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II
O Pensamento Computacional para Inclusão
Ficha Técnica
Organização
Elaine Alves Leite
Sérgio Crespo Coelho da Silva Pinto
Ruth Maria Mariani Braz
Editor
Coordenação Editorial: Elaine Alves Leite e Ruth Maria Mariani Braz
Capa
Elaine Alves Leite
Identidade Visual
Elaine Alves Leite
Revisão
Jacqueline de Farias Barros Ramos
Editora
Câmara Brasileira do Livro
Comissão científica
Prof.ª Dra. Jacqueline de Faria Barros Ramos (Lusófona RJ)
Prof.ª Dra. Neuza Rejane Wille Lima (CMPDI - UFF)
Prof.ª Dra. Ruth Maria Mariani Braz (PGCTIn - CMPDI - UFF)
Prof. Dr. Sérgio Crespo Coelho da Silva Pinto (PGCTIn - CMPDI - UFF)
Prof. Dr. Silvestre Cirilo dos Santos Neto (UERJ)
Prof.ª Dra. Vera Lúcia Prudência dos Santos Caminha (CMPDI - UFF)
III
O Pensamento Computacional para Inclusão
Sumário
IV
Prefácio
O acesso à educação, que hoje é um direito de todos, por muito tempo foi
negado às pessoas que possuem alguma deficiência. Hoje, no Brasil, assim como em
vários países, a matrícula nas escolas públicas de ensino básico é disponibilizada a
todos os cidadãos. Por certo, isso demarca uma grande conquista de nossa
sociedade, a garantia da educação para todos seus cidadãos. Para além de nos
regozijarmos pela conquista, é necessário pensar na preparação que a implantação
requer. Sabemos das implicações que isto representa para o sistema educacional.
Esta nova situação, ainda que a saudemos por todo o regate que traz para os
Brasileiros que anteriormente ficavam à margem da escolarização, requer muito mais
que o simples direito à matrícula. Não basta o carinho e a boa vontade de cada um de
nós. Temos alguns obstáculos a superar nesta jornada. Neste cenário temos que
considerar a necessidade de formação de profissionais docentes e não docentes para
contribuir na concepção e implementação de um sistema educacional amplamente
inclusivo. Além disso, destacamos a necessidade da conscientização das famílias,
tanto as dos deficientes quanto as dos demais estudantes. É preciso superar os
preconceitos e adaptar-se a novas rotinas que a inclusão representa.
A Universidade Federal Fluminense, atenta às demandas da sociedade, criou,
pela iniciativa de seus docentes e com o apoio da equipe de direção, o Programa de
Pós-graduação em Ciências, Tecnologias e Inclusão (PGCTIn) cuja primeira seleção
se deu no segundo semestre de 2019.
Como parte integrante de suas ações acadêmicas, o PGCTIn, por meio de uma
de suas linhas de pesquisa, organizou e realizou no período de 18 a 19 de março de
2022 o primeiro Seminário Internacional de Pensamento Computacional para Inclusão
(I SIPCI), visando divulgar e fomentar um debate sobre pesquisas no contexto da
aplicação do Pensamento Computacional para contribuir com processos de inclusão
no âmbito da educação.
Os 13 textos que compõem este livro que ora lhes chega às mãos, tratam de
aspectos imprescindíveis quando se fala de escola inclusiva: a formação de docentes,
a produção de recursos educacionais e, a formação de pesquisadores. Papel que
cabe principalmente às Instituições de Ensino.
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EDUCAÇÃO INCLUSIVA
INCLUSIVE EDUCATION
ABSTRACT
In view of the above, this work aims to contextualize inclusive education. In this
perspective, make a brief chronological account of the history of inclusion, with this,
studying the concepts about the evolution of inclusion, the difficulties encountered
regarding the insertion of people with disabilities in society. In the same context of
inclusion, address the basic principles and concepts of inclusive education, try to
distinguish, and understand about the differences between special education and
inclusive education. With everything aims to define main challenges to inclusive
education Report on the importance of raising society to value and respect the
diversity of people such as: ethnicities, culture, disability, etc. It concludes that this
inclusion process is constructed through several aspects such as: respect,
valorization, adaptation, etc.
Keywords: Social inclusion, diversity, respect, and accessibility.
INTRODUÇÃO
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Mestrando em Ciências da Educação pela Universidade Francis Xavier. E-mail:
Geanerochagomeslima@gmail.com
-1-
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cuidar delas, sem nenhuma intenção educacional, entendia-se que elas eram
incapazes de evoluir quanto ao desenvolvimento pedagógico.
Entende-se, que a partir do século XX, iniciou a fase da integração, marcada
como um grande avanço, algumas pessoas com deficiência eram inseridas na sala
de aula comum, mas só tinha direito de frequentar a escola, as pessoas que
apresentassem um padrão que mais se aproximasse da “normalidade” e em período
oposto das outras turmas. E os alunos ainda precisam se adaptar a sala de aula.
Elas eram inseridas na escola e esquecidas em sala sem nenhuma preocupação de
incluí-las nas atividades. De acordo com a afirmação de Reis (2013, p. 80), “a escola
não muda sua rotina nem sua prática pedagógica e, sim, os alunos é quem tem de
mudar para se adaptar a sua realidade e as suas exigências”.
Portanto as pessoas com deficiências não conseguiam participar das
atividades das demais pessoas da sala de aula, por não estarem no mesmo padrão
de evolução, com isso tinham apenas o direito ao acesso a uma instituição
educacional, dessa forma só evidenciam ainda mais a exclusão. Com o
desenvolvimento do mundo, ouve-se a necessidade de mudanças, os conceitos de
inclusão começaram a ser definidos, esses acontecimentos foram a partir da década
de 1980, quando a Educação Especial passou a ser vista de maneira diferente.
Contudo a educação abriu portas para uma nova visão sobre a inclusão,
em que começou a entender a necessidade de aprender a conviver com a
diversidade, e tomar como objetivo o desenvolvimento de uma educação centrada
na mansidão fundamentada na igualdade de oportunidades e na valorização das
capacidades individuais de aprendizagem incentivando assim o respeito à
diversidade, aprendendo e participando, sem nenhum tipo de discriminação.
Conforme afirma Reis (2013, p. 80), a inclusão “requer uma nova visão das pessoas,
uma mudança de mentalidade, de forma que todos sejam respeitados,
independentemente de suas diferenças”. Essas só revelam o início da educação
inclusiva.
Na questão legal relativa à inclusão teve evoluções nas normas
educacionais. Decorrente de movimentos de pessoas que lutavam pela causa da
inclusão, algumas leis foram formulando e reformulando em busca de melhorias para
oportunizar às pessoas com deficiência o acesso à educação. No Brasil não foi
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diferente apesar de um pouco mais lento e de ainda existir muitos embaraços, pode
se dizer que aos poucos vai se difundindo, a ideia de inclusão com respaldo de
algumas leis.
Dentre as leis que estabelece a educação inclusiva, destaca-se na
Constituição Federal de 1988, o art.1°, incisos II e III, a lei garante aqueles que
apresentam um grande progresso para o desenvolvimento escolar das pessoas com
deficiência, quando institui como princípios da República a cidadania e a dignidade
da pessoa humana. Portanto, as instituições de ensino não podem excluir nenhuma
pessoa por motivo de sua origem, raça, sexo cor idade ou deficiência, garantido
todos os seus direitos.
No art. 3°, inciso IV, como uma de suas finalidades essenciais, garante a
efetivação do bem de todos, sem nenhum preconceito e qualquer outra forma de
discriminação. Ainda na mesma lei, no art. 5°, assegura o direito à igualdade e no
artigo 205 referem-se, seguintes do direito de todos à educação, esse direito deve
visar ao pleno desenvolvimento da pessoa, seu preparo para a cidadania e sua
qualificação para o trabalho.
Observa-se que o art. 206, inciso I, atribui como fundamentais para a
educação, a igualdade de condições de acesso e permanência na escola. E no art.
208, inciso 5° que é dever do Estado o acesso aos níveis mais elevados do ensino,
da pesquisa e da criação artística, segundo a capacidade de cada um. Segundo
Mantoan, (2005, p. 39): “A Constituição, contudo, garante a educação para todos.
Para atingir o pleno desenvolvimento humano e o preparo para a cidadania, entende-
se que essa educação não pode se realizar em ambientes segregados”.
Nesse caso, no artigo 208, no capítulo III, Da Educação, da Cultura e do
Desporto, a Constituição regulariza e intensifica os direitos às pessoas deficientes,
quando fala das garantias do atendimento especializado, que seja de preferência
nas redes de ensino regular. Na interpretação de Mantoan, (2005, p. 39- 40):
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individualizada. Ainda se vê muitas lutas pelos direitos cabíveis a todo cidadão, pois
a falta de efetivação dessas leis está constantemente a persistir.
Observa-se que às vezes a inexistência de conhecimentos da pessoa
deficiente ou do responsável gera uma desistência na luta pelos direitos do indivíduo,
em todo caso, já que são leis, deveria haver mais fiscalização nos ambientes
previstos, são tantos órgãos competentes a realizar os propósitos, talvez não
precisasse de tanta luta.
Portanto torna-se desgastante para a pessoa se toda vez que for gozar de
um direito tenha que estar em constante luta, às vezes com a sociedade, às vezes
com uma instituição que pretende se inserir. Com tanto preconceito os caminhos
ficam dolorosos, seriam mais fáceis se precisassem lutar apenas com seus próprios
limites, ao invés disso a pessoa deficiente encontra uma sociedade muita das vezes,
preconceituosa e racista, ainda há muito que fazer com respeito à educação
inclusiva.
Segundo estudos realizados, observa-se que a educação inclusiva é
organizada por pilares, nos quais são:
-É dado o direito a toda pessoa de se ingressar à educação.
-Toda pessoa aprende.
-É individual de cada pessoa, o processo de aprendizagem.
- O convívio no ambiente escolar comum beneficia a todos.
-A educação inclusiva diz respeito a todos.
Baseados nesses pilares que são os pontos de apoio da educação inclusiva,
analisam-se os desafios em aplicá-la.
Entende-se que a educação inclusiva no contexto escolar, pressupõe
modificar a competência escolar, para assegurar o direito de todos à educação, a
escola precisa transformar as políticas, as práticas e até mesmo os integrantes da
instituição. Segundo a Política Nacional De Educação Especial Na Perspectiva Da
Educação Inclusiva, (2008, p.5).
