GRAMPEADO:
TEORIA, PROJETO E PRÁTICA
P r o f. G a b r i e l M i l a r é A n d r a d e
2022
NORMAS VIGENTES
Hoje há uma norma em duas partes sobre muros e taludes reforçados:
• ABNT NBR 6323: Galvanização por imersão a quente de produtos de aço e ferro
fundido – Especificação;
• ABNT NBR 6118, Projeto de estruturas de concreto – Procedimento
• ABNT NBR 8681, Ações e segurança nas estruturas – Procedimento
• ABNT NBR 16920‐1, Muros e taludes em solo reforçado – Parte 1: Aterros
• ISO 12944‐5, Paints and varnishes – Corrosion protection of steel structures by
protective paint systems –
• Part 5: Protective paint systems Mais Normas poderiam
ter sido citadas!
Solos apresentam boa resistência à compressão e ao cisalhamento!
FATOR DE = RESISTÊNCIA AO CISALHAMENTO
SEGURANÇA TENSÕES CISALHANTES MOBILIZADAS
FS > 1 Obra estável*
FS = 1 Ocorre ruptura
FS < 1 Sem significado físico
Até que ponto uma é considerada estável?
Quando ela dá sinais de instabilidade?
FS > 1 Obra com potencial instabilidade,
apresentando movimentações que possam
comprometer estruturas que estejam na
parte superior do talude.
1. Investigação
Topografia e investigações geotécnicas
2. Projeto
Concepção e elaboração do projeto de
estabilização
3. Execução
Execução das obras e fiscalização
4. Manutenção e instrumentação
Manutenção e controle de obras
Prof. Gabriel Milaré Andrade
ESTABILIDADE DE TALUDES ‐ PROCEDIMENTO
Previamente ao projeto, deve ser feito o reconhecimento das condições locais da obra,
por meio de visita ou análise de informações disponíveis, buscando identificar, entre
outros, os seguintes aspectos:
a) feições topográficas e eventuais indícios de instabilidade de taludes;
b) avaliação da drenagem superficial;
c) indícios da presença de aterros mal compactados na área;
d) contaminação do subsolo por material lançado decorrente de ocupação anterior;
e) verificação visual da existência e do estado das construções vizinhas;
f) peculiaridades geológico‐geotécnicas na área, como descontinuidades, contato solo‐
rocha, matacões, afloramento rochoso nas imediações, minas d’água e outras.
Prof. Gabriel Milaré Andrade
ELEMENTOS ESSENCIAIS E
APLICAÇÕES DO SOLO
GRAMPEADO
• Temporária ou permanente;
• De taludes naturais e escavações;
• Através de introdução de reforços no maciço, normalmente aliada ao
revestimento da face.
• Os elementos de reforço são capazes de resistir aos esforços e às deformações
no interior do maciço e de apresentar adequada resistência à degradação.
• Chumbadores
Promovem a estabilização geral do maciço
• Concreto projetado (paramento no geral)
Promove a estabilidade local e proteção superficial
• Drenagem visando estabilizar determinado talude
A drenagem age em ambos os casos
Prof. Gabriel Milaré Andrade
HISTÓRICO DO SOLO GRAMPEADO
Tecnologia do Solo Grampeado foi desenvolvida a partir do
método construtivo de túneis NATM (New Austrian Tunnelling
Method), que fundamenta‐se em três princípios básicos:
MACIÇO COMO ELEMENTO As principais características que regem
ESTRUTURAL este princípio são:
• A qualidade do maciço deve ser
preservada;
• O maciço deve se deformar para
redistribuir tensões, mobilizar o efeito
arco, levando a uma carga de suporte
menor
• Quando necessário, opta‐se por um
processo de melhoria de qualidade do
maciço.
Prof. Gabriel Milaré Andrade
HISTÓRICO DO SOLO GRAMPEADO
• A primeira contenção em solo grampeado
foi realizada em Versalhes em 1972.
