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14/03/2023, 12:58 Projeto de Pilares de Concreto Armado

Projeto de Pilares de Concreto Armado


Prof. Roberto Lucas Junior

Descrição

A função dos pilares, sua utilização e seu projeto.

Propósito

O projeto estrutural das edificações é uma etapa fundamental no desenvolvimento de uma construção. Um
dos elementos de suma importância e em grande quantidade nesse projeto estrutural são os pilares. Com
isto, torna-se inevitável um estudo mais aprofundado sobre o projeto de pilares de concreto armado.

Objetivos

Módulo 1

NBR 6118 – Projeto de estruturas de concreto


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Reconhecer a NBR 6118.

Módulo 2

Pilares centrais
Reconhecer a função dos pilares centrais.

Módulo 3

Pilares laterais
Analisar as ações sobre os pilares laterais.

Módulo 4

Pilares de canto
Reconhecer os pilares de canto.

meeting_room
Introdução
Olá! Antes de começarmos, assista ao vídeo e compreenda os conceitos de projeto de pilares de concreto
armado.

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1 - NBR 6118 – Projeto de estruturas de concreto


Ao final deste módulo, você será capaz de reconhecer a NBR 6118.

Vamos começar!

video_library
Como interpretar a norma ABNT NBR 6118.

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Assista ao vídeo para conhecer os principais pontos que serão abordados neste módulo.

NBR 6118
No Brasil, o uso do concreto armado é amplamente difundido na construção civil. Para isso, muitas normas
que garantam a qualidade do material e a segurança para o usuário devem ser seguidas.

A NBR 6118 - Projetos de estruturas de concreto, criada pela Associação Brasileira de Normas Técnicas
(ABNT), norteia o projeto de estruturas de concreto armado, apresentando diretrizes do que deve ser feito
nesse tipo de trabalho. Ela apresenta as exigências normativas relacionadas aos efeitos de 2ª ordem em
estruturas de concreto. Entenda!

1ª ordem
Quando a estrutura está em equilíbrio. Os esforços em uma estrutura são determinados a partir de seu
equilíbrio. Essa fase é considerada a configuração inicial da estrutura, a qual ainda não apresenta
deformação. Essa é a chamada análise de 1ª ordem.

2ª ordem
Quando a estrutura é submetida a ações horizontais, são impostos deslocamentos horizontais na estrutura,
os quais geram mais efeitos, sendo necessário analisar a estrutura quando ela não está mais em um estado
de equilíbrio, ou seja, há uma não linearidade, pois já há alterações físicas e geométricas, sendo esses seus
efeitos de 2ª ordem.

Segundo a NBR 6118:2014, a não linearidade presente nas estruturas de concreto armado deve ser
obrigatoriamente considerada. Basicamente, os efeitos de 2ª ordem são os que se somam aos obtidos em
uma análise de 1ª ordem, quando a estrutura passa a ser analisada a partir da sua deformação. Isso ocorre
principalmente quanto mais esguia for a estrutura ou o elemento, como os pilares, sendo maior a relevância
desse tipo de efeito; ou seja, é essencial considerar esse efeito no dimensionamento estrutural.

Dica
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É imprescindível realizar um estudo para a estabilidade global das edificações, um tema comum entre
calculistas estruturais.

Segundo a NBR 6118:2014, quando identificado o comportamento não linear dos materiais como efeito de
2ª ordem, ele pode ser desprezado sempre que não representar um acréscimo superior a 10% nas reações e
nas solicitações sobre a estrutura.

A estabilidade global é uma condição que deve ser atendida pelas estruturas. Quando a estrutura atinge o
seu estado limite, significa que houve um acréscimo na intensidade do carregamento e, consequentemente,
das deformações. A análise estrutural dos efeitos de 2ª ordem busca garantir que a estrutura não entre em
desequilíbrio.

Como visto, a NBR 6118 define as normas para todos os projetos e elementos construídos com estruturas
de concreto armado, entre as quais destacam-se edifícios, aeroportos, pontes e viadutos. Veja um exemplo
na próxima imagem:

Viaduto.

Os elementos que mais se destacam na imagem apresentada são os pilares. Em relação a eles, a NBR
6118:2014 apresenta diretrizes que devem ser seguidas durante a realização de projeto de pilares de
concreto armado.

Classificação dos pilares


Os pilares de concreto armado são classificados quanto à posição que ocupam dentro da planta de forma e
quanto ao índice de esbeltez.

Os pilares de uma edificação, quanto à posição na planta de forma, podem ser classificados como:

Pilares centrais

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Situados mais próximos da compressão centrada.

Pilares laterais
Caracterizam flexo-compressão reta.

Pilares de canto
Caracterizam flexo-compressão oblíqua.

Na imagem a seguir, veremos um exemplo desses pilares.

Pilares de uma edificação.

A compressão centrada ocorre quando a força normal solicita um pilar, sendo estes os pilares internos de
edifícios. Por outro lado, a flexo-compressão reta ocorre quando há apenas um momento fletor agindo no
plano principal de um pilar. Um pilar está sob a flexo-compressão oblíqua quando é solicitado pela ação
simultânea de uma força normal e um momento fletor agindo em um plano inclinado em relação aos planos
principais do pilar.

Quando classificados quanto ao índice de esbeltez, os pilares são definidos como:

Pilares curtos
Não há a necessidade de considerar os efeitos de segunda ordem.

Pilares semiesbeltos
Não são desprezados, mas são considerados de forma aproximada.

Pilares esbeltos
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Os efeitos de segunda ordem são analisados levando em conta a não linearidade física e geométrica.

Para se alcançar os resultados do índice de esbeltez, deve-se identificar a altura efetiva do pilar para, a partir
dessa informação, utilizar as seguintes equações:

 Altura ef etiva do pilar 


λe = 3, 46
lx

Rotacione a tela. screen_rotation

Índice de esbeltez em x

 Altura ef etiva do pilar 


λe = 3, 46
ly

Rotacione a tela. screen_rotation

Índice de esbeltez em y

Onde:

Altura efetiva do pilar é a altura do pilar + a metade da espessura da laje inferior + a metade da espessura
da laje superior (em cm);

lx é o menor lado do pilar (em cm);

ly é o maior lado do pilar (em cm).

Exemplo
Em um pilar com altura efetiva de 3m e dimensão de 20cm x 25cm, o resultado da equação é o seguinte:

lx

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 Altura ef etiva do pilar 


λe = 3, 46 ⋅
lx

300
λe = 3, 46 ⋅ = 51, 9
20

ly

 Altura ef etiva do pilar 


λe = 3, 46 ⋅
ly

300
λe = 3, 46 ⋅ = 41, 5
25

Para o índice de esbeltez (λe), o resultado dos pilares curtos deve ser abaixo de 35; para os pilares
semiesbeltos o resultado deve ser entre 35 e 90 e para os pilares esbeltos o resultado deve ser superior a
90. Esses índices são fundamentais no cálculo de pilares em estruturas mais complexas. Veja na próxima
imagem.

Pilares esbeltos.

Pilar equivalente
Ao tratar de estruturas mais complexas, sob a ação de cargas verticais e horizontais, os nós da estrutura de
uma edificação se deslocam lateralmente, de modo que tais deslocamentos, quando exagerados, causam
importantes efeitos de 2ª ordem.

A intensidade do deslocamento acaba por classificar as estruturas quanto ao deslocamento lateral dos nós,
avaliando a sua sensibilidade sob os efeitos de 2ª ordem. Dessa forma, o deslocamento dos nós no
esquema estrutural é classificado como:

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Nós fixos

Quando as estruturas apresentam os efeitos globais de 2ª ordem inferiores a 10% dos efeitos de 1ª
ordem.

close
Nós móveis

Quando as estruturas apresentam os efeitos globais de 2ª ordem superiores a 10% dos efeitos de 1ª
ordem.