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CONCLUSÃO
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REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
ARAÚJO, U F. O déficit cognitivo e a realidade brasileira. In: AQUINO, Júlio
Groppa (org.): Diferenças e preconceito na escola: alternativas teóricas e práticas.
4. ed. São Paulo: Summus Editorial, 1998. p. 44.
BARTH, R. A personal vision of a good school. Phi Delta Kappan, n. 71, 1990. In:
BRASIL. Programa Ética e Cidadania: construindo valores na escola e na
sociedade: inclusão e exclusão social. Brasília: Ministério da Educação, Secretaria
de Educação Básica, 2007. 4 v.
CARVALHO, R.E. Educação inclusiva: com os pingos nos “is”. Porto Alegre:
Mediação, 2004.
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ABSTRACT
This research aims to deepen studies aimed at an Including education, since
curricular adaptations are necessary that is consistent with methodologies and
strategies that ensure the necessary conditions and favor the teaching and learning
of individuals with disabilities. From the perspective of constructing concepts about
the meanings of curricular adaptations, theoretical studies are made based on the
recognition of the needs of people with special learning difficulties seeking to analyze
the interventions necessary for improvements of these people including them in
society. However, at the same time, understand the strategies, reflect on public
policies of inclusive education, and report some functions appropriate to each subject
involved in this inclusion process. However, from this study, it is believed in the
possibility of reflection on how it is being done and how this entire process should be
conducted thinking about involving, including, and inserting everyone regardless of
its particularities.
Keywords: flexibility, methodologies, accessibility, and opportunity.
INTRODUÇÃO
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Mestrando em Ciências da Educação pela Universidade Francis Xavier. E-mail:
Geanerochagomeslima@gmail.com
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Isso quer dizer que o caminho da mudança também deve ser inclusivo, não
se restringindo às instâncias educacionais da União, Estados Federais e
Municípios, tão poucos aos setores responsáveis pela educação especial
nas diferentes esferas. Além da articulação em nível de governo, toda a
comunidade escolar, alunos que apresentam ou não necessidades
especiais, professores, famílias, [...] e outros segmentos da sociedade
devem interagir nesse processo.
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Com isso, para que haja efetivação da inclusão é preciso que esses três
componentes estejam inteiramente integrados.
Permite-se uma reflexão sobre as dificuldades de implementação na
adaptação do currículo. Logo quando se fala de inclusão, em primeiro momento
vem a ideia de adaptação do espaço, ou seja, da adaptação arquitetônica que ajuda
a pessoa deficiente a conseguir realizar algumas atividades dentro da instituição,
oferecendo a ele mais acessibilidade ao espaço.
Dentro desse contexto, observa-se que ainda ocorre a insistência em fixar
o olhar apenas para a adaptação do espaço, se esquecendo de que a inclusão vai
mais além. É claro que são necessárias essas adaptações do espaço, mas, não
pode limitar-se apenas a isso, e sim explorar no máximo as possibilidades de
acesso do educando principalmente ao conteúdo.
Na mesma observação, percebe-se que na realidade são muitos os
profissionais que ainda se assustam e não sabem como lidar com alunos que têm
algum tipo de deficiência. Nota-se também, muitas divergências de objetivos entre
as áreas que compõe uma escola, às vezes a falta de conhecimento ou até mesmo
o não querer avançar, faz a educação se deparar com um campo de batalha,
separados pelos componentes que lutam pela inclusão e pelos que realmente não
querem fazer parte desse processo, por isso torna-se cada vez mais necessária à
importância de o profissional buscar conhecimento através de formações
continuadas, de estar sempre se atualizando, além de uma rigorosa análise e
reflexão sobre suas ações profissionais.
Vale ressaltar sobre a importância do apoio da gestão nesse processo de
inclusão, ela deve incentivar todos os profissionais, conduzi-los, tentar oferecer o
máximo de recursos competentes e destacar a necessidade do apoio de todos os
profissionais que compõem esse processo. Segundo ARANHA, (2000, p.12):
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Com isso, através do apoio da gestão escolar com suas ações cabíveis faz-se
acontecer o processo de inclusão, que deve ser bem refletido e amparado pelos
elementos constituintes, atendendo o mesmo objetivo educacional que concerne
em derrubar as barreiras que dificultam a aprendizagem do aluno com deficiência.
Sustentado em Novaes (p. 1, 2011):
A inclusão educacional abrange o reconhecimento e o atendimento às
diferenças de qualquer aluno que possua dificuldades de aprendizagem,
sejam elas causadas por fatores internos ou externos, temporárias ou
permanentes.
INTERVENÇÕES PEDAGÓGICAS
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CONCLUSÃO
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
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ABSTRACT
The main objective of this article is to bring bibliographical research on comics, or ninth
art, by showing that they are not due to the culture considered erudite, as they are able
to offer a playful and innovative approach to various themes through the association
between images and words. The most known and commonly used HQ formats are
manga, strips, Sunday page, fanzine, comic book, graphic novel, photonovela,
webcomics, cartoons and cartoons. Comics can be used to inform, raise awareness,
and publicize topics related to health, such as disabilities. Given the above, the
research is structured from the theoretical production of other authors. The proposal
seeks to attribute to comics the due potential for inclusion by taking advantage of
fantastic resources to resize social reality as something accessible. It is intended here
to deepen the scientific knowledge on the subject since the language of comics
3
Mestrando doCMPDI/UFF (UNIVERSIDADE FEDERAL FLUMINENSE.)
4
Docente do CMPDI/UFF , janie55@terra.com.br.
5
Docente do CMPDI/UFF, ruthmariani@yahoo.com.br
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dialogues with a portion of the public in a more intimate way, collaborating with a more
fluid approach when dealing with some conceptions about diversity, inclusion, equality
and human rights, promotion of health and disease prevention, bringing information
that enables an adequate understanding of its content. Fiction allows a reality full of
racial, ethnic, and social prejudices and injustices to be easily overcome, but in real
life one of the paths to be followed is dialogue. In this sense, comics can promote
discussion about equality, respect, and dignity.
Keyword: Sequencial art. Social Equity. Health education.
INTRODUÇÃO
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A HQ no Brasil
Os quadrinhos no Brasil aparecem pela primeira vez em 1869 (30 anos antes
do surgimento de Yellow Kid nos Estados Unidos) na obra de Ângelo Agostini “As
aventuras de Nhô Quim”, que seria a primeira revista no formato 17x26 cm (formato
americano). O desinteresse do público brasileiro não ajudou a propagar o lançamento.
Isso pode ter colaborado para o desconhecimento histórico sobre esse fato, resgatado
apenas com pesquisas posteriores sobre o assunto, como o projeto “Diretório geral
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Fonte: (Dolens, 2021, Sutori.com - Inventions & Milestones Pertaining to Media Creation Technology)
Em 1430 surge a imprensa, invenção de Johann Gutenberg, que possibilitou
produzir tiragens escritas com maior número de cópias. O escritor e advogado francês,
Denis de Sallo, fundou o Journal de Sçavans em 1665, o primeiro periódico literário e
científico da Europa. A partir de 1818 passaram a ser divulgadas informações de
cunho científico e tecnológico derivadas de exposições universais da indústria nos
Estados Unidos e Europa (MENDES, 2006).
No Brasil a divulgação científica se inicia em 1808 com a transferência da
corte portuguesa para o país e o surgimento de instituições científicas e publicações
de livros. Mas só no século XX a divulgação científica foi amplamente praticada, pois
uma classe elitizada da sociedade quis sensibilizar os políticos da época para a
importância da ciência e seus progressos. Esse esforço levou à criação da Fundação
Oswaldo Cruz e do Instituto Butantã (RODRIGUES & MARINHO, 2009).
Desde então, a divulgação científica cresce em importância tanto pelo
trabalho sério ao longo dos anos e o empenho real quanto ao seu papel na área do
conhecimento (MORAES & CARNEIRO, 2018). A ciência passa a ser vista como um
todo que pode colaborar com o crescimento da sociedade, questionar sobre o avanço
científico e tecnológico e suas implicações positivas e negativas.
Na década de 1970, a divulgação científica passa a ter novos critérios de
informação. O jornalismo científico adquire caráter mais especializado. Sua editoria
deixa de ser realizada em conjunto com jornais e meios de comunicação de massa,
ganhando maior relevância e credibilidade (MENDES, 2006). Atualmente, no século
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METODOLOGIA
RESULTADOS E DISCUSSÃO
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[...] um grupo de pessoas que de algum modo e em algum setor das relações
sociais se encontra numa situação de dependência ou desvantagem em
relação a um outro grupo, “majoritário”, ambos integrando uma sociedade
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CONCLUSÕES
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REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
COSTA, R. Uma reflexão sobre a visibilidade das pessoas com deficiência na mídia
impressa piauiense. In: XI CONGRESSO DE CIÊNCIAS DA COMUNICAÇÃO NA
REGIÃO NORDESTE, 11, 2009, Teresina. Atas. Teresina, 2009.
HAAG, C. A nona arte. Pesquisa FAPESP, São Paulo, n. 110, p. 86-90, abr. 2005.
MACEDO, A.;FAUSTINO, O. Luana: A menina que viu o Brasil neném. São Paulo:
FTD Educação, 2000.
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PATATI, C.; BRAGA, F. Almanaque dos quadrinhos: 100 anos de uma mídia popular.
Rio de Janeiro: Ediouro, 2006.
