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SOLO 

GRAMPEADO: 
TEORIA, PROJETO E PRÁTICA

P r o f.  G a b r i e l   M i l a r é  A n d r a d e
2022
NORMAS VIGENTES

Hoje há uma norma em duas partes sobre muros e taludes reforçados:

Prof. Gabriel Milaré Andrade


REFERÊNCIAS NORMATIVAS

• ABNT NBR 6323: Galvanização por imersão a quente de produtos de aço e ferro
fundido – Especificação;
• ABNT NBR 6118, Projeto de estruturas de concreto – Procedimento
• ABNT NBR 8681, Ações e segurança nas estruturas – Procedimento
• ABNT NBR 16920‐1, Muros e taludes em solo reforçado – Parte 1: Aterros
• ISO 12944‐5, Paints and varnishes – Corrosion protection of steel structures by
protective paint systems –
• Part 5: Protective paint systems Mais Normas poderiam 
ter sido citadas!

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RESISTÊNCIA DOS SOLOS

Solos apresentam boa resistência à compressão e ao cisalhamento!

A introdução no maciço de elementos que possuam


elevada resistência à tração restringe as deformações que
SOLO GRAMPEADO  
se desenvolvem no maciço devido ao peso próprio do solo,
Segundo a NBR
associado ou não à aplicação de carregamento externo.

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ESTABILIDADE DE TALUDES

FATOR DE  = RESISTÊNCIA AO CISALHAMENTO
SEGURANÇA TENSÕES CISALHANTES MOBILIZADAS

FS > 1  Obra estável*
FS = 1  Ocorre ruptura
FS < 1  Sem significado físico

 Até que ponto uma é considerada estável?
 Quando ela dá sinais de instabilidade?

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ESTABILIDADE DE TALUDES
Exemplos de talude “rompendo” – FS entre 1,0 e 1,1 

FS > 1  Obra com potencial instabilidade, 
apresentando movimentações que possam 
comprometer estruturas que estejam na 
parte superior do talude.

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ESTABILIDADE DE TALUDES
Exemplos de talude “rompendo” – FS entre 1,0 e 1,1 

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ESTABILIDADE DE TALUDES ‐ PROCEDIMENTO
Procedimento de trabalho na seguinte ordem (PADRÃO DER):

1. Investigação
 Topografia e investigações geotécnicas
2. Projeto
 Concepção e elaboração do projeto de 
estabilização
3. Execução
 Execução das obras e fiscalização
4. Manutenção e instrumentação 
 Manutenção e controle de obras
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ESTABILIDADE DE TALUDES ‐ PROCEDIMENTO
Previamente ao projeto, deve ser feito o reconhecimento das condições locais da obra, 
por meio de visita ou análise de informações disponíveis, buscando identificar, entre 
outros, os seguintes aspectos:
a) feições topográficas e eventuais indícios de instabilidade de taludes;
b) avaliação da drenagem superficial;
c) indícios da presença de aterros mal compactados na área;
d) contaminação do subsolo por material lançado decorrente de ocupação anterior;
e) verificação visual da existência e do estado das construções vizinhas;
f) peculiaridades geológico‐geotécnicas na área, como descontinuidades, contato solo‐
rocha, matacões, afloramento rochoso nas imediações, minas d’água e outras.
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ELEMENTOS ESSENCIAIS E 
APLICAÇÕES DO  SOLO 
GRAMPEADO

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ELEMENTOS DO SOLO GRAMPEADO
O solo grampeado é uma técnica de estabilização, podendo ser:

• Temporária ou permanente;
• De taludes naturais e escavações;
• Através  de introdução de reforços no maciço, normalmente aliada ao 
revestimento da face. 
• Os elementos de reforço são capazes de resistir aos esforços e às deformações 
no interior do maciço e de apresentar adequada resistência à degradação.

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APLICAÇÕES DO SOLO GRAMPEADO
APLICADO EM TERRENOS NATURAIS, ERODIDOS  OU JÁ ESCAVADOS

Aplica‐se a maciços predominantemente composto por solo, sem a presença de


lençol freático elevado, cuja geometria natural não é estável ou não atinge
níveis de segurança adequados de acordo com os riscos envolvidos!
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ELEMENTOS DO SOLO GRAMPEADO
É o resultado da execução de três itens que visam estabilizar 
um talude:

• Chumbadores

 Promovem a estabilização geral do maciço

• Concreto projetado (paramento no geral)

 Promove a estabilidade local e proteção superficial

• Drenagem visando estabilizar determinado talude 

 A drenagem age em ambos os casos
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HISTÓRICO DO SOLO GRAMPEADO

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HISTÓRICO  DO SOLO GRAMPEADO

Tecnologia do Solo Grampeado foi desenvolvida a partir do 
método construtivo de túneis NATM (New Austrian Tunnelling 
Method), que fundamenta‐se em três princípios básicos:

I. O maciço é visto como principal elemento estrutural;


II. A estrutura de suporte deve ser executada através da
instalação de um sistema otimizado;
III. Deve‐se promover a instrumentação do túnel.
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HISTÓRICO  DO SOLO GRAMPEADO

MACIÇO COMO ELEMENTO As principais características que regem 
ESTRUTURAL este princípio são:

• A qualidade do maciço deve ser 
preservada;
• O maciço deve se deformar para 
redistribuir tensões, mobilizar o efeito 
arco, levando a uma carga de suporte 
menor
• Quando necessário,  opta‐se por um 
processo de melhoria de qualidade do 
maciço.
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HISTÓRICO  DO SOLO GRAMPEADO
• A primeira contenção em solo grampeado
foi realizada em Versalhes em 1972.
• Estrutura temporária com alta densidade
de grampos curtos comprimentos de 4 a
6m;
• Solo constituído por arenito de
Fontainbleau (φ’=33 a 40º e c’=20kPa);
• Espaçamento entre grampos de 70cm;
• Os reforços foram injetados em furos de
cerca de 100mm de diâmetro em talude de
70º de inclinação
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HISTÓRICO  DO SOLO GRAMPEADO ‐ BRASIL

1ª Obra de Solo Grampeado: 
Década de 1970
Estabilização de talude de 
emboque de túnel de adução (SP)

Sistema 
Cantareira

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DESEMPENHO EM OBRAS 
GEOTÉCNICAS

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DESEMPENHO EM OBRAS GEOTÉCNICAS
Desempenho  Comportamento de uma obra em suas 
várias fases de desenvolvimento
Comportamento

Bom Ruim

Resultados de ensaios
Instrumentação Definição do nível de
Provas de carga Segurança da obra
Medidas de deformação
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DESEMPENHO EM OBRAS GEOTÉCNICAS

Aparência
Funcionalidade
Estabilidade

Resultados de ensaios
Parâmetro de Instrumentação
Desempenho Provas de carga
Medidas de deformação

Movimento do binômio
solo-estrutura

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ESTABILIDADE DE TALUDES
INSTRUMENTAÇÃO E ELS:

• Grampos são elementos passivos, cuja resistência é mobilizada somente pela


tendência de movimento relativo entre o reforço e o solo.

• A maior parcela dessa mobilização ocorre durante o período construtivo,


principalmente em métodos construtivos descensionais.