• Estrutura temporária com alta densidade
de grampos curtos comprimentos de 4 a
6m;
• Solo constituído por arenito de
Fontainbleau (φ’=33 a 40º e c’=20kPa);
• Espaçamento entre grampos de 70cm;
• Os reforços foram injetados em furos de
cerca de 100mm de diâmetro em talude de
70º de inclinação
Prof. Gabriel Milaré Andrade
HISTÓRICO DO SOLO GRAMPEADO ‐ BRASIL
1ª Obra de Solo Grampeado:
Década de 1970
Estabilização de talude de
emboque de túnel de adução (SP)
Sistema
Cantareira
Bom Ruim
Resultados de ensaios
Instrumentação Definição do nível de
Provas de carga Segurança da obra
Medidas de deformação
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DESEMPENHO EM OBRAS GEOTÉCNICAS
Aparência
Funcionalidade
Estabilidade
Resultados de ensaios
Parâmetro de Instrumentação
Desempenho Provas de carga
Medidas de deformação
Movimento do binômio
solo-estrutura
Dimensionamento deve prever as
seguintes verificações (ELU):
1) Estabilidade Externa 3) Estabilidade Local
Deslizamento* Punção*
Capacidade de carga* Flexão*
2) Estabilidade Interna 4) Estabilidade Global
Ruptura do chumbador (aço) Análise de Equilíbrio Limite
Arrancamento grampo‐solo
ATIVA
PASSIVA
Valores da % de deformação horizontal com relação a altura do corte
LIMITE ACEITÁVEL
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CINEMÁTICA DA CONTENÇÃO
Valores da % de deformação horizontal com relação a altura do corte
ABNT NBR6484:2001 –
Solo Sondagens de simples
reconhecimentos com SPT
ABNT NBR6484:2001 –
Solo Sondagens de simples
reconhecimentos com SPT
Para contenções com altura superior a 3 m, devem ser executados no mínimo dois
furos de sondagem por seção transversal geotécnicamente representativa, sendo
uma delas a seção de altura máxima e as demais a serem estabelecidas pelo
projetista.
Necessidade de retirada de
amostra indeformada (h=1,5 m)
ABNT NBR 11682:2009 ‐ Estabilidade de encostas
E S T E S C R I T É R I O S
S Ã O R A Z O ÁV E I S D E
R U P T U R A PA R A O
S O LO G R A M P E A D O ?
NORMA BRASILEIRA DE SOLO GRAMPEADO:
Dimensionamento deve prever as
seguintes verificações (ELU):
1) Estabilidade Externa 3) Estabilidade Local
Deslizamento* Punção*
Capacidade de carga* Flexão*
2) Estabilidade Interna 4) Estabilidade Global
Ruptura do chumbador (aço) Análise de Equilíbrio Limite
Arrancamento grampo‐solo
Verificações de Serviço (ELS):
1) Deformações (inclinação e recalques)
2) Distorções angulares no topo da contenção
3) Abertura de fissuras no paramento
Verificações de Serviço (ELS):
FHWA‐NHI‐14‐007
• CORTINA ATIRANTADA
• MURO GABIÃO
• MURO DE FLEXÃO
Exemplo de muro gabião Exemplo de muro atirantado
(3 x)
Dentre as opções mais comuns de
contenção, o solo grampeado é a
opção mais barata e com maior
potencial de acréscimo de segurança!
Cortinas atirantadas podem chegar a
custar 3 vezes o valor de uma
contenção em solo grampeado
SOLO GRAMPEADO
Menor custo entre todos:
Cerca de metade do custo de uma cortina
atirantada e/ou muro de flexão
O CAMINHO CRÍTICO É
Rapidez na execução: SEMPRE A ESCAVAÇÃO.
Velocidade de execução, em média 400 m² por mês,
por equipe, mesmo em época chuvosa.
Utiliza equipamentos simples
Equipamentos mais leves e de fácil manuseio, com
execução mais flexível.
• Projetista;
• Executor;
• A.T.O. e/ou fiscalização.
