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i
Prefacio
ii
Agradecimentos
O presente Manual foi preparado através do esforço concertado de muitas partes
interessadas, dentro e fora de Moçambique. As imensas contribuições da ANE, dos
membros do Grupo de Trabalho Técnico (WG), do Revisor Especialista do Banco Mundial
e de outras partes interessadas que incluíram a academia, consultores, engenheiros
municipais, Instituto Nacional de Meteorologia, Ministério das Obras Públicas, Habitação e
Recursos Hídricos, etc. são dignas de agradecimento. A ANE facultou a liderança e
orientação deste trabalho, incluindo a gestão do projecto em geral. Também forneceu
informações nos apoios necessários para a entrega bem-sucedida do Manual. Os membros
do Grupo de Trabalho, o revisor do Banco Mundial, a academia, consultores e engenheiros
municipais levaram a cabo a revisão do manual nos seus diferentes estágios de
desenvolvimento e forneceram informações valiosas por meio de deliberações técnicas,
comentários, edições e acréscimos. O Instituto Nacional de Meteorologia (INAM) e o
Ministério das Obras Públicas, Habitação e Recursos Hídricos (MOPHRH) forneceram dados.
O INAM também preparou novos mapas hidrológicos, que tornam a análise hidrológica
mais precisa e fácil para os praticantes.
ANE:
Eng. César Macuacua Director Geral
Eng. Luis Fernandes Director de Obras de Emergência e Coordenador de Projecto
Engͣ. Nelson Tsanzana Directora de Manutenção
Eng. Miguel Coanai Director de Planificação
Engͣ. Rubina Normahomed Chefe da Manutenção
Eng. Calado Ouana Chefe do Departamento de Gestão da Rede
Eng. Anibal Nuvunga Direcção de Planificação
Grupo de Trabalho Técnico Engenheiros da ANE, Engenheiros do MOPHRH, Engenheiros do
Conselho Municipal, Consultores, Academia,
Financiadores:
Gov. de Moçambique MOPHRH, Min das Finanças, Fundo de Estradas
Representante do Banco Kulwinder S. Rao
Mundial
Revisor do Banco Mundial Eng. Carlos Matias Ramos
iii
Abreviaturas
Abrev/ Definição Unidades
Símbolo
ANE Administração Nacional de Estradas
AASHTO American Association of State Highway and Transportation Officials
dos EUA
AMC Condições Antecedentes de humidade (antecedent moisture
conditions)
BDF Factor de desenvolvimento da bacia(Basin development factor)
CBR California Bearing Ratio
DEM Modelo Digital de Elevação do Terreno
DFL Nível da cheia de projecto
DNA Direcção Nacional de Águas
FEMs Métodos de estimativa de caudal
HFL Nível máximo de cheia
HSG Grupos Hidrológicos de Solos
HEC- Hydrological Engineering Centre –River Analysis System
RAS
IDF Intensidade-duração-frequência
LWL Nível baixo da água
SCS Serviço de Conservação do Solo (Soil Conservation Service)
MIREME Ministério dos Recursos Minerais e Energia
MOPHRH Ministério das Obras Públicas, Habitação e Recursos Hídricos
SRTM Missão de Topografia de Radar de Transporte Shuttle Radar
Topography Mission)
AIAS Administração e Infraestructuras de Água e Saneamento
A Área da bacia ha, sq.km.
A Área da secção transversal ao escoamento m²
AyH Profundidade permitida a montante m
B Largura do tubo m
C Coeficiente de escoamento -
Cf Factor de frequência -
CN Número da curva do escoamento- SCS -
Ct, Cp Coeficientes fisiográficos -
d Intervalo de tempo horas
D Diâmetro do aqueduto ou altura do tubo mm or m
d Altura do escoamento m
DH Diferença de cotas m
g Aceleração gravidade m/s2
Peso específico da água N/m3
h Soma de HE + Hf + Ho. m
hb Perda de carga em curvas m
he Perda de carga à entrada m
hf Perda de carga por atrito e forma da entrada m
hL Perdas totais de energia m
ho Perda de carga na descarga ou saída m
ho Altura da linha de energia, acima da soleira à saída m
hv Perda de velocidade m
iv
Abrev/ Definição Unidades
Símbolo
I Intensidade de precipitação mm/hr
IA Percentagem da área impermeável %
Ia Perda inicial da precipitação total mm
K Factor de frequência para um determinado período de retorno e de
assimetria
Ke Coeficiente de perda à entrada m
L Retardamento horas
l Comprimento do canal principal até à divisória mais distante m
L Comprimento do aqueduto m
Lca Comprimento ao longo do canal principal até um ponto oposto ao km
centróide da área da bacia
M Número de ordem de uma cheia dentro de um período longo de -
registos
N Número de anos de registo de cheias anos
n Coeficiente de rugosidade de Manning m-1/3.s
P Precipitação acumulada mm
P Perímetro molhado m
Q Caudal m3/s
q Escoamento de águas pluviais durante um intervalo de tempo mm
Q Caudal m3/s
R Raio hidráulico (A/P) m
RC Constante de regressão -
RQ Caudal de ponta rural equivalente m3/s
S Volume potencial de retenção máximo mm
S Inclinação do aqueduto m/m
S or Y Declive do terreno m/m, m/km
or %
SCS Serviço de Conservação do Solo (dos EUA) -
SL Inclinação do canal principal m/m
SL Desvio padrão dos logaritmos dos caudais de cheia máximos anuais -
ST Factor de armazenamento da bacia %
Tensão de tração Pa
TB Tempo de base do hidrograma unitário horas
tc or Tc Tempo de concentração mins ou horas
TL Tempo de retardamento horas
Tr Duração do excesso de precipitação de Snyder horas
UQ` Caudal de pico urbano m3/s
V Velocidade m/s
V Velocidade média do escoamento com secção cheia m/s
Vd Velocidade média no canal a jusante m/s
Vo Velocidade média do escoamento à saída do aqueduto m/s
Vu Velocidade média no canal a montante m/s
X Logaritmo do caudal de ponta anual -
yc Altura crítica do escoamento m
yH Altura de água a montante (o subscrito indica a secção) m
yT Altura da água acima da soleira a jusante do aqueduto m
v
Glossário de Termos
Canal aluvial Canal totalmente em aluvião, sem leito de rocha exposto quando o nível
do canal baixa ou probabilidade disso ocorrer durante uma cheia.
Aluvião Material não consolidado como argila, silte, areia ou cascalho depositados
num canal (cone aluvial, ou delta)
Rio Anastomosado Rio cujo escoamento é dividido, em situações normais e de níveis baixos
da água por ilhas grandes ou, mais raramente, por barras grandes. A
largura das ilhas individuais ou barras é maior que três vezes a largura do
rio
Cheia Anual l O maior caudal de ponta num ano hidrológico
Série Anual Uma samostra em que apenas o maior valor em cada ano é usado, como
cheias anuais.
Condição Antecedente Grau de humidade de uma bacia hidrográfica no início de uma chuvada
de Humidade (AMC)
Tapete de protecção Concentração de uma camada de pedras no leito dum rio cuja dimensão é
superior à capacidade de transporte através do caudal ocorrido no passado
Avulsão Uma mudança repentina no curso de um canal, geralmente por rotura das
margens durante uma cheia
Artesiano Relativo às águas subterrâneas que estão sob pressão e que subirão a uma
cota mais elevada, se houver oportunidade disso acontecer
vi
Deflector Estrutura construída no leito de um rio para desviar ou perturbar o
escoamento. Também é um dispositivo usado em aquedutos para facilitar
a passagem de peixes
Margens Limites laterais de um canal ou rio, como indicado por uma escarpa, ou no
interior de curvas, pela limite do rio onde se verifica crescimento vegetal
permanente
Barra Depósito alongado de aluvião, sem vegetação permanente, dentro ou ao
longo do lado de um canal
Leito (de um canal ou Parte de um canal sem vegetação permanente ou limitada por margens,
rio) sobre os quais a água normalmente se escoa
Atrito no leito (força Força por unidade de área exercida por um fluido que se escoa em contacto
de arrastamento) com um leito sólido estacionária
Rio entrançado Rio cuja superfície é dividida, em situação normal, em pequenas barras
no leito do rio ou ilhotas. A largura das barras e ilhas é inferior a três vezes
a largura da água no rio. Um grande canal único que possui canais
secundários.
Backwater Descontinuidades superficiais das ondas à medida que se separam. Estas
podem ter formas diferentes (derramamento, queda, afloração.Zona de
quebra é chamada zona de rebentação
Secção útil da ponte A área coberta pelos apoios e o tabuleiro da ponte.
Aqueduto quebrado?? Aqueduto constituído por duas ou mais células colocadas em sequência
longitudinal com declives diferentes.
Área de captação Área que drena para um lago, rio ou sistema de drenagem
Canal (1)O leito e margens que confinam o escoamento superficial de um rio
natural ou artificial.
Revestimento do Material de proteção aplicado no fundo e/ou nos lados de um canal natural
Canal ou artificial.
Propagação em Processo pelo qual um caudal de ponta e/ou o seu hidrograma associado é
Canais matematicamente transposto para outro local a jusante
vii
Barragem para Estrutura baixa, barragem ou açude através de um canal para controlo do
retenção de sólidos nível da água, velocidade ou controlar a erosão do canal
Caudal de controlo Caudal, maior ou menor que o caudal de projecto, usado para avaliar o
desempenho da instalação
Descida de água São íngremes (maiores que 15%), naturais ou feitas pelo homem, usadas
para transportar água. Estas podem ser fechadas e geralmente requerem
dissipação de energia na parte terminal
Secção transversal Forma de um canal, rio ou vale visto através do seu eixo. Em estudos de
bacias hidrográficas, é determinado por uma linha aproximadamente
perpendicular ao curso principal da direcção do escoamento da água, ao
longo do qual são feitas medições medições de distância e elevação para
definir a área da secção transversal.
Sarjeta Aberturas junto dos lancis da estrada para drenagem das aguas
Transporte cumulativo Tabela ou gráfico das medidas acumuladas de transporte; procedendo de
uma margem do rio para a outra
Vala corta-águas Parede que se estende desde o fim de uma estrutura até abaixo da
profundidade de erosão esperada ou até uma camada de material
resistente à erosão
viii
yc Altura crítica do escoamento em metros
Frequência da cheia Intervalo de recorrência que deve ser acomodado sem infringir as
de projecto restrições adoptadas no projecto. Período de retorno (intervalo de
recorrência ou recíproco de probabilidade) usado como base para o caudal
de projecto
Altura de Projecto Nível máximo de água que a abertura de uma ponte projectada deve deixar
passar sem violar as restrições de projecto adoptadas. Termo geralmente
usado para descrever a altura estimada da superfície da água no rio no
local do projecto para o caudal de projecto
Diâmetro efectivo da Diâmetro das partículas, de forma esférica, de tamanho igual e dispostas
partícula de uma determinada forma, numa amostra hipotética de material granular
que teria a mesma constante de transmissão que o material em questão.
Muros Ala Estrutura de betão localizada à saída de um aqueduto para reter os solos
do aterro e impedir que eles deslizem para dentro da passagem de água.
ix
Dissipação de energia O fenómeno pelo qual a energia é dissipada ou utilizada
Linha de energia Linha cujas cotas em relação ao plano horizontal de referência representam
os valores de energia mecânica total por unidade de peso de líquido; é uma
linha desenhada acima da linha piezométrica, a uma distância equivalente
à energia cinética em cada secção ao longo de um rio, canal ou conduíta
Gradiente da Linha de Inclinação da linha de energia
Energia
Inclinação transversal Inclinação imaginária de uma linha recta,da secção transversal, com
equivalente capacidade de transporte igual à da inclinação transversal composta
Filtro Material que permite a passagem da água através e por dentro dele e, ao
mesmo tempo, evita que as partículas do solo entrem ou passem através
dele
Filtração Processo de passagem de água através de um meio filtrante que consiste
em qualquer material granular de filtro tecido, destinado à remoção de
matéria suspensa ou coloidal
Cheia Escoamento limite das estruturas de drenagem. No uso técnico, refere-se
a um determinado escoamento baseado, tipicamente, numa análise
estatística.
Frequência da cheia Intervalo de tempo médio, em anos, no qual uma determinada chuvada ou
caudal se repete.
Cheia máxima Referência ao caudal máximo estimado ou medido que ocorreu num
determinado local
Planície aluvial Solos aluviais nas margens de um rio, que se formaram por processos
fluviais, e que estão sujeitos a inundações
Propagação da onda Mudanças que se operam num hidrograma de cheia à medida que este se
de cheia move para jusante, através de um canal ou através de uma albufeira
(chamado de propagação da cheia na albufeira). São utilizados métodos
gráficos ou numéricos
Estrutura de Uma barragem, geralmente em aterro, com uma albufeira de
retardamento da armazenamento de cheia, onde a água da cheia é temporariamente
cheia armazenada e lentamente libertada para jusante, através de um
descarregador principal.
Estrutura de controlo Estrutura, dentro ou fora de um canal, que actua como uma barreira,
do escoamento controlando a direcção, profundidade ou a velocidade da água corrente
x
Número de Froude Número adimensional que representa a razão entre forças de inércia e
forças de gravidade. Números altos de Froude são indicativos de alta
velocidade de escoamento e alto potencial erosivo
Gabião Cesto retangular feito de arame de aço ou malha que é preenchido com
pedra de tamanho adequado. Usado para construir estruturas de controlo
de escoamento, protecção de margens, esporões e paredes estructurais.
Erosão generalizada Erosão envolvendo a remoção do material do leito e das margens, em toda
ou quase toda a largura do canal e não está localizada apenas num
elemento estrutural
Filtro graduado Filtro de agregados que é balanceado pelo tamanho das partículas de modo
a permitir que a água passe a uma velocidade especificada, evitando a
migração de partículas finas de solo ao mesmo tempo que evita o
entupimento
Esporão Estrutura na forma de uma barreira, colocada oblíqua ao movimento
principal da água, projectada para controlar o movimento dos sedimentos
do leito. Os esporões geralmente são estruturas sólidas, mas podem ser
construídas com aberturas para controlar as elevações provocadas pelos
sedimentos
Água subterrânea Água subsuperficial que ocupa a zona de saturação, alimenta poços e
nascentes, ou é uma fonte do escoamento de base nos rios. Em sentido
estrito, o termo aplica-se apenas à água abaixo do lençol freático. Também
é chamada de água freática.
Aterros - Guia Aterros construídos a montante de um ou ambos os encontros de uma
ponte para guiar o escoamento que se aproxima da obra através da largura
do curso de água.
Valeta-lancil Parte da secção da estrada adjacente à sarjeta que é usada para
transportar a água pluvial de escoamento
Altura máxima da Altura da superfície da água que resulta da passagem de um caudal. Pode
água ser "altura observado " como resultado de um evento, ou “altura calculada”
como resultado de um projecto
xi
Rugosidade Hidráulica Composição das características físicas que influenciam o escoamento da
água através da superfície da terra, seja ela natural ou canalizada. Afecta
tanto a resposta temporal de uma bacia hidrográfica ou linha de drenagem,
assim como as características de armazenamento no canal
Hidráulica Estuda a mecânica dos fluidos relacionada com os escoamentos em
pressão ou escoamentos em superfície livre
Hidrógrafo Gráfico que mostra, para um determinado ponto num rio ou para um dado
ponto em qualquer sistema de drenagem, o caudal, altura da água,
velocidade ou outra propriedade da água, em relação ao tempo
Grupo Hidrológico do Grupo de solos com o mesmo potencial de escoamento sob condições
Solo semelhantes de chuvas e cobertura do solo
Estrato impermeável Estrato com uma textura tal que a água não pode mover-se
perceptivelmente sob pressão, geralmente encontrada em águas
subterrâneas
Impermeável Impermeável ao movimento da água
Entrada melhorada Entradas largas de aquedutos, com rebaixamento ou afuniladas que
diminuem a quantidade de energia necessária para o caudal passar pela
entrada e, assim, aumentam a capacidade de vazão dos aquedutos
Infiltração A parte da água da chuva que penetra no solo. Passagem da água da
superfície para dentro do solo. Usado indistintamente como percolação
Taxa de Infiltração Taxa à qual a água penetra no solo sob determinada condição. A taxa é
geralmente expressa em centímetros por hora ou dia, ou metros cúbicos
por segundo
Caudal afluente Caudal que chega a um ponto (num rio, estrutura ou reservatório)
Abastração Inicial (Ia) Ao considerar o escoamento superficial, “la” é toda a chuva antes do
escoamento começar. Ao considerar o escoamento directo, “la” consiste
em interceptação, evaporação e armazenamento de água no solo que deve
sair antes que o escoamento directo possa começar. Às vezes chamado de
"perda inicial".
xii
Erosão localizada Erosão num canal ou numa planície aluvial localizada em elementos
estructurais . A erosão é causada pela aceleração do escoamento e pelo
desenvolvimento de um sistema de vórtices induzido pela obstrução ao
escoamento
Manning's "n” Coeficiente de rugosidade, usado na fórmula para estimar a capacidade de
um canal de escoar água. Geralmente, os valores "n" são adoptados pela
inspecção do canal.
Curvas de Massa do Gráfico que mostra o volume acumulado do escoamento de águas pluviais
escoamento afluente em relação ao tempo para uma dada área de drenagem
Cheia Máxima É a maior cheia que pode ser razoavelmente esperada, levando em conta
Provável em conjunto as condições mais adversas relacionadas com a cheia com
base na localização geográfica, meteorologia e terreno.
Caudal Médio Diário Caudal médio durante um dia, geralmente dada em m3/s
Erosão Natural Erosão que ocorre ao longo de um troço de canal, devido a um escoamento
instável, sem causas externas
Nível Normal Nível da água que prevalece durante a maior parte dos anos
Perfil unidimensional Perfil estimado da superfície da água que acomoda um escoamento apenas
da superfície da água numa direcção de montante para jusante
Maré Alta Normal Linha na costa estabelecida pelas flutuações da água e indicada por
características físicas tais como demarcação clara e natural visível na
margem, banquetas, mudanças no tipo do solo, destruição da vegetação
terrestre, presença de lixo e detritos, ou outros meios apropriados que
considerem as características das áreas circundantes
Ponto de descarga Local ou estrutura no ponto onde ocorre a descarga drenada de um canal,
conduta ou dreno
Escoamento à Movimento superficial da agua que ocorre numa bacia em direcção à saída
superfície do terreno ou foz, sem se concentrar em regos e rios (muitas vezes sob a forma de
escoamento laminar)
Caudal de ponta Caudal máximo de descarga num hidrograma de escoamento
Percolação Movimento ou fluxo de água através dos interstícios ou poros de um solo
ou outro meio poroso. Usado alternadamente com infiltração
xiii
Intensidade da Quantidade de precipitação que ocorre numa unidade de tempo,
Precipitação normalmente expressa em mm/h
Curva de vazão Representação gráfica que relaciona altura de água com caudal
Curso/Trecho Comprimento de uma linha da Agua ou vale, seleccionado para um
determinado estudo
Análise Regional Estudo regional de bacias hidrográficas com medições de caudal que gera
equações de regressão relacionando vários parâmetros hidrológicos e
climatológicos aos caudais. Usado para projectos em bacias hidrográficas
com características semelhantes sem medições de caudal
Propagação através Propagação do hidrograma de cheia de um através de uma albufeira
de albufeira
Reservatório
Retardamento Estrutura projectada para diminuir a velocidade e reter o material solido.
As estruturas deste tipo são estruturas permeáveis construídas
habitualmente paralelas e ao longo de sopé de talude
Solo saturado Solo que tem os seus interstícios ou espaços vazios cheios de água até ao
ponto em que ocorre o escoamento
Sedimentação Deposição de partículas de solo que foram transportadas pelas águas das
cheias.
Bacia de Bacia ou tanque em que a água pluvial contendo sólidos sedimentáveis é
Sedimentação retida para remoção por gravidade ou filtração de uma parte da matéria
suspensa
Oblíquo Medida do ângulo de enviesado
xiv
Dique esporão Dique colocado num ângulo para a estrada com o propósito de alterar as
características de erosão devido ao escoamento à saída de uma estrutura
de drenagem. Frequentemente usado em encontros de pontes
Troço de rio Troço do canal de um rio seleccionado para uso em cálculos hidráulicos ou
outros
Entradas Submersas Entradas de aquedutos que tenham uma altura a montate superior a 1,2
*D
Saídas Submersas Saídas submersas são aquelas saídas de aquedutos que têm uma elevação
de água a jusante superior ao intradorso do aqueduto.
Cheia extraordinária Cheia usada para avaliar os efeitos de um evento raro de ocorrência de
caudal.
Hidrógrafo Sintético Gráfico desenvolvido para uma área de drenagem sem medições de
caudal, com base nas características físicas conhecidas da bacia
hidrográfica. Um hidrograma determinado a partir de fórmulas empíricas
Nível de jusante Profundidade do escoamento imediatamente a jusante de uma instalação
de drenagem. Muitas vezes calculado para o escoamento natural sem a
contração provocada pela estrada. O termo é geralmente usado no
projecto de aquedutos e é a profundidade medida desde a linha de
escoamento a jusante do aqueduto até a superfície da água.
Talvegue Linha que conecta os pontos mais baixos ao longo do leito de um canal
onde se processa o escoamento. A linha não inclui depressões localizadas
Tempo de Tempo que leva a água do ponto mais distante (hidraulicamente) até
Concentração, Tc atingir a saída de bacia hidrográfica. Tc varia, mas é frequentemente usado
como constante
Força de Tracção Força exercida pela passagem da água na berma do rio, que tende a
arrastar as partículas no sentido do escoamento,, expresso como força por
unidade de área
Tempo de percurso Tempo médio para a água escoar ao longo de um troço ou outro rio ou
comprimento do vale
Tributários Rios que compõem um sistema hidrográfico
Estações sem medição Locais onde não há registo sistemático de caudais
de caudal
Escoamento Uniforme Escoamento que apresenta secção transversal e velocidade média
constantes e através de um troço de canal durante um intervalo de tempo
ou duração
xv
Unidade Hidrográfica Hidrograma de escoamento directo resultante de 1 centímetro de chuva
efectiva gerada uniformemente sobre a área da bacia, durante um período
de tempo ou duração especificada.
Descarregador Escoamento em superfície livre sobre uma superfície de controlo, que tem
medidor de caudal uma relação entre altura da água e caudal escoado
Perímetro Molhado Comprimento da fronteira sólida no contorno, sobre a qual a água flui num
canal ou aqueduto, medido na direcção perpendicular ao escoamento
xvi
Índice
Preâmbulo ............................................................................................................................................ i
Prefacio ........................................................................................................................................... ii
Agradecimentos ..................................................................................................................................... iii
Abreviaturas .......................................................................................................................................... iv
Glossário de Termos .............................................................................................................................. vi
Lista de Tabelas ................................................................................................................................... xxiii
Lista de Figuras..................................................................................................................................... xxv
1. Introdução ......................................................................................................................... 1
1.1 Objectivo .................................................................................................................................. 1
1.2 Etapas de Dimensionamento ................................................................................................... 2
1.2.1 Cumprindo com as Políticas Nacionais de Drenagem ................................................... 2
1.2.2 Colecta de Dados ........................................................................................................... 2
1.2.3 Análise Hidrológica ........................................................................................................ 2
1.2.4 Projecto de Drenagem ................................................................................................... 2
1.2.5 Resiliência Climática ...................................................................................................... 2
1.2.6 Apêndices ...................................................................................................................... 2
2. Política de Drenagem e Planeamento ............................................................................... 3
2.1 Geral ......................................................................................................................................... 3
2.2 Estradas e Drenagem................................................................................................................ 3
2.3 Governação, Normas e Políticas ............................................................................................... 3
2.4 Política Ambiental de Moçambique ......................................................................................... 4
3. Colecta de Dados Hidrológicos.......................................................................................... 5
3.1 Selecção do Sistema/ Estrutura de Drenagem ......................................................................... 5
3.2 Requisitos Específicos de Dados para Projecto de Drenagem ................................................. 5
3.3 Procedimentos da Colecta de Dados........................................................................................ 7
3.3.1 Estudos Teóricos ............................................................................................................ 7
3.3.2 Dados para Projectos Hidrológicos ................................................................................ 8
3.4 Dados para Modelação Hidraúlica ......................................................................................... 14
3.4.1 Selecção do Troço do Rio............................................................................................. 15
3.4.2 Procedimentos Padrão para Levantamento Topográfico............................................ 17
3.5 Avaliação dos Dados Recolhidos no Campo ........................................................................... 19
3.6 Avaliação dos Dados ............................................................................................................... 20
4. Hidrologia ........................................................................................................................ 21
4.1 Introdução .............................................................................................................................. 21
4.2 Informação Hidrológica .......................................................................................................... 21
4.3 Considerações sobre Projectos Hidrológicos ......................................................................... 23
4.3.1 Factores que Afectam o Escoamento .......................................................................... 23
xvii
4.4 Parâmetros Determinantes do Projecto Hidrológico ............................................................. 26
4.4.1 Frequência de Projecto e de Verificação/Período de Retorno .................................... 26
4.5 Métodos de Análise Hidrológica............................................................................................. 28
4.5.1 Fluxograma dos Procedimentos de Análise Hidrológica ............................................. 29
4.6 Determinação do Tempo de Concentração ........................................................................... 30
4.6.1 Cálculo do Tempo de Concentração para Escoamento à Superfície do Terreno ........ 31
4.6.2 Cálculo do Tempo de Concentração para Cursos de Água Definidos.......................... 31
4.7 Determinação do Caudal de Ponta de Cheia de Projecto ...................................................... 33
4.7.1 Método Racional ......................................................................................................... 33
4.7.2 Hidrograma Unitário SCS ............................................................................................. 39
4.7.3 Análise Estatística de Dados Hidrométricos ................................................................ 48
4.7.4 Método de Propagação do Hidrograma de Cheia ....................................................... 51
4.7.5 Métodos de Regressão Regionais ................................................................................ 52
4.7.6 Áreas Geográficas Hidrologicamente Homogéneas .................................................... 52
4.7.7 Métodos e Equações de Regressão ............................................................................. 52
5. Projecto Hidráulico e Estrutural de Canais Abertos ........................................................ 54
5.1 Tipo de Escoamento ............................................................................................................... 55
5.2 Determinação dos Parâmetros do Escoamento em Canal usando a Equação de Manning .. 56
5.2.1 Selecção de valor de Manning ‘n’ ................................................................................ 58
5.2.2 Capacidade de Vazão de um Canal .............................................................................. 62
5.3 Análise Hidraúlica ................................................................................................................... 64
5.3.1 Métodos de Análise Hidraúlica .................................................................................... 64
5.3.2 Método de Análise de Secção Constante (Método de Área-Declive) ......................... 64
5.3.3 Análise de Step-Backwater .......................................................................................... 66
5.3.4 Aplicação de Software em Dimensionamento Hidraúlico ........................................... 68
5.3.5 Fenómeno de Retorno ................................................................................................. 69
5.3.6 Propagação de Água com Sedimentos ........................................................................ 69
5.4 Considerações de Projecto para Canais Abertos: ................................................................... 70
5.5 Procedimentos para Projecto de Canais ................................................................................ 70
5.5.1 Natural/Canais fluviais ................................................................................................. 70
5.5.2 Critérios de Projecto para Canais Fluviais ................................................................... 71
5.5.3 Padrões de Projecto de Drenagem da Estradas .......................................................... 72
5.5.4 Procedimentos de Projecto para Canais de Drenagem de Estradas (Artificiais)/Drenos
75
5.5.5 Aspectos Técnicos de Canais Laterais.......................................................................... 78
6. Dimensionamento de Aquedutos e Pequenas Estruturas de Drenagem ....................... 80
6.1 Tipos de Aquedutos ................................................................................................................ 80
6.2 Informações Necessárias para o Dimensionamento de Aquedutos ...................................... 80
xviii
6.3 Aspectos Importantes a Considerar no Dimensionamento de Aquedutos ............................ 81
6.4 Projecto Hidráulico de Aquedutos ......................................................................................... 81
6.4.1 Padrões de Projecto Hidraúlico dos Aquedutos .......................................................... 82
6.4.2 Métodos Empíricos para o Dimensionamento Hidráulico de Aquedutos ................... 83
6.4.3 Método Análitico para Projecto Hidraúlico de Aquedutos ......................................... 88
6.4.4 Cálculo da Velocidade à Saída do Aqueduto e Determinação da Necessidade de
Protecção do Canal ....................................................................................................................... 92
6.4.5 Tratamento Final de Aquedutos .................................................................................. 93
6.4.6 Especificações para Velocidades Permitidas a Jusante de Aquedutos ....................... 94
6.4.7 Directrizes sobre Dimensionamento de Enrocamentos .............................................. 94
6.4.8 Limitações de Projecto ................................................................................................ 95
6.5 Projecto Estrutural de Aquedutos .......................................................................................... 96
6.5.1 Carga ............................................................................................................................ 97
6.5.2 Disposição Geral da Estrutura dos Aquedutos ............................................................ 98
6.5.3 Especificações do Projecto Estrutural para Elementos de Aqueduto ......................... 99
6.5.4 Especificações de Projecto para Aquedutos Constituidos por Condutas Circulares 100
6.5.5 Especificações de Projecto para Aquedutos em Caixão (Box Culverts).................... 101
6.5.6 Dimensionamento de Aquedutos em Capacete- Manual de (Shelverts) ................. 107
6.5.7 Bacias de Alagamento............................................................................................... 114
7. Projecto Hidraúlico de Pontes ....................................................................................... 115
7.1 Elementos-Chave do Projecto Hidraúlico de Pontes ............................................................ 115
7.2 Padrões e Especificações de Projecto Hidraúlico de Pontes ................................................ 116
7.3 Critérios de Projecto Hidraúlico de Pontes .......................................................................... 117
7.3.1 Critério Geral ............................................................................................................. 117
7.4 Procedimento de Projecto Hidraúlico de Pontes ................................................................. 118
7.4.1 Directrizes de Selecção e Orientação da Localização da Ponte................................. 118
7.4.2 Processo do Projecto Hidraúlico de Pontes – Abordagem Passo a Passo ................. 118
7.5 Projecto Hidraúlico para Pontes de Pequeno e Médio Porte .............................................. 120
7.5.1 Processo de Dimensionamento ................................................................................. 120
7.5.2 Métodos de Projecto Hidraúlico................................................................................ 121
7.5.3 Método Análitico Manual .......................................................................................... 121
7.5.4 Cálculo da Capacidade de Descarga para Pontes Pequenas a Médias ...................... 122
7.6 Análise Hidraúlica e Projecto para Pontes Médias e Grandes ............................................. 124
7.6.1 Projecto Hidraúlico Usando Software Informático.................................................... 126
7.6.2 Método de Modelagem Computacional em Pontes ................................................. 129
7.6.3 Critérios de Modelagem Hidraulica e Selecção ......................................................... 130
7.6.4 Identificção e Selecção das Condições da Fronteira do Modelo ............................... 134
7.6.5 Programas de Computador ....................................................................................... 135
xix
7.6.6 Modelagem Física ...................................................................................................... 135
7.7 Assoreamento e Erosão da Ponte ........................................................................................ 135
7.7.1 Determinação do Movimento Incipiente .................................................................. 135
7.7.2 Tipos de Erosão.......................................................................................................... 138
7.7.3 Abordagem Passo a Passo para Métodos de Análise de Erosão ............................... 138
7.7.4 Mudanças de Perfil a Longo Prazo............................................................................ 139
7.7.5 Determinação da Erosão a Longo Prazo ( Alterações na Forma do Plano) ............... 140
7.7.6 Determinação da Erosão Geral de Curto Prazo nos Canais ....................................... 140
7.7.7 Movimento Lateral de Rios........................................................................................ 143
7.7.8 Determinação da Erosão Local .................................................................................. 150
7.7.9 Ocorrência de Materias que Naturalmente são Resistentes à Erosão ...................... 154
7.7.10 Erosão para Fundações Complexas de Pilares .......................................................... 154
8. Formação Fluvial/Canal e Protecção de Erosão ............................................................ 165
8.1 Potenciais Problemas ........................................................................................................... 165
8.2 Determinação de Medidas de Mitigação Apropriadas......................................................... 166
8.3 Projecto de Protecção dos Rios ............................................................................................ 167
8.3.1 Considerações Gerais Sobre as Contramedidas ou a Mitigação das Infraescavações̸ ....
................................................................................................................................... 168
8.3.2 Principio FHWA Recomendado em Projectos de Mitigação de Infraescavações nas
Pontes ................................................................................................................................... 168
8.3.3 Estruturas de Protecção dos Rios .............................................................................. 169
8.3.4 Projecto de Esporas ou Diques e Esporões ............................................................... 169
8.3.5 Dimensionamento das Bermas(Talude Guia) ............................................................ 172
8.3.6 Diques e Bancos Marginais ........................................................................................ 174
8.3.7 Dimensionamento de Taludes ou Bancos de Solos Inclinados e Sua Protecção ....... 174
8.3.8 Projecto de Protecção Contra a Erosão dos Taludes, Diques e Ilhas ........................ 175
9. Projecto de Drenagem das Águas Pluviais .................................................................... 179
9.1 Colecta das Águas Pluviais .................................................................................................... 179
9.2 Transporte das Águas Pluviais .............................................................................................. 180
9.3 Processo de Projecção de Drenagem das Águas Pluviais ..................................................... 180
9.3.1 Revisão de Informações Relevantes Sobre o Projecto .............................................. 181
9.4 Projecto Hidrológico de Drenagem das Águas Pluviais ........................................................ 181
9.5 Capacidade Hidraúlica .......................................................................................................... 182
9.5.1 Valores Mínimos ........................................................................................................ 183
9.6 Dimensões de Canais de Drenagem e Espaçamento de Saídas e Entradas Raladas ........... 184
9.6.1 Dimensionamento de Canais de Drenagem .............................................................. 184
9.6.2 Escoamento em calhas/lancis, canais em L e Medianas ........................................... 184
9.6.3 Espaçamento das Saídas e Entradas Raladas ............................................................ 188
9.6.4 Hidroplanagem .......................................................................................................... 192
xx
9.7 Programas Cumputarizados ................................................................................................. 193
9.8 Projecto Estrutural das Estruturas de Drenagem de Àguas Pluviais para Superfícies de
Estradas ........................................................................................................................................... 193
10. Projecto de Dissipadores de Energia e Protecção Contra a Erosão .............................. 197
10.1 Padrões para a Dissipação de Energia .................................................................................. 197
10.2 Projecto para Mitigação da Infraescavação na Saída do Aqueduto ..................................... 197
10.2.1 Determinação de Condições de Saída do Escoamento de Aquedutos...................... 197
10.2.2 Estimativa da Abertura de Infraescavação ................................................................ 198
10.2.3 Projecto de Dissipadores Internos de Energia ........................................................... 201
10.2.4 Projecto de Dissipadores Externos ............................................................................ 202
10.2.5 Projecto de Bacia de Dissipação em pedra Arrumada .............................................. 208
10.2.6 Dissipador de Energia Tipo Ressalto Hidráulico ........................................................ 209
10.2.7 Controlo da Erosão nas Drenagens ........................................................................... 211
11. Drenagem Sub-superficial ............................................................................................. 213
11.1 Fontes de Humidade da Subsuperficie ................................................................................. 213
11.2 Príncipios do Projecto de Drenagem Subterrânea ............................................................... 213
11.3 Aproximando Passo a Passo ao Projecto de Drenagem Subterrânea .................................. 214
11.4 Estudo de Gabinete .............................................................................................................. 215
11.5 Reconhecimento................................................................................................................... 216
11.6 Testes de Campo e Laboratório............................................................................................ 217
11.7 Determinação da Permeablidade ......................................................................................... 219
11.7.1 Cálculo de Permeabilidade Usando a Lei de Darcy ................................................... 219
11.7.2 Método Directo ......................................................................................................... 222
11.8 Drenabilidade ....................................................................................................................... 224
11.9 Capillaridade ......................................................................................................................... 225
11.10 Determinação dos Factores-Chave para o Projecto da Drenagem Subterrânea ................. 225
11.11 Projecto de Drenagem Subterrânea ..................................................................................... 226
11.12 Projecto de Estruturas de Drenagem Subterrânea .............................................................. 226
11.12.1 Tipos de Sistemas de Drenagem Subterrânea ........................................................... 227
11.12.2 Drenos Interceptores ................................................................................................ 228
11.12.3 Drenos Longitudinais ................................................................................................. 230
11.12.4 Drenos Transversais e Horizontais ............................................................................ 231
11.12.5 Medianas ................................................................................................................... 232
11.12.6 Drenagem Encamisada .............................................................................................. 233
11.12.7 Sistemas de Poços ..................................................................................................... 235
11.13 Especificações para Materiais de Filtro ................................................................................ 237
11.13.1 Especificações para Materiais Filtrantes Naturais ..................................................... 237
11.13.2 Especificações de Projecto para Drenagem e Filtração em Massas de Solo Coesivos ....
................................................................................................................................... 238
xxi
11.13.3 Especificações para Solos Coesivos ........................................................................... 238
11.14 Materiais Artificiais/Sintéticos- Geotêxteis .......................................................................... 239
12. Resiliência e Adaptação Climática ................................................................................. 240
12.1 Introdução ............................................................................................................................ 240
12.2 Factores de Mudança Climática ........................................................................................... 240
12.3 Riscos Climáticos e de Engenharia ....................................................................................... 241
