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UNIVERSIDADE ESTADUAL DE MARINGÁ

Departamento de Tecnologia – DTC


Engenharia Civil

Disciplina: Hidráulica II
Aula 2: Introdução e Conceitos Básicos
1.1 Aplicações em Engenharia Civil
1.2 Elementos geométricos dos canais

Professora: D.Sc Mariana de O. Pereira

Umuarama – PR
2022
1. INTRODUÇÃO

 Escoamento em condutos livres ou canais:

 É caracterizado pelo superfície livre do líquido encontrar-se a

pressão atmosférica.

 Exemplos: rios, córregos, canais de irrigação e drenagem,

coletores de esgoto, galerias de águas pluviais, aquedutos,

dentre outros.

2
1. INTRODUÇÃO

 Escoamento em condutos livres ou canais:

3
1. INTRODUÇÃO

 Escoamento em condutos livres ou canais:

4
1. INTRODUÇÃO

 Escoamento em condutos livres ou canais:

5
1. INTRODUÇÃO

 Escoamento em condutos livres ou canais:

 Aplicações na Engenharia Civil:

 Saneamento e drenagem urbana;

 Irrigação e drenagem;

 Hidroelétrica;

 Navegação;

 Conservação ambiental.

6
CONDUTOS LIVRES
CONDUTOS LIVRES
CONDUTOS LIVRES
CONDUTOS LIVRES
• https://www.youtube.com/watch?v=R7YPqKr
QlMo
CONDUTOS LIVRES
CONDUTOS LIVRES

Drenagem pluvial
CONDUTOS LIVRES
CONDUTOS LIVRES
CONDUTOS LIVRES

Arcos da Lapa - Aqueduto


CONDUTOS LIVRES
CONDUTOS LIVRES
CONDUTOS LIVRES

Amsterdã
1. INTRODUÇÃO

 Dificuldades encontradas em condutos livres:

 Rugosidade:

 Incerteza na escolha do coef. de rugosidade.

 Estabelecimento dos parâmetros geométricos da seção:

 Apresentam variadas formas geométricas.

 Do ponto de vista da responsabilidade técnica.

19
pa
P>pa
pa
1.2 ELEMENTOS GEOMÉTRICOS DOS CANAIS

 O que são?

 São as propriedades de uma seção de canal;

 Seção de canal que pode ser definida por sua geometria e pela

profundidade do fluxo.

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1.2 ELEMENTOS GEOMÉTRICOS DOS CANAIS

 Principais elementos geométricos:

 Área molhada (A, m²):

 Área da seção reta do escoamento, normal à direção do

fluxo.

 Perímetro molhado (P, m):

 Comprimento da parte da fronteira sólida da seção do canal

(fundo e paredes) em contato com o líquido.

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1.2 ELEMENTOS GEOMÉTRICOS DOS CANAIS

 Principais elementos geométricos:

 Raio hidráulico (Rh, m):

 Relação entre área molhada e perímetro molhado.

𝐴
𝑅ℎ = [m]
𝑃

 Altura d’água ou tirante d’água (y, m):

 Distância vertical do ponto mais baixo na seção do canal

até a superfície livre.


23
1.2 ELEMENTOS GEOMÉTRICOS DOS CANAIS

 Principais elementos geométricos:

 Altura de escoamento da seção (h, m):

 Altura do escoamento medida perpendicularmente ao

fundo do canal.

 Largura de topo (B, m):

 Largura da seção do canal na superfície livre, função da

forma geométrica da seção e da altura d’água.


24
1.2 ELEMENTOS GEOMÉTRICOS DOS CANAIS

 Principais elementos geométricos:

 Altura hidráulica ou altura média (Hm, m):

 Relação entre área molhada e a largura da seção na

superfície livre.

 É a altura de um retângulo de área equivalente a área

molhada.

𝐴
𝐻𝑚 = [m]
𝐵
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1.2 ELEMENTOS GEOMÉTRICOS DOS CANAIS

 Principais elementos geométricos:

 Declividade de fundo (I0):

 Declividade longitudinal do canal.

 Obs.: em geral, as declividades dos canais são baixas

podendo ser expressas por I0 = tg α ≅ 𝑠𝑒𝑛 𝛼

 Declividade piezométrica ou declividade da linha d’água

(Ia)
26
1.2 ELEMENTOS GEOMÉTRICOS DOS CANAIS

 Principais elementos geométricos:

 Declividade da linha de energia (If):

 Variação da energia da corrente no sentido do escoamento.

