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Brasília-DF.
Elaboração
Produção
APRESENTAÇÃO.................................................................................................................................. 5
INTRODUÇÃO.................................................................................................................................... 8
UNIDADE I
INDÚSTRIA FLORESTAL........................................................................................................................... 11
CAPÍTULO 1
PANORAMA GLOBAL E LOCAL................................................................................................. 11
CAPÍTULO 2
A INDÚSTRIA DA MADEIRA....................................................................................................... 19
CAPÍTULO 3
MANEJO DE PLANTAÇÕES FLORESTAIS..................................................................................... 27
UNIDADE II
MERCADOS FLORESTAIS....................................................................................................................... 48
CAPÍTULO 1
SISTEMA DE PRODUÇÃO ........................................................................................................ 48
CAPÍTULO 2
CUSTOS, RECEITAS E LUCROS ................................................................................................. 56
CAPÍTULO 3
OFERTA E DEMANDA .............................................................................................................. 61
UNIDADE III
PLANEJAMENTO E GESTÃO NO SETOR FLORESTAL.................................................................................. 66
CAPÍTULO 1
PLANEJAMENTO DA EMPRESA FLORESTAL................................................................................. 66
CAPÍTULO 2
MANEJO INTENSIVO DAS PLANTAÇÕES FLORESTAIS ................................................................. 81
CAPÍTULO 3
INTRODUÇÃO ÀS TECNOLOGIAS GEOESPACIAIS DE APOIO AO
GERENCIAMENTO FLORESTAL.................................................................................................. 90
UNIDADE IV
COLHEITA........................................................................................................................................... 100
CAPÍTULO 1
PLANEJAMENTO DA COLHEITA............................................................................................... 100
CAPÍTULO 2
MÉTODOS DE COLHEITA........................................................................................................ 110
CAPÍTULO 3
CARREGAMENTO E TRANSPORTE........................................................................................... 120
Caro aluno
Conselho Editorial
5
Organização do Caderno
de Estudos e Pesquisa
A seguir, apresentamos uma breve descrição dos ícones utilizados na organização dos
Cadernos de Estudos e Pesquisa.
Provocação
Textos que buscam instigar o aluno a refletir sobre determinado assunto antes
mesmo de iniciar sua leitura ou após algum trecho pertinente para o autor
conteudista.
Para refletir
Questões inseridas no decorrer do estudo a fim de que o aluno faça uma pausa e reflita
sobre o conteúdo estudado ou temas que o ajudem em seu raciocínio. É importante
que ele verifique seus conhecimentos, suas experiências e seus sentimentos. As
reflexões são o ponto de partida para a construção de suas conclusões.
Atenção
6
Saiba mais
Sintetizando
7
Introdução
Sabemos que a sociedade atual utiliza as florestas para diversas atividades, como
fonte de biomassa para reatores, fornalhas e fornos, fonte de produtos utilizados
em construções na agricultura, indústria e zonas urbanas, recreação, turismo,
preservação da fauna e flora, entre outros.
Diante disso, é necessário que saibamos como lidar com as dinâmicas do mercado
florestal e como este interage com a atividade econômica do país e mundo. A partir
disso, estudaremos desde o início do cultivo de plantações florestais e como essa
atividade se desenvolveu e vem se desenvolvendo e ganhando espaço no cenário
nacional e mundial.
Não se esqueça de que vivemos no país que tem a maior floresta tropical do
mundo e um dos maiores, se não o maior, potencial produtivo para atividades
agrossilvipastoris. Isso aumenta, ainda mais, a nossa responsabilidade sobre a
gestão desses recursos.
Objetivos
» Compreender como é a dinâmica da indústria florestal nacional e
mundial e os aspectos que levam à otimização da gestão das áreas
florestais.
8
» Conhecer o mercado que permeia o estudo dos produtos florestais.
9
10
INDÚSTRIA FLORESTAL UNIDADE I
Caro estudante, para que possamos nos aprofundar nas questões técnicas e
conceituais que envolvem o gerenciamento de projetos florestais, convido-o
a iniciar nossos estudos desenvolvendo uma visão geral da história do uso
comercial das florestas. Com essa perspectiva ficará mais fácil entendermos
as dinâmicas que interferem no dia a dia de um gestor de projetos florestais,
assim como os fatores locais e globais que interagem no mercado de produtos
florestais.
Partindo desse contexto iremos nos aprofundar nas dinâmicas que interferem
no sucesso da indústria da madeira para que, só então, possamos estudar as
características presentes nos métodos de manejo de plantações florestais.
CAPÍTULO 1
Panorama global e local
Introdução
É comum que ocorram em nossas vidas pontos de virada. Esses momentos de
grande mudança geralmente acontecem quando uma ocasião ou conjunto de
circunstâncias define claramente a agenda para o futuro. Alguns deles são mais
suaves e outros mais abruptos. Por exemplo, se olharmos como nossos hábitos
de consumo mudaram nas últimas décadas, veremos muitos pontos de virada.
Muitos deles associados ao desenvolvimento da ciência e da tecnologia.
Outra área que teve grandes mudanças foi a indústria da madeira. Em alguns anos
saímos da posição de, unicamente, “exploradores” de florestas para a posição de
reflorestadores. Passamos a consumir madeira advinda de florestas plantadas. Isso
foi principalmente influenciado pela industrialização, trouxe outros benefícios
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UNIDADE I │ INDÚSTRIA FLORESTAL
Fonte: https://www.sgsgroup.com.br/-/media/global/images/structural-website-images/hero-images/hero-forest-780x626.jpg.
12
INDÚSTRIA FLORESTAL │ UNIDADE I
Assista ao vídeo ”Rios Voadores da Amazônia – sem floresta não tem água”
para aprofundamento na função que as florestas têm em nossas vidas.
Disponível em: https://www.youtube.com/watch?v=0Mwo5PVB0ro.
Origens
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UNIDADE I │ INDÚSTRIA FLORESTAL
Como visto, o plantio de árvores tem uma longa história, que demonstra que
a criação de florestas tem sido motivada por iniciativas diversas como uso de
produtos exóticos preocupações com a sustentabilidade, proteção do solo e
fornecimento de bens e serviços, por exemplo.
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INDÚSTRIA FLORESTAL │ UNIDADE I
Tipologia e definições
São muitas as denominações que atribuímos às florestas. Com o intuito de
padronizar a nomenclatura a nível mundial, a Organização das Nações Unidas
para Alimentação e Agricultura (FAO) preparou uma classificação que descreve
cada tipologia (Quadro 1). Essa classificação baseia-se nos diferentes graus de
intervenção e método de regeneração. As classes são as florestas primárias,
florestas modificadas, florestas seminaturais e plantações florestais (FAO, 2006).
A produção nacional
Segundo os dados que constam na última pesquisa Produção da Extração Vegetal
e da Silvicultura 2018 (PEVS), realizada pelo IBGE (IBGE, 2018), no cenário
nacional o impacto que a produção florestal tem é significativo. Somente no ano de
2018 essa produção alcançou a marca de R$ 20,6 bilhões. Desse montante, 79,3%
(R$ 16,3 bilhões) corresponde à silvicultura e 2,7% (R$ 4,3 bilhões) à extração
vegetal. Sendo este último demostrando queda ao longo dos anos. Enfatizando
que cada vez mais estamos tecnificando e modernizando a produção (Figura 4).
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UNIDADE I │ INDÚSTRIA FLORESTAL
Figura 4. Participação do extrativismo vegetal e da silvicultura no valor da produção primária florestal (%).
90
80
70
60
50
40
30
20
10
0
2008
1996
1997
1998
1999
2000
2001
2002
2003
2004
2005
2006
2007
2009
2010
Extrativismo vegetal Silvicultura
Fonte: https://agenciadenoticias.ibge.gov.br/images/agenciadenoticias/estatisticas_economicas/2019_09/infografico_2.jpg.
Dentro do território nacional, a maior parte das florestas plantadas estão situadas
na região sul com 35,2% da área plantada (3.485 hectares). A região sudeste
responde por 34,9% do total (3.458 hectares). Dos estados de maior produção,
destacam-se Minas Gerais com maior área plantada (> 2 milhões de hectares),
Paraná (1,5 milhão de hectares) e Mato Grosso do Sul com cinco municípios
entre os dez com maior área plantada no país (Figura 5) (IBGE, 2018).