• Deformações e deslocamentos são mitigados pela escolha adequada do sistema


solo‐grampo‐paramento, bem como pelo processo executivo e controle
tecnológico adequados, e dimensionamento apropriado.
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DESEMPENHO EM OBRAS GEOTÉCNICAS
MECANISMO DE RUPTURA – SOLO GRAMPEADO

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DESEMPENHO EM OBRAS GEOTÉCNICAS
MECANISMO DE RUPTURA – SOLO GRAMPEADO

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FS EM PROJETOS DE CONTENÇÃO

Dimensionamento deve prever as 
seguintes verificações (ELU):

1) Estabilidade Externa 3) Estabilidade Local
Deslizamento* Punção*
Capacidade de carga* Flexão*

2) Estabilidade Interna 4) Estabilidade Global
Ruptura do chumbador (aço) Análise de Equilíbrio Limite
Arrancamento grampo‐solo

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DESEMPENHO EM OBRAS GEOTÉCNICAS
MECANISMO DE RUPTURA – SOLO GRAMPEADO

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DESEMPENHO EM OBRAS GEOTÉCNICAS
SUPERFÍCIES DE RUPTURA – SOLO GRAMPEADO

ATIVA
PASSIVA

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DESEMPENHO EM OBRAS GEOTÉCNICAS
SUPERFÍCIES DE RUPTURA – SOLO GRAMPEADO

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DESEMPENHO EM OBRAS GEOTÉCNICAS
SUPERFÍCIES DE RUPTURA – SOLO GRAMPEADO

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CINEMÁTICA DA CONTENÇÃO

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CINEMÁTICA DA CONTENÇÃO

Valores da % de deformação horizontal com relação a altura do corte

LIMITE ACEITÁVEL
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CINEMÁTICA DA CONTENÇÃO
Valores da % de deformação horizontal com relação a altura do corte

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PROSPECÇÃO GEOTÉCNICA E 
ORIENTAÇÕES BÁSICAS PARA 
DEFINIÇÃO DE ENSAIOS

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ORIENTAÇÕES PARA ENSAIOS

ABNT NBR6484:2001 –
Solo Sondagens de simples
reconhecimentos com SPT

O ensaio de resistência à penetração (SPT), o


qual é definido pela norma NBR 6484, visa
medir a resistência do solo à penetração de
um amostrador padrão para sua cravação a
partir da ação de um martelo padronizado de
65 kg elevado a uma altura de 75 cm.

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ORIENTAÇÕES PARA ENSAIOS

ABNT NBR6484:2001 –
Solo Sondagens de simples
reconhecimentos com SPT

A campanha de sondagens deve ser


acompanhada por profissional qualificado e
deve ser executada por empresa idônea;
 Na falta de ensaios, a sondagem pode prover
informações importantes para correlação de
parâmetros geotécnicos!
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ORIENTAÇÕES PARA ENSAIOS (NORMA)
Para contenções com altura inferior a 3 m, a necessidade de execução de
sondagens de simples reconhecimento fica a critério do projetista.

Para contenções com altura superior a 3 m, devem ser executados no mínimo dois
furos de sondagem por seção transversal geotécnicamente representativa, sendo
uma delas a seção de altura máxima e as demais a serem estabelecidas pelo
projetista.

A locação e as profundidades dos furos são definidas pelo projetista em função de


interferências ou de peculiaridades geológico‐geotécnicas do maciço.
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CORRELAÇÕES COM NSPT (CUIDADO!)

ABNT NBR6484:2001 – Solo Sondagens de


simples reconhecimentos com SPT

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VARIAÇÃO DA COESÃO COM A SATURAÇÃO

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ORIENTAÇÕES PARA ENSAIOS
ENSAIO DE CISALHAMENTO DIRETO

Necessidade de retirada de
amostra indeformada (h=1,5 m)

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ORIENTAÇÕES PARA ENSAIOS
ENSAIO DE CISALHAMENTO DIRETO

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ORIENTAÇÕES PARA ENSAIOS
RESULTADO DO ENSAIO DE CISALHAMENTO DIRETO

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ORIENTAÇÕES PARA ENSAIOS
ENSAIO DE COMPRESSÃO TRIAXIAL

Para o ensaio de compressão triaxial,


o corpo de prova pode obtido de duas
formas:

 Ser moldado a partir de blocos


indeformados, assim como no
cisalhamento direto;

 Retirada de amostra semi‐


deformada do furo de sondagem
com amostrador apropriado de
paredes finas.

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ORIENTAÇÕES PARA ENSAIOS
ENSAIO DE COMPRESSÃO TRIAXIAL
 O ensaio de compressão triaxial a
ser realizado deve ser do tipo CU
(ensaio rápido), ou seja, não
drenado.
 Nele é possível obter as duas
envoltórias de resistência, tanto a
total, quanto a efetiva, num
prazo muito menor que o ensaio
do tipo CD.
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FATORES DE SEGURANÇA EM 
PROJETOS DE CONTENÇÃO

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FS EM PROJETOS DE CONTENÇÃO

ABNT NBR 11682:2009 ‐ Estabilidade de encostas

E S T E S  C R I T É R I O S  
S Ã O   R A Z O ÁV E I S   D E  
R U P T U R A   PA R A   O  
S O LO  G R A M P E A D O ?

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FS EM PROJETOS DE CONTENÇÃO

NORMA BRASILEIRA DE SOLO GRAMPEADO:

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FS EM PROJETOS DE CONTENÇÃO

Dimensionamento deve prever as 
seguintes verificações (ELU):

1) Estabilidade Externa 3) Estabilidade Local
Deslizamento* Punção*
Capacidade de carga* Flexão*

2) Estabilidade Interna 4) Estabilidade Global
Ruptura do chumbador (aço) Análise de Equilíbrio Limite
Arrancamento grampo‐solo

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FS EM PROJETOS DE CONTENÇÃO

Verificações de Serviço (ELS):

1) Deformações (inclinação e recalques)

2) Distorções angulares no topo da contenção

3) Abertura de fissuras no paramento

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FS EM PROJETOS DE CONTENÇÃO

Verificações de Serviço (ELS):

• O projeto deve levar em conta os estados‐limites de serviço


(ELS) da obra e o seu entorno, especialmente em áreas urbanas.

• Devido às incertezas na previsão dos deslocamentos e


deformações, as obras podem ser monitoradas durante e após o
término da construção, de acordo com um plano de
instrumentação e monitoramento fornecido pelo projetista.

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FS EM PROJETOS DE CONTENÇÃO

FHWA‐NHI‐14‐007 

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COMPARAÇÃO COM OUTRAS 
TECNOLOGIAS DE CONTENÇÃO

• CORTINA ATIRANTADA
• MURO GABIÃO
• MURO DE FLEXÃO

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COMPARAÇÃO ENTRE CONTENÇÕES
COMPARAÇÃO ENTRE CONTENÇÕES

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COMPARAÇÃO ENTRE CONTENÇÕES

Exemplo de muro gabião Exemplo de muro atirantado

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APLICAÇÕES DO SOLO GRAMPEADO
ASSOCIADO A OUTROS TIPOS DE CONTENÇÃO OU TRATAMENTO DE SOLO

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APLICAÇÕES DO SOLO GRAMPEADO
ASSOCIADO A OUTROS TIPOS DE CONTENÇÃO OU TRATAMENTO DE SOLO

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COMPARAÇÃO ENTRE CONTENÇÕES

(3 x)
Dentre as opções mais comuns de 
contenção, o solo grampeado é a 
opção mais barata e com maior 
potencial de acréscimo de segurança!

Cortinas atirantadas podem chegar a 
custar 3 vezes o valor de uma 
contenção em solo grampeado

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COMPARAÇÃO ENTRE CONTENÇÕES

SOLO GRAMPEADO
 Menor custo entre todos:
 Cerca de metade do custo de uma cortina 
atirantada e/ou muro de flexão
O CAMINHO CRÍTICO É 
 Rapidez na execução: SEMPRE A ESCAVAÇÃO. 
 Velocidade de execução, em média 400 m² por mês, 
por equipe, mesmo em época chuvosa. 
 Utiliza equipamentos simples
 Equipamentos mais leves e de fácil manuseio, com 
execução mais flexível.

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RESTRIÇÕES À UTILIZAÇÃO DO 
GRAMPEAMENTO DE SOLO

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RESTRIÇÕES AO GRAMPEAMENTO DE SOLO

As condições que restringem o grampeamento do solo devem ser


observadas por todos os participantes do projeto, pois podem
levar a acidentes graves:

• Projetista;
• Executor;
• A.T.O. e/ou fiscalização.

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RESTRIÇÕES AO GRAMPEAMENTO DE SOLO
RESTRIÇÕES DE ORDEM GEOTÉCNICA

• Solos que não suportam escavação 
em bancadas de pelo menos 1,00 m (a 
prumo ou abatidas);
• Maciços que apresentem argilas moles plásticas (NSPT < 2);
• Maciços que apresentem solos arenosos ou com coesão inferior a 4 kPa;
• Solos submersos (abaixo no nível d’água).

