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Produção Florestal
Brasília-DF.
Elaboração
Produção
APRESENTAÇÃO.................................................................................................................................. 5
INTRODUÇÃO.................................................................................................................................... 8
UNIDADE I
ASPECTOS DAS ÁRVORES, MUDAS E SILVICULTURA................................................................................. 11
CAPÍTULO 1
ECOFISIOLOGIA, GENÉTICA E MELHORAMENTO FLORESTAL..................................................... 11
CAPÍTULO 2
SILVICULTURA........................................................................................................................... 20
CAPÍTULO 3
SEMENTES E MUDAS FLORESTAIS.............................................................................................. 27
UNIDADE II
ESTRESSES BIÓTICOS, ANATOMIA E SECAGEM DA MADEIRA................................................................... 36
CAPÍTULO 1
CONTROLE DE PRAGAS E PATOLOGIA FLORESTAL.................................................................... 37
CAPÍTULO 2
ANATOMIA E IDENTIFICAÇÃO DE MADEIRAS............................................................................ 48
CAPÍTULO 3
PROPRIEDADES DA MADEIRA, RELAÇÃO ÁGUA-MADEIRA E SECAGEM..................................... 53
UNIDADE III
QUÍMICA, POLPA CELULÓSICA E BIODEGRADAÇÃO DA MADEIRA......................................................... 80
CAPÍTULO 1
QUÍMICA DA MADEIRA............................................................................................................ 80
CAPÍTULO 2
TECNOLOGIA DA PRODUÇÃO DE POLPA CELULÓSICA............................................................. 89
CAPÍTULO 3
BIODEGRADAÇÃO E PRESERVAÇÃO DA MADEIRA................................................................... 93
UNIDADE IV
PRODUTOS MADEIREIROS, QUALIDADE E INOVAÇÃO.......................................................................... 110
CAPÍTULO 1
LAMINAÇÃO, PRODUÇÃO E UTILIZAÇÃO DE COMPENSADOS, CHAPAS DE COMPOSIÇÃO E
MADEIRAS LAMINADAS ......................................................................................................... 110
CAPÍTULO 2
PROCESSAMENTO MECÂNICO DA MADEIRA E TÉCNICAS DE SERRARIA.................................. 122
CAPÍTULO 3
QUALIDADE, GESTÃO E INOVAÇÃO TECNOLÓGICA .............................................................. 126
REFERÊNCIAS................................................................................................................................. 132
Apresentação
Caro aluno
Conselho Editorial
5
Organização do Caderno de
Estudos e Pesquisa
A seguir, apresentamos uma breve descrição dos ícones utilizados na organização dos
Cadernos de Estudos e Pesquisa.
Provocação
Textos que buscam instigar o aluno a refletir sobre determinado assunto antes
mesmo de iniciar sua leitura ou após algum trecho pertinente para o autor
conteudista.
Para refletir
Questões inseridas no decorrer do estudo a fim de que o aluno faça uma pausa e reflita
sobre o conteúdo estudado ou temas que o ajudem em seu raciocínio. É importante
que ele verifique seus conhecimentos, suas experiências e seus sentimentos. As
reflexões são o ponto de partida para a construção de suas conclusões.
Atenção
6
Saiba mais
Sintetizando
7
Introdução
O cultivo de espécies florestais para a produção de fibras (madeira), resinas e
derivados procura atender um mercado em constate expansão e demanda.
Contudo, a produção silvicultural é uma ciência e arte que exigem conhecimento
técnico especializado e entendimento dos fatores que afetam o desenvolvimento
de uma árvore.
Diversos aspectos durante o ciclo de uma espécie florestal, da produção das mudas
à serraria e confecção das peças finais são importantes na definição da qualidade da
madeira. Muitos desses aspectos, assim como suas interações, são apresentados e
discutidos nessa apostila.
Para compreender todos esses assuntos, o estudo será dividido em quatro Unidades.
Primeiramente, serão vistos os aspectos ecofisiológicos das arvores, as características
e possíveis manipulações genéticas. Em seguida, será discutida a silvicultura de
forma geral para que, desse modo, se possa adentrar no assunto das sementes e
mudas florestais.
Na segunda unidade, serão abordados temas que envolvem a sanidade das florestas.
Visto isso, serão discutidas as propriedades físicas e mecânicas das madeiras.
O assunto da secagem será tratado com ênfase.
Por fim, a última unidade trata dos produtos madeireiros, bem como sua
utilização e produção. Serão descritas características dos compensados,
chapas de composição e das madeiras laminadas. O encerramento do estudo
se dará por meio da atualização dos conhecimentos acerca da qualidade
da madeira, gestão e da inovação tecnológica.
8
Objetivos
» Apresentar as principais características estruturais e anatômicas
de uma árvore, suas relações ecofisiológicas e efeitos do manejo
silvicultural.
9
10
ASPECTOS DAS
ÁRVORES, MUDAS E UNIDADE I
SILVICULTURA
Caro aluno, para iniciar no assunto, serão vistos alguns fatores que levam ao estresse
das plantas e como isso pode restringir o funcionamento normal e saudável de seus
sistemas biológicos. Serão vistos, também, os padrões de crescimento das árvores e o
desempenho fotossintético delas.
Você verá como a silvicultura tem impacto na economia nacional e quais principais
produtos, madeireiros e não madeireiros, são oriundos dessa atividade. Técnicas
como o desbaste e desrame serão tratadas com maior detalhamento.
CAPÍTULO 1
Ecofisiologia, genética e melhoramento
florestal
Ecofisiologia
O estudo da ecofisiologia de espécies florestais envolve a investigação do
comportamento morfofisiológico da árvore nas diversas interações das condições
físicas, químicas e biológicas do sistema edafoclimático. Este estudo visa, portanto,
11
UNIDADE I │ ASPECTOS DAS ÁRVORES, MUDAS E SILVICULTURA
Os estresses que afetam as plantas podem ser entendidos como uma condição
adversa, na qual restringem o funcionamento normal e saudável dos sistemas
biológicos. Segundo Mahajan e Tuteja (2005), plantas estressadas por meio de
células receptoras recebem, ou receberam, uma série de sinais que em contrapartida
desencadeiam uma série de respostas para se manterem perenes e produtivas no
ecossistema. A amplitude dessas respostas depende, contudo, da capacidade de
adaptação da planta aos estresses incidentes (BENGOUGH et al., 2006).
12
ASPECTOS DAS ÁRVORES, MUDAS E SILVICULTURA │ UNIDADE I
Fonte: https://www.celuloseonline.com.br/wp-content/uploads/2016/11/controle-hidrico-florestal-eucalipto.jpg.