12.4 Desenvolvendo Infraestruturas Resilientes ao Clima ........................................................... 243
12.4.1 Risco Nacional e Vulnerabilidade das Infra-estruturas Rodoviarias .......................... 244
12.4.2 Projecção de Infraestruturas Resilientes às Alterações Climáticas ........................... 246
12.4.3 Resiliência do pavimento contra a Perda de Resistência⁰⁰Submersos ..................... 246
12.4.4 Resiliência de Pavimentos Contra Danos e Arrastamentos....................................... 247
12.4.5 Resiliência da Estruturas de Drenagem Contra Danos e Lavagens/Arrastamentos / ....
................................................................................................................................... 248
12.4.6 Aprimoramento da Resiliência para Pavimentos e Estruturas de Drenagem Existentes
................................................................................................................................... 250
12.4.7 Custo/ Análise de Benefício ....................................................................................... 251
13. Começo a Partir dos Padrões ........................................................................................ 252
13.1 Procedimento ....................................................................................................................... 252
14. Referências .................................................................................................................... 255
Apêndice A Curvas IDF para Moçambique ....................................................................................... 257
Apêndice B Zonas de Precipitação em Moçambique ....................................................................... 271
Apêndice C Mapas de Zonas de Vulnerabilidade em Comunidades e Principais Centros Urbanos 274
Apêndice D Mapa de Solos de Moçambique .................................................................................... 275
Apêndice E Processo de Construção de Shelvetes/Aqueduto de Meia Lua..................................... 277
Apêndice F Escoamento Rural Pelo Método Racional – Exemplo Pratico ....................................... 278
Apêndice G Exemplo de Escoamento Rural Pelo Método SCS – Exemplo Práctico ......................... 282
Apêndice H Método de Direccionamento da Inundação-Exemplo Práctico .................................... 286
Apêndice I Projecto de Canais Abertos – Exemplo Práctico ........................................................... 291
Apêndice J Projecto Hidráulico de Pontes –Exemplo Práctico ........................................................ 298
Apêndice K Cálculos da Infraescavação na Ponte - Exemplo Práctico ............................................. 303
Apêndice L Aproximação da Abertura de Infraescavação Usando HY-8, V7.2 -Exemplo Práctico .. 309
Apêndice M Projecto de Protecção com Rip-Rap Contra a Erosão em Drenos - Exemplo Práctico .. 312
Apêndice N Projecto de Drenagem Subterrânea-Cálos de Caudal -Exemplo Práctico ..................... 313
xxii
Lista de Tabelas
Tabela 3-1 Requisitos de Dados para Estruturas de Drenagem .................................... 6
Tabela 3-2 Documentos de Estudo de Gabinete e Respectivas Fontes .......................... 7
Tabela 4-1 Parâmetros Hidrológicos ....................................................................... 22
Tabela 4-2 Padrões para os Períodos de Retorno do Projecto (Anos) .......................... 27
Tabela 4-3 Aplicações e Limitações dos Métodos de Estimativa de Caudais de Cheia .... 28
Tabela 4-4 Coeficiente de Escoamento Recomendados de aAcordo com o Tipo de Terreno
e de Solo ........................................................................................................... 35
Tabela 4-5 Coeficiente de Escoamento Recomendado para Vários Usos Seleccionados da
Terra ................................................................................................................. 35
Tabela 4-6 Coeficientes para Análise de Escoamento Composto ................................ 35
Tabela 4-7 Factores Hidrológicos de Frequência (Cf) para Diferentes Períodos de Retorno
......................................................................................................................... 36
Tabela 4-8 Coeficiente C de Escoamento Recomendado para Bacias Rurais ................. 36
Tabela 4-9 Números de Curvas de Escoamento (CN) para Grupos de Solo - Áreas
Urbanas1 ............................................................................................................ 43
Tabela 4-10 CN Para Terras Agrícolas Cultivadas1 .................................................... 44
Tabela 4-11 Grupos de Solos em Terras Agrícolas ................................................... 45
Tabela 4-12 Valores CN para Terras Áridas e Semiáridas .......................................... 46
Tabela 4-13 Conversão de CN Médio para a Condição de CN Seco e Húmido CN .......... 46
Tabela 4-14 Grupos de Precipitação para Condição Precedente de Humidade no Solo... 47
Tabela 4-15 Coeficientes para o Cálculo do Caudal de Ponta Pelo Método SCS ............ 48
Tabela 4-16 Extensão Mínima Recomendada de Registos Hidrométricos ..................... 50
Tabela 5-1 Valores do Coeficiente de Rugosidade ‘N’ (Escoamento Uniforme) ............. 59
Tabela 5-2 Coeficientes de Rugosidade de Manning (HEC-15) ................................... 62
Tabela 5-3 Velocidades da Água Admissíveis (m/s) em Drenagem Escavada de Uma
Estrada .............................................................................................................. 73
Tabela 5-4 Espaçamento Máximo de Sanjas ........................................................... 74
Tabela 5-5 Classificação de Coberturas Vegetais Quanto a Graus de Retardamento ..... 77
Tabela 5-6 Resumo da Tensão de Corte para Várias Medidas de Protecção ................. 78
Tabela 6-1 Coeficiente de Perda de Entrada em Aquedutos, Ke ................................. 90
Tabela 6-2 Valores Recomendados de Manning para Condutas .................................. 91
Tabela 6-3 Velocidades de escoamento Permitidas para diferentes Materiais à Saída do
Aqueduto ........................................................................................................... 94
Tabela 6-4 Especificações dos Aquedutos Circulares .............................................. 101
Tabela 6-5 Dimensões do Reforço Extra para o Muro de Testa ................................ 106
Tabela 6-6 Ângulo do Muro de Ala ....................................................................... 106
Tabela 6-7 Especificações de Betão ..................................................................... 106
Tabela 6-8 Dimensões Padrão de Grandes Aquedutos em Capacete (Shelverts) ........ 108
Tabela 6-9 Dimensões Padrão Para Pequenos Shelverts ......................................... 108
Tabela 7-1 Bordo Livre Permissível para Diferentes Caudais de Cheia para Pontes Médias
a Pequenas....................................................................................................... 122
Tabela 7-2 Valores de ‘Co’ e ‘e’ na Fórmula do Orifício ........................................... 124
Tabela 7-3 Aplicação de Modelos Unidimensional e Bidimensional ............................ 130
Tabela 7-4 Factores Laterais Fs (Manual Sul-Africano 2006) ................................... 140
Tabela 7-5 Propriedades Físicas da Argila (Curtsey of South African Manual 2006) .... 141
Tabela 7-6 Factores para Cobrir a Altura do Média do Caudal (y) para a Altura Máxima do
Canal (Curtsey do Manual Sul-Africano de 2006) ................................................... 142
Tabela 7-7 Problemas Típicos Relacionados com a Erosão Que Podem Ser Encontrados
em Rios ........................................................................................................... 144
Tabela 7-8 Factor de Correcção K1, para Forma de Nariz de Pilar ............................. 152
Tabela 7-9 Factor de Correcção K2, para ângulo de ataque de vazão ........................ 152
Tabela 7-10 Factor de Correcção K3, para Condição de Leito ................................... 152
Tabela 7-11 Alturas Locais de Erosão em Pilares de Materiais Coesivos .................... 153
Tabela 7-12 Factores para Estimar a Altura De Erosão em Pilares e Obras de Construção
....................................................................................................................... 154
xxiii
Tabela 8-1 Especificações para Gabiões ............................................................... 178
Tabela 9-1 Mínima Inclinação Necessária para Garantir 0.9 M/S na Drenagem de Águas
Pluviais Completamente Cheia ............................................................................ 183
Tabela 9-2 ‘n’valores de Manning´s para as Calhas de Estradas e Pavimentos .......... 188
Tabela 10-1 Coeficientes para o Cálculo das Dimensões Usando a Equação 10-4 ...... 200
Tabela 10-2 Coeficientes, Cs, para a Inclinação do Aqueduto Usando Equação 10-4 .. 200
Tabela 10-3 Coeficiente, Ch, para as Saídas dos Aquedutos 1 ................................. 201
Tabela 10-4 Valores de PN em Diferentes Números de Froude ................................ 204
Tabela 10-5 Vo/VB Versus Número de Froude na Saida do Aqueduto (Adaptado de HEC-
14) .................................................................................................................. 207
Tabela 10-6 Ressaltos Hidráulicos Tipo ................................................................ 211
Tabela 10-7 Intervalos entre verificações da infraescavação ................................... 211
Tabela 11-1 Permeabilidade de Materiais de Filtro com Agregados de Tamanho Único
(TRH1, SA, 1994) .............................................................................................. 222
Tabela 11-2 Especificações para Drenagem e Filtração de Massas de Solos Coesivos . 238
Tabela 11-3 Especificações para Geotêxteis .......................................................... 239
Tabela F-1 Características da Área de Captação .................................................... 278
Tabela F-2 O Caudal de Pico ............................................................................... 281
Tabela G-1 Informações da Área de Captação ....................................................... 282
Tabela G-2 Características da Bacia ..................................................................... 283
Tabela G-3 Profundidade de 24 Horas de Precipitação da Região ............................. 285
Tabela G-4 Estimativa de Caudal de Pico .............................................................. 285
Tabela H-1 Tipos de Solo e Folha de Informação de Números de Curva, CN .............. 287
Tabela H-2 Números de Curva de Escoamento ...................................................... 288
Tabela H-3 Folha de Computação Para o Tc, Tempo de Concentração ..................... 289
Tabela H-4 Características da Sub-Bacia .............................................................. 289
Tabela I-1 Velocidade do Rio e a Taxa de Escoamento para Várias Profundidades ...... 294
Tabela J-1 Parâmetros Hidráulicos de Ponte Antes da Construção ............................ 299
Tabela J-2 Parâmetros de Escoamento de Ponte .................................................... 299
Tabela K-1 Detalhes da Secção Transversal 6.5 (Obtido apartir da Análise do HEC-RAS)
....................................................................................................................... 305
Tabela K-2 Profundidades de Infraescavação Calculadas ........................................ 308
Tabela L-1 Nível de Entrada e Nível de Saída ........................................................ 310
xxiv
Lista de Figuras
Figura 3-1 Limites do Estudo de Perfil .................................................................... 17
Figura 3-2 Exemplo de Espaçamento Entre Perfis Transversais.................................. 17
Figura 4-1 Ciclo Hidrológico .................................................................................. 21
Figura 4-2 Formato de Bacias Hidrográficas (Curtsey de Alan A. Smith Inc.) ............... 24
Figura 4-3 Fluxograma dos Procedimentos de Análise Hidrológica .............................. 30
Figura 4-4 Definição de Declive para o Escoamento Sobre a Superfície do Terreno ...... 31
Figura 4-5 Declive de Acordo com o Método da Área ponderada ................................ 32
Figura 4-6 Declive de Acordo com Serviço Geológico dos Estados Unidos ................... 32
Figura 4-7 Cálculo do Declive Médio do Canal Principal ............................................. 33
Figura 4-8 Curva Típica de Intensidade-Duração-Frequência de Precipitação ............... 38
Figura 4-9 Curva da Chuvada de Projecto de Tipo II ................................................ 41
Figura 4-10 Mapa de Precipitações de Moçambique.................................................. 53
Figura 5-1 Parâmetros Hidráulicos de Projecto ........................................................ 54
Figura 5-2 Termos na Equação de Energia (Fonte: R A Crowder FDG2 - Capítulo 7, 2009)
......................................................................................................................... 64
Figura 5-3 Determinação da Cota da Água para um Determinado Caudal (Q) .............. 65
Figura 5-4 Padrão do Perfil de Convergência do Cálculo da curva de Regolfo ............... 68
Figura 5-5 Ilustração da Situação Que Causa Retorno .............................................. 69
Figura 5-6 Ilustração da Disposição de Drenagem Lateral da Estrada ......................... 73
Figura 5-7 Disposição Esquemática da Sanja .......................................................... 74
Figura 6-1 Componentes de Aquedutos .................................................................. 83
Figura 6-2 Aquedutos Constituídos por Condutas Circulares Metálicos Corrugados (Tubo
Ármico). Altura Do Escoamento à Montante e Capacidade De Vazão do Aqueduto com
Controlo à Entrada (Adaptado de FHWA, 1998) ....................................................... 84
Figura 6-3 Aquedutos Constituídos por Condutas Circulares de Betão. Altura do
Escoamento à Montante e Capacidade De Vazão Do Aqueduto com Controlo à Entrada
(Adaptado de FHWA, 1998) .................................................................................. 85
Figura 6-4 Aquedutos Constituídos por Condutas Rectangulares ou Quadradas de Betão.
Altura do Escoamento à Montante E Capacidade de Vazão do Aqueduto com Controlo à
Entrada (Adaptado de FHWA, 1998) ...................................................................... 86
Figura 6-5 Determinação da Capacidade de Vazão E Dimensões de Aquedutos
(Zimbabwe, PARTE F) .......................................................................................... 87
Figura 6-6 Hidráulica de Aqueduto Com Escoamento Submerso com Controlo à Saída
(Austroads 1994) ................................................................................................ 89
Figura 6-7 Determinação de yo Para A Altura De Escoamento à Saída Abaixo do Topo da
Abertura (Adoptado de Ausroads) ......................................................................... 92
Figura 6-8 Determinação da H Para Nível Alto Nível de Escoamento à Saída (Adoptado de
Ausroads) .......................................................................................................... 92
Figura 6-9 Disposição Geral de Aquedutos ............................................................ 100
Figura 6-10 Elementos de Projecto Estrutural para Aquedutos - Vista Lateral ............ 100
Figura 6-11 Elementos de Projecto Estrutural para Aquedutos - Vistas Frontais ......... 101
Figura 6-12 Vista em Planta Mostrando a Disposição Geral de um Box Culvert oblíquo 102
Figura 6-13 Vista em Planta Mostrando o Reforço Principal e as Dimensões dos Muros de
Ala para o Box Culvert Oblíquo ........................................................................... 102
Figura 6-14 Detalhes do Reforço para o Vão do Box Culvert ................................... 103
Figura 6-15 Vista Lateral do Box Culvert .............................................................. 103
Figura 6-16 Secção Transversal do Box Culvert ..................................................... 103
Figura 6-17 Vista em Planta do Box Culvert sem Tabuleiro ..................................... 104
Figura 6-18 Secção Longitudinal do Box Culvert .................................................... 104
Figura 6-19 Detalhes das Juntas do Box Culvert, Drenagem Interna e Muros ............ 105
Figura 6-20 Detalhes das Juntas de Construção e Reforço ...................................... 105
Figura 6-21 Carga Permitida para Shelverts .......................................................... 109
Figura 6-22 Disposição Geral de Shelverts ............................................................ 110
Figura 6-23 Especificações de Projecto de Shelverts - Vista Posterior e Central ......... 110
xxv
Figura 6-24 Especificações de Projecto para Componentes Estruturais de Shelverts -
Plano de elevação, Recesso e Muro de Ala ............................................................ 111
Figura 6-25 Especificações de Projecto para Shelverts - Vista Lateral ....................... 111
Figura 6-26 Obras de Protecção Recomendadas para Shelverts ............................... 113
Figura 7-1 Configurações de Escoamento de Ponte e Bordo Livre (TRL ORN 9) .......... 121
Figura 7-2 Subdivisão da Secção Transversal de Escoamento/Rio para Análise .......... 123
Figura 7-3 Folha de Transmissão de Informação sobre Pontes Hidráulicas de Pontes para
Vazamento Através de Encontros ........................................................................ 127
Figura 7-4 Transmissão de Informação Hidráulica Para Encontros de Pontes Constituídos
de Parede Verticais ............................................................................................ 128
Figura 7-5 Secção Transversal de Modelo Unidimensional ....................................... 131
Figura 7-6 Esboço da Vista do Plano De Um Cruzamento de Ponte De Abertura Múltipla
....................................................................................................................... 131
Figura 7-7 Canal e Caudal da Planície de Inundação .............................................. 132
Figura 7-8 Exemplo do Modelo de Estudo dos Limites a Montante e Jusante (Fonte:
Hydraulic Design Series Number 7, 2012). ........................................................... 133
Figura 7-9 Perfil do escoamento com Incerteza das Condições de Fronteira a Jusante
(Fonte: Hydraulic Design Series Number 7, 2012). ................................................ 134
Figura 7-10 Diagrama Lui Modificado Mostrando as Relações para o Movimento
Incipiente (fonte: Manual de Projecto de Drenagem da África do Sul, 2006). ............ 136
Figura 7-11 Estabelecimento da Velocidade como uma Função da Dimensão do
Sedimento........................................................................................................ 137
Figura 7-12 Contração Longa no Escoamento de Sedimentos: Definição de Termos
(Fonte: Manual da África do Sul 2006) ................................................................. 146
Figura 7-13 Contração Longa em Caudal de Água Limpa: Definição de Termos (Fonte:
Manual da África do Sul 2006) ............................................................................ 147
Figura 7-14 Variável de Erosão de contração de Live–bed (Fonte: Hydraulic Design
Series Number 7, 2012) ..................................................................................... 148
Figura 7-15 Variável de Erosão de Contração de Água Limpa (Fonte: Hydraulic Design
Series Number 7, 2012). .................................................................................... 149
Figura 7-16 Erosão de Contração Vertical (Fonte: Hydraulic Design Series Number 7,
2012). ............................................................................................................. 149
Figura 7-17 As Principais Características que Formam o Campo de Escoamento em Pilar
Circular (NCHRP 2011a) ..................................................................................... 150
Figura 7-18 Componentes de Erosão de um Pilar Complexo .................................... 155
Figura 7-19 Índice de Erosão do Pilar Suspenso (Adoptado de Jones e Sheppard 2000)
....................................................................................................................... 156
Figura 7-20 Largura Equivalente do Maciço de Encabeçamento do Pilar (adoptado por
Jones e Sheppard 2000) .................................................................................... 158
Figura 7-21 Rácios de Velocidade e Altura para Sapata/Maciço de Encabeçamento
Exposto ........................................................................................................... 159
Figura 7-22 Largura Projectada de Estacas Em Caso Especial - a Largura Projectada é
Perpendicular ao Escoamento ............................................................................. 160
Figura 7-23 Largura Projectada das Estacas para o Caso Geral de Escoamento Oblíquo
....................................................................................................................... 161
Figura 7-24 Factor de Espaçamento de Estacas (Adoptado de Sheppard 2001) ......... 162
Figura 7-25 Factor de Ajuste para o Número de Estacas Alinhadas (Adoptado de
Sheppard 2001) ................................................................................................ 163
Figura 7-26 Factor de Ajuste de Altura Do Grupo de Estacas (Adoptado em Sheppard
2001) .............................................................................................................. 164
Figura 8-1 Especificações dos Esporões ................................................................ 169
Figura 8-2 Tipos de Esporas ............................................................................... 170
Figura 8-3 Especificações Gerais das Esporas, Diques e Esporões ............................ 171
Figura 8-4 Especificações da Secção Transversal Próxima da Corrente Principal do Rio
(Prevendo-Se o Galgamento ............................................................................... 171
Figura 8-5 Especificações da Secção Transversal Póximo dos Taludes (Corrente Baixa)
....................................................................................................................... 172
xxvi
Figura 8-6 Talude Guia Tipo (modificado de FHWA 1978) ....................................... 173
Figura 8-7 Especificações para os Taludes Guia ..................................................... 173
Figura 8-8 Especificações para o Projecto das Bermas ou Taludes ........................... 174
Figura 8-9 Talude Marginal ou Bancos de Solos ..................................................... 174
Figura 8-10 Banco inclinado e Obras de Proteção .................................................. 175
Figura 8-11 Protecção Contra a Erosão dos Taludes ou Bancos de Solos Naturais ...... 175
Figura 8-12 Protecção Contra a Erosão de Diques e Ilhas ....................................... 176
Figura 8-13 Especificações para as Dimensões do Material a Usar para a Pedra
Argamassada e Aarrumada ................................................................................. 176
Figura 8-14 Especificações para Gabiões e Sua Aplicação na Projecto ...................... 178
Figura 9-1 Secção típica da calha (Terceira edição da Circular de engenharia hidráulica
da FHWA nº 22) ................................................................................................ 185
Figura 9-2 Caudal em calhas Triangulares ............................................................ 186
Figura 9-3 Velocidade em Calhas Triangulares ...................................................... 187
Figura 9-4 Caudal Interceptado na Entrada Ralada na Condição de Depoósito ......... 189
Figura 9-5 Caudal Interceptado pela Abertura do Lancil com Depressão ................... 190
Figura 9-6 Lancil e Dreno Longitudinal Entalhado para a Intercepção Total ............... 191
Figura 9-7 Caudal Interceptado na Entrada do Dreno Entalhado .............................. 192
Figura 9-8 Especificações do Projecto para Canais em L ......................................... 194
Figura 9-9 Espercificações do Projecto para os Lancis ............................................ 194
Figura 9-10 ESpecificações do Projecto para Calhas Tipo A – Aplicado na obra .......... 195
Figura 9-11 Especificações para as Calhas Tipo B - unidades pré-fabricadas ............. 195
Figura 9-12 Especificações para as Cascatas ......................................................... 196
Figura 10-1 Abertura da Infraescavação na Saída do Aqueduto ............................... 199
Figura 10-2 Aumento da Rugosidade Hidráulica .................................................... 201
Figura 10-3 Dissipador de Energia de Escoamento Caudaloso Típico ........................ 202
Figura 10-4 Comporta Tipica ou Aqueduto com Bacia Reguladora/Tanque ................ 203
Figura 10-5 Bacia Reguladora com Terminal Rectangulares e Quadrados (H.L. Tiwari,
Arun Goel) ....................................................................................................... 204
Figura 10-6 Bacia Reguladora Tipo III (USBR) ...................................................... 205
Figura 10-7 Gancho Tipo do Dissipador de Energia na Bacia Referência: USDOT, FHWA,
HEC-14 (1983) ................................................................................................. 206
Figura 10-8 Detalhes de Referência para o Gancho Tipo de Dissipador de Energia na
Bacia: USDOT, FHWA, HEC-14 (1983) ................................................................. 207
Figura 10-9 Profundidade de Pedra Arrumada na Infraescavação ............................ 209
Figura 10-10 Ressalto hidráulico ......................................................................... 210
Figura 10-11 Configuração da Verificação da Infraescavação .................................. 212
Figura 10-12 Especificações do Projecto para a Verificação da Infraescavação .......... 212
Figura 11-1 Fontes da Humidade encontrada debaixo da Superficie do Sistema de
Pavimento (ERES, 1999) .................................................................................... 213
Figura 11-2 Instalação Típica de um Tubo de Suporte ........................................... 219
Figura 11-3 Medição de Permeabilidade, Lei de Darcy ............................................ 220
Figura 11-4 Diagrama dos Coeficientes de Permeabilidade ..................................... 221
Figura 11-5 Testes de Permeabilidade para Massas do Solo .................................... 223
Figura 11-6 Drenabilidade de Solos ..................................................................... 225
Figura 11-7 Secção Típica do Pavimento Betão Asfáltico ......................................... 227
Figura 11-8 Secção Típica do Paviamento não-Drenante e PCC ............................... 227
Figura 11-9 Secção Típica de Profundidade Complete e Betão Asfáltico .................... 227
Figura 11-10 Ilustração do Escoamento da Água Subterrânea ao Longo Duma Camada
Impermeável no Sentido de Descida para uma Estrada .......................................... 228
Figura 11-11 Ilustração do Efeito de um Dreno Interceptor na Redução da Cota do Lençol
Freático ........................................................................................................... 229
Figura 11-12 Dreno Interceptor Longitudinal Usado para Interromper a Infiltração e
Baixar o Lençol Freático ..................................................................................... 229
Figura 11-13 Drenos Longitudianais Simêtricos Usados para Baixar o Lençol Freático e
Recolher a Água A Infiltrar O Pavimento ............................................................... 229
xxvii
Figura 11-14 Instalação de Drenos Multíplos Interceptore para O Control da Água
Subterrânea. .................................................................................................... 230
Figura 11-15 Dreno Collector Longitudinal Usado para Remover Água Infilatrada na
Secção da Estrutura De Estrada .......................................................................... 230
Figura 11-16 Instalação de Dreno Longitudinal Multi-uso........................................ 231
Figura 11-17 Drenos Transversais nas Curvas Super Elevadas ................................ 232
Figura 11-18 Instalação de Drenos Interceptores nas Secções de Corte Com
Alinhamento Perpendicular ao S Contornos Existentes ........................................... 232
Figura 11-19 Dreno Subterrâneo Mediano ............................................................ 233
Figura 11-20 Aplicação de Mantas de Drenagem Horizontais ................................... 233
Figura 11-21 Aplicação de Protecção da Drenagem Horizontal ................................. 234
Figura 11-22 Protecção da Drenagem (Cunha) na Encosta de Corte Drenada Pelo Dreno
Colector Longitudinal ......................................................................................... 234
Figura 11-23 Protecção da Drenagem no Talude Lateral Exposto ao Dreno Colector ... 234
Figura 11-24 Uma Secção Tipica de Trincheira de Drenagem .................................. 235
Figura 11-25 Saida Típica do Dreno Subterrâneo ................................................... 235
Figura 11-26 Especificações para Drenagem e Filtração de Solos Coesivos ............... 239
Figura 12-1 Danos séveros devido a cheias .......................................................... 242
Figura 12-2 Inundação/Submersão de Infra-Estruturas .......................................... 242
Figura 12-3 Desenvolvimento de Infra-estrutura de Estradas Resilientes .................. 243
Figura 12-4 Zonas de Risco de Inundações em Moçambique ................................... 244
Figura 12-5 Mapas de Distritos Propensos a Inundacoes e Secas Severas( Moçambique)
....................................................................................................................... 245
Figura 12-6 Estrutura Monolítica - Aqueduto em caixão .......................................... 249
Figura 12-7 Ilustração de Paredes de Cortina Chave na Entrada e Saida de Aquedutos
....................................................................................................................... 250
Figura A-1 Curva IDF do Aeroporto ...................................................................... 257
Figura A-2 Curva IDF do Angoche ........................................................................ 257
Figura A-3 Curva IDF do Changalane ................................................................... 258
Figura A-4 Curva IDF do Chimoio ........................................................................ 258
Figura A-5 Curva IDF do Chokwe......................................................................... 259
Figura A-6 Curva IDF do Cuamba ........................................................................ 259
Figura A-7 Curva IDF do Inhambane .................................................................... 260
Figura A-8 Curva IDF do Inharrime ...................................................................... 260
Figura A-9 Curva IDF do Lichinga ........................................................................ 261
Figura A-10 Curva IDF do Lumbo ........................................................................ 261
Figura A-11 Curva IDF do Maniquenique .............................................................. 262
Figura A-12 Curva IDF do Manjacaze ................................................................... 262
Figura A-13 Curva IDF do Mavalane ..................................................................... 263
Figura A-14 Curva IDF do Marrupa ...................................................................... 263
Figura A-15 Curva IDF do Massingir ..................................................................... 264
Figura A-16 Curva IDF do Montepuez ................................................................... 264
Figura A-17 Curva IDF do Nampula ..................................................................... 265
Figura A-18 Curva IDF do Observatorio ................................................................ 265
Figura A-19 Curva IDF do Panda ......................................................................... 266
Figura A-20 Curva IDF do Pemba ........................................................................ 266
Figura A-21 Curva IDF do Praia ........................................................................... 267
Figura A-22 Curva IDF do Quelimane ................................................................... 267
Figura A-23 Curva IDF do Sussundenga ............................................................... 268
Figura A-24 Curva IDF do Tete ............................................................................ 268
Figura A-25 Curva IDF do Umbeluzi ..................................................................... 269
Figura A-26 Curva IDF do Macia .......................................................................... 269
Figura A-27 Curva IDF do Vilanculo ..................................................................... 270
Figura A-28 Curva IDF do Xai Xai ........................................................................ 270
Figura B-1 Mapas da Zonas de Precipitação em Moçambique .................................. 273
Figura C-1 Mapas de Zonas de Vulnerabilidade em Comunidades e Principais Centros
Urbanos ........................................................................................................... 274
xxviii
Figura D-1 Mapa de Solos de Moçambique ............................................................ 276
Figura E-1 Processo de Construção de Shelvetes/Aqueduto de Meia Lua ................... 277
Figura F-1 Área de Captação Ampla ..................................................................... 278
Figura F-2 Características da Bacia ...................................................................... 279
Figura F-3 Intensidade de Precipitação ................................................................. 280
Figura G-1 Área de Captação Estreita .................................................................. 282
Figure G-2 Características da Bacia ..................................................................... 283
Figura H-1 Resultado para uma Bacia Hidrográfica ................................................ 289
Figura H-2 Resultado Hidrográfico Combinado ...................................................... 290
Figura I-1 Dados do Canal Regular ...................................................................... 291
Figura I-2 Determinação da Elevação da Superfície/Profundidade ............................ 293
Figura I-3 Curva de Caudal do Estágio ................................................................. 295
Figure I-4 Dados de Rio com Seção Transversal Irregular ....................................... 295
Figura J-1 Vista a Montante da Ponte ................................................................... 298
Figura K-1 Vista Geral das Secções Transversais e o Posição da Ponte ..................... 303
Figura K-2 Montante e Jusante da Secção Transversal da Ponte Apartir da Análise pelo
HEC-RAS . ....................................................................................................... 304
xxix
1. Introdução
O presente manual fornece a orientação e informação para elaboração de projectos
detalhados de drenagem e infra-estrutura/sistemas com ela relacionados para as
estradas existentes e a construir em Moçambique. Existem 14 capítulos e 14 apêndices.
Foi elaborado um glossário de termos para dar um esclarecimento útil de conceitos e
definições apresentados no texto. É abordado neste manual o projecto estrutural de
alguns dos sistemas de drenagem. No entanto, os projectistas também devem consultar
os Detalhes tipo para Estradas e Pontes de modo a obter mais detalhes sobre o projecto
estrutural.
Reconhece-se que uma estrada requer um sistema de drenagem para lidar com o
escoamento de águas pluviais; portanto, o sistema de drenagem torna-se uma parte
importante e integrante do planeamento e projecto da infra-estrutura viária.
Para uma nova estrada, devem ser realizados projectos detalhados de hidrologia e
drenagem após seleccionar o alinhamento e completar o dimensionamento geométrico.
O projecto preliminar de hidrologia e drenagem é realizado no estágio de selecção do
alinhamento e estudo de viabilidade, que são detalhados no Manual de Investigação de
Campo. Enquanto se executa o projecto detalhado de hidrologia e drenagem, deve-se
fazer referência ao dimensionamento geométrico detalhado da estrada, quando já foram
identificados e especificados os locais e o posicionamento das estruturas e sistemas de
drenagem.
Esses elementos devem ser analisados cuidadosamente para determinar o seu impacto
nas estradas e nos caudais de cheia. Esta avaliação deve incluir impactos tanto a
montante como a jusante. Devido aos altos custos associados aos trabalhos de
drenagem, os aspectos de drenagem de um projecto devem ser colocados no topo da
hierarquia do processo de planeamento.
Para estradas existentes, deve ser feito um inventário das estruturas de drenagem
existentes e as suas capacidades de drenagem, antes de projectar novos sistemas de
drenagem.
É importante que os projectistas especifiquem, como parte do seu projecto, as formas
de organização da manutenção das estruturas e sistemas de drenagem. Desta forma, os
futuros requisitos de manutenção são incorporados nas etapas de planeamento e
dimensionamento para melhor preparar e equipar as autoridades rodoviárias para a sua
manutenção no futuro.
1.1 Objectivo
O principal objectivo do manual é fornecer orientações sobre a avaliação e
dimensionamento de drenagem de estradas a todas as autoridades rodoviárias e a todas
as entidades relevantes envolvidas no fornecimento, gestão e manutenção da drenagem
de estradas. Este manual não incorpora o dimensionamento de sistemas de drenagem
urbana. Os Projectistas devem consultar os manuais relevantes sobre drenagem urbana,
que podem ser obtidos nos municípios. No entanto, alguns aspectos de dimensionamento
apresentados neste manual podem ser aplicáveis ao dimensionamento de alguns
sistemas de drenagem urbana, dependendo da sua natureza e complexidade.
O manual descreve métodos de dimensionamento e disposições de drenagem
recomendadas para diferentes situações. Pretende-se que seja um manual de
dimensionamento abrangente de projectos de drenagem para estradas novas e critérios
e procedimentos para a reabilitação de estruturas de drenagem em estradas existentes.
Além de fornecer as melhores prácticas internacionais sobre métodos, abordagens e
padrões de dimensionamento, o manual inclui referências a outros documentos e
softwares para uma análise mais rigorosa de drenagem. Os projectistas de pontes e
drenagem precisam de orientação sobre o efeito das águas pluviais, cheias e mudanças
climáticas nas estruturas de drenagem e na estrada. Este manual fornece orientação
1
sobre projecto hidrológico e hidráulico e o dimensionamento estrutural de estruturas de
drenagem, excluindo pontes. O âmbito deste manual abrange apenas o HVR (estradas
de alto volume de tráfego) gerido pela ANE; no entanto, os conceitos são aplicáveis aos
LVRs (estradas de baixo volume de tráfego). Detalhes de projecto estrutural mais
abrangentes estão incluídos nos Detalhes Padrão de Estradas e Pontes e no Manual de
Especificações para Obras de Estradas e Pontes.
1.2.6 Apêndices
Estão incluídos Apêndices que fornecem informações adicionais, incluindo exemplos
Practicos.
2
2. Política de Drenagem e Planeamento
2.1 Geral
O presente capítulo fornece orientação sobre a avaliação e gestão dos impactos que os
projectos rodoviários podem ter sobre o ambiente aquático. Trata dos possíveis impactos
na qualidade dos corpos de água e na hidrologia existente das bacias através das quais
passam as estradas. Além disso, quando a estrada passa por áreas construídas e terras
privadas, pode haver problemas na drenagem da água da estrada.
A experiência na área do projecto é o melhor indicador de problemas de manutenção, e
entrevistas com o pessoal de manutenção podem ser extremamente úteis na
identificação de possíveis problemas de drenagem.
A referência à manutenção de estradas e a relatórios de cheias, levantamentos de danos
e entrevistas a residentes pode ser útil na avaliação de possíveis problemas de
manutenção.
Muitas vezes, as inundações podem ser evitadas e os seus impactos podem ser evitados
ou reduzidos através de um bom planeamento e gestão. Todas as formas de inundação
e o seu impacto no ambiente natural e construído devem ser todas consideradas na fase
de planeamento. O governo atribui grande importância à gestão do risco de inundação
no processo de planeamento e levando em conta as mudanças climáticas. Para atingir
esses objectivos, o governo estabelece padrões para a protecção do ambiente aquático
e aprovou leis para evitar sua degradação.
3
2.4 Política Ambiental de Moçambique
As políticas nacionais e os quadros legais descrevem que características são importantes
para avaliar e identificar a magnitude e a gravidade dos impactos ambientais. O
desenvolvimento de projectos rodoviários está sujeito a regulamentos ambientais, de
acordo com a Lei Ambiental de Moçambique (Decreto 20/1997) e os Regulamentos do
Estudo de Impact Ambental (Decreto n.º 54/2015, de 31 de Dezembro).
O Ministério da Terra, Ambiente e Desenvolvimento Rural (MITADER) implementa a
política ambiental através das seguintes instituições:
1. Inspecção da Terra, Ambiente e Desenvolvimento Rural;
2. Direcção Nacional do Desenvolvimento Rural;
3. Direcção Nacional de Florestas;
4. Direcção Nacional do Ambiente:
5. Direcção Nacional de Terras;
6. Direcção Nacional de Reassentamento e Ordenamento Territorial;
7. Centro Nacional de Cartografia e Teledetecção (CENACARTA);
8. Instituto de Formação em Administração de Terras e Cartografia (INFATEC);
9. Administração Nacional de Áreas de Conservação.
Dependendo da fase e do tipo de projectos, são necessários dois níveis de estudos
ambientais. Para a fase de planeamento e pré-viabilidade durante a selecção de um
alinhamento ou realinhamento, é necessária uma avaliação preliminar. Ao avaliar os
impactos identificados nesta fase, a opção geralmente seleccionada é aquela que tem o
menor impacto.
No entanto, para um projecto detalhado ou estudo de viabilidade, é necessária uma
análise ambiental mais abrangente. Após a realização do estudo preliminar de acordo
com o MITADER, com base na magnitude e gravidade dos impactos da estrada no meio
ambiente, o projecto deve ser categorizado em uma das quatro categorias, A +, A, B ou
C e, consequentemente, são necessárias intervenções detalhadas segundo os
regulamentos da Administração e Infraestructuras de Água e Saneamento(AIAS) .
Quando haja impactos adversos, tais como a inundação ou descarga de águas pluviais
em propriedade privada, a autoridade rodoviária e outros departamentos
governamentais devem negociar com os proprietários e a compensação pode ser feita
conforme as necessidades, após investigação e recomendação por parte da Autoridade
Ambiental.
4
3. Colecta de Dados Hidrológicos
São necessários dados para o projecto hidrológico e projecto hidráulico de canais
abertos, aquedutos, pontes e outras estruturas de drenagem ao longo e através da
estrada, incluindo a drenagem sub-superficial. Este capítulo faculta orientações sobre os
tipos de dados necessários para cada projecto, a origem dos dados, os procedimentos
de colecta de dados, a avaliação e o processamento dos dados.
O esforço necessário para a colecta e compilação de dados deve ser adaptado à
importância do projecto. Nem todos os dados discutidos neste capítulo serão necessários
para cada projecto rodoviário. No entanto, um programa de colecta de dados bem
planeado leva a uma análise hidrológica e hidráulica mais organizada e efectiva, além de
um projecto de drenagem que seja compatível com:
1. Âmbito do projecto;
2. Custo do projecto;
3. A complexidade do sistema hidráulico do local;
4. Requisitos regulamentares provinciais e nacionais de Moçambique.
As várias etapas envolvidas na colecta e no processamento dos dados são apresentados
a seguir.
5
Tabela 3-1 Requisitos de Dados para Estruturas de Drenagem
Dados Canal Aquedu Pont Correção Drenagem Dissipdor- Drenage
aberto tos e de Rios/ de águas es de m
Canais pluviais Energia superficia
l
Estudos Teóricos √ √ √ √ √ √ √
Fotogrametria1 √
aérea 1
Levantamento √ √ √ √ √ √
topográfico
Levantamento √ √ √
Geotécnico
Dados geo- √ √ √
morfológicos
Área da bacia √ √ √ √ √
Cobertura vegetal √ √ √ √
Uso da terra √ √ √ √ √
Troços do curso √ √ √ √
de água
Secção √ √ √ √
transversal do
curso de água
Inclinação do leito √ √ √ √ √
do curso de água
Inclinação da √ √ √ √
margem do rio/
materiais
Histórico das √ √ √ √ √
cheias
Cota de máxima √ √ √ √ √
cheia
Cotas das marcas √ √ √ √ √
de cheia
Valores "n" de √ √ √ √ √ √ √
Manning
Características √ √ √ √ √ √
das passagens
molhadas/detritos
Potencial de √ √ √ √ √ √
erosão
Informação √ √ √ √ √
ecológica em
geral
Cacracterísticas √ √ √ √
dos
constrangimentos
naturais
Tipos de materiais √ √ √ √ √ √ √
e propriedades
6
Dados Canal Aquedu Pont Correção Drenagem Dissipdor- Drenage
aberto tos e de Rios/ de águas es de m
Canais pluviais Energia superficia
l
Testes de √
Permeabilidade
Nota (1): A fotogrametria aérea é geralmente necessária para áreas de captação complexas e planícies aluviais
7
Sistema/Es Dados Fontes Mátodo de Colecta de dados
trutura de necessários
Drenagem
Mapas topográficos da Por aquisição de mapas
Características CENACARTA;
da bacia Mapas de uso da terra e solos
do MITADER
Pontes, Todos acima
Correcção
Relatórios de Investigação Referindo-se a relatórios de
de Rios & Dados de
Geotécnica projectos de especialistas em
Canais Investigação
geotecnia
Geotécnica
Mapas MIREME Aquisição de mapas geológicos
Geológicos relevantes
Mapas de MITADER Aquisição de mapas relevantes
Aproveitamento
de Solos e Terra
Estudos de Direcção Nacional de Gestão de Relatórios de estudos, banco de
cheias regionais Recursos Hídricos – DNGRH, dados da Direcção
e locais Moçambique
Plano Director Direcção Nacional de de Gestão Relatórios de estudo, banco de
da Bacia de Recursos Hídricos – DNGRH, dados da Direcção
Hidrográfica Moçambique
Mapas CENACARTA (Autoridade de Aquisição de mapas topográficos
Topográficos e Pesquisa), Moçambique relevantes
Fotografias São recomendados os mapas 1:
Áéreas 50.000
Mapas MIREME Aquisição de mapas geológicos
Geológicos relevantes
Drenagem Dados de Instituto Nacional de Por ser obtido a partir do banco
de águas precipitação, Meteorologia, Moçambique de dados meteorológicos
pluviais vento
e da
temperatura
Drenagem Dados de Relatórios de Investigação Referindo-se a relatórios de
sub- Investigação Geotécnica projectos de especialistas em
superficial Geotécnica geotecnia
Mapas MIREME Aquisição de mapas geológicos
Geológicos relevantes
8
A aeronave usada para tirar fotografias pode ser asa fixa (avião) ou helicóptero. Com
asa fixa ainda é o método mais económico; No entanto, os levantamentos baseados em
helicópteros oferecem voos de baixa altitude, resultando numa precisão muito maior. As
fotos tiradas também podem ser utilizadas como dados para investigações e estudos
hidráulicos.
A fotogrametria aérea pode ser realizada utilizando tecnologias mais modernas, como
drones adequados às condições, equipados com câmaras modernas e tecnologia GPS. O
uso de drones é uma opção mais barata, embora estes não possam substituir totalmente
o uso de aviões.
9
3.3.2.4 Dados Geomorfológicos
Dados geomorfológicos são importantes na análise da estabilidade e erosão de canais.
Tipos de dados necessários são:
1. Transporte de sedimentos e dados relacionados;
2. Estabilidade da forma ao longo do tempo (entrançado, sinuoso, etc.);
3. História de erosões/evidência de erosões; e
4. Identificação do material do leito e das margens.
10
5. Imagens Landsat (satélite).
Os dados de uso da terra existentes para pequenas bacias podem ser determinados ou
verificados melhor a partir de um levantamento de campo. Os levantamentoos de campo
também devem ser feitos para actualizar informações sobre mapas e fotografias aéreas,
especialmente em bacias que sofreram mudanças no seu desenvolvimento desde que os
mapas ou fotos foram preparados. Fotografias aéreas infra-vermelhas podem ser
particularmente úteis na identificação dos tipos de urbanização num determinado
momento.
Devem ser obtidos os dados do perfil do leito da linha de água e esses dados devem-se
estender para montante e jusante suficientemente para determinar a inclinação média e
abranger qualquer construção proposta ou irregularidades. Dados de perfis dos rios
podem ser obtidos a partir da superfície da água. Onde houver uma estação de medição
de caudal relativamente próximo, podem ser obtidos os caudais, a data e a hora da
leitura. O perfil do leito deve-se estender para montante e jusante por uma distância de
pelo menos 200 metros ou, de preferência, até:
𝑳 = 𝟏𝟎𝟎𝐥𝐨𝐠(𝑨) (3-1)
Onde:
L = distância em metros,
A = área da bacia em km2
11
Quando não for prático fazer o levantamento de uma secção na posição prevista
ou no intervalo prescrito, a posição da secção pode ser movida. No entanto, o
intervalo entre duas secções adjacentes não deve exceder o intervalo prescrito.
3. As secções transversais devem ser levantadas olhando para jusante e a origem
ou o zero da contagem das distâncias da secção transversal do canal deve ser
estabelecido na margem esquerda /Left Bank do canal virado para jusante. No
entanto, quando apenas é exigido um perfil da margem direita, a origem ou o
zero devem estar localizados no lado da água, ou seja, no canal.
4. Todas as estruturas existentes devem ser identificadas e marcadas na planta de
localização e dos levantamentos.
