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Coleta e

Transporte de
Esgoto Sanitário
Prof. Dr. Daniel Manzi

Curso de Especialização em Infraestrutura em Saneamento Básico


Piracicaba, 2020

FUMEP – Fundação Municipal de Ensino de Piracicaba


EEP – Escola de Engenharia de Piracicaba
CPG – Centro de Pós Graduação
2

Programação
 Hidráulica Básica: condutos livres e forçados
 Características físicas do esgoto sanitário
 Aspectos sanitários
 Principais unidades do sistema
 Tubulações para esgoto sanitário
 Medição de vazão de esgoto
 Traçado das redes
 Poços de visita
 Profundidade mínima
 Previsão de população
 Vazões de projeto
3

Programação
 Dimensionamento de redes coletoras
 Construção de redes
 Interceptores e emissários
 Sifões invertidos
 Estações elevatórias de esgoto: tipos, elementos e projeto
 Associações de bombas
 Motores elétricos
 Orçamento, Cronograma físico-financeiro e Memorial descritivo
4

Referências Normativas
 ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR 9648.
Estudo de Concepção de Sistemas de Esgoto Sanitário.
 _____NBR 9649. Projeto de Redes Coletoras de Esgoto Sanitário.
 _____NBR 9814. Execução de Redes Coletoras de Esgoto Sanitário.
 _____NBR 12207. Projeto de Interceptores de Esgoto Sanitário.
 _____NBR 12208. Projeto de Estações Elevatórias de Esgoto
Sanitário.
 _____NBR 12209. Projeto de Estações de Tratamento de Esgoto
Sanitário.
 _____NBR 12266. Projeto e Execução de Valas para Assentamento
de Tubulações de Água, Esgoto e Drenagem.
5

Referências Bibliográficas

 AZEVEDO NETTO, J. M. et al. (1998). Manual de Hidráulica.


8ª edição. Ed. Edgard. Blücher. São Paulo.
 NUVOLARI, A. ET AL (2003). Esgoto Sanitário: coleta,
transporte, tratamento e reuso agrícola. Ed. FATEC São Paulo.
 PORTO, R. M. (2000). Hidráulica Básica. Editora EDUSP.
Escola de Engenharia de São Carlos.
 TSUTIYA, M. T. (2006). Abastecimento de Água. Ed. Escola
Politécnica da USP. São Paulo.
6

Escoamento Livre

 Escoamento em que há influência, em pelo menos


um ponto, da pressão atmosférica

 Grande número de aplicações práticas na


engenharia: saneamento, drenagem urbana,
irrigação, hidroeletricidade, navegação e
conservação do meio ambiente.
7

Características
 Gradiente de pressão não é relevante
 Escoamento ocorre devido a força da gravidade:
escoamento gravitacional
 A linha piezométrica coincide, quase sempre, com
a linha d’água
8

Elementos geométricos
 Área molhada: A
 Perímetro molhado: P (não considera a superfície da água)
 Raio hidráulico: Rh = A/P
 Altura d’água ou tirante: y (na vertical)
 Altura de escoamento: h (normal ao fundo)
 Largura do canal: B
 Declividade de fundo: Io
 Declividade piezométrica: Ia
 Declividade da linha de energia: If If
Ia
B
Q
y
h A

y
P
Io
9

Tipos de escoamento
10
Velocidade e seção
constantes
11
Velocidade constante e
seção variável
12

Distribuição de velocidades

 Condutos forçados: fluido “cercado” por superfície


uniforme de atrito (paredes)
 Condutos livres: interfaces líquido-parede e líquido-ar
acarreta uma distribuição não uniforme da velocidade na
seção transversal;
 A determinação do perfil de velocidades, na prática, é
experimental;
 A não uniformidade dos perfis de velocidade tem relação
direta com a geometria da seção, devido às tensões de
cisalhamento no fundo e nas paredes e também devida a
interface líquido-ar (superfície livre).
13

Distribuição de velocidades

Equação da Continuidade: Q = Vm.A


14

Distribuição de velocidades
15

Distribuição de velocidades
16
Escoamento permanente
uniforme em canais
 Equação de Chezy (válida para condutos circulares)

V = C Rh.I ou Q = CA Rh.I
8g
com C =
f
Onde:
⚫ Rh é o raio hidráulico da seção
⚫ I é a declividade da linha de energia (Dh/L)
⚫ f é o fator de atrito da superfície (Fórmula Universal)
⚫ C é o coeficiente de resistência de Chezy
17
Escoamento permanente
uniforme em canais
 Equação de Manning (válida para qualquer seção)

1 2/3 1
V = Rh I ou Q = A.Rh 2/3
I
n n
Onde:
⚫ n é o coeficiente de resistência de Manning, tabelado em
função da natureza da superfície do canal
18

Coeficientes de Manning
19
Escoamento permanente
uniforme em canais
 Determinação ou verificação da capacidade de
transporte de um canal depende da relação
geométrica da seção, ou seja:

A = f (y)
e
Rh = f (y)
20
Canais trapezoidais e
retangulares
nQ
K= 8/3
b Io
 Com K = Coeficiente de Forma, tabelado em
função de y/b e inclinação do talude Z = H/V
21
22

Canais circulares
 1
Q p = Ap .Rh p
2/3
I,
 n
  D 2
Ap
 Vazão plena: se A =
p , Pp = D e Rh p =
 4 Pp
 0,312 2,667
Q p = D I
 n
 Vazão parcial: dada pela relação Q/Qp para cada
valor de y/D desejado (tabelas e ábacos)
23

Canais circulares
24

Canais circulares
25
Canais
circulares
26

Exercício de Aplicação 01

 Um tubo de seção circular de diâmetro D=150mm


possui declividade I=0,005m/m e coeficiente de
Manning, n = 0,013. Considerando escoamento
com relação y/D de ¾, determine a capacidade de
vazão da seção. (Q=9,82 L/s)
27
Seções
especiais
28

Seções compostas

Q = Q1 + Q2 + Q3
 Atenção: os segmentos a-b não somam ao perímetro
molhado!

 Seções com rugosidades


diferentes:
Equação de Forcheimer
29
Máxima eficiência hidráulica
em um canal trapezoidal
Considerando para um dado canal trapezoidal que:
b
m= (razão de aspecto), temos que :
y y y
Área : A = (m + Z ) y ²
Z.y b
Perímetro: P = (m + 2 1 + Z ² ) y
Agrupando e derivando em função de m

e igualando a zero tem-se que, para

MÁXIMA EFICIÊNCIA HIDRÁULICA E MÁXIMA VAZÃO:

𝑏
𝑚= =2 1 + 𝑧2 − 𝑧
𝑦
𝐻
Sendo 𝑧 =
𝑉
30
Máxima eficiência hidráulica
em um canal trapezoidal

y y

Z.y b

Assim, para um canal trapezoidal de modo geral tem-se que para a seção de MÁXIMA
EFICIÊNCIA HIDRÁULICA E MÁXIMA VAZÃO que:

Área: 𝐴 = 𝑦 2 2 1 + 𝑍 2 − 𝑍

Perímetro molhado: 𝑃 = 2𝑦(2 1 + 𝑍 2 − 𝑍)


𝑦
Raio hidráulico: 𝑅ℎ =
2
31
Máxima eficiência hidráulica
em um canal retangular
Caso particular em que z = 0

Que resulta:
𝑏 𝑏 𝑏
𝑚= =2 1 + 𝑧2 − 𝑧 → 𝑚 = =2→𝑦=
𝑦 𝑦 2

Perímetro molhado: 𝑃 = 𝑏 + 2𝑦

Área: 𝐴 = 𝑏𝑦
𝑦
Raio hidráulico: 𝑅ℎ =
2
32
Seções de máxima
eficiência e mínimo custo
33

Projeto de Canais

 Execução de obras: deve ocorrer de jusante para


montante (novas ou retificações)
 Previsão do “envelhecimento” do canal, com redução
da rugosidade em 10 a 15% ao longo do tempo
 Folga na lâmina de 20 a 30%, para absorver
variações na hidrologia da região ou seção do canal
(sedimentos, erosões, etc.)
 Previsão de drenos nas paredes e fundo quando
revestimento em concreto
34
Escoamento permanente
variado em canais
 Adimensionais Reynolds e Froude
⚫ Número de Reynolds: representa as forças de
viscosidade em termos de turbulência
4.V.Rh
Re =

⚫ Número de Froude: considera a força peso
acelerada pela gravidade
2
V q
Fr = =
g. y g. y 3
35

Energia ou carga específica

 A energia específica é a energia medida a partir do fundo


do canal para uma data vazão Q, composta na forma:
36

Energia ou carga específica


v2 Q2
E = y+ ou como Q = vA : E = y +
2g 2 gA2
Somando as parcelas potencial (y) e cinética (v²/2g) tem-se uma
curva de energia específica para cada vazão Q (cte) em função de y:

yf

+ =
yc
yt

Ec E
Profundidade (y) Energia Cinética (v²/2g) Energia ou Carga Específica
37

Regimes de escoamento

 Ao valor mínimo de energia para escoamento


denomina-se energia crítica (Ec), que
corresponde a uma altura crítica (yc). Este
escoamento não é estável e possui Fr =1.
 Escoamentos com profundidades maiores que a
crítica são denominados fluviais ou subcríticos.
Possuem Fr < 1 e Re < 500.
 Escoamentos com lâminas inferiores a crítica são
chamados torrenciais ou supercríticos.
Possuem Fr > 1 e Re > 2000.
38
Identificação dos regimes de
escoamento em canais

Regime Fluvial (V < c) Regime Torrencial (V > c)


39

Profundidade crítica
40
Escoamento gradualmente
variado
 Profundidades variam gradual e lentamente ao longo do
conduto
 Grandezas referentes ao escoamento, em cada seção,
não se modificam com o tempo
 As distribuições de pressões são hidrostáticas
 As fórmulas do escoamento uniforme podem ser
aplicadas com aproximação satisfatória
 Porém, o gradiente hidráulico é variável e obriga a sua
determinação ao longo do escoamento
41

Curvas de remanso

 Em função da declividade e das condições de contorno da


linha d’água podem ser classificadas 12 (doze) curvas de
remanso deste tipo de escoamento:
Curvas tipo M – declividade
42

fraca
Curvas tipo S – declividade
43

forte
Curvas tipo C – declividade
44

crítica
Curvas tipo H – declividade
45

nula
Curvas tipo A – declividade
46

adversa
47
Exemplos de curvas de
remanso yn

M2
M1 yc
yn
yc I < Ic

Canal com queda livre

Io < Ic A2
Barragens

S2
yn yn
yc
Adversa I > Ic

Saída de lago/reservatório
48
Exemplos de curvas de
remanso
SAÍDA DE
COMPORTA

M3
ressalto
S3
yn
yc

Io < Ic Io > Ic
yc yn
Declividade fraca

Declividade forte
49
Exemplos de curvas de
remanso
yn M2
yn
yc

yc M1
Io < Ic
S2
Io1 < Ic
yn
yc
Io > Ic
yc
Io2 < Io1 < Ic

Redução de declividade Ampliação de declividade


50
Posição das linhas de
remanso
 Quando o escoamento é permanente e uniforme, a declividade
da linha de energia (J) coincide com a declividade do fundo do
canal (I), sendo possível escrever a Equação de Manning na
sua forma clássica:
v²/2g
J