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RESTRIÇÕES AO GRAMPEAMENTO DE SOLO
RESTRIÇÕES DE ORDEM GEOTÉCNICA

• Solos granulares com nível d'água elevado;
• Solos com pedras e pedregulhos;
• Solos colapsíveis ou expansivos;
• Solos altamente corrosivos ou com água subterrânea 
altamente corrosiva;
• Rochas fraturadas com planos desfavoráveis ao corte e 
grampeamento.

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RESTRIÇÕES AO GRAMPEAMENTO DE SOLO
RESTRIÇÕES DE ORDEM CONSTRUTIVA

• A existência de utilidades por trás do muro cria 
restrições para aplicação do solo grampeado;

• Em projetos onde existem critérios rígidos de 
movimento de paredes e/ou piso, medidas 
adicionais para limitar deflexões podem ser 
necessárias. 

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DADOS NECESSÁRIOS PARA UM 
PROJETO DE CONTENÇÃO

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DADOS NECESSÁRIOS PARA UM PROJETO
PRINCIPAIS DADOS NECESSÁRIOS

 Campanha de ensaios de campo e 
laboratório;
 Levantamento planialtimétrico 
cadastral;
 Necessidades do cliente quando à 
escavações, áreas disponíveis e usos 
do terreno (sobrecargas)

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DADOS NECESSÁRIOS PARA UM PROJETO
PRINCIPAIS DADOS NECESSÁRIOS PARA O PROJETO

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MOVIMENTO DE TERRA

• SEQUENCIA EXECUTIVA
• CONDIÇÕES NORMAIS DE EXECUÇÃO
• CONDIÇÕES EXCEPCIONAIS

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SEQUENCIA EXECUTIVA

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SEQUENCIA EXECUTIVA BÁSICA

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CONDIÇÕES NORMAIS DE EXECUÇAO
EXECUÇÃO CUIDADOSA: ESCAVAÇÃO SETORIZADA POR “CACHIMBOS”

Como medida de melhoria das condições de estabilidade temporária durante as


escavações, podem ser adotadas ações adicionais, como escavação parcial em nicho
(cachimbo), utilização de grampos subverticais, construção de parte do paramento
previamente à execução do grampo e outros.

A metodologia executiva a ser adotada nesses casos deve ser especificada no


projeto. Em taludes naturais, previamente cortados ou em estruturas preexistentes,
quando se pretender apenas reforçar o maciço instável, o grampeamento pode ser
efetuado de forma descendente ou ascendente, conforme a conveniência.
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CONDIÇÕES NORMAIS DE EXECUÇAO
EXECUÇÃO CUIDADOSA: ESCAVAÇÃO SETORIZADA POR “CACHIMBOS”

• Promove menos desconfinamento do solo, dado que a 
escavação não ocorre integralmente;
• Deve ser utilizado quando a escavação é limítrofe com 
outras construções e  em solos menos coesivos;
• Tira partido do efeito tridimensional da escavação, 
garantindo maior segurança;
• A largura dos cachimbos e a altura das bancadas depende 
da malha adotada para a instalação dos grampos;

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CONDIÇÕES NORMAIS DE EXECUÇAO
EXECUÇÃO CUIDADOSA: ESCAVAÇÃO SETORIZADA POR “CACHIMBOS”

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CONDIÇÕES NORMAIS DE EXECUÇAO
EXECUÇÃO CUIDADOSA: ESCAVAÇÃO SETORIZADA POR “CACHIMBOS”

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SEQUENCIA EXECUTIVA BÁSICA

Diminui deslocamentos horizontais
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CONDIÇÕES NORMAIS DE EXECUÇAO
EXECUÇÃO CUIDADOSA: ESCAVAÇÃO SETORIZADA POR “CACHIMBOS”

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CONDIÇÕES NORMAIS DE EXECUÇAO
EXECUÇÃO CUIDADOSA: ESCAVAÇÃO SETORIZADA POR “CACHIMBOS”

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CONDIÇÕES NORMAIS DE EXECUÇAO
EXECUÇÃO COM ESCAVAÇÃO PLENA DA BANCADA

Escavação completa da bancada
(execução mais rápida)
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CONDIÇÕES NORMAIS DE EXECUÇAO
EXECUÇÃO COM ESCAVAÇÃO PLENA DA BANCADA

O potencial de instabilidade do corte


não tratado neste estágio pode ser
aumentado quando forças de
infiltração atuam nesta face aberta.

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CONDIÇÕES EXCEPCIONAIS DE EXECUÇAO
TALUDES ROMPIDOS OU COM PRINCÍPIO DE ESTABILIDADE SEM POSSIBILIDADE 
DE MUDANÇA EM SUA GEOMETRIA

• Necessidade de andaimes e 
plataformas;
• Maiores cuidados quanto à 
segurança dos trabalhadores, pois 
há trabalho em altura (NR35);
• Equipamentos utilizados devem 
ser mais leves.

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CONDIÇÕES EXCEPCIONAIS DE EXECUÇAO
TALUDES ROMPIDOS OU COM PRINCÍPIO DE ESTABILIDADE SEM POSSIBILIDADE 
DE MUDANÇA EM SUA GEOMETRIA

Necessidade de andaimes e plataformas
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REVISÃO DE MECÂNICA DOS 
SOLOS: CRITÉRIOS DE RUPTURA 
E PARÂMETROS GEOTÉCNICOS

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CRITÉRIOS DE RUPTURA E PARÂMETROS
Critério Mohr‐Coulomb

Envoltória de resistência de Mohr‐Coulomb

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CRITÉRIOS DE RUPTURA E PARÂMETROS
Critério Mohr‐Coulomb

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CRITÉRIOS DE RUPTURA E PARÂMETROS
Critério Mohr‐Coulomb
τ c σ . tan ϕ
Representa de forma adequada a
ruptura de solos, na qual o limite da
tensão cisalhante no plano de ruptura
é função da tensão normal atuante
Envoltória de resistência de Mohr‐Coulomb
neste mesmo plano e das propriedades
do material, tais como coesão e ângulo Tal critério define que a ruptura ocorre 

de atrito. quando o círculo de Mohr das tensões 


intercepta a reta que relaciona a tensão 
cisalhante (τ) com a tensão normal (σ). 
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CRITÉRIOS DE RUPTURA E PARÂMETROS
ESCOLHAS DOS CRITÉRIOS DE RUPTURA

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CRITÉRIOS DE RUPTURA E PARÂMETROS
ESCOLHAS DOS CRITÉRIOS DE RUPTURA

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CRITÉRIOS DE RUPTURA E PARÂMETROS

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CRITÉRIOS DE RUPTURA E PARÂMETROS
ESCOLHAS DOS CRITÉRIOS DE RUPTURA

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REVISÃO DE MÉTODOS DE 
EQUILIBRIO LIMITE E 
AVALIAÇÃO DE ESTABILIDADE

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MÉTODOS DE EQUILÍBRIO LIMITE

O método de análise por equilíbrio limite


consiste na determinação do equilíbrio de
uma massa ativa do material, a qual pode
ser delimitada por uma superfície de
ruptura circular, poligonal ou de outra
geometria qualquer.

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MÉTODOS DE EQUILÍBRIO LIMITE
Como premissas básicas comuns aos métodos de cálculo de 
ruptura pelo equilíbrio limite têm‐se que:
 A ruptura se dá por um plano (análise bidimensional);
 As forças externas são o peso próprio, as sobrecargas e a 
subpressão;
 O problema é estático;
 As leis da Mecânica dos Meios Contínuos se aplicam ao 
material;
 Os critérios de Mohr‐Coulomb, os quais foram apresentados, 
aplicam‐se à ruptura.
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MÉTODOS DE EQUILÍBRIO LIMITE

Principais cuidados com os Métodos de Equilíbrio Limite:

 O formato da superfície de ruptura arbitrado pode não 
corresponder a realidade e levar a uma instabilidade 
numérica;

 Valores elevados de coesão podem acarretar forças normais 
negativas na base da fatia e levar à instabilidade numérica;

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MÉTODOS DE EQUILÍBRIO LIMITE
MÉTODOS DE FATIAS

Os métodos de fatias consistem em dividir a


superfície potencial de ruptura em fatias com
as seguintes condições de equilíbrio:

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MÉTODOS DE EQUILÍBRIO LIMITE
MÉTODOS RECOMENDADOS
Morgenstern & Price: método rigoroso
aplicado a superfícies de ruptura qualquer,
além disso, satisfaz simultaneamente todas
as condições de equilíbrio de forças e de
momentos.

