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ENGENHARIA DE ESTRADAS DE

BAIXO VOLUME DE TRÁFEGO

Manual de Campo para as Melhores Práticas


de Gestão em Estradas de Baixo Volume de Tráfego

Gordon Keller
&
James Sherar
ENGENHARIA DE ESTRAD AS
ESTRADAS
DE BAIX
BAIX
AIXOOV OL
VOL UME
OLUME

Manual de Campo para as


Melhores Práticas de Gestão

por

Gordon Keller, PE
Engenheiro Geotécnico
Serviço Florestal, USDA
Floresta Nacional Plumas, Califórnia

James Sherar, PE
Engenheiro Florestal
Serviço Florestal, USDA
Florestas Nacionais da Carolina do Norte

Produzida para a
Agência de Desenvolvimento Internacional dos EUA (USAID)

Em Cooperação com
Programas Internacionais do Serviço Florestal, USDA
eo
Instituto Politécnico e Universidade Estadual da Virgínia

Edição Revisada, Junho 2010

MPG PARA ESTRADAS DE BAIXO VOLUME: i


photo here

A informação contida neste documento foi desenvolvida como um manual para os construtores e
administradores de estradas, bem como para os especialistas em recursos da maioria das regiões
geográficas, para ajudar a construir melhores estradas com uma melhor relação custo/benefício,
considerando o mínimo impacto ambiental adverso e protegendo a qualidade da água. O Departamento
de Agricultura dos Estados Unidos (USDA, na sigla em inglês) ou a Agência para o Desenvolvimento
Internacional dos Estados Unidos (USAID, na sigla em inglês) não assume responsabilidade alguma
pela interpretação ou pelo uso desta informação. O uso do nome de firmas, comércios ou corporações
é para informação e para a conveniência do leitor. Tal uso não constitui uma avaliação oficial, conclusão,
recomendação, aprovação ou validação de nenhum produto ou serviço, excluindo outros que poderiam
ser adequados.

O Departamento de Agricultura dos Estados Unidos e a Agência para o Desenvolvimento Internacional


dos Estados Unidos (USDA) proíbem a discriminação em todos os seus programas e atividades, com
base na raça, cor, nacionalidade, sexo, religião, idade, deficiência, ideologia política, orientação
sexual, estado civil ou situação familiar (Nem todas as bases de proibição se aplicam a todos os
programas). Aquelas pessoas com deficiência que necessitem meios alternativos para obter informação
sobre os programas (tais como, sistema Braille, letra de tamanho grande, fita de áudio, etc.) devem se
comunicar com o Centro TARGET da USDA no número (202) 720-2600 (voz e dispositivos de
telecomunicação para surdos [TDD]).

Para apresentar uma denúncia por discriminação, escreva para a USDA, Diretor, Office of Civil
Rights, Room 326-W, Whitten Building 1400 Independence Avenue, S.W., Washington, D.C.
20250-9410 ou ligue para (202) 720-5964 (voz e TDD). A USDA é um fornecedor e
empregador com igualdade de oportunidades.

MPG PARA ESTRADAS DE BAIXO VOLUME: ii


ENGENHARIA DE ESTRADAS DE BAIXO VOLUME
Manual de Campo das Melhores Práticas de Gestão

PRÓLOGO

O
Instituto de Administração da Conservação (CMI, na sigla em inglês) do Colégio de
Recursos Naturais da Virginia Tech está dedicado a ajudar a aplicar princípios científicos
sólidos na administração dos recursos naturais renováveis no mundo. O acesso é uma
consideração importante em muitos cenários — não somente para facilitar a utilização de recursos
naturais, como também permite às pessoas chegarem aos mercados para vender seus produtos e
obter serviços de saúde. No entanto, é de vital importância que as estradas construídas
proporcionem acesso adequado sem deixar de aplicar as práticas apropriadas de proteção
ambiental sempre que possível. As estradas construídas inadequadamente podem causar um
impacto negativo em tudo, nas populações de plantas terrestres, nos esforços de conservação do
solo, na qualidade da água e até mesmo nas populações de organismos aquáticos nas águas
receptoras.

Este manual foi publicado originalmente em Espanhol como "Prácticas Mejoradas de Caminos
Forestales" pela Agência para o Desenvolvimento Internacional dos Estados Unidos (USAID) para
ser usado em toda a América Latina, e comprovou ser valioso para ajudar a proteger os recursos
florestais. Ficou claro que o conselho prático contido neste manual podia ser valioso para
administradores de recursos no mundo todo. Por tanto, para alcançar um público mais amplo, e
inspirados na obra original em espanhol, o CMI e o Serviço Florestal dos Estados Unidos (USDA)
colaboraram para produzir esta versão atualizada em português. Esperamos que o material
apresentado aqui seja de utilidade para você.

Este projeto surgiu da nossa colaboração com Gerald Bauer, do Serviço Florestal dos Estados
Unidos, em programas de treinamento sobre recursos naturais na América Latina. O senhor Bauer
contribuiu com o manual original e descobriu uma grande demanda da publicação. Esta
colaboração exemplifica o nosso envolvimento com a USAID e o Serviço Florestal em muitos
projetos com recursos naturais. Animamos você a entrar em contato com a USFS ou com o CMI
se pudermos ajudá-lo nos seus esforços de conservação. Finalmente, agradecemos o destacado
esforço de Julie McClafferty do CMI, que foi um elemento de grande importância na elaboração
deste manual para publicação.

B. R. Murphy, PhD, Diretor, CMI (murphybr@vt.edu)


A.L. Hammett, PhD., Assessor da Faculdade, CMI e Coordenador de Programas Internacionais,
Colégio de Recursos Naturais (himal@vt.edu)
Gordon Keller, PE, Engenheiro Geotécnico, USFS (gkeller@fs.fed.us)
James Sherar, PE, Engenheiro Florestal, USFS (jrs4trees@gmail.com)

MPG PARA ESTRADAS DE BAIXO VOLUME: iii


MPG PARA ESTRADAS DE BAIXO VOLUME: iv
RECONHECIMENTOS

U
M GRANDE NÚMERO DE PESSOAS participou no desenvolvimento do Manual de Estradas de
Baixo Volume de Mínimo Impacto e o subsequente Engenharia de Estradas de Baixo
Volume - Manual de Campo das Melhores Práticas de Gestão. Estas pessoas tiveram a
visão e o compromisso para preservar e melhorar a qualidade do nosso ambiente, sem deixar de
reconhecer a necessidade das boas estradas. Ainda mais, eles conhecem o planejamento, o desenho,
a manutenção e a gestão integral necessários para ter boas estradas. Os fundos para este projeto
foram fornecidos principalmente pela Agência para o Desenvolvimento Internacional dos
EUA (USAID), o Global Bureau e a Equipe de Ciências Florestais, com contribuições da
USDA, do Escritório de Programas Internacionais do Serviço Florestal da Região do Sudoeste
Pacífico e da Floresta Nacional Plumas.

A versão original em espanhol deste documento foi produzida com a ajuda de Ramón Álvarez, Roberto
Medina e Atilio Ortiz da USAID de Honduras. Os autores agradecem especialmente o apoio de Jerry
Bauer, Alex Moad e Michelle Zweede do escritório de Programas Internacionais do Serviço Florestal
dos EUA; de Jim Padgett e Nelson Hernandez do Escritório em Washington do USFS; de Scott
Lampman, Paul DesRosiers e Mike Benge da Agência para o Desenvolvimento Internacional dos
EU, e o firme apoio dos nossos colegas da Floresta Nacional Plumas.

Os desenhos apresentados neste documento são provenientes de variadas de fontes, como se indica
em cada caso, e a maioria foram redesenhados ou adaptados com o talento artístico de Jim Balkovek,
ilustrador e Paul Karr um Engenheiro aposentado do Serviço Florestal. O escaneamento, rotulação e
manipulação por computador das figuras deste manual de campo foram completados com a habilidade
e paciência de Lori Reynolds da Reynolds Graphics em Quincy, na Califórnia. A tradução de segmentos
deste Manual de Campo e do Manual de Estradas de Baixo Volume de Mínimo Impacto original foi
meticulosamente feita por Alejandra Medina do Instituto de Transporte da Virginia Tech.

Um sincero agradecimento para os muitos profissionais e não profissionais que ofereceram seu tempo
para revisar e editar o documento, além de fazerem sugestões valiosas sobre a forma e o conteúdo do
Manual de Campo. Agradecimentos especiais para Jill Herrick, do Serviço Florestal dos EUA, pelas
suas valiosas contribuições e assistência na edição deste manual com a Definição de Termos, Referências
e revisão geral do conteúdo; assim como para Michael Furniss, Charlie Carter, Jerry Short, Tim
Dembosz e Ozzie Cummins pelas suas inúmeras sugestões e ideias sobre drenagem e outros assuntos.
Agradecemos a Richard Wiest, autor de “A Landowner's Guide to Building Forest Access Roads”,
pela sua inspiração e ideias sobre formato e desenho. Outras pessoas que participaram da revisão e
da edição foram Leslie Lingley da Leslie Geological Services; Marty Mitchell da Clear Water West;
Alfred Logie do escritório de Programas Internacionais da Administração Federal de Autoestradas
(FHWA, na sigla em inglês); Mike Benge e Eric Peterson da Agência para o Desenvolvimento
Internacional dos Estados Unidos; Dr. John Metcalf da Associação Mundial de Estradas LSU/PIARC;
Dr. Francis Greulich, Engenheiro Florestal da Universidade de Washington; Dr. Allen Hathaway,
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Engenheiro Geológico da Universidade de Missouri-Rolla; David Orr, PE do Programa Local de
Estradas da Universidade Cornell; Prof. Raymond Charles, Universidade de West Indes; Art Klassen,
Fundação Tropical Forestry; James Schenck e Wilson Castaneda, Fundação Cooperative Housing-
Guatemala; Harold Tarver da Africare; Wes Fisher do Instituto Tellus e Sandra Wilson-Musser, Corky
Lazzarino, Armando Garza, Gary Campbell, Ken Heffner, Terry Benoit, Allen King, John Heibel,
William Vischer, e Greg Watkins, funcionários do Serviço Florestal dos EUA dedicados à proteção de
bacias hidrográficas e à construção de boas estradas.

A maioria das fotografias usadas neste manual pertence aos autores, Gordon Keller e James Sherar,
ou a Jerry Bauer, co-autor no Manual "Estradas de Baixo Volume de Mínimo Impacto". Outras
pertencem a indivíduos como se indica em cada fotografia. A fotografia do muro de arrimo na capa
foi proporcionada por Michael Burke.

Finalmente, os autores gostariam de agradecer especialmente a Tom Hammett da Virginia Tech pelos
seus contatos e a facilidade dada a este projeto e a Julie McClafferty do Instituto de Administração da
Conservação e Patty Fuller dos Estúdios Poplar Hill em Blacksburg, na Virgínia, pela magia do design
e da publicação deste manual e pelo excelente resultado obtido. Finalmente, mas de maneira alguma
menos importante, um grande abraço para nossas esposas, Jeanette e Julie, e as nossas famílias pela
sua paciência e apoio durante este projeto!

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PREFÁCIO

O
S AUTORES AGRADECEM a oportunidade de desenvolver este manual para a Agência de
Desenvolvimento Internacional dos Estados Unidos (USAID) com a cooperação do Escritório
de Programas Internacionais do Serviço Florestal, USDA, e o Departamento de Programas
Internacionais do Instituto Politécnico e Universidade Estadual da Virgínia. O desenvolvimento origi-
nal deste Manual de Campo das Melhores Práticas de Gestão (BMP, na sigla em inglês) em Estradas
foi patrocinado pela USAID/Honduras, como o apoio do seu Programa de Desenvolvimento de
Ciências Florestais (FDP, na sigla em inglês) e sua Escola Nacional de Ciências Florestais
(ESNACIFOR, na sigla em espanhol). Desde então já foi revisado e aumentado para ser consistente
e complementar o manual de treinamento titulado “Estradas de Baixo Volume de Mínimo Impacto”
para obras de estradas em regiões em desenvolvimento.

Esta edição de Engenharia de Estradas de Baixo Volume, Manual de Campo das Melhores Práticas
de Gestão tem a intenção de proporcionar um panorama dos principais aspectos de planejamento,
localização, desenho, construção e manutenção das estradas que podem provocar impactos ambientais
adversos, além de enumerar as principais maneiras para prevenir esses impactos. As Melhores Práticas
de Gestão são técnicas gerais ou práticas de desenho que, quando aplicadas e adaptadas para se
ajustarem às condições específicas do local, poderão prevenir ou reduzir a poluição e manter a
qualidade da água. As Melhores Práticas de Gestão para estradas foram desenvolvidas por muitas
agências porque as estradas, com frequência, causam um impacto ambiental importante na qualidade
da água e a maioria destes impactos pode ser evitada com boas práticas de engenharia e de gestão.
As estradas que não são bem planejadas ou localizadas, que não são bem desenhadas ou construídas,
que não recebem boa manutenção ou não são feitas com materiais duráveis normalmente causam
efeitos negativos na qualidade da água e do ambiente.

Este Manual apresenta muitas dessas práticas desejáveis. Felizmente, a maioria das “Melhores Práticas
de Gestão” são também sólidas práticas de engenharia e tem uma boa relação custo/benefício ao
prevenir falhas e reduzir as necessidades de manutenção e os custos de reparação. Também leve em
conta que o "melhor" é relativo, e por isso, as práticas apropriadas dependem até certo ponto da
localização ou do país, do nível de necessidade de melhoras, e das leis e regulamentações locais. As
melhores práticas também continuam evoluindo com o tempo.

Este manual tenta abordar os temas fundamentais das estradas da maneira mais simplificada possível.
Os temas complexos deverão ser abordados por engenheiros e especialistas com experiência. São
incluídos os “SIM” (PRÁTICAS RECOMENDADAS) e os “NÃO” (PRÁTICAS QUE
DEVEM SER EVITADAS) nas atividades de estradas rurais, além de algumas informações relevantes
de desenho básico. Essas práticas fundamentais podem ser aplicadas em estradas no mundo todo e
para uma ampla gama de usos e padrões de estradas. Geralmente as práticas recomendadas podem

MPG PARA ESTRADAS DE BAIXO VOLUME: vii


ser adaptadas para se ajustarem às condições locais e materiais disponíveis. Informação adicional
sobre COMO fazer o trabalho pode ser encontrada em outras referências selecionadas, como o
“Manual de Estradas de Baixo Volume de Mínimo Impacto”.

A maioria das práticas pode ser aplicada em uma ampla gama de padrões de estradas, desde estradas
com superfície nativa de uma pista até estradas pavimentadas de duas pistas. As práticas gerais desejáveis
incluem o bom planejamento e localização da estrada, realizar a análise ambiental, reconhecer a
necessidade de drenagem eficiente da superfície e garantir estruturas de cruzamento de drenagem do
tamanho adequado, utilizando taludes de corte e aterro, utilizando medidas de controle da erosão,
desenvolvendo bons bancos de materiais e recuperando os locais depois de completar o trabalho.

Certas práticas de desenho, como a utilização de declives ondulados, estradas com talude externo ou
passagens d'água a vau, têm uma ótima relação custo/benefício e são muito simples, mas geralmente
são aplicadas em estradas rurais de baixa velocidade por motivos de segurança, assuntos de alinhamento
vertical ou atrasos inaceitáveis no tráfego. Outros temas, como a utilização de pontes de vigas de
madeira, são muito desejáveis para cruzamentos de riachos em regiões em desenvolvimento para
evitar dirigir na água, mas seu uso atualmente é desencorajado por algumas agências, como o Serviço
Florestal dos Estados Unidos, devido a sua curta vida útil e seu desempenho potencialmente imprevisível.
Portanto, a informação aqui apresentada deverá ser considerada nos termos das condições locais,
materiais disponíveis, padrões de estradas, prioridades de projetos ou recursos, sendo depois aplicada
de uma maneira prática e segura.

As regras, políticas de organizações, regulamentações ou leis locais podem entrar em conflito com
algumas destas informações ou podem incluir informação mais específica do que a incluída aqui.
Portanto, o bom senso deverá ser utilizado na aplicação da informação apresentada neste manual, e
as regulamentações e leis locais deverão ser seguidas ou modificadas conforme o necessário.

Você poderá reproduzir ou copiar qualquer segmento deste Manual. No entanto, por favor, reconheça
este Manual como fonte da informação.

É Permitida a Reprodução Deste Manual de Campo

Termo de Responsabilidade
Este Manual de Campo não constitui um padrão, especificação ou regulamentação de, ou em vinculação
com algum grupo profissional, organização ou entidade política. Tem a intenção de ser somente um
manual para a boa engenharia de estradas e gestão ambiental sólida em países em desenvolvimento,
com base no juízo profissional e na experiência dos autores.

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ENGENHARIA DE ESTRADAS DE BAIXO VOLUME
Manual de Campo das Melhores Práticas de Gestão

ÍNDICE

Prólogo iii

Agradecimentos v

Prefácio vii

Definição de Termos xi

Capítulo 1 Introdução 1

Capítulo 2 Análise Ambiental 5

Capítulo 3 Aspectos do Planejamento e Aplicações Especiais 11


Principais Aspectos Relacionados com as Estradas
Redução da Vulnerabilidade em caso de Desastres Naturais
Administração de Zonas de Proteção de Água (ZPA)
Exploração Florestal

Capítulo 4 Engenharia de Estradas de Baixo Volume 21


Planejamento de Estradas
Localização de Estradas
Levantamento Topográfico, Desenho e Construção de Estradas
Custo das Estradas
Manutenção de Estradas
Fechamento de Estradas

Capítulo 5 Hidrologia para o Desenho de Drenagem Transversal 37

Capítulo 6 Ferramentas para o Desenho Hidráulico e de Estradas 43

Capítulo 7 Drenagem para Estradas de Baixo Volume 53


Controle da Drenagem Superficial das Estradas
Controle de Bocas e Saídas de Drenagens Transversais e Valetas
Cruzamento de Canais Naturais
Cruzamento de Zonas Úmidas e de Planícies; Uso de Subdrenagem

MPG PARA ESTRADAS DE BAIXO VOLUME: ix


Capítulo 8 Uso, Instalação e Dimensionamento de Bueiros 75

Capítulo 9 Passagens d'água a Vau 91

Capítulo 10 Pontes 97

Capítulo 11 Estabilização de Taludes e Estabilidade de Cortes e Aterros 103

Capítulo 12 Materiais para Estradas e Bancos de Materiais 115

Capítulo 13 Controle da Erosão 129

Capítulo 14 Estabilização de Quebradas 141

Referências Selecionadas 147

MPG PARA ESTRADAS DE BAIXO VOLUME: x


Def inição de T
Definição ermos
Termos

Def
Definição
Dividido por temas:
Seção I Componentes da Estrada ix

inição de T
Seção II Seção Estrutural e de Materiais da Estrada xii
Seção III Drenagem Superficial xiii
Seção IV Bueiros e Drenagem Transversal xv
Seção V Passagens d'água a Vau xvii
Seção VI Controle da Erosão xviii
Seção VII Termos Vários xx

Termos
ermos
I. COMPONENTES DA ESTRADA

Figura (I.1) Termos usados para definir estradas de baixo volume

Estrada em corte

Talude de aterro (Terrapleno)


Talude de
corte

Acostamento

(Pista de Rolamento)
Bueiro
Camada Superficial
Base do pavimento
Subgreide

MPG PARA ESTRADAS DE BAIXO VOLUME: xi


Figura (I.2) Termos usados para definir estradas de baixo volume (seção transversal)

Faixa de domínio

Limite de clareira
clareira
Limite de

Limite de propriedade
Plataforma da estrada (Limite de construção)
Limite de propriedade

Limite de clareira
Terreno natural

Acostamento
Acostamento
Largura
Talude de corte de terraplenagem
Berma

Camada superficial
Base do pavimento

Subgreide Talude de aterro (Terrapleno)


Valeta

Pista de rolamento
Pé do talude

Acostamento (Shoulder) - Faixa pavimentada ou não ao longo da beira da pista de rolagem da estrada. Um acostamento
interior fica do lado do talude de corte. Um acostamento exterior fica do lado do talude de aterro.
Aterro armado (Reinforced Fill) - Aterro no qual foi colocado reforço de tensão através de contato por fricção com
o solo circundante, com a finalidade de aumentar a estabilidade e a capacidade de carga. Os aterros reforçados estão
formados por material de terra ou pedra colocado em camadas com elementos de reforço para formar taludes, muros,
terraplenos, represas e outros tipos de estruturas. Os elementos de reforço vão desde simples vegetação até produtos
especializados tais como fitas de aço, malhas de aço, geomalhas de polímeros e geotêxteis.
Aterro lateral (Side-Cast Fill) - Material escavado posto sobre um talude preparado ou natural ao lado da escavação
para construir a largura de terraplenagem. O material geralmente não é compactado.
Berma (Berm) - Canteiro de pedra, solo ou asfalto geralmente ao longo da margem exterior do acostamento da
estrada, usado para controlar a água superficial. Canaliza o escorrimento superficial para pontos específicos onde a
água pode ser escoada da superfície de rolagem sem produzir erosão.
Camada de pavimento (Base Course) - Veja a Seção II abaixo.
Contraforte (Buttress) - Estrutura desenhada para resistir forças laterais. Geralmente é construída à base de enrocamento
de proteção, gabiões ou solo drenado para dar suporte ao pé de um talude em zonas instáveis.
Corte e aterro (Cut-and-fill) - Método para construir estradas no qual as estradas são construídas fazendo um corte
na ladeira e estendendo os materiais escavados em pontos adjacentes baixos e como material compactado para aterro
lateral ao longo da rota. Em um "corte e aterro equilibrado" todo o material do "corte" é utilizado para construir o
"aterro". Em um desenho equilibrado de corte e aterro não há material desperdiçado em excesso e nem há necessidade
de acarretar material de aterro adicional. Por tanto, o custo é minimizado.
Corte em bancada e transporte final (Full Bench Cut and End Haul) - Método de construção de estradas onde
a estrada é construída recortando todo o talude e acarretando todo o material restante (transporte final) até uma área
de depósito fora do local.
Declividade [Grade (Gradient)] - A inclinação da estrada no seu alinhamento. Esta declividade é expressa em

MPG PARA ESTRADAS DE BAIXO VOLUME: xii


percentagem - a relação entre a mudança na elevação e distância percorrida. Por exemplo, uma inclinação de +4%
indica um ganho de 4 unidades de medida em elevação a cada 100 unidades de medida percorridas.
Estrada de baixo volume de tráfego (Low-Volume Road) - Um tipo de sistema de transporte que é geralmente
construído para administrar ou explorar recursos de zonas rurais ou não desenvolvidas. Esses sistemas únicos no seu
gênero foram desenhados para suportar volumes baixos de tráfego com cargas por eixo potencialmente extremas.
São geralmente definidas abaixo de 400 VMDAT (Volume Médio Diário Anual de Tráfego).
Estrada em corte (Through Cut) - Estrada cortada através de uma ladeira ou, mais frequentemente, através de uma
crista, onde existem taludes de corte nos dois lados da estrada.
Estrada sobre aterro (Through Fill) - Diferente de uma estrada em corte, uma estrada de aterro é um segmento de
estrada formado por material de aterro, com taludes de corte nos dois lados da estrada.
Faixa de domínio (Right-of-Way) - Faixa de terreno sobre a qual são construídas obras como estradas, ferrovias ou
linhas de transmissão de energia elétrica. Legalmente constitui uma cessão que outorga direito de passagem sobre o
terreno de outros.
Largura de terraplenagem (Roadbed) - Largura da estrada utilizada pelos veículos, incluindo os acostamentos,
medido na parte superior do subgreide.
Linha central (Road Center Line) - Linha imaginária que corre longitudinalmente ao longo do centro da estrada.
Obra de contenção ou de arrimo (Retaining Structure) - Estrutura desenhada para resistir delocamentos laterais
de solo, água, ou outro tipo de material. É geralmente utilizada para dar suporte à estrada ou para ganhar largura da
estrada em terrenos escarpados. Frequentemente são construídas utilizando gabiões, concreto reforçado, estruturas
de madeira ou terra mecanicamente estabilizada.
Pistas de rolamento [Traveled Way (Carriageway)] - A parte da estrada construída para a circulação de veículos
em movimento, incluídas as pistas de tráfego e os desvios - sem incluir os acostamentos.
Plataforma da estrada (Limites de construção ou largura de formação) [Roadway (Construction Limits or
Formation Width)] - Largura horizontal total do terreno afetado pela construção da estrada, desde a parte superior
do talude de corte até o pé do aterro ou da zona nivelada.
Relação de talude (Slope Ratio) - Uma forma de expressar os taludes construídos como uma relação entre a
distância horizontal e a elevação vertical, como 3:1 (3m horizontais por cada metro vertical de elevação ou depressão).
Seção transversal (Cross-Section) - Desenho onde é mostrada uma seção da estrada cortada na largura da mesma
(veja a Figura i.2 anterior). Também pode ser usado em um cana, em um talude ou em uma ladeira.
Subgreide (Subgrade) - Veja a Seção II abaixo.
Superfície de rolagem (Rodagem) [Surface Course (Surfacing)] - Veja a Seção II abaixo.
Talude de aterro (Talude do terrapleno) [Fill Slope (Embankment Slope)] - Talude inclinado que abrange desde
a margem exterior do acostamento da estrada até o pé (base) do aterro. Essa é a superfície que se formada onde o
material é depositado para a construção da estrada.
Talude de corte [Cut Slope (Back Slope or Cut Bank)] - A face artificial ou talude cortado no solo ou rocha ao
longo da beira interna da estrada.
Terrapleno (Aterro) [Embankment (Fill)] - Material escavado colocado sobre a superfície de um terreno preparada
para construir o subgreide da estrada e o molde da largura de terraplenagem.
Terreno natural (Nível do terreno natural) [Natural Ground (Original Ground Level)] - A superfície do terreno
natural que existia antes da alteração e/ou da construção da estrada.
Transporte final (End Haul) - A remoção e transportação do material escavado fora do local da obra para um
depósito estável (em vez de colocar o material do aterro perto da área de escavação).

MPG PARA ESTRADAS DE BAIXO VOLUME: xiii


Valeta [Ditch (Side Drain)] - Canal ou vala pouco profunda ao longo da estrada para captar a água da estrada e do
terreno adjacente e transportá-la até um ponto adequado para ser escoada. Geralmente fica ao longo da beira interior
da estrada. Pode estar localizada ao longo da beira exterior ou ao longo dos dois lados da estrada.

Vista aérea [Plain View (Map View)] - Vista do terreno tomada do alto. Um desenho com esta vista é semelhante
ao que poderia ver uma ave ao voar por cima da estrada.

II. SEÇÃO ESTRUTURAL E DE MATERIAIS DA ESTRADA

Figura (II) Seção estrutural da estrada

Camada superficial ou
pista de rolamento

Base do pavimento

Sub-base

Subgreide

Base do pavimento [Base Course (Base)]- Essa é a camada principal de distribuição da carga nas pistas de rolamento.
O material da base do pavimento está formado normalmente por pedra triturada, cascalho, solos com cascalho, rocha
decomposta, areias e argilas arenosas estabilizadas com cimento, cal ou betume.
Camada de rolamento (Superfície de rolamento) [Wearing Course (Wearing Surface)] - A camada superior da
superfície da estrada sobre a qual transitam os veículos. Deve ser durável, pode ter uma alta resistência à derrapagem
e, geralmente, deve ser resistente à água superficial. As superfícies de rolamento podem ser o solo local, agregado,
revestimentos (seal) ou asfalto.
Camada superficial (Revestimento superficial) [Surface Course (Surfacing)] - A camada superior da superfície da
estrada, chamada também superfície de rolamento. Alguns dos materiais de revestimento usados para melhorar o conforto
do motorista, proporcionar suporte estrutural e impermeabilizar a superfície da estrada durante a temporada de chuva,
são: pedra, empedrado, agregado triturado e pavimento como tratamento superficial betuminoso e concreto asfáltico.
Desagregação/Desmoronamento (Raveling) - Processo no qual o material grosso da superfície da estrada se solta
e se separa da largura de terraplenagem devido à falta de ligante ou a uma graduação inadequada do material. O termo
também é aplicado a um talude onde a pedra ou o material grosso se desagrega e rola pelo talude de corte ou aterro.
Jazida de empréstimo (Banco de empréstimo [Borrow Pit (Borrow Site)] - Área onde são realizadas escavações
para produzir materiais para obras, tais como material de aterro para terraplenagem. Geralmente é uma área pequena
usada para extrair areia, cascalho, pedra ou solo sem nenhum processamento posterior.
Ondulações (Corrugações) [Washboarding (Corrugations)] - Uma série de sulcos e depressões ao longo da
estrada provocados nas superfícies de solo e agregado devido à falta de coesão superficial. Isto é geralmente o
resultado da perda de finos na superfície da estrada por causa de condições secas ou materiais inadequadamente
graduados. Estas condições pioram com as velocidades excessivas dos veículos e com os altos volumes de tráfego.
Pedreira (Quarry) - Área de onde são extraídos pedra, enrocamento de proteção, agregados e outros materiais de
MPG PARA ESTRADAS DE BAIXO VOLUME: xiv
construção. Frequentemente o material deve ser escavado através de escarificação ou explosivos, e geralmente deve
ser processado através de trituração ou peneiração para produzir a graduação especifica para o agregado.
Sub-base (Sub-Base) - sta é a camada secundária de distribuição da carga e que está subjacente à camada superficial.
Normalmente está formada por um material que tem uma menor resistência e durabilidade do que o material usado na
base. Por exemplo, cascalho natural sem processar, cascalho/areia ou uma combinação de cascalho/areia/argila.
Subgreide (Subgrade) - A superfície da largura de terraplenagem sobre a qual são construídas as camadas de sub-
base, base ou camada superficial. No caso de estradas sem base ou sem camada superficial, essa parte da largura de
terraplenagem torna-se a superfície final de rolamento. O subgreide geralmente está no nível do material local.

III. DRENAGEM SUPERFICIAL

Figura (III.1) Drenagem superficial de estradas

Valeta exterior
Valeta de captação de
água na parte superior
Valeta
interior Talude de corte
Estra
da

Valetas de
saída
Drenagem
Arbustos para transversal em
controlar a declive
erosão

Abaulamento/Coroa (Crown) - Uma superfície arqueada tem a maior elevação na linha central (convexa) e taludes
descendentes em ambos os lados. O abaulamento é utilizado para facilitar a drenagem da água em uma superfície de
estrada ampla.
Barreira para água (Waterbar) - Sistema de drenagem com espaçamentos frequentes, usando montículos de solo
sobre a superfície da estrada que interrompem o fluxo da água e o desviam para fora da mesma. É possível permitir
que passem sobre eles veículos altos ou, se necessário, usá-los como obstáculo.
Declive ondulado superficial [Rolling Dip (Dip, Broad-Based Dip)] - Estrutura de drenagem superficial com um
desvio na declividade da estrada, desenhado especificamente para drenar a água desde uma valeta interior ou através
da superfície da estrada, enquanto a velocidade de deslocamento dos veículos se reduz (veja a foto inferior da capa
deste Manual).
Drenagem transversal [Cross-Drain (X-Drain)] - Estruturas instaladas ou construídas, como bueiros e declives
ondulados, que escoam a água de um lado da estrada para o lado oposto.
Enrocamento (Armor) - Pedras o outro tipo de material colocado nos muros de cabeceira, no solo ou em valetas,
para evitar que a água cause erosão, socave ou desagregue o solo.

MPG PARA ESTRADAS DE BAIXO VOLUME: xv


Enrocamento de proteção (Riprap) - Pedras grandes duráveis e bem graduadas, idealmente com superfícies fraturadas,
com o tamanho adequado para resistir a socavação ou o movimento da água e instaladas para evitar a erosão do
material do solo nativo.
Figura (III.2): Declives ondulados com enrocamento

Talude interno
ou externo

a
Talude de corte rad
Est

s
clive dos
De dula Saída
on Talude de aterro protegida com
enrocamento

Escombro (Debris) - Material orgânico, pedras e sedimentos (folhas, arbustos, madeira, pedras, etc.) frequentemente
misturados, que são considerados indesejáveis (em um canal ou estrutura de drenagem).
Estrutura de drenagem (Drainage Structure) - Estrutura instalada para controlar, desviar ou escoar a água fora ou
através de uma estrada, incluindo, mais sem estar limitada a: bueiros, pontes, valetas de drenagem, passagens a vau e
declives ondulados.
Estrutura de retenção (Dique ou controle de socavação) [Check Dam (Scour Check, or Dike)] - Pequena
represa construída em uma quebrada ou valeta para diminuir a velocidade do fluxo, minimizar a socavação do canal e
para captar sedimentos.
Interior/Exterior (Inside/Outside) - Referência a um elemento na parte interna de uma estrada, que é geralmente o
lado do talude de corte (talude posterior) / Referência a um elemento na parte externa de uma estrada, que é geralmente
o lado do talude de aterro.
Subdrenagem (Dreno subterrâneo) [Underdrain (Subsurface Drain)] - Vala soterrada preenchida com agregado
grosso, areia grossa ou cascalho, que geralmente é colocada na linha da valeta ao longo da estrada e cuja função é a
de drenar a água subterrânea de uma zona úmida e escoá-la para um ponto seguro e estável. As subdrenagens pode
usar um tamanho uniforme de pedras, estar cobertas com geotêxtil e ter um tubo perfurado de drenagem no parte
inferior da vala.
Subdrenagem [French Drain (Underdrain)] - Vala enterrada preenchida com agregado grosso e geralmente colocada
na linha da valeta ao longo da estrada, que tem a função de drenar a água subterrânea de uma zona úmida e escoá-la
para um ponto seguro e estável. A subdrenagem pode usar pedras de diversos tamanhos, mas não há uma tubulação
de drenagem no fundo da vala.
Talude externo (Outslope) - O talude transversal externo do subgreide ou da superfície de uma estrada, geralmente
medido com uma percentagem. O talude interno é utilizado para facilitar a drenagem da água na superfície da estrada
diretamente para fora da beira exterior da mesma. Uma estrada com talude externo tem seu ponto mais alto na parte
superior da ladeira ou parte interna da estrada e descende até a beira exterior da estrada e do talude de aterro.
MPG PARA ESTRADAS DE BAIXO VOLUME: xvi
Talude Interno (Inslope) - O talude transversal interno do subgreide ou da superfície de uma estrada, geralmente
medido com uma percentagem. O talude interno é utilizado para facilitar a drenagem da água na superfície da estrada
para uma valeta interior. Uma estrada com talude interno tem seu ponto mais alto na beira exterior da estrada e
descende até a valeta ao pé do talude de corte, ao longo da beira interior da estrada.
Valeta de pé de corte [Catch Water Ditch (Intercept Drain) - Escavação de fundo plano ou valeta colocada sobre
um talude de corte, desenhada para interceptar, captar e drenar escorrimentos superficiais antes de passar sobre o
talude de corte, para proteger o talude e a estrada da erosão.
Valetas de saída (Desvios, valeta exterior) [Lead-Off Ditches (Turnouts, Outside Ditch, or Mitre Drains)] -
Escavações desenhadas para desviar a água fora da valeta e da estrada (em pontos onde isto não ocorra naturalmente)
com a finalidade de reduzir o volume e a velocidade da água que escorre pelas valetas ao longo da estrada.

IV. BUEIROS E DRENAGEM TRANSVERSAL

Figura (IV.1) Componentes de um bueiro

Muro de Largura de terraplenagem


cabeceira com ou
sem ala de bueiro
Talude de aterro
Aterro
Boca compactado

Bueiro
Terreno natural
Saída
Longitude total
da tubulação

Soleira
Distância entre muros de cabeceira

Figura (IV.2) Drenagem transversal natural com bueiro

Estrad
a
Decliv
e
drenag ondulado o
em tra u
nsvers
al do b
Vegetação para ueiro
controlar a erosão Declive reforçado para
transbordamento

Bueiro

Barreiras para água

Canal com enrocamento

Curso d’água ou canal


de drenagem natural

MPG PARA ESTRADAS DE BAIXO VOLUME: xvii


Ala de bueiro (Wing Walls) - Estruturas de alvenaria ou de concreto construídas ao lado dos muros de cabeceira
da boca e da saída dos bueiros, feitas para reter o aterro da estrada e para escoar a água para dentro e fora da
estrutura de drenagem enquanto protege a estrada e o aterro da erosão.
Área de captação (Catch Basin) - Bacia escavada ou construída na boca do tubo de drenagem transversal do
bueiro, que é usada para armazenar a água e escoá-la para o tubo do bueir.
Arraste (Piping) - O deslocamento de solo fino por baixo de uma tubulação, terrapleno ou estrutura, provocado por
forças de filtragem e pelo movimento da água, que pode fazer com que uma estrutura seja socavada e falhe.
Boca (Inlet) - A abertura em uma estrutura de drenagem ou tubulação através da qual a água entra para a estrutura.
Bolo radicular (Rootwad) - O montão de raízes de árvore e de terra que é extraído do solo ao desenterrar uma
árvore.
Borda livre (Freeboard) - A altura adicional de uma estrutura acima do nível de cheia de desenho para evitar
transbordamentos. Além disso, a borda livre é a distância vertical entre o nível da água e a parte inferior do tabuleiro,
das vigas ou da estrutura de uma ponte.
Bueiro (Culvert) - Tubo de drenagem geralmente feito de metal, concreto ou plástico e colocado por baixo da
superfície da estrada, para escoar a água desde o interior da estrada até o exterior da mesma, ou por baixo dela. Os
bueiros são utilizados para drenar valetas, mananciais e fluxos de água que cruzam a estrada. A base é o piso ou fundo
da estrutura no seu ponto de entrada.
Caixa de captação (Drop Inlet) - Bacia de alvenaria ou de concreto, ou elevação vertical na boca de um bueiro de
metal, geralmente do mesmo diâmetro que o bueiro, e geralmente com aberturas para permitir que a água flua para o
esgoto na medida em que o nível da água sobe ao redor da parte exterior. Frequentemente as caixas de captação são
usadas em bueiros de escoamento de valetas onde os sedimentos ou escombros poderiam entupir o encanamento.
Uma caixa de captação também ajuda a controlar a elevação da valeta.
Curso d'água perene (Perennial Stream) - Curso d'água que normalmente tem água corrente o ano todo.
Espigões/Guia-corrente [Stream Barb (Jetty) - Geralmente são dentículos de rocha de baixa altura que se projetam
nas margens de um riacho estendendo-se até o canal do riacho para desviar a correnteza e afastá-la de uma margem
erosiva.
Extensão do nível máximo da água [Bank Full Width (Ordinary High Water Width)] - Largura da superfície do
canal medida na época de cheia. Este fluxo, em média, tem um intervalo de recorrência de aproximadamente 1,5 anos.
A etapa de cheia é o fluxo dominante de formação do canal e é identificada geralmente como o limite superior normal
da socavação do canal, abaixo do qual não cresce vegetação perene.
Muro de cabeceira (Headwall) - Muro construído com concreto, gabiões, alvenaria ou madeira, ao redor da boca
ou saída de um tubo ou estrutura de drenagem, para aumentar a capacidade de fluxo da boca, reduzir o risco de danos
por escombros, reter o material de aterro e minimizar a socavação ao redor da estrutura.
Nível máximo da água (High Water Mark) - A linha sobre o leito ou beira do rio estabelecida pelo nível máximo da
água. Isto é geralmente identificado por evidências físicas como uma impressão natural (berma pequena) sobre a
margem, por mudanças nas características do solo, pela destruição da maior parte da vegetação ou pela presença de
lixo e escombros.
Planície de inundação (Flood Plain) - Zona nivelada ou com leve declividade para qualquer um dos lados do canal
ativo (principal) que às vezes fica submersa durante os períodos de cheia ou enchente. Os sedimentos se depositam e
se acumulam nessa zona ao longo do canal principal.
Proteção de saída (Outlet Protection) - Dispositivos ou materiais, como muros de cabeceira ou enrocamento
colocados na saída das tubulações ou estruturas de drenagem para dissipar a energia da água corrente, reduzir sua
velocidade de fluxo e prevenir a socavação do canal ou do leito.

MPG PARA ESTRADAS DE BAIXO VOLUME: xviii


Saída (Outlet) - A abertura de uma estrutura ou tubulação de drenagem através da qual a água deixa a estrutura. A
saída é geralmente mais baixa do que a entrada para fazer com que a água flua através da estrutura.
Seção terminal metálica (Metal End Section) - Muro de cabeceira/ala de bueiro artificial, fabricado geralmente
com o mesmo tipo de metal que o bueiro, para melhorar a capacidade de fluxo na boca.
Sedimentos de fundo (Bedload) - Sedimentos ou outro tipo de materiais que se deslizam, giram ou batem ao longo
do leito ou fundo do canal devido ao fluxo da água.
Socavação (Scour) - Erosão ou movimento do solo no fundo ou nas margens de um canal, em um curso d'água ou
atrás de uma estrutura, causada geralmente por um aumento na velocidade da água ou devido à falta de proteção.
Vertedouro (Apron) - Uma extensão da estrutura do muro de cabeceira construída no nível do solo ou do curso
d'água e desenhada para proteger o fundo do canal das altas velocidades de fluxo e para escoar a água com segurança
fora da estrutura de drenagem.

V. PASSAGENS D'ÁGUA A VAU

Figura (V.1) Passagem d'água a vau simples

Curso d’água Valeta

Declive ondulado ou
Passagem d’água drenagem transversal de
a vau úmida Camada superficial bueiro
com cascalho ou
pedra
Declive Fundo do
canal com
enrocamento

Descarte madeireiro

Figura (V.2) Passagens d'água a vau melhorada

Nível máximo de
cheia
Curso d’água
perene

Passagem d’água a
vau melhorada

Estrada

Nível normal da água

MPG PARA ESTRADAS DE BAIXO VOLUME: xix


Passagens d'água a vau (Vented Ford) - Estrutura desenhada para deixar passar o fluxo de água normal ou baixo
de um canal ou curso d'água de forma segura através da estrutura (por exemplo, bueiros) por baixo de uma superfície
da estrada endurecida ou reforçada. Durante períodos de cheia ou enchente, o fluxo passa por cima da estrutura e
geralmente impede a passagem de veículos.
Passagens d'água a vau melhoradas [Ford (Low-Water Crossing) (Drift); Improved] - Estrutura de alvenaria,
concreto, gabiões ou outra superfície endurecida construída através do fundo de um curso d'água intermitente ou
constante para melhorar a passagem de veículos durante períodos de estiagem e para minimizar a alteração do canal
ou a produção de sedimentos.
Passagens d'água a vau simples [Ford (Low-Water Crossing) (Drift); Simple] - Estrutura de pedras ou de outro
material endurecido que é construída através do fundo de uma quebrada ou leito de um riacho que está geralmente
seco, para melhorar a passagem de veículos durante períodos de estiagem ou seca.