1
y 𝑄 = 𝐴 𝑅ℎ2/3 𝐼
𝑛

I
51
Posição das linhas de
remanso
 No escoamento gradualmente variado, J não coincide com I e
a Equação de Manning resulta:

v²/2g
1
J

2 1
𝑄 = 𝐴 𝑅ℎ2/3 𝐽
𝑛
y1
y2

I
52
Posição das linhas de
remanso
 Isolando J, temos:
𝑄𝑛 𝑄 2 𝑛2
= 𝐽 → 𝐽= 2
𝐴 𝑅ℎ2/3 𝐴 𝑅ℎ4/3

 Que, considerando as características médias entre as


seções, resulta:
𝑄 2 𝑛2 𝑉 2 𝑛2
𝐽= 2 2/3
= 2/3
𝐴 𝑅ℎ 𝑅ℎ
53
Posição das linhas de
remanso
Se aplicarmos a Equação de Bernoulli entre as seções (1) e
(2), temos:
𝑉12 𝑉22
𝑧1 + 𝑦1 + = 𝑧2 + 𝑦2 + + ∆ℎ
2𝑔 2𝑔
E1 E2

Que desenvolvida:
𝑧1 − 𝑧2 = 𝐸2 − 𝐸1 + ∆ℎ
∆𝑧 − ∆ℎ = 𝐸2 − 𝐸1
𝐼 ∆𝑥 − 𝐽 ∆𝑥 = 𝐸2 − 𝐸1
∆𝑥 𝐼 − 𝐽 = 𝐸2 − 𝐸1
54
Posição das linhas de
remanso
 Resulta:
𝐸2 − 𝐸1
∆𝑥 =
𝐼−𝐽

 Que é uma expressão que permite determinar a posição das


curvas de remanso, com importância prática na avaliação de
inundações em reservatórios de barragens, por exemplo.
55
Escoamento bruscamente
variado
 O ressalto hidráulico ocorre na transição de um
escoamento supercrítico para um escoamento
subcrítico.
 Caracteriza-se por uma elevação brusca no nível
d’água, em uma distância curta, acompanhada de
instabilidade na superfície com ondulações e
entrada de ar do ambiente e por uma conseqüente
perda de carga em forma de grande turbulência.
 O ressalto ocupa posição fixa, desde que o
escoamento seja permanente.
56

Ressalto Hidráulico

Ressalto

Fluvial
Torrencial
57

O Fenômeno

Regime torrencial (supercrítico):


V V.C.
Fr1 = 1
gy1

F2 y V2
2
V1 y1 F1

V
Regime fluvial (subcrítico): Fr2 = 1
gy2
58

Características

 Elevação brusca do nível d’água em uma curta


distância
 Superfície instável, com ondulações e grande
turbulência
 Incorporação de ar do ambiente

 Ocupa posição fixa quando regime for permanente

 O atrito com as paredes desempenha papel


secundário, podendo ser desprezado
59

Caracterização
V
 Número de Froude na seção de entrada: Fr1 =
gy1
 Alturas conjugadas do ressalto: ( y 2 / y1 )
60

Ressalto hidráulico
 O ressalto fica bem caracterizado e localizado quando 4,5 < Fr1 < 9
 Para haver ressalto, y2/y1 > 1
 Alturas conjugadas: y 2 1
=
y1 2
 1 + 8Fr1 − 1
2

=  1 + 8Fr 2 − 1
y1 1 2

y2 2
Dh =
( y 2 − y1)
3

 Perda de carga no ressalto:


4. y 2. y1

Dh Dh
 Eficiência do ressalto:  = =
E1 V 12
y1 +
2g
 Comprimento do ressalto (USBR): Lr  6,9( y 2 − y1)
61
Relações para outras
geometrias de canais

Fonte: EPUSP (2004)


Fórmula Universal de Perda
de Carga
P1 P2

Dh e
Q
Dh

k
(1) (2)
L

E se o tubo for bastante


LV 2
hf1, 2 = f rugoso? f =  (Re, DH / K )
DH 2 g
Como se determina o fator
de atrito?
Exemplos de rugosidade K
64
Exemplos de rugosidade K
(ou e)

Material Rugosidade absoluta K, m


Ferro fundido revestido com cimento 0,000125
Ferro fundido sem revestimento 0,00025
PVC 0,0001
Concreto 0,0003
Aço sem revestimento 0,000125
Cobre ou latão 0,00002
65

Outros exemplos de K ou e
Determinação do fator de atrito f
Diagrama de Moody
Determinação do fator de atrito f
Diagrama de Moody

Regime Turbulento:
predomínio do atrito
com a tubulação
Regime (tubos hidraulicamente
Laminar: rugosos)
f = 64/Re

Regime de
Transição:
predomínio dos atritos
viscosos (água/água)
(tubos hidraulicamente
lisos)
Subcamada limite laminar
 Região próxima à parede da tubulação onde a velocidade de
escoamento é baixa, devido ao Princípio da Aderência, e o
escoamento é laminar:
 Tubos hidraulicamente lisos: a
camada é mais espessa que a
rugosidade da tubulação
 Tubos mistos: a camada é
QUASE tão espessa quanto
a rugosidade
 Tubos hidraulicamente rugosos:
a espessura da camada é
inferior à rugosidade do tubo
Determinação do fator de atrito f
Fórmula de Colebrook

1  k 2,51 
 Equação de Colebrook: 
= −2 log 0,27 + 
 D Re f 
f  

 Trata-se de equação implícita (fator f não é dado


diretamente): uso de adimensionais
70

Determinação do fator de atrito f


Formulação Explícita

Problema I
Dados: Q; D; ; K; L e g
Incógnita: Dh
71

Determinação do fator de atrito f


Formulação Explícita

Problema II
Dados: D; L; ; g; K; DH
Incógnita: Q
72

Determinação do fator de atrito f


Formulação Explícita

Problema III
Dados: Q; K; ; g; L; DH
Incógnita: D
73

Determinação do fator de atrito f


Formulação Explícita

Problema IV
Dados: V; K; ; g; L; DH
Incógnita: D
74

Determinação do fator de atrito f


Equações de Swamee-Jain

• Cálculo do fator de atrito


0,25
f = 2
  K 5,74 
 log + 
0,9 
  3,7 D Re 

• Cálculo da perda de carga unitária


0,203Q 2
gD 5
J= 2
  K 5,74 
log + 
  3,7 D Re
0,9

• Cálculo da vazão
Q   K 1,78 
=− log +
D 2 gDJ  3,7 D D gDJ 
2  
75
Fórmula prática de Hazen-
Williams
2, 63  Dh 
1,85 0,54
Q L
Dh = 10,65 1,85 4,87 ou Q = 0,2785CD  
C D  L 
Onde:
 Q = vazão em m3/s;

 D = diâmetro em m;

 Dh = perda de carga no trecho em m;

 L = comprimento do trecho em m;

 C = coeficiente que depende da natureza (material e

estado) das paredes dos tubos.


76
Fórmula prática de Hazen-
Williams
MATERIAIS COEFICIENTE C
Aço corrugado (chapa ondulada) 60
Aço com junta lock-bar (tubos novos) 130
Aço com junta lock-bar (em serviço) 90
Aço galvanizado 125
Aço rebitado novos 110
Aço rebitado, em uso 85
Aço soldado, novos 130
Aço soldado, em uso 90
Aço soldado com revestimento especial 130
Chumbo 130
Cimento-amianto 140
Cobre 130
Concreto com bom acabamento 130
Concreto com acabamento comum 120
Ferro fundido novo 130
Ferro fundido (sem revestimento), após 15-20 anos 100
Ferro fundido (sem revestimento) usados 90
Ferro fundido com revestimento de cimento 130
Grês cerâmico vidrado (manilhas) 110
Latão 130
Madeira em aduelas 120
Tijolos, condutos bem executados 100
Vidro 140
Plástico 140
77
Comparação entre Fórmula
Universal e Hazen-Williams
129,2.D 0,13
f = 1,852 0,148
C .Q
Onde:
 f é o fator de atrito da Fórmula Universal

 D é o diâmetro da tubulação em m

 C é o coeficiente da equação de Hazen-


Williams
 Q é a vazão em m³/s
Outras fórmulas práticas de
Perda de Carga

Q = a.D .J b c

 Fair-Whipple-Hsiao (instalações prediais)


⚫ Para PVC: a = 55,934; b = 2,71; c = 0,57
⚫ Para aço: a = 27,113; b = 2,596; c = 0,532

 Flamant (instalações de incêndio)


⚫ Para PVC: a = 57,85; b = 2,71; c = 0,571
⚫ Para Aço: a = 42,735; b = 2,71; c = 0,571
Exercício de Aplicação 02
 Determinar a vazão entre reservatórios interligados por uma
tubulação em Aço, pelas fórmulas:
⚫ Universal – Método explícito
⚫ Universal – Swamee-Jain
⚫ Hazen-Williams
⚫ Fair-Whipple-Hsiao
⚫ Flamant
 Dados:
⚫ Dh = 42 L/s
⚫  = 10-6 m²/s
⚫ Rugosidade K ou e = 0,0001 m (Fórmula Universal)
⚫ D = 200 mm
⚫ L = 1200 m
⚫ C (Hazen-Williams) = 130
Perdas de Carga
Localizadas
 Método dos Ks V2
Hs = Ks
 Ks são tabelados 2g

(1) (2)
A1 A2
81
Perdas de Carga
Localizadas
 Método dos Ks
Perdas de Carga
Localizadas
 Método dos
Hs
Comprimentos
Equivalentes LC ou LE

 Tabelado
D

 Relação entre Ks e LC ou LE
Acessório Qualquer
Comprimento Hs

Equivalente
V2 Leq.V 2 D
Hs = Ks = f → Leq = Ks
2g D2 g f D

Leq
83

Comprimentos equivalentes
Diâmetro

Válvula de Retenção Tipo Pesado


Curva 90 Raio Longo (R/D = 1,5)

Curva 90 Raio Médio (R/D = 1)