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THE PHASES CREATION OF THE MEMORY GAME FOR CHILDREN WITH ASD
IN BASIC EDUCATION WITH A FOCUS ON COMPUTATIONAL THINKING
WITHIN NETWORK PEDAGOGICAL ARCHITECTURE
Ilma Rodrigues de Souza Fausto6
Ruth Maria Mariani Braz7
Edivânia Floro Nicácio Almeida8
Sandro Medeiros Portella9
Claudiane Figueiredo Ribeiro10
Sérgio Crespo Coelho da Silva Pinto11
Fabiana Rodrigues Leta12
RESUMO
Na contemporaneidade são frequentes os debates sobre a Educação Especial e a
inclusão digital dos alunos com Transtorno do Espectro Autista matriculados em
classes comuns. Nesse sentido, diante do cenário pandêmico que estamos vivendo e
com o fechamento das escolas, observamos a necessidade e a utilização das
tecnologias digitais, notadamente para as aulas remotas. Dessa forma espera-se que
os professores estimulem esses estudantes para que desenvolvam suas habilidades
e competências por meio dessas ferramentas para favorecer sua escolarização e
autonomia conforme orienta a Base Nacional Comum Curricular. À vista disso, surgiu
a seguinte questão: como os docentes da escola pública (salas de recursos
multifuncionais e multimídias), podem utilizar o Pensamento Computacional e a
Tecnologia Assistiva com base na teoria construtivista de forma a incluir e escolarizar
os estudantes com autismo? Assim, este artigo tem como objetivo relatar uma
experiência exitosa que foi o processo de construção de um jogo de memória para
crianças com Transtorno do espectro autista com a finalidade de desenvolver o
pensamento computacional por meio da abstração como forma de inclusão. Como
6
Orcid: https://orcid.org/0000-0003-3850-5066. Doutoranda pelo Programa de Pós-graduação em Ciências,
Tecnologias e Inclusão (PGCTIN/UFF),Brasil. E-mail: ilma.rodrigues@ifro.edu.br
7
Orcid: https://orcid.org/0000-0003-2224-9643 Professora do programa de pós-graduação em Ciências,
Tecnologias e Inclusão (PGCTIN/UFF), Portugal. E-mail: ruthmariani@id.uff.br
8
Orcid: https://orcid.org/0000-0002-2971-4360 . Instituição Professora Educação Básica EMEF Manuel
Rodrigues Ferreira . E-mail: vaniauepb@gmail.com
9
Orcid: https://orcid.org/0000-0002-8823-0032. Doutorando pelo Programa de Pós-graduação em Ciências,
Tecnologias e Inclusão (PGCTIN/UFF),Brasil. E-mail: sandro_portella@hotmail.com
10
Orcid: https://orcid.org/0000-0003-1130-0036. Doutoranda pelo Programa de Pós-graduação em Ciências,
Tecnologias e Inclusão (PGCTIN/UFF),Brasil. E-mail: claudianefr@id.uff.br
11
Orcid: http://orcid.org/0000-0001-6914-2398. Coordenador do Programa de Pós-graduação em Ciências,
Tecnologias e Inclusão (PGCTIN/UFF),Brasil. E-mail:crespo.sergio@gmail.com
12
Orcid: https://orcid.org/0000-0002-6210-3078. Professora do Programa de Pós-graduação em Ciências,
Tecnologias e Inclusão (PGCTIN/UFF),Brasil E-mail: fabiana.leta@id.uff.br
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O Pensamento Computacional para Inclusão
ABSTRACT
In contemporary times, debates about Special Education and the digital inclusion of
students with autism spectrum disorder enrolled in regular classes are frequent. In this
sense, in the face of the pandemic scenario we are experiencing and with the closing
of schools, we observe the need and use of digital technologies, notably for remote
classes. In this way, teachers are expected to encourage these students to develop
their skills and competences through these tools to favor their schooling and autonomy
as guided by the National Curricular Common Base. In view of this, the following
question arose: how can public school teachers (multifunctional and multimedia
resource rooms) use Computational Thinking and Assistive Technology based on
constructivist theory to include and educate students with autism? Thus, this article
aims to report a successful experience that was the process of building a memory
game for children with Autism Spectrum Disorder to develop computational thinking
through abstraction as a form of inclusion. As a methodology, it is characterized as
field research with a qualitative approach, using the software Scratch Jr. As a result,
we found that the tool facilitated the process of creating a coherent project, due to the
drag and drop functions, the work in blocks, and become a great motivator for children,
and transform learning into a difficult puzzle in rather than an arduous task that focuses
on problem solving. We conclude that we contributed to the development of the group
on screen, as we believe that these tools that work with computational thinking should
be implemented in the daily lives of children with autism spectrum disorder.
Keywords: Scratch Jr; Pedagogical architecture; TEA
INTRODUÇÃO
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METODOLOGIA
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título do projeto e veja quando o projeto foi criado. Undo and Redo (Desfazer e refazer)
Se cometer um erro, toque em Desfazer para voltar no tempo, revertendo a última
ação. Toque em Refazer para reverter o último desfazer. Programming Script (Script
de programação) coloque blocos juntos para criar um script de programação, dizendo
ao personagem o que fazer. Toque em qualquer lugar do script para executá-lo.
Para excluir um bloco ou script, arraste-o para fora da área de programação.
Para copiar um bloco ou script de um caractere para outro, arraste-o para a miniatura
do personagem. Programming Area (Área de Programação). É aqui que você conecta
os blocos de programação para criar scripts. Blocks Palette (Paleta de blocos) menu
dos blocos de programação. Arraste um bloco para a área de programação e toque
nele para ver o que faz. Block Categories (Categorias de bloco).
É aqui que você pode selecionar uma categoria de blocos de programação:
Blocos de acionamento (amarelo), movimento (azul), aparência (roxo), sons (verde),
controle (laranja), blocos finais (vermelho). Characters (Personagens) Selecione entre
os personagens do seu projeto - ou toque no sinal de adição para adicionar um novo.
Depois que um personagem é selecionado, você pode editar seus scripts, tocar em
seu nome para retomá-lo ou tocar no pincel para editar sua imagem. Para excluir um
caractere, pressione e segura. Para copiar um caractere para outra página, arraste-o
para a miniatura da página.
E na função editor de pintura, promoveu muita diversão entre as crianças que
resolveram pintar os personagens, suas roupas da forma que achavam mais bonito.
Como as funções se assemelhavam ao Microsoft Paint, nem precisamos apresentar
as ferramentas, a descoberta foi rápida e produtiva.
A apresentação das funções dos blocos do jogo foi mais demorada, pois
descrevemos o que cada um fazia e como deveria ser vinculado nas ações dos
personagens. Os blocos de som foram cativantes, pois cada um queria inserir sua voz
para os personagens pintados anteriormente.
Os blocos de aparência trouxeram para os alunos ideias sobre seus jogos e
possibilidades de torná-los super-heróis.
Nos blocos de controle e de movimentos idealizamos o jogo da memória, pois
os controles permitem idealizar o jogo físico no mundo virtual. O bloco de fim foi
apresentado no fechamento da apresentação do Scratch Jr.
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CONCLUSÃO
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REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
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GIL, A, C. Métodos e técnicas de pesquisa social - 6. ed. - São Paulo : Atlas, 2008.
Disponível em: https://bit.ly/3C47wBK Acesso: 05 de Jan de 2021.
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RESUMO
Nos últimos anos, o Pensamento Computacional (PC) começou a ser adotado em estratégias
pedagógicas nos diversos níveis da Educação Básica: Educação Infantil, Ensino Fundamental
(anos iniciais e finais) e Ensino Médio. A partir de uma análise de trabalhos da literatura é
possível perceber que há uma escassez de pesquisas que abordem esse tema na educação
infantil. Assim, a presente investigação tenta responder a seguinte questão: Como introduzir
o pensamento computacional no contexto da educação infantil? Como estratégia para
solucionar o problema identificado foi realizada uma análise da BNCC e das DCNEI (Diretrizes
Curriculares Nacionais da Educação Infantil) (BRASIL, 2010) percebeu-se que são eixos
estruturantes das práticas pedagógicas: as interações e a brincadeira. E que os direitos de
aprendizagem e desenvolvimento na Educação Infantil (Conviver, Brincar, Participar,
Explorar, Expressar e Conhecer-se) determinam que o uso de recursos lúdicos e que as
histórias são parte fundamental para se alcançar a aprendizagem. Nesse contexto, a pesquisa
propõe o uso de um jogo desplugado, abordado a partir de textos da literatura infantil, para
abordar o pensamento computacional na educação infantil, usando os campos de experiência
e os objetivos de aprendizagem e desenvolvimento previstos na BNCC. O jogo, denominado
LABIRINO, foi organizado para ser jogado de dois modos: (i) um usando apenas os mapas
táteis que formam um labirinto, onde a criança pode criar uma história e desenhar em papel
os caminhos a serem percorridos pelo(s) seu(s) personagem(ns); e, (ii) o outro modo de
utilizá-lo consiste no uso de labirintos programados, que possuem uma única solução. A
presente pesquisa tem abordagem predominantemente qualitativa, sendo que foram
selecionados para a condução da investigação a pesquisa exploratória, utilizando-se de
pesquisa bibliográfica, pesquisa documental e estudo de caso.
Palavras-chave: Pensamento Computacional. Literatura Infantil. Design Universal para a
Aprendizagem.
ABSTRACT
13
Mestrando(a) do Mestrado Profissional em Informática na Educação, do Instituto Federal de Educação,
Ciência e Tecnologia do Rio Grande do Sul (IFRS). E-mail: welausen@gmail.com.
14
Docente do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Rio Grande do Sul (IFRS). E-mail:
silvia.bertagnolli@poa.ifrs.edu.br.
15
Docente do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Rio Grande do Sul (IFRS). E-mail: André
Peres.
52
O Pensamento Computacional para Inclusão
Over the last years, computational thinking has been adopted in many k-12 pedagogical
strategies. Through literature analysis, we noticed that there is only few research about
computational thinking for kindergarten education. This research tries to answer the following
question: how to introduce the computational thinking in the kindergarten education? As a
strategy to solve this question, we analyzed the curricular base and the guidelines for children
education of Brazil (BNCC and DCNEI) and noticed that the structuring axes of pedagogical
practices are interactions and play. And that the rights of learning and development in early
childhood education (to live together, play, participate, explore, express, and get to know each
other) determine that the use of recreational resources and stories are a fundamental part of
achieving learning. The research proposes the use of an unplugged game, based on texts from
children's literature, to approach computational thinking in early childhood education, using the
learning and development objectives defined by the BNCC. The game, called LABYRINO, was
made to be played in two ways: (i) using only a tactile map that form a labyrinth, where the
child can create a story and draw on paper the paths to be followed by the character; and (ii)
to use programmed mazes, which have a single solution. The present research has a
qualitative approach, and exploratory research to conduct the investigation, using bibliographic
research, documentary research and case study.
INTRODUÇÃO
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O Pensamento Computacional para Inclusão
quanto plugged (ou plugado – o que utiliza máquinas, incluindo robôs), pode ser
utilizado de maneira lúdica, o que estaria de acordo com a BNCC.”. Além disso, o
pensamento computacional pode ser adotado na Educação Infantil correlacionando
as diversas áreas do conhecimento, pois “o PC é considerado transversal às demais
ciências” (VICARI; MOREIRA; MENEZES, 2018).
Acredita-se que é essencial incentivar o pensamento computacional desde os
primeiros anos da educação básica, preparando as crianças e jovens para atuarem
no século XXI (BRACKMAN, 2017). Com a introdução do pensamento computacional
na Educação Infantil é possível desenvolver de forma gradual e contínua as
competências previstas pela BNCC, assim como as habilidades cognitivas (empatia,
colaboração, cooperação, criatividade, inventividade, entre outras) necessárias para
a vida toda.
