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Este material foi escrito para servir de apoio aos alunos da disciplina:
Transferência de Calor e Massa II (TCMII), do Curso de Engenharia Mecânica da
UNESP-Ilha Solteira. O conteúdo de TCMII corresponde ao transporte convectivo de
calor e massa. Aqui são apresentados os conceitos fundamentais de convecção e
maneiras de se determinar o coeficiente de transferência convectiva de calor e massa.
São abordados casos de convecção externa em superfícies planas e rombudas,
convecção em escoamentos internos, convecção natural, convecção com mudança de
fase e transferência de massa incluindo também difusão. Durante o curso são realizadas
alguns experimentos em Laboratório com a finalidade de medir o coeficiente de
transferência de calor, verificar a conservação de energia e visualizar processos de
convecção natural
SUMÁRIO
Transferência de Calor e Massa por Convecção ............................................................ 1
0. Introdução .................................................................................................................... 1
0.1 Importância de Transferência de Calor (Energia) e Massa .................................... 1
0.2 Conceitos .................................................................................................................... 2
0.2.1 Sistema Físico ......................................................................................................... 2
0.2.2 Equilíbrio Termodinâmico ..................................................................................... 3
0.2.3 Equilíbrio Termodinâmico Local ........................................................................... 3
0.2.4 Meio Contínuo ........................................................................................................ 4
0.3 Modos Principais de Transferência de Energia ....................................................... 5
0.4 Objetivos e Convenções ............................................................................................. 6
1. Fundamentos da Convecção ....................................................................................... 9
1.1 Fluxo Convectivo ....................................................................................................... 9
1.2 Condução e Convecção Combinadas numa Parede ............................................... 10
1.3 Coeficiente de Transferência de Calor Convectiva ................................................ 11
1.4 Taxa de Calor numa Superfície .............................................................................. 13
1.5 Estimativas do Coeficiente de Transferência de Calor Convectiva ....................... 14
1.5.1 Estimativas do Coeficiente de Transferência por Análise Dimensional ............ 14
1.5.2 Significado dos Grupos Adimensionais ............................................................... 20
1.6 Equações Gerais de Balanço ................................................................................... 23
1.6.1 Balanço Unidimensional ...................................................................................... 26
1.6.2 Equação de Balanço Incluindo Transporte Molecular e Convectivo ................ 28
1.6.3 Equação de Balanço Tridimensional................................................................... 29
1.6.4 Equações de Balanço em Notação Tensorial (Indicial)...................................... 31
1.7 Escoamentos com Transferência de Calor e Massa............................................... 34
2. Convecção Externa Laminar. Camada Limite ......................................................... 36
2.1 Camadas Limites Hidrodinâmica e Térmica .......................................................... 36
2.2 Adimensionalização das Variáveis .......................................................................... 40
2.3 Solução Exata das Equações de Camada Limite ................................................... 41
2.4 Camada Limite Térmica .......................................................................................... 48
2.4.1 Camada Limite Térmica Espessa (Parede Isotérmica) ....................................... 51
2.4.2 Camada Limite Térmica Fina (Parede Isotérmica) ............................................ 53
2.5 Solução Aproximada das Equações de Camada Limite (Método Integral) .......... 56
2.5.1 Camada Limite Hidrodinâmica............................................................................ 56
2.5.2 Camada Limite Térmica ....................................................................................... 60
2.6 Escoamentos Externos sobre Corpos Rombudos ................................................... 61
2.7 Equações Diferenciais de Escoamentos Turbulentos ................................................... 62
2.7.1 Equações Instantâneas de Turbulência ...................................................................... 62
2.7.2 Decomposição de Reynolds .......................................................................................... 63
2.7.3 Equações Médias de Reynolds de Transporte Turbulento (RANS)......................... 64
2.7.4 Camada Limite Hidrodinâmica................................................................................... 67
2.7.5 Camada Limite Térmica .............................................................................................. 72
3. Convecção Forçada no Interior de Dutos ................................................................ 75
3.1 Escoamento laminar num tubo com simetria axial ............................................... 75
3.2 Escoamento laminar em um canal de placas paralelas ......................................... 78
3.3 Fator de atrito de Fanning e Queda de Pressão ..................................................... 78
3.3 Entrada Térmica ...................................................................................................... 80
3.4 Escoamentos Turbulentos ....................................................................................... 84
3.5 Variação da temperatura média de mistura ........................................................... 92
3.5 Taxa total de transferência de calor ....................................................................... 92
4. Convecção Natural .................................................................................................... 95