Válvula de Retenção Tipo Leve


Válvula de Ângulo aberta
Cotovelo 90 Raio Médio
Cotovelo 90 Raio Longo

Válvula de Pé com Crivo


Cotovelo 90 Raio Curto

Válvula Gaveta aberta

Válvula Globo aberta

Saída de Canalização
Tê Passagem Direta
Entrada de Borda

Tê Saída de Lado
Entrada Normal

Tê Saída Lateral
o
Cotovelo 45

o
Curva 45
o
o

mm pol

o
o

13 1/2 0,3 0,4 0,5 0,2 0,2 0,3 0,2 0,2 0,4 0,1 4,9 2,6 0,3 1,0 1,0 3,6 0,4 1,1 1,6
19 3/4 0,4 0,6 0,7 0,3 0,3 0,4 0,2 0,2 0,5 0,1 6,7 3,6 0,4 1,4 1,4 5,6 0,5 1,6 2,4
25 1 0,5 0,7 0,8 0,4 0,3 0,5 0,2 0,3 0,7 0,2 8,2 4,6 0,5 1,7 1,7 7,3 0,7 2,1 3,2
32 1.1/4 0,7 0,9 1,1 0,5 0,4 0,6 0,3 0,4 0,9 0,2 11,3 5,6 0,7 2,3 2,3 10,0 0,9 2,7 4,0
38 1.1/2 0,9 1,1 1,3 0,6 0,5 0,7 0,3 0,5 1,0 0,3 13,4 6,7 0,9 2,8 2,8 11,6 1,0 3,2 4,8
50 2 1,1 1,4 1,7 0,8 0,6 0,9 0,4 0,7 1,5 0,4 17,4 8,5 1,1 3,5 3,5 14,0 1,5 4,2 6,4
63 2.1/2 1,3 1,7 2,0 0,9 0,8 1,0 0,5 0,9 1,9 0,4 21,0 10,0 1,3 4,3 4,3 17,0 1,9 5,2 8,1
75 3 1,6 2,1 2,5 1,2 1,0 1,3 0,6 1,1 2,2 0,5 26,0 13,0 1,6 5,2 5,2 20,0 2,2 6,3 9,7
100 4 2,1 2,8 3,4 1,5 1,3 1,6 0,7 1,6 3,2 0,7 34,0 17,0 2,1 6,7 6,7 23,0 3,2 6,4 12,9
125 5 2,7 3,7 4,2 1,9 1,6 2,1 0,9 2,0 4,0 0,9 43,0 21,0 2,7 8,4 8,4 30,0 4,0 10,4 16,1
150 6 3,4 4,3 4,9 2,3 1,9 2,5 1,1 2,5 5,0 1,1 51,0 26,0 3,4 10,0 10,0 39,0 5,0 12,5 19,3
200 8 4,3 5,5 6,4 3,0 2,4 3,3 1,5 3,5 6,0 1,4 67,0 34,0 4,3 13,0 13,0 52,0 6,0 16,0 25,0
250 10 5,5 6,7 7,9 3,8 3,0 4,1 1,8 4,5 7,5 1,7 85,0 43,0 5,5 16,0 16,0 65,0 7,5 20,0 32,0
300 12 6,1 7,9 9,5 4,6 3,6 4,8 2,2 5,5 9,0 2,1 102,0 51,0 6,1 19,0 19,0 78,0 9,0 24,0 38,0
350 14 7,3 9,5 10,5 5,3 4,4 5,4 2,5 6,2 11,0 2,4 120,0 60,0 7,3 22,0 22,0 90,0 11,0 28,0 45,0
Características físicas do
Esgoto Sanitário
 Composição aproximada do esgoto:
⚫ 99,87% de água
⚫ 0,04% de sólidos sedimentáveis
⚫ 0,02% de sólidos não sedimentáveis
⚫ 0,07% de substâncias dissolvidas

 Hidraulicamente, comporta-se como a água.


Características físicas do
Esgoto Sanitário
Tipos de substâncias Origem Observações

A maioria dos detergentes contém


Sabões e detergentes Lavagem de louças e roupas
Fósforo na forma de polifosfato

Cada ser humano elimina de 7 a


Cloreto de Sódio, Fosfatos,
15 gramas/dia de Cloreto de
Sulfatos, carbonatos, Ureia e Detergentes e urina humana
Sódio e 14 a 42 gramas/dia de
amoníaco, etc.
Ureia

Gorduras, fragmentos animais e Vão se constituir na porção de


vegetais, amidos (glicoses e matéria orgânica em
Cozinhas e fezes humanas
proteínas), vermes, bactérias, decomposição, encontrada nos
vírus, leveduras, etc. esgotos

Outros materiais e substâncias:


Areia: infiltrações e banhos.
areia, plásticos, cabelos,
Demais materiais são Areias: contribuições da ordem de
sementes, fetos, madeira,
indevidamente lançados nos 0,003 a 0,073 L/m³ (SABESP)
absorventes femininos,
vasos sanitários.
cotonetes, etc.
Aspectos sanitários

 O esgotamento sanitário relaciona-se a aspectos


higiênicos, sociais, econômicos e ambientais.
 A necessidade de esgotamento sanitário é
consequência do abastecimento de água.
 O abastecimento de água sem coleta, transporte e
tratamento de esgoto polui solo e contamina as águas
superficiais e freáticas, consistindo um perigoso vetor
de disseminação de doenças.
Aspectos sanitários
 A implantação de sistema de esgotamento sanitário promove:
⚫ Melhoria das condições higiênicas locais e o consequente
aumento da produtividade;
⚫ Conservação dos recursos naturais, em especial das águas;
⚫ Coleta e afastamento rápido e seguro do esgoto sanitário;
⚫ Disposição sanitariamente adequada do esgoto sanitário;
⚫ Eliminação de focos de poluição e contaminação;
⚫ Proteção de comunidades, estabelecimentos e áreas de
lazer.
Principais unidades do sistema
Ligação predial:
trecho entre o
limite do terreno e
a rede LEGENDA
Rede coletora
Interceptor:
reúne os Coletor-tronco
coletores
tronco Interceptor

Emissário

Estação elevatória:
transpõe obstáculos
em redes, coletores-
tronco, interceptores
e emissários

EEE
Rede
coletora: Coletor
reúne as tronco: reúne
contribuições as redes
doa ramais coletoras ETE Corpo receptor
prediais
Emissário: transporta até ETE ou da ETE para lançamento
final (não recebe contribuições ao longo do trecho)
89
Tubulações para Esgoto
Sanitário
 A escolha do tipo de tubulação empregar nas
redes coletoras de esgotos sanitários é função das
características dos esgotos, das condições locais
e dos métodos construtivos, nos quais devem ser
considerados os seguintes aspectos:
 Condições de escoamento (livre ou sob pressão).

 Resistência a cargas internas e externas,


resistência à abrasão, resistência à ação de
substâncias agressivas.
90
Tubulações para Esgoto
Sanitário
 A escolha do tipo de tubulação empregar nas
redes coletoras de esgotos sanitários é função das
características dos esgotos, das condições locais
e dos métodos construtivos, nos quais devem ser
considerados os seguintes aspectos:
⚫ Condições de escoamento (livre ou sob pressão).
⚫ Resistência a cargas internas e externas,
resistência à abrasão, resistência à ação de
substâncias agressivas.
91
Tubulações para Esgoto
Sanitário
⚫ Condições de impermeabilidade e juntas
adequadas.
⚫ Disponibilidade de diâmetros necessários.
⚫ Facilidade de transporte, assentamento e
instalação de equipamentos e acessórios.
⚫ Custos (material, transporte e assentamento).
92
Tubulações para Esgoto
Sanitário: Gravidade
 Tubos Cerâmicos
93
Tubulações para Esgoto
Sanitário: Gravidade
 Tubos em Concreto
94
Tubulações para Esgoto
Sanitário: Gravidade
 Tubos em Concreto
95
Tubulações para Esgoto
Sanitário: Gravidade
 Tubos em PVC
96
Tubulações para Esgoto
Sanitário: Gravidade
 Tubos em PRFV
97
Tubulações para Esgoto
Sanitário: Gravidade
 Tubos em PEAD
98
Tubulações para Esgoto
Sanitário: Sob Pressão
 Tubos em Ferro Fundido Dúctil
99
Tubulações para Esgoto
Sanitário: Sob Pressão
 Tubos em Ferro Fundido Dúctil
100
Tubulações para Esgoto
Sanitário: Sob Pressão
 Tubos em Aço Carbono
101
Tubulações para Esgoto
Sanitário: Sob Pressão
 Tubos em Aço Carbono
Medição de vazão em
esgoto
 Escoamento Livre
⚫ Calhas Parshall
⚫ Vertedores
⚫ Medidor Volumétrico (Caçambinha)

 Escoamento Afogado
⚫ Eletromagnético
⚫ Ultra-sônico
103

Vertedores

 Diferentemente dos orifícios, nos vertedores a


superfície livre não apresenta descontinuidades.

 Classificação:
⚫ Forma (retangular, triangular, circular, trapezoidal)
104

Vertedores

⚫ Posição (frontal, oblíquo, paralelo)


105

Vertedores

⚫ Com relação ao tipo de soleira (com ou sem


contração)
106

Vertedores

⚫ Com relação à espessura da soleira

Delgada (b < 2/3H) Espessa (b > 2/3H)


107

Vertedores

 Com relação à altura relativa da soleira:


⚫ Livres ou completos: p > p’
⚫ Afogados ou incompletos: p < p’
108

Vertedor retangular de parede fina


sem contrações (Descarregador Bazin)
Forma Geral: 2
 Q = Cd .L 2 g .h3 / 2
3
 Determinação de Cd
0,0045    h  
2
⚫ Bazin (1889): 
Cd =  0,6075 +  1 + 0,55  
 h    h + P  
condição : 0,08  h  0,50m e 0,20  P  2,00m

  h + 0,0011  0,0011
3/ 2

Rehbock (1929): Cd = 0,6035 + 0,0813  1 +


h 

  P  
condição : 0,03  h  0,75m, L  0,30m, P  0,30m e h  P

  h  
2

⚫ Francis (1905): Cd = 0,6151 + 0,26  


  h + P  
condição : 0,25  h  0,80m, L  0,30m e h  P
 h
⚫ Kindswater & Carter (1957): Cd =  0,602 + 0,075 
 P
condição : 0,03  h  0,21m, 0,10  P  0,45m e L = 0,82m
109

Vertedor retangular de parede


delgada
 Fórmula de Francis: Q = 1,838 L h 3/2
110

Vertedor retangular de parede


delgada com contrações laterais
 Com uma contração:  Com duas contrações:
Q = 1,838 (L - 0,1 h)h 3/2 Q = 1,838 (L - 0,2 h)h 3/2
111
Vertedor retangular de
soleira espessa

