slide/47963/>
http://tede.biblioteca.ufpb.br/bitstream/tede/6946/1/arquivototal.pdf>
http://telelab.aids.gov.br/>
http://telelab.aids.gov.br/moodle/mod/resource/view.php?id=723>
http://www.acispes.com.br/Downloads/Manual_Coleta_Material_Biologico.pdf>
http://www.ameo.org.br/home/conhecimento/168-quais-sao-as-celulas-do-
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