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INDÚSTRIA FLORESTAL │ UNIDADE I
Florestas plantadas
Municípios com maiores áreas (mil hectares)
Área de Área
eucalipto total
1º Três Lagoas 236,0
2º Ribas do Rio Pardo 216,0 220,0
MG
3º Telêmaco Borba 93,0 165,3
MS 4º Água Clara 128,0 128,3
5º Brasilândia 125,0 125,5
6º João Pinheiro 109,5
7º Ortigueira 60,2 93,9
PR 8º Selvíria 88,0
9º Reserva 48,0 82,1
10º Buritizeiro 75,5
FONTE: IBGE
Figura 6. Área ocupada pela silvicultura, por grupos de espécies florestais (mil ha).
Norte
Nordeste
354,9
906,1
2,2
0,0
Centro-Oeste
Sudeste
1.481,7
1.707,5
Fonte: Adaptado de https://agenciadenoticias.ibge.gov.br/images/agenciadenoticias/estatisticas_economicas/2019_09/
infografico_7.jpg.
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UNIDADE I │ INDÚSTRIA FLORESTAL
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CAPÍTULO 2
A indústria da madeira
Introdução
Muitos países podem apontar algumas partes do seu território onde mantêm uma
cobertura florestal. Existe a possibilidade de algumas dessas áreas florestais se
manterem intocadas por causa da distância em que elas se encontram ou estão sob
proteção do governo. Como então podemos distinguir a transformação de uma área
florestal para uma plantação?
19
UNIDADE I │ INDÚSTRIA FLORESTAL
Disponibilidade de terras Estados Unidos, Canadá, Brasil, Rússia, Índia, China e Austrália se destacam. A
presença de climas temperados, subtropicais e tropicais nesses exemplos são
essenciais.
Alta produtividade em termos de Taxas de crescimento de 70 m³/ha/ano das plantações florestais são alcançadas em alguns locais.
crescimento florestal
Clima favorável Temperatura, precipitação e características edáficas são importantes. No entanto, práticas modernas
de manejo florestal são essenciais. A pesquisa voltada às ciências florestais está por trás de grande
parte do sucesso, como em genética florestal e práticas silviculturais intensivas que promovem maior
produtividade.
Ganhos em eficiência de Plantações uniformes são mais fáceis de gerenciar e menos onerosas para colher. Além disso, é possível
gerenciamento realizar planos e previsões de colheitas com maior facilidade e com menores riscos
Políticas governamentais mais Escassez de matéria-prima e preços no mercado livre governados pela oferta e demanda são forças
favoráveis essenciais por trás da criação de plantações em nações desenvolvidas, no entanto, eles sozinhos não são
suficientes nações em desenvolvimento.
Fonte: Evans, 2009.
20
INDÚSTRIA FLORESTAL │ UNIDADE I
Acesse ao vídeo “Florestas” produzido pela Embrapa para ver mais vantagens
da silvicultura e por que ela é tão importante nos dias de hoje e para o Brasil.
Disponível em: https://www.youtube.com/watch?v=t7XFq_myH54.
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UNIDADE I │ INDÚSTRIA FLORESTAL
Produtos florestais
São muitos os produtos provenientes da indústria da madeira. A seguir foi
organizado um apanhado geral da variedade de produtos produzidos por esse
setor (Quadro 3).
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INDÚSTRIA FLORESTAL │ UNIDADE I
500M
m³
250M
0
EUA Canada Rússia China Brasil Suécia Indonésia Finlândia Alemanha Índia
Florestas plantadas
Gerenciamento florestal
Placas
Polpa
Ferro-gusa
Florestas nativas
Mobília
Papel
Madeira serrada
Para saber mais sobre florestas energéticas, leia o artigo “O que são
florestas energéticas” disponibilizado pelo SEBRAE e aprofunde-se no
tema. Disponível em: https://m.sebrae.com.br/sites/PortalSebrae/artigos/
o-que-sao-florestas-energeticas,50a3438af1c92410VgnVCM100000b2720
10aRCRD.
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UNIDADE I │ INDÚSTRIA FLORESTAL
Tendência global
Durante o período de 2001 a 2015, US$ 8,6 bilhões estavam planejados como
subsídio direcionado a 99 projetos prioritários para o estabelecimento de 5,4
milhões de hectares de plantações comerciais de árvores. O governo e os bancos
estatais apoiaram 90% dos custos das plantações com redução taxas de juros e
prazos de pagamento estendidos (BARR; SAYER, 2012).
0% 0,4% Américas
Europa 4,8%
42%
Ásia
52,8%
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INDÚSTRIA FLORESTAL │ UNIDADE I
20,1% 4,6%
Américas
17,1%
Ásia
4,7%
Europa
53,5%
Fonte: FAO, 2020.
Ainda que seja inegável a riqueza fornecida pelas plantações florestais industriais
às regiões onde são estabelecidas, o sucesso deste tipo de plantação está sujeito
a alguns fatores. Em determinados países, as plantações industriais têm papel
proeminente na economia. Além disso, algumas dessas plantações são promovidas
para mitigar mudanças climáticas ou produzir combustíveis. No entanto, estas
podem ser questionadas em relação a seus impactos ambientais. Por exemplo, o
uso de espécies exóticas em vez de nativas.
Por um lado, espécies nativas são mais adaptadas ao habitat, além de fornecerem
habitat natural para outras espécies, têm a capacidade de se regenerar naturalmente.
Por outro lado, na maioria das vezes elas crescem em taxas mais lentas quando
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UNIDADE I │ INDÚSTRIA FLORESTAL
Tendo em vista todo esse contexto, sabemos que a demanda por produtos
florestais continuará a crescer à medida que a população mundial e a
renda crescem. Consequentemente, o grande desafio será melhorar a
sustentabilidade e o manejo de florestas e garantir uma distribuição
equitativa dos benefícios do uso florestal.
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CAPÍTULO 3
Manejo de plantações florestais
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UNIDADE I │ INDÚSTRIA FLORESTAL
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INDÚSTRIA FLORESTAL │ UNIDADE I
Práticas silviculturais
Quadro 4. Tipo de clima, precipitação média anual, temperatura e evapotranspiração real, estação seca,
principais espécies e híbridos recomendados para o plantio e produtividade média esperada (tora de madeira
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UNIDADE I │ INDÚSTRIA FLORESTAL
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INDÚSTRIA FLORESTAL │ UNIDADE I
Manejo silvicultural
É possível estabelecer plantações florestais para aumentar a produtividade de solos
degradados, seja por ação de desmatamento e/ou cultivos agrícolas intensivos.
Para isso, deve-se selecionar espécies que possam ser plantadas e colhidas
atendendo às especificações de idade, tamanho e qualidade desejados no produto
final. O desenvolvimento de um planejamento florestal adequado pode minimizar
os impactos no local, aumentar a produtividade e minimizar ou evitar efeitos
ambientais adversos.
Quadro 5. Princípios, metas, estratégias e práticas silviculturais buscando o manejo sustentável de plantações
florestais.
PRINCÍPIOS
» Uso racional dos recursos naturais.
» Caracterização adequada das limitações e potencialidades do local de produção e seleção de genótipos adequados.
» Desenvolvimento de manejo específico para o local, visando diminuir os estresses bióticos e abióticos.
» Manutenção e aumento da biodiversidade e integração ecossistêmica.
Metas Estratégias Práticas
» Reduzir a erosão do solo. » Maximizar a infiltração de água da chuva e o » Redução do revolvimento do solo.
estoque de água no solo.
» Reduzir o estresse hídrico e aumentar a » Trabalhar o solo em diferentes
eficiência no uso da água. » Reduzir a evaporação. profundidades de acordo com suas
características.
» Aumentar a profundidade efetivada do sistema
radicular. » Manejo integrado de plantas daninhas.
» Reduzir a competição com plantas daninhas.
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UNIDADE I │ INDÚSTRIA FLORESTAL
PRINCÍPIOS
Metas Estratégias Práticas
» Manejo nutricional adequado. » Reduzir a remoção de nutrientes e volatilização. » Não queimar os resíduos.
» .Equilíbrio do fluxo de entrada e saída dos » Controlar o nível de nutrientes do solo e
nutrientes. das árvores.
» Aplicação de fertilizantes de acordo
com a taxa de crescimento e o estado
nutricional da planta.
» Minimizar o dano físico no solo. » Reduzir o impacto do sistema de colheita no » Utilização de máquinas de baixa
solo. compactação no solo.