27
1.2 ELEMENTOS GEOMÉTRICOS DOS CANAIS

BORDA NA
w

a
α

– B: largura da superfície livre da água


– b: largura do fundo do canal
– Talude do canal – 1:m
– m – coeficiente de Bazin: é função da natureza das
paredes
1.2 ELEMENTOS GEOMÉTRICOS DOS CANAIS

BORDA NA
w

a
α

– a: lados ou paredes do canal


– α: inclinação das paredes do canal
– h: altura da lâmina de escoamento
1.2 ELEMENTOS GEOMÉTRICOS DOS CANAIS

 Formas geométricas das seções:

• Trapezoidal

• Retangular

• Triangular

• Circular
1.2 ELEMENTOS GEOMÉTRICOS DOS CANAIS

 Cálculo de área molhada, perímetro molhado e raio hidráulico:

* Possui
1.2 ELEMENTOS GEOMÉTRICOS DOS CANAIS

 Seção circular – situações:

1) A altura da lâmina no canal é igual ao raio da seção circular (h


= r);

2) A altura da lâmina no canal é menor que o raio (h < r);


1.2 ELEMENTOS GEOMÉTRICOS DOS CANAIS

 Seção circular – situações:

3) A altura da lâmina no canal é maior que o raio (h > r).


UNIVERSIDADE ESTADUAL DE MARINGÁ
Departamento de Tecnologia – DTC
Engenharia Civil

Disciplina: Hidráulica II
Aula 3: Introdução e Conceitos Básicos
1.3 Tipos de escoamento
1.4 Distribuição de velocidade e de pressão

Professora: D.Sc Mariana de O. Pereira

Umuarama – PR
2022
1.3 TIPOS DE ESCOAMENTO

 Regimes de escoamento em canais:

 Baseiam-se na variação da lâmina de escoamento em relação ao

espaço e ao tempo, de seção para seção.

Altura d’água, área molhada e raio hidráulico

Tempo Espaço
1.3 TIPOS DE ESCOAMENTO

 Regimes de escoamento em canais:

Tempo

– Permanente – a lâmina de escoamento (y) é assumida


𝑑𝑦
constante no intervalo de tempo considerado =0
𝑑𝑡
A velocidade local em qualquer ponto da corrente
permanece invariável no tempo.

Parâmetros hidráulicos permanecem com valor


constante e existe entre as diversas seções do canal uma
continuidade de vazão.
1.3 TIPOS DE ESCOAMENTO

 Regimes de escoamento em canais:

Tempo

– Não permanente – a lâmina de escoamento (y) varia com o


𝑑𝑦
tempo, em determinado local ≠0
𝑑𝑡

A velocidade em um certo ponto varia com o passar do tempo.

Não existe continuidade de vazão e as características de


escoamento dependem das coordenadas do ponto considerado.
1.3 TIPOS DE ESCOAMENTO

 Regimes de escoamento em canais:

Espaço

– Uniforme – a lâmina de escoamento (y) é assumida constante


dy
ao longo da seção (s) de escoamento =0
ds

As velocidades locais são paralelas entre si e constantes ao


longo de uma mesma trajetória.

As trajetórias são retilíneas e paralelas, a linha d’água é


paralela ao fundo, portanto, a altura d’água é constante: I0 = Ia.
1.3 TIPOS DE ESCOAMENTO

 Regimes de escoamento em canais:

Espaço

– Não uniforme ou variado – a lâmina de escoamento (y) varia


𝑑𝑦
ao longo da seção de escoamento ≠0
𝑑𝑠

As trajetórias não são paralelas entre si.

A declividade da linha d’água não é paralela à declividade de


fundo e os elementos característicos do escoamento variam de
uma seção para outra: I0  Ia.
1.3 TIPOS DE ESCOAMENTO

 Regimes de escoamento em canais:

 Regime variado (permanente ou não permanente):

 Gradual
f: variação da profundidade
 Rápido

 Ex.: Ressalto hidráulico e queda brusca.


