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Hidráulica de escoamentos livres: conceitos

básicos e equações fundamentais, regimes de


escoamento e controle hidráulico. Escoamento
uniforme e transiente hidráulico.

Prof. Me. José Atila Matos A. Jr


Quem eu sou?
• Engenheiro civil – UEMA
• Mestre em estruturas – UFPA
• Pós graduado em estruturas metálicas -
FATEC
• Experiência na área atuando em
empresas, como MRV e também
desenvolvendo projetos na área de
saneamento básico
• Professor universitário desde 2022
Roteiro da aula
Consequências da
Conceito sobre o que é Funcionamento da qualidade no sistema
Panorama atual
coleta de resíduos coleta de coleta e transporte
de resíduos

Tipos de sistema de
Acondicionamento de Coleta seletiva x coleta Otimização do sistema
coleta e transporte de
resíduos de rejeitos de coleta de resíduos
resíduos sólidos
Conceitos básicos e
equações fundamentais
Conceito Compreendem-se como condutos livres os
recipientes, abertos ou fechados, naturais
ou artificiais, independentes da forma,
sujeitos à pressão atmosférica.

Podem ser abertos ou fechados,


apresentando uma grande variedade de
seções: retangular, triangular, trapezoidal,
circular, semi-circular

Os rios, as redes de drenagem


subterrânea, as galerias de águas pluviais,
as redes de esgoto e os canais de irrigação,
são bons exemplos
Esquematização
Tipos de condutos • Canais naturais: encontrados na natureza. Ex: os rios

livres • Canais artificiais: construídos pelo homem


Tipos de condutos • Fechados – redes de esgoto e drenagem
livres
Elementos geométricos
Principais componentes – seção transversal

• Área molhada (Am, m²) – área da


seção de escoamento
• Perímetro molhado (Pm, m) –
Perímetro da seção em contato com o
escoamento. A superfície livre não faz
parte do perímetro molhado
• Raio hidráulico (Rh, m) – relação entre
área molhada e perímetro molhado: Rh
= Am/Pm
• Altura d’água (y,m) – distância vertical
do ponto mais baixo da seção até a
superfície livre
• Largura de topo (B,m) – largura da
seção na superfície livre
Principais componentes – seção longitudinal

• Declividade de fundo (lo,m/m)


– declividade longitudinal do
canal
• Altura d’água (y,m) – distância
vertical do ponto mais baixo da
seção até a superfície livre
• Altura de escoamento (h,m) –
distância do ponto mais baixo da
seção até a superfície livre,
medida perpendicularmente ao
fundo do canal
Elementos geométricos da seção retangular
• Área molhada (Am): Am = By
• Perímetro molhado (Pm): Pm = B + 2y
• Raio hidráulico (Rh): Rh = By/(B+2y)
• Largura de topo (B): B=b

Legenda:
• Largura de base (b,m) – largura da base do canal
• Altura d’água (y,m) – distância vertical da base do canal
até a superfície livre
Elementos geométricos
da seção trapezoidal
• Área molhada (Am): Am = y(b+ xy)
• Perímetro molhado (Pm): Pm = b + 2y. (1+ X²)^0,5
• Raio hidráulico (Rh): Rh = y.(b + Xy)/ b+ 2y.(1 +
X²)^0,5
• Largura de topo (B): B= b + 2Xy

Legenda:
• Largura da base (b,m) – largura da base do canal
• Altura d’água (y,m) – distância vertical da base do
canal até a superfície livre
Elementos geométricos
da seção triangular
• Área molhada (Am): Am = Xy²
• Perímetro molhado (Pm): Pm = 2y.
(1+X²)^0,5
• Raio hidráulico (Rh): Rh = Xy/2.(1+X²)^0,5
• Largura de topo (B): B=2Xy

Legenda:
• Distância vertical da base do canal até a
superfície livre
Elementos geométricos
da seção circular

• Área molhada[
• Perímetro molhado
• Diâmetro
• Altura d’água
• Relações tabeladas em função de y/d
Ábaco e tabela – seção circular
Tabela geral
Regimes de escoamento
Classificação
Em relação ao tempo
• Permanente ou estacionário

• Não Permanente ou Transitório

Em Relação ao Espaço:
• Uniforme

• Não Uniforme ou Variado


Em Relação ao número de Froude (Fr):