4.1 O que causa o escoamento por convecção natural ................................................ 95
4.2. Camada Limite ao longo de uma parede vertical .................................................. 96
4.2.1 Equações simplificadas da camada limite ........................................................... 96
4.2.2 Análise de escala em regime laminar .................................................................. 99
4.2.3 Parede isotérmica (escoamento laminar) .......................................................... 102
4.2.4 Transição e Efeito de Turbulência sobre a Transferência de calor ................. 105
4.2.5 Fluxo de Calor Uniforme na Parede ................................................................. 108
4.3 Outras Configurações de Escoamentos Externos ................................................ 109
4.3.1 Reservatório Fluido Estratificado Termicamente ............................................. 109
4.3.2 Paredes Inclinadas ............................................................................................. 110
4.4 Configurações de Escoamentos Internos ............................................................. 112
4.4.1 Canais Verticais .................................................................................................. 112
4.4.2 Cavidades Aquecidas do Lado ............................................................................ 115
4.4.3 Cavidades aquecidas por Baixo.......................................................................... 118
4.4.4 Cavidades Inclinadas .......................................................................................... 118
4.4.5 Outra Formas de Cavidades: Espaço Anelar entre Cilindros e Esferas
Concêntricas ................................................................................................................ 119
5. Convecção com Mudança de Fase .......................................................................... 120
5.1 Transferência de Calor na Condensação ............................................................. 120
5.1.1 Filme Laminar sobre uma Superfície Vertical .................................................. 120
5.1.2 Filme Turbulento sobre uma Superfície Vertical ............................................. 125
5.1.3 Filme de Condensação em Outras Configurações ............................................ 127
5.1.4 Condensação em gotas por Contato Direto ....................................................... 131
5.2 Transferência de Calor na Ebulição..................................................................... 131
5.2.1 Regimes de Ebulição em Vaso Aberto ............................................................... 131
5.2.2 Nucleação da Ebulição e Fluxo de Calor de Pico ............................................. 133
5.2.3 Filme da Ebulição e Mínimo Fluxo de Calor ................................................... 135
5.2.4 Escoamento com Ebulição ................................................................................. 136
6. Transferência de Massa .......................................................................................... 138
6.1 Analogia entre Transferência de Massa e Transferência de Calor..................... 138
6.2 A Conservação das Espécies Químicas................................................................. 139
6.2.1 Velocidade das Espécies Versus Velocidade Média .......................................... 139
6.2.2 Fluxo de Massa por Difusão .............................................................................. 141
6.2.3 Lei de Fick .......................................................................................................... 142
6.2.4 Concentração Molar e Fluxo Molar .................................................................. 143
6.3 Difusão através de um Meio Estacionário............................................................ 145
6.3.1 Difusão em Regime Permanente ........................................................................ 145
6.3.2 Difusividades de Massa ...................................................................................... 147
6.3.3 Condições de Contorno ...................................................................................... 149
6.3.4 Difusão Dependente do Tempo .......................................................................... 150
6.4 Convecção .............................................................................................................. 154
6.4.1 Convecção Forçada em Escoamento de Camada Limite Laminar .................. 154
6.4.2 O Modelo de Superfície Impermeável ................................................................ 157
6.4.3 Convecção Externa Forçada Sobre Outras Configurações .............................. 158
6.4.4 Convecção Forçada Interna ............................................................................... 161
6.4.5 Convecção Natural ............................................................................................. 163
Bibliografia .................................................................................................................. 166
1
0. Introdução
0.2 Conceitos
macroscópicas médias sobre todas as moléculas que eles contêm (massa média,
velocidade, pressão ou temperatura).
O campo de radiação eletromagnética é caracterizado em escala macroscópica
pela definição em cada ponto r do espaço e para cada direção de uma quantidade
I , a intensidade monocromática relacionada com a freqüência . O campo de radiação
resulta da distribuição de fótons (quanta de energia particular de Bose-Einstein que em
repouso possuem massa nula) cada caracterizado pela freqüência , momentum p e
3 mv s2
Nk B T (0.1)
2 s 1
2
A(r , t )
0 (0.2)
t
Para processos em regime permanente (RP), não há variação das grandezas físicas com
o tempo. Ou seja,
A(r , t )
0 (0.3)
t
7
d q n dS . (0.4)
q q n . (0.5)
ou
d
q . (0.6)
dS
Figura 0.2 Vetor densidade de fluxo através de um elemento dS com normal n .
q cd kT , (0.7)
T
q q cd n kT n k , (0.8)
n
j E Vel , (0.9)
na qual E é o campo elétrico, é a condutividade elétrica e Vel é o potencial elétrico.
Já a Lei de Fick de difusão de massa, estabelece que a taxa de difusão j de uma
j D C , (0.10)
n
C , (0.11)
M n
onde é a massa específica da mistura e M é o peso molecular da mistura.