5. Devem ser levantadas cotas suficientes ao longo do perfil transversal para que a
forma e a geometria do canal sejam facilmente identificáveis (deve ser preparada
uma planta para se indicar onde é que devem ser levantadas as cotas). Deve-se
anotar também uma descrição do material que reveste o canal (por exemplo,
lodo, capim, seixos, betão, etc.) em intervalos regulares, com fotografias de
apoio. A localização das fotografias deve ser identificada pela etiqueta relativa ao
perfil transversal mais próximo.
6. Os pontos ao longo da secção ou perfil transversal devem ser levantados em
intervalos que representem com precisão a forma do canal. Para secções de
canais abertos, o traçado do perfil transversal deve ter precisão de pelo menos
+/- 0,1m em altura, permitindo um erro de até 0,2m ao longo do traçado da
secção. Para detalhes da estrutura, a linha do perfil transversal deve estar
correcta com pelo menos +/- 0,02m em altura, permitindo um erro de até 0,02m
ao longo da linha do perfil.
7. Se forem necessários alçados de jusante, por ex. alçado de jusante de pontes e
açudes, isso será anotado no Resumo do Levantamento. A origem ou o zero da
contagem do alçado de jusante deve ser estabelecida na margem esquerda do
canal. O perfil deve ser desenhado conforme visto para montante, ou seja, os
valores do “intervalo” abaixo da secção desenhada serão negativos.
8. Cada perfil transversal da estrutura receberá um título relevante incluído no
cabeçalho do perfil. Onde o perfil transversal for visto para montante, isso deve
ser claramente anotado no título. Os desenhos das secções abertas do canal
normalmente não devem ter um título.
9. Além dos perfis transversais do canal, os perfis devem ser estendidos até ao nível
real do terreno, de cada lado, até pelo menos 20m além do topo da margem
(quando possível), a menos que esteja mencionado de outra forma no Resumo
do Levantamento. Onde haja árvores ou arbustos no canal, o perfil transversal
deve-se estender até 5m além da vegetação, mas não mais do que 50m afastado
do canal. Além da extensão do perfil transversal, deve ser anotada uma indicação
geral da forma do terreno, mencionada num rótulo, isto é, “Plano”, “sobe
acentuadamente”. O ponto utilizado para a definição da margem no perfil
longitudinal deve ser indicado no perfil transversal respectivo.
10. Quando uma margem do rio se encontra acima do solo circundante (planície de
inundação), o topo da margem é definido como o ponto na margem sobre o qual
a água irá galgar do rio para o terreno circundante. Onde não haja elevações na
margem, o topo ou crista é o ponto que marca a mudança da inclinação do terreno
nas proximidades do canal.
11. Arbustos, árvores, vedações e edifícios adjacentes so perfil transversal do canal
devem ser indicados como símbolos – não necessariamente à escala.
12. Se existirem edifícios ao longo do percurso proposto, devem ser indicadas as
cotas dos pisos ou as cotas da camada impermeável na base. Quando não
puderem ser determinados, deve ser registado o nível da soleira da construção.
12
Os prédios serão rotulados com nome e/ou número, tipo e se existe uma camada
impermeável na base.
13. Qualquer corpo de água, incluindo lago ou lagoa, também deve ser levantado.
Isto inclui os níveis máximos de água no momento do levantamento e os níveis
mais altos das margens. A batimetria do leito do lago deve ser feita com
equipamento de eco-som. As vedações serão rotuladas com o seu tipo e altura.
Cruzamentos de estradas serão rotulados com nome e/ou número.
13
estabilidade dos materiais naturais no local da infraestrutura, forças de tracção exercidas
pelo escoamento e pelas características de transporte de sedimentos.
Dados sobre materiais naturais podem ser obtidos a partir de testes in-situ e
amostragem de materiais. É necessário retirar amostras de material de leito e margens
em quantidade suficiente para classificar o tipo de canal, a estabilidade e granulometria,
bem como realizar um estudo geotécnico para determinar as características do substrato,
no caso de serem necessários estudos de erosão. Os vários modelos computacionais de
rios aluvionares ajudarão a esclarecer que dados são necessários. Além disso, esses
dados são necessários para determinar a presença de configurações de fundo, de modo
que se possa estimar a existência de um “n” fiável de Manning, bem como para estimar
as formas de erosão do leito.
Factores tais como afloramentos rochosos, que causam mudanças de declive ou afectam
os níveis da água, devem ser tratados como açudes. Mudanças na inclinação do nível da
água sobre os aprons/base do leito a saída da estructura, e mudanças bruscas nas cotas
de fundo devem ser medidas e adicionadas ao perfil longitudinal.
Devem ser colectados dados das estruturas hidráulicas existentes próximas do local de
estudo tais como localização, dimensão, descrição, condição, níveis de cheia observados
e perfil do canal do rio no troço junto ao local e nas suas proximidades, para determinar
a sua capacidade e o efeito no caudal do rio.
Deve ser inspeccionada qualquer estrutura, a jusante ou a montante, que possa causar
regolfo ou amortecer o caudal. Além disso, deve ser observada a forma pela qual as
estruturas existentes têm funcionado em relação à erosão, galgamento, passagem de
detritos, passagem de peixes, etc. Para pontes, esses dados devem incluir comprimentos
dos vãos, tipo de pilares e orientação de subestrutura, que geralmente podem ser obtidos
nos projectos das estruturas existentes. Os dados necessários em relação a aquedutos
incluem parâmetros como dimensão, geometria de entrada e saída, declive, tratamento
na zona final, material do aqueduto e perfil da superfície da água. São valiosos elementos
como fotografias e perfis dos níveis máximos da água ou marcas de cheia na estrutura
e dados anteriores de erosão provocada por cheias, para a avaliação do desempenho
hidráulico da infraestrutura existente.
O histórico das cheias passadas e o seu efeito sobre as estruturas existentes é de grande
valor para a realização de estudos de avaliação de risco de cheia e no dimensionamento
de estruturas de drenagem
14
formato de dados e à modelação hidráulica. Recomenda-se consultar o manual do
utilizador do software, para orientação.
Para facilitar este trabalho, são necessários levantamentos topográficos do canal do rio
e da planície de inundação. O objectivo destes é recolher dados para estabelecer um
modelo hidráulico das condições existentes e avaliar o impacto das passagens hidráulicas
da estrada propostas, nas áreas circunvizinhas, bem como o risco de cheias para as
estruturas elas próprias, e fornecer detalhes das estruturas presentes nas vizinhanças
do trajecto da estrada proposta. Os dados a serem colectados incluem o seguinte:
1. Área da bacia
2. Fotogrametria Aérea
3. Troço do rio
4. Dados dos perfis transversais ao longo do troço do rio
5. Levantamento topográfico do local e áreas circundantes
6. Níveis do leito do rio
7. Perfis transversais na planície de cheia
8. Dados sobre estruturas existentes e obras hidráulicas
9. Uso da terra na bacia de drenagem
10. Características gerais do material do leito.
11. Descrição geral do terreno circundante e padrões naturais de drenagem
12. Histórico das cheias e de galgamento das margens
13. Mudanças climáticas
Só depois de determinar a área da bacia de drenagem, as suas características e realizar
a fotografia aérea, onde for necessário, é que deve ser seleccionado o troço do rio a
estudar.
3.4.1 Selecção do Troço do Rio
A selecção do comprimento do troço do rio a jusante da infraestrutura para o estudo está
dependente do efeito do erro, na cota inicial da superfície da água, no cálculo das cotas
da superfície da água na estrutura (ver Figura 3-1). Quando p ossível, a análise deve
começar num local onde exista uma cota conhecida da superfície da água (em registos
históricos) ou uma estrutura de controlo a jusante, onde o perfil da superfície da água
passe pela altura crítica.
A utilização das marcas de cheia observadas a jusante é relativamente comum para a
calibração de modelos para eventos históricos, mas é pouco provável que estejam
disponíveis para o cálculo de eventos hipotéticos, como o evento de 1% de probabilidade
de excedência. É necessário fazer iterações da cota no local de início, quando não existam
ou estão muito mais a jusante, marcas de cheia e locais de controlo, para poderem ser
aplicadas. Dois critérios iniciais geralmente aplicados são a altura crítica e altura
uniforme. O local de início deve afastado para jusante o suficiente para que o perfil da
superfície da água calculado pelo programa convirja para a cota base da superfície da
água (condição existente) antes do local da ponte/aqueduto.
O comprimento do troço de estudo para montante é a distância até onde o perfil
resultante de uma perda de carga devido à estrutura convirja para a cota da água na
condição não perturbada. A magnitude da alteração do perfil da superfície da água e a
15
extensão para montante da perturbação induzida pela estrutura são dois dos principais
critérios utilizados para avaliar os impactos de estruturas a serem modificadas ou novas.
Determine as fronteiras do rio usando o modelo HEC-2, que usa as equações de
regressão abaixo:
𝒚𝑯𝑫
𝑳𝒅𝒄 = 𝟔. 𝟔𝟎𝟎 (3-2)
𝑺
𝒚𝑯𝑫 𝟎,𝟖
𝑳𝒅𝒏 = 𝟖. 𝟎𝟎𝟎 (3-3)
𝑺
Onde:
Lcd = comprimento do troço de estudo a jusante (ao longo do canal principal) em
metros quando a altura crítica é no local de partida do modelo;
Ldn = comprimento do troço de estudo a jusante (ao longo do canal principal) em
metros quando o escoamento é uniforme no local de partida do modelo;
yHD = profundidade média no troço com 1% de probabilidade - área da secção
transversal dividida pela largura do topo da secção transversal) em
metros,
S = declive médio do troço em m/km e
hL = perda de carga entre 0,1524 e 1,524 metros na estrutura de cruzamento do
canal para uma cheia de projecto de 1 vez em 100 anos.
16
Figura 3-1 Limites do Estudo de Perfil
17
fornecidos com coordenadas x, y, z, como uma planilha do Excel. Isso permitirá
que os dados de levantamento de canais sejam combinados com os dados dos
levantamentos topográficos e fotogramétricos.
4. As margens esquerda e direita devem ser definidas olhando para jusante.
5. Para todas as observações com GPS, usando a técnica estática/estática rápida,
devem ser usados os receptores GPS com frequência dupla de qualidade, para
medir altitudes.
6. Os níveis do leito das linhas de água devem ser medidos directamente quando e
onde for possível. Onde a medição directa for impossível, como, por exemplo, se
a profundidade da água for muito grande ou outras causas que a tornem
impraticável, então será suficiente ler a profundidade da água usando uma vara
ou mediante uma eco-sonda e relacionar essas leituras com um nível de água
medido.
7. Onde ocorra lodo, devem ser levantadas as cotas tanto do leito firme como do
topo do lodo, na mesma vertical. A camada firme deve ser representada por uma
linha contínua. O topo de lodo deve ser representado por uma linha tracejada e
deve ser rotulado como “S” na listagem de dados digitais.
8. A natureza do material do leito deve ser registada e representada no perfil
transversal de forma simplificada, i. e. 'Cascalho'. As superfícies fora da área da
água também devem ser rotuladas.
9. Os levantamentos no canal podem ser combinados com os levantamentos
fotogramétricos ou LiDAR da planície de inundação e, portanto, a precisão da
posição deve ser similar. As coordenadas do perfil, na Rede Nacional Geodésica
de Moçambique, do Ponto inicial ou Zero devem seguir o padrão E4 por meio de
GPS.
10. Os perfis transversais devem ser perpendicularmente alinhados em relação à
linha central do canal.Esses perfis podem ser definidos no mapa do contrato de
topografia.
11. Salvo disposição em contrário, no resumo do levantamento, para as estruturas
existentes as secções a serem levantadas devem ser feitas do lado de montante
e de jusante, pois afectam significativamente as condições do escoamento do rio
na condição de ocorrência de uma cheia.
12. Quando haja estruturas sobre as estradas e/ou passeios, devem ser levantadas
as cotas ao longo da parte elevada da estrada (ou seja, cota do lancil ou da
extremidade das estradas), a cada 10m, numa distância de 100m para cada lado
da estrutura. Onde haja parapeitos que fazem parte da estrutura, deve ser
levantada a cota do topo do parapeito e a sua largura anotada na secção
transversal.
13. As características de elementos naturais, que actuam como estruturas, tais como
afloramentos rochosos, também devem ser levantadas. As estruturas que não
forem levantadas devem ser fotografadas. As fotografias e coordenadas
geograficas da estrutura devem ser incluídas como um apêndice do Resumo do
Inquérito. Se houver alguma dúvida, o Topógrafo deve consultar o Engenheiro
para confirmar se um determinado perfil é necessário.
14. Será produzida, para cada perfil longitudinal, uma planta chave à escala 1: 2.500
ou 1: 1.250, mostrando as posições dos perfis transversais e a linha central do
curso de água . Sempre que possível, esta planta deve ser incorporada na mesma
folha que o perfil longitudinal.
15. O perfil longitudinal da área do levantamento deve mostrar todos os elementos
principais, incluindo o nível mais profundo do leito em cada secção, tanto da
camada firme (linha contínua) como da linha de topo do lodo (linha tracejada), o
18
nível de água em cada secção, os níveis da crista das margens, derivadas dos
níveis das cristas levantadas em cada secção transversal. Também serão
representadas as linhas limites das margens, sendo a esquerda a tracejado e a
direita com linha contínua grossa, assim como a extensão e cota de qualquer
lancil/soleira ou camada de protecção em betão juntamente com o rótulo
apropriado. Devem ser indicadas as cotas de pontos críticos (intradorso, soleira,
tabuleiro, crista etc.).
16. Os açudes laterais, etc., que não se encontram no canal principal, devem ser
representados com as cotas de interesse, como as diferenças em relação à crista
das margens.
17. Para ajudar a clarificar, devem ser usadas chamadas para detalhes, onde o
desenho tem demasiada informação.
18. Onde for benéfico, devem-se combinar os dados do levantamento topográfico
para o estudo hidrológico junto com outros dados existentes, por ex. dados
colectados para fazer o projecto geométrico.
19. A maioria dos levantamentos de campo dos perfis transversais do canal e da
planície de inundação é registada com uma precisão de 0,031 m. Se o
levantamento realmente representar as secções transversais, do troço do rio
estudado, com precisão de 0,031m, a maior precisão que resultaria de um cálculo
de curva de regolfo pelo método “Step-Backwater” poderia ser de 0,031m.
Quaisquer resultados expressos com mais precisão do que 0,031m são
simplesmente atribuídos à matemática.
19
feitas fotografias mais de perto, juntando uma régua ou uma quadrícula para facilitar a
ilustração das dimensões.
Todas as inconsistências, erros e omissões devem ser revistos e abordados neste estágio.
Isso inclui consultas, verificações de campo e /ou repetição de levantamentos, conforme
for apropriado. Para possíveis inconsistências e erros nos dados históricos, recomenda-
se uma análise de sensibilidade. Isto é útil para determinar que itens de dados específicos
têm efeitos importantes no projecto final e a importância de possíveis erros nos dados.
20
4. Hidrologia
4.1 Introdução
O presente capítulo dá orientações para o projecto hidrológico. Hidrologia é definida como
a ciência que aborda as propriedades físicas, a ocorrência e o movimento da água na
atmosfera, na superfície e abaixo da superfície da terra, conforme ilustrado na Figura 4-
1. No sentido mais amplo, também inclui meteorologia, oceanografia e geohidrologia. Para
o projectista de estradas, o foco principal da hidrologia é a água que se move à superfície
da terra e, em particular, a parte que, em última análise, atravessa vias de transporte (ou
seja, cruzamentos da estrada com rios).
O tipo e a fonte de informações disponíveis para a análise hidrológica variam de local para
local, e é responsabilidade do projectista da drenagem da estrada determinar que
informações estão disponíveis e são aplicáveis a uma análise específica. No Capítulo 3
apresenta-se uma lista abrangente dos dados necessários para o projecto hidrológico e
hidráulico de várias estruturas e sistemas de drenagem.
21
A Tabela 4-1 fornece informações sobre os parâmetros hidrológicos e sua aplicação no
projecto de drenagem.
22
Parâmetro Métodos de determinação Aplicação no dimensionamento
hidrológico de drenagem
usados no cálculo do escoamento e
do tempo de concentração.
Uso do solo Isto é obtido a partir de mapas de São atribuídos factores de
aproveitamento da terra, fotografias drenagem ao aproveitamento da
aéreas e imagens de satélite, e verificado terra no cálculo do escoamento e no
durante as visitas ao local. tempo de concentração.
Tipos de solo Estes dados são obtidos a partir de mapas Os diferentes tipos de solo afectam
de solos que cubram a bacia a infiltração e, portanto, a
quantidade de escoamento. São
atribuídos factores de drenagem
para os tipos de
solo/permeabilidade.
Caudal de O caudal de projecto é medido em m3/s O caudal de ponta de cheia de
ponta de cheia ou (cumecs) usando vários métodos: projecto é usado no projecto e
de Projecto Método Racional, Método SCS, Método dimensionamento de estruturas e
NRCS, Modelos de computador, como por sistemas de drenagem
exemplo o HEC-RAS para escoamentos
mais complexos
4.3.1.1 Abstracções
As perdas, conhecidas como abstrações, tendem a reduzir o volume de água que aparece
como escoamento superficial no local seleccionado. Para o problema típico de projecto de
drenagem de estradas, são geralmente consideradas apenas seis abstrações. Estas são
discutidas abaixo, pela ordem da sua importância para o escoamento, ocasionado pelas
precipitações.
Essas abstrações são factores que tendem a reduzir o escoamento e, geralmente, levam
a uma projecção exagerada e indevida, se não forem consideradas. Portanto, elas
representam baixo risco para o sistema de drenagem.
23
urbanização, desmatamento, implantação de infra-estruturas e desenvolvimento,
incluindo estradas, linhas férreas e projectos de recursos hídricos (barragens e albufeiras).
Isto deve ser tido em consideração e consultadas as autoridades locais, conforme
necessário. A forma da bacia hidrográfica também afectará aos coeficientes de
escoamento das águas pluvias, Figura 4-2. Por exemplo, uma bacia hidrográfica longa e
estreita provavelmente apresentará coeficientes de escoamento mais baixos que uma
bacia hidrográfica curta e larga, com a mesma dimensão e outras características similares.
24
Grupo C: Franco-argiloso-arenoso - solos com um potencial de escoamento
moderadamente elevado, devido às baixas taxas de infiltração. Estes solos consistem
principalmente em solos nos quais existe uma camada perto da superfície que impede o
movimento descendente de água, ou solos com textura moderadamente fina a fina.
Grupo D: Franco-argiloso, franco-argilo-siltoso, argilo-arenoso, argilo- siltoso ou argila -
solos com alto potencial de escoamento, devido às taxas de infiltração muito lentas. Estes
solos consistem principalmente de argilas com alto potencial de intumescimento, solos
com lençóis freáticos permanentemente altos, solos com uma camada de argila na ou
perto da superfície e solos rasos sobre material parental quase impermeável.
O mapa de solos de Moçambique é dado no Apêndice D.
4.3.1.7 Canalização
A canalização em áreas urbanas inclui o seguinte:
1. Canais abertos melhorados;
2. Lancil com valetas;
3. Secções transversais da estrada com a inversão do ponto de coroamento;
4. Sistemas de drenagem de águas pluviais.
Qualquer um desses tipos de canalização serve para tornar a drenagem mais eficiente.
Isso significa que os escoamentos podem ser superiores, em áreas com canalização
urbana, e os caudais de ponta de cheia ocorrem muito mais cedo em relação às zonas em
que não existe canalização significativa.
25
4.3.1.9 Informação de Previsão
Recomenda-se considerar possíveis impactos das mudanças climáticas na infraestrutura.
Futuras mudanças no uso e aproveitamento da terra podem ser obtidas junto das
autoridades locais.
Em estradas extensas, praticamente sem desvios, onde muitos locais estão sujeitos a
eventos independentes de cheias, pode ser necessário aumentar o período de retorno do
projecto em cada local para evitar interrupções frequentes, devido às cheias. Ao
seleccionar um período de retorno do projecto, deverão ser consideradas as possíveis
mudanças no uso do solo a montante, que poderão razoavelmente ocorrer durante o
tempo de vida previsto da infraestrutura de drenagem.
26
Tabela 4-2 Padrões para os Períodos de Retorno do Projecto (Anos)
Valetas e 5 10 5 10 5 10
entradas de
água*
Valas laterais 10 25 5 10 5 10
Aquedutos, 25 50 10 25 10 25
tubos (veja
nota) Vão<2m
Aquedutos, 50 100 25 50 25 50
2m<vão <6m
Ponte de Vão 50 100 25 50 25 50
curto
6m<vão<15m
Ponte de vão 100 200 50 100 50 100
médio
15m<vão<50m
Ponte de vão 100 200 50 100 50/ 100
longo
vãos>50m
Vão é o comprimento total da abertura livre de uma estrutura. Por exemplo, o vão para
um aqueduto circular duplo de 1,2 metros de diâmetro é de 2,4 metros, e o período de
retorno do projecto é, portanto, “aqueduto, 2m <vão <6m.” Da mesma forma, para um
aqueduto rectangular duplo, com duas unidades de abertura 4,5 metros, deve-se usar
para o projecto o período de retorno como para uma ponte de vão curto e para uma ponte
com dois vãos de 10 metros cada, deve-se considerar uma ponte de vão médio.
27
4.5 Métodos de Análise Hidrológica
Os métodos e fontes seguintes podem ser usados na determinação dos caudais de ponta
de cheia para o projecto de estruturas de drenagem de estradas, conforme listado na
Tabela 4-3.
A máxima cheia provável é dada por PMF= QMPF = 106(A/108)1-0.1K, onde K é uma constante
regional para Moçambique e o valor de K é 2-3. A é a área de captação em km2 (Z. Kovacs,
Department of Water Affairs, TR137, Regional Maximum Flood Peaks in Southern Africa)
A estimativa dos caudais de ponta de cheia e dos hidrogramas é realizada usando métodos
estatísticos ou empíricos. Em geral, siga as directrizes a seguir para seleccionar os
métodos de estimativa de caudal (FEM):
1. Compare os resultados de vários métodos.
2. Utilize o caudal que parece reflectir melhor as condições locais do projecto. Não é
recomendado usar a média dos resultados de vários métodos; documente as razões
que justificam a selecção dos resultados.
3. O caudal de ponta de cheia é adequado para o projecto de sistemas de transporte,
tais como drenos pluviais, canais abertos, aquedutos e pontes. No entanto, se o
projecto exigir o encaminhamento da cheia para áreas como bacias de
armazenamento e redes de transporte complexas, é necessário traçar o hidrograma
da cheia.
28
4. O engenheiro de drenagem deve assegurar que o método hidrológico seleccionado
é apropriado para as condições da bacia e que estão disponíveis dados suficientes
para efectuar os cálculos necessários. Se possível, o método deve ser calibrado
para as condições locais e as cheias históricas.
29
Figura 4-3 Fluxograma dos Procedimentos de Análise Hidrológica
30
intensidade-duração-frequência da precipitação (IDF), para estabelecer a intensidade de
precipitação requerida. O Tc é o tempo necessário para que a água flua do ponto mais
remoto da bacia para o local que está a ser analisado.
Onde:
Tc = tempo de concentração (horas)
n = coeficiente de rugosidade obtido da Tabela 5-1 e Tabela 5-2.
L = comprimento da linha de água, medido desde o limite de bacia até ao
ponto em que é necessário calcular o caudal de cheia (km)
𝐻
S = Declive da bacia 𝑆 = (m/m) Vide Figura 4-4
1.000𝐿
H = Altura do ponto mais remoto acima da foz da bacia (m)
𝟎,𝟑𝟖𝟓
𝟎,𝟖𝟕𝑳𝟐
𝑻𝒄 = (𝟏.𝟎𝟎𝟎𝑺 ) (4-2)
𝒂𝒗
Onde:
31
Tc = tempo de concentração (horas)
L = comprimento hidráulico da bacia medido ao longo da linha de água, desde o limite da
bacia até ao ponto onde se pretende calcular o caudal de cheia (km)
Sav= inclinação média (m/m).
L e Sav são determinados a partir de mapas topográficos. A inclinação média pode ser
determinada graficamente de duas maneiras. O primeiro procedimento é balanceando as
áreas acima e abaixo da linha da inclinação média, conforme mostrado na Figura 4-5.
Na maioria dos casos, a linha de água mais longa inclui o escoamento à superfície bem
como ao longo do canal. Em grandes bacias hidrográficas, o caudal no canal é, geralmente,
dominante, mas em pequenas bacias, pode ser necessário determinar T c como a soma dos
tempos de escoamento, à superfície e ao longo do canal.
Figura 4-6 Declive de Acordo com Serviço Geológico dos Estados Unidos
Duma forma mais ampla, aceita-se que existe um curso de água definido quando o declive
médio da bacia é superior a 5% e a bacia tem mais do que 5 km2. Isto encontra-se
ilustrado na Figura 4-7. A fórmula de Manning pode ser usada para determinar as
velocidades de escoamento no curso de água (canais abertos ou condutas); veja o Capítulo
5 para as equações de cálculo.
32
Figura 4-7 Cálculo do Declive Médio do Canal Principal
𝑯 −𝑯
𝟎,𝟖𝟓𝑳 𝟎,𝟏𝟎𝑳 𝑯
𝑺𝒂𝒗 = (𝟏.𝟎𝟎𝟎)(𝟎,𝟕𝟓𝑳) or 𝑺𝒂𝒗 = (4-3)
(𝟏.𝟎𝟎𝟎)(𝟎,𝟕𝟓𝑳)
A altura das quedas de água e rápidos de grande altura são subtraídos do valor bruto H.
33
4. Determinar os coeficientes de IDF da precipitação. Extrair os Coeficientes “b” das
curvas de Intensidade-Duração-Frequência da Precipitação, e o valores de “n” da
tabela elaborada, de acordo com a localidade em Moçambique e o período de
retorno de projecto;
5. Usar a Equação 4-7 para calcular a intensidade da precipitação em mm/h ou usar
as curvas IDF para Moçambique, que são dadas no Apêndice A. Usar os mapas de
precipitação incluídos no Apêndice B para determinar a zona de precipitação
apropriada para a bacia de drenagem (localizar usando coordenadas fornecidas nos
mapas). Usar a curva IDF do Apêndice A, que corresponde a essa zona de
precipitação (estão indicadas nos mapas as estações meteorológicas). Se não
houver uma curva IDF correspondente à zona de precipitação, usar os coeficientes
da zona de precipitação máxima diária mais próxima, que tenha uma curva IDF
correspondente.
6. Seleccionar ou desenvolver os coeficientes de escoamento adequados para a bacia
hidrográfica. Quando a bacia tiver mais que uma característica diferenciada, devem
estimar-se os valores “C” para cada porção individual da bacia. Poderá então
estimar-se um valor de “C” ponderado; e
7. Calcular o caudal de ponta de cheia para a bacia hidrográfica, para a frequência
desejada usando a Equação 4-4 ou a Equação 4-5. Serão usadas duas equações
diferentes, dependendo da frequência da precipitação ou do período de retorno.
Incluiu-se no Apêndice F um exemplo trabalhado de cálculo de parâmetros hidrológicos,
usando o Método Racional.
Chuvadas frequentes - A fórmula racional estima o caudal superficial de ponta de cheia
em qualquer local da bacia, em função da área de captação, do coeficiente de escoamento
e da intensidade média da precipitação com duração igual ao tempo de concentração. A
fórmula racional é expressa como:
𝑸 = 𝟎, 𝟎𝟎𝟐𝟕𝟖𝑪𝑰𝑨 (4-4)
Onde:
Q = caudal máximo, m3/s
C = coeficiente de escoamento superficial que representa uma razão do
escoamento em relação à precipitação (ver Tabela 4-4 a Tabela 4-8)
I = intensidade média da precipitação para uma duração igual ao tempo
de concentração, para um período de retorno seleccionado, mm/h
A = área da bacia até ao local do projecto, em ha
Os coeficientes dados na Tabela 4-4 até à Tabela 4-8 são aplicáveis para frequências de
chuvadas de 5 até 10 anos.
O coeficiente de escoamento superficial (C) na fórmula racional é a razão entre o caudal
e a precipitação, para uma determinada intensidade média (I), quando toda a área da
bacia está a contribuir para o local de projecto.
𝑸 = 𝟎, 𝟎𝟎𝟐𝟕𝟖𝑪𝑪𝒇 𝑨 (4-5)
34
Os valores Cf estão listados na Tabela 4-7.
Tipo de Solo
Tipo de Terreno A B C D
Superfície Coeficientes de
Escoamento*
Asfalto (estrada) 0,70-0,95
Betão (estrada) 0,80-0,95
Acessos e passeios 0,75-0,85
Coberturas 0,75-0,95
35
* Fonte: Hidrologia, Administração Rodoviária Federal, HEC No. 19, 1984
Período de retorno Cf
(anos)
5 1,00
10 1,00
25 1,10
50 1,20
100 1,25
Coeficiente
Factor Descrição de
Escoamento
Cs Declive médio < 3,5% Plano 0,05
da bacia
3,5% - 10% Suave a moderado 0,10
10% - 25% Ondulado 0,15
25% - 45% Montanhoso 0,20
> 45% Montanhoso 0,25
Cp Permeabilidde Solo bem drenante, i,e, areia e cascalho 0,05
do Solo
Solo moderadamente drenante, i,e, areia e cascalho 0,10
com finos
Solos fracamente drenantes, i,e, silte 0,15
Solos impermeáveis, i,e, argila, lodos e argilas de 0,25
origem orgânica
Solos negros saturados 0,50
Rocha 0,40
Cv Vegetação Floresta densa/mata espessa 0,05
Floresta esparsa/vegetação rasteira densa 0,10
Pastagens/arbustos 0,15
Área cultivada 0,20
Pastagens abertas 0,25
Solo nú 0,30
𝑪 = 𝑪𝒔 + 𝑪𝒑 + 𝑪𝒗 (4-6)
Os resultados do uso da Fórmula Racional para estimar os caudais de ponta de cheia são
muito sensíveis aos parâmetros que forem utilizados. O projectista deve usar o bom-senso
36
de engenharia para estimar os valores usados neste método. Consulte o exemplo
trabalhado no Apêndice 2.
A intensidade da precipitação (I) é a precipitação média em mm/h para uma duração igual
ao tempo de concentração e para um período de retorno seleccionado. Uma vez
seleccionado um determinado período de retorno para o projecto, e calculado o tempo de
concentração para a bacia, a intensidade da precipitação pode ser determinada a partir
das curvas Intensidade-Duração-Frequência de Precipitação. Essas curvas aplicadas a
Moçambique estão incluídas no Apêndice A.
Recomenda-se o uso das curvas IDF das estações que se situarem dentro da mesma zona
de precipitação indicada no Apêndice B, se não houver nenhuma outra perto do local.
Para bacias de drenagem em Moçambique, calcule a intensidade da precipitação para
qualquer duração, usando a altura de precipitação de 24 horas, para um determinado
período de retorno, T, que é conhecido como relação intensidade-duração-frequência
(IDF).
𝒕 (𝒃+𝟐𝟒)𝒏
𝑹𝐑𝐭 = 𝟐𝟒 (4-7)
(𝒃+𝒕)𝒏
Onde:
RRt = Relação entre a Altura de precipitação Rt : R24
Rt = Altura da precipitação para uma determinada duração ’t’
t = tempo de concentração (Tc or tc)
R24= altura de precipitação de 24 horas
“b” e “n” = coeficientes b=0.3 e n= 0.9, (0.78≤n≤1.09)
𝒂𝑻𝒎
𝑰 = (𝒃+𝒕)𝒏 (4-8)
Onde:
I = intensidade da precipitação em mm/h
T = período de retorno ou frequência em anos
t = duração em horas da chuvada
“b”, “m” e “n” são coeficientes
37
de 50 hectares, devem obter-se intensidades de precipitação de projecto que não são
irrealistamente baixas. No entanto, se o tempo estimado de concentração for
extremamente elevado, como pode ocorrer em áreas extremamente planas, pode ser
necessário considerar um limite superior para a duração ou usar um método hidrológico
diferente.
b. Esta suposição limita o tamanho da bacia que pode ser usada no cálculo,
através do Método Racional. Para bacias grandes, o tempo de concentração
pode ser tão grande que não ocorram intensidades constantes de precipitação
por períodos tão longos, e chuvadas mais intensas e mais curtas podem
produzir caudais de ponta de cheia superiores. Além disso, em regiões semi-
áridas e áridas, as áreas de chuva intensa são relativamente reduzidas, com
grandes variações de intensidade, tornando o Método Racional inapropriado
para áreas de captação superiores a 50 hectares.
2. A frequência dos caudais de ponta de cheia é a mesma que a da intensidade de
precipitação, para um determinado tempo de concentração.
As frequências dos caudais de ponta de cheia dependem das frequências da
precipitação, condições de humidade antecedentes na bacia e das características
de resposta do sistema de drenagem. Para áreas pequenas e bastante
impermeáveis, a frequência das chuvadas é o factor dominante, enquanto para
38
bacias maiores são as características de controlo da resposta. Para bacias com
poucas áreas impermeáveis (pouco desenvolvimento urbano), geralmente são
dominantes as condições de humidade antecedentes, especialmente para eventos
de precipitação com um período de retorno de 10 anos ou menos.
3. A fracção de precipitação que se transforma em escoamento (C) é independente
da intensidade ou volume da precipitação.
Essa suposição é apenas realista para áreas impermeáveis, como ruas, telhados e
estacionamentos. Para áreas permeáveis, a fracção de escoamento varia com a
intensidade da precipitação e o volume acumulado de precipitação. Assim, a
aplicação do Método Racional requer a selecção de um coeficiente apropriado para
as condições da chuvada, do tipo do solo e do uso do solo. Existem muitas
directrizes e tabelas, mas carecem de evidências para sua confrontação.
4. O caudal de ponta de cheia é suficiente para o cálculo do projecto.
As práticas modernas em drenagem incluem bacias de detenção das chuvadas
urbanas, para reduzir o caudal de ponta a jusante. Ao utilizar apenas o caudal de
ponta de cheia, o Método Racional tem grandes limitações para avaliar alternativas
possíveis nos projectos de drenagem urbanos e, em alguns casos, de drenagem
em áreas rurais.
As técnicas desenvolvidas pelo Serviço de Conservação do Solo dos EUA para calcular os
caudais requerem os mesmos dados básicos do Método Racional: área da bacia, um factor
de escoamento, tempo de concentração e precipitação. A abordagem SCS, no entanto, é
mais sofisticada, na medida em que considera também a distribuição temporal da
precipitação, as perdas iniciais de precipitação devido à interceptação e armazenamento
em depressões, e uma taxa de infiltração que vai diminuindo durante a ocorrência da
chuvada.
Com o método SCS, o escoamento directo pode ser calculado para qualquer chuvada, seja
real ou fictícia, subtraindo a infiltração e outras perdas da precipitação para obter o
excesso de precipitação.
No entanto, o método SCS é mais adequado para calcular os caudais de ponta de cheia e
os volumes de escoamento para bacias com menos de 65 km 2, com declives inferiores a
30% e um tempo de concentração (Tc) inferior a 10 horas.
39
4.7.2.2 Equação de Precipitação - Escoamento
A relação entre a precipitação acumulada e o escoamento acumulado foi obtida pelo SCS
a partir de terrenos experimentais para inúmeras condições de cobertura hidrológica e
vegetativa. Nesses terrenos foram consideradas as informações relativas às medidas de
tratamento da terra, tais como cultivo por curvas de nível ou terraços,. A equação foi
desenvolvida principalmente para pequenas bacias para as quais estão normalmente
disponíveis os dados diários de precipitação e área da bacia. A fórmula foi desenvolvida a
partir de dados de chuvadas registadas, que incluíam a quantidade total de precipitação
num dia de calendário, mas não a sua distribuição temporal. A equação do escoamento
do SCS é, portanto, um método para estimar o escoamento directo de chuvadas de 24
horas ou 1 dia. A equação é:
(𝑷−𝑰 )𝟐
𝑸 = 𝑷−𝑰 𝒂+𝑺 (4-9)
𝒂
Onde:
Q = escoamento directo acumulado, mm
P = precipitação acumulada (potencial máximo de escoamento), mm
Ia = abstracção inicial, incluindo armazenamento à superfície, interceptação e
infiltração antes do escoamento, mm
S = retenção máxima potencial, mm
Precipitação - O método SCS é baseado num evento de chuva de 24 horas, que tem uma
distribuição temporal do Tipo II. A distribuição das chuvadas do Tipo II é uma distribuição
temporal "típica" que o SCS preparou a partir dos registos de precipitação. É aplicável para
regiões interiores e não para as regiões costeiras e é apropriada para ser usada em
Moçambique. A distribuição da precipitação dor Tipo II geralmente conduz a escoamentos
superiores em relação à distribuição do Tipo I. A Figura 4-9 mostra esta distribuição. Para
usar esta distribuição é necessário que o utilizador obtenha 1) o valor de precipitação de
24 horas (a partir da Equação 4-9) para a frequência da chuvada de projecto desejada, e
depois 2) multiplique este valor por 24 para obter o volume total da precipitação de 24
horas em milímetros.
A relação entre Ia e S foi desenvolvida a partir de dados de bacias experimentais. Isso
elimina a necessidade de estimar Ia para o uso comum. A relação empírica usada na
equação do escoamento SCS é:
𝑰𝒂 = 𝟎, 𝟐𝑺 (4-10)
(𝑷−𝟐𝑺)𝟐
𝑸 = (4-11)
𝑷+𝟎,𝟖𝑺
S está relacionado com o solo e condições de cobertura do solo, na bacia, através do CN.
O CN tem um intervalo de 0 a 100 e o S está relacionado com o CN por:
𝟐𝟓.𝟒𝟎𝟎
𝑺 = − 𝟐𝟓𝟒 (4-12)
𝑪𝑵
40
Figura 4-9 Curva da Chuvada de Projecto de Tipo II
Para atribuir um factor de escoamento a uma área, o SCS usa uma combinação de
condições do solo e uso da terra (cobertura do solo). Esses factores de escoamento,
chamados de números de curva de escoamento (CN), indicam o escoamento potencial
numa área. Quanto maior o CN, maior é o escoamento potencial.
41
1. deve ser dada atenção especial à selecção de números de curva (CNs). Use um
número de curva médio representativo, CN, para a bacia em estudo.
2. A selecção de CNs excessivamente conservadores resultará na estimativa de
escoamentos excessivamente elevados e, consequentemente, de estruturas de
drenagem excessivamente caras. A selecção de valores elevados conservadores
para todas as variáveis do escoamento resulta na majoração da estimativa do
escoamento superficial.
3. É melhor usar valores médios e projectar para um período de retorno mais alto.
Muitas vezes, o escoamento calculado usando CNs conservadores para uma
chuvada de dez anos de período de retorno excederá em muito o escoamento
calculado para CNs médios para uma chuvada de 25 ou mesmo 50 anos. O
projectista de hidrologia poderá adoptar as duas opções, ao fazer a selecção mais
apropriada do caudal de projecto.
42
Tabela 4-9 Números de Curvas de Escoamento (CN) para Grupos de Solo -
Áreas Urbanas1
76 85 89 91
72 82 87 89
Áreas urbanas desérticas:
Cobertura de deserto natural 63 77 85 88
Distritos urbanos:
Comercial e escritórios 85 89 92 94 95
Industrial 72 81 88 91 93
Áreas residenciais por tamanho médio do
lote: 65 77 85 90 92
0,05 hectares ou menos 38 61 75 83 87
0,1 hectares 30 57 72 81 86
0,135 hectares 25 54 70 80 85
0,2 hectares 20 51 68 79 84
0,4 hectares 12 46 65 77 82
0,8 hectares
Áreas urbanas em desenvolvimento
Áreas recém-niveladas (apenas áreas permeáveis, sem 77 86 91 94
vegetação)
1
condições médias de escoamento e Ia = 0,2 S
2
A percentagem média de área impermeável indicada foi usada para desenvolver as CNs compostas. Outras
premissas são as seguintes: as áreas impermeáveis estão directamente conectadas ao sistema de drenagem, as
áreas impermeáveis têm CN de 98 e as áreas permeáveis são consideradas equivalentes a espaços abertos em
boas condições hidrológicas. Se a área impermeável não estiver conectada, o método SCS possui um ajuste para
reduzir o efeito.
3
CNs indicadas são equivalentes às de pastagens. CNs compostos podem ser calculados para outras combinações
de tipo de cobertura de espaço aberto.
