Você está na página 1de 50

Execução, controle e fiscalização de obras relativas aos

componentes sistema de abastecimento de água,


esgotamento sanitário, drenagem urbana e unidades de
disposição final de resíduos sólidos.

Prof. Me. José Atila Matos A. Jr


1
Imagem 1

Quem eu sou?
• Engenheiro civil – UEMA
• Mestre em estruturas – UFPA
• Pós graduado em estruturas metálicas -
FATEC
• Experiência na área atuando em
empresas, como MRV e também
desenvolvendo projetos na área de
saneamento básico
• Professor universitário desde 2022

Fonte: Autor,2022 2
Roteiro da aula
Sistema de
Planejamento Rede de Esgotamento
abastecimento Composição
da obra distribuição sanitário
de água

Principais Drenagem
Composição Execução Benefícios
benefícios urbana

Unidades de
Composição e Panorama Diretrizes de
distribuição de Exercícios
execução atual execução
resíduos

3
Sistema de
abastecimento de água

4
Panorama atual
Imagem 2
Panorama atual

Fonte: Pesquisa nacional de saneamento básico – IBGE - 2022


5
Gráfico 1

Panorama atual

6
Principais benefícios de um bom sistema de
abastecimento de água, de acordo com o manual de
instalações hidráulicas e sanitárias
Diminuição da
Melhoria da saúde e Aumento da
mortalidade em geral,
das condições de vida esperança de vida da
principalmente da
de uma comunidade população
infantil

Diminuição da Facilidade na
Implantação de
incidência de doenças implantação e
hábitos de higiene na
relacionadas com a melhoria da limpeza
população
água pública;

7
Planejamento da obra

Levantamento de dados hidrológicos da bacia em estudo

Levantamento de dados fluviométricos do curso d’água em estudo e informações


sobre as oscilações de nível de água nos períodos de estiagem e enchente

Características físicas, químicas e bacteriológicas da água

Localização, na bacia, de focos poluidores atuais e potenciais

8
Composição de um sistema de abastecimento
de água, de acordo com Andrade, Victoria

Manancial Captação Adução Tratamento

Rede de Ramal
Reservatório
distribuição Domiciliar.

9
Esquematização
Imagem 3

Fonte: https://pmsb-funasa.uaec.ufcg.edu.br/index.php/saneamento-basico 10
Distribuição de água

11
Imagem 4

Considerações

Fonte:https://www.tankmetalurgica.com.br/reservatorio-
tubular-de-agua
O sistema de distribuição é composto por dois Imagem 5
conjuntos de unidades:
• Reservatórios e redes de distribuição

Fonte: https://monteirosales.blogspot.com/2015/07/
12
Redes de distribuição
• É constituída de um conjunto de tubulações interligadas
instaladas ao longo das vias públicas ou nos passeios, junto
aos edifícios, conduzindo a água aos pontos de consumo

13
Imagem 6 Imagem 7

Obras de
execução,
seguindo as Fonte: https://www.alfacacambas.com.br/escavacao-de- Fonte: https://pejotaconstrucoes.com.br/sistema-de-

diretrizes de
vala abastecimento-de-agua/
Imagem 8 Imagem 9

Prince, Aluisio
de Araujo e
Maetins, Jorge

Fonte: https://pejotaconstrucoes.com.br/sistema-de- Fonte: https://pejotaconstrucoes.com.br/sistema-de-


abastecimento-de-agua/ abastecimento-de-agua/

14
Esgotamento sanitário

15
Considerações iniciais
• O Sistema de Esgotamento Sanitário – SES
é um conjunto de obras e instalações
destinadas a realizar o afastamento, o
transporte, o tratamento e a destinação final
dos esgotos (gerados nas atividades do dia a
dia da população), de forma adequada do
ponto de vista sanitário e ambiental

16
Principais benefícios
O estudo da Trata Brasil e Fundação Getúlio Vargas – FGV indicou
que o preço das casas, que passam a ser beneficiadas pelo saneamento
básico, pode subir até 18% do seu valor original.

Redução da mortalidade infantil, diminuição dos casos de doenças


como a diarreia e vômitos e redução dos custos com saúde

A diminuição de problemas de saúde faz os alunos serem mais


frequentes nas escolas e, consequentemente, obter uma melhora no
seu desempenho

17
Tipos de esgoto
Doméstico: aquele que é formado pela utilização da água para fins
domésticos, como lavagem de roupa, de utensílios de cozinha e de pisos;
banho; descarga de vasos sanitários; entre outros.

Pluvial: formado pelas águas das chuvas que escorrem nas ruas.