VI. CONTROLE DA EROSÃO

Figura (VI.1) Uso de vegetação, materiais florestais e rocha para controle da erosão
Cercas vivas
(Controle Biotécnico
da Erosão)
Barreira de
sedimentos

Plataforma de
carga

Cam
sup ada
revestiedrficial
a a com
(Contrgoregado
le
da Eros Físico
ão)
Caixa de Gram
Enrocamento
captação de retençãa, cobertura
sedimentos o d
de Proteção outr de umida e
(Controa vegetaçãode e
le V
E r o s ãeogetal da
)

Descarte madeireiro e materiais


florestais espalhados pelo terreno
(Controle Físico da Erosão)

Mudas com
raízes

Aterro Figura (VI.2) Medidas biotécnicas de controle


de erosão - muro com estacas vivas
Muro de
pedra

Estacas
Estrada
vivas

Alicerce

MPG PARA ESTRADAS DE BAIXO VOLUME: xx


Barreira de arbustos (Brush Barrier) - Estrutura para o controle de sedimentos, formada por vegetação de arbustos
vivos ou descartes madeireiros acumulados ao pé de um talude de aterro, seguindo o contorno do talude, ao longo da
estrada ou na saída de bueiros, valetas de desvio, de declives ou barreiras para água, para reter os sedimentos.
Barreira de sedimentos (Silt Fence) - Barreira temporária usada para interceptar o escorrimento carregado de
sedimentos que desce pelos taludes. Geralmente é feita de materiais geotêxteis porosos.
Caixa de retenção de sedimentos (Sediment Catchment Basin) - Bacia artificial desenhada para diminuir a velocidade
da água e para reter sedimentos na medida em que vão sendo depositados na água.
Camadas de vegetação (Brush Layers) - A prática biotécnica de escavar terraços de pouca altura na superfície de
um talude, colocando em camadas mudas de vegetação que voltarão a crescer, e plantando as mudas no solo. As
mudas são plantadas no sentido perpendicular ao contorno do talude.
Cercas vivas de árvores (Vegetative Contour Hedgerow) - Fileiras de árvores e de arbustos que geralmente são
plantados nos contornos através dos taludes, que conformam uma fronteira e que podem proporcionar controle de
proteção contra a erosão induzida por fluxo superficial e, ao mesmo tempo, produzir alimento e refúgio para a fauna.
Cobertura de retenção de umidade/Húmus (Mulch) - Material colocado ou espalhado sobre a superfície do solo
para protegê-lo da chuva e da erosão de quebradas, e para reter umidade para estimular o crescimento de vegetação.
As coberturas de retenção de umidade incluem mudas de vegetação, grama, lascas de madeira, pedra, palha, fibra de
madeira e uma variedade de outros materiais sintéticos e tapetes.
Controle biotécnico de erosão (Biotechnical Erosion Control) - Combinação de medidas estruturais e de vegetação
utilizadas para prevenir a erosão ou para estabilizar taludes e margens de canais. O termo "biotécnico" descreve vários
métodos que utilizam uma cobertura vegetal que combina plantas vivas, latentes e/ou em decomposição nas margens
e nas beiras de tal maneira que proporcionem suporte estrutural, por si mesmas ou em combinação com enrocamento
de proteção ou estruturas físicas de madeira ou gabiões.
Controle da erosão (Erosion Control) - A ação de diminuir ou eliminar o processo de erosão produzido pelo
impacto das gotas de chuva, pela formação de sulcos, quebradas, ou pelo desmoronamento e outros processos
superficiais.
Descarte madeireiro (Slash) - Todas as copas das árvores, galhos, casca e produtos florestais de dejeto, galhos
derrubados pelo vento ou outro tipo de escombros deixados no terreno como resultado da exploração de madeira ou
outros produtos florestais.
Erosão (Erosion) - Processo através do qual a superfície do terreno é arrastada e as partículas de solo são deslocadas
pela ação do vento ou da água em forma de gotas de chuva, escorrimentos superficiais e a ação de ondas.
Escarificação (Scarification) - Ação de destruir ou tirar a superfície do bosque ou de uma estrada e de misturá-la
com solo mineral, geralmente através de equipamento mecânico, para amolecer o solo, reduzir a compactação e
preparar a zona para semear capim ou árvores.
Espécies nativas (Native Species) - Espécies que surgem ou vivem naturalmente em certa zona (nativas), como
podem ser as plantas nativas que crescem localmente.
Estacas vivas (Live Stakes) - Seções de plantas lenhosas que são cortadas em partes (estacas) e colocadas ou
enterradas no talude. A matéria vegetal é colocada durante o outono ou a primavera, quando a planta original (e
consequentemente as mudas tiradas dela) está latente. O material vegetal usado para estacas é geralmente das espécies
resistentes cujas mudas enraízam facilmente, e com o tempo crescerão até se transformar em árvores que reforçam a
estrutura do solo que recobre o talude.
Feixe de galhos [Wattles (Live Fascine)] - Feixes longos de arbustos ou galhos cortados e amarrados entre si
formando estruturas alongadas, que são enterradas ou fixadas com estacas seguindo o contorno de um talude,

MPG PARA ESTRADAS DE BAIXO VOLUME: xxi


preferentemente para que brotem e formem uma armadilha para sedimentos ou para desviar o fluxo superficial que
desce pelo talude.
Grama vetiver (Vetiver Grass) - Uma das muitas variedades de grama não invasiva em grandes fardos, que é usada
amplamente para o controle de erosão e conservação de umidade. Quando semeada em fileiras, torna mais lento o
escorrimento e serve como filtro para os sedimentos. Seu sistema de raízes em forma de cortina ajuda a ancorar o solo
e não prejudica as raízes de cultivos próximos.
Leiras (Windrow) - Descartes madeireiros e vegetação lenhosa empilhados em fileiras para capturar sedimentos e
para que se descomponham com o tempo ou para eventualmente serem queimados.
Medidas de controle de erosão através do uso de vegetação (Vegetative Erosion Control Measures) - Uso
de mudas ou estacas vivas, sementes e grama para usar vegetação (capim, arbustos, árvores) para o controle da
erosão e para proteção de taludes.
Medidas físicas de controle da erosão (Physical Erosion Control Measures) - Medidas não vegetais usadas para
controlar a erosão, tais como reforço do solo com enrocamento de proteção, barreiras de sedimentos, esteiras,
gabiões, estendendo ou colocando leiras de descartes madeireiros, etc., além de controlar a água através de bacias de
amortecimento, valetas reforçadas de drenagem, etc.
Mulching (Mulching) - Proporcionar uma cobertura solta em áreas de solo exposto usando materiais como grama,
palha, casca de árvore ou fibras de madeira para ajudar a controlar a erosão e proteger o solo exposto.
Prevenção da erosão (Erosion Prevention) - Prevenir a erosão antes que ela ocorra. A prevenção da erosão é
geralmente mais econômica e efetiva do que o controle da erosão. O objetivo da prevenção da erosão é a proteção
de uma estrada, incluindo suas estruturas de drenagem, os taludes de corte e aterro e as zonas atingidas, além da
proteção da qualidade da água.
Sedimentação (Sedimento) [Sedimentation (Sediment)] - Solo, geralmente argila, silte e areia, que é erosionado
do terreno ou de estradas inadequadamente construídas e chega até um canal ou curso d'água, diminuindo geralmente
a qualidade da água nos rios, riachos e lagos.
Solos erosivos (Erosive Soils) - Solos que são relativamente suscetíveis à erosão e ao movimento provocado pelo
impacto das gotas de chuva e pelos escorrimentos superficiais. Os solos finos granulares sem coesão, como areias
finas derivadas da decomposição do granito ou silte, são conhecidos por serem muito erosivos.

VII. TERMOS VÁRIOS


Ângulo de repouso (Angle of Repose) - Máxima declividade ou ângulo no qual um material granular, como pedra
solta ou solo, permanece estável.
Área amortecedora, zona de amortecimento (Buffer Area) - Zona designada ao longo de um canal ou ao redor de
um corpo de água ou de uma zona com largura suficiente para minimizar a entrada de substâncias químicas florestais,
sedimentos ou outro tipo de poluentes no corpo de água ou para proteger a zona.
Curvas de nível (Contour) - Linhas desenhadas em um plano que conecta pontos com a mesma elevação. As curvas
de nível representam um mesmo valor com o intervalo de elevações selecionado de tal maneira que seja consistente
com o terreno, a escala e o uso previsto para o projeto. As curvas são níveis.
Estrada fora de serviço/Desabilitação (Road Decommissioning) - Fechamento permanente de uma estrada através
de técnicas que incluem o bloqueio do acesso, a colocação de galhos e de galhos sobre a largura de terraplenagem,
reflorestamento, colocação de barreiras para água, eliminação de aterros e bueiros ou o restabelecimento dos padrões
naturais de drenagem. No entanto, o traçado básico da estrada permanece. O resultado final é encerrar a função da
estrada e mitigar os impactos ambientais adversos produzidos pela mesma.

MPG PARA ESTRADAS DE BAIXO VOLUME: xxii


Exploração florestal (Derrubada de árvores) [Logging (Harvesting)] - A exploração florestal é o processo de
derrubada de árvores para obter madeira. Ela inclui a derrubada, o arraste, o carregamento e o transporte dos
produtos florestais, particularmente de troncos.
Fechamento de estrada (Road Obliteration) - Uma forma de fechar a estrada onde as zonas escavadas são
preenchidas novamente, os aterros e as estruturas de drenagem são removidos, os contornos são restaurados à sua
condição natural, a área é reflorestada, e em geral tenta-se restaurar a configuração e a condição natural do terreno.
Eliminando assim os impactos ambientais mais desfavoráveis produzidos pela estrada.
Fechamento temporário da estrada [Road Closure (Temporary)] - Fechamento do acesso veicular a uma estrada
através do uso de barricadas como grades, barreiras de troncos, montículos de terra, ou outro tipo de estruturas
provisórias. O resultado final é a restrição no uso da estrada por um tempo definido.
Gabiões (Gabions) - Gaiolas (geralmente de arame) recheadas com pedras (ou fragmentos de concreto britado)
entre 10 e 20 cm de tamanho, que são usadas para a construção de estruturas de controle da erosão, vertedouros,
proteção de margens ou estruturas de arrimo.
Hábitat (Habitat) - O meio ambiente natural que constitui o lar de plantas e animais nativos. Por exemplo, as margens
dos rios constituem o hábitat para insetos que são a principal fonte de alimentação de muitos peixes.
Impacto ambiental (Environmental Impact) - Ação ou série de ações que tem algum efeito sobre o meio ambiente.
Uma Avaliação do Impacto Ambiental prevê e analisa estes efeitos, tanto positivos como negativos, e as conclusões
são usadas como uma ferramenta para o planejamento e para a tomada de decisões.
Mantas geotêxteis (Tecido filtrante) [Geotextile (Filter Fabric)] - Têxtil fabricado com fibras sintéticas "plásticas",
que geralmente não são biodegradáveis, para formar um produto semelhante a um lençol. Os geotêxteis podem ser
tecidos ou não, e podem ter diferentes graus de porosidade, área aberta e propriedades de resistência. São usados
como barreiras contra a umidade, para separação ou reforço de solos, para filtração e para drenagem.
Medidas de compensação (Mitigação) (Mitigation) - A ação ou elemento específico usado para diminuir ou
eliminar um impacto ambiental adverso.
Melhoramento (Upgrading) - O processo através do qual se melhora o padrão de uma estrada existente ou se
altera para permitir uma maior capacidade e o uso seguro para um maior volume de tráfego.
Melhores Práticas de Gestão (MPG) [Best Management Practices (BMPs)] - Lineamentos práticos que podem
ser aplicados para diminuir o impacto ambiental das estradas e das atividades de gestão florestal (tais como construção
de estradas, trilhas de arraste e plataformas de carga de troncos) e para proteger a qualidade da água. As práticas
MPG incluem os principais aspectos de planejamento, localização, projeto, construção e manutenção de estradas ou
outras atividades que podem causar de impactos ambientais adversos, além de sugerir métodos para prevenir estes
impactos.
Objetivos da gestão de estradas (Road Management Objectives) - Objetivos que estabelecem a finalidade de
uma estrada específica com base em recomendações de gestão e objetivos de administração de acesso. Entre os
objetivos de administração de estradas estão os critérios de desenho, os critérios de operação e os critérios de
manutenção.
Plataforma de carga [Landing (Log Deck)] - Qualquer lugar na área de derrubada de árvores, ou próximo, onde os
troncos são empilhados depois de cortados, para posteriormente serem carregados e transportados. É uma área
relativamente plana, geralmente com um diâmetro dentre 20 e 50 metros.
Reabilitação (Recuperação, Restauração) [Reclamation (Rehabilitation)] - Atividades que recuperam, reparam
ou melhoram parte ou toda uma estrada existente, uma jazida de empréstimo ou uma zona alterada, que são restauradas
à sua condição original ou a alguma condição final desejada.

MPG PARA ESTRADAS DE BAIXO VOLUME: xxiii


Solo nativo (Native Soil) - Solo natural que se formou no local e não foi importado artificialmente.
Trilha de arraste [Skid Trail (Skidding)] - Caminho de acesso temporário não estrutural sobre o solo do bosque
que é utilizado para arrastar toras ou troncos até a plataforma de carga.
Zonas de proteção de águas (ZPA)/Área de preservação permanente (APP) [Streamside Management Zone
(SMZ)] - O terreno, junto com a vegetação que cresceu nele, que tem contato imediato com o curso d'água e está
suficientemente próximo para ter uma influência importante nas características ecológicas gerais e na função do canal.
Constitui uma zona de amortecimento ao longo de um riacho, onde as atividades são limitadas ou proibidas.

MPG PARA ESTRADAS DE BAIXO VOLUME: xxiv


Capítulo 1
Capítulo 1

Introdução
Introdução

Intr
Introdução
“As ideias custam centavos a dúzia. As pessoas que as põem em prática

odução
não têm preço”.
-A. Einstein

A
S ESTRADAS DE BAIXO VOLUME DE TRÁFEGO, O principal objetivo deste manual é poder ajudar
como as de acesso do agricultor ao mercado, aos engenheiros, planejadores, especialistas
as que enlaçam as comunidades e as usadas ambientais e administradores de estradas a tomar as
para a exploração mineira e florestal são parte melhores decisões, proteger o ambiente e construir
importante de qualquer infraestrutura de transporte. boas estradas de baixo volume. Os principais aspectos
São de grande importância para dar serviço ao público que devem ser levados em conta durante o
em zonas rurais, para melhorar o fluxo de bens e de planejamento de um projeto de estrada são as
serviços, para ajudar a promover o desenvolvimento, mudanças ou os impactos negativos que podem surgir
a saúde pública e a educação, além de serem uma em certa região, causados pela presença da estrada.
ajuda para a gestão do uso do solo e dos recursos Estes impactos podem ser importantes e, ao mesmo
naturais (Foto 1.1). Ao mesmo tempo, as estradas e tempo, irreversíveis, ou podem ser difíceis de mitigar.
as zonas afetadas podem produzir quantidades Portanto, será necessário analisar a rentabilidade em
importantes de sedimentos
(Foto 1.2). Estes sedimentos
podem constituir um dos
maiores impactos negativos
sobre o meio ambiente local,
sobre a qualidade da água e da
vida aquática. As estradas
podem produzir erosão
significativa, criar barrancos,
causar efeitos negativos na água
subterrânea, na fauna silvestre
e na vegetação, afetar a
estrutura social, degradar a
paisagem, desperdiçar fundos
limitados e tornar improdutivas
as terras úteis (Foto 1.3).

Foto 1.1 Uma estrada com mínimo impacto que está bem drenada tem
uma plataforma estável, terraplenos estáveis e é satisfatória para o usuário.

MPG PARA ESTRADAS DE BAIXO VOLUME: 1


verdes, tais como as áreas
arborizadas e os bosques
desempenham um papel vital na
produção, purificação e manutenção
da água limpa. As estradas devem
proteger a qualidade da água e o
meio ambiente biótico que depende
da mesma.
As Melhores Práticas de
Gestão (Best Management
Practices, BMP, na sigla em inglês)
são todos aqueles princípios e
práticas de engenharia e desenho
que permitem proteger a qualidade
da água, bem como a função da
estrada, quando adequadamente
aplicadas. As melhores práticas de
Foto 1.2 Uma estrada com drenagem incorreta que tem uma superfície de
Gestão aqui apresentadas constituem
rolamento esburacada para os usuário é uma fonte de contaminação de
sedimentos e apresenta altos custos de manutenção. uma compilação de ideias e de
técnicas que podem ser aplicadas à
longo prazo de um projeto de razoáveis de manutenção e gestão das estradas ou rodovias,
estrada, no que se refere a custos, reparação. O controle da erosão e visando reduzir ou eliminar muitos
aspectos sociais, ambientais e fiscais. a proteção da qualidade da água são dos impactos potenciais derivados da
A análise ambiental constitui a de vital importância para a qualidade operação da estrada, protegendo a
principal ferramenta para examinar de vida, a saúde do bosque e dos qualidade da água. Também
todos os aspectos de um projeto, ecossistemas da região arborizada e apresentam boas práticas de
para maximizar a sua utilidade e da sustentabilidade em longo prazo desenho e construção de estradas
minimizar os problemas. Deve-se, dos recursos naturais. As áreas que sejam, em termos gerais,
portanto, enfatizar a necessidade de
uma “equipe de trabalho
interdisciplinar”. Nem todos os
impactos adversos de uma estrada
podem ser evitados, porém, muitos
deles podem ser prevenidos.
Contudo, é possível contrabalançar
e avaliar os impactos negativos e os
positivos de um projeto de estrada.
As estradas são necessárias, mas
devem ser construídas e conservadas
de tal maneira que seja possível
controlar ou evitar os impactos
ambientais negativos. Uma estrada
bem planejada, localizada, projetada
e construída causará impactos
adversos mínimos no meio ambiente
e será rentável quanto a custos em Foto 1.3 Uma estrada problemática devido às falhas nos cortes da mesma. Os
longo prazo, com investimentos problemas de instabilidade causam atrasos para os usuários da estrada e altos
custos de manutenção ou reparação.

MPG PARA ESTRADAS DE BAIXO VOLUME: 2


rentáveis em longo prazo, prevenindo
falhas, eliminando a necessidade de
MELHORES PRÁTICAS reparações e reduzindo a
DE GESTÃO manutenção.
O propósito deste manual é
apresentar práticas recomendadas
As Melhores Práticas de Gestão foram compiladas para para estradas de baixo volume de
alcançar os seguintes objetivos: tráfego. Define-se uma estrada de
baixo volume de tráfego como uma
• Realizar um desenho de estrada seguro, rentável, estrada que apresenta um tráfego
amigável com o meio ambiente e prático, que conte diário médio (VMDAT, Volume
com o apoio dos usuários e que satisfaça as Médio Diário Anual de Tráfego) de
menos de 400 veículos por dia e, em
necessidades dos mesmos; geral, as velocidades de desenho são
de menos de 80 Km/h. Esta
• Proteger a qualidade da água e reduzir a acumulação informação é válida para estradas
de sedimentos nos corpos d'água; rurais e a maior parte desta
informação pode ser aplicada a todo
tipo de estradas, mesmo àquelas de
• Evitar os conflitos de uso do solo; altas especificações, porém elas não
são o objetivo deste manual. Os
aspectos relacionados com a
• Proteger as áreas sensíveis e reduzir o impacto nos qualidade do solo e da água, no que
ecossistemas; se refere à temperatura, nutrientes,
poluição, química, escombros, caudal
e outros estão fora do alcance deste
• Manter os canais naturais e o fluxo de água natural, manual, mesmo que exista uma
além de permitir a passagem dos organismos aquáticos; variedade de benefícios derivados da
aplicação destas práticas.
• Minimizar o impacto no terreno e nos canais de Cada um dos temas deste manual
contém a colocação de um problema
drenagem; que representa as inquietações,
vantagens e impactos potenciais de
• Controlar a água superficial da estrada e estabilizar a cada aspecto em particular.
pista de rolamento e a plataforma da estrada (Foto 1.4); Apresentam-se as PRÁTICAS
RECOMENDADAS e a infor-
mação sobre a forma mais adequada
• Controlar a erosão e proteger as áreas expostas do solo; ou mais desejável para planejar,
localizar, desenhar, construir e
conservar as estradas, além de
• Implementar as medidas necessárias para estabilizar figuras e tabelas. Finalmente,
quebradas e reduzir o desperdício de materiais; enumeram-se PRÁTICAS QUE
DEVEM SER EVITADAS para
desencorajar aquelas práticas pobres
• Evitar as zonas problemáticas; e e indesejáveis.
Este manual apresenta as
• Impermeabilizar e alongar a vida útil da estrada. Melhores Práticas de Gestão
associadas a muitos aspectos da

MPG PARA ESTRADAS DE BAIXO VOLUME: 3


gestão de estradas. A informação Obviamente existem algumas conceitos básicos de planejamento,
apresentada neste manual deveria ser diferenças significativas nas localização, desenho, manutenção e
parte integral do planejamento do necessidades de estradas e nos seleção das Melhores Práticas de
transporte e do desenho de estradas detalhes de desenho das mesmas em Gestão podem ser aplicados em
de baixo volume. Um aspecto diferentes regiões geográficas. Às qualquer área. O bom planejamento
importante para a sua aplicação é a vezes é necessário empregar e a boa localização são necessários
necessidade de contratar e reter soluções únicas. As regiões em qualquer região. A drenagem da
bons engenheiros bem montanhosas caracterizam-se, em plataforma da estrada deve ser
capacitados e com experiência nos geral, por terem taludes com fortes controlada e a drenagem transversal
órgãos operadores, a fim de avaliar declives e com condições climáticas deve ser cuidadosamente selecionada
pro-blemas, levar em conta as características das regiões frias; os e planejada da maneira correta.
condições locais e os recursos, além desertos têm pouca umidade para Todas as estradas precisam ter
de implementar ou adotar estas poder aplicar medidas de controle da taludes estáveis, usar materiais de
práticas, conforme o caso. erosão através do uso da vegetação, boa qualidade e medidas de controle
mas apresentam precipitações da erosão aplicadas corretamente.
intensas de curta duração; as selvas Somente alguns detalhes do desenho
“As ideias custam centavos a apresentam, com frequência, solos variam em função das regiões
dúzia. As pessoas que as põem pobres e problemas de drenagem; as geográficas e climáticas específicas.
em prática não têm preço”. regiões dos vales altos apresentam É por isso que a experiência e o
terrenos abruptos dissecados e conhecimento locais são tão
cruzamentos difíceis para a importantes no caso das estradas de
drenagem, etc. No entanto, os baixo volume.
Estas Melhores Práticas aplicam-
se à construção de estradas na
maioria das situações de campo.
Entretanto, as Melhores Práticas de
Gestão de Estradas de Baixo
Volume, poderão ser selecionadas (e
até mesmo modificadas) de acordo
com as condições específicas de cada
região, com o assessoramento de
engenheiros, administradores e
outros profissionais com experiência
no ramo, e todos eles devem levar
em conta as regulamentações locais
ou nacionais. As modificações
deverão ser pesquisadas, projetadas
e documentadas antes de serem
postas em prática; além disso, devem
ser inspecionadas e com elas deve-
Foto 1.4 Uma estrada bem desenhada de "mínimo impacto" que tem uma se obter a mesma ou uma melhor
especificação adequada para o seu uso, bem como uma plataforma (empedrado) proteção da qualidade da água.
estabilizada.

MPG PARA ESTRADAS DE BAIXO VOLUME: 4


Capítulo 2
Capítulo 2

Análise Ambiental

Análise Ambiental
Faça todos participarem! Comunicação, comunicação, comunicação!

A
ANÁLISE AMBIENTAL (ou o processo AA) é atualmente são a NEPA (Lei da Política Nacional do
um processo sistemático e interdisciplinar Meio Ambiente, na sigla em inglês), instituída nos
usado para identificar o objetivo de uma Estados Unidos em 1964, e os regulamentos USAID
ação proposta, para prever os efeitos ambientais 216, que ditam o processo de análise ambiental dos
potenciais derivados desta ação. Alguns exemplos de projetos patrocinados no mundo pela US Agency for
ações propostas que podemos mencionar são a International Development (Agência para o
construção de estradas, a derrubada de árvores, o Desenvolvimento Internacional dos Estados Unidos).
desmatamento para controle de doenças, o Muitos outros países e organizações têm leis
reflorestamento, a construção de uma represa ambientais, regulamentos e procedimentos baseados
hidrelétrica, ou o desenvolvimento de uma pedreira. nestes documentos fundamentais.
A Figura 2.1 mostra algumas das diferenças e dos Com a Análise Ambiental (AA) pode-se identificar
impactos ambientais das estradas rurais em problemas, conflitos ou limitações de recursos que
comparação com as autoestradas. poderiam afetar o meio ambiente ou a viabilidade de
Duas das principais leis ambientais aplicadas um projeto. Também se pode avaliar a maneira como

Estrada de alto impacto Estrada de baixo impacto

Figura 2.1 Comparação entre estradas de alto e baixo impacto: Estas figuras mostram o menor trabalho e
o menor impacto das estradas de baixas especificações que se adaptam à topografia. Uma estrada de
baixas especificações reduz o volume de cortes e de aterros, diminui o deslocamento de terra e os
impactos visuais, além de minimizar as mudanças nos padrões de drenagem natural. A estrada de alto
padrão pode permitir a passagem de um grande volume de tráfego rápida e eficientemente.

MPG PARA ESTRADAS DE BAIXO VOLUME: 5


para animais e requisitos de bueiros
que permitam a passagem de peixes.
(Foto 2.3).
O processo de Análise Ambiental
pode proporcionar grandes
benefícios ao construtor de estradas,
às organizações locais e às
comunidades que poderiam ser
atingidas pela construção da estrada
e pelas atividades de manutenção. O
processo e os relatórios resultantes
do mesmo são ferramentas que os
administradores das estradas podem
usar como guia para a tomada de
decisões, para gerar melhores
projetos de estradas, para o
Foto 2.1 Uma estrada bem construída que contribui para o serviço da população
local de uma zona rural. planejamento da manutenção, para
identificar e prever problemas e para
uma ação proposta poderia atingir às projeto. Depois de prever os o desenvolvimento de suas
pessoas, as suas comunidades e o seu aspectos potenciais com a AA, atividades. Um documento AA pode
meio de subsistência (Foto 2.1). A podem-se identificar medidas para ser extenso e complexo, no caso de
análise deve ser realizada por um minimizar problemas e planejar a grandes projetos com altos impactos
Grupo de Trabalho Interdisciplinar maneira de melhorar a exequibilidade potenciais, ou pode conter somente
formado por profissionais com do projeto. As Figuras 2.2 a, b, e c algumas páginas, no caso de simples
diferentes habilidades e disciplinas mostram exemplos de ações de projetos de estrada. A Tabela 2.1
relevantes para o projeto. Esta mitigação ambiental disponíveis para apresenta um processo formado por
equipe deve ter um líder e pode incluir um projetista a fim de evitar impactos oito passos, que pode ser útil para
também engenheiros, geólogos, potenciais na vida selvagem, como realizar a Análise Ambiental.
biólogos, arqueólogos, economistas, por exemplo, as passagens inferiores Os principais benefícios do
trabalhadores sociais, etc. O
processo AA e seus resultados serão
comunicados aos indivíduos ou
grupos interessados afetados. Além
disso, o público interessado pode
ajudar a proporcionar dados iniciais
e comentários sobre o projeto
proposto (Foto 2.2). O documento
gerado como resultado da AA guia o
tomador de decisões e o leva a tomar
uma decisão informada, lógica e
racional relacionada com a ação
proposta.
O processo de análise ambiental
e os estudos do Grupo
Interdisciplinar podem demonstrar
razões sólidas ambientais, sociais ou
econômicas que possam melhorar o Foto 2.2 Um aspecto muito importante da Análise Ambiental é a comunicação
com os usuários e entre os membros da equipe interdisciplinar.

MPG PARA ESTRADAS DE BAIXO VOLUME: 6


PRÁTICAS
RECOMENDADAS
• Usar o Processo de Análise
Ambiental desde o início do
planejamento e do
desenvolvimento do projeto.

• Divulgar a informação sobre


o projeto para o escrutínio
público.

Figura 2.2a Exemplo de uma passagem inferior para animais usada na construção • Fazer todas as partes
de estradas para minimizar o impacto na fauna. As passagens inferiores permitem envolvidas participarem do
aos animais atravessar com segurança e minimizam os atropelamentos na estrada. projeto, bem como os
Sem Alta demais
principais membros da
Rápida Rasa
demais estanque Equipe Interdisciplinar.
demais

• Comunicação,
Comunicação,
Comunicação!
A comunicação entre todas
as partes interessadas é
fundamental para o bom
entendimento dos problemas
e para poder encontrar as
soluções adequadas!
Figura 2.2b Bueiros mal desenhados ou mal instalados, com "barreiras para
peixes" que evitam a sua passagem. (Redesenhado de Evans and Johnston,
1980)
PRÁTICAS QUE
DEVEM SER
EVITADAS

• Esperar que o planejamento


esteja completamente
concluído ou que surjam
problemas para realizar a
Análise Ambiental.

• Perder-se no processo de
estudos da AA.
Figura 2.2c Um bueiro "amigável" para peixes (em arco) com o leito natural do
canal como fundo para permitir a passagem dos peixes e com a largura suficiente
para facilitar o fluxo normal.

MPG PARA ESTRADAS DE BAIXO VOLUME: 7


Ta bela 2.1

Processo de Oito Passos da Análise Ambiental


e os Resultados Associados
1. Identificação do projeto Identifique o objetivo e a necessidade da ação proposta.
Estabeleça uma meta para proporcionar um marco de referência para a
Análise Ambiental.

2. Definição do escopo Identifique os conceitos, as oportunidades e os efeitos da implementação


da ação proposta.

3. Coleta e interpretação dos dados Colete dados.


Identifique os prováveis efeitos derivados da implementação do projeto.

4. Desenho de alternativas Leve em conta um número razoável de alternativas.


Geralmente são consideradas pelo menos três alternativas.
Inclua a alternativa "nenhuma ação".
Considere a mitigação dos impactos negativos.

5. Avaliação dos efeitos Faça o prognóstico e descreva os efeitos físicos, biológicos, econômicos
e sociais da implementação de cada alternativa.
Leve em conta três tipos de efeitos: diretos, indiretos e acumulados.

6. Comparação de alternativas Meça os efeitos antecipados de cada alternativa com relação aos
critérios de avaliação.

7. Aviso da decisão Escolha a alternativa preferida.


e consulta pública Permita a revisão e comentários dos afetados e do público interessado.

8. Implementação e monitoramento Registre os resultados.


Implemente a alternativa selecionada.
Desenvolva um projeto de monitoramento.
Tenha o cuidado de verificar que as medidas de mitigação estejam sendo
aplicadas.

Foto 2.3 Bueiro em arco sem fundo que cobre a


maior parte da largura do canal mantém intacto
o fundo do mesmo, minimiza os impactos no
local e ajuda a promover a migração de peixes.
(Foto fornecida por S. Wilson-Musser)

MPG PARA ESTRADAS DE BAIXO VOLUME: 8


processo AA aplicado ao projeto de
uma estrada são os seguintes:
• Reduzir o custo e o tempo de
implementação do projeto;
• Evitar modificações de alto custo
durante a construção;
• Determinar o equilíbrio correto
entre a necessidade das estradas
e os impactos ambientais (Figura
2.1);
• Aumentar a aceitação do projeto
por parte do público;
• Evitar os impactos negativos e a
violação das leis e regulamentos
(Foto 2.4);
• Melhorar o desenho e o Foto 2.4 O impacto ambiental adverso causado pela erosão da superfície da
desempenho do projeto (Foto estrada, é consequência da forte declividade e de drenagens transversais
inadequadas. A manutenção desta estrada também se torna difícil.
2.5 (Foto 2.5);
• Criar um ambiente mais saudável • Localização da estrada ou 2.7), ou o estabelecimento de
evitando ou mitigando os rodovia para evitar a zonas de redução da velocidade
problemas (Figura 2.2, Foto fragmentação do hábitat da em rotas migratórias de animais
2.6); e fauna local ou para evitar passar para diminuir o número de
• Minimizar conflitos relacionados por áreas de espécies animais atropelados;
com o uso dos recursos naturais. ameaçadas; • Aumentar o diâmetro dos canos
Alguns exemplos de medidas • Adição de cruzamentos para a de bueiro, usando bueiros em
típicas de mitigação de problemas fauna, como passagens forma de arco sem fundo ou
ambientais associados com projetos inferiores ou superiores (Foto construindo uma ponte para
de estradas, que foram
desenvolvidas como resultado da
Análise Ambiental são:
• Estruturas adicionais de
drenagem transversal à superfície
da estrada para diminuir a
concentração de água e os
consequentes problemas de
erosão;
• Realocação de uma estrada para
evitar atravessar uma planície ou
uma zona sensível;
• Adição de canos de bueiros
extras para manter os fluxos
distribuídos através de uma
planície e assim evitar a formação
de quebradas pela concentração
de fluxo; Foto 2.5 Uma estrada bem desenhada com um "mínimo impacto", que tem as
especificações adequadas para seu uso, boa drenagem e taludes estáveis.

MPG PARA ESTRADAS DE BAIXO VOLUME: 9


manter o fundo de um canal
natural, evitar a afetação do canal
e o impacto sobre os organismos
aquáticos e permitir a passagem
de peixes;
• Colocar ou adicionar agregado
ou algum outro tipo de pavimento
à plataforma da estrada para
reduzir a erosão, a perda de
materiais e os problemas de
poeira, bem como para reduzir a
frequência da manutenção e
melhorar o conforto do
motorista; Foto 2.6 Localize e opere a estrada de tal forma que minimize a degradação
• Desenvolver uma pedreira para da qualidade da água nos cursos d'água locais. Minimize a conectividade entre
o projeto usando materiais locais, as estradas e os cursos d'água.
mas localizado em uma zona não
sensível, e recuperar a zona
depois de concluir o projeto; e
• Implementar medidas específicas
de reflorestamento e de controle
da erosão para o projeto,
utilizando espécies nativas
adequadas à vegetação em um
viveiro local para o projeto que
proporcione os tipos corretos de
plantas de rápido crescimento,
boa cobertura do solo e raízes
profundas (Foto 2.8).

Foto 2.7 Um bueiro de passagem inferior construído para permitir o deslocamento


É importante ressaltar dos animais com segurança entre ambos os lados da estrada.
que a Análise Ambiental
geralmente é exigida por
lei, mas o processo está
pensado para ser uma
ferramenta de planejamento
muito útil para tomar boas
decisões e melhorar os
projetos.

Foto 2.8 O trabalho de estabilização e revegetação da margem do canal pode


ser feito juntamente com os projetos de construção de estradas perto de um
curso d'água, como medida de mitigação ambiental.

MPG PARA ESTRADAS DE BAIXO VOLUME: 10


Capítulo 3
Capítulo 3

Questões de Planejamento e
Aplicações Especiais

Questões de Planejamento e Aplicações Especiais


“Avalie os impactos e os benefícios da estrada em longo prazo”.

O
S PRINCIPAIS ASPECTOS DA ESTRADA devem ser dar serviço ao usuário da estrada e para satisfazer
levados em conta durante a etapa de o seu uso (Foto 3.1);
planejamento do projeto, antes da • Evitar impactos na quantidade de água e sua
construção, ou antes de melhorar os caminhos de degradação (manter as estradas longe e sem
acesso a uma certa região. Estes aspectos principais conexão com o curso d'água), bem como
incluem mudanças ou impactos que uma estrada pode melhorar ou manter os padrões de qualidade da
causar na zona, e que podem ser considerados água (Figura 3.2) (Foto 3.2 e 3.9);
significativos, irreversíveis ou difíceis de mitigar. Os • Minimizar os impactos nas plantas e animais locais,
benefícios de um projeto de estrada devem ser direta ou indiretamente;
analisados com relação aos custos e ao impacto em • Capacidade para realizar manutenção suficiente
longo prazo no uso do solo e a um crescimento em longo prazo na estrada;
planejado, como podemos observar na Figura 3.1. • Capacidade de contar com pessoal técnico com
Os sedimentos da estrada podem constituir uma fonte conhecimento, bem como pessoas capazes e com
direta de poluição da água. Na Figura 3.2 estão experiência local relacionada com projetos de
ilustradas algumas das maneiras como as estradas estradas. Contratar pessoal capacitado. Ter a
poluem diretamente com sedimentos os riachos, certeza de que eles possuam as ferramentas de
quando eles estão a curta distância e estão trabalho necessárias para realizar a atividade;
“conectados hidrologicamente”. É por isso que devem • Identificar e evitar as zonas problemáticas tais
ser analisados aspectos sociais, ambientais e o custo/ como desmoronamento de terra, pântanos, solos
benefício do projeto. pobres ou declives muito pronunciados.
Estes principais aspectos são os seguintes:
• Impacto no crescimento da zona, uso do solo, Indicadores e Avaliações de Bacias para
desmatamento e impactos nas comunidades locais, Estradas Problemáticas
ou em populações nativas (influências que vão além Como podemos estabelecer se uma estrada está
da faixa de domínio da estrada, Figura 3.1); apresentando problemas ou se há a possibilidade de
• Ótima localização da estrada e do sistema para que apresente problemas? Os administradores de
satisfazer tanto as necessidades locais quanto as estradas atuais, com frequência enfrentam expectativas
necessidades específicas do projeto; adicionais da sociedade além daquelas existentes
• Uso potencial em longo prazo da estrada, em quando as estradas foram originalmente construídas.
comparação com o uso atual; As preocupações sobre a qualidade da água, a
• Um mínimo de especificações de desenho, para conexão com trilhas e canais, as espécies ameaçadas,

MPG PARA ESTRADAS DE BAIXO VOLUME: 11


a mortalidade da fauna silvestre e os
Figura 3.1 Crescimento planejado e não planejado ao longo de uma estrada. impactos sobre ela, o uso do solo e o
Leve em conta o impacto em longo prazo e as consequências do
bom estado da bacia de captação e
desenvolvimento das estradas. (Adaptado de Citizens for Responsible Planning)
do ecossistema, são fatores que
influenciam a maneira como as
estradas são vistas e administradas.
Estas preocupações, juntamente com
os problemas econômicos e os
orçamentos cada vez mais reduzidos
para a manutenção das estradas, estão
pressionando os administradores para
melhorar a avaliação das condições
da estrada e dos impactos causados
por ela. Eles estão realizando
atualmente reavaliações sobre os
3.1a Uma estrada de baixo volume pode se tornar... níveis de manutenção da estrada, as
necessidades de desenho, opções de
fechamento e métodos de proteção
das estradas contra tormentas.
Os indicadores são simples, são
fatos ou condições tangíveis que
podem mostrar avanços para a meta
ou impactos. Eles podem ressaltar as
tendências, as necessidades de
estudos adicionais, as oportunidades
de gestão ou as modificações
necessárias de desenho e construção.
As metas de avaliação são a busca
de indicadores e a determinação dos
impactos das estradas sobre a água,
3.1b ...uma pequena avenida dentro de um vilarejo, depois de muitos ano... o solo, as pessoas e os recursos afins,
através da revisão dos sistemas de
estradas na bacia de captação ou na
paisagem local.
As seguintes questões devem ser
levadas em conta:
• Posição do talude e risco de
falha do mesmo. xiste a
possibilidade de falha na estrada
ou no talude (e de que estes
sedimentos sejam depositados
nos cursos d'água) devido à
localização de uma estrada sobre
o talude com ladeira instável ou
saturada, de um cânion ou
devido a sua localização no fundo
de um vale ou numa planície de
3.1c ...e eventualmente, chegar a ser uma avenida congestionada em uma cidade. inundação?

