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MECÂNICA DOS FLUÍDOS – CAP-07

- Escoamento Permanente de Fluído Incompressível em Condutos


Forçados.

⇨ Vimos que a equação da energia


H1 + HM = H2 + HP12

- A carga em 1 (H1) e a carga em 2 (H2), eram conhecidas ou fácil de ser


determinada, restando conhecer HP12 para se determinar a HM.
Objetivo:
O objetivo deste capítulo é estabelecer métodos para determinação da
perda de carga H12, para se resolver a equação acima, qualquer que seja a
incógnita de projeto.

- Condutos
É qualquer estrutura sólida destinada ao transporte de fluídos.
- Classificação
São classificados quanto ao comportamento dos fluídos em seu interior.
a-Forçados: Quando o fluído que escoa, preenche totalmente o conduto,
não tem superfície livre.
b-Livre: Quando o fluído que escoa, apresenta uma superfície livre.

1
- Raio e Diâmetro Hidráulico RH
- RH→ Raio hidráulico
-RH = A/ σ A→ área transversal ao escoamento
σ→ perímetro molhado
DH=4 RH

- Rugosidade
Os condutos apresentam asperezas nas paredes internas, que influem a
perda de carga dos fluídos em escoamento. Supõe-se que essas asperezas
apresentam alturas uniformes, e será indicada por Ɛ, denominada
rugosidade uniforme.

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Para efeito de estudo, a perda de carga não depende diretamente de Ɛ,
mas do quociente DH/Ɛ, que será chamado de rugosidade relativa.

- Classificação das Perdas de Carga

Em conduto, perda de carga é energia perdida pela unidade de peso do


fluído quando escoa.
hf→ perda de carga distribuída:
acontece aos longos dos tubos retos de seção constante, devido ao
atrito.
hs→perda de carga singular:
acontece em locais da instalação em que o fluído sofre
perturbações bruscas: ex. curvas, registros, cotovelos, estreitamento.

Entre (1e2), (2 e 3), (3 e 4), (4 e 5), e (5 e 6); existem perdas distribuidas.


Em (1) estreitamento brusco, (2) e (3) cotovelos, (4) estreitamento, (5)
válvulas; existem perdas singulares.
Em uma instalação completa, temos:
HP12 = Σhf + Σhs

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- Estudo da perda de carga distribuida (hf)
As hipóteses estabelecem que:
a-Regime permanene, fluído incompressível.
b-Condutos longos, para que no trecho considerado possa alcançar regime
dinâmicamente estabelecido.
c-Condutos cilíndricos, isto é, seção transversal constante
d-Diagrama de velocidades seja o mesmo em cada seção.
e-Rugosidade uniforme na seção
f-Trecho considerado sem máquinas

Dentre essas hipóteses, serão aplicadas entre as seções (1) e (2) as


equações:
a-Equação da Continuidade.
Fluído incompressível: Q1 = Q2 → v1.A1 = v2.A2
Mas como o conduto é cilindrico, então: A1 = A2 → v1 = v2 = cte
Logo, a velocidade deve ser constante em cada trecho escolhido para
cálculo da perda de carga distribuída.

- Equação da Energia
Equação da energia entre as seções (1) e (2) nas quais não há máquinas.

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H1 = H2 + HP12
hf=H1 – H2 = ΔH
Pode-se concluir que a perda de carga distribuida entre duas seções de
um conduto é igual á diferença entre as cargas totais das duas seções,
mantidas as hipóteses (a) e (f).

A Soma

será chamada de Carga Piezométrica (CP)


Adotado um PHR, a carga piezômetrica, será, em cada seção, a distancia
do nível superior do líquido no pezômetro até o PHR.
Observe que pela equação, a perda de carga é dada pela diferença
piezômetricas das duas seções. Isso permite estabelecer um método para
determinação da perda de carga.
Se forem instalados muitos piezômetros entre as seções, então teremos
carga piezômétrica:

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O lugar geometrico dos pontos:

é chamado de linha Piezômétrica (LP).