• Solos que não suportam escavação
em bancadas de pelo menos 1,00 m (a
prumo ou abatidas);
• Maciços que apresentem argilas moles plásticas (NSPT < 2);
• Maciços que apresentem solos arenosos ou com coesão inferior a 4 kPa;
• Solos submersos (abaixo no nível d’água).
• Solos granulares com nível d'água elevado;
• Solos com pedras e pedregulhos;
• Solos colapsíveis ou expansivos;
• Solos altamente corrosivos ou com água subterrânea
altamente corrosiva;
• Rochas fraturadas com planos desfavoráveis ao corte e
grampeamento.
• A existência de utilidades por trás do muro cria
restrições para aplicação do solo grampeado;
• Em projetos onde existem critérios rígidos de
movimento de paredes e/ou piso, medidas
adicionais para limitar deflexões podem ser
necessárias.
Campanha de ensaios de campo e
laboratório;
Levantamento planialtimétrico
cadastral;
Necessidades do cliente quando à
escavações, áreas disponíveis e usos
do terreno (sobrecargas)
• SEQUENCIA EXECUTIVA
• CONDIÇÕES NORMAIS DE EXECUÇÃO
• CONDIÇÕES EXCEPCIONAIS
• Promove menos desconfinamento do solo, dado que a
escavação não ocorre integralmente;
• Deve ser utilizado quando a escavação é limítrofe com
outras construções e em solos menos coesivos;
• Tira partido do efeito tridimensional da escavação,
garantindo maior segurança;
• A largura dos cachimbos e a altura das bancadas depende
da malha adotada para a instalação dos grampos;
Diminui deslocamentos horizontais
Prof. Gabriel Milaré Andrade
CONDIÇÕES NORMAIS DE EXECUÇAO
EXECUÇÃO CUIDADOSA: ESCAVAÇÃO SETORIZADA POR “CACHIMBOS”
Escavação completa da bancada
(execução mais rápida)
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CONDIÇÕES NORMAIS DE EXECUÇAO
EXECUÇÃO COM ESCAVAÇÃO PLENA DA BANCADA
• Necessidade de andaimes e
plataformas;
• Maiores cuidados quanto à
segurança dos trabalhadores, pois
há trabalho em altura (NR35);
• Equipamentos utilizados devem
ser mais leves.
Necessidade de andaimes e plataformas
Prof. Gabriel Milaré Andrade
REVISÃO DE MECÂNICA DOS
SOLOS: CRITÉRIOS DE RUPTURA
E PARÂMETROS GEOTÉCNICOS
Envoltória de resistência de Mohr‐Coulomb
Principais cuidados com os Métodos de Equilíbrio Limite:
O formato da superfície de ruptura arbitrado pode não
corresponder a realidade e levar a uma instabilidade
numérica;
Valores elevados de coesão podem acarretar forças normais
negativas na base da fatia e levar à instabilidade numérica;
COMPARAÇÃO ENTRE MÉTODOS
CAPACIDADE COMPUTACIONAL
NÃO É MAIS UM PROBLEMA
Método rigoroso
Método rigoroso
SELEÇÃO DE MÉTODOS DE
ANÁLISE DE EQUILÍBRIO LIMITE
ABNT NBR11682:2009 – Estabilidade de encostas
Estabelece o nível de segurança desejado em obras
de terra, tais como taludes, muros e encostas.
FATOR DE = RESISTÊNCIA AO CISALHAMENTO
SEGURANÇA TENSÕES CISALHANTES MOBILIZADAS
ABNT NBR11682:2009 – Estabilidade de encostas
Fatores de segurança mínimos para escorregamentos*
Nota 1: Majoração de 10% em caso de grande
variabilidade de resultados de ensaios geotécnicos.
• Diâmetros usuais: de 75 mm (3”) e 150 mm (6”) ELEMENTO DE
IMPORTÂNCIA
NO PROJETO
DEVE SER DEFINIDO PELO
PROJETISTA E NÃO DEVE SER
ALTERADO SEM SEU
CONSENTIMENTO
Exemplo de reparo de contenção
com perfuração de gabião
Prof. Gabriel Milaré Andrade
EXECUÇÃO DOS GRAMPOS :
• ESCOLHA DO AÇO A SER UTILIZADO
No trecho inclinado, supõe‐se comportamento elástico
linear com um módulo de elasticidade Es = 210 GPa
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AÇO DO CHUMBADOR – CA50
DIÂMETROS
USUAIS
25 mm deve ser evitado:
dobra mais difícil e de raio
mais longo!