MPG PARA ESTRADAS DE BAIXO VOLUME: 12


pela ocupação ilegal e coleta ou
pela poluição?
• Densidade da estrada. A rede
de estradas é grande demais,
ineficiente ou desperdiça terras
valiosas, com relação a outros
melhores usos para esta terra?
• Espécies exóticas. A rede de
estradas é responsável pela
introdução e disseminação de
plantas e animais exóticos não
nativos.
Responder “sim” para qualquer
uma das perguntas anteriores indica
a necessidade de uma avaliação mais
profunda dos impactos existentes ou
potenciais causados pela estrada.
Informação adicional sobre as
Foto 3.1 Uma estrada local com baixo volume de tráfego, que causa um mínimo avaliações pode ser encontrada em
impacto negativo no meio ambiente e que presta serviço aos usuários da região referências como a publicação do
proporcionando enlace entre as comunidades.
USDA, Forest Service Roads
• Risco de falha no cruzamento espécies sensíveis e no seu hábitat Analysis, 1999, ou na Environmental
estrada-canal. A estrutura de local e regional? Protection Agency (Agência de
cruzamento da estrada tem a • Distúrbios humanos. A rede Proteção Ambiental) e na National
capacidade que o local exige e a de estradas é responsável pela Management Measures to Control
proteção necessária para a beira caça ilegal, pela presença de Nonpoint Source Pollution, Draft
do canal? lixo, pelo uso de veículos 4x4, 2001.
• Proximidade de canais e
depósito de sedimentos nos Falha de um corte Drenagem
da estrada natural
corpos d'água e nas zonas
ribeirinhas (Foto 3.9). A estrada
está perto demais do canal e os
sedimentos produzidos pela
estrada estão indo para terras
úmidas, lagos ou riachos? Escombros de desmoronamento — Estra
da —
para dentro da drenagem
• Sistemas de águas
subterrâneas e superficiais. A Erosão da superfície
estrada intercepta água da estrada
subterrâneas ou interfere com sua
direção, variação sazonal ou com
a quantidade do volume de água
subterrânea ou superficial? Riacho
• A fauna, a pesca e o hábitat
aquático. Quais são os impactos Desmoronamento do aterro Crista de
que a estrada causa na população para dentro do riacho sedimentos
de peixes e na fauna local, nas Figura 3.2 Algumas das maneiras como as estradas podem se "conectar" com
rotas migratórias, na fragmentação cursos d'água e depositar neles os sedimentos. Mantenha as estradas afastadas
dos hábitats e particularmente nas dos canais para proteger a qualidade da água e para reduzir a manutenção e os
danos à estrada. (Adaptado de M. Furniss, 1991)
MPG PARA ESTRADAS DE BAIXO VOLUME: 13
ou a prioridade de um projeto. Entre
os fatores sociais está o apoio da
comunidade local e a necessidade
identificada de um projeto, a
capacidade de realizar a manutenção
em longo prazo, e a contribuição das
organizações e da comunidade. Os
fatores físicos incluem eludir zonas
problemáticas, a exequibilidade de
reparações ou de reconstrução, o
tráfego e a especificação da estrada,
bem como o custo. Uma avaliação é
muito útil para identificar e minimizar
os problemas e, idealmente, para
reduzir o impacto potencial dos
fenômenos naturais nas estradas,
Foto 3.2 Uma localização incorreta para uma estrada, que já se tornou um
"córrego" e está hidrologicamente "conectado" com os riachos ao redo. antes que eles ocorram!
Muitos fatores de planejamento
e de desenho podem ser usados para
Redução da Vulnerabilidade das habilitados. As estradas danificadas reduzir o impacto potencial dos
Estradas em Casos de ou fechadas durante desastres fenômenos naturais ou, em outras
Desastres Naturai naturais com frequência pioram os palavras, para torná-las "à prova de
Desastres naturais como grandes efeitos do desastre. tormentas" ou para limitar o dano à
tormentas ou abalos sísmicos podem É necessário realizar uma estrada durante desastres ou eventos
causar um impacto importante em avaliação da vulnerabilidade das catastróficos. A publicação da
todos os aspectos da vida e da infra- estradas planejadas ou já existentes, PIARC World Roads Association's
estrutura da estrada. Quando mais se levando em conta os fatores antes Natural Disaster Reduction for
precise dos sistemas de transporte, mencionados, bem como os fatores Roads, 1999, proporciona excelente
é possível que não estejam sociais e físicos que afetam a seleção informação sobre este tema. Algumas
das considerações mais importantes
que podem ser aplicadas às estradas
de baixo volume, são as seguintes:
• Identificar as áreas de
vulnerabilidade histórica ou
potencial, quanto a materiais ou
instabilidade geológica, zonas
propensas a enchentes ou zonas
de alto risco vulcânico ou
sísmico.
• Evitar zonas problemáticas, a
localização de estradas em zonas
de alto risco de perigos naturais
como desmoronamento de terra,
zona de avalanchas, taludes de
forte declive (de mais de 60-
70%), bem como áreas úmidas
Foto 3.3 Uma localização incorreta para uma estrada, na perigosa planície de
e solos saturados.
inundação de um rio, foi varrida durante uma tormenta de grande impacto. • Evitar ou minimizar a construção
MPG PARA ESTRADAS DE BAIXO VOLUME: 14
no fundo de desfiladeiros
estreitos ou em planícies de
inundação de rios que
terminariam inevitavelmente
alagadas durante as fortes
tormentas (Foto 3.3).
• Proporcionar uma boa drenagem
para a plataforma da estrada e
ondular seu declive, permitindo
o fácil escoamento da água para
fora da estrada e que a
concentração da mesma seja
minimizada.
• Minimizar as mudanças nos
padrões naturais de drenagem e
da drenagem transversal. A
Foto 3.4 Uma estrada que sofreu grandes danos durante uma tormenta, devido
drenagem transversal é cara e
ao tamanho insuficiente do esgoto, que entupiu, e a falta de proteção contra
potencialmente problemática, transbordamento.
portanto, deverá ser bem
projetada. As mudanças nos para prevenir tormentas. Tenha estrada para escoar rapidamente
padrões naturais de drenagem ou o cuidado de que os bueiros a água e evite as áreas de
nos canais, frequentemente estejam na sua máxima concentração da mesma.
trazem consequências como capacidade, de que as valetas • Mantenha os taludes de corte e
danos ambientais ou falhas. estejam reforçadas e limpas aterro com o menor declive
• Colocar taludes externos nas (Foto 3.5) e de que os canais possível e bem cobertos
estradas, sempre que for prático, estejam livres de escombros e de (estabilizados) a fim de minimizar
e utilizar drenagem transversal mato que possam obstruir as tanto os desmoronamentos,
com declives ondulados, no lugar estruturas. Mantenha bem quanto a erosão superficial para
de um sistema de valetas e conformada a plataforma da solos altamente erosivos, mas
bueiros que exigem maior
manutenção e que podem
facilmente ser obstruídos durante
eventos de tormentas fortes
(Foto 3.4).
• Usar passagens d'água a vau
simples ou melhorado para
atravessar canais pequenos ou
de baixo volume d'água, em vez
de bueiros tubulares que são mais
suscetíveis a entupimento e
falhas. Através de passagens a
vau, proteja todo o perímetro
molhado da estrutura, proteja a
beira de água abaixo da estrutura
contra a socavação e
proporcione passagem para os
peixes onde for necessário. Foto 3.5 É importante dar manutenção às estradas e às obras de drenagem
para resistir aos efeitos de grandes tormentas com uma erosão mínima, por
• Realizar manutenção programada exemplo, com enrocamento nas valetas que devem estar sempre limpas.

MPG PARA ESTRADAS DE BAIXO VOLUME: 15


Figura 3.3 Atividades dentro da Área de Preservação Permanente (APP).

A ponte atravessa o canal


no ângulo correto Construa trilhas de arraste de toras
com declives ondulados
(15% de declividade máxima)

APP

Pequeno pátio de carregamento

Riacho

APP

Arraste as toras para fora da APP. Construa pátios de carregamento pequenos, seguras e eficientes. Mini-
mize as atividades dentro da APP. Mantenha as pátios de carregamento e as trilhas de arraste fora da APP.

que estão bem cimentados. caros. Evitar a existência de cais alicerces para evitar falhas
• Use vegetação com raízes no meio do canal. durante tremores de terra.
profundas para a estabilização • Desenhar as pontes e bueiros • Colocar estruturas de contenção,
biotécnica dos taludes. Use uma críticos com áreas com alicerces e medidas de
combinação de cobertura vegetal enrocamento para trans- estabilização de taludes sobre
de boa qualidade (cerca viva) bordamentos, próximas da leito de rochas ou sobre material
com plantas de raízes profundas, estrutura, para que possa resistir firme colocado in situ com boa
de preferência espécies nativas as inundações, ou com um ponto capacidade de carga para reduzir
para minimizar a instabilidade do controlado de "falha" que seja a socavação e não coloque
solo em grande profundidade, fácil de consertar. Como uma estruturas sobre solos residuais
bem como para oferecer proteção alternativa, aumente o tamanho de pouca espessura ou sobre
contra a erosão superficial. da estrutura e deixe uma borda material de aterro solto.
• Colocar as pontes e outras livre extra, no caso das pontes,
estruturas hidráulicas nas seções para minimizar o risco de Administração de Áreas de
estreitas dos canais e em zonas entupimentos. Por outro lado, Preservação Permanente
de rocha estratificada, quando evite estreitar o canal natural. A administração das Áreas de
possível. Evite depósitos aluviais • Tenha o cuidado de que o Preservação Permanente (Streamside
finos (por ex.: areia fina e silte) projeto estrutural das pontes, Management Zones - SMZ, na sigla
que são suscetíveis a socavação muros de arrimo e outras em inglês), ou reservas ribeirinhas, são
e são problemáticos ou que, de estruturas críticas incluam aquelas áreas adjacentes aos canais
outra maneira, exigiriam a critérios adequados de desenho naturais e rios que exigem uma atenção
construção de alicerces muito anti-sísmico e construa bons especial durante a construção ou

MPG PARA ESTRADAS DE BAIXO VOLUME: 16


Figura 3.4 Largura da Área de Preservação Permanente (APP), em função da declividade do talude. (Veja a Tabela
3.1)

APP

ada
Estr

APP

Área de Preservação Permanente es


ividad
At
de
50% idade
liv
dec

Atividades
P
AP
m
10% de 30 o)
nim
declividade APP (mí
10 m
(mínimo)

durante as operações de exploração


florestal. As áreas de preservação
Tabela 3.1
permanente constituem uma proteção
importante da qualidade da água,
Larguras Mínimas Recomendadas para APPs
agindo como zonas amortecedoras
para filtrar a sedimentação que ocorre *Largura da distância
durante a construção da estrada e de Talude do terreno do talude até a APP
outras atividades de alteração do 0 - 20 % 10 m
terreno, tais como a derrubada de 21 - 40 % 20 m
árvores ou a exploração de pedreiras. 41 - 60 % 30 m
Talvez não seja necessário 60% + 40 m
suprimir atividades ao longo das APP
(Área de Preservação Permanente), *Nota: As distâncias de talude indicadas deverão ser quase duplicadas em
mas devem ser minimizadas e zonas com solos erosivos, áreas com solo nu ou com cobertura mínima,
modificadas para garantir que os áreas de precipitação intensa e perto de cursos d'água sensíveis com peixes.

MPG PARA ESTRADAS DE BAIXO VOLUME: 17


PRÁTICAS QUE PRÁTICAS RECOMENDADAS
DEVEM SER
• Planejar as pátios de carregamento • Localizar as pátios de
EVITADAS e as caminhos de acesso como carregamentode tal maneira que
• Depositar escombros da parte das atividades prévias à evite que o arraste concentre a
construção em lagos e riachos. exploração florestal. água proveniente das mesmas
trilhas de carregamento ou que
• Usar equipamento mecani- • Limitar o número de pátios de esta água escoe para os canais
zado dentro da APP. carregamento e caminhos de locais.
acesso construída.
• Construir trilhas e pátios de • Dê manutenção às pátios de
carregamento dentro da APP. • Planejar pátios de carregamento carregamento antes e durante
de pequenas dimensões, para as temporadas de chuva para
• Poluir o solo do bosque com garantir uma operação segura e evitar problemas de erosão.
combustíveis e óleo. eficiente (Foto 3.7).
• Durante as operações e depois
• Derrubar árvores que • Localizar apátio de carregamento que tiverem concluído, reabilite
fornecem sombra ao canal e fora da APP (Figura 3.3). as pátios de carregamento e as
refrescam a água. caminhos de acesso com
• Construir a pátio de barreiras para água e com
carregamento com a inclinação medidas de controle da erosão.
suficiente para drenar
corretamente, mas sem que o
declive ultrapasse 5 por cento.

canais e as margens dos mesmos,


estejam protegidos contra as
alterações, como podemos observar
na Figura 3.3. A largura da APP varia
de acordo com o talude do terreno
natural em cada lado do canal e com
o potencial de erosão do solo (Figura
3.4). Quanto mais escarpados
estiverem os taludes do terreno natural,
mais aumentará a possibilidade dos
sedimentos chegarem ao canal. A
Tabela 3.1 mostra a largura mínima
recomendada da APP. A largura real
da APP deve ser determinada pelo
administrador da zona ou pela equipe
interdisciplinar de trabalho, tomando
Foto 3.6 Selecione a largura da Área de Preservação Permanente (APP) de como base as leis e regulamentos
acordo com a declividade do terreno natural, a quantidade de vegetação e o tipo locais, bem como a inclinação do
de solo. Minimize as atividades e alterações dentro da APP.
talude, o tipo de solo, o tipo de
vegetação e a sensibilidade da área
(Foto 3.6).

MPG PARA ESTRADAS DE BAIXO VOLUME: 18


Geralmente, o tipo de veículo de
transporte determina as
características do caminho quanto à
largura, plataforma da estrada,
alinhamento, declive e posição do
talude. Às vezes, uma peça grande
do equipamento, como um guincho
florestal, pode necessitar critérios
especiais para definir os padrões do
caminho. O tamanho e a localização
das pátios de carregamento também
são determinados pelo tipo de
exploração, além de outros fatores
como o volume e o tipo de produto.
Para os sistemas de alta produção
serão necessárias pátios de
Foto 3.7 Localize as trilhas de arraste de toras e as pátios de carregamento carregamento maiores, mais
afastadas da APP e dos cursos d'água. Faça trilhas e pátios de carregamento
estabilizadas e protegidas, em
pequenos e eficientes.
comparação com as de sistemas de
Exploração Florestal trilhas e pátios de carregamento, baixa produção. As pátios de
As atividades de exploração enquanto que o carregamento com carregamento maiores e os sistemas
florestal devem ser feitas de tal maneira helicóptero pode ser eficiente em de mais alta produção têm um maior
que garantam a proteção em largo distâncias maiores e permite maior potencial para causar efeitos
prazo da qualidade da água. A espaçamento de trilhas e de pátios de negativos na qualidade da água.
derrubada de árvores exige caminhos carregamento.
de acesso e pátios de carregamento Pátio de carregamento
para poder levar os produtos florestais Padrões dos caminhos As pátios de carregamento de
para os mercados. Os diferentes tipos O tipo de sistema de exploração toras deverão estar alocadas de tal
de exploração florestal exigem usado determina o tamanho e a maneira que o movimento do solo
diferentes especificações de caminhos localização dos caminhos florestais. produzido pela descarga e pelas
e de espaçamento entre trilhas para
que possam ser mais eficientes. Em
geral, as trilhas e as pátios de
carregamento (em comparação com
as operações de arraste e
carregamento) são as que têm maior
potencial para afetar a qualidade da
água. Quando são tomadas as
devidas precauções, pode-se
minimizar tanto a erosão como a
sedimentação.

Espaçamento de trilhas
A eficiência da exploração florestal
é uma combinação entre os custos da
derrubada de árvores e o custo das
trilhas. O arraste de toras feito por Foto 3.8 Estabilize as estradas e trilhas de arraste de toras depois de usá-las,
animais é aconselhável em distâncias através de barreiras para água e coloque uma camada de vegetação ou outras
curtas e implica uma rede densa de medidas para o controle da erosão.
MPG PARA ESTRADAS DE BAIXO VOLUME: 19
PRÁTICAS QUE PRÁTICAS RECOMENDADAS
DEVEM SER
EVITADAS • Projetar e localizar os principais • Construir as trilhas de arraste
caminhos e trilhas de arraste antes com declives ondulados e com
• Contaminar os solos florestais de iniciar as operações de cortes no declive.
com combustíveis e lubrificantes. derrubada.
• Estabilizar os caminhos e trilhas
• Localizar as pátios de • Projetar as trilhas de arraste de de arraste com barreiras para
carregamento e trilhas de arraste tal maneira que se adaptem ao água e cobrir o terreno exposto
de toras dentro da APP. contorno do terreno natural. com descartes madeireiros
quando concluir as operações
• Usar os riachos como caminhos • Arrastar as toras com roldanas a fim de minimizar a erosão dos
de arraste de toras. desde a APP ou desde a área solos expostos (Foto 3.8).
com taludes escarpados, para
• Construir trilha de arraste de evitar o movimento do • Construir as trilhas de arraste
toras em veredas escarpadas ou equipamento dentro da APP. com declives de 15% ou
com fortes declives no percurso. menos exceto em distâncias
• Localizar os caminhos e trilhas de curtas (20 metros) onde se
• Operar equipamento de arraste arraste de tal maneira que a água utiliza declives de 30%.
dentro da APP. acumulada na trilha não se
concentre na pátio de • Fechar as trilhas de arraste
• Realizar derrubadas ou carregamento de toras, nem nos depois de ter concluído a
construções no período de riachos (Foto 3.9). remoção da madeira.
chuva.
operações de arraste seja minimizado • Atravessar as drenagens naturais
tanto durante a derrubada das em ângulos retos com relação às
árvores, como depois delas. O trilhas de arraste.
controle da erosão deve ser feito a
fim de estabilizar eficientemente a área
de embarque, fazendo o nivelamento
do terreno para controlar o
escoamento da água, as barreiras
para a água e o reflorestamento ou
algum outro tipo de vegetação para
cobrir o terreno.

Caminhos e trilhas de arraste


Devem ser feitos de tal modo que
minimizem a alteração do solo. Os
caminhos e as trilhas de arraste
construídos podem afetar em grande
medida os solos e os recursos
hídricos. É preciso ter cuidado e
prestar atenção às estradas para os
caminhões, em ambos acessos Foto 3.9 Localize as estradas e trilhas de arraste foras dos riachos e lagos. Esta
podem ser aplicadas as Melhores estrada está muito próxima do curso d'água. Os sedimentos produzidos na estrada
Práticas de Gestão. chegarão ao canal.

MPG PARA ESTRADAS DE BAIXO VOLUME: 20


Capítulo 4
Capítulo 4

Engenharia de Estr
Engenharia adas de
Estradas
Baix
Baixoo Volume
Volume

Eng
Engenharia
“Você obtém o que Inspeciona e não o que Espera”.

enharia de Estr
U
MA ESTRADA DE BAIXO VOLUME é considerada estrada deverá ser dado. Os passos básicos são:
uma estrada com uso relativamente baixo Planejamento
(um Volume Médio Diário de Tráfego de Localização
menos de 400 veículos por dia), velocidades de Levantamento Topográfico
desenho baixas (geralmente menores a 80 kph), e Desenho
geometria correspondente. A maioria das estradas em Construção

Estradas
áreas rurais são estradas de baixo volume. Um sistema Manutenção
de estradas de baixo volume bem planejado, Se algum desses passos for omitido, a estrada poderá
localizado, desenhado, construído e mantido é ter um desempenho muito pobre, não cumprir suas

adas de Baix
essencial para o desenvolvimento comunitário, para expectativas, ter falhas precoces, exigir alta
o fluxo de bens e serviços entre comunidades e para manutenção desnecessária ou provocar impactos
as atividades de gestão de recursos. No entanto, as ambientais. Sem planejamento e uma boa localização,
estradas, e principalmente, a construção das estradas, a estrada poderá não dar um serviço adequado a
podem criar mais erosão do solo que a maioria das seus usuários ou poderá estar em uma área
outras atividades que ocorrem em áreas rurais. O problemática. O levantamento e o desenho são
planejamento e desenho adequado do sistema de necessários para adequar a estrada ao terreno e para

Baixo
estradas minimizarão os impactos adversos à que funcione corretamente. A boa construção garante
qualidade da água. Os sistemas de estradas que o desenho seja implementado e construído com
pobremente planejados podem ter altos custos de certo nível de controle de qualidade. A manutenção é
manutenção e reparação, contribuir com erosão necessária para que a superfície continue sendo
excessiva e não satisfazer as necessidades dos
usuários.
apropriada para dirigir e para que as drenagens
continuem funcionando. Finalmente, uma estrada ruim
oVVolume
olume
É muito importante colocar as estradas desde o pode necessitar de reconstrução ou fechamento
começo em terreno estável, taludes moderados, em (desabilitação) para eliminar problemas inaceitáveis.
áreas secas longe de drenagens, e longe de outras
áreas problemáticas e difíceis. Evitar áreas Planejamento de Estradas
problemáticas pode reduzir custos significativos de O planejamento e a análise de estradas são vitais
desenho, construção e manutenção e pode minimizar para confirmar que uma estrada cumpra com as
muitos impactos não desejados. necessidades atuais dos usuários, que não esteja
Para que um projeto de estradas seja bem- sobredimensionada, que minimize os impactos
sucedido, cada passo do processo de gestão da ambientais e às pessoas ao longo da estrada e que

MPG PARA ESTRADAS DE BAIXO VOLUME: 21


considere as necessidades futuras da área. Os
MELHORES PRÁTICAS Objetivos de Gestão de Estradas (RMOs, na
sigla em inglês) ajudam a definir e documentar
DE GESTÃO o propósito e os padrões de uma estrada e
como ela será utilizada, gerenciada, mantida e
Algumas das Melhores Práticas de Gestão mais importantes custeada, além das MPGs para a estrada.
para o desenho e construção de estradas são as seguintes:

• Minimizar a largura da estrada e a área de impacto; PRÁTICAS


• Evitar a alteração de padrões naturais de drenagem; RECOMENDADAS
• Proporcionar drenagem adequada da superfície; Planejamento
• Evitar o terreno escarpado com declividade superiores a 60 • Faça a análise de transportação de
por cento; estradas para determinar o sistema de
estradas adequado para uma área, as
• Evitar problemas como zonas úmidas e instáveis; necessidades dos usuários, e para avaliar
opções futuras.
• Manter a distância ou separação adequada de canais e
minimizar o número de drenagens transversais; • Mantenha os padrões mínimos de
estradas em consistência com as
• Minimizar o número de “conexões” entre estradas e cursos demandas dos usuários, suas
d'água e minimizar o “potencial de desvio”; necessidades, os Objetivos de Gestão
de Estradas e a segurança pública.
• Desenhar cruzamentos de canais com capacidade adequada
e proteção contra erosão dos bancos, permitindo a passagem • Utilize uma abordagem de Equipe
dos peixes em todas suas etapas de vida; Interdisciplinar para o planejamento da
estrada e coordene o desenvolvimento
• Evitar a constrição do canal fluvial ativo (extensão do nível com os proprietários locais.
máximo de água);
• Use mapas topográficos, fotos aéreas e
• Ter uma superfície de estrada estável, estruturalmente integral; informação dos solos para planejar a
melhor rota.
• Instalar drenagem subsuperficial, quando for necessário;
• Considere as necessidades de acesso
• Reduzir a erosão proporcionando cobertura vegetal ou física dos usuários da estrada no curto e no
em cortes, aterros, saídas de drenagem e qualquer área longo prazo.
exposta ou afetada;
• Limite a área total afetada minimizando
• Usar ângulos estáveis para taludes de corte e aterro; o número, largura e longitude das
estradas.
• Usar medidas de estabilização de taludes, estruturas e
drenagem, conforme necessário; • Use as estradas existentes somente se
elas cobrirem as necessidades da área
• Aplicar técnicas especiais ao cruzar prados, zonas ribeirinhas, no longo prazo e se puderem ser
e ao controlar quebradas; reconstruídas para proporcionar
• Proporcionar manutenção completa, periódica da estrada; e drenagem e segurança adequadas.
• Minimize o número de cruzamentos
• Fechar ou desabilitar as estradas quando não forem mais
fluviais.
utilizadas ou quando não forem mais necessárias.

MPG PARA ESTRADAS DE BAIXO VOLUME: 22


Localização da Estrada
A localização da estrada é de
extrema importância para garantir a
colocação da mesma em uma área
desejável, para evitar situações
problemáticas ou áreas onde a
construção seja muito onerosa, para
que exista um melhor acesso às áreas
onde ela seja necessária e para
minimizar a distância entre os pontos.
Assinale ou marque no chão a
localização proposta para a estrada
com a finalidade de confirmar que
cumpre com os critérios de desenho Foto 4.1 Planeje e localize as estradas usando pontos topográficos de controle,
de estradas (Foto 4.1). e as características do terreno natural. Confira sobre o terreno a localização e o
alinhamento da estrada!
É muito melhor ter uma estrada
ruim em uma boa localização do PRÁTICAS RECOMENDADAS
que ter uma boa estrada em uma
localização ruim. Uma estrada Localização • Coloque as estradas em solos
ruim pode ser consertada. Uma • Utilize pontos de controle bem drenados e taludes onde a
localização ruim não. A maior topográficos e características drenagem se afaste da estrada.
parte do investimento em uma físicas para controlar ou
estrada ruim pode ser determinar a localização ideal • Coloque as estradas para seguir
recuperada, mas pouco ou nada para uma estrada. Use passos de o terreno natural ajustando-se
pode ser recuperado de uma montanha no terreno, siga os ao chão, ondulando os declives,
localização ruim! tergos e evite afloramentos de e minimizando os cortes e
rocha, taludes pronunciados, aterros (Figura 2.1 e Figura
Levantamento Topográfico, cruzamentos fluviais, etc. 4.1, Foto 4.2).
Desenho e Construção da
Estrada • Coloque as estradas evitando • Coloque as estradas, os
O levantamento topográfico, o ou minimizando efeitos caminhos serpenteados e as
desenho e a construção da estrada, adversos na qualidade da água plataformas de carga em áreas
são os passos do processo onde as e fora de zonas ribeirinhas e em bancada e terrenos
necessidades dos usuários são zonas de proteção de águas relativamente planos.
combinadas com fatores geométricos (ZPA), exceto em cruzamentos • Evite localizações problemáticas
e características do terreno, e a fluviais. Aborde os cruzamentos como mananciais, zonas
estrada é construída no chão. Um fluviais na menor inclinação úmidas, desmoronamentos,
levantamento topográfico da estrada possível. taludes pronunciados, grandes
ou do local é necessário para
• Coloque as estradas altas na afloramentos de rocha, planícies
identificar as características do
topografia para evitar taludes de inundação e solos altamente
terreno, como drenagens,
pronunciados na parte interna erosivos.
afloramentos e taludes de terreno, e
para adicionar certo nível de controle de desfiladeiros e deixe uma • Evite terrenos muito escarpados
geométrico a um projeto. Um distância maior entre a estrada (mais de 60%) e terrenos muito
levantamento geográfico pode ser e os rios. planos onde a drenagem seja
muito simples e completado com difícil de controlar.

MPG PARA ESTRADAS DE BAIXO VOLUME: 23


bússola e fita adesiva para uma desenhos padrões que mostrem
estrada rural, ou pode ser muito como deverá ficar o trabalho, e as
detalhado utilizando instrumentos e um especificações que descrevam
alto nível de precisão em terreno difícil como deverá ser feito. Outra parte
ou em uma estrada de alto padrão. importante da construção é o
Os elementos de desenho são controle de qualidade e a inspeção
geometria da via, velocidade de para garantir que o trabalho seja feito
desenho, drenagem, estruturas de de acordo com o desenho e as
cruzamento fluvial, necessidades de especificações. Uma quantidade
estabilização de taludes, seções específica de amostragem e testes é
estruturais (tipo, uso e espessura de geralmente especificada para garantir
materiais) e inclinações da estrada que os materiais cumpram com as
(Tabela 4.1). A construção envolve especificações.
todos os aspectos desde a
implementação do desenho e a Lembre-se: Foto 4.2 Localize as estradas de tal
adequação do projeto, até o terreno. Você obtém o que Inspeciona maneira que se adaptem à configuração
Um vínculo chave entre o desenho e a e não o que Espera. do terreno natural e deixe ondulações
que permitam escoar frequentemente a
construção é o uso de planos e água.

Figura 4.1 Efeito do alinhamento da estrada através da topografia.

Vista da planta de uma a. O corte perpendicular as curvas de nível gera excessivos Vista em perspectiva de
estrada feita sobre um mapa uma estrada do desde o
movimentos de terra, com grandes cortes e aterros. solo
topográfico

b. Adequar as curvas de nível e relevo para minimizar os movimentos de terra.


MPG PARA ESTRADAS DE BAIXO VOLUME: 24
PRÁTICAS RECOMENDADAS
Desenho Geral Materiais • Em terreno muito escarpado,
• Utilize os padrões de estradas • Compacte os terraplenos, o construa estradas estreitas (3 a
mínimos necessários para material do subgreide e os materiais 4 metros de largura) com baías
segurança e para uso do tráfego da plataforma, principalmente em de ultrapassagem ou utilize muros
(Tabela 4.1). zonas sensíveis (Foto 4.4), ou de arrimo quando necessário.
considere um período de Faça a transportação final da
• Use especificações padrão e "assentamento" de várias semanas maior parte do material escavado
desenho padrão, para a maior para as novas estradas, antes de para locais estáveis para
parte dos trabalhos comuns de utilizá-las. Em climas úmidos é descarte. Evite gerar aterros
construção. Desenvolva especi- aconselhável um período ainda laterais.
ficações e desenhos especiais de maior.
projeto para trabalhos únicos. Drenagem
• Use medidas de estabilização da • Faça o talude externo da
• Retire a madeira comercializável superfície da estrada, como superfície da estrada com 3 a 5%
da faixa de domínio antes da agregado ou pavimentos, onde para níveis de estrada menores
escavação. Reuna o material em necessário, e com tanta frequência de 10% em solos estáveis,
uma área determinada. como for possível (Foto 4.5). utilizando declives ondulados
• Em áreas comunitárias e urbanas, Utilize materiais duráveis que não para estruturas de drenagem
construa calçadas ao longo da se degradem em finos sedimentos transversal. Em solos
estrada para a segurança das sob o tráfego. escorregadiços, coloque um
pessoas que andem por ela. Use talude interno na estrada ou
• Descarte o material de escavação
o tipo de superfície e lombadas adicione material de superfície.
inadequado ou excessivo em áreas
para controlar a poeira e a que minimizem o impacto adverso • Construa valetas somente
velocidade do trânsito. na qualidade da água ou em quando necessárias. Uma estrada
• Construa estradas com outros recursos. com talude externo sem valetas
declividade de 12% ou menos, afeta menos terreno e sua
• Estabeleça requerimentos
utilizando seções curtas de 15%, construção é mais econômica.
mínimos de amostragem e testes
onde for necessário. Em estradas e programe controles de • Coloque taludes internos na
com inclinações pronunciadas a qualidade dos materiais. superfície da estrada com 3 a 5%
drenagem é difícil de controlar com uma seção de valeta para
(Foto 4.3)! Taludes
níveis de estradas maiores de
• Geralmente construa taludes de
• Construa a estrada só o 10% ou em áreas com taludes
corte em taludes de 3/4:1 ou mais
suficientemente larga para o naturais pronunciados, solos
planos. Construa taludes de
trânsito passar com segurança, erosivos ou escorregadiços ou
aterro em taludes de 1½:1 ou
normalmente de 3,5 até 4,5 curvas agudas. Proporcione
mais planos. Revegete
metros de largura para estradas drenagem transversal tubulações
novamente os taludes.
de uma pista e 5 até 7 metros de bueiro ou declives ondulados.
para estradas de duas pistas. • Geralmente utilize construção
• Utilize uma seção de
Adicione baías de ultrapassagem equilibrada de corte e aterro em
abaulamento na estrada em
conforme necessário. Minimize a terreno suave. Utilize construção
estradas amplas com taludes
área de clareira. de corte em bancada em taludes
moderados ou com terreno
de mais de 65% e faça a
• Coloque as estradas com um raio plano, para prevenir o
transportação final do material
de curva mínimo de 15 metros. estancamento da água na
escavado para um local
superfície da estrada (veja a
adequado para descarte.
Figura 7.1).

MPG PARA ESTRADAS DE BAIXO VOLUME: 25


PRÁTICAS RECOMENDADAS (cont.)
Drenagem (cont.) escavação para controlar a erosão • Use a tecnologia mais apropriada
• Construa as estradas com (Figura 4.2). A quantidade de disponível, como Sistemas de
declives ondulados para minimizar material pode estar limitada devido Posicionamento Global (GPS),
a concentração de água. ao risco de incêndio. programas de PC, geotêxteis,
medidas biotécnicas para
• Proporcione faixas ou áreas de • Solicite um Plano de Controle da controle da erosão, estruturas de
infiltração para capturar os Erosão final e tome medidas de arrimo de Terra Mecanicamente
sedimentos entre os bueiros e as controle provisório da erosão Estabilizada (MSE) e materiais
vias fluviais. Mantenha as durante os fechamentos por de estabilização onde for
estradas e os rios desconectados! temporada. Estabilize todas as necessário.
áreas afetadas, zonas de trabalho
• Use estruturas de drenagem do e estradas temporárias. Inclua • Minimize as atividades de
tipo apropriado e do tamanho desenhos típicos de armadilhas trabalho com terra onde o solo
adequado para cruzamentos de sedimentos, barreiras de estiver muito úmido ou muito
fluviais naturais. Desenhe pontes arbustos, barreiras de seco; ou prévio à chegada de
e esgotos suficientemente sedimentos, estruturas tormentas iminentes. Programe
grandes para cobrir a largura biotécnicas, etc. por períodos a atividade de
total da margem. Utilize construção da estrada, e a sua
blindagem, muros de cabeceira Diversos
utilização para as temporadas
e grades para lixo quando • Desenvolva fontes de água locais
mais tranquilas e secas, sempre
necessário para proteger a confiáveis para necessidades de
que possível (Foto 4.8).
estrutura (Foto 4.6). construção do projeto e
manutenção onde for possível. • Use dispositivos de controle do
• Desvie a água e os fluxos de água Construa um local bem tráfego, segundo for necessário,
ao redor das zonas de construção, posicionado, durável e para proporcionar segurança ao
segundo o necessário para manter estabilizado que proteja a pessoal da construção e aos
a construção seca e evitar a qualidade da água e a vida usuários da estrada.
degradação da qualidade da água. aquática. Pode ser necessário
Recupere os canais naturais o mais controlar a frequência e a • Visite a área nas etapas de
rápido possível depois da quantidade da água recolhida. desenho e construção de um
construção. projeto. Tenha o cuidado de
• Use as técnicas de construção contar com inspetores, veículos
Controle da Erosão mais apropriadas e com melhor e testes de controle de qualidade
• Retire os descartes madeireiros, relação custo/benefício para o adequados para ter a certeza
copas, troncos e tocos de árvore projeto e a área geográfica, de que o trabalho está sendo
da faixa de domínio ao pé do utilizando equipamento ou bem feito.
talude de aterro antes da trabalho manual (Foto 4.7).

Custos das Estradas aumenta significativamente o tempo de construção de estradas em um talude


Os custos de construção das construção, a quantidade de lateral de 10 por cento, em
estradas são afetados principalmente escavação e de trabalho com terra, comparação com um talude de 50 por
pelo padrão da estrada construída, as áreas de clareira e a revegetação cento. A Tabela 4.2 apresenta as
especialmente a largura, o tipo de necessária e adiciona longitude a quantidades típicas para os principais
superfície e a ondulação do terreno. drenagem transversal e outras elementos de trabalho nas estradas. A
Colocar uma estrada com cortes e estruturas de drenagem. A Figura 4.3 construção ideal seria em um terreno
aterros em taludes pronunciados mostra a diferença em quantidades na com taludes transversais na margem
de 25 até 35 por cento.

MPG PARA ESTRADAS DE BAIXO VOLUME: 26


Tabela 4.1 As estimativas do custo das
PADRÕES TÍPICOS DE DESENHO DE estradas são importantes tanto no
processo de planejamento quanto no
ESTRADAS DE BAIXO VOLUME
orçamento geral do projeto, para
Elemento do Desenho Estrada de Acesso Rural Estrada Coletora garantir a disponibilidade de fundos
suficientes para construir a estrada
Velocidade da Diretriz 25-35 kph 45-60 kph
corretamente. As boas técnicas de
Largura da Estrada 3.5-4.5 m 4-5.5 m desenho e construção exigem custos
Inclinação da Estrada 15% máx. 12% máx. iniciais relativamente altos, mas
Raio da Curva 15 m mín. 25 m mín. podem reduzir muito as futuras
Abaulamento/Forma talude externo interno/externo ou necessidades de manutenção e
/talude interno (5%) abaulamento(5%) evitam falhas custosas, reparações e
Tipo de Superfície natural ou cascalho cascalho, impactos ambientais adversos.
empedrado ou
pavimento Manutenção da Estrada
As estradas rurais devem receber
manutenção durante o uso ativo,

PRINCIPAIS FATORES
DE CUSTO
• Os taludes laterais pronunciados
(principalmente em estradas largas)
aumentam rapidamente a
quantidade de trabalho, incluindo a
área utilizada para clareira e
revegetação, e a quantidade de
material escavado. Por tanto, os
taludes pronunciados aumentam
significativamente o custo da
construção (veja a Figura 4.3 e a
Foto 4.3 Evite a construção de estradas com declives fortes ou com ladeiras
pronunciadas. É difícil controlar a drenagem quando a declividade da estrada é
Tabela 4.2)!
muito pronunciada. • Os materiais para superfície de
alto padrão (agregado, asfalto, etc.)
aumentam muito o custo da estrada,
mas também melhoram muito o
conforto do usuário e reduzem a
erosão da superfície da estrada.
• Muitas ou freqüentes drenagens
(canais) transversais aumentam
significativamente os custos da
estrada, mas devem ser usados
quando necessário, principalmente
em terrenos dissecados.
• As inclinações pronunciadas
Foto 4.4 Compacte a superfície da estrada e o material de aterro quando a aumentam os custos de manutenção
estrada estiver perto de riachos, sobre ladeiras escarpadas ou em zonas com da estrada em longo prazo.
solos erosivos.

MPG PARA ESTRADAS DE BAIXO VOLUME: 27


Foto 4.5 Uma estrada estável para arraste de toras com Foto 4.6 Um bueiro bem desenhado e instalado para melhorar
superfície de agregados. Use materiais para revestimento a eficiência e para a proteção ou retenção do material de
de estradas sempre que for possível, para reduzir a erosão, aterro.
melhorar o suporte estrutural da base da estrada e para a
comodidade dos motoristas.

Figura 4.2 Leiras de vegetação feitas no pé do talude para controlar a erosão. Coloque o descarte madeireiro antes
de começar a escavação. Não enterre os descartes dentro do aterro.

Galhos pequenos e
descarte madeireiro
amassados no pé do
aterro

corte
aterro

Estrada em
construção

Foto 4.7 Aplique as técnicas de construção


de estradas com melhor custo/benefício
para o projeto e para a região geográfica em
particular. A comparação entre a mão-de-
obra e o uso de equipamento depende do
custo, da disponibilidade do equipamento e
das taxas de produção.

MPG PARA ESTRADAS DE BAIXO VOLUME: 28


PRÁTICAS QUE Figura 4.3 Variação do volume da obras em função da declividade do terreno.

DEVEM SER
Clareira
EVITADAS
Desenho Geral
Plataforma da
• Construção da estrada em Revegetação estrada
Escavação

taludes laterais pronunciados.


+ 1m Revegetação
• Aterros laterais em taludes do bueiro
Extensão
transversais com mais de 50 e
até 60 %.
• Enterrar tocos, troncos, recortes L
C
10%
ou escombros orgânicos no Talude lateral
material de aterro ou no prisma
da estrada. Clareira

• Atividades de construção e Escavação


extração de recursos em

ão
períodos de clima úmido (veja

taç
Plataforma da

ge
Foto 4.8). estrada

ve
Re
• Inclinações pronunciadas na
o
estrada (de 12 a 15%). A água çã
e ta aterro
eg
fica muito difícil de controlar. Re
v
1m
ers al +
r ansv
• Taludes de corte verticais, age
mt LC
dren 50%
principalmente em estradas com e i r o de Talude lateral
Bu
valetas internas.
• Áreas muito planas (onde a
drenagem não possa ser Tabela 4.2
controlada). QUANTIDADES COMUNS DE TRABALHO E MATERIAIS
PARA CONSTRUÇÃO DE ESTRADAS EM TERRENO COM
• Colocar estradas em planícies
TALUDES MODERADOS E PRONUNCIADOS (PARA UMA
de inundação, áreas ribeirinhas,
ESTRADA DE 4,5 METROS DE LARGURA)
zonas úmidas, ou ZPA (exceto
em cruzamentos).
Elemento de Trabalho Talude Lateral 10% Talude Lateral 50%
• Zonas úmidas e de mananciais, Clareira 0.62 ha/km 0.95 ha/km
áreas de desmoronamento e
grandes afloramentos de rocha. Escavação 237 m3/km 2220 m3/km

• Projetos de construção com Revegetação 0.10 ha/km 0.89 ha/km


fundos insuficientes para (taludes de corte e aterro)
desenho, construção, inspeção Longitude do bueiro 8m 22 m
e futura manutenção adequados. (canal natural)
Considere construir menos
quilômetros de estrada e Longitude do bueiro 6m 11 m
construi-los bem. (escoamento da valeta)

MPG PARA ESTRADAS DE BAIXO VOLUME: 29


depois que as operações periódicas
tiverem sido completadas e depois
de eventos de tormenta
importantes, para garantir que as
estruturas de drenagem funcionem
corretamente. As chuvas fortes
provocarão falhas nos taludes de
corte que bloquearão valetas,
provocarão fluxos de água na
superfície da estrada e causarão
erosão na superfície e nos taludes
de aterro (veja a Figura 4.4). Os
escombros descem pelos canais
naturais d'água durante chuvas fortes
e bloqueiam as estruturas de
drenagem, causando alagamento na
Foto 4.8 Evite as atividades de construção e outras, durante o período de chuvas
estrada e erosão no aterro. Os sempre que for possível. Alternativamente estabilize a superfície de rolamento e
sulcos, ondulações e buracos na a drenagem nas zonas de solos pobres ou moles em qualquer tipo de clima.
superfície da estrada estancam a
água, debilitam a seção estrutural da
via, aceleram os danos à superfície
e dificultam a direção para os
Principais Itens da Manutenção de Estradas
motoristas, como mostra a Figura
4.5. A manutenção rotineira é Os itens de manutenção que devem ser realizados de forma rotineira são:
necessária em qualquer estrada para • Inclinar e dar forma à superfície da via para manter a forma específica
manter a capacidade de serviço da com aterro interno e externo ou abaulado para escoar a água rapidamente
estrada e seus sistemas de drenagem para fora da plataforma da estrada.
funcionando corretamente. Uma
estrada bem mantida reduzirá os • Compactar a superfície inclinada da via para manter uma superfície
custos para o usuário, evitará danos dura para dirigir, e para prevenir a perda de partículas finas. Substitua
à estrada e minimizará a produção de o material da superfície sempre que for necessário. Mantenha a
sedimentos. superfície da estrada úmida!
Como será feita a manutenção
da estrada é um tema que deverá • Retirar sulcos através de declives ondulados e barreiras para água.
ser resolvido antes de sua Reforme as estruturas para que funcionem corretamente.
construção ou reconstrução. O • Limpar valetas e reformá-las, quando necessário, para manter a capacidade
trabalho de manutenção pode ser de fluxo adequada. Não incline as valetas onde não for necessário!
completado pelo pessoal do
governo estadual ou local, empresas • Retirar escombros dos bueiros da entrada para prever entupimentos e
contratadas ou por grupos alagamento. Revise que não haja danos ou sinais de vazamentos e socavação.
comunitários locais. Os fundos para
a manutenção podem ser obtidos • Substituir/consertar enrocamento, concreto ou vegetação usada para
diretamente dos recursos do proteção de taludes, proteção contra socavação ou dissipação de energia.
governo, impostos locais ou da • Podar a vegetação ao lado da estrada (recortar) adequadamente, mas
gasolina, pedágios dos usuários da não excessivamente, para manter a distância de visão.
estrada ou força de trabalho local
doada por usuários interessados. • Substituir a sinalização de informação, segurança ou regulamentação da
estrada.