1. Crítico  Fr = 1

2. Supercrítico ou Torrencial (T)  Fr > 1

3. Subcrítico ou Fluvial (F)  Fr < 1


Esquematização
Água escoando por um conduto longo, de seção constante, com
carga constante:

Escoamento Permanente e Uniforme

Água escoando por um conduto longo, de seção constante, com

Exemplos
carga crescente ou decrescente:

práticos Escoamento Permanente e Não Uniforme

Água escoando através de um canal longo de mesma seção


reta, mesma declividade de fundo e mesma rugosidade das
paredes (canais prismáticos):

Escoamento Permanente e Uniforme


Escoamento permanente
uniforme
Considerações iniciais
• O escoamento Permanente é aquele que ocorre
com vazão constante
• Quando além da vazão ser constante, os
parâmetros hidráulicos – área molhada, altura
d’água, declividade, rugosidade, para várias seções
do canal, também o forem, o escoamento é dito
PERMANENTE E UNIFORME
• Na prática, para que o regime permanente e
uniforme se estabeleça, é necessário que o canal
seja prismático e tenha um comportamento
razoável com declividade e rugosidade constantes,
sem interferência de quaisquer singularidades,
como degraus
Forças atuantes
Força resistiva: originada por uma tensão de cisalhamento entre a água e
as paredes e fundo da seção, que depende da viscosidade do fluido e da
rugosidade do canal, sendo função também da velocidade média na seção

Força aceleradora, componente da força de gravidade na direção do


escoamento
Critério

Quando essas forças SE EQUILIBRAM, chega-se a um


movimento com velocidade constante, caracterizado pela
homogeneidade da vazão e da linha d’água, identificando
o escoamento uniforme
A altura d’água no escoamento uniforme é chamada
ALTURA NORMAL e denotada por y0
Equacionamento
Fórmulas Para
o Cálculo da
Velocidade
Média (V)
Fórmulas para o cálculo da vazão Q
• Relação entre vazão, área molhada e velocidade média:

• Substituindo equação anterior (4) em (5):


Valores de y
para fórmula
de Bazin
Valores de n,
para fórmula
de manning
Controle hidráulico
Controle da • Atuando na declividade de fundo do canal (degraus e muros
de fixação) – para evitar velocidades excessivas
velocidade média
• - Atuando nas dimensões da seção do canal e na sua
Controle da forma (para evitar baixas velocidades, causando
velocidade média assoreamento em canais submetidos a grandes
variações de vazões).
Limites aconselháveis para a velocidade média nos canais transportando água
limpa
Limites aconselháveis para a velocidade média nos canais
transportando água limpa
Transiente hidráulico
Considerações iniciais

Transientes hidráulicos são


Qualquer alteração no
manifestações que ocorrem,
movimento ou paralisação
principalmente, por causa da
eventual de um elemento do
manipulação do fluxo ou ajustes
sistema resulta nos chamados
de válvulas de forma repentina
fenômenos transitórios
nos sistemas de abastecimento.
Por que acontece?
Exemplo prático

• Uma das causas dos transientes


hidráulicos segundo Boulos (2005), são
os processos com bombas, devido a
alteração instantânea das pressões,
alteração de condições de transporte
dos fluidos, aumento ou diminuição do
nível de preenchimento das tubulações,
mudança de pressão e entre outros nos
quais ocorra a alteração no estado de
escoamento
Principais efeitos quando não são
considerados no dimensionamento
Cavitação

Implicações quanto à qualidade da água

Vibrações

Pressão máxima e mínima

Condições de vácuo
Golpe de aríete
• É o efeito transiente que acontece quando ocorre alteração repentina
do regime de escoamento do fluido
• Acontece em instalações de bombeamento e em alguns casos a
depender da formatação do sistema de tubulação, sistemas de
recalque e instalações por gravidade
Golpe de aríete -
funcionamento

• De acordo com Wylie e Streeter (1979),


“quando uma válvula é fechada, ocorre
imediatamente a suspensão da passagem
do líquido, fazendo com que no mesmo
instante a montante da válvula aumente
a pressão pela concentração de fluido,
como também, na abertura da válvula o
fluido a jusante que se encontrava em
repouso, ocorre a declínio da pressão”,
como visto na Figura 1
Como evitar os transientes hidráulicos?

Válvulas de retenção
Ventosas
Válvulas de descarga
Softstarter
Exercícios

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