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ADUTORAS

Adutoras em conduto livre

Prof. Arthuro Munay Dantas da Silveira


HIDRÁULICA DE CANAIS PARA
ADUTORAS EM CONDUTO LIVRE
 Características dos conduto forçados:
 Tubulação fechada;
 Seção plena;
 Pressão diferente da atmosférica;
 Escoamento por gravidade ou por bombeamento.
 Nos condutos livres ou canais:
 Pressão atmosférica;
 Seção semipreenchida aberta (canais de irrigação ou drenagem) ou
fechada (esgotos e galerias de águas pluviais).
 Escoamento sempre por gravidade.

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HIDRÁULICA DE CANAIS PARA
ADUTORAS EM CONDUTO LIVRE
 Quanto às linhas piezométricas e de energia, ressalta-se que a L.P. sempre
coincide com a linha d’água.
 A carga de pressão (P/γ ) será substituída pela altura da lâmina líquida (y)
ou pela relação (y/D).

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HIDRÁULICA DE CANAIS PARA
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 Área Molhada (Am): é a área da seção de escoamento, normal a direção


do fluxo.
 Perímetro Molhado (Pm): é o comprimento da parte da fronteira sólida da
seção do canal (fundo e paredes) em contato com o líquido.
 Raio Hidráulico (Rh): É a relação entre a área molhada e o perímetro
molhado Am
RH =
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 Altura da lâmina d’água (y): é a distância vertical do ponto mais baixo da


seção do canal até a superfície livre.
 Altura de escoamento da seção(h): é a altura do escoamento medida
perpendicularmente ao fundo do canal.

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ADUTORAS EM CONDUTO LIVRE

 Largura de topo (B): é a largura da seção do canal na superfície livre,


função da forma geométrica e da altura da lâmina.
 Altura Hidráulica (Ah): é a relação entre a área molhada e a largura da
seção do canal na superfície livre.
A
Hm =
B
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 Declividade de Fundo (I0): é a declividade longitudinal do canal. Em geral


as declividades são baixas, podendo ser expressas por:

Io = tg α ≡ sen α

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HIDRÁULICA DE CANAIS PARA
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 No escoamento em canais, a superfície livre coincide com a linha
piezométrica.

P v2 v2
H= z+ + =z+𝐲+
γ 2g 2g

 Perceba que, a carga de pressão (P/γ) do escoamento forçado equivale


a altura da lâmina líquida (y) nos canais.

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HIDRÁULICA DE CANAIS PARA
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 Equação de chezy:

𝑣 = 𝐶. 𝑅ℎ . 𝐼 (1)
 Onde:
V = Velocidade média do escoamento (m/s);
Rh = Raio Hidráulico (m);
I = Inclinação da tubulação (m/m);
C = Coeficiente de Chézy
 Sabendo que:

Q = 𝑣. 𝐴 (2)

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 Equação de Chézy:

𝑄 = 𝐶. 𝐴. 𝑅ℎ . 𝐼 (3)
 Está é a equação fundamental do escoamento permanente uniforme em
canais.
 Diferentes fórmulas empíricas são propostas para o cálculo do coeficiente
de Chézy ligando-o ao raio hidráulico da seção. Uma relação simples, e
atualmente a mais empregada, foi proposta por Manning em 1889, sendo:

𝑅ℎ 1/6
𝐶= (4)
𝑛

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 Substituindo a equação (4) na equação (1) temos:
1
𝑉= R h 2/3 . 𝐼1/2 (5)
𝑛
 Está é a fórmula de Manning para escoamentos permanentes uniformes e
turbulentos rugosos.
 Mesclando com a equação da continuidade, temos:
1
𝑄 = . 𝐴. 𝑅ℎ 2/3 . 𝐼1/2 (6)
𝑛

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 Em condutos livres a vazão é calculada pela fórmula de Manning, eq. (6).

𝑦
𝑎 = 2. cos 1 − 2 (7)
𝐷

𝐷2
𝑆 = 𝑎 − 𝑠𝑒𝑛 𝑎 . (8)
8

𝑎. 𝐷
𝑃= (9)
2

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 Em dimensionamento de canais, o projetista deve decidir primeiro a forma
geométrica da seção e, em seguida, suas dimensões para dada vazão,
declividade e rugosidade.
 Não existe apenas uma seção que satisfaça a Manning, existem várias. A
escolha se dará considerando condições de contorno externas como
interferências, avenidas construídas, limitação de profundidade, lençol
freático, etc.
 Assim, o dimensionamento do canal, embora simples e rápido sob a ótica
do equacionamento hidráulico, envolve fatores técnicos, construtivos e
econômicos mais importantes.

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 Observando a fórmula de Manning
1
Q = . A. R h 2/3 . I1/2
n
 Verifica-se que para declividade e rugosidade fixadas, a vazão será
máxima (Qmáx) quando o raio hidráulico (Rh) for máximo, que ocorre
quando o perímetro molhado (Pm) for mínimo.
 Para um canal trapezoidal, a condição de mínimo perímetro molhado é
dada por:

𝑏 = 2. 𝑦0 . 1 + 𝑧2 − 𝑧

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HIDRÁULICA DE CANAIS PARA
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 Para um canal retangular, a condição de mínimo perímetro molhado é
dada por:

𝑏 = 2. 𝑦0

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EXERCÍCIOS

1) Um canal de seção trapezoidal, de taludes inclinados de α = 45° e de declividade


de fundo de 40 cm/km, foi dimensionado para uma determinada vazão Q0, tendo-
se chegado às dimensões da figura apresentada a seguir. Nestas condições pede-se
para n = 0,02, o valor da vazão de projeto Q0.

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EXERCÍCIOS

2) Supondo que o projeto do exercício anterior venha a ser refeito com a vazão Q1 =
8 m3/s e que a seção deva ser retangular, qual a sua profundidade a fim de que o
canal seja de mínimo perímetro molhado?

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EXERCÍCIOS

3) Dimensione um canal trapezoidal com taludes 2H:1V, declividade de fundo


I=0,0010 m/m, revestimento dos taludes em alvenaria de pedra argamassada em
condições regulares, para transportar uma vazão Q=6,5 m3/s. Utilize a razão b=4yo.
Calcule a velocidade média e verifique se a seção encontrada é de mínimo perímetro
molhado.

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EXERCÍCIOS

4) Uma adutora por gravidade em conduto livre com taludes 2,5H:1V, declividade de
fundo I=30 cm/km, foi dimensionada para uma determinada vazão de projeto, Q0,
tendo-se chegado a uma seção com largura de fundo b =1,75 m e altura d’água y
=1,4 m.
a) Qual a vazão de projeto
b) Se o projeto deve ser refeito para uma vazão Q1 = 6 m3/s e a seção é retangular,
em concreto, qual será a altura d’água para uma largura de fundo igual ao dobro
do anterior?

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