MPG PARA ESTRADAS DE BAIXO VOLUME: 30


PRÁTICAS RECOMENDADAS
Manutenção frequência possível (veja a Figura corte e aterro (especialmente
• Realize a manutenção quando for 4.5). Mantenha a forma e a grama e arbustos baixos). No
necessária. NÃO ESPERE! inclinação dos declives ondulados. entanto, garanta a distância visual
Quanto mais esperar, mais danos Idealmente, compacte a superfície e que os sistemas de drenagem
ocorrerão e as reparações serão de rolamento da estrada já ainda funcionem corretamente.
mais caras. nivelada.
• Retire o material de
• Mantenha as valetas e esgotos • Mantenha a ladeira lateral da desmoronamento da estrada ou
livres de escombros, mas estrada livre de berma, exceto nos das valetas internas onde o
conserve uma superfície resistente lugares onde uma berma seja material estiver bloqueando a
à erosão como grama ou pedras construída intencionalmente para drenagem normal da superfície
nas valetas. Retire os escombros controlar a água ou o tráfego. (Foto 4.11).
nas inspeções (Figura 4.4 e Foto • Aplique material de estabilização • Evite alargar a estrada ou inclinar
4.9). Também mantenha limpos os
da superfície, como agregado, demais os taludes de aterro
canais de transbordamento.
empedrado ou pavimento na formados pelo material superficial
• Nivele e ajuste a forma da superfície da estrada para proteger separado da estrada.
plataforma da estrada o leito da estrada de danos e
reduzir a frequência de • Feche a estrada quando existam
periodicamente para manter uma
manutenção necessária. condições muito úmidas ou
drenagem superficial adequada
períodos de inatividade.
(Foto 4.10). Mantenha a • Evite afetar o solo e a vegetação
superfície da estrada úmida
quando não for necessário. Deixe • Inspecione a estrada em intervalos
durante o nivelamento. Recheie regulares, principalmente depois
toda a vegetação (grama) possível
sulcos e buracos com cascalho ou de períodos de chuvas fortes.
nas valetas, nas zonas de
aterro compactado com a maior
acostamentos, nos taludes de

Figura 4.4 A manutenção das estradas é necessária para conservar os


padrões de drenagem da plataforma e para retirar os desmoronamentos
que bloqueiam as valetas e a boca dos bueiros.

MPG PARA ESTRADAS DE BAIXO VOLUME: 31


Fechamento das Estradas
Uma estrada pode ser fechada
se não for mais necessária, por
exemplo, se um recurso foi esgotado,
se a comunidade tiver se mudado, se
não será utilizada por algum tempo
ou, se a estrada estiver provocando
custos de manutenção inadmissíveis
ou dano ambiental. O fechamento de
estradas, frequentemente, responde
a informação do público e outros
usuários da estrada afetados. As
opções básicas para o fechamento de
estradas são as seguintes: fechamento
temporário ou bloqueio com
barreiras, barricadas ou bermas;
Foto 4.9 Realize a manutenção da estrada, com equipamento ou a mão, para
estrada fora de serviço ou conservar o nivelamento da superfície e o correto funcionamento das estruturas
desabilitação, onde a superfície da de drenagem. Mantenha as valetas limpas, mas não retire a camada de
estrada é estabilizada e as estruturas estabilização vegetal (grama).
de drenagem são retiradas, mas a
configuração da estrada permanece no
terreno; ou fechamento permanente
e recuperação da área da estrada, onde
o traçado e os elementos de drenagem
são totalmente removidos e a área volta
à sua condição natural pré-estrada. A Foto 4.10 Use niveladoras
Figura 4.6 mostra as diversas opções sempre que for possível para
geralmente consideradas para o conservar a estrada aplanada
fechamento de estradas. e devidamente drenada.
Se o uso temporário da estrada
tiver concluído, por exemplo, depois Figura 4.5 Sinais da necessidade de manutenção da estrada. (Adaptado de
PIARC Road Maintenance Handbook)
de operações de derrubada de
árvores e de mineração, as estradas Faça a manutenção da estrada
deverão ser fechadas tempo- antes que ocorram danos significativos na superfície!
rariamente ou desabilitadas para
protegê-las da erosão no período em
que não forem utilizadas. As estradas
fechadas temporariamente deverão ser
bloqueadas por uma barreira, barricada
ou berma para manter o trânsito fora
dela, mas as estruturas de cruzamento
de drenagem deverão ser mantidas.
Buracos Marcas de pneus
A forma da superfície da estrada
deverá ser adaptada para uma boa
drenagem e estabilizada com
barreiras para água e provavelmente
escarificadas, semeadas e adubadas.
As estruturas de drenagem, como Superfície de rolamento frouxa e enlodada Sulcos e quebradas

MPG PARA ESTRADAS DE BAIXO VOLUME: 32


esgotos e valetas, exigem limpeza
periódica. O uso de técnicas de
fechamento de estradas e a
manutenção de rotina depois de
concluídas as operações, protegerão
o investimento na estrada até que ela
volte a ser necessária no futuro.
Quando a estrada é posta fora
de serviço (desabilitação) implica
bloquear a estrada, retirar todas as
estruturas de cruzamento de
drenagem e o material de aterro para
estabilizar a superfície da estrada. Isto
normalmente é feito quebrando a
superfície da estrada (escarificação),
Foto 4.11 Retire o material dos desmoronamentos que bloqueiam as valetas de
depois semeando e adubando, para drenagem e que reduzem a largura da estrada.
que a estrada possa ser revegetada
naturalmente com o tempo (Foto cruzamento de drenagem são perto de áreas de lazer, ou perto de
4.12). O custo desse trabalho é removidos, o chão é reformado, os rios e lagos. Essas medidas são muito
relativamente baixo, a maior parte do padrões naturais de drenagem são eficientes para retirar todos os rastros
dano ambiental da estrada é recuperados, idealmente incluindo os de uma estrada e, assim recuperar a
eliminado, e a forma básica do leito padrões de fluxo subsuperficial da água área para uma condição natural pré-
da estrada fica no lugar, no caso de a do solo e a área é revegetada. É muito estrada. No entanto, devido ao alto
estrada ser reaberta no futuro. importante retirar todo o material de custo, a desabilitação simples
O fechamento total de estradas aterro colocado em drenagens, como geralmente tem uma melhor relação
é quando o traçado da estrada é o aterro posterior dos bueiros. Essas custo/benefício para o fechamento de
totalmente eliminado e o solo é medidas relativamente econômicas são estradas, por isso é opção mais
recuperado para a forma natural do usadas com frequência em áreas utilizada.
terreno. Todos os materiais de sensíveis como parques e reservas,

Foto 4.12 Feche a estrada


que já não são necessárias
ou que foram usadas como
acesso temporário.
Estabilize a superfície com
barreiras para água,
bermas e com camada
vegetal.

MPG PARA ESTRADAS DE BAIXO VOLUME: 33


Figura 4.6 Opções de fechamento de estradas, incluindo fechamento temporário (a,b), desabilitação da estrada (c),
e fechamento permanente da estrada (d).

a. Fechamento com sinalização (Temporário) b. Fechamento com barreira de terra ou berma (Temporário)

Velha plataforma de estrada


revegetada

c. Desabilitação - Fechamento permanente da estrada com a escarificação da superfície e


favorecendo o crescimento da vegetação, mas mantendo a maior parte do traçado

(1) Superfície da estrada antes do


fechamento. 3
(2) Durante o fechamento, a
velha estrada é escarificada e
aterrada. 2
(3) Fechamento final, com aterro
e a reconfiguração para recuperar
a topografia natural, seguida 1
pelo reflorestamento.

d. Fechamento Permanente

MPG PARA ESTRADAS DE BAIXO VOLUME: 34


PRÁTICAS RECOMENDADAS
Fechamento de Estradas • Retire todas as estruturas de inclinações, deverão ser
• Envolva a população afetada ou cruzamento fluvial e de incluídas barreiras para água.
os usuários da estrada nas drenagem nas estradas fechadas
• Retire bermas que possam
decisões relativas ao fechamento permanentemente.
impedir a drenagem superficial
da estrada, geralmente
utilizando um processo
• Feche as estradas reformando nas estradas fechadas.
o leito da estrada para manter
interdisciplinar. • Desabilite estradas com
os padrões naturais de
estruturas de fechamento,
• Feche temporariamente as drenagem superficial e evitar a
controles de drenagem e
estradas utilizando barreiras, concentração de água.
proteção contra erosão, mas
barricadas ou grandes bermas.
• Revegete o solo exposto em sem retirar o traçado da estrada,
• Instale barreiras para água estradas fechadas. Um se o seu uso futuro for provável.
(Veja o Capítulo 7, Drenagem) tratamento comum inclui
• Desabilite estradas desnece-
nas estradas fechadas para escarificação, semeadura, e
ssárias sempre que for possível
desviar a água fora da superfície aplicação de adubo para
e naqueles casos em que
da mesma. estimular o crescimento de
proporcionar o máximo nível de
grama e arbustos. Também é
desabilitação da estrada e
possível plantar árvores. Nas
recuperação do terreno
represente uma boa relação
custo/benefício.

PRÁTICAS QUE
DEVEM SER
EVITADAS
• Deixar estruturas de
drenagem em estradas
fechadas (desabilitadas).

• Abandonar estradas fechadas


temporariamente.

MPG PARA ESTRADAS DE BAIXO VOLUME: 35


A estrada pavimentada (acima) e a estrada de cascalho (abaixo)
são estradas de baixo impacto que ficam relativamente bem
colocadas e desenhadas, pois suas superfícies estão reforçadas
e se ajustam ao terreno, escoando a água eficientemente e
evitando o trabalho pesado com terra

MPG PARA ESTRADAS DE BAIXO VOLUME: 36


Capítulo 5
Capítulo 5

Hidrologia par
Hidrologia a o Desenho de
para
Dr ena
Drena
enaggem TTrransv er
ansver sal
ersal

Hidr
Hidrologia
“Baseie o tamanho da estrutura de drenagem em um processo de
desenho racional ou estatístico”.

ologia par
O
TAMANHO DAS ESTRUTURAS de drenagem topográfico (Figura 5.1). O ideal seria utilizar mapas

para
deverá estar baseado em um determinado topográficos a uma escala 1:10 000 até 1:24 000
caudal razoável de desenho, bem como as para o desenho do projeto de drenagem. No entanto,
características do lugar e levar em conta considerações é frequente que em muitos países a escala do mapa

a o Desenho de Dr
ambientais, tais como a pesca, (Foto 5.1). Determinar mais detalhada disponível seja de 1:50 000, portanto,
o caudal de desenho correto ou razoável da drenagem este é o tipo de mapa que deverá ser utilizado.
é de grande importância para que a estrutura funcione No mínimo deveria ser usado o chamado Método
corretamente e para prevenir falhas nas estruturas. Um Racional, baseado na precipitação, com uma área de
caudal razoável de desenho deve estar normalmente drenagem de, no máximo, 120 hectares para
baseado em um evento de tormenta que tenha uma determinar o escoamento das bacias de captação
frequência de ocorrência (intervalo de retorno) de 20 pequenas. O Método Talbot recorre diretamente ao
a 100 anos, dependendo do tipo e valor da estrutura e Método Racional e pode ser útil para fazer uma
das especificações locais. Todos os
bueiros têm uma capacidade de vazão
limitada que não deverá ser

Drena
ultrapassada. As pontes também têm
uma capacidade específica para a área

ena
enag
do corte transversal, mas ela
geralmente é muito grande. O desenho

gem T
de passagens d'água a vau baseia-se
tanto nos cálculos dos caudais, quanto
na capacidade máxima para este
sistema de drenagem específico, mas
Trransv
são menos sensíveis às estimativas da
ansver

vazão.
A maioria dos métodos para
determinar o caudal implica a
definição ou estimativa da área de
er
ersal

drenagem. Este trabalho normalmente Foto 5.1 Determine uma vazão máxima de desenho adequado para uma
sal

é feito através da demarcação da área área em particular, usando os métodos hidrológicos apropriados. Instale
da bacia de captação sobre um mapa estruturas de drenagem transversal tendo como base este fluxo de
desenho e outras características do lugar.

MPG PARA ESTRADAS DE BAIXO VOLUME: 37


Escala = 1: 50,000
Área = 820 Hectares (8.2 km2)

Figura 5.1 Determine a área de drenagem das bacias de captação sobre um mapa topográfico
para ajudar a determinar os fluxos adequados para o desenho da estrutura de drenagem.

estimativa preliminar do tamanho da da água no canal e as medições da Método Racional


tubulação necessária em função da sua geometria podem ser usados O Método Racional é usado com
área de drenagem. No entanto, o juntamente com a Equação de Man- muita frequência para determinar o
Método Talbot não leva em ning (veja Capítulo 6) para fluxo em bacias de captação
consideração a intensidade variável determinar a velocidade do fluxo e, pequenas, e pode ser aplicado na
da chuva nem o intervalo de retorno, portanto, o volume do mesmo maioria das áreas geográficas. Ele é
portanto, não é um método preciso. (escoamento ou capacidade) através particularmente útil se não houver
O ideal é contar com métodos do canal para um certo nível máximo dados sobre o fluxo fluvial local, e
estatísticos baseados na análise de de água. O projetista pode utilizar pode ser usado para fazer uma
regressão dos dados regionais do uma grande variedade de métodos estimativa aproximada a partir do
fluxo fluvial ou com dados reais locais disponíveis para determinar os fluxos fluxo de grandes bacias de captação,
do fluxo fluvial que possam ser de desenho. Pelo menos um método quando não houver outra opção.
utilizados. analítico deverá ser usado. O ideal é Assim sendo, apresentamos a
As bacias de captação grandes utilizar vários métodos para comparar fórmula Racional a seguir com uma
podem contar com dados específicos os resultados e aumentar a confiança breve explicação na página seguinte.
da estação de aferição, que poderão nos valores do fluxo de desenho. Os Mais informação detalhada sobre o
ser analisados estatisticamente e métodos típicos de análise para seu uso pode ser encontrada em
usados no desenho hidráulico para diferentes tamanhos de bacias de referências como: Minimum Impact
determinar os fluxos em distintos captação são mostrados na Tabela Low-Volume Roads Manual ou no
intervalos de retorno. O nível máximo 5.1. Manual da FHWA HDS4-Introduc-
tion to Highway Hydraulics.

MPG PARA ESTRADAS DE BAIXO VOLUME: 38


FÓRMULA DO MÉTODO RACIONAL
Para determinar o volume do fluxo... Q = Quantidade de Vazão em Metros Cúbicos por
Segundo (m3/s).
C = Coeficiente de Escoamento. Este coeficiente é selecionado
de tal maneira que possa refletir as características da bacia de
captação tais como: topografia, tipo de solo, vegetação e uso
CiA
Q= onde: do solo.
362 i = Intensidade Média de Chuvas para a frequência selecionada
e para uma duração igual ao Tempo de Concentração em
milímetros por hora.
A = Área da bacia de captação em hectares.

Coeficiente de Escoamento (C) Estes valores aparecem na Tabela 5.2. Eles refletem as diferentes características
da bacia de captação que afetam o escoamento. O projetista deve desenvolver experiência e usar o seu
critério para eleger o valor correto de C dentro da faixa mostrada. Note que o valor de C pode mudar no
transcurso da vida útil da estrutura, devido a mudanças no uso do solo, como um bosque transformado em
terreno agrícola ou por causa de um incêndio na bacia de captação. A quantidade do fluxo é diretamente
proporcional a seleção deste coeficiente.

Área (A) é simplesmente a área da bacia de captação que contribui com o escoamento para a drenagem trans-
versal. Seus limites vão desde uma divisão da drenagem até a seguinte, e descem pelo talude até o cruzamento.
Na superfície de uma estrada, "a área de drenagem" é o talude de corte e a área da plataforma da estrada
entre drenagens transversais ou as valetas de saída.

Intensidade de Chuva (i) é o terceiro fator, e com frequência o mais difícil de obter. Exprime-se como a intensidade
média de chuvas em milímetros por hora (mm/h) para uma certa frequência de ocorrência e para a duração igual
ao tempo de concentração da bacia de captação. No início de uma tormenta, o escoamento vindo de zonas
distantes da bacia de captação não chegou ao ponto de escoamento (como um esgoto, por exemplo). Assim
que a água alcançar o ponto de escoamento em todas as partes da bacia de captação, haverá um estado de
fluxo estável. O Tempo Estimado em que a água de toda a bacia alcança o ponto de escoamento é o Tempo de
Concentração (TC - TOC, na sigla em inglês). O TC depende do coeficiente de fluxo sobre o terreno nessa
bacia de captação. No caso das bacias de captação muito pequenas, recomenda-se um TC mínimo de cinco
minutos para encontrar a intensidade que será usada para determinar os fluxos de desenho. O TC pode ser
calculado dividindo a longitude da rota de escoamento pela velocidade média da mesma (geralmente 0,1 [plano,
arborizado] a 1,0 m/s [escarpado, árido]).
A Figura 5.2 mostra uma família típica de curvas de intensidade/duração de chuvas para uma frequência de
ocorrência de 2 a 50 anos. Estas curvas, desenvolvidas a partir de dados das chuvas locais, devem ser
obtidas ou geradas durante o trabalho em uma zona específica. Os valores típicos máximos de intensidade
para um evento de 25 a 50 anos nas regiões desérticas estão entre 75 e 100 mm/h, aproximadamente;
algumas regiões costeiras de selvas ou tropicais apresentam intensidades máximas entre 200 e 400 mm/h, ou
maiores. A maioria das regiões, incluindo as zonas semi-áridas, florestas montanhosas e áreas da costa,
possui geralmente valores entre 100 e 250 mm/h. Devido à ampla faixa de valores e à quantidade de variações
locais que podem ocorrer ao redor de ilhas e montanhas, os dados locais são importantes para o trabalho de
desenho do projeto.

MPG PARA ESTRADAS DE BAIXO VOLUME: 39


PRÁTICAS Tabela 5.1
MÉTODOS DE ANÁLISE PARA DIFERENTES
RECOMENDADAS TAMANHOS DE BACIAS DE CAPTAÇÃO
• Utilize os melhores métodos
hidrológicos disponíveis para Tamanho da Bacia Tipo de Análise Comum
determinar os fluxos de desenho.
Pequena (até120 Ha) Método Racional, Método de Talbot,
• Onde for conveniente, use (300 acres) Experiência Local
estruturas de drenagem que não
sejam sensíveis às previsões exatas
Média (até 4,000 Ha) Análise de Regressão, Nível Máximo
de fluxo, às passagens d'água a vau
(10,000 acres) da Água + Manning, Experiência Local
(cruzamentos em estiagem) e aos
declives transitáveis contra as
Grande (acima de 4,000 Ha) Dados da Aferição , Nível Máximo
tubulações de bueiros.
da Água, Análises de Regressão
• Adicione borda livre ou
capacidade extra às estruturas de
drenagem com caudais incertos ou
para a passagem de escombros em
bacias de captação com usos Tabela 5.2
alternados do solo, geralmente em VALORES DE “C”
uma faixa de 120 a 150%.
PARA O MÉTODO RACIONAL
• Minimize os riscos das estruturas,
a frequência recomendada de Uso ou Tipo de Solo Valor de “C”
tormentas (intervalos de retorno)
para o desenho dos bueiros é de Agricultura
20 a 50 anos e, recomenda-se, Solo nu 0.20-0.60
de 100 a 200 anos para pontes Campos cultivados (solo arenoso) 0.20-0.40
ou drenagens com problemas Campos cultivados (solo argiloso) 0.30-0.50
ambientais.
• Para esgotos instalados em áreas Grama
com dados ou desenhos Prados com grama 0.10-0.40
hidrológicos limitados ou Áreas escarpadas com grama 0.50-0.70
inadequados, inclua proteção con-
tra trasbordamento para reduzir o Zonas Arborizadas/Floresta
risco de falha total ou o desvio de Zonas arborizadas com terreno nivelado 0.05-0.25
canais (ver a Figura 7.11). Zonas de florestas com taludes pronunciados 0.15-0.40
• Envolva hidrólogos, biólogos e Áreas nuas, escarpadas e rochosas 0.50-0.90
engenheiros no processo de
desenho hidrológico e hidráulico. Estradas
Pavimento asfáltico 0.80-0.90
Empedrado ou pavimento de concreto 0.60-0.85
PRÁTICAS QUE Superfície de cascalho 0.40-0.80
DEVEM SER Superfície de solo nativo 0.30-0.80
EVITADAS Áreas Urbanas
• Instalação de estruturas de Residenciais, planas 0.40-0.55
drenagem sem algum tipo de Residenciais, com inclinação moderada 0.50-0.65
avaliação racional ou estatística do Comerciais ou do centro 0.70-0.95
fluxo esperado.
MPG PARA ESTRADAS DE BAIXO VOLUME: 40
Figura 5.2 Curvas típicas de frequência da intensidade/duração da precipitação (Adaptado de FHWA Hydraulic
Design Series No. 4, 1997).

Intensidade das chuvas, em milímetros por hora


150 6

Intensidade das chuvas, em polegadas por hora


5

100 4

3
os
an
em

50 2
ia
nc

eq
Fr

0
0
0 20 40 60 80 100 120 140 160 180 200
Duração
(Tempo em minutos)

Nota: Os valores Comuns de Intensidade Máxima para uma frequência de eventos de 25 a 50


anos:
• Zona de Florestas: 200-400 mm/hr
• Desertos: 50-100 mm/hr
• A maior parte das zonas (semi-áridas, montanhosas e costeiras): 100-250 mm/hr

MPG PARA ESTRADAS DE BAIXO VOLUME: 41


Uma drenagem transversal pode ser um ponto crítico
e vulnerável na estrada se a estrutura de drenagem
falhar. Por isso, a drenagem transversal deve ser
desenhada para que passem fluxos de tormenta, mais
os escombros ou para resistir a trasbordamentos.

MPG PARA ESTRADAS DE BAIXO VOLUME: 42


Capítulo 6
Capítulo 6

Fer
errramentas para Desenho
para
Hidráulico e de Estradas
Estradas

Fer
errramentas par
“Proteja contra a socavação! Inclua o tamanho adequado de
enrocamento e filtros, como medidas de proteção do leito fluvial”.

O
DESENHO HIDRÁULICO envolve vários hidráulico básico devem estar familiarizados com ela
conceitos básicos que devem ser e com suas aplicações. Os canais complexos com
considerados para realizar projetos bem- fluxos de variação rápida, instáveis ou críticos deverão

para
sucedidos com o mínimo risco de falha (Foto 6.1). ser avaliados por um engenheiro hidráulico com
Utilize a Fórmula de Manning para determinar a experiência.

a Desenho Hidráulico e de Estr


capacidade de fluxo e a velocidade, use enrocamento
do tamanho adequado para o leito fluvial e para Fórmula de Manning
proteção contra socavação. Utilize zonas de filtros A quantidade de escoamento do canal (Q) é
para prevenir vazamentos e socavação, e utilize produto da velocidade média do canal (V) vezes a
cascalho ou geotêxtil para estabilizar a estrutura da área (A) do canal. Para determinar o escoamento (Q)
estrada. Para o desenho básico da drenagem de em drenagens naturais, canais e tubulações sem
estradas, geralmente utiliza-se a Fórmula de Manning pressão utiliza-se a seguinte:
para determinar as
velocidades do fluxo em
canais naturais, para
determinar a quantidade
do fluxo (como alternativa
para os métodos
discutidos no Capítulo 5)
e para determinar a
capacidade de fluxo dos
canais e valetas. O uso da
Fórmula de Manning para
determinar as velocidades
Estradas

fluviais e a quantidade de
fluxo está bem
documentado em muitos
adas

manuais de engenharia e
hidráulica. Os
engenheiros de estradas
que realizam desenho Foto 6.1 Socavação atrás do estribo de uma ponte, causada pela proteção
deficiente da margem do canal durante uma enchente.

MPG PARA ESTRADAS DE BAIXO VOLUME: 43


Escoamento = (Velocidade) x (Área)
ou FÓRMULA DE MANNING
Q = VA
Para calcular a velocidade média do fluxo...
onde:
Q = escoamento, em metros
1
cúbicos por segundo (m3/s) V =
2/3 1/2
(R )( S )
V = velocidade média do fluxo, n
em metros por segundo (m/s)
A = área em seção transversal, onde:
em metros quadrados (m2).
V = velocidade média da água (metros/segundo)
A Fórmula de Manning pode ser n = coeficiente de rugosidade (aspereza) (geralmente 0,04
usada para calcular a velocidade - 0,07 para canais naturais); veja os manuais para obter
média do fluxo (V) em qualquer ca- valores específicos de n
nal ou via fluvial natural, com fluxo
uniforme como aparece à direita. A S = a pendente da linha d'água (metro/metro)
Fórmula de Manning pode ser R = raio hidráulico (metros) = A/P
resolvida facilmente para um canal
específico, utilizando uma profundidade onde A e P são:
de fluxo calculada ou conhecida. No A = área em corte transversal do canal
entanto, para determinar a P = perímetro molhado
profundidade que um escoamento
determinado produzirá em um canal Coeficiente de Rugosidade (n) muda significativamente, dependendo
é necessária uma solução de ensaio das características de um canal ou da lisura do mesmo, tubulação, etc.
e erro. Informação mais detalhada Os valores "n" de Manning para vários canais naturais são feitos pelo
sobre o uso da Fórmula de Manning homem, e podem ser encontrados em muitos manuais e livros de
é mostrada nas referências, como o referência. Os canais fluviais lisos e abertos com leito de cascalho têm
Manual de Estradas de Baixo Vol- valores em torno de 0,035 até 0,055. Os canais muito sinuosos,
ume de Impacto Mínimo, o Manual vegetados ou rochosos têm valores em torno de 0,055 até 0,075. Os
da FHWA HDS4-Introduction to canais de terra ou pedra lisa têm valores em torno de 0,020 até 0,035.
Highway Hydraulics, ou Open- Os valores de rugosidade geralmente se incrementam com o aumento
Channel Hydraulics, por V.T. de vegetação e de escombros no canal, com o aumento da sinuosidade
Chow. do canal e com o aumento do tamanho médio dos materiais do canal.
O valor diminui um pouco com o aumento da profundidade do fluxo.
Uso do Enrocamento
As altas velocidades de fluxo nos Pendente (S) do canal ou canal de drenagem é determinada pela
canais ao longo do leito fluvial local abrangência local do canal analisado ao dividir a elevação, ou a mudança
frequentemente causam a erosão da elevação, dessa abrangência pela distância da mesma. Esta inclinação
destes leitos e a socavação ou a é geralmente medida no próprio canal fluvial, talude interno e externo
formação de quebradas. A do local e o ideal é também verificá-lo em um mapa topográfico.
socavação pode minar e provocar
falhas nas pontes e nos bueiros. O Raio hidráulico (R) é determinado com a área em seção transversal do
enrocamento, ou pedras grandes, é canal (A) dividida pelo perímetro molhado (P). O perímetro molhado
usado com freqüência para proteger é simplesmente a distância do fundo e/ou laterais do canal que estão
leitos fluviais e estruturas contra a sob a água ou dentro da área (A) de fluxo. A área deverá ser determinada
socavação (Foto 6.2). As pedras desde uma ou duas seções transversais representativas do canal de
podem ser usadas juntamente com fluxo.

MPG PARA ESTRADAS DE BAIXO VOLUME: 44


tangente da correnteza ou o paralelo
de fluxo (V P) da correnteza é
considerado aproximadamente 2/3,
ou 67%, da velocidade média (VAVE).
O fluxo em uma seção curva do cau-
dal, com colisões, tem uma
velocidade de colisão (VI) igual a,
aproximadamente, 4/3 ou 133% da
velocidade média (VAVE). Portanto, o
enrocamento em uma área com um
fluxo relativamente rápido, como
uma curva no canal, terá mais estresse
e exigirá pedras maiores do que as
necessárias em uma parte reta do
canal.
Considere que a maioria das
pedras deverá ser do tamanho
Foto 6.2 Enrocamento usado para proteção dos taludes da margem do canal mostrado na Figura 6.1 ou maior. A
contra a socavação na entrada da estrutura.
Curva Isbash indica o tamanho de
vegetação ou outras medidas como por causa de suas características de pedra máximo que pode ser
bolo radicular, gabiões ou espigões rugosidade, normalmente mais baixas. considerado em uma aplicação
para proporcionar proteção ao leito A Figura 6.1 mostra uma crítica. Se não houverem pedras
(Foto 6.3). O tamanho das pedras de correlação útil entre a velocidade da grandes apropriadas disponíveis,
enrocamento e o uso de outras medidas água (Velocidade do Fluxo) e o então o uso de pedra coberta com
são geralmente considerados em tamanho do enrocamento (Diâmetro) argamassa, alvenaria ou gabiões
função da velocidade fluvial e das necessário para proteger o leito flu- deverá ser considerado.
condições do canal local. vial e não se deslocar. O fluxo ao A Tabela 6.1 mostra as
As velocidades médias de um longo de uma seção alongada em graduações, tamanhos, pesos e tipos
canal fluvial (V AVE) podem ser
determinadas usando a Fórmula de
Manning. Além disso, as velocidades
fluviais podem ser calculadas no
campo se o fluxo superficial for
medido durante eventos de tormenta.
A velocidade fluvial é a distância que
um objeto, como um tronco ou um
galho, viaja no meio da correnteza
dividida por algum período de tempo
curto. A velocidade média da
correnteza será 0,8 ou 80% do valor
da velocidade superficial. As
velocidades máximas típicas em rios
e riachos vão de 1,5 até 3 m/seg. em
terreno plano é de 2 até 4 m/seg. em
canais montanhosos escarpados. Os
canais mais planos podem chegar a Foto 6.3 Margem do canal reforçada com bolo radicular, troncos e enrocamento
apresentar maiores velocidades de para proteção contra a socavação. Os troncos e a vegetação podem ser uma
alternativa interessante para o enrocamento nas zonas do curso d'água com
fluxo do que canais mais inclinados
velocidades relativamente baixa.

MPG PARA ESTRADAS DE BAIXO VOLUME: 45


Figura 6.1 Tamanho de pedra que resistirá o deslocamento com várias velocidades do fluxo d'água e declividade dos
taludes.

Peso da Pedra (Quilogramas)


10 30 300 500 700 1500 2500
2 5 20 50 100 200 350 900 2000
7.9
12:1 ou nível
Nota: O enrocamento deverá estar composto
por uma combinação de pedras bem graduadas,
mas a maioria das pedras deverá ser maior

Declividade do Talude
7.3 4:1
do que o tamanho indicado pela curva. O
enrocamento deverá ser colocado sobre uma 3:1
camada de filtro de geotêxtil ou leito de
cascalho graduado, em uma capa de 1,5
6.7 2:1
vezes (ou mais) a espessura do maior diâmetro
de pedra utilizado.
VP = 2/3 VAVE VI = 4/3 VAVE 1 1/2:1
6.1
Velocidade do Fluxo d'água (Metros por Segundo)

5.5 1:1

4.8
o)
i m
áx
4.2 M
h o
an
m
Ta
3.6 a ra
(P
A SH
I SB
3.0
VA
C UR Pedra com Peso de 2.650
Quilogramas/Metro cúbico
2.4 (Gs =2.65)

1.8
VP
VAVE

1.2

0.6
VI

0
0 8 15 30 60 90 120
Diâmetro Esférico Equivalente da Pedra (Centímetros)
(Adaptado de FHWA Hydraulic Engineering Circular No. 11, 1978)

MPG PARA ESTRADAS DE BAIXO VOLUME: 46


comuns de enrocamento. Os detalhes
de instalação do enrocamento são
mostrados na Figura 6.2 e na Nota
da Figura 6.1. Idealmente, o
enrocamento deverá ser colocado em
um alicerce estável e sobre uma
camada de filtro feita com areia
grossa, cascalho ou algum geotêxtil.
O próprio enrocamento deverá ser
graduado para ter uma variedade de
tamanhos que minimizarão os
espaços vazios e formarão uma
camada densa. O enrocamento
deverá ser colocado em uma camada
com uma espessura mínima de 1,5
vezes o tamanho (diâmetro) da pedra
maior determinada, com a zona mais
grossa na base da pedra. Em um ca- Foto 6.4 O uso de geotêxteis postos sobre o solo fino para proporcionar filtração
nal fluvial, a camada de enrocamento adequada à subdrenagem.
deverá cobrir completamente as
Tradicionalmente, a areia grossa ou a área do solo para protegê-la antes
margens úmidas do canal, com um
o cascalho drenante bem graduado de colocar as pedras (Foto 6.5). O
pouco de borda livre, e deverá ser
vêm sendo usados com frequência geotêxtil pode ser um monofilamento
colocado em uma profundidade igual
como materiais de filtro. Uma camada entrelaçado ou um geotêxtil perfurado
ou maior à profundidade da
de filtro de areia ou cascalho geralmente não entrelaçado e deve ser permeável.
socavação esperada.
tem de 15 até 30 cm de espessura. Em O geotêxtil deve ter um tamanho de
Filtros algumas aplicações, podem ser abertura aparente de 0,25 até 0,5 mm.
Um filtro funciona como uma necessárias duas camadas de filtro en- Na ausência de outra informação,
camada de transição de cascalho tre o solo fino e a pedra grande. Hoje normalmente utiliza-se um geotêxtil
pequeno ou geotêxtil colocado em uma em dia, os geotêxteis são usados com perfurado não entrelaçado de 200 g/
estrutura, como entre o enrocamento e freqüência para proporcionar zonas de m2 (6,0 oz/yd2) para muitas aplicações
o solo subjacente. Seu propósito é: 1) filtro entre materiais de diferente de filtração do solo e separação.
prevenir o movimento do solo atrás do tamanho e graduações porque são Outras aplicações comuns do
enrocamento, dos gabiões ou para econômicos, fáceis de instalar e têm um geotêxtil ou de materiais geosintéticos
subdrenagens, e 2) permitir a drenagem bom desempenho em uma ampla gama nas estradas são o reforço do
da água do solo sem criar pressão. de solos (Foto 6.4). A Figura 6.2 subgreide, para reduzir a espessura do
Critérios específicos para filtros, mostra a aplicação de um filtro de agregado necessário em solos muito
documentados em outras referências, cascalho ou geotêxtil entre o solo do fracos; a separação de agregado de
estabelecerão as relações entre leito fluvial e a proteção da pedra do solos de subgreide suaves; o reforço
tamanho de partícula e a graduação enrocamento. de solos em estruturas como muros de
necessárias entre um solo nativo fino, arrimo e aterros reforçados e para a
Uso de Geotêxteis
um material de filtro, e pedra grossa captura de sedimento (Foto 6.6), como
Os geotêxteis são usados com
como pedra de drenagem ou pode ser visto na Figura 6.3. Se não
freqüência para proporcionar um filtro
enrocamento. Também existe houverem engenheiros capacitados
entre as pedras e solo, prevenindo
informação sobre requerimentos disponíveis, então os distribuidores ou
assim a socavação e o movimento do
específicos de geotêxteis para aplicar fabricantes de geotêxteis deverão ser
solo. São relativamente fáceis de instalar
filtros, como pode ser visto nas consultados sobre a função e os tipos
na maioria das condições. O tecido
Referências Selecionadas. adequados para diferentes aplicações
deverá ser posto, esticando-o em toda
de engenharia.
MPG PARA ESTRADAS DE BAIXO VOLUME: 47
Tabela 6.1

CLASSIFICAÇÃO E GRADUAÇÃO DE ENROCAMENTO


(por peso e tamanho das pedras)

Percentagem que passa


(total menos o
Categoria Peso Tamanho das pedras* diâmetro indicado)

Quilogramas
(libras) Centímetros

Classe I 5 (11) 15 100


2.5 (5) 12 80
0.5 (1) 7 50
0.1 (.2) 3 10 máximo

Classe II 25 (55) 25 100


15 (35) 20 80
5 (11) 15 50
0.5 (1) 8 10 máximo

Classe III 50 (100) 30 100


30 (60) 25 80
10 (25) 20 50
1 (2) 10 10 máximo

Classe V 100 (220) 45 100


70 (150) 35 70
35 (75) 25 30
7 (15) 15 10 máximo

Classe VII 300 (650) 60 100


200 (440) 50 70
100 (220) 40 30
10 (22) 20 10 máximo

Classe VIII 1,000 (2,200) 90 100


600 (1,320) 70 70
200 (440) 50 30
30 (65) 25 10 máximo

Classe X 2,000 (4,400) 120 100


1,000 (2,200) 90 80
300 (660) 60 50
40 (90) 30 10 máximo

Fonte: Adaptado do Serviço Florestal dos Estados Unidos. *diâmetro esférico equivalente

MPG PARA ESTRADAS DE BAIXO VOLUME: 48


Figura 6.2 Dois exemplos de proteção da margem fluvial com enrocamenton.

Grama ou
arbustos em
aterro posterior
compactado

0.5-1.0 m
Borda livre Nível máximo
da água

Embutimento do geotêxtil.
Verifique que exista contacto Dec
livi Espessura Fundo atual
profundo do geotêxtil com o dad
e 2:1 30-90 cm estabilizado do
solo.
(Típica) curso d'água
Camada de filtro de cascalho
ou de geotêxtil de 10-15 cm
30% da pedra de base deve se estender 2/3 da 1-2 m Profundidade de ± 1 m
espessura do enrocamento. Se isto não for
para proteção contra
possível, descarte a parte inferior do
socavação
enrocamento e acomode a camada superior
manualmente com a inclinação.

a. Detalhe do pé da rocha e da camada

Borda livre
Nível máximo da água esperado

Camada de enrocamento

2 m. Mínimo ou 2 x a
Camada de profundidade da socavação
filtro (geotêxtil
ou cascalho)

Profundidade
da socavação
esperada

Enrocamento ou gabiões
pós-erosão

Enrocamento de 1 m. ou
manta de gabiões de 0,5 m.
(mínimo)
b. Detalhes da camada de enrocamento de pedras colocada no fundo do canal fluvial
para proteção contra socavação

MPG PARA ESTRADAS DE BAIXO VOLUME: 49


Foto 6.5 Tecido filtrante (geotêxtil) como respaldo de um contraforte de talude de pedra solta para
proporcionar filtração, para permitir a infiltração e evitar o deslocamento do solo fino para a rocha
(Foto de Richard Van Dyke).

Foto 6.6 Uso de um geotêxtil como barreira para prender sedimentos em uma zona de construção.

MPG PARA ESTRADAS DE BAIXO VOLUME: 50


Figura 6.3 Aplicações típicas de geotêxtil para estradas rurais. (Adaptadas com licença da Corporação AMOCO
Fibers)

Enrocamento

Geosintético
Embutimento
do geotêxtil Camada do
geotêxtil

Sem geosintético Com geosintético


a. Filtro por trás do enrocamento para
proteção do banco fluvial.
b. Separação e reforço do subgreide.

Valeta
Largura de
terraplenagem
Superfície Camadas de
de falha reforço
Aterro
potencial geosintético

Geotêxtil

Solo mole
Material de drenagem
(geralmente areia ou
cascalho)
c. Reforço de terrapleno sobre depósito
de solo mole.

d. Filtração em uma subdrenagem.

Estaca

Material de Cerca de
reforço geotêxtil
geosintético

Material de Água
revestimento
de paredes
Sedimento
e água
presos

f. Barreira para sedimentos.

e. Estrutura de arrimo de solo reforçado.

MPG PARA ESTRADAS DE BAIXO VOLUME: 51


PRÁTICAS RECOMENDADAS
• Determine a velocidade do • Use areia limpa, cascalho limpo • Preste atenção aos detalhes
canal fluvial para analisar o e bem graduado de 0,5 até 1 de desenho onde a proteção
potencial de socavação, as cm, ou um geotêxtil como filtros de pedra e os filtros forem
necessidades de proteção de entre os solos finos erosivos e necessários.
estruturas e os impactos na vida a pedra grossa de drenagem ou
aquática. enrocamento (veja na Figura • Use geotêxteis na estrada e
6.2 a instalação típica de aplicações de desenho
• Utilize enrocamento duro, enrocamento com reforço de hidráulico para proporcionar
angulado, bem graduado e do filtro). um filtro atrás do enrocamento
tamanho adequado onde for ou ao redor de uma
necessário proteger contra a • Use medidas contra a subdrenagem. Utilize materiais
socavação. O tamanho (e peso) socavação para proteger as geosintéticos em outras
necessário das pedras em estruturas, prevenir falhas e aplicações, como separação e
função da velocidade média do evitar impactos adversos às reforço, onde tiverem uma boa
fluxo é mostrado na Figura vias fluviais. Enrocamentos ou relação custo/benefício e forem
6.1. Nas curvas (fluxo com gabiões são usados com maior práticos.
colisões), aumente o tamanho freqüência em áreas de alta
das rochas de 30 até 50 por velocidade ou críticas (Foto
cento acima do mostrado na 6.7). Vegetação, bolos
Figura 6.1 para velocidades radiculares, troncos e galhos
médias de fluxo. também podem ser usados para
a estabilização de leitos fluviais.

PRÁTICAS QUE
DEVEM SER
EVITADAS
• Instalar estruturas sem considerar
adequadamente as velocidades
fluviais esperadas e as pedras do
tamanho adequado para
proteção do leito.
• Instalar medidas de drenagem
subsuperficial como subdrena-
gens sem proteção de filtro
(como o uso de geotêxteis e
material de filtro de areia ou
Foto 6.7 Um enrocamento de proteção com respaldo de geotêxtil é usado para cascalho do tamanho
proteger a estrada de altos fluxos de água. Note que a estrada está mal localizada, adequado).
muito próxima do curso d'água.