Como introduzir o pensamento computacional no contexto da educação
infantil? Como estratégia para solucionar o problema identificado foi realizada uma
análise da BNCC e das DCNEI (Diretrizes Curriculares Nacionais da Educação
Infantil) (BRASIL, 2013) percebeu-se que são eixos estruturantes das práticas
pedagógicas: as interações e a brincadeira. E que os direitos de aprendizagem e
desenvolvimento na Educação Infantil (Conviver, Brincar, Participar, Explorar,
Expressar e Conhecer-se) determinam que o uso de recursos lúdicos e que as
histórias são parte fundamental para se alcançar a aprendizagem.
O uso de histórias e da ludicidade é essencial (BRASIL, 2017, p. 42):
As experiências com a literatura infantil, propostas pelo educador,
mediador entre os textos e as crianças, contribuem para o
desenvolvimento do gosto pela leitura, do estímulo à imaginação e da
ampliação do conhecimento de mundo. Além disso, o contato com
histórias, contos, fábulas, poemas, cordéis etc. propicia a familiaridade
com livros, com diferentes gêneros literários, a diferenciação entre
ilustrações e escrita, a aprendizagem da direção da escrita e as formas
corretas de manipulação de livros.
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O Pensamento Computacional para Inclusão
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O Pensamento Computacional para Inclusão
(DCNEI) define que a criança deve ser percebida como sujeito histórico e de direitos,
que, nas interações, relações e práticas cotidianas que vivencia, constrói sua
identidade pessoal e coletiva, brinca, imagina, fantasia, deseja, aprende, observa,
experimenta, narra, questiona e constrói sentidos sobre a natureza e a sociedade,
produzindo cultura (BRASIL, 2013). De acordo com o Art. 9o da DCNEI, as interações
com os pares e com os adultos, e as brincadeiras são eixos estruturantes das práticas
pedagógicas nesse nível de ensino. Uma das maneiras de inserir brincadeiras no
contexto da Educação Infantil é o uso de jogos de aprendizagem.
No contexto da educação infantil é essencial identificar que os jogos
possibilitam o desenvolvimento cognitivo, e ainda viabilizam a aquisição de
conhecimentos e a construção e/ou aprimoramento de novas habilidades e
competências (MACEDO; PETTY; PASSOS, 2004).
No contexto de jogos e brincadeiras algumas habilidades que são
incentivadas compreendem: resolução de problemas, raciocínio lógico, criatividade,
curiosidade, trabalho em equipe, e no “desenvolvimento da linguagem, do
pensamento e da concentração” (FRANCO et al., 2020). Além disso, conforme
argumentam Macedo, Petty e Passos (MACEDO; PETTY; PASSOS, 2004, p. 26) os
“jogos atuam como desencadeadores de competências despercebidos pelos alunos,
o que colabora para modificar a qualidade da participação nas atividades escolares”.
Segundo Boller e Kapp (2018, p. 14) um jogo de aprendizagem pode ser
composto por:
um objetivo; um desafio (ou desafios); regras que definem como o
objetivo deverá ser alcançado; interatividade, seja com outros
jogadores ou como o próprio ambiente do jogo (ou com ambos); e
mecanismos de feedback, que ofereçam pistas claras sobre quão bem
(ou mal) o jogador está se saindo.
56
O Pensamento Computacional para Inclusão
57
O Pensamento Computacional para Inclusão
na folha sem seguir nenhum parâmetro preestabelecido. Após, ele foi replicado em
um pedaço de papelão, a fim de ter uma melhor fixação dos componentes e poder
manusear todo o conjunto firmemente. Esse protótipo possibilitou organizar os
componentes eletrônicos, de modo que cada elemento fosse acessível para as
crianças.
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O Pensamento Computacional para Inclusão
59
O Pensamento Computacional para Inclusão
Nível 1 Fases 0 a 2
Nível 2 Fases 3 a 5
Também pode ser usado o bloco “repete 2X’ para diminuir a quantidade
de comandos.
Nível 3 Fases 6 a 8
Difícil Além dos caminhos das fases anteriores, os mapas apresentam mais de
uma rota possível e há a necessidade de se usar o bloco lógico “2x”.
Nível 4 Fase 9
Desafio Este nível segue no caminho oposto aos demais começando no topo com
o objetivo de chegar na parte de baixo do mapa e necessita que o
personagem pegue dois "objetos" (apelidados de pílulas) ao longo do
caminho. Para vencê-lo é necessário um pouco de dedicação para
compreender e percorrer o caminho correto. Como elementos surpresa
este nível quase não tem paredes, tem sons e animações diferentes dos
demais.
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O Pensamento Computacional para Inclusão
(a) (b)
Fonte: Elaborado pelo autor (2021).
Então, para resolver o Nível 1 Fácil, fase 0, o estudante deve seguir a seguinte
lógica: CIMA - CIMA - CIMA - CIMA - DIREITA - CIMA - CIMA – CIMA, como
esquematiza a Figura 4.
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O Pensamento Computacional para Inclusão
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O Pensamento Computacional para Inclusão
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O Pensamento Computacional para Inclusão
ALGUMAS CONSIDERAÇÕES
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS:
BOLLER, S.; KAPP, K. Jogar para Aprender: tudo que você precisa saber sobre o
design de jogos de aprendizagem eficazes. São Paulo: DVS, 2018.
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O Pensamento Computacional para Inclusão
66
O Pensamento Computacional para Inclusão
RESUMO
O Ensino Médio Brasileiro passa, em 2022, por uma alteração significativa em seu novo
currículo, alterando desde a sua carga horária até a maneira como as disciplinas serão
abordadas aos estudantes, bem como o uso do pensamento computacional. Uma das
justificativas para esta reforma é a maior adequação do currículo à realidade dos discentes.
Desta forma, o presente artigo realiza uma análise através de tabelas com informações dos
livros didáticos de Matemática, uma das grandes áreas do conhecimento, segundo a Base
Nacional Comum Curricular (BNCC), que passarão a ser utilizados no próximo ano letivo,
analisando os contextos que os conteúdos estão inseridos, a forma de abordagem dos temas
contemporâneos transversais e como o pensamento computacional está atrelado à
metodologia adotada para a disciplina. Foram analisados 12 livros didáticos, divididos em
duas coleções de editoras distintas, onde foi evidenciado o uso de softwares que introduzem
conceitos de linguagens de programação para a abordagem de conteúdos, e isto ocorre de
forma independente à contextualização com assuntos do cotidiano. Por esta razão, evidencia-
se a necessidade de uma formação docente em conceitos relacionados ao pensamento
computacional para que este seja abordado de maneira eficiente, e apresentado como uma
situação presente na realidade do estudante.
Palavras-chave: Educação, Educação Matemática, Conhecimentos de Informática.
ABSTRACT
In 2022, Brazilian High School undergoes a meaningful change in its new curriculum,
changing from its workload to the way in which the subjects will be addressed to students, as
well as the use of computational thinking. One of the justifications for this reform is the
greater adequacy of the curriculum to the reality of the students. In this way, this article
performs an analysis through tables with information from Mathematics textbooks, one of the
great areas of knowledge, according to the National Common Curricular Base (BNCC),
16
Graduanda em Licenciatura em Matemática na Universidade de Passo Fundo. E-mail:
nataliabernunes@gmail.com
17
Doutora em Informática na Educação. Professora de Matemática do IFRS – Campus Osório. E-mail:
aline.bona@osorio.ifrs.edu.br.
67
O Pensamento Computacional para Inclusão
which will be used in the next academic year, analyzing the contexts that the contents are
inserted, the way of approaching the transversal contemporary themes and how the
computational thinking is linked to the methodology adopted for the discipline. Twelve
textbooks were analyzed, divided into two collections from different publishers, where the
use of software that introduces concepts of programming languages to approach content
was evidenced, and this occurs independently of the contextualization with everyday
subjects. For this reason, the need for teacher training in concepts related to computational
thinking is evident so that it can be approached efficiently and presented as a situation
present in the student's reality.
Keywords: Education, Mathematics Education, Computing Knowledges.
INTRODUÇÃO
68
O Pensamento Computacional para Inclusão
CONCEITUAÇÕES TEÓRICAS
69
O Pensamento Computacional para Inclusão
Por esta razão, este artigo é uma análise do novo material didático que será
utilizado pelos professores de matemática no ensino médio nas escolas brasileiras,
entendendo a articulação de atividades que envolvem o pensamento computacional e
como é abordada a presença dos temas contemporâneos transversais nos conteúdos,
ou seja, aplicações no cotidiano ou em diferentes profissões dos assuntos presentes
na BNCC e que se espera que os estudantes entendam nas aulas de matemática.
Cabe destacar que todo esse processo de apropriação conceitual e metodológica dos
temas contemporâneos transversais não são de hoje, eles vêm sendo construídos
desde os parâmetros curriculares nacionais (PCN).
Com este contexto, pretende-se entender como pode-se utilizar o pensamento
computacional para mobilizar a aprendizagem, conforme defende Greff (2019), Bona
(2021), Pasqual (2020), Brackmann (2017), além de atrelar aos temas
contemporâneos transversais, e, dessa maneira, implementar os pontos fortes do
Novo Ensino Médio e amenizar os fracos por meio de ações curriculares adequadas
(GROENWALD & PANOSSIAN, 2021). E para isso, optou-se por analisar os livros
didáticos, pois são materiais presentes na grande maioria das instituições de ensino.
METODOLOGIA
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O Pensamento Computacional para Inclusão
RESULTADOS PARCIAIS
71
O Pensamento Computacional para Inclusão
Tabela 1. Análise dos dados obtidos a partir dos livros didáticos de Matemática para o Novo
Ensino Médio da Coleção Prisma (BONJORNO, 2020).
Introdução do conceito
de imagens em pixels
com informações
explicativas sobre o tema
e duas perguntas que
sugerem que o
estudante contextualize
o tema com o conceito
de função afim.
Introdução do conceito
de epidemia globalizada
com informações
explicativas sobre o tema
e duas perguntas que
sugerem que o
estudante contextualize
o tema com o conceito
de funções exponencial
e logarítmica.
Tabela 2. Análise dos dados obtidos a partir dos livros didáticos de Matemática para o Novo
Ensino Médio da Coleção Matemática Interligada (ANDRADE, 2020).
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O Pensamento Computacional para Inclusão
CONSIDERAÇÕES FINAIS
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
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O Pensamento Computacional para Inclusão
BRASIL. 2018. Base Nacional Comum Curricular: Ensino Médio. Brasília, DF:
Ministério da Educação. Disponível em:
http://basenacionalcomum.mec.gov.br/abase/#medio. Acesso em 25 de fevereiro de
2022.