A avaliação dos intervalos das condições climáticas às quais a espécie florestal está
adaptada permite examinar não só os padrões de crescimento da árvore em relação
à temperatura média e disponibilidade de água assim como a sua capacidade em
resistir a extremos durante suas várias etapas de crescimento (LANDSBERG; SANDS,
2011). Segundo Stape et al. (2004), o entendimento dessas condições é impulsionado
pela demanda por plantações florestais e pelo objetivo de constantes aumentos
de produtividade, o que evidencia mais ainda a necessidade do conhecimento da
ecofisiologia de espécies florestais em condições de limitações dos recursos naturais.
13
UNIDADE I │ ASPECTOS DAS ÁRVORES, MUDAS E SILVICULTURA
O índice de área foliar é uma variável biométrica que apresenta elevada relação
à produtividade de biomassa em uma comunidade vegetal (GOWER et al., 1999;
XAVIER; VETTORAZZI, 2003), e como parâmetro para modelos relacionados à
evapotranspiração foliar, à dinâmica ciclos de carbono e de água e naturalmente,
à produtividade florestal (RODRIGUEZ et al., 2009).
14
ASPECTOS DAS ÁRVORES, MUDAS E SILVICULTURA │ UNIDADE I
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UNIDADE I │ ASPECTOS DAS ÁRVORES, MUDAS E SILVICULTURA
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ASPECTOS DAS ÁRVORES, MUDAS E SILVICULTURA │ UNIDADE I
Fonte: https://encrypted-tbn0.gstatic.com/images?q=tbn%3AANd9GcScRSrfAc8y8rJn90Fgqs4bjUk-Vp1RZX_3Jg&usqp=CAU.
17
UNIDADE I │ ASPECTOS DAS ÁRVORES, MUDAS E SILVICULTURA
18
ASPECTOS DAS ÁRVORES, MUDAS E SILVICULTURA │ UNIDADE I
19
CAPÍTULO 2
Silvicultura
Tabela 1. Produtos madeireiros, não madeireiros e serviços ambientais gerados pelas plantações florestais.
Produtos
Produtos Madeireiros Serviços Ambientais
Não Madeireiros
Tanino; gomas; resinas; breu; colas; tintas; Conservação do solo; qualidade do ar; fixação
Celulose e papel Madeira tratada
solventes; resinas. do carbono.
20
ASPECTOS DAS ÁRVORES, MUDAS E SILVICULTURA │ UNIDADE I
Fonte: https://www.celuloseonline.com.br/wp-content/uploads/2016/10/ind%C3%BAstria-florestal-ff.jpg.
21
UNIDADE I │ ASPECTOS DAS ÁRVORES, MUDAS E SILVICULTURA
Desbaste
O desbaste de árvores é a redução do número de árvores na área para que
se desenvolva um determinado povoamento de modo a regular a competição
por luz, espaço e nutrientes, o que permite às árvores restantes um melhor
desenvolvimento durante o restante do ciclo (Figura 4).
Fonte: https://belavistaflorestal.com.br/wp-content/uploads/2018/01/img55f5f0c011231.jpg.
22
ASPECTOS DAS ÁRVORES, MUDAS E SILVICULTURA │ UNIDADE I
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UNIDADE I │ ASPECTOS DAS ÁRVORES, MUDAS E SILVICULTURA
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ASPECTOS DAS ÁRVORES, MUDAS E SILVICULTURA │ UNIDADE I
Desrame
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UNIDADE I │ ASPECTOS DAS ÁRVORES, MUDAS E SILVICULTURA
Fonte: https://belavistaflorestal.com.br/wp-content/uploads/2018/01/img55481a9543949.jpeg.
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CAPÍTULO 3
Sementes e mudas florestais
Sementes florestais
27
UNIDADE I │ ASPECTOS DAS ÁRVORES, MUDAS E SILVICULTURA
semente
pistilo
núcleo
ovário meiose mitose endosperma esporófito esporófito
óvulo triplóide jovem maduro
saco endosperma
megásporo
embrionário
Fonte: https://www.infoescola.com/wp-content/uploads/2007/11/ciclo-de-vida-angiosperma-1024272037-scaled.jpg.
Existem outros elementos na flor que são ditos complementares cuja função
é de proteção e/ou atração para polinizadores. A função de proteger visa a
preservar os elementos fundamentais da flor (androceu e gineceu). O perianto
de uma flor forma um cálice em torno do androceu e gineceu e é composto por
folhas modificadas, as sépalas e as pétalas.
28
ASPECTOS DAS ÁRVORES, MUDAS E SILVICULTURA │ UNIDADE I
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UNIDADE I │ ASPECTOS DAS ÁRVORES, MUDAS E SILVICULTURA
A produção de sementes por uma árvore é afetada por fatores que podem
comprometer a quantidade e a qualidade das sementes produzidas. Fatores como
a genética e a maturidade da planta-mãe, a competição, a exposição da copa à luz
solar, o clima, as condições de fertilidade do solo, assim como pragas e doenças são
críticos para a produção das sementes por uma planta.
Anemocoria (dispersão realizada pelo vento para os frutos ditos alados, com
estruturas adaptadas para fluir com o vento), zoocoria (dispersão realizada
por animais, podendo ser aderidas ao animal ou dispersas porque o fruto é
comestível), ornitocoria (dispersão realizada pássaros), hidrocória (dispersão
realizada pela água, flutuando em cursos d’água) e antropocoria (dispersão
realizada pelo ser humano, que pode disseminar as sementes por diferentes
regiões, e muitas vezes fora de seu centro de origem).
30
ASPECTOS DAS ÁRVORES, MUDAS E SILVICULTURA │ UNIDADE I
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UNIDADE I │ ASPECTOS DAS ÁRVORES, MUDAS E SILVICULTURA
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ASPECTOS DAS ÁRVORES, MUDAS E SILVICULTURA │ UNIDADE I
É preciso indicar aqui que a produção de mudas em viveiros deve ser baseada
em legislação específica: Lei n. 10.711/2003; Decreto 5.153/2004. Os viveiros
florestais devem ser registrados no RENASEM (Registro Nacional de Sementes
e Mudas - MAPA); cada viveiro deve ter um responsável técnico - Engenheiro
Florestal ou Agrônomo registrado no CREA (Conselho Regional de Engenharia
e Agronomia).