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MÉTODOS DE EQUILÍBRIO LIMITE
MÉTODOS RECOMENDADOS

Spencer: foi desenvolvido inicialmente para


superfícies de ruptura de formas circulares, e
depois adaptado para superfícies de
deslizamento com formas irregulares. Ele é
um método rigoroso, pois atende a todas as
equações de equilíbrio de forças e de
momentos.

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MÉTODOS DE EQUILÍBRIO LIMITE

COMPARAÇÃO ENTRE MÉTODOS

CAPACIDADE COMPUTACIONAL 
NÃO É MAIS UM PROBLEMA

Método rigoroso

Método rigoroso

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SLIDE – CONFIGURAÇÕES INICIAIS

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MÉTODOS DE EQUILÍBRIO LIMITE

SELEÇÃO DE MÉTODOS DE 
ANÁLISE DE EQUILÍBRIO LIMITE 

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NBR11682 – ESTABILIDADE DE ENCOSTAS

ABNT NBR11682:2009 – Estabilidade de encostas

Estabelece o nível de segurança desejado em obras 
de terra, tais como taludes, muros e encostas. 

FATOR DE  = RESISTÊNCIA AO CISALHAMENTO
SEGURANÇA TENSÕES CISALHANTES MOBILIZADAS

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NBR11682 – ESTABILIDADE DE ENCOSTAS

ABNT NBR11682:2009 – Estabilidade de encostas

Fatores de segurança mínimos para escorregamentos*

Nota 1: Majoração de 10% em caso de grande 
variabilidade de resultados de ensaios geotécnicos.

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NBR16920‐2 – SOLO GRAMPEADO
Nível de segurança desejado contra a perda de vidas humanas Nível de segurança desejado contra danos materiais e ambientais

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EXECUÇÃO DOS GRAMPOS :
• PERFURAÇÃO
• ESCOLHA E TRATAMENTO DO AÇO
• CALDA DE CIMENTO
• BAINHA
• REINJEÇÕES

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ELEMENTOS  DE  UM  GRAMPO

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PERFURAÇÃO
Perfuração em solo e rocha: 

• Diâmetros usuais: de 75 mm (3”) e 150 mm (6”) ELEMENTO DE 
IMPORTÂNCIA 
NO PROJETO

DEVE SER DEFINIDO PELO 
PROJETISTA E NÃO DEVE SER 
ALTERADO SEM SEU 
CONSENTIMENTO

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PERFURAÇÃO
Perfuração em solo: perfuratrizes  usuais e demais acessórios: 

• Perfuratriz: equipamento para execução da perfuração


no terreno, que pode ser mecânica ou manual,
compatível com o diâmetro e comprimento da
perfuração e tipo de solo ou rocha;

• Bomba d’água ou de lama: aplicável nos casos em que o


fluído de perfuração é líquido (água ou fluido
estabilizante);

• Compressor: equipamento aplicável nos casos em que o


fluido de perfuração for ar comprimido;

• Transferidor de pêndulo e esquadros de madeira.


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PERFURAÇÃO
Perfuração em solo: perfuratrizes  usuais e demais acessórios 
• Cabeça de perfuração: acessório instalado na extremidade
superior da haste ou do tubo de perfuração, ligado à
bomba de fluído de perfuração, que permite o fluxo do
fluído de perfuração simultaneamente à rotação,
percussão ou rotopercussão da haste.

• Hastes de extensão: elementos metálicos


com roscas para atingir o comprimento do
furo, com rigidez compatível com o solo.
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PERFURAÇÃO
Perfuração em solo:
• Equipamento pode ser apoiado em andaimes
• Fluido de perfuração: ar comprimido, água limpa, lama, fluído estabilizante

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PERFURAÇÃO
Perfuração em solo
• Equipamento de perfuração leve e de fácil manuseio
• Produtividade de 100 m/ dia/ equipe
• Inclinações usuais ~ 10º a 40º DEFINIDO PELO PROJETISTA

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PERFURAÇÃO
Perfuração mista – solo e rocha
• Equipamento mais robusto (estaca raiz);
• Produtividade semelhante ( 100 m/ dia/ equipe)
• Inclinações usuais ~ 10º a 40º, equipamento 
permite maiores ângulos, porém não são usuais;
• Fluido de perfuração: ar comprimido, água limpa, 
lama, fluído estabilizante etc

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PERFURAÇÃO
Perfuração mista – solo e rocha

Exemplo de reparo de contenção 
com perfuração de gabião
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EXECUÇÃO DOS GRAMPOS :
• ESCOLHA DO AÇO A SER UTILIZADO

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AÇO DO CHUMBADOR – CA50
CARACTERÍSTICAS

No trecho inclinado, supõe‐se comportamento elástico 
linear com um módulo de elasticidade Es = 210 GPa
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AÇO DO CHUMBADOR – CA50

DIÂMETROS 
USUAIS

 25 mm deve ser evitado: 
dobra mais difícil e de raio 
mais longo!
AÇO DO CHUMBADOR – CA50
EMENDA DE BARRAS: TRASPASSE

EMENDA POR  MECANISMOS DE BIELAS 
TRASPASSE NÃO É  COMPRIMIDAS NÃO SE FORMA 
PERMITIDA! NA CALDA DE CIMENTO

BARRAS DE 12 m

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AÇO DO CHUMBADOR – CA50
EMENDA DE BARRAS: SOLDAS SOLDA POR TRASPASSE

NÃO 
INDICADA!

• Difícil controle de qualidade SOLDA POR CALDEAMENTO
• Necessidade de mão‐de‐obra qualificada
• Execução incorreta pode comprometer a 
durabilidade do chumbador por redução do 
cobrimento do vergalhão

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AÇO DO CHUMBADOR – CA50
EMENDA DE BARRAS: LUVAS PRENSADAS

QUAL O PROBLEMA DESSA SOLUÇÃO?

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AÇO DO CHUMBADOR – CA50
EMENDA DE BARRAS: LUVAS PRENSADAS

NECESSIDADE DE LOCAÇÃO DE 
EQUIPAMENTO ESPECÍFICO

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AÇO DO CHUMBADOR – CA50
PROTEÇÃO CONTRA CORROSÃO (mm)
AÇO DO CHUMBADOR – CA50
PROTEÇÃO CONTRA CORROSÃO
O sistema de proteção contra a corrosão da armação de aço do grampo deve assegurar 
o seu desempenho ao longo da vida útil a partir da sua instalação, sendo:

a) até dois anos para grampos provisórios;
b) mais do que dois anos para grampos permanentes.

A caracterização do sistema de proteção contra corrosão deve ser estabelecida no 
projeto. 

O preenchimento da bainha é uma medida mandatória para todos os grampos. 

Para obras provisórias e obras em solos não agressivos, não é mandatório considerar 
as medidas adicionais de proteção contra corrosão.
AÇO DO CHUMBADOR – CA50
PROTEÇÃO CONTRA CORROSÃO
Os sistemas de proteção contra corrosão devem atender aos seguintes requisitos:

a) ter vida útil igual ou superior àquela prescrita para o grampo;
b) não reagir quimicamente com o solo;
c) não prejudicar a aderência entre o aço e a bainha;
d) ser resistente às operações de montagem, transporte e instalação.

Os métodos de controle da corrosão da armação de aço do grampo que podem ser 
aplicados isoladamente ou em conjunto, a critério do projetista, são os seguintes:

• a) consideração de redução de diâmetro útil ou espessura de sacrifício;
• b) galvanização por imersão a quente;
• c) pintura industrial.
AÇO DO CHUMBADOR – CA50
PROTEÇÃO CONTRA CORROSÃO

Pintura epoxídica ou 
emulsão asfáltica em 
duas demãos!