MPG PARA ESTRADAS DE BAIXO VOLUME: 52


Capítulo 7
Capítulo 7

Drena
Drena gem par
enag paraa as
Estradas de Baix
Estradas BaixooV olume
Volume

Dr
Drena
ena
enag
“Três dos aspectos mais importantes no desenho de estradas de baixo
volume são: drenagem, drenagem e drenagem”.

gem par
A
LOCALIZAÇÃO DAS ESTRADAS e da drenagem, como a água realmente escorre, onde se concentra,
bem como das zonas de construção e outras que danos pode ocasionar e que medidas são

para
áreas de atividade, constituem os fatores necessárias para evitar estes danos e para manter
mais importantes que podem afetar a qualidade da os sistemas de drenagem funcionando corretamente.
água, a erosão e o custo da estrada. Também fazem

a as Estr
parte da drenagem o controle da água na superfície e CONTROLE DA DRENAGEM DA SUPERFÍCIE DA VIA
a passagem correta da água sob a estrada nos canais A superfície da estrada precisa ser configurada
naturais. As questões relacionadas com a drenagem de tal forma que a água seja escoada para fora da
que devem ser consideradas para o desenho e a plataforma da estrada da maneira mais rápida e

Estradas
construção são: a drenagem superficial da plataforma frequente possível (Foto 7.1). A água estancada nos
da estrada, o controle da água nas valetas e nas bocas buracos, sulcos e ondulações enfraquecerá o
e saídas dos canos, o cruzamento de canais naturais e subgreide e acelerará os danos. A água concentrada

adas de Baix
de cursos d'água, o cruzamento
de zonas úmidas, a drenagem
subsuperficial e a seleção e
desenho dos bueiros (Capítulo
8), passagens d'água a vau
(Capítulo 9) e pontes (Capítulo
10). Três dos aspectos mais

Baixo
importantes do desenho das
estradas são: Drenagem,
drenagem e drenagem!
A drenagem correta para as
oV
estradas exige um cuidado
Volume

meticuloso com os detalhes.


As condições e os padrões da
olume

drenagem devem ser estudados


no local. O funcionamento da
drenagem deveria ser
observado durante os períodos Foto 7.1 Projete as estradas para que eliminem rapidamente a água da
de chuva, para ver a maneira plataforma e minimizem as concentrações de água, através do uso de talude
externo, interno ou abaulamento e declives ondulados.

MPG PARA ESTRADAS DE BAIXO VOLUME: 53


Quando as estradas têm talude
interno é possível controlar a água
da superfície, mas concentram essa
água e, portanto, exigem um sistema
de valetas, de drenagem transversal,
Abaulamento além de largura extra na estrada para
a valeta. As drenagens transversais
devem ser espaçadas o suficiente para
retirar toda a água prevista da
Descarte
madeireiro superfície da estrada antes que ocorra
a erosão, utilizando declives ondulados
Seção do talude externo (declives com base larga) ou
tubulações de bueiro. As máximas
distâncias recomendadas (enumeradas
Valeta com na Tabela 7.1) devem ser utilizadas
enrocamento como guia para o espaçamento das
Talude interno com valeta
estruturas de drenagem transversal e
Figura 7.1 Opções comuns para drenagem da superfície da estrada. de escoamento de valetas. É
necessário determinar as localizações
nos sulcos ou estancada na superfície materiais de superfície com abundante específicas no campo, tendo como
da estrada em longos trechos da argila e sejam escorregadias, geralmente base os padrões reais do fluxo da
mesma pode acelerar a erosão, além exigiram que a superfície seja estabilizada água, a intensidade das chuvas, as
de arrastar o material da superfície. com pedras ou que seu uso durante a características da erosão da plataforma
As fortes inclinações da estrada temporada de chuva seja limitado para da estrada e as áreas disponíveis para
fazem com que a água superficial e garantir a segurança do tráfego. As vazão resistentes à erosão.
das valetas escorra rapidamente, o estradas com declividade entre 10% e As áreas abauladas são
que dificulta o controle da drenagem 12%, bem como as zonas de ladeiras adequadas para estradas de duas
superficial. Isto acelera a erosão, a com declive pronunciado, são difíceis de pistas com especificações mais
menos que a superfície esteja drenar e podem ser inseguras. exigentes e inclinações leves.
protegida ou que a água seja
removida com frequência.
A água na superfície de rolamento
deve ser controlada através das
medidas de drenagem corretas
usando seções com talude externo,
talude interno ou abaulamento,
como é possível observar na Figura
7.1. As estradas com talude externo
permitem escoar melhor a água e
minimizar a largura da estrada, mas
talvez precisem de estabilização da
plataforma da estrada e do talude de
aterro. Uma estrada com talude
externo minimiza a concentração de
água, minimiza a largura da estrada,
evita a necessidade de uma valeta Foto 7.2 Utilize um declive ondulado (com base larga) como drenagem transver-
interna e reduz os custos. As estradas sal, para escoar a água para fora da superfície de rolamento de forma eficiente e
econômica, sem a necessidade de usar tubulações de bueiro. As drenagens
com talude externo que tenham
transversais de declives ondulados não são suscetíveis de entupimento.

MPG PARA ESTRADAS DE BAIXO VOLUME: 54


Tabela 7.1 Também exigem um sistema de
Distância Máxima Recomendada Entre Declives Ondulados ou valetas interiores e drenagens
Drenagens Transversais de Bueiro transversais. É difícil criar e manter
(metros) um abaulamento sobre uma estrada
estreita, portanto, geralmente a
Solos com erosão drenagem de estradas com talude
Declive da estrada % baixa a nula (1) Solos erosivos (2) interno e externo é bem mais eficiente
em estradas rurais.
0-3 120 75 A drenagem transversal de
bueiros é usada para escoar a água
4-6 90 50 das valetas ao longo da estrada. É o
tipo de drenagem mais comum para
7-9 75 40 escoar a superfície de rolamento e a
mais indicada para estradas de alta
10-12 60 35 velocidade, onde é recomendado um
perfil suave para a sua superfície. No
12+ 50 30 entanto, o encanamento é caro e os
tubos de bueiro relativamente
estreitos usados para drenagem
transversal, entopem facilmente e
Tabela 7.2 precisam de limpeza.
Espaçamento Recomendado entre Barreiras para Água (metros) Os declives ondulados
(declives com base larga) foram
Declividade da Solos com erosão desenhados para deixar passar o
Estrada/Trilha % baixa a nula (1) Solos erosivos (2) tráfego lento e, ao mesmo tempo,
escoar a água superficial da estrada
0-5 75 40 (Foto 7.2). Os declives ondulados
geralmente são mais baratos, exigem
6-10 60 30 menos manutenção e são menos
sensíveis a entupimentos e falhas do
11-15 45 20 que as tubulações de bueiro. Os
declives ondulados são ideais para
16-20 35 15 estradas de baixo volume com
velocidade baixa a moderada (20 a
21-30 30 12 50 kph). O espaçamento é uma
função do declive e do tipo de solo
30+ 15 10 da estrada, como mostra a Tabela
7.1. Outras estruturas transversais à
superfície da estrada que às vezes são
Nota: (1) Solos de baixa erosão = Solos rochosos grossos, usadas são os canais artificiais
cascalho e algumas argilas abertos de madeira ou metal e os
(2) Solos altamente erosivos = Solo fino, solo deflectores de borracha para a água.
desmoronável, silte, areia fina As declividades pronunciadas
nas estradas não são recomendadas
Adaptado de Packer and Christensen (1964)
e podem ser problemáticas, mas às
e de Copstead, Johansen and Moll (1998).
vezes são necessárias. Em
declividades de até 10%, pode-se
usar drenagem transversal com

MPG PARA ESTRADAS DE BAIXO VOLUME: 55


PRÁTICAS RECOMENDADAS
CONTROLE DA DRENAGEM • Proteja as saídas da • Construa barreiras para a
SUPERFICIAL DA VIA drenagem transversal com água nas estradas com pouco
• Desenhe e construa as estradas pedras (enrocamento), mato ou uso ou em estradas fechadas
de tal maneira que possam galhos para dissipar a energia e para controlar o escoamento
escoar a água rapidamente fora evitar a erosão, ou coloque a superficial. Construa barreiras
da plataforma da estrada para saída das drenagens transver- espaçadas formando um ângulo
mantê-la drenada e sais em solos estáveis, resistentes de 0 a 25 graus com um talude
estruturalmente sólida. à erosão, sobre rochas ou em externo de 3 a 5% e uma
zonas com vegetação abundante profundidade de 0,3 a 0,6
• Evite estradas com declividade (Figura 7.2b). metros. Instale barreiras para
entre 12 a 18%. É muito difícil água como mostra a Figura
e bastante caro controlar a • Construa declives ondulados
7.5. O espaçamento entre as
drenagem com fortes no lugar de drenagens
barreiras pode ser visto na
declividades. transversais de bueiros
Tabela 7.2.
naqueles casos típicos de
• Mantenha a drenagem superfi- estradas de baixo volume e • Use valetas de captação de
cial correta através de um talude baixa velocidade com água (valetas de intercepção)
externo, interno ou abaulamento inclinações de menos de 12%. no terreno natural acima de um
usando declives de 4 a 6% (5% Construa declives ondulados talude de corte, somente em
é melhor) (Figura 7.1). com a profundidade suficiente zonas com alta precipitação e
• Use declives ondulados ou para uma drenagem correta, e alto escoamento superficial.
ondule o perfil da estrada com formando um ângulo entre 0 e Estas valetas são práticas para
certa frequência para escoar a 25 graus com a perpendicular captar o fluxo superficial antes de
água principalmente para da estrada, com um talude cair sobre o talude de corte e
dentro e para fora dos externo de 3 a 5%, e com causar erosão ou desestabilizar
cruzamentos fluviais (Figura suficiente longitude (15 a 60 o corte. No entanto, lembre-se
7.2a, Foto 7.1). metros) para que passem que as valetas que recebem
veículos e equipamentos (veja manutenção podem permitir um
• Use valetas de desvio Foto 7.2). No caso de solos estancamento contraproducente
espaçadas (Figura 7.2b e moles, reforce a parte alta e de água sobre o talude, o que
Figura 7.8) para prevenir a funda da drenagem com aumenta a possibilidade de falha
acumulação excessiva de água cascalho ou com pedras, bem no mesmo.
nas valetas da estrada. como a saída da drenagem
(Figura 7.3). • Evite o uso de valetas
• Use estruturas de drenagem externas ao longo da beira ex-
transversal na estrada (declives • Instale drenagens transversais terior da estrada, exceto nas
ondulados, bueiros com de bueiro com um ângulo de 0 zonas específicas que devem
tubulação ou bueiros abertos a 30 graus perpendiculares à ser protegidas do fluxo super-
(canais artificiais) para escoar estrada, usando um talude ficial para escoá-lo para fora da
a água através da estrada desde externo 2% mais alto do que o superfície da estrada. De
a valeta interior até o talude sob declive da valeta para evitar preferência use bermas. Para
a estrada. Coloque as estruturas entupimentos (Figura 7.4). construir uma valeta ou berma
de drenagem transversal (Veja o capítulo 8 para mais exterior é preciso ampliar a
suficientemente espaçadas para informação sobre bueiros). Use largura da estrada.
eliminar toda a água da drenagens transversais de
superfície. A Tabela 7.1 mostra bueiros em estradas com valeta
o espaçamento recomendado interna e com velocidade de
para a drenagem transversal. moderada a rápida.

MPG PARA ESTRADAS DE BAIXO VOLUME: 56


PRÁTICAS QUE DEVEM SER EVITADAS
• Declividades constantes ao erosivos sem proteção. equipamento para levantamento
longo da estrada que concentrem topográfico para ter a certeza
fluxos. • “Medir a Olho” os declives nos
de ter os taludes ou declividade
terrenos planos. Use um
corretos.
• Despejar a água sobre solos clinômetro, abney ou

Figura 7.2 Medidas de drenagem básica da superficie de rodagem.

de corte
Talude rro
e ate
d
alude
T

live
Dec ado

refo

no
do terre
Talude

a. Drenagem básica da superfície de rodagem com talude externo, declives ondulados e reforçados.

b. Drenagem básica da superfície da rodagem com valetas de desvio e drenagens transversais de bueiro que saem para
a vegetação ou para uma zona de amortecimento do lado de um curso d'água. (Adaptado de Montana State Univ. 1991)

MPG PARA ESTRADAS DE BAIXO VOLUME: 57


Figura 7.3 Drenagens transversais de declive ondulado (com base larga).

ou
Tal

ex
ude

ter
inte

no
e rno
dad
livi
c
De

de
ento
am 0 m
paç 15
Es 30 -

Enrocamento
na saída do
declive

a. Vista em perspectiva

Declive trada
ondulado idade média da es
Decliv

2-5%
Talude externo
b. Perfil

Para estrada com talude interno - Talude até a profundidade da valeta


interior.
Para estrada com talude externo - 25-50 mm de profundidade ou a
Reforce a superficie do declive e do mesma profundidade da valeta interior na entrada - 150-300 mm de
montículo se necessário com 50-150 Decli profundidade na saída
vidad
mm de agregado e inve
rsa 3-
6%
estrada
dade média da
2-12% Declivi

8-30m 7-12m 8-30m

c. Detalhe do perfil do declive ondulado

MPG PARA ESTRADAS DE BAIXO VOLUME: 58


Figura 7.4 Drenagens transversais de bueiro.

Estrutura de
boca se for
necessária m
150
de30–
ento
spaçam
E

Berma
0o
0o -3

Coloque o cano de
saída no nível natural
do solo ou reforce com
enrocamento ou
material de aterro

Figura 7.5 Construção de barreiras para água. (Adaptado de Wisonsin's Forestry Best Management Practices for
Water Quality. 1995, Publicação FR093, Departamento de Recursos Naturais de Wisconsin)

75 m
Berma unido ao de 10–
ento
terrapleno
spaçam
E
5o
0-2

Saída ao solo
estável ou
reforçado

a. Vista em perspectiva
strada
ade da e
Declivid
30-60 cm 30-60 cm
○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○

1-2m 1-2m 1-2m

b. Seção transversal
MPG PARA ESTRADAS DE BAIXO VOLUME: 59
arraste e caminhos de arraste.
Geralmente as barreiras para água são
espaçadas (veja Tabela 7.2) para
obter o máximo controle da erosão,
e podem ser feitas para permitir a
passagem de veículos altos ou para
bloquear o tráfego.

CONTROLE DE BOCAS E SAÍDAS


DE DRENAGENS TRANSVERSAIS E
VALETAS
A água deve ser controlada,
desviada ou ter a sua energia dissipada
na boca e na saída de bueiros, declives
superficiais ou em outras estruturas de
drenagem transversal. Assim garante-
Foto 7.3 Use estruturas de boca de alvenaria, concreto ou metal para controlar a
água na valeta e direcioná-la para a tubulação da drenagem transversal e prevenir
se que a água e os escombros entrem
a socavação da valeta. à drenagem transversal eficientemente
e sem causar entupimentos; e que saiam
bueiros ou declives ondulados. As espaçados com valetas revestidas.
da drenagem sem danificar a estrutura
drenagens transversais com bueiro Além disso, a estrada precisará de
e sem causar erosão na saída.
espaçadas funcionam entre 10 e superfície ou reforço com algum
As estruturas de boca de bueiro
15%, normalmente combinadas tipo de pavimento para resistir à
(bocas de caída) geralmente são postas
com valetas revestidas. Em erosão. Para usos sazonais ou de
na parte interna das valetas, onde se
declividades de mais de 15% é baixo volume de tráfego, também
coloca a drenagem transversal de
difícil tornar mais lento o fluxo da podem ser construídas barreiras
bueiro. Normalmente são feitas à base
água ou escoá-la rapidamente da para água provisórias e transitáveis.
de concreto, alvenaria (Foto 7.3) ou
superfície da estrada. Nestas As barreiras para água são
de um cano metálico circular, como
declividades tão pronunciadas é utilizadas para controlar a drenagem
aparece na Figura 7.6. Geralmente
melhor usar bueiros de drenagem em estradas fechadas ou inativas,
estão onde a valeta apresente erosão e
transversal frequentemente estradas de tração 4x4, trilhas de
socavação, de tal maneira que a
estrutura controla a elevação da valeta.
As estruturas de entrada também são
úteis para mudar a direção da água que
flui através da valeta, principalmente em
declives pronunciados e ajudam a
estabilizar o talude de corte por trás da
boca do cano.
As saídas dos canos e declives
normalmente estão em uma zona de
solo estável não erosivo ou em uma
área com muita vegetação ou rochas.
A velocidade acelerada da água que
escoa da via pode causar uma erosão
severa ou formar quebradas se for
despejada diretamente sobre solos
erosivos (Foto 7.4). As áreas de saída
Foto 7.4 Acrescente proteção na saída da drenagem e/ou dissipadores de energia, do cano, dos declives ou das drenagens
para evitar a erosão e formação de quebradas.

MPG PARA ESTRADAS DE BAIXO VOLUME: 60


podem ser estabilizada e a energia da medidas de dissipação da força da água As valetas nas estradas com
água dissipada ao despejá-la sobre 1 está o uso de bacias de amortecimento, declividade pronunciada em solos
a 2 metros cúbicos de um enrocamento vertedouros reforçados ou o uso de erosivos e com velocidade de fluxo de
de proteção bem graduado, como vegetação densa ou leito de rocha mais de um metro por segundo, podem
mostra a Figura 7.7. Entre outras (Foto 7.5). necessitar revestimento ou do uso de
pequenas estruturas de diques ou
barragens para valetas para reduzir a
velocidade da água, como mostra a
Figura 7.8. As valetas geralmente são
revestidas com grama, tapetes para
controle da erosão, pedra ou pavimento
de alvenaria ou concreto (Foto 7.6). A
grama pode resistir à velocidade do
fluxo entre 1 e 2 metros por segundo.
Um revestimento durável como o
enrocamento bem graduado ou con-
creto é recomendado em declives de
mais de 5% em solos erosivos ou para
velocidades de mais de alguns metros
por segundo.
Os diques de valetas evitam a
Foto 7.5 Proteja a saída da tubulação do bueiro e da drenagem transversal de erosão das mesmas e podem servir
declives ondulados com enrocamento ou vertedouro de alvenaria, ou selecione para capturar os sedimentos, mas
áreas com leito de rocha ou vegetação densa. precisam de manutenção porque devem
ser desobstruídos periodicamente. Os
materiais mais comuns para construir
PRÁTICAS RECOMENDADAS diques de valetas são pedras soltas,
alvenaria, concreto, bambu e toras de
CONTROLE DE BOCAS E SAÍDAS além do pé do talude de aterro
para evitar a erosão do material madeira. Cada estrutura de dique deve
• Quando for necessário controlar
a declividade da valeta, use do aterro. ser ancorada nas paredes da valeta e
estruturas de boca de entrada precisa de uma fenda para manter o
• Nos solos erosivos, revista valetas
na drenagem do bueiro para fluxo na parte média da valeta.
da estrada e as valetas de saída
evitar a socavação da valeta ou com enrocamento (Foto 7.7),
onde o espaço estiver limitado alvenaria, revestimento de con-
contra o talude de corte (Figure creto ou, no mínimo, com grama.
PRÁTICAS QUE
7.6). Como alternativa, use Também pode utilizar estruturas DEVEM SER
bacias de captação escavadas de diques de valeta para dissipar
no solo firme. a energia da água e para controlar
EVITADAS
• Despeje os bueiros e declives a erosão das valetas (Figura 7.8).
• Despejar um cano de drenagem
transversais no nível do terreno • Descarregue a drenagem da transversal ou declive em algum
natural sobre solo firme não estrada em uma zona com talude de aterro desprotegido
erosivo, em zonas rochosas ou capacidade de filtração ou em ou em solo nu sensível à erosão.
com mato. Se despejar sobre faixas de filtração para prender
taludes de aterro, revista as • Despejar os canos da drenagem
os sedimentos antes que
saídas com enrocamento, galhos transversal a meia altura do
cheguem a um curso d'água.
ou use estruturas de talude de aterro.
Mantenha hidrologicamente
subdrenagem (Figuras 7.3, 7.4, “desconectada’ a estrada dos • Despejar os canos de drenagem
7.7 e Figura 8.1). A tubulação canais naturais”. transversal ou declives sobre
deverá chegar de 0,5 até 1,0 m. ladeiras naturais instáveis.
MPG PARA ESTRADAS DE BAIXO VOLUME: 61
Foto 7.6 Reforce as valetas com vegetação, pedras, alvenaria ou concreto para
evitar a erosão e escoe a água para um ponto de saída estável.

Figura 7.6 Tipos comuns de estruturas de boca de caída (com drenagens transversais de bueiro).
Use estruturas de boca de caída para controlar o nível da água, escoar
a água para a tubulação e prevenir socavação e erosão da valeta.

Superfície de rolamento
Grama para
controle da Dissipação de energia
erosão com enrocamento,
vertedouro de
concreto ou estanque
com água

a. Informação geral
Superfície de rolamento Ta
lud 45 cm
Fundo da valeta e
Ta
lu
de

30 cm Janela 45 cm

"1 m
Tubulação do bu
eiro (30-60 cm
. diâmetro)
30 cm
Estrutura de
boca de caída Armadilha de
areia
0.6-1.2 m 90 cm
Alvenaria Metal

b. Detalhe do desenho e instalação


MPG PARA ESTRADAS DE BAIXO VOLUME: 62
Figura 7.7 Proteção da saída do bueiro.

Ta
lud
ed Pedras:
ea
ter 15-50 kg
ro
5% maiores de 25 kg

mínimo
0.5 m
Profundidade
mínima de
15-30 cm
1-2 m
Linha do terreno

Foto 7.7 Uma valeta reforçada com enrocamento e boca de caída de metal para
controlar a água e prevenir a socavação da valeta.

MPG PARA ESTRADAS DE BAIXO VOLUME: 63


Figura 7.8 Valetas e reforço de valetas.

ie
perfíc
Su de nto Valeta de saída
e
am em área estável
rol e vegetada

Fluxo

Escave a valeta em solo firme.


Reforce a valeta em áreas
de solo erosivo.

a. Distribuição e vazão de valetas (Adaptado de Wisconsin’s Forestry Best Management Practices for Water Quality, 1995)

Superfície de rolamen te
to com talude interno Reforce a valeta com cor
e
pedras, alvenaria ou grama ed
lud
1m Ta

Mínimo 30 cm

b. Reforço e forma típica de valetas

Talude de corte

ie
erfíc
Sup de
to
men
rola

Diques de valeta feitos de


pedra ou madeira para reduzir a
velocidade do fluxo
Forma côncava para
manter o fluxo no
meio da valeta
c. Uso de diques de valeta
MPG PARA ESTRADAS DE BAIXO VOLUME: 64
CRUZAMENTO DE CANAIS NATURAIS água. O impacto de um desenho ou recomendações de desenho
Os cruzamentos na estrada de instalação incorretos de estruturas específicas para o local. O ideal é que
cursos d'água e de canais de pode ser: degradação da qualidade sejam feitas por um engenheiro
drenagem natural, exigem expertise da água, erosão do leito, socavação hidráulico com experiência e outros
de desenho hidrológico e hidráulico do canal, atrasos no tráfego e especialistas. As drenagens com
para poder determinar o tamanho reparações caras no caso de falhas valores incertos de fluxo, com
adequado e o tipo de estruturas, da estrutura. Além disso, as estruturas grandes quantidades de escombros
como foi comentado nos Capítulos podem afetar em grande medida os no canal ou em lugares onde existam
5 e 6. O tamanho da estrutura para peixes, bem como outras espécies tubulações menores do que o
drenagens pequenas pode ser aquáticas em todas as etapas de sua necessário, há um grande risco de
definido usando a Tabela 8.1. A vida. O cruzamento de canais deve que algum cano de bueiro entupa e
escolha da estrutura inclui, ser o mais curto possível e ser de que o local sofra perda de mate-
geralmente, canos de bueiro, bueiros colocado perpendicular ao canal rial ou falha. Nestas áreas ou em
em arco ou em caixa, passagens (Foto 7.8). Tanto a estrada quanto bacias de captação particularmente
d'água a vau ou pontes, como mostra as valetas devem ser reforçadas, as sensíveis, é aconselhável a proteção
a Figura 7.9. valetas devem desviar a água da contra transbordamentos. Um ponto
Devido a que os cruzamentos de superfície antes que chegue ao canal baixo no terreno e um “vertedouro”
drenagem estão localizados nas zo- fluvial e a construção deve minimizar reforçado contra transbordamento,
nas de água em movimento, sua a zona de afetação, como se observa como mostram as Figuras 7.11 a e
construção pode ser muito cara e na Figura 7.10. As grandes b, servirão para proteger o aterro e
pode causar impactos negativos drenagens transversais devem ser para manter o fluxo dentro da
importantes sobre a qualidade da submetidas a análise e drenagem, reduzindo assim o

Figure 7.9 Opções de estruturas para cruzamento de cursos d'água naturais. (Adaptado de Ontario Ministry of
Natural Resources, 1988)

a. Ponte b. Passagem d'água a vau

c. Bueiro em arco d. Bueiro com tubulações únicas ou múltiplas

MPG PARA ESTRADAS DE BAIXO VOLUME: 65


PRÁTICAS RECOMENDADAS
CRUZAMENTOS DE CANAIS dos cruzamentos para dispersar o terreno natural exatamente
NATURAIS a água. onde termine um aterro grande,
• Use as estruturas de drenagem • Estabilize o solo alterado ao para retornar a água à drenagem
que melhor se adaptem ao canal redor dos cruzamentos assim que e evitar falhas fora do local.
natural e que sejam tão largas terminar a construção. Retire ou (Figura 7.11).
quanto o canal ativo (extensão). proteja o material de aterro • Estabilize os acessos da estrada
Minimize as mudanças no canal colocado dentro do canal e na aos cruzamentos de pontes,
natural e o volume de escavação planície de inundação. passagens d'água a vau ou
ou aterro do canal. • Use pontes, passagens d'água a bueiros com cascalho, pedra ou
• Realize as atividades de vau simples ou melhorada, bem outro tipo de material adequado,
construção nos períodos de como grandes bueiros em arco a fim de evitar, dentro do possível,
vazantes em cursos d'água ativos. com o fundo natural do canal que os sedimentos sobre a
Minimize o uso de equipamentos sempre que for possível, para superfície da estrada cheguem ao
dentro do canal. Fique fora dele! maximizar a capacidade de fluxo, canal (Figura 7.12). Instale
minimizar a possibilidade de drenagens transversais em am-
• Desenhe estruturas e use
tubulações entupidas ou minimizar bos os lados de um cruzamento
procedimentos de construção
os impactos sobre espécies para evitar que o escorrimento
que minimizem os impactos sobre
aquáticas. sobre a estrada e ao longo da
os peixes e outras espécies
valeta vá para o canal de
aquáticas, ou que melhorem a • Coloque os cruzamentos onde o
drenagem.
passagem dos peixes. canal fluvial seja reto, estável e
não mude sua geometria. Os • Construa pontes e aterros para
• Atravesse canais de drenagem o
lugares com leito de rocha são bueiros mais altos do que o
menos possível. Nos casos
os mais recomendados para acesso da estrada para evitar que
necessários, atravesse os riachos
estruturas de concreto. o escorrimento da superfície
em ângulo reto, exceto onde as
escoe diretamente para o riacho,
características do terreno não • Para proteção contra
mas SOMENTE se a
permitam (Figura 7.10). transbordamento, construa
probabilidade de falha do bueiro
• Mantenha os acessos aos aterros sobre os bueiros com um
for MUITO pequena (Figura
cruzamentos do riacho com uma ponto baixo reforçado próximo
7.13). Normalmente o
inclinação o mais suave possível, da tubulação, no caso de aterros
cruzamento deve ser desenhado
mas que seja prática. Faça de pouca altura, ou adicione de-
para minimizar o volume do
ondulações na entrada e na saída clive ondulado reforçado sobre
aterro.

potencial de desvio e, geralmente,


evitando falhas. Um cano entupido PRÁTICAS QUE DEVEM SER EVITADAS
que desvia água do riacho para uma
estrada pode causar muito danos • Trabalhar com equipamento em • Afetando negativamente a vida
fora do lugar, permitindo a formação um leito fluvial natural dos peixes com uma estrutura
de quebradas ou provocando desprotegido. de cruzamento de riachos.
desmoronamentos (Figuras 7.11 c e
• Colocar cruzamentos de • Permitir que o escorrimento de
d). As estruturas de transbordamento
riachos em canais sinuosos ou valetas dos lados da estrada
não devem ser usadas para substituir
instáveis. seja escoado diretamente em
um bom desenho hidráulico, senão
riachos.
que podem proporcionar um "seguro
barato" contra falhas nos
cruzamentos de bueiros.
MPG PARA ESTRADAS DE BAIXO VOLUME: 66
Figura 7.10 Cruzamentos de drenagem natural. Minimize a área de alteração com um alinhamento perpendicular para
cruzamento de canal e reforce a superfície de rolamento.

Cruzamento inadequado do canal Cruzamento adequado do canal

Drenagem
transversal

Estrada

Es
tra
da

Taludes de corte
Área
Est

grande de

Est
rad

talude de

rad
a

corte

a
Os cruzamentos quase paralelos à drenagem causam A drenagem transversal perpendicular ao curso
uma grande área de alteração no canal, no banco do d'água minimiza a área de alteração. Reforce o
canal e nos cortes de acesso. cruzamento do canal e a superfície de rolamento.

Foto 7.8 Evite cruzamentos de drenagem natural que sejam largos e não
perpendiculares à drenagem. Fique fora do canal! Este canal largo é um bom lugar
para uma passagem d'água a vau.

MPG PARA ESTRADAS DE BAIXO VOLUME: 67


Figure 7.11 Bueiro com proteção contra transbordamento.

Bueiro instalado com proteção usando um declive de transbordamento


reforçado para prevenir o arraste e a falha do aterro

A
C
D
B

(A) Drenagem transversal na plataforma da estrada (Declive)


(B) Bueiro
(C) Declive de proteção contra transbordamento
(D) Ponto alto no perfil da estrada

Perfil da estrada na drenagem e no declive


A
D
Aterro C
B Declive reforçado

Tubulação

a. Declive de proteção contra transbordamento no cruzamento com aterro de um canal. (Adaptado de


Weaver and Hagans, 1994)

MPG PARA ESTRADAS DE BAIXO VOLUME: 68


Figure 7.11 (continuação)

Instalação adequada

b. Declive reforçado em um aterro baixo para prevenir o desvio do curso d'água.

Instalação inadequada

c. Traçado de um curso d'água desviado pela estrada, formando um novo canal.

Bueiro entupido

Canal
abandonado

Desmoronamento

Novo canal em
uma quebrada

d. Consequência do desvio do curso d'água do seu canal natural. (Adaptado de M. Furniss, 1997)

MPG PARA ESTRADAS DE BAIXO VOLUME: 69


Figura 7.12 Medidas de proteção em cruzamentos de canais.

Valeta Vala de esgotamento Valeta


(alternativa)
Declive ondulado ou
Declive ondulado ou Variação drenagem transversal
drenagem transversal Variação. 50 m. (m 50 m min.
Cascalho esmagadoín.).
acesso pavimentadou
Vau blindado Cascalho esmagado
o (ou bueiro)

Enrocamento Blindagem até o


ou escombros nível máximo
esperado de água
mais bordo livre

Blindar ou estabilizar a estrutura de cruzamento atual da corrente (vau) e acrescentar blindagem de superfície ao leito
da via e acesso. Drenar a água da superfície da via antes de atingir o cruzamento A blindagem da superfície da via deve
ter no mínimo 50 m. e deve estender-se até a estrutura de drenagem mais próxima. A distância real dependerá da
inclinação da via, tipo de solo, pluviometria etc.
Nos vaus, a blindagem do canal da corrente deve ser feita no nível do fundo natural da corrente. Drenagem me
enchimento da blindagem conforme necessário.

Figura 7.13 Ponto alto sobre o cruzamento. (Adaptado de Wisconsin's Forestry Best Management Practices for
Water Quality, 1995)

Estrada

Se uma falha de entupimento for pouco provável, coloque o aterro diretamente sobre um bueiro mais alto que o
acesso à estrada para prevenir que o escorrimento na superfície da estrada seja drenado fora dela e para o canal.

MPG PARA ESTRADAS DE BAIXO VOLUME: 70


CRUZAMENTOS EM ZONAS e geotêxteis, como mostra a Figura para eliminar especificamente a água
ÚMIDAS E DE PRADOS; USO DE 7.14. O objetivo é manter o nível e subterrânea e para manter seco o
SUBDRENAGEM os padrões de fluxo natural da água subgreide da estrada. Um desenho
Os cruzamentos de estradas em do solo em toda a planície e, ao típico de subdrenagem utiliza uma vala
zonas úmidas, incluindo planícies mesmo tempo, proporcionar uma de intercepção entre 1 e 2 metros de
alagadas, pântanos, zonas com altos superfície estável e seca para a profundidade com aterro de pedra
índices freáticos e mananciais são estrada. permeável, como mostra a Figura
problemáticos e pouco As zonas úmidas locais podem 7.16. A drenagem subsuperficial é
recomendáveis. As zonas úmidas são ser atravessadas temporariamente ou geralmente necessária em zonas
ecologicamente valiosas e é difícil fazer uma ponte usando troncos, úmidas locais e tem um maior custo-
construir sobre elas, desmatar ou tapete para o terreno, pneus, benefício do que adicionar uma seção
realizar outras operações. Os solos agregados, etc. (veja a Figura 7.15). estrutural grossa à estrada ou fazer
nestas áreas são geralmente frágeis e O ideal é que a estrutura temporária reparações frequentes. Os
precisam de um reforço importante fique isolada da zona úmida através requerimentos de desenho e filtração
do subgreide. As medidas da de uma camada de geotêxtil. O para a subdrenagem são descritos no
drenagem são caras e podem ter uma geotêxtil ajuda a remover o material Capítulo 6 e em outras referências.
eficiência limitada. As zonas úmidas temporário e minimiza o dano físico Em zonas úmidas ou pantanosas
devem ser evitadas! no lugar. Além disso, uma camada de extensas, a drenagem subsuperficial
Se for necessário atravessar zo- geotêxtil pode proporcionar certo com frequência não é efetiva. Neste
nas úmidas e não poderem ser reforço, bem como uma barreira de caso a plataforma da via precisa ser
evitadas, utilize métodos especiais de separação para evitar que o colocada muito acima da água, como
drenagem ou de construção para agregado e outros materiais penetrem com uma seção de estrada elevada,
reduzir o impacto causado pelo no subgreide macio. ou o desenho de espessura da
cruzamento. Entre eles a utilização de A drenagem subsuperficial, superfície pode estar baseado em
tubulações múltiplas de drenagem através do uso de subdrenagem ou condições de subgreide frágil e
(Foto 7.9) ou aterro de pedra grossa de uma camada de filtro de agregado, úmido que exige uma seção estrutural
e permeável para dispersar o fluxo, é geralmente utilizada, ao longo de relativamente grossa. Normalmente
reforçar o subgreide com pedra uma estrada em zonas úmidas ou utiliza-se uma camada grossa de
grossa permeável, controlar a mananciais localizados, como um agregado, cuja espessura esteja
declividade e utilizar camadas de filtro talude de corte úmido com filtrações baseada na resistência do solo e nas
cargas de tráfego previstas.

PRÁTICAS QUE
DEVEM SER
EVITADAS
• Cruzamento desnecessário de
zonas úmidas.
• Concentrar o fluxo da água em
planícies ou alterar os padrões
naturais do fluxo da água da
superfície e subterrânea.
• Colocar bueiros por baixo da
Foto 7.9 Evite o cruzamento de zonas de planícies úmidas. Se for necessário elevação da superfície da
atravessá-las, use tubulações múltiplas de drenagem para poder dispersar o planície.
fluxo da água através da planície.

MPG PARA ESTRADAS DE BAIXO VOLUME: 71


Figura 7.14 Opções de cruzamento de planícies úmidas para estradas. (De Managing Roads for Wet Meadow Ecostream
Recovery por Wm. Zeedyk, 1996)

ATERRO PERMEÁVEL COM BUEIROS


(para níveis de cheia altos e periódicos em planícies de inundação)

a.

Bueiros
Berma
Planície

Fluxo
Fluxo

Plataforma da
estrada

b. Corte transversal.
Plataforma da estrada

Geotêxtil
Superfície Berma
da planície
Fluxo
Pedra de 10-15 cm. ou menos

ATERRO DE PEDRA SEM BUEIROS


(para fluxo mínimo superficial) Base do pavimento
c. de agregado de 15
cm de espessura
Plataforma
da estrada Caminho de pedras de
menos de 15 cm colocadas
Geotêxtil com aproximadamente
30 cm. de espessura
Fluxo Fluxo

MPG PARA ESTRADAS DE BAIXO VOLUME: 72


Figura 7.15 Passagens d'água a vau com troncos ou canos de plástico para cruzamentos de zonas úmidas e pântanos.
As passagens d'água a vau feitas com troncos deverão ser removidas imediatamente depois do uso, ou antes do lado
correnteza acima ficar entupido com escombros e impedir o fluxo do canal. (Adaptado de Vermont Department of
Forests, Parks and Recreation, 1987)

PRÁTICAS RECOMENDADAS
CRUZAMENTOS EM ZONAS úmido através de uma camada 8.8). Uma camada de cerca de
ÚMIDAS E DE PRADOS; USO DE de filtro geotêxtil ou de cascalho. corrente ou de arame posta sob
SUBDRENAGEM os troncos ajuda a facilitar a
• Para cruzamentos temporários de retirada posterior dos mesmos.
• Em cruzamentos permanentes de
áreas úmidas ou pantanosas,
planícies e de zonas úmidas, • Em áreas com mananciais, use
construa uma "estrada de
mantenha os padrões naturais do medidas de drenagem tais como
troncos" com camadas de
fluxo da água subterrânea, subdrenagem ou camadas de
troncos postos
utilizando tubulação múltipla filtro para eliminar a água
perpendicularmente à estrada e
colocada no nível da planície para subterrânea local e para manter
cobertos com uma superfície de
disseminar qualquer escorrimento seco o subgreide da estrada
rolamento de terra ou de
superficial (veja a Foto 7.9). (Figura 7.16, Foto 7.10).
cascalho. Podem-se usar também
Como alternativa pode-se usar
canos de PVC, tapetes para
um aterro de pedra permeável • Use subdrenagem por trás das
terrenos, tábuas de madeira,
onde o escorrimento superficial estruturas de arrimo para evitar a
tapete de pneus e outros materiais
seja mínimo (veja a Figura 7.14). saturação do aterro posterior.
(veja a Figura 7.15). Ponha uma
Use subdrenagem ou camadas de
• Em áreas com pontos úmidos camada de geotêxtil entre o solo
filtro por trás dos aterros
definidos e tráfego limitado sobre saturado e os troncos, ou
(terraplenos) colocados sobre
a estrada, reforce a via com uma qualquer outro material usado
mananciais ou sobre zonas
camada de pedra bem granulada para dar apoio adicional e para
úmidas para isolar o material do
ou de solo graduado muito separar os materiais. Remova os
aterro e evitar a saturação e a
grosso de pelo menos 10 a 30 troncos de qualquer canal de
consequente falha potencial do
cm de espessura. O ideal é drenagem natural antes do
mesmo.
separar a rocha grossa do solo período de chuvas (veja a Foto

MPG PARA ESTRADAS DE BAIXO VOLUME: 73


Figure 7.16 Subdrenagem típica de estrada usada para retirar a água subsuperficial.

rte
Co
Largura de
terraplenagem Valeta
Camada de 15 cm de
solo impermeável
Geotêxtil cobrindo o
material de filtro

Água do subsolo

Profundidade
variável (geralmente
+/- 1,5 m. de Material de filtro, cascalho arenoso
profundidade) permeável bem graduado
NOTA: Com geotêxtil, use cascalho
limpo e áspero.
Sem geotêxtil, use areia limpa e fina.

Cano perfurado de
15 cm diâmetro (mínimo)
5-10 cm
Mínimo
60 cm.

Foto 7.10 Use subdrenagem ou camadas de filtros, quando necessário, para eliminar a água do
subgreide da estrada em zonas úmidas ou mananciais locais. Note que este desenho precisa
de uma segunda camada de geotêxtil entre o solo mole do subgreide e a pedra áspera do filtro
para manter as pedras limpas.

MPG PARA ESTRADAS DE BAIXO VOLUME: 74


Capítulo 8
Capítulo 8

Uso
Uso,, Instalação e
Dimensionamento dos Bueir os
Bueiros

Uso
Uso,, Instalação e Dimensionamento dos Bueir
“Verifique que os bueiros sejam do tamanho adequado ou que
tenham proteção contra transbordamento”.

O
S BUEIROS são frequentemente usados como específicas. Estas análises deverão levar em conta
drenagens transversais para escoamento das as características da área de captação e do canal,
valetas e para a passagem da água por baixo de os níveis máximos de água, os dados da chuva local
uma estrada em cruzamentos de drenagens naturais fluviais. e outras informações disponíveis sobre o fluxo (veja
Em ambos os casos, precisam ser do tamanho adequado, o Capítulo 5, o Capítulo 6 e o Capítulo 7-
estar corretamente instalados e protegidos da erosão e Cruzamentos Fluviais Naturais).
da socavação (Foto 8.1). As drenagens naturais precisam Os bueiros são feitos de concreto ou metal (aço
de tubos suficientemente grandes para passar o fluxo ou alumínio corrugado) e, em ocasiões, são
esperado, além de capacidade extra para passar utilizados tubos de plástico, além de madeira e
escombros sem entupir (Foto 8.2). A passagem de peixes alvenaria. O tipo de material usado depende do
também pode ser um aspecto a considerar no desenho. custo e da disponibilidade destes materiais. No
O escoamento (fluxo de desenho) dependerá da área de entanto, o tubo de metal corrugado e o tubo de
captação da drenagem, das características do concreto são geralmente mais duráveis que os tubos
escorrimento, da intensidade de chuva de desenho e do de plástico. A forma do bueiro, como tubo circular,
intervalo de retorno (frequência) da
tormenta de desenho. O desenho
de bueiros normalmente utiliza um
evento de tormenta mínimo de 20
anos, e pode estar desenhado para
um evento de até 100 anos (Foto
8.3), dependendo das regula-
mentações locais e da sensibilidade
do local (espécies ameaçadas).
Para áreas de captação pequenas
(até 120 hectares) o tamanho da
Bueiros

tubulação pode ser calculado


usando a Tabela 8.1 (se não houver
melhor informação local
disponível). Para drenagens
os

maiores é preciso realizar análises


hidrológicas e hidráulicas Foto 8.1 Proteja a saída do bueiro contra a erosão. Enrocamento bem
graduado pode ser usado com este propósito.