Substratos
33
UNIDADE I │ ASPECTOS DAS ÁRVORES, MUDAS E SILVICULTURA
Para a produção de mudas em sacolas plásticas, uma mistura de solo com matéria
orgânica decomposta e adubo mineral é utilizada. A produção de mudas tubetes
geralmente é realizada com vermiculita e adubação mineral realizada somente
via irrigação. Algumas espécies florestais podem ser inoculadas através do
substrato com microrganismos simbiontes (p.e., fungos micorrízicos, bactérias
fixadoras de nitrogênio).
34
ASPECTOS DAS ÁRVORES, MUDAS E SILVICULTURA │ UNIDADE I
https://www.youtube.com/watch?v=ziMm-eBvz04.
35
ESTRESSES BIÓTICOS,
ANATOMIA E SECAGEM UNIDADE II
DA MADEIRA
36
CAPÍTULO 1
Controle de pragas e patologia florestal
Controle de pragas
O surgimento de insetos pragas nas principais espécies florestais utilizadas
para plantios no Brasil tem despertado o interesse e esforços do setor florestal
para a necessidade de programas integrados de controle de pragas mais
sustentáveis e econômicos.
Método legislativo: controle que se baseia nas leis, decretos e portarias dos
diferentes níveis institucionais e que obrigam o cumprimento de medidas de
controle (p.e., quarentena);
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UNIDADE II │ ESTRESSES BIÓTICOS, ANATOMIA E SECAGEM DA MADEIRA
Método mecânico: controle que causa a destruição direta dos insetos ou que
impeçam os danos causados pelos insetos praga pelo uso de barreiras e/ou
armadilhas (p.e., catação, revolvimento do solo);
MIP
Controle comportamental
Controle biológico
Controle químico
Controle genético
Controle varietal
Controle cultural
Níveis de controle
Monitoramento
Fonte: https://blog.aegro.com.br/wp-content/uploads/2018/02/bases-e-pilares-do-MIP.png.
Método químico: controle com o uso de compostos químicos que são aplicados
direta, ou indiretamente sobre os insetos e provocam sua morte.
38
ESTRESSES BIÓTICOS, ANATOMIA E SECAGEM DA MADEIRA │ UNIDADE II
Para saber mais sobre Manejo Integrado de Pragas – MIP assista a vídeo
disponível em:
https://www.youtube.com/watch?v=_xURwTbiklA.
Patologia florestal
Uma doença de planta pode caracterizada como qualquer desvio de suas
funções fisiológicas normais, sendo, portanto, causada pelo ataque de
39
UNIDADE II │ ESTRESSES BIÓTICOS, ANATOMIA E SECAGEM DA MADEIRA
40
ESTRESSES BIÓTICOS, ANATOMIA E SECAGEM DA MADEIRA │ UNIDADE II
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UNIDADE II │ ESTRESSES BIÓTICOS, ANATOMIA E SECAGEM DA MADEIRA
Fonte: https://1.bp.blogspot.com/-N5Hw02X4D5o/TpwvFQXB93I/AAAAAAAAAD0/V_49oVULjGU/s1600/tombamento.png.
Doenças em eucalipto
Lembremos que o eucalipto pode ser atacado por vários fitopatógenos desde
a fase de viveiro até árvores adultas. Geralmente, os problemas com doenças
bióticas são observados nas plantações de eucalipto, ocorrendo nos mais
variados locais de cultivo, variedades e épocas do ano (SANTOS et al., 2001).
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ESTRESSES BIÓTICOS, ANATOMIA E SECAGEM DA MADEIRA │ UNIDADE II
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UNIDADE II │ ESTRESSES BIÓTICOS, ANATOMIA E SECAGEM DA MADEIRA
Fonte: https://www.agrolink.com.br/upload/problemas/Oidium%20eucalypti2.jpg.
Fonte: https://www.clonareucalipto.com.br/wp-content/uploads/2017/05/Ferrugem-capa.png.
Doenças em pinus
44
ESTRESSES BIÓTICOS, ANATOMIA E SECAGEM DA MADEIRA │ UNIDADE II
Fonte: https://www.agrolink.com.br/upload/problemas/Cylindrocladium%20pteridis3.jpg.
Entre as podridões do Pinus sp. na fase adulta, uma das mais importantes é a
podridão causada por Armillaria sp (Figura 12), que também afeta um grande
número de plantas lenhosas. A doença se manifesta em árvore com 2 a 18 anos
de idade, que inicialmente se caracteriza um amarelecimento geral das acículas,
seguida de murcha, bronzeamento e seca, que normalmente, precedem à morte
da árvore. As espécies de Pinus sp.: P. elliottii, P. caribaea, P. kesiya, P. patula,
P. radiata e P. taeda são muito suscetíveis a Armillaria sp.; como P. taeda é a
espécie mais plantada no país sendo, portanto, a espécie com o maior número
de registros de ocorrência dessa doença.
45
UNIDADE II │ ESTRESSES BIÓTICOS, ANATOMIA E SECAGEM DA MADEIRA
Fonte: https://docplayer.com.br/docs-images/77/75539052/images/3-11.jpg.
46
ESTRESSES BIÓTICOS, ANATOMIA E SECAGEM DA MADEIRA │ UNIDADE II
Outra doença comum na cultura de Pinus sp. é a fumagina, causada pelo fungo
Capnodium sp., e sua ocorrência está estreitamente associada à ocorrência de
insetos, os quais, quando sugam a seiva dos ramos e acículas, eliminam-na
como uma substância açucarada que estimulam o desenvolvimento de fungos
(fumagina), de coloração escura que formam um mofo superficial sobre os
tecidos aéreos. Em condições de elevada umidade outros fungos podem ser
encontrados colonizando acículas de pinus. Os danos provocados pela fumagina
estão majoritariamente associados com a redução da atividade fotossintética das
acículas.
47
CAPÍTULO 2
Anatomia e identificação de madeiras
48
ESTRESSES BIÓTICOS, ANATOMIA E SECAGEM DA MADEIRA │ UNIDADE II
https://www.youtube.com/watch?v=ku9HAT4Lvqc.
49
UNIDADE II │ ESTRESSES BIÓTICOS, ANATOMIA E SECAGEM DA MADEIRA
50
ESTRESSES BIÓTICOS, ANATOMIA E SECAGEM DA MADEIRA │ UNIDADE II
Figura 13. Esquema de uma seção de tronco com os planos de observação X: plano transversal, R: plano
X
R
Fonte: Botosso, P. C. 2011. Identificação macroscópica de madeiras: guia prático e noções básicas para o seu
reconhecimento. Embrapa Florestas, 65 p.