Segundo a NBR 6118:2014, uma estrutura reticulada e simétrica pode ser considerada como sendo de nós
fixos apenas se o seu parâmetro α for menor que o valor de α 1 , como apresentado a seguir:

Nk
α = H tot √
E CS I C

Rotacione a tela. screen_rotation


Sendo,

Se α ≤ 3

α 1 = 0, 2 + 0, 1n

se α ≥ 4

α 1 = 0, 6

Onde:

n : representa o número de pavimentos acima da fundação.

H tot  : representa a altura total da estrutura, medida a partir do topo da fundação.

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Nk : representa o somatório de todas as cargas verticais atuantes no edifício, de acordo com o nível
considerado para o cálculo de H tot  .

E cs I c : representa o módulo de rigidez da estrutura do edifício equivalente a um pilar de seção constante,


estando ele engastado na base e livre no topo.

Essa expressão possui o único objetivo de fornecer ao calculista do projeto uma avaliação do quão sensível
é a estrutura aos efeitos de 2ª ordem. Caso seja avaliada, após a análise, a necessidade de se considerar
mais esforços a serem adicionados, devido a possíveis deslocamentos da estrutura, o calculista deverá
utilizar um índice de majoração ou acréscimos estimados para quantificar o aumento desses esforços de 2ª
ordem.

Para se determinar o módulo de rigidez equivalente, deve-se contar com o conjunto de pórticos e pilares-
parede que, por possuírem rigidez elevada, têm a capacidade de absorver a maior parte das ações
horizontais. Para se chegar ao valor representativo do módulo de rigidez equivalente, deve-se verificar o
deslocamento do topo da edificação quando este é submetido a um carregamento lateral uniformemente
distribuído, apresentado em um modelo gráfico. Esse modelo representa um pilar de seção constante, que
está engastado na base e livre no topo, possuindo a altura igual à da edificação que, sujeito à mesma ação,
apresenta um deslocamento idêntico. Determina-se assim a linha elástica de pilar, apresentada a seguir:

Linha elástica de pilar.

Desse modo, a seguinte equação da linha elástica apresenta o valor do módulo de rigidez do pilar.

4
qH
EI =
8a

Rotacione a tela. screen_rotation


Onde:

q é a ação lateral uniformemente distribuída;

H é a altura total da edificação;

a é o deslocamento do edifício ao receber a ação lateral de valor igual a q.

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library_add_check
Mão na massa

Questão 1

Qual a principal função da NBR 6118:2014?

A Nortear o projeto de estruturas de aço.

B Definir o planejamento em obras civis.

C Nortear o projeto de estruturas de concreto armado.

D Definir a compatibilização das estruturas.

E Nortear o projeto de estruturas de madeira.

Parabéns! A alternativa C está correta.

A NBR 6118:2014 - projetos de estruturas de concreto norteia o projeto de estruturas de concreto


armado.

Questão 2

Dada a expressão:

√ Nk
α = H tot
E CS I C
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Sendo,

α 1 = 0, 2 + 0, 1n se α ≤ 3

α 1 = 0, 6 se α ≥ 4

Uma estrutura reticulada e simétrica pode ser considerada com pouca incidência de efeitos de 2ª
ordem quando

A α for menor que o valor de α 1 .

B os valores de H tot  e N k forem altos.

C α for maior que o valor de α 1

D α for igual ao valor de α 1

E os valores de H tot  e n forem altos.

Parabéns! A alternativa A está correta.

Estruturas de nós fixos são as estruturas que apresentam os efeitos globais de 2 ordem com pouca a

incidência, pois os valores resultantes são inferiores a 10% dos efeitos de 1 ordem. Assim, segundo aa

NBR 6118:2014, uma estrutura reticulada e simétrica pode ser considerada como sendo de nós fixos,
ou seja, com pouca incidência dos efeitos de 2 ordem, apenas se o seu parâmetro α for menor que o
a

valor de α . Valores de n, que são o número de pavimentos acima da fundação e H


1 tot , que é a altura
total da estrutura, medida a partir do topo da fundação, apenas intensificam os efeitos de 2 ordem, a

pois tornam a edificação esbelta.

Questão 3

Em uma estrutura de concreto armado, a compressão centrada ocorre em quais pilares?

A
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Em todos os pilares.

B Apenas nos pilares que suportam a cobertura.

C Nos pilares internos de edifícios.

D Nos pilares externos de edifícios.

E Apenas nos pilares associados à fundação.

Parabéns! A alternativa C está correta.

Assista ao vídeo a seguir para conferir a resolução da questão.

Cálculo de esforços em um Pilar

Questão 4

Dada a expressão, responda:

4
qH
EI =
8a

Qual fator representa as ações laterais sobre pilares?

A H

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B a

C EI

D q

E
4
qH

Parabéns! A alternativa D está correta.

O fator q trata das ações laterais uniformemente distribuídas sobre pilares.

Questão 5

Como é classificado, quanto ao índice de esbeltez, um pilar com altura de 2,50m; l x igual a 0,50m; l y
igual a 0,50m e lajes inferior e superior com 0,20m de espessura?

A Pilar curto

B Pilar semiesbelto

C Pilar esbelto

D Pilar curto e semiesbelto

E Pilar semiesbelto e esbelto

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Parabéns! A alternativa A está correta.

Temos que:

 Altura ef etiva do pilar 


λe = 3, 46 ⋅
lx

250 + 10 + 10
λe = 3, 46 ⋅ = 18, 68
50

 Altura ef etiva do pilar 


λe = 3, 46 ⋅
ly

250 + 10 + 10
λe = 3, 46 ⋅ = 18, 68
50

Como o resultado para os dois lados do pilar foi igual a 18,68, conclui-se que o pilar é classificado
como curto, pois, para o índice de esbeltez ( λe), o resultado para os pilares curtos deve ser abaixo de
35.

Questão 6

Como é classificado, quanto ao índice de esbeltez, um pilar com altura de 3,00m ; l x igual a 0,40m; l y
igual a 0,40m e lajes inferior e superior com 0,20m de espessura?

A Pilar curto

B Pilar semiesbelto

C Pilar esbelto

D Pilar curto e semiesbelto

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E Pilar semiesbelto e esbelto

Parabéns! A alternativa A está correta.

 Altura ef etiva do pilar 


λe = 3, 46 ⋅
lx

300 + 10 + 10
λe = 3, 46 ⋅ = 27, 68
40

 Altura ef etiva do pilar 


λe = 3, 46 ⋅
ly

300 + 10 + 10
λe = 3, 46 ⋅ = 27, 68
40

Como o resultado para os dois lados do pilar foi igual a 27,68, conclui-se que o pilar é classificado
como curto, pois, para o índice de esbeltez (λ e), o resultado para os pilares curtos deve ser abaixo de
35.

note_alt_black
Teoria na prática
Planeja-se o reforço estrutural de um galpão. A primeira ação é estudar os pilares retangulares existentes e
classificá-los. Sendo este um galpão com a altura do pilar equivalente a 5m, laje inferior e superior com
0,20m de espessura e com os pilares com o lado menor com 0,25m e o lado maior com 0,50m, classifique
os pilares quanto ao índice de esbeltez.

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Galpão.

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Falta pouco para atingir seus objetivos.

Vamos praticar alguns conceitos?

Questão 1

Quais os resultados do índice de esbeltez para um pilar com altura de 3,20m; (l_x) igual a 0,20m; (l_y)
igual a 0,25m e lajes inferior e superior com 0,22m de espessura?

A λe para l x = 59, 16/λe para l y = 47, 33

B λe para l x = 55, 36/λe para l y = 44, 28

C λe para l x = 51, 90/λe para l y = 41, 52

D λe para l x = 59, 16/λe para l y = 59, 16

E λe para l x = 124, 90/λe para l y = 99, 92

Parabéns! A alternativa A está correta.