Q = 1,704Cd .b.h 3/ 2
112
Vertedor triangular de
parede fina

 Equação geral:
8  a  5/ 2
Q = Cd 2 g . tan  h
15 2

 Equações para a = 90º


⚫ Thompson: Q = 1,40h5 / 2

⚫ Gouley e Crimp: Q = 1,32h 2, 48


113
Vertedor triangular como
medidor de vazão
114
Vertedor Trapezoidal -
Cipoletti
 É um tipo especial de um vertedor trapezoidal,
onde as faces são inclinadas de 1:4 (h:v), tal que
tg (q/2) = ¼
115
Vertedor Trapezoidal -
Cipoletti
 A declividade de 1:4 tem o objetivo de compensar
a diminuição de largura (b) devida à contração
lateral, de forma a ser possível utilizar a mesma
expressão do vertedor retangular de parede
delgada com duas contrações
116
Vertedor Trapezoidal -
Cipoletti
 Se respeitados os limites propostos por Cipoletti:
⚫ Cd = 0,63
⚫ 0,08 < H < 0,60m
⚫ P > 3H
⚫ A > 2H
⚫ B > 7H
 A vazão pelo vertedor Cipoletti pode ser obtida
pela expressão:
Q = 1,86 L h3/2
117

Vertedor tubular vertical

 Amplamente empregado na tomada d’água em


barragens
 Soleira é curva: L = .De
 Escoamento em lâmina livre, com H < De/5
 Expressão geral:
Q = K L H1,42
De (mm) K
175 1,435
250 1,440
350 1,445
500 1,465
118

Comportas de Fundo Planas

q = Cd .b 2.g. y1 (m³/s.m)
com b = largura do canal (em m)
119

Calhas Parshall
 A Calha Parshall é um canal retangular de seção variável
idealizado por Ralph Parshall em 1927 para medição de
vazão em canais de irrigação nos EUA, através da
mudança de regime de escoamento e medição da altura
crítica, diretamente proporcional a vazão.
 Em função do ressalto hidráulico gerado é também
empregada em casos onde é necessária aeração ou
mistura rápida de produtos químicos.
 Dimensionamento
⚫ Range de vazões tabelado
⚫ Velocidade de entrada > 2,0 m/s
⚫ Descarga deve ser livre (não afogada)
⚫ Relação lâmina-vazão: Ho = kQn
Tamanho Vazão Dimensões padronizadas Expoentes
W (pol) W (cm) Min (L/s) Max (L/s) A (cm) B (cm) C (cm) D (cm) E (cm) F (cm) G' (cm) K (cm) N (cm) k n
3" 7,5 30 55 46,6 45,7 17,8 25,9 45,7 15,2 30,5 2,5 5,7 3,704 0,646 120
6" 15,0 60 110 61,0 61,0 39,4 40,3 61,0 30,5 61,0 7,6 11,4 1,842 0,636
9" 22,9 90 250 88,0 86,4 38,0 57,5 76,3 30,5 45,7 7,6 11,4 1,486 0,633
1' 30,5 120 460 137,2 134,4 61,0 84,5 91,5 61,0 91,5 7,6 22,9 1,276 0,657
1.1/2' 46,0 180 700 144,9 142,0 76,2 102,6 91,5 61,0 91,5 7,6 22,9 0,966 0,650
2' 61,0 240 1000 152,5 149,6 91,5 120,7 91,5 61,0 91,5 7,6 22,9 0,795 0,645
3' 91,5 360 1500 167,7 164,5 122,0 157,2 91,5 61,0 91,5 7,6 22,9 0,608 0,639
4' 122,0 480 2000 183,0 179,5 152,5 193,8 91,5 61,0 91,5 7,6 22,9 0,505 0,634
5' 152,5 600 2500 198,3 194,1 183,0 230,3 91,5 61,0 91,5 7,6 22,9 0,436 0,630
6' 183,0 720 3000 213,5 209,0 213,5 266,7 91,5 61,0 91,5 7,6 22,9 0,389 0,627
8' 244,0 960 4000 244,0 239,2 274,5 340,0 91,5 61,0 91,5 7,6 22,9 0,324 0,623
Eletro-magnéticos
 Lei de Faraday: aplicação de um
campo magnético em torno de
um condutor (água), cuja tensão De inserção
entre dois eletrodos opostos é
mais ou menos perturbada pela
velocidade do escoamento;
 Vantagens: baixa perda de
carga, excelente range de
vazões (1:100);
 Desvantagens: custo (carretel),
proporcionalidade (inserção),
proteção contra raios

Carretel
Ultra-sônicos
o Geram ondas sonoras que
se propagam através do
fluido em escoamento, que
são mais ou menos
perturbadas conforme a
velocidade do escoamento;
o Dependem dos dados de
entrada (espessura, material,
distância entre eletrodos) pois transdutor
interfere na celeridade ou transdutor
velocidade de propagação da
onda no tubo.
o Desvios de 5% se bem
aplicados
Medidor Volumétrico

 Consiste em uma
caçamba com
capacidade fixa e
calibrada que, quando
preenchida com
efluente, bascula o
volume e aciona
contator que registra
volume/tempo = vazão
Traçado das Redes
 Planta em escala conveniente (pelo menos
1:2000), com arruamento oficial, curvas de nível,
cursos d’água, rede existente, interferências, etc.
 Tipos de traçado:
⚫ Perpendicular: 90º em relação aos corpos d’água
⚫ Leque: em terrenos acidentados, em relação ao
encontro do talvegue secundário com o principal
(espinha de peixe)
⚫ Radial ou distrital: divide a rede em distritos com
EEs nas cotas mais baixas (comum no litoral)
Poços de Visita
 Devem ser construídos Poços de Visita (PVs) em todos os
pontos singulares da rede: início de coletor, mudanças de
direção, declividade, diâmetro e material, na reunião de
coletores e em degraus (tubos de queda)
 Pode ser empregada Caixa de Passagem (CP) ou Tubo de
Inspeção e Limpeza (TIL) em substituição aos PVs nas
mudanças de direção, declividade, material e diâmetro, apenas
e se garantidas condições de limpeza do trecho a jusante
 Os TILs podem ser usados, ainda, na união de até 3 entradas,
em quedas inferiores a 0,50m ou a jusante de ligações que
podem necessitar de manutenção frequente
 Os Terminais de Limpeza (TL) podem substitui r os PVs no
início de coletores
 PVs são obrigatórios em todas as condições não previstas e
em profundidades superiores a 3,0m
126

Poços de Visita
Tampão de FoFo DN600,
PAMREX TDA 600 ou similar, com
carga de ruptura = 30000kgf

Cone em concreto armado, DN1000x600

Ø1,00 Aduelas em concreto armado, DN1000

0,50
variável

Rejunte das aduelas em argamassa


cimento e areia 3:1

Acabamento do poço de visita em argamassa


cimento e areia 3:1

Base do fundo do PV em
i=10% i=10% tijolos maciços

Base do PV em laje de concreto armado,


0,15 0,15 0,15

fck mín = 18MPa, moldado "in loco"

Brita #4, coberta com brita#2,


apiloadas manualmente

0,20 0,20

1,40
Armaduras Ø3/8" c/10 nos dois sentidos
1,70

CORTE AA
ESCALA 1:20

POÇO DE VISITA PARA REDE DE ESGOTO


127

PV em PEAD
Redes Condominiais

 Vantagens:
⚫ Menor custo
⚫ Menores
profundidades
⚫ Execução mais rápida
 Desvantagens
⚫ Manutenção
⚫ Interferência com
construções existentes
⚫ Tendência de águas
pluviais
Profundidade Mínima
 Recobrimento: > 0,90m na rua ou > 0,65 m no
passeio ou P = h + Io.L + a + 0,50
Valores de a (em m)

DN Ramal: Ramal: Ramal:


coletor 100mm 150mm 200 mm
(mm) Io = 2% Io = 0,7% Io = 0,5%
100 0,15 - -

150 0,20 - -

200 0,25 0,24 0,23

300 0,35 0,34 0,32

450 0,48 0,47 0,46


130

Previsão de População
 Modelo aritmético
P = Po + r (t − to)
Onde:
 P é a população prevista para a data futura
 Po é a população inicial ou de referência
 t é a data futura
 to é a data inicial ou de referência
 r é a razão de crescimento da população que, conhecidas as
populações em instantes de tempo 1 e 2, por exemplo, pode
ser expressa por:
P2 − P1
r=
t 2 − t1
131

Previsão de População

 Modelo geométrico

r (t −to)
P = Po.e

 Onde a razão de crescimento r é expressa por:

ln P2 − ln P1
r=
t 2 − t1
132

Previsão de População

 Crescimento logístico
 Traz uma curva em forma de S, onde a população tende de
forma assintótica a uma população de saturação Ps, com ponto
de inflexão quando a população de 50% de Ps.
133

Exercício de Aplicação 03

 Uma localidade a ser abastecida apresentou uma


evolução populacional conforme apresentado.
ano população
2000 1212
2010 2315
2020 4000

 Verifique qual modelo melhor se ajusta aos dados


disponíveis e projete a população esperada para o
ano de 2040.
134
Estimativa de Consumo de
Água
 Usos gerais
Estimativa de Consumo de 135

Água
 Usos gerais
136
Estimativa de Consumo de
Água
 Uso industrial
137
Estimativa de Consumo de
Água
 Uso público
138

Cota Per Capita

 Principais variáveis
• Nível de renda da população
• Existência de medição (hidrometração)
• Perdas
• Indústrias que tem a água como matéria-prima
139

Cota Per Capita

 Valores usuais

⚫ Torneiras públicas: 30 L/hab.dia


⚫ Ocupações irregulares (favelas): 30 a 60 L/hab.dia
⚫ Populações temporárias: 100 L/hab.dia
⚫ Populações até 10.000 hab: 150 a 200 L/hab.dia
⚫ Populações entre 10.000 e 50.000 hab: 200 a 250 L/hab.dia
⚫ Populações maiores que 50.000 hab: maior que 250 L/hab.dia
140

Densidade populacional

 Para projeto
⚫ Lotes: 5 hab/lote
⚫ Apartamentos até 80m²: 4 hab/apartamento

 Na prática
⚫ Costuma ser menor que a utilizada em projeto
(p.ex. em Piracicaba = 3,5 hab/lig)
141

Variações de Consumo

 Coeficiente do dia de
maior consumo (K1)
⚫ No Brasil: varia entre
1,20 e 1,25.
⚫ Em países de clima
temperado são maiores:
até 1,6.
⚫ Em países com pouca
variação climática:
temos variação de K1
pequena.
142

Variações de Consumo
 Coeficiente da hora de
maior consumo (K2)
⚫ No Brasil: entre 1,5
(comum) até 2,0.
⚫ Em locais com pouca
ou nenhuma
reservação domiciliar
(Europa e EUA): K2
tende a ser mais alto.
143

Variações de Consumo

 Coeficiente de Reforço (K)

K=K1.K2

⚫ Este coeficiente é aplicado às redes de


distribuição para que forneçam adequadamente
as vazões previstas.
144

Vazões de Projeto

 Taxa de Retorno (C)


⚫ Relação média entre volume de esgoto produzido e
a água consumida
⚫ Normalmente é menor que 1,0, pois parte da água
é consumida, infiltrada ou evaporada
⚫ A NBR 9649/1986 recomenda C = 0,80 quando não
estiverem disponíveis dados mais precisos
145