51
UNIDADE II │ ESTRESSES BIÓTICOS, ANATOMIA E SECAGEM DA MADEIRA
Figura 14. Esquema de tronco de tarumã (Citharexylum myrianthum) ilustrando aspectos microscópicos da
madeira nos três planos de observação. A) seção transversal apresentando anel de crescimento e separação
entre lenhos inicial e tardio; B) seção longitudinal tangencial apresentando elementos vasculares curtos (vasos); C)
Fonte: Appezzato-da-Glória, B.; Carmelo-Guerreiro, S. M. (Eds). 2006. Anatomia Vegetal. Editora UFV, 438 p.
52
CAPÍTULO 3
Propriedades da madeira, relação
água-madeira e secagem
53
UNIDADE II │ ESTRESSES BIÓTICOS, ANATOMIA E SECAGEM DA MADEIRA
Figura 15. Corpos-de-prova Pinus caribaea var. hondurensis para avaliações de cisalhamento (A); flexão estática
(B); compressão paralela às fibras (C); e compressão perpendicular (D). Medidas em milímetros (mm).
50
30
25
Direção das fibras
20
64
25
410
Direção
50
B
A
A
Direção das fibras
Direção das
150
200
50
50
50
50
Fonte: Moraes Neto, S. P.; Teles, R. F. Rodrigues, T. O.; Vale A. T.; Souza, M. R. 2009. Propriedades mecânicas da madeira de
cinco procedências de Pinus caribaea var. hondurensis implantadas no cerrado do Distrito Federal, DF. Empresa Brasileira
de Pesquisa Agropecuária - EMBRAPA Cerrados. Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, Boletim de Pesquisa e
Desenvolvimento, Planaltina, 2009.
FE r = (M máx / We)*10 -6
54
ESTRESSES BIÓTICOS, ANATOMIA E SECAGEM DA MADEIRA │ UNIDADE II
CP par = C máx / A
CP pel = (C / A)*10 -6
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UNIDADE II │ ESTRESSES BIÓTICOS, ANATOMIA E SECAGEM DA MADEIRA
Em estudo conduzido por Scanavaca Jr. e Garcia (2004) e por Müller et al.
(2014) foram determinadas das propriedades físicas e mecânicas da madeira
de Eucalyptus urophylla e Eucalyptus benthamii, respectivamente. Entre as
propriedades avaliadas nessas espécies de eucalipto estão:
56
ESTRESSES BIÓTICOS, ANATOMIA E SECAGEM DA MADEIRA │ UNIDADE II
radial (RR). Quanto mais baixa esta razão, quanto mais próxima de um, em geral,
melhor é a espécie florestal para marcenaria. Por exemplo, a retratibilidade
excessivamente alta das espécies de Eucalyptus sp. é um dos principais
impeditivos para o seu uso como madeira sólida (HILLIS, 1978). Os efeitos
combinados da retração tangencial e radial deformam as peças de madeira
devido a diferenças na curvatura dos anéis de crescimento e nas retrações ao
longo da peça. A retração e a deformação da madeira variam significativamente
conforme a posição radial de onde a peça foi retirada (USDA, 1987).
Relação água-madeira
Em uma madeira a água segue fluxos de elevada complexidade devido à estrutura
da madeira ser heterogênea por ser constituída por um sistema de cavidades
aproximadamente regulares e de paredes celulares pelos fenômenos físicos que
controlam o fluxo da água no estado líquido e vapor na estrutura aberta, assim
como da água nas paredes celulares.
57
UNIDADE II │ ESTRESSES BIÓTICOS, ANATOMIA E SECAGEM DA MADEIRA
Quando o teor de água está acima do ponto de saturação das fibras, a água
passa a se acumular nas cavidades das células da madeira (água livre), não
se verificando efeito significativo sobre a resistência da madeira associado à
variação do teor de umidade deste ponto em diante.
Para teores de umidade na madeira entre 0%, quando a madeira seca em estufa,
até o ponto de saturação das fibras a água se acumula apenas nas paredes das
células da madeira, dita água de impregnação. Esta água de impregnação que
afeta sensivelmente a resistência da madeira devido à redução das ligações por
pontes de hidrogênio com o aumento da quantidade de água entre os polímeros
orgânicos das paredes das células.
Figura 16. Curvas de tensão-deformação de ensaios de compressão normal às fibras, em Pseudotsuga menziesii
Seca em estufa
1250
1000
Tensão (psi)
Seca ao ar
750
Verde
500
250
58
ESTRESSES BIÓTICOS, ANATOMIA E SECAGEM DA MADEIRA │ UNIDADE II
Figura 17. Umidade de equilíbrio da madeira em vários ambientes. Os teores de umidade podem variar
26
Teor de unidade satisfatório para:
25 impregnação por pressão;
creosotamento e impregnação com
24 retardantes de incêndio.
23
TEOR DE UMIDADE ALCANÇADO
Linha de segurança do apodrecimento (secar e
Teor de umidade da madeira U (%)
22
MADEIRA ESTABILIZADA AO AR molhar apodrece).
21
Carpintaria exterior.
20
Mobília para jardins.
19
Aeronaves, veículos a motor, tombadilhos de navios, tear
18 têxtil, e etc.
É necessário adicionar calor, artificialmente, para
17 aquecida ocasionalmente.
59
UNIDADE II │ ESTRESSES BIÓTICOS, ANATOMIA E SECAGEM DA MADEIRA
Três métodos básicos de secagem foram empregados por Madsen (1992) para
retirar umidade da madeira e estudar o efeito do teor de umidade sobre a
resistência à flexão em diferentes níveis de umidade final:
60
ESTRESSES BIÓTICOS, ANATOMIA E SECAGEM DA MADEIRA │ UNIDADE II
61
UNIDADE II │ ESTRESSES BIÓTICOS, ANATOMIA E SECAGEM DA MADEIRA
Tratamento com polietileno glicol (PEG) - este método apresenta bons resultados
e é compatível com as possibilidades e requerimentos de pequenas indústrias.
O PEG é composto por polímeros de glicol cujas moléculas se ligam por pontes
de éter entre grupos etílicos por desidratação (liberação da água).
Existem vários tipos de PEG que são solúveis em água e podem ser agrupados como a
seguir (MORESCHI, 2014):
62
ESTRESSES BIÓTICOS, ANATOMIA E SECAGEM DA MADEIRA │ UNIDADE II
Secagem da madeira
Introdução
A água na madeira
63
UNIDADE II │ ESTRESSES BIÓTICOS, ANATOMIA E SECAGEM DA MADEIRA
evaporação
evaporação
Madeira Madeira
verde seca
evaporação
evaporação
Ventilação ar exterior
Gradiente do
teor em água
Fonte: Santos, J. A. 2005. A secagem e as relações da água com a madeira. Bem Utilizar a Madeira. Encontro sobre a
Madeira e suas Aplicações Nobres. Universidade do Minho .