- Linha de energia, é o lugar geométrico dos pontos:

Ou seja, soma de:

à linha piezômétrica.

A diferença de cotas entre dois pontos quaisquer da linha da energia


fornecerá o valor da erda de carga no trenho considerado, isto é, as
seções correspondentes aos dois pontos.

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- Equação da quantidade de movimento.
Lembrando que Fs, é a força resultante das pressões e tensões de
cisalhamento da parede sólida sobre o fluído.

- Equação da perda de carga distribuida


Seja o valor de:

:coeficiente de perda carga distribuida

: equação perda carga distribuida.


L→ comprimento da tubulação
DH → diâmetro da seção do tubo
Re → número de Reynolds
f→ coeficiente da perda carga distribuída
v→ velocidade do escoamento.
g→aceleração da gravidade.

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- Experiencia de Nikuradse
Nikuradse realizou uma experiencia para se determinar o valor de:

para condutos com rugosidade uniforme. Colocou na parte interna do


conduto, areia com rugosidade uniforme, fixou valores de L, Ɛ, DH, ρ e μ;
no dispositivo montado.
-Para diversas aberturas de válvula, e portanto, diversas velocidades do
fluído, obteve os valores de p1 e p2 nos manômetros da instalação.

= Equação de Reynolds

8
• Na região ( I ), temos Re < 2000; escoamento é Laminar, não há
necessidade do diagrama, e valor de f = 64/Re fica determinado, e tem reta
única para todos (DH/Ɛ).
• Na região ( II ), temos 2000 < Re < 2400; relativo a transição entre Laminar
e Turbulento. Acima de Re=2400, o regime será turbulento no conduto, mas
junto a parede existe uma subcamada limite, em que o movimento é
laminar. Esta subcamada tem altura (δ). Se δ>Ɛ→ laminar, se δ< Ɛ→
turbulento.
• Na região ( III ), as curvas ( DH/Ɛ ) é grande e crescente para baixo. A curva
III, corresponde ao chamado regime hidraulicamente liso.
• Na região ( IV), é compreendida entre a região (III) e a reta (xy). Nessa
região o coeficiente f depende (Re, DH/Ɛ), é de transição entre a curva(III)
do hidraulicamene liso e a região (V) do hidraulicamente rugoso.
• Na região (V), as curvas (DH/Ɛ), ficam paralelas ao eixo dos numeros de
Reynolds e mostra que dada uma curva (DH/Ɛ), a partir do ponto de
intersecção (xy), f independe de Reynolds.

- Condutos Industriais

Na experiência de Nikuradse, criou o conceito de rugosidade


equivalente K, isto é, o valor corresponde a Ɛ do tubo artificial.
Em termos mais simples, a rugosidade equivalente k é uma
rugosidade ficticia, uniforme, que substituida no lugar da rugosidade real
de um tubo industrial, causa o mesmo efeito.
Moody construiu para tubos reais, o diagrama conhecido como
diagrama de Moody Rouse. Do lado esquedo do diagrama, observa-se o
valor das rugosidades equivalentes de diversos materiais.
Note-se que ao utilizar o diametro hidráulico nas expressões:

9
- Elas valem para condutos de qualquer seção, circular ou não.

- Problemas típicos envolvedo apenas perda de carga distibuida.

- Sejam problemas em que estejam envolvidas as variáveis L, DH, Q, √, k, e


hf, podem-se observas três casos importantes.

Para efeito de calculo, valor seguir para esses tres casos so será validos se
HP12 = hf12, isto é, hs=0.

10
-

11
1-Exemplo/pg.176
Determinar a perda de carga por km de comprimento de uma
tubulação de aço de seção circular de diamentro de 45 cm. O fluído é óleo
√=1,06 x 10-5 m²/s e a vazão de 190 L/S. Verificar k do tubo na tabela.
K= 4,6 x 10-5 m, seção circular onde D=Dh = 0,45m; g=10 m/s²
- Conhecidos: L; DH; - Desconhecido: f, v; - Cálculo da Velocidade.