43
Tabela 4-10 CN Para Terras Agrícolas Cultivadas1
A B C D
Pousio Solo não coberto - 77 86 91 94
Cobertura de Resíduos da Fraca 76 85 90 93
colheita (CR) Boa 74 83 88 90
Culturas Segundo sulcos rectos Fraca 72 81 88 91
em linha (SR) Boa 67 78 85 89
SR + CR Fraca 71 80 87 90
Boa 64 75 82 85
Sulcos segundo curvas de Fraca 70 79 84 88
nível (C) Boa 65 75 82 86
C + CR Fraca 69 78 83 87
Boa 64 74 81 85
Sulcos segundo curvas de Fraca 66 74 80 82
nível & em terraços (C & Boa 62 71 78 81
T)
C&T + CR Fraca 65 73 79 81
Boa 61 70 77 80
Culturas de grão pequeno Fraca 65 76 84 88
SR Boa 63 75 83 87
SR + CR Fraca 64 75 83 86
Boa 60 72 80 84
C Fraca 63 74 82 85
Boa 61 73 81 84
C + CR Fraca 62 73 81 84
Boa 60 72 80 83
C&T Fraca 61 72 79 82
Boa 59 70 78 81
C&T + CR Fraca 60 71 78 81
Boa 58 69 77 80
Culturas de elevada Fraca 66 77 85 89
densidade SR ou semeadas Boa 58 72 81 85
a lanço
Legumes ou Fraca 64 75 83 85
Rotação de culturas C Boa 55 69 78 83
Pasto C&T Fraca 63 73 80 83
Boa 51 67 76 80
1
Condições médias de escoamento e Ia = 0,2S
2
A cobertura de resíduos de culturas aplica-se apenas se os resíduos estiverem em pelo menos 5% da superfície
ao longo do ano.
3
A condição hidrológica baseia-se numa combinação de factores que afectam a infiltração e o escoamento,
incluindo (a) densidade e copa de áreas vegetativas, (b) quantidade de cobertura durante todo o ano, (c)
quantidade de leguminosas em rotações , (d) percentagem de cobertura de resíduos na superfície da terra (boa>
20%), e (e) grau de rugosidade.
Fraca: os factores impedem a infiltração e tendem a aumentar o escoamento.
Boa: Factores favorecem a infiltração média e acima da média e tendem a diminuir o escoamento superficial.
44
Tabela 4-11 Grupos de Solos em Terras Agrícolas
1
Condições média de escoamento e Ia = 0,2 S
2
Fraca: <50% de cobertura do solo ou intensamente usado para pastagem, sem cobertura morta
Razoável: 50 a 75% de cobertura do solo e moderadamente usado por pastagem
Boa:> 75% de cobertura do solo e levemente ou apenas ocasionalmente usado para pastagem
3
Fraca: <50% de cobertura do solo
Razoável: 50 a 75% de cobertura do solo
Boa:> 75% de cobertura do solo
4
O número real de curva é menor que 30; use CN = 30 para cálculos de escoamento.
5
CNs indicados foram registados para áreas com cobertura de 50% de capim (pasto). Outras combinações de
condições podem ser calculadas a partir de CNs para bosques e pastagens.
6
Fraca: lixo de florestas, pequenas árvores e arbustos são destruídos por pastoreio intenso ou queimadas
regulares.
Razoável: Bosques usados para pastam, mas sem queimadas, e alguns resíduos de floresta cobrem o solo.
Boa: Bosques protegidos do pasto, resíduos e capim cobrem adequadamente o solo.
45
Tabela 4-12 Valores CN para Terras Áridas e Semiáridas
CN para CN Seco CN
condições médias Húmido
46
Tabela 4-14 Grupos de Precipitação para Condição Precedente de Humidade no
Solo
𝒒𝒑 = 𝒒𝒖 𝑨𝒚 (4-13)
𝟐
𝒒𝒖 = 𝜶(𝟏𝟎𝐂𝒐+𝐂𝟏 𝐥𝐨𝐠𝐭 𝒄+𝐂𝟐 (𝐥𝐨𝐠𝐭 𝒄) ) (4-14)
Onde C0, C1 e C2 = coeficientes de regressão dados na Tabela 4-15, para vários rácios de
Ia/p
47
No Apêndice G apresenta-se um exemplo trabalhado do cálculo de parâmetros hidrológicos
usando o método SCS .
Tabela 4-15 Coeficientes para o Cálculo do Caudal de Ponta Pelo Método SCS
Tipo de Ia/P C0 C1 C2
Precipitação
I 0,10 2,3055 -0,5143 -0,1175
0,20 2,23537 -0,5039 -0,0893
0,25 2,18219 -0,4849 -0,0659
0,30 2,10624 -0,4570 -0,0284
0,35 2,00303 -0,4077 0,01983
0,40 1,87733 -0,3227 0,05754
0,45 1,76312 -0,1564 0,00453
0,50 1,67889 -0,0693 0,00000
IA 0,10 2,03250 -0,3158 -0,1375
0,20 1,91978 -0,2822 -0,0702
0,25 1,83842 -0,2554 -0,0260
0,30 1,72657 -0,1983 0,02633
0,50 1,63417 -0,0910 0,0000
II 0,10 2,55323 -0,6151 -0,1640
0,30 2,46532 -0,6226 -0,1166
0,35 2,41896 -0,6159 -0,0882
0,40 2,36409 -0,5986 -0,0562
0,45 2,29238 -0,5701 -0,0228
0,50 2,20282 -0,5160 -0,0126
III 0,10 2,47317 -0,5185 -0,1708
0,30 2,39628 -0,5120 -0,1325
0,35 2,35477 -0,4974 -0,1199
0,40 2,30726 -0,4654 -0,1109
0,45 2,24876 -0,4131 -0,1151
0,50 2,17772 -0,3680 -0,0953
48
2. Se o local da estrutura de drenagem estiver dentro da mesma bacia, mas não
próximo de uma estação hidrométrica, é possível fazer a transposição dos
resultados da análise dos registos desta estação, para o local de interesse;
3. Se o local da estrutura não estiver dentro de uma bacia que tenha registo de dados
hidrométricos, é possível desenvolver uma análise de frequência dos caudais de
ponta, a partir de dados de um grupo de várias estações de medição, baseando-se
ou numa região hidrológica (por exemplo, usando equações regionais de regressão)
ou que tenha características hidrológicas similares.
49
Tabela 4-16 Extensão Mínima Recomendada de Registos Hidrométricos
Se não estiverem disponíveis dados adequados, o caudal de ponta pode ser estimado com
base nos dados de outras estações de medição de caudal. Nalguns casos, é preciso saber
o caudal de ponta de projecto, num determinado local, que pode estar no mesmo rio ou
próximo de uma estação hidrométrica activa ou descontinuada, mas que tem uma série
adequada de registos (consulte a Tabela 4-16).
Tendo concluído que existe uma série de registos adequado de caudais, é necessário
determinar se alguma estrutura ou urbanização poderão estar a afectar os caudais de
ponta, no local do projecto.
Considere as seguintes directrizes:
1. Período de registo em local semelhante ao do local do projecto - O período de
registo para os caudais de ponta anuais, da estação de medição, deve representar
as mesmas condições ou condições de bacias similares àquela do local do projecto.
Portanto, exclua da análise quaisquer dados de caudais que não representem as
condições da bacia no local do projecto.
2. Factores que afectam o caudal de ponta - Os factores mais comuns que afectam os
caudais de ponta são: a regulação por urbanização e as albufeiras. Em geral
percentagens de áreas impermeáveis inferiores a 10% da área da bacia, não
afectam os caudais de ponta. A existência na bacia de uma grande albufeira ou
muitas albufeiras pequenas ou estruturas de controle de cheias, pode afectar
significativamente as características do escoamento.
3. Extensão dos registos - A extensão dos registos deve ser ajustada para incluir
apenas os registos que foram colectados após o confinamento da água pelas
albufeiras e subsequente a qualquer grande urbanização. Se a extensão dos
registos resultantes ficar muito curta, não use os procedimentos desta secção.
50
instantâneos. Para preencher as lacunas, o Método 1 é preferível ao Método 2, pois é
baseado, mais directamente, em dados observados para o mês em falta e envolve menos
suposições.
Por definição, quando o caudal de entrada e de saída de uma albufeira (ou de qualquer
tipo de estrutura de armazenamento) são iguais, existe uma condição de estado
estacionário. Se o caudal de entrada exceder o caudal de saída, o escoamento adicional
será armazenado no sistema. Por outro lado, quando o caudal de saída excede o caudal
de entrada, a água é retirada do armazenamento.
51
4.7.4.3 Propagação ao longo de Canais
A propagação de hidrogramas de cheia através de canais é útil nos casos em que os dados
hidrográficos conhecidos estão num local diferente do local de interesse. Isso também é
verdade nos casos em que o perfil ou a planta do canal for alterada de modo a alterar a
velocidade natural ou as características de armazenamento no canal. A metodologia de
propagação da cheia estima o efeito de um troço de rio no hidrograma de entrada.
Encontra-se no Apêndice H um exemplo trabalhado do cálculo de parâmetros hidrológicos
usando o Método de Propagação do hidrograma, através de estruturas de
armazenamento,.
52
Figura 4-10 Mapa de Precipitações de Moçambique
53
5. Projecto Hidráulico e Estrutural de Canais Abertos
O presente capítulo fornece orientações para a análise e projecto hidráulico de canais
abertos. Um canal aberto é um curso de água natural ou feito pelo homem com uma
superfície livre e que transporta a água dum ponto para outro, com uma superfície
superior aberta.
Ao fazer um projecto de drenagem, é importante determinar as características do caudal
de cheia nos canais de água, a fim de seleccionar as estruturas e os sistemas de
drenagem apropriados, incluindo os trabalhos de protecção, e determinar os efeitos
hidráulicos no canal, estrutura e área circundante.
Os capítulos 3 e 4 abrangeram a colecta de dados hidrológicos e a determinação de
caudais de ponta de projecto, respectivamente. Os resultados obtidos são usados no
projecto hidráulico. O objectivo principal do projecto hidráulico abordado neste capítulo
é determinar os parâmetros hidráulicos, que incluem:
1. Inclinação do canal
2. Velocidade de escoamento;
3. Direcção do escoamento;
4. Altura de escoamento;
5. Elevação da superfície da água ao longo dos canais;
6. Largura disponível para o escoamento no canal.
Alguns dos parâmetros do projecto hidráulico estão ilustrados na Figura 5-1.
54
3. Os mesmos princípios são usados para determinar as características hidráulicas
do cenário antes da estrutura ter sido colocada e o cenário em que a estrutura
está em funcionamento. A estrutura tenderá a causar um aumento na altura da
superfície da água a montante, resultante da constrição ou contração provocada
pela passagem de água, causada pela própria estrutura, enquanto também causa
um aumento na velocidade do escoamento a jusante.
Os princípios do sistema hidráulico de escoamento em superfície livre são aplicáveis a
todos os sistemas de drenagem, incluindo aquedutos.
A determinação dos parâmetros hidráulicos é baseada principalmente nos princípios da
mecânica dos fluidos e é a mesma para todos os canais simples. Isto está coberto em
detalhes nas secções subsequentes.
É importante definir primeiro canais abertos e entender as suas características. Existem
duas categorias de canais abertos.
1. Canais do rio: Os canais do rio são formados geomorfologicamente pela erosão e
sedimentação a longo prazo. A secção transversal consiste num canal principal
que transporta os caudais baixos e um leito maior na planície de inundação, que
transporta os caudais de cheia extremos.
2. Canais artificiais:
a. Feitos pelo homem com secções transversais geométricas regulares;
b. Sem revestimento, ou revestidos com materiais artificiais ou naturais para
protegê-los contra a erosão;
A decisão sobre o revestimento mais apropriado para o local depende de
factores como tipo de solo, potencial de crescimento da vegetação, espaço
disponível e velocidade de escoamento. A protecção e revestimento das
margens também podem influenciar a qualidade da água e a capacidade de
transporte de poluentes.
55
➢ Uniforme
➢ Variado (não-uniforme):
gradualmente - curvas de regolfo
- ressalto hidráulico
rapidamente - esc. sobre descarregadores
- singularidades
Escoamento permanente significa que o caudal num determinado ponto não varia com o
tempo. O escoamento uniforme é um caso em que as alturas de água e as dimensões do
canal não variam ao longo deste.
O caso de escoamento permanente uniforme e também o caso do escoamento
permanente variado (não-uniforme) são os tipos mais fundamentais de escoamento
tratados em hidráulica de engenharia rodoviária. As equações abaixo são usadas para
calcular os parâmetros do escoamento em canais.
𝟐 𝟏
𝑹𝟑 𝑺𝟐
𝑽 = (5-2)
𝒏
Onde:
V = velocidade, m/s
n = coeficiente de rugosidade de Manning, m-1/3.s
R = raio hidráulico = A/P, m
P = perímetro molhado, m
56
S = declive da linha de energia (gradiente), m/m (nota: para escoamento
uniforme constante, S = declive do canal, m/m)
Os valores de 'n' de Manning para vários tipos de canais e planícies de cheia são indicados
na Tabela 5-1 e na Tabela 5-2.
Para uma dada geometria do canal, declividade e rugosidade, e um valor especificado de
caudal Q, ocorre um valor único de altura de água em regime permanente uniforme
referida como a altura uniforme. A altura uniforme é usada para projectar canais
artificiais em regime permanente uniforme e é calculada a partir da Equação de Manning:
𝟐 𝟏
𝑨𝑹𝟑 𝑺𝟐
𝑸 = (5-3)
𝒏
Onde:
Q = Caudal, m3/s
n = Coeficiente de rugosidade de Manning ,m-1/3.s
A = secção transversal do escoamento, m2
R = raio hidráulico = A/P, m
P = perímetro molhado, m
S = declive do canal, m/m
O escoamento permanente em canais pode ser definido como crítico, rápido ou lento,e é
quantificado usando o Número de Froude (Fr). O Número de Froude é a razão entre a
energia cinética e a energia potencial e é calculado usando a seguinte equação:
𝟏
𝑽 𝑸𝟐 𝑩 𝟐
𝑭𝒓 = or 𝑭𝒓 = [ 𝒈𝑨𝟑 ] (5-4)
√𝒈𝒚
Onde:
V = velocidade do escoamento, m/s
g = aceleração por gravidade, m/s2
y = altura da água
Q = caudal, m3/s
A = área da secção de escoamento, m2
B = extensão ou largura efectiva da superfície da água (à profundidade y), m
57
inclinação rápida. Assim, o escoamento uniforme é lento em declive fraco e rápido em
declive forte.
58
Tabela 5-1 Valores do Coeficiente de Rugosidade ‘N’ (Escoamento Uniforme)
59
Minímo Normal Máximo
Tipo de Canal e Descrição
m .s
-1/3
m .s
-1/3
m-1/3.s
h. Troços com muita vegetação, zonas
profundas ou secções com golenas e com
vegetação arborense 0,075 0,100 0,150
2. Rios de montanha, sem vegetação nos
canais, margens geralmente íngremes, árvores
e arbustos ao longo das margens que ficam
submersas para níveis altos da água
a. Fundo: cascalho, seixo rolado e poucos
pedregulhos 0,030 0,040 0,050
b. Fundo: calhau rolado com grandes
pedregulhos 0,040 0,050 0,070
4. Árvores
a. Salgueiros densos, em alinhamentos
rectilíneos de verão 0,110 0,150 0,200
b. Terreno limpo com troncos de árvores,
sem rebentos 0,030 0,040 0,050
c. O mesmo que acima, mas com
crescimento intenso de rebentos 0,050 0,060 0,080
d. Grande quantidade de lenhosas, poucas
árvores caídas, pouco crescimento subterrâneio
com o nível de cheia abaixo das ramadas 0,080 0,100 0,120
e. O mesmo que acima, mas com o nível de
cheia atingindo as ramadas 0,100 0,120 0,160
III. Cursos de água principais (largura
superficial durante a cheia> 30 m) o valor
'n' é menor do que aquele em rios menores,
de descrição similar, porque as margens
oferecem menos resistência efectiva
60
Minímo Normal Máximo
Tipo de Canal e Descrição
m .s
-1/3
m .s
-1/3
m-1/3.s
i. Betão 0,020
ii. Pedra Argamassada 0,023
iii. Enrocamento 0,033
c. Canais naturais
i. Rio limpo 0,030
ii. Rio limpo e sinuoso 0,040
iii. Sinuoso com vegetação e zonas
profundas 0,050
iV. Com vegetação densa e lenhosa 0,100
d. Planícies aluviais
i. Pasto 0,035
ii. Culturas de campo 0,040
iii. Mato e vegetação pouco densos 0,050
iv. Mato cerrado 0,070
v. Árvoredo cerrado 0,100
61
Tabela 5-2 Coeficientes de Rugosidade de Manning (HEC-15)
Valor ‘n’ -
Intervalos de profundidade
Categoria de Tipo de 0-0,15m 0,15–0,06 m > 0,6m
Revestimento Revestimento
62
da energia de posição, em relação de um Plano de Referência, energia de pressão que
em canais abertos corresponde à altura do escoamento e a energia potencial. Essas
energias são grandezas escalares que, quando adicionadas, dão a energia total em
qualquer secção transversal. Ao comparar uma secção transversal de um canal aberto a
montante designada 1 e uma secção transversal a jusante designada 2, a equação de
energia é:
𝑽𝟏 𝟐 𝑽𝟐 𝟐
𝒉𝟏 + 𝜶𝟏 ( ) = 𝒉𝟐 + 𝜶𝟐 ( ) + 𝒉𝑳 (5-7)
𝟐𝒈 𝟐𝒈
Onde:
h1 and h2 = alturas da água a montante e a jusante, respectivamente, m
= coeficiente de correcção da energia cinética, (Coeficiente de
Coriolis) = 1 para canais
Simples; para canais complexos, o HEC-RAS atribui
automaticamente valores
V = velocidade média, m/s
hL = perda de carga devido a alterações locais da secção transversal
(pequenas perdas) assim como resistência do leito, m (ver secção 5.3.3)
O Coeficiente de Energia Cinética é dado pela seguinte equação:
𝟐
𝑲
𝟐) ∑[𝑲𝒊 ( 𝒊 ) ]
∑(𝑸𝒊 𝒗𝒊 𝑨𝒊
𝜶 = = 𝑲 𝟐
(5-8)
𝑸𝒗𝟐 𝑲𝒕 ( 𝒕 )
𝑨𝒕
Onde:
vi = velocidade média na subsecção (m/s)
Qi = caudal na mesma subsecção (m3/s)
Q = caudal total no canal (m3/s)
v = velocidade média no rio na secção ou Q/A (m/s)
Ki = caudal que passa na subsecção (m3/s)
Ai = área de escoamento da mesma subsecção (m2)
Kt = caudal total que passa na secção transversal (m3/s)
At = área de escoamento total da secção transversal (m2).
‘h’ é a soma de ‘z’ (energia de posição), que corresponde à distância entre o Plano de
Referência e o fundo do calnal e `y´ que correspondente à altura real do escoamento,
ou seja, h = z + y. Os termos da equação de energia estão ilustrados graficamente na
Figura 5-2. A equação de energia afirma que a carga total numa secção transversal a
montante é igual à carga numa secção a jusante mais a perda de energia entre as
secções. A equação de energia só pode ser aplicada entre duas secções transversais em
que as linhas de fluxo são quase rectas e paralelas, de modo que as acelerações verticais
possam ser desprezada.
63
h1
h2
64
Uma curva de vazão é uma relação gráfica entre a altura de escoamento ou elevação e
o caudal, numa secção específica dum rio. Essa relação deve cobrir uma gama de caudais
até pelo menos a cheia base (100 anos). A curva de vazão pode ser determinada da
seguinte forma:
1. Seleccionar a secção transversal típica no local ou próximo do local onde a curva
de vazão é necessária;
2. Atribuir um coeficiente de rugosidade (n-valor de Manning) como descrito acima;
3. Estimar a inclinação da superfície da água: uma vez que o escoamento é assumido
como uniforme, é usada, geralmente, a inclinação média do leito do rio;
4. Aplicar uma gama de intervalos de alturas da superfície da água na secção
transversal;
5. Cálcular o caudal utilizando a Equação de Manning para cada altura incremental.
O caudal total em cada altura é a soma dos caudais de cada subsecção para essa
altura; na determinação do raio hidráulico, o perímetro molhado deve ser medido
apenas ao longo do contorno sólido da secção transversal e não ao longo da
interface vertical da água que divide as subsecções;
6. Após ter sido calculado o caudal para várias alturas incrementais, deve ser feito
um gráfico de alturas em função de caudais. Este gráfico é a curva de vazão e
pode ser usado para determinar a altura da superfície da água correspondente ao
caudal de projecto ou outro caudal, como está ilustrado na Figura 5-3.
65
KT = K1 + K2 + …. + KN (5-9)
O caudal total é então KTS e o caudal em cada subsecção é proporcional à sua
1/2
Podem existir estações com dados de medição de caudal e esses dados podem ser
obtidos do Ministério da área. As curvas de vazão geralmente conduzem a estimativas
mais precisas da altura da superfície da água e devem ter precedência sobre os métodos
analíticos descritos acima.
𝑸 𝟐
𝑺𝒇 = (𝑲 ) (5-10)
𝒂𝒗𝒆
66
𝟐 𝟐
𝑲𝟏 +𝑲𝟐 𝒁𝑨𝟏 𝑹𝟏 𝟑 𝒁𝑨𝟐 𝑹𝟐 𝟑
𝑲𝒂𝒗𝒆 = = 𝟎, 𝟓 ( + ) (5-11)
𝟐 𝒏𝟏 𝒏𝟐
𝒉𝒇 = 𝑺𝒇 𝑳 (5-12)
Onde:
L é a distância entre a secção 1 e a secção 2.
8. Calcular α1 e α2
∆𝑽𝟐
𝒉𝒆 = 𝑲𝒆 (5-13)
𝟐𝒈
∆𝑽𝟐
𝒉𝒄 = 𝑲𝒄 (5-14)
𝟐𝒈
𝒉𝑳 = 𝒉𝒇 + 𝒉𝒆 + 𝒉𝒄 (5-15)
Onde:
h1, h2 = alturas a montante e a jusante, respectivamente, m
= coeficiente de distribuição de velocidade (de Coriollis)
V1,2 = velocidades médias em cada uma das secções, m/s
hL = perdas de carga totais entre as duas secções, m
‘h’ é a soma de ‘z’ (energia de posição), que corresponde à distância entre o Plano de
Referência e o fundo do canal e `y´ que correspondente à altura real do escoamento, ou
seja, h = z + y. A equação de energia é resolvida entre sucessivos troços do rio, com
propriedades quase uniformes de rugosidade, inclinação e secção transversal.
67
perfil da superfície da água a montante para o local desejado para várias profundidades
de partida para o mesmo caudal. Esses perfis devem convergir para a profundidade
uniforme da secção de controlo para estabelecer um ponto na curva de vazão. Se os
perfis não convergirem, então o comprimento do troço do rio entre as duas secções pode
precisar de ser estendido para jusante, ou o intervalo entre as secções transversais deve
ser menor, ou o intervalo de alturas iniciais da superfície da água tem de ser ajustado.
Em qualquer caso, pode ser uma ferramenta útil desenhar uma gráfico com os perfis de
convergência (ver Figura 5-4).
Num troço de rio suficientemente longo, o perfil da superfície da água calculada por
Step-Backwater tenderá para a altura uniforme num ponto a montante, para o
escoamento lento. É necessário definir as fronteiras, a montante e a jusante, do troço
do rio a estudar, para definir os limites da zona de colecta de dados e subsequente
análise. Os cálculos devem começar suficientemente a jusante para garantir resultados
precisos no local da estrutura e continuar até uma distância suficientemente a montante,
para determinar com precisão, o impacto da estrutura nos perfis da superfície da água a
montante (consulte o capítulo 4 sobre como definir os limites da colecta de (United States
Drainage Manual-Customary Department,2005).
68
escoamentos em regime variável. O mecanismo de simulação fornece um “solver”
directo para escoamento em regime permanente e métodos iterativos de passo
de tempo adaptáveis, para optimizar o tempo de execução e melhorar a
estabilidade do modelo.
Deve-se notar que, ao usar o software, devem ser tomadas precauções para garantir a
precisão dos resultados. Estes incluem a necessidade de calibração de equações e efeitos
do fenómeno de retorno descrito nas secções abaixo.
5.3.4.1 Calibração
As equações podem ser calibradas para garantir que representem com precisão as
condições do canal local. No entanto, o processo de calibração requer uma grande
quantidade de dados, incluindo secções transversais, níveis de água registados e caudais.
O processo de calibração envolve vários parâmetros de entrada até que haja uma boa
concordância entre os valores medidos e simulados. Os parâmetros hidráulicos, que são
variados, incluem coeficientes de rugosidade e coeficientes de expansão e contracção. O
parâmetro com maior influência sobre os níveis de água é o coeficiente de rugosidade de
Manning.
Terreno
69
de propagação da água com sedimentos, sempre que haja possibilidade de haver
erosão/sedimentação. Geralmente não é usado em rios de secção estável. Podem ser
usados vários modelos de computador para investigar a propagação da água e dos
sedimentos. As versões mais recentes do HEC-RAS possuem módulos de modelação do
transporte de sedimentos. A erosão ou deposição em cada braço do rio, devido ao
transporte de sedimentos, fornecerá a variação da geometria do canal na direcção
vertical.
70
das estruturas nas proximidades, avaliações de campo e registos de precipitação e
caudal. Detalhes são indicados no Capítulo 3.
Critérios de projecto - podem ser obtidas mais informações e procedimentos para o
projecto de canais abertos a partir de desenhos padrão e especificações padrão que
influenciam as opções de projecto.
Passo# 2: Determinação do âmbito do projecto.
1. Determine o nível de avaliação - considere a estabilidade do canal existente,
incluindo o potencial de danos e a sensibilidade do escoamento;
2. Determine o tipo de análise hidráulica - isto inclui avaliação qualitativa, análise
de secção constante e análise de Step-Backwater;
3. Avalie os dados colectados e defina, se necessário, as informações que
necessitam de pesquisas adicionais - extensão dos perfis do leito, localização dos
perfis transversais, elevação das áreas propensas a inundações (níveis máximos),
detalhes das estruturas existentes, propriedades dos materiais do leito do rio e
margens e informação geotécnica sobre taludes e fundações.
Passo# 3: Avaliação das variáveis hidrológicas.
1. Consulte o Capítulo 4 para o projecto hidrológico.
2. Calcule os caudais para frequências seleccionadas/períodos de retorno de cheias.
Os procedimentos para o projecto hidrológico estão indicados no Capítulo 4.
Passo# 4: Execução da análise hidráulica.
1. Análise de secção constante – Seleccione a secção transversal representativa,
seleccione valores de ‘n’ apropriados e calcule os valores máximos de caudal de
cheia;
2. Análise de Step-Backwater - avalie as características e impactos do regolfo, como
cheias e inundações de terras e propriedades adjacentes;
3. Faça a calibração usando marcas de cheia conhecidas.
Passo# 5: Execução da análise de estabilidade
1. Factores geomórficos - potencial para alterações das características físicas do
escoamento;
2. Factores hidráulicos - mudanças potenciais nas características hidráulicas devido
a mudanças de declive, profundidade e direcção do escoamento.
Passo# 6: Contramedidas de projecto
1. Critérios para selecção de contramedidas - considerar o mecanismo de erosão, as
características do escoamento, as exigências de construção e manutenção e
considerações sobre actos de vandalismo e custos.
2. Tipos de contramedidas - contramedidas contra a migração de meandros,
estabilização de margens, controlo do efeito do escoamento nas margens nas
curvas, contramedidas contra entrelançamento (separação em 2 ou mais canais),
contramedidas contra a degradação (erosão) e assoreamento.
Passo# 7: Documentação
Prepare o relatório e arquive com as informações básicas.
71
1. Os efeitos hidráulicos das invasões de planície de inundação devem ser avaliados
para o caudal padrão, para o período de retorno do projecto, e os períodos de
retorno de verificação/ avaliação devem ser usados para verificar os efeitos do
caudal máximo possível/ extremo;
2. Se for inevitável a realocação de um canal do rio, a secção transversal, meandro,
padrão, rugosidade, transporte de sedimentos e o declive devem estar em
conformidade, tanto quanto possível, com as condições existentes. Pode ser
necessária alguma forma de dissipação de energia, quando as condições
existentes não puderem ser alcançadas;
3. Deve ser providenciada a estabilização das margens do rio, quando apropriado,
para qualquer perturbação do escoamento, tal como a sua invasão pelo rio, e
devem-se incluir as margens a montante e a jusante e o local em estudo;
4. Recursos, como diques e bermas elevadas, associados a modificações naturais do
canal devem ter uma largura mínima de 5 metros, com acesso para equipamentos
de manutenção. Os pontos de inversão para veículos devem estar a uma distância
não superior a 500 metros e no final de cada uma dessas infraestruturas.
72
Figura 5-6 Ilustração da Disposição de Drenagem Lateral da Estrada
Água que
Água Água que transporta
Tipo de Solo transporta silte
Limpa areia e cascalho fino
fino
Areia Fina 0,45 0,75 0,45
Arenoso argiloso 0,55 0,75 0,6
Argilo-limoso 0,6 0,9 0,6
`Boa’ argila 0,75 1,05 0,7
Revestido de relva plantada em 1,7 1,7 1,7
solos bons
Revestido com molhos de capim 1,1 1,1 1,1
(solo exposto entre plantas)
Cinza vulcânica 0,75 1,05 0,6
Cascalho fino 0,75 1,5 1,15
Argila rija 1,15 1,5 0,9
Argila graduada até pedras 1,15 1,5 1,5
Sedimento graduado até pedras 1,2 1,7 1,5
Siltes aluviais (não coloidais) 0,6 1,05 0,6
Siltes aluviais (coloidal) 1,15 1,50 0,9
Cascalho grosso 1,2 1,85 2,0
Pedras e areias 1,5 1,7 2,0
Xistos 1,85 1,85 1,5
Rocha Erosão desprezível em todas as velocidades
73
5.5.3.1 Evacuação das Águas
Os drenos laterais colectam a água superficial e descargam-na:
1. Para o terreno adjacente. por meio de um desvio da água/sanja;
2. Cruzando a estrada, para o lado de jusante do aqueduto de alívio da estrada;
A posição e o número de desvios de água/ sanjas devem ser indicados nos desenhos de
projecto, refira-se os padrões dados na Tabela 5-4. Em terrenos íngremes, as sanjas
devem ser curvas para descarregar a água paralelamente às curvas de nível topográficas
e evitar erosão à saída do dreno.
Como padrão, os drenos em sanja devem estar espaçados em intervalos de 50 m e não
mais que 100 m, a menos que haja restrições de outra forma, pelas propriedades
adjacentes e pelo aproveitamento da terra.
12 40
10 80
8 1201
6 1501
4 2001
2 802
<2 502
Notas:
1 Um máximo de 100m é o preferido, mas não é fundamental.
2 Em declives baixos, o assoreamento torna-se um problema.
É necessário introduzir uma forma de bloqueio para garantir que a água flua do dreno
lateral para a sanja. O ângulo entre a sanja e o dreno lateral deve preferencialmente ser
de 30 graus, mas não maior que 45 graus, Figura 5-7.
A inclinação desejável das sanjas é de 2 a 5%. O dreno deve conduzir a água de forma
lenta através do terreno, tornando-se mais raso e mais largo. Pode ser preciso colocar
pedras na parte terminal do dreno para ajudar a prevenir a erosão.
74
Em terrenos planos, pode ser necessário um pequeno gradiente de 1% ou mesmo 0,5%
para descarregar água, ou para evitar drenos muito compridos.
75
b. Aumentar a largura da base;
c. Adoçar os taludes laterais do canal;
d. Aumentar o declive do canal;
e. Considerar um revestimento do canal mais liso;
f. Instalar entradas de água e um tubo de descarga da chuva paralelo e
abaixo do canal, para complementar a capacidade de vazão do canal.
6. Incluir transições suaves, nas mudanças de secção transversal do canal;
7. Incluir armazenamento adicional de água, onde for necessário, para substituir o
armazenamento na planície de inundação e/ou reduzir o caudal de ponta;
8. Quando o terreno circundante for plano e o escoamento não puder ser facilmente
drenado, considerar a inclusão de sanjas, que drenem para bacias de infiltração;
𝝉𝒅 = 𝟐. 𝟗𝟗𝟎𝒚𝒏 𝑺 (5-17)
Onde:
S = declive do canal, m/m;
76
2. Mitigar quaisquer impactos adversos identificados em ((6 (1)) acima,
considerando as seguintespossibilidades :
a. Projectar bacias de dissipação/ reservatórios à saída para diminuir a
energia do escoamento. Esta deve ser a norma ou a opção preferida;
b. Ampliar o canal à saída e/ou instalar estruturas de controlo para fazer a
detenção, ocasionada pelo aumento do escoamento através do canal;
c. Instalar estruturas de controlo de velocidade;
d. Aumentar a capacidade e/ou melhorar o revestimento a jusante do canal;
e. Instalar bacias de sedimentação/ infiltração;
f. Instalar açudes ou outros dispositivos à saída, para redistribuir o
escoamento concentrado do canal;
g. Eliminar desvios que resultem em danos a jusante e que não podem ser
mitigados de maneira menos onerosa.
77
Tabela 5-6 Resumo da Tensão de Corte para Várias Medidas de Protecção
Casacalho: D50 = 25 mm 19
D50 = 50 mm 38
78
No projecto de drenagem da estrada, a prática padrão deve ser a de revestir os drenos
com excepções, onde:
1. O declive desejável de 0,3% é atingível;
2. O solo não é altamente erodível.
O seguinte critério de dimensionamento aplica-se aos canais ao longo da estrada:
1. Os taludes laterais do canal não devem exceder o ângulo de repouso do solo e/ou
do revestimento e devem ser 1:2 ou mais suavess, no caso de revestimento com
pedras de grande dimensão. Revestimento com pedra argamassada com betão
ou com betume, deve ser usado para inclinações deos taludes do canal mais
íngremes do que 1:2;
2. Revestimentos flexíveis devem ser calculados usando o método da força de
tracção admissível;
3. A probabilidade de ocorrência do caudal de projecto para estruturas de drenagem
definitivas como valas, valas revestidas e para revestimentos temporários deve
ser de 10 anos (verificada com 25 anos), em estradas principais e 5 anos
(verificada com 10 anos) em estradas secundárias e terciárias (Tabela 4-2). O
Capítulo 4 dá mais detalhes);
4. A tirante de ar em canais deve ser de 0,3 metros.
79
6. Dimensionamento de Aquedutos e Pequenas
Estruturas de Drenagem
Esta secção incorpora projectos hidráulico e estrutural, para o dimensionamento de
aquedutos e pequenas estruturas de drenagem. Estas estruturas de drenagem tem como
principal objectivo o restabelecimento das linhas de água naturais e a travessia das
linhas das águas resultantes do escoamento superficial interrompidas pela construção da
estrada. O princípio do seu dimensionamento involve a identificação e cálculo da
capacidade de descarga da estrutura para períodos de retorno apropriados. Os
aquedutos e outras estruturas de drenagem devem ser dimensionados de forma a
minimizar os custos com a manutenção, evitando a ocorrência de erosão excessiva e
assoreamento. Este capítulo fornece diretrizes para a selecção de estruturas de
drenagem transversal adequadas, como projectá-las com uma capacidade de vazão
eficiente e eficaz de acordo com a sua vida útil.
80
c. Tipos gerais de solo- dados e informações sobre se os solos são
permeáveis ou altamente permeáveis, tais como solos arenosos ou se têm
baixa permeabilidade, como argila e silte, devem ser colectados.
3. Dados topográficos da área - informações topográficas são obtidas a partir de
mapas topográficos da área e levantamentos topográficos realizados ao longo da
área onde cursos de agua cruzam a estrada e ao longo do alcance do caudal.
4. Tipos de solo e dados geotécnicos existentes - Testes de resistência in-situ devem
ser feitos utilizando o DCP. A fundação deve ser embebida primeiro para obter
resultados baseados no pior cenário possível. As amostras de solo devem ser
recolhidas e testadas em laboratório para determinar a sua classificação, limites
de Atterberg, CBR, expansibilidade, compactação e teor de humidade in-situ. A
extensão do teste deve depender da dimensão da estrutura.
Informações importantes relativas aos picos de cheias no passado podem ser obtidas
entrevistando-se os residentes locais e os engenheiros da manutenção de estradas das
Direcçoes Provinciais da ANE (DIPANE) e outros intervenientes.
81
O entradas e saídas dos aquedutos devem dotadas de capacidade suficiente para auto
limpeza através de um projecto hidráulico mais adequado.
82
Figura 6-1 Componentes de Aquedutos
Existem dois métodos, que podem ser usados no dimensionamento de aquedutos:
1. Método empírico- este método é simples e envolve o uso de ábacos.
2. Método analítico- envolve cálculos iterativos dos diferentes parâmetros do
projecto hidráulico e é mais complexo.
83
Figura 6-2 Aquedutos Constituídos por Condutas Circulares Metálicos
Corrugados (Tubo Ármico). Altura Do Escoamento à Montante e Capacidade De
Vazão do Aqueduto com Controlo à Entrada (Adaptado de FHWA, 1998)
84
Figura 6-3 Aquedutos Constituídos por Condutas Circulares de Betão. Altura do
Escoamento à Montante e Capacidade De Vazão Do Aqueduto com Controlo à
Entrada (Adaptado de FHWA, 1998)
85
Figura 6-4 Aquedutos Constituídos por Condutas Rectangulares ou Quadradas
de Betão. Altura do Escoamento à Montante E Capacidade de Vazão do
Aqueduto com Controlo à Entrada (Adaptado de FHWA, 1998)
86
Figura 6-5 Determinação da Capacidade de Vazão E Dimensões de Aquedutos
(Zimbabwe, PARTE F)
87
Passo #1: Determinar a área da bacia drenante em hectares (ha).
Passo #2: Determinar o coeficiente de escoamento, definindo as características da área
da bacia drenante, que é calculada pela adição de factores apropriados para o terreno,
solos e vegetação
Terreno (I)
• Muito plano 0,10
• Ondulado 0,14
• montanhoso 0,20
Solos (II)
• areia (se poroso drenado> 2m de profundidade) 0,15
• média 0,21
• >30% rocha ou pavimento 0,30
Cobertura de vegetação (III)
• boa 0,25
• média 0,35
• fraca 0,50
Coeficiente de escoamento, C = I + II + III
Passo #3: Desenhar uma linha a partir da área da bacia drenante, passando pelo
coeficiente do escoamento, C para o caudal de pico de cheias 12,5 anos, em metros
cúbicos por segundo (m3/s)
Passo # 4: Desenhar uma linha partindo do caudal de cheias passando pelo topo da
conduta circular ou em caixão até a linha mínima da área de entrada do aqueduto (m2)
Passo #5: Desenhar uma linha horizontal da área de entrada do aqueduto até o mesmo
valor na outra linha da área de entrada da galeria na extrema direita. A linha cruza várias
combinações de aquedutos de tubos e/ou caixões e o projectista pode escolher a opção
mais adequada
Este dimensionamento é simples e directo, mas é limitado a uma área máxima de bacia
drenante de de 2000ha.
Réplica da prática de sucesso:
Se uma alta proporção de estruturas ao longo de uma estrada ou em uma região estiver
em operação há vários anos sem galgamento, é razoável supor que a relação entre a área
da bacia drenante, as características do escoamento , intensidade de precipitação e o fluxo
máximo de água drenada usados no caudal máximo usado no projecto foi razoavelmente
válido no passado. O projecto de novos aquedutos pode ser baseado nas áreas das bacias
e caracteristicas similares, contudo as informações relativas às alterações climáticas
precisam ser avaliadas e os dados do projecto podem precisar ser modificados para
projectos futuros.
88
Figura 6-6 Hidráulica de Aqueduto Com Escoamento Submerso com Controlo à
Saída (Austroads 1994)
O fluxo com controlo à saída pode ser calculado a partir das fórmulas abaixo, os
parâmetros são ilustrados na Figura 6-6. A altura total (H) necessária para a passagem
de água através do aqueduto com escoamento com controlo à saída é determinada por:
H = Hv+He+Hf
Onde:
𝑽𝟐
Altura cinética (m) 𝑯𝒗 = 𝟐𝒈 (6-1)
𝑽𝟐
Perda de carga à entrada (m) 𝑯𝒆 = 𝑲𝒆 𝟐𝒈 (6-2)
𝟏𝟗,𝟔𝒏𝟐 𝑳 𝑽𝟐
Perda de carga por fricção (m) 𝑯𝒇 = ( ) 𝟐𝒈 (6-3)
𝑹𝟏,𝟑𝟑
Onde:
V = velocidade média do escoamento no interior do aqueduto, (m/s)
Ke = coeficiente de perda de carga na entrada, para valores veja Tabela 6-1.
n = fator de atrito de Manning, para valores veja Tabela 6-2.