Não prejudica significativamente a 
aderência com a calda de cimento!
AÇO DO CHUMBADOR – CA50
PROTEÇÃO CONTRA CORROSÃO

Barras de aço especial com 
pintura epóxi cinza e roxa.

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PROTEÇÃO CONTRA CORROSÃO

ABNT NBR6122:2010 – Projeto e execução de fundação

Para a proteção da armadura, considera‐se 
uma redução de 2 mm no diâmetro das 
barras, como espessura de sacrifício.

Consideração bastante 
desprezada por projetistas!

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PROTEÇÃO CONTRA CORROSÃO
CÁLCULO DE ESPESSURA DE SACRIFÍCIO

Diâmetro resultante após a corrosão

Espessura da perda devido à corrosão

Vida útil da obra em anos

Para 50 anos X(mm) = 1,83 mm

Adequado com a NBR 6122 (2 mm)

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AÇO DO CHUMBADOR – AÇOS ESPECIAIS

Sistemas DYWIDAG e GEWI

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AÇO DO CHUMBADOR – AÇOS ESPECIAIS

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AÇO DO CHUMBADOR – AÇOS ESPECIAIS

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AÇO DO CHUMBADOR – AÇOS ESPECIAIS

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EXECUÇÃO DOS GRAMPOS :
• ELEMENTOS ACESSÓRIOS
• PREPARAÇÃO DO CHUMBADOR
• INSTALAÇÃO DO CHUMBADOR

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ELEMENTOS ACESSÓRIOS ‐ CENTRALIZADOR
CENTRALIZADORES TÍPICOS DE PVC 

O espaçamento entre os 
centralizadores 
representados é apenas uma 
ilustração; espaçamentos 
maiores são usados na 
prática, em torno de 1,00 m e 
1,50 m (máx .=2,00m) .
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PREPARAÇÃO DO CHUMBADOR

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EXECUÇÃO DOS GRAMPOS :
• CALDA DE CIMENTO
• EXECUÇÃO DA BAINHA
• INJEÇÕES E REINJEÇÕES

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CALDA DE CIMENTO

NBR 7681 :1983 – Calda de cimento para injeção – Especificação

1,0 kg de água
Fator água/cimento (a/c) igual a 0,5 (em peso) = 
2,0 kg de cimento

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CALDA DE CIMENTO

NBR 7681 :1983 – Calda de cimento para injeção – Especificação

1,0 kg de água Execução da bainha (injeção 
Fator água/cimento (a/c) = 0,5 = 
2,0 kg de cimento inicial para a fixação do tirante)

Fator água/cimento (a/c) = 0,5  a 0,7  Execução de reinjeção

São aceitas outras dosagens, desde que 
comprovada por ensaios específicos de que 
sua resistência aos 28 dias supera 25 MPa

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EXECUÇÃO DA BAINHA

A bainha é a fase inicial de injeção, que visa


recompor a cavidade escavada.

 É injetada pelo tubo auxiliar removível, de


forma ascendente, com calda de cimento ‐ fator
água/cimento próximo de 0,5 (em peso)

 Deve ser inserida por meio de misturador de alta


turbulência até extravasar pela boca do furo.

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EXECUÇÃO DA BAINHA

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EXECUÇÃO DA BAINHA

 O processo executivo da bainha tem por objetivo o preenchimento integral do 
furo.
 O preenchimento do furo com material ligante deve ser realizado de forma 
ascendente, ou seja, deve‐se introduzir um tubo auxiliar até o fundo da 
perfuração, procedendo‐se então ao bombeamento do material ligante até que 
ele extravase pela boca do furo. 
 O bombeamento deve ser mantido até que o material ligante extravasado 
esteja visualmente isento de resíduos da perfuração.

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INJEÇÃO DE CALDA DE CIMENTO

 A injeção ou reinjeção é o processo de injeção pressurizada de ligante, executada


após a cura parcial da bainha.

 Recomenda‐se esse processo para minimizar eventuais vazios adjacentes aos


grampos, aumentar o confinamento do maciço no entorno do grampo e combater
efeitos prejudiciais devido à possível exsudação do ligante no processo de
preenchimento da bainha. O processo pode resultar em maior resistência da
interface solo‐grampo e, consequentemente, em uma maior resistência ao
arrancamento dos grampos.

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INJEÇÃO DE CALDA DE CIMENTO

 Tubos de injeção perdidos, feitos de


polietileno ou material similar, com
diâmetros entre 8 e 15 mm, providos de
válvulas do tipo manchete a cada 0,5 m, a
até 1,5 m da boca do furo.

 A quantidade de tubos depende das fases


de injeção previstas, e deve ser
considerado um tubo para cada fase.
válvulas 
tipo manchete 
 Geralmente são realizadas três fases de
injeções.

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INJEÇÃO DE CALDA DE CIMENTO

 Exemplo de tubos de injeção com


tubos de injeção fechados com
fita adesiva (prática comum);

 Facilidade na execução;

 Ausência de controle de pressão


para “abertura”, ao contrário de
válvulas específicas;

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INJEÇÃO DE CALDA DE CIMENTO

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INJEÇÃO DE CALDA DE CIMENTO

 Exemplo fornecido
pela norma de um
chumbador com
três setores (fases)
de injeção.

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INJEÇÃO DE CALDA DE CIMENTO

 Mangueiras de alta pressão: componentes


rígidos ou flexíveis, com capacidade mínima
de trabalho 50% superior à pressão de
abertura máxima prevista;

 Misturador: equipamento com capacidade de


bater calda em alta turbulência, igual ou
superior a 1.750 rpm;

 Agitador: equipamento composto por


caçamba com capacidade de manter a calda
em suspensão com rotação mínima de 50 rpm

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INJEÇÃO DE CALDA DE CIMENTO

 Um chumbador só pode ser reinjetado após


o período mínimo de 12 horas, através do
tubo de injeção perdido, anotando‐se a
pressão máxima de injeção e o volume de
calda absorvida.

 A reinjeção não deve ser executada, a não


ser que haja dois ou mais tubos de injeção
perdidos.

 Geralmente são realizadas três reinjeções

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INJEÇÃO DE CALDA DE CIMENTO

 Primeira fase limitada a 1 saco de cimento


por válvula; ou pressão de injeção menor que
2 MPa.

 Demais fases limitadas a 0,5 saco por válvula


até atingir a pressão de injeção desejada.

 Ensaios: após 7 dias da última fase de


injeção, de acordo com NBR a 5629 ou a
critério da FISCALIZAÇÃO.

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INJEÇÃO DE CALDA DE CIMENTO

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INJEÇÃO DE CALDA DE CIMENTO

• Deformações do maciço devido ao


tratamento são quase imperceptíveis.
As injeções mudam as características
do solo.

• Os volumes de calda injetados estão


entre 0,5 e 1% do volume de solo
abrangido.

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CHUMBADORES EXUMADOS

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CHUMBADORES EXUMADOS

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CHUMBADORES EXUMADOS

RESULTADO DE 
MÚLTIPLAS INJEÇÕES

MAIOR qs

MELHORIA DO SOLO E DO 
MACIÇO COMO UM TODO

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CHUMBADORES EXUMADOS
RESULTADO DE 
MÚLTIPLAS INJEÇÕES

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CHUMBADORES EXUMADOS

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DIMENSIONAMENTOS DOS GRAMPOS:
• ESTRUTURAL
• GEOTÉCNICA (qs) – AVALIAÇÃO SOLO‐ESTRUTURA

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DIMENSIONAMENTO DOS GRAMPOS

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DIMENSIONAMENTO DOS GRAMPOS

Limitações às forças de tração nos 
grampos: 
(a) Resistência ao arrancamento;
(b) Resistência à tração

O esforço de arrancamento no chumbador é função da


posição onde o grampo cruza a superfície de ruptura. A
posição deste cruzamento varia ao longo da
profundidade de uma seção analisada.
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DIMENSIONAMENTO DOS GRAMPOS

RT = Resistência à tração do grampo 
(verificação do aço)
RF = Capacidade do paramento de 
resistência à punção
RP = Resistência ao arrancamento do 
grampo

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DIMENSIONAMENTOS DOS GRAMPOS
DIMENSIONAMENTO ESTRUTURAL

A partir da adoção de chumbadores compostos por barras de CA‐50A de 20mm, 
tem‐se:
f 500 1
σ ·
1,75 1,15 1,75
FS para 
F σ xA
Tirantes 
F 248,45 x 20 4 x 50 kN (?) permanentes 
(considerar???)

