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1. Escoamento em tubulações
• Regimes de escoamento
• Número de Reynolds e perda de carga
• Perdas de carga e cálculo de tubulações
4. Hidrometria
• Processos de medição de vazões
• Medidores
• Hidrometria aplicada
HIDRÁULICA E HIDROMETRIA
Início do 2º Bimestre
HIDRÁULICA E HIDROMETRIA
Os canais podem ser classificados como naturais, que são os cursos de água existentes na Natureza, como as
pequenas correntes, córregos, rios, estuários e etc., ou artificiais, de seção aberta ou fechada, construídos pelo
homem, como canais de irrigação, de navegação, aquedutos, galerias e etc.
HIDRÁULICA E HIDROMETRIA
Os conceitos relativos às linhas de energia e piezométrica são utilizados nos canais de forma análoga aos
condutos forçados, observando que, devido à presença da pressão atmosférica, a linha piezométrica geralmente,
mas nem sempre, coincide com a linha de água. Nas aplicações mais comuns em que a linha de água coincide
𝑷
com a linha piezométrica, a carga de pressão do conduto forçado será substituído pela altura de água y na
𝜸
seção considerada.
HIDRÁULICA E HIDROMETRIA
Primeiramente, considerando o aspecto relativo à rugosidade das paredes, para as tubulações usuais em
condutos forçados, se têm rugosidade bem caracterizadas, já que os tubos decorrem de produção industrial, e a
gama de variação deste material é pequena (ferro fundido, aço, concreto, PVC e etc).
O mesmo não ocorre com a rugosidade dos canais, em que, além dos tipos de materiais usados serem em maior
numero, é mais difícil a especificação do valor numérico da rugosidade em revestimentos sem controle de
qualidade industrial ou, mais difícil ainda, o caso dos canais naturais.
HIDRÁULICA E HIDROMETRIA
Do ponto de vista da responsabilidade técnica, os projetos em canais são mais preocupantes já que, se um erro
de 0,30 m no plano piezométrico de uma rede de distribuição de água não traz maiores consequências, uma
diferença de 0,30 m no nível de água em um projeto de sistema de esgoto ou galeria de águas pluviais pode ser
desastroso.
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a. Área molhada (A) é a área da seção reta do escoamento, normal à direção do fluxo.
b. Perímetro molhado (P) é o comprimento da parte da fronteira sólida da seção do canal (fundo e paredes) em contato
com o liquido; a superfícies livre não faz parte do perímetro molhado.
d. Altura da água ou tirante de água (y) é a distância vertical do ponto mais baixo da seção do canal até a superfície
livre.
e. Altura de escoamento da seção (h) é a altura do escoamento medida perpendicularmente ao fundo do canal
f. Largura de topo (B) é a largura da seção do canal na superfície livre, função da forma geométrica da seção e da
altura de água.
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g. Altura hidráulica ou altura média (𝑯𝒎 ) é a relação entre a área molhada e a largura da seção na superfície livre. É a altura
de um retângulo de área equivalente à área molhada.
𝑨
𝑯𝒎 =
𝑩
h. Declividade de fundo (𝑰𝟎 ) é a declividade longitudinal do canal. Em geral, as declividades dos canais são baixas, podendo ser
expressas por 𝐼0 = 𝑇𝑔 𝛼 ≅ 𝑠𝑒𝑛 𝛼.
Tipos de escoamento
Os escoamentos nos canais podem ter por parâmetros de variabilidade o espaço e o tempo, isto é,
características hidráulicas como altura de água, área molhada, raio hidráulico podem variar no
espaço, de seção para seção, e no tempo.
• Tomando como critério comparativo o espaço, os escoamentos podem ser uniformes e não
uniformes ou variados. O escoamento ou regime é uniforme desde que as velocidades locais
sejam paralelas entre si e constantes ao longo de uma mesma trajetória.
• As trajetórias são retilíneas e paralelas, a linha de água é paralela ao fundo, portanto a altura de
água é constante 𝑰𝟎 = 𝑰𝒂 = 𝑰𝒇
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Tipos de escoamento
• Rapidamente variado, ocorre uma variação brusca de altura de água e demais parâmetros.
HIDRÁULICA E HIDROMETRIA
Tipos de escoamento
Tipos de escoamento
Ainda com base nas possíveis classificações do escoamento, assim como nos condutos forçados, há
a classificação do regime em laminar ou turbulento. O parâmetro utilizado continua sendo o número
de Reynolds, no entanto, com algumas alterações na fórmula e nos valores limites.
Tipos de escoamento
Para escoamento livre, há outro número adimensional utilizado para classificá-los: o número de
Froude.
v = velocidade média.
g = gravidade.