L = comprimento no interior do aqueduto, (m)
g = aceleração de gravidade = 9,8 m/s²
Area molhadaàsaídadoaqueduto
Raio Hidraúlico, (m) R =
Perímetro Molhado
Substituindo na primeira equação acima e simplificando:
𝟏𝟗,𝟔𝒏𝟐 𝑳 𝑽𝟐
𝑯 = (𝟏 + 𝑲𝒆 + ) 𝟐𝒈 (6-4)
𝑹𝟏,𝟑𝟑
Na equação acima o H pode ser obtido através da utilização dos ábacos do fluxo submerso
como ilustram as Figura 6-2 a Figura 6-5.
89
A partir do desenvolvimento desta equação de energia e da Figura 6-6, H é a diferença
entre a elevação da linha do gradiente hidráulico na saída do aqueduto e a linha de energia
na entrada. Como a velocidade à entrada do aqueduto geralmente é pequena quando
ocorrem condições de alagamento (v2/2g ≈ 0), o nível da água no escoamento submerso
pode ser assumido como igual à elevação da linha de energia.
0,7
Muros de Ala paralelos (extensão dos lados), quadradas em coroa
Nota: As secções finais em conformidade com a inclinação do aterro referem-se às secções disponíveis dos
fabricantes
90
Tabela 6-2 Valores Recomendados de Manning para Condutas
𝒚𝒐 +𝑫
yT ou (6-5)
𝟐
Onde:
yo = profundidade do fluxo à saída do aqueduto (m)
D = Diâmetro do aqueduto, (m).
Para o cálculo da velocidade de saída, o yT pode ser ligeiramente diferente do mostrado
na etapa 11 na Figura 6-7.
91
Figura 6-7 Determinação de yo Para A Altura De Escoamento à Saída Abaixo do
Topo da Abertura (Adoptado de Ausroads)
92
6.4.5 Tratamento Final de Aquedutos
Os componentes que seguem devem ser incluídos nas entradas e saídas dos aquedutos.
Entrada do Aqueduto:
1. Bacia de sedimentação ou abaixamento da entrada – a saída do aqueduto deve
estar ao mesmo nível ou abaixo da entrada do dreno;
2. Obras alinhadas ao aqueduto - todas as obras alinhadas ao aqueduto, como são
os casos de drenos laterais, caminhos/ linhas de água devem ser revestidas com
betão ou pedra argamassada e arrumada à mão a uma distância de pelo menos 2
m da abertura do aqueduto;
3. Muro de ala - paredes laterais com abertura angular (Figura 6-9 e Tabela 6-4) devem
ser incluídas excepto onde a maior parte do escoamento é proveniente de drenos
laterais;
4. Os muros de testa devem ser incluídos particularmente em locais onde se prevejam
fortes correntes de caudais de descarga durante as cheias;
5. Quando avaliada a possibilidade de galgamento da estrada, deve ser projectado
um revestimento forte na entrada do aqueduto e nas taludes laterais da base até
a superfície devendo se estender por no mínimo 5 m de cada lado do aqueduto;
6. Muro de ancoragem - onde as bacias de sedimentação não são fornecidos, uma
parede com altura mínima de 500 mm deve ser projetada na boca do aqueduto
para evitar cortes. O muro de ancoragem deve ser projectado monolítica com a
laje inferior.
Saída do Aqueduto:
1. Bacias de sedimentação - excepto em terrenos muito planos onde se espera que a
velocidade do fluxo seja lenta (≤ 1m/s) e os padrões fornecidos na Secção 6.4.1
sejam satisfeitos, bacias de retenção devem ser projectados nas saídas de
aquedutos para dissipar a energia da água antes de descarregá-la para terrenos
circundantes. É necessária uma queda equivalente a metade do diâmetro do
aqueduto (D/2) ou mais para que as bacias possam funcionar de forma eficaz.
2. Revestimento da saída - O revestimento das saídas dos aquedutos deve ser a
prática padrão. Diferentes tipos de revestimento incluem enrocamento, pedra
argamassada e arrumada a mão, revestimento de betão, gabiões, arrumação de
pedras, etc. podem ser usados. A inclinação dos drenos de saída deve ser de 3% e
não exceder 5% se não for revestida.
3. Drenos de saída - devem ser ligeiramente curvados para descarregar a água na
direcção perpendicular à inclinação geral do solo, a fim de reduzir a energia da
água antes de descarregá-la no terreno circundante.
4. Muro de ancoragem - onde não seja prevista uma bacia de sedimentação uma
parede de ancoragem deve ser construida no final da laje inferior para evitar a
infraescavaçao e rotura, independentemente da protecção ser fornecida ou não.
5. Outras medidas de controlo de erosão, como vegetação e dissipadores de energia,
devem ser projectadas conforme apropriado.
93
7. Dotar de resistência hidráulica aos aquedutos constituídos de condutas circulares
de metal corrugado.
8. Fortalecer as extremidades de grandes estruturas de aquedutos flexíveis.
Rocha 4,5
𝒅 𝑫
= 𝟎, 𝟐𝟓𝑭𝒄 for 𝒚𝑻 < 𝟐 (6-6)
𝑫
𝒅 𝑫
= 𝟎, 𝟐𝟓𝑭𝒄 for 𝒚𝑻 = (6-7)
𝑫 𝟐
Onde d pode ser tomado como a dimensão d50 da pedra, D é o diâmetro da conduta, yT é
a altura do escoamento à saída e Fc é o número de Froude para o fluxo de descarga a
partir da queda de saída do aqueduto:
𝑽
𝑭𝒄 = (𝒈𝑫)𝒐𝟎,𝟓 (6-8)
For Fc ≤1
𝑳𝒑 = 𝟖 (6-9)
94
For Fc>1
𝑳𝒑 𝑫
= 𝟖 + 𝟏𝟕𝒍𝒐𝒈𝟏𝟎 𝑭𝒄 for 𝒚𝑻 < (6-10)
𝑫 𝟐
𝑳𝒑 𝑫
= 𝟖 + 𝟓𝟓𝒍𝒐𝒈𝟏𝟎 𝑭𝒄 for 𝒚𝑻 ≥ (6-11)
𝑫 𝟐
A fim de impedir o corte da laje de protecção, um muro de ancoragem deve ser projectado
no fim do enrocamento.
Nas condições sem obras à entrada deve ser introduzido um “corte” com as seguintes
características:
1. profundidade mínima:
a. 0,60m for D ˂ 1,50m
b. 0,90m for D ≥ 1,50m
2. Espessura: 0,20 m
95
Relação altura do escoamento à jusante ~ Confluência
1. Usar o nível máximo de água que tenha a mesma frequência que as cheias
identificadas durante a elaboração do projecto, se os eventos ocorrerem
concomitantemente (estatisticamente dependentes);
2. Se estatisticamente independente, avaliar a probabilidade conjunta das
magnitudes de cheia e usar uma combinação provável que resulte na máxima
altura de escoamento à saída.
Velocidade máxima - a velocidade máxima na saída do aqueduto deve ser consistente com
a velocidade no canal natural ou deve ser mitigada com:
1. Estabilização do canal (capítulo 5);
2. Dissipação de energia (Capítulo 10).
Velocidade Mínima - a velocidade mínima no interior do aqueduto deve resultar em uma
tensão de cisalhamento (=dS) menor que a tensão crítica de arrastamento c do
material de leito transportado em baixas vazões
96
4. Projecto de elementos de betão para aquedutos;
5. Projecto de reforço;
6. Aspectos de manutenção.
Os aquedutos são parte estrutural do pavimento e devem ser fortes o suficiente para
resistir às solicitações de carga impostas pelo tráfego. Cargas pesadas são transportadas
através da estrutura do pavimento e através dos aquedutos até as fundações.
6.5.1 Carga
A carga efectiva nos aquedutos depende do tipo de aqueduto e da distribuição da carga.
1. Aquedutos circulares simples- a maior parte da carga é transferida para o aterro
que circunda o tubo.
2. Aqueduto de múltiplas condutas e aquedutos em caixão - a maior parte do
carregamento é transferida através da estrutura do aqueduto para a fundação.
Valores extremos do efeito da carga vertical devido aos aterros nos taludes serão
calculados para qualquer caso particular por quaisquer das quatro fórmulas relevantes
seguintes e o valor aplicável será determinado por interpolação.
Aqueduto em trincheira em fundação inflexível sem projecção:
𝒈𝟏 = (𝟏𝟎𝝆𝒉)𝟏𝟎−𝟑 (6-13)
𝒈𝟐 = (𝟏𝟎𝝆𝒉)𝒙𝟏𝟎−𝟑 (6-14)
Onde:
α = 0,38 h/b
gn = carregamento vertical unitário devido ao aterro kN/m² para casos n = 1 a 4
97
6.5.2 Disposição Geral da Estrutura dos Aquedutos
Esta secção incorpora a disposição geral dos Aquedutos e deve ser lida em conjunto com
osdesenhos tipo e as especificações padrão.
1. Aquedutos constituídos por condutas circulares - os aquedutos circulares teriam
em circunstâncias normais uma laje de base e de topo de betão com aterro de
cascalho compactado. É necessária uma cobertura mínima de 300 mm de camadas
do pavimento se necessário. O projecto dos muros de testa, de ala e ancoragens,
tanto a montante quanto a jusante, é crítico para sua resiliência contra danos
causados pelas cheias. O muro de ala deve abrir largamente de entre 60 - 75 graus
medidos a partir do eixo do aqueduto. A profundidade mínima das paredes
principais deve ser de 500 mm. Os muros de testa são opcionais e, quando
necessário, devem ser ≤ 200 mm, a menos que haja um aterro alto acima do
aqueduto. As áreas ao redor das aberturas do aqueduto tanto na entrada quanto
na saída devem ser revestidas com betão ou pedra argamassada e arrumada a
mão e isso deve incluir as taludes de aterro e de escavação e os drenos laterais a
pelo menos 3 m de cada lado.
2. Condutas circulares de aço corrugado - são tubos de aço galvanizado corrugado
redondos de até 3 m de diâmetro. São produzidos na forma de folhas curvas, que
são transportadas e amarradas juntas ou fabricadas em tubos. Sua principal
vantagem é que são flexíveis e podem ser usados em solos instáveis ou expansivos.
O uso de tubos de betão em solos instáveis ou expansivos pode levar a fissuras e,
possivelmente, o colapso total dos aquedutos. Condutas circulares de aço
corrugado também são chamados de tubos Armcos, que é o nome comercial.
3. Aquedutos em caixão (rectangulares ou quadrados - Box culverts) - existem dois
tipos de aquedutos em caixão.
a. Aquedutos em caixão (box culverts) monolíticos - estes são feitos de uma
estrutura monolítica de betão armado. A estrutura consiste em uma laje
inferior ou ligada. A parte principal são as paredes retangulares ou
quadradas que formam o interior, que são feitas de betão e reforço de aço.
Para box culvert com múltiplas aberturas, os vãos individuais podem variar
em comprimento, mas não devem ser mais de 5 m. Onde o box culvert
cruza a estrada em um ângulo inclinado, a disposição geral do box culvert
e seu reforço também deve ser inclinado e a secção transversal de abertura
deve ser paralela ao alinhamento longitudinal da berma da estrada.
b. Aquedutos em caixão (box culvert) não monolíticos - estes são feitos de
uma estrutura não-monolítica ligada onde a laje inferior, murros e a laje
superior são construídos separadamente e as paredes laterais funcionam
como pilares A laje superior é fabricada separadamente no local ou pré-
fabricada e assenta nas paredes laterais ancorada por buchas ou reforços
que sobressaem no topo das paredes laterais. As paredes laterais podem
ser construídas de alvenaria ou betão.
4. Aquedutos em arco - consistem numa laje inferior e numa estrutura em arco de
betão ou alvenaria. A vantagem dessa estrutura é a alta capacidade de carga da
estrutura do arco, porque os elementos estruturais estão sempre em compressão.
Esta é a opção mais preferida para aquedutos sob grandes aterros. A estrutura
também é hidrologicamente eficiente. Os aquedutos em arco podem ser utilizados
em substituição de pequenas pontes.
5. Aquedutos em Capacete (shelverts- Manual de Lencastre pág.539) - um aqueduto
em capacete é um tipo especial de galerias em arco. A estrutura em arco é pré-
faricada em 2 unidades de betão armado ou betonado no local. Geralmente, não
há necessidade de colocação de betão nas áreas ciucundantes.
98
6.5.3 Especificações do Projecto Estrutural para Elementos de Aqueduto
A seguir estão as especificações estruturais para os diferentes tipos de aquedutos.
1. Fundações - as fundações devem ser verificadas adequadamente quanto à
resistência e estabilidade. Amostras de solo devem ser colectadas e testadas para
CBR, plasticidade e dilatação. Se o CBR for menor que 3% e PI for maior que 27 e
a dilatação for maior que 3%, uma camada de cobertura de CBR maior que 9%, PI
menor que 11 e dilatação menor que 3% deve ser incluída no projecto da fundação.
Preferivelmente, deveria ser cascalho de CBR de 30% do AASHTO
Alternativamente, os testes DCP devem ser realizados e a penetração máxima deve
ser inferior a 20mm/golpe em média.
As especificações do CBR acima estão a 95% do AASHTO Mod. A fundação deve
ser compactada para uma especificação de limite baixo de densidade de 95% do
AASHTO Mod.
2. Elementos de betão:
a. Camada de ligante - o betão para a camada de ligante deve ter uma
resistência mínima de 15MPa;
b. Aquedutos constituídos de condutas circulares - o betão para aquedutos
circulares deve ser de 20MPa;
c. Lajes inferiores e superiores - o betão para a laje inferior e superior deve
ser no mínimo 25MPa;
d. Aquedutos em caixão - betão para box culverts deve ser no mínimo 25MPa;
e. Elementos de betão para galerias em arco devem ter no mínimo 20MPa;
f. Betão para muros de ala e de testa, muros de ancoragem, bacias,
sumidouros e protecção de saída deveria ser de 20MPa no mínimo.
3. Reforço
a. Ligações - é necessário um reforço de tela de arame de 6 mm de diâmetro
com 200 mm de espaçamento, onde a fundação é mais fraca do que a
resistência mínima especificada (1).
b. Aquedutos circulares – um reforço de tela de arame de 6 mm de diâmetro
e espaçamento de 200 mm é necessário para reforçar o betão que compõe
o tubo.
c. Lajes inferiores e superiores - o reforço deve ser de acordo com o
cronograma de reforço de aço. Em fundações duras, o reforço da malha de
arame seria suficiente para a laje inferior. Em fundações especiais, como
em argilas e materiais expansivos, devem ser executados projectos de
resistência adequados.
d. Aquedutos em caixão, de betão - todas as paredes devem ser reforçadas
com barras de alto rendimento com no mínimo 16 mm de diâmetro e barras
de amarração ou de ligação de 12 mm de diâmetro.
4. Muro de ala, muro de testa, muro de ancoragem – muro de ala e muro de testa
devem ser reforçadas com barras de reforço de aço de 12 mm.
5. Cavilha - todas as juntas, sapatas e muro de ala devem ser reforçados com cavilhas
de 20 mm de diâmetro, estendendo-se pelo menos 0,5 m para o leito de rocha.
Onde a fundação é solo macio, as paredes principais reforçadas fornecerão a
ancoragem necessária à estrutura.
99
6.5.4 Especificações de Projecto para Aquedutos Constituidos por Condutas
Circulares
Os aquedutos de condutas circulares consistem de unidades pré-fabricadas de tubos de
aço corrugados (tubos ARMCOs) ou de betão ou ainda betonados no local. As
especificações gerais para os aquedutos circulares são dadas abaixo.
1. O diâmetro mínimo deve ser de 900 mm, com excepção dos aquedutos nas
estradas de acesso, que podem ter um mínimo de 600 mm.
2. O tratamento final e os trabalhos de protecção são descritos na Secção 6.4.5 a
Secção 6.4.7.
3. A disposição geral padrão é ilustrada na Figura 6-9 e as especificações estruturais
e de projecto detalhado são dadas nas Figura 6-10 e Figura 6-11 e Tabela 6-4.
100
Figura 6-11 Elementos de Projecto Estrutural para Aquedutos - Vistas Frontais
101
Figura 6-12 Vista em Planta Mostrando a Disposição Geral de um Box Culvert
oblíquo
102
Figura 6-14 Detalhes do Reforço para o Vão do Box Culvert
103
Figura 6-17 Vista em Planta do Box Culvert sem Tabuleiro
104
Figura 6-19 Detalhes das Juntas do Box Culvert, Drenagem Interna e Muros
105
Tabela 6-5 Dimensões do Reforço Extra para o Muro de Testa
Especificações de Betão
Membro Tipo de Dimensão Superfície Acabamento Cobertura para
Betão Máxima do de Reforço
Agregado superfície
Laterais F1
Laje de Fundo B25 20 50
Topo U1
Lados expostos F2 -
Juntas ligação B25 20 Lados ocultos F1 50
Topo U2 -
Face exposta F2
Muro de ala B25 20 -
Face oculta F1
Laterais F2
Muro de ala B25 20 -
Topo U2
106
h = altura do muro de ala em mm no ponto em consideração
Comprimento = d+250
2. A distribuição das barras de reforço Y5 deve ser espalhada com espaçamento entre
as barras na articulação do muro de ala a 300 mm.
Número de barras pelo murro de ala = (W1+W2+375+1)/300, arredondado para
um número inteiro.
107
Tabela 6-8 Dimensões Padrão de Grandes Aquedutos em Capacete (Shelverts)
As especificações para pequenos shelverts são ilustradas na Tabela 6-9 (consulte também
a Figura 6-22 a Figura 6-25 para detalhes de projecto e dimensões).
Área
H B S L1 L2 T
Molhada
(mm) (mm) (mm) (mm) (mm) (mm)
(m2)
1 870 2590 1740 630 665 250
2 1220 3290 2440 850 795 250
3 1800 3350 2500 850 825 250
4 1800 3850 3000 975 950 250
108
Figura 6-21 Carga Permitida para Shelverts
109
Figura 6-22 Disposição Geral de Shelverts
110
Figura 6-24 Especificações de Projecto para Componentes Estruturais de
Shelverts - Plano de elevação, Recesso e Muro de Ala
111
6.5.6.3 Especificações Gerais para Shelverts
As especificações gerais para shelverts são dadas abaixo.
1. A cobertura mínima (h) da coroa do shelvert deve ser de 500 mm.
2. A resistência mínima para a fundação medida usando o DCP deve ser de 10
mm/golpe (isto é, penetração ≤ 10 mm/ golpe). A compactação nas áreas
mostradas em L2 no desenho deve ser feita usando compactadores vibratórios para
obter uma densidade de 95% Mod AASHTO na camada superior de 150 mm.
3. O material mostrado na área sob L1 no desenho deve ser escarificado a uma
profundidade de 100 mm e não deve ser compactado quando a placa de inversão
/fundo é fabricado.
4. O material no nível de fundação, com valores de DCP superiores a 10 mm/golpe,
deve ser tratado da seguinte forma:
5. Escavar uma profundidade uniforme de 750 mm adentro nível de fundação.
6. Fazer aterros com material granulado não plásticos e estabilizar com cimento a 3%
ou material fino e estabilizar com cimento a 6% e compactar a densidade mínima
de 95% do AASHTO Mod.
7. Humedecer a fundação antes da colocação da laje inferior para evitar a perda de
humidade do betão fresco no material da fundação.
8. A laje inferio e as réguas devem ser construídas em uma única operação. O recesso
formado pelas arquibancadas deve ser construído de modo a fornecer uma camada
lisa e uniforme para os painéis de protecção pré-fabricados.
9. O tipo de betão deve ser C25.
10. A malha de reforço na parede invertida da placa e da gota é especificada como
D289 (100 mm x 200 mm x 5 mm de diâmetro).
11. A dimensão ‘S’ mostrada no desenho é crítica e deve-se tomar cuidado para
colocar as secções pré-fabricadas como mostrado na Tabela 6-9.
12. As secções pré-fabricadas do shelvert devem ser colocadas no recesso fornecido
pelas arquibancadas e rebocadas em posição com uma argamassa de cimento de
areia 3:1.
13. O aterro deve ser construído de modo que o nível de material de cada lado da
estrutura seja elevado uniformemente. O material deve ser granular não plástico,
da Classe 3.3 no ensaio Triaxial (resistência mínima de CBR de 30%) compactado
em camadas de 150mm para 93% de AASHTO Mod. Somente agregado de 40 mm
de dimensão máximo deve ser colocado para suporte dos shelverts.
14. Para a altura de aterros sobre os shelverts (h) superior a 4m, deverá colocar-se
um mínimo de 150 mm de betão circundante B25 em todos os shelverts, ver secção
A-A na Figura 6-24.
112
Figura 6-26 Obras de Protecção Recomendadas para Shelverts
113
7. Alta resistência - os Shelverts têm alta resistência devido à forma em arco e pouco
reforço e menor resistência ao betão são usados como resultado;
8. Fácil de reparar - quando danificados - quando um shelvert for danificado
parcialmente as unidades danificadas podem ser substituídas facil e rapidamente;
9. Baixo custo - os sheverts são baratos, robustos e duráveis.
114
7. Projecto Hidraúlico de Pontes
As pontes são estruturas de drenagem de alto custo e são os componentes mais
vulneráveis da rede viária. Além disso, representam o maior desafio para a acessibilidade
em comparação com o resto da rede rodoviária. Embora as pontes constituam o menor
comprimento da estrada, normalmente não há rota alternativa depois que estas são
danificadas ou arrastadas pelas águas. Estas levam tempo para construir e substituir ou
reparar quando há grandes falhas. São muito mais difíceis e caras de construir. As
consequências socioeconómicas e de segurança das grandes falhas nas pontes são muito
maiores do que as causadas por grandes falhas no pavimento. A água é inimiga das
estradas e as pontes são construídas nela. É com esse entendimento que o projecto
hidráulico de pontes precisa ser executado com o devido cuidado e precisão. A falha em
seguir os procedimentos adequados pode levar a sérias consequências resultantes de
danos ou colapso total da estrutura.
Em áreas de alto risco de cheias, a hidráulica das pontes deve incluir a frequência de
verificação de 200 anos ou 500 anos. Se o galgamento for provável, a resiliência da
ponte deve ser aumentada ao transformá-la em uma estrutura “monolítica” usando
parafusos de ancoragem que prendem a superestrutura da ponte (vigas e/ou o tabuleiro)
à mesoestrutura (encontros e pilares). A informação sobre possíveis flutuações e fortes
correntes de águas deve ser fornecida aos engenheiros estruturais para incorporar o
projecto estrutural. Detalhes de como calcular o carregamento lateral são fornecidos no
Manual de Especificações para Esforços em Pontes.
115
12. Formação Fluvial - alteração na geometria do escoamento, incluindo inclinações,
margens e protecção de taludes tanto a montante como a jusante da ponte.
Existem diferentes tipos de pontes e cada tipo afecta as características hidráulicas de
maneira diferente:
1. Pequenas pontes - estas têm vãos pequenos (até 10 m) em escoamentos
relativamente estreitos e de baixo volume;
2. Pontes médias - estas são de vãos médios (até 22 m) em um canal de rio bem
definido;
3. Grandes pontes - estas têm mais de 22 m de vãos e incluem pontes de cabos
atirantadas construídas em rios muito largos e planícies de cheias. A configuração
pode consistir em várias ou em uma série de pontes próximas umas das outras.
Um remanso excessivo pode fazer com que o rio transborde (por exemplo, a ponte
do rio Limpopo na área de Xai-Xai na província de Gaza, Moçambique).
116
8. Níveis da fundação - o nível da fundação deve ser posicionado abaixo da
profundidade total da erosão sempre que possível.
9. Posicionamento relativo do eixo da ponte - em relação à orientação do
escoamento.
10. Condições impostas pela navegação.
117
7.4 Procedimento de Projecto Hidraúlico de Pontes
118
i. Topografia;
ii. Geologia;
iii. Marcas de maré alta;
iv. História do acúmulo de detritos e erosão nas estruturas existentes
nas proximidades do cruzamento proposto;
v. Revisão do desempenho hidráulico das estruturas existentes;
vi. Mapas, fotografias aéreas;
vii. Registos de pluviometria e medição de caudais, se disponíveis;
viii. Visita de campo para reconhecimento;
b. Outra informação relevante:
i. Estudos de bacias hidrográficas;
ii. Desempenho hidráulico de pontes existentes;
c. Influências no desempenho hidráulico do local da obra:
i. Outros rio entrançados, reservatórios, entradas de água;
ii. Estruturas a montante ou a jusante;
iii. Características naturais do curso de água e planície de inundação;
iv. Modificações no canal a montante ou a jusante;
v. Cheias da planície aluvial;
vi. Tipos de sedimentos e formas de leito;
2. Avaliação do impacto ambiental
a. Leito existente ou instabilidade das margens;
b. Aproveitamento da terra nas planícies de cheia e distribuição de caudais;
c. Áreas ambientalmente sensíveis (pescas, zonas húmidas, etc.);
3. Critérios de dimensionamento específicos do local:
a. Avaliação preliminar dos riscos de cheias e de áreas de baixo ou alto risco
de acordo com os mapas de riscos de inundação do Instituto Nacional de
Gestão de Calamidades de Moçambique, Capítulo 12, Figura 12-4 e Figura
12-5 e Apêndice C.
b. Aplicação dos critérios de dimensionamento de drenagem da ANE;
4. Análise Hidrológica: (detalhado no Capítulo 4)
a. Características da área drenante;
b. Área de drenagem (anexar mapa);
c. Área da bacia drenante e declive do rio entrançado;
d. Geometria do canal;
5. Cálculos hidrológicos: (consulte o Capítulo 4 para detalhes)
a. Descargas históricas de cheias complementadas pelas marcas altas de
água a serem usadas para calibração (se disponíveis);
b. Descargas para as frequências especificas de caudais de cheias/
tempestades, ou seja, projectar períodos de retorno de
inundação/tempestade.
6. Análise Hidráulica:
119
a. Métodos analíticos manuais;
b. Construção de modelos computacionais hidráulicos;
c. Calibração e verificação do modelo de computador (se houver dados
disponíveis);
d. Análise da sensibilidade do modelo computacional (rugosidade,
coeficientes estruturais, cenários futuros de mudança climática e
bloqueio);
e. Desempenho hidráulico para condições existentes;
f. Desempenho hidráulico dos projectos propostos;
g. Cálculos de profundidade da erosão e mitigação;
h. Medidas de mitigação;
i. Detalhes de projecto, para as obras de protecção e formação fluvial.
7. Documentação
a. Registos de projectos elaborados e executados (dados, modelos), etc.
b. Relatórios e correspondência completa (levantamentos, relatórios de
modelagem hidrológica e hidráulica)
Um exemplo dos parâmetros de cálculos hidráulicos de pontes é ilustrado no Apêndice J.
120
7.5.2 Métodos de Projecto Hidraúlico
Existem dois métodos principais de projecto hidráulico de pontes.
1. Métodos analíticos manuais - estes métodos são adequados para pequenas e
médias pontes de áreas de captação relativamente pequenas até 300 km 2;
2. Métodos de projecto de sistemas hidráulicos baseados em computador - estes
envolvem software feito com o propósito de modelagem de vazões de
escoamento e de cheias e são adequados para todas as situações, incluindo
grandes áreas de captação e amplas planícies de cheias.
121
Tabela 7-1 Bordo Livre Permissível para Diferentes Caudais de Cheia para
Pontes Médias a Pequenas
30 a 300 900
>300 1.200
Para pontes grandes, o bordo livre mínimo deve ser de 1500 mm, a menos que seja
justificadamente ajustada para se adequar às condições locais, o que deve ser declarado
pelo projectista por escrito.
O bordo livre deve ser aumentado para os rios, que transportam grandes quantidades
de objectos flutuantes ou para fins de navegação, permitindo a passagem do transporte
marítimo, como barcos e navios (por exemplo, a Ponte Catembe - Moçambique).
122
2. Velocidade de escoamento - a velocidade do escoamento imediatamente a
montante da estrutura (V1) e imediatamente a jusante se a estrutura (V2) for
diferente e aumentar nessa ordem;
As equações de Manning são usadas para estimar o pico de descarga de enchente e são
dadas abaixo:
𝟐
𝟏 𝑨 𝟑 𝟏
𝑽 = 𝒏 (𝑷) 𝑺𝟐 (7-1)
Onde:
V = velocidade do escoamento em m/s
n = valor do coeficiente de rugosidade obtido na Tabela 5-1 e Tabela 5-2
A = área da secção em m2
P = o perímetro molhado em m
S = inclinação do leito do rio
O caudal (Q) é então calculada a partir da velocidade e da área da secção em
m3/s (ou cumecs).
𝑸 = 𝑨𝑽 (7-2)
O método do Orifício
Onde há uma ponte existente no mesmo rio, o método do orifício pode ser usado para
estudar a hidráulica da ponte.
A equação a seguir é usada para estimar o caudal e os níveis de cheias.
𝟏
𝑽𝟐 𝟐
𝑸 = 𝑪𝒐 𝑳𝒚𝟏 [(𝒚𝟏 − 𝒚𝟐 ) + (𝟏 + 𝒆) 𝟐𝒈] (7-3)
123
Onde:
Q = caudal em m3/s
Co and e= coeficientes para o efeito da obstrução da estrutura no escoamento da água.
L = A largura efectiva da secção , isto é, a distância entre os encontros menos as
larguras dos pilares.
y1 = a altura da água imediatamente a montante da ponte medida a partir de marcas
deixadas pelo rio nas cheias.
y2 = a altura da água imediatamente a jusante da ponte medida a partir das marcas
dos níveis de água nos pilares e pilares
V = velocidade média de aproximação (m/s)
g = aceleração de gravidade (9.81 m/s2)
𝒚𝟐
𝒚𝟏 − 𝒚𝟐 > (7-4)
𝟒
L/W C0 e
0,50 0,892 1,050
0,55 0,880 1,030
0,60 0,870 1,000
0,65 0,867 0,975
0,70 0,865 0,925
0,75 0,868 0,860
0,80 0,875 0,720
0,85 0,897 0,510
0,90 0,923 0,285
0,95 0,960 0,125
124
2. Elevação na largura do canal escavado;
3. Inclinação, estação na linha central do canal;
4. Intervalo de recorrência para o evento do projecto;
5. Área de drenagem;
6. Descarga do projecto;
7. 100 anos- caudal de descarga;
8. Descarga de cheia de 200 anos ou 500 anos para erosão da ponte (isto deve ser
discutido com especialistas em drenagem locais e acordado);
9. Elevação mínima da viga baixa;
10. Elevação dos taludes;
11. Nível baixo de água (LWL);
12. Nível de cheias de projecto (DFL);
13. Nível de cheias de 100 anos;
14. Nível de cheias de 200 ou 500 anos;
15. Velocidade de projecto (V);
16. Velocidade de 100 anos;
17. Velocidade e dimensões do enrocamento para 500 anos para o projecto da ponte;
Uma vez completo o projecto preliminar e a escolha apropriada da ponte, a orientação e
disposição geral é determinada baseada em uma investigação detalhada do local,
incluindo determinação do alcance do caudal, padrões do caudal, levantamentos
geotécnicos de materiais de leitos, margens e condições in-situ. Os dados e informações
devem ser colectados tendo em mente que são principalmente necessários como
subsídios para o software de projecto hidráulico, por ex. HEC-RAS. Detalhes da colecta
de dados para riachos, rios e planícies aluviais são apresentados no Capítulo 3.
O procedimento geral para o projecto de hidráulica de grandes pontes é ilustrado abaixo
passo a passo.
1. Determinar a hidrologia das bacias hidrográficas como descrito no Capítulo 4.
2. Obter informações sobre:
a. Histórico das cheias do rio ou da planície de inundação - esta informação
pode ser obtida junto de residentes locais e autoridades locais e das
autoridades rodoviárias (ANE) que podem ter conhecimentos relevantes;
b. Investigar qualquer estrutura de ponte existente perto do ponto de
passagem proposto, preferencialmente no mesmo rio. Verificar tanto a
montante como a jusante da estrutura os fenómenos de erosão
assoreamento, etc.
3. Obter informações hidráulicas de estudos existentes para projectos rodoviários
próximos ao local e usar os dados do estudo para relacionar as informações ao
cruzamento proposto.
4. Completar a análise do perfil da superfície da água através do horizonte do
projecto da ponte. Isto deve incluir a análise da situação natural sem a ponte
proposta e uma análise com a ponte proposta. O perfil da superfície da água deve
ser determinado usando o programa HEC-RAS, ISIS ou Mike 11. O programa HEC-
RAS e o ISIS estão disponíveis gratuitamente para download e devem ser usados
como software padrão para análise de travessia de ponte;
125
5. O período de retorno e a descarga do projecto para a análise do perfil devem ser
calculados como discutido no Capítulo 4. Factores que contribuem para a selecção
do período de retorno incluem a capacidade e dimensão da estrada, se esta está
localizada em área rural ou urbana e os níveis de tráfego esperados;
6. Uma gama de dimensões das capacidade de vazão da ponte menores e maiores
do que o canal existente deve ser analisada e, em seguida, comparada com as
condições existentes e naturais para escolher a largura ideal do canal da ponte
para o caudal do projecto;
7. Localizar a ponte dentro da planície aluvionar e selecionar um desvio, que melhor
se adapte ao alinhamento do canal principal e da planície aluvionar. Manter a
inclinação ao mínimo para reduzir os custos de construção e manutenção. É
preciso estar ciente de que os padrões de fluxo podem mudar de acordo com a
alteração dos caudais de descarga;
8. Avaliar os impactos nas propriedades circundantes e na estrada para o caso de
galgamento e verificar a cheia de 100 anos para as várias alternativas
identificadas na Etapa 4. Qualquer aumento na planície deve ser evitado, se
possível, outras medidas de mitigação podem ser colocadas em prática (por
exemplo, áreas de armazenamento de compensação);
9. Fazer cálculos preliminares para assoreamento/ degradação, contração e erosão
local, Secção 7.7;
10. Selecionar a protecção de revestimento necessária (ou seja, enrocamento,
margens, diques de esporão, etc.) para a ponte e o canal. Estes são detalhados
no Capítulo 8.
126
Número da Estrutura Existente:
Inclinação:
Informação Hidráulica
Comentários:___________________________________________________________
_____________________________________________________________________
_____________________________________________________________________
______
127
Data: Número do Projecto de Construção:
Inclinação:
Informação Hidráulica
Comentários:___________________________________________________________
_____________________________________________________________________
__
128
7.6.2 Método de Modelagem Computacional em Pontes
O objectivo desta secção é fornecer orientação sobre a análise hidráulica da ponte onde
é usada a modelagem do rio por computador.
7.6.2.2 Saídas
Informações seguintes são esperadas da análise hidráulica:
1. Plano de vista de elevação- Elevation view plan;
2. Enquadramento total de erosão - diferenciando a profundidade de erosão do
desenho da profundidade de erosão da cheia de 500 anos. A profundidade da
erosão deve ser fornecida ao engenheiro estrutural e ao geólogo para o projeto
final da ponte;
3. Características da inclinação do leito do rio;
4. Elevações da superfície da água existentes e propostas ao longo do alcance do
riacho
5. Remanso associado ao perfil e abertura da via fluvial, etc.;
6. Velocidades de escoamento e direcção do escoamento nos elementos estruturais
críticos a montante e a jusante das estruturas.
7. Linhas de energia e perdas de carga;
8. Elevações de cabeceira e de saída do canal das estruturas propostas.
Esses itens adicionais de informação devem ser fornecidos ao projectista da ponte muito
antes do início do projecto final.
Preencher toda a documentação, incluindo o relatório de análise hidráulica da ponte e as
folhas de informações hidráulicas da ponte. As profundidades da erosão devem ser
mostradas na folha do plano de disposição da ponte. A Figura 7-3 e a Figura 7-4 fornecem
cópias das Folhas de Transmissão de Informações Hidráulicas da Ponte para o vazamento
através dos encontros de paredes verticais.
129
7.6.3 Critérios de Modelagem Hidraulica e Selecção
O estudo do modelo hidráulico deve simular com precisão as condições reais do caudal.
Violar as suposições e ignorar as limitações resultará em uma má representação das
condições hidráulicas reais. Após o desenvolvimento do modelo do caudal, uma visita de
campo deve ser feita para verificar se os padrões de escoamento se adequam ao terreno
físico.
130
Figura 7-5 Secção Transversal de Modelo Unidimensional
Modelos bidimensionais são preferidos em caudais mais complexos para obter resultados
mais precisos. Abaixo está a orientação sobre a aplicabilidade de modelos
bidimensionais.
1. Múltiplas Aberturas - Múltiplas aberturas ao longo de um aterro são
frequentemente utilizadas em rios com planícies aluvionares amplas, Figura 7-6.
Em vez de usar uma única ponte, estão incluídas pontes adicionais de várzea.
Embora os modelos unidimensionais possam ser configurados para analisar
múltiplas aberturas, a modelagem bidimensional é preferida.
131
existem outras estruturas ou sistemas hidráulicos a montante ou a jusante do
cruzamento que alteram os padrões de escoamento.
2. Grandes planícies aluvionares - As planícies aluvionares (Figura 7-7) podem variar
significativamente em suas características de uma secção para outra, incluindo
topografia, vegetação, etc., e isso pode resultar em padrões de caudal complexos
e, neste caso, a modelagem bidimensional é preferida.
132
7.6.3.2 Selecção do Modelo de Extensão a Monante e a Jusante
A estrutura pretendida no cruzamento causaria mudanças nas condições do caudal a
montante (remanso) e a jusante. A extensão mínima de um modelo hidráulico para a
hidráulica de ponte é o local onde o caudal é totalmente expandido (isto é, de volta às
condições de caudal natural antes da construção da estrutura) tanto a montante como a
jusante da contração do caudal. Isso é ilustrado na Figura 7-8 e na Figura 7-9 (que
mostra os perfis da superfície da água para um modelo de ponte simples). As condições
de fronteira a jusante do alcance do caudal devem ser determinadas e o software calcula
as condições de caudal nas secções transversais subsequentes progressivamente ao
limite a montante. No entanto, se a superfície livre da água não for conhecida com
confiança, a extensão do modelo a jusante diminuirá a incerteza na estrutura. O limite a
jusante está localizado longe o suficiente da montante, de modo que os perfis convergem
e os 1.2 m de diferença inicial são eliminados antes de chegar à ponte.
133
Figura 7-9 Perfil do escoamento com Incerteza das Condições de Fronteira a
Jusante (Fonte: Hydraulic Design Series Number 7, 2012).
134
Profundidade Crítica - A profundidade crítica é uma condição de fronteira relativamente
bem definida quando uma estrutura de controle produz uma queda repentina no canal.
A Profundidade crítica em canais naturais é incomum, excepto em canais íngremes,
rochosos ou em pedragulhos. Em HEC-RAS (USACE 2010c), a profundidade crítica é
definida como a energia total mínima. Em um canal natural, a energia total inclui o
coeficiente de correcção de energia, α, então a distribuição de rugosidade e escoamento
influencia a determinação da profundidade crítica. A profundidade crítica deve ser
confirmada como razoável antes de usá-la como uma condição de fronteira nos canais
naturais.
𝑉∗𝑐
= 0,12 (7-5)
𝑉𝑠𝑠
135
Com
𝑉∗ = √𝑔𝑦𝑆 (7-6)
Onde:
V* = velocidade de corte (m/s)
V*C = velocidade crítica (m/s)
g = aceleração gravitacional (9,81 m/s2)
y = altura de inundação (m)
VSS =velocidade de assentamento de partículas (m/s) (Figura 7-11)
Detalhes adicionais do Vss podem ser adquiridos na publicação de Veiga da Cunha, L,
1973, LNEC; Lisbon “Erosões Localizadas junto de Obstáculos Salientes de Margens”
136
𝑽∗𝒄 𝟏,𝟔
= 𝑽∗𝒅𝟓𝟎 (7-7)
𝑽𝒔𝒔
𝒗
Onde:
d50 = diâmetro médio das partículas (m)
𝑽∗𝒅𝟓𝟎
= 𝟏𝟑 (7-8)
𝒗
Para valores menores que 13, a condição de fronteira é laminar e para valores maiores
que 13, as condições de fronteira são para um caudal turbulento. Este limite coincide
com uma dimensão de partícula na ordem de 5 mm. 7-
9
A relação entre a velocidade de assentamento e o diâmetro das partículas é mostrada na
Figura 7-11.
137
metodologia de previsão de erosão. Um documento complementar da FHWA para a HEC-
18 é o HEC-20 “Estabilidade do Escoamento em Estruturas de Estradas (FHWA 2012b) e
“HEC-23“ Erosão em Pontes e Medidas de Mitigação para Escoamento Instaveis“ (FHWA
2009) ”
138
1. Estimar a cheia do projecto de acordo com o Capítulo 4, Hidrologia, e use este
valor para cálculo adicional;
2. Estimar a largura do caudal contraído no local da ponte para determinar os efeitos
gerais e de contração de curto prazo. A unidade da largura da descarga pode ser
calculada dividindo o caudal de projecto pela largura do caudal;
3. Fazer estimativa da rugosidade do leito sob condições de inundação e dimensões
representativas do material sedimentar a serem usados nos cálculos:
Para material aluvionar
Para material coesivo
A contracção resultante da erosão é factorada na etapa 3.