MPG PARA ESTRADAS DE BAIXO VOLUME: 75


seleto" ou "solo mineral seleto". De fato,
a maioria dos solos é satisfatória se eles
estiverem livres de umidade excessiva,
lama, massas de solo congelado, raízes,
argila muito plástica ou pedras maiores
de 7,5 cm. O material do leito por trás
do tubo não deverá ter pedras maiores
de 3,8 cm. O solo de argila pode ser
usado se for minuciosamente
compactado com um conteúdo de
umidade uniforme, quase ótimo. O
material ideal para o aterro posterior é
um solo granulado ou de cascalho
arenoso, úmido, bem graduado, com
até 10 por cento de partículas finas e
Foto 8.2 Falha de um bueiro devido à capacidade de fluxo insuficiente ou ao tamanho sem pedras. O material deverá ser bem
inadequado do tubo para deixar passar os escombros (pedras) pela drenagem. compactado, pelo menos tão denso
quanto o solo adjacente e,
arco de encanamento, arco estrutural leito e o aterro posterior; e usar preferivelmente, com uma densidade de
ou caixa, depende do local, da medidas de proteção para as bocas, 90 a 95% da densidade máxima T-99
longitude necessária e da altura saídas e o leito fluvial (Foto 8.4). As AASHTO, e deverá ser colocado em
possível na cobertura do solo. Os grades para o lixo (Figura 8.6) são camadas grossas de 15 cm. Um aterro
principais fatores para selecionar o recomendáveis em canais com posterior denso e uniforme é importante
tipo de bueiro são: que o bueiro tenha quantidades importantes de escombros para suportar estruturalmente a pressão
a capacidade de fluxo adequada, que para prevenir o entupimento da lateral do tubo, principalmente com
se ajuste ao local e que a instalação tubulação (Foto 8.5). tubos plásticos.
tenha uma boa relação custo/ O material do leito e do aterro posterior Solos uniformes de areia fina e silte
benefício. para bueiros é frequentemente podem ser problemáticos quando
As opções de instalação de bueiros de especificado como "material granular usados como leito de bueiros ou
drenagem transversal e os detalhes de
cada boca de valeta podem ser vistos
na Figura 8.1, e nas Figuras 7.6 e
7.7. O tubo transversal idealmente
deverá ser posto na parte inferior do
aterro, a entrada deverá estar protegida
com uma estrutura de entrada ou área
de captação e a área de saída deverá
estar protegida contra o socavação.
Os fatores de instalação e alinhamento
para drenagem transversal são
mostrados nas Figuras 8.2, 8.3, 8.4,
e 8.5. Alguns detalhes importantes da
instalação são: minimizar as
modificações ao canal; evitar a
constrição da largura da margem do
canal; manter a inclinação e o Foto 8.3 Instale bueiros de metal, de alvenaria/caixa de concreto com o tamanho
suficiente (capacidade) para deixar passar o fluxo de desenho estimado
alinhamento natural; usar material de (geralmente um evento com ocorrência de 20 a 50 anos), baseado em análise
qualidade e bem compactado para o hidrológica. Use muro de cabeceira e alas de bueiro sempre que possível.

MPG PARA ESTRADAS DE BAIXO VOLUME: 76


material para aterro posterior. Estes não menor. Idealmente um bueiro terá cabeceira fluvial, pode ser facilmente
solos finos não coesivos são muito um tamanho tão largo quanto o canal determinado utilizando os
suscetíveis à socavação e ao arraste natural para evitar a constrição do nomogramas apresentados nas
da água em movimento (Foto 8.6). canal. A proteção do canal, Figuras 8.7a, 8.7b, e 8.7c. Estas
Portanto, seu uso não é recomendado. enrocamento, declives de figuras podem ser aplicadas a bueiros
Se forem utilizados deverão ser muito transbordamento, muros de de uso comum de tubo circular de
bem compactados contra o tubo. cabeceira e grades para o lixo podem metal corrugado, tubo circular de
Idealmente, uma cobertura de argila ou ajudar a mitigar os problemas dos concreto e caixas de concreto. Cada
um anel contra vazamento feito de bueiros, mas nenhuma dessas opções uma destas figuras pode ser aplicada
metal, concreto ou até geotêxtil, é tão eficiente quanto um tubo do em tubos com controle de entrada,
deverão ser colocados ao redor do tamanho adequado e bem colocado. onde não exista restrição na elevação
tubo do bueiro para forçar qualquer Um bueiro de um tamanho maior do da água corrente abaixo após a saída
canal de água a fluir por um maior que o necessário, desenhado para da estrutura. Idealmente a elevação
percurso através do solo. Os muros de evitar reparações e falhas de tubos, da água na entrada (profundidade da
cabeceira também limitam o além de prevenir o dano ambiental, cabeceira fluvial) não deverá superar
vazamento. pode ter uma ótima relação custo/ em muito a altura ou o diâmetro da
Devido a mudanças nas condições benefício em longo prazo. Além estrutura para prevenir a saturação
climáticas, escombros e sedimentos do disso, acrescentar muros de do aterro e minimizar a probabilidade
fundo dos canais, mudanças dos cabeceira de concreto ou alvenaria de entupimento do tubo por
padrões de uso do solo e incertezas ajuda a reduzir a probabilidade de escombros flutuantes. (Informação
nas estimativas hidrológicas, o tamanho entupimento e falhas nos tubos. mais detalhada pode ser encontrada
e a capacidade do bueiro deverão ser O tamanho dos tubos, em função do no Manual HDS-5 da FHWA,
conservadores e ele deverá ter um fluxo de desenho antecipado Hydraulic Design of Highway
tamanho maior do que o necessário e (capacidade) e da profundidade da Culverts, 1998).

Tabela 8.1

TAMANHO DAS ESTRUTURAS DE DRENAGEM


Área de Drenagem Tamanho da Estrutura de Drenagem
(Hectares) Polegadas e Área (m2)
Inclinações pronunciadas Inclinações leves
Com troncos, vegetação leve Sem troncos, muita vegetação
C= 0.7 C=0.2
Tubo Circular (pol.) Área (m2) Tubo Circular (pol.) Área (m2)
0-4 30” 0.46 18" 0.17
4-8 42" 0.89 24" 0.29
8-15 48" 1.17 30" 0.46
15-30 72" 2.61 42" 0.89
30-50 84" 3.58 48" 1.17
50-80 96" 4.67 60" 1.82
80-120 72" 2.61
120-180 84" 3.58
Nota: Se o tamanho do tubo não estiver disponível, use o seguinte tamanho maior para a área específica de drenagem.
Para terreno intermédio, alterne os tamanhos dos tubos.
- O tamanho dos tubos baseia-se nas curvas da Fórmula Racional e nas curvas de Capacidade de Bueiros. Considere uma
intensidade de chuva entre 75 mm/h (3"/h) e 100 mm/h (4"/h). Os valores de “C” são os Coeficientes de escorrimento do terreno.
- Em regiões tropicais com chuva frequente de alta intensidade (mais de 250 mm/h ou 10"/h), as áreas de drenagem para cada tubo
deverão ser reduzidas pela metade.

MPG PARA ESTRADAS DE BAIXO VOLUME: 77


Figure 8.1 Opções de instalação de drenagem transversal de bueiro em aterro.

Drenagem
transversal Sim Não
de bueiro
Erosão ou
socavação se não for
adicionada proteção
de talude.
Proteção de saída
com enrocamento de
proteção

A saída da tubulação deverá chegar além do pé do aterro e nunca deverá


ser escoada no talude de aterro sem proteção contra erosão.

Opcional

Largura de terraplenagem Aterro compactado

Estrutura de Ancore o tubo de


boca Tu bu laç ão subdrenagem ao talude de
aterro com estacas, cabo,
blocos de âncora, etc.

Terreno natural

Uso opcional de um tubo de subdrenagem, especialmente em aterros grandes com


solos pobres e zonas de muita precipitação, onde o estabelecimento do aterro pode
exigir reparações do bueiro.

Foto 8.4 Bueiro tipo arco com placa estrutural, com proteção do banco fluvial a
base de enrocamento com pedras grandes colocado sobre uma camada de filtro
geotêxtil.

MPG PARA ESTRADAS DE BAIXO VOLUME: 78


Figura 8.2 Detalhe do alinhamento e instalação do bueiro (continua na seguinte página).

Adequado – Sem modificações no canal, mas


Inadequado – Exige modificação no canal fluvial. exige uma curva na estrada.

Melhor – Sem modificação no canal e a estrada é perpendicu-


lar ao bueiro sem curva no alinhamento da estrada.
a. Opções de alinhamento de bueiro.

Inadequado – Tubulação única concentra o Adequado – Tubulações múltiplas dispersam


fluxo no canal amplo ou planície de inundação. o fluxo no canal. A tubulação do meio pode ser
um pouco mais baixa para passar o fluxo baixo
normal e promover a passagem dos peixes.
b. Instalação de bueiro em um canal amplo.

MPG PARA ESTRADAS DE BAIXO VOLUME: 79


Figura 8.2 (continuação)

NÃO - MUITO PROFUNDO NÃO - MUITO ALTO

SIM

Largura de terraplenagem 2
Coloque sementes e cobertura de
Talude 1 retenção de umidade ou proteja com
30 cm mín. enrocamento

Não mude a elevação do fundo do curso d'água!

c. Instale bueiros na declividade do curso d'água natural.

Figura 8.3 Aterro posterior e compactação de bueiro. (Adaptado de Montana Department of State Lands, 1992)

No mínimo 30 cm. de cobertura


para CMP ou uma terceira parte
do diâmetro para bueiros
grandes. Use cobertura de 60
Largura de terraplenagem cm. para bueiros de concreto.

O material de aterro de Compacte o material de aterro


base e muro lateral deverá posterior com intervalos regulares
ser compactado. (camadas) de 15 a 20 cm.
Compacte o aterro no
mínimo um diâmetro de
bueiro em cada lado do Bueiro Nível do
mesmo. leito do
canal natural

Terreno existente
Cascalho ou solo
leito do bueiro
(nenhuma pedra maior de 8 cm)

MPG PARA ESTRADAS DE BAIXO VOLUME: 80


Figure 8.4 Proteção da boca e saída de bueiro.

Filtro de geotêxtil ou cascalho (ou ambos)

a. Instalação normal de bueiro de metal usando enrocamento ao redor da boca e da saída dos bueiros.
Também use filtro de geotêxtil (tecido de filtro) ou cascalho debaixo do enrocamento para a maioria das
instalações. (Adaptado de Wisconsin’s Forestry Best Management Practice for Water Quality, 1995)

b. Bueiro de caixa de concreto com alas de bueiro de concreto para proteção de boca/saída e retenção do aterro.

MPG PARA ESTRADAS DE BAIXO VOLUME: 81


Figura 8.5 Detalhes de instalação de bueiro e proteção de saída com vertedouro ou linha de enrocamento com
estanque de amortecimento.

Muro de cabeceira Largura de terraplenagem


com ou sem alas de
bueiro 1 Ta
½: lud
ude1 e1
½
Tal Aterro :1
Elevação de ou
30 cm mín. ma
entrada Aterro is
pla
Terreno
compactado no
natural
Declivida Elevação de saída no
de do can
al
Longitud nível do terreno
e total da
tubulação

Vertedouro
Distância entre muros de cabeceira

Instalação típica de bueiro com muros de cabeceira e vertedouro ou estanque de


caída com enrocamento para dissipação de energia e controle de socavação.

ou

1-2 m de la
Nível da água rgura com
superfície
rochosa o
endurecid u
a
Estanque para dissipar
a energia
0.3-1.0 m de
Fileira de profundidade
enrocamento

Detalhe de saída com enrocamento e Detalhe de vertedouro para socavação.


estanque de amortecimento.

MPG PARA ESTRADAS DE BAIXO VOLUME: 82


Figura 8.6 Opções de grades em bueiros para prevenir o entupimento com escombros. Note que algumas grades são
colocadas na tubulação e outras, correnteza acima da mesma, dependendo das condições do local e do acesso para
limpeza e manutenção. Colocá-las na tubulação geralmente é melhor.

Foto 8.5 Use grades para lixo nos


bueiros onde houver grandes
quantidades de escombros no canal.
Lembre-se que as grades necessitam
de limpeza e manutenção.

Foto 8.6 Pode ocorrer arraste embaixo


de um bueiro instalado incorretamente,
o que causará uma falha. Evite o uso de
areia fina e de silte como material no
leito e no aterro posterior; e verifique que
o material esteja bem compactado. Use
recheios de argila ou anéis contra
filtração quando necessário.

MPG PARA ESTRADAS DE BAIXO VOLUME: 83


Figura 8.7a Profundidade da água e capacidade para bueiros com tubulação de metal corrugado
com controle de boca (sistema métrico). (Adaptado de FHWA, HDS 5, 1998)

ESCALAS He/D

EXEMPLO
de metal corrugado
Placa estrutural

D = 0.9 m
Q = 1.8 m 3/seg

Tipo He/D He
de entrada (metros)
(1) 1.8 1.67

Profundidade da água correnteza acima em diâmetros -( He/D)


(2) 2.1 1.89
(3) 2.2 1.98

lo
mp
Escoamento - (Q) (em m3/seg)

e
Ex
Tubulação padrão de metal corrugado

Escala
He/D Tipo de entrada
Diâmetro do bueiro -(D) (em metros)

(1) Muro de cabeceira


(com alas de
bueiro)

(2) Em 45º (para


ajustar ao talude)

(3) Com projeção

Para usar Escala (2) ou (3)


projetar horizontalmente
(1), depois use uma linha
reta inclinada através das
Escalas D e Q, ou inversa,
como ilustrado no exemplo
acima.

○ ○ ○
○ ○ ○ ○ ○ ○ ○
○ ○ ○ ○ ○ ○
○ ○ ○
○ ○

○ ○ ○ ○ ○
○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○
○ ○

○ ○ ○ ○
○ ○ ○ ○ ○
○ ○ ○
Muro de cabeceira e alas de bueiro (Tipo 1) Em 45º (Tipo 2) Projetado além do terrapleno (Tipo 3)

He

MPG PARA ESTRADAS DE BAIXO VOLUME: 84


Figura 8.7b Profundidade e capacidade da água correnteza acima para bueiros de concreto com
controle de boca. (Adaptado de FHWA, HDS 5, 1998)

ESCALAS

EXEMPLO

D = 0.8 m
Q = 1.7 m 3/seg

Boca He/D He
(metros)
(1) 2.5 2.00
(2) 2.1 1.68
(3) 2.15 1.72
Escoamento - (Q) (em m3/seg)

Profundidade da água correnteza acima em diâmetros -( He/D)


o
pl
m
E xe
Diâmetro do bueiro -(D) (em metros)

Escala
He/D Tipo de entrada

(1) Borda quadrada com


muros de cabeceira de
concreto

(2) Borda dentada com


muro de cabeceira de
concreto

(3) Borda dentada com


tubulação projetada

Para usar as Escalas (2) ou (3)


projete horizontalmente para a
Escala (1) e depois use uma
linha reta inclinada através de
D e Q ou inversa, como
ilustrado acima.

MPG PARA ESTRADAS DE BAIXO VOLUME: 85


Figura 8.7c Profundidade e capacidade da água correnteza acima para bueiros de caixa de concreto
com controle de boca. (Adaptado de FHWA, HDS5, 1998)

EXEMPLO ESCALAS

D x B = 0.60 x 0.80 m
Q = 1.08 m3/seg 8
Q/B = 1.35 m 3/seg/m

Boca He/D He
(metros)
(1) 1.75 1.05
(2) 1.90 1.14
(3) 2.05 1.23

Profundidade da água correnteza acima em diâmetros -( He/D)


Relação do escoamento com a largura - (Q/B) (em m3/seg/m)

o
pl
m
E xe
Altura da caixa - (D) (em metros)

Ângulo de
abertura da
ala de
bueiro

Escala Abertura da
He/D ala de bueiro
(1) 30° até 75°
(2) 90° até 15°
(3) 0° (extensões
aos lados)

Para usar as Escalas (2)


ou (3) projete
horizontalmente para a
Escala (1) e depois use
uma linha reta inclinada
através das Escalas D e
Q/B ou inversa, como
ilustrado acima.

MPG PARA ESTRADAS DE BAIXO VOLUME: 86


PRÁTICAS RECOMENDADAS
BUEIROS TRANSVERSAIS PARA BUEIROS TRANSVERSAIS DE vital). Em canais muito amplos
ESCOAMENTO DE VALETAS DRENAGEM é recomendável utilizar múltiplos
• Os tubos transversais para • Instale bueiros permanentes tubos para manter a
escoamento de valetas devidamente dimensionados distribuição natural do fluxo nos
geralmente deverão ter um para passar o fluxo de enchente mesmos (Figura 8.2b).
diâmetro de 45 cm. (diâmetro de desenho, além dos • Em locais com altura limitada
mínimo de 30 cm). Em áreas escombros previstos. Desenhe utilize tubos elípticos, tubos em
com escombros, taludes de considerando eventos de arco e bueiros de caixa que
corte instáveis e problemas de tormenta de 20 até 50 anos. Os maximizem a capacidade,
desmoronamento, use tubos de rios sensíveis podem exigir minimizando a altura.
60 cm ou mais. desenhos para passar uma
enchente de 100 anos. O • Use muros de cabeceira de
• A inclinação dos tubos
tamanho dos tubos pode ser concreto ou alvenaria com
transversais para escoamento
determinado usando critérios tubos de bueiro com a maior
de valetas deverá ser no
gerais de desenho, como mostra frequência possível. As
mínimo 2% maior (declividade)
a Tabela 8.1, mas idealmente vantagens dos muros de
do que a inclinação da valeta e
é baseado em análises cabeceira são: prevenir que
de 0 a 30° perpendicular à
hidrológicas específicas para o grandes tubos saiam do chão
estrada (veja a Figura 7.4).
local. ao entupir; reduzir a longitude
Esta declividade adicional ajuda
do tubo; aumentar sua
a evitar o entupimento dos • Considere os impactos de capacidade; ajudar a filtrar
tubos com sedimentos. qualquer estrutura na passagem escombros através do tubo e
de peixes e no ambiente reduzir as probabilidades de
• As drenagens transversais para
aquático. Selecione estruturas falha do bueiro em caso de
escoamento das valetas
como pontes ou bueiro de arco transbordamento (Foto 8.8).
deverão terminar no pé do
sem fundo que sejam tão largas
aterro perto no nível do solo
quanto o nível mais alto (largura • Instale bueiros suficientemente
natural, pelo menos 0,5 metros
total da margem), que longos para que suas duas
além do pé do talude de aterro.
minimizam a afetação do canal pontas cheguem além do pé de
Reforce a saída do tubo (veja
e que mantêm o material natu- aterro da via (Figura 8.2c,
as Figuras 7.6, 7.7 e 8.1).
ral do fundo do canal (Foto Foto 8.9). Como alternativa,
Não escoe o tubo sobre mate-
8.7). utilize muros de arrimo (muros
rial de aterro desprotegido,
de cabeceira) para segurar o
taludes instáveis ou diretamente • Faça os cruzamentos de talude de aterro (Figura 8.5).
em rios (veja a Foto 8.1 em drenagens naturais na estrada
comparação com a Foto 8.9). perpendiculares à drenagem • Alinhe os bueiros no fundo e na
para minimizar a longitude dos metade do canal natural para
• Em aterros grandes, podem ser
tubos e a área de afetação que a instalação não provoque
necessárias subdrenagens para
(Figura 8.2a). mudanças no alinhamento do
escoar a água até o pé do aterro
canal fluvial nem na elevação do
(Figura 8.1). Ancore as • Use um único tubo grande ou fundo do mesmo. Os bueiros
subdrenagens no talude com caixa de concreto no lugar de
não deverão provocar poças,
estacas de metal, blocos tubulações múltiplas de menor diques, nem aumentar
âncora de concreto ou cabos. diâmetro, para reduzir o significativamente a velocidade
Tubos, canais abertos ou potencial de entupimento na do fluxo (Figura 8.2).
valetas revestidas podem ser maioria dos canais (a não ser
usados também. que a elevação da estrada seja

MPG PARA ESTRADAS DE BAIXO VOLUME: 87


PRÁTICAS RECOMENDADAS (continuação)
• Compacte muito bem o mate- bueiros para evitar que a água vegetação nos canais fluviais.
rial de aterro bem graduado ao cause erosão no aterro ou Em canais com grandes
redor dos bueiros, socavação no tubo, além de quantidades de escombros,
principalmente ao redor da melhorar a eficiência do mesmo. considere utilizar uma
metade inferior, utilizando Para o enrocamento, utilize passagem d'água a vau,
camadas para obter uma pedra pequena graduada, tubos de grande tamanho ou
densidade uniforme (Figura cascalho ou filtro de geotêxtil colocar uma grade para o lixo
8.3). Use cascalho arenoso sob a proteção do talude de corrente acima da boca do
levemente plástico com enrocamento grosso (Figura tubo.
partículas finas. Evite utilizar 8.4).
• Instale declives de
areia fina e solos ricos em silte
• Nas saídas de bueiro, onde as transbordamento fora do bueiro
como material para o leito por
velocidades no tubo são nos canais de drenagem com
causa de sua suscetibilidade ao
aceleradas, proteja o canal com um grande aterro que possa ser
vazamento. Preste especial
um estanque de imersão (com transbordado. Use também
atenção ao leito do bueiro e à
inclinações leves), revestimento declives de transbordamento
compactação ao redor das
de pedra (enrocamento) ou em inclinações contínuas e
pernas (haunches) do tubo.
com um vertedouro com longas na estrada onde um
Não permita que a
superfície embutida e beirada bueiro entupido possa escoar
compactação mexa ou eleve o
no limite (Figura 8.5). a água para abaixo na estrada,
tubo. Em aterros grandes,
entupindo bueiros
permita o assentamento • Naqueles tubos com
subsequentes e provocando
instalando o tubo com probabilidade de entupimento,
danos consideráveis fora do lo-
elevação. adicione uma grade para o lixo,
cal (veja o Capítulo 7, Figura
corrente acima do tubo ou no
• Cubra a parte superior dos 7.11).
início do mesmo (boca) para
tubos de bueiro de metal e
prender escombros antes de o • Os bueiros de troncos
plástico com aterro até uma
tubo entupir (Figura 8.6, Foto temporários (bueiros
profundidade mínima de 30 cm
8.5). As grades para o lixo "Humboldt") geralmente têm
para prevenir que os tubos
podem ser construídas com capacidade de fluxo muito
sejam esmagados por
troncos, tubos, barras de limitada. Ao utilizá-los, verifique
caminhões pesados. Use uma
reforço, ferro de ângulo, trilhos, que a estrutura e o material de
cobertura mínima de 60 cm de
etc. No entanto, as grades para aterro sejam removidos do ca-
aterro sobre tubos de concreto
o lixo geralmente exigem nal antes do período de chuva
(Figura 8.3). Para a máxima
manutenção e limpeza ou, antes de grandes eventos de
altura de aterro possível, siga
adicional. Não são escorrimento (Foto 8.10).
as recomendações do
recomendáveis quando houver
fabricante. • Faça manutenção periódica e
alternativas disponíveis, como
limpeza do canal para manter
• Use seções de ponta de metal instalar um tubo maior.
os bueiros protegidos e livres
com enrocamento ou muros de
• Revise a quantidade de de escombros que possam
cabeceira de alvenaria/concreto
escombros, troncos e entupir o tubo.
ao redor da boca e da saída dos

MPG PARA ESTRADAS DE BAIXO VOLUME: 88


PRÁTICAS QUE DEVEM SER EVITADAS
• Despejar tubos de drenagem • Usar materiais do leito como • Colocar tubos incorretamente
transversal em um talude de areias finas não coesivas e silte, (ex.: enterrados ou alinhados
aterro se o talude não estiver que são suscetíveis a arraste. com o fluxo natural do fundo
protegido nem for utilizada do canal).
• Instalar tubos muito curtos para
subdrenagem.
ser ajustados no local. • Deixar estruturas temporárias
• Usar tubos pequenos para o de drenagem transversal no
fluxo e a quantidade de lugar durante a temporada de
escombros esperados. chuvas.

Foto 8.7 Use estruturas que tenham


como fundo o canal natural, como
bueiros de arco, arcos sem fundo,
bueiros de caixa de concreto para facilitar
a passagem de peixes e minimizar o
impacto no curso d'água.

Foto 8.8 Instale bueiros com capacidade


suficiente. Use muros de cabeceira para
melhorar a capacidade do bueiro,
proteger o aterro da estrada, resistir o
risco de transbordamento e evitar a
socavação da margem, sobretudo nas
curvas do canal.

MPG PARA ESTRADAS DE BAIXO VOLUME: 89


Foto 8.9 Evite colocar saídas de bueiro na parte média de um talude de aterro.
Use bueiros suficientemente longos para chegar além do pé do talude de aterro
ou, use estruturas de muro de cabeceira para reter o material do aterro e minimizar
a extensão do tubo.

Foto 8.10 A maioria dos bueiros de troncos tem capacidade de fluxo muito limitada.
Retire os bueiros de troncos provisórios (Tipo Humboldt) antes de tormentas fortes
ou antes do período de chuvas.

MPG PARA ESTRADAS DE BAIXO VOLUME: 90


Capítulo 9 Passa
Capítulo 9

Passa
assaggens D'água a Vau ou
Vau
Cruzamentos em Estia
Cruzamentos gem
Estiag

assag
“Mantenha um baixo perfil do cruzamento, arme a superfície de rolamento e
proteja-a contra socavação”.

gens D'água a V
A
S PASSAGENS D'ÁGUA A VAU ou cruzamentos camada de concreto, como aparece na Figura 9.1a
em estiagem, como se acostuma chamar, e na Foto 9.1. Nas passagens d'água a vau
podem ser uma alternativa satisfatória para melhoradas combina-se o uso de tubos de bueiro ou
o uso dos bueiros e das pontes para atravessar riachos bueiros de caixa para escoar fluxos em estiagem com
em estradas de baixo volume de tráfego, onde o uso uma superfície de rolamento reforçada acima dos
da via e as condições do fluxo fluvial sejam os bueiros, com o objetivo de suportar o tráfego e evitar
adequados. Assim como com outras estruturas que os veículos passem pela a água a maior parte do
hidráulicas para atravessar cursos d'água, para tempo, como se pode observar nas Figuras 9.1b e

Vau
construir estes cruzamentos é preciso conhecer as c. A superfície de rolamento reforçada acima dos

au ou Cr
características específicas do local e realizar análises canos também resiste à erosão durante o
hidrológicas, hidráulicas e
ambientais específicas. O ideal é
construí-los em áreas

Cruzamentos
relativamente estreitas e rasas do
canal e devem ser postos em uma

uzamentos em Estia
zona com leito de rocha ou de
solo grosso para obter boas
condições de alicerce. Uma
passagem d'água a vau pode ser
larga ou estreita, mas não deve
ser usada em drenagens de
grande profundidade que exijam
aterros altos ou acessos de
estrada excessivamente
inclinados.
Estiag

Os cruzamentos em estiagem
podem ter como superfície de
rolamento uma simples camada
de pedras reforçadas (revestidas) Foto 9.1 Use passagens d'água a vau reforçadas com a maior frequência
gem

ou ter uma superfície melhorada possível, para atravessar cursos d'água baixos em drenagens naturais largas
formada por gabiões ou por uma e pouco profundas para evitar o uso de tubos. Note que uma parte desta
superfície de rolamento reforçada precisa de reparação.

MPG PARA ESTRADAS DE BAIXO VOLUME: 91


transbordamento, durante os fluxos
de cheias (Foto 9.2). Todo o
perímetro molhado da estrutura
deverá estar protegido acima da
elevação do nível máximo esperado.
Os principais fatores que devem ser
levados em conta para o desenho e
localização de um cruzamento em
estiagem são os seguintes: nível
mínimo e máximo da água, condições
do alicerce, potencial de socavação,
atrasos permitidos no tráfego, forma
da seção transversal do canal e
confinamento, proteção da margem
correnteza abaixo da estrutura contra
a socavação, estabilidade do leito e
Foto 9.2 Uma passagem d'água a vau, usando tubulações múltiplas de esgoto
para permitir a passagem de fluxos baixos através das tubulações, mas permitindo
a passagem de grandes fluxos e escombros sobre a estrutura.

VANTAGENS DOS CRUZAMENTOS EM ESTIAGEM


• A principal vantagem é que, canal e permitem a passagem de a parte superior do cruzamento.
geralmente, uma passagem um fluxo maior. Não é muito sensível a volumes
d'água a vau não é suscetível à de fluxo específicos, pois um
obstrução com escombros ou
• As passagens d'água a vau pequeno aumento na
melhoradas são úteis para a profundidade do fluxo aumenta
com vegetação, como ocorre no
passagem de fluxos baixos e significativamente a sua
caso de um bueiro de tubos que
para manter os veículos fora da capacidade. As passagens
pode chegar a entupir.
água, evitando a degradação da d'água a vau podem ser mais
• Em geral as passagens a vau são qualidade da água. "flexíveis" e podem permitir
estruturas mais baratas do que
os bueiros grandes ou pontes.
• A estrutura pode ser desenhada maior imprecisão no fluxo do
como um vertedouro de crista desenho, portanto, são ideais
Inicialmente podem ser mais como sistema de drenagem com
ampla que pode deixar passar
caros do que os bueiros, mas características desconhecidas
um grande fluxo de água sobre
precisam de menos aterro no ou variáveis de fluxo.

DESVANTAGENS DOS CRUZAMENTOS EM ESTIAGEM


• As estruturas tipo passagens • Devido ao fato de que a forma entupimento nos bueiros, que
d'água a vau causam alguns da estrutura exige um declive na exige manutenção e provoca a
atrasos periódicos ou eventuais superfície e atrasos periódicos, necessidade de outros ajustes
no tráfego durante os períodos geralmente não são no canal.
de cheia. recomendados para estradas de
muito tráfego nem de alta • A passagem de peixes pode ser
• A sua forma não se adapta velocidade. uma característica difícil de
facilmente a drenagens em incluir no desenho.
grande profundidade que • As passagens d'água a vau
exigiriam grandes aterros. melhoradas podem acumular • Atravessar a estrutura poder ser
sedimentos do fundo de um perigoso durante os períodos de
canal fluvial, causando cheia (Figura 9.2)

MPG PARA ESTRADAS DE BAIXO VOLUME: 92


das margens do riacho, materiais de outras espécies aquáticas, deve ser passagens d'água a vau melhoradas
construção disponíveis na área e mantido um canal natural ou áspero com bueiros de caixa e fundo de canal
controle da inclinação para a através do cruzamento em estiagem natural (veja a Foto 9.5) ou as
passagem de peixes. e a velocidade da água não deve ser simples com superfície de rolamento
Para a passagem de peixes ou acelerada. As estruturas ideais são as reforçada e áspera (Figura 9.1a).

Figura 9.1 Opções básicas de passagens d'água a vau (cruzamento em estiagem). Nota: Reforce a superfície de
rolamento (com pedra, reforço de concreto, etc.) para uma elevação acima do nível máximo de cheia!

Largura de terraplenagem
reforçada com pedras ou
Borda livre plataforma de concreto
0.3-0.5m Nível máximo de
cheia esperado

a. Passagem d'água a vau simples com largura de terraplenagem reforçada de pedra ou concreto

Largura de terraplenagem
reforçada com pedras ou
Nível máximo de plataforma de concreto
cheia esperado

b. Passagem d'água a vau com tubulações de bueiros em um canal amplo

Terreno original
Superfície de rolamento
reforçada
Nível máximo de
cheia esperado

Nível de água normal

c. Passagem d'água a vau com tubulações ou bueiros de caixa em um canal em depressão


MPG PARA ESTRADAS DE BAIXO VOLUME: 93
Figura 9.2 O perigo de cruzar uma passagem d'água a vau com cheia. Os vaus implicam atrasos ocasionais no
tráfego em períodos de cheia. (Adaptado de Martin Ochoa, 2000 e PIARC Road Maintenance Handbook, 1994)

a. Passagem d'água a vau em estiagem.

b. Passagem d'água a vau em cheia - ESPERE!

c. Atravessar em cheias pode ser perigoso!


MPG PARA ESTRADAS DE BAIXO VOLUME: 94
PRÁTICAS RECOMENDADAS
• Use uma estrutura ou plataforma devido à caída típica no nível da Faça passagens para os peixes,
suficientemente longa para água ao sair da estrutura e aos onde for necessário, usando
proteger o "perímetro úmido" do fluxos acelerados através da bueiros de caixa, tendo como
canal de fluxo natural. plataforma. fundo o canal fluvial natural
Acrescente proteção acima do (Figura 9.1c e Foto 9.5).
nível esperado da cheia (Foto • No caso de passagens a vau
9.3). Deixe certa borda livre, simples de pedra, use pedras • Coloque as passagens a vau
normalmente entre 0,3 e 0,5 grandes e graduadas no leito da onde as margens do riacho
metros na elevação, entre a estrada através do riacho, que forem baixas e onde o canal
parte superior da superfície sejam suficientemente grandes estiver confinado. No caso de
reforçada de rolamento para resistir o fluxo da água. Use drenagens em profundidade
(plataforma) e o nível de cheia os critérios mostrados na Figura moderada, use passagens a vau
esperado (veja a Figura 9.1). A 6.1. Recheie os espaços vazios melhoradas com bueiros de
capacidade de fluxo de um com pequenos fragmentos de tubo ou de caixa (Figura 9.1c).
cruzamento e, portanto, do nível pedra limpa ou com cascalho
para proporcionar uma • Coloque o alicerce sobre
da cheia, podem ser material resistente à socavação
determinados a partir de uma superfície de rolamento lisa.
Estas pequenas pedras deverão (leito de pedras ou rocha
fórmula de "vertedouro de crista grossa) ou abaixo da
ampla". receber manutenção periódica e
eventualmente deverão ser profundidade de socavação
• Proteja toda a estrutura com substituídas. esperada. Evite a socavação do
muros de limite, enrocamento, alicerce ou do canal, usando
gabiões, pranchas de concreto • Use passagens a vau para enrocamento pesado no local,
ou outro tipo de proteção contra atravessar leitos ou canais secos cestas de gabiões, reforço de
a socavação. A beira correnteza por temporadas que tenham concreto ou vegetação densa.
abaixo da passagem a vau é um fluxos baixos na maior parte dos
períodos de uso da estrada. Use • Use marcas de profundidade
ponto particularmente crítico bem localizadas nas passagens
quanto à socavação e exige vaus melhorados (com bueiros),
usando tubos ou caixas de a vau para advertir os motoristas
dissipadores de energia ou sobre profundidades perigosas
enrocamento de proteção concreto, para deixar passar
fluxos em estiagem (Foto 9.4). da água. (Figura 9.2).

PRÁTICAS QUE DEVEM SER EVITADAS


• Construir curvas verticais pronunciadas nas • Colocar cruzamentos em estiagem sobre depósitos
passagens a vau onde os caminhões grandes ou de de solos de grão fino suscetíveis à socavação ou
carga possam ficar entalados. adotar desenhos que não consideram proteção
contra a socavação.
• Colocar material de aterro para acesso dentro do
canal de drenagem. • Construir passagens a vau que bloqueiem a
passagem de peixes correnteza acima ou correnteza
• Atravessar passagens a vau durante períodos de abaixo.
cheia.

MPG PARA ESTRADAS DE BAIXO VOLUME: 95


Foto 9.3 Com passagens d'água a vau,
a beira da estrutura correnteza abaixo
deve estar protegida contra a socavação
e todo o perímetro molhado (acima do
nível máximo de cheia) deve estar
reforçado.

Foto 9.4 Use passagens d'água a vau


com tubulações ou aberturas para
manter o tráfego fora da água a maior
parte do tempo, minimizar os atrasos e
permitir a passagem de peixes. Veja a
proteção contra socavação correnteza
abaixo com gabiões e pedras.

Foto 9.5 Algumas passagens d'água a


vau podem ser desenhadas como
estruturas de "pontes de cruzamento em
estiagem". Devem ser desenhadas para
suportar transbordamentos esporádicos
e ter um tabuleiro e acessos resistentes
à erosão. Esta estrutura é ideal para a
passagem de peixes.

MPG PARA ESTRADAS DE BAIXO VOLUME: 96


Capítulo 10 Pontes
Capítulo 10

Pontes

“As pontes geralmente são a melhor, mas também a mais cara


estrutura de drenagem. Proteja as pontes contra a socavação”.

A
S PONTES SÃO relativamente caras, mas tenham a capacidade estrutural adequada para
geralmente são as estruturas mais suportar o veículo mais pesado esperado ou de acordo
recomendáveis para atravessar riachos com a sinalização de limite de carga. As pontes de
devido a que podem ser construídas fora do canal um único vão podem ser feitas à base de troncos,
fluvial, o que minimiza mudanças ao canal, a escavação tábuas, vigas de madeira laminadas e coladas, vigas
e a necessidade de colocar aterro no canal natural. de aço, dormentes de trem, lajes de concreto feitas
Elas minimizam a alteração no fundo do canal natural no local, lajes de concreto pré-fabricado ou vigas em
e não ocasionam atrasos no tráfego depois de "T"; ou ainda, podem ser pontes modulares do tipo
construídas. São ideais para a passagem de peixes. Hamiltom EZ, Acker ou Bailey (veja Figura 10.1).
No entanto, exigem considerações
detalhadas do local, análises
hidráulicas específicas e desenho
estrutural.
A localização das pontes e
suas dimensões idealmente devem
ser determinadas por um
engenheiro, um hidrólogo e um
biólogo que trabalhem juntos.
Sempre que possível, deve-se
construir a ponte em um ponto
estreito do canal e deveria estar
em uma zona com leito de pedra
ou solo grosso e rocha, que é um
local de construção com boas
condições de alicerce. Muitas
das falhas nas pontes ocorrem
devido à colocação de alicerces Foto 10.1 É possível usar bueiros, passagens d'água a vau ou pontes para
sobre materiais finos, que são o cruzamento de canais. Use pontes para atravessar canais permanentes e
suscetíveis à socavação. longos, para minimizar as alterações ao canal e reduzir atrasos no tráfego.
As pontes devem ser Use uma abertura suficientemente larga para evitar a constrição do canal
desenhadas de tal maneira que natural. Ponha o alicerce da ponte sobre leito de rochas ou abaixo da
profundidade de socavação.

MPG PARA ESTRADAS DE BAIXO VOLUME: 97


Figura 10.1 Seções transversais de tipos comuns de pontes usados em estradas de baixo volume. (Adaptado de
Groenier, S. 1995)

Tronco protetor Tronco protetor

Preenchimento
Tronco nativo de pedras
Revestimento
(típico)

Cabo de 19mm Ø
Ponte de troncos nativos

Mureta Mureta

Superfície de rolamento não tratada


Tabuleiro de madeira tratada

Viga de aço
Forma de W
(típico)
Diafragma estacionário
Diafragma estacionário
Diafragma móvel

Ponte Hamilton EZ (Modular)

Mureta Mureta
Superfície de rolamento não tratada
Tabuleiro de madeira tratada

Viga de madeira
laminada colada
(típica) Diafragma de metal
(típico)

Ponte de madeira tratada laminada colada

Mureta Mureta

Concreto de T dupla
pré-tracionado
(típico)

Ponte de concreto de T única ou dupla pré-tracionado


MPG PARA ESTRADAS DE BAIXO VOLUME: 98
concreto sem estribos apoiados em
colunas. A Figura 10.2 mostra
detalhes de alicerces para pontes
simples. Para alicerces profundos,
geralmente utilizam-se cais
escavados no local ou estacas. A
maioria das falhas nas pontes ocorre
devido à inadequada capacidade
hidráulica (muito baixa) ou à
socavação e erosão do alicerce
colocado sobre solos finos (Foto
10.3). Portanto, as considerações
sobre o alicerce são críticas, pois
as estruturas das pontes são,
geralmente, muito caras e os lugares
podem apresentar problemas. A
Foto 10.2 A estrutura de uma ponte geralmente proporciona a melhor proteção
maioria dos desenhos de pontes deve
para o canal, pois está fora do mesmo. Utilize materiais locais para construir
pontes, quando estiverem disponíveis, levando em conta a vida útil, o custo e a ser feita com dados proporcionados
manutenção. Inspecione as pontes regularmente e substitua-as quando já não por engenheiros estruturais,
forem mais estruturalmente adequadas. hidráulicos e geotécnicos com
experiência.
Muitos tipos de estruturas e de vida útil curta (de 10 a 25 anos, Foto É preciso inspecionar
materiais são adequados, sempre que 10.2) periodicamente as pontes (cada 2 a
sejam desenhados estruturalmente Os alicerces para as pontes 4 anos) e fazer a manutenção das
(Foto 10.1). podem ser à base de troncos, mesmas para garantir que a estrutura
"Desenhos Padronizados" podem gabiões, muros de arrimo de seja segura para a passagem dos
ser encontrados para o caso de alvenaria ou muros de contenção de veículos previstos, que o canal fluvial
muitas pontes simples em função do
seu tamanho e das condições de
carga. As estruturas complexas
devem ser especificamente
desenhadas por um engenheiro
estrutural. Os desenhos de pontes
frequentemente precisam ser
aprovados por organizações ou
governos locais. De preferência
devem-se usar estruturas de
concretos porque podem ser
relativamente simples e baratas,
exigem um mínimo de manutenção e
têm uma vida útil relativamente longa
(100 anos), na maioria dos
ambientes. As pontes de troncos são
frequentemente usadas devido à
disponibilidade de materiais locais, Foto 10.3 A socavação é uma das causas mais comuns de falhas nas pontes.
principalmente em zonas remotas. Use uma abertura suficientemente larga para minimizar a constrição do canal
No entanto, considere que elas natural. Coloque o alicerce da ponte sobre leito de rocha sempre que for possível,
ou abaixo da profundidade de socavação e utilize medidas de proteção para o
apresentam vãos curtos e têm uma
leito fluvial, como enrocamento.

