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Transporte de
Esgoto Sanitário
Prof. Dr. Daniel Manzi
Programação
Hidráulica Básica: condutos livres e forçados
Características físicas do esgoto sanitário
Aspectos sanitários
Principais unidades do sistema
Tubulações para esgoto sanitário
Medição de vazão de esgoto
Traçado das redes
Poços de visita
Profundidade mínima
Previsão de população
Vazões de projeto
3
Programação
Dimensionamento de redes coletoras
Construção de redes
Interceptores e emissários
Sifões invertidos
Estações elevatórias de esgoto: tipos, elementos e projeto
Associações de bombas
Motores elétricos
Orçamento, Cronograma físico-financeiro e Memorial descritivo
4
Referências Normativas
ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR 9648.
Estudo de Concepção de Sistemas de Esgoto Sanitário.
_____NBR 9649. Projeto de Redes Coletoras de Esgoto Sanitário.
_____NBR 9814. Execução de Redes Coletoras de Esgoto Sanitário.
_____NBR 12207. Projeto de Interceptores de Esgoto Sanitário.
_____NBR 12208. Projeto de Estações Elevatórias de Esgoto
Sanitário.
_____NBR 12209. Projeto de Estações de Tratamento de Esgoto
Sanitário.
_____NBR 12266. Projeto e Execução de Valas para Assentamento
de Tubulações de Água, Esgoto e Drenagem.
5
Referências Bibliográficas
Escoamento Livre
Características
Gradiente de pressão não é relevante
Escoamento ocorre devido a força da gravidade:
escoamento gravitacional
A linha piezométrica coincide, quase sempre, com
a linha d’água
8
Elementos geométricos
Área molhada: A
Perímetro molhado: P (não considera a superfície da água)
Raio hidráulico: Rh = A/P
Altura d’água ou tirante: y (na vertical)
Altura de escoamento: h (normal ao fundo)
Largura do canal: B
Declividade de fundo: Io
Declividade piezométrica: Ia
Declividade da linha de energia: If If
Ia
B
Q
y
h A
y
P
Io
9
Tipos de escoamento
10
Velocidade e seção
constantes
11
Velocidade constante e
seção variável
12
Distribuição de velocidades
Distribuição de velocidades
Distribuição de velocidades
15
Distribuição de velocidades
16
Escoamento permanente
uniforme em canais
Equação de Chezy (válida para condutos circulares)
V = C Rh.I ou Q = CA Rh.I
8g
com C =
f
Onde:
⚫ Rh é o raio hidráulico da seção
⚫ I é a declividade da linha de energia (Dh/L)
⚫ f é o fator de atrito da superfície (Fórmula Universal)
⚫ C é o coeficiente de resistência de Chezy
17
Escoamento permanente
uniforme em canais
Equação de Manning (válida para qualquer seção)
1 2/3 1
V = Rh I ou Q = A.Rh 2/3
I
n n
Onde:
⚫ n é o coeficiente de resistência de Manning, tabelado em
função da natureza da superfície do canal
18
Coeficientes de Manning
19
Escoamento permanente
uniforme em canais
Determinação ou verificação da capacidade de
transporte de um canal depende da relação
geométrica da seção, ou seja:
A = f (y)
e
Rh = f (y)
20
Canais trapezoidais e
retangulares
nQ
K= 8/3
b Io
Com K = Coeficiente de Forma, tabelado em
função de y/b e inclinação do talude Z = H/V
21
22
Canais circulares
1
Q p = Ap .Rh p
2/3
I,
n
D 2
Ap
Vazão plena: se A =
p , Pp = D e Rh p =
4 Pp
0,312 2,667
Q p = D I
n
Vazão parcial: dada pela relação Q/Qp para cada
valor de y/D desejado (tabelas e ábacos)
23
Canais circulares
24
Canais circulares
25
Canais
circulares
26
Exercício de Aplicação 01
Seções compostas
Q = Q1 + Q2 + Q3
Atenção: os segmentos a-b não somam ao perímetro
molhado!
𝑏
𝑚= =2 1 + 𝑧2 − 𝑧
𝑦
𝐻
Sendo 𝑧 =
𝑉
30
Máxima eficiência hidráulica
em um canal trapezoidal
y y
Z.y b
Assim, para um canal trapezoidal de modo geral tem-se que para a seção de MÁXIMA
EFICIÊNCIA HIDRÁULICA E MÁXIMA VAZÃO que:
Área: 𝐴 = 𝑦 2 2 1 + 𝑍 2 − 𝑍
Que resulta:
𝑏 𝑏 𝑏
𝑚= =2 1 + 𝑧2 − 𝑧 → 𝑚 = =2→𝑦=
𝑦 𝑦 2
Perímetro molhado: 𝑃 = 𝑏 + 2𝑦
Área: 𝐴 = 𝑏𝑦
𝑦
Raio hidráulico: 𝑅ℎ =
2
32
Seções de máxima
eficiência e mínimo custo
33
Projeto de Canais
yf
+ =
yc
yt
Ec E
Profundidade (y) Energia Cinética (v²/2g) Energia ou Carga Específica
37
Regimes de escoamento
Profundidade crítica
40
Escoamento gradualmente
variado
Profundidades variam gradual e lentamente ao longo do
conduto
Grandezas referentes ao escoamento, em cada seção,
não se modificam com o tempo
As distribuições de pressões são hidrostáticas
As fórmulas do escoamento uniforme podem ser
aplicadas com aproximação satisfatória