Passo #4: Determinar os efeitos da erosão local
Para pilares em materiais aluvionares sem coesão
Para pilares em materiais coesivos
Para encontros em materiais aluvionares sem coesão
Para encontros em materiais coesivos
Passo #5: Determinar a erosão total
Passo #6: Registo dos valores de projecto
Registo dos valores das profundidades da erosão de projecto usando o nível de água de
projecto (por exemplo, para nível de água de período de retorno de 50 anos, de acordo
com o determinado pelo método descrito no Capítulo 5).
Passo #7: Avaliar o resultado obtido
Avaliar os resultados, levando em consideração todas as informações qualitativas e
quantitativas disponíveis. Em caso de complexidade significativa, ou casos em que
existam riscos financeiros e outros significativos, considere consultar um especialista ou
fazer um estudo do modelo hidráulico físico no local da ponte.
Considerações finais sobre as relações de erosão em pontes
As equações apresentadas nesta secção fornecem aos projectistas de pontes métodos
simples, nos quais uma estimativa inicial dos possíveis efeitos da erosão nas pontes pode
ser feita. Se houver problemas sérios, conselhos de especialistas devem ser adquiridos.
Modelos de computador
Recomenda-se que modelos de computador como o HEC-RAS sejam usados para
avaliação da erosão em pontes para todo o projecto de pontes. Para obter detalhes, use
os modelos de computador recomendados para simular o transporte de sedimentos.
139
7.7.5 Determinação da Erosão a Longo Prazo ( Alterações na Forma do
Plano)
A erosão a longo prazo é determinada usando ferramentas de modelagem sofisticadas
para quantificar os efeitos da degradação ou assoreamento do rio a longo prazo e não é
abordada no âmbito deste manual. Recomenda-se que uma equipa multidisciplinar faça
algumas previsões a longo prazo, já que o conhecimento de hidráulica, geomorfologia,
geologia, etc. são necessários.
É necessário calcular a largura de equilíbrio antes que a altura de equilíbrio possa ser
calculada.
A altura máxima do canal, ymax, pode ser determinada multiplicando a altura de equilíbrio
calculada com o factor na Tabela 7-4. A altura geral de curto prazo, ds, pode ser
determinada como a diferença entre ymax e a altura normal do caudal (yn).
140
7.7.6.2 Erosão Geral de Curto Prazo en canais de Leito Coesivo
Para canais de leito coesivo, a altura de equilíbrio é calculada da seguinte forma:
𝝉𝒄 = 𝟎, 𝟎𝟔𝑫𝒈(𝝆𝒔 − 𝝆) (7-13)
Onde:
y = Altura média do caudal (m)
n = coeficiente de rugosidade de Manning Strickler(m .s1/3)
q = caudal de descarga por unidade de largura (m3/s)
c= tensão de cisalhamento crítica para a ocorrência da erosão (N/m2)
Consulte a Tabela 7-5
D = dimensão das partículas (D50) (m)
g = aceleração de gravidade (m/s2)
ρ = densidade da água (kg/m3)
ρd = densidade aparente seca (kg/m3)
ρs = densidade aparente saturada (kg/m3)
Índice de vazios 2,0 – 1,2 1,2 – 0,6 0,6 – 0,3 0,3 – 0,2
Densidade a granel 880 -1.200 1.200 – 1.650 1.650 – 2.030 2.030 – 2.210
seco (kg / m3)
Densidade do volume 1.550 – 1.740 1.740 – 2.030 2.030 – 2.270 2.270 – 2.370
saturado (km / m3)
A densidade a granel nesta tabela assume uma densidade de partículas específica = 2,64
e a relação com a taxa de vazios é a seguinte:
𝝆𝒔
𝝆𝒅 = 𝒆+𝟏 (7-14)
141
𝝆(𝒔+𝒆)
𝝆𝒅 = (7-15)
𝒆+𝟏
Onde:
ρ = densidade da água (kg/m3)
ρd = densidade aparente seca (kg/m3)
ρs = densidade aparente saturada (kg/m3)
s = gravidade específica das partículas do solo
e = indice de vazios da massa do solo
Descrições detalhadas do tipo de solo (por exemplo, argila, argila leve, etc.) não foram
fornecidas. Propõe-se que seja seguida a classificação de Casagrande, onde “argila leve”
é silte de argila (CL), “argila” é argila de média plasticidade (CI), “argila pesada” é
tomada como argila de alta plasticidade (CH) e “argila arenosa” são areias bem
graduadas com baixo teor de argila (SC).
A altura média do caudal (equivalente) (y) calculada através da Equação 7-10 e Equação
7-12, precisa ser ajustada para calcular as alturas máximas do caudal que podem
resultar da erosão geral a curto prazo. Os factores recomendados são fornecidos na
Tabela 7-6.
Tabela 7-6 Factores para Cobrir a Altura do Média do Caudal (y) para a Altura
Máxima do Canal (Curtsey do Manual Sul-Africano de 2006)
Descrição Factor
multiplicador
142
7.7.6.3 Erosão Lateral nos Encontros em Canais de Leito Coesivo
Em casos de erosão de solos coesivos nos encontros, Faraday e Charlton recomendaram
o uso da equação de profundidade normal de Blench apropriada para leitos coesivos,
com os factores de correção para altura máxima ilustrados na Tabela 7-6. Embora esses
factores tenham sido derivados de materiais aluvionares, fornecem uma primeira
estimativa da erosão em solos coesivos.
143
Tabela 7-7 Problemas Típicos Relacionados com a Erosão Que Podem Ser
Encontrados em Rios
Problema
Materiais Processos
Tipo de Potencial
Tipo de Rio Tipicamente geomorfológicos
Caudal relacionado com
expostos Dominantes
Erosão
Rios Torrente de Rochas / Corte para baixo e Erosão das margens
montanhosos pedra pedregulhos cachoeiras dos rios
íngremes
Cascalho Areia, cascalho, Movimento de Erosão, escolha do
trançado do pedras aluvião grosso comprimento das
aberturas
rio
144
Calcular o valor da Equação 7-8 para determinar se o escoamento está na região laminar
ou turbulenta. Para calcular a velocidade de cisalhamento, aplique a Equação 7-7 para o
caudal laminar ou a Equação 7-8 para o caudal turbulento. A velocidade na fronteira,
entre o movimento do sedimento e nenhum movimento do sedimento (a velocidade
crítica), Vc, é determinada a partir da relação logarítmica:
12𝑅
𝑉𝑐 = 5,75𝑉∗𝑐 𝑙𝑜𝑔 (7-16)
𝐾𝑠
Ou
𝟏 𝟏 𝟏 𝟏
𝑲𝒔 𝟐 (𝑺𝒔 −𝟏)𝟐 𝑫𝒔𝒔 𝟐 𝒚𝟔
𝐕𝒄 = (7-17)
𝒏
Onde:
Vc = Velocidade crítica acima da qual o material do leito de dimensão D50 e menor
começará a se mover, m
Ss = Gravidade específica do material do leito (2,65), kg/m3
y = altura do caudal, m
n = coeficiente de rugosidade de Manning Strickler
R = gradiente hidráulico, m
Ks = parâmetro/coeficiente de blindagens 0,047 para areia e 0,030 para cascalhos
Dss = dimensão média do material do leito
R e Ks, representam o raio hidráulico e o valor absoluto da rugosidade imediatamente a
montante da estrutura da ponte.
Se a velocidade de aproximação V> Vc, o caudal carregado de sedimentos ocorre, mais
o escoamento de água limpa ocorre.
𝟔 𝟐 𝟏
𝒚𝟏 𝑸𝒕 𝟕 𝑩𝟏 𝟑 𝒏𝟐 𝟑
𝟐
= ( ) (𝑩 ) (𝒏 ) (7-20)
𝒚 𝑸𝒄 𝟐 𝟏
145
Figura 7-12 Contração Longa no Escoamento de Sedimentos: Definição de
Termos (Fonte: Manual da África do Sul 2006)
A altura da erosão é dada por:
̅ 𝟐 𝟐 −𝑽
𝑽 ̅𝟏𝟐
𝒅𝒔 = (𝒚𝟐 − 𝒚𝟏 ) + (𝟏 + 𝑲) ( )
𝟐𝒈
(7-21)
𝟑/𝟕
𝑸𝟐
𝒚𝟐 = [ 𝟐] (7-22)
𝟒𝟎𝑫𝒔𝒔 𝟐/𝟑 𝑩𝟐
146
B2 = Largura da seccão inferior,menus a largura dos pilares, m
147
Figura 7-14 Variável de Erosão de contração de Live–bed (Fonte: Hydraulic
Design Series Number 7, 2012)
148
Figura 7-15 Variável de Erosão de Contração de Água Limpa (Fonte: Hydraulic
Design Series Number 7, 2012).
149
encontrada de erosão por contração. Duas práticas são fornecidas neste manual para
estimar a deposição ou a erosão devido a contração.
1. Prática de roteamento de sedimentos - Esta prática deve ser considerada se a
camada de pedras do leito ou o assoreamento for de um alcance que causa um
risco inaceitável;
2. Prática empírica - Esta prática é adaptada a partir de investigações laboratoriais
de contrações em solos não blindados e, como tal, deve ser utilizada considerando
essa qualificação. Esta prática não considera se a armadura e sua aplicação para
o assoreamento for tecnicamente fraca.
onde:
ds = altura de polimento local no píer (m)
y0 = altura a montante do píer (m) (calculado por meio do regime Equação 7-10)
150
b = largura do pílar (m)
Esta altura é é recomendada para erosão local em pilares cilíndricos. Correções para
formas de outros pilares devem ser feitas multiplicando-se o valor obtido da Equação 7-
23 pelos factores de correcção da Tabela 7-8. Para levar em consideração o ângulo de
ataque, os factores de correcção da Tabela 7-9 devem ser usados.
A equação da CSU deve ser usada para comparar o resultado obtido usando a equação
acima.
𝒚𝒔 𝒚 𝟎,𝟑𝟓
= 𝟐, 𝟎𝑲𝟏 𝑲𝟐 𝑲𝟑 𝑲𝟒 ( 𝒃𝟏 ) 𝑭𝒓𝟏 𝟎,𝟒𝟑 (7-24)
𝒃
Onde:
ys = altura máxima de escoamento, medida a partir da cota do leito (m)
y1 = altura do caudal directamente a montante do pilar (m)
K1 = factor de correcção para o formato do pilar K 2 = factor de correcção para o
ângulo de incidência de escoamento
K3 = factor de correcção para a condição do leito
K4 = factor de correcção para camada de pedras devido a dimensão do material
do leito
b = largura do pilar (m)
Fr1 = Número de Froude imediatamente a montante do pilar
1
̿
𝑉 𝑄2 𝐵 2
𝐹𝑟1 = or 𝐹𝑟 = [𝑔𝐴 3 ] (7-25)
√𝑔𝑦1 1
Onde:
𝑉̿ = velocidade média a montante do pilar (m /s)
g = aceleração de gravidade (9,81 m/s2)
A = área de caudal, m2
Q = caudal, m3/s
B = largura efectiva do caudal, m
Os factores de correcção K1 e K2 são ilustrados na Tabela 7-8 e na Tabela 7-9,
respectivamente.
151
Tabela 7-8 Factor de Correcção K1, para Forma de Nariz de Pilar
Circular 1 1
2 0,91
3 0,76
Lenticular
4 0,67-0,73
7 0,41
Parabólico 0,8
Triangular 60 0,75
Triangular 90 1,25
2 0,91
Eliptíca 3 0,83
Oval 4 0,86-0,92
2 1,11
1,11(HEC 18) -
Rectangular
4 1,40 (F&C)
6 1,11
Ângulo (ângulo
de inclinação do L/b = 4 L/b = 8 L/b = 12
caudal)
0 1 1 1
15 1,5 2 2,5
30 2 2,75 3,5
45 2,3 3,3 4,3
90 2,5 3,9 5
Altura da Duna
Condição do Leito K3
(m)
Erosão por águas limpas Não aplicável 1,1
Leito plano e canal anti-duna Não aplicável 1,1
Pequenas Dunas 0,6m-3m 1,1
Dunas Médias 3m - 9m 1,1 - 1,2
Grandes Dunas ≥ 9m 1,3
O valor do factor de correcção para camada de pedras, K4, pode ser determinado a partir
dos seguintes conjuntos de equações:
𝐾4 = [1 − 0,89(1 − 𝑉𝑅 )2 ]0,5 (7-26)
onde:
𝑉 −𝑉𝑖
𝑉𝑅 = 𝑉 1 (7-27)
𝑐90 −𝑉𝑖
152
e
𝐷50 0,053
𝑉𝑖 = 0,645 ( ) 𝑉𝑐50 (7-28)
𝑏
Com:
vR = taxa de velocidade
v1 = velocidade de aproximação (m/s)
Vi = velocidade de aproximação quando as partículas no pilar começam a se
mover (m/s)
vc90 =velocidade crítica para a dimensão do material do leito D90 (m/s)
vc50 = velocidade crítica para a dimensão do material do leito D50 (m/s)
b = largura do pilar (m)
e
1 1
𝑉𝑐 = 6,19𝑦 6 𝐷𝑐 3 (7-29)
Onde:
Dc = dimensão crítica da partícula para a velocidade crítica Vc (m)
Vertical
1,5b
Inclinado para dentro em
Rectângulo com narizes direção ao topo (Ângulo superior
semicirculares a 20˚ a vertical) 1,0b
Inclinado para dentro em
direção ao topo (Ângulo superior
a 20˚ a vertical) 2,0b
153
Tabela 7-12 Factores para Estimar a Altura De Erosão em Pilares e Obras de
Construção
Descrição Factor
Nariz de esporões ou margens
guiadas 2,0 a 2,75
Caudal impingindo em ângulos rectos
nas margens 2,25
Caudal paralelo às margens 1,5 a 2,0
Nos casos em que o encontro é projectado para o canal do rio, recomenda-se uma
abordagem conservadora em que o nível de erosão local é considerado como o valor
mais baixo da erosão máxima nos pilares e o nível geral de erosão multiplicado por um
factor de 2.0.
154
Figura 7-18 Componentes de Erosão de um Pilar Complexo
Onde:
ys = altura total da erosão (m)
ys pier = componente de erosão para a haste do pilar no fluxo (m)
ys pc = componente de erosão para o maciço de encabeçamento/sapata no fluxo
(m)
155
ys pg = componente de erosão para o grupo de estacas no fluxo (m)
Os componentes de erosão são calculados a partir da equação básica da erosão do pilar,
Equação 7-24.
𝟎,𝟒𝟑
𝒚𝒔𝒑𝒊𝒆𝒓 𝒃𝒑𝒊𝒆𝒓 𝟎,𝟔𝟓 𝒗𝟏
= 𝑲𝒉𝒑𝒊𝒆𝒓 [𝟐, 𝟎𝑲𝟏 𝑲𝟐 𝑲𝟑 ( ) ( ) ]
𝒚𝟏 𝒚𝟏 √𝒈𝒚𝟏
(7-31)
Onde:
Khpier = Coeficiente para contabilizar a altura do tronco do pilar e o efeito da camada de
pedras pela distância do maciço de encabeçamento/sapata (f) na frente da haste do pilar.
Os valores de Khpier são calculados a partir da Equação 7-32 e também podem ser lidos
na Figura 7-19.
𝒇 𝒇 𝒉𝟏
𝑲𝒉𝒑𝒊𝒆𝒓 = (𝟎, 𝟒𝟎𝟕𝟓 − 𝟎, 𝟔𝟔𝟗 𝒃 ) − (𝟎, 𝟒𝟐𝟕𝟏 − 𝟎, 𝟎𝟕𝟕𝟖 𝒃 )𝒃 + (𝟎, 𝟏𝟔𝟏𝟓 −
𝒑𝒊𝒆𝒓 𝒑𝒊𝒆𝒓 𝒑𝒊𝒆𝒓
𝟐 𝟑
𝒇 𝒉𝟏 𝒇 𝒉𝟏
𝟎, 𝟎𝟒𝟓𝟓 𝒃 ) (𝒃 ) − (𝟎, 𝟎𝟐𝟔𝟗 − 𝟎, 𝟎𝟏𝟐 𝒃 ) (𝒃 ) (7-32)
𝒑𝒊𝒆𝒓 𝒑𝒊𝒆𝒓 𝒑𝒊𝒆𝒓 𝒑𝒊𝒆𝒓
156
7.7.10.2 Determinação da Componente de Profundidade de Erosão do Maciço
de Encabeçamento das estacas
Na determinação do componente de profundidade de erosão, dois cenários devem ser
considerados.
1. O fundo do maciço de encabeçamento/sapata está acima do leito do rio no
projecto ou a erosão a longo prazo - a abordagem no cálculo da erosão é reduzir
a largura do maciço de encabeçamento do pilar, b pc para uma largura de cais
sólida equivalente de profundidade total b*pc. Uma vez feito isso, a Equação de
erosão do pilar 7-24 pode ser usada. O valor de b*pc é obtido da Figura 7-20 ou
calculado usando a Equação 7-33. Aplique b*pc na Equação 7-34 para determinar
a componente de profundidade de erosão do maciço de ecabeçamento .
𝒃∗ 𝒑𝒄 𝑻 𝒉 𝟑 𝟏,𝟕𝟓𝟏
= 𝑬𝑿𝑷 [−𝟐, 𝟕𝟎𝟓 + 𝟎, 𝟓𝑳𝒏 ( ) − 𝟐, 𝟕𝟖𝟑 ( 𝟐 ) + 𝒉 ]
𝒃𝒑𝒄 𝒚 𝒚 𝟐 𝟐 𝑬𝑿𝑷( 𝟐 )
𝒚𝟐
(7-33)
𝟎,𝟒𝟑
𝒚𝒔𝒑𝒄 𝒃∗ 𝒑𝒄 𝟎,𝟔𝟓 𝑽𝟐
= 𝟐, 𝟎𝑲𝟏 𝑲𝟐 𝑲𝟑 𝑲𝒘 ( ) ( )
𝒚𝟐 𝒚𝟐 √𝒈𝒚𝟐
(7-34)
K1, K2 e K3 podem ser obtidos a partir da Tabela 7-8, Tabela 7-9 e Tabela 7-10,
respectivamente. Para o caudal inclinado, use L/b para o maciço de encabeçamento como
L/b para o pilar equivalente.
Kw é o factor de correcção, que é aplicado para pilares largos em escoamentos lentos.
Deve ser aplicado quando a altura do caudal (y) à largura do pilar (b) e y/b <0,8, b/D 50>
50 e, neste caso, aplicar Kw quando y2<0.8 b*pc, b*pc>50D50 e Fr2 = (V2/√ (gy2) <1. O
Kw é calculado usando a Equação 7-35 ou a Equação 7-36.
𝟎,𝟑𝟒
𝒚
𝑲𝒘 = 𝟐, 𝟓𝟖 (𝒃∗𝟐 ) 𝑭𝒓𝟐 𝟎,𝟔𝟓 for V2/Vc < 1 (7-35)
𝒑𝒄
𝟎,𝟏𝟑
𝒚
𝑲𝒘 = 𝟏, 𝟎 (𝒃∗𝟐 ) 𝑭𝒓𝟐 𝟎,𝟐𝟓 for V2/Vc ≥ 1 (7-36)
𝒑𝒄
157
Figura 7-20 Largura Equivalente do Maciço de Encabeçamento do Pilar
(adoptado por Jones e Sheppard 2000)
2. A base do muro de suporte/sapata está abaixo do leito do rio -
Determine a velocidade do escoamento na fundação ou no maciço de
encabeçamento (Vf), que é dada pela Equação 7-37. A configuração do fluxo é
dada na Figura 7-21.
𝒚𝒇
𝑽𝒇 𝑳𝒏(𝟏𝟎,𝟗𝟑 +𝟏)
𝒌𝒔
= 𝒚𝟐 (7-37)
𝑽𝟐 𝑳𝒏(𝟏𝟎,𝟗𝟑𝒌 +𝟏)
𝒔
Onde:
Vf = velocidade média do caudal na zona abaixo do topo da sapata/maciço de
encabeçamento (m /s)
V2 –velocidade média ajustada na vertical do caudal que se aproxima do pilar (m/s)
Ln = Registo natural para base e
Yf = h1 +ys pier/2 = distância do leito após a passagem da erosão para o topo da
sapata/maciço de encabeçamento do pilar, (m).
Ks = rugosidade dos grãos do leito normalmente toma como D 85 o material do leito de
areia e 3,5D85
Y2 = altura descoamento ajustada a montante do pilar após a erosão (m).
158
Figura 7-21 Rácios de Velocidade e Altura para Sapata/Maciço de
Encabeçamento Exposto
Use a Equação 7-38 para calcular a componente da altura da erosão da sapata/ maciço
de encabeçamento, ys pc.
𝟎,𝟔𝟓 𝟎,𝟒𝟑
𝒚𝒔𝒑𝒄 𝒃∗ 𝒑𝒄 𝑽𝒇
= 𝟐, 𝟎𝑲𝟏 𝑲𝟐 𝑲𝟑 𝑲𝒘 ( ) ( )
𝒚𝒇 𝒚𝒇 √𝒈𝒚𝒇
(7-38)
K1, K2 e K3 podem ser obtidos a partir da Tabela 7-8, Tabela 7-9 e Tabela 7-10,
respectivamente. Para o escoamento enviesado, use L/b para o maciço de
encabeçamento do pilar como L/b para o pilar equivalente.
Kw é o factor de correcção, que é aplicado para pilares largos em escoamentos lentos.
Deve ser aplicado quando a profundidade do escoamento(y) para a largura do pilar (b)
e/b <0,8, b/D50> 50 e, neste caso, aplicar Kw quando y2 <0,8 b * pc, b*pc> 50D50 e Fr2
= (V2/√ (gy2)<1. O Kw é calculado usando a Equação 7-35 ou a Equação 7-36.
159
O cálculo envolve as seguintes etapas:
1. Determinar a largura projectada das estacas no plano perpendicular ao
escoamento.
2. Determinar a largura efectiva do pilar que causaria a mesma erosão se as estacas
estivessem expostas ao escoamento.
3. Ajustar a altura do escoamento, a velocidade e a altura exposta do grupo de
estacas para levar em consideração os componentes de contenção da haste e do
maciço de encabeçamento/sapata já calculados.
4. Determinar o factor de altura do grupo de estacas com base na altura exposta do
grupo de estacas acima do leito do rio.
5. Calcular a componente de erosão do grupo de estacas.
Onde:
bproj = soma das larguras projectadas não sobrepostas das estacas, Figura 7-22
e Figura 7-23.
Ksp = coeficiente de espaçamento das estacas, Figura 7-24.
Km = coeficiente do número de linhas de estacas m, onde m é o número de linhas
no grupo de estacas, Figura 7-25.
O valor de Km é constante para todos os valores S/b quando há mais de 6 linhas de
estacas, e é 1,0 para grupos de estacas distorcidos ou escalonados.
160
Figura 7-23 Largura Projectada das Estacas para o Caso Geral de Escoamento
Oblíquo
𝟒 𝟏 𝑺 −𝟎,𝟔
𝑲𝒔𝒑 = 𝟏 − 𝟑 [𝟏 − 𝒃𝒑𝒓𝒐𝒋 ] [𝟏 − (𝒃) ] (7-40)
( )
𝒃
Onde:
S = espaçamento das estacas, centro a centro (m)
b = largura das estacas
161
Figura 7-24 Factor de Espaçamento de Estacas (Adoptado de Sheppard 2001)
O coeficiente para o número de linhas, Km, é ilustrado pela Equação 7-41 e também pode
ser obtido na Figura 7-25.
𝐒 𝐒 𝟐
𝐊 𝐦 = 𝟎, 𝟗 + 𝟎, 𝟏𝟎𝐦 + 𝟎, 𝟎𝟕𝟏𝟒(𝐦 − 𝟏) [𝟐, 𝟒 − 𝟏, 𝟏 (𝐛) + 𝟎, 𝟏 (𝐛) ]
(7-41)
Onde:
m = número de linhas de estacas.
S = distância entre linhas centro a centro (m)
b = largura das linhas (m)
162
Figura 7-25 Factor de Ajuste para o Número de Estacas Alinhadas (Adoptado
de Sheppard 2001)
𝟎,𝟒𝟑
𝒚𝒔𝒑𝒈 𝒃∗ 𝒑𝒈 𝟎,𝟔𝟓 𝑽𝟑
= 𝑲𝒉𝒑𝒈 [𝟐, 𝟎𝑲𝟏 𝑲𝟑 ( ) ( ) ] (7-42)
𝒚𝟑 𝒚𝟑 √𝒈𝒚𝟑
Onde:
Khpg = factor de altura do grupo de estaca como uma função de h 3/y3.
O valor máximo de y3 = 3.5b*pg
H3 = h0 + ys pier/2+ys pc/2 = altura do grupo de pilares acima do leito do rio abatido após
as componentes de erosão do pilar e do maciço de encabeçamento terem sido calculados
(m).
A altura do caudal ajustada (y3) e a velocidade (V3) são dadas pela Equação 7-43 e
Equação 7-44, respectivamente.
𝒚𝒔𝒑𝒊𝒆𝒓 𝒚𝒔𝒑𝒄
𝒚𝟑 = 𝒚𝟏 + + (7-43)
𝟐 𝟐
𝒚
𝑽𝟑 = 𝑽𝟏 ( 𝟏 ) (7-44)
𝒚 𝟑
163
Onde:
y3 = altura de escoamento ajustada (m)
V3 = velocidade ajustada (m/s)
O Khpg é calculado usando a Equação 7-45 ou pode ser obtido na Figura 7-26.
𝟏
𝒉𝟑 𝒉𝟑 𝟐 𝒉𝟑 𝟑 𝒉𝟑 𝟒 𝟎,𝟔𝟓
𝑲𝒉𝒑𝒈 = [𝟑, 𝟎𝟖 (𝒚 ) − 𝟓, 𝟐𝟑 (𝒚 ) + 𝟓, 𝟐𝟓 (𝒚 ) − 𝟐, 𝟏𝟎 (𝒚 ) ]
𝟑 𝟑 𝟑 𝟑
(7-45)
164
8. Formação Fluvial/Canal e Protecção de Erosão
Medidas de mitigação dos efeitos hidráulicos (principalmente as estruturas protecção e
revestimento) são projectadas quer para modificar o impacto erosivo do escoamento ou
para garantir a resistência da estrutura contra os efeitos hidráulicos turbulentos
As medidas de mitigaçâo incluem trabalhos de estabilização que se estendem a montante
e a jusante da estrutura em causa.
As medidas de mitigação podem ser adoptadas no decurso da construção ou para
resolver problemas resultantes de infraescavações e de instabilidade estrutural que se
podem ocorrer nas estruturas existents.
A escolha, a localização e a projecção das medidas de mitigação dependem dos factores
hidráulicos e geomorfológicos que contribuem para a instabilidade do leito, bem como
dos custos de construção e têm em consideração a component de manutenção.
O projecto de proteção do rio é um elemento importante do projecto hidráulico e de
drenagem em geral.
O procedimento envolve:
1. Determinação de potenciais problemas que podem afectar o rio e a estrutura
nele construída;
2. Determinação de medidas apropriadas de mitigação̸preparação do rio e
reparação;
3. Dimensões e projecto estrutural de soluções adoptadas para a mitiga ção̸
preparação do rio e reparação.
165
Os problemas antrópicos resultam da acção humana e alguns destes problemas são
mencionados abaixo:
1. Degradação do leito do rio a jusante da estrtura (barragen, represa, ponte)
2. Efeito de dragagem e/ou de direccionamento do alinhamento do leito
3. Efeitos de estreitamento da largura do rio
4. Efeitos de lavagem dos taludes pelas chuvas conforme o regime dos rios
5. Efeito de turbulações e diferentes tipos de obstruçções ao longo do leito do rio
6. Efeitos de extração de materials
7. Efeitos de transferência inter-bacias hidrográficas conforme os regimes dos rios
8. Efeito do cultivo sobre o leito e outras obras dos farmeiros e agricultores
9. Efeito de urbanização intensa ao longo do rio
Os problemas naturais e antrópicos requerem uma investigação adequada de modo a
perceber as dificuldades que eventualmente podem surgir em relação ao comportamento
dos rios. O projecto de preparação ou de reparação ou outras soluções técnicas de
mitigação devem ter em conta o comportamento do rio. Aspectos importantes associados
com o comportamento do rio incluem:
1. Erosâo das margens e mudança do curso
2. Protecção contra cheias
3. Agradação e degradação do leito do rio
4. Efeito do do escoamento turbulento e desvio do curso
5. Dragagem do leito do rio
6. Manutenção do leito navegável
166
2. A determinação de vários tipos de de infraescavação é tratada nos capítulos 5, 6
e 7 e, inclui informação relacionada com a potêncial infraescavação, proveniente
do cálculo do material do leito e das margens, resistência de corte em caso de
materiais (p), tensões (d), profundidade da infraescavação e a infreascavação
lateral, Secção 5.5.4 e Secção7.7. Esta informação pode ser obtida dos relatórios
do levantamento topográfico, geotécnico dos relatórios de investigação dos
materiais, etc.
3. A determinação dos impactos adversos face aos eventos expremos, recorrendo
à verificação dos caudais de cheia para os correspondentes periodos de retorno.
Os resultados da análise são usados para determiner se o rio é estável ou instável.
Nenhum trabalho ou a trabalhos mínimos de preparação ou de protecção podem ser
necessarios para os rios estáveis. Por outro lado trabalhos adequados de preparação
podem ser projectados para os rios instáveis. Os seguite factores determinam quando
um rio pode ser cconsiderado estável:
1. O canal ou o leito do rio mantem uma capacidade hidráulica suficiente para o
caudal correspondente à uma cheia de referência (máxima ou de ponta
2. Não sofre erosão no alinhamento das suas margens.
3. A erosão ocorre apenas como um fenómeno natural de meandrização de um rio.
4. O rio mantem profundidade e largura adequadas para uma navegação em
segurança.
Além disso, o comportamento do rio é influenciado por outros factores, que são
categorizados como variáveis independentes e dependentes. No caso das variáveis
independentes podem ser referidas as bacias hidrográficas e incluem a hidrologia, bacia
geologia (movimento de água e sedimentos), vegetação (tipo e densidade), clima e
dimensões básicas (largura, profundidade e inclinação).
Um leito, cuja sua variável foi ajustada para acomodar a sua bacia hidrográfica (variáveis
independentes) é considerada estável. Um rio instável constitui a causa de erosão no
fundo do seu leito e nas suas margens, por isso as medidas de mitigação são necessárias
e devem ser projectadas conforme.
167
contraamedidas incluem o monitoramento e implementação de outras
contramedidas da infraescavação, quando esta fôr identificada.
168
8.3.3 Estruturas de Protecção dos Rios
As estruturas de protecção do rio são projectadas com o objectivo de estabilizarem o
leito do rio e as suas margens de modo a conter eventuais alterações, que podem ser
causadas pelo escoamento em cheia, conforme referido na secção 8.1. Há em geral 2
categorias principais de estruturas de protecção dos rios:
1. Estruturas de protecção transversal–Projectadas e construidas
perpendicularmente ao escoamento ou curso da água. Estas incluem verificação
de barragens (verificação da infraescaavação), represas ou esporões, peitoris,
telas, bandas, protecção das margens como uma armadura
2. Estruturas de protecção longitudinal– Projectadas e construidas nas margens,
paralelas ao sentido de escoamento ou do curso da água. Estas incluem
revestimentos e pedragulhos armados, diques ou aterros dos taaludes, estacas
pranchas, betão sobre os taludes, etc.
Outros trabalhos comuns de protecção incluem:
1. Gabiões – Especialmente projectados cestos com rochas ou pedragulhos, que
podem ser colocadas nas margens, taludes e a volta de outros elementos
estruturais das estruturas de drenagem e pontes, tais como pilares e encontros
2. Revestimento do canal– Estas incluem pedra argamassada seca ou fresca, pedra
armada, estacas de bamboo e sacos de areia.
169
8.3.4.2 Tipos de Esporas
São ilustrados abaixo diferentes formas de esporas, que podem ser colocados no leito
do rio para controlar a velocidade de escoamento, Figura 8-2
𝑪𝒚𝟏,𝟑𝟑
𝑳𝒔 < (8-1)
𝟐𝒈𝒏𝟐
Onde:
Ls = distância entre as esporas,(m)
C = uma constante(aproximadamente 0,60)
y = profundidade media do escoamento (m)
n = coeficiente de rugoridade de Manning m-1/3.s
g = aceleração de gravidade (m/s2)
Para casos similares de rios estreitos, deve-se ter cuidado se as esporas oferecem formas
mais adequadas de protecção da erosão, como no uso delas numa das margens pode
resultar na erosão da margem oposta.
As especificações gerais, que podem ser usadadas em projectos de esporas são indicadas
a seguir:
170
6. A contracção maxima do caudal =20% ou o comprimento da espora deve ser
0.2×largura do rio, and 2-2,5×profundidade de infraescavação em taludes
concavos e 2,5-3,0×profundidade de infraescavação em taludes convexos,
7. O espaçamento é calculado usando a equação 8-1 ou em geral considera-se
4-5×comprimento,
8. Nariz, a montante e a jusante da estrutura require protecção contra erosão,
9. Para as esporas não submersas, a tirante de ar deve ser de 1-1,5 m acima do
nível máximo da cheia correspondente a um periodo de retorno de 500 anos.
Figura 8-3, Figura 8-4 e Figura 8-5 mostram as especificações para o projecto estrutural
das esporas. As dimensões variam com base na forma e nas secções transversais do rio.
171
Figura 8-5 Especificações da Secção Transversal Póximo dos Taludes
(Corrente Baixa)
A interação dos factores infuenciando na implantação e espaçamento das esporas é
complexa e um modelo de estudo seria recomendado na maioria dos casos. Um
especialista deve, preferencialmente, estar envolvido na projecção das esporas. As
considerações económicas deve-se reflectir em grande medida no projecto final.
172
Figura 8-6 Talude Guia Tipo (modificado de FHWA 1978)
Os detalhes do projecto dos elementos que compõem as bermas são indicados na Figura
8-8. São igualmente especificados os trabalhos de protecção necessarios para os diques.
Deve-se notar que o tratamento dos taludes em bancadas ou das bermas ocorre no lado
do rio para garantir a sua estabilidade.
173
Figura 8-8 Especificações para o Projecto das Bermas ou Taludes
174
Figura 8-10 Banco inclinado e Obras de Proteção
8.3.8.1 Protecção
A protecção do declive pode envolver muitas opções:
1. Protecção com pedra argamassada, húmida ou seca - argamassa de cimento ou
um traço de 1:4, de cimento e areia, respectivamente, pode ser usado. Algumas
vezes traços melhores na proporção de 1:3 em cimento e areia, respectivamente
pode ser usado. A pedra argamassada funciona melhor nos casos em que não se
prevê ou é negligenciado o movimento do terreno, de contrário a protecção vai
desenvolver fissuras indesejáveis e finalmente sofrer o colapso .
2. Protecção com betão aramdo - Betão de classe C20 com armadura de varão Ø6
mm (malha), Ø12 mm ou Ø16 mm.
175
Figura 8-12 Protecção Contra a Erosão de Diques e Ilhas
176
Espessura da pedra argamassada e arrumada-a espessura da pedra argamassa e
arrumada deve ser igual a dimensão da pedra e/ou menor que 0,25 m. Blocos de betão
de espessura 0,4 m, 0,5 and 0,6 m podem ser usados .
Especificações de filtros ou camadas drenantes - É importante disport de uma camada
de filtro invertido ou drenante debaixo da pedra argamassada ou arrumada de modo a
evitar que os materiais finos sejam lavados. Se a pedra argamassada não é permeável
no caso em que a argamassa de cimento é usada ou uma camada dura de betão é
aplicado, a camada drenante garante a drenagem necessária do talude ou banco de solo.
As especificações para o material de filtro são indicadas a seguir.
A espessura do filtro deve estar entre 200 mm e 300 mm .
Os critérios de correspondência entre o material de filtro com o material do local/base
do material a ser filtrada são dados a seeguir :
𝑫𝟓𝟎 (𝒅𝒆𝒎𝒂𝒕𝒆𝒓𝒊𝒂𝒍𝒇𝒊𝒍𝒕𝒓𝒂𝒏𝒕𝒆)
𝑹𝟓𝟎 = = 𝟓𝒂𝟏𝟎 (8-2)
𝑫𝟓𝟎 (𝒅𝒆𝒎𝒂𝒕𝒆𝒓𝒊𝒂𝒍𝒃𝒂𝒔𝒆)
𝑫𝟓𝟎 (𝒅𝒆𝒎𝒂𝒕𝒆𝒓𝒊𝒂𝒍𝒇𝒊𝒍𝒕𝒓𝒂𝒏𝒕𝒆)
𝑹𝟓𝟎 = = 𝟏𝟐𝒂𝟓𝟖 (8-3)
𝑫𝟓𝟎 (𝒅𝒆𝒎𝒂𝒕𝒆𝒓𝒊𝒂𝒍𝒃𝒂𝒔𝒆)
𝑫𝟏𝟓 (𝒅𝒆𝒎𝒂𝒕𝒆𝒓𝒊𝒂𝒍𝒇𝒊𝒍𝒕𝒓𝒂𝒏𝒕𝒆)
𝑹𝟏𝟓 = = 𝟏𝟐𝒂𝟒𝟎 (8-4)
𝑫𝟏𝟓 (𝒅𝒆𝒎𝒂𝒕𝒆𝒓𝒊𝒂𝒍𝒃𝒂𝒔𝒆)
177
Figura 8-14 Especificações para Gabiões e Sua Aplicação na Projecto
Colchão
Comprimento 6m
Largura 2,0 m
Altura 0,2 0,3 a 0,5 m
Diafragma (Separação das Células) = 0,6 to 1,0 m
178
9. Projecto de Drenagem das Águas Pluviais
Este capítulo abrange a colecta, transporte e a descarga segura das águas pluviais,
provenientes das faixas de rodagem e outras areas nas bermas da Estrada. O projecto
dos drenos laterais, de descarga e da água salgada é abordado com mais detalhe no
capítulo 5. Este capítulo aborda sistemas de drenagem e elementos constituintes, que
interceptam e recolhem as águas em escoamento ou movimento:
1. Lancis e canais
2. Calhas ou canaletes
3. Cascatas
4. Drenagens laterais e centrais
5. Poços de drenagem
6. Redes de tubos (incluindo estações de bombagem)
7. Entradas com grelhas ou importunadas
179
ou bloqueios frequentes dos drenos de águas pluviais, que na volta resulta em
inundações da superfície da etrutura da estrada.
3. Manutenção/Maintenance – esta envolve principalmente a limpeza dos drenos,
daí acessibilidade é de capital importância. Nas áreas arenosas, os drenos
fechados tende a intupir rapidamenete e a limpeza destes torna-se cada vez mais
difícil ou impossível. Isto leva uma manutenção deficitária do dreno das águas
pluviais, que no retorno afecta a sua funcionalidade. Nestas áreas recomenda-se
a projecção de drenos abertos ou drenos em caixão com lajetas discretas,
cobrindo o topo, as quais podem ser removíveis para permitir o acesso ao dreno
e sua limeza..
180
penetrar excessivamento na faixa de rodagem pondo em risco a segurança do
tráfego como a hidroplanagem excessiva.
5. Passo #5: Determinação do caudal em tubos de drenagem – Isto envolve o
cálculo do caudal de escoamento em tubos e cálculo das perdas ao longo do
elemento e nas caixas de inspecção e ligações. O propósito é de garantir que o
sistema de drenagem é adequado para absorver o caudal gerado pelo escoamento
da estrada e das áreas circunvizinhas dentro da área de captção da drenagem.
𝑸 = 𝟎, 𝟎𝟎𝟐𝟕𝟖𝑪𝑰𝑨 (9-1)
Onde:
Q= Valor máxima de escoamento, m3/s
181
C= coeficiente de escoamento representando a relação de escoamento e a
precipitação (vejamoa a Tabela 4-4 através da Tabela 4-8)
I= média da intensidade de precipitação para uma duração igual ao tempo de
concentração, para o periodo de retorno adoptado, mm/hr.
A= Área de captação tributária do local do em estudo, ha
Os coeficientes fornecidos na Tabela 4-4 a Tabela 4-8 são aplicáveis para drenagens de
águas pluviais de 5 a 10 anos de frequência.