AÇO DO CHUMBADOR – CA50
EMENDA DE BARRAS: TRASPASSE
EMENDA POR MECANISMOS DE BIELAS
TRASPASSE NÃO É COMPRIMIDAS NÃO SE FORMA
PERMITIDA! NA CALDA DE CIMENTO
BARRAS DE 12 m
NÃO
INDICADA!
• Difícil controle de qualidade SOLDA POR CALDEAMENTO
• Necessidade de mão‐de‐obra qualificada
• Execução incorreta pode comprometer a
durabilidade do chumbador por redução do
cobrimento do vergalhão
QUAL O PROBLEMA DESSA SOLUÇÃO?
NECESSIDADE DE LOCAÇÃO DE
EQUIPAMENTO ESPECÍFICO
a) até dois anos para grampos provisórios;
b) mais do que dois anos para grampos permanentes.
A caracterização do sistema de proteção contra corrosão deve ser estabelecida no
projeto.
O preenchimento da bainha é uma medida mandatória para todos os grampos.
Para obras provisórias e obras em solos não agressivos, não é mandatório considerar
as medidas adicionais de proteção contra corrosão.
AÇO DO CHUMBADOR – CA50
PROTEÇÃO CONTRA CORROSÃO
Os sistemas de proteção contra corrosão devem atender aos seguintes requisitos:
a) ter vida útil igual ou superior àquela prescrita para o grampo;
b) não reagir quimicamente com o solo;
c) não prejudicar a aderência entre o aço e a bainha;
d) ser resistente às operações de montagem, transporte e instalação.
Os métodos de controle da corrosão da armação de aço do grampo que podem ser
aplicados isoladamente ou em conjunto, a critério do projetista, são os seguintes:
• a) consideração de redução de diâmetro útil ou espessura de sacrifício;
• b) galvanização por imersão a quente;
• c) pintura industrial.
AÇO DO CHUMBADOR – CA50
PROTEÇÃO CONTRA CORROSÃO
Pintura epoxídica ou
emulsão asfáltica em
duas demãos!
Não prejudica significativamente a
aderência com a calda de cimento!
AÇO DO CHUMBADOR – CA50
PROTEÇÃO CONTRA CORROSÃO
Barras de aço especial com
pintura epóxi cinza e roxa.
ABNT NBR6122:2010 – Projeto e execução de fundação
Para a proteção da armadura, considera‐se
uma redução de 2 mm no diâmetro das
barras, como espessura de sacrifício.
Consideração bastante
desprezada por projetistas!
Diâmetro resultante após a corrosão
Espessura da perda devido à corrosão
Vida útil da obra em anos
Para 50 anos X(mm) = 1,83 mm
Adequado com a NBR 6122 (2 mm)
Sistemas DYWIDAG e GEWI
O espaçamento entre os
centralizadores
representados é apenas uma
ilustração; espaçamentos
maiores são usados na
prática, em torno de 1,00 m e
1,50 m (máx .=2,00m) .
Prof. Gabriel Milaré Andrade
PREPARAÇÃO DO CHUMBADOR
1,0 kg de água
Fator água/cimento (a/c) igual a 0,5 (em peso) =
2,0 kg de cimento
1,0 kg de água Execução da bainha (injeção
Fator água/cimento (a/c) = 0,5 =
2,0 kg de cimento inicial para a fixação do tirante)
Fator água/cimento (a/c) = 0,5 a 0,7 Execução de reinjeção
São aceitas outras dosagens, desde que
comprovada por ensaios específicos de que
sua resistência aos 28 dias supera 25 MPa
O processo executivo da bainha tem por objetivo o preenchimento integral do
furo.