» Planejar a rede de estradas de extração
para amenizar a compactação.
» Maximizar a produtividade. » Escolha apropriada de espécies e híbridos para » Escolha apropriada de espécies e híbridos
o local. para o local.
» Plantio na época mais adequada.
RESULTADOS ESPERADOS
» Manter ou aumentar a qualidade ambiental.
» Aumentar a eficiência do uso dos recursos.
» Minimizar os impactos ambientais negativos.
» Produzir produtos madeireiros e não madeireiros de alta qualidade.
» Gerenciamento direcionado ao retorno econômico do investimento.
Fonte: Gonçalves et al., 2016.
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INDÚSTRIA FLORESTAL │ UNIDADE I
Figura 11. Materiais genéticos resistentes ou susceptíveis à seca e à geada: à esquerda, clone susceptível, e à
direita, clone resistente à seca (A); clone susceptível a geadas (B); no centro, E. globulus susceptível à geada,
Fonte: https://www.researchgate.net/profile/Teotonio_Assis/publication/292875207/figure/fig1/AS:444035908280320@148287781
8064/Figura-52-Materiais-geneticos-resistentes-ou-susceptiveis-a-seca-e-a-geada-a-esquerda.png.
Os ganhos genéticos das plantações podem não ser expressos, pois são dependentes
de uma boa gestão das plantações e do solo. Não se pode esperar que a genética
faça todo o trabalho de alcançar altas produtividades. O gerenciamento adequado
da plantação é indispensável.
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UNIDADE I │ INDÚSTRIA FLORESTAL
Preparação do solo
Dois dos grandes avanços dos últimos trinta anos em muitos países foram a
abolição de queima como forma de limpeza da terra e a adoção de técnicas
conservacionistas para o manejo do solo, que levou à implementação de sistemas
de preparo do solo com o mínimo de revolvimento deste.
Dito isso, o manejo do solo para conservar a água se torna essencial. A preparação
do solo pode ajudar a superar as limitações dos recursos hídricos para as florestas
em duas principais maneiras. O primeiro, devido ao aumento da infiltração
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INDÚSTRIA FLORESTAL │ UNIDADE I
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UNIDADE I │ INDÚSTRIA FLORESTAL
Fonte: https://encrypted-tbn0.gstatic.com/images?q=tbn%3AANd9GcSi0khXeKk0xG_DqoByPAb561O5f9VNufu69Q&usqp=CAU.
O solo deve ser preparado no início ou fim da estação úmida para facilitar a
penetração dos equipamentos e proporcionar às mudas um longo período
para o crescimento das raízes.
Gerenciamento de resíduos
Fonte: https://docplayer.com.br/docs-images/66/54494026/images/102-0.jpg.
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INDÚSTRIA FLORESTAL │ UNIDADE I
Para esse fim, existem alguns recursos que podem ser utilizados:
Aplicação de fertilizantes
A perda de nutrientes varia de acordo com o manejo utilizado e pode ter um efeito
dramático no crescimento das árvores. Os nutrientes perdidos por remoção ou
lixiviação podem ser substituídos por fertilização. Entretanto os investimentos
em fertilizantes são relativamente altos para a maioria dos produtores florestais,
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UNIDADE I │ INDÚSTRIA FLORESTAL
por isso a fertilização deve ser combinada com outras práticas silviculturais
(preparo do solo, manejo de resíduos e controle de plantas daninhas) para reduzir
as demandas de fertilizantes a curto e a longo prazo (NAMBIAR; KALLIO, 2008).
Figura 14. Aplicação mecanizada de fertilizante por filete contínuo em plantação de eucalipto.
Fonte: https://image.slidesharecdn.com/adubaoeucalip-140315205744-phpapp01/95/adubao-eucalip-48-638.
jpg?cb=1394917091.
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INDÚSTRIA FLORESTAL │ UNIDADE I
Os estágios nutricionais de uma área florestal podem ser divididos em antes, durante
e depois fechamento do dossel. A compreensão desses estágios e da ciclagem de
nutrientes é essencial para o planejamento adequado da aplicação de fertilizantes
(taxa, método e tempo).
Povoamento
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UNIDADE I │ INDÚSTRIA FLORESTAL
Fonte: https://lh3.googleusercontent.com/proxy/t9pX4b7yBXK-szKf3E2-O9aj5E3xLi1SHpab-xNR2xe-g0gth_
VNOUso0hLVev0Y3sTfoFw71utzzvB-lWGEZANjWWN84vWwRwA.
Fonte: https://lh3.googleusercontent.com/proxy/NapjLgABfeV7DG8aBMf5b-eTUxa_bo1atIGgejD-AUD0JihCbg3cjGdYu52cbn6lpdi
Pg6zoqQSUYKTBLRxy1GWUaiXqhm6ozpIDvkP-LQbtRuxBuSXYBQa7mUp9Vrn_TvO5afXz1ikUCBomjF9OtEoW1Qo-An5gJ8QY14CdQA.
Fonte: https://encrypted-tbn0.gstatic.com/images?q=tbn%3AANd9GcRpkTQ2BqaWNgF3GPAL6jhvKEUm356i5E3I3w&usqp=CAU.
Figura 18. Estratégias para diminuir a compactação dos solos promovidos pelo maquinário pesado utilizado em
áreas florestais.
Fonte: https://editorial.pxcrush.net/farmmachinerysales/general/editorial/komatsu_895_forwarder.jpg?width=1024&height=682.
Figura 19. Efeito na compactação do solo de diferentes disposições dos rodados de uma máquina florestal.
42
INDÚSTRIA FLORESTAL │ UNIDADE I
Silvicultura de precisão
É uma ferramenta que visa proporcionar uma silvicultura personalizada para cada
área da unidade produtiva. É um novo modelo de gestão de plantios florestais,
onde os cultivos são tratados geograficamente ponto a ponto, ou seja, a área total
é dividida em unidades fracionárias e tratadas diferencialmente para cada local
(BRANDELERO et al., 2007).
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UNIDADE I │ INDÚSTRIA FLORESTAL
Silvicultura de
precisão
Tecnologias de Controle de
sensoriamento GNSS processos em
remoto tempo real
Ferramentas
Sistema de suporte
SIG de decisão
Planejamento, Rentabilidade da
Proteção organização e indústria
Decisão
ecossistêmica controle madeireira
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INDÚSTRIA FLORESTAL │ UNIDADE I
Tamanho do pixel:
16 x 16 m
Atributos da árvore
Identificação, espécie,
altura, ...
A maior dificuldade para trabalhar com este sistema está relacionada à grande
quantidade de informações, geralmente derivadas de fontes heterogêneas, com
grande variabilidade temporal, o que cria a necessidade de sistemas de informação
complexos para processar os dados.
As técnicas de SP que podem ser usadas nas diferentes etapas da produção são:
45
UNIDADE I │ INDÚSTRIA FLORESTAL
Desafios
O papel das plantações florestais em relação ao manejo sustentável de recursos
naturais continua sendo uma questão controversa em muitas partes do mundo.
Isso porque independentemente do avanço significativo da ciência, da gestão e das
técnicas de conservação de recursos, a expansão das plantações florestais ocorreu,
em grande parte, em áreas degradadas e em áreas suscetíveis a altos graus de
estresse hídrico, térmico e salino.
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INDÚSTRIA FLORESTAL │ UNIDADE I
47
MERCADOS FLORESTAIS UNIDADE II
CAPÍTULO 1
Sistema de produção
Introdução
Gerenciar uma floresta implica quantificar o que existe na área, determinar um plano
de manejo apropriado, considerando o que existe, determinar metas e objetivos,
manejar fisicamente a floresta com base no manejo e, por fim, planejar e avaliar os
resultados. Após tudo isso as árvores comercializáveis são, enfim, vendidas a um
comprador.
48
MERCADOS FLORESTAIS │ UNIDADE II
LUCRO
PREÇO
VALOR
CUSTO
SISTEMA DE PRODUÇÃO
49
UNIDADE II │ MERCADOS FLORESTAIS
O lucro
Lmáx = RT - CT
Onde:
» RT a receita total;
» CT os custos totais.
RT= P .Q(x1,x2,...)
Onde:
» RT a receita total;
Onde:
» CT é o custo total;
› CVT = Σ j w j . x j
50
MERCADOS FLORESTAIS │ UNIDADE II
Como antes, o lucro é igual à receita total menos o custo total e a receita total é
igual ao preço de mercado, P, vezes a quantidade, Q.