Vazões de Projeto

 Águas de infiltração (T):


⚫ Pode variar muito em função da localização, tipo de
solo, nível do lençol freático, qualidade da
execução da rede e PVs, existência de drenagem
urbana e época do ano
⚫ Varia desde:
• 1 L/s.km para redes cerâmicas antigas com poços em
alvenaria; até
• 0,05 L/s.km para redes em PVC com poços em aduelas
de concreto armado.
Vazões de Projeto

 Contribuições médias inicial e final


C.Pi .qi C.Pf .q f
Qi = e Qf =
86400 86400
 Onde:
⚫ C = coeficiente de retorno (normalmente igual a 0,80);
⚫ P = população;
⚫ q = cota per capita (L/hab.dia);
⚫ Índices i e f: valores iniciais e finais, respectivamente.
147

Vazões de Projeto

 Contribuições específicas
Qi K 2 Q f .K1.K 2
qi = + T e qf = +T
L L
 Onde:
⚫ L = extensão dos coletores, m;
⚫ T = taxa de infiltração, L/s.m.
⚫ Índices i e f: valores iniciais e finais, respectivamente.
Critérios de Projeto de
Redes Coletoras
 Seção molhada: normalmente os coletores são
dimensionados para trabalho a ¾ de seção (Y/D),
podendo ser aplicada a relação modificada da
Fórmula de Manning para determinação do diâmetro
que atenda a esta relação na forma:
3/8
 Qf 
d 0 = 0,3145. 
 I 
Critérios de Projeto de
Redes Coletoras
 Diâmetro mínimo: em áreas residenciais igual a
150mm; em áreas industriais ou sujeitas a expansão,
utilizar 200mm.
 Profundidade dos coletores: mínima de 1,50m,
devendo ser a menor possível em função dos custos
de escavação.
 Velocidade crítica: quando a velocidade atingir
vc = 6 g.RH
o limite crítico de a lâmina deve ser reduzida para
y/D = ½.
Critérios de Projeto de
Redes Coletoras
 Velocidade máxima: 5,0 L/s.
 Tensão trativa: deve ser sempre superior a 1,0 Pa,
para coeficiente de Manning de 0,013, na qual a
declividade mínima para esta condição é dada por:
−0, 47
I min = 0,0055.Q f
A verificação pode ser realizada com a equação:

 t =  .RH .I
 Vazão mínima em qualquer trecho: 1,5 L/s.
151
Critérios de Projeto de
Redes Coletoras
 Método de dimensionamento
 Análise do terreno e áreas a drenar, inclusive greides das ruas visando
atender integralmente a todos os lotes
 Traçado das tubulações e localização dos poços de visita
 Preenchimento da planilha
⚫ Trechos: identificação, extensão em metros, diâmetro (mínimo = 150
mm), cotas do terreno
⚫ Vazões específicas e de cada trecho
⚫ Colunas calculadas: diâmetro mínimo, declividade mínima,
adimensionais conforme ábaco, velocidade no trecho, tensão trativa,
velocidade crítica
 Verificação e ajustes dos diâmetros e declividades dos trechos e alturas dos
poços de visita, em termos das velocidades e tensões trativas
Roteiro proposto

 Nomear trechos e orientar sentidos de escoamento


 Determinar extensão de cada trecho
 Determinar taxas de contribuição inicial/final
 Calcular contribuições de cada trecho
 Definir os trechos de vazão a montante nula (pontas
secas)
 Calcular vazões a jusante destes trechos
 Fazer o caminhamento do fluxo
Qjus = Qmon + contribuição
Qmon = Qjus do trecho afluente
153

Roteiro proposto

 Vazão de cálculo será a maior entre as vazões


inicial/final, se maior que 1,5 L/s
 Calcular declividade mínima
−0, 47
I min = 0,0055Q f
(Q f em L/s, I min em m/m)
 Determinar declividades do terreno
 Determinar profundidades dos PVs (Mín = 1,50m)
 Calcular cotas dos PVs
154

Roteiro proposto
 Determinar declividades do coletor
⚫ Se Iterreno > Imínima → Icoletor = Iterreno (menor profundidade
possível)
⚫ Se Iterreno < Imínima → Icoletor = Imínima (alterar profundidade dos
PVs)
 Calcular diâmetros mínimos de cada trecho
3/8
 Qf 
d o = 0,3145 
 I
(Q f em m 3 /s, I do coletor em m/m, d o em m)

 Determinar diâmetros projetados de cada trecho


155

Verificação hidráulica

 Vazão plena:
Qp = 24.D 2, 667
I 0, 5

(com Qp em m³/s, D em m, I em m/m)


 Adimensionais V/Vp, Rh/DN, Y/DN: vide ábaco e suas
equações
 Profundidade da lâmina:
Y
Y= .DN *10
DN
(com DN em mm e Y em cm)
156

Verificação hidráulica

 Velocidade no trecho:
 1  D  0,667 0,5 
V = V / Vp   I 
n 4  
 
(com D em m e I em m/m)
 Tensão trativa:
Rh
t = RhI = 10000. .DN .I
DN
(com DN em m, I em m/m)
 Velocidade crítica: Vc = 6 g .Rh
157

Planilha: contribuições
número de lotes
densidade, hab/lote
cota per capita, l/hab.dia
comprimento das redes, m
coeficiente de dia de maior consumo, k1
coeficiente de hora de maior consumo, k2
taxa de retorno
contribuição média, L/s
vazão específica, L/s.m
vazão de infiltração, L/s.m
índice de ocupação inicial, %
contribuição inicial, L/s.m
contribuição final, L/s.m
158

Planilha: dimensionamento

1 2 3 4 5 6 7 13 8 14 12 9 11 10
taxa de contribuição vazão a vazão a vazão diâmetro declividade diâmetro declividade declividade cota do cota do profindidade
trecho extensão contribuição do trecho montante jusante de cálculo mínimo* mínima* do coletor do coletor do terreno terreno PV do PV
inicial/final inicial/final inicial/final inicial/final mon/jus mon/jus mon/jus
(m) (L/s.m) (L/s) (L/s) (L/s) (L/s) (m) (m/m) DN (mm) I (m/m) (m/m) (m) (m) (m)
1

* diâmetros e declividades mínimas atendendo aos requisitos de tensão trativa > 1,0Pa, conforme NBR09649/1986.
159

Planilha: verificação
verificação
profundidade velocidade tensão velocidade
adimensionais
trecho da lâmina no trecho trativa crítica
inicial/final inicial/final inicial/final inicial/final inicial/final
Qcalc/Qp V/Vp Rh/DN Y/D Y (cm) V (m/s) (Pa) Vc (m/s) obs

* diâmetros e declividades mínimas atendendo aos requisitos de tensão trativa > 1,0Pa, conforme NBR09649/1986.
160

Exercício de Aplicação 04
 Dimensionar a rede coletora de esgoto sanitário do
empreendimento apresentado, considerando:
⚫ Número de lotes: 80
⚫ Cota per capita: 250 L/hab.dia
⚫ Densidade habitacional: 5 hab/lote
⚫ K1 = 1,20
⚫ K2 = 1,50
⚫ Taxa de retorno : C = 0,80
⚫ Taxa de infiltração: T = 0,05 L/s.km
⚫ Índice de ocupação inicial: 30%
⚫ Vazão mínima de cálculo: 1,5 L/s
⚫ Tubulações em PVC Ocre (Manning: n = 0,013)
161

Exercício de Aplicação 04

(116) (115)

100m

(117) (112)
(115) (115)

100m

(113) (106)
(114) EEEB

100m 100m 80m


162

Exercício de Aplicação 04

(116) (115)

100m

(117) (112)
(115) (115)

100m

(113) (106)
(114) EEEB

100m 100m 80m


163

Exercício de Aplicação 04

(116) 5 (115)

100m
2 6

(117) (112)
(115) (115)
1 7

3 8 100m

4 (113) 9 (106)
(114) EEEB

100m 100m 80m


Construção de Redes
 Pesquisa de interferências
 Corte de pavimento: > 1,00 m para redes e 2,50 m
para PVs
 Escavações especiais: tunnel liner, furo direcional,
mini-shield (tatuzinho)
 Rebaixamento de lençol freático
 Tipos de assentamento:
⚫ Simples: terrenos secos, consistentes, sem rochas
⚫ Lastros de brita: regularização de fundo, reforço do suporte
e drenagem
⚫ Berço ou estacas: solos instáveis
165

Custos relativos

Serviço Custo relativo

Serviços preliminares: canteiro, locação, tapumes,


3,8%
passadiços, sinalização

Execução de valas: remoção de pavimento, escavação,


61,2%
escoramento, reaterro

Assentamento de tubulações: transporte, assentamento,


25,1%
PVs, ligações e cadastro

Serviços complementares: lastros e bases, reposição de


9,9%
pavimentos
Interceptores e Emissários

 NBR 12207/1992: Projeto de Interceptores de Esgoto


Sanitário
⚫ Função: Receber e transportar o esgoto sanitário com as
contribuições defasadas, que amortecem os picos de vazão
⚫ O traçado em planta deve ser o mais reto possível.
⚫ Ângulo máximo de deflexão horizontal (em planta): 30º
⚫ Ângulos maiores devem ser justificados técnica e
economicamente.
Interceptores e Emissários

 Dimensionamento
⚫ Na prática, o regime é gradualmente variado e não
uniforme.
⚫ Deve ser projetado, porém, como permanente e uniforme.
⚫ Vazão de projeto: Qf
⚫ Tensão trativa média: t > 1,0 Pa
⚫ Caso haja lançamento de águas de drenagem superficial
(contribuição de tempo seco), t > 1,5 Pa.
⚫ Obs: a admissão destas contribuições não deve exceder a
20% da vazão final do trecho e evitar entrada de material
grosseiro, detritos e areia.
Interceptores e Emissários
 Deve ser evitada agitação excessiva, não sendo permitidos
degraus, alargamentos bruscos e ligações com grande
diferença de cota ou que perturbem as linhas de fluxo.
 Dissipadores de energia podem ser projetados quando
necessários, prevenindo-se a formação de sulfetos e sua ação
nos materiais empregados.
 A interligação de um trecho de grande declividade
(supercrítico) a um trecho de baixa declividade (subcrítico)
pode gerar ressalto hidráulico, com efeitos danosos. Assim,
entre os dois trechos deve ser instalado trecho intermediário,
com declividade crítica para a vazão inicial.
Interceptores e Emissários

 Extravazores: devem ser dimensionados para escoar a vazão


final do último trecho, com dispositivos para evitar refluxo e
contribuições pluviais parasitárias.
 Relação y/D recomendada = 0,85
 Declividade mínima recomendada:
Io min = 0,00035 Qi-0,47
Sifões Invertidos: O Problema
DN

NA
y

i
1ª Alternativa: passagem
direta

INTERFERÊNCIA
COM CURSO D'ÁGUA
DN

NA PROFUNDIDADE
y

EXCESSIVA

i
2ª Alternativa: recalque e
travessia aérea

TRAVESSIA AÉREA
DN

NA
y

RECALQUE
3ª Alternativa: passagem
inferior (sifão invertido)
DN

NA
y

Dh
.