Porém, o gradiente hidráulico é variável e obriga a sua
determinação ao longo do escoamento
41
Curvas de remanso
fraca
Curvas tipo S – declividade
43
forte
Curvas tipo C – declividade
44
crítica
Curvas tipo H – declividade
45
nula
Curvas tipo A – declividade
46
adversa
47
Exemplos de curvas de
remanso yn
M2
M1 yc
yn
yc I < Ic
Io < Ic A2
Barragens
S2
yn yn
yc
Adversa I > Ic
Saída de lago/reservatório
48
Exemplos de curvas de
remanso
SAÍDA DE
COMPORTA
M3
ressalto
S3
yn
yc
Io < Ic Io > Ic
yc yn
Declividade fraca
Declividade forte
49
Exemplos de curvas de
remanso
yn M2
yn
yc
yc M1
Io < Ic
S2
Io1 < Ic
yn
yc
Io > Ic
yc
Io2 < Io1 < Ic
1
y 𝑄 = 𝐴 𝑅ℎ2/3 𝐼
𝑛
I
51
Posição das linhas de
remanso
No escoamento gradualmente variado, J não coincide com I e
a Equação de Manning resulta:
v²/2g
1
J
2 1
𝑄 = 𝐴 𝑅ℎ2/3 𝐽
𝑛
y1
y2
I
52
Posição das linhas de
remanso
Isolando J, temos:
𝑄𝑛 𝑄 2 𝑛2
= 𝐽 → 𝐽= 2
𝐴 𝑅ℎ2/3 𝐴 𝑅ℎ4/3
Que desenvolvida:
𝑧1 − 𝑧2 = 𝐸2 − 𝐸1 + ∆ℎ
∆𝑧 − ∆ℎ = 𝐸2 − 𝐸1
𝐼 ∆𝑥 − 𝐽 ∆𝑥 = 𝐸2 − 𝐸1
∆𝑥 𝐼 − 𝐽 = 𝐸2 − 𝐸1
54
Posição das linhas de
remanso
Resulta:
𝐸2 − 𝐸1
∆𝑥 =
𝐼−𝐽
Ressalto Hidráulico
Ressalto
Fluvial
Torrencial
57
O Fenômeno
F2 y V2
2
V1 y1 F1
V
Regime fluvial (subcrítico): Fr2 = 1
gy2
58
Características
Caracterização
V
Número de Froude na seção de entrada: Fr1 =
gy1
Alturas conjugadas do ressalto: ( y 2 / y1 )
60
Ressalto hidráulico
O ressalto fica bem caracterizado e localizado quando 4,5 < Fr1 < 9
Para haver ressalto, y2/y1 > 1
Alturas conjugadas: y 2 1
=
y1 2
1 + 8Fr1 − 1
2
= 1 + 8Fr 2 − 1
y1 1 2
y2 2
Dh =
( y 2 − y1)
3
Dh Dh
Eficiência do ressalto: = =
E1 V 12
y1 +
2g
Comprimento do ressalto (USBR): Lr 6,9( y 2 − y1)
61
Relações para outras
geometrias de canais
Dh e
Q
Dh
k
(1) (2)
L
Outros exemplos de K ou e
Determinação do fator de atrito f
Diagrama de Moody
Determinação do fator de atrito f
Diagrama de Moody
Regime Turbulento:
predomínio do atrito
com a tubulação
Regime (tubos hidraulicamente
Laminar: rugosos)
f = 64/Re
Regime de
Transição:
predomínio dos atritos
viscosos (água/água)
(tubos hidraulicamente
lisos)
Subcamada limite laminar
Região próxima à parede da tubulação onde a velocidade de
escoamento é baixa, devido ao Princípio da Aderência, e o
escoamento é laminar:
Tubos hidraulicamente lisos: a
camada é mais espessa que a
rugosidade da tubulação
Tubos mistos: a camada é
QUASE tão espessa quanto
a rugosidade
Tubos hidraulicamente rugosos:
a espessura da camada é
inferior à rugosidade do tubo
Determinação do fator de atrito f
Fórmula de Colebrook
1 k 2,51
Equação de Colebrook:
= −2 log 0,27 +
D Re f
f
Problema I
Dados: Q; D; ; K; L e g
Incógnita: Dh
71
Problema II
Dados: D; L; ; g; K; DH
Incógnita: Q
72
Problema III
Dados: Q; K; ; g; L; DH
Incógnita: D
73
Problema IV
Dados: V; K; ; g; L; DH
Incógnita: D
74
D = diâmetro em m;
L = comprimento do trecho em m;
D é o diâmetro da tubulação em m
Q = a.D .J b c
(1) (2)
A1 A2
81
Perdas de Carga
Localizadas
Método dos Ks
Perdas de Carga
Localizadas
Método dos
Hs
Comprimentos
Equivalentes LC ou LE
Tabelado
D
Relação entre Ks e LC ou LE
Acessório Qualquer
Comprimento Hs
Equivalente
V2 Leq.V 2 D
Hs = Ks = f → Leq = Ks
2g D2 g f D
Leq
83
Comprimentos equivalentes
Diâmetro
Saída de Canalização
Tê Passagem Direta
Entrada de Borda
Tê Saída de Lado
Entrada Normal
Tê Saída Lateral
o
Cotovelo 45
o
Curva 45
o
o
mm pol
o
o
13 1/2 0,3 0,4 0,5 0,2 0,2 0,3 0,2 0,2 0,4 0,1 4,9 2,6 0,3 1,0 1,0 3,6 0,4 1,1 1,6
19 3/4 0,4 0,6 0,7 0,3 0,3 0,4 0,2 0,2 0,5 0,1 6,7 3,6 0,4 1,4 1,4 5,6 0,5 1,6 2,4
25 1 0,5 0,7 0,8 0,4 0,3 0,5 0,2 0,3 0,7 0,2 8,2 4,6 0,5 1,7 1,7 7,3 0,7 2,1 3,2
32 1.1/4 0,7 0,9 1,1 0,5 0,4 0,6 0,3 0,4 0,9 0,2 11,3 5,6 0,7 2,3 2,3 10,0 0,9 2,7 4,0
38 1.1/2 0,9 1,1 1,3 0,6 0,5 0,7 0,3 0,5 1,0 0,3 13,4 6,7 0,9 2,8 2,8 11,6 1,0 3,2 4,8
50 2 1,1 1,4 1,7 0,8 0,6 0,9 0,4 0,7 1,5 0,4 17,4 8,5 1,1 3,5 3,5 14,0 1,5 4,2 6,4
63 2.1/2 1,3 1,7 2,0 0,9 0,8 1,0 0,5 0,9 1,9 0,4 21,0 10,0 1,3 4,3 4,3 17,0 1,9 5,2 8,1
75 3 1,6 2,1 2,5 1,2 1,0 1,3 0,6 1,1 2,2 0,5 26,0 13,0 1,6 5,2 5,2 20,0 2,2 6,3 9,7
100 4 2,1 2,8 3,4 1,5 1,3 1,6 0,7 1,6 3,2 0,7 34,0 17,0 2,1 6,7 6,7 23,0 3,2 6,4 12,9
125 5 2,7 3,7 4,2 1,9 1,6 2,1 0,9 2,0 4,0 0,9 43,0 21,0 2,7 8,4 8,4 30,0 4,0 10,4 16,1
150 6 3,4 4,3 4,9 2,3 1,9 2,5 1,1 2,5 5,0 1,1 51,0 26,0 3,4 10,0 10,0 39,0 5,0 12,5 19,3