51
UNIDADE II │ MERCADOS FLORESTAIS
» produto total;
» produto médio;
» produto marginal.
52
MERCADOS FLORESTAIS │ UNIDADE II
O produto total pode ser definido como a quantidade de produto que se consegue a
partir da utilização de um fator variável (por exemplo, mão de obra), sem alterar a
quantidade dos demais fatores, como o uso de máquinas.
O produto médio pode ser definido pela relação entre a produção total e a
quantidade de fator de produção empregado. Ou seja, divide-se a produção total
pela quantidade de insumos necessário para produzir esse nível de produção:
Q( x j )
PM =
xj
Onde:
Algumas unidades que podem ser aplicadas nessa equação são o volume de
produção (m³/ha) e o diâmetro das árvores (cm), por exemplo.
Volume
IMA =
Anos
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UNIDADE II │ MERCADOS FLORESTAIS
∆Q( x j )
PMa =
∆x j
Onde:
Q (xj) indica o sistema de produção que mantém todos os outros insumos e fatores
constantes ou fixos, exceto um insumo (xj).
∆Volume
IAP =
∆Anos
Assim como o PM, o IAP é calculado em relação à idade das árvores cultivadas.
54
MERCADOS FLORESTAIS │ UNIDADE II
Terceiro, alguns insumos (por exemplo, mão de obra) não são homogêneos
no processo de produção. Cada etapa pode exigir um conjunto diferente de
habilidades e/ou um número mínimo de funcionários por etapa. Nesse caso, o
aumento do trabalho de um único funcionário comum não aumentará a produção.
55
CAPÍTULO 2
Custos, receitas e lucros
Introdução
Antes de avançar nos nossos estudos acerca do gerenciamento de projetos florestais,
vamos nos aprofundar um pouco mais nos aspectos econômicos que governam o
sucesso de qualquer empreendimento.
Como o lucro é igual à receita total menos o custo total, a maximização do lucro
requer decisões que aumentem a receita total ao máximo possível e, ao mesmo
tempo, reduzam o custo total ao menor valor possível. Portanto, se os lucros
aumentarem ao máximo, então os custos devem ser gerenciados e minimizados.
56
MERCADOS FLORESTAIS │ UNIDADE II
Receitas
De acordo com a estrutura do lucro descrita na Figura 22, a receita nem aparece
como um dos pilares. Os pilares associados à receita são valor e preço, o que faz
com que a receita seja função de ambos pilares.
Anteriormente, vimos que o valor pode ser definido como o grau de importância
que expressa um objeto para o indivíduo em um determinado contexto. Também
pode ser entendido como o grau em que os compradores pensam que esses bens
e serviços os tornam melhores do que se eles ficaram sem. Ambas as definições
afirmam que os indivíduos têm preferências para diferentes resultados e essas
preferências serão observadas em determinadas escolhas que os indivíduos fazem
no mercado (SCHNEIDER, 2008).
Com base nessas definições, o pilar do valor contém dois elementos. O primeiro
diz respeito às suas escolhas de produção, ou em termos diferentes, se os
consumidores optarem por comprar os produtos que você produz ou fornece,
essa é sua receita. Então é preciso que saibamos como medir o conceito de
receita como valor, para que você possa gerenciá-lo com o objetivo de melhorar
57
UNIDADE II │ MERCADOS FLORESTAIS
A discussão sobre receitas se inicia nos custos. Gerar receita e minimizar custos
deve acontecer simultaneamente. Como você cria valor é tão importante quanto
reduzir custos, pois o corte de custos é inútil se o bem ou serviço resultante não
tiver valor para os consumidores.
58
MERCADOS FLORESTAIS │ UNIDADE II
Por fim, pense em como você pode usar essa informação econômica. Se
você conhece a receita gerada usando um incremento adicional de um
insumo que você controla diretamente, tente determinar qual é o valor
máximo que você estaria disposto a pagar para usar esse insumo.
Lucro
Buscamos a todo o tempo maximizar nossos benefícios líquidos ou lucros. Isso
é feito ponderando os benefícios e os custos de uma escolha. A ideia principal
aqui é fazer com que as receitas (os pilares de preço e valor, dados os produtos
produzidos ou fornecidos pelo sistema de produção) representem o maior possível
em relação aos custos (o pilar de custo, considerando os insumos relevantes
usados pelo sistema de produção).
O objetivo aqui é fornecer aos possíveis gestores informações sobre receita e custo
referentes aos lucros e como aumentar a lucratividade de um empreendimento.
Dito isso, sabemos que o modelo de lucro fornece as opções reais para atingir seu
objetivo, maximizar os lucros. Como gestor, você sempre procurará maneiras de
aumentar seus lucros ou comparar a lucratividade de uma técnica específica em
relação a outra.
59
UNIDADE II │ MERCADOS FLORESTAIS
Receita total
(R$)
Quantidade, Q()
60
CAPÍTULO 3
Oferta e demanda
Demanda
É possível ter uma ideia sumária no breve parágrafo anterior de que utilizamos
e desejamos cada vez mais bens e serviços. Ou seja, isso nos torna demandantes.
Demanda pode ser sinônimo de procura, quantidade de um bem ou de um
determinado serviço que alguns consumidores ou mesmo o mercado de
forma geral querem adquirir. Podemos concluir, portanto, que as empresas
que produzem determinado bem ou serviço são impulsionadas pela demanda
(DICIONÁRIO PRIBERAM, 2020).
61
UNIDADE II │ MERCADOS FLORESTAIS
Oferta
62
MERCADOS FLORESTAIS │ UNIDADE II
Vimos na seção anterior que existe uma lei para a demanda. Além dessa,
também existe a lei da oferta. Esta é determinada por meio da relação entre
a quantidade ofertada de bens e serviços que os ofertantes podem vender e
os preços praticados. Se mantivermos toda a estrutura do mercado inalterada,
podemos presumir, por esta lei, que se o preço subir, a quantidade ofertada
também subirá, uma vez que os ofertantes ficam mais estimulados a vender e a
produzir. Em contrapartida, se os preços estão baixos ou sofrem uma queda por
algum motivo, o ofertante fica desestimulado a inserir seu produto ou serviço
no mercado, diminuindo a oferta. Sendo assim, as alterações da oferta são
diretamente afetadas pelos preços praticados no mercado.
Equilíbrio de mercado
Existem outros casos que aumentam a demanda sem que o preço seja
alterado. Nos casos de possíveis aumento da população, incremento de
renda nas famílias, campanhas publicitárias e mudança dos hábitos ou
das preferências de consumo. Além disso, a demanda pode sofrer queda
em situações de preço estável, levando a crer que os consumidores
diminuíram o interesse pelo bem e, consequentemente, adquirem-no em
menor quantidade.
Todos estes efeitos também atingem a oferta, uma vez que, numa situação de
redução dos preços, os ofertantes se desestimulam a produzir, diminuindo a oferta
do bem. Em situações de alta nos preços, os ofertantes ficam mais estimulados a
produzir, aumentando a oferta do bem (MANKIW, 2013).
63
UNIDADE II │ MERCADOS FLORESTAIS
Assim como na demanda, existem casos em que a oferta é afetada sem ter
sido influenciada pelos preços. Imagine uma situação em que os preços
de insumos de uma determinada mercadoria ou os custos de produção
sejam reduzidos. De outro lado, a oferta também pode sofrer uma queda
com preços inalterados, isso pode acontecer por diferentes motivos, como
elevação de preços de insumos ou demais custos de produção, colapso
dos recursos naturais disponíveis (fonte de água, petróleo ou minério,
por exemplo), desbalanço hídrico entre estações do ano impactando
diretamente na agricultura e nas plantações florestais, entre outros fatores
possíveis.
Assim, para que possa ser atingido o ponto de equilíbrio de mercado é necessário
que demandantes e ofertantes acordem entre si. Este ponto (e) pode ser observado
na figura abaixo (Figura 26).
Oferta
Demanda
Quantidade
64
MERCADOS FLORESTAIS │ UNIDADE II
65
PLANEJAMENTO E
GESTÃO NO SETOR UNIDADE III
FLORESTAL
CAPÍTULO 1
Planejamento da empresa florestal
Introdução
O gerenciamento de plantações florestais requer um bom planejamento, assim como
em qualquer gerenciamento de projeto de sucesso. Na fase do planejamento será
definido o que será feito, quando, por quem e com que finalidade.