Hm = altura hidráulica.
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Distribuição de Velocidade
Apesar de tratar-se analiticamente da velocidade média do escoamento, deve-se ater ao fator que,
diferentemente dos condutos forçados, os canais não têm distribuição linear da velocidade na seção.
Isso ocorre pelo fato de ser um escoamento que tem contato direto com a atmosfera, sofrendo
influência das condições climáticas e atrito com o ar.
Outro ponto que contribui com isso são as irregularidades do canal, no caso de canais naturais.
Assim, considera-se que a velocidade aumenta desde a superfície até determinada profundidade, no
entanto, a partir desse ponto, há a redução dessa profundidade. Isso proporciona uma frente vertical
com tendência parabólica.
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Distribuição de Velocidade
Os cálculos são consideravelmente simplificados com a adoção do modelo Unidimensional, no qual
v(x), isto é, a velocidade pontual, só depende de uma coordenada geométrica ao longo do canal, e a
velocidade média na seção reta é a velocidade única e representativa.
Se o escoamento for bidimensional como em um canal retangular largo (B > 10y), no qual A= B . Y
e, portanto, dA = B . Dy, em que y é a distância do fundo do canal ao ponto de velocidade v.
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Distribuição de Velocidade
Distribuição de Velocidade
𝑉 3 𝑑𝐴
𝐴
𝛼=
𝑉3
𝑉 2 𝑑𝐴
𝐴
𝛽=
2
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Sabendo de todas as diferenças entre o escoamento forçado e o livre, pode-se imaginar que o
dimensionamento do conduto segue caminhos distintos.
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𝝂=𝑪 𝑹 𝑯 . 𝑰𝟎
𝑸 = 𝝊 .𝑨 𝑸 = 𝑪 . 𝑨 . 𝑹 𝑯 . 𝑰𝟎
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Fórmula de Manning
𝟏
𝟔 𝟐 𝟏
𝑹𝒉 𝟏
𝑪= 𝝊= 𝑹 𝒉 . 𝑰𝟎 𝟐
𝟑
𝒏 𝒏
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Fórmula de Manning
A junção destas duas fórmulas, vazão por Chézy e equação de Manning, resultou na equação
genérica para dimensionamento de canais
Q = vazão.
𝑛 .𝑄 2
3 Io = inclinação de fundo.
= 𝐴 . 𝑅ℎ A = área molhada.
𝐼0 Rh = raio hidráulico.
Após determinada a forma dos canais, a equação geral tomará forma específica
Para canais de seção trapezoidal, triangular, retangular ou quadrada, as formulas utilizadas são
as seguintes:
𝒃
𝑅𝑎𝑧ã𝑜 𝑑𝑒 𝑎𝑠𝑝𝑒𝑐𝑡𝑜 → 𝒎 =
𝒚
𝒙𝑯
𝐼𝑛𝑐𝑙𝑖𝑛𝑎çã𝑜 𝑑𝑜 𝑇𝑎𝑙𝑢𝑑𝑒 → 𝒁 = 𝒄𝒐𝒕𝒈 𝜶 =
𝒙𝑽
Após determinada a forma dos canais, a equação geral tomará forma específica
Para canais de seção trapezoidal, triangular, retangular ou quadrada, as formulas utilizadas são
as seguintes:
𝑴
𝐸𝑞𝑢𝑎çã𝑜 𝑑𝑒 𝑀𝑎𝑛𝑛𝑖𝑛𝑔 𝑐𝑜𝑚𝑝𝑎𝑐𝑡𝑎 → 𝒚 =
𝑲
Tabelas
Coeficientes n referentes ao revestimento do conduto
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Tabelas
Coeficientes n referentes ao revestimento do conduto
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Tabelas
Coeficientes K referentes a forma do conduto
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Tabelas
Coeficientes K referentes a forma do conduto
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Tabelas
Coeficientes K referentes a forma do conduto
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Tabelas
Coeficientes 𝐾1 referentes a forma do conduto circular
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Fórmulas de forma
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Fórmulas de Forma
𝑦
𝐴𝑛𝑔 𝜃 = 2 arccos (1 − 2 )
𝐷
(𝜃 − 𝑠𝑒𝑛 𝜃)
2
𝜃
𝐴=𝐷 𝐵 = 𝐷 . 𝑠𝑒𝑛 ( )
8 2
𝜃 𝑠𝑒𝑛 𝜃
(1 − cos( ) 𝐷 . (1 − )
𝑦=𝐷 2 𝑅ℎ = 𝜃
2 4
𝜃𝐷
𝑃𝑚 =
2
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Exercício 1
Determinado canal trapezoidal com taludes 2H:1V, declividade de fundo 𝐼0 = 0,001 m/m, revestimento dos
taludes e fundo em alvenaria de pedra argamassada em condições regulares (n = 0,025) conduz a vazão Q =
6 m³/s. Utilize uma razão de aspecto m = b/y = 4. Calcule a velocidade média.