76
O Pensamento Computacional para Inclusão
RESUMO
O presente artigo apresenta uma proposta de formação educativa embasada no
Pensamento Computacional (PC), na Programação e na Etnomatemática. Trata-se de
uma pesquisa-ação desenvolvida com professores do município de Silveira Martins
que tem como objetivo evidenciar possibilidades de formação continuada que
relaciona PC com Etnomatemática. Foram mostradas e analisadas duas atividades
investigativas; a primeira (desplugada) envolve a produção da cuca italiana e a
segunda (plugada) apresenta um tour pelo município utilizando o software Scratch. O
saber e o fazer próprios de uma determinada comunidade (especificamente, Silveira
Martins) possui uma riqueza a ser explorada e que apresenta padrões próprios e
costumes da tradição de seus antepassados relacionadas por exemplo à culinária e à
agricultura. A aproximação do Pensamento Computacional com a etnomatemática
mostrou que é possível desenvolver atividades que dialoguem com a diversidade
cultural, ao mesmo tempo que dá voz a estas culturas, de modo a relacionar
conteúdos disciplinares com a realidade local.
Palavras-chave: Pensamento Computacional. Etnomatemática. Atividades plugadas
e desplugadas. Saberes e Fazeres.
ABSTRACT
This article presents a proposal for formation educational based on Computational
Thinking, Programming and Ethnomathematics. This is a research-action developed
with teachers from the city of Silveira Martins, which focuses on highlighting formation
possibilities that relate computational thinking to ethnomathematics. Two investigative
activities were shown and analyzed; the first (unplugged) involves the production of
Italian Cuca and the second (plugged in) presents a tour of the city using the Scratch
software. The knowledge and practice of a particular community (specifically, Silveira
Martins) has a wealth to be explored and that has its own patterns and customs of the
tradition of its ancestors related, for example, to cooking and agriculture. The
18
19
20
Doutora em Informática na Educação. Professora de Matemática do IFRS – Campus Osório. E-mail:
aline.bona@osorio.ifrs.edu.br.
77
O Pensamento Computacional para Inclusão
INTRODUÇÃO
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O Pensamento Computacional para Inclusão
ANÁLISE DE DADOS
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Fonte: Dados das autoras, atividade criada por Bona e Stefani (2021).
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O Pensamento Computacional para Inclusão
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O Pensamento Computacional para Inclusão
CONSIDERAÇÕES FINAIS
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
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O Pensamento Computacional para Inclusão
Nacional pela Alfabetização na Idade Certa. Santa Maria: Editora e Gráfica Caxias,
2018.
BRASIL. MEC, Base Nacional Comum Curricular - BNCC, 2017. Disponível em:
<http://basenacionalcomum.mec.gov.br/>.
90
O Pensamento Computacional para Inclusão
RESNICK, M. Jardim de Infância para a Vida Toda: por uma Aprendizagem Criativa,
Mão na Massa e Relevante para Todos. 1. ed. Porto Alegre: Penso, 2020.
91
O Pensamento Computacional para Inclusão
RESUMO
O mundo moderno vem tentando combater e solucionar um problema frequente da atualidade
relacionado ao descarte dos excessos e ao desperdício que passam pela alimentação, pelo
vestuário, pelos utensílios eletrônicos etc. Qual seria a maneira de atenuar o problema? Esse
é um ponto de intensa reflexão por parte dos cidadãos. A resposta pode e deve passar pelas
salas de aula, alicerçando seus conceitos e veiculando as suas vertentes por meio dos
docentes e dos discentes, com a construção de propostas nascidas na escola, mas que
sugerem caminhos que ultrapassam seus muros e colaboram para a construção de um futuro
melhor. O uso da ferramenta Desenho Universal de Aprendizagem traduz-se como
fundamental e importante auxílio, uma vez que busca a partir de três princípios, formas de
proporcionar uma aprendizagem quase individualizada, à medida que propõe criar currículos
que vão de encontro às necessidades particulares de cada discente. Isso acontece de forma
concomitante, alcançando tanto os alunos que têm uma compreensão mais acelerada dos
conteúdos como aqueles com dificuldades de assimilação. Ou seja, ao trazer um único
conteúdo de um “suposto” padrão, estamos ampliando suas formas de apresentação,
permitindo um alcance que vai bem além do esperado e, consequentemente, atingindo um
objetivo maior. De fato, tornar a aprendizagem significativa e transformadora é transpor os
muros da escola permitindo que as mudanças sigam para além desse muro. Devemos nos
debruçar, portanto, sobre a nossa prática pedagógica diária, no sentido de encontrarmos
mecanismos estimulantes para a pesquisa, que sirvam como catalisadores de conhecimentos
selecionados de acordo com a estrutura do trabalho a ser executado. Em uma constante, isso
contribuirá tanto para o fazer docente, quanto para o discente. Nessa práxis, o professor
ensina, apreende, replica e novos olhares e reflexões vão se formando. Nesse relato de
experiências, de uma maneira interdisciplinar, envolvendo a História, a Geografia, as Artes e
a Ciências, reunimos conceitos sobre sustentabilidade, consumismo e desperdício que
resultaram em uma mostra expositiva sobre o lixo que pode ser reaproveitado e transformado
em produto reutilizável, quer seja uma roupa ou em outro utensílio. A proposta reflete sobre o
consumo exagerado e mostra que muita coisa que se joga fora pode ser reutilizável em um
outro formato, capaz até de gerar renda para famílias em situações vulneráveis. A culminância
da proposta foi feita com uma mostra dos produtos em um desfile, onde exibiram-se peças
elaboradas pelos discentes. As etapas, que antecederam a confecção dos produtos, foram de
intensa investigação e pesquisa das mais diferentes fontes - revistas, internet, entrevistas com
21
Mestranda, pelo curso de Mestrado Profissional em Diversidade e Inclusão/Instituto de Biologia/Universidade
Federal Fluminense (CMPDI/UFF) afurtadodeoliveiranovaes@yahoo.com.br
22
Doutora em Ciência, e Biotecnologia, professora do Curso de Mestrado, pelo Curso em Mestrado Profissional
em Diversidade e Inclusão/Instituto de Biologia/Universidade Federal Fluminense (CMPDI/UFF),
rutmaria@id.uff.br
23
Doutora em Literatura Comparada, professora do Grupo Lusófona (FL- RJ), jacefadu@gmail.com.br
92
O Pensamento Computacional para Inclusão
ABSTRACT
The modern world has been trying to combat and solve a quite widespread problem today,
which is what to do with so much waste. We have excess leftovers that go through food,
clothing, electronics, etc. How we can mitigate that disposal of these products is a point of
intense reflection on the part off many citizens. The answer can, and must, pass through the
classrooms, basing its concepts and conveying its aspects through teachers and students,
with the construction of proposals, which are born in the school, but suggest what their paths
go beyond their walls and collaborate for the construction of a better future. The use of
Universal Learning Design comes to help as a tool of fundamental importance, since it seeks
through its three principles, was of provide learning in an almost individualized way, as it
proposes to create curricula that meet the needs of each student. And this all happens
concomitantly, reaching both the students who have a more accelerated way of understanding,
as well as the student who has difficulties with their assimilation. That is, by bringing a single
content, with a “supposed” certain pattern, in fact, we will be expanding its forms of
presentation, allowing a reach that goes well beyond the expected, and consequently, reaching
the greater objective, which is to make learning meaningful and transformative, which goes
beyond the walls of the school, and allows for changes beyond. We must focus on our daily
pedagogical practice, in the sense of seeking mechanisms that stimulate research, which will
serve as a catalyst for knowledge that will be selected according to the structure of the work
to be performed and, on a constant basis, will contribute so much to the mailing of the teacher
and for the student. In this praxis, the teacher teaches, apprehends, replicates, and new
perspectives and constant reflections are formed. In this report f experiences, we seek in nan
interdisciplinary way, involving: History, Geography, Arts, Sciences, to bring together the
concepts we had about sustainability, consumerism, waste that resulted in an exhibition about
garbage that can be reused and become a reusable product, whether on clotting or another
utensil. The proposal aimed to reflect on exaggerated consumption, and to show that much
that is throw away can be reused in another format, even capable of generating income for
families in vulnerable situations. The culmination was made in a show of the products and in
a parade, where some pieces elaborated by the students would be exhibited. The steps that
preceded the manufacture of the products were of intense investigation and research, in the
most diverse sources, such os magazines, internet, interviews with teachers and guardians,
which validated which products are most frequently discarded and how they should or could
be used. In other ways. Subsequently, pencil holders were made with pet bottles, vertical and
horizontal planters with pets, belts with aluminum cans seals, dresses with VHS tapes,
simulating fringes, vest made with the back of milk cartons, and a beach exit from phone cards,
with disposable cups came the bride, who as tradition dictates in haute couture fashion shows,
closed the show. Parallel to this event, workshops were held by the students, teaching the
93
O Pensamento Computacional para Inclusão
reuse of some fruits and vegetables. All activities were contextualized by the disciplines
involved in the show, each one contributing with its bases and inciting questions and
reflections, so that we noticed the elevation of the participants’ self-esteem, the interest in
propagating the ideas that emerged from there, beyond the circuit school, revealing significant
learning We conclude that, as disciplines and Science complement each other, we are capable
of producing knowledge that can impact of producing knowledge that can impact our
community and surroundings on a growing and global scale for the betterment of the planet.
Keywords: Education for sustainability, Interdisciplinarity, Inclusion.
INTRODUÇÃO
Fonte: https://bityli.com/yNdpX.
94
O Pensamento Computacional para Inclusão
Fonte: https://bityli.com/LsLNs
95
O Pensamento Computacional para Inclusão
Fonte: https://bityli.com/yNdpX
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O Pensamento Computacional para Inclusão
METODOLOGIA
RESULTADOS
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O Pensamento Computacional para Inclusão
99
O Pensamento Computacional para Inclusão
Figura 8 - Vestido feito com descarte de fita Figura 9 - Saia e sandália feitas com
VHS, e com copos plásticos. jornal.
CONCLUSÃO
Concluímos, portanto, que para que uma real inclusão aconteça, devemos
criar mecanismos de oportunidade para que o aprendizado seja contemplado, sem
prejuízo no conteúdo. De maneira alguma, os conteúdos podem ser empobrecidos ao
serem apresentados aos discentes. Ao contrário, devem ser moldados para
atenderem às especificidades de cada um, conforme suas habilidades e tipos de
aprendizagem, tanto aos alunos reconhecidos como regulares, como aos de altas
habilidades ou com deficiências.