200 8 4,3 5,5 6,4 3,0 2,4 3,3 1,5 3,5 6,0 1,4 67,0 34,0 4,3 13,0 13,0 52,0 6,0 16,0 25,0
250 10 5,5 6,7 7,9 3,8 3,0 4,1 1,8 4,5 7,5 1,7 85,0 43,0 5,5 16,0 16,0 65,0 7,5 20,0 32,0
300 12 6,1 7,9 9,5 4,6 3,6 4,8 2,2 5,5 9,0 2,1 102,0 51,0 6,1 19,0 19,0 78,0 9,0 24,0 38,0
350 14 7,3 9,5 10,5 5,3 4,4 5,4 2,5 6,2 11,0 2,4 120,0 60,0 7,3 22,0 22,0 90,0 11,0 28,0 45,0
Características físicas do
Esgoto Sanitário
Composição aproximada do esgoto:
⚫ 99,87% de água
⚫ 0,04% de sólidos sedimentáveis
⚫ 0,02% de sólidos não sedimentáveis
⚫ 0,07% de substâncias dissolvidas
Emissário
Estação elevatória:
transpõe obstáculos
em redes, coletores-
tronco, interceptores
e emissários
EEE
Rede
coletora: Coletor
reúne as tronco: reúne
contribuições as redes
doa ramais coletoras ETE Corpo receptor
prediais
Emissário: transporta até ETE ou da ETE para lançamento
final (não recebe contribuições ao longo do trecho)
89
Tubulações para Esgoto
Sanitário
A escolha do tipo de tubulação empregar nas
redes coletoras de esgotos sanitários é função das
características dos esgotos, das condições locais
e dos métodos construtivos, nos quais devem ser
considerados os seguintes aspectos:
Condições de escoamento (livre ou sob pressão).
Escoamento Afogado
⚫ Eletromagnético
⚫ Ultra-sônico
103
Vertedores
Classificação:
⚫ Forma (retangular, triangular, circular, trapezoidal)
104
Vertedores
Vertedores
Vertedores
Vertedores
h + 0,0011 0,0011
3/ 2
h
2
Q = 1,704Cd .b.h 3/ 2
112
Vertedor triangular de
parede fina
Equação geral:
8 a 5/ 2
Q = Cd 2 g . tan h
15 2
q = Cd .b 2.g. y1 (m³/s.m)
com b = largura do canal (em m)
119
Calhas Parshall
A Calha Parshall é um canal retangular de seção variável
idealizado por Ralph Parshall em 1927 para medição de
vazão em canais de irrigação nos EUA, através da
mudança de regime de escoamento e medição da altura
crítica, diretamente proporcional a vazão.
Em função do ressalto hidráulico gerado é também
empregada em casos onde é necessária aeração ou
mistura rápida de produtos químicos.
Dimensionamento
⚫ Range de vazões tabelado
⚫ Velocidade de entrada > 2,0 m/s
⚫ Descarga deve ser livre (não afogada)
⚫ Relação lâmina-vazão: Ho = kQn
Tamanho Vazão Dimensões padronizadas Expoentes
W (pol) W (cm) Min (L/s) Max (L/s) A (cm) B (cm) C (cm) D (cm) E (cm) F (cm) G' (cm) K (cm) N (cm) k n
3" 7,5 30 55 46,6 45,7 17,8 25,9 45,7 15,2 30,5 2,5 5,7 3,704 0,646 120
6" 15,0 60 110 61,0 61,0 39,4 40,3 61,0 30,5 61,0 7,6 11,4 1,842 0,636
9" 22,9 90 250 88,0 86,4 38,0 57,5 76,3 30,5 45,7 7,6 11,4 1,486 0,633
1' 30,5 120 460 137,2 134,4 61,0 84,5 91,5 61,0 91,5 7,6 22,9 1,276 0,657
1.1/2' 46,0 180 700 144,9 142,0 76,2 102,6 91,5 61,0 91,5 7,6 22,9 0,966 0,650
2' 61,0 240 1000 152,5 149,6 91,5 120,7 91,5 61,0 91,5 7,6 22,9 0,795 0,645
3' 91,5 360 1500 167,7 164,5 122,0 157,2 91,5 61,0 91,5 7,6 22,9 0,608 0,639
4' 122,0 480 2000 183,0 179,5 152,5 193,8 91,5 61,0 91,5 7,6 22,9 0,505 0,634
5' 152,5 600 2500 198,3 194,1 183,0 230,3 91,5 61,0 91,5 7,6 22,9 0,436 0,630
6' 183,0 720 3000 213,5 209,0 213,5 266,7 91,5 61,0 91,5 7,6 22,9 0,389 0,627
8' 244,0 960 4000 244,0 239,2 274,5 340,0 91,5 61,0 91,5 7,6 22,9 0,324 0,623
Eletro-magnéticos
Lei de Faraday: aplicação de um
campo magnético em torno de
um condutor (água), cuja tensão De inserção
entre dois eletrodos opostos é
mais ou menos perturbada pela
velocidade do escoamento;
Vantagens: baixa perda de
carga, excelente range de
vazões (1:100);
Desvantagens: custo (carretel),
proporcionalidade (inserção),
proteção contra raios
Carretel
Ultra-sônicos
o Geram ondas sonoras que
se propagam através do
fluido em escoamento, que
são mais ou menos
perturbadas conforme a
velocidade do escoamento;
o Dependem dos dados de
entrada (espessura, material,
distância entre eletrodos) pois transdutor
interfere na celeridade ou transdutor
velocidade de propagação da
onda no tubo.
o Desvios de 5% se bem
aplicados
Medidor Volumétrico
Consiste em uma
caçamba com
capacidade fixa e
calibrada que, quando
preenchida com
efluente, bascula o
volume e aciona
contator que registra
volume/tempo = vazão
Traçado das Redes
Planta em escala conveniente (pelo menos
1:2000), com arruamento oficial, curvas de nível,
cursos d’água, rede existente, interferências, etc.