- Determinbação do Fator f (fator de carga distribuida)

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14
2-Exemplo/pg.179
Calcular a vazão de água num conduto de ferro fundido, sendo dados
D=10 cm e ν = 0,7 x 10-6 m²/s e sabendo-se aqe dois manômetros instalados
a uma distância de 10 m indicam, respectivamente, 0,15 MPa e 0,145MPa,
com ΥH2O=104 N/m³
P1=0,15 MPa P2=0,145 MPa, ν= 0,7 x 10-6 m²/s, D= 10 cm = 0,1 m

- Aplicando a equação da energia de (1) á (2)

Valor de K (ferro fundido ) na tabela → k = 2,59 x 10-4 m

15
- Cálculo de Re e DH/K

No diagrama de Moody Rouse, temos:

16
- Cálculo da velocidade:

- Novo Cálculo de velocidade, obtendo -se Re (gráfico)

17
⇨ Perda de Carga Singular
A perda de carga é singular quando é produzida pr uma perturbação
brusca no escoamento do fluído.
Estas perturbações são produzidas por: válvulas, registros, curvas,
alargamentos bruscos..etc.
No fenômeno de perda de carga singular, a função caracteristica é:
Υ.hs = f (v, √, ρ, grandezas geométricas da singularidades), onde v é a
velocidade de referência e as grandezas geométricas são caracteristicas
para cada singularidade.
Num alargamento brusco, são grandezas geométricas caracteristicas
as áreas A1 e A2, conforme figura abaixo.

O valor numérico da função φ para um certo valor de Reynolds e para


certos valores dos coeficientes de forma, será indicado por Ks, e será
chamado de coeficiente de perda de carga singular.
Portanto:

Onde: Ks= φ (Re, coeficiente adimensional de forma)


No caso do alargamento brusco:

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- Para número de Reynolds elevados, o fenômeno passa a depender das
forças viscosas, logo:
Ks= φ (coeficiente de forma)
- Valores de Ks, são fornecidos na tabela a seguir.

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⇨ Método do Comprimento Equivalente
Comprimento equivalente de uma singularidade é o comprimento
fictício de uma tubulação de seção constante de mesmo diâmetro, que
produziria uma perda distribuída igual à perda singular da singularidade.
Sua determinação pode ser feita da seguinte forma:

Igualando as duas expressões, e pela definição de comprimento


equivalente Leq, tem-se:

Na pratica, os comprimentos equivalentes são tabelados, de forma


que numa instalação todas as singularidades possam ser reduzidas a
comprimento imaginários de condutos, e o cálculos da perda total é dado
por:

20
- Exemplo/186
No trecho (1) e (5), de uma instalação existem: uma válvula de gaveta
(2), uma válvula tipo globo (3), e um cotovelo (4). Sendo a tubulação de aço
de diâmetro = 2” (5cm), determinar a perda de carga entre (1) e (5) sabendo
que a vazão é de 2 L/s e que o comprimento da tubulação entre (1) e (5) é
de 30 m, dados (√= 10-6 m²/s).

O comprimento da singularidade é desprezado e supõe-se que a perda de


carga distribuída seja devida a 30 m de tubulação. Isto será observado em
todos os exercícios deste capítulo.

Da tabela do fabricante tem-se:

Tudo se passa, como se a tubulação tivesse um comprimento de:

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Para efeito de cálculo de perda de carga:

Cálculo da velocidade:

Então:

Para o aço, tem-se o Kaço em tabela:

Então na equação tem-se:

Com Re = 5 x 104 e (DH/K) = 1090, em Moody-Rouse, tem-se: f= 0,025

22
- Logo, a perda de carga de (1) a (5), tem-se que:

⇨ Instalação de Recalque
É um conjunto de equipamentos que permite o transporte e controle
de vazão de um fluido, composto de: um reservatório, tubos,
singularidades, máquinas e um reservatório de descarga.
A tubulação que vai desde a tomada até a máquina, chama-se
“tubulação de sucção” e geralmente contém uma válvula de pé com crivo
na entrada, que nada mais é uma válvula de retenção com filtro.
Esta tem o objetivo de não permitir a entrada de detritos na máquina
e a válvula de retenção não permite o retorno do fluído ao se desligar a
bomba.