Ademais, entendemos que o Desenho Universal de Aprendizagem (DUA),
contribui como importante ferramenta de aprendizagem a fim de mitigar as
dificuldades impostas pela maneira como o currículo tradicionalmente é apresentado
ao aluno.
101
O Pensamento Computacional para Inclusão
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS.
ILHA DAS FLORES. Direção de Jorge Furtado. Porto Alegre: Casa de Cinema de
Porto Alegre; 1989. (13 min)
LIXO EXTRAORDINÁRIO. Direção de Lucy Waçker, João Jardim, Karen Harley. Rio
de Janeiro; 2010. (99 min.)
102
O Pensamento Computacional para Inclusão
RESUMO
Este artigo tem como objetivo apresentar a relevância da psicomotricidade no
desenvolvimento motor da criança na educação infantil, para tanto os professores
precisam de formações para que tenham além do conhecimento sobre o tema,
possibilidades para estimular o mais cedo possível as crianças. Partindo da
perspectiva de que a educação psicomotora na idade escolar deve ser antes de tudo,
uma experiência ativa de confrontação com o meio, entende-se que o ensino escolar
é uma preparação para a vida. Portanto, as práticas pedagógicas devem auxiliar a
criança a desenvolver-se globalmente. O objetivo dessa pesquisa foi avaliar o
conhecimento de docentes da educação básica sobre educação psicomotora na
promoção de uma prática pedagógica multidisciplinar inclusiva. Entende-se que o
movimento é parte constitutiva do sujeito, é como a criança percebe o mundo que a
cerca. A psicomotricidade está presente em todas as atividades que desenvolvem a
motricidade contribuindo para o conhecimento e o domínio de seu próprio corpo.
Palavras-chave: Psicomotricidade; Inclusão; Prática Pedagógica
ABSTRACT
This article aims to present the relevance of psychomotricity in the motor development
of children in early childhood education, for that teacher need training so that they
have, in addition to knowledge on the subject, possibilities to stimulate children as early
as possible. Starting from the perspective that psychomotor education at school age
must be an active experience of confrontation with the environment, it is understood
that school education is a preparation for life. Therefore, pedagogical practices should
help the child to develop globally. The objective of this research was to evaluate the
knowledge of basic education teachers about psychomotor education in the promotion
of an inclusive multidisciplinary pedagogical practice. It is understood that movement
is a constitutive part of the subject, it is how the child perceives the world around him.
Psychomotricity is present in all activities that develop motor skills, contributing to the
knowledge and proficiency in their own body.
Keywords: Psychomotricity; Inclusion; Pedagogical Practice
24
Mestre em Diversidade e Inclusão da Universidade Federal (CMPDI).mirianrenata06@gmail.com
25
Professora Dra. da Universidade Federal Fluminense (CMPDI-PGCtin). Ruthmarianibraz@gmail.com
26
Professor Dr. da Universidade Federal Fluminense (CMPDI-PGCtin).Crespo.sergio@gmail.com
103
O Pensamento Computacional para Inclusão
INTRODUÇÃO
104
O Pensamento Computacional para Inclusão
105
O Pensamento Computacional para Inclusão
106
O Pensamento Computacional para Inclusão
fazer (cognitivo) – córtex cerebral. É importante que ocorra o equilíbrio entre eles. A
alteração na motricidade pode aparecer sob a forma de Transtorno do
Desenvolvimento da Coordenação (TDC), que segundo Magalhães et al. (2004),
consiste em desajeitamento e inconsistência no desempenho de tarefas, coordenação
motora empobrecida, problemas de ritmo e sua transferência de aprendizagem,
declínio do desempenho com a repetição, tensão corporal e excesso de atividade
muscular em tarefas motoras.
Investigamos, portanto, por meio do nosso questionário, os conhecimentos
dos professores acerca da psicomotricidade e as estratégias e práticas por eles
empregadas em seu ensino, a fim de desvendar a realidade e entender a origem do
problema da defasagem da aprendizagem do aluno.
Dentre os entrevistados, todos afirmam ter conhecimento sobre o conceito de
psicomotricidade e a consideram como prática importante na educação, contudo
apenas 32% afirmam que na sua formação acadêmica, o tema sido contemplado em
alguma disciplina da graduação, conforme o gráfico 1.
Gráfico 1 – Formação Acadêmica
Arquivo pessoal
107
O Pensamento Computacional para Inclusão
Arquivo pessoal
Este dado denuncia que os aspectos psicomotores são pouco considerados
no processo de alfabetização. Ademais, embora todos tenham afirmado que se
utilizam de práticas psicomotoras ao elaborar o plano de aula, apenas metade dos
professores afirmam que trabalham a psicomotricidade integralmente. Quando
perguntados sobre quais tipos de prática trabalham em sua rotina, nenhuma das
respostas está associada diretamente ao processo de alfabetização.
Quanto à formação dos entrevistados cursaram algum tipo de Pós-Graduação
(lato sensu ou stricto sensu), com relação a cursos específicos, 55% afirmaram terem
participado de algum curso de formação de professores relativo à temática
Psicomotricidade.
Gráfico 3 – Formação sobre Psicomotricidade
Arquivo pessoal
A criança atua no mundo por meio de seus movimentos e para isto dispõe de
suas capacidades afetivas, intelectuais e motoras, estabelecendo esta relação
conforme sua tonicidade que é construída diariamente de acordo com as limitações e
estimulações que lhe são impostas pelo meio na qual está inserida e pelas pessoas
108
O Pensamento Computacional para Inclusão
109
O Pensamento Computacional para Inclusão
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
110
O Pensamento Computacional para Inclusão
VYGOTSKY, L.S. A formação social da mente. Rio de Janeiro: Martins Fontes, 1996.
111
O Pensamento Computacional para Inclusão
RESUMO
O Transtorno do Espectro Autista consiste em um distúrbio que engloba
comprometimento nas áreas relacionadas à comunicação, à interação e às ações
simbólicas. Além disso, compromete o comportamento geral e o desenvolvimento
neuropsicológico do indivíduo. Sendo a linguagem um importante processo que é
afetado neste contexto, o projeto de pesquisa e extensão Ambiente Digital de
Aprendizagem para Crianças Autistas que está sendo realizado na Universidade
Federal Fluminense, Campus Aterrado em Volta Redonda o estado do Rio de Janeiro,
desenvolve ferramentas computacionais com o objetivo de auxiliar na aprendizagem
e na interação da criança autista. Sabemos que a música é uma linguagem universal,
capaz de transpor barreiras culturais e linguísticas. Por isso, é uma das formas
adotadas pelo ser humano para se comunicar e se expressar, até mesmo por pessoas
que não falam ou falam muito pouco. O presente trabalho tem o objetivo de
desenvolver cenários para jogos digitais musicais que, através de funcionalidades
capazes de acessar funções neuropsicológicas patologicamente afetadas no
Transtorno do Espectro Autista como dificuldade de abstração ou controle emocional
contribuam para a melhoria da qualidade de vida das crianças afetadas por esta
devastadora desordem. Visamos com esse trabalho favorecer a socialização,
comunicação e interação social, ajudando o autista a entender as emoções,
aumentando sua interação com o mundo à sua volta.
Palavras-chave: aprendizagem, cenário, jogos musicais, autismo.
ABSTRACT
Autism Spectrum Disorder is a disorder that encompasses impairment in areas related
to communication, interaction, and symbolic actions. In addition, it compromises the
general behavior and neuropsychological development of the individual. Since
language is an important process that is affected in this context, the research and
27
docente da Universidade Federal Fluminense (UFF). veraprudencia@id.uff.br.
28
docente do Instituto dos Meninos Cantores de Petrópolis (IMCP). daniele.madureira@gmail.com.
29
Graduando da Universidade Federal Fluminense (UFF). pablo_deus@id.uff.br.
30
Graduando da Universidade Federal Fluminense (UFF). jbatalha@id.uff.br.
31
Graduando da Universidade Federal Fluminense (UFF). marcosvs@id.uff.br.
112
O Pensamento Computacional para Inclusão
extension project Digital Learning Environment for Autistic Children that is being
carried out at UFF, Campus Aterrado in Volta Redonda-RJ, develops computational
tools with the objective of assisting the learning and interaction abilities of the autistic
child. We know that music is a universal language, capable of overcoming cultural and
linguistic barriers. Therefore, it is one of the ways adopted by human beings to
communicate and express themselves, even by people who do not speak or speak
extraordinarily little. The present work aims to develop scenarios for musical digital
games that, through functionalities capable of accessing neuropsychological functions
pathologically affected in autism spectrum disorder such as difficulty in abstraction or
emotional control - contribute to improving the quality of life of children affected by this
devastating disease. With this work, we aim to improve socialization, communication,
and social interaction, helping the autistic to understand emotions, increasing their
interaction with the world around them.
Keywords: learning, setting, music games, autism.
INTRODUÇÃO
113
O Pensamento Computacional para Inclusão
114
O Pensamento Computacional para Inclusão
por exemplo as que reforçam a interação entre áreas auditivas e motoras cerebrais –
tirariam proveito das habilidades musicais destas crianças, e possivelmente
facilitariam o engajamento ou até mesmo fortificariam as conexões entre as regiões
frontais e temporais do córtex cerebral. Tais tratamentos apresentariam o potencial
clínico de facilitar o desenvolvimento da linguagem expressiva em pacientes com TEA.
Em se tratando dos aspectos neuroquímicos envolvidos nos sintomas do
autismo, o neurotransmissor conhecido como dopamina encontra-se, geralmente, em
desequilíbrio no TEA. Além de sua ação em sistemas motores e cognitivos, a
dopamina participa ativamente de mecanismos cerebrais associados a sensações de
prazer e ao sentido de recompensa. Mais especificamente, o desequilíbrio
dopaminérgico em indivíduos com autismo resulta no aumento de estereotipias, como
os comportamentos repetitivos, agitação e agressividade (GATTINO, 2015). Neste
aspecto, novamente, a música também pode contribuir para a suavização de
sintomas. Por exemplo, segundo investigações conduzidas por Emanuele e seus
colegas (2010) – nas quais a escuta musical foi avaliada em músicos, autistas e
pessoas sem experiência musical – os níveis de receptores dopaminérgicos sofreram
aumento em músicos e em autistas.