O preenchimento do furo com material ligante deve ser realizado de forma
ascendente, ou seja, deve‐se introduzir um tubo auxiliar até o fundo da
perfuração, procedendo‐se então ao bombeamento do material ligante até que
ele extravase pela boca do furo.
O bombeamento deve ser mantido até que o material ligante extravasado
esteja visualmente isento de resíduos da perfuração.
Facilidade na execução;
Exemplo fornecido
pela norma de um
chumbador com
três setores (fases)
de injeção.
RESULTADO DE
MÚLTIPLAS INJEÇÕES
MAIOR qs
MELHORIA DO SOLO E DO
MACIÇO COMO UM TODO
Limitações às forças de tração nos
grampos:
(a) Resistência ao arrancamento;
(b) Resistência à tração
RT = Resistência à tração do grampo
(verificação do aço)
RF = Capacidade do paramento de
resistência à punção
RP = Resistência ao arrancamento do
grampo
A partir da adoção de chumbadores compostos por barras de CA‐50A de 20mm,
tem‐se:
f 500 1
σ ·
1,75 1,15 1,75
FS para
F σ xA
Tirantes
F 248,45 x 20 4 x 50 kN (?) permanentes
(considerar???)
Portanto, foi adotado o valor de 87,5 kN como
π
limite da resistência estrutural dos grampos para F 434,8 x 20 4 x 87,5 kN
4
utilização nas análises de estabilidade. Prof. Gabriel Milaré Andrade
DIMENSIONAMENTOS DOS GRAMPOS
DIMENSIONAMENTO ESTRUTURAL
A partir da adoção de chumbadores compostos por barras de CA‐50A de 25mm,
tem‐se:
f 500
σ
1,15 1,15
500 π
F x 25 4 x 150 𝑘𝑁
1,15 4
• Para fins de projeto, a resistência da interface solo‐grampo (qs) pode ser obtida a
partir de ensaios prévios de arrancamento executados na área geotécnicamente
representativa da obra ou por estimativas semiempíricas, a critério do projetista,
com eventuais ajustes devidamente justificados.
• O projeto deve especificar o valor de qs mínimo a ser obtido nos ensaios de
arrancamento.
• O projeto pode ser reavaliado em função dos resultados obtidos nos ensaios de
arrancamento.
𝑞 67 60 ln 𝑁 Ortigão e Palmeira (1992)
𝑞 50 7,5 𝑁 Ortigão (1997)
𝑞 f · 𝜎 · 𝑡𝑔 , com variando de 0,7 a 1,0 (Jewell)
VALOR DE
ENTRADA NO SLIDE
Valores em torno
de 20 a 30 kN/m
Prof. Gabriel Milaré Andrade
DIMENSIONAMENTOS DOS GRAMPOS
DIMENSIONAMENTO GEOTÉCNICO
67 60 ln 𝑁
𝑞 _
2
67 60 ln 10
𝑞 _ 102,6 𝑘𝑃𝑎
2
Para D=100 mm, tem‐se:
𝑄 _ 102,6 𝑘𝑃𝑎 · 𝜋 · 0,10
32,2 𝑘𝑁/𝑚
Prof. Gabriel Milaré Andrade
DIMENSIONAMENTOS DOS GRAMPOS
DIMENSIONAMENTO GEOTÉCNICO
• Para a verificação do parâmetro qs em ensaios prévios (opcionais), devem ser
executados no mínimo tês ensaios de arrancamento por região representativa do
modelo de cálculo.
• Para ensaios obrigatórios de desempenho, devem ser executados ensaios em
grampos de sacrifício que não pertençam ao conjunto da obra, em um mínimo de
1 % da totalidade de grampos da obra, ou um mínimo de três ensaios, em região
representativa.