64
ESTRESSES BIÓTICOS, ANATOMIA E SECAGEM DA MADEIRA │ UNIDADE II
65
UNIDADE II │ ESTRESSES BIÓTICOS, ANATOMIA E SECAGEM DA MADEIRA
A secagem da madeira
Figura 19. Curvas do teor de água na madeira em equilíbrio com a umidade relativa do ar em diferentes
temperaturas de secagem.
30
28
Teor em água de equilíbrio (%)
26
24
22
20
18
16
14
12
10
0
10 15 20 25 30 35 40 45 50 55 60 65 70 75 80 85 90 95 100
Fonte: Santos, J. A. 2005. A secagem e as relações da água com a madeira. Bem Utilizar a Madeira. Encontro sobre a
Madeira e suas Aplicações Nobres. Universidade do Minho.
66
ESTRESSES BIÓTICOS, ANATOMIA E SECAGEM DA MADEIRA │ UNIDADE II
Esse controle é importante para que uma madeira chegue no seu destino
final com a umidade próxima à da umidade que vai ter durante sua vida
útil.
Figura 20. Teores recomendados de água em madeiras de acordo a aplicação a que se destina.
30% 30%
LIMITE DE
SEGURANÇA
25% 25%
CONTRA
MADEIRA EM CONTATO COM FOCOS DE UMIDADE PODRIDÃO
22% 22%
SECAGEM
LOCAIS FECHADOS E AQUECIDOS
10% 10% ARTIFICIAL
LOCAIS COM AQUECIMENTO CONTÍNUO NECESSÁRIA
8% 8%
UTILIZAÇÕES ESPECIAIS
0 10 20 30 40 50 60 70 80 90 100
Fonte: Santos, J. A. 2005. A secagem e as relações da água com a madeira. Bem Utilizar a Madeira. Encontro sobre a
Madeira e suas Aplicações Nobres. Universidade do Minho.
67
UNIDADE II │ ESTRESSES BIÓTICOS, ANATOMIA E SECAGEM DA MADEIRA
Madeiras com elevado teor em água (acima dos 20% e até saturação do interior
dos espaços vazios - entre 25 e 35%) são favoráveis ao desenvolvimento de
microrganismos degradadores da madeira (as podridões). O apodrecimento da
madeira compromete desde cedo a resistência mecânica da peça ou estrutura. O
processo de apodrecimento, depois de iniciado na madeira, tende a prosseguir
mesmo com redução das condições de umidade.
68
ESTRESSES BIÓTICOS, ANATOMIA E SECAGEM DA MADEIRA │ UNIDADE II
69
UNIDADE II │ ESTRESSES BIÓTICOS, ANATOMIA E SECAGEM DA MADEIRA
70
ESTRESSES BIÓTICOS, ANATOMIA E SECAGEM DA MADEIRA │ UNIDADE II
Apesar dos cuidados com o manejo da madeira após o seu corte, podem ainda
existir tensões que se desenvolvem na madeira que causam defeitos chegando a
inviabilizar o produto final. Porém, determinados defeitos são característicos,
ou mais comuns, em certas espécies florestais, ou de certas peças de madeira.
Como apresentado aqui, estes defeitos se manifestam principalmente durante a
perda de umidade e podem ser agravados, ou não, pela secagem.
71
UNIDADE II │ ESTRESSES BIÓTICOS, ANATOMIA E SECAGEM DA MADEIRA
72
ESTRESSES BIÓTICOS, ANATOMIA E SECAGEM DA MADEIRA │ UNIDADE II
Quando a tensão de tração da superfície mais seca for de magnitude maior que a
da resistência mecânica do material do interior da madeira, ocorre o surgimento
de rachaduras superficiais no sentido longitudinal. Essas rachaduras são mais
comuns nos extremos (topos) das peças de madeira serrada devido à maior
perda de água no sentido longitudinal (sentido das fibras da madeira) do
que no sentido transversal da tora ou peça. Consequentemente, a região da
madeira próxima ao topo secará mais rapidamente dando origem a tensões
transversais que causam rachaduras no sentido dos raios da madeira.
73
UNIDADE II │ ESTRESSES BIÓTICOS, ANATOMIA E SECAGEM DA MADEIRA
Para a correta secagem de uma madeira, exige-se uma preparação em que devem
ser observadas indicações fundamentais:
https://www.youtube.com/watch?v=P5goR5pbgUA.
74
ESTRESSES BIÓTICOS, ANATOMIA E SECAGEM DA MADEIRA │ UNIDADE II
mais grossos e afastados entre si; madeiras para secar que sejam mais finas
ou mais tendenciosas a empenamentos e requerem separadores menos
espessos e mais próximos. Cada camada de madeiras para secar deve
receber os separadores colocados exatamente no início e no fim das peças,
e os separadores intermediários devem ser colocados a uma distância
equidistante e alinhados verticalmente para prevenir empenamentos devido
à má distribuição das forças (Figura 22). Todos estes cuidados resultam em
uma pilha de madeira mais estável e de movimentação mais fácil, além de
uma secagem mais uniforme dessa pilha e uma redução na ocorrência de
empenamentos (JANKOWSKY; GALINA, 2013).
Fonte: https://mercampo.com.br/wp-content/uploads/2019/07/madeira-serrada-2-pinustec-mercampo.jpg.
75
UNIDADE II │ ESTRESSES BIÓTICOS, ANATOMIA E SECAGEM DA MADEIRA
76
ESTRESSES BIÓTICOS, ANATOMIA E SECAGEM DA MADEIRA │ UNIDADE II
Fonte: https://www.solucoesindustriais.com.br/images/produtos/imagens_646/secador-de-madeira_6.jpg.
77
UNIDADE II │ ESTRESSES BIÓTICOS, ANATOMIA E SECAGEM DA MADEIRA
https://www.youtube.com/watch?v=mfAzOEobUxI.
78
ESTRESSES BIÓTICOS, ANATOMIA E SECAGEM DA MADEIRA │ UNIDADE II
79
QUÍMICA, POLPA
CELULÓSICA E UNIDADE III
BIODEGRADAÇÃO
DA MADEIRA
Nesta unidade, caro aluno, você entenderá mais afundo como por meio da
química da madeira podemos distinguir características de crescimento,
fisiológicas e grupos de espécimes florestais. Como algumas substâncias
encontradas podem determinar características físicas e até mecânicas da
madeira.