Tipos de traçado:
⚫ Perpendicular: 90º em relação aos corpos d’água
⚫ Leque: em terrenos acidentados, em relação ao
encontro do talvegue secundário com o principal
(espinha de peixe)
⚫ Radial ou distrital: divide a rede em distritos com
EEs nas cotas mais baixas (comum no litoral)
Poços de Visita
Devem ser construídos Poços de Visita (PVs) em todos os
pontos singulares da rede: início de coletor, mudanças de
direção, declividade, diâmetro e material, na reunião de
coletores e em degraus (tubos de queda)
Pode ser empregada Caixa de Passagem (CP) ou Tubo de
Inspeção e Limpeza (TIL) em substituição aos PVs nas
mudanças de direção, declividade, material e diâmetro, apenas
e se garantidas condições de limpeza do trecho a jusante
Os TILs podem ser usados, ainda, na união de até 3 entradas,
em quedas inferiores a 0,50m ou a jusante de ligações que
podem necessitar de manutenção frequente
Os Terminais de Limpeza (TL) podem substitui r os PVs no
início de coletores
PVs são obrigatórios em todas as condições não previstas e
em profundidades superiores a 3,0m
126
Poços de Visita
Tampão de FoFo DN600,
PAMREX TDA 600 ou similar, com
carga de ruptura = 30000kgf
0,50
variável
Base do fundo do PV em
i=10% i=10% tijolos maciços
0,20 0,20
1,40
Armaduras Ø3/8" c/10 nos dois sentidos
1,70
CORTE AA
ESCALA 1:20
PV em PEAD
Redes Condominiais
Vantagens:
⚫ Menor custo
⚫ Menores
profundidades
⚫ Execução mais rápida
Desvantagens
⚫ Manutenção
⚫ Interferência com
construções existentes
⚫ Tendência de águas
pluviais
Profundidade Mínima
Recobrimento: > 0,90m na rua ou > 0,65 m no
passeio ou P = h + Io.L + a + 0,50
Valores de a (em m)
150 0,20 - -
Previsão de População
Modelo aritmético
P = Po + r (t − to)
Onde:
P é a população prevista para a data futura
Po é a população inicial ou de referência
t é a data futura
to é a data inicial ou de referência
r é a razão de crescimento da população que, conhecidas as
populações em instantes de tempo 1 e 2, por exemplo, pode
ser expressa por:
P2 − P1
r=
t 2 − t1
131
Previsão de População
Modelo geométrico
r (t −to)
P = Po.e
ln P2 − ln P1
r=
t 2 − t1
132
Previsão de População
Crescimento logístico
Traz uma curva em forma de S, onde a população tende de
forma assintótica a uma população de saturação Ps, com ponto
de inflexão quando a população de 50% de Ps.
133
Exercício de Aplicação 03
Água
Usos gerais
136
Estimativa de Consumo de
Água
Uso industrial
137
Estimativa de Consumo de
Água
Uso público
138
Principais variáveis
• Nível de renda da população
• Existência de medição (hidrometração)
• Perdas
• Indústrias que tem a água como matéria-prima
139
Valores usuais
Densidade populacional
Para projeto
⚫ Lotes: 5 hab/lote
⚫ Apartamentos até 80m²: 4 hab/apartamento
Na prática
⚫ Costuma ser menor que a utilizada em projeto
(p.ex. em Piracicaba = 3,5 hab/lig)
141
Variações de Consumo
Coeficiente do dia de
maior consumo (K1)
⚫ No Brasil: varia entre
1,20 e 1,25.
⚫ Em países de clima
temperado são maiores:
até 1,6.
⚫ Em países com pouca
variação climática:
temos variação de K1
pequena.
142
Variações de Consumo
Coeficiente da hora de
maior consumo (K2)
⚫ No Brasil: entre 1,5
(comum) até 2,0.
⚫ Em locais com pouca
ou nenhuma
reservação domiciliar
(Europa e EUA): K2
tende a ser mais alto.
143
Variações de Consumo
K=K1.K2
Vazões de Projeto
Vazões de Projeto
Vazões de Projeto
Contribuições específicas
Qi K 2 Q f .K1.K 2
qi = + T e qf = +T
L L
Onde:
⚫ L = extensão dos coletores, m;
⚫ T = taxa de infiltração, L/s.m.
⚫ Índices i e f: valores iniciais e finais, respectivamente.
Critérios de Projeto de
Redes Coletoras
Seção molhada: normalmente os coletores são
dimensionados para trabalho a ¾ de seção (Y/D),
podendo ser aplicada a relação modificada da
Fórmula de Manning para determinação do diâmetro
que atenda a esta relação na forma:
3/8
Qf
d 0 = 0,3145.
I
Critérios de Projeto de
Redes Coletoras
Diâmetro mínimo: em áreas residenciais igual a
150mm; em áreas industriais ou sujeitas a expansão,
utilizar 200mm.
Profundidade dos coletores: mínima de 1,50m,
devendo ser a menor possível em função dos custos
de escavação.
Velocidade crítica: quando a velocidade atingir
vc = 6 g.RH
o limite crítico de a lâmina deve ser reduzida para
y/D = ½.
Critérios de Projeto de
Redes Coletoras
Velocidade máxima: 5,0 L/s.
Tensão trativa: deve ser sempre superior a 1,0 Pa,
para coeficiente de Manning de 0,013, na qual a
declividade mínima para esta condição é dada por:
−0, 47
I min = 0,0055.Q f
A verificação pode ser realizada com a equação:
t = .RH .I
Vazão mínima em qualquer trecho: 1,5 L/s.