MPG PARA ESTRADAS DE BAIXO VOLUME: 99


PRÁTICAS RECOMENDADAS
• Use uma plataforma fluvial ativo. Onde for • Desenhe as pontes para um
suficientemente longa nas necessário, coloque os intervalo de tormentas de 100 a
pontes para evitar constringir estribos dentro do canal em 200 anos. Nas estruturas caras
o canal fluvial natural ativo uma direção paralela ao fluxo. e naquelas cujas falhas possam
(margem total). Minimize a • Considere os ajustes ao canal ocasionar danos significativos
constrição de qualquer canal natural e possíveis mudanças maiores, como as pontes,
com transbordamento. na localização do canal du- justifica-se a realização de
rante a vida útil da estrutura. desenhos mais conservadores.
• Proteja o acesso correnteza
acima e correnteza abaixo das Os canais sinuosos, que • Deixe um pouco de borda livre,
estruturas através de alas de tenham meandros ou que de pelo menos 0,5 a 1 metro,
bueiro, enrocamento, gabiões, tenham largas planícies de entre a parte inferior das vigas
vegetação ou outro tipo de inundação, podem mudar de da ponte e o nível de cheia
proteção de taludes, onde for lugar dentro desta zona de esperado com escombros
necessário (Foto 10.4). fluxo histórico como resultado flutuantes. As estruturas em
de um evento importante de ambientes de selva com
• Coloque os alicerces sobre
tormenta. precipitações muito intensas
materiais não suscetíveis à
• No caso de estribos de pon- podem exigir borda livre extra.
socavação (idealmente leito de
tes ou de pilares colocados Como alternativa, pode-se
pedras (Foto 10.5) ou
sobre taludes naturais, ponha desenhar uma ponte para
enrocamento grosso) ou
a estrutura em terreno natural suportar transbordamento,
abaixo da profundidade
firme (não sobre material de como uma passagem a vau,
máxima de socavação
aterro nem solo solto) a uma eliminando assim a necessidade
estimada. Evite a socavação do
profundidade mínima de borda livre, mas
alicerce ou do canal, através de
compreendida entre 0,5 e 2,0 aumentando a necessidade de
enrocamento pesado, cestas de
metros. Use estruturas de ter uma plataforma resistente à
gabiões ou reforço de con-
arrimo, caso necessário, em erosão, bem como lajes de
creto. Utilize proteção contra
drenagens profundas e aproximação (Foto 10.6).
socavação sempre que for
necessário. escarpadas para suportar os • Realize inspeções da ponte
aterros de acesso ou use uma cada 2 a 4 anos. Faça
• Coloque as pontes onde o
ponte com plataforma manutenções à ponte, na medida
canal fluvial for mais estreito,
relativamente longa. (Figura do necessário, para proteger o
reto e uniforme. Evite colocar
10.2). estado e a função da estrutura.
os estribos dentro do canal

esteja livre e para maximizar a vida


útil da estrutura. Entre os aspectos PRÁTICAS QUE DEVEM SER EVITADAS
mais comuns de manutenção de
pontes está a limpeza da plataforma • Colocar cais ou colunas dentro • Colocar alicerces estruturais
e dos "assentos", das vigas, retirar a ou no meio do canal fluvial ativo. sobre depósitos de solo
vegetação e os escombros do canal • Colocar materiais de aterro suscetíveis à socavação, como
fluvial, substituir as alertas e a para acesso dentro do canal de silte e areia fina.
sinalização visual, reparar as medidas drenagem. • Constringir ou reduzir a largura
de proteção das margens do riacho; do canal fluvial natural.
revisar e tratar madeira seca; colocar
polcas e parafusos faltantes e pintar
a estrutura, quando necessário.
MPG PARA ESTRADAS DE BAIXO VOLUME: 100
Figura 10.2 Instalação de ponte com detalhes de alicerce simples.

Install bottom of stringers


at least .5 m above high water
Instale a parte inferior dos troncos no
mínimo 0.5 m acima do nível de cheia

Instalação típica de ponte de troncos


Verifique que a ponte tenha a capacidade de fluxo adequada por trás da estrutura. Mantenha o material de aterro
e os contrafortes ou bases fora do curso d'água. Coloque as bases no leito fluvial acima do nível de cheia ou abaixo
da profundidade da socavação, se estiverem perto do curso d'água. Adicione proteção contra socavação, como
enrocamento, gabiões ou vegetação.

Coloque os troncos ou um tabuleiro no mínimo 0.5 a 2.0 metros acima do nível de cheia esperado para deixar
passar o fluxo de tormenta mais os escombros.

Detalhe dos estribos da ponte


Coloque o alicerce da ponte (estribos de gabiões, colunas ou troncos) em solo de rocha ou terreno firme e estável.
Coloque as colunas de 0.5 a 2.0 metros dentro do material firme.

Tabuleiro da ponte Largura de terraplenagem


Tabuleiro ou viga
Troncos Colocada 0.5 a 2.0 m
Gabiões de 1 m x dentro do solo firme
1 m ou estribos Coluna de
de alvenaria madeira
1-2 m

Corte em bancada de
0.3-1.0 m de largura no
Estribo de gabiões Estribo de troncos
solo firme (não aterro)
na frente dos estribos

MPG PARA ESTRADAS DE BAIXO VOLUME: 101


Foto 10.4 As estruturas de concreto têm
uma longa vida útil e, geralmente, têm
uma ótima relação custo/benefício. As
estruturas de longitude média
frequentemente apresentam um tabuleiro
de concreto sobre vigas de aço. Use
proteção para o leito, como
enrocamento, para proteger a entrada e
saída das estruturas.

Foto 10.5 Coloque o alicerce da ponte


sobre leito de rochas ou, quando
possível, sobre um material não
suscetível à socavação. Quando for
necessário colocar o alicerce da ponte
em materiais propensos à socavação,
use um alicerce profundo ou desenhe a
ponte com proteção contra socavação.

Foto 10.6 Aqui observamos uma ponte


de madeira tratada bem construída, com
boa proteção do leito do canal e a longi-
tude adequada para minimizar os
impactos no curso d'água. A borda livre
mostrada é apenas adequada.

MPG PARA ESTRADAS DE BAIXO VOLUME: 102


Capítulo 11
Capítulo 11

Esta bilização de T
Estabilização aludes e
Taludes
Esta bilidade de Cor
Estabilidade tes e
Cortes
Ater
Aterrros

Esta
Estabilização
“Construa taludes de corte e aterro que sejam suficientemente planos para

bilização de T
permanecer estáveis ao longo do tempo e receber nova vegetação”.

O
S OBJETIVOS DOS CORTES E ATERROS DE ROTINA Os taludes de aterro deverão ser construídos com
para estradas são: 1) criar espaço para o uma declividade de 1 1/2:1 ou mais plana. Os taludes
molde da estrada e para superfície de de aterro muito inclinados (declividade maior que 1
rolamento; 2) equilibrar o material entre o corte e o 1/2 :1), geralmente formados por material de aterro

Taludes
aterro; 3) permanecer estáveis ao longo do tempo; solto nas laterais, podem continuar desmoronando

aludes e Esta
4) não ser fonte de sedimentos e 5) minimizar os com o tempo, são difíceis de estabilizar e estão sujeitos
custos em longo prazo. Os desmoronamentos e os a falhas de desagregação no aterro (Foto 11.4). Um
cortes e aterros com falhas podem ser uma fonte aterro de rocha pode ser estável com uma declividade
importante de sedimentos que podem fechar a estrada, de 1 1/3:1. Idealmente, os aterros deverão ser
exigir reparações significativas ou aumentar construídos com uma declividade de 2:1 ou mais plana
grandemente os custos de

Estabilidade
manutenção da estrada (Foto
11.1). Taludes de corte vertical
não deverão ser utilizados, a não

bilidade de Cor
ser que o corte seja feito em
rochas ou solos bem
cimentados. Os taludes de corte
estáveis em longo prazo são
geralmente feitos, na maioria dos
solos e áreas geográficas, com
uma declividade de 1:1 ou ¾:1 Cortes
(horizontal: vertical) (Foto
11.2). Idealmente, os taludes de
corte e os taludes de aterro
tes e Ater

deverão ser construídos para


depois serem revegetados
(Foto 11.3), mas os taludes de
Aterrros

corte em solos densos e estéreis


ou em materiais rochosos, Foto 11.1 Taludes escarpados demais, zonas úmidas ou áreas de
geralmente são difíceis de desmoronamento existentes podem provocar problemas de instabilidade em
vegetar. uma estrada e aumentar os custos de reparação e manutenção, além da
produção de sedimentos.

MPG PARA ESTRADAS DE BAIXO VOLUME: 103


Foto 11.2 Construa taludes de corte
com uma declividade de 3/4:1 ou mais
plana na maioria dos terrenos para
estabilidade em longo prazo. Em solos
bem cimentados e de rocha, uma
declividade de 1/4:1 geralmente será
estável.

Foto 11.3 Um talude de corte bem


estabilizado, com uma declividade de
aproximadamente 1:1, que está bem
coberta com vegetação.

Foto 11.4 Evite taludes com aterro solto


ou escarpado demais (declividade maior
de 1 1/2:1), principalmente ao longo de
cursos d'água e drenagem transversal.

MPG PARA ESTRADAS DE BAIXO VOLUME: 104


para promover o crescimento da com experiência de engenharia. As risco de impacto na qualidade da água.
vegetação e a estabilidade do talude falhas que ocorrem com freqüência Uma ampla gama de medidas de
(Foto 11.5). Terraços ou bancadas afetam as operações da estrada e sua estabilização de taludes está disponível
são recomendáveis em grandes reparação pode ser custosa. As falhas para que o engenheiro possa resolver
taludes de aterro para interromper o que estão perto de riachos e problemas de estabilidade de taludes
fluxo da água superficial. cruzamentos de canais têm um maior e atravessar uma área instável. Na
A Tabela 11.1 apresenta uma
gama de relações de declividade,
geralmente usados para taludes de
corte e aterro, apropriados para os
tipos de solos e pedras descritos. A
Figura 11.1 e a Figura 11.2
também mostram opções de desenho
para taludes de corte e taludes de
aterro, respectivamente, para
diferentes condições do talude e do
local. Considere, no entanto, que as
condições locais podem mudar
muito, portanto, a determinação de
taludes estáveis deverá estar baseada
na experiência e nas opiniões locais.
A água do solo é a principal causa
de falhas nos taludes. Foto 11.5 Construa taludes de aterro com uma declividade de 1 1/2:1 ou mais
As falhas de taludes ou plana (para facilitar o crescimento de vegetação) e estabilizar a superfície do
desmoronamentos, normalmente talude do aterro. Use cortes em bancada (terraços) em grandes taludes de aterro
ocorrem onde os taludes são muito para interceptar qualquer fluxo de água superficial.
inclinados, onde o material de aterro
Tabela 11.1
não é compactado ou onde os cortes
em solos naturais encontram água RELAÇÕES TÍPICOS DE TALUDES ESTÁVEIS
subterrânea ou zonas de material PARA DIFERENTES CONDIÇÕES DE SOLO/ROCHA
frágil. A boa localização das estradas
pode, com frequência, evitar as áreas Condições de Solo/Rocha Relação do Talude (Hor:Vert)
de desmoronamento e reduzir falhas A maioria das rochas ¼:1 to ½:1
nos taludes. Se chegarem a ocorrer
Solos muito bem cimentados ¼:1 to ½:1
falhas, a área do talude deverá ser
estabilizada através da remoção do A maioria dos solos estáveis ¾:1 to 1:1
material de desmoronamento, Rocha muito fragmentada 1:1 to 1 ½:1
aplanando o talude, acrescentando Solos granulares grossos e soltos 1 ½:1
drenagem ou utilizando estruturas,
Solos pesados de argila 2:1 to 3:1
como se menciona a seguir. A Figura
11.3 mostra algumas das causas Zonas com argila mole ou 2:1 to 3:1
típicas de falhas nos taludes, filtração de umidade
juntamente com as soluções mais Aterros da maioria dos solos 1 ½:1 to 2:1
comuns. Os desenhos normalmente Aterros de pedra dura e angulada 1 1/3:1
são específicos para cada local e
Cortes e aterros baixos (<2-3 m. altura) 2:1 ou mais plano
podem exigir a opinião de
engenheiros geotécnicos e geologistas (para revegetação)

MPG PARA ESTRADAS DE BAIXO VOLUME: 105


Figura 11.1 Opções de desenho para talude de corte.

a. Corte e aterro equilibrados Terreno natural

Declividade do terreno
Use uma seção equilibrada de de 0-60%
corte e aterro para a maioria das
construções em taludes de
Corte
ladeira. Estrada
co
Típi
2:1
Aterro Taludes de corte típicos na maioria
dos solos de ¾:1 a 1:1

60% +
Taludes de corte em
rocha típicos de
¼:1 a ½:1

b. Corte em bancada

1
:1 1:
¾
1
½:
¼:1

Estrada

Use cortes em bancada quando


os taludes do terreno
ultrapassem +/- 60%

0 - 60%

c. Corte completo
1:1
1a

2:1 O corte alto


¾:

geralmente é mais
Estrada
O corte baixo pode ser escarpado em
escarpado ou mais plano solos estáveis

MPG PARA ESTRADAS DE BAIXO VOLUME: 106


Figura 11.2 Opções de desenho para talude de aterro.

a. Aterro típico Terreno natural

e Estrada Declividade
lm ent talude do terreno de
a
ger um o. 0-40%
te rro o em is plan
A oca d ma
col :1 ou Escarifique e remova o
de 2
material orgânico
Descarte
madeireiro
Nota: faça aterros laterais com o
material somente em taludes
moles, fora dos cursos d'água.
Estrada 40-60%

b. Aterro de talude em co
Típi
bancada com colocação :1
em camadas 1 1/2 Material de aterro colocado em
camadas. Use camadas de 15-30
cm. De espessura. Compacte até a
densidade especificada ou aplane
cada camada.
Descarte
madeireiro Em terrenos onde os taludes ultrapassem o 40 - 45%,
construa bancada de +/- 3 m de largura ou suficientemente
largas para o equipamento de escavação e compactação.
Nota: sempre que possível,
utilize um talude de aterro de 2:1
ou mais plano para facilitar a
revegetação.
Estrada
Geralmente
c. Aterro reforçado 60% +
Os aterros reforçados são 1
usados em terreno 1: Camadas de reforço de
escarpado como alternativa geomalha ou geotêxtil
às estruturas de arrimo. As
faces de 1:1 (escarpadas
demais) geralmente exigem Drenagem
estabilização.

Ta
ate lude c
rro om
cur
d. Aterro completo Estrada to
3:1
om
de c ngo 2:1
lu lo
Ta erro 0-40%
at

MPG PARA ESTRADAS DE BAIXO VOLUME: 107


Figura 11.3 Problemas e soluções de taludes com medidas de estabilização.

O Problema

Talude de corte escarpado


demais (quase vertical) Falha do corte

Aterro lateral
solto em um
Falha de aterro em talude
Água não material de aterro escarpado
controlada escarpado demais
ou não
compactado

Soluções
Falha do
Talude de corte talude de corte
apoiado em um Talude original
ângulo estável escarpado
demais
1:1

Aterro compactado em camadas


de 15-30 cm. de espessura

Contraforte de Vegetação em superfície de


pedras com talude de aterro, de
2:1 preferência 2:1 ou mais
subdrenagem
plano
Estrutura de arrimo
Nota: Este desenho mostra uma Superfície com falha de
variedade de medidas de estabilização aterro potencial
de taludes que podem ser utilizadas
para estabilizar cortes e aterros.

Subdrenagem

MPG PARA ESTRADAS DE BAIXO VOLUME: 108


a água com drenagens horizontais.
• Desenhe e construa contrafortes
(Foto 11.7), estruturas de
arrimo ou âncoras de rocha.
As estruturas de arrimo são
relativamente caras, mas necessárias
em áreas pronunciadas para ganhar
espaço para a via ou suportar o leito
da estrada em um talude
pronunciado, em vez de realizar um
corte grande na ladeira. Elas também
podem ser utilizadas para
estabilização de taludes. A Figura
11.4 (a e b) mostra informação sobre
tipos comuns de muros de arrimo e
Foto 11.6 Compactação manual simples por trás de um muro de pedra baixo. A critérios simples de desenho para
compactação é importante atrás de qualquer estrutura de arrimo ou aterro. Pode muros de rocha, onde a largura da
ser feita manualmente ou, de preferência, usando equipamento como um rolo base é geralmente 0.7 vezes sua
compactador ou um compactador pequeno. altura (Foto 11.8). A Figura 11.4c
apresenta desenhos típicos de muros
maior parte do trabalho de escavação • Aplane ou reconstrua o talude.
de gravidade de gabiões e
e terraplenagem, os taludes • Suba ou desça o nível da estrada configurações de cestas para
relativamente planos, uma boa para fazer contraforte ao corte diferentes alturas de muro. As
compactação e a adição da drenagem ou remova o peso do talude, estruturas de gabiões são usadas com
necessária, geralmente eliminarão respectivamente. muita frequência para muros de até
problemas rotineiros de instabilidade • Coloque a estrada em um novo 6 metros de altura, principalmente
(Foto 11.6). Depois de ocorrida uma lugar estável. porque utilizam pedras disponíveis
falha, a medida de estabilização mais
• Instale drenagem de talude como localmente e exigem trabalho
apropriada dependerá das condições
valos profundos cortados ou escoe intensivo (Foto 11.9).
específicas do local, como o tamanho
do talude, tipo de solo, uso da estrada,
restrições de alinhamento e a causa
da falha. A seguir, uma lista de opções
freqüentes de estabilização de taludes,
apropriadas para estradas de baixo
volume, apresentadas aproximada-
mente das mais simples e menos
custosas até as mais complexas e
caras:
• Simplesmente remova o material
do talude.
• Passe a estrada por cima com
uma rampa ou alinhe-a ao redor
do talude.
• Revegete o talude e adicione
estabilização de pontos (Veja a Foto 11.7 Um contraforte de pedra drenada pode ser usado para estabilizar
Foto 13.10). uma zona de falha no talude de corte.

MPG PARA ESTRADAS DE BAIXO VOLUME: 109


Figura 11.4 Construção de vários tipos de estruturas de arrimo. (Adaptado de Gray & Leiser, 1982)

Viga-esporão

Tijolos ou alvenaria Rocha Concreto

Muros de gravidade Concreto reforçado


Concreto com contrafortes
Estrada

Contraforte
Pilares

Pilares “H”
Vigas laterais Vigas
frontais
Muro de gabiões

Revestimento
Solo reforçado

Muros de fogueira Muro de solo reforçado


a. Tipos frequentes de estruturas de arrimo.

Configuração de muro de pedra alto ½:1a


La
rg
vertical ( W ura
)

Para
Aterro de H = 0.5 m, W = 0.2 m
1 agregado H = 1.0 m, W = 0.4 m
Hmáx = 5 metros

H = 1.5 m, W = 0.7 m
Pedra H = 2.0 m, W = 1.0 m
2 Altura
± 70 cm (H)

Pedra

0.3-0.5 m

Configuração de muro de pedra baixo


0.7 H
b. Construção típica de muro de pedra.

MPG PARA ESTRADAS DE BAIXO VOLUME: 110


Figura 11.4 Continua. (Adaptado de Gray & Leiser, 1982)

Número
1 Número de gabiões
1 de (por
níveis H B largura)
2
6 1 3' 3" 3' 3" 1
H 3
2 6' 6" 4' 3" 11/2
4
3 9' 9" 5' 3" 2
5
4 13' 1" 6' 6" 2
6
5 16' 4" 8' 2" 2 1/2
B
6 19' 7" 9' 9" 3

Aterro posterior plano (face lisa)

1.5
1 Número
β = 34° Número de gabiões
de (por
1 níveis H B largura)
20"
2 1 3' 3" 3' 3" 1

H 3 2 6' 6" 4' 11" 11/2


4 3 9' 9" 6' 6" 2
5
4 13' 1" 8' 2" 2 1/2
6
5 16' 4" 9' 9" 3
B
6 19' 7" 11' 5" 3 1/2

Aterro a 1 1/2:1 (face com degraus)


Nota: As condições de carga são para aterro posterior de areia com silte até areia e cascalho. Para solos mais finos
ou ricos em argila, a pressão da terra no muro aumentará e a largura da base do muro (B) terá de aumentar para
cada altura. Peso do aterro posterior = 110 pcf. (1,8 Ton./m3) (1.762 kg./m3)
- Segura contra capotagem para solos com uma capacidade de carga mínima de 2 Ton./ft2 (19.500 kg./m2)
- Para aterros posteriores planos ou inclinados, pode ser usada uma face plana ou em talude.

c. Desenho padrão para estruturas de arrimo de gabiões até 20 pés de altura (6 metros) com
aterro posterior plano ou inclinado.

MPG PARA ESTRADAS DE BAIXO VOLUME: 111


Para muros baixos ou altos, em caras, mas com frequência são o tipo internamente estável para uso,
muitas áreas geográficas atuais, as de muro mais aceito ambientalmente. condições do local e altura
estruturas de Terra Mecanicamente Eles provocam menos danos ao lo- específicos. A maioria das falhas em
Estabilizada (MSE, na sigla em inglês) cal do que as estruturas de gravidade muros ocorre por causa de falhas
ou "Terra Reforçada" são os tipos de ou terra reforçada, que exigem uma no alicerce. Portanto, as estruturas
muros mais econômicos disponíveis. grande escavação para o alicerce. A deverão ser colocadas sobre um
São fáceis de construir e, maior parte dos tipos de estruturas bom alicerce, como um leito de rocha
frequentemente, podem utilizar ma- de arrimo e desenhos propor- ou solo firme e estável.
terial de aterro posterior granular do cionados pelos fabricantes é
local. Geralmente são construídos
utilizando camadas de geotêxtil ou
malha de arame, colocadas em
elevações de 15 a 45 cm. de
separação do solo, acrescentando
assim reforço elástico ao mesmo
(veja a Figura 6.3e). As estacas em
"H" ou cortinas de estacas, com ou
sem conexões, são relativamente

PRÁTICAS QUE
DEVEM SER
EVITADAS
• Construir taludes de corte
verticais (exceto em solos Foto 11.8 Use métodos de estabilização física de taludes, como muros de arrimo,
muito bem cimentados e aterros reforçados ou contrafortes de pedras, onde for necessário em áreas com
espaço limitado em taludes escarpados.
rocha).
• Colocar a estrada e realizar
práticas de construção onde o
pé do aterro termina no riacho.
Não utilize métodos de
colocação do aterro nas
laterais em taludes muito
escarpados do lado de riachos.
• Colocar aterros ou materiais
nas laterais em taludes naturais
do terreno com uma
declividade acima de 60%.
• Colocar a estrada em áreas
com estabilidade desconhecida.
• Deixar taludes de corte e,
principalmente, taludes de Foto 11.9 Os gabiões são um tipo de estrutura de arrimo de baixa gravidade,
aterro nus e expostos a erosão. usada frequentemente porque utilizam pedras disponíveis localmente e são
relativamente econômicos.

MPG PARA ESTRADAS DE BAIXO VOLUME: 112


PRÁTICAS RECOMENDADAS
• Use construção equilibrada de local além de, idealmente, testes colocar o aterro sobre o solo
corte e aterro na maior parte do e análises de materiais, para nativo (Figura 11.2b) para
terreno para minimizar o trabalho determinar o ângulo do talude de prevenir uma falha de
com terra (Figura 11.1a). corte estável nesse tipo específico desagregação no contato do solo
• Em terreno escarpado de solo. nativo com o aterro. Depois de
(declividade >60%) use • Desvie a água concentrada da ocorrida uma falha em um talude
construção com corte em superfície (escorrimento) para escarpado, uma estrutura de
bancada. Considere construir fora dos taludes de corte e aterro. arrimo ou aterro reforçado será
uma estrada estreita de uma só • Coloque dejetos e pedras da comumente necessária para a
pista com baías de ultrapassagem construção ao longo do pé dos reparação (Foto 11.10).
intervisíveis para minimizar a taludes de aterro (Veja Desenhos • Considere utilizar aterros
escavação (Figura 11.1b). de Estradas, Figura 4.2) (Não reforçados onde um talude de
• Construa taludes de corte na enterre os dejetos no aterro!). aterro de 1:1 será ajustado
maioria dos solos utilizando uma • Descarte o material de (capturado) em solo natural
relação de talude de corte de escavação inadequado ou estável (veja a Figura 11.2c).
3/4:1 a 1:1 (horizontal: vertical) restante em lugares onde não Use aterros reforçados como
(Figura 11.1). Use taludes de cause degradação na qualidade alternativa às estruturas de arrimo,
corte mais planos em solos da água ou outros danos aos para economizar custos.
granulados grossos ou não recursos. • Use medidas físicas e biotécnicas
consolidados, em zonas úmidas • Construa aterros com uma de estabilização de taludes, como
e em solos moles ou ricos em relação de declividade do corte estruturas de arrimo, contrafortes,
argila. Use taludes de corte de 1 1/2:1 ou mais plano. Na camadas de mato e drenagem,
relativamente planos (2:1 ou mais maioria dos solos, uma relação segundo for necessário, para
planos) em cortes baixos (<2-3 de declividade do corte de 2:1 obter taludes estáveis (veja a
metros de altura) para promover ou mais plano promoverá o Figura 11.3 e a Figura 13.4).
o crescimento da vegetação. crescimento de vegetação As estruturas de arrimo podem
• Construa taludes de corte em (Figura 11.2a). Em solos ser pedras soltas, gabiões, con-
rocha usando uma relação de tropicais ricos em argila com alta creto reforçado, empilhamentos,
declividade de corte de 1/4:1 a precipitação, é recomendável um muros de fogueira (crib-walls) ou
1/2:1 (Figura 11.1). talude de aterro de 3:1. muros de terra mecanicamente
• Só use cortes verticais (1/4:1 ou • Compacte os taludes de aterro estabilizada com uma variedade
mais escarpados) em rocha em zonas sensíveis ou quando o de revestimentos como geotêxtil,
estável ou solos muito bem aterro for construído com solos malha de arame, madeira, blocos
cimentados, como cinza erosivos ou frágeis. Use de concreto ou pneus (Foto
vulcânica cimentada ou solo de procedimentos de compactação 11.11). O aterro posterior dos
granito decomposto estável, específicos, como rolagem, muros geralmente é compactado
onde houver um grande risco de colocação do aterro em até 95% da densidade máxima
erosão da superfície ou camadas (de 15 a 30 cm) ou use T-99 AASHTO.
desmoronamento contínuo de um equipamento de compactação • Use estruturas de arrimo para
talude de aterro relativamente específico, se estiver disponível ganhar largura para a plataforma
plano, e onde o risco de falhas (Figura 11.2b). da estrada em terreno escarpado.
locais no corte escarpado for • Remova o material orgânico da • Coloque estruturas de arrimo
baixo. superfície, construa uma bancada somente sobre bons materiais de
• Nos casos em que houver ao pé do talude, e faça bancadas alicerce, como leito de rocha ou
exemplos de longo prazo na superfície do solo natural em solos firmes e estáveis (Foto
disponíveis, utilize a experiência declividades de 40-60% antes de 11.12).

MPG PARA ESTRADAS DE BAIXO VOLUME: 113


Foto 11.10 Uma falha no aterro de uma
estrada em terreno escarpado que agora
precisa de uma estrutura de arrimo ou
um grande corte ao redor da falha para
reparar a estrada.

Foto 11.11 Um muro de arrimo de terra


mecanicamente estabilizada (MSE) e
fachada de pneus, com camadas de
reforço de geotêxtil, usado para ganhar
largura na estrada em uma zona de
falha do aterro. As estruturas MSE (terra
reforçada) são, com frequência, a
estrutura de aterro mais econômica
disponível. Os muros MSE com malha
de arame também são muito usados.

Foto 11.12 Uma estrutura de arrimo de


gabiões que falhará logo devido à falta
de alicerce adequado. Todas as
estruturas de arrimo como muros de terra
mecanicamente estabilizada (MSE) ou
muros de gravidade, exigem um bom
alicerce.

MPG PARA ESTRADAS DE BAIXO VOLUME: 114


Capítulo 12
Capítulo 12

Materiais par
Materiais a Estr
para adas e
Estradas
Bancos de Ma teriais
Materiais

Ma
Materiais
“Selecione materiais de qualidade para a Estrada que sejam duráveis,

teriais par
bem graduados e que tenham um bom desempenho na estrada.
Faça um bom controle de qualidade”.

A
SUPERFÍCIE DAS ESTRADAS DE BAIXO VOLUME materiais disponíveis, da facilidade de manutenção e,

para
e as seções estruturais geralmente são finalmente, do custo.
construídas com materiais locais que possam Existe uma variedade de opções para melhorar a
suportar veículos leves e talvez caminhões de carga capacidade estrutural da superfície nas zonas de solo

a Estr
pesados. Além disso, as estradas de baixo volume mole ou de subjacente pobre. As mais comuns são

Estradas
devem ter uma superfície de rolamento que, estando as seguintes:
úmida, permita a tração adequada para os veículos. • Adicionar material de maior resistência e qualidade
A superfície das estradas com solos locais também sobre o solo mole, como podem ser uma camada

adas e Bancos de Ma
constituem uma área exposta que pode produzir de cascalho ou de agregado triturado.
grandes quantidades de sedimentos, principalmente • Melhorar o solo mole no local (in situ) misturando
se tiver os sulcos dos pneus (Foto 12.1). aditivos estabilizadores como: cal, cimento, asfalto
ou produtos químicos;
Materiais para Estradas
Normalmente é recomendável,
e em muitos casos necessário,
acrescentar um suporte subjacente
ou melhorar a superfície natural do
corpo do terrapleno com materiais
como cascalho, solo rochoso
grosso, agregado triturado, pedra
arredondada, blocos de concreto
ou algum tipo de revestimento
Materiais
betuminoso, ou até mesmo um
pavimento asfáltico, como aparece
na Figura 12.1. A Superfície de
teriais

rolamento melhora o suporte


estrutural e, ao mesmo tempo,
reduz a erosão da superfície da
estrada. A escolha do tipo de
revestimento depende do volume
do tráfego, dos solos locais, dos Foto 12.1 Estrada com sulcos de pneus causados por um solo mole, ou
pela drenagem incorreta da estrada (ou por ambos).

MPG PARA ESTRADAS DE BAIXO VOLUME: 115


Figura 12.1 Tipos de revestimentos e seções estruturais frequentemente usados em estradas de baixo volume.

a. Solo Natural — Solo nativo (no lugar)

— Agregado superficial triturado ou cascalho


b. Agregado — Solo nativo

— Agregado superficial triturado ou cascalho


c. Agregado e base — Base de agregad

— Solo nativo

d. Empedrado — Empedrado
— Areia

— Solo nativo

— Blocos de concreto
e. Bloco de concreto
— Areia

— Solo nativo

— Pavimento asfáltico

f. Revestimento — Base de agregado


asfáltico
— Sub-base de agregado (opcional)
— Solo nativo

g. Planta comum de
estrada com Talude de aterro Superfície de rolamento Valeta
revestimento de
agregado

MPG PARA ESTRADAS DE BAIXO VOLUME: 116


• Cobrir o solo mole com materiais
como: geotêxteis ou pedaços de
madeira (corduroy, estradas de
troncos);
• Remover o solo macio ou pobre
e substitui-lo por um solo de alta
qualidade ou material rochoso;
• Limitar o uso da estrada durante
os períodos de chuva, que é
quando os solos argilosos
amolecem;
• Compactar o solo natural para
aumentar seu peso volumétrico
e sua resistência; e
• Manter o solo sem umidade
através da drenagem eficiente da
estrada ou encapsulando o solo Foto 12.2 Estabilize a superfície da Estrada com rocha triturada (ou outro tipo de
para manter a água fora. revestimento) nas declividades pronunciadas, nas zonas com solos moles ou
erosivos.

Existem muitos materiais de das estradas de baixo volume (Foto reduzida através do uso de um
estabilização que podem ser usados 12.2). Às vezes, o agregado é usado reforço do subgreide à base de
como: óleos, cal, cimento, resinas, somente como material de "aterro" geotêxtil ou de geomalha. Além disso,
lignina, cloretos, enzimas e produtos para os sulcos dos pneus, mas é o geotêxtil é útil sobre solos moles
químicos para melhorar as preferível usá-lo como uma seção para separar o agregado do solo,
propriedades físicas do solo no lo- estrutural completa, como mostra a para manter o agregado sem
cal. Eles podem ter uma boa relação Figura 12.2. O agregado para contaminação e para aumentar sua
custo/benefício em áreas onde o superfície de estradas deve vida útil.
agregado ou outros materiais forem desempenhar duas funções básicas: A Figura 12.3 mostra algumas
difíceis de conseguir ou muito caros. deve ter alta qualidade e espessura das propriedades físicas e
O melhor material que pode ser suficiente para proporcionar suporte desvantagens de diferentes misturas
usado para a estabilização do solo estrutural para o tráfego e para evitar de solo e agregado, primeiramente
depende do custo, do tipo do solo, a formação de sulcos de pneus e deve sem finos (nenhum material atravessa
do desempenho e da experiência lo- estar bem graduado e incluir a a malha n°. 200 ou de 0,074 mm) e
cal. Com frequência é preciso testar suficiente quantidade de finos, de depois com uma porcentagem ideal
em algumas partes para determinar preferência com certa plasticidade, de finos (mais de 15 a 25%). A
o produto mais adequado e com a para evitar o desmoronamento e a Figura 12.4 mostra os intervalos
melhor relação custo/benefício. No formação de ondulações. mais comuns de granulometria dos
entanto, muitos estabilizadores de A espessura necessária do agregados usados na construção de
solo ainda precisarão de algum tipo agregado oscila, normalmente, entre estradas, a forma como os materiais,
de superfície de desgaste. Uma 10 e 30 centímetros, dependendo da variando de grosso a fino, se
superfície de rolamento estabilizada resistência do solo, do tráfego e do comportam melhor na construção de
melhora a tração e proporciona clima. Poderá encontrar os uma estrada e as limitações
proteção contra a erosão, bem como procedimentos para o desenho aproximadas para os intervalos de
suporte estrutural. específico da espessura do agregado variação recomendados para a
Cascalho, pedras, material nas Referências Selecionadas. Sobre granulometria. Pode-se notar que a
selecionado ou agregado triturado solos muito moles (menos de 3 no percentagem desejada de finos no
são os materiais mais usados para CBR- California Bearing Ratio), a agregado pode chegar a ser sensível
melhorar a superfície de rolamento espessura do agregado pode ser ao clima ou ao meio ambiente da

MPG PARA ESTRADAS DE BAIXO VOLUME: 117


Figura 12.2 Opções de agregado para prevenir sulcos.

INADEQUADO

a. Agregado mínimo para


preencher os sulcos
quando eles surgem.

MEDÍOCRE- ADEQUADO

b. Sulcos preenchidos
mais uma camada de
10-15 cm de espessura
de agregado.

MELHOR

c. Seção estrutural completa


colocada sobre uma subgreide
reformada e compactada.

Se não houver pedra triturada Para revestimento do agregado use


ou cascalho disponível, solo pedra triturada, cascalho ou pedra
áspero e lascas de madeira menor de 3 cm com finos.
como estabilizadores do solo. .

Superfície de agregado ou
10-30 cm revestimento de asfalto
Camada de base de agregado ou
pedra limpa britada 0-30 cm min.
(5-10 cm. de tamanho ou menor)

MPG PARA ESTRADAS DE BAIXO VOLUME: 118


Figura 12.3 Estados físicos de misturas de solo e agregado. (Adaptado de Yoder and Witczak, 1975)

Agregado com Agregado com altas


Agregado sem finos suficientes finos para quantidades de finos
máxima densidade (>25 por cento)
(8-15 por cento)
• Contacto grão a grão • Contato grão a grão
• Contacto grão a grão destruído, o agregado
• Densidade variável com maior resistência "flutua" no solo
contra deformação
• Alta permeabilidade • Menor densidade
• Aumenta até a densidade
• Não suscetível a máxima • Baixa permeabilidade
congelamento
• Baixa permeabilidade • Suscetível a congelamento
• Alta estabilidade quando
confinado, baixa sem • Suscetível a congelamento • Baixa estabilidade e força
confinamento
• Estabilidade relativamente • Muito afetada pela água
• Não afetado pela água alta em condições
confinadas ou não • Fácil de compactar
• Difícil de compactar
• Não severamente • Torna-se pó facilmente
• Desagrega facilmente afetadas por condições
adversas de água

• Moderadamente fácil de
compactar

• Bom desempenho da
estrada

MPG PARA ESTRADAS DE BAIXO VOLUME: 119


Figura 12.4 Intervalos de graduação de materiais para a capa superficial da estrada e suas características de
desempenho. (Adaptado de R. Charles, 1997 e a Association of Asphalt Paving Technologists)

PORCENTAGEM MAIS FINA POR PESO (PORCENTAGEM QUE PASSA - %)

PORCENTAGEM MAIS GROSSA POR PESO

NOTA: Os intervalos de graduação mostrados são aproximados.


Os melhores materiais para superfície de rolamento têm certa plasticidade e estão bem graduados. Têm graduações
paralelas às curvas mostradas acima e estão mais próximos da curva “Ideal” no meio dos intervalos de graduação
mostrados.

PRÁTICAS QUE DEVEM SER EVITADAS


• Realizar a construção durante na superfície da estrada. • Usar materiais de revestimento
períodos úmidos ou de chuva em • Estabilizar a superfície da estrada constituído por solos de grão fino,
estradas com superfície de usando enrocamento grosso com utilizando pedras moles que se
rolamento sobre solo argiloso ou fragmentos superiores a 7 degradam até se tornarem
de grão fino, que permitem a centímetros. É difícil circular sobre sedimento fino, ou usar pedra
formação dos sulcos de pneus. pedras grossas e dificultam a grossa limpa mal graduada que
• Permitir a formação de marcas estabilização da superfície de poderá sofrer erosão,
de pneus e buracos de mais de 5 rolamento além de danificar os desmoronamento ou formar
a 10 centímetros de profundidade pneus. ondulações.

MPG PARA ESTRADAS DE BAIXO VOLUME: 120


estrada. Nas regiões semi-áridas a prevenir a formação de sulco de evitar desmoronamentos; e (4) ter um
desérticas, é preferível uma pneus e para manter a superfície da índice de plasticidade entre 2 e 10. A
percentagem relativamente alta de estrada estável. camada superficial aplicada à estrada
finos, na faixa de 15 a 20%, com O ideal é que o agregado da deve receber manutenção a fim de
plasticidade moderada. Em superfície seja: (1) duro, durável, evitar a formação de sulcos e de
ambientes “úmidos” com muita chuva, triturado e peneirado até chegar a proteger a estrada contra a erosão.
como nas regiões tropicais, tamanhos máximos de 5 cm; (2) estar Pode haver uma deterioração
litorâneas, montanhosas ou de selvas, bem graduado para alcançar a significativa na estrada se as marcas
recomenda-se uma percentagem densidade máxima; (3) conter entre dos pneus, desmoronamentos,
baixa de finos entre 5 e 10% para 5 e 15% de ligante argiloso para ondulações ou erosão superficial não

PRÁTICAS RECOMENDADAS
• Estabilizar as superfícies das volume de tráfego, das cargas e canais e de cruzamentos de
estradas que formam sulcos de do tipo de solo e deveria ser drenagem para minimizar a erosão
pneus ou que se sofrem determinada através da da superfície de rolamento.
desmoronamento excessivo. As experiência local ou com testes • Controlar o excesso de poeira na
técnicas mais comuns de como, por exemplo, o uso do estrada com água, óleos, ou
estabilização da superfície são a teste CBR (California Bearing lascas de madeira ou algum outro
colocação de uma camada de Ratio). tipo de eliminadores de poeira.
agregado triturado de 10 a 15 cm • Manter um talude transversal de
de espessura; de material rochoso
• Misturar o agregado grosso com
3 a 5% na estrada com declives o solo fino altamente argiloso
retirado de pedreiras ou britado internos, externos ou com (quando disponível) para elaborar
(Foto 12.4); de empedrado, de abaulamento para escoar um material combinado
lascas de madeira ou descarte rapidamente a água para fora da satisfatório para a estrada que
madeireiro fino da exploração superfície da estrada (veja a seja grosso e ao mesmo tempo
florestal, ou de solos misturados Figura 7.1). bem graduado com 5 a 15% de
e estabilizados com cimento,
asfalto, cal, lingnina, cloretos, • Nivelar ou fazer a manutenção da finos como ligantes (veja as
superfície de rolamento antes que Figuras 12.3 e 12.4).
produtos químicos ou enzimas.
existam buracos, ondulações ou • Utilizar medidas de controle de
• No caso de tráfego pesado sobre sulcos profundos de pneus (veja qualidade para o projeto de
solo mole da subjacente, usar uma a Figura 4.5). construção, através da
seção estrutural grossa formada
por uma camada de agregado de • Compactar o material do observação visual e de
terrapleno, o material da superfície amostragem e teste dos materiais
no mínimo 20 a 30 centímetros
de rolamento e do agregado du- para alcançar densidades
de espessura. Como alternativa,
rante a construção e a específicas e materiais de
usar como seção estrutural uma
manutenção para obter uma qualidade bem graduados para a
camada de 10 a 30 centímetros
superfície densa e lisa para a estrada. (Foto 12.6).
de agregado para a base, ou de
pedra grossa britada coberta por estrada, ao mesmo tempo em que • No caso de estradas de maior
uma camada de agregado de 10 reduz a quantidade de água que
padrão e maiores volumes de
a 15 centímetros de espessura possa se infiltrar na estrada (Foto
tráfego, (coletoras, principais ou
para revestir a superfície de 12.5).
arteriais) usar materiais
rolamento (Figura 12.2- • Estabilizar com precisão as zonas adequados e com melhor relação
MELHOR). Note que os solos úmidas locais e as áreas moles custo/benefício para a superfície
tropicais moles com alto conteúdo com uma camada de 10 a 15 de rolamento, como por exemplo,
de argila e a pressão dos pneus centímetros de material grosso óleos, empedrado, pavimento
de veículos pesados podem exigir rochoso. Acrescentar mais pedras ladrilhado (Foto 12.7), betume
uma seção estrutural de maior se for necessário (Figura 12.2). asfáltico (Foto 12.8) e pavimento
espessura. A profundidade da • Estabilizar a superfície da estrada de concreto asfáltico.
estrutura necessária depende do nas áreas sensíveis próximas dos

MPG PARA ESTRADAS DE BAIXO VOLUME: 121


Foto 12.3 Uma Estrada com
necessidade de manutenção e
revestimento. Estabilize a superfície de
rolamento ou faça a manutenção
nivelando e conformando a superfície
para eliminar os sulcos de pneus e
buracos, antes que aumentem os danos
na estrada, para obter uma boa
drenagem da superfície da estrada e
definir a largura de terraplenagem.