𝑸 = 𝟎, 𝟎𝟎𝟐𝟕𝟖𝑪𝑪𝒇 𝑰𝑨 (9-2)
𝟐 𝟏
𝑹𝟑 𝑺𝟐
𝑽 = (9-3)
𝒏
Onde:
V = velocidade média do caudal, m/s
n = Coeficiente de rugosidade de manning´s, m-1/3.s
R = raio hidráulico,m = área molhada dividida por perímetro molhado (A/WP)
S = Inclinação gradual da Linha de energia, m /m
Em termos de caudal, a fórmula acima passa para:
𝟐 𝟏
𝑹𝟑 𝑺𝟐
𝑸 = 𝑽𝑨 = 𝑨 (9-4)
𝒏
𝟐 𝟏
𝑫𝟑 𝒔𝟐
𝑽 = 𝟎, 𝟑𝟗𝟕 (9-5)
𝒏
182
𝟖 𝟏
𝑫𝟑 𝑺𝟐
𝑸 = 𝟎, 𝟑𝟏𝟐 (9-6)
𝒏
(𝒏𝑽)𝟐
𝑺 = 𝟒 (9-7)
𝑹𝟑
Para casos de zonas muito planas, a práctica geral é projectar componentes de modo
que as velocidades de escoamento aumente progressivamente ao longo do system do
tubo.
Tabela 9-1 Mínima Inclinação Necessária para Garantir 0.9 M/S na Drenagem
de Águas Pluviais Completamente Cheia
183
Mínima inclinação m/m
184
Figura 9-1 Secção típica da calha (Terceira edição da Circular de engenharia
hidráulica da FHWA nº 22)
Cálculos do escoamento das calhas são necessários para estabelecer a distribuição da
água nas bermas e secções do pavimento. Uma modificação da equação de Manning´s
pode ser usada para os caudais computarizados em canais triangulares. A modificação
é necessária pois o raio hidráulico na equação não descreve adequadamente a secção
transversal da calha, particularmente onde o topo da largura da superfície da água pode
ser mais de 40 vezes da profundidade da calçada. Para computalizar o escoamento da
calha, a equação de Manning´s é integrada para um increment da secção transversal da
largura. A equação resultante é:
𝟓 𝟏 𝟖
𝟎,𝟑𝟕𝟕
𝑸 = 𝑺𝒙 𝟑 𝑺𝟐 𝑻𝟑 (9-8)
𝒏
Onde:
Q = Caudal na calha, m3/s
n = Coeficiente de rugosidade de Manning´s
Sx = Base do pavimento, m/m
S = Inclinação longitudinal, m/m
T = Largura do escoamento ou dispersão, m
Nomógrafos para resolver a Equação 9-8 são dados nas Figura 9-2 e Figura 9-3. n valores
de Manning´s para várias superfícies de pavimentos são apresentados na Tabela 9-2.
185
Figura 9-2 Caudal em calhas Triangulares
186
Figura 9-3 Velocidade em Calhas Triangulares
187
Tabela 9-2 ‘n’valores de Manning´s para as Calhas de Estradas e Pavimentos
Para calhas com inclinações pequenas, onde os sedimetos podem acumular, aumentam
os valores acima de n por 0.002, REF.: FHWA, HDS-3 (1961).
188
c. O caudal que passa a primeira saída ou entrada é calculado subtraindo o
caudal interceptado da capacidade do projecto do canal de drenagem no
ponto onde a saída de entrada está posicionada. Os nomógrafos que
devem ser usados para determinar o caudal interceptado para as
profunidades fornecidas do caudal nos canais são dadas em:
i. Figura 9-4 para as entradas raladas em locais de depósito;
ii. Figura 9-5 para abertura dos lancis em depressão;
iii. Figura 9-6 para abertura total da interseção dos lancis em
depressão;
iv. Figura 9-7 para entradas de drenos fissurados em locais de
depósitos.
d. O caudal total é então computarizado para segunda saída ou entrada
através processo iterative descrito em (3) e (4), atrás para projector o
espaçamento entre a primeira e a segunda saida ou entrada.
e. Este processo iterativo é repetido para saídas e entradas subsequentes.
189
Figura 9-5 Caudal Interceptado pela Abertura do Lancil com Depressão
190
Figura 9-6 Lancil e Dreno Longitudinal Entalhado para a Intercepção Total
191
Figura 9-7 Caudal Interceptado na Entrada do Dreno Entalhado
9.6.4 Hidroplanagem
A hidroplanagem é um fenômeno caracterizado pela perda total do controle do veículo
como resultado da perda de contato dos pneus com a superfície da estrada devido à
formação de uma cunha de água.
A profundidade de água a correr sobre a superfície da estrada aumenta, o potêncial da
hidroplanagem também aumenta. Quando o pneu em movimento encontra a película da
água sobre a estrada, a água é canalizada pelo pneu através da base do pneu e através
da superfície rugosa do pavimento.
A hidroponia ocorre quando a capacidade de drenagem da base do pneu e da superfície
do pavimento é excedida e água começa a construir a frente do pneu. Como a água
acumula, é criada uma cunha de água e esta produz uma força hidrodinâmica, que pode
levanter o pneu da superfície do pavimento. Isto é considerado hidroplanagem dinâmica
completa e, portanto a água oferece uma pequena resistência à tração, o pneu perde a
sua capacidade de tração e e o motorista perde o controlo do veículo. A hidroplanagem
pode ocorrer a velocidade de 80-90 km/hr, com a altyra mínima da água de 2 mm (20).
A hidroplanagem é uma função da profundidade da água, da geometria da estrada,
velocidade do veículo, profundidade do piso, pressão de inflação do pneu e condições da
superfície do pavimento. Nas áreas com problems, a hidroplanagem pode ser reduzida
pelas seguintes razões:
192
1. Projectar as geometrias da estrada com quedas maiores que 2.5% de modo a
reduzir os comprimentos da drenagem da água a correr sobre o pavimento. Isto
vai evitar acumulação da água;
2. Aumentar a profundidade da textura da superfície do pavimento por métodos
como criar rugosidade na superfície do betão. Um aumento da textura da
superfície do pavimento vai aumentar a capacidade de drenagem na interface
entre o pneu e o pavimento;
3. Uso asfalto graduado e aberto mostrou que reduz signficativamente o potencial
de hidroplanagem da siperfície da Estrada. Esta redução deve-se a capacidade da
água de ser forçada através do pavimento debaixo do pneu, o que liberta
quaisquer pressões hidrodinâmicas, criadas e reduz o potencial para o pneu ao
hidroplano;
4. Uso de estruturas de drenagem ao longo da estrada para capturar o escoamento
da água sobre o pavimento vai redizir a espessura da película da água e do
potencial de hidroplanagem da superfície da estrada.
193
Figura 9-8 Especificações do Projecto para Canais em L
194
Figura 9-10 ESpecificações do Projecto para Calhas Tipo A – Aplicado na obra
195
Figura 9-12 Especificações para as Cascatas
196
10. Projecto de Dissipadores de Energia e Protecção
Contra a Erosão
O transporte usual de água através de estruturas de drenagem como aquedutos, drenos
de águas pluviais e drenos laterais das estradas tende a concentrar o escoamento,
aumentar a trubulência, velocidade nas saidas e eventual erosão. È por isso necessário
dissipar a energia da àgua antes da descarga no meio ambiente em que se enconta ou
em outros sistemas de drenagem existentes.
197
4. Velocidade (Vo): A velocidade de saída do aqueduto deve ser calculada como se
segue;
𝑸
𝑽𝟎 = 𝑨 (10-1)
𝟎
𝑨 𝟎,𝟓
𝒅𝒆 = ( 𝟐𝟎 ) (10-2)
𝑽
𝑭𝒓 = (𝒈∗𝒅𝟎)𝟎,𝟓 (10-3)
𝟎
198
Figura 10-1 Abertura da Infraescavação na Saída do Aqueduto
A equação abaixo pode ser usada para calcular as três dimensões (comprimento, largura
e altura) da abertura da infraescavação. A equação é aplicada usando três coeficientes,
nomeadamente α, β e θ. O valor destes coeficientes varia dependendo de que dimensões
da abertura de infraescavação se pretende calcular. Portanto, para calcular todas as três
dimensões da abertura da infraescavação, a equação seria aplicada três vezes. Cada vez,
um conjunto diferente de valores é atribuido a α, β e θ como determinado da Tabela
10-1.
𝒅𝒔 , 𝒘𝒔 , 𝑳𝒔 = 𝑪𝒔 𝑪𝒉 𝑭𝟏 𝑭𝟐 𝑭𝟑 𝑹𝟎 (10-4)
e,
∝
𝑭𝟏 = 𝝈𝟏/𝟑 (10-5)
𝜷
𝑸
𝑭𝟐 = ( ) (10-6)
𝒈𝟎,𝟓 𝑹𝟐,𝟓
𝟎
𝒕 𝜽
𝑭𝟑 = (𝟑𝟏𝟔) (10-7)
Onde:
ds = Profundidade máxima da abertura de infraescavação, (m)
Ls = Comprimento da abertura de infraescavação, (m)
ws = Largura da abertura de infraescavação, (m)
Q = Caudal , (m3/s)
g = aceleração de gravidade (9,81 m/sec2)
199
t =duração do caudal de pico, (minutos), utilize 30 minutos se for
desconhecido
Ro = Raio hidráulico da secção de corte do caudal, (m)
σ = desvio padrão do material (ver a discussão que se segue)
α, β, θ, Cs e Ch são coeficientes, como indicado na Tabela 10-1 à
Tabela 10-3.
O desvio padrão do material, α, é uma medida da distribuição granulométrica do material
do leito do canal. Quando uma análise do peneiro está disponível a partir da da
investigação geotécnica, o desvio padrão pode ser calculado como:
𝒅 𝟎,𝟓
𝝈 = (𝒅𝟖𝟒 ) (10-8)
𝟏𝟔
Onde:
d84 = média do diâmetro das partículas no 84° percentual da distribuição
d16 = média do diâmetro das partículas no 16° percentual de distribuição
Quando a análise do peneiro não está disponível, um valor aproximado de 2.10 pode ser
usado para material granular e um valor aproximado de 1.87 pode ser usado para areia.
Um valor médio de σ não não é aplicável para solos siltosos sem coesão; contudo, numa
estimativa conservadora pode ser obtido assumindo um valor de 1.0.
Tabela 10-1 Coeficientes para o Cálculo das Dimensões Usando a Equação 10-
4
α β θ
Profundidade (ds) 2,27 0,39 0,06
Largura (Ws) 6,94 0,53 0,08
Comprimento
(Ls) 17,10 0,47 0,10
Inclinação
do
Profundidade Largura Comprimernto
Aqueduto
%
0 1,00 1,00 1,00
2 1,03 1,28 1,17
5 1,08 1,28 1,17
≥7 1,12 1,28 1,17
200
Tabela 10-3 Coeficiente, Ch, para as Saídas dos Aquedutos 1
Altura de
queda (Hd)1
Profundidade Largura Comprimernto
0 1,00 1,00 1,00
1 1,22 1,51 0,73
2 1,26 1,54 0,73
4 1,34 1,66 0,73
201
Figura 10-3 Dissipador de Energia de Escoamento Caudaloso Típico
Utilização de escoamento caudaloso é razoável para inclinações até 10 ou 15 por cento.
Uma das grandes limitações de escoamento caudaloso como um dissipadore de energia
é que a altura necessária dos elementos de rugosidade está relacionada à unidade
descarga (descarga dividida pela largura do aqueduto)
202
Figura 10-4 Comporta Tipica ou Aqueduto com Bacia Reguladora/Tanque
𝒒
𝜷 = √(𝟓𝑯𝟏,𝟓 ) (10-9)
Onde:
β = (q/5H1,5)0,5
q = caudal unitário em m3/sec metro/ largura de queda
H = queda entre nível da soleira da crista de queda e o nível do
eito da bacia em m.
β = Altura do fim da soleira expressa em termos de H
Leliavsky recomenda as seguintes proporções para a projecção de uma bacia reguladora
ω = 0,084, β = 0,05, α = 0,50 to 0,80, ρ = 0,15, δ = 0,75
Os seguintes critérios para as bacias reguladoras:
1. A queda da laje do fundo da saída do aqueduto para o topo ou vertedouro da
saída da bacia deve ser ≥ 0,5d , onde d é o diâmetro do aqueduto em tubo da
dimensão vertical de uma abertura não-circular;
2. A largura da bacia reguladora deve ser 1,5d a 2d;
3. O muro final deve ser vertical ou quase vertical de modo a criar uma reserve do
vector de velocidade;
4. A cota da base do tanque regulador deve ser≥ d s, onde ds é a profundidade
estimada da abertura de infraescavação, Figura 10-4;
5. A cota do topo da parede final ou vertedouro deve ser intermitente ou
ligeiramente saliente acima da saída invertida da drenagem;
6. A parede final da bacia reguladora deve estar numa posição que 50%Ls-70%Ls
(Ls é ao comprimento da abertura de infraescavação)
Bacias reguladoras com paredes de impacto e rectangular ou células de fim quadrado
(Figura 10-5) são projectados para dissipar energia da água na saída dos aquedutos e
saídas mais apropriadas de drenagens de águas pluviais onde a água deve ser
descarregada na saída da drenagem ou juntando-se ao sistema de drenagem em
escoamento subcrítico (Fr < 1). A redução de energia resulta da colocação da parede de
retenção a saída do aqueduto.
A sua projecção envolve a determinação de eficiência de bacia reguladora em redução
da energia. A eficiência foi referida como Número de Desempenho (PN) é dado por:
203
𝟎.𝟓𝑽𝑳𝒔
𝑷𝑵 = 𝟎.𝟓 (10-10)
(𝒈𝒚𝒎 𝟑 )
Onde:
V = velocidade média do canal, m/s
Ls =distância mediad até à máxima posição da profundidade de infraescavação,
m.
g = aceleração por gravidade, m/s2
ym = máxima profundidade de infraescavação, m
Figura 10-6 mostra uma bacia reguladora tipica que pode ser usada para dissipar energia
da água no fim da calha ou cascata ou comporta. Os pilares são projectadas para
aumentar a resistência de escoamento na bacia reguladora. A bacia reguladora é
projectada em situações de escoamento onde o Número de Froude, Fr>4. Isto consiste
de blocos da calha, blocos deflectors e peitoril lateral naquela ordem.
Altura dos blocos da calha (h1) deve ser igual a profundidade de água (y1) antes de
saltar. A distância entre a calha e blocos deflectors é y2.
𝟒+𝑭𝒓𝟏
𝒉𝟑 = 𝒚𝟏 (10-11)
𝟗
204
O espaçamento entre o bloco deflector= 0,75h3. The spacing between the baffle block =
0.75h3. O declive de blocos deflectors deve ser 1:1 e a inclinação da face do peitoril
lateral 1:2.
𝑳𝒛 = 𝟐, 𝟕𝒚𝟐 (10-12)
𝟗+𝑭𝒓𝟏
𝒉𝟒 = 𝒚𝟏 (10-13)
𝟗
205
3. Quando a orientação fornecida em HEC-14 é seguida, a largura entre os ganchos
a montante, W2, mais a largura dos dois ganchos, deve ser aproximadamente
iguais a largura efectiva do aqueduto, Wo. Este espaçamento não muda quando a
base da largura, W6, é maior que Wo.
4. Mais, quando o procedimento recomendado em HEC-14 é seguido, o rácio do
espaçamento entre a montante e a jusante e ganchos a jusante, W 3, para a
largura do gancho, W4, será sempre cerca de 1.6.
5. O HEC-14 fornece um gráfico, que pode ser usado para determiner a reducção na
velocidade de escoamento que é fornecido pela bacia proposta como uma função
do Número de Froude da vazão do aqueduto. Este gráfico fornece duas curvas de
eficiência, uma para W6 =Wo e uma para W6 =2Wo . Onde a largura da base da
bacia, W6, é igual a um destes dois valores, as curvas podem ser usadas
directamente para determiner o rácio da velocidade na saida do aqueduto, V o,
para a velocidade na saída da bacia, VB. Quando a largura da base está entre
estes, o Projectista deve interpolar entre duas curvas.
206
Figura 10-8 Detalhes de Referência para o Gancho Tipo de Dissipador de
Energia na Bacia: USDOT, FHWA, HEC-14 (1983)
O projecto pode também ser feito manualmente, baseado na determinação de rácio entre
a velocidade na saída do aqueduto e a bacia ou velocidade na saída do dreno (V o/VB),
onde:
A Tabela 10-5 Mostra a razão (Vo / VB) para diferentes Números de Froude para a base
das larguras Wo e 2xWo.
207
Um valor para Vo /VB pode ser interpolado de ambas as colunas na Tabela 10-5 baseado
no Número de Froude da Saída do Aqueduto dado. Com base na base da largura da bacia
proposta, o valor final poderia ser intepolado dos dois valores tirados da tabela
1. Onde VB é significativamente maior que a velocidade de escoamento natural da
chuva, a protecção da erosão deve ser tida em conta em forma de pedra arrumada
na base da laje do fundo na saída do aqueduto
2. Paredes de protecção– Excepto nas áreas onde o leito é composto de material
robusto, leito rochoso, parede de protecção deve ser fornecida onde desemboca
a bacia de dissipação. A parede de corte deve estar no mínimo a 0,9 m de
profundidad, salvo se as condições específicas do local precisem uma
profundidade maior
𝑽
𝑭𝒓 = (𝒈𝒅 𝟎)𝟎,𝟓 (10-14)
𝟎
208
Figura 10-9 Profundidade de Pedra Arrumada na Infraescavação
209
Figura 10-10 Ressalto hidráulico
O ressalto hidráulico pode ser projectado como um dissipador de energia. Dissipadores
de ressaltos hidráulicos são usados no fim de vazadouros, canais íngrimes, longas calhas,
etc. Uma maior parte de turbulências é criada por um ressalto hidráulico e protecção
efectiva contra a erosão torna-se necessária.
Embora haja conservação de momento e caudal num ressalto hidráulico, ocorre a perda
de energia (∆E) e perda de carga (hL).
A velocidade e a profundidade de escoamento a montante e a jusante do ressalto
hidráulico para um caudal dado (Q), são determinados usando a Fórmula de Manning´s
descrita no Capítulo 5 (Projecto Hidráulico e Estrutural de Canais Abertos). As equações
usadas no cálculo de energia e perdas de carga são indicadas a seguir.
Número de Froude, Fr, é calculado usando a equação seguinte:
𝑽
𝑭𝒓 = (10-15)
√𝒈𝑳
𝑽𝟏 𝟐
𝑬𝟏 = 𝒚𝟏 + ( ) (10-16)
𝟐𝒈
𝑽𝟐 𝟐
𝑬𝟐 = 𝒚𝟐 + ( ) (10-17)
𝟐𝒈
(𝒚𝟐 −𝒚𝟏 )𝟑
∆𝑬 = (10-18)
𝟒𝒚𝟏 𝒚𝟐
(𝒚𝟐 −𝒚𝟏 )𝟖
𝒉𝑳 = (10-19)
𝟒𝒚𝟏 𝒚𝟐
𝒚
𝒚𝟐 = ( 𝟏) (√(𝟏 + 𝟖𝑭𝒓𝟏 ) − 𝟏) (10-20)
𝟐
Onde:
y1 = profundidade medida do escoamento a montante
210
y2 = profundidade medida do escoamento a jusante
Fr1 = Número de Froude para o ressalto do escoamento a montante
V = Velocidade de escoamento
A classificação de ressaltos hidráulicos é indicada na Tabela 10-6 abaixo:
3 Não aplicável
4 17
5 13
6 10
7 8
8 7
9 6
10 5
12 4
211
Figura 10-11 Configuração da Verificação da Infraescavação
Devem ser levadas acabo medidas para o controlo da erosão a jusante da saida da
drenagem.
A protecção da drenagem com pedra argamassada a seco é em geral adequada onde o
caudal é menor que 1 m/s por metro de largura, e onde o peso dos sedimentos é
relativamente menor.
212
11. Drenagem Sub-superficial
Este capítulo abrange em principio as considerações e orientações na verificação das
condições de drenagem sub-superficial, recomendações para as investigações de campo
e colecta de dados, e projecção da drenagem sub-superficial.
Se a humidade sub-superficial é excessive pode ser prejudicial para o desempenho do
pavimento da Estrada. Não obstante, o impacto da humidade sub-superficial depende do
volume do tráfico, particularmente o peso. Para estradas de muito baixo tráfico a
drenagem susuperficial pode ser considerada apenas em situações extremas como
Pântanos ou áreas com com o lençol freático próximo ou onde o teor de humidade
sazonal pode aumentar acima de 1,1 do Teor Óptimo Máximo de Humidade. Para
estradas de elevado volume do tráfico todas as áreas com levado potêncial para a
humidade subsupercial devem ser verificadas e tomadas medidas apropriadas para a sua
remediação̸.
O efeito da permeabilidade do solo e a determinação dos trabalhos para garantir o
mínimode distância vertical para a água subterrânean em relação a camada do
pavimento devem ser definidos ̸.
Valores de 1 a 1,5 m para o limite referido atrás são propostos frequentemente como os
mínimos requeridos, mesmo durante as cheias prolongadas.
213
que o projecto seja o mais adequado para o meio em estudo e o padrão da estrada
em causa. As necessidades de intervenção deve ser igualmente determinadas;
2. Minimização da infiltração– O projecto deve envolver a minimização da infiltração
de água no pavimento ou no solo. No entanto, nenhuma suposição deve ser feita
que nenhuma superfície pode ser suficientemente impermeável ao longo da vida
da estrada;
3. Drenagemsobre a profundidade efectiva da estruturamaterial ao longo d
aprofundidade– o projecto deve permitir drenagem efectiva através do material
constituinte da profundidade ou influência da profundidade da carga devido o
tráfico, isto é, o lençol freático ou níveis altos de humidade não devem ser
permitidos dentro da profundidade de influência da carga devido ao tráfico. Em
termos gerais a profundidade minima deve ser de 600 mm;
4. O cálculo de permeabilidade deve ser feito usando os vários métodos descritos a
abaixo. No entanto, deve-se ter cuidado pois qualquer variação das condições da
massa do solo pode ter um efeito significante na drenagem da água subterrânea
ou permeabilidade da massa do solo. Quaisquer resultados de laboratório deve
ser correlacionados com as condições actuais do terreno;
5. Complexidades de manutenção– É muito dificil manter a drenagem subterrânea.
Por essa razão o projecto deve-se basear no principio de uma prova de falha; Isto
quer dizer que o sistema de drenagem deve ser devidamente mantido
independentemente ao longo da vida útil da estrada;
Recomendações
Devem ser consideradas as seguintes recomendações antes de partir para a drenagem
subterrânea.
1. Carga devido o tráfico– O tráfico deve em geral ser maior que 0.3 MESAs. No
entanto, as estradas com baixa carga devido o tráfico podem ser consideradas
onde o lençol freático alto prevalence.
2. Precipitação– a precipitação minima annual deve ser de 500 mm.
3. Infiltração prevista–a infiltração esperada deve ser mais que 1/3 a 2/3 da
precipitação de retorno máxima por hora, numa frequência anual; a frequência
depende do tipo de pavimento e condição à data.
Embora estas sejam directrizes gerais, avaliações minuciosas devem ser feitas para
assegurar que sinais de alto teor de humidade no estado do solo no terreno, são tidas
em consideração.
214
reconhecimento como sendo potenciais locais com problemas de drenagem
subterrãnea. As investigações de campo e de laboratório incluem testes de
penetração dinâmica (DCP), furos e a determinação das características ou
propriedades dos materiais que constituem a massa do solo em estudo;
4. Determinação dos principais factores do projecto da drenagem subterrânea – É
muito importante considerar factores que influenciam no processo de projecção
da drenagem subterrânea. Estes incluem a o tráfico, características da massa do
solo, condições climáticas, métodos constructivos, facilidade de manutenção e
factores económicos;
5. Projecto de estruturas de denagem subterrânea – Isto envolve a determinação
de permeabilidade das amostras do solo e da massa do solo, retenção da água,
descarga e deposição de água subterrânea e do execssive de humidade
subterrânea. Consiste igualmente na projecção de elementos estruturais do
sistema de drenagem subterrãnea;
6. O projecto das estruturas de drenagem subterrânea – Este envolve o projecto
dos elementos estruturais dos sistemas de drenagem;
7. Monitoramento – O desempenho da drenagem subterrânea deve ser monitorado
de modo adoptar medidas corrective quanto cedo possível durante a sua vida útil
de serviço.
215
de camadas impermeáves na massa do solo pode conduzir a subida do lençol
freático. A formação de rochas no subsolo pode conduzir a mudança do gradiente
hidráulico, que por sua vez afecta o fluxo da água subterrânea. Os relatórios
geológicos deve ser estudados para melhor determinar a as características da
drenagem e tomar as medidas de mitigação apropriadas.
3. Vegetação - Há tipos de vegetação, que podem dar indicação das condições de
drenagem do subsolo. Esta informação pode ser obtida dos mapas contendo
informação Agricola.A vegetação típica incluiu a mangue, que se desenvolve em
zonas cujo subosolo se apresenta com humidade bastante elevada e por vezes
ocorre encharcamento.
4. Topografia - A topografia influencia a drenagem da massa do solo através do
gradiente hidráulico, quepor sua influencia na quantidade de água que se infiltra
no solo comparada com a do escoamento superficial. Os gradientes hidráulicos
influenciam também à drenagem da água subterrânea através das massas do
solos, fissuras das rochas e outras linhas de água subterrânea ou curso de água.
As planícies susceptíveis a inundações tende a ter lençol freático alto, grande
camada do subsolo tende a ser bem drenada e a base do talude tende a ser
molhada propensa a quedas de água. O projecto de drenagem tem em
consideração o efeito da topografia na infiltração e na drenagem natural do
terreno. Isto envolve a determinação de sistemas de drenagem subterrânea, que
são apropriados para gradientes hidráulicos predominantes em solos e massas de
terras.
5. Conhecimento do local e experiências anteriores –O conhecimento das
caracyerísticas da drenagem subterrânea ou comportamento pode ser obtido a
partir das autoridades locais e habitants do local. A experiência anterior sobre o
meio ambiente e os solos, e investigações levadas acabo previamente em áreas
circunvizinhas podem ser fontes úteis de informação..
6. Remote de sensoriamento – Este inclui imagens fotográficas (ambas preto e
branco e colorida) e sua interpretação, linhas infravermelhas, imagens satélites,
etc. Estes dão indicação de padrões de drenagem e algumas características
geológicas próximas à superfície, que influenciam na drenagem subterrânea.
11.5 Reconhecimento
Na planificação de sistemas de drenagem subterrânea, deve-se realizer investigação de
campo. Existem duas condições básicas da água subterrânea, que fazem com que os
sistemas de drenagem seja essenciais:
1. Água subterrânea com o gradient hidráulico menor que a inclinação do terreno –
Indicadores típicos incluem manchas molhadas e saídas visíveis ao lado de um
corte. Nestes casos drenos interceptores podem ser instalados.
2. Lençol freático próximo da superfície– sinais disso são pontos molhados em
colapso nas áreas planas. Esta condição levanta-se onde a água infiltra-se a partir
de zonas altas ou através da uma camada da superfície gotejante.
As observações devem ser realizadas no que diz respeito a:
1. Geologia - O regime de humidade no terreno ou na massa do solo e fases de
humidade associadas dependem de enúmeras variações da permeabilidade do
solo e do leito rochoso dão muitas vezes indicações de possível acumulação de
água subterrãnea, curso de água no subsolo e manchas molhadas do lençol
freático. Estes podem incluir:
a. Rocha fracturada, fissurada ou articulada, diques impermeáveis e massas
sólidas;
b. Diques impermeáveis cortando camadas permeáveis;
216
c. Camadas aletrnadas de rochas sedimentares, incluindo xistos, argilitos,
arenitos de diferentes permeabilidade;
d. Planta geral de implantação de estrato da rocha – horizontal ou em
diferentes ângulos;
Característsicas do solo, que dão uma indicação de lençol freático empoleirado ou áreas
com elevado teor de humidade incluem:
a. Um solo arenoso permeável transportado sobrepondo-se a um solo
argiloso impermeável;
b. Processo pedogênico resultando na formação de laterites (ferricretes) e
calcretes. Estes são formados pelça precipitação de óxido de ferro,
manganésio e de alumínio a partir da solução em processo, onde cheia
sazonal e a seca do subsolo ocorre;
c. Descoloração surge a partir da dissolução dos minerais do solo em zonas
frequentemente saturadas;
A investigação deve ser realizada por um Hidro-Geólogo qualificado.
2. Vegetação - a variação na côr e crescimento vigoroso ou vegetação hidrofílican
dão indicações de condições do terreno com elevado teor de humidade ou lençol
freático empoleirado, por exemplo:
a. Vegetação hidrofílica como canas, árvores de mangue, juncos, etc. são
uma indicação de condições pantanosas;
b. A variação na côr e vigor de crescimento de plantas dão uma indicação de
elevado teor de humidade. in colour and vigour of growth of plants give
an indication of high moisture content. Côr roxa em plantas como a grama
é geralmente uma indicação de condições de uma área subersa ou
pantanosa e uma escassés de minerais como potássio nos solos devido o
excesso de diluição;
c. Padrões geogáficas de vegetação como uma fila de árvores ou secções
gramadas dão uma indicação curso de água subterrâneo próximo da
superfície ou linhas de falha ou diques intrusivos.
3. Topografia - O formato do terreno, depressões, linhas de vales, captações, etc.
influenciam a drenagem e condições de humidade do terreno e massas de solo.
A determinação das características do fluxo de água subterrânea nas pendentes,
acumulação de da água nas depressões é essêncial. A topografia é um dos
aspectos mais importantes no projecto de drenagem de pavimentos e massas de
terra, por exemplo as zonas planas são relativamente mais difiéis para drenar ou
escoar a água que as zonas mais altas;
4. Falhas na superfície da Estrada Bombagem, sulco, fissuras devido a tensão ou
corte e a extensão de reparações pode ser igualmente um bom indicador de
elevada humidade no pavimento da estrada existente. Uma investigação
minuciosa da humidade do pavimento deve ser realizada antes do projecto de
remediação.
217
a. Água estagnada a partir do lençol freático permanente ou a aproximar-se
junto da superfície ou sinais de infiltração;
b. A estrutura do solo é susceptível a infiltração sazonal, i e, fissuras,
manchas de descoloração apartir da dissolução de minerais, buracos,
juntas, etc.
c. Características e classificações das escavações e codificação dos
materiais;
Uma vez estabelecidos o problema de elevado teor de humidade no terreno/subsolo ou
o lençol freático, os solos deve-se submeter a uma série de testes apropriados para
avaliar e aprovar os materais para os sistemas de drenagem.
O número necessário de testes de poços para a investigação de campo deve ser
determinado na extensão e severidade do problema de drenagem. Em geral intevalkos
de 20-30 m podem ser suficientes nas secções problemáticas.
2. Furos - Quando as condições da água subterrãnea são mais severas, devem ser
feitos furos para obter o solo, rocha e o perfil da água subterrãnea, para o
propósito do projecto. Dados e informação que devem ser colhidos incluem:
a. Perfil da profundidade do solo– para determiner o tipo e características
dos solos e sua indicação clara da permeabilidade;
b. Perfil da rocha – para determiner a natureza e características de perfis da
rocha, permeabilidade, e orientação geológica (ângulos profundos do
estrato rochoso);
c. Níveis da água subterrânea – Estes devem ser determinados na altura da
testagem, e também monitorados mais de 1 ano para determinar as
variações sazonais;
d. Permeabilidade da massa do solo – Isto é realizado por medição ao
rebaixamento do nível da água (abaixamento do lençol freático nos furos)
uma vez a água é bombeada para fora
3. Tubos de suporte – estes são tubos colocados no subsolo e usados no
monitoramento da cota da água subterrânea e flutuações antes, durante e depoid
da construção, Figura 11-2.
218
Figura 11-2 Instalação Típica de um Tubo de Suporte
219
3. Minerologia – exemplo, solos com alto teor de minerais argilosos tendem a ser
impermeáveis .
4. Indice de vazios e porosidade – alto índice de vazios e porosidade conduzem a
elevada permeabilidade
5. Nível de saturação – baixo nível de saturação inibe o escoamento de água através
de solos e neste caso a Lei de Darcy não é aplicável .
6. O perfil do solo – estratificação e orientasção das partículas ;
7. Dispersão de finos – a distribuição do material fino or argiloso ou siltoso nas
massas de solos gera variações significantes na permeabilidade ;
8. Discontinuidade – a presença de fissuras ou canais de escoamento em massas de
solo aumenta a permeabilidade;
9. Densidade– maior densidade conduz ao baixo índice de vazios e reduz a
porosidade, e por conseguinte baixa permeabilidade .
10. Natureza de fluido – viscosidade e por via disso coeficiente de permeabilidade k
difere para diferentes fluidos e para a água a diferentes temperaturas. Os testes
de permabilidade devem ser realizados a 20˚C.
220
Figura 11-4 Diagrama dos Coeficientes de Permeabilidade
221
Tabela 11-1 Permeabilidade de Materiais de Filtro com Agregados de Tamanho
Único (TRH1, SA, 1994)
𝝆𝒅
𝒏=𝟏− (11-3)
𝑮
222
ou por finos na superficie do filtro da amostra. Estes testes de permeabilidade
são ilustrados na Figura 11-5;
2. Testes de campo - os tstes são realizados usando o método de furos e este é
adequado massas de solo uniforme. Os procedimentos são os que se seguem:
a. Abrir um furo até a uma profundidade de aproximadamente 600 mm (a
profundidade deve estar entre 200 mm a 2000 mm) debaixo do lençol
freático;
b. Esperar até o nível de água no furo esteja restabelecido no seu nível
natural, o que pode levar aproximadamente 2 horas para areia e 12 horas
para o materiais argilosos;
c. Bombar rapidamente a água para for a até a profundidade de 300 mm ou
conforme a necessidade e de que a água suba até a cota natural do lençol
freático;
d. Fazer o registo sobre o retorno do lençol freático, medindo altura e o
tempo.
223
Coeficiente de permeabilidade em m/dia
Se S>H:
𝟒𝟎𝟎𝒓𝟐 ∆𝒀
𝑲= 𝒀 [ ] 𝒎/𝒅𝒂𝒚 (11-4)
(𝑯+𝟐𝟎𝒓)(𝟐− ) ∆𝑻
𝑯
Se S=0:
𝟑𝟔𝟎𝒓𝟐 ∆𝒀
𝑲= 𝒀 [∆𝑻] 𝒎/𝒅𝒂𝒚 (11-5)
(𝑯+𝟏𝟎𝒓)(𝟐− )
𝑯
11.8 Drenabilidade
A Drenabilidade é a capacidade de uma massa de solo em dissipar água porosa
ousubterrânea através da drenagem por gravidade. Acontecendo isto rapidamente, a
massa de solo é considerada drenável e isto é próprio do material granular grosso. Solos
de material granular fino com minutos de poros seriam menos drenáveis. Apresentam-
se abaixo os factores que afectam a drenabilidade.
1. O movimento da água através daqueles solos é extremamente lento.
2. Uma proporção significativa da água é retida no solo por forças de capilaridade e
como filme adsorvido .
Figura 11-6 mostra a drenabilidade de diferentes solos.
224
Figura 11-6 Drenabilidade de Solos
11.9 Capillaridade
A capilaridade é um aspecto importante de drenagem subterrânea. Em Materiais finos
como solos siltosos e argilosos, o efeito da capilaridade pode ser 4 a 5 m acima do lençol
freático devido a cabeça de sucção. A capilaridade do solo deve ser determinada como
parte do projecto.
225
projecto do pavimento e na necessidade de dispôr de uma drenagem
subterrânea;
3. Condições climáticas - como a precipitação, congelamento e descongelamento,
e ciclos de temperaturas diária e sazonal, todos influenciam no subleito e
camadas de pavimento e portanto são importantes na selecção de projectos
alternativos. Pavimentos localizados em regiões com pouca precipitação e sem
congelamento não precisam de drenagem subterrânea;
4. Considerações de construção - há necessidade de uma avaliação para determinar
o tempo necessário para o início da construção, o período que antecede a
reabilitação de vulto ée necessário, e a frequência da futura manutenção. Um
dado importante, especialmente para estradas urbanas e outras rotas de alto
volume de tráfego, onde a contagem do tráfego é cara e o tempo de fecho de
faixas dve ser minimizado;
5. Comparações de custo - as autoridades governamentais e municipais reconhecem
a necessidade para a avaliação de todos os custos de uma auto-estrada para a
melhoria ao longo de um determinado período de análise do projecto, em vez de
se proceder apenas a comparação de custos inciais de construção de diferentes
alternativas;
6. Economia - A análise que compara custos maiores de melhoramento de uma auto-
estrada ao long do period de análise escolhido deve considerar custos iniciais de
construçõa, custos de manutenção, reabilitação, e de utilização;
7. Facilidade de manutenção – do sistema e do desempenho esperado devem ser
considerados como parte dos critérios do projecto.
Esta informação ajuda na tomada de decisão dos padrões necessários de sistemas de
drenagem subetrrânea para o padrão da estrada e condições ambientais predominantes.
226
11.12.1 Tipos de Sistemas de Drenagem Subterrânea
O projecto do pavimento que não incorpora sistemas de drenagem subterrânea é
apresentado da Figura 11-7 para a Figura 11-9. O pavimento sem drenagem subterrânea
tem a água que infiltra as camadas da base e a subbase e se encontra retida nelas. A
camada de aterro e as bermas são feitas em solos de granulometria fina, actuando como
barreiras que previnem a água de sair, consequentemente resultando na acumulação
da água ao longo do tempo. Esta situação é comumente conhecido por “trincheira”. Se
esta água não encontra o caminho para se escoar fora da estrutura a do pavimento,
problemas do pavimento vão-se manifestar . A construção do pavimento sem dispôr de
sistema de drenagem subterrânea pode ser aceitável em áreas com condições especiais,
tais como onde o material granular foi usando nas camadas de aterro, permitindo que a
água escoe verticalmente através da camada de aterro (ERES, 1999).
227
Sistemas de drenagem subterrânea em auto-estradas pode ser classificado de acordo
com a fonte da água subtarrânea para a qual foram projectadas para controlar, o seu
desempenho, a sua localização e geometria.
Os Sistema de drenagem são divididos em 6 tipos distintos, nomeadamente :
1. Drenos interceptores ;
2. Drenos laterais longitudinais ;
3. Drenos transversais horizontais ;
4. Bases permeáveis ;
5. Revestimento da drenagem ;
6. Sistemas de poços
Um pavimento tipicamente drenável e bem projectado é constituido pelos seguintes
elementos:
1. Base permável em toda a sua largura, ou base não erodível debaixo do
revestimento do pavimento em AC ou PCC;
2. Uma camada de separação debaixo da base permeável de modo a evitar a
contaminação pelos materiais das camadas de aterro;
3. Drenos laterais longitudinais com as saidas próximas uma da outra, ou drenos
laterais ” iluminação de dia” directamente ligados à vala de drenagem.
228
Figura 11-11 Ilustração do Efeito de um Dreno Interceptor na Redução da
Cota do Lençol Freático
O dia graduado densamente iluminado ou bases permeáveis com drenos de borda
longitudinais devem ser usados para drenar água, que pode infiltrar na base da estrada
e subbases. Para pavimentos existentes drenos de bordo melhoram a drenagem.
A concepção dos projectos de drenos subterrâneos para diferentes pavimento e
geometria de Estrada são ilustrados da Figura 11-12 para Figura 11-14.
229
Figura 11-14 Instalação de Drenos Multíplos Interceptore para O Control da
Água Subterrânea.
230
Figura 11-16 Instalação de Dreno Longitudinal Multi-uso
231
Figura 11-17 Drenos Transversais nas Curvas Super Elevadas
11.12.5 Medianas
Medianas referem-se os espaços entre as faixas de rodagem esquerda e direita. Drenos
subterrâneos (Figura 11-19) devem ser considerados ao longo de:
232
1. Lado baixo duma mediana abaulada onde a base do dreno da mediana é menor
que 0.2 m debaixo da camada de aterro do pavimento adjacente.
2. Lado baixo da mediana protegida com lancis onde a secção da encosta é igual ou
maior que 0.10 m/m
3. Lados da mediana com sistema de rega fixo ou largura maior que 6 m
4. Centro de medianas de relva plana sem sistemas de rega fixos e menor que 6 m
de largura.
233
.
234
11.12.7 Sistemas de Poços
Sob certas condições, como taludes de auto-estradas potencialmente problemáticos,
sistemas de poços verticais podem ser usados para controlar o escoamento de água
subterrânea e aliviar a pressão da água nos poros. Quando necessário, estes sistemas
são bombados para temporariamente baixarem o lençol freática durante a construção,
ou podem de outro modo podem gerar execesso de escoamento/transbordo para aliviar
a pressão artesiana. A práctica comum prove-los com algum Sistema de recolha, como
túneis, saidas de tubos perfurados ou drenos horizontais, de tal forma que podem drenar
livremente na sua base.