1.3 TIPOS DE ESCOAMENTO

 Regimes de escoamento em canais:


1.3 TIPOS DE ESCOAMENTO

 Regimes de escoamento em canais:

Uniforme
Permanente
Gradual
Variado
Rápido
ESCOAMENTO

Uniforme (não é comum)


Não permanente
Gradual
Variado
Rápido
1.3 TIPOS DE ESCOAMENTO

 Regimes de escoamento em canais:

https://www.youtube.com/watch?v=jPOKsV95Mt0
https://www.youtube.com/watch?v=tjpS9o7-n_E
1.3 TIPOS DE ESCOAMENTO

 Regimes laminar e turbulento:

 Principais forças que atuam sobre a massa líquida:

 Força de inércia;

 Gravidade;

 Pressão;

 Atrito.

 Pela existência de viscosidade e rugosidade.


1.3 TIPOS DE ESCOAMENTO

 Regimes laminar e turbulento:

 Número de Reynolds:

 Relação entre a força de inércia e a força viscosa.

Rey < 500 – escoamento laminar


𝑉𝑅ℎ
𝑅𝑒𝑦 = 500 < Rey < 2000 – escoamento transitório
ν Rey > 2000 – escoamento turbulento

V – velocidade média na seção considerada;


Rh – raio hidráulico da seção;
ν – viscosidade cinemática da água.
1.3 TIPOS DE ESCOAMENTO

 Regimes de escoamento em canais:


1.3 TIPOS DE ESCOAMENTO

 Regimes laminar e turbulento:

 Número de Froude:

 Relação entre a força de inércia e a força gravitacional.

𝑉 Fr < 1 – escoamento subcrítico ou fluvial


𝐹𝑟 = Fr > 1 – escoamento supercrítico torrencial
𝑔𝐻𝑚 Fr = 1 – escoamento crítico

V – velocidade média na seção considerada;


g – aceleração da gravidade;
Hm – altura hidráulica da seção.
1.4 DISTRIBUIÇÃO DE VELOCIDADES NOS CANAIS

 Nos canais o atrito entre a superfície livre e o ar e a

resistência oferecida pelas paredes do fundo originam

diferenças de velocidades.

 Valor mínimo de velocidade é encontrado junto ao fundo do

canal.
1.4 DISTRIBUIÇÃO DE VELOCIDADES NOS CANAIS

 Valor máximo de velocidade ocorre próximo a superfície

livre da água.

 Devido essa variação da velocidade trabalha-se com

velocidade média.
1.4 DISTRIBUIÇÃO DE VELOCIDADES NOS CANAIS

 Seção transversal:

 Velocidade máxima encontrada na vertical central, em um

ponto pouco abaixo da superfície livre.


1.4 DISTRIBUIÇÃO DE VELOCIDADES NOS CANAIS

 Seção transversal:

 Curvas isotáquicas: linhas com pontos de vel. Iguais.


Canal
prismático
1.4 DISTRIBUIÇÃO DE VELOCIDADES NOS CANAIS

 Seção longitudinal:

 Diagrama da variação da velocidade com a profundidade.


1.4 DISTRIBUIÇÃO DE VELOCIDADES NOS CANAIS

 Seção longitudinal:

 Diagrama da variação da velocidade com a profundidade.

0,2

0,4

0,6

0,8

1,0
0 0,2 0,4 0,6 0,8 1,0 1,2
1.4 DISTRIBUIÇÃO DE VELOCIDADES NOS CANAIS

 Relações para a velocidade média (Serviço Geológico dos


EUA):

 Velocidade média numa vertical ≡ 80 a 90% da velocidade

superficial.

 Velocidade a seis décimos de profundidade é a que mais se

aproxima da média: 𝑉𝑚𝑒𝑑 ≅ 𝑉0,6 .

𝑉0,2 +𝑉0,8
 Maior aproximação: 𝑉𝑚𝑒𝑑 ≅
2
1.4 DISTRIBUIÇÃO DE VELOCIDADES NOS CANAIS

 Relações para a velocidade média (Serviço Geológico dos


EUA):

𝑉0,2 +𝑉0,8 + 𝑉0,6


 Expressão mais precisa: 𝑉𝑚𝑒𝑑 ≅
4
1.4 DISTRIBUIÇÃO DE VELOCIDADES NOS CANAIS

 Velocidade de escoamento em canais:

Velocidades altas: limitadas pela capacidade das paredes do canal


resistirem a erosão.