A tubulação que liga a bomba ao reservatório de descarga chama-se


“tubulação de recalque”, e contém em geral, uma válvula de retenção e um
registro para controle de vazão.
O objetivo na instalação, é a determinação da potência da máquina
hidráulica instalada.

23
- Aplicando a equação da energia entre as seções (1) e (e) da bomba:

Adotando PHR em (1), e sendo o reservatório de grandes dimensões,


aberto á atmosfera, conclui-se que H1 = 0

Todos os termos entre parênteses são positivos, logo:

Em escala absoluta, em-se:

Se Pv é a pressão de vapor do líquido á temperatura do escoamento, pode


acontecer que:

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- Nesse caso, haverá formação de vapor na tubulação de sucção nos pontos
onde vigora a condição citada.
O fenômeno de formação de vapor, em tubulação ou máquinas
hidráulicas, devido à baixa pressão, chama-se “cavitação”.
A cavitação é prejudicial, pois as bolhas de vapor, alcançando pontos
de maior pressão condensam bruscamente e implodem com grande
liberação de energia, causa vibrações e uma erosão particular devido a
agitação e choques das partículas do liquido sobre as paredes sólidas.
A cavitação faz com que o rendimento das máquinas alcance valores
muitos baixos.
Para evitar tal fenômeno, a condição necessária é:

A tabela, fornece a variação de Pv com a temperatura para o caso da água.

A condição,

nem sempre é suficiente para evitar a cavitação,


mesmo que o fluído entre na máquina obedecendo àquela condição, é
possível que haja formação de bolhas de vapor em seu interior.
Na pratica, deve-se calcular o chamado HPSH (Net Positive Suction
Head).
Para as condições da equação Peabs, para se manter a manutenção
dessa desigualdade, tem-se:
a-Menor velocidade no tubo de sucção. Fixada a vazão, esse resultado só
pode ser obtido com tubos de maior diâmetro.
b-Menor conta Z. As vezes a bomba pode trabalhar afogada (Z negativo).
c-Menor perda distribuída e singulares na tubulação de água.

25
-Exemplo-p182
Na instalação da figura, a bomba B recalca água do reservatório R1
para o reservatório R2, ambos em nível constante. Desprezando as perdas
de cargas singulares, determinar:
a-Qual a vazão na tubulação.
b-A potência da bomba em kW para um rendimento de 73%.
Dados: D=10 cm, L=50 m (comprimento total da tubulação); tubos de ferro
fundido K= 2,5x10-4 m; hf=4m; g= 10 m/s²; √=10-6 m²/s; Υ=104 N/m³.

26
- Solução.
a-Qual a vazão na tubulação.
b-A potência da bomba em kW para um rendimento de 73%.
Dados: D=10 cm, L=50 m (comprimento total da tubulação); tubos de ferro
fundido K= 2,5x10-4 m; hf=4m; g= 10 m/s²; √=10-6 m²/s; Υ=104 N/m³.

- Como as perdas de cargas são desprezíveis, então o problema se refere ao


segundo caso.

- Calculando Re √f para entrar do Diagrama de Moody Rouse.

- Substituindo valores:

- Cálculo da curva ou rugosidade relativa DH/K

- Lembrando que Re e DH/K, são adimensionais

27
- No diagrama de Moody Rouse, para determinação do fator de perda de
carga distribuída: f = 0,025

- Substituindo f = 0,025 na equação para cálculo da velocidade:

- Com a velocidade, vamos calcular a vazão.

b) Equação da Energia entre (1) e (2)

- Isolando a carga da bomba:

- Mas sabemos que:


H2 – H1 = HB – HP1,2

28
- Como os tanques são de grandes dimensões e abertos à atmosfera, tem-
se:

- Temos que a perda de carga:

- Substituindo hf1,2 na equação, temos que:

- Cálculo da Potência da bomba em kW e rendimento de ƞ = 0,73

-Exemplo-p183
Dada a tubulação da figura, cuja seção (2) está aberta á atmosfera,
pede-se calcular:
a-A perda de carga entre (1) e (2).
b- Qual a vazão em volume.
Sabe-se que o escoamento é Laminar
Dados: Υ=9000 N/m³; ν= 0,5 X 10-3 m³/s; L1,2 = 30 m; D=15 cm; p1= 32,8KPa

29
- Solução:

a-A perda de carga entre (1) e (2).


b- Qual a vazão em volume.
- Sabe-se que o escoamento é Laminar.
Dados: Υ=9000 N/m³; ν= 0,5 X 10-3 m³/s; L1,2 = 30 m; D=15 cm; p1= 32,8KPa

-Aplicando a equação da energia entre (1) e (2)


H1 + HB = H2 + HP1,2
- Carga bomba é HB = 0; sem bomba no trecho
- A perda de carga entre 1 e 2 é
HP1,2 = H1 - H2 =

- Pela equação da Continuidade, v1 = v2


- Regime estabelecido, α2 = α1
- Pressão em P2 aberto a atmosfera P2 = 0
- Cota de Z1 = Z2
- Tem-se que a perda de carga é
HP1,2 = hf1,2 = P1/ Υ

30
-

- Não se conhece f e não se conhece a viscosidade cinemática, mas sabe-se


que o escoamento é Laminar.
f = 64/Re
- Então:

- Substituindo:

- tem-se:

- Cálculo da Vazão:

31
4.12- Um túnel aerodinâmico foi projeto para que na seção de exploração
A a veia livre de selão quadrada de 0,2 m de lado tenha uma velocidade
média de 30 m/s. As perdas de carga são:
a-Entre: a e 0, é de 100 m b-Entre: 1 e A, é de 100 m
Calcular a pressão nas seções 0 e 1 e a potência do ventilador se seu
rendimento é de 70% (Υar = 12,7 N/m³).

Resp:

32
- Equação da Energia de (1) á (A)
H1 = HÁ + HP1A

- Cálculo da velocidade, Equação da continuidade

- Cálculo da Pressão em 1

- Equação da Energia de A a 0

33
- Equação da Energia de 0 a 1

- Cálculo da Potência do Ventilador

34
⇨Linhas de Energia e Piezométrica

• A linha de energia (LE), é o lugar geométrico dos pontos:

• A linha piezométrica (LP), é o lugar geométrico dos valores:

Em um trecho do conduto reto de seção constante, são retas


paralelas decrescentes no sentido do escoamento e que, nesse caso, a
diferença entre a cota de dois de seus pontos corresponde à perda de carga
no trecho entre as duas seções correspondente do conduto.

No trecho da existência de perdas singulares, as LE, e LP, não tem


andamento definido, sendo representadas por uma linha sinuosa.

No caso de uma máquina, as duas linhas serão crescentes, se esta for


uma bomba, e decrescentes, se for uma turbina.

35
- Exemplo.

- Esboçar as LP e LE, qualitativamente, para as instalações das figuras.

36
37
-Exemplo/189

- Solução:
Os diâmetros de sucção e recalque são diferentes, logo o calculo das
perdas de carga deverá ser feito separadamente. Se os diâmetros fossem
os mesmos, poderíamos efetuar um cálculo diretamente entre as seções (0)
e (8).

a)- Aplicando a equação da Energia de (0) a (8).

38
- Adotando o PHR no nível (0), tem que Ho = O

- A perda de carga de (0) a (8), tem que ser levado em consideração as


perdas distribuídas e singulares:

- Cálculo das perdas


⇨ SUCÇÃO:
- Cálculo da velocidade.