151
Critérios de Projeto de
Redes Coletoras
Método de dimensionamento
Análise do terreno e áreas a drenar, inclusive greides das ruas visando
atender integralmente a todos os lotes
Traçado das tubulações e localização dos poços de visita
Preenchimento da planilha
⚫ Trechos: identificação, extensão em metros, diâmetro (mínimo = 150
mm), cotas do terreno
⚫ Vazões específicas e de cada trecho
⚫ Colunas calculadas: diâmetro mínimo, declividade mínima,
adimensionais conforme ábaco, velocidade no trecho, tensão trativa,
velocidade crítica
Verificação e ajustes dos diâmetros e declividades dos trechos e alturas dos
poços de visita, em termos das velocidades e tensões trativas
Roteiro proposto
Roteiro proposto
Roteiro proposto
Determinar declividades do coletor
⚫ Se Iterreno > Imínima → Icoletor = Iterreno (menor profundidade
possível)
⚫ Se Iterreno < Imínima → Icoletor = Imínima (alterar profundidade dos
PVs)
Calcular diâmetros mínimos de cada trecho
3/8
Qf
d o = 0,3145
I
(Q f em m 3 /s, I do coletor em m/m, d o em m)
Verificação hidráulica
Vazão plena:
Qp = 24.D 2, 667
I 0, 5
Verificação hidráulica
Velocidade no trecho:
1 D 0,667 0,5
V = V / Vp I
n 4
(com D em m e I em m/m)
Tensão trativa:
Rh
t = RhI = 10000. .DN .I
DN
(com DN em m, I em m/m)
Velocidade crítica: Vc = 6 g .Rh
157
Planilha: contribuições
número de lotes
densidade, hab/lote
cota per capita, l/hab.dia
comprimento das redes, m
coeficiente de dia de maior consumo, k1
coeficiente de hora de maior consumo, k2
taxa de retorno
contribuição média, L/s
vazão específica, L/s.m
vazão de infiltração, L/s.m
índice de ocupação inicial, %
contribuição inicial, L/s.m
contribuição final, L/s.m
158
Planilha: dimensionamento
1 2 3 4 5 6 7 13 8 14 12 9 11 10
taxa de contribuição vazão a vazão a vazão diâmetro declividade diâmetro declividade declividade cota do cota do profindidade
trecho extensão contribuição do trecho montante jusante de cálculo mínimo* mínima* do coletor do coletor do terreno terreno PV do PV
inicial/final inicial/final inicial/final inicial/final mon/jus mon/jus mon/jus
(m) (L/s.m) (L/s) (L/s) (L/s) (L/s) (m) (m/m) DN (mm) I (m/m) (m/m) (m) (m) (m)
1
* diâmetros e declividades mínimas atendendo aos requisitos de tensão trativa > 1,0Pa, conforme NBR09649/1986.
159
Planilha: verificação
verificação
profundidade velocidade tensão velocidade
adimensionais
trecho da lâmina no trecho trativa crítica
inicial/final inicial/final inicial/final inicial/final inicial/final
Qcalc/Qp V/Vp Rh/DN Y/D Y (cm) V (m/s) (Pa) Vc (m/s) obs
* diâmetros e declividades mínimas atendendo aos requisitos de tensão trativa > 1,0Pa, conforme NBR09649/1986.
160
Exercício de Aplicação 04
Dimensionar a rede coletora de esgoto sanitário do
empreendimento apresentado, considerando:
⚫ Número de lotes: 80
⚫ Cota per capita: 250 L/hab.dia
⚫ Densidade habitacional: 5 hab/lote
⚫ K1 = 1,20
⚫ K2 = 1,50
⚫ Taxa de retorno : C = 0,80
⚫ Taxa de infiltração: T = 0,05 L/s.km
⚫ Índice de ocupação inicial: 30%
⚫ Vazão mínima de cálculo: 1,5 L/s
⚫ Tubulações em PVC Ocre (Manning: n = 0,013)
161
Exercício de Aplicação 04
(116) (115)
100m
(117) (112)
(115) (115)
100m
(113) (106)
(114) EEEB
Exercício de Aplicação 04
(116) (115)
100m
(117) (112)
(115) (115)
100m
(113) (106)
(114) EEEB
Exercício de Aplicação 04
(116) 5 (115)
100m
2 6
(117) (112)
(115) (115)
1 7
3 8 100m
4 (113) 9 (106)
(114) EEEB
Custos relativos
Dimensionamento
⚫ Na prática, o regime é gradualmente variado e não
uniforme.
⚫ Deve ser projetado, porém, como permanente e uniforme.
⚫ Vazão de projeto: Qf
⚫ Tensão trativa média: t > 1,0 Pa
⚫ Caso haja lançamento de águas de drenagem superficial
(contribuição de tempo seco), t > 1,5 Pa.
⚫ Obs: a admissão destas contribuições não deve exceder a
20% da vazão final do trecho e evitar entrada de material
grosseiro, detritos e areia.
Interceptores e Emissários
Deve ser evitada agitação excessiva, não sendo permitidos
degraus, alargamentos bruscos e ligações com grande
diferença de cota ou que perturbem as linhas de fluxo.
Dissipadores de energia podem ser projetados quando
necessários, prevenindo-se a formação de sulfetos e sua ação
nos materiais empregados.
A interligação de um trecho de grande declividade
(supercrítico) a um trecho de baixa declividade (subcrítico)
pode gerar ressalto hidráulico, com efeitos danosos. Assim,
entre os dois trechos deve ser instalado trecho intermediário,
com declividade crítica para a vazão inicial.
Interceptores e Emissários
NA
y
i
1ª Alternativa: passagem
direta
INTERFERÊNCIA
COM CURSO D'ÁGUA
DN
NA PROFUNDIDADE
y
EXCESSIVA
i
2ª Alternativa: recalque e
travessia aérea
TRAVESSIA AÉREA
DN
NA
y
RECALQUE
3ª Alternativa: passagem
inferior (sifão invertido)
DN
NA
y
Dh
.
CÂMARA DE VENTILAÇÃO
MONTANTE
CÂMARA DE
JUSANTE
TRECHO FORÇADO
Definição
Vantagens:
⚫ Não requer sistemas de recalque (economia de
energia elétrica)
⚫ Não implica em obras aparentes (travessias,
treliças, casas de bomba)
Desvantagens:
⚫ Boa operação requer controle adequado e limpeza
freqüente (mais complicada e difícil)
⚫ Obra pode ser cara e de impacto ambiental
considerável
⚫ Há concentração maior de H2S no PV de montante
Conceituação
550,00 550,00
548,50
0
DN 60
NA mon
NA
i = 0,001 m/m
y
Dh NA jus
.