CAPÍTULO 1
Química da madeira
Introdução
Como apresentado, a madeira é um material heterogêneo cuja variabilidade
estrutural e variabilidade química são refletidas nas diversas propriedades
físicas, como: permeabilidade, densidade, capilaridade, difusão da água de
80
QUÍMICA, POLPA CELULÓSICA E BIODEGRADAÇÃO DA MADEIRA │ UNIDADE III
81
UNIDADE III │ QUÍMICA, POLPA CELULÓSICA E BIODEGRADAÇÃO DA MADEIRA
MADEIRA
_______________________↓_______________________
↓ ↓
Substâncias de Substâncias
Baixo Peso Molecular Macromeleculares
↓ ↓ ↓ ↓
Matéria Matéria Polissacarídeos LIGNINA
Orgânica Inorgânica ↓ ↓
↓ ↓ CELULOSE POLIOSES
EXTRATIVOS CINZAS
Fonte: Klock, U.; Andrade, A. S. 2013. Manual Didático - Química da Madeira. 4. Ed. UFPR. 87 p.
82
QUÍMICA, POLPA CELULÓSICA E BIODEGRADAÇÃO DA MADEIRA │ UNIDADE III
As substâncias de baixo peso molecular também são comuns nas madeiras. Estão
junto aos componentes da parede celular e existem em numerosa variedade de
substâncias. Essas substâncias são chamadas muitas vezes denominadas de
materiais acidentais, ou estranhos, da madeira. Estes materiais agregam certas
propriedades à madeira, como: cheiro, cor e gosto. Embora as substâncias de
baixo peso molecular contribuam somente com uma fração da massa da madeira,
elas podem influenciar significativamente as propriedades e a qualidade do
processamento das madeiras.
83
UNIDADE III │ QUÍMICA, POLPA CELULÓSICA E BIODEGRADAÇÃO DA MADEIRA
84
QUÍMICA, POLPA CELULÓSICA E BIODEGRADAÇÃO DA MADEIRA │ UNIDADE III
Tabela 4. Componentes da madeira que podem ser avaliados por diferentes conjuntos de análises químicas.
1 2 3 4
Celulose
Celuloses (xilanas, mananas, Glucose, galactose, arabinose,
Polioses
pentosanas) xilose, rhamnose, ácidos urônicos,
Holocelulose Lignina residual acetil
Polioses residuais
Lignina ácida Lignina ácida Lignina
Lignina
Extrativos Lignina solúvel Gorduras, ceras, graxas taninos,
Extrativos em éter, álcool, água fenóis, terpeno, proteína,
Cinzas Solúveis em solvente quente e fria, vapor sacarídeos, substâncias pécticas
Solúveis em água Cinzas Catíons, aníons
Cinzas
Fonte: Adaptado de Klock, U.; Andrade, A. S. 2013. Manual Didático - Química da Madeira. 4. Ed. UFPR. 87 p.
85
UNIDADE III │ QUÍMICA, POLPA CELULÓSICA E BIODEGRADAÇÃO DA MADEIRA
Figura 25. Esquema de preparação de uma amostra de madeira para análise química.
ÁRVORE
SERRAGEM
CLASSIFICAÇÃO
ACONDICIONAMENTO
ANÁLISE
Fonte: Klock, U.; Andrade, A. S. 2013. Manual Didático - Química da Madeira. 4. Ed. UFPR. 87 p.
Extrativos da madeira
Entre os extrativos, há uma grande diversidade de compostos químicos que
podem ser quantificados apesar de representarem apenas uma fração da
madeira. O exame dos extrativos isolados de uma madeira pode ser com o
propósito de detalhar a estrutura e composição da própria madeira, assim
como para remover as substâncias extraídas para a análise dos componentes
macromoleculares restantes nas paredes celulares.
86
QUÍMICA, POLPA CELULÓSICA E BIODEGRADAÇÃO DA MADEIRA │ UNIDADE III
87
UNIDADE III │ QUÍMICA, POLPA CELULÓSICA E BIODEGRADAÇÃO DA MADEIRA
88
CAPÍTULO 2
Tecnologia da produção de polpa
celulósica
Introdução
A madeira representa entre 90 e 95% de toda a matéria-prima fibrosa utilizada na
indústria de celulose no mundo. Atualmente, 100% da produção de celulose e
papel no Brasil utiliza de matéria-prima proveniente de áreas de reflorestamento,
principalmente de eucalipto e pinus, e uma fração é de origem de reciclagem.
Entre as razões para o maior uso das fibras vegetais e principal fonte de
matéria-prima celulose para a indústria, estão: o custo relativamente baixo;
a grande abundância; a origem renovável. As fibras vegetais são capazes de
absorver água entre seus componentes, inchando pela hidratação, que as torna
mais flexíveis (KLOCK; ANDRADE, 2013). As fibras vegetais também podem
se unir por ligações eletrostáticas e formarem uma rede ainda mais resistente.
89
UNIDADE III │ QUÍMICA, POLPA CELULÓSICA E BIODEGRADAÇÃO DA MADEIRA
composta por água e agentes químicos que resultam na polpa celulósica. Esta
polpa então passa por um processo de lavagem em tanques e centrífugas para
remover os cavacos que não se dissolveram.
2. Preparo 5. Produção de
da madeira 4. Branqueamento papel
6. Expedição
1.. R epção
da madeira 3. Cozimento no 5. Secagem e
digestor formação de fardos
90
QUÍMICA, POLPA CELULÓSICA E BIODEGRADAÇÃO DA MADEIRA │ UNIDADE III
91
UNIDADE III │ QUÍMICA, POLPA CELULÓSICA E BIODEGRADAÇÃO DA MADEIRA
92
CAPÍTULO 3
Biodegradação e preservação da
madeira
Introdução
O processo de deterioração da madeira os agentes físicos e químicos atuam em
conjuntamente com os organismos degradadores da madeira, acelerando este
processo. Entre os insetos que mais causam danos às madeiras destacam-se os
broqueadores cujas famílias de maior importância econômica são Cerambycidae
(Figura 27), Curculionidae (Figura 28) (Scolytinae, Platypodinae), Bostrichidae,
Lyctidae e Anobiidae. (MONTEIRO; GARLET, 2016), estes autores inclusive
concluem que para o manejo entomológico de florestais, independente das famílias
de insetos que causem danos, o monitoramento é essencial para a elaboração de
programas eficiente de manejo integrado de pragas.
Fonte: https://thumbs.dreamstime.com/t/larva-do-cerambycidae-de-madeira-do-besouro-rasteja-fora-do-furo-91479970.jpg.