CÂMARA DE VENTILAÇÃO
MONTANTE
CÂMARA DE
JUSANTE

TRECHO FORÇADO
Definição

 NBR 9649/1986, Item 3.9.5 - Sifão invertido:


Trecho rebaixado com escoamento sob pressão,
cuja finalidade é transpor obstáculos, depressões
do terreno ou cursos d’água.
 Ou seja, são estruturas que permitem atravessar
obstáculos que impeçam a passagem das
canalizações em linha reta ou inviabilizem sua
elevação.
 Exemplos de interferências: canais, rios, córregos,
rodovias, galerias, outras canalizações, metrô...
Definição

 Vantagens:
⚫ Não requer sistemas de recalque (economia de
energia elétrica)
⚫ Não implica em obras aparentes (travessias,
treliças, casas de bomba)
 Desvantagens:
⚫ Boa operação requer controle adequado e limpeza
freqüente (mais complicada e difícil)
⚫ Obra pode ser cara e de impacto ambiental
considerável
⚫ Há concentração maior de H2S no PV de montante
Conceituação

 Transição de escoamentos (sempre gravimétricos,


sem recalque):
Livre → Forçado → Livre
 Formato: geralmente são construídos em forma de
“U” (sem curvas) ou “V” (com curvas de no
máximo 45o, nunca de 90o)
 Estruturas: câmara de entrada, trechos forçados
(mínimo de 2), câmara de saída e tubulação de
ventilação
178
Conceituação

 Seu projeto deve considerar:


⚫ A menor perda de carga possível
⚫ O traçado mais simples possível, evitando muitas
estruturas nas câmaras de entrada e saída e
curvas ou outros acessórios nos trechos afogados
Conceituação

 Autolimpeza: deve ser garantido que, ao menos


uma vez por dia, seja atingida velocidade que
permita a autolimpeza do trecho afogado
 Operação: deve ser projetado um número mínimo
de 2 tubulações forçadas, para que seja
operacionalmente possível transportar o esgoto
com velocidades adequadas ao longo de toda a
vida útil do sifão, como por exemplo:
⚫ Vazões iniciais (baixas): 1 tubulação em operação,
1 tubulação em espera
⚫ Vazões finais (altas): 2 tubulações em operação
Parâmetros de Projeto

 Para a Vazão inicial máxima de Q = C.Pi .qi .k2


i
um dia qualquer (Qi): 86400
v > 0,6 m/s
 Para a Vazão final máxima de C.Pf .q f .k2
um dia qualquer (Qf): Qf =
86400
v > 0,9 m/s
 Para a Vazão final máxima do C.Pf .q f .k1.k2
dia de maior consumo (Qf máx): Q f máx =
86400
v > 0,9 m/s
 Em qualquer situação:
v < 1,5 m/s
Parâmetros de Projeto

 Câmaras devem permitir acesso de pessoas e


equipamentos
 Controle de vazão: vertedores
 Controle operacional (abre e fecha): stop-logs (comportas)
 Diâmetro mínimo:
⚫ Por norma (NBR 9649/1986): 100 mm
⚫ Na prática: 150 mm
 Tubulações devem ser ancoradas ou revestidas
externamente com concreto para evitar arranque e
deslocamento por empuxo (flutuação), principalmente as
plásticas
Parâmetros de Projeto

 Rugosidades usuais de projeto:


⚫ Fórmula Universal: 0,030 < f < 0,040
(para Re > 105 e e = 2mm)
⚫ Hazen-Williams: C = 100

 Tubulação de ventilação: área de 10% a 50% da


área da seção afogada
Exemplo de Aplicação 05

550,00 550,00

548,50
0
DN 60

NA mon
NA
i = 0,001 m/m
y

Dh NA jus
.

547,90

0
i = 0,001 m/m

DN 60
1) ENTRADA
NORMAL
3) SAÍDA DE
CANALIZAÇÃO

VENTILAÇÃO

2) CURVA 45° 2) CURVA 45°


Exemplo de Aplicação 05
 Dados:
⚫ C = 0,80 (taxa de retorno);
⚫ Pi = 39.000 hab;
⚫ Pf = 50.400 hab;
⚫ qi = 120 L/hab.dia;
⚫ qf = 200 L/hab.dia;
⚫ K1 = 1,2;
⚫ K2 = 1,5
⚫ Tubulações de entrada/saída: DN 600mm, I = 0,001 m/m,
n = 0,013 (Manning)
⚫ Trecho forçado: C = 100 (Hazen-Williams)
⚫ L real do sifão = 30m
186
Estações Elevatórias de
Esgoto
 Pontos de aplicação:
⚫ Coleta, em cotas desfavoráveis ao escoamento por
gravidade
⚫ Transporte na rede coletora ou até interceptores,
evitando aprofundamento excessivo das tubulações
⚫ Tratamento, para elevação até a ETE
⚫ Disposição final, para lançamento adequado do
efluente tratado
187
Estações Elevatórias de
Esgoto
 Fatores relevantes a serem considerados:
⚫ Custo da área de implantação
⚫ Facilidade de instalação e custo da Energia Elétrica
⚫ Facilidade de acesso
⚫ Facilidade de extravazão do esgoto afluente
⚫ Extensões de rede x extensão da linha de recalque
⚫ Ampliações
188
Estações Elevatórias de
Esgoto
 Unidades básicas:
⚫ PV de chegada
⚫ Canal afluente
⚫ Gradeamento
⚫ Medição de vazão
⚫ Poço de sucção
⚫ Extravazor
⚫ Tubulação de sucção
⚫ Conjunto de recalque
⚫ Tubulação de recalque
189
Estações Elevatórias de
Esgoto
 O recalque de esgoto sanitário deve ser realizado
através de bombas centrífugas com rotores do tipo
aberto, de forma a permitir a passagem de sólidos até
a ordem de 70 a 100mm.
 Também é conveniente que estas bombas sejam
afogadas, ou seja, possuam cota de referência abaixo
do nível mínimo no poço de sucção. Esta medida é
adotada para evitar a necessidade de instalar válvulas
de pé na entrada do recalque, que podem obstruir a
passagem de fluido em função do acúmulo de sólidos
e, também, pela perda de carga gerada.
190

Tipos de EEE: Poço Seco

 A bomba é instalada em local anexo ao poço de


sucção, com eixo abaixo do nível mínimo.
 Costuma empregar bombas centrífugas
convencionais de rotor aberto, com preços mais
acessíveis de aquisição, operação e manutenção
 Porém, possui custos de implantação ligeiramente
mais altos que os outros tipos.
31 TALHA ELÉTRICA TELHADO C/ TELHAS
TIPO CANALETE
191
2.25 E MONOVIA
"TROLEY" E
MONOVIA
54
25
0,20 0.20
1.00 1.00

0.80
0.80

"TROLEY" E
MONOVIA PAINEIS DE
COMANDO
BLOCO DE VIDRO BLOCO DE VIDRO
20 x 20 20 x 20 24 48
"CLAM-SHELL"

4.00
0.30

3.50
41
4.00
2.80

57

0.50
53
2.80

0.70
51

0.10
493,90 494,00 494,00 494,10 494,00 494,00
493,90

0.30
TAMPA DE FIBRA DE VIDRO
53

0.30
REFORÇADA, H= 38mm
11

SENSOR DE NÍVEL ULTRA-SÔNICO CANALETA


492,58
9 ELÉTRICA
(VIDE PROJETO ELÉTRICO) 13 12
29 14

30
19

22

10

9.15
SISTEMA DE INSUFLAÇÃO
Ø250mm-F°F°
Ø100mm F°F°

0.80 DE AR Ø600mm - FV

Ø600mm

23
487,30 487,13 487,10 27
NA=487,00
0.10

MAX.1 NA=486,90
MAX.2 NA=486,80
MAX.3
2.00

NA=486,25 NA=486,15 9
MIN.1 MIN.2 NA=486,05
MIN.3 34 36
8 PROTEÇÃO DO
35 ACOPLAMENTO
485,82 37 BASE DE
6
2 3 5 57 7 CONCRETO
1 33
0.30

485,10 485,10

0.02
Ø300mm F°F°
35 484,85
35
28
0.15

0.05
0.40
32 4 54
CANALETA DE
DRENAGEM

0.10
0.50

DRENO Ø 25 mm
27 0.10
CORTE A-A DRENO Ø 50 mm DRENO Ø 25 mm
ESC.: 1:50 AÇO GALVANIZADO
192

Tipos de EEE: Poço Úmido


 São empregadas bombas de eixo vertical que ficam
imersos no fluido.
 Os eixos podem ser prolongados ou não, de forma a
manter o motor fora ou dentro do poço de sucção,
respectivamente.
 Por não necessitar de construção de uma casa de
bombas ao lado do poço de sucção, possui custo de
implantação inferior ao do poço seco, mesmo
empregando bombas normalmente mais caras.
 Todavia, a tecnologia empregada principalmente nos
conjuntos de motor imerso torna sua manutenção
mais cara.
193
194
Tipos de EEE: Bombas Re-
autoescorvante
 São instalações em que há recalque diretamente
do poço de sucção, sem necessidade de
construção de casa de bombas na mesma
profundidade do poço de sucção, mas com sucção
aspirada.
 Este tipo de bomba possui uma válvula (flap) que
permite o preenchimento da tubulação de sucção
(escorva) de forma automática, eliminando a
necessidade de válvulas de pé.
195
196
197
198
199
200

Bombas Helicoidais
 São formadas por parafusos de rosca helicoidal engrenados, com uma
folga pequena em relação à sua carcaça cilíndrica
 O fluido entre em uma extremidade e é arrastado para a saída da
câmara na outra extremidade
 Aplicam-se para vazões até 600 m³/h e pressões da ordem de 700
mca
 Tem como vantagens a
eficiência energética em
relação às bombas
centrífugas para esgoto,
ser auto-escorvante até
-8,5m e permitir bom
controle de vazão com
a rotação do motor
Canal Afluente

 Finalidades:
⚫ Reunião de contribuições;
⚫ Regularização de fluxo;
⚫ Instalação de extravazor, saída para poço pulmão
ou by-pass
⚫ Instalação de stop-logs
⚫ Remoção de sólidos grosseiros (grade de limpeza
manual ou mecânica, cesto, triturador ou peneira)
⚫ Medição, inspeção e manutenção
 Velocidade sempre maior que 0,40 m/s
202