ABNT NBR 5629 – Execução de tirantes ancorados no terreno
FHWA‐NHI‐14‐007
FHWA‐NHI‐14‐007
FHWA‐NHI‐14‐007
• Quincôncio (pé‐de‐galinha);
DISTRIBUIÇÃO DE CHUMBADORES
• Distribuição no pé e no topo da contenção
DIMENSIONAMENTO DE
ELEMENTOS DE DRENAGEM
• ASPECTOS TEÓRIOS E PRÁTICOS
a) geodrenos verticais na face, associados à saída no pé da contenção ou às saídas
ao longo do próprio geodreno por meio de barbacãs;
b) barbacãs na face;
c) paramento drenante;
d) dreno sub‐horizontal profundo (DHP).
Prof. Gabriel Milaré Andrade
ELEMENTOS DE DRENAGEM
DRENAGEM DO MACIÇO – DRENO SUBHORIZONTAL PROFUNDO (DHP)
Tem a função de captar as águas de diversos níveis de
surgência inclusive parte do lenços freático e água
de precipitação que percola no maciço.
• Inclinação para cima de 5 a 10º
• Espaçamento entre DHP’s de 4 a 6 metros
Prof. Gabriel Milaré Andrade
ELEMENTOS DE DRENAGEM
DRENAGEM DO MACIÇO – DRENO SUBHORIZONTAL PROFUNDO (DHP)
• Inclinação para cima de 5 a 10º
• Distribuição: 1 barbacã a cada 4m²
Prof. Gabriel Milaré Andrade
ELEMENTOS DE DRENAGEM
DRENAGEM DO PARAMENTO – DRENO LINEAR
Distribuição: linhas de drenos
alternadas com os barbacãs
com espaçamento máximo
entre linhas de 6,00 m, desde
que intercalados com outros
sistemas de face.
Prof. Gabriel Milaré Andrade
ELEMENTOS DE DRENAGEM
DRENAGEM DO PARAMENTO – DRENO LINEAR
PARAMENTOS PARA O
SOLO GRAMPEADO
• PARAMENTO “VERDE”
• PRÉ‐FABRICADOS
• CONCRETO PROJETADO
Utilização de Geomantas poliméricas
Concreto com dimensão máxima característica do agregado maior ou
igual a 9,5mm, transportado através de uma tubulação, projetado
sob pressão sobre uma superfície, com compactação simultânea.
• Brita 0 ou pedrisco: de 4,8 mm a 9,5 mm Por Norma, além da
• Brita 1: de 9,5 mm a 19 m forma de execução, é o
• Brita 2: de 19 mm a 25 m agregado que define o
• Brita 3: de 25 mm a 50 m concreto projetado
• Brita 4: de 50 mm a 76 mm
• Agilidade de produção e praticidade
• Velocidade de execução da estrutura
• Dispensa fôrmas
• Requisitos dependem da aplicação
• Flexibilidade geométrica
O concreto projetado é um processo que depende do equipamento. A
decisão sobre que equipamento utilizar depende:
• Condicionantes de projeto.
• Condicionantes de execução.
• Condicionantes do material
Espessura da camada
• Quanto maior, menor a reflexão
Substrato
• Quanto mais irregular e duro, maior a reflexão
Umidificação
• Quanto maior, menor a reflexão
Velocidade de projeção
• Quanto maior, maior a reflexão
Distância de projeção
• Distância ótima: ~1m
Inclinação do jato
• Quanto maior, maior a reflexão
Concreto Projetado por Via Seca
A qualidade final do produto depende do equipamento bem ajustado!
Dosagem recomendada: 40 kg/m³
A durabilidade do revestimento pode ser maior com fibras devido:
redução da fissuração.
• Fibra é um elemento descontínuo e muito menos sujeito à corrosão
eletrolítica do que as barras contínuas das telas ou cambotas.
• Redução da reflexão
• Eliminação da tela
VERIFICAR
ARMADURA
MÍNIMA!
TELA TIPO Q
MALHA QUADRADA
Traspasse mínimo de telas: 2 Malhas
Prof. Gabriel Milaré Andrade
AÇO CA‐60 – TELA ELETROSOLDADA
Vantagens em seu uso
Espaçamento uniforme dos fios;
Aderência ao concreto através das juntas soldadas;
Facilidade de inspeção pelo engenheiro fiscal;
Reduz perdas por corte e sobras de pontas;
Dispensa o uso do arame de amarração;
TELA TIPO Q Traspasse menor que o da armadura convencional;
MALHA QUADRADA
Racionaliza o recebimento e a armazenagem;
Reduz cortes e dobramentos.