Tais resultados sugerem que a música pode contribuir para a sensação de
satisfação em autistas – aspecto fundamental tanto para a vida emocional como para
a cognitiva (GUIMARÃES et.al., 2017, GUIMARÃES, 2018). Fortalecendo a
fundamentação das intervenções musicais como instrumento terapêutico para
pacientes com TEA, Pendeza e Schmidt (2020) analisaram os estudos que sustentam
as práticas musicais em autistas presentes nos relatórios internacionais do National
Professional Development Center on Autism Spectrum Disorder e do National Autism
Center. Eles concluíram que “as intervenções musicais se constituem atualmente
como práticas emergentes no tratamento de pessoas com TEA, com dados
promissores de sua efetividade” (PENDEZA & SCHMIDT, 2020).
O projeto de pesquisa e extensão ADACA está sendo desenvolvido por uma
equipe interdisciplinar de professores do Instituto de Ciências Exatas (ICEx) e do
Instituto de Ciências Humanas e Sociais (ICHS) da Universidade Federal Fluminense,
campus Aterrado, em Volta Redonda-RJ e colaboradores externos de outras
instituições. Produzir Tecnologia Assistiva que favoreça a melhoria da interação e
115
O Pensamento Computacional para Inclusão
116
O Pensamento Computacional para Inclusão
METODOLOGIA
117
O Pensamento Computacional para Inclusão
118
O Pensamento Computacional para Inclusão
CONSIDERAÇÕES FINAIS
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
AMERICAN PSYCHIATRIC ASSOCIATION. Diagnostic and statistical manual of
mental disorders: DSM-5. Washington, D.C: American Psychiatric Association, 2013.
120
O Pensamento Computacional para Inclusão
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121
O Pensamento Computacional para Inclusão
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122
O Pensamento Computacional para Inclusão
RESUMO
Este estudo mostra uma breve discussão sobre uso das tecnologias assistivas como
ferramenta facilitadora no processo de ensino e aprendizagem do aluno com surdez.
O seu objetivo principal é apresentar os benefícios que a tecnologia assistiva podem
trazer para os alunos surdos no ambiente educacional, além de conscientizar aos
profissionais da educação a importância em se trabalhar com ela em sala de aula.
Tais ações ainda precisam ser pensadas e discutidas, pois existe uma defasagem
muito grande em materiais escritos e profissionais habilitados para trabalhar com as
eventuais questões. Para a realização de tal estudo utilizou-se de uma pesquisa de
cunho bibliográfico, fazendo um aporte teórico por meio de vários pesquisadores que
enfatizam essa mesma linha de estudo. Com isso, foi possível perceber que a
tecnologia assistiva pode contribuir significativamente para o desenvolvimento do
aluno surdo, auxiliando não só na aprendizagem, mas também no desenvolvimento
social, pessoal e cultural, avista disso, acaba facilitando o processo de socialização,
comunicação, expressão e construção do pensamento do educando surdo.
Palavras-chave: Aluno surdo. Ensino/aprendizagem. Tecnologias assistivas.
ABSTRACT
This study shows a brief discussion about the use of assistive technologies as a
facilitating tool in the teaching and learning process of deaf students. Its main objective
is to present the benefits that assistive technology can bring to deaf students in the
educational environment, in addition to making education professionals aware of the
importance of working with it in the classroom. Such actions still need to be thought
and discussed, as there is an exceptionally large gap in written materials and qualified
professionals to work with eventual issues. To conduct this study, bibliographic
research was used, making a theoretical contribution through several researchers who
emphasize this same line of study. With this, it was possible to perceive that assistive
technology can contribute significantly to the development of the deaf student, helping
not only in learning, but also in social, personal, and cultural development, in view of
this, it ends up facilitating the process of socialization, communication, expression and
construction of the deaf student's thinking.
Keywords: Deaf student. Teaching/Learning. Assistive Technologies
32
Graduando da Instituição Universidade Federal de Sergipe (UFS). E-mail: jackespanenglish@hotmail.com
33
Doutorando em Letras na UFS/PPGL. E-mail: almirbarbosa@academico.ufs.br
123
O Pensamento Computacional para Inclusão
INTRODUÇÃO:
124
O Pensamento Computacional para Inclusão
METODOLOGIA
Antes dos aparatos tecnológicos, a vida do surdo era bem mais difícil. E a
partir da década de 90 com os avanços das tecnologias, principalmente dos aparelhos
celulares, da internet, dos aplicativos de tradução, foi concedido ao surdo uma
significativa autonomia, eles passaram a se comunicar, mesmos com as limitações, e
foi a partir desse momento que deu início ao processo de inclusão, as leis inclusivas
estavam surgindo, a Libras estava se popularizando, intérpretes de Libras estavam
surgindo nas salas de aulas das universidades e em outros lugares. Enfim, os surdos
estavam desenvolvendo sua autonomia, começaram a perceber o mundo ao seu
redor.
Para pessoas com necessidades especiais, as novas tecnologias tem
oferecido um universo de facilidades e vem transformando a realidade
das ações com novas perspectivas para a vida, quando acrescenta opções e
possibilidades de acesso a essas ferramentas, aos recursos e aplicativos nos
equipamentos, viabilizando a comunicação, é assim que ocorre a transmissão
de uma mensagem para a família, para um grupo de amigos, e nos afazeres
escolares, quando a realidade oportuniza a entrada na janela de bate-papo
do Facebook, ou mais recentemente, no WhatsApp, que se tornou bastante
acessível, ou até por meio de qualquer computador, é uma experiência
animadora para os surdos, as inovações das novas tecnologias não foram
apenas educativas sociais e laborais, mas, principalmente de inclusão das
atividades diárias, que antes não era possível (OLIVEIRA, 2010).
A inserção das tecnologias na educação dos surdos, fez com que os surdos
se tornem o protagonista do seu próprio conhecimento, fazendo com que o processo
de ensino e aprendizagem fosse mais acessível e prazeroso para eles.
De acordo com Stumpf (2010), para os surdos às modificações trazidas pelas
novas tecnologias não foram somente educativas sociais e laborais, porém, sobretudo
de inserção comunicativa em muitas das atividades cotidianas a qual os surdos não
tinham acesso, uma vez que, a distância e o tempo se encurtam pela internet e
surgiram novas maneiras de se relacionar.
Sendo assim, nota-se que a inserção das tecnologias no processo de ensino
e aprendizagem dos surdos como práticas pedagógicas, contribui para a
comunicação, inclusão e socialização bem como do aprendizado da pessoa surda. O
aluno surdo deve ser não só motivado, como também estimulado a realizar, criar, a
pensar em novas oportunidades, analisar e refletir sobre as perspectivas para sua
126
O Pensamento Computacional para Inclusão
autônoma das pessoas com deficiência, na sociedade atual”. Embora estes recursos
façam parte do nosso cotidiano, muitas vezes não as utilizamos e nem as percebemos
como estas ferramentas são eficazes para construções de saberes autônomos dos
alunos com deficiências, potencializando e tornando estes alunos com melhor
qualidade de vida e inclusão social. Em relação aos recursos utilizados nas
tecnologias Assistivas. Manzini (apud GALVÃO FILHO, 2014, p. 67) verbera que:
128
O Pensamento Computacional para Inclusão
129
O Pensamento Computacional para Inclusão
Fonte: http://www.prodeaf.net/pt-br/OQueE
Fonte: https://appadvice.com/app/uni-libras/922057305
Fonte: http://www.acessibilidadebrasil.org.br/libras
131
O Pensamento Computacional para Inclusão
4. Ampliar o uso da mídia digital em experiências educacionais e/ou culturais com, por
e para surdos.
5. Incentivar discussões sobre a educação de surdos entre os profissionais brasileiros
(ARARA AZUL, 2005a, p. 2).
Vale apenas salientar que no Brasil há mais de 9,7 milhões de pessoas com
dificuldades auditivas, das quais, mais de 2 milhões apresentam deficiência severa
(IBGE, 2010). Estas estatísticas demonstram que há uma necessidade de oferecer
formas mais adequadas de uma educação que possibilitem a inclusão do surdo na
sociedade. Santos (2016, p.11) ressalta que:
132
O Pensamento Computacional para Inclusão
CONCLUSÕES
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
GIL, Antonio Carlos. Métodos e técnicas de pesquisa social. 6ª. ed. 2ª reimpr. São
Paulo: Atlas, 2009.
134
O Pensamento Computacional para Inclusão
GIL, A. C. Métodos e técnicas de pesquisa social. 6. Ed. 4. reimpr. São Paulo: Atlas,
2011.
135
O Pensamento Computacional para Inclusão
34
Graduando em Ciências Biológicas e Mestrando no Programa de Pós-graduação em Ciências da Matemática –
PPGECIM – ULBRA Canoas. vinicius.azambuja@rede.ulbra.br
35
Professora Doutora em Ensino de Ciências na Rede Privada de Ensino, na Universidade Luterana do Brasil –
ULBRA. Graduação: Ciências Biológicas. E-mail: leticia.lopes@ulbra.br
136
O Pensamento Computacional para Inclusão
137
O Pensamento Computacional para Inclusão
138
O Pensamento Computacional para Inclusão
Sendo assim, a mediação do docente continua sendo primordial para que não
ocorra prejuízos aos alunos, pois o educador deve ser um guia de seu aprendiz, visto
que possui uma capacidade de discernir sobre a veracidade da informação. Além
disso, o professor tem a didática necessária para explicar os conteúdos e gerar
situações problemas que fomentem a curiosidade do discente.
139
O Pensamento Computacional para Inclusão
Fonte: https://www.youtube.com/watch?v=IgK1X1obN-M
140
O Pensamento Computacional para Inclusão
Com a chegada dos Cyberchase, eles percebem uma injustiça com Hacker, e
começam a tentar calcular a área total (AT) dos terrenos. Todavia, calcular a AT de
um terreno todo irregular seria muito complicado. Os jovens têm a ideia de verificar a
área dos dois terrenos utilizando papéis retangulares, e a quantidade de retângulos
determinaria o tamanho dos terrenos (Figura 2).
Fonte: https://www.youtube.com/watch?v=IgK1X1obN-M
141
O Pensamento Computacional para Inclusão
Fonte: https://www.youtube.com/watch?v=IgK1X1obN-M
Fonte: https://www.youtube.com/watch?v=IgK1X1obN-M
METODOLOGIA
RESULTADOS
143
O Pensamento Computacional para Inclusão
145
O Pensamento Computacional para Inclusão
CONCLUSÃO
Considerando que as TIC podem auxiliar o docente no ensino, mas que
precisam ser apropriados na cultura escolar, de modo crítico reflexivo. Essa
aproximação também necessita estar próxima das universidades para formar
professores qualificados e integrados nas potencialidades das tecnologias.