Temos que:

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 Altura ef etiva do pilar 


λe = 3, 46 ⋅
lx

320 + 11 + 11
λe = 3, 46 ⋅ = 59, 16
20

 Altura ef etiva do pilar 


λe = 3, 46 ⋅
ly

320 + 11 + 11
λe = 3, 46 ⋅ = 47, 33
25

Questão 2

Quais os resultados do índice de esbeltez para o mesmo pilar apresentado anteriormente, caso a sua
altura fosse alterada de 3,20m para 7,00m? Nesse caso, as outras dimensões continuam as mesmas.

(l_x) igual a 0,20m

(l_y) igual a 0,25m

lajes inferior e superior com 0,22m de espessura

A λe para l x = 59, 16/λ e para l y = 47, 33

B λe para l x = 55, 36/λ e para l y = 44, 28

C λe para l x = 51, 90/λ e para l y = 41, 52

D λe para l x = 59, 16/λ e para l y = 59, 16

E λe para (l x ) = 124, 90/λe para (l y ) = 99, 92

Parabéns! A alternativa E está correta.


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Temos que:

 Altura ef etiva do pilar 


λe = 3, 46 ⋅
lx

700 + 11 + 11
λe = 3, 46 ⋅ = 124, 90
20

 Altura ef etiva do pilar 


λe = 3, 46 ⋅
ly

700 + 11 + 11
λe = 3, 46 ⋅ = 99, 92
25

2 - Pilares centrais
Ao final deste módulo, você será capaz de reconhecer a função dos pilares centrais.

Vamos começar!

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Reconhecendo a função dos pilares centrais!


Assista ao vídeo para conhecer os principais pontos que serão abordados neste módulo.

Pilares
Segundo a NBR 6118:2014, os pilares são elementos lineares de eixo reto, usualmente dispostos na vertical,
em que as forças normais de compressão são preponderantes. A função principal dos pilares é receber as
ações atuantes em diversos níveis da estrutura e conduzi-las até as fundações. O dimensionamento é feito
em função dos esforços externos solicitantes de cálculo, sendo estas as forças normais (N d ), os
momentos fletores (M dx e M dy ) e as forças cortantes (V dx e V dy )

Além de transmitir as solicitações impostas à edificação até as fundações, os


pilares também possuem grande importância na contribuição para a estabilidade
global da estrutura e na resistência às solicitações geradas pelas ações horizontais
incidentes na estrutura.

Em alguns casos, como podemos ver na imagem, no Palácio da Alvorada, em Brasília, os pilares somam as
suas funções básicas à necessidade por impor à edificação um design moderno e arrojado. Sendo um
elemento presente em construções em concreto armado, sua forma acaba por se destacar e valorizar a
arquitetura como um todo.

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Palácio da Alvorada.

Dimensionar pilares é mais difícil do que dimensionar, por exemplo, lajes e vigas. A dificuldade está em
dimensionar o esforço crítico atuante no pilar e em que seção este esforço atua. Geralmente, os pilares
estão submetidos à flexão composta oblíqua, o que significa que nas duas direções há momentos fletores,
além de esforço normal de compressão.

A força normal atuante em pilares pode estar deslocada em certa distância do seu centro geométrico,
sendo esta distância chamada de excentricidade. Nesse caso, a excentricidade relativa é a relação direta
entre a excentricidade do pilar e a dimensão dele na direção analisada, seja sua base (b) ou sua altura (h).

Pilares centrais
Como visto, quanto à posição na planta de forma, os pilares são classificados em pilares centrais, pilares
laterais e pilares de canto.

Os pilares centrais consideram a compressão centrada na situação de projeto, pois como as lajes e vigas
são contínuas sobre o pilar, admite-se que os momentos fletores transmitidos ao pilar são pequenos e
desprezíveis. Assim, os momentos fletores M A e M B de 1 a ordeḿ nas extremidades do pilar não existem.

Observe a imagem a seguir. A partir da perspectiva externa da edificação com 5 pavimentos, não é possível
ver os pilares centrais devido a sua característica relativa à posição na planta de forma.

Edifício.

Apenas por meio de dois cortes na edificação, um corte longitudinal e um corte transversal, torna-se
possível ver o pilar central, além de sua continuidade até a fundação da edificação, como na imagem a
seguir.

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Edifício em corte.

Ao observarmos a planta baixa apresentada a seguir, estando o referido pilar central em destaque na cor
preta, observa-se que ele está localizado no centro da edificação, conectado às paredes do interior dos
ambientes.

Planta baixa do Edifício.

Quanto à sua característica estrutural, observa-se na imagem a seguir que, pelos momentos fletores
transmitidos ao pilar serem pequenos e desprezíveis, não há momentos fletores M A e M B .

Característica estrutural do pilar central.

Mesmo assim, sendo pequenos e desprezíveis os momentos fletores transmitidos ao pilar, o estudo do
dimensionamento dos pilares não é simples, pois além de estarem sujeitos à flexão composta e à
flambagem, nas estruturas de concreto armado há o problema da fissuração, que influencia diretamente no
estado de deformação e é de difícil avaliação.

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O concreto, durante toda a sua vida útil, iniciando em seu processo da fabricação até seus últimos
momentos, apresenta diversas manifestações patológicas que podem trazer diversos malefícios aos
usuários. A manifestação patológica mais comum acaba por ser a fissuração.

O termo “fissuras” é utilizado quando se refere às próprias fissuras, assim como às trincas e rachaduras. As
fissuras podem ser classificadas como:

Fissuras

São caracterizadas por aberturas menores que 0,5mm na face do concreto.

Fissuras.

Trincas

São caracterizadas por aberturas maiores que 0,5mm e menores que 1mm que, em sua maioria, dividem o
objeto em duas partes, percorrendo toda a sua extensão.

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Trincas.

Rachaduras

São caracterizadas por aberturas maiores e preocupantes, pois sua dimensão permite a passagem de
elementos como a água e luz através de frestas.

Rachaduras.

Nessa situação, o cálculo da armadura do pilar pode ser realizado pelo método simplificado com o auxílio
de ábacos, o que permite determinar a armadura necessária sem o uso de programa de computador.

Deve ser respeitada a NBR 6118 quanto às armaduras mínimas e máximas dos pilares. Veja:

Armaduras mínimas
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A norma procura evitar a ruptura das seções transversais considerando para tal um momento mínimo que é
dado pelo valor correspondente ao que produziria a ruptura da seção de concreto.

Armaduras máximas
A norma procura assegurar condições de ductilidade e respeitar os critérios de funcionamento conjunto
entre o aço e o concreto.

Cálculo dos pilares centrais


No pilar central, os momentos fletores de 1 a ordem são nulos em ambas as direções do pilar, onde
MA = MB = 0 e, portanto, a excentricidade também é nula. Nesse caso, pode-se alcançar os resultados
dos esforços solicitantes sob o pilar, o índice de esbeltez, o momento fletor mínimo e a esbeltez limite.

Para isso, devem ser realizadas as seguintes etapas.

Primeira etapa
Calcula-se os esforços solicitantes, por meio da equação a seguir:

Nd = γn ⋅ γf ⋅ Nk

Rotacione a tela. screen_rotation


Onde:

γn é o coeficiente de majoração da força normal;

γf é o coeficiente de ponderação das ações no estado limite último (ELU);

Nk é a força normal característica do pilar.

Tanto γ n como γ f são retirados da NBR 6118, sendo, respectivamente, as imagens apresentadas a seguir.

https://stecine.azureedge.net/repositorio/00212en/04368/index.html# 25/67
14/03/2023, 12:58 Projeto de Pilares de Concreto Armado

Imagem da tabela de coeficiente de majoração da força normal.

Imagem da tabela de coeficiente de ponderação das ações no estado limite último (ELU).

O resultado da tabela de coeficiente de ponderação das ações, no estado limite último (ELU), estando
sempre condicionado pela relação entre combinações de ações e os tipos de ações.

