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ENGENHARIA CIVIL

PROF. ME. VINÍCIUS SCORTEGAGNA

DRENAGEM URBANA
Enchente x Inundações x Alagamentos

Cheia (ou enchente): aumento temporário do nível de água,


sem transbordamento
Inundação: transbordamento das águas de um canal de
drenagem, atingindo as áreas marginais (planície de inundação
ou área de várzea)
Alagamento: acúmulo de água nas ruas e nos perímetros
urbanos em função de problemas de drenagem

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SISTEMAS DE DRENAGEM URBANA

- Sarjetas;
- Bocas de lobo
PARTES CONSTITUÍNTES: - Condutos de ligação;
- Galerias; 3

- Poços e caixas.
SISTEMAS TRADICIONAIS

RELAÇÃO COM OS OUTROS SISTEMAS 4


SISTEMAS TRADICIONAIS

RELAÇÃO COM OS OUTROS SISTEMAS


BOCAS DE LOBO

ESCOLHA!!!???
- VAZÃO;
- INCLINAÇÃO DA VIA E POSIÇÃO;
- DISPONIBILIDADE DE MATERIAL.

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BOCAS DE LOBO

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BOCAS DE LOBO TIPO GRELHA

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BOCAS DE LOBO TIPO GUIA
BOCAS DE LOBO COMBINADA

SOLUÇÕES INTERESSANTES
BOCAS DE LOBO
BOCAS DE LOBO
Galeria

No momento em que não é mais possível


transportar a vazão pela sarjeta, se faz necessária a
utilização das galerias.

Quais são as possibilidades?

• CONCRETO: COM OU SEM ARMAÇÃO

• TUBOS ESTRUTURADOS DE PVC RIB LOC

• PEAD – Polietileno de alta densidade


CONCRETO sem armação
PS 1:

Diâmetros entre 200mm e 600mm;

Carga de resistência mínima de 16 kN/m a 24 kN/m

PS 2:

Carga mínima variando de 24 a 36 kN/m.


CONCRETO

Tubos de concreto armado: Esses tubos já


alcançam um diâmetro maior, podendo chegar até
2000mm.

As nomenclaturas são PA 1, PA 2, PA 3 e PA 4 que


variam de acordo com o tamanho.

Cada uma delas possui uma carga mínima de


fissura e ruptura diferente, dependendo do seu
diâmetro.
DIFERENCIANDO AS COISAS...

PS – Tubos de concreto simples para águas


pluviais.
PA – Tubos de concreto armado para águas
pluviais.

ES – Tubos de concreto simples para esgoto


sanitário.
EA – Tubos de concreto armado para esgoto
sanitário.
Galeria
CONCEPÇÃO
DO TRAÇADO

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Perfil longitudinal

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Perfil longitudinal – Velocidades mínimas e máximas

Os limites de velocidade podem variar


em função do material empregado e da
legislação local:

0,80m/s < V < 5,00 m/s

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Pode ser necessário o uso de


Dissipadores de energia
Perfil longitudinal – Alinhamento geratriz superior
Fonte: VIANA DO COUTO (2018)

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SISTEMAS DE DRENAGEM URBANA - Simulação

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SISTEMAS DE DRENAGEM URBANA

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Posição das bocas de lobo

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Fonte: Watanabe 2014


Posição das bocas de lobo

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Estimativa das Vazões de águas
pluviais

Método Racional:

Onde:
Q é a vazão pluvial, em m3/s.;
C é o coeficiente de escoamento superficial
I é a grandeza que mede a altura da água precipitada na unidade
de tempo, mm/h;
A é a área drenada à montante do ponto considerado, em km²
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Fonte: Plano de Drenagem Urbana de Porto Alegre.
Valores de C por tipo de ocupação:

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Valores de “C” de acordo
com superfícies de
revestimento:

Fonte: Plano de Drenagem Urbana de Porto Alegre.

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Valores de “C” de acordo
com o tipo de ocupação:

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Intensidade de chuva: (I)

A expressão para Passo Fundo é a seguinte:

Fonte: (PMPF 2015)

onde:
I é a intensidade da chuva em mm/h;
t tempo de duração da chuva, ou tempo de concentração em min;
T tempo de retorno; em anos
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Tempo de retorno segundo o manual de
drenagem de Porto Alegre e de Curitiba

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Áreas de contribuição

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TCC Alana Dogenski(2020)
SISTEMAS DE DRENAGEM URBANA

Áreas de contribuição

39
Áreas de contribuição

Microbacias

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Cálculo das vazões nas Sarjetas:
As sarjetas são consideradas como canais a céu aberto

A capacidade de condução da rua ou da sarjeta pode ser calculada a partir de


duas hipóteses:
 a água escoando por toda a calha da rua; ou
 a água escoando somente pelas sarjetas.

O dimensionamento hidráulico pode ser obtido pela equação de Manning


transformada:

onde:
Q: vazão (m³/s);
A: área de seção transversal (m²);
Rh: raio hidráulico (m);
S: declividade do fundo (m/m);
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n: o coeficiente de rugosidade de Manning. Para via pública,
o coeficiente de rugosidade, em geral, é de 0,017.
Cálculo das vazões nas Sarjetas:

Diminuição da capacidade por pequenos sedimentos que possam


obstruir as sarjetas com baixa declividade, assim como carros
estacionados, lixo, etc.

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Cálculo das vazões nas Sarjetas:

No caso das sarjetas devemos fazer a seguinte


consideração:
Para o cálculo usa-se Yo máximo de 0,15 cm
e a largura da rua

Qs>Qp neste caso não devemos colocar galeria de água pluvial


Qs<Qp devemos colocar uma galeria de água pluvial

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Cálculo das vazões nas BLs:
Quando a água acumula sobre a boca-de-lobo, gera uma lâmina com altura menor do
que a abertura da guia. Esse tipo de boca de-lobo pode ser considerado um vertedor,
e a capacidade de engolimento será:
onde:
Q: vazão da boca de lobo (m³/s);
y: altura de água próxima à abertura na guia (m);
L: comprimento da soleira (m).

As bocas-de-lobo com grelha funcionam como um vertedor de soleira livre.


Se um dos lados da grelha for adjacente à guia, este lado deverá ser excluído do
perímetro L da mesma. A vazão é calculada pela equação apresentada acima,
substituindo-se L por P, onde P é o perímetro do orifício em metros,

onde:
Q: vazão da boca de lobo (m³/s);
y: altura de água próxima à abertura na guia (m);
P: perímetro da soleira (m). 44
Cálculo das vazões nas
Bocas de lobo:

Aplicação de um coeficiente de redução na vazão calculada a fim de


assegurar possíveis obstruções, irregularidades junto às bocas de lobo e
hipóteses de cálculos que não correspondem a realidade

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Cálculo das Galerias

onde:
Q é a vazão que contribui para a galeria;
S é a declividade da galeria;
n coeficiente de Manning que depende do tipo de tubulação, no
caso mais comum é utilizado tubo de concreto, onde o valor é
de 0,013. 46
Cálculo das Velocidades

Velocidade: Rh: raio hidráulico (m)


S: Declividade do trecho da galeria (m/m)
n: Coeficiente de Manning, usualmente
utilizado 0,0135 para galerias de concreto

Fator Hidráulico:
Q: vazão de contribuição (m³/s)
D: diâmetro adotado da galeria (m)
S: Declividade do trecho da galeria (m/m)

Lâmina Percentual: y/D


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