Fonte:https://www.researchgate.net/profile/Jose_Zanuncio/publication/293491555/figure/fig1/AS:327015640125440@14549780
12103/figure-fig1_Q320.jpg.
93
UNIDADE III │ QUÍMICA, POLPA CELULÓSICA E BIODEGRADAÇÃO DA MADEIRA
Bactérias
As bactérias que atacam a madeira o fazem quando esta está em estado mais
úmido. Esta condição ocorre quando a madeira é recém-cortada, principalmente
na forma de toras e ainda está muito úmida, na forma de peças e lâminas logo
após o processamento industrial, quando está submersa em água, ou, por
alguma razão, readquira umidade novamente.
94
QUÍMICA, POLPA CELULÓSICA E BIODEGRADAÇÃO DA MADEIRA │ UNIDADE III
Fungos
95
UNIDADE III │ QUÍMICA, POLPA CELULÓSICA E BIODEGRADAÇÃO DA MADEIRA
de uma peça de madeira. Isso ocorre por ele ser dominante sobre os demais
microrganismos nas condições específicas em que a madeira se encontra.
96
QUÍMICA, POLPA CELULÓSICA E BIODEGRADAÇÃO DA MADEIRA │ UNIDADE III
Figura 29. Fungo manchador de madeiras que afetam a estética e dependendo da severidade podem afetar
Outro aspecto que exige atenção é para o teor de umidade da madeira, ou toras.
Da área de exploração florestal até o pátio da indústria, o transporte das toras
deve ser rápido para se evitar ao máximo a desidratação da madeira para que
não ocorra o descolamento natural da casca e exposição da madeira.
97
UNIDADE III │ QUÍMICA, POLPA CELULÓSICA E BIODEGRADAÇÃO DA MADEIRA
Tratamento da madeira
As variáveis que afetam a qualidade da madeira estão exclusivamente associadas
aos tratamentos a que as madeiras, ou peças, foram submetidos para a sua
preservação. A profundidade de penetração de preservativos e protetores a
partir da superfície submetida ao tratamento são decisivas para proteger a
madeira da decomposição química e biológica. A homogeneidade de distribuição
do tratamento e a capacidade retenção do produto preservativo pela madeira
também são decisivos para assegurar a proteção da madeira.
98
QUÍMICA, POLPA CELULÓSICA E BIODEGRADAÇÃO DA MADEIRA │ UNIDADE III
99
UNIDADE III │ QUÍMICA, POLPA CELULÓSICA E BIODEGRADAÇÃO DA MADEIRA
juvenil
lenho inicial
lenho tardio
medula
Fonte: Coradin, V. T. R. 2002. A estrutura anatômica da madeira e princípios para a sua identificação. Laboratório de Produtos
Florestais – IBAMA, Brasília-DF (apostila), 28 p.
100
QUÍMICA, POLPA CELULÓSICA E BIODEGRADAÇÃO DA MADEIRA │ UNIDADE III
Com relação aos fungos que atacam madeira, de maneira geral, aqueles ditos
manchadores causam a obstrução das passagens naturais da madeira, ao
contrário dos danos causados por bolores (fungos) ou por bactérias que são
mais superficiais e localizados. Os fungos manchadores se propagam de célula
em célula para utilizarem o conteúdo celular depositado nas paredes celulares
em toda a extensão da madeira. Este motivo torna as madeiras atacadas por
fungos manchadores impermeáveis, e o tratamento preservativo não consegue
atingir eficientemente o interior da madeira a ser tratada.
101
UNIDADE III │ QUÍMICA, POLPA CELULÓSICA E BIODEGRADAÇÃO DA MADEIRA
Fonte: Moreschi, J. C. 2014. Relação água-madeira e sua secagem. 2. ed. Curitiba: UFPR, Departamento de Engenharia e
Tecnologia Florestal, 121 p.
102
QUÍMICA, POLPA CELULÓSICA E BIODEGRADAÇÃO DA MADEIRA │ UNIDADE III
Fonte: Moreschi, J. C. 2014. Relação água-madeira e sua secagem. 2. ed. Curitiba: UFPR, Departamento de Engenharia e
Tecnologia Florestal, 121 p.
103
UNIDADE III │ QUÍMICA, POLPA CELULÓSICA E BIODEGRADAÇÃO DA MADEIRA
104
QUÍMICA, POLPA CELULÓSICA E BIODEGRADAÇÃO DA MADEIRA │ UNIDADE III
105
UNIDADE III │ QUÍMICA, POLPA CELULÓSICA E BIODEGRADAÇÃO DA MADEIRA
Por existirem capilares na madeira que possam ainda conter água livre no
momento do tratamento, nestes locais as soluções hidrossolúveis vão se
difundir de onde conseguirem penetrar para toda a região vizinha com água
livre, e as soluções oleosas, ou óleo solúveis, se distribuirão para as células
vizinhas com a secagem das peças de madeira. Contudo, para qualquer dos
casos, a região que recebeu diretamente a solução não ficará adequadamente
tratada, assim como a região que não a recebeu por ainda estar com água
livre, pois ambas ficarão com retenção aquém da pretendida.
Como mencionado, existem outros fatores que afetam o tratamento das madeiras
como fatores relacionados ao tipo de produto preservativo (p.e., hidrossolúvel,
lipossolúvel).
106
QUÍMICA, POLPA CELULÓSICA E BIODEGRADAÇÃO DA MADEIRA │ UNIDADE III
Uma vez definida a qualidade física do produtor de proteção e prevenção assim como
sua viscosidade o próximo passa é determinar qual métodos de tratamento poderá
ser aplicado, entre eles citam-se:
107
UNIDADE III │ QUÍMICA, POLPA CELULÓSICA E BIODEGRADAÇÃO DA MADEIRA
108
QUÍMICA, POLPA CELULÓSICA E BIODEGRADAÇÃO DA MADEIRA │ UNIDADE III
Figura 33. Autoclave, containers de soluções de preservativos para tratamento de madeiras e postes a serem
tratados.
https://www.youtube.com/watch?v=z3sQGup7qOM.
109
PRODUTOS
MADEIREIROS, UNIDADE IV
QUALIDADE E
INOVAÇÃO
CAPÍTULO 1
Laminação, produção e utilização de
compensados, chapas de composição
e madeiras laminadas
Introdução
Após o corte e processamento da madeira, esta segue muitas vezes para seu
destino na serraria. O tratamento para preservação da madeira, no caso de ser
para serraria, geralmente acontece quando a peça ficar pronta.