Segundo a tabela de coeficiente de majoração da força normal, b é a menor dimensão do pilar.

Segunda etapa
É realizado o cálculo do índice de esbeltez, já apresentado neste conteúdo.

De acordo com esse cálculo, para se alcançar os resultados do índice de esbeltez, deve-se identificar a
altura efetiva do pilar para, a partir dessa informação, utilizar a seguinte equação:

lx

 Altura ef etiva do pilar 


λe = 3, 46 ⋅
lx

ly

https://stecine.azureedge.net/repositorio/00212en/04368/index.html# 26/67
14/03/2023, 12:58 Projeto de Pilares de Concreto Armado

 Altura ef etiva do pilar 


λe = 3, 46.
ly

Onde:

Altura efetiva do pilar é a Altura do pilar + a metade da espessura da laje inferior + a metade da espessura
da laje superior (em cm);

lx é o menor lado do pilar (em cm);

ly é o maior lado do pilar (em cm).

Terceira etapa
Deve ser alcançado o momento fletor mínimo a partir da equação a seguir.

M 1d,min = N d (1, 5 + 0, 03h)

Rotacione a tela. screen_rotation


Onde:

h é dimensão do pilar, em cm, na direção considerada.

Quarta etapa
É calculada a esbeltez limite, por meio da equação a seguir:

e1
25 + 12, 5 ⋅
h
λ1 = , com 35 ≤ λ 1 ≤ 90
αb

Rotacione a tela. screen_rotation


Onde:

e1 = 0 para pilar intermediário;

https://stecine.azureedge.net/repositorio/00212en/04368/index.html# 27/67
14/03/2023, 12:58 Projeto de Pilares de Concreto Armado

λ ≤ λ1 - não é considerado o efeito local de 2 a ordem na direção considerada;

λ > λ1 - é considerado o efeito local de 2 a ordem na direção considerada.

Caso haja a avaliação do momento de 2ª ordem, isso pode ser feito por meio do método do pilar-padrão
com curvatura aproximada e do método do pilar-padrão com rigidez k aproximada.

No método do pilar-padrão com curvatura aproximada deve ser utilizada a seguinte equação:

2
l 1 M 1d,A
e
M d,tot = α b ⋅ M 1d,A + N d {  e M 1d,A ≥ M 1d, mín 
10 r M 1d, min 

Rotacione a tela. screen_rotation

library_add_check
Mão na massa

Questão 1

Qual é a principal função dos pilares?

A Conectar no eixo horizontal as vigas da edificação.

Receber as ações atuantes em diversos níveis da estrutura e conduzi-las até as


B
fundações.

C Fazer a sustentação das alvenarias.

D Conectar no eixo vertical as vigas da edificação.

E Apoiar as lajes da edificação.

https://stecine.azureedge.net/repositorio/00212en/04368/index.html# 28/67
14/03/2023, 12:58 Projeto de Pilares de Concreto Armado

Parabéns! A alternativa B está correta.

Assista ao vídeo a seguir para conferir a resolução da questão.

A função dos pilares

Questão 2

Quanto aos pilares centrais, admite-se que os momentos fletores transmitidos ao pilar são

A grandes e significativos.

B grandes e importantes.

C pequenos e desprezíveis.

D pequenos e relevantes.

E comuns e irrelevantes.

Parabéns! A alternativa C está correta.

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14/03/2023, 12:58 Projeto de Pilares de Concreto Armado

Quanto aos pilares centrais, admite-se que os momentos fletores transmitidos ao pilar são pequenos e
desprezíveis.

Questão 3

Calcule os esforços solicitantes sob um pilar central biapoiado na base e no topo, cuja dimensão é
25cm × 50cm e Nk = 500kN , como apresentado a seguir.

A 500kN

B 700kN

C 750kN

D 800kN

E 980kN

Parabéns! A alternativa B está correta.

Temos que:

N d = γ n. γ f . N k

Para γ , utilize a tabela de coeficiente de majoração da força normal, na qual, sendo o menor lado do
n

pilar maior que 19cm, o resultado obtido é 1,0.


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Para γ , utilize a tabela coeficiente de ponderação das ações no estado limite último (ELU), na qual a
f

combinação de ações é normal.

Para

N d = 1, 0 ⋅ 1, 4 ⋅ 500

N d = 700kN

Questão 4

Calcule os esforços solicitantes sob um pilar central biapoiado na base e no topo, cuja dimensão é
20cm × 35cm e Nk = 700kN , como apresentado a seguir.

A 500kN

B 700kN

C 750kN

D 800kN

E 980kN

Parabéns! A alternativa E está correta.

https://stecine.azureedge.net/repositorio/00212en/04368/index.html# 31/67
14/03/2023, 12:58 Projeto de Pilares de Concreto Armado

Temos que:

N d = γ n. γ f . N k

Para γ , utilize a tabela de coeficiente de majoração da força normal, na qual, sendo o menor lado do
n

pilar maior que 19cm, o resultado obtido é 1,0.

Para γ , utilize a tabela coeficiente de ponderação das ações no estado limite último (ELU), na qual a
f

combinação de ações é normal.

Para

N d = 1, 0 ⋅ 1, 4 ⋅ 700

N d = 980kN

Questão 5

Quanto ao índice de esbeltez, considerando o pilar cuja dimensão é 25cm x 50cm, qual é o resultado, já
que o pilar possui 3,20m de altura e as lajes inferior e superior possuem 22cm de espessura?

A λe para l x = 47, 33/λe para l y = 23, 66

B λe para l x = 48, 44/λe para l y = 24, 22

C λe para l x = 51, 20/λe para l y = 25, 60

D λe para l x = 53, 97/λe para l y = 26, 98

E λe para l x = 64, 01/λe para l y = 36, 57

Parabéns! A alternativa A está correta.

Temos que:

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 Altura ef etiva do pilar 


λe = 3, 46.
lx

320 + 11 + 11
λe = 3, 46 ⋅ = 47, 33
25

 Altura ef etiva do pilar 


λe = 3, 46 ⋅
ly

320 + 11 + 11
λe = 3, 46 ⋅ = 23, 66
50

Questão 6

Quanto ao índice de esbeltez, considerando o pilar cuja dimensão é 20cm x 35cm, qual é o resultado, já
que o pilar possui 3,50m de altura e as lajes inferior e superior possuem 20cm de espessura?

A λe para l x = 47, 33/λe para l y = 23, 66

B λe para l x = 48, 44/λe para l y = 24, 22

C λe para l x = 51, 20/λe para l y = 25, 60

D λe para l x = 53, 97/λe para l y = 26, 98

E λe para l x = 64, 01/λe para l y = 36, 57

Parabéns! A alternativa E está correta.

Temos que:

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 Altura ef etiva do pilar 


λe = 3, 46 ⋅
lx

350 + 10 + 10
λe = 3, 46 ⋅ = 64, 01
20

 Altura ef etiva do pilar 


λe = 3, 46 ⋅
ly

350 + 10 + 10
λe = 3, 46 ⋅ = 36, 57
35

note_alt_black
Teoria na prática
Considerando:

e
1
25+12,5⋅
h
λ1 = , com 35 ≤ λ 1 ≤ 90
αb

Onde:

e1 = 0 para pilar intermediário;

λ ≤ λ1 − não é considerado o efeito local de 2 a ordem na direção considerada;

λ > λ1 − É considerado o efeito local de 2 a ordem na direção considerada;

Calcule a esbeltez limite para um pilar central, no qual o valor de α b = 1, 0.

Mostrar solução expand_more

Falta pouco para atingir seus objetivos.


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Vamos praticar alguns conceitos?

Questão 1

Para um pilar central biapoiado na base e no topo, cuja dimensão é 25cm × 50cm e N k = 400kN ,
calcule o momento fletor mínimo.