- Cálculo da Perda Distribuída: Reynolds e Rugosidade

- No diagrama Moody-Rouse, Re= 3,4 x 105 e (DH/k)S = 103; tem-se: f=0,021

39
- Cálculo da perda distribuída na sucção com f=0,021

- Cálculo da perda de carga singular na sucção hs

- Perda de carga de (0) a (e), distribuída e singular na sucção: hf + hs

⇨ RECALQUE:
- Aplicando equação da continuidade na tubulação de sucção e recalque
VS DS = VR DR

- Cálculo da perda distribuída no recalque.

- No diagrama Moody-Rouse; Re= 5,1 x 105; (DH/K)R = 666; fR=0.023

40
- - Cálculo da perda distribuída no recalque com fR=0,023

- Cálculo da perda de carga de (s) a (8), distribuída e singular: hfR + hsR

- Cálculo da perda de carga singular na sucção hsR

- Cálculo da perda de carga de (s) a (8), distribuída e singular: hsR

- Cálculo da perda de carga de (s) a (8), distribuída e singular: hfR + hsR

41
- Cálculo da perda de carga total na instalação. de (0) a (8).

- Voltando na equação da Energia:

- A Potência da bomba será de:

- Cálculo da Pressão na entrada.


Aplicando a equação da energia de (0) a (e)
He = 0 e HM = 0

- Logo:

- Na escala Absoluta:

- Tubulação de sucção, bem dimensionada.

42
- Exercicio-7.5

43
- Solução

(*)

-a)- Cálculo da perda de carga de HP0,4

- Substituindo na equação (*)


H0 + HB = H4 + HP0,4 → 0 + HB = H4 + HP0,4

HB= 24 m

44
-b) Cálculo do Coeficiente da perda de carga distribuída (f)

V = 5,1 m/s

f = 0,01

45
c- Cálcular a perda entre (4) e (10) ; HP4,10
Os tubos tem mesmo diâmetro e memo material e mesmo fluido, logo
F= 0,01

= 26 m

HP4,10 = 26 + 3,9 = 29,9 → HP4,10 = 29,9m

d) Cálculo da Potência da Turbina; para um rendimento de 29%


H4 – HT = H10 + HP4,10 PHR, nível (10) ; v4 = 0 ; H10=0; v10=0

H4 = 2,4 + 84 = 86,4 m

H10 = 0

46
H4 – HT = H10 + HP0,10
86,4 – HT = 0 + HP4,10 → 86,4 – HT = 29,9 → HT= 56,5m

e) Comprimento equivalente das singularidades da instalação

47
-Exercícios/193
Dada a instalação da figura, determinar qual é o trecho que está com
pressão negativa e qual o valor da cota Z0. Dados:

- Determinar a cota Z0, da instalação.


- Aplicando a equação da energia entre (0) e (5).
H0 + HB= H5 + HP05
- Os tanques são de grandes dimensões e abertos à atmosfera, logo (v=0) e
Patm na escala efetiva (P=0).
• Desenvolvendo H0, temos que é igual a zero H0 =0, devido a PHR.
H0 = Z 0
• Desenvolvendo H5, temos que é igual a origem no PHR.
H5 = Z5 = 20 m
• Foi dado o valor da potência da bomba, portanto, pode-se calcular carga
manométrica.

48
• Cálculo das Perdas de Cargas:

(*)

• Pelo diagrama de Moody-Rouse, tem-se f = 0,031

- Substituindo (f) na equação (*), tem-se o valor da perda de carga.

49
• Levando-se todos os dados na equação da energia, tem-se:

H0 + HB= H5 + HP05

Z0 = 3,34 m
- Nota-se que o resultado tem um significado físico muito ilustrativo. O fato
de Z0 ser de 3,34 m, significa que a carga manométrica de 36,3 m, não é
suficiente para vencer a as perdas e os 20 m do tanque de descarga.
- O fluido precisa de uma energia potencial inicial de 3,34 m, já calculados.
- Vamos calcular qual trecho da instalação está com energia de pressão
negativa, isto é, menor que a pressão atmosférica.
- Observar que este trecho estará na parte da tubulação de sucção.
→ Cálculo da Pressão no ponto (A), antes da válvula.
→ Vamos montar a equação da energia entre (0) e (A)

• Os resultados obtidos, são aqui aplicados.