Portanto, foi adotado o valor de 87,5 kN como 
π
limite da resistência estrutural dos grampos para  F 434,8 x 20 4 x 87,5 kN
4
utilização nas análises de estabilidade. Prof. Gabriel Milaré Andrade
DIMENSIONAMENTOS DOS GRAMPOS
DIMENSIONAMENTO ESTRUTURAL

A partir da adoção de chumbadores compostos por barras de CA‐50A de 25mm, 
tem‐se:

f 500
σ
1,15 1,15

500 π
F x 25 4 x 150 𝑘𝑁
1,15 4

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DIMENSIONAMENTOS DOS GRAMPOS
DIMENSIONAMENTO GEOTÉCNICO

Uma vez que o diâmetro de perfuração é


adotado e que o valor real é diferente, a
relação entre a carga de ensaio e seu
comprimento é mais verdadeira, pois
ambos são reais.
VALOR DE 
ENTRADA NO SLIDE
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DIMENSIONAMENTOS DOS GRAMPOS
DIMENSIONAMENTO GEOTÉCNICO

• Para fins de projeto, a resistência da interface solo‐grampo (qs) pode ser obtida a
partir de ensaios prévios de arrancamento executados na área geotécnicamente
representativa da obra ou por estimativas semiempíricas, a critério do projetista,
com eventuais ajustes devidamente justificados.
• O projeto deve especificar o valor de qs mínimo a ser obtido nos ensaios de
arrancamento.
• O projeto pode ser reavaliado em função dos resultados obtidos nos ensaios de
arrancamento.

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DIMENSIONAMENTOS DOS GRAMPOS
DIMENSIONAMENTO GEOTÉCNICO
Ortigão e Palmeira (1992) analisam estes ensaios de arrancamento no Rio de Janeiro,
São Paulo e Brasília e sugerem a correlação na qual é apresentada a equação
qs=67+60ln(NSPT), também apresentada no gráfico.
Todos os grampos executados
em furos com diâmetros entre
75 e 150 mm com injeção de
calda de cimento sem
pressão.

A dispersão dos resultados é


grande em função dos
Correlação entre qs e número de golpes NSPT ‐ (Ortigão e Palmeira, 1992) diferentes procedimentos
empregados por vários
executores. Prof. Gabriel Milaré Andrade
DIMENSIONAMENTOS DOS GRAMPOS
OUTRAS EQUAÇÕES POSSÍVEIS PARA OBTENÇÃO DE qs (kPa)

𝑞 67 60 ln 𝑁 Ortigão e Palmeira (1992)

𝑞 50 7,5 𝑁 Ortigão (1997)

𝑞 f · 𝜎 · 𝑡𝑔 , com  variando de 0,7 a 1,0 (Jewell)

Solos arenosos: 𝑞 2 · 𝜎 · 𝑡𝑔 (Carter e Gigan) e 𝑞 4,5 𝑁 (Bustamante e Doix) 

Solos Argilosos: 𝑞 0,03 · 𝑁 5,2𝑁

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DIMENSIONAMENTOS DOS GRAMPOS
DIMENSIONAMENTO GEOTÉCNICO

VALOR DE 
ENTRADA NO SLIDE

Valores em torno 
de  20 a 30 kN/m
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DIMENSIONAMENTOS DOS GRAMPOS
DIMENSIONAMENTO GEOTÉCNICO

Deve ser aplicado um fator de

ABNT NBR6122:2010 – Projeto e  segurança ao valor obtido pela


execução de fundação equação interpolada no gráfico.

Resistência calculada por método semi‐empírico: O fator de


segurança a ser utilizado para determinação da carga admissível é 2,0.

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DIMENSIONAMENTOS DOS GRAMPOS
DIMENSIONAMENTO GEOTÉCNICO – EXEMPLO
𝑞 67 60 ln 𝑁

67 60 ln 𝑁
𝑞 _
2

67 60 ln 10
𝑞 _ 102,6 𝑘𝑃𝑎
2

Para D=100 mm, tem‐se:
𝑄 _ 102,6 𝑘𝑃𝑎 · 𝜋 · 0,10
32,2 𝑘𝑁/𝑚
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DIMENSIONAMENTOS DOS GRAMPOS
DIMENSIONAMENTO GEOTÉCNICO

Relação entre qs (kPa) e volume de calda injetada  Teste de arrancamento em 


(litros/m) ‐ Fonte: Solotrat (2013)  fase inicial da obra (Setup 
ou piloto)
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ENSAIOS DE ARRANCAMENTO
• PORQUÊ DO ENSAIO
• ASPECTO NORMATIVO: NÚMERO DE ENSAIOS
• CARGAS DE ENSAIO

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ENSAIOS DE ARRANCAMENTO
Os ensaios de arrancamento fornecem as seguintes
informações:

• Determinação da resistência real da adesão, caso o


chumbador seja levado ao arrancamento

• Verificação de que a resistência de adesão real é maior que a


resistência de adesão usada no projeto

• Potencial para fluência da contenção


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ENSAIOS DE ARRANCAMENTO NBR16920‐2
A aparelhagem a ser utilizada nos ensaios é a seguinte:
a) base de reação;
b) cilindro (macaco) hidráulico com capacidade no mínimo 10 % maior que a carga
última da armação do grampo e curso de êmbolo compatível com os
deslocamentos máximos esperados entre o topo do grampo e o sistema de
reação;
c) manômetro com fundo de escala e leitura direta compatíveis com os incrementos
de carga do ensaio. Alternativamente, pode ser utilizada célula de carga;
d) sistema de medição axial de deslocamentos da extremidade do grampo com
leitura direta de 1 mm, com precisão de 0,5 mm.
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ENSAIOS DE ARRANCAMENTO NBR16920‐2
Quantidade de ensaios

• Para a verificação do parâmetro qs em ensaios prévios (opcionais), devem ser 
executados no mínimo tês ensaios de arrancamento por região representativa do 
modelo de cálculo.
• Para ensaios obrigatórios de desempenho, devem ser executados ensaios em 
grampos de sacrifício que não pertençam ao conjunto da obra, em um mínimo de 
1 % da totalidade de grampos da obra, ou um mínimo de três ensaios, em região 
representativa.

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ENSAIOS DE ARRANCAMENTO NBR16920‐2

São previstos dois tipos de ensaios de arrancamento:

a) ensaio prévio: opcional para definição do parâmetro


qs a partir de ensaios de campo;

b) ensaio de desempenho: mandatório para a


verificação da eficácia do processo executivo
adotado e coerência com os condicionantes de
projeto.

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ENSAIOS DE ARRANCAMENTO NBR16920‐2
Para a realização do ensaio, o grampo deve ser composto por dois trechos:
a) trecho livre: iniciado a partir da superfície do terreno, não pode ter aderência com
o terreno e deve ter condição de se deformar elasticamente. O trecho livre deve ter
comprimento mínimo de 1 m;
b) trecho injetado: deve se situar na região de determinação do qs e ter ligante
aderido ao grampo e ao terreno.
O trecho injetado deve ter comprimento adequado para verificar o valor de qs
estabelecido em projeto, sem comprometer a resistência do elemento estrutural da
armação do grampo. É recomendado trecho injetado mínimo de 3 m. Caso sejam
utilizados comprimentos diferentes, deve ser realizado estudo específico.
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ENSAIOS DE ARRANCAMENTO – NBR5629

ABNT NBR 5629 – Execução de tirantes ancorados no terreno

Recebimento: São ensaios rotineiros que


devem ser executados em 100% (!!!) dos
tirantes e têm a finalidade de determinar
o comportamento carga‐deslocamento
do sistema.