A X – 2,10cm / Y – 2,55cm

B X – 2,25cm / Y – 3,00cm

C X – 3,00cm / Y – 4,10cm

D X – 3,20cm / Y – 4,90cm

E X – 3,60cm / Y – 5,20cm

Parabéns! A alternativa B está correta.

Temos que:

N d = γ n. γ f . N k

Para γ , utilize a tabela de coeficiente de majoração da força normal, na qual, sendo o menor lado do
n

pilar maior que 19cm, o resultado obtido é 1,0.


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Para γ , utilize a tabela coeficiente de ponderação das ações no estado limite último (ELU), na qual a
f

combinação de ações é normal.

Para

N d = 1, 0.1, 4.400

N d = 560kN

M 1d,min = N d (1, 5 + 0, 03h) , com h = dimensão do pilar, em cm, na direção considerada.

1260
X − 560(1, 5 + 0, 03.25) = 1.260kN /cm; e 1x,min = = 2, 25cm
560

1680
Y − 560(1, 5 + 0, 03.50) = 1.680kN /cm; e 1x,min = = 3, 00cm
560

Questão 2

Para um pilar central biapoiado na base e no topo, cuja dimensão é 20cm × 35cm e N k = 550kN .
Calcule o momento fletor mínimo.

A X - 2,10cm / Y - 2,55cm

B X - 2,25cm / Y - 3,00cm

C X - 3,00cm / Y - 4,10cm

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D X - 3,20cm / Y - 4,90cm

E X - 3,60cm / Y - 5,20cm

Parabéns! A alternativa A está correta.

Temos que:

N d = γ n. γ f . N k

Para γ , utilize a tabela de coeficiente de majoração da força normal, na qual, sendo o menor lado do
n

pilar maior que 19cm, o resultado obtido é 1, 0.

Para γ , utilize a tabela coeficiente de ponderação das ações no estado limite último (ELU), na qual a
f

combinação de ações é normal.

Para

N d = 1, 0 ⋅ 1, 4 ⋅ 550

N d = 770kN

M 1d,min = N d (1, 5 + 0, 03h), com h = dimensão do pilar, em cm, na direção considerada.

1617
X − 770(1, 5 + 0, 03 ⋅ 20) = 1.617kN /cm; e 1x,min = = 2, 10cm
770
1964
Y − 770(1, 5 + 0, 03 ⋅ 35) = 1.964kN /cm; e 1x,min = = 2, 55cm
770

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14/03/2023, 12:58 Projeto de Pilares de Concreto Armado

3 - Pilares laterais
Ao final deste módulo, você será capaz de analisar as ações sobre os pilares laterais.

Vamos começar!

video_library
Área de influência, pré-dimensionamento e cálculo dos
pilares laterais
Assista ao vídeo para conhecer os principais pontos que serão abordados neste módulo.

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14/03/2023, 12:58 Projeto de Pilares de Concreto Armado

Área de influência
Ao elaborarmos a planta de forma de uma edificação, devemos definir as dimensões dos pilares antes de
chegarmos aos resultados dos esforços solicitantes atuantes na estrutura. Um método comum para
determinar as dimensões do pilar é a estimativa da carga vertical no pilar, por meio da sua área de
influência; nesse caso, busca-se estimar a dimensão da carga que incide na laje dentro da área de influência
do pilar. Para isso, é necessário utilizar um valor representativo da carga total por metro quadrado de laje, o
qual está diretamente relacionado a todos os carregamentos, sendo eles permanentes ou móveis.

Dica

Pode ser estimado para edificações com pequenas dimensões e com uma utilização que não gere uma
carga elevada em seus espaços, sejam elas habitacionais ou comerciais, uma carga equivalente a 10kN/m².
Deve ser enfatizado que essa estimativa deve ser realizada apenas para um dimensionamento inicial, como
um ponto de partida.

Após o ponto de partida, deve ser realizado o dimensionamento final, utilizando a área de influência. Para
isso, é necessário seguir os seguintes passos:

Primeiro passo

Dimensionar a espessura da laje. Essa espessura da laje é definida pela NBR 6118:2014, de
acordo com o vão da laje e a sua utilização, até determinado limite. A partir dele, é necessário
calcular a espessura tendo como parâmetros o tipo de aço utilizado e as características dos
apoios dessa laje para o seu lado de menor dimensão, como para o seu lado de maior
dimensão.

Segundo passo

https://stecine.azureedge.net/repositorio/00212en/04368/index.html# 39/67
14/03/2023, 12:58 Projeto de Pilares de Concreto Armado

Definir as cargas em kN/m2, como na estimativa apresentada anteriormente, mas com


valores calculados conforme as características da edificação. O primeiro valor é retirado do
peso próprio da laje, pois, com a obtenção da espessura da laje, essa dimensão deve ser

multiplicada pelo peso específico do concreto armado, sendo este 25kN/m3.

Terceiro passo

Calcular a carga proveniente do contrapiso, que usualmente é preparado sob a laje com uma
espessura de 3cm. Sendo assim, a dimensão da espessura do contrapiso deve ser
multiplicada por 21kN/m³, que é o seu peso específico. Quanto à composição do concreto
armado, há variação da sua carga em kN/m² devido à escolha do Fck e do CA, o que interfere
diretamente no valor alcançado de q Sck. Quanto ao peso de revestimento, aconselha-se
utilizar, também como critério de majoração, um material com uma carga elevada, e o granito,
com a carga equivalente a 0,56kN/m², encaixa-se bem nesse critério.

Quarto passo

Somar os valores e acrescentar a eles os valores característicos nominais das cargas


variáveis, segundo a NBR 6120:2019, relativo ao espaço edificado.

A seguir, observe a imagem de um hospital, que segundo a NBR 6120:2019 possui carga uniformemente
distribuída diferente para setores diferentes. Isso também ocorre para diferentes edificações e por essa
razão é importante considerar essa observação antes da conclusão do cálculo.

Hospital.

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14/03/2023, 12:58 Projeto de Pilares de Concreto Armado

Por fim, toda essa carga que incide sobre a laje deve ser decomposta para indicar o “caminho” que ela faz
até chegar aos pilares. Para isso, a área de influência sobre a laje deve ser definida para indicar quanto da
carga vai para as vigas mais próximas, e, após essa etapa, a carga é distribuída para o pilar que deverá ser
calculado.

Pré-dimensionamento de pilares
Os pilares laterais estão nas extremidades das edificações, mas não estão posicionados no canto, como
apresentado a seguir.

Pilar lateral.

Para um pré-dimensionamento simplificado da seção transversal de pilares laterais, pode ser utilizada a
seguinte equação:

1, 5N d
Ac =
0, 5f ck + 0, 4

Rotacione a tela. screen_rotation


Onde:

Ac é a Área da seção transversal do pilar em cm 2 ;

Nd é a força normal de cálculo em kN;

Ac é a Resistência característica do concreto em kN /cm 2 .

Esse pré-dimensionamento pode ser utilizado apenas em edificações de pequeno porte e quando utilizado
aço CA-50.

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14/03/2023, 12:58 Projeto de Pilares de Concreto Armado

Assim, tendo como exemplo um pilar lateral que possui o concreto fck = 30M P a , sob o qual há uma carga
Nk equivalente a 400kN , o procedimento é o seguinte:

Nd = Υf ⋅ Nk

N d = 1, 4 ⋅ 400 = 560kN

Rotacione a tela. screen_rotation


Para o pré-dimensionamento:

1, 5N d
Ac =
0, 5f ck + 0, 4

1, 5 ⋅ 560
2
Ac = = 443cm
0, 5 ⋅ 3, 0 + 0, 4

Rotacione a tela. screen_rotation

Cálculo dos pilares laterais


Para o cálculo dos pilares laterais, agora não mais admitindo um pré-dimensionamento, outros fatores
devem ser levantados e considerados. Nesse sentido, será utilizado como ponto de partida o pré-
dimensionamento feito anteriormente.