Através da análise do referencial teórico e dos episódios pode-se verificar que
o uso de ferramentas tecnológicas, nesse caso o uso de recursos audiovisuais,
Cyberchase, auxiliam no processo cognitivo dos alunos, possibilitando fazer conexões
entre o seu cotidiano com o que é abordado em sala de aula.
Poster (2004) afirma que o desenho animado Cyberchase é uma mídia
poderosa para as crianças aprenderem matemática de uma forma divertida, dentro e
fora da escola. Além disso, há inúmeras possibilidades de atingir o objetivo de
aprendizagem, pois há diversos episódios que contemplam os conteúdos trabalhados
146
O Pensamento Computacional para Inclusão
em sala de aula. Cada vídeo tem sua particularidade a as atividades podem ser mais
atrativas, fáceis e significativas.
Segundo Taminato (2006), educar atualmente, não é limitado apenas a
saberes técnicos e científicos, pois o ato de educar não se baseia na metodologia
tradicional, onde o professor é o agente ativo e o aluno o passivo. Outros saberes
fazem-se necessários para entender a totalidade do ato educativo que é
extremamente complexo, a necessidade de ultrapassar as barreiras e inovar,
transformar o aluno no agente ativo da sua aprendizagem, reconhecendo o melhor
caminho para o crescimento do discente.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
CROSS, J. What is informal learning? Informal learning: Rediscovering the natural
pathways that inspire innovation and performance. Disponível em:
http://informl.com/the-informal-learning-page/. 2006
147
O Pensamento Computacional para Inclusão
148
O Pensamento Computacional para Inclusão
RESUMO
O objetivo deste estudo foi determinar a efetividade do Tangram para as habilidades
de Aprendizagem em Matemática, nos alunos do quinto ano do ensino fundamental,
do Colégio Estadual Vitor Soares, 2018, em salas de alunos com necessidades
especiais, onde foi constatado um modelo matemático para o desenvolvimento
cognitivo de alunos que começaram a delimitar as figuras geométricas. Durante as
aulas de Matemática verificou-se que os alunos não sabiam identificar as figuras
geométricas e nem tinham uma noção matemática. A introdução do tangram
favoreceu a aprendizagem e o fortalecimento de princípios básicos de poder apreciar
as sete maravilhas do universo matemático, e da proporcionalidade entre o real e
abstrato. O Tangram é uma atividade metodológica estratégica, que permite ao aluno
desenvolver habilidades matemáticas, o aluno aprende brincando ou manipulando
objetos. O estudo foi desenvolvido coberto por teorias, que revelam a eficácia do
tangram para habilidades matemáticas. Usado em salas de aula é uma ótima ajuda
para solução de problemas, dada a necessidade de os professores aprofundarem a
compreensão do conhecimento geométrico por parte de alunos especiais com e suas
implicações didáticas, com o objetivo de caracterizar e analisar as bases matemáticas
do Tangram chinês, bem como ponderar seu potencial didático no Processo de ensino
e aprendizagem de Geometria ao nível do ensino básico (5º ano).
Palavras-Chave: Tangram. Geometria Plana. Jogos. Ensino e Aprendizagem.
ABSTRACT
The objective of this study was to determine the effectiveness of Tangram for
Mathematics Learning skills, in students of the fifth year of elementary school, from
College Stadial Vitor Soares, 2018, in rooms for students with special needs, where a
mathematical model for the cognitive development of students who began to delimit
the geometric figures. During Mathematics classes, it was found that students did not
know how to identify geometric figures and did not even have a mathematical notion.
The introduction of the tangram favored the learning and strengthening of basic
principles of being able to appreciate the seven wonders of the mathematical universe,
and the proportionality between the real and the abstract. Tangram is a strategic
36
Marcos Pessoa Pinto graduado em Física (UFBA) e Tecnólogo em Manutenção Mecânica ( IFBA) Licenciado
em Matemática (FACE) Licenciado em Pedagogia (UNICID) Licenciado em Ciências (UNICID) Especialista em
Novas Tecnologias no Ensino da Matemática (UFF) Especialista em Programa de Gerenciamento da Educação a
distância (PIGEAD_UFF) Especialista em Especialista em Mídias na Educação (UESB), Especialista em
Educação Especial e Inclusiva(FAVENI) Discente do curso de Especialização em Metodologias Ativas
(UNIVASF).Mestrando em Física (MNPEF UNEB) spessoa71@yahoo.com.br
149
O Pensamento Computacional para Inclusão
methodological activity, which allows the student to develop mathematical skills, the
student learns by playing or manipulating objects. The study was developed covered
by theories, which reveal the effectiveness of tangram for math skills. Used in
classrooms, it is a great help for problem solving, given the need for teachers to deepen
the understanding of geometric knowledge by special students with and its didactic
implications, to characterize and analyze the mathematical bases of Chinese
Tangram., as well as considering its didactic potential in the geometry teaching and
learning process at the basic education level (5th year).
Keywords: Tangram. Plane Geometry. Games. Teaching and learning.
INTRODUÇÃO
150
O Pensamento Computacional para Inclusão
151
O Pensamento Computacional para Inclusão
152
O Pensamento Computacional para Inclusão
INCLUSÃO EDUCACIONAL
153
O Pensamento Computacional para Inclusão
O objetivo para o qual a inclusão deve ser regida é que todas as crianças
devem aprender juntas omitindo suas dificuldades e diferenças individuais,
concentrando sua atenção nos pontos fortes, devem adaptar-se aos diferentes ritmos
de aprendizado dos alunos e garantir um ensino de qualidade.
O desenvolvimento de materiais educativos é baseado no princípio de atender
às necessidades dos alunos, o professor deve ser claro sobre o seu propósito de
ensino e aprendizagem. Alunos com necessidades educacionais especiais
associadas à deficiência, seja intelectual, visual, auditiva, motora e com Transtorno
do Autismo Espectral, muitas vezes apresentam dificuldades maiores do que o
restante de seus colegas de classe para aprender, por isso é muito útil usar materiais
visuais e táteis, auditivo selecionado de acordo com sua necessidade e o aprendizado
necessário.
METODOLOGIA
154
O Pensamento Computacional para Inclusão
155
O Pensamento Computacional para Inclusão
156
O Pensamento Computacional para Inclusão
157
O Pensamento Computacional para Inclusão
O uso de perguntas cada vez que as crianças usam algum material, permite
melhorar a compreensão e expressão de todas as crianças na sala de aula. Através
das perguntas, o vocabulário é aumentado, a gramática é reforçada, a conjugação de
verbos é melhorada e as regras gramaticais são usadas etc.
É importante introduzir conteúdos que se referem a habilidades básicas e
habilidades instrumentais e a priorização daqueles referentes à linguagem,
comunicação, habilidades sociais, hábitos de autonomia, desenvolvimento cognitivo.
Antunes (2003, p. 57) diz que:
Visto que a visão é um dos sentidos através dos quais mais informações são
recebidas, é necessário que ela seja treinada para perceber os estímulos
corretamente. Através do tangram as crianças começam a desenvolver a capacidade
de distinguir entre a figura e o fundo, o que permite diferenciar entre o todo e as partes,
a distância entre dois objetos ou a profundidade de alguma cena, aplicável em outras
áreas da vida.
4a Fase: Para concluir o experimento foram realizadas apresentações dos
grupos demonstrando como foram as atividades, e colocando as dificuldades
encontradas, bem como mostrando os princípios de geometria criados por meio do
Tangram.
Oferecer às crianças oportunidades de falar é incentivar a tomada de
decisões, uso de diferentes modalidades que favoreçam a atenção conjunta por meio
de sistemas de apoio à linguagem. Antunes (2003, p. 57) diz que:
158
O Pensamento Computacional para Inclusão
CONCLUSÃO
160
O Pensamento Computacional para Inclusão
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
SOUZA, E. R. S. A matemática das sete peças do Tangram. 2ª ed. São Paulo: Ed. da
USP, 1997.
161
O Pensamento Computacional para Inclusão
Índice Remissivo
HQ, 43
Acta Diurna, 40 imagens pictóricas, 39
ADACA, 124 inclusão, 11
adaptações curriculares, 27 Instituto Butantã, 41
Adaptações de hardware, 137 Instrução programada, 146
adaptações de pequeno porte, 28 internet, 146
Adaptações físicas ou órteses, 137 intervenções pedagógicas, 26
adaptações no currículo, 25 Jogo de Memória, 56
altas habilidades, 16 jogos de aprendizagem, 67
alunos especiais, 159 LABIRINO, 64
aparatos tecnológicos, 135 LEDs, 65
aspectos psicomotores, 117 Língua de Sinais, 20
BNCC, 63 livros digitais, 140
bullying escolar, 20 Lixo Extraordinário, 108
CD-ROM, 140 Lúdico, 125
CENPEC, 164 mediação, 32
Ciência da Computação, 63 método de Vark, 103
comunicação alternativa, 54 Multimídia, 147
Constituição Federal, 14 narrativa, 42
construcionista, 89 necessidades educacionais especiais, 168
corpus, 153 Paleta de blocos, 56
crianças autistas, 126 PCN, 79
currículo, 25 Pensamento Computacional, 53
currículo educacional, 27 pesquisa descritiva, 134
Cyberchase, 148 pessoa com deficiência, 16
DCNEI, 64, 65 pessoas com deficiência, 45, 52
déficit, 21 pilares do PC, 95
Desenho Universal de Aprendizagem, 105 Planaltópolis, 149
desplugada, 94 plugado, 63
dicionário de Libras, 139 pré-escola, 113
Direitos Humanos, 45 Programação na Educação Básica, 93
DUA, 68 protótipo, 128
Educação Básica, 78 psicomotricidade, 115
educação digital, 147 Scratch, 55
Educação Especial, 26 ScratchJr., 51
educação inclusiva, 13, 15 SM, 93
Ensino Médio, 77 software, 96
Era da Renascença, 38 surdez, 134
estudos neurocientíficos, 123 tangram, 159
Etnomatemática, 86 TEA, 53
Expoente, 147 tecnologia, 53, 133
ferramenta, 134 tecnologia assistiva, 136
Google Forms, 114 Tecnologia Assistiva, 53
histórias em quadrinhos, 36 TIC, 91
162
O Pensamento Computacional para Inclusão
Transtorno do Desenvolvimento da
Coordenação, 116
Transtorno do Espectro Autista, 52
Uni Libras, 139
visual-motora, 166
163