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ENSAIOS DE ARRANCAMENTO – NBR5629
 Ensaio de qualificação: Devem ser
executados em no mínimo 2 (dois)
tirantes ou 1% do total de
chumbadores na obra.
 São utilizados para avaliar a
capacidade de carga, os comprimentos
livre e ancorados reais, bem como a
resistência lateral desenvolvida ao
longo do trecho livre.

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ENSAIOS DE ARRANCAMENTO FHWA‐NHI‐14007 

 Recomenda‐se a realização de ensaios de


arrancamento em até 5% do total de grampos ou
FHWA‐NHI‐14‐007  pelo menos um ensaio a cada nível.

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ENSAIOS DE ARRANCAMENTO FHWA‐NHI‐14007 

 Tempo de aplicação da carga: 10 a 60 minutos


FHWA‐NHI‐14‐007 

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ENSAIOS DE ARRANCAMENTO FHWA‐NHI‐14007 

FHWA‐NHI‐14‐007 

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ENSAIOS DE ARRANCAMENTO FHWA‐NHI‐14007 

 Alongamento médio estimado: 2,5 cm


 Alongamento máximo admitido: 5,0 cm

FHWA‐NHI‐14‐007 

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ENSAIOS DE ARRANCAMENTO FHWA‐NHI‐14007 

FHWA‐NHI‐14‐007 

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DISTRIBUIÇÃO DE CHUMBADORES
• MALHAS USUAIS

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DISTRIBUIÇÃO DE CHUMBADORES

• Malhas definidas de acordo com pré‐


dimensionamento;
• Espaçamentos mínimos e máximos:
• Espaçamento mínimo: 1,00 m;
• Espaçamento máximo: 2,00 m;
DISTRIBUIÇÃO DE CHUMBADORES
• Tipos de distribuição:
• Grampos alinhados (Malha quadrada ou retangular); Pé de galinha

• Quincôncio (pé‐de‐galinha);
DISTRIBUIÇÃO DE CHUMBADORES
• Distribuição no pé e no topo da contenção
DIMENSIONAMENTO DE 
ELEMENTOS DE DRENAGEM
• ASPECTOS TEÓRIOS E PRÁTICOS

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ELEMENTOS DE DRENAGEM
A função do sistema de drenagem interna é a captação e a condução de eventuais 
águas que atinjam o maciço.  O sistema de drenagem interna não pode permitir a 
captação das águas superficiais. Podem compor o sistema de drenagem interna, 
concomitantemente ou de forma isolada, os seguintes componentes:

a) geodrenos verticais na face, associados à saída no pé da contenção ou às saídas 
ao longo do próprio geodreno por meio de barbacãs;
b) barbacãs na face;
c) paramento drenante;
d) dreno sub‐horizontal profundo (DHP).
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ELEMENTOS DE DRENAGEM
DRENAGEM DO MACIÇO – DRENO SUBHORIZONTAL PROFUNDO (DHP)
Tem a função de captar as águas de diversos níveis de
surgência inclusive parte do lenços freático e água
de precipitação que percola no maciço.

• Inclinação para cima de 5 a 10º
• Espaçamento entre DHP’s de 4 a 6 metros
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ELEMENTOS DE DRENAGEM
DRENAGEM DO MACIÇO – DRENO SUBHORIZONTAL PROFUNDO (DHP)

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ELEMENTOS DE DRENAGEM
DRENAGEM DO PARAMENTO – BARBACàOU BUZINOTE

Promover um adequado fluxo às águas que chegam


ao paramento vindas do talude, evitando o
surgimento de esforços hidrostáticos excessivos.

• Inclinação para cima de 5 a 10º
• Distribuição: 1 barbacã a cada 4m²
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ELEMENTOS DE DRENAGEM
DRENAGEM DO PARAMENTO – DRENO LINEAR

Promover um adequado fluxo às águas que chegam


ao paramento vindas do talude, evitando o
surgimento de esforços hidrostáticos excessivos.

Distribuição: linhas de drenos 
alternadas com os barbacãs 
com espaçamento máximo 
entre linhas de 6,00 m, desde 
que intercalados com outros 
sistemas de face.
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ELEMENTOS DE DRENAGEM
DRENAGEM DO PARAMENTO – DRENO LINEAR
PARAMENTOS PARA O 
SOLO GRAMPEADO

• PARAMENTO “VERDE”
• PRÉ‐FABRICADOS
• CONCRETO PROJETADO

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PARAMENTO VERDE

Utilização de Geomantas poliméricas

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PARAMENTO VERDE
Plantio de vegetação por meio de biomanta com hidrossemeadura

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PARAMENTO VERDE
Plantio de vegetação por meio grama em placas e aplicação de tela hexagonal

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ELEMENTOS PRÉ‐FABRICADOS

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CONCRETO PROJETADO

ABNT NBR 14026:2012 ‐ Concreto projetado — Especificação

Concreto com dimensão máxima característica do agregado maior ou 
igual a 9,5mm, transportado através de uma tubulação, projetado 
sob pressão sobre uma superfície, com compactação simultânea.

• Brita 0 ou pedrisco: de 4,8 mm a 9,5 mm Por Norma, além da 
• Brita 1: de 9,5 mm a 19 m forma de execução, é o 
• Brita 2: de 19 mm a 25 m agregado que define o 
• Brita 3: de 25 mm a 50 m concreto projetado
• Brita 4: de 50 mm a 76 mm

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CONCRETO PROJETADO

Utilização em obras de porte (túneis, contenções, etc.) com grande


vida útil esperada: 100 anos (PAULON, 1986)
Principais características 

• Agilidade de produção e praticidade 
• Velocidade de execução da estrutura 
• Dispensa fôrmas 
• Requisitos dependem da aplicação
• Flexibilidade geométrica 

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CONCRETO PROJETADO
Via seca ou via úmida?

O concreto projetado é um processo que depende do equipamento. A 
decisão sobre que equipamento utilizar depende: 

• Condicionantes de projeto. 
• Condicionantes de execução. 
• Condicionantes do material 

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CONCRETO PROJETADO
Concreto Projetado por Via Seca

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CONCRETO PROJETADO

Espessura da camada
• Quanto maior, menor a reflexão 
Substrato 
• Quanto mais irregular e duro, maior a reflexão 
Umidificação
• Quanto maior, menor a reflexão 
Velocidade de projeção 
• Quanto maior, maior a reflexão 
Distância de projeção 
• Distância ótima: ~1m 
Inclinação do jato 
• Quanto maior, maior a reflexão 

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CONCRETO PROJETADO

Concreto Projetado por Via Seca

A qualidade final do produto depende do equipamento bem ajustado! 

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CONCRETO PROJETADO
Equipamentos típicos de via úmida (grande variedade no mercado)

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CONCRETO PROJETADO

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CONCRETO PROJETADO

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CONCRETO PROJETADO COM FIBRAS
Tenacidade: energia absorvida com deformações plásticas 

Dosagem recomendada: 40 kg/m³

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CONCRETO PROJETADO COM FIBRAS

A durabilidade do revestimento pode ser maior com fibras devido: 
redução da fissuração. 

• Fibra é um elemento descontínuo e muito menos sujeito à corrosão 
eletrolítica do que as barras contínuas das telas ou cambotas. 

• Redução da reflexão 

• Eliminação da tela 

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AÇO CA‐60 – TELA ELETROSOLDADA

VERIFICAR
ARMADURA 
MÍNIMA!