Novamente, sob o pilar, há uma carga N k equivalente a 400kN , sendo o coeficiente de majoração da carga
(γ f ) igual a 1,4.

A altura efetiva do pilar é igual a 3,00m.

Portanto, os seguintes passos devem ser seguidos:

looks_one
Primeiro passo

É realizado o cálculo dos esforços solicitantes.

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14/03/2023, 12:58 Projeto de Pilares de Concreto Armado

Nd = Υf ⋅ Nk

N d = 1, 4 ⋅ 400 = 560kN

arrow_forward
looks_two
Segundo passo

É realizado o pré-dimensionamento.

1, 5N d
Ac =
0, 5f ck + 0, 4

1, 5 ⋅ 560
2
Ac = = 443cm
0, 5 ⋅ 3, 0 + 0, 4

Ou seja, trata-se de um pilar com a dimensão 21cm x 21cm, como visto a seguir:

Pilar lateral de 21 x 21cm.

A partir do índice de esbeltez, é definido se o pilar é curto, semiesbelto ou esbelto.

300
λe = 3, 46 ⋅ = 49, 4
21

300
λe = 3, 46 ⋅ = 49, 4
21

Rotacione a tela. screen_rotation


https://stecine.azureedge.net/repositorio/00212en/04368/index.html# 43/67
14/03/2023, 12:58 Projeto de Pilares de Concreto Armado

Trata-se, portanto, de um pilar semiesbelto, já que está entre 35 e 90.

Depois de se obter o índice de esbeltez, calcula-se o momento fletor mínimo, respeitando os seguintes
dados:

Aço = CA 50;

Fck = 30.

F ck 30
Segundo a NBR 6118:2004, o F cd = , ou seja, F cd = = 21, 42M P a N d = 560kN
γc 1,4

M id,min = N d (1, 5 + 0, 03h) , com h em cm, no qual o momento fletor mínimo em cada direção é
apresentado a seguir:

Dir. x

1⋅192,8
M 1d,min = 5120(1, 5 + 0, 03.21) = 1 ⋅ 192, 8kN . cm; e 1x,min = = 2, 13cm
560

Dir. y

1.192,8
M 1d,min = 560(1, 5 + 0, 03.21) = 1 ⋅ 192, 8kN ⋅ cm; e 1x,min = = 2, 13cm
560

Com esse resultado, é possível calcular o índice de resistência por meio da força normal adimensional.

Nd
V =
A c ⋅ f cd

Rotacione a tela. screen_rotation


Onde:

N d = 560kN ;

A c = 21 × 21 = 441cm
2
;

https://stecine.azureedge.net/repositorio/00212en/04368/index.html# 44/67
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F cd = 21, 42M P a .

Nd 560
V = = = 0, 05
A c ⋅ f cd 441.21, 42

Rotacione a tela. screen_rotation


Deste, passa-se para a curvatura na direção x que está sujeita a momentos fletores de 2ª ordem.

1 0, 005
=
r
h(v + 0, 50)

1 0, 005
−4
= = 4, 330 × 10
r
21(0, 05 + 0, 50)

Rotacione a tela. screen_rotation


Com excentricidade máxima de 2ª ordem igual a:

2 2
le 1 300
−4
e 2x = = 4, 330 × 10 = 3, 89cm
10 r 10

Rotacione a tela. screen_rotation


Para se calcular o momento fletor de 2ª ordem, deve ser aplicado o método do pilar-padrão com curvatura
aproximada.

2
l 1 M 1d,A
e
M d,tot = α b ⋅ M 1d,A + N d { ,  e M 1d,A ≥ M 1d, mín 
10 r M 1d,mi ́n

Rotacione a tela. screen_rotation

2
300
−4
M d, tot  = 1, 0 ⋅ 1.192, 8 + 560 4, 330 × 10 = 3.374, 6 ≥ M 1d,min = 1.192, 8kN /cm
10

Rotacione a tela. screen_rotation


Dir. x.

Como o valor é maior que o encontrado no momento fletor mínimo, este valor deve ser o utilizado.

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M d,tot = 3.374, 61kN /cm

Rotacione a tela. screen_rotation


Concluindo o cálculo do índice de resistência, chega-se finalmente ao resultado de μ.

M d,tot
μ =
h x ⋅ A c ⋅ f cd

M d,tot 3.374, 6
μ = = = 0, 017
h x⋅ ⋅ A c ⋅ f cd 21 ⋅ 441 ⋅ 21, 42

Rotacione a tela. screen_rotation

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14/03/2023, 12:58 Projeto de Pilares de Concreto Armado

Falta pouco para atingir seus objetivos.

Vamos praticar alguns conceitos?

Questão 1

Elabore o pré-dimensionamento de um pilar lateral com as seguintes características:

Υ f = 1, 4

N k = 500kN

F ck = 30

A 277cm²

B 440cm²

C 553cm²

D 620cm²

https://stecine.azureedge.net/repositorio/00212en/04368/index.html# 47/67
14/03/2023, 12:58 Projeto de Pilares de Concreto Armado

E 700cm²

Parabéns! A alternativa C está correta.

Temos que:

Nd = Υf ⋅ Nk

N d = 1, 4 ⋅ 500 = 700kN

Para o pré-dimensionamento:

1, 5N d
Ac =
0, 5f ck + 0, 4

1, 5 ⋅ 700
2
Ac = = 553cm
0, 5 ⋅ 3, 0 + 0, 4

Questão 2

Elabore o pré-dimensionamento de um pilar lateral que possui as seguintes características:

Υ f = 1, 4

N k = 250kN

F ck = 30

A 277cm²

B 440cm²

C 553cm²

D 620cm²

https://stecine.azureedge.net/repositorio/00212en/04368/index.html# 48/67
14/03/2023, 12:58 Projeto de Pilares de Concreto Armado

E 700cm²

Parabéns! A alternativa A está correta.

Temos que:

Nd = Υf ⋅ Nk

N d = 1, 4 ⋅ 250 = 350kN

Para o pré-dimensionamento:

1, 5N d
Ac =
0, 5f ck + 0, 4

1, 5 ⋅ 350 2
Ac = = 277cm
0, 5 ⋅ 3, 0 + 0, 4

4 - Pilares de canto
Ao final deste módulo, você será capaz de reconhecer os pilares de canto.

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Vamos começar!

video_library
Pilares de canto
Assista ao vídeo para conhecer os principais pontos que serão abordados neste módulo.

Situações de projeto
Conforme visto, o cálculo dos pilares pode ser realizado diretamente a partir dos resultados obtidos da
força normal e do momento fletor total que incide sob o pilar, sem que haja um aprofundamento sobre as
excentricidades de N d . No cálculo relativo aos pilares laterais, observou-se o cálculo do momento fletor
mínimo, expresso pela seguinte equação:

M id,min = N d (1, 5 + 0, 03h)

Rotacione a tela. screen_rotation


Também foi apresentado o cálculo do momento fletor total, como apresentado a seguir:

2
l 1 M 1d,A
e
M d, tot  = α b ⋅ M 1d,A + N d {  e M 1d,A ≥ M 1d, min 
10 r M 1d, min 

Rotacione a tela. screen_rotation

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Tanto o cálculo do momento fletor mínimo como o cálculo do momento fletor total tornam o projeto do pilar
baseado nos momentos fletores, e não nas excentricidades.

Deve-se observar que os cálculos realizados com base nos momentos fletores ou na excentricidade chegam
ao mesmo resultado, mas, quando as excentricidades são consideradas, devem ser as seguintes:

Excentricidade de 1ª ordem
M 1d,A
e 1,A =
Nd

M 1d,B
e 1,B =
Nd

Excentricidade mínima
e 1,min = 1, 5 + 0, 03h , com h em cm

Excentricidade de 2ª ordem
2
0,0005l
e
e2 =
(v+0,5)h

Excentricidade de 1ª ordem na seção intermediária C


0, 6e 1,A + 0, 4e 1,B
e 1,c ≥ {
0, 4e 1,A

Quanto ao pilar de canto, a solicitação de projeto é a flexão composta oblíqua, na qual há excentricidade de
1ª ordem nas duas direções do pilar. Caso haja excentricidades de 2ª ordem, estas devem, segundo a
direção em que existir, serem acrescidas às excentricidades de 1ª ordem. A imagem a seguir apresenta um
pilar de canto.