Velocidades baixas: implicam em canais de grandes dimensões e


assoreamento pela deposição do material suspenso na água.
1.4 DISTRIBUIÇÃO DE VELOCIDADES NOS CANAIS

 Velocidade de escoamento em canais:


1.4 DISTRIBUIÇÃO DE VELOCIDADES NOS CANAIS

 Velocidade de escoamento em canais:


1.4 DISTRIBUIÇÃO DE VELOCIDADES NOS CANAIS

 Velocidade de escoamento em canais:


1.4 DISTRIBUIÇÃO DE VELOCIDADES NOS CANAIS

 A desuniformidade nos perfis de velocidades nos canais

depende da forma geométrica da seção e é devida as tensões

cisalhantes no fundo e paredes e à presença da superfície

livre.
UNIVERSIDADE ESTADUAL DE MARINGÁ
Departamento de Tecnologia – DTC
Engenharia Civil

Disciplina: Hidráulica II
Aula: Introdução e Conceitos Básicos
Continuação

Professora: D.Sc Mariana de O. Pereira

Umuarama – PR
2022
1.5 CARGA ESPECÍFICA

Ht = Z + y + v²/2g

v²/2g
Linha de carga

Linha d’água

Z
Fundo do canal

Plano de referência
1.5 CARGA ESPECÍFICA

 Em seções a jusante a carga será menor, pois o valor de Z vai

se reduzindo, passando-se a tomar como referência o próprio

fundo do canal.

 A carga na seção passa a ser:

He = y + v²/2g

He – carga específica e resulta da soma da altura de água


com a carga cinética ou energia de velocidade.
1.6 EQUAÇÃO GERAL DA RESISTÊNCIA

 A resistência ao escoamento pode ser considera proporcional

aos seguintes fatores:

 Peso específico do líquido;

 Perímetro molhado;

 Comprimento do canal;

 Uma certa função da velocidade.


1.6 EQUAÇÃO GERAL DA RESISTÊNCIA

 Equação geral da resistência:

RH – raio hidráulico (m)


R H × I = ϕ(v) I – declividade do fundo do canal (m/m)
𝜙(v) – certa função da velocidade média

 Equação da continuidade:

Q – vazão (m³/s)
Q = v. A v – velocidade (m/s)
A – área (m²)

Essas duas equações permitem resolver os problemas práticos de


maneira análoga a dos condutos forçados onde conhecidos dois
elementos, é possível determinar outros dois.
1.7 FÓRMULA DE CHÉZY

v = C√𝑅𝐻 𝐼

 Fórmula de Chézy com coeficiente de Manning:

Qualquer expressão do movimento turbulento poderia ser utilizada


para canais, desde que o elemento geométrico característico fosse D
= 4.RH, uma vez que nos movimentos turbulentos, a forma da seção
praticamente não influi na equação do movimento.

Todavia, Chézy, com coeficiente de Manning, é a mais utilizada por


ter sido experimentada desde os canais de dimensões minúsculas até
os grandes canais. Obtendo-se resultados coerentes entre o projeto e a
obra construída.
1.8 FÓRMULA DE CHÉZY

 Fórmula de Chézy com coeficiente de Manning:

1 2 1
v = . 𝑅𝐻 . 𝐼 2
3
6
𝑅𝐻 𝑛
C= 𝑛
ou
𝑛.𝑄
= 𝐴. 𝑅𝐻 2/3
𝐼

RH – raio hidráulico (m)


I – declividade do fundo do canal (m/m)
A – área molhada (m²)
Q – vazão (m³/s)
n – coeficiente de rugosidade
1.9 PROBLEMAS HIDRAULICAMENTE DETERMINADOS

 Um problema é hidraulicamente determinado, quando dos

dados deduz-se de maneira unívoca o elemento desconhecido:

 Apenas com a equação do movimento e a equação da

continuidade.

Dados n, A, RH e I calcular Q

Dados n, A, RH e Q calcular I
1.9 PROBLEMAS HIDRAULICAMENTE DETERMINADOS

 Esses problemas são resolvidos com meras aplicações da

fórmula de Chézy com coeficientes de Manning.

 São problemas de cálculo de vazão ou declividade de canal.


1.10 MOVIMENTO VARIADO NOS CANAIS

 Carga específica versus profundidade crítica:

 Existe uma profundidade para a qual a carga específica He é

mínima profundidade crítica.

Denomina-se crítica a profundidade de água em um canal que


corresponde ao valor mínimo da carga específica (He) quando se tem
uma certa vazão.