Gradeamento

 Os dispositivos de remoção de sólidos grosseiros (grades)


são constituídos de barras de ferro ou aço paralelas,
posicionadas transversalmente no canal de entrada da
água bruta na elevatória, perpendiculares ou inclinadas,
dependendo do dispositivo de remoção do material retido.
 As grades devem permitir o escoamento sem produzir
grandes perdas de carga.
 Deve ser de limpeza mecanizada quando Q > 250 L/s ou
o volume de material retido justificar mecanização
 Quantidade mínima: 2 com by-pass
203

Gradeamento
204

Gradeamento

 Classificação
Tipo Espaçamento (cm)
Grade grosseira 4 - 10
Grade média 2- 4
Grade fina 1- 2

 Dimensão das barras


⚫ Largura: 4 mm a 10 mm
⚫ Comprimento: 25 mm a 75 mm
205

Gradeamento
 Inclinação das barras
⚫ Verticais ou inclinadas
⚫ Limpeza manual: 45º ou 60º
⚫ Limpeza mecanizada: 70º a 90º
 Velocidade de passagem pela grade
⚫ Limpeza mecanizada: 0,6 m/s a 1,2 m/s
⚫ Limpeza manual: 0,6 m/s a 0,9 m/s
 Velocidade de aproximação (no canal a montante da grade)
⚫ No mínimo 0,4 m/s
 Perda de carga máxima considerando obstrução de 50%
⚫ Limpeza mecanizada: 0,15 m
⚫ Limpeza manual: 0,10 m
206

Gradeamento
 Dimensionamento do gradeamento (Método para Esgoto Bruto)
 Área útil da grade: S
Au =
a+t
 
 a 
Onde: S é a área do canal de entrada; a é o espaçamento entre as barras e t a
espessura das barras
Q
 Velocidade de aproximação: Vo =
S

Q
 Velocidade na grade: Vg =
Au
1  Vg 2 − Vo 2 
 Perda de carga na grade: DH =  
0,7  2g 
Poços de sucção
 Volume útil: volume entre o NA min e o NA Max
 Volume efetivo: volume entre o fundo do poço e o NA
máximo
 Tempo de detenção média: menor possível, sendo
recomendado = 30 min
 Dimensões e forma a:
⚫ Não permitir a formação de vórtice
⚫ Não permitir descarga livre na entrada
⚫ Não permitir velocidade de aproximação às bombas
superior a 0,60 m/s
⚫ Não permitir caminhos preferenciais
⚫ Não permitir zonas mortas ou pontos de depósito
⚫ Facilitar manutenção e operação
208

Poços de sucção

 Considerações práticas:
⚫ A geratriz inferior da tubulação de entrada no poço
deve estar em cota igual ou superior ao NA máx
⚫ A geratriz inferior do extravazor deve estar em cota
igual ou superior a geratriz superior da tubulação
de entrada no poço
⚫ Recomenda-se NA máx – NA min > 0,60m
⚫ O NA min deve garantir submergência e
afogamento das bombas (normalmente pelo menos
3 DN)
Poços de sucção
210

Poço de sucção
Cálculo do volume útil mínimo:
VUmin = Qb.T/4
Onde:
⚫ Qb = vazão da bomba (m³/min)
⚫ T = tempo de ciclo (min), cujo valor ideal é da ordem de 10
partidas/hora, ou seja, T = 6 min
211

Poço de sucção
Verificação do tempo de detenção:
Td = VE/Qmin
Onde:
⚫ VE = volume efetivo (útil + outros)
⚫ Qmin = vazão afluente mínima ao poço (m³/min)

Obs: Td deve ser sempre inferior a 30 min


212

Poço de sucção
 Sequência Operacional das Bombas:
As bombas (operação + reserva) deverão operar
alternadamente através de um sistema de comando que
permita o revezamento automático entre elas, através da
seguinte sequência operacional:
Extravazor

 Dimensionar para vazão afluente máxima


 Cota da soleira = NA Max + 0,15m (no mínimo)

 Não deve permitir inundação na elevatória


214
Determinação do diâmetro
mais econômico do recalque
215
Determinação do diâmetro
mais econômico do recalque
 Fórmula de Bresse
D=K Q
Onde:
 Q em m³/s
 D em m
 K composto pelos custos de instalação (tubo) e operação
(energia elétrica) da adutora
⚫ Original: 1,5 (Jacques-Antoine-Charles Bresse, 1822-1883)
⚫ Bombeamento contínuo (24 h/dia): K = 1,5
⚫ Bombeamento intermitente (até 10 h/dia): K = 1,3
216
Determinação do diâmetro
mais econômico do recalque
 Variação brasileira da Fórmula de Bresse (ABNT)
 Considera relação entre custo da energia necessária para
bombeamento e custos da aquisição e instalação da
tubulação para determinação do diâmetro
economicamente mais viável.
0, 25
 n' 
D = 1,3  Q
 24 
Onde:
 n’ é o número de horas de operação diária
 Q em m³/s
 D em m.
217
Tubulações de sucção e
recalque
 Velocidades (NBR 12208/1992)
⚫ Sucção: 0,60 < V < 1,50 m/s
⚫ Recalque: 0,60 < V < 3,00 m/s

 Regra prática
⚫ Recalques aspirados: DN da sucção deve ser o DN
comercial imediatamente superior ao do recalque
⚫ Recalques afogados: DN sucção = DN recalque
218

Bombas Hidráulicas

 Bomba
centrífuga
219

Bombas Centrífugas

 Estágios (rotores): podem possuir um ou mais estágios


(multiestágios)
 Tipos de rotores: fechados, semi-abertos ou abertos
 Fluxo: radial, axial ou misto (Francis, diagonal)
 Eixo: vertical, horizontal ou inclinados
 Classe de Pressão:
⚫ baixa (até 15 mca)
⚫ média (entre 15 e 50 mca)
⚫ alta (maior que 50 mca).
Bombas Centrífugas
(rotores)
220
221

Bombas Centrífugas (fluxo)


222
Bombas Centrífugas
(bipartida)
223
Bombas Centrífugas
(submersível)
224
Bombas Centrífugas
(multiestágio)
225
Bombas Centrífugas
(rotor aberto)
226

Elevatórias compactas
Estação Elevatória

 Número mínimo de conjuntos: 2 (1 + reserva)


 Rotação mínima dos conjuntos de recalque: 1800 RPM
 Não utilizar válvulas tipo borboleta ou retenção tipo dupla
portinhola
 Prever facilidades de operação e manutenção, ventilação,
içamento de equipamentos mecânicos e elétricos e
drenagem da casa de bombas para o poço de sucção
228

Estação Elevatória
229

Estação Elevatória
 Assentamento das tubulações
230

Estação Elevatória
 Acessórios e Recomendações
231
Posição do conjunto de
recalque
232
Dimensionamento de
Sistemas Elevatórios
 Em algumas instalações de
grande porte as válvulas de RS
pé são substituídas por outro
sistema de escorva como, por
exemplo, sistemas de ejetores, r

bombas de vácuo, etc.


 Ao conjunto de tubos e peças 5
instaladas antes da bomba Hg
4
(entre o reservatório inferior e
a bomba) denomina-se 2 3
tubulação de sucção. Já o
conjunto de tubos e peças s
RI = reservatório inferior
instaladas entre a bomba e o RS = reservatório superior
1 = válvula de pé com crivo
reservatório superior 2 = bomba hidráulica
denomina-se tubulação de 3 = motor
4 = válvula de retenção
recalque. RI
5 = registro de gaveta
1 Hg = altura geométrica
s = diâmetro de sucção
r = diâmetro de recalque
233

Altura Manométrica - Hm
 A energia que a bomba fornece a água denomina-se
altura manométrica e é normalmente simbolizada por Hm.
 A altura manométrica é dada por:

Hm = Hg + perdas (na sucção + no recalque)

onde:
⚫ Hm - altura manométrica em m;
⚫ Hg - desnível entre o reservatório inferior e o superior em m.
234
Potência Consumida no
Eixo
 A potência necessária ao acionamento da bomba é dada por:

 .Q.Hm
PB =
75. B
onde:
⚫ PB = potência da bomba em CV;
⚫  = peso específico em kgf/m3;
⚫ Hm = altura manométrica em m;
⚫ Q = vazão em m3/s;
⚫ B = rendimento da bomba.
235
Potência Consumida no
Eixo
 Na pratica recomenda-se que a potência instalada seja a
potência do motor comercial imediatamente superior à potência
necessária ao acionamento da bomba.
 Assim, para que não sobrecarregue o motor deve-se adotar a
margem de segurança indicada na tabela a seguir:

POTENCIA CALCULADA MARGEM DE SEGURANÇA (recomendada)


Até 2 CV 50%
De 2 a 5 CV 30%
De 5 a 10 CV 20%
De 10 a 20 CV 15%
Acima de 20 CV 10%
236

Cavitação
 A cavitação ocorre quando a pressão em um ponto do fluido
alcança valores abaixo da sua pressão de vapor, em função de
altas velocidades de escoamento ou quedas acentuadas de
pressão, provocando a rápida vaporização e formação de
bolhas que implodem quando sujeitas a maiores pressões.
 A formação de bolhas, por si só, não provoca maiores
problemas a operação das bombas hidráulicas, mas sim sua
implosão que pode gerar flutuações de pressão, vibração,
barulho e erosão das paredes da válvula e acessórios.
 Estes efeitos são danosos não só a bomba, mas a todo o
sistema em que está instalada, uma vez que o fenômeno da
cavitação pode ocorrer também em câmaras e condutos fixos,
nos pontos de pressão muito baixa e velocidade muito elevada.
237

Cavitação
 A cavitação contínua causa a erosão do material das paredes
da voluta e rotor da bomba, em um fenômeno chamado
“pitting”.
238

NPSH
 Net Positive Suction Head – NPSH, que é a energia disponível
na sucção, ou seja, o que há efetivamente de carga hidráulica
na sucção, de forma que o NPSH disponível na instalação
deve ser sempre maior que o NPSH requerido pelo fabricante

NPSHdisponível = ±H+PA-PV-Hs

 Onde:
⚫ +H = altura de água na sucção
(entrada afogada)
⚫ -H = altura de aspiração
⚫ PA = pressão atmosférica no local (nossa região em torno de 10 mca)
⚫ PV = pressão de vapor (tabelado)
⚫ Hs = soma de todas as perdas de carga na sucção.
239

Pressão de Vapor da Água


240

NPSH

 Para bom funcionamento é preciso que:


NPSH d > NPSH r

 Na prática, recomenda-se que:


NPSH d > NPSH r + 1,50m
241

Rendimento

 O rendimento das máquinas varia até certo ponto com a


potência, por motivos construtivos
 Rendimentos são maiores quanto maiores as potências
242

Seleção de Bombas
 Para escolha de uma bomba deve-se conhecer a vazão e altura
manométrica e, consultando um Gráfico de Seleção (ou Carta de
Cobertura) de determinado fabricante, escolhe-se preliminarmente um
modelo disponível.
243
Curvas Caracteristicas de
uma Bomba
 A representação gráfica das variações da altura
manometrica total (Hm), NPSHr, Potência P e
rendimento em função da vazão Q fornece o que
se denomina curvas características de uma
bomba.
 Estas curvas são obtidas mantendo-se a
velocidade de rotação constante.
244
Curvas Caracteristicas de
uma Bomba
 Curva – IMBIL APN 3X2X8 – 1750 rpm
245
Variações das curvas
características
a) Com o diâmetro do rotor da bomba
 As carcaças das bombas podem trabalhar com rotores de diâmetros
diferentes e para cada diâmetro teremos uma curva correspondente.
Para uma rotação constante, a variação do diâmetro do rotor dá
origem as curvas características paralelas, sendo que as curvas
superiores referem-se aos rotores de maiores diâmetros.
 Mudando os diâmetros dos rotores, valem as seguintes relações:
2
Q2 H 2  D2 
  
Q1 H 1  D1 
 Estas fórmulas não são aplicáveis quando o diâmetro do rotor variar
mais de 10%. Antes de executar o rebaixamento do diâmetro do
rotor é recomendável consultar o fabricante da bomba.
246
Variações das curvas
características
b) Com a variação da rotação
 Quando variamos a rotação de uma bomba permanecendo o mesmo
diâmetro do rotor tem-se:
Q 2 n2
=
Q1 n1
onde:
2
H 2  n2  Q = a vazão a recalcar;
= 
H 1  n1  D = diâmetro do rotor;
P 2  n2 
3 P = potência consumida;
=  H = altura manometrica total;
P1  n1 
n = rotação da bomba.