Industrial/Comercial: formado por meio da utilização de água para


atividades industriais e comerciais, tais como restaurantes, lojas, feiras, bares,
hospitais, indústrias, matadouros, cervejarias, entre outros.

18
Estruturas que compõem um sistema de
esgotamento sanitário

Ligação Rede coletora Estação


domiciliar de esgoto elevatória

Estação de
Linha de
tratamento de Emissão
recalque
esgoto
19
Imagem 10

Funcionamento

Fonte: https://pejotaconstrucoes.com.br/sistema-de- 20
abastecimento-de-agua/
Locação e escavação da Regularização do fundo
vala conforme projeto da vala para assentamento

manual exposto pela


Execução, seguindo
as diretrizes do

Bases (berços) para


CODEVASF
Execução da rede
assentamento

Execução e (ou)
instalações de órgãos Aterro e compactação da
acessórios (poços de vala
visita, caixas de inspeção)
21
Imagens de execução
Imagem 11
Imagem 12 Imagem 13 Imagem 14

Fonte: Codevasf, 2015 Fonte: Codevasf, 2015 Fonte: Codevasf, 2015 Fonte: Codevasf, 2015 22
Drenagem urbana

23
Considerações iniciais
Imagem 15

• Drenagem urbana é o sistema de


manejo projetado pelo poder público do
município para coletar águas
provenientes da chuva e escoá-las para
galerias de águas pluviais e esgotos
pluviais até um curso hídrico capaz de
recebe-las.

Fonte: https://www.aquafluxus.com.br/drenagem-urbana-classica-x-
sustentavel/?lang=en
24
Principais benefícios
Redução de custos em manutenção de vias públicas;

A possibilidade de circulação de veículos e pedestres em áreas urbanas após chuvas intensas;

Escoamento rápido das águas superficiais, facilitando o tráfego por ocasião das chuvas;

Valorização das propriedades nas áreas em que possuem sistema de drenagem;

Redução de danos às propriedades e risco de perdas humanas;

Redução de doenças de veiculação hídrica

25
Principais componentes, de acordo com o manual
de drenagem urbana

Bocas-de- Redes Poços de


lobo; coletoras; visita;

Dissipador Bueiros de
tipo impacto; greide
26
• Boca de lobo: Trata-se de uma peça com orifícios que

Detalhamento das permite que a água seja drenada até a rede de


escoamento

estruturas • Poços de visita: São caixas subterrâneas, visitáveis, de


concreto ou alvenaria, que interligam dois ou mais
trechos de rede e condutos de ligação
Imagem 16 Imagem 17

Fonte:https://portaldoprojetista.com.br/dimensionamento-de-boca-de-lobo-para-
Fonte: https://revistaadnormas.com.br/2023/02/07/a-qualidade-dos-pocos-de-
drenagem-urbana/
visita-e-de-inspecao-em-concreto-armado 27
• Dissipador de energia: O dispositivo de dissipação por impacto
é uma estrutura em forma de caixa dotada de uma viga
transversal com secção em L invertido, que não requer a

Detalhamento das existência de qualquer nível de água mínimo a jusante para


assegura o seu bom funcionamento

estruturas • Bueiros: são empregados para permitir a transposição de fluxos


d´água coletados por dispositivos de drenagem superficial,
notadamente, sarjetas.
Imagem 18 Imagem 19

Fonte:https://www.higitec.com.br/blog/como-evitar-entupimento- Fonte:https://novaeradrenagem.com.br/dissipador/
de-bueiros/ 28
Imagem 20 Imagem 21

Execução Fonte: https://www.alfacacambas.com.br/escavacao-de-


vala
Fonte: https://fetz.com.br/seguranca-do-trabalho-boas-praticas-em-
escavacao-de-valas/
Imagem 22 Imagem 23

Fonte: https://www.alfacacambas.com.br/escavacao-de- Fonte: https://mpterraplenagem.com.br/drenagem-com-


vala manilhas/

29
Recomendações de execução
Para definição das bocas de lobo tem-se que levar em consideração as
características do pavimento, tais como, o caimento das seções transversais e
pontos baixos identificados por meio de visita ao local e levantamento
topográfico.

O espaçamento máximo entre poços de visita é limitado pelo alcance


desses equipamentos e não deverá exceder 60 m em áreas urbanizadas e
100m em áreas não urbanizadas, conforme recomenda o termo de
referência da NOVACAP.

O dissipador de energia, quando necessário, deve ser colocado na


extremidade de jusante de uma conduta em pressão.