As florestas não são criadas em um dia, uma semana ou até um ano. Assim,
cada decisão tem consequências a longo prazo, por exemplo:
66
PLANEJAMENTO E GESTÃO NO SETOR FLORESTAL │ UNIDADE III
» Planejamento estratégico.
» Planejamento tático.
» Planejamento operacional.
67
UNIDADE III │ PLANEJAMENTO E GESTÃO NO SETOR FLORESTAL
Planejamento
estratégico
Planejamento
tático
Planejamento
operacional
O objetivo deste capítulo é fornecer uma breve introdução a algumas das mais
importantes ferramentas de planejamento usadas no gerenciamento das plantações
florestais, entre elas estão:
» O processo de planejamento.
68
PLANEJAMENTO E GESTÃO NO SETOR FLORESTAL │ UNIDADE III
O planejamento
Os benefícios para a empresa são substanciais quando o planejamento é realizado
corretamente, podendo ser considerado uma ferramenta de gestão fundamental.
É importante que todos na organização saibam o que precisa ser feito e qual a sua
responsabilidade durante a execução das tarefas. Todas as partes envolvidas devem
estar bem informadas, inclusive os acionistas e a comunidade (SCHNEIDER, 2008).
O planejamento requer uma boa comunicação entre todos os grupos que estarão
envolvidos na implementação do plano. É um bom momento para os gestores
comunicarem as metas e os objetivos para coordenadores de nível inferior, para
que esses comuniquem as restrições que eles enfrentam e os recursos que eles
precisam para atingir as metas e os objetivos. Uma equipe multidisciplinar tem
ideias diferentes de como a organização pode atingir seus objetivos e essa é uma
boa hora para que essas ideias concorrentes sejam exibidas, discutidas e avaliadas .
Estabelecimento
de metas
Identificação de
Replanejamento
alternativas
Avaliação das
Monitoramento
alternativas
Implementação
Seleção de plano
do plano
69
UNIDADE III │ PLANEJAMENTO E GESTÃO NO SETOR FLORESTAL
Uma vez que os custos e benefícios de cada alternativa tenham sido avaliados em
relação a cada uma das metas, o próximo passo é selecionar conjuntos viáveis
de alternativas de gerenciamento que produzam o maior retorno líquido para a
organização. O próximo passo é a definição, por parte dos gestores, de quais serão
implementadas.
70
PLANEJAMENTO E GESTÃO NO SETOR FLORESTAL │ UNIDADE III
Fique atento, pois o planejamento não para por aí. Como qualquer bom
plano, inclui atividades específicas com entradas e saídas quantificadas,
deve ser possível monitorar continuamente como está o andamento dos
objetivos do plano.
71
UNIDADE III │ PLANEJAMENTO E GESTÃO NO SETOR FLORESTAL
Níveis do planejamento
O planejamento do manejo florestal ocorre em muitas escalas diferentes. Em
nossas próprias vidas, algumas decisões, como a escolha de uma carreira, são
estratégicas, enquanto outras, como escolher quais tarefas executar em um
determinado dia, são operacionais. No planejamento florestal não é diferente. A
decisão de adquirir ou não uma grande extensão de terras é estratégica, decidir
qual técnica ou equipamento usar para colher é operacional. Assim como uma
pessoa não precisa saber exatamente como será cada dia da sua vida para decidir
72
PLANEJAMENTO E GESTÃO NO SETOR FLORESTAL │ UNIDADE III
qual carreira seguir, um gestor florestal não precisa saber exatamente como cada
povoamento será gerenciado para determinar se vale a pena comprar uma grande
área de floresta (SCHNEIDER, 2008).
Séculos
Décadas Planejamento
Escala temporal
estratégico
Anos
Planejamento
Meses tático
Semanas Planejamento
operacional
Dias
Planejamento empresarial
O planejamento em nível empresarial envolve a tomada de decisões em vários
níveis diferentes. No contexto das plantações florestais, devido aos longos
períodos de tempo necessários para as árvores amadurecerem e o fato de grandes
áreas de terra estarem envolvidas no manejo das plantações, os objetivos do
planejamento são alcançados em grandes escalas espaciais e temporais.
73
UNIDADE III │ PLANEJAMENTO E GESTÃO NO SETOR FLORESTAL
Planejamento estratégico
O planejamento estratégico é onde as metas e objetivos amplos e de longo prazo
de uma empresa são definidos e onde são desenvolvidas estratégias gerais para
alcançá-los. Pode-se dizer que o planejamento estratégico é a forma como uma
empresa determina quem são e que tipo de organização eles querem ser. Além
disso, aqui serão determinadas as áreas de investimentos e aquelas em que o
aporte de recursos será diminuído. Decisões, como construir, expandir ou fechar
instalações de fabricação ou aquisições e vendas de grandes áreas de terra também
são consideradas estratégicas (MCDILL, 2016).
74
PLANEJAMENTO E GESTÃO NO SETOR FLORESTAL │ UNIDADE III
Planejamento tático
O planejamento tático aborda objetivos de médio porte. Esse envolve basicamente
qualquer tipo de planejamento maior do que o planejamento operacional e
menor amplo que o estratégico. Normalmente é feito um planejamento tático
para determinar com mais detalhes, mas em menor escala espacial e temporal,
como os objetivos gerais de um plano estratégico serão alcançados da forma mais
eficiente possível. Assim, planos operacionais normalmente envolvem prazos
mais curtos. Planos táticos, geralmente, são mais detalhados, pois determinam
exatamente onde e quando certas atividades serão realizadas.
Planejamento operacional
O planejamento operacional trata de questões mais detalhadas e de muito curto
prazo, como quais povoamentos serão colhidos nas próximas semanas ou meses,
qual equipe estará envolvida, o maquinário, quais insumos necessários para a
operação e qual a destinação do produto colhido. O detalhamento das pessoas e
equipamentos envolvidos raramente é incluído nos níveis estratégico e tático, mas
é comum no planejamento operacional (MCDILL, 2016).
76
PLANEJAMENTO E GESTÃO NO SETOR FLORESTAL │ UNIDADE III
Legenda
Unidades de Manejo N
Fazenda: Fortaleza
II = 26,8 ha Parque Florestal:
III = 1.108,9 ha Fortaleza
IV = 56,7 ha Município: Araraquara
V = 3.457,5 ha Estado: São Paulo
VI = 10,6 ha
Perímetro 0 1 2 4
km
Outros usos
77
UNIDADE III │ PLANEJAMENTO E GESTÃO NO SETOR FLORESTAL
Opções de Gerenciamento
O planejamento do manejo florestal se resume basicamente ao problema de
escolher uma metodologia ou técnica operacional para cada unidade de manejo.
Esta decisão deve visar ao alcance das metas da empresa da melhor forma
possível levando em consideração suas limitações. A escolha dessas técnicas
deve ser diversa, pois o processo de planejamento deve considerar a flexibilidade
necessária para alcançar as várias metas e objetivos do manejo florestal.
Limitações do planejamento
As limitações do planejamento incluem tudo, desde a quantidade e o tipo de
produtos que a empresa gostaria de produzir até a quantidade de terra que deve
ser reservada para fins de conservação ambiental. Algumas limitações podem
estar relacionadas ao cumprimento dos regulamentos e restrições legais.
78
PLANEJAMENTO E GESTÃO NO SETOR FLORESTAL │ UNIDADE III
Monitoramento
O monitoramento florestal pode ser definido como a coleta e análise de observações
ou medições repetidas para avaliar mudanças nas condições e no progresso para
alcançar um objetivo de gerenciamento. Um monitoramento bem projetado
é um componente imprescindível do gerenciamento. O processo de monitorar
pode instruir gestores nas atividades de gerenciamento e ajuste das estratégias
por meio da utilização das informações obtidas e da observação e medição dos
resultados (FLORIANO, 2018).
Figura 32. Exemplo de técnicas modernas de mensuração e monitoramento do crescimento da floresta por meio
Fonte: https://3.bp.blogspot.com/-DHrJCrlne5k/XFDtZUtRH8I/AAAAAAAAC48/182xFPkVrfwe5y4mUl4ptuijeZXgp_DOQCLcBGAs/
s1600/trevia.png.
79
UNIDADE III │ PLANEJAMENTO E GESTÃO NO SETOR FLORESTAL
Figura 33. Utilização de VANTs em áreas florestais para geração de informações georreferenciadas.