547,90
0
i = 0,001 m/m
DN 60
1) ENTRADA
NORMAL
3) SAÍDA DE
CANALIZAÇÃO
VENTILAÇÃO
0.80
0.80
"TROLEY" E
MONOVIA PAINEIS DE
COMANDO
BLOCO DE VIDRO BLOCO DE VIDRO
20 x 20 20 x 20 24 48
"CLAM-SHELL"
4.00
0.30
3.50
41
4.00
2.80
57
0.50
53
2.80
0.70
51
0.10
493,90 494,00 494,00 494,10 494,00 494,00
493,90
0.30
TAMPA DE FIBRA DE VIDRO
53
0.30
REFORÇADA, H= 38mm
11
30
19
22
10
9.15
SISTEMA DE INSUFLAÇÃO
Ø250mm-F°F°
Ø100mm F°F°
0.80 DE AR Ø600mm - FV
Ø600mm
23
487,30 487,13 487,10 27
NA=487,00
0.10
MAX.1 NA=486,90
MAX.2 NA=486,80
MAX.3
2.00
NA=486,25 NA=486,15 9
MIN.1 MIN.2 NA=486,05
MIN.3 34 36
8 PROTEÇÃO DO
35 ACOPLAMENTO
485,82 37 BASE DE
6
2 3 5 57 7 CONCRETO
1 33
0.30
485,10 485,10
0.02
Ø300mm F°F°
35 484,85
35
28
0.15
0.05
0.40
32 4 54
CANALETA DE
DRENAGEM
0.10
0.50
DRENO Ø 25 mm
27 0.10
CORTE A-A DRENO Ø 50 mm DRENO Ø 25 mm
ESC.: 1:50 AÇO GALVANIZADO
192
Bombas Helicoidais
São formadas por parafusos de rosca helicoidal engrenados, com uma
folga pequena em relação à sua carcaça cilíndrica
O fluido entre em uma extremidade e é arrastado para a saída da
câmara na outra extremidade
Aplicam-se para vazões até 600 m³/h e pressões da ordem de 700
mca
Tem como vantagens a
eficiência energética em
relação às bombas
centrífugas para esgoto,
ser auto-escorvante até
-8,5m e permitir bom
controle de vazão com
a rotação do motor
Canal Afluente
Finalidades:
⚫ Reunião de contribuições;
⚫ Regularização de fluxo;
⚫ Instalação de extravazor, saída para poço pulmão
ou by-pass
⚫ Instalação de stop-logs
⚫ Remoção de sólidos grosseiros (grade de limpeza
manual ou mecânica, cesto, triturador ou peneira)
⚫ Medição, inspeção e manutenção
Velocidade sempre maior que 0,40 m/s
202
Gradeamento
Gradeamento
204
Gradeamento
Classificação
Tipo Espaçamento (cm)
Grade grosseira 4 - 10
Grade média 2- 4
Grade fina 1- 2
Gradeamento
Inclinação das barras
⚫ Verticais ou inclinadas
⚫ Limpeza manual: 45º ou 60º
⚫ Limpeza mecanizada: 70º a 90º
Velocidade de passagem pela grade
⚫ Limpeza mecanizada: 0,6 m/s a 1,2 m/s
⚫ Limpeza manual: 0,6 m/s a 0,9 m/s
Velocidade de aproximação (no canal a montante da grade)
⚫ No mínimo 0,4 m/s
Perda de carga máxima considerando obstrução de 50%
⚫ Limpeza mecanizada: 0,15 m
⚫ Limpeza manual: 0,10 m
206
Gradeamento
Dimensionamento do gradeamento (Método para Esgoto Bruto)
Área útil da grade: S
Au =
a+t
a
Onde: S é a área do canal de entrada; a é o espaçamento entre as barras e t a
espessura das barras
Q
Velocidade de aproximação: Vo =
S
Q
Velocidade na grade: Vg =
Au
1 Vg 2 − Vo 2
Perda de carga na grade: DH =
0,7 2g
Poços de sucção
Volume útil: volume entre o NA min e o NA Max
Volume efetivo: volume entre o fundo do poço e o NA
máximo
Tempo de detenção média: menor possível, sendo
recomendado = 30 min
Dimensões e forma a:
⚫ Não permitir a formação de vórtice
⚫ Não permitir descarga livre na entrada
⚫ Não permitir velocidade de aproximação às bombas
superior a 0,60 m/s
⚫ Não permitir caminhos preferenciais
⚫ Não permitir zonas mortas ou pontos de depósito
⚫ Facilitar manutenção e operação
208
Poços de sucção
Considerações práticas:
⚫ A geratriz inferior da tubulação de entrada no poço
deve estar em cota igual ou superior ao NA máx
⚫ A geratriz inferior do extravazor deve estar em cota
igual ou superior a geratriz superior da tubulação
de entrada no poço
⚫ Recomenda-se NA máx – NA min > 0,60m
⚫ O NA min deve garantir submergência e
afogamento das bombas (normalmente pelo menos
3 DN)
Poços de sucção
210
Poço de sucção
Cálculo do volume útil mínimo:
VUmin = Qb.T/4
Onde:
⚫ Qb = vazão da bomba (m³/min)
⚫ T = tempo de ciclo (min), cujo valor ideal é da ordem de 10
partidas/hora, ou seja, T = 6 min
211
Poço de sucção
Verificação do tempo de detenção:
Td = VE/Qmin
Onde:
⚫ VE = volume efetivo (útil + outros)
⚫ Qmin = vazão afluente mínima ao poço (m³/min)
Poço de sucção
Sequência Operacional das Bombas:
As bombas (operação + reserva) deverão operar
alternadamente através de um sistema de comando que
permita o revezamento automático entre elas, através da
seguinte sequência operacional:
Extravazor
Regra prática
⚫ Recalques aspirados: DN da sucção deve ser o DN
comercial imediatamente superior ao do recalque
⚫ Recalques afogados: DN sucção = DN recalque
218
Bombas Hidráulicas
Bomba
centrífuga
219
Bombas Centrífugas
Elevatórias compactas
Estação Elevatória
Estação Elevatória
229
Estação Elevatória
Assentamento das tubulações
230
Estação Elevatória
Acessórios e Recomendações
231
Posição do conjunto de
recalque
232
Dimensionamento de
Sistemas Elevatórios
Em algumas instalações de
grande porte as válvulas de RS
pé são substituídas por outro
sistema de escorva como, por
exemplo, sistemas de ejetores, r
Altura Manométrica - Hm
A energia que a bomba fornece a água denomina-se
altura manométrica e é normalmente simbolizada por Hm.
