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CIVIL
ISBN 978-85-9502-048-1
CDU 69
Introdução
Terraplenagem é uma técnica construtiva que visa tornar um terreno
plano, acrescentando terra (aterrando), e/ou removendo (cortando) con-
forme projeto. Terrapleno, literalmente, significa cheio de terra. Geral-
mente esta movimentação de solo (e rocha) tem o objetivo de atender
a um projeto de terraplenagem.
O serviço é amplamente utilizado pela engenharia e aplica-se a qual-
quer tipo de construção, como estradas, barragens, execução de subsolos,
regularização de terrenos para edificação, construção de estacionamen-
tos, campos de futebol, aeroportos etc.
Obras de terraplenagem
Após o levantamento planialtimétrico, temos condições de elaborar os projetos
e iniciar sua execução. Começamos pela verificação da topografia do terreno
e das cotas de projeto, de acordo com o projeto executivo. Podemos executar,
conforme o levantamento altimétrico, cortes, aterros ou ambos. Estes serviços,
também chamados de terraplenagem, têm dois objetivos principais:
Desmonte
No caso de cortes, o volume de material removido corresponde à área da base
da região escavada, multiplicada pela altura média, acrescentando-se um
percentual de empolamento. Quando não se conhece o tipo de solo, é comum
considerar o empolamento entre 30 e 40% (veja na Figura 1).
Desmonte manual
Desmonte hidráulico
Desmonte mecânico
Desmonte a fogo
Este processo é utilizado no caso de terrenos rochosos que precisam ser reti-
rados e/ou escavados. Lança-se mão, neste caso, de dinamites, explosivos etc.
Transporte
O material após seu desmonte pode ou não ser utilizado no próprio canteiro
de obras. Não sendo aproveitado, deve ser retirado do local. Após o carrega-
mento, o tipo de equipamento a utilizar dependerá do volume de material e
da distância a ser percorrida. Assim:
Aterro
Pode ser executado com o material escavado dentro do próprio canteiro de obras
ou com material de outra fonte, envolvendo sempre uma fase de espalhamento
e uma de compactação.
Retirada manual
Utiliza equipamentos como pá, picareta, explosivo, ponteira, martelete ou trado
rotativo. Feita em escavação de até 1,50 m, em valas com faces inclinadas,
onde o material é lançado diretamente para fora da vala. Em escavação com
profundidade superior a 1,50 m, primeiro faz-se uma vala mais larga, até
1,50 m de profundidade. Depois, deve-se reduzir a largura da vala formando
uma banqueta para que o material tenha um ponto intermediário de lançamento,
conforme ilustra a Figura 3. Estes dois tipos de valas são muito utilizados para
fundações diretas contínuas.
Retirada mecânica
Valas para fundação direta contínua, sapatas isoladas e drenos, são feitas
com a utilização de retroescavadeira, tendo-se o inconveniente de que a re-
troescavadeira não abre valas com talude vertical. A inclinação das paredes
das valas irá depender da maior ou menor probabilidade que o material tem
de desmoronar:
Soluções:
O ideal é fazer um laudo da obra /construção vizinha, inclusive com fotos, para compro-
var as suas condições antes do trabalho de escavação, para evitar possíveis incômodos.
Às vezes, as fundações vizinhas invadem o terreno a ser escavado. Neste caso, se na
obra em execução as fundações serão isoladas, fazer com que estas não coincidam
com as fundações vizinhas.
Leituras recomendadas
ALBUQUERQUE, A. Construções civis. São Paulo: Revista dos Tribunais, 1957.
BAUD, G. Manual de pequenas construções. São Paulo: Hemus, 2002.
BORGES, A. C. Prática das pequenas construções. 8. ed. São Paulo: Edgard Blücher,
2000. v. I e II.
CARICCHIO, L. M. Construção civil. Rio de Janeiro: Gráfica Olímpia, 1955.
PIANCA, J. B. Manual do construtor. 15. ed. Porto Alegre: Globo, 1978.
Encerra aqui o trecho do livro disponibilizado para
esta Unidade de Aprendizagem. Na Biblioteca Virtual
da Instituição, você encontra a obra na íntegra.
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