Fonte: https://1.bp.blogspot.com/-6UJb0SQ35B0/XFDtCaFzpiI/AAAAAAAAC40/TbRwOoJXn3ctg-4HFT0_oZSWXWkK2SDvgCLcBGAs/
s1600/drones.jpg.
80
CAPÍTULO 2
Manejo intensivo das plantações
florestais
Introdução
As plantações florestais representam um investimento financeiro significativo que
requer planejamento e previsão detalhados para garantir um retorno adequado.
Na gestão florestal, realizar estimativas de crescimento e produção é fundamental
para atender aos objetivos do empreendimento e da coletividade. Por meio dos
modelos de crescimento e produção é possível realizar a projeção, ou prognose,
do crescimento e da produção, prever os rendimentos futuros e explorar opções e
resolver vários problemas na área florestal (CAMPOS; LEITE, 2013).
Tempo
Modelos de crescimento
Na literatura, existem várias classificações dos modelos de crescimento e produção,
as quais consideram diferentes níveis de abordagem. Os mais utilizados são os
modelos estatísticos e os mecanicistas (WEISKITTEL , 2016).
82
PLANEJAMENTO E GESTÃO NO SETOR FLORESTAL │ UNIDADE III
Representando o gerenciamento da
plantação
Um dos principais usos dos modelos de crescimento e produção florestal é projetar
as consequências no longo prazo das várias decisões de gerenciamento. Esse é
um importante uso de modelos, afinal, a instalação e a manutenção de ensaios
de campo de áreas florestais necessitam de um longo prazo e altos investimentos.
Além disso, nem todas as combinações de tratamento podem ser replicadas em
um campo experimental. Portanto, os modelos têm o potencial de indicar um
gerenciamento ideal obtido por meio de suas projeções (WEISKITTEL, 2016).
A partir deste ponto, o destaque será nos modelos que simulam as características
das plantações florestais que você, como gestor, é capaz de interferir incluindo as
melhorias genéticas, manejo da vegetação, desbaste e fertilização. O foco é descrever
as abordagens adotadas nos níveis do povoamento e da árvore individual.
Melhorias genéticas
Nível de povoamento
83
UNIDADE III │ PLANEJAMENTO E GESTÃO NO SETOR FLORESTAL
» https://www.agencia.cnptia.embrapa.br/gestor/eucalipto/arvore/
CO N T 0 0 0 h 0 1 8 t e y x 0 2 w x 7 h a 0 7 d 3 3 6 4 i 7 q s 4 y 9 . h t m l # : ~ : t e x t
=Na%20ci%C3%AAncia%20florestal%2C%20o%20
%C3%8Dndice,capacidade%20de%20produ%C3%A7%C3%A3o%20
daquele%20local.
Árvore individual
Gestão da vegetação
84
PLANEJAMENTO E GESTÃO NO SETOR FLORESTAL │ UNIDADE III
Nível de povoamento
Nível da árvore
Desbaste
Nível de povoamento
85
UNIDADE III │ PLANEJAMENTO E GESTÃO NO SETOR FLORESTAL
Nível da árvore
Fertilização
Nível de povoamento
Nível da árvore
Finalizando
O gerenciamento das plantações altera significativamente a dinâmica dos
povoamentos e os modelos de crescimento precisam ser capazes de explicar
essas alterações. No entanto, os métodos para representar o manejo florestal nos
modelos de crescimento não são simples e muitas vezes são limitados pelo tipo
de dados disponíveis.
87
UNIDADE III │ PLANEJAMENTO E GESTÃO NO SETOR FLORESTAL
88
PLANEJAMENTO E GESTÃO NO SETOR FLORESTAL │ UNIDADE III
https://www.embrapa.br/florestas/transferencia-de-tecnologia/softwares-
florestais.
89
CAPÍTULO 3
Introdução às tecnologias geoespaciais
de apoio ao gerenciamento florestal
Introdução
Tecnologias geoespaciais referem-se aos métodos usados para visualização,
medição e análise de características ou fenômenos que ocorrem na Terra.
O GPS
A sigla GNSS refere-se ao Sistema Global de Navegação por Satélite. Os GNSSs
empregam uma constelação de satélites em órbita trabalhando em conjunto
com uma rede de estações terrestres em muitas aplicações. Encontram-se em
funcionamento o GPS americano, o GLONASS (versão russa do GPS), o GALILEO
(sistema europeu) e o BeiDou (sistema chinês).
O sistema de posicionamento global, mais conhecido pela sigla GPS (em inglês,
global positioning system) é um sistema de localização baseado em uma
constelação de, no mínimo, 24 satélites que realizam duas órbitas circulares
diárias ao redor da Terra em altitudes de aproximadamente 17.702,78 km
(Figura 35).
Fonte: https://www.nasa.gov/sites/default/files/gps_constellation_0.jpg.
90
PLANEJAMENTO E GESTÃO NO SETOR FLORESTAL │ UNIDADE III
Satélite 2
Satélite 1
Satélite 3
Fonte: https://gisgeography.com/wp-content/uploads/2016/11/GPS-Trilateration-Feature.png.
91
UNIDADE III │ PLANEJAMENTO E GESTÃO NO SETOR FLORESTAL
O GPS pode ser usado para coletar dados espaciais em florestas e recursos naturais.
Ao usar o GPS, é melhor saber que tipos de informações você gostaria de coletar.
Esses dados podem ser coletados na forma de pontos, linhas ou polígonos. Os
dados em formato de ponto podem ser usados para obter localizações espaciais de
árvores ou nascentes de água em áreas florestais.
Para aumentar a precisão, deve-se coletar o maior número possível de pontos. Você
pode configurar o aparelho de GPS para coletar pontos em diferentes intervalos,
como 1, 5 ou 10 segundos. Além disso, para melhorar a precisão, o ideal é utilizar no
mínimo 4 satélites.
Coleta de dados
92
PLANEJAMENTO E GESTÃO NO SETOR FLORESTAL │ UNIDADE III
Ciente dos fatores externos que alteram o funcionamento do GPS, você está pronto
para coletar as informações. Inicialmente deve-se selecionar o tipo de informação
(ponto, linha ou polígono) que deseja coletar. A partir daí basta iniciar a coleta.
Transferência de dados
» https://w w w.ibge.gov.br/geociencias/informacoes-sobre -
posicionamento-geodesico/rede-geodesica/16258-rede-brasileira-
de-monitoramento-continuo-dos-sistemas-gnss-rbmc.html?=&t=o-
que-e.
93
UNIDADE III │ PLANEJAMENTO E GESTÃO NO SETOR FLORESTAL
Um mapa SIG é composto de camadas (Figura 37). Para fazer um mapa, você pode
adicionar quantas camadas você deseja. As camadas podem conter informações
diversas. Todos os objetos geográficos podem ser representados como uma das três
formas geométricas: ponto, linha ou polígono.
94
PLANEJAMENTO E GESTÃO NO SETOR FLORESTAL │ UNIDADE III
Limites
municipais
Vetor
Ruas
Parcelas
Uso do solo
Raster
Elevação
Mundo real
À medida que a tecnologia avançou, o SIG se tornou cada vez mais popular no
gerenciamento de recursos naturais. As aplicações do SIG podem ser agrupadas em
quatro categorias principais:
Legenda
Estradas florestais
Contorno da estrada
Córregos
Contorno dos córregos
Campo de pesquisa
Limites
Rodovia
0 1,25 2,5
km
95
UNIDADE III │ PLANEJAMENTO E GESTÃO NO SETOR FLORESTAL
Fonte: https://i.ytimg.com/vi/VNLSs2cLsQI/maxresdefault.jpg.
96
PLANEJAMENTO E GESTÃO NO SETOR FLORESTAL │ UNIDADE III
97
UNIDADE III │ PLANEJAMENTO E GESTÃO NO SETOR FLORESTAL
Figura 40. Software de SIG:”A” (QGIS) e “B” (MapServer) são livres; “C” (ArcGis) e “D” (AutoCAD Map 3D) são
comercializados.
A
B
C D
Com base na fonte do sinal obtido, o sensoriamento remoto pode ser classificado
como passivo ou ativo. O passivo ocorre quando as informações são emitidas
passivamente, por exemplo, os que captam o reflexo da luz solar das superfícies.
O ativo é aquele que, geralmente, independe da luz solar e apresenta sua própria
fonte de sinal e capta a resposta em relação a essa fonte. Na área de florestas um
exemplo de sensoriamento remoto ativo se obtém com o uso de RADAR e LIDAR
(Figura 41).