30
Unidades de disposição final
de resíduos sólidos

31
Imagem 24

Total de lixo
produzido
por região
em 2022

32
Fonte: IBGE, 2023
Como se deu a evolução da preparação do terreno
até o funcionamento integral de uma unidade de
disposição de resíduo?
Imagem 25 Imagem 26

Fonte: https://www.pensamentoverde.com.br/meio-ambiente/como-
Fonte: https://www.pensamentoverde.com.br/meio-ambiente/como- funcionam-os-aterros-sanitarios/
funcionam-os-aterros-sanitarios/
33
Definição de quais Previsão das
resíduos serão quantidades e
depositados no volumes de resíduos
aterro a serem dispostos

Unidades a
serem Determinação da Capacidade
consideradas no configuração do
aterro
volumétrica do
aterro
planejamento
para execução
Encerramento ( o
Estimativa da vida que fazer com a
útil região depois da
vida útil do aterro)
34
Exemplos do dimensionamento: porcentagem dos resíduos e capacidade volumétrica
Tabela 1

Fonte : https://cetesb.sp.gov.br/residuossolidos/wp-content/uploads/sites/26/2019/06/Invent%C3%A1rio-Estadual-de-Res%C3%ADduos-S
%C3%B3lidos-Urbanos-2018.pdf

Tabela 2

35
Fonte : https://cetesb.sp.gov.br/residuossolidos/wp-content/uploads/sites/26/2019/06/Invent%C3%A1rio-Estadual-de-Res%C3%ADduos-S
%C3%B3lidos-Urbanos-2018.pdf
Diretrizes para execução, de acordo
com Obladen, Nicolau Leopoldo

• Deve ser executado, um sistema de drenagem de águas superficiais,


para desviar as águas que tenderiam a escoar para a área do aterro,
evitando que se infiltrem nos resíduos, carregando poluentes para o
aquífero
• Também é importante para coletar e desviar as águas que precipitem
diretamente sobre o aterro
• No dimensionamento do sistema deve ser considerado um período de
retorno de pelo menos 5 anos

36
Sistema de coleta

37
Considerações iniciais

• O sistema de coleta deverá apresentar declividade mínima de 1% em todos


os pontos e funcionar de tal forma que os líquidos percolados escoem por
gravidade até os tanques de coleta, de onde serão removidos
• Os tanques de coletas deverão ser impermeabilizados por materiais
compatíveis com os líquidos percolados no aterro
• Os tanques devem apresentar um volume igual ou maior que o volume de
líquidos percolados esperado em três meses, mas não inferior a 4.500 litros

38
Imagem 27

Imagem 29

Imagens de Fonte: https://www.novaeradrenagem.com.br/caixas-pre-


moldadas/sistemas-de-drenagem/sistema-de-drenagem-de-
terreno/quanto-custa-sistema-de-drenagem-aterro-sanitario-
execução oleo
Imagem 28

Fonte:
https://blog.belgo.com.br/engenharia/geotech/gabioe
Fonte: https://www.racsaneamento.com.br/aterro s-em-escadas-de-dissipacao/
39
Remoção de líquidos
percolados

40
Os líquidos que percolam nos aterros
podem atingir as águas de superfície e
subterrânea, ocasionando a poluição das
mesmas.

Considerações Apresenta baixa biodegradabilidade, alta


carga de materiais na composição e
iniciais compostos orgânicos tóxicos.

Podem reduzir drasticamente o teor de


oxigênio livre nas águas receptoras,
impossibilitando a vida de peixes e outras
formas aeróbias de vida aquática.

41
Imagem 30

Explicação e
execução Imagem 31

42
Curiosidade!

43
Tipos de Tratamento por processo biológico

tratamento de
líquidos
percolados Tratamento físico - químico

44
Lodos Ativados

Filtros Biológicos
Tratamento
biológico Lagoas de Estabilização; - Reatores anaeróbios
de fluxo ascendentes (Tipo UASB ou RALF)

Aeração Prolongada.

45
Precipitação
Oxidação Química
Química

Processo por
Tratamento Adsorção sobre Membranas; -
Carbono Ativo Coágulo-
físico - químico Floculação

Evaporação ou
Destilação

46
Impermeabilização do
aterro

47
Considerações
• Em todos os casos em que o nível do lençol freático for muito elevado, o subsolo constituído por um material
muito permeável ou as condições climáticas forem insatisfatórias, será necessária uma impermeabilização do
aterro
• Essa impermeabilização deverá ser da superfície superior ou inferior, ou de ambas as superfícies do aterro
• Esse sistema tem a função de proteger e impedir a infiltração do chorume no subsolo e nas águas
48
subterrâneas
Exercicíos

49
Aponte a
câmera do
celular!

50

Você também pode gostar