Foto 12.4 Um rolo compactador pode


ser usado para elaborar o material
adequado de revestimento, quando a
pedra grossa for relativamente mole.
Nivele e compacte o agregado da
superfície de rolamento para torná-la
densa, lisa e bem drenada.

Foto 12.5 A compactação do solo e do


agregado é, geralmente, a forma mais
econômica de melhorar a resistência e
o desempenho dos materiais. A
compactação é útil e tem uma boa
relação custo/benefício, tanto para
melhorar a estabilidade dos terraplenos,
quanto para a superfície de rolamento.

MPG PARA ESTRADAS DE BAIXO VOLUME: 122


Foto 12.6 Uso de um densímetro
nuclear para conferir a densidade do
agregado. Faça controle de qualidade
durante a construção, testes de
granulometria e de peso volumétrico,
entre outros, conforme o necessário,
para obter os materiais com as
características desejadas para o projeto.

Foto 12.7 Os blocos de concreto ou


empedrado são uma alternativa
intermédia o revestimento de pavimento
e agregado. Estes materiais exigem
muita mão-de-obra para ser colocados
e para a manutenção, mas têm uma boa
relação custo/benefício em algumas
regiões.

Foto 12.8Compactação de uma


superfície com revestimento asfáltico.
Pode-se usar uma grande variedade de
materiais de revestimento, dependendo
da disponibilidade, custo e
desempenho.

MPG PARA ESTRADAS DE BAIXO VOLUME: 123


forem controlados (Foto 12.3). Os superfície de rolamento. As placas Em geral, os bancos de
danos à estrada podem ser reduzidos vibratórias, ou “wackers”, são ideais empréstimo e as pedreiras podem
em grande medida, restringindo seu para espaços confinados. Nenhum produzir impactos negativos
uso durante os períodos de chuva se equipamento é ideal para todos os importantes como a produção de
a operação da estrada permitir esta tipos de solo, mas o melhor sedimentos de uma área grande
medida. equipamento para todo tipo de desgastada pela erosão, mudança no
A compactação geralmente é o trabalhos de compactação na maioria uso do solo, impactos na fauna local,
método com melhor relação custo/ dos solos mistos é o rolo de pneu de problemas de segurança e impactos
benefício para melhorar a qualidade, borracha, que proporciona uma boa visuais. É por isso que o planejamento
bem como a resistência e compactação em uma ampla do local de uma pedreira, sua
impermeabilidade das camadas de variedade de solos, desde agregados localização e exploração, devem
solo para melhorar o desempenho do até solos coesivos siltosos. geralmente ser feitos em combinação
revestimento de agregado. Aumenta com uma Análise Ambiental para
Bancos de Materiais
a densidade e reduz os espaços determinar a idoneidade do lugar e de
Usar materiais de bancos locais,
vazios no material, tornando-o menos suas restrições. É preciso preparar um
como jazidas de empréstimo e
suscetível à umidade. Portanto, a Projeto de Desenvolvimento de
pedreiras, oferece grandes reduções
compactação serve para proteger o Bancos de Materiais para qualquer
no custo de um projeto, em
investimento nos agregados para a exploração de pedreira ou de jazidas
comparação com o custo de
estrada, maximizar a sua resistência, de empréstimos para definir e controlar
transportação desde bancos
minimizar a perda de finos e evitar o uso do lugar e dos materiais; o
distantes, geralmente de comércios.
desmoronamentos. O desempenho equipamento de trabalho, as áreas de
No entanto, é preciso que a
das estradas tem sido excelente em armazenamento e de extração (Foto
qualidade do material de jazidas de
algumas regiões semi-áridas 12.10), as estradas de acesso, os
empréstimo ou de pedreiras seja a
utilizando materiais locais misturados, limites da propriedade, as fontes de
adequada. Os bancos podem ser
normas muito estritas de água e a geometria final da caixa e dos
afloramentos de rochas próximos ou
compactação e uma camada taludes ao redor. A extração de
depósitos de material granular
impermeável, como por exemplo, um materiais da caixa pode ocasionar
adjacente à estrada, ou dentro do
revestimento de betume asfáltico. importantes mudanças em longo prazo
limite de construção. O alargamento
A compactação pode ser feita no uso do solo, portanto, é necessário
ou o nivelamento da estrada em áreas
com um menor esforço se o solo, ou fazer uma boa análise do local.
rochosas pode produzir bons
o agregado, estiver bem graduado e Os depósitos de cascalho dentro
materiais de construção em uma área
úmido. O ideal é que esteja perto do do canal ou dos terraços dos cursos
que já foi afetada pelas atividades de
“teor ótimo de umidade” determinado d'água, geralmente podem ser usados
construção. A escavação e a
em testes como o “Proctor” de como bancos de materiais. O ideal é
produção de pedras podem ser feitas
densidade da umidade. Os solos não utilizar os depósitos dentro de
manualmente (Foto 12.9) ou
expansivos devem ser compactados riachos e rios ou próximos a eles. A
utilizando diferentes tipos de
acima da umidade ótima. A extração de cascalho no leito dos
equipamento, como o britador. O
compactação manual pode ser canais com correnteza pode causar
uso de materiais locais de custo
eficiente, mas só quando feita em danos importantes à via fluvial, tanto
relativamente baixo pode permitir a
camadas finas (2-8 cm) e o ideal é no local quanto correnteza abaixo (ou
aplicação de maiores extensões de
que haja um teor de umidade com acima) da área. No entanto, pode ser
superfície de rolamento e melhor
uma percentagem acima do ótimo. razoável retirar certos materiais do
proteção de taludes com pedra, pois
O melhor equipamento para canal depois de um estudo prévio do
o material está à disposição e não é
compactação de solos granulares e sistema fluvial e realizando a
caros. No entanto, os materiais de
agregados é o rolo vibratório. Um rolo operação com cuidado. Algumas
baixa qualidade exigem mais
de pé de carneiro é mais eficiente em faixas de cascalho ou terraços podem
manutenção da estrada e podem ter
solos argilosos. O rolo liso de aço é ser adequadas para bancos de
um desempenho pobre.
ideal para a compactação da materiais, principalmente se estiverem

MPG PARA ESTRADAS DE BAIXO VOLUME: 124


Foto 12.9 Explore pedreiras e jazidas
de empréstimo (bancos de materiais)
próximas ao local do projeto, sempre que
possível. A exploração pode ser feita
manualmente ou com equipamentos,
dependendo das condições do local e
do ritmo de produção.

Foto 12.10 As pedreiras e os bancos


de empréstimo (fontes de materiais)
podem proporcionar um recurso
excelente e relativamente barato como
fonte de materiais para um projeto. Um
local de exploração pode necessitar uma
escavação simples, seleção ou
trituração para produzir os materiais
necessários. Controle o uso da zona
com um Plano de Desenvolvimento de
Jazidas.

acima do canal ativo. O equipamento medidas de segurança. Com trabalho de recuperação após serem
não ser usado dentro da água. frequência devem-se levar em conta usadas.
Geralmente é preciso recuperar aspectos do uso provisório do local, A qualidade do material local pode
o local depois de terminada a seu fechamento e uso no futuro. Um ser variável ou mínima e para utilizar
extração dos materiais, e a lugar pode ser explorado durante este material local é preciso um
reabilitação deverá ser parte integral vários anos, mas pode ser fechado processo adicional de controle de
do desenvolvimento e deverá estar entre projetos, podendo assim qualidade. O material de baixa
incluída nos custos dos materiais. O necessitar de atividades provisórias qualidade pode ser obtido por um custo
trabalho de recuperação deve estar de recuperação. As jazidas de muito mais baixo do que o material
definido e identificado em um Projeto empréstimo aos lados da estrada são disponível no comércio, mas não terá
de Recuperação de Bancos. A geralmente usadas como fontes de um bom desempenho. É preciso
recuperação pode incluir a abastecimento próximas e separar as áreas com bom material das
conservação e aplicação de uma econômicas de materiais (Foto que têm materiais de baixa qualidade.
camada vegetal a reconfiguração do 12.11). Estas áreas devem estar Entretanto, o uso de materiais locais
banco, o reflorestamento, a idealmente localizadas fora da vista pode ser muito recomendável e
drenagem, o controle da erosão e as da estrada e também precisam de um lucrativo quanto a custos.

MPG PARA ESTRADAS DE BAIXO VOLUME: 125


PRÁTICAS RECOMENDADAS
• Desenvolver localmente jazidas de empréstimo, pedreiras e fontes de
abastecimento de materiais brutos se isso for prático no local de um
projeto. Ter o cuidado de realizar uma Análise Ambiental para estabelecer
novas fontes de abastecimento de materiais.
• Usar um Projeto de Desenvolvimento de Bancos de Empréstimo
para definir e controlar o uso de materiais locais. Em um Projeto de
Desenvolvimento de Bancos de Empréstimo deve-se incluir a localização
do lugar exato, a extensão de exploração, a escavação, as áreas de
armazenamento e de trabalho, a geometria do banco, o volume do ma-
terial utilizado, as limitações do lugar, uma vista da planta, as seções
transversais da zona, etc. Este projeto deve também considerar o
fechamento provisório ou temporário, bem como atividades futuras.
• Desenvolver um Projeto de Recuperação de Bancos de Empréstimo
combinado com o planejamento do banco para recuperar a área para
outros usos produtivos em longo prazo. Desenvolver um Projeto de
Recuperação de Bancos de Empréstimo deve incluir informação sobre a
conservação e a revegetação da área, a configuração final, as necessidades
de drenagem, o reflorestamento e as medidas de controle da erosão
(Foto 12.12).
• Reconfigurar, revegetar e controlar a erosão nas jazidas de empréstimos
aos lados da estrada para minimizar seus impactos visuais e ambientais
(Figura 12.5). De preferência alocar as fontes de abastecimento de
materiais dentro do limite de construção ou fora da vista da estrada.
• Manter o controle de qualidade do projeto através de testes dos materiais
para garantir a produção da qualidade adequada em pedreiras e jazidas
de empréstimo.

PRÁTICAS QUE DEVEM SER EVITADAS


• Realizar atividades de extração de cascalho dentro do leito do canal e,
sobretudo, trabalhar com equipamento dentro do mesmo.
• Realizar a exploração de fontes de abastecimento de materiais sem
planejamento e sem pôr em prática medidas de recuperação.
• Usar materiais de baixa qualidade, discutíveis ou não aprovados sem
pesquisa e testes prévios.

MPG PARA ESTRADAS DE BAIXO VOLUME: 126


Figura 12.5 Práticas adequadas e inadequadas no desenvolvimento de pedreiras ao lado da estrada.
(Adaptado de Visual Quality Best Management Practices for Forest Management in Minnesota, 1996)

Práticas Adequadas para o Desenvolvimento de Pedreiras

SIM!
• Oculte a área de jazida da estrada
• Deixe taludes suaves
• Reconfigurar e nivelar a área
• Deixe espaços de vegetação
• Semeie e coloque húmus na área
• Use medidas de controle de drenagem
• Substitua o solo da superfície

Práticas Inadequadas para o Desenvolvimento de Pedreiras

NÃO!
• Deixe expostas grandes áreas abertas
• Deixe a zona árida
• Deixe taludes escarpados ou verticais

Colocação e Sequência Ideal da Escavação

3
d
Roa

2
1
4
Coloque jazidas de empréstimo fora da vista da estrada.
(NOTA: A altura segura de escavação do talude posterior depende do tipo de solo. Mantenha
os taludes posteriores baixos, inclinados ou com terraços por motivos de segurança).

MPG PARA ESTRADAS DE BAIXO VOLUME: 127


Foto 12.11 Esta zona de empréstimo ao lado da estrada carece de controle de
drenagem e da erosão. O desenvolvimento de bancos de empréstimo ao lado da estrada
pode ser barato e útil, mas estas áreas, se possível, devem estar ocultas e as zonas
devem ser recuperadas depois de concluído o projeto.

Foto 12.12 Um banco ou jazida de empréstimo reabilitado e reflorestado. Reconfigure,


drene, revegete e reabilite os banco de empréstimo e as pedreiras depois de ter
explorado os materiais úteis e de ter concluído o uso da zona.

MPG PARA ESTRADAS DE BAIXO VOLUME: 128


Capítulo 13
Capítulo 13

Controle da Er
Controle osão
Erosão

Contr
Controle
“Controle da Erosão - uma das melhores e mais econômicas maneiras de
proteger a estrada é através do meio ambiente. Faça isso!”

ole da Er
O
CONTROLE DA EROSÃO é de grande a construção e cada vez que houver uma alteração
importância para a proteção da qualidade na zona. Os modelos de previsão da erosão como o
da água (Foto 13.1). As praticas de WEPP (Water Erosion Prediction Project) ou o USLE
estabilização do solo e de controle da erosão são (Unified Soil Loss Equation) podem ser utilizados para

Erosão
necessárias e devem ser feitas em áreas onde o solo quantificar a erosão e para comparar a efetividade
está exposto e a vegetação natural é inadequada. O de várias medidas de controle da mesma. A água

osão
terreno desgastado pela erosão deve ser revegetado, concentrada pode começar como um fluxo pequeno,
normalmente com semente de grama e com algum produzir córregos e eventualmente chegar a formar
tipo de tapetes vegetais ou de camadas de retenção uma quebrada importante (Veja o Capítulo 14).
de umidade. Isto ajuda a prevenir a erosão e o Algumas práticas de controle da erosão são:
subsequente arraste de sedimentos para os cursos superfície reforçada e cobertura do terreno com redes
d'água, lagos e terrenos úmidos. Este deslocamento (Foto 13.3); material vegetal ou desperdício vegetal
de sedimentos pode ocorrer durante
a construção da estrada ou depois da
mesma, posterior à manutenção da
via, durante as atividades de
exploração mineira ou florestal,
enquanto a estrada estiver sendo
usada ou se ela for fechada, mas não
estabilizada, ou por práticas
inadequadas de uso do solo perto da
estrada (Foto 13.2). Geralmente a
metade da erosão causada, por
exemplo, pela derrubada de árvores,
vem das estradas. Além disso, a
maior parte da erosão ocorre durante
o primeiro período de chuvas
posterior à construção.
As medidas de controle da
erosão precisam ser tomadas Foto 13.1 Não deixe as zonas alteradas ou áridas expostas à chuva e
imediatamente depois de terminada a escorrimentos. Utilize medidas de controle da erosão para proteger a
zona e manter a qualidade da água.
MPG PARA ESTRADAS DE BAIXO VOLUME: 129
entanto, certas gramas como a
Vetiver, vêm sendo usadas no mundo
todo devido a suas raízes fortes e
profundas, adaptabilidade e
propriedades não invasivas (Foto
13.9).
Os métodos biotécnicos como
camadas de mato, estacas vivas,
arbustos em fileira (Figura 13.4)
oferecem uma combinação de
estruturas com vegetação para dar
tanto proteção física como suporte
extra em longo prazo para as raízes
além de ser estéticos (Foto 13.10).
O Plano de Controle da
Erosão e as medidas de controle de
Foto 13.2 Erosão produzida em um talude adjacente a uma estrada, devido à erosão devem fazer parte integral de
falta de vegetação ou práticas inadequadas de uso do solo. Note que a vegetação qualquer Plano de Construção de
evita a erosão ao lado da estrada. Estradas ou de exploração de
(Foto 13.4), pedras, etc.; instalação controlar a água e promover a recursos. A maioria das zonas
de estruturas para controle da água infiltração (Foto 13.8). A vegetação alteradas, incluindo as plataformas de
e dos sedimentos; colocação de deveria ser selecionada, idealmente, carregamento, pátios de
cobertura vegetal; grama semeada; devido a suas boas propriedades de armazenamento durante a construção,
e várias formas de reflorestamento; crescimento, resistência, cobertura trilhas de arraste, aterros de estradas,
como mostra a Figura 13.1 - Figura densa do terreno e raízes profundas valetas de drenagem, jazidas de
13.4. O controle eficiente da erosão para estabilização de taludes. As empréstimo, superfície de rolamento
exige prestar atenção especial aos espécies locais nativas que tenham e outras áreas de trabalho, devem
detalhes e para o trabalho de estas características devem ser receber tratamento para controlar a
instalação é necessária inspeção e usadas preferencialmente. No erosão. Tem uma melhor relação
controle de qualidade.
Através dos métodos físicos
como valetas reforçadas (Foto
13.5), bermas, lascas de madeira,
tapetes para cobertura vegetal e
barreiras para sedimentos (Foto
13.6). Este controle ou desvio do
fluxo da água protege a superfície do
terreno contra a erosão, ou pode-se
alterar a superfície do solo para torná-
lo mais resistente à mesma. (Foto
13.7).
Os métodos com vegetação,
utilizando grama, arbustos e árvores,
proporcionam cobertura ao terreno,
resistência produzida pelas raízes e
proteção do solo com vegetação
“natural” econômica e estética, ao Foto 13.3 Cubra os taludes de aterro, locais de trabalho e outras áreas expostas
do solo com palha, redes, pedra ou outro tipo de materiais, a fim de proteger o
mesmo tempo em que ajudam a terreno e estimular o crescimento da vegetação.

MPG PARA ESTRADAS DE BAIXO VOLUME: 130


custo/benefício prevenir a erosão do Tabela 13.1
que remediar o dano ou retirar os
sedimentos dos cursos d'água, lagoas Plano Geral de Controle de Erosão e Revegetação
ou águas subterrâneas. A. Descrição do Projeto
Os elementos de um plano de 1. Objetivos do Projeto
Controle da Erosão são: localização 2. Localização do Projeto
e condições climáticas do projeto, 3. Plano de Trabalho
tipos de solo, tipo de medidas de 4. Descrição do Ambiente Local
controle da erosão, programação da B . Planejamento
aplicação das medidas de controle 1. Análise do Local
da erosão com vegetação, origem a. Clima e Microclima
das sementes e plantas, métodos de b. Perfil da Vegetação
plantio, etc. A Tabela 13.1 apresenta c. Solos, Potencial de Erosão e Fertilidade
os variados aspectos de 2. Cronograma do Projeto Para Minimizar a Área de Perturbação
planejamento, implantação e cuidado (Construção em Etapas?)
que fazem parte de um plano de 3. Medidas Físicas, Vegetativas ou Biotécnicas?? Talvez solução mista?
4. Controle de Água e Sedimentos, Medidas para Cobertura do Solo
controle da erosão para projetos de
5. Desenvolvimento do Plano de Revegetação
estradas.
a. Seleção das Espécies Vegetais c. Estética
b. Preparação do Local d. Fontes
6. Tipos de Materiais Vegetais
PRÁTICAS QUE a. Sementes c. Sementeiras
DEVEM SER b. Mudas d. Outras Plantas em Recipientes
7. Importância dos Ecótipos e do Uso de Espécies Nativas
EVITADAS C. Implementação
1. Compra e Instalação de Cercas, Proteção de Solo, Coberturas etc.
• Alteração desnecessária de 2. Métodos de Plantio: Mudas e Transplantes
grandes áreas. a. Ferramentas e Materiais
b. Covas e Métodos
• Deixar o solo nativo sem 3. Métodos de Plantio — Semeadura e Cobertura
proteção contra a erosão, a. Hidrosemeadura e. Fertilizante
depois de uma construção ou b. Linha de Escavadeiras f. Fixação da Cobertura no Local
de ter alterado o terreno. c. Tipo e quantidade de Sementes -Fixadores
d. Tipo e Quantidade de Mantas -Malha
• Trabalho com terra ou 4. Outros Métodos de Plantio — Biotécnicos
atividades de construção de a. Estacas Vivas c. Arbustos em Camadas
estradas durante períodos de b. Trançado d. Arbustos em Mantas
chuva ou no inverno. 5. Época do Ano
a. Plantio no Outono ou na Primavera
b. Plantio no Verão
c. Planejamento Antecipado
6. Fortalecimento e Suporte de Plantas (aclimatadas)
7. Manejo de Arbustos e Mudas Vivos
D. Manutenção e Cuidados Posteriores
1. Cuidados de Curto e Longo Prazos
a. Irrigação c. Controle de Ervas Daninhas
b. Adubação d. Replantio
2. Proteção Vegetal
a. Enclausuramento com Arame
b. Cercar Todo o Local

MPG PARA ESTRADAS DE BAIXO VOLUME: 131


Figura 13.1 Uso de vegetação, descarte madeireiro e pedras para controle de erosão e cobertura do solo. (Adaptado de
Wisconsin's Forestry BMP for Water Quality, 1995)

Cercas vivas ou
arbustos

Antiga clareira ou
área de construção

Grama
e
cobertu
ra
para
retenção
umidad da
e

Caixa de Superfíc
ie
captação de agregad de
o
sedimentos

Descarte
madeireiro
disperso pela
Grama ou outra área
vegetação

Vista em Perspectiva

Cobertura do solo
com vegetação Revestimento ou escarificação
da estrada com agregado,
sementes e cobertura para
retenção da umidade para
estradas fechadas
Grama

Descarte
madeireiro

Vegetação com
raízes profundas
para estabilização Seção Transversal
do talude
Várias coberturas para controle da erosão no solo, incluindo sementes e
cobertura de palha, grama e outros de retentores de umidade, vegetação,
pedras, descartes, lascas de madeira e folhas.

MPG PARA ESTRADAS DE BAIXO VOLUME: 132


Foto 13.4 Área de trabalho alterada e
coberta de descarte madeireiro como
troncos e galhos resultantes da
derrubada de árvores para controle da
erosão. Tenha o cuidado de que o mate-
rial seja amassado com força contra o
terreno.

Foto 13.5 Uma valeta ao lado da estrada,


reforçada com pedras graduadas para o
controle da erosão.

Foto 13.6 As barreiras para sedimentos,


as cercas vivas ou as fileiras de arbustos
podem ser usadas para controlar o
deslocamento de sedimentos sobre os
taludes (veja a Foto 6.6).

MPG PARA ESTRADAS DE BAIXO VOLUME: 133


Foto 13.7 Proteção de enrocamento
posta sobre o talude de aterro de solo
erosivo adjacente a um canal, usado
para controle durável e permanente con-
tra a erosão.

Foto 13.8 Semente e cobertura vegetal


(camadas de proteção de semente e
cobertura de retenção da umidade)
aplicadas à superfície natural do terreno
para estimular o crescimento de grama
nas zonas áridas, estradas fechadas e
nos solos erosivos.

Foto 13.9 Uso de grama Vetiver para


estabilização de taludes e controle da
erosão. Escolha vegetação que se
adapte ao local, tenha raízes fortes e
proporcione uma boa cobertura do
terreno. Preferentemente use espécies
nativas.

MPG PARA ESTRADAS DE BAIXO VOLUME: 134


Figura 13.2a Estruturas para controle de sedimentos usando fardos de feno ou barreiras para sedimentos. Note que os
fardos de feno deverão ser instalados corretamente e ancorados no solo! (Adaptado de Wisconsin's Forestry BMP for
Water Quality)

a. Fardos de feno (ou fardos de grama)


Não deixe
espaços entre
os fardos Fardos de palha embutidos
com estacas. (Use duas
estacas por fardo)

Solo
batido

ial
superfic
o o)
Flux rriment
o
(esc
Fardos embutidos
(enterrados) 10 cm.
Nota: Podem surgir problemas por causa do escorrimento de água entre, e dentro do solo
por baixo, dos fardos de feno. Instale-os com cuidado. As estruturas de
longo prazo devem ser limpas e mantidas periodicamente.

b. Barreiras contra sedimento


Barreira contra
sedimento com
tecido filtrante
Barreira contra
sedimento com
tecido filtrante

Esc Aterro
orr compactado
ime em vala
Escorrimento nto
Estaca

10 cm

10
cm

MPG PARA ESTRADAS DE BAIXO VOLUME: 135


Figura 13.2b Estruturas para controle de sedimentos usando fileiras de arbustos e cercas vivas.

c. Fileiras de arbustos

Barreira construída com


pequenos arbustos e feixes a com
Saída de estrad
de galhos enterrados ao pé sversal
drenagem tran
o
do talude de aterro ou talude extern

Fluxo
superficial

Fileira de arbustos (enterrada 10 cm. dentro do solo)

MPG PARA ESTRADAS DE BAIXO VOLUME: 136


Figura 13.3 Estruturas de controle da água.

Berma protegida com


grama e arbustos

Solo protegido com grama 30-50 cm de


profundidade

Valeta reforçada com


pedras, concreto, 30 cm de
alvenaria ou grama largura

a. Controle da água com valetas e/ou bermas


Contorno de
Muros de alvenaria NÃO cercas de SIM
ou pedras
Quebrada devido a grama Vetiver
escorrimento e muros de
pedra
Plantios

Pla
nti
os

Plan
tios
Es
tra
da

Estr
ada

Cerca de grama Vetiver

Plantios e estrada
Muro de
alvenaria

b. Controle de água com cercas vivas (e


terraços) (Adaptado de Vetiver, 1990)

Raízes
profundas para
estabilização

MPG PARA ESTRADAS DE BAIXO VOLUME: 137


Foto 13.10 Uso de grama plantada no
contorno para proporcionar estabilidade
à superfície do talude e controle da
erosão em cortes escarpados da
estrada.

Foto 13.11 Cercas vivas de vegetação


(arbustos em fileira) usando grama
Vetiver e outros tipos de vegetação,
colocados nos contornos para evitar a
erosão talude abaixo em zonas áridas
ou alteradas.

Foto 13.12 Viveiro local, desenvolvido


juntamente com um projeto de
construção para proporcionar uma fonte
de abastecimento de plantas e mudas
(preferentemente nativa), apropriadas
para as medidas de controle da erosão.

MPG PARA ESTRADAS DE BAIXO VOLUME: 138


PRÁTICAS RECOMENDADAS
• Desenvolver um Plano de período de construção, utilizar • Estabilizar os taludes de corte
Controle da Erosão para cada medidas de controle da erosão e aterro, os aterros de
projeto que inclua as na medida em que cada seção desagregação, as áreas altas
necessidades provisórias e da estrada for sendo terminada. desgastadas ou quebradas,
definitivas do controle da como fileiras de arbustos,
• Cobrir as áreas alteradas ou
erosão, as ações específicas e estruturas de pedra com
erosionadas com galhos, copas
a maneira de pôr em prática ou estacas vivas, cercas vivas em
de árvores e resíduos de
aplicar estas ações. Elaborar fileiras (Foto 13.11), junco ou
madeira como descartes
um desenho típico de algum outro tipo de medida
madeireiros da derrubada de
armadilhas para sedimentos, biotécnica (Figura 13.4).
árvores colocados no entorno e
barreiras para sedimentos,
amassados para obter um bom • Manter e aplicar novamente as
fileiras de arbustos, cobertura
contato com o solo (Figura medidas de controle da erosão
vegetal do solo, barragem de
13.1). até que a vegetação cresça.
contenção, valetas reforçadas e
medidas biotécnicas. Realizar testes químicos no
• Instalar estruturas para controlar
solo, caso necessário, para
os sedimentos, onde fizer falta,
• Alterar o mínimo possível a área determinar os nutrientes
para reduzir a velocidade de
do terreno, estabilizar essa área disponíveis nele.
escoamento ou para
assim que for possível, controlar
redirecioná-lo e para reter • Usar fertilizantes nas áreas com
a drenagem ao longo do terreno
sedimentos enquanto a solos pobres, carentes dos
e reter os sedimentos no local.
vegetação cresce. As estruturas nutrientes necessários para
• Conservar a camada vegetal de controle de sedimentos são promover um crescimento mais
com os resíduos de folhas e as leiras com os descartes rápido, e assim obter um
matéria orgânica e voltar a madeireiros, bermas de pedra, melhor controle da erosão. O
colocar este material nas zonas caixas de captação de fertilizante só deverá ser usado
alteradas para promover o sedimentos, fardos de palha, quando necessário. Use água
crescimento da vegetação cercas vivas, barragens contra ou irrigação só em caso
nativa local. entupimentos (veja as Figuras necessário para estimular o
13.1, 13.2a e 13.2b). crescimento inicial da
• Aplicar sementes de grama vegetação.
nativa local e uma cobertura • Controlar o fluxo da água
vegetal nas zonas desgastadas através da zona de construção • Desenvolver bancos locais de
de solos erosivos ou na ou das zonas alteradas plantas e viveiros para ter ma-
superfície das estradas mediante valetas, bermas, terial de origem vegetal para o
fechadas. O material para a estruturas de contenção, controle da erosão. Usar
cobertura vegetal pode ser barragens de grama natural e espécies nativas locais sempre
palha, lascas de madeira, pedras (Figura 13.3). que for possível (Foto 13.12).
cortiça, arbustos, folhas e Selecione as espécies corretas
• Colocar leiras de troncos ou de
galhos, papel cortado e para o uso, o lugar e a
galhos ao pé dos taludes de
cascalho. (Figura 13.1). biorregião.
aterro da estrada (Veja
• Aplicar as medidas de controle Engenharia das Estradas de
da erosão antes do período de Baixo Volume, Figura 4.2).
chuvas e depois de cada

MPG PARA ESTRADAS DE BAIXO VOLUME: 139


Figura 13.4 Medidas biotécnicas de estabilização de taludes.

Medidas biotécnicas
de estabilização de
taludes a. Cercas de contorno
Para controle de erosão e
estabilização de taludes
(Adaptado de Vetiver, 1990)

Estrada

Estacas vivas de
1,5-5,0 cm. de
diâmetro
colocadas em
camadas

b. Camadas de mato Camadas de aterro


(para estabilização de quebradas e compactado de 15-20
cm. de espessura
desmoronamentos)

Base de uma
área de
quebradas ou
desmoronamento

Mudas com raízes

Aterro

Muro de pedra e face


de 1,5-3,0 m. de altura

Estacas vivas de
Estrada 1-3 cm. de diâmetro

0.3-0.5 m
c. Muros de arrimo vivos
construídos com pedras ou
gabiões e vegetação

MPG PARA ESTRADAS DE BAIXO VOLUME: 140


Capítulo 14
Capítulo 14

Esta bilização de Que


Estabilização br
Quebr adas
bradas
(Bar
(Barrrancas)

Esta
Estabilização
“Um grama de controle da erosão e estabilização pode prevenir um
quilograma de perdas de sedimentos”.

bilização de Que
A
S QUEBRADAS SÃO UMA FORMA ESPECÍFICA DE (Foto 14.1). Elas podem se formar pelo fluxo
erosão severa causada geralmente pelo concentrado da água que escorre fora da estrada ou
fluxo concentrado de água agindo sobre podem afetar a estrada exigindo drenagens transversais
solos erosivos. A Figura 14.1 mostra uma quebrada adicionais e manutenção mais frequente.
típica em uma ladeira e a forma como pode afetar Depois de formadas, as quebradas aumentam com
uma estrada e o uso do solo. O fluxo concentrado da o tempo e continuam o processo de socavação até
água pode começar como um pequeno fluxo chegar a um material resistente. Também se alargam na
superficial, depois produzir um córrego e, em longo medida em que aumenta sua profundidade. Com

Quebr
prazo, causar a formação de uma quebrada freqüência, as quebradas se formam nas saídas dos
importante. As quebradas podem afetar em grande bueiros ou da drenagem transversal devido aos fluxos
medida uma área deixando improdutiva uma parte concentrados e às velocidades relativamente rápidas da

br
bradas
do terreno e atingindo o nível de lençóis d'água, além água em movimento. Além disso, as quebradas podem
de ser uma fonte importante de geração de sedimentos se formar acima das tubulações de bueiros, sobretudo

adas
Estrutura de
cabeceira

Estrada

Estrutura de
pedras
A
L
Quebrada
B
Figura 14.1 Uma quebrada provocada por, ou afetando uma estrada.

MPG PARA ESTRADAS DE BAIXO VOLUME: 141


em planícies, quando a tubulação é
posta por baixo da elevação da
planície. Isto causa uma redução na
elevação da planície ou do canal e o
subsequente avanço da quebrada. As
quebradas que se formam através das
planícies, com frequência atingem o
nível da água subterrânea local e
podem chegar a secar a planície.
Para estabilizar quebradas,
geralmente é necessário eliminar ou
reduzir a fonte de água que flui
através dela, para depois aterrar
novamente a quebrada com diques
ou pequenas barragens com
Foto 14.1 Quebrada típica produzida pela água concentrada sobre solos intervalos determinados ao longo da
erosivos e/ou pelas práticas inadequadas de uso do solo. mesma. Também pode ser necessária

Figura 14.2 Detalhes de espaçamento de estruturas para controle de quebradas. (Adaptado de D. Gray
e A. Leiser, 1982)

2%
180
4%
Espaçamento entre estruturas - L (metros)

150 Talude do canal de


quebradas

120
6%

90
8%
10%
60 12%
14%
16%
30 18%
20%
25%

0.3 0.6 0.9 1.2 1.5 1.8


a. Altura efetiva - H (metros)

Decliv
idade d 2:1
2:

o fluxo
1

Altura (H)

L = Suficiente distância entre os pontos A e B


para que as duas barragens tenham a Nota: Use uma declividade de 2:1
mesma elevação (do pé até o abaulamento). ou mais plana para estruturas de
b. barragem de pedra.

MPG PARA ESTRADAS DE BAIXO VOLUME: 142


a reconfiguração e estabilização das
paredes muito escarpadas. As
estruturas típicas para estabilização de
quebradas são feitas com gabiões,
troncos (Foto 14.2), estacas de
madeira com arame ou com arbustos,
bambu ou cercas vivas. Os métodos
biotécnicos oferecem a combinação de
uma estrutura física com medidas de
vegetação para proteger fisicamente,
além de dar o suporte adicional das
raízes em longo prazo e de melhorar o
aspecto estético. Uma estrutura de
retenção também é geralmente
necessária para a inclinação
ascendente, isto é, a parte superior da Foto 14.2 Uso de troncos para fazer estruturas de estabilização de quebradas em
quebrada, para evitar no futuro um uma área atingida por incêndios. Barragens físicas ou vegetais (diques ou estruturas
movimento maior (veja a Figura 14.1). de retenção de escombros) podem controlar os sedimentos e estabilizar as
O espaçamento recomendado en- quebradas. Evite a concentração de água, antes que se formem as quebradas.
tre as estruturas depende da inclinação ESTABILIZAÇÃO BEM-SUCEDIDA DE QUEBRADAS
do terreno ou do canal da quebrada e
da altura de cada uma das estruturas, Observe detalhes importantes para desenhar estruturas bem-sucedidas
como aparece na Figura 14.2. A de estabilização de quebradas, como mostram as Figuras 14.2 e 14.3:
Figura 14.2a mostra o espaçamento • Se possível, remova a fonte de água no barranco!;
ideal entre as estruturas em função da • Colocar uma barragem moldada ou em forma de “U” na parte superior
inclinação do canal e da altura da da estrutura para manter o fluxo de água concentrado no meio do curso
estrutura. A Figura 14.2b mostra a d'água;
relação física entre a altura da estrutura • Encaixar a estrutura com precisão nas margens adjacentes e com uma
e o espaçamento em um canal inclinado longitude suficiente para evitar a erosão ao redor dos extremos da
de tal maneira que a água e o material estrutura (Foto 14.3);
retido pela estrutura inferior fiquem no • Embutir as estruturas com suficiente profundidade no canal para evitar o
mesmo nível com o pé da estrutura su- fluxo por baixo delas;
perior. Assim, a água transbordará • Transbordar a água por cima da estrutura para escoá-la em um vertedouro
sobre a estrutura superior para cair no de proteção contra derramamentos, em uma camada de enrocamento
estanque atrás da estrutura inferior. de proteção ou um estanque para evitar a socavação e o arraste do
Quanto à prevenção da formação alicerce da estrutura; e
de quebradas, um “grama” de • Colocar as estrutura muito próximas uma da outra para que o fluxo
controle da erosão pode evitar um acima das estruturas possa escoar a água represada pela estrutura
“quilograma” de perdas de imediatamente para baixo (Figura 14.2).
sedimentos e de danos causados pela
mesma erosão. Tome as medidas Nota: A pedra geralmente utilizada em diques de retenção de pedra solta
necessárias para evitar a formação de deve ser dura, duradoura, bem graduada, com finos e do tamanho ideal
quebradas e para estabilizar as já para resistir o movimento. A seguir, apresentamos a granulometria
geralmente utilizada.
existentes, antes delas aumentarem de
tamanho! Depois do aumento de Tamanho (cm) Percentagem que passa
tamanho as medidas de estabilização 60cm 100
serão muito mais caras. 30cm 50
15cm 20
6 cm 10
MPG PARA ESTRADAS DE BAIXO VOLUME: 143
PRÁTICAS PRÁTICAS QUE DEVEM SER EVITADAS
RECOMENDADAS
• Deixar as quebradas sem • Instalar estruturas de diques de
• Remover a fonte de origem da proteção contra erosão retenção com a parte superior
água. Controlar o fluxo de progressiva. reta e plana, sem proteção con-
água, se necessário através de tra a erosão e sem embutir
valetas, bermas, taludes
perfeitamente na margem.
externos, etc., para afastar a
água da parte superior das
quebradas.
• Usar diques de retenção feitos
com estacas, troncos, gabiões
ou pedra solta para controlar
a formação de quebradas, bem
como cercas vivas ou camadas
de vegetação plantadas em
fileiras através das ladeiras e
das zonas alteradas para
controlar a erosão nas
quebradas (veja as Figuras
13.4b e 14.3).
• Instalar estruturas de controle de
quebradas o mais rápido possível
depois da formação inicial das
mesmas. As quebradas
geralmente aumentam de
tamanho com o tempo!
Foto 14.3 Uma estrutura cara, mas inútil de gabiões para controle de formação
• Ter o cuidado de que as estruturas de quebradas, que não foi devidamente embutida nas margens da mesma, nem
de controle de quebradas sejam manteve o fluxo acima da parte média protegida da estrutura.
instaladas com os detalhes de
desenho necessários como
espaçamento correto, que
estejam bem embutidas na
margem e no fundo do canal,
com uma fenda na parte supe-
rior para manter o fluxo no meio
da estrutura e a proteção contra
a erosão no talude descendente
(Foto 14.4).
• Instalar estruturas de retenção
na parte superior da quebrada
para evitar o avanço da água
acima da quebrada nas zonas
de planícies.
• Desenvolver bancos locais de
plantas e viveiros para a
vegetação nativa que possa ser Foto 14.4 Construa as estruturas de retenção de escombros e estabilização de
usada nas estruturas de quebradas com um vertedouro para manter o fluxo acima da parte média da
estrutura, coloque proteção contra erosão na saída de cada estrutura e fixe as
controle de quebradas.
estruturas nas margens do solo firme.

MPG PARA ESTRADAS DE BAIXO VOLUME: 144


Figura 14.3 Estabilização de quebradas e áreas com erosão severa com estruturas de retenção.

Proteção contra socavação


a. Estruturas de retenção de pedra
Õ
30-50cm

Vista lateral
Ancore a estrutura de retenção
ao solo nativo na base da
quebrada. Adicione proteção
contra socavação por baixo de
cada estrutura.

Vista frontal
Fixe nos leitos de solo natural.
Mantenha uma forma de "U" ou
"V" na parte superior da
estrutura de retenção.
b. Estruturas vegetais de retenção
(Adaptado de Vetiver Grass. “The Hedge Against Erosion,” World Bank, 1993)

Quebrada provocada pela Estruturas de grama Vetiver


erosão

MPG PARA ESTRADAS DE BAIXO VOLUME: 145


Uma estrutura de controle de quebradas à base de pedra solta pode
ser usada para conter seu avanço para a parte mais alta da planície.
Note que a estrutura de pedra está bem embutida nas margens e no
fundo do canal.

MPG PARA ESTRADAS DE BAIXO VOLUME: 146


Ref erências Selecionadas
eferências

Ref
Dividido por temas:

eferências
Melhores Práticas de Gestão - Geral 147

erências Selecionadas
Análise Ambiental 148
Aspectos do Planejamento e Aplicações Especiais 148
Considerações Básicas de Engenharia para Estradas de Baixo Volume 151
Hidrologia para o Desenho de Drenagem Transversal 152
Ferramentas para o Desenho Hidráulico: Fórmula de Manning,
Enrocamento de Proteção, Filtros e Geossintéticos 152
Drenagem para Estradas de Baixo Volume 153
Uso, Dimensionamento e Instalação de Bueiros 153
Passagens D'água a Vau ou Cruzamentos em Estiagem 154
Pontes 155
Estabilização de Taludes e Estabilidade de Cortes e Aterros 155
Materiais para Estradas e Jazidas de Materiais 156
Controle da Erosão: Físico, Uso de Vegetação e Métodos Biotécnicos 157
Estabilização de Quebradas 158

MELHORES PRÁTICAS DE GESTÃO - GERAL


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guia prático para geolólogos e engenheiros que tratam com problemas de estabilidade nos talude.

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erosão e de sedimentos, com ótimas fotos e ilustrações.

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control. New York, NY: A Wiley-Interscience Publication, John Wiley and Sons, Inc. 378 pp. (ISBN 0-471-
04978-6) Cobre várias biotécnicas de controle da erosão e sua aplicação.

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Technical Pap. No. 273. Washington, DC: The World Bank. 288 pp. Uma coleção de papers e newsletters que
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Development Program No. 0077-1801-SDTDC, September. Washington, DC: U.S. Department of Agriculture,
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ESTABILIZAÇÃO DE QUEBRADAS
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MPG PARA ESTRADAS DE BAIXO VOLUME: 158

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