98
PLANEJAMENTO E GESTÃO NO SETOR FLORESTAL │ UNIDADE III
Fonte: https://mundogeo.com/wp-content/uploads/2014/03/img_xi.jpg.
99
COLHEITA UNIDADE IV
CAPÍTULO 1
Planejamento da colheita
Introdução
Para iniciar os estudos na área de colheita florestal, revisaremos alguns aspectos
relacionados ao planejamento florestal. Como vimos na Unidade anterior,
o planejamento pode ser dividido em três níveis: planejamento estratégico,
planejamento tático e planejamento operacional.
100
COLHEITA │ UNIDADE IV
Também vimos que um SIG permite que os usuários trabalhem com vários
arquivos ao mesmo tempo, geralmente, esses são chamados de camadas. Essas
podem representar informações diversas como estradas, hidrografia ou cobertura
florestal. A análise e a interpretação dessas informações auxiliam o gestor no
processo de tomada de decisão.
Considerações do ambiente
É importante ressaltar que as operações de colheita podem afetar a água, o solo, a
planta, a vida selvagem, áreas de lazer e os recursos florestais por meio da escolha
da metodologia de colheita. Em relação aos impactos no solo e água, esta pode
proporcionar a compactação do solo, erosão do solo, aumento da sedimentação,
temperatura da água e contaminação por produtos químicos nos córregos. Muitos
desses impactos podem ser reduzidos através de planejamento e supervisão das
operações de colheita (SCHNEIDER, 2008).
101
UNIDADE IV │ COLHEITA
Danos residuais
Florestas Naturais
Extrato arbustivo
A cada ano que passa, algumas árvores passam de uma classe de diâmetro em
que estão para uma classe de diâmetro maior e algumas árvores dentro da mesma
classe de diâmetro morrem (Quadro 7). A colheita na floresta natural normalmente
remove árvores com diâmetro maior, o número depende da porcentagem de
espécies comerciais, taxas de crescimento e ciclo de reentrada.
102
COLHEITA │ UNIDADE IV
Diâmetro na altura do peito da classe (cm) Número de árvores por hectare da classe
10 242
20 97
30 40
40 19
50 11
60 6,8
70 4,5
80 3,3
90 2,3
100 1,5
>100 3,6
Fonte: Sessions et al., 2007.
Algumas práticas florestais podem ser utilizadas para diminuir os danos residuais
no povoamento, como:
Florestas Plantadas
103
UNIDADE IV │ COLHEITA
Algumas práticas florestais podem ser utilizadas para diminuir os danos residuais
no povoamento, como:
Compactação do solo
Os sulcos criados no solo pelo rastro dos rodados das máquinas aparecem
quando o solo não pode suportar a carga aplicada pelas rodas. Esses sulcos criam
caminhos para o fluxo de água e subsequente erosão em terrenos inclinados,
bem como danos às raízes das árvores. O uso de ferramentas de avaliação da
resistência mecânica do solo à penetração, como os penetrômetros, pode permitir
a localização das áreas de maior compactação facilitando para o gestor aplicar
manejos específicos (Figura 44) (FLORIANO, 2018).
104
COLHEITA │ UNIDADE IV
Fonte: https://upload.wikimedia.org/wikipedia/commons/0/0c/Penetrometer.jpg.
105
UNIDADE IV │ COLHEITA
Erosão do solo
Fonte: https://www.epagri.sc.gov.br/wp-content/uploads/2019/06/terraceamento-site-300x201.jpg.
Figura 46. Orientação do cultivo seguindo a orientação dos terraços (plantio em contorno).
Fonte: https://belavistaflorestal.com.br/wp-content/uploads/2018/01/img55bb81547869b.jpg.
106
COLHEITA │ UNIDADE IV
Os córregos são um recurso importante para água potável, irrigação, uso industrial
e para a vida selvagem. As atividades de colheita ao longo dos córregos podem
afetar a qualidade água através de sedimentação e contaminação química. Um
dos métodos mais eficazes para proteger cursos d’água é implementar práticas
de gerenciamento específicas para estas regiões. Esse planejamento depende de
vários fatores, incluindo:
» A declividade do local.
» A erodibilidade do solo.
Planos de colheita que favoreçam movimentação de toras longe dos córregos são
melhores para a proteção desses. Durante a colheita, as irradiações dos cursos
d’água podem ser protegidas controlando a direção do corte das arvores, evitando
arraste de produtos próximos e planejando a época em que as atividades de
colheita são realizadas.
107
UNIDADE IV │ COLHEITA
Custos
Para criar um planejamento econômico, é necessário avaliar o custo de alternativas
de extração da madeira. Isso requer estimativas de ritmo de colheita e custos com
equipamentos e mão de obra. Para isso, o gestor deve compreender as características
operacionais e de custo dos sistemas de extração de madeira disponíveis,
especialmente em relação ao tamanho das árvores, volume de colheita, distância
de arraste e direção de arraste (OLIVEIRA et al., 2006).
108
COLHEITA │ UNIDADE IV
109
CAPÍTULO 2
Métodos de colheita
Introdução
Antigamente o corte em florestas naturais e plantadas era feito exclusivamente
com machados e serras manuais (Figura 47). Nas florestas naturais, as serras
manuais foram substituídas por motosserras a gasolina (Figura 48). Nas florestas
plantadas, motosserras são usadas para árvores maiores e terrenos muito
declivosos. Nas áreas mais tenrificadas o corte é mecanizado (FLORIANO, 2018).
Como gestor de uma plantação florestal, você deve estar preparado para lidar
com as diferentes técnicas disponíveis para a colheita florestal, uma vez que
nem todas as empresas detém as melhores condições e os mais novos recursos
tecnológicos. Apesar disso, neste capítulo serão abordadas as técnicas mais
recentes dando maior enfoque para a gestão da colheita mecanizada de
plantações florestais.
Fonte: https://br.vazlon.com/static/pics/2018/02/27/Serra-Antiga-Modelo-Traador-Tam-Peq-20180227063356.jpg.
Fonte: https://colheitademadeira.com.br/wp-content/uploads/2014/05/img_126.jpg.
110
COLHEITA │ UNIDADE IV
Planejamento de campo
O corte é o primeiro passo no processo de conversão de árvores em produtos
florestais. As metas do processo de corte, enleiramento, processamento e
carregamento devem estar bem esclarecidos para os coordenadores, líderes e
operadores de campo.
Fonte: https://1.bp.blogspot.com/-E-0ZustSloc/UOcJivIdzDI/AAAAAAAAAaU/UsEXjhK48YM/s1600/PC300002.JPG.
111
UNIDADE IV │ COLHEITA
Figura 50. Mapa operacional para equipe de corte de árvores em áreas de florestas naturais.
100 m
112
COLHEITA │ UNIDADE IV
Corte mecanizados
O corte mecanizado é uma das técnicas de corte de árvores dentre as demais opções
existentes e está sendo cada vez mais utilizado em florestas plantadas. Possui
algumas vantagens sobre o corte manual, como:
Fonte: https://www.loggingon.net/userfiles/Image/news/July%202011/Quadco%20saw%20teeth%20and%20discs%20logging.
jpg.
113
UNIDADE IV │ COLHEITA
Figura 52. Feller buncher em operação com mais de uma árvore no cabeçote de corte.
Fonte: https://www.tigercat.com/wp-content/uploads/2014/12/DSC_0023-cc.jpg.
Fonte: https://encrypted-tbn0.gstatic.com/images?q=tbn%3AANd9GcTgWwVuhDnLqPorkrlCM7-aHCHqLxQ4k0JxpQ&usqp=CAU.
114
COLHEITA │ UNIDADE IV
Figura 54. Produção média de feller bunchers em função do tamanho das árvores.
60
Produção (m³/hora máquina)
30
0
0,3 0,7
Volume por árvore (m³)
Fonte: https://img.agriexpo.online/pt/images_ag/photo-g/182157-11850634.jpg.
Figura 56. Estimativa de produção por hora para uma harvester em uma floresta plantada.
50
45
40
Produtividade (m³/hora)
35
30
25
20
15
10
5
0
0 0,5 1 1,5
Volume por árvore (m³ abaixo da casca)
116
COLHEITA │ UNIDADE IV
Equipamentos de arraste
Florestas naturais
Fonte: https://img.directindustry.com/pt/images_di/photo-g/50033-9767716.jpg.