A altura manométrica é dada por:
onde:
⚫ Hm - altura manométrica em m;
⚫ Hg - desnível entre o reservatório inferior e o superior em m.
234
Potência Consumida no
Eixo
A potência necessária ao acionamento da bomba é dada por:
.Q.Hm
PB =
75. B
onde:
⚫ PB = potência da bomba em CV;
⚫ = peso específico em kgf/m3;
⚫ Hm = altura manométrica em m;
⚫ Q = vazão em m3/s;
⚫ B = rendimento da bomba.
235
Potência Consumida no
Eixo
Na pratica recomenda-se que a potência instalada seja a
potência do motor comercial imediatamente superior à potência
necessária ao acionamento da bomba.
Assim, para que não sobrecarregue o motor deve-se adotar a
margem de segurança indicada na tabela a seguir:
Cavitação
A cavitação ocorre quando a pressão em um ponto do fluido
alcança valores abaixo da sua pressão de vapor, em função de
altas velocidades de escoamento ou quedas acentuadas de
pressão, provocando a rápida vaporização e formação de
bolhas que implodem quando sujeitas a maiores pressões.
A formação de bolhas, por si só, não provoca maiores
problemas a operação das bombas hidráulicas, mas sim sua
implosão que pode gerar flutuações de pressão, vibração,
barulho e erosão das paredes da válvula e acessórios.
Estes efeitos são danosos não só a bomba, mas a todo o
sistema em que está instalada, uma vez que o fenômeno da
cavitação pode ocorrer também em câmaras e condutos fixos,
nos pontos de pressão muito baixa e velocidade muito elevada.
237
Cavitação
A cavitação contínua causa a erosão do material das paredes
da voluta e rotor da bomba, em um fenômeno chamado
“pitting”.
238
NPSH
Net Positive Suction Head – NPSH, que é a energia disponível
na sucção, ou seja, o que há efetivamente de carga hidráulica
na sucção, de forma que o NPSH disponível na instalação
deve ser sempre maior que o NPSH requerido pelo fabricante
NPSHdisponível = ±H+PA-PV-Hs
Onde:
⚫ +H = altura de água na sucção
(entrada afogada)
⚫ -H = altura de aspiração
⚫ PA = pressão atmosférica no local (nossa região em torno de 10 mca)
⚫ PV = pressão de vapor (tabelado)
⚫ Hs = soma de todas as perdas de carga na sucção.
239
NPSH
Rendimento
Seleção de Bombas
Para escolha de uma bomba deve-se conhecer a vazão e altura
manométrica e, consultando um Gráfico de Seleção (ou Carta de
Cobertura) de determinado fabricante, escolhe-se preliminarmente um
modelo disponível.
243
Curvas Caracteristicas de
uma Bomba
A representação gráfica das variações da altura
manometrica total (Hm), NPSHr, Potência P e
rendimento em função da vazão Q fornece o que
se denomina curvas características de uma
bomba.
Estas curvas são obtidas mantendo-se a
velocidade de rotação constante.
244
Curvas Caracteristicas de
uma Bomba
Curva – IMBIL APN 3X2X8 – 1750 rpm
245
Variações das curvas
características
a) Com o diâmetro do rotor da bomba
As carcaças das bombas podem trabalhar com rotores de diâmetros
diferentes e para cada diâmetro teremos uma curva correspondente.
Para uma rotação constante, a variação do diâmetro do rotor dá
origem as curvas características paralelas, sendo que as curvas
superiores referem-se aos rotores de maiores diâmetros.
Mudando os diâmetros dos rotores, valem as seguintes relações:
2
Q2 H 2 D2
Q1 H 1 D1
Estas fórmulas não são aplicáveis quando o diâmetro do rotor variar
mais de 10%. Antes de executar o rebaixamento do diâmetro do
rotor é recomendável consultar o fabricante da bomba.
246
Variações das curvas
características
b) Com a variação da rotação
Quando variamos a rotação de uma bomba permanecendo o mesmo
diâmetro do rotor tem-se:
Q 2 n2
=
Q1 n1
onde:
2
H 2 n2 Q = a vazão a recalcar;
=
H 1 n1 D = diâmetro do rotor;
P 2 n2
3 P = potência consumida;
= H = altura manometrica total;
P1 n1
n = rotação da bomba.
Curva do Sistema
É a variação das alturas manometricas totais requeridas pelo
sistema em função da vazão:
Hm = Hg + perdas na sucção e recalque = Hg + Hpr + Hps
Hm
Curva do Sistema
Hp4
Hp3
Hp1 Hp2
Hg
Q1 Q2 Q3 Q4 Q
Hp = perda de carga
Hg = altura geométrica
Hm = altura manométrica = Hg + Hp
248
Ponto de Operação
O encontro da curva do sistema com a curva do rotor (Hm versus Q) nos
fornece o ponto de operação da bomba
Q Q
Exercício de Aplicação 06
Dimensionar uma EEEB para vazão afluente Qa =
10 L/s, considerando:
⚫ Canal de entrada com seção retangular
⚫ Gradeamento com barras de 1 cm espaçadas em 5
cm, com limpeza manual
⚫ Poço de sucção em aduelas de concreto armado
DN 1000mm
⚫ Esquema de instalação e dimensões conforme
figura a seguir
Exercício de Aplicação 06
125
L = 400 m
110
NAmáx
H útil
NAmin
h min
251
Associação de Bombas
Em paralelo
Bombas operam lado a lado, aspirando água de um mesmo
reservatório
Bombas em paralelo devem ser idênticas, sob risco de uma
bomba com altura manométrica menor que as demais “afogar”
Há aumento da vazão
Curva resultante da associação em paralelo: soma das vazões
de cada bomba
Utilizado quando não há uma única bomba que atenda a toda
vazão necessária ou, mais frequentemente, quando há
interesse de operar vazões distintas de recalque ao longo do
dia
252
Associação de Bombas
Em paralelo
Montagem em paralelo
253
Associação de Bombas
Em paralelo
Curva da associação em paralelo
254
Associação de Bombas
Em série
Saída da primeira bomba ocorre na sucção da
segunda
Bombas multiestágios recalcam em série dentro
do mesmo corpo
Há aumento da altura manométrica
Controle de Velocidade
A operação de bombas em velocidade variável obedece ao princípio da
semelhança, onde uma bomba é sempre homóloga a ela própria em
velocidades de rotação distintas.