Profundidade crítica é aquela para a qual ocorre a maior vazão


quando se tem uma carga específica estabelecida.
1.10 MOVIMENTO VARIADO NOS CANAIS

 Carga específica versus profundidade crítica:

He – energia específica (m)


2
yc = .H yc – profundidade crítica (m) num canal de seção
3 e
retangular, declividade constante e 1 m de largura

𝑦𝑐 ≅0,47. 𝑄2/3 yc – profundidade crítica para canais retangulares (m)


Q – vazão (m³/s)

Obs.: y ou h representam a mesma grandeza


(profundidade).
1.10 MOVIMENTO VARIADO NOS CANAIS

 Profundidade média crítica:

hmc =2.(He - hc)


he – profundidade crítica (m)
hmc – profundidade média
crítica (m)
Q = Ac 𝑔ℎ𝑚𝑐

 Velocidade média crítica:


A vazão máxima em uma seção
𝑄 𝑄 2 .𝐵 é alcançada quando a
𝑣𝑐 =
𝐴𝑐
= 𝑔ℎ𝑚𝑐 3 =1 velocidade da água igualar a
𝐴𝐶 𝑔
velocidade crítica.
1.10 MOVIMENTO VARIADO NOS CANAIS

 Declividade crítica:

𝑔ℎ𝑚𝑐
𝐼𝑐 = 2 = 𝑔ℎ𝑚𝑐
𝐶 𝑅𝐻

 Variação da vazão em função da profundidade:

He = y + v²/2g
h1
Para qualquer valor de Q, inferior
hc
ao que é dado pela altura crítica,
h2 existem 2 valores possíveis para a
profundidade de água, ambos
0 correspondentes a mesma carga He.
Q1=Q2 Qc
1.10 MOVIMENTO VARIADO NOS CANAIS

 Variação da vazão em função da profundidade:

Essas 2 profundidades possíveis (h1 e h2) são denominadas profundidades


alternadas ou conjugadas.

h1: v1 < v crítica, propagação de ondas a montante e a jusante.


Regime fluvial (ou tranquilo).

h2: v2 > v crítica, propagação de ondas a jusante.


Regime torrencial (ou supercrítico).

A existência de um obstáculo no
O escoamento fluvial pode se
canal (barragem, por exemplo)
transformar em escoamento
causa a elevação da profundidade
torrencial, mudando-se a seção do
e redução da velocidade
canal ou aumentando-se
formando, desta maneira, um
consideravelmente a declividade.
remanso.
1.11 RESSALTO HIDRÁULICO OU SALTO HIDRÁULICO

 Sobre-elevação brusca da superfície líquida.

 Corresponde a mudança de regime de uma profundidade

menor que a crítica para outra maior que esta.


1.11 RESSALTO HIDRÁULICO OU SALTO HIDRÁULICO

 Altura do salto hidráulico:

https://www.youtube.com/watch?v=tF4nTBPCsFY
1.11 RESSALTO HIDRÁULICO OU SALTO HIDRÁULICO
https://www.youtube.com/watch?v=AcBdfjjiQ08

https://www.youtube.com/watch?v=F4OVCx2GcZw
1.11 RESSALTO HIDRÁULICO OU SALTO HIDRÁULICO

 Tipos de ressalto hidráulico:

 Salto elevado: com grande turbilhonamento que faz certa

porção do líquido rolar contra a corrente. O ar entranhado

permite uma certa aeração do líquido.

 Superfície agitada: sem retorno do líquido. Ocorre quando a

profundidade inicial não se encontra muito abaixo do valor

crítico.
1.11 RESSALTO HIDRÁULICO OU SALTO HIDRÁULICO

 Altura do salto hidráulico:

ℎ1 2𝑣1²ℎ1 ℎ1²
ℎ2 = − + +
2 𝑔 4
1.12 REMANSO
 O movimento uniforme em um curso de água caracteriza-se

por uma seção de escoamento e declividade constantes.

 Tais condições deixam de ser satisfeitas quando se executa

uma barragem em um rio, por exemplo.


REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA

Básicas (disponibilizadas na Biblioteca ou aquisições


recomendadas)

AZEVEDO NETTO, J. M. Manual de hidráulica. 8ª. ed. São


Paulo, Edgard Blücher, 1998.
BAPTISTA, M.; LARA, M. Fundamentos de engenharia
hidráulica. 3ª. ed. Belo Horizonte: Editora UFMG, 2010.
PORTO, R. M. Hidráulica básica. 4ª. ed. São Carlos: EESC-
USP, 2006.NEKRASOV, B. Hidráulica. Moscou: Mir, 1988.
279p.

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