235
A capacidade necessária do tubo e espaçamento de saidas ( Figura 11-25) pode ser
determinado por um dos três pressupostos, que são,:
1. Taxa do caudal infiltrado no pavimento (qi );
2. Taxa do caudal na base permeável; e
3. Tempo de escoamento do caudal .
O engenheiro é chamado a conceber um projecto que vai ao encontro com as
condições do terreno. O projecto de escoamento em tubo para esta aproximação
é determinado pela seguinte equação.
𝑸𝒑 = 𝒒𝒊 𝑾𝑳 (11-6)
Onde:
Q= Taxa do caudal para escoamento do tubo, cu. m/dia
q i = infiltração do pavimento, cu m/dia/sq m
W = Largura da base permeável, m
L = espaçamento da saída, m
Onde;
𝟏
𝑸𝒑 = 𝟐𝟒(𝑾𝑳𝑯𝑵𝒆 𝑼) (𝒕 ) (11-8)
𝑫
Onde:
Qp = taxa de caudal de projecto para o tubo, cu.m/dia
W = Largura da base permeável, m
L = espaçamento de saída, m
H = Espessura da base, m
Ne = porosidade efectiva,%
U = Percentagem drenada, expressa como um decimal
tD = período de tempo de drenagem, horas
236
11.13 Especificações para Materiais de Filtro
A eficiência e sustentabilidade da drenagem subterrânea depende da selecção e da
especificação mais apropriada para a drenagem e materiais de filtro. Os seguintes
factores devem ser tidos em conta na selecção do materiais de filtro.
1. Manutenção ou substituição de sistemas de drenagem subterrânea incluindo
materiais de filtro podem não possível sem danificar a estruttura da Estrada e
portanto estes sistemas incluindo material filtrante devem terminar no serviço
completo da Estrada como um requisito mínimo;
2. Sistemas de drenagem subterrânea pode ser sujeitos à alta pressão em serviço
e podem ser susceptíveis a serem danificados durante a instalação, durante a
construção da Estrada e manutenção e, devem portanto, ser robustos e em geral
não degradáveis;
3. Os materiais filtrantes devem ser correctamente combinados com as
características da massa dos solos a serem drenados de modo a evitar
entupimento que pode ocorrer durante a construção ou logo depois da construção
ou ao longo do tempo.
Materiais de filtro são clasdsificados em duas grandes categorias :
1. Natural – Agregado grosso e fino incluindo solos granulares finos, exemplo areia;
2. Artificial/ sintético– Estes incluem materiais prefabricados como geo-tecidos e
betão com finos.
𝑫 𝑺
𝑼 = 𝑫𝟔𝟎 𝑺 (11-9)
𝟏𝟎
237
11.13.2 Especificações de Projecto para Drenagem e Filtração em Massas de
Solo Coesivos
Situação Especificações
Critérios de Tubulação
Critérios de
Permeabilidade
Critérios de
Compatibilidade
Recomendações:
1. P0.075 ≤ 5%;
2. Materiais filtrantes não devem ter lacunas na sua granulometria;
3. O projecto de materais filtrantes deve ser baseado na fracção mais fina do solo
drenado;
4. Se U> 4,0, O projecto deve-se basear na fracção passando 4,75 mm .
238
Figura 11-26 Especificações para Drenagem e Filtração de Solos Coesivos
A classe que é leve (140 g/m2) é usualmente adequado para uso em drenagem
subterrânea .
A classe 2 pode ser usada em casos de separação camada de aterro e agregado .
A classe 1 é usada em condições particularmente de saturação como protecção de
drenagem como geotéxteis não tecidos.
239
12. Resiliência e Adaptação Climática
12.1 Introdução
O clima na terra sofreu mudanças na sua existência. Torana-se importante definer a
mudança climática por forma a sabermos encarar as suas consequências efectivas. A
distinção sobre as alterações climáticas é dada, considerando os seguintes aspectos:
1. Variação climática – trata-se de um caso de mudança climática de curta duração,
por exemplo quando a precipitação aumenta por alguns anos e a intensidade de
queda. Este fenómeno pode repetir-se por si mesmo de uma maneira
imprevisível;
2. Anomalias climáticas – trata-se do caso de um clima irregular e não usual e
fenómeno inesperado ocorre para um period curto, digamos alguns anos, por
exemplo as regiões áridas receberam níveis de precipitação muito altos enquanto
normalmente se espera este fenómeno em regiões húmidas .
3. Mudança climática – trata-se de uma mudança permanente em parâmetros
climáticos, que num futuro breve pode ser considerada irreversível.
A ciência de engenharia civil visa neste caso controlar o meio ambiente de tal modo que
seja garantida a mitigação e minimizado o seu efeito agressivo e negativo. Para fazer
isso de uma maneira suficientemente efectiva o comportamento do ambiente de ser
razoavelmente previsível para que os riscos sejam avaliados e tomadas decisões
racionais. Modelos climáticos assistidos pelo computador podem ser usados para
fornecer as previsões nas mudanças climátivas num periodo longo. Com esta informação,
os engenheiros podem projectar para a resiliência climática nas infraestrutturas de
estradas e o ambiente geral das estradas.
240
a. Curvas de Intesidade duração e frequência (IDF) – Estas podem necessitar
de uma revisão regular à luz das mudanças de condições climáticas.
Curcas IDF para Moçambique fotam desenvolvidas usando os dados de
Moçambique sãi indicadas no Capítulo 5.
b. Períodos de retorno de tempestades, também conhecidos por períodos de
retorno de cheias or frequência de tempestade, devem ser revistos porque
as mudanças climáticas em geral encurtaram os períodos de retorno de
algumas cheias destutivas, que por sua vez faz com que a infraestrutura
da Estrada seja mais vulnerável, por via do aumento significativo de riscos
de danos e lavagem.
4. Subida dos níveis do mar – Moçambique tem uma Linha costeira muito extensa
e a subida do níveis do mar vão afectar as zonas costeiras e qualquer estrada
constuida ao longo da costa . Isto pode incluir também a inundação da terra onde
ocorreram assentamentos e em alguns casos em partes das vilas .
241
a lavagens. Este é o maior problema em áreas de alto risco de cheias em
Moçambique.
Estes desafions particularmente o item (3) require uma infraestutura de Estrada mais
resiliente contra os impactos de mudanças climáticas ainda que aumento o custo de
projectos, construção e manutenção. O custo maior de reparações ou reconstrução e
impactos sócio-económicos de isolamento parciaql ou complete das comunidade e
economias locais e comércio supera muito o custo de desenvolver uma infraestrutura de
estrada resiliente a alterações climáticas.
242
12.4 Desenvolvendo Infraestruturas Resilientes ao Clima
Esta secção abrange as considerações para as alterações climáticas que devem ser
levados em conta durante a planificação, construção e manutenção de LVRs e medidas
e serem tomadas para a garantia de infraestruturas resilientes às alterações climáticas
de modo a minimizar os riscos. Esta secção abrange igualmente metodologias e critérios
a seguir para desenvolver uma infraestruturas de Estrada resiliente as alterações
climáticas e a análise do custo e benefício. O processo é ilustrado na Figura 12-3.
O pressuposto para desenvolvimento de infraestrutura resiliente as alterações climáticas
tem dois caminhos:
1. Infraestruturas existentes – o pressuposto envolve avaliação de vulnerabilidade
de infraestruturas existentes e desenvolvimento de medidas para reforçar a
resiliência de tais infraestruturas contra os danos e outros prejuizos.
2. Infraestrutura nova – Infraestrutura nova deve ser projectada para ser resiliente
aos impactos de alterações climáticas de modo a reduzir a vulnerabilidade ou
riscos de ser danificada ou incorrer a outros prejuizos.
Previs Previsão
da alteração
climática ão de
Mudança
Climática
Avaliar o Risco
ea
Vulnerabilidade
Nacional
Implementar
os Projectos
243
O primeiro passo no desenvolvimento de infraestruturas resilientes as alterções
climáticas consiste em recolher informação sobre a estrada. Esta é principalmente
informação da localização das secções da Estrada ou estruturasa de drenagem pa serem
concebidos para a resiliência climática. É importante determinar o nível de risco o meio
representa para a Estrada ou estrutura de drenagem. O pressuposto é diferente para
áreas de baixo risco de cheiacomparadas com as áreas de alto risco.
244
Inundações Ciclones Secas severas
245
A Figura 12-5 mostra três de condições climáticas críticas em Moçambique.
Adicionalmentemapas de vulnerabilidade são fornecidos no Apêndice C. Estas mostram
populações e áreas com alto risco de acessibilidade e áreas propensas a inundações. As
medidas de mitigação descritas neste capítulo devem ser aplicados como parte do
projecto de drenagem
1. Risco de inundação / perigo por distrito – os mapas mostram regiões e distritos
de Moçambique e os seus níveis de riscos de inundações. É importante leva rem
conta o nível de risco da inundação no projecto e no reforço de infraestruturas
quando se desenvolvem projectos de estradas e a manutenção de estradas
nestes distritos;
2. Risco de seca/period por Distrito– risco de seca impacta infraestruturas e
cominidades de duas formas :
a. Temperaturas altas prolongadas – as áreas propensas à secas mostradas
no mapa são também áreas de temperaturas máximas extremas. As
temperaturas máximas extremas excedem algumas vezes 40°C por longos
períodos. Intensidade alta da luz UV, que acelera a oxidação de ligantes é
verificada igualmente nestas áreas;
b. A infraestrutura é fundamental para a distribuição da ajuda alimentar
nestas áreas e o impacto social de infraestrutura danificada ou isolamento
de cominudades pode ter sérias consequências sociais. Tais áreas
apresentam baixa precipitação annual mas os poucos fenómenos
extremos ou tempestades que ocorrem, tendem a ser muito pesados e
destrutivos à infraestrutura da estrada.
3. Ciclones e tempestades tropicais - estes são uma ocorrência frequente em
Moçambique e tornam-se mais violentos e destrutivos. Danos das inundações são
uma ocorrência anual e o custo de trabalhos de emergência é muito alto levando
para uma linha de pedidos insustentáveis. Áreas costeiras têm alto risco de
tempestades ciclónicas e inundações destrutivas. As províncias mais afectadas
em Moçambique são Gaza, Sofala, Zambézia, Nampula e Cabo Delgado. O
impacto destes ciclones deve ser levado em conta na projecção de novas
estruturas de estradas e drenagem, e manutendo e reforçando as existentes.
246
2. A sensibilidade à humidade para subbases e bases deve ser ≤ 25%-a diferença
entre o CBR em OMC e CBR embebido deve ser >25%. A sensibilidade à humidade
medida usando o DCP (DN) não deve também exceder 25% (≤ 25%) .
3. 50Sensibilidade à humidade para a camada de aterro não deve exceder %
(≤50%).
4. O produto de plasticidade dos materiais para subbases e bases não deve ser maior
que 90 (≤ 90).
5. Camadas de aterro, subbases e bases devem projectadas para o estado
submersoo.
6. Preferência deve ser dada ao material granular–a resistência proveniente da
interligação de muitos materiais pode ser sustentada quando a estrutura da
estrada está submersa.
Critério de dimensionamento do pavimento
1. Camadas de paviment deve ser livremente drenantes– Isto ajuda a minimizar o
tempo que leva para recuperar a resistência total depois da inundação.
2. Reforço de pavimentos– Reforço aumenta a resitência de camadas fracas de base
e evita a carga exercer impacto sobre a camada de base.
3. Superfícies amalgamadas– submersão das estradas conduz usualmente à
delaminação, i é, descasque das superficies/revestimentos nas interfaces da
primeira e a segunda camadas de revestimentos e/ou a interface entre o
revestimento e a base.
2. Aterros Pequenos– onde há risco alto de inundação, aterros altos devem ser
evitados.Neste caso a altura da coroa ão deve exceeder 300 mm. Isto vai garantir
que a água escoe sobre o pavimento sem causar muitos danos ou qualquer dano
ao pavimento. Onde este problema fôr verificado como sendo muito severo, o
projecto do pavimento deve ter em conta ao facto, de tal maneira que a cota das
bermas esteja quase à mesma da terra circunvizinha.
a. O gradient dos declives laterais não deve ser mais íngreme que 1:5 ambos
a montante e a jusante. Esta forma minimize a formação de vórtices, que
são a causa principal da infraescavação debaixo dos pavimentos e das
estruturas de drenagem e, consequentemente constitui a origem de falhas
e danos durante a ocorrência de inundações. Esta forma de declives
247
laterais e da queda da faixa de rodagem fornece igualmente a forma
necessária para uma eficiente hidrodinâmica.
6. Reforço de faixas de rodagem– o reforço das faixas de rodagem faz com que o
pavimento seja resiliente à infraescavação e arrastamento.
8. Drenos laterais– a largura da laje do fundo do dreno não deve ser menor que
1000 mm e preferencialmente deve ser de 1500 mm & the width of drain inverts
should not be less than 1000mm.
9. Drenos de Mitra– o espaçamento de drenos mitra não deve ser maior que 50 m.
248
arrastado ou deslocado, por exemplo o tabuleiro da ponte pode ser levantado pu
um pilar pode ser arrastado e isso precisa de forças manores para ocorrer. De
contrário estruturas monolíticas precisam muito mais forças para serem
deslocados ou danificados. As pontes devem ser projectadas e construídas à
resiliência climática, usando parafusos de ancoragem ligando a superestrutura à
subestrutura, que pode fazer da ponte uma estrutura monolítica e resiliente a
separação.
249
igualmente ser usadas em áreas menos críticas e podem ser usadas em
cominação.
250
3. Trabalhos de protecção – Programas devem ser introduzidos para reforçar as
estruturas existentes contra impactos adversos de mudanças climáticas, cujas
medidas inclue :
a. Alargamento ou revestimento de drenos
b. Reforço dos declives laterais
c. Aplicação de superficies amalgametadas
d. Construção e protecção em betão armado ou pedra argamassada
reforçada
e. Melhoraia hidrodinâmica de pavimentos mediante o ajustamento das suas
formas
251
13. Começo a Partir dos Padrões
13.1 Procedimento
Onde o Projectista parte de um padrão, escrito aprovação deve ser obtido do Director,
ANE. O projectista deve submeter a seguinte informação para a ANE:
1) O número. Nome, e descrição da secção da estrada;
2) O parâmetro do projecto para o qual um começo partir dos padrões é
desejado;
3) Uma descrição, incluindo valor normal, e o valor do começo partir dos
padrões;
4) A razão do começo a partir dos padrões, e
5) Qualquer mitigação a ser aplicada no interesse da segurança.
6) Justificação para o arranque
O projectista deve submiter todos os maior e menor começos a partir dos padrões para
a respectiva Direcção Regional para a avaliação. Se oscomeços a partir dos padrões são
aceitáveis, os começos dos padrões irão para a Garantia de Qualidade, Inspecção da
Estrada e Direcção de Segurança para a aprovação final.
252
COMEÇO A PARTIR DOS PADRÕES _ FICHA DE APROVAÇÃO
Nome do Projecto:
1. Descrição do assunto/desafios/problemas:
5. Submetido por:
Nome:____________________________________Designação:________________
Endereço da Empresa/Organização____________________________________________________________________
Email:________________________________________data:___________________
253
6. Recomendações pelo Director
Assinatura Data
Assinatura Data
Assinatura Data
254
14. Referências
1. Mesay Daniel Tulu “Event based rainfall-runoff modelling in semi-arid regions,
September 2010”, PhD Thesis.
4. Highway Drainage Guidelines, Volume 11, Guidelines for Hydrology, Task Force
on Hydrology and Hydraulics, AASHTO Highway Subcommittee on Design.
9. Sauer, V. B., Thomas, W. O., Stricker, V. A., and Wilson, K. V. 1983. Flood
Characteristics of Urban Catchment areas in the United States -- Techniques for
Estimating Magnitude and Frequency of Urban Floods. U. S. Geological Survey
Water-Supply Paper 2204.
10. Newton, D. W., and Herin, Janet C. 1982. Assessment of Commonly Used
Methods of Estimating Flood Frequency. Transportation Research Board.
National Academy of Sciences, Record Number 896.
11. Water Resources Council Bulletin 17B. 1981. Guidelines for determining flood
flow frequency.
13. Soil Conservation Service (SCS) Technical Release No. 55 (2nd Edition).
16. USDA Soil Conservation Service TP-149 (SCS-TP-149), “A Method for Estimating
Volume and Rate of Runoff in Small Watersheds,” revised April 1973.
255
17. Regan, R. M., A Nomograph Based on Kinematic Wave Theory for Determining
Time of Concentration for Overland Flow,” Report No. 44, Civil Engineering
Department, University of Maryland at College Park, 1971.
19. Potter, W. D. Upper and Lower Frequency Curves for Peak Rates of Runoff.
Transactions, American Geophysical Union, Vol. 39, No. 1, February 1958, pp.
100-105.
20. Brink ABA and Bruin, R. 2001 (2nd Impression). Guidelines for Soil and Rock
Logging in South Africa, Proceedings, Geoterminology Workshop organised by
AEG, SAICE and SAIEG, 1990.
21. TRL (2005). Overseas Road Note 5: A Guide to Road Project Appraisal.
Wokingham: TRL Limited
22. SATCC, 1998. Code of Practice for Road Bridges and Culverts
23. João Reis Hipólito e Álvaro Carmo Vaz, 2011.. IST PRES, Instituto Superior
Técnico, Lisboa“Hidrologia e Recursos Hídricos”.
25. National Road Administration (ANE), 2016. Low Volume Roads Manual
26. TRL (2005) Overseas Road Note 9, A Design Manual for Small Bridges
29. GLENNON, J.C. 2003 – Hydroplaning. The Trouble with Highway Cross Slope.
January.
256
Apêndice A Curvas IDF para Moçambique
257
Figura A-3 Curva IDF do Changalane
258
Figura A-5 Curva IDF do Chokwe
259
Figura A-7 Curva IDF do Inhambane
260
Figura A-9 Curva IDF do Lichinga
261
Figura A-11 Curva IDF do Maniquenique
262
Figura A-13 Curva IDF do Mavalane
263
Figura A-15 Curva IDF do Massingir
264
Figura A-17 Curva IDF do Nampula
265
Figura A-19 Curva IDF do Panda
266
Figura A-21 Curva IDF do Praia
267
Figura A-23 Curva IDF do Sussundenga
268
Figura A-25 Curva IDF do Umbeluzi
269
Figura A-27 Curva IDF do Vilanculo
270
Apêndice B Zonas de Precipitação em Moçambique
271
272
Figura B-1 Mapas da Zonas de Precipitação em Moçambique
273
Apêndice C Mapas de Zonas de Vulnerabilidade em
Comunidades e Principais Centros Urbanos
274
Apêndice D Mapa de Solos de Moçambique
275
Figura D-1 Mapa de Solos de Moçambique
276
Apêndice E Processo de Construção de
Shelvetes/Aqueduto de Meia Lua
277
Apêndice F Escoamento Rural Pelo Método Racional –
Exemplo Pratico
Passo #1: Determine a área de cada célula e adicione-as para obter a área de captação
Passo #2: Determine o caminho mais longo de escoamento e levações, Tabela F-1 e
Figura F-2
278
Passo #3: Determine as características da bacia, Figura F-2.
Cobertura do Tipo de Grupo Hidrológico do Região de AMC
solo Solo Solo Precipitação
Cultivada Litossolos D Região de Normal
Precipitação A1
𝑛𝐿 0,467
𝑇𝑐 = 0,604 ( 0,5 )
𝑆
Cv = coeficiente de rugosidade do aproveitamento da terra Tabela 5-1…, = 0,2
L = comprimento da linha de água, medido desde o limite de bacia até ao ponto em
que é necessário calcular o caudal de cheia (km) = 0,12 km
H = Altura de muitos pontos remotosacima da saida da bacia (m)
H
S = Declive da bacia S= (m/m) = (3067,5-3059,172)/ (1000*0,12)
1000 L
= 0,0694
0,385
0,87𝐿2
𝑇𝑐 = ( )
1000𝑆𝑎𝑣
279
L = comprimento hidráulico da bacia medido ao longo da linha de água, desde o
limite da bacia até ao ponto onde se pretende calcular o caudal de cheia (km) = 0,7982
km
Sav = inclinação média (m/m)
𝐻0,85𝐿 − 𝐻0,10𝐿
𝑆𝑎𝑣 =
(1000)(0,75𝐿)
Use a curva IDF de precipitação para a região onde se localiza a área de captação (use
a Curva IDF específica do Projecto) e encontre a intesidade de precipitação para
diferentes períodos de retorno
I2=59,5mm/hr ; I5=78,6mm/hr;I10=90mm/hr; I25=107,3mm/hr; I50=119,4mm/hr;
I100=130mm/hr
280
Passo #6: Determine os coeficientes de escoamento
Os coeficientes de escoamento era dependents a inclinação da bacia, permeabilidade do
solo e a cobertura vegetal.
C= Cs+Cp+Cv
Cs= coeficiente do declive ou inclinação da bacia = 0,10
Cp= coeficiente de permeabilidade do solo = 0,15
CV= coeficiente de cobertura vegetal = 0,20
C= Cs+Cp+Cv = 0,1+0,15+0,2=0,45
281
Apêndice G Exemplo de Escoamento Rural Pelo Método
SCS – Exemplo Práctico
Este exemplo descreve o processo de determinação do escoamento de pico de uma simples
área de captação rural.
Passo # 1: Determine a Área de Captação, Figura G-1.
282
Tabela G-2 Características da Bacia
283
2) Tempo de concentração do curso de água definido
0,385
0,87𝐿2
𝑇𝑐 = ( )
1000𝑆𝑎𝑣
𝐻0,85𝐿 − 𝐻0,10𝐿
𝑆𝑎𝑣 =
(1000)(0,75𝐿)
(𝑃 − 𝐼𝑎)2
𝑄=
(𝑃 − 𝐼𝑎) + 𝑆
25400
𝑆= − 254
𝐶𝑁
284
CN= Número da Curva, nas características da bacia acima indicadas na Tabela
G-1, onde se localizam na região húmida do País, o número da curva normal
mudou para região húmida conforme o manual = 88
285
Apêndice H Método de Direccionamento da Inundação-
Exemplo Práctico
286
Precipitação
Há seis métodos de modelos de precipitação disponíveis. There are six methods of
precipitation models available. Os dados históricos medidos não estão disponíveis para
a bacia hidrográfica e não vão ser usados para o exemplo dado. A frequência baseada
na tempesdade será usada neste exemplo ilustrativo. Esta tempestade hipotêtica será
distribuida automaticamente de acordo com os dados de profundidade/duração. A
distribuição de precipitação triangular é construída de modo que a profundidade
especificada for qualquer duração ocurra durante a parte central da tempestade.
Os dados necessários de entrada são:
Probabilidade de excedência;
Periodo de retorno do Projecto; tempestade de 100 anos é usada para o exemplo de 1%
de probabilidade
Área da tempestade; A magnitude da tempestade vai ser a mesma como a da área da
bacia hidrográfica.
Tipos de séries;anual ou partial.
Duração da Intensidade máxima, duração de dados de entrada mais pequeno
Duração da tempestade; Duração de entrada máxima
Método de de Unidade Hidrográfiaca
A dimensão SCS pequena unidade hidrográfica é usada no exemplo ilustrativo. O único
parâmetro necessário para obter esta unidade hidrográfica é o tempo de concentração
(Tc), que é determinado pelas técnicas indicadas no TR-55 (21986). Para o exemplo da
bacia hidrográfica, há três components do Tc: escoamento disperso, escoamento
concentrado e escoamento em canais abertos. Ver a Tabela H-1 para detalhes na
determinação destes valores.
Determinação da Inundação Hidrográfica
Conforme destacado acima a tempstade baseada na frequência será usada para
determiner os dados de precipitação, número de curca SCS para a taxa de perda, e a
unidade hidrográfica SCS. A determinação destes parâmetros dados na Tabela
H-1,Tabela H-2, Tabela H-3 e Tabela H-4.
287
* Nota: Área em unidade arbitrárias Total = 255,8 Total =
20748,75
(Peso Total CN)/( Área Total) = CN = 81,11
288
s = declive do curso da água,
289
Figura H-2 Resultado Hidrográfico Combinado
290
Apêndice I Projecto de Canais Abertos – Exemplo
Práctico
Solução
A equação de Manning é:
𝑅0,667 𝑆 0,5
𝑉=
𝑛
Onde R é o raio hidráulico, determine como secção transversal da área do escoamento
(A) dividido pelo perímetro molhado (P). O S é também a inclinação da Linha de energia
que não temos, e portanto podemos usar a inclinação do leito (So) para aproximar S.
291
A = 1,2*1,2 + 1,2 x 2,5 = 4,44 m 2
Usando a Tabela 5-1, Valores de n de Manning para Canais Naturais para este exemplo
é assumido como árvores e ervas daninhas com valores de “n” no interval entre 0.06 e
0.08. Agora, com o leito pouco rugoso, n=0.07 (no meio do interval) é considerado
apropriado.
Passo #5. Todas as variáveis agora já foram determinadas, por isso calculi a velocidade
0,750,667 𝑥0,0080,5
𝑉=
0,07
V=1.06 m/s
Q = 1,06 x 4,44
= 4,71 m 3 /s
𝐵
𝐹𝑟 = 𝑄√ 3
𝑔𝐴
Portanto:
4,9
𝐹𝑟 = 4,71√
9,81𝑥4,443
Fr = 0,36
292
2. Determinação da elevação da superfície/Profundidade WS mediante o cálculo
iterativo
Este exemplo descreve o processo para determinar a profundidadee a velocidade de
escoamento baseada num caudal/taxa de escoamento no rio, com base na discussão da
secção 8.4 .
O exemplo começa após dados do rio (tais como secção transversal, terreno, condição
do canal e do perfil do rio para determinar a inclinação da base do leito no terreno)
tiverem sido reunidos (ver Capítulo 4) e a taxa de escoamento (determinar usando o
método racioanl) foi determinado (ver Capítulo 5).A tarefa deste exemplo é, tendo os
dados do rio e a taxa de escoamento (ver o diagrama abaixo, altuta e velocidade do
escoamento no canal.
Solução
Para resolver para d, vamos usar formula de Manning e desenvover umacurva Estágio-
Descarga.
𝑅0,667 𝑆 0,5
𝑉=
𝑛
Uma curva Estágio-Descarga divide a descarga contra a profundidade de escoamento .
Assim, muitas iterações usando a formula de manning são necessários para diferentes
profundidades de escoamento.
293
1,240,667 0,0120,5
𝑉=
0,06
294
Figura I-3 Curva de Caudal do Estágio
O exemplo começa após os dados do rio (tais como secção transversal, terreno, n
Manning e o perfil do rio para determinar a inclinação do leito no local) foram reunidos
(refere Capítulo 4).
A tarefa para este exmplo é, tendo dados do rio a altura de escoamento (ver diagram
abaixo), determine a velicidade m´+edia de escoamnento no canal e a taxa de
escoamento
295
Solução
Para resolver para Q, temos que usar a formula de Manning para cada subsecção da
corrente:
𝑅0,667 𝑆 0,5
𝑉=
𝑛
Agora,
0,970,667 0,0080,5
𝑉𝐴 =
0,07
A B = 7,39 m 2
P B = 4,83 m
R B = 1,53 m
Agora,
1,5310,667 0,0080,5
𝑉𝐵 = = 3,40𝑚/𝑠
0,035
296
0,7930,667 0,0080,5
𝑉𝐶 = = 3,40𝑚/𝑠
0,06
297
Apêndice J Projecto Hidráulico de Pontes –Exemplo
Práctico
Determine :
1 Características do estado de inundação não-construida
2 O tipo de escoamento
3 Relação da abertura da ponte
4 Coeficiente de velocidade
5 Àgua estagnada calculada
Exemplo de Solução
Características do estado de inundação não-construída, Tabela J-1 e Tabela J-2
Primeiro determine a altura normal do escoamento, yn,
298
Tabela J-1 Parâmetros Hidráulicos de Ponte Antes da Construção
Sub- Ai Pi Ai qi qi
secção Ri = (m 2) Vi = (m / s)
(m ) 2
(m) Pi (m /s)
3
Ai
1 15,96 10,59 1,51 17,17 1,08
2 58,75 18,61 3,61 120,69 2,05
3 11,59 7,99 1,45 12,14 1,05
86,30 37,19 150,00
O resultado no
Nível do estágio de inundação = 84,56m
Largura no estágio de inundação = 56,06m
1 Determinar o tipo de escoamento
1 1
Q2 B 1502 (36,06) 2
2
Frn = ( ) = ( )
gAn 3 (9,81)(86,30)3
= 0,359 < 1
𝑄 150
𝑉̅𝑛 = =
𝐴𝑛 86,30
= 1,738 m/s
2
𝑉̅𝑛 1,7382
𝐸𝑠𝑛 = 𝑦𝑛 + = 3,157 +
2𝑔 2(9,81)
= 3,311 m
299
Calcular a energia especifica (Esc) da da profundidade critica do escoamento
estreito
1 1
𝑄2 2 1502 3
𝑦2𝑐 = ( 2) = ( )
𝑔𝑏 (9,81)(17)2
= 2,817 m
𝑄 150
𝑉̅2𝑐 = 2
=
𝑔𝑏 (9,81)(17)
= 3,132 m
2
𝑉̅2𝑐 3,1322
𝐸𝑠𝑐 = 𝑦2𝑐 + = 2,817 +
2𝑔 2(9,81)
= 3,317 m > Esn indicando Tipo II do escoamento
Considerando que os valores de Esn e Esc são próximos, e as outras perdas são até agora
ignorados, seria prudente verificar o escoamento tipo I e tipo II
2 Calcular a razão de abertura da ponte
17
𝑄𝑏 = (120,69) ( )
17 + 1,61
= 110,25 m3/s
𝑄𝑏 110,25
𝑀= =
𝑄 150
= 0,735
̅ 2)
∑(qV
α1 =
̅n 2
QV
= 1,20
𝛼2 = 1,15 (da Equação 5-8)
300
𝐴𝑝 6,314
𝐽 =𝐴 = 51,84 = 0,122 (use J = 0,1)
𝑛2
Excentricidade
𝑄𝑎 12,14
𝑒 =1− =1− = 0,44
𝑄𝑐 17
17,17 + (120,69) (1 − 17 + 1,61)
Cb = 0,125
1 1
𝑄2 3 (150)2 3
𝑦2𝑐 =( ) = ( ) = 2,168𝑚
𝑔𝑏𝑐 2 (9,81)(15)2
𝐴𝑛2 51,84
𝑦̅ = = = 3,050𝑚
𝑏 17
301
𝑉̅2𝑐 = √𝑔𝑦2𝑐 = (9,81)(2,168)0,5 = 4,612𝑚/𝑠
2
∗1 𝑉2𝑐 2 𝑉̅1
ℎ1 = 𝛼2 (𝐶 + 1) − 𝛼1 + 𝑦2𝑐 − 𝑦̅
2𝑔 𝑏 2𝑔
Embora a diferença neste é negligenciada, para ser mais conservativo, o valor alto
deve ser usado, Do cálculo de hI*1 para escoamento tipo II temos 0,379 m que é
inferior a gua estagnada calculada do escoamento tipo I, portanto escoamento tipo I
prevalece, i é, hI*1 = 0,403m.
Note que este exemplo foi igualmente modelado no HEC-RAS e que o valor mais alto
foi obtido pelo método padrão Step Energy Method. A água estagnada de 300 mm,
que é inferior que 403 mm obtida acima. Contudo, neste modelo a opção da area
efectiva do escoamento foi usada. O modelo foi então re-corrido, com esta opção
desligada e um valor alto da água estagnada de 508 foi obtidono modelo revisto.
Usuários de HEC-RAS devem, portanto, cuidadosamente considerer a opção onde as
condições de aproximação da ponte são suavizaados, reduzindo assim a água
estagnada.
302
Apêndice K Cálculos da Infraescavação na Ponte -
Exemplo Práctico
Exemplo:
Considere uma ponte construida sobre o rio arenoso, com uma largura de cerca de 730
m no local proposto. A infraescavação potêncial na ponte deve ser determinada. Este
problema foi igualmente avaliado com o HEC-RAS.
A Figura K-1 e Figura K-2 mostra uma vista em planta (obtida do HEC-RAS para a
avaliação do problema) e a posição da ponte em relação às outras secções transversais,
A informação dos cortes transversais para todas as secções está disponivel, A ponte sera
posicionada na secçáo transversal 6,5 (a jusante da secção transversal 7 e a montante
da secção transversal 6).
303
Figura K-2 Montante e Jusante da Secção Transversal da Ponte Apartir da
Análise pelo HEC-RAS .
Inclinação do rio
O declive geral do rio é de 0.2%.
Determine
(i) Infraescavação geral de curta duração
(ii) Infraescavação de contracção
(iii) Infraescavação localizada nos pilares e encontros
(iv) Infraescavação total
(v) Verifique a profundidade de infraescavação com o método baseado no
principio de applied stream power
304
Solução
Para a análise, o caudal de cheia do projecto de 850 m3/s será usado (capitulo 5 descreve
procedimentos para determinar a cheia do projecto)
A largura estreitada na ponte sera de 126.61 m, o que vai resultar no caudal por unidade
de largura de 850/126.61= 6.713 m3/s
A profundidade de escoamento normal (leito fixo), y n, do rio pode ser determinado pelo
pressuposto da inclinação da linha de energia ser igual à inclinação do leito, 0.002 m/m
e usando equações de Chezy you Manning.
Estima-se que a rugosidade do leito sob condições de cheia sera 0.002 m, igual D50,
tamanho do material sedimentar representativo.
Taxa de
Perímetro
Secção Yn (m) Área (m2) escoamento
Molhado (m)
(m3/s)
Margem 209,97 288,17 168,75
esquerda
Canal Principal 2,98 258,73 126,67 542,60
Margem 185,40 283,48 138,65
direita
Total 654,10 698,32 850,00
R = 0,937m e V = 1,299 m/s
Topo da largura de escoamento = 698.2 m para a profundidade de escoamento normal
calculada de 2.98 m
Assume-se que o material do leito consiste de areia alluvial profunda sem coesão .
(i) Infraescavação geral de curta duração
0,25 −0,5
𝐵 = 14𝑄 0,5 𝐷50 𝐹𝑠
Com Fs = 0,1 da Tabela formulada 7-4 para argila-siltosa, a largura B pode ser calculada
305
A profundidade maxima do leito, Ymax, é ligeiramente menor que a profundidade fixada
yn de 2,98, o que mostra que a infraescavação geral de curta duração não vai ocorrer.
Vc = 0,625 m/s
A velocidade critica de corte V* c = 0,12 x Vss (Equação 7-5) a velocidade de ajuste, VSS
pode ser obtida da Figura 7-11 para particulas representative, D50, e densidade relative
de 2,65 do seu escoamento,
𝑌2 𝑄𝑡 6 𝐵1 2 n2 1
= ( )7 ( )3 ( )3
𝑌1 𝑄𝑐 𝐵2 n1
𝑌2 850 6
=( )7 = 1,469 (larguras e valores de ”n” são iguais para estas secções)
𝑌1 542,6
Y2 = (1,469) (2,98) = 4,378 m
Assumindo um nivel do leito com um total de profundidade de 4,378 m, a velovidade na
contracção pode ser determinada
850
𝑉2 = (4,378)(126,61−5(1,5))= 1,63m/s
Note que neste caso a area a jusante é 521,5 m2, calculada como se segue (4,378x
(126,61-5(1,5))), Esta é maior que do canal principal a montante de 258,78 m2 (Tabela
8,16), e portanto o escoamento está a expander, Equação 8,12 é usada para determinar
a profundidade da ifraescavação de contracção.
𝑉22 −𝑉12
ds = (𝑌2 − 𝑌1) + (1 + 𝐾)( ) e com K = 1 para uma transição repentina
2𝑔
1,632 −1,232
ds = (4,378 − 2,98) + (1 + 1,0)( )
2(9,81)
ds = 1,50 m
306
Esta profundidade de infraescavação (1,50 m) é menor que a obtida com a teoria de
regime (1,913 m).
Com
b = 1,5 m
Y1 = 2,98 m(profundidade de escoamento normal a montante da
ponte ,Tabela .16)
Fr1 = 0,468 baseado nos dados canal principal directamente a montante do pilar
K1 = 1,0 para o zero do ângulo enviezado
K2 = 1,0 para o zero do ângulo enviezado
K3 = 1,1 para dunas pequenas
K4 = 1,0 para sedimento uniforme (não reforçados), então
𝑌𝑠
= 2,0(1,0)(1,0)(1,1)(1,0)(2,98)0,35 0,4680,43
𝑏
Ys = 3,03m
Observe que a cota de infreascavação é (2,98 +3,03) = 6,01 m abaixo da cota da cheia
do projecto associada com a profundidade de escoamento normal e a cota fixada para o
leito.
Para encontros em materiais aluvionares de coesão baixa:
Aplique os factores da Tabela 7-12 para a profundidade de infraescavação media geral
de termo curto obtida a partir da Equação 7-14.
307
Da Tabela 7-12 o factor para o escoamento que desvia para a direita do ângulo na
margem direita = 2,25; por conseguinte a infraescavação nos enccontros pode ser
determinada como mostrado abaixo:
ds (encontros) = (2,25) (3,915 – 2,98) = 2,10 M
(iv) Infraescavação Total
Profundidade de
Tipo de infraescavação Infraescavação
calculada, ds (m)
Geral e de termo curto Sem erosão
308
Apêndice L Aproximação da Abertura de
Infraescavação Usando HY-8, V7.2
-Exemplo Práctico
Exemplo:
Um aqueduto de betão foi projectado como se segue :
• Caudal do projecto (Q50) = 1,132 m3/s
• Diâmetro = 2,22m
• Comprimento do aqueduto = 30,48 m
• Elevação da laje do fundo a entrada = 183,64 m AOD
• Elevação da laje do fundo a saida = 182,88 m AOD
• Profundidade computarizada TW = 0,49 m
309
Velocidade ........................ 4,15 m/s
Cabeceira....................... 184,455 mAOD Controlo de Entrada
Menagens e/ou Erros:
Diferença de Nível de Entrada > Diferença de Nível de Saída.
Cálculo de Controlo de Entrda da Cabeceira.
Cabeceira: 184.455 m AOD
310
0 , 39
1,132
F2 = 0,5
2.5 F2 = 1,194
9,81 0,555 0
ds = (1,037)(1,0)(1,77)(1,194)(0,868)(0,555)
= 1,056 m
Introduza valor para ds na base da coluna de profundidade na planilha de computação
da abertura.
Passo #4: Computarizar a abertura de infraescavação para determimar largura e
comprimento
Neste ponte no procedimento do projecto, o projectista deve seguir os procedimentos e
equações destacados no passo 3 para resolver para a abertura, Ws, Ls, respectivamente.
Os valores apropriados para α, β, e θ serão obtidos da Tabela 10-1. Introduza colunas
largura e comprimento da Tabela 10-2 e Tabela 10-3 para obter valores de Cs e Ch.
Resolvendo a Equação 10-4 para ambos largura e comprimento, o projectista obtem
valores de 5,67 m e 10,13 para abertura de infraescavação, respectivamente, Esstes
valres deve ser introduzidos abaixo da planilha da abertura de infraescavação, A planilha
da abertura de infraescavação apresentada acima está agora completa.
311
Apêndice M Projecto de Protecção com Rip-Rap Contra
a Erosão em Drenos - Exemplo Práctico
Exemplo:
Dado: Um canal de drenagem lateral é trapezoidal com uma base da largura de
1,2 m e declives laterais de 1V:3H, A inclinação da base do leito é 0,005
m/m e a taxa de escoamento do projecto é 0,6 m3/s.
Determine: Calcule o diâmetro necessário (D50) de cascalho a ser usado como um
protecção permanente do canal com rip rap, e a profundidade de
escoamento do projecto.
Solução: A solução segue o procedimento definido em HEC-15, baseado no método
de força de corte.
(1) Escolha o cascalho arredondado com D50 = 25 mm
[(1,486nQ)/(b8/3)(S1/2)] = [1,486(0,033)(0,6)]/[(1,28/3)(0,0051/2)]
=0,256
Então, com Z = 3: y/b = 0,29 and y = 0,35 m
312
Apêndice N Projecto de Drenagem Subterrânea-Cálos
de Caudal -Exemplo Práctico
Exemplo:
Cálculo da taxa de esscoamento ao dreno interceptor
Determine a taxa de escoamento ao dreno interceptor.
Conhecidos
A relação (
SLi
)=
(0,0061)(1,828) = 0,0004
H 3,048
E resulta conduzindo a
qd = (5,5) (k)(H)(S)= (5,5( (2)(3,048) (0,0061)= 2,05 cu, m/dia metro linear do dreno
interceptor, Com estea taxa de escoamento podemos determinar o diâmetro necessário
e o grau para o dreno interceptor.
313