110
PRODUTOS MADEIREIROS, QUALIDADE E INOVAÇÃO │ UNIDADE IV
Compensados
Um útil destino da madeira é a fabricação de compensados, ou contraplacados,
ou plywood (VIDAL; HORA, 2014; KINAP, 2014; SOZO, 2017). Um compensado
é uma chapa composta por fibras de madeira sobrepostas e coladas sob forte
pressão. Ao cortar, ou picar e moer as fibras da madeira e combiná-las com
resinas é possível criar um material excelente para a fabricação de móveis,
construção civil e indústria.
111
UNIDADE IV │ PRODUTOS MADEIREIROS, QUALIDADE E INOVAÇÃO
Longitudinal Tangencial
Fonte: Calil Jr, C.; Baraldi, L. T. 1997. Estruturas de madeira: notas de aula. Escola de Engenharia de São Carlos - Universidade
de São Paulo. 89 p.
Então é aplicado adesivo nas faces das lâminas de madeira, e estas são
posicionadas perpendicularmente às fibras das lâminas adjacentes; o conjunto
de lâminas montado passa então por um processo de prensagem à quente
(OLIVEIRA; FREITAS, 1995).
112
PRODUTOS MADEIREIROS, QUALIDADE E INOVAÇÃO │ UNIDADE IV
Fonte: Keinert Jr, S. 1995. Produção de compensados. Revista da Madeira. 24, 42-45.
113
UNIDADE IV │ PRODUTOS MADEIREIROS, QUALIDADE E INOVAÇÃO
Chapas de composição
As chapas de fibras, ou hardboard, são obtidas a partir de intenso desfibramento
da madeira (cavacos) com posterior aglutinação com resinas, ureia e formol, e
prensagem termodinamica a densidades de aproximadamente 0,95 g cm -3, o que
resulta em placas rígidas e homogêneas. As chapas de fibras são consideradas
substitutas do compensado, com as mais diversas aplicações práticas na
indústria moveleira, indústria automobilística e na construção civil. As mais
comuns chapas nas diversas aplicações a que se destinam, são:
114
PRODUTOS MADEIREIROS, QUALIDADE E INOVAÇÃO │ UNIDADE IV
Figura 37. Detalhe das tiras de madeira em painel OSB (oriented strand board).
115
UNIDADE IV │ PRODUTOS MADEIREIROS, QUALIDADE E INOVAÇÃO
Fonte: https://blog.fazedores.com/mdf-compensado-aglomerado/.
Madeiras laminadas
A madeira laminada colada (MLC) é crescentemente aplicada nas construções
e apresenta vantagens significativas em sua aplicação quando comparada
com a madeira maciça. Segundo a NBR 7190, madeira laminada colada para
116
PRODUTOS MADEIREIROS, QUALIDADE E INOVAÇÃO │ UNIDADE IV
Figura 39. Detalhe de madeira laminada colada ilustrando como menores seções de madeira podem ser unidas
117
UNIDADE IV │ PRODUTOS MADEIREIROS, QUALIDADE E INOVAÇÃO
Características importantes
118
PRODUTOS MADEIREIROS, QUALIDADE E INOVAÇÃO │ UNIDADE IV
As ligações entre madeiras (juntas) são dispositivos que têm como principal
função unir as peças e permitir a condução dos esforços entre os elementos de
uma estrutura.
119
UNIDADE IV │ PRODUTOS MADEIREIROS, QUALIDADE E INOVAÇÃO
Figura 40. Diferentes tipos de ligações entre peças de madeira (áreas enegrecidas demonstram onde as peças
F F F
F F
4.Entalhe 5.Conector
Fonte: Pfeil, W.; Pfeil, M. 2003. Estruturas de Madeira. 6ª edição. Rio de Janeiro: LTC. p.594.
As ligações por contato ocorrem pelo contato direto entre as peças de madeira;
esse tipo de ligação não garante a continuidade das estruturas sendo ainda
necessária a utilização de outro tipo de ligação. O entalhe é um exemplo desse
tipo de ligação, porém deve ser utilizado apenas quando pelo menos uma das
peças resiste a esforços de compressão. As ligações coladas usam cola adesiva
para fazer a união entre as peças de madeira. Nesse tipo de ligação há elevada
resistência e rigidez na qual a eficiência é dependente do adesivo e do processo
de fabricação (NOGUEIRA, 2017).
120
PRODUTOS MADEIREIROS, QUALIDADE E INOVAÇÃO │ UNIDADE IV
121
CAPÍTULO 2
Processamento mecânico da madeira
e técnicas de serraria
Introdução
122
PRODUTOS MADEIREIROS, QUALIDADE E INOVAÇÃO │ UNIDADE IV
CARVOARIA
ENERGIA
C
F O
CELULOSE PAPEL N
L
S
O MADEIRA U
R M
E INDUSTRIAL PAINÉIS
I M I
S PARTÍCULAS N O D
T D V O
A Ú E R
PROCESSAMENTO S L
LAMINADOS COMPENSADO E F
T
MECÂNICO R I I
I R N
SERRADOS BENEFICIAMENTO A A A
L
Fonte: Adaptado de Polzl, W. B.; Santos, A. J.; Timofeiczyk Junior, R.; Polzl, P. K. 2003. Cadeia produtiva do processamento
mecânico da madeira compensada - segmento da cadeia produtiva do processamento mecânico da madeira
compensada - segmento da madeira serrada no Paraná. Floresta, 33(2), pp. 127-134.
123
UNIDADE IV │ PRODUTOS MADEIREIROS, QUALIDADE E INOVAÇÃO
124
PRODUTOS MADEIREIROS, QUALIDADE E INOVAÇÃO │ UNIDADE IV
125
CAPÍTULO 3
Qualidade, gestão e inovação
tecnológica
Introdução
A intensificação do uso da madeira como matéria prima para fins construtivos e
industriais deve ocorrer a partir de um conhecimento adequado de suas propriedades
físicas ou mecânicas pois conhecimento destas propriedades possibilita um uso
racional da madeira (DIAS; LAHR, 2004; GONÇALVES et al. 2009).
126
PRODUTOS MADEIREIROS, QUALIDADE E INOVAÇÃO │ UNIDADE IV
127
UNIDADE IV │ PRODUTOS MADEIREIROS, QUALIDADE E INOVAÇÃO
128
PRODUTOS MADEIREIROS, QUALIDADE E INOVAÇÃO │ UNIDADE IV
129
UNIDADE IV │ PRODUTOS MADEIREIROS, QUALIDADE E INOVAÇÃO
130
PRODUTOS MADEIREIROS, QUALIDADE E INOVAÇÃO │ UNIDADE IV
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