- Cálculo da velocidade, mas a velocidade é a mesma em toda a instalação,


devido a diâmetro ser constante.

50

• Sabemos que a linha Piezométrica num trecho reto de seção constante, é
uma reta. Calcula-se a pressão no ponto B a jusante da válvula (2), e a
pressão no ponto (e), de entrada da bomba. Tais pressões como Z B=Ze=0,
marcadas es escala num desenho, serão dois pontos da L.P, que portanto
pode ser traçada.
→ Cálculo da pressão no ponto (B).
• Aplicando a equação da energia de (A) e (B)

- Pela equação da continuidade: temos que: VA = VB

51
• Pressão no ponto (e)
• Aplicando a equação da energia entre (B) e (e)

• Aplicando a L.P entre (B) e (e).

• Calculo pela semelhança de triângulos:

52
• Trecho com pressão negativa está a (0,8 m) da entrada da bomba.

- Exercício-7.26
- Para a instalação da figura abaixo, pede-se:

Dados: Q = 31,4 L/s; tgß = 0,2; Υ = 8.000 N/m³; ν = 10-4 m²/s; KS1 = 16; LEq=
20 m; P= 32 kPa; D=20 cm; d = 10 cm.
a-Calcular a altura h (m).
b-Determinar o tipo de máquina.
c-Qual a potência da máquina se o rendimento for 0,7.

- Solução.

53
- Solução:

- A Linha Piezométrica representa a perda de energia.


- Vemos a pressão diminuir no sentido do fluxo, logo, o fluxo é (5) para (0).
- Cálculo da perda de carga distribuída de (4) para (3), utilizando a L.P e tgß.

- Cálculo da velocidade do fluído para o tubo de d=10 cm

- Cálculo do Fator de Perda de carga distribuída de no trecho (4); (3).

54
- Sabemos que: HP5,3= hf4,3 + hS4
- Perda de carga total no trecho (5) e (3): HP4,3

- Aplicando equação da Energia de (5) a (3).

- Cálculo da Perda de Carga de (5) a (3)

55
- Aplicando a equação da energia de (5) a (3).

b-Determinar o tipo de máquina.


→P3= 0: na entrada da máquina
→P2 é maior na saída. P2 > P3→ temos uma bomba.

c- Cálculo do fator de perda de carga distribuída de f21

56
-
- Cálculo da Perda de carga distribuída (2) e (1).

- Cálculo da Perda de carga total

57
- Equação da Energia de (3) a (0).

58
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60
61
62
-Exercício-7.13/200
A instalação da figura será utilizada para transporte de 12 L/s de água,
do reservatório A para o reservatório C, ambos mantidos a nível constante.
A bomba será adquirida do fabricante X, que produz bomba de potência
nominal: (0,5; 1,0; 1,5; 2,0; 3,0; 4,0; e 5,0) CV. Todas com rendimentos 82%.
Dados: D=10cm; d=8cm; K=5x10-5m, Υ=104 N/m³, ν=10-6m²/s; KS3=0,1;
KS4=KS5=0,5; KS6=1; L2,3=4m; L3,6=15m; g=10 m/s².
-Desprezar as perdas entre as seções 0 e 1. Selecionar bomba apropriada.

- Solução:

- Vamos inicialmente verificar qual melhor ponto para o PHR, que dever ser
a linha passando pelo centro do tubo e bomba.
- Levantamento da equação da Energia 0 a 7.

63
- Lembrando que há perdas de (0 á 7), singular e distribuídas.

- Cálculo das velocidades de (V23; V).

- Cálculo de Reynolds Re; DH/K para os diâmetros.

64
-

- Substituindo na equação da (Hp07), para cálculo da perda total.

HP07 = 0,0877 + 1,044 + 0,599 = 1,73


HP07 = 1,73 m

- Cálculo da Carga da Bomba

- Cálculo da Potência da Bomba.

NB = 2,0 CV

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