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Pilar de canto.

A excentricidade possui relação direta com a estabilidade do pilar, pois os esforços em uma estrutura são
determinados a partir de seu equilíbrio. Nessa análise, é considerada a configuração inicial do pilar,
momento em que ele ainda não apresenta deformação. Essa é a chamada de análise de 1ª ordem, mas
quando são identificados mais efeitos, torna-se necessário analisar o pilar em desequilíbrio, ou seja, quando
há uma não linearidade, pois já há alterações físicas e geométricas, sendo esses seus efeitos de 2ª ordem.

Pilar de canto
O pilar de canto possui uma importante função de contraventamento por estar em um local estratégico
quanto à estrutura, sendo fundamental para a estabilidade global da edificação.

O módulo de rigidez equivalente também pode ser estimado considerando um modelo bidimensional, com
critérios definidos para uma melhor análise dos resultados. O método consiste na associação, utilizando o
mesmo procedimento para a determinação dos esforços solicitantes na edificação quando submetido a
ações horizontais.

Sobre a avaliação da estabilidade global das estruturas, segundo a NBR 6118:2014,


existem diferentes metodologias para se realizar a análise estrutural; mas,
referindo-se ao concreto armado, deve-se estudar a relação entre a tensão e a
deformação, realizando o estudo sobre o seu comportamento linear e não linear.

Essa avaliação estrutural possui a função de determinar o comportamento da edificação quando submetida
a ações externas, ou seja, busca-se obter as informações quanto a tensões, deformações e deslocamentos.
Deve-se observar que, a cada etapa da avaliação, é estudado o comportamento da estrutura de forma a se
verificar, com a maior eficiência possível, se os limites quanto à segurança da estrutura são atendidos.

Grande parte das construções apresentam um comportamento linear elástico sob o efeito de
carregamentos. As edificações com muitos pavimentos são exceções, pois apresentam um comportamento
não linear e, antes de alcançarem o seu estado limite, apresentam uma resposta não linear significante.
Devido à complexidade da estrutura e aos esforços solicitantes ocasionados pela configuração complexa,
essas estruturas possuem um comportamento não linear na relação entre a tensão e a deformação, pois a
deformação não é proporcional à tensão que é aplicada. Por isso, torna-se essencial considerar esta não
linearidade no cálculo estrutural, como realizado no decorrer desse estudo.

Realizar esta analise não linear torna a construção, quanto aos seus aspectos estruturais, mais eficiente e
próxima das intenções de projeto. Ou seja, a avaliação da estabilidade global das estruturas, que estuda o

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comportamento estrutural total perante o limite último de instabilidade, considera a não linearidade física e
geométrica do material da estrutura, pois a perda de estabilidade está diretamente ligada às deformações
sofridas. Entenda a diferença entre elas a seguir:

Não linearidade física

Ocorre quando o comportamento do material não é elástico linear. Ela pode ocorrer também nas
relações momento-rotação de conexões semirrígidas ou flexíveis, ou também por meio de flambagem,
plastificação ou fissuração na estrutura.

close
Não linearidade geométrica

Ocorre quando há valores altos de deslocamentos, que podem trazer como consequência o surgimento
de efeitos de 2ª ordem, devido à presença do esforço normal.

Cálculo dos pilares de canto


Para o cálculo dos pilares de canto, alguns fatores devem ser levantados e considerados. Para tal, será
utilizado como ponto de partida o pré-dimensionamento para pilares de canto.

Nesse caso, há sob o pilar uma carga N k equivalente a 300kN , sendo o coeficiente de majoração da carga
(γ f ) igual a 1,4.

A altura efetiva do pilar é igual a 3,00m.

Portanto, os seguintes passos devem ser seguidos:

looks_one
Primeiro passo

É realizado o cálculo dos esforços solicitantes.

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Nd = Υf ⋅ Nk

N d = 1, 4 ⋅ 300 = 420kN

arrow_forward
looks_two
Segundo passo

É realizado o pré-dimensionamento.

1, 5N d
Ac =
0, 5f ck + 0, 4

1, 5.420
2
Ac = = 332cm
0, 5 ⋅ 3, 0 + 0, 4

Ou seja, trata-se de um pilar com a dimensão 19cm x 19cm:

Pilar lateral de 19cm x 19cm.

A partir do índice de esbeltez, define-se se o pilar é curto, semiesbelto ou esbelto.

300
λe = 3, 46 ⋅ = 54, 6
19
300
λe = 3, 46 ⋅ = 54, 6
19

Rotacione a tela. screen_rotation

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É um pilar semiesbelto, já que ele está entre 35 e 90. A partir do resultado do índice de esbeltez, é calculado
o momento fletor mínimo, respeitando os seguintes dados:

Aço = CA 50;

Fck = 30.

F ck 30
Segundo a NBR 6118:2004, o Fcd = , ou seja, F cd = = 21, 42M P a N d = 420kN
γc 1,4

M id,min = N d (1, 5 + 0, 03h) , com h em cm, no qual o momento fletor mínimo em cada direção é
apresentado a seguir:

Dir. x

869,4
M 1d,min = 420(1, 5 + 0, 03.19) = 869, 4kN /cm; e 1x,min = = 2, 07cm
420

Dir. y

869,4
M 1d,min = 420(1, 5 + 0, 03.19) = 869, 4kN /cm; e 1x,min = = 2, 07cm
420

Com esse resultado, é possível calcular o índice de resistência por meio da força normal adimensional.

Nd
V =
A c ⋅ f cd

Rotacione a tela. screen_rotation


Onde:

N d = 420kN

2
A C = 19 × 19 = 361cm

Fcd = 21, 42M P a

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Nd 420
V = = = 0, 05
A c ⋅ f cd 361 ⋅ 21, 42

Rotacione a tela. screen_rotation


Deste, passa-se para a curvatura na direção x que está sujeita a momentos fletores de 2ª ordem.

1 0, 005
=
r
h(v + 0, 50)

1 0, 005
−4
= = 4, 780 × 10
r
19(0, 05 + 0, 50)

Rotacione a tela. screen_rotation


Com excentricidade máxima de 2ª ordem igual a:

2 2
le 1 300
−4
e 2x = = 4, 780 × 10 = 4, 30cm
10 r 10

Rotacione a tela. screen_rotation


Para se calcular o momento fletor de 2ª ordem, deve ser aplicado o método do pilar-padrão com curvatura
aproximada.

2
l 1 M 1d,A
e
M d, tot  = α b ⋅ M 1d,A + N d { , e M 1d,A ≥ M 1d,mi ́n
10 r M 1d,min

Rotacione a tela. screen_rotation

2
300
−4
M d,tot = 1, 0.869, 4 + 420 4, 780 × 10 = 2.678 ≥ M 1d,min = 869, 4kN /cm
10

Rotacione a tela. screen_rotation


Dir. x.

Como o valor é maior que o encontrado no momento fletor mínimo, esse valor deve ser o utilizado.

M d,tot = 2.678kN /cm

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Rotacione a tela. screen_rotation


Concluindo o cálculo do índice de resistência, chega-se finalmente ao resultado de μ.

M d,tot
μ =
h x ⋅ A c ⋅ f cd

M d,tot 2.678
μ = = = 0, 018
h x ⋅ A c ⋅ f cd 19 ⋅ 361.21, 42

Rotacione a tela. screen_rotation

library_add_check
Mão na massa

Questão 1

Qual é a importante função do pilar de canto?

A Atuar como contraventamento.

