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Este cenário tem motivado cada vez mais o mercado da construção a buscar soluções que
reduzam o consumo de água e aumentem a resiliência hídrica da edificação, ou seja,
alternativas que reduzam a vulnerabilidade a crises e problemáticas hídricas. Além disso, estas
soluções também trazem atratividade ao negócio, já que acabam por agregar valor na venda e
reduzir os custos com a conta de água para o usuário final.
consumo de água potável, como por exemplo, utilizar fontes alternativas de água não potável
de água para:
No entanto, não há normas brasileiras, com exceção da água de chuva, que auxiliem
profissionais das áreas de saneamento e construção civil na elaboração de projetos, execução
e operação/manutenção destas soluções dentro de edifícios.
Neste cenário, foram elaboradas duas normas da ABNT (Associação Brasileira de Normas
Técnicas), uma sobre conservação de água e a segunda sobre o uso não potável de água em
edificações e ainda a ABNT 15.527, sobre o aproveitamento de coberturas em áreas urbanas
para fins não potáveis, foi revisada.
A elaboração das normas pretende incentivar o uso eficiente da água nas edificações e dar
suporte técnico às legislações que estão sendo aprovadas pelos estados, municípios e governo
federal que em alguns casos têm trazido diretrizes conflitantes com a correta gestão da água
nas edificações.
Estas iniciativas contribuirão para uma consolidação mais segura dos usos não potáveis em
edificações, estimulando as boas práticas e reduzindo os riscos potenciais, e
consequentemente para a redução do consumo de água de forma a auxiliar no alcance de
indicadores e metas propostas na gestão dos recursos hídricos.
Segundo Lilian Sarrouf, coordenadora da norma das duas novas normas, avaliou sua
participação e a importância destas normas:
“Trabalhar na revisão da NBR 15.527 de água de chuva foi importante, ela fez
10 anos no ano passado quando se iniciou o estudo da revisão e nestes 10
anos foram muitos aprendizados que proporcionaram propostas de melhorias
para a norma, tanto de redação de itens e requisitos que estavam tendo dupla
interpretação, tanto de lições novas aprendidas relacionadas a qualidade e
dimensionamento. Estes pontos acabaram sendo os pontos centrais da
comissão durante a revisão.
No caso da norma de fontes alternativas de água não potável o objetivo é instruir para
caracterização, dimensionamento, uso, operação e manutenção destes sistemas em
edificações. Esta norma não será aplicada ao aproveitamento de águas de chuva, pois já existe
norma específica para este fim (citada acima).
A elaboração das normas pretende incentivar o uso eficiente da água nas edificações e dar
suporte técnico às legislações que estão sendo aprovadas pelos estados, municípios e governo
federal que em alguns casos têm trazido diretrizes conflitantes com a correta gestão da água
nas edificações.
Visando contribuir com o conjunto da cadeia produtiva e a própria sociedade, a CBIC iniciou a
elaboração do guia orientativo destas normas, a ser utilizado como uma leitura complementar às Normas
e com objetivo de contribuir significativamente para a racionalização do consumo de água nas
edificações.
“(...) espero que agora com o guia que está sendo elaborado pela CBIC a gente
possa abordar e ampliar alguns conceitos, algumas situações que não
couberam na norma, mas que são importantes como questões de
dimensionamento, questões relativas à escolha de equipamentos, às premissas
de projeto, etc. O guia só vai ampliar o conhecimento sobre o assunto, é uma
ótima iniciativa do CBIC.”