Leis de similaridade Q 2 n2
=
Q1 n1
2
H 2 n2
=
H 1 n1
3
P 2 n2
=
P1 n1
Inversores de freqüência: realizam a variação da velocidade de rotação
da bomba, de forma que sua curva característica seja alterada de forma
a manter sempre um parâmetro (Q ou Hm) constante ou dentro de um
valor pré-estabelecido
Geram economia de energia elétrica e melhores condições operacionais
do sistema (pressões mais controladas)
258
Controle de Velocidade
Inversor de frequência
Geradores de Energia
Elétrica
Obrigatório pela NBR 12208/1992 –
Projeto de estações elevatórias de
esgoto sanitário
260
Motores Elétricos
Motores Elétricos
Corrente Alternada (CA)
⚫ Velocidade de rotação síncrona:
120. f
Nsi =
p
⚫ Onde: f é a frequência da rede em Hz e p é o número de pólos, que é
um número par relativo a quantidade de bobinas presentes no
enrolamento do motor.
⚫ Motores síncronos giram com Nsi = cte e necessitam de um motor de
indução auxiliar para partida até que seja atingida a velocidade síncrona
do motor.
⚫ Motores assíncronos possuem certo deslizamento, s, (da ordem de 2 a
5%) e operam com velocidades inferiores, sendo os mais utilizados em
saneamento pela facilidade de operação e altos rendimentos, sendo sua
rotação assíncrona dada por:
N=
120. f
(1 − s )
p
262
Motores assíncronos
Principais características:
⚫ Potência: 1 CV = 0,9863 HP = 0,7355 kW
⚫ Fator de serviço: reserva de potência do motor, da ordem de
15% (FS=1,15)
⚫ Fator de potência: é o cosseno do ângulo de defasagem
entre a tensão e a corrente:
Pativa
cos =
Paparente
⚫ Potência ativa: mais próxima da aparente, quanto maior o
fator de potência e menor a potência reativa que é aquela
que não produz trabalho útil, apenas circula entre o gerador
e a carga.
263
Chave estrela-triângulo
Potências até 30 CV
Liga o motor em estrela
Opera o motor em triângulo depois de atingida a velocidade
nominal
Reduz a corrente de partida em 1/3
267
Chave compensadora
Soft-starters
Dispositivo
eletrônico que
produz uma rampa,
programável, da
corrente de partida
269
Orçamento
Fontes de custos unitários
⚫ Revista Construção – Editora PINI
⚫ SINAPI – Sistema Nacional de Pesquisa de Custos e Índices da
Construção Civil – Site: caixa.gov.br (não tem BDI)
BDI – Bonificação e Despesas Indiretas
⚫ Elemento orçamentário destinado a cobrir todas as despesas que, numa
obra ou serviço, classificam-se como indiretas, ou seja, aquelas que não
expressam diretamente nem o custeio do material nem o dos elementos
operativos sobre o material — mão-de-obra, equipamento-obra,
instrumento-obra etc.
⚫ Consideram também lucro, despesas administrativas e impostos.
⚫ Normalmente varia entre 25 e 30%
270
Orçamento
Exemplo de composição de BDI
Item Descrição Taxa, %
1 ADMINISTRAÇÃO LOCAL
1.1 Mão-de-obra indireta 0,85
1.2 Transporte de pessoal 0,70
1.3 Materiais de consumo administrativo 0,10
1.4 Veículos e equipamentos 0,50
1.5 Medicina do trabalho 0,50
1.6 Seguros 0,35
1.7 Ferramentas 0,25
Total 1 3,25
2 IMPOSTOS E TAXAS
2.1 PIS 1,65
2.2 ISS 5,00
2.3 COFINS 7,60
Total 2 14,25
3 ADMINISTRAÇÃO CENTRAL
3.1 Escritório central 1,00
3.2 Viagens de supervisão 0,50
Total 3 1,50
4 DESPESAS FINANCEIRAS
4.1 Despesas diversas 0,20
Total 4 0,20
5 BENEFÍCIOS
5.1 Lucro 7,80
Total 5 7,80
B.D.I. FINAL (1+2+3+4+5) 27,00
271
Orçamento
Roteiro básico para orçamento de rede coletora de esgoto
Sinalização de trânsito – R$/m
Corte e remoção de pavimento – R$/m
Escavação mecânica – R$/m³
Escavação manual – R$/m³
Fornecimento de tubulação – R$/m
Assentamento de tubulação – R$/m
Reaterro Compactado de vala – R$/m³
Construção de Poços de Visita – R$/un
Fornecimento e assentamento de tampão em FoFo – R$/un
Cadastro Técnico – R$/m
Reposição de pavimento – R$/m²
272
Cronograma Físico-
Financeiro
Deve abranger todas as etapas da obra
Deve associar a seqüência de cada etapa com a etapa anterior,
enquanto pré-requisito para sua execução
É usual a freqüência mensal, mas a melhor é aquela mais
adequada ao projeto
273
Memorial Descritivo
Caracterização do empreendimento
Interessado (cidade, bairro)
Local de implantação
Interligação a sistema existente
Características de projeto
Analise populacional
Vazões de projeto
Diretrizes da concessionária
Fórmulas utilizadas
Planilhas de cálculo
274
Memorial Descritivo
Memorial Construtivo
Generalidades (normas, diretrizes)
Canteiro de obras (NR-18)
Locação da obra
Trânsito e Segurança
Sinalização de obras
Escavações (valas, rochas, escoramentos, interferências)
Fornecimento de materiais
Especificação de bombas
Especificação técnica de painéis e acionamentos elétricos
Reaterro de vala (compactado a cada 20cm)
Controle tecnológico do concreto
Formas
Escoramento
Aço
Concretagem
Impermeabilização
Pára-raios
Iluminação de sinalização e emergência
Limpeza da área de trabalho
Cadastro Técnico
Lista de materiais hidráulicos
Lista de materiais elétricos
275
Fim
Obrigado!
dmanzi@gmail.com