TELA TIPO Q
MALHA QUADRADA

Traspasse mínimo de telas: 2 Malhas
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AÇO CA‐60 – TELA ELETROSOLDADA

Vantagens em seu uso
 Espaçamento uniforme dos fios;
 Aderência ao concreto através das juntas soldadas; 
 Facilidade de inspeção pelo engenheiro fiscal; 
 Reduz perdas por corte e sobras de pontas; 
 Dispensa o uso do arame de amarração;
TELA TIPO Q  Traspasse menor que o da armadura convencional;
MALHA QUADRADA
 Racionaliza o recebimento e a armazenagem;
 Reduz cortes e dobramentos.
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DIMENSIONAMENTO DO PARAMENTO
ARMADURA MÍNIMA

f
ω í 0,035 ρ í · 0,035
f ρ · 100 %
í
f
f f f
f 𝑒f
1,15 1,40

0,035
Uso de CA‐60 devido à sua grande  ρ í · 100 % 0,12%
600
utilização em obras civis e  1,15
concreto com fck de 25 MPa 25
1,4

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DIMENSIONAMENTO DO PARAMENTO
ARMADURA MÍNIMA

Para uma espessura de 12 cm de


concreto projetado e uma taxa de
armadura de 0,12% resulta em uma
área mínima de 1,44 cm²/m

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SOBRECARGAS  
ACIDENTAIS NO MACIÇO:

• ASPECTOS PRÁTICOS E 
NORMATIVOS
• EQUIPAMENTOS USUAIS

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SOBRECARGAS ACIDENTAIS NO MACIÇO

ABNT NBR 9061:1985 Segurança de escavação a céu aberto ‐
Procedimento (Atualmente cancelada, mas ainda uma ótima 
fonte de informações)

As cargas atuantes são agrupadas em duas categorias:

a) cargas estáticas:
i. empuxo lateral do solo;
ii. pressão hidrostática;
iii. cargas provenientes de construções próximas;
iv. acúmulo de material escavado na borda da escavação;
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SOBRECARGAS ACIDENTAIS NO MACIÇO

ABNT NBR 9061:1985 Segurança de escavação a céu aberto ‐
Procedimento (Atualmente cancelada, mas ainda uma ótima 
fonte de informações)

b) cargas dinâmicas:

i. Tráfego de veículos;
ii. Máquinas e equipamentos;

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SOBRECARGAS ACIDENTAIS NO MACIÇO

ABNT NBR 11682:2009
• Item 7.3.3 da  Estabilidade de Encostas 

Todas as estruturas de contenção devem ser projetadas


para suportar, além dos esforços provenientes do solo, uma
sobrecarga acidental mínima de 20 kPa (2000 kgf/m²),
uniformemente distribuída sobre a superfície do terreno
arrimado.
A utilização de valores inferiores para a 
sobrecarga acidental deve ser devidamente 
justificada pelo engenheiro civil geotécnico
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SOBRECARGAS ACIDENTAIS NO MACIÇO

ABNT NBR7188:2013 – Carga móvel rodoviária e de pedestres 
em pontes, viadutos, passarelas e outras estruturas

ABNT NBR7188:2013, norma que versa sobre


cargas móveis, o padrão TB45 estabelece 3 eixos
separados de 1,50 m com cada eixo transmitindo
150 kN ao pavimento em uma área de 18 m²,
portanto, totalizando uma carga total de 450 kN,
ou distribuída de 25 kPa (2500 kgf/m²).
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SOBRECARGAS ACIDENTAIS NO MACIÇO

ABNT NBR7188:2013 – Carga móvel rodoviária e de pedestres 
em pontes, viadutos, passarelas e outras estruturas

Contenções de taludes que servem como 
base para passagem de veículos, tais 
como o definido pela NBR7188:2013.

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SOBRECARGAS ACIDENTAIS NO MACIÇO
A sobrecarga de 10 kN/m² abrange não
só as cargas provenientes dos depósitos
de materiais de construção na faixa
lateral a escavação nas quantidades
usuais a esse tipo de obra, mas também
NC-03 as cargas provenientes de tráfego lateral
de veículos.

Sobrecarga uniformemente distribuída 
de 10 kN/m² e sobrecarga em faixa de 
1,5m de largura com intensidade de p’ 
(kN/m²), conforme tabela ao lado:

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SOBRECARGAS ACIDENTAIS NO MACIÇO

Exemplos para aplicação da NC‐03 (Metrô – SP):

FONTE: SOLOTRAT (ESTABILIZAÇÃO DE ESCAVAÇÃO DE TALUDE – SÃO PAULO)

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MANUTENÇÃO EM CONTENÇÕES DE 
SOLO GRAMPEADO
• POSSÍVEIS REPAROS E MANUTENÇÃO

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PATOLOGIAS NO SOLO GRAMPEADO
Acidentes em solo grampeado e
cortinas atirantadas não são muito
divulgados, mas ocorrem! As principais
falhas apresentadas na literatura são:

 Preenchimento incompleto da calda


de cimento ao longo do furo, que
pode causar instabilidade e deixar
os grampos suscetíveis à corrosão

 Falhas executivas, ineficiência ou


ausência de sistema de drenagem e
consequente perda de estabilidade
local e até mesmo global.
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PATOLOGIAS NO SOLO GRAMPEADO

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PATOLOGIAS NO SOLO GRAMPEADO

Manifestações patológicas nessas contenções ocorrem 
principalmente devido à presença de água no maciço!

A água em maciços de solo e/ou rocha não pode ser 
evitada, mas controlada de forma correta!

DRENAGEM INSTALAÇÃO E MANUTENÇÃO

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MANUTENÇÃO (NORMA)

Ao término da obra, o executor deve elaborar o manual de


manutenção da contenção, a ser encaminhado ao proprietário. Neste
manual, devem constar as providências em termos de operação e
manutenção da obra a serem seguidas pelo proprietário, entre elas,
periodicidade de inspeção geral, manutenção do sistema de
drenagem, restrições a intervenções, como escavação e sobrecargas
e outras, que possam comprometer a segurança por desacordo com
os condicionantes originais do projeto.
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LIMPEZA DE BARBACÃS E DHP’S

 Deve ser executada a limpeza periódica na


saída dos barbacãs e drenos horizontais
profundos (DHP’s), de forma a manter o
caminho livre para a passagem da água
presente atrás da estrutura e no maciço.

 O correto funcionamento da drenagem


dissipa as pressões hidrostáticas e também
impede o surgimento de eventuais
manchas de umidade no concreto, não
comprometendo sua durabilidade e
característica resistente

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PATOLOGIAS NO SOLO GRAMPEADO

PRINCIPAIS PATOLOGIAS OCORRIDAS NO PARAMENTO

• Erosão do concreto;
• Fissuração;
• Desplacamento;
• Área oca (sem aderência);
• Armadura exposta, sem cobrimento adequado;
• Umidade / Surgência / Infiltração de água.
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PATOLOGIAS NO SOLO GRAMPEADO

PRINCIPAIS PATOLOGIAS OCORRIDAS NO PARAMENTO

• Manchas superficiais;
• Eflorescências (Carbonatação);
• Surgimento de musgos e líquens;
• Crescimento de vegetação;
• Percolação de água pela por juntas e passagem de finos

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CRITÉRIOS DE 
DIMENSIONAMENTO
• METODOLODIAS USUAIS DE CÁLCULO
• VERIFICAÇÃO DE ESTABILIDADE

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METODOLOGIAS USUAIS DE CÁLCULO
MÉTODOS USUAIS

• Análise de Cunha crítica;

• Estabilidade do talude natural, sem reforços;

• Estabilidade do talude reforçado, com FS satisfatório.

• Empuxo Simplificado e equilíbrio de esforços numa cunha simplificada;

• Métodos empíricos (Ábacos Clouterre, 1991 – França);

• Avaliação por elementos finitos (MEF)
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METODOLOGIAS USUAIS DE CÁLCULO
ANÁLISE DE CUNHA CRÍTICA

 Estabilidade da contenção sem os chumbadores de 
forma a identificar a superfície crítica de ruptura 
delimitadas pelas cunhas com fator de segurança 
inferiores à 1,5, as quais delimitam as zonas ativa e 
passiva do maciço;

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METODOLOGIAS USUAIS DE CÁLCULO
ANÁLISE DE CUNHA CRÍTICA

 Os grampos devem ultrapassar a superfície teórica


de ruptura do maciço a qual está sujeita a
deslocamentos, conforme apresentado no modelo
abaixo.

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METODOLOGIAS USUAIS DE CÁLCULO
ANÁLISE DE CUNHA CRÍTICA

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METODOLOGIAS USUAIS DE CÁLCULO
ANÁLISE DE CUNHA CRÍTICA

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