𝑥𝐻 2
𝑍= = =2 Utiliza-se as tabelas; para Z=2 e m=4 o valor do coeficiente de forma (K) e 1,796.
𝑥𝑉 1
𝑛.𝑄 3 0,025 . 6 3
M=( ) 8 M=( ) 8 = 1,79
𝐼0 0,001
𝑀 1,79
𝑦= = = 0,996𝑚
𝐾 1,796
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Exercício 1
Determinado canal trapezoidal com taludes 2H:1V, declividade de fundo 𝐼0 = 0,001 m/m, revestimento dos
taludes e fundo em alvenaria de pedra argamassada em condições regulares (n = 0,025) conduz a vazão Q =
6 m³/s. Utilize uma razão de aspecto m = b/y = 4. Calcule a velocidade média.
𝑏
𝑚= = 4 ∴ 𝑏 = 0,996 𝑥 4 = 3,98 𝑚 𝑄 = 𝜐 .𝐴
𝑦
𝑄 6
𝐵 𝑜𝑢 𝑇 = 𝑏 + 2 . 𝑍 . 𝑦 → 2 . 2 . 0,996 + 3,98 = 7,96 𝑚 𝜐= → = 𝟏, 𝟎𝟐 𝒎/𝒔
𝐴 5,91
(𝐵 + 𝑏) (7,96 + 3,98)
𝐴= .𝑦 → . 0,996 = 5,95 𝑚²
2 2
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Exercício 2
𝑀 𝑀 0,5365
𝐷= ∴ 𝐾1 = = = 0,596 Utilizando as tabelas, para K1 = 0,596, altura relativa (y/D) é 0,68.
𝐾1 𝐷 0,9
𝑦
0,68 = ∴ 𝑦 = 0,68 . 0,9 = 𝟎, 𝟔𝟏 m
𝐷
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Exercício 3
As redes coletoras de esgoto e as galerias de águas pluviais também são escoamentos livres. O motivo é sua interligação
com a atmosfera, tendo, assim, a mesma pressão interna que nosso ambiente. Essas unidades, em geral, têm como força
motriz do escoamento a gravidade. A galeria de águas pluviais de determinada cidade é constituída de concreto (n = 0,013),
diâmetro de 80 cm e declividade de fundo 𝐼0 = 0,004 m/m. Sabendo que essa galeria conduz a vazão de 900 L/s em regime
permanente e uniforme, determine a altura da lâmina d’água.
𝑦
0,99 = ∴ 𝑦 = 0,99 . 0,8 = 𝟎, 𝟕𝟗 m
𝐷
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Exercício 4
Um canal de drenagem, em terra com vegetação rasteira nos taludes e fundo, com taludes 2,5H:1V, declividade de fundo I0
= 30 cm/km foi dimensionado para uma determinada vazão de projeto 𝑄0 , tendo-se chegado a uma seção com largura de
fundo b = 1,75 m e altura de água 𝑦0 = 1,40 m.
Exercício 4
Um canal de drenagem, em terra com vegetação rasteira nos taludes e fundo, com taludes 2,5H:1V, declividade de fundo I0
= 30 cm/km foi dimensionado para uma determinada vazão de projeto 𝑄0 , tendo-se chegado a uma seção com largura de
fundo b = 1,75 m e altura de água 𝑦0 = 1,40 m. a) Qual a vazão de projeto?
𝑏 1,75 𝑥𝐻 2,5
𝑚= → = 1,25 𝑍= = = 2,5 Utilizando as tabelas, para K = 1,423 altura relativa (y/D) é 1,25.
𝑦 1,40 𝑥𝑉 1
𝑛.𝑄 3
M=( ) 8 → 𝑜𝑛𝑑𝑒 𝑀 = 𝑦0 . 𝑘 ⟺ 𝑀 = 1,40 𝑥 1,423 = 1,9922
𝐼0
𝑛.𝑄 3 0,025 . 𝑄 3 3 3
M=( ) 8 → 1,9922 = ( ) 8 → 1,9922 = (1,4433 . 𝑄) 8 → 1,9922 = 1,1475 . 𝑄 8
𝐼0 0,0003
3 1,9922 3
8
𝑄 8 = →𝑄= 1,736 → 𝑸 = 𝟒, 𝟑𝟓 𝒎 𝟑 /𝒔
1,1475
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Obrigado
E-mail: roberto.m.bueno@kroton.com.br