Outro tipo de skidders disponível são os de esteiras. Esses são mais utilizados
em áreas de maior declividade com solos mais sensíveis à compactação. Os
skidders de esteira rígida são máquinas fortes e lentas, construídas para
empurrar e puxar sob condições adversas (Figura 58).
Fonte: https://encrypted-tbn0.gstatic.com/images?q=tbn%3AANd9GcSiYEnXCStEuoUh0TruR6e8QFRvckN1WWWbmQ&usqp=C
AU.
117
UNIDADE IV │ COLHEITA
Fonte: https://kootenaybiz.com/images/uploads/Kootrac1.jpg.
O skidder de pneus, em geral, é mais rápido e mais barato que skidders de esteira,
mas pode desenvolver menos tração e pode não puxar uma carga tão grande
quanto os skidders de esteira. Assim, o skidder de pneus é normalmente utilizado
quando se tem as melhores condições de solo, os troncos não são tão grandes e as
distâncias de arraste são maiores. Os skidders de esteira rígida são indicados em
situações de toras grandes, a distância de arraste é curta e as condições do solo
são ruins. Os skidders de esteira flexível são indicados para distâncias de arraste
longas, condições de tração ruins e condições de solo não tão ruins.
Florestas plantadas
O arraste das toras nas florestas plantadas pode ser feito por trator agrícola, skidder
(todos os tipos descritos anteriormente) ou forwarder (Figura 60). Quando são
utilizados tratores agrícolas é indicado que se use aqueles com tração nas quatro
rodas.
118
COLHEITA │ UNIDADE IV
Fonte: https://www.millertimber.com/wp-content/uploads/Elephant-Myrtle-3_600.jpg.
Fonte: https://www.tigercat.com/wp-content/uploads/2016/07/C640E_DSC_0630-webop-940x430.jpg.
119
CAPÍTULO 3
Carregamento e Transporte
Carregamento
O carregamento moderno de toras geralmente é feito mecanicamente. Uma das
máquinas que podem ser usadas para esta operação é a carregadora hidráulica com
garras traçadoras (Figura 62). Estas, basicamente, são escavadeiras hidráulicas
equipadas com garras e serras para realizar o traçamento e carregamento,
tanto de árvores inteiras, como de toras e toretes. A desvantagem desse tipo de
equipamento é pelo fato de que as árvores devem, anteriormente, ter passado
por um desgalhamento. Além das garras traçadoras, alguns forwarders, no caso
de madeira curta, têm a capacidade de descarregar diretamente no caminhão ou
reboque, economizando assim um custo de manuseio.
Fonte: http://www.madeiratotal.com.br/wp-content/uploads/2017/08/Garra-Tra%C3%A7adora-TJPSG-2-1334x750.jpg.
120
COLHEITA │ UNIDADE IV
Nas situações em que as toras ou toretes são leves o suficiente para serem
manuseados manualmente, o carregamento pode ser feito por um ou mais homens
levantando ou rolando.
Figura 63. Carregadoras com lanças hidráulicas e articuladas e garras: (a) de esteira; (b) de pneus; (c) acopladas
ao caminhão (guindaste).
(a)
(b) (c)
121
UNIDADE IV │ COLHEITA
Custos de carregamento
0,55 * C
TC
= TF +
CG
TC Co + s (1 + b )
CC =
60* C
Onde:
122
COLHEITA │ UNIDADE IV
Descarregamento
Transporte
Caminhões
Equipamentos
123
UNIDADE IV │ COLHEITA
124
COLHEITA │ UNIDADE IV
O reboque pode ter dois, três ou até quatro eixos e pode transportar cargas de 35
a 40 m³. Com plena carga, pode pesar 50 toneladas ou mais. É comum se utilizar
atrás do semirreboque mais reboques dependendo da legislação para o local do
transporte. Em grandes plantações florestais no Brasil, utilizam-se até 6 vagões
(Figura 65).
Figura 65. Hexatrem carregado com toras de eucalipto operando no estado de Mato Grosso do Sul.
Fonte: https://www.comprerural.com/wp-content/uploads/2019/12/B3-Hexatrem_Suzano_MS_.jpeg.
Custo de transporte
Em geral os custos anuais dos caminhões e seus conjuntos estão ligados aos
custos de combustível e lubrificantes, reparo e manutenção, pneus, custos de
capital e outros. O custo operacional pode ser estimado usando a metodologia
apresentada no Quadro 7. Uma alternativa que o gestor tem para diminuir
o custo operacional do transporte é aumentar as horas de trabalho efetivo
realizadas por ano. Alternativas como os custos diários por unidade de madeira
são dependentes de cada situação, ou seja, do tamanho da carga e do número de
idas e voltas por dia.
125
UNIDADE IV │ COLHEITA
O tamanho da carga pode ser limitado pela capacidade máxima de carga, condições
do caminhão e limite de capacidade de carga das estradas e pontes, por exemplo.
Além disso, está ligado às condições meteorológicas e à presença de declives e
aclives acentuados. Se a estação chuvosa limitar o uso de caminhões por longos
períodos no ano, o custo fixo de um caminhão pesado pode ser muito alto. Nesse
caso, caminhões menores seriam mais viáveis economicamente.
Como dito anteriormente nesta Unidade, o tempo necessário para uma viagem de
ida e volta depende do tempo de carga e descarga, juntamente com a velocidade
de condução e a distância de transporte. Os custos por carga são calculados
dividindo-se os custos diários pelo número de cargas por dia. Portanto, o tamanho
da carga é decisivo, uma vez que cargas maiores são mais econômicas que cargas
menores.
Outro fator de grande impacto nos custos é a capacitação dos motoristas. Uma
pessoa sem experiência, treinamento adequado e descuidada pode levar a um
aumento da necessidade de reparos e queda da produtividade do transporte.
Normalmente quando o motorista é o dono do caminhão ele costuma ser mais
cuidadoso.
126
COLHEITA │ UNIDADE IV
Além de ser uma manutenção básica a que os pneus devem ser submetidos
frequentemente, a pressão dos pneus tem impacto direto nos custos e na segurança
da operação de transporte.
O uso de pneus radiais em baixas pressões de inflação (desde que estejam dentro
do recomendado pelo fabricante) é uma técnica que pode ser usada para aumentar
a área de contato com o solo, melhorar a tração, reduzir os custos operacionais
dos veículos e reduzir a manutenção das estradas (SESSIONS et al., 2007).
Figura 66. Variação da área de contato de pneus com o solo para diferentes pressões e carga do veículo.
Pressão Menor carga Maior carga
310 kPa
(45 psi)
210 kPa
(31 psi)
110 kPa
(16 psi)
Algumas verificações são diárias, assim como todos as outras máquinas florestais. O
motorista deve atentar-se para o nível do óleo do motor, nível do óleo da caixa de
transmissão, água de arrefecimento, as luzes e a pressão dos pneus. Ao fim de uma
jornada de trabalho, danos e falhas devem ser relatados para que a manutenção
aconteça o quanto antes.
128
COLHEITA │ UNIDADE IV
Fonte: https://s2.glbimg.com/gTmkmx5TDbnz7j7KSgzfptF6GhI=/620x465/s.glbimg.com/jo/g1/f/original/2014/09/17/acidente_na_
rodovia_es_482_4.jpg.
Segurança na condução
Um caminhão é uma máquina florestal cara que, por vezes, é conduzida em estradas
precárias e com grandes cargas, ou mesmo em vias públicas com tráfego intenso.
Se o caminhão não estiver sendo corretamente conduzido e com a manutenção
atualizada, a operação de transporte pode ser difícil, cara e perigosa.
129
UNIDADE IV │ COLHEITA
Quadro 9. Exemplo de distância mínima de parada em uma superfície de cascalho variando a velocidade do
Considerações finais
Chegamos ao fim de mais uma disciplina, espero que você saiba como utilizar os
conhecimentos adquiridos aqui em sua atividade profissional. Ao longo do conteúdo
estudado tivemos a oportunidade de estudar diversos temas fundamentais para o
gerenciamento de projetos florestais.
130
COLHEITA │ UNIDADE IV
Harvester Pilha de
toretes
Forwarder
Feller buncher
Carregadoras
Floresta
plantada
Destino final
Caminhões
131
Referências
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University Press, Oxford. 2004. 488 p.
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REFERÊNCIAS
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