 Observação: os índices 1 das formulas referem-se a situação inicial


e os índices 2 a uma nova situação.
247

Curva do Sistema
 É a variação das alturas manometricas totais requeridas pelo
sistema em função da vazão:
Hm = Hg + perdas na sucção e recalque = Hg + Hpr + Hps
Hm
Curva do Sistema

Hp4
Hp3
Hp1 Hp2

Hg

Q1 Q2 Q3 Q4 Q

Hp = perda de carga
Hg = altura geométrica
Hm = altura manométrica = Hg + Hp
248

Ponto de Operação
 O encontro da curva do sistema com a curva do rotor (Hm versus Q) nos
fornece o ponto de operação da bomba

Hm Ponto de Operação (Q; Hm)


Curva do Sistema

Hm Curva Característica da Bomba

Q Q
Exercício de Aplicação 06
 Dimensionar uma EEEB para vazão afluente Qa =
10 L/s, considerando:
⚫ Canal de entrada com seção retangular
⚫ Gradeamento com barras de 1 cm espaçadas em 5
cm, com limpeza manual
⚫ Poço de sucção em aduelas de concreto armado
DN 1000mm
⚫ Esquema de instalação e dimensões conforme
figura a seguir
Exercício de Aplicação 06
125

L = 400 m
110

NAmáx
H útil

NAmin
h min
251
Associação de Bombas
Em paralelo
 Bombas operam lado a lado, aspirando água de um mesmo
reservatório
 Bombas em paralelo devem ser idênticas, sob risco de uma
bomba com altura manométrica menor que as demais “afogar”
 Há aumento da vazão
 Curva resultante da associação em paralelo: soma das vazões
de cada bomba
 Utilizado quando não há uma única bomba que atenda a toda
vazão necessária ou, mais frequentemente, quando há
interesse de operar vazões distintas de recalque ao longo do
dia
252
Associação de Bombas
Em paralelo
 Montagem em paralelo
253
Associação de Bombas
Em paralelo
 Curva da associação em paralelo
254
Associação de Bombas
Em série
 Saída da primeira bomba ocorre na sucção da
segunda
 Bombas multiestágios recalcam em série dentro
do mesmo corpo
 Há aumento da altura manométrica

 Curva resultante da associação em série: soma


das alturas manométricas de cada bomba
255
Associação de Bombas
Em série
 Montagem em série
256
Associação de Bombas
Em série
 Curva da associação em série
257

Controle de Velocidade
 A operação de bombas em velocidade variável obedece ao princípio da
semelhança, onde uma bomba é sempre homóloga a ela própria em
velocidades de rotação distintas.
 Leis de similaridade Q 2 n2
=
Q1 n1
2
H 2  n2 
= 
H 1  n1 
3
P 2  n2 
= 
P1  n1 
 Inversores de freqüência: realizam a variação da velocidade de rotação
da bomba, de forma que sua curva característica seja alterada de forma
a manter sempre um parâmetro (Q ou Hm) constante ou dentro de um
valor pré-estabelecido
 Geram economia de energia elétrica e melhores condições operacionais
do sistema (pressões mais controladas)
258

Controle de Velocidade
 Inversor de frequência
Geradores de Energia
Elétrica
 Obrigatório pela NBR 12208/1992 –
Projeto de estações elevatórias de
esgoto sanitário
260

Motores Elétricos

 Corrente Contínua (CC)


⚫ Vantagem: facilidade no controle da rotação
⚫ Desvantagem: necessidade de equipamentos para retificar a
tensão fornecida pela rede em CA
⚫ Pouco utilizado em saneamento, pois o controle de rotação pode
ser facilmente feito através de inversores de frequência
261

Motores Elétricos
 Corrente Alternada (CA)
⚫ Velocidade de rotação síncrona:

120. f
Nsi =
p
⚫ Onde: f é a frequência da rede em Hz e p é o número de pólos, que é
um número par relativo a quantidade de bobinas presentes no
enrolamento do motor.
⚫ Motores síncronos giram com Nsi = cte e necessitam de um motor de
indução auxiliar para partida até que seja atingida a velocidade síncrona
do motor.
⚫ Motores assíncronos possuem certo deslizamento, s, (da ordem de 2 a
5%) e operam com velocidades inferiores, sendo os mais utilizados em
saneamento pela facilidade de operação e altos rendimentos, sendo sua
rotação assíncrona dada por:
N=
120. f
(1 − s )
p
262

Motores assíncronos
 Principais características:
⚫ Potência: 1 CV = 0,9863 HP = 0,7355 kW
⚫ Fator de serviço: reserva de potência do motor, da ordem de
15% (FS=1,15)
⚫ Fator de potência: é o cosseno do ângulo de defasagem
entre a tensão e a corrente:
Pativa
cos =
Paparente
⚫ Potência ativa: mais próxima da aparente, quanto maior o
fator de potência e menor a potência reativa que é aquela
que não produz trabalho útil, apenas circula entre o gerador
e a carga.
263

Potências ativa e reativa


264

Potências ativa e reativa


265
Métodos de Partida de
Motores Elétricos
 Durante a partida a corrente pode chegar a valores
extremos e danosos ao motor em até 9 vezes a corrente
nominal
 Há pico na hora que o eixo começa a se mover, caindo a
medida que atinge a velocidade nominal
 Partidas diretas causam quedas de tensão da rede
elétrica e ficam limitadas a motores até 5 CV
266

Chave estrela-triângulo

 Potências até 30 CV
 Liga o motor em estrela
 Opera o motor em triângulo depois de atingida a velocidade
nominal
 Reduz a corrente de partida em 1/3
267

Chave compensadora

 Potências entre 15 e 100 CV


 Reduz a corrente de partida com relés e autotransformadores
268

Soft-starters

 Dispositivo
eletrônico que
produz uma rampa,
programável, da
corrente de partida
269

Orçamento
 Fontes de custos unitários
⚫ Revista Construção – Editora PINI
⚫ SINAPI – Sistema Nacional de Pesquisa de Custos e Índices da
Construção Civil – Site: caixa.gov.br (não tem BDI)
 BDI – Bonificação e Despesas Indiretas
⚫ Elemento orçamentário destinado a cobrir todas as despesas que, numa
obra ou serviço, classificam-se como indiretas, ou seja, aquelas que não
expressam diretamente nem o custeio do material nem o dos elementos
operativos sobre o material — mão-de-obra, equipamento-obra,
instrumento-obra etc.
⚫ Consideram também lucro, despesas administrativas e impostos.
⚫ Normalmente varia entre 25 e 30%
270

Orçamento
 Exemplo de composição de BDI
Item Descrição Taxa, %
1 ADMINISTRAÇÃO LOCAL
1.1 Mão-de-obra indireta 0,85
1.2 Transporte de pessoal 0,70
1.3 Materiais de consumo administrativo 0,10
1.4 Veículos e equipamentos 0,50
1.5 Medicina do trabalho 0,50
1.6 Seguros 0,35
1.7 Ferramentas 0,25
Total 1 3,25

2 IMPOSTOS E TAXAS
2.1 PIS 1,65
2.2 ISS 5,00
2.3 COFINS 7,60
Total 2 14,25

3 ADMINISTRAÇÃO CENTRAL
3.1 Escritório central 1,00
3.2 Viagens de supervisão 0,50
Total 3 1,50

4 DESPESAS FINANCEIRAS
4.1 Despesas diversas 0,20
Total 4 0,20

5 BENEFÍCIOS
5.1 Lucro 7,80
Total 5 7,80
B.D.I. FINAL (1+2+3+4+5) 27,00
271

Orçamento
Roteiro básico para orçamento de rede coletora de esgoto
Sinalização de trânsito – R$/m
Corte e remoção de pavimento – R$/m
Escavação mecânica – R$/m³
Escavação manual – R$/m³
Fornecimento de tubulação – R$/m
Assentamento de tubulação – R$/m
Reaterro Compactado de vala – R$/m³
Construção de Poços de Visita – R$/un
Fornecimento e assentamento de tampão em FoFo – R$/un
Cadastro Técnico – R$/m
Reposição de pavimento – R$/m²
272
Cronograma Físico-
Financeiro
 Deve abranger todas as etapas da obra
 Deve associar a seqüência de cada etapa com a etapa anterior,
enquanto pré-requisito para sua execução
 É usual a freqüência mensal, mas a melhor é aquela mais
adequada ao projeto
273

Memorial Descritivo
Caracterização do empreendimento
Interessado (cidade, bairro)
Local de implantação
Interligação a sistema existente

Características de projeto
Analise populacional
Vazões de projeto
Diretrizes da concessionária
Fórmulas utilizadas
Planilhas de cálculo
274

Memorial Descritivo
Memorial Construtivo
Generalidades (normas, diretrizes)
Canteiro de obras (NR-18)
Locação da obra
Trânsito e Segurança
Sinalização de obras
Escavações (valas, rochas, escoramentos, interferências)
Fornecimento de materiais
Especificação de bombas
Especificação técnica de painéis e acionamentos elétricos
Reaterro de vala (compactado a cada 20cm)
Controle tecnológico do concreto
Formas
Escoramento
Aço
Concretagem
Impermeabilização
Pára-raios
Iluminação de sinalização e emergência
Limpeza da área de trabalho
Cadastro Técnico
Lista de materiais hidráulicos
Lista de materiais elétricos
275

Fim

Obrigado!

dmanzi@gmail.com

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