B Suportar laje.

C Suportar as vigas.

D Conectar as fundações.

E Conectar as vigas.

Parabéns! A alternativa A está correta.

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Assista ao vídeo a seguir para conferir a resolução da questão.

A importância do pilar de canto

Questão 2

Calcule os esforços solicitantes sob um pilar de canto, cuja dimensão é 20cm × 30cm e
N k = 200kN

A 280kN

B 300kN

C 450kN

D 500kN

E 680kN

Parabéns! A alternativa A está correta.

Temos que:

Nd = γn ⋅ γf ⋅ Nk

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Para γ , utilize a tabela de coeficiente de majoração da força normal, sendo o menor lado do pilar maior
n

que 19cm, o resultado obtido é 1, 0.

Para γ , utilize a tabela coeficiente de ponderação das ações no estado limite último (ELU), na qual a
f

combinação de ações é normal.

Para

N d = 1, 0 ⋅ 1, 4 ⋅ 200

N d = 280kN

Questão 3

Calcule os esforços solicitantes sob um pilar central biapoiado na base e no topo, cuja dimensão é
50cm × 50cm e Nk = 400kN .

A 500kN

B 560kN

C 700kN

D 810kN

E 880kN

Parabéns! A alternativa B está correta.

Temos que:

Nd = γn ⋅ γf ⋅ Nk

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Para γ , utilize a tabela de coeficiente de majoração da força normal, sendo o menor lado do pilar maior
n

que 19cm, o resultado obtido é 1,0.

Para γ , utilize a tabela coeficiente de ponderação das ações no estado limite último (ELU), na qual a
f

combinação de ações é normal.

Para

N d = 1, 0 ⋅ 1, 4 ⋅ 400

N d = 560kN

Questão 4

Calcule os esforços solicitantes sob um Pilar central biapoiado na base e no topo, cuja dimensão é
30cm × 45cm e Nk = 900kN .

A 530kN

B 740kN

C 790kN

D 1.000kN

E 1.260kN

Parabéns! A alternativa E está correta.

Temos que:

Nd = γn ⋅ γf ⋅ Nk

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Para γ , utilize a tabela de coeficiente de majoração da força normal, sendo o menor lado do pilar maior
n

que 19cm, o resultado obtido é 1,0.

Para γ , utilize a tabela coeficiente de ponderação das ações no estado limite último (ELU), na qual a
f

combinação de ações é normal.

Para

N d = 1, 0 ⋅ 1, 4 ⋅ 900

N d = 1.260kN

Questão 5

Elabore o pré-dimensionamento de um pilar de canto com as seguintes características:

Υ f = 1, 4

N k = 400kN

F ck = 30

A 278cm²

B 443cm²

C 563cm²

D 680cm²

E 720cm²

Parabéns! A alternativa B está correta.

Temos que:
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Nd = Υf ⋅ Nk

N d = 1, 4 ⋅ 400 = 560kN

Para o pré-dimensionamento:

1, 5N d
Ac =
0, 5f ck + 0, 4

1, 5 ⋅ 560
2
Ac = = 443cm
0, 5 ⋅ 3, 0 + 0, 4

Questão 6

Elabore o pré-dimensionamento de um pilar de canto com as seguintes características:

Υ f = 1, 4

N k = 250kN

F ck = 30

A 277cm²

B 448cm²

C 567cm²

D 691cm²

E 733cm²

Parabéns! A alternativa A está correta.

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Temos que:

Nd = Υf ⋅ Nk

N d = 1, 4 ⋅ 250 = 350kN

Para o pré-dimensionamento:

1, 5N d
Ac =
0, 5f ck + 0, 4

1, 5 ⋅ 350
2
Ac = = 277cm
0, 5 ⋅ 3, 0 + 0, 4

note_alt_black
Teoria na prática
Calcule o momento fletor mínimo de um pilar de canto de 30cm × 50cm, cujo N d é igual a 1200kN .

Mostrar solução expand_more

Falta pouco para atingir seus objetivos.

Vamos praticar alguns conceitos?

Questão 1

Para um pilar de canto, cuja dimensão é 30cm × 50cm e N k = 300kN . Calcule o momento fletor
mínimo.

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14/03/2023, 12:58 Projeto de Pilares de Concreto Armado

A X - 2,10cm / Y - 2,55cm

B X - 2,40cm / Y - 3,00cm

C X - 2,70cm / Y - 3,30cm

D X - 3,20cm / Y - 4,90cm

E X - 3,60cm / Y - 5,20cm

Parabéns! A alternativa B está correta.

Nd = γn ⋅ γf ⋅ Nk

Para γ , utilize a tabela de coeficiente de majoração da força normal, sendo o menor lado do pilar maior
n

que 19cm, o resultado obtido é 1, 0.

Para γ , utilize a tabela coeficiente de ponderação das ações no estado limite último (ELU), na qual a
f

combinação de ações é normal.

Para

N d = 1, 0 ⋅ 1, 4 ⋅ 300

N d = 420kN

M 1d,min = N d (1, 5 + 0, 03h) , com h = dimensão do pilar, em cm, na direção considerada.

1008
X − 420(1, 5 + 0, 03 ⋅ 30) = 1.008kN /cm; e 1x,min = = 2, 40cm
420
1260
Y − 420(1, 5 + 0, 03 ⋅ 50) = 1.260kN /cm; e 1x,min = = 3, 00cm
420

Questão 2

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Para um pilar de canto, cuja dimensão é 40cm × 60cm e N k = 450kN . Calcule o momento fletor
mínimo.

A X - 2,10cm / Y - 2,55m

B X - 2,25cm / Y - 3,00m

C X - 2,70cm / Y - 3,30 cm

D X - 3,20cm / Y - 4,90cm

E X - 3,60cm / Y - 5,20cm

Parabéns! A alternativa C está correta.

Temos que:

Nd = γn ⋅ γf⋅ Nk

Para γ , utilize a tabela de coeficiente de majoração da força normal, na qual pelo menor lado do pilar
n

ser maior que 19cm, o resultado obtido é 1,0.

Para γ , utilize a tabela coeficiente de ponderação das ações no estado limite último (ELU), na qual a
f

combinação de ações é normal.

Para

N d = 1, 0 ⋅ 1, 4.450

N d = 630kN

M 1d,min = N d (1, 5 + 0, 03h) , com h = dimensão do pilar, em cm, na direção considerada.

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1701
X − 630(1, 5 + 0, 03 ⋅ 40) = 1.701kN /cm; e 1x,min = = 2, 70cm
630

2079
Y − 630(1, 5 + 0, 03 ⋅ 60) = 2.079kN /cm; e 1x,min = = 3, 30cm
630

Considerações finais
Neste conteúdo, você aprendeu sobre os pilares em edifícios, observando a importância fundamental
desses elementos nas construções. Estudou também os tipos de pilares, sendo eles centrais, laterais e os
de canto.

Para entender com mais profundidade a importância prática ao projetar pilares de concreto, vimos as
indicações da NBR 6118 e as consequentes implicações destas nos cálculos de diferentes tipos de pilares.

Nas imagens fornecidas como exemplos, foi possível observar a aplicação prática dos pilares, bem como os
possíveis problemas de edificações dessas estruturas. Dessa forma, você pode ter atenção ao identificar
alguma falha visual a fim de resolvê-la de forma apropriada.

headset
Podcast
Agora, o especialista encerra o tema falando sobre os principais tópicos abordados.

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Referências
ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR 6118: Projeto de estruturas de concreto —
procedimento. Rio de Janeiro: ABNT, 2014.

ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR 6120: Cargas para o cálculo de estruturas de
edificações. Rio de Janeiro: ABNT, 2019.

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elementos projetados e compatibilizando a estrutura com a arquitetura e as instalações. Nos módulos, os
desenhos que apresentam os pilares no edifício, foram elaborados por esse software; você pode utilizá-lo
para praticar.

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