Prof. Gabriel Milaré Andrade
DIMENSIONAMENTO DO PARAMENTO
ARMADURA MÍNIMA
f
ω í 0,035 ρ í · 0,035
f ρ · 100 %
í
f
f f f
f 𝑒f
1,15 1,40
0,035
Uso de CA‐60 devido à sua grande ρ í · 100 % 0,12%
600
utilização em obras civis e 1,15
concreto com fck de 25 MPa 25
1,4
• ASPECTOS PRÁTICOS E
NORMATIVOS
• EQUIPAMENTOS USUAIS
ABNT NBR 9061:1985 Segurança de escavação a céu aberto ‐
Procedimento (Atualmente cancelada, mas ainda uma ótima
fonte de informações)
As cargas atuantes são agrupadas em duas categorias:
a) cargas estáticas:
i. empuxo lateral do solo;
ii. pressão hidrostática;
iii. cargas provenientes de construções próximas;
iv. acúmulo de material escavado na borda da escavação;
Prof. Gabriel Milaré Andrade
SOBRECARGAS ACIDENTAIS NO MACIÇO
ABNT NBR 9061:1985 Segurança de escavação a céu aberto ‐
Procedimento (Atualmente cancelada, mas ainda uma ótima
fonte de informações)
b) cargas dinâmicas:
i. Tráfego de veículos;
ii. Máquinas e equipamentos;
ABNT NBR 11682:2009
• Item 7.3.3 da Estabilidade de Encostas
ABNT NBR7188:2013 – Carga móvel rodoviária e de pedestres
em pontes, viadutos, passarelas e outras estruturas
ABNT NBR7188:2013 – Carga móvel rodoviária e de pedestres
em pontes, viadutos, passarelas e outras estruturas
Contenções de taludes que servem como
base para passagem de veículos, tais
como o definido pela NBR7188:2013.
Sobrecarga uniformemente distribuída
de 10 kN/m² e sobrecarga em faixa de
1,5m de largura com intensidade de p’
(kN/m²), conforme tabela ao lado:
Exemplos para aplicação da NC‐03 (Metrô – SP):
Manifestações patológicas nessas contenções ocorrem
principalmente devido à presença de água no maciço!
A água em maciços de solo e/ou rocha não pode ser
evitada, mas controlada de forma correta!
DRENAGEM INSTALAÇÃO E MANUTENÇÃO
PRINCIPAIS PATOLOGIAS OCORRIDAS NO PARAMENTO
• Erosão do concreto;
• Fissuração;
• Desplacamento;
• Área oca (sem aderência);
• Armadura exposta, sem cobrimento adequado;
• Umidade / Surgência / Infiltração de água.
Prof. Gabriel Milaré Andrade
PATOLOGIAS NO SOLO GRAMPEADO
PRINCIPAIS PATOLOGIAS OCORRIDAS NO PARAMENTO
• Manchas superficiais;
• Eflorescências (Carbonatação);
• Surgimento de musgos e líquens;
• Crescimento de vegetação;
• Percolação de água pela por juntas e passagem de finos
• Análise de Cunha crítica;
• Estabilidade do talude natural, sem reforços;
• Estabilidade do talude reforçado, com FS satisfatório.
• Empuxo Simplificado e equilíbrio de esforços numa cunha simplificada;
• Métodos empíricos (Ábacos Clouterre, 1991 – França);
• Avaliação por elementos finitos (MEF)
Prof. Gabriel Milaré Andrade
METODOLOGIAS USUAIS DE CÁLCULO
ANÁLISE DE CUNHA CRÍTICA
Estabilidade da contenção sem os chumbadores de
forma a identificar a superfície crítica de ruptura
delimitadas pelas cunhas com fator de segurança
inferiores à 1,5, as quais delimitam as zonas ativa e
passiva do maciço;