9
1. Fundamentos da Convecção
(r )V ndA
dm (1.1)
q cv ( r )V i (1.3)
q (r )V n i (1.4)
T f
q cdf k f (1.6)
y w
Ts T f
ks kf (1.7)
y w
y w
Considere o escoamento de um fluido com velocidade V (r ) e temperatura T (r )
T f Tm T1
q cc kf k f h(T1 Tm ) (1.8)
y 0 y y 0
q cc h Tw Tc (1.9)
Uma questão: por que usar convecção? Pode-se responder a esta questão
comparando os fluxos por condução e conduto-convectivo entre as duas paredes. Estes
fluxos podem ser definidos como
Tm T1
q cc k f e (1.10)
y 0
T2 T1
q cd k f (1.11)
y 0 l
13
q cc l
. Como l q cc q cd .
q cd
q
h , para Tw T f (1.12)
Tw T f
ou
k T
h (1.13)
Tw T f y y 0
temperatura em y 0 que coincide com a interface entre o fluido e o outro meio (por
exemplo, um parede sólida); T f é uma temperatura característica da corrente de fluido
T
longe da parede; é o gradiente de temperatura do lado do fluido na interface.
y y 0
Uma vez calculado o fluxo por convecção, a taxa de calor numa superfície pode
ser calculada como
T
q q Aw hAw (Tw T f ) k Aw (1.14)
y w
14
T
na qual k é a condutividade térmica do fluido; é o gradiente de temperatua na
y w
T
cc k h(Tw T f ) (1.15)
x 2 w
temperatura T0 longe da parede plana troca energia com a placa entre a entrada ( x1 0)
T
( x1 ) h( x1 )(Tw T0 ) k ( x1 ) (1.16)
x 2 w
h (Tw T0 ) . (1.17)
da qual se obtém
d
L2 L
a b c e
M M M ML
2 1 L f cte (1.19)
T 3 1 L3 LT T 3 1 T T
Igualando os expoentes nas dimensões nos dois lados da Eq. (1.19) resulta:
hL u L cp
cte 0 (1.21).
k k
Nu L cteRe L Pr
(1.22)
na qual
hL
Nu L é o número de Nusselt baseado no comprimento L;
k
u0 L
Re L é o número de Reynolds baseado em L e
cp
Pr é o número de Prandtl.
k
h( x1 ) x1 u x cp
cte 0 1 (1.23)
k k
em que
h( x1 ) x1
Nu x1 ( x1 ) é o número de Nusselt local em x1 ;
k
u 0 x1
Re x1 é o número de Reynolds baseado em x1 .
Hipótese de Boussinesq:
- As variações de temperatura são pequenas de modo que (T T0 ) 1 ;
anteriores para convecção forçada podem ser utlizados, desde que se defina uma
velocidade de referência u r . Pode definir essa velocidade de referência em função de
g (Tw T0 ) e então substituir u 0 por u r nas expressões de Nu L e Nu x . Admitindo
que a força de empuxo máxima por unidade de volume é balanceada pelas forças
viscosas por unidade de volume, reulta
ur
0 g (Tw T0 ) (1.25)
L2
ou
0 g (Tw T0 ) L2
ur (1.26)
0 u r L 02 g (Tw T0 ) L3
GrL , conhecido, agora, como número de Grashof,
2
baseado em L. Pode-se fazer um paralelo entre os dois tipos de conveçcão como
mostrado a seguir:
20
02 g (Tw T0 ) x 3
Grx
2
g (Tw T0 ) x 3
Ra x Grx Pr (1.27)
Nu x cteRa x Pr
(1.28)
Nu L cteRa L Pr
(1.29)
u0 L
1. Re L representa a razão das forças de inércia (convecção de momentum) para
as forças viscosas (difusão de momentum).
1
u 2 u
Re 2 2 caracteriza o escoamento (laminar ou turbulento). O número de
2 L L
Reynolds é que tem o maior efeito sobre o número de Nusselt.
21
cp
2. Pr representa a razão da difusividade de momentum (difusividade
k
cinemática) para a difusividade térmica
1
k
Pr . O número de Prandtl compara dois fenômenos de difusão
c p
h( x1 ) x1
3. O número de Nusselt local Nu x1 ( x1 ) representa o gradiente de temperatura
k
y T Tw
adimensional na parede. Em coordenadas cartesianas, definido y e T ,
x T0 Tw
então,
T
h( x)(Tw T0 ) k ( x)
y w
h( x)(Tw T0 ) T y T
k T y y
h( x)(Tw T0 ) 1 T
T0 Tw ( x)
k x y w
h( x) x T T
ou Nu x ( x) .
k y w
y w
22
w u / y w ( x)
cf .
1 2 1 2
u 0 u 0
2 2
y u
Com y e u , resulta
x u0
2 u
c f ( x) ( x)
Re x y w
hL
4. O Nu L é usado para calcualr a transferência global de calor para a placa ou da
k
placa. Ele é corresponde ao coeficiente médio de transferência de calor
L
Nu x ( x)dx
Nu L (não é o valor médio de Nu x (x) )
0 x
hL u L c p
Nu L cte 0
k k
h( x ) x u x c p
Nu x ( x) cte 0
k k
Nu x ( x) h( x)
x k
1 h( x)dx
L L
Nu x ( x) hL
dx L
0 x L 0 k k
L
Nu x ( x)dx
Nu L
0 x
23
Obs.:
a) Outros grupos adimensionais, relevantes a uma geometria particular podem
aparecer,
b) Grupos anteriores podem ser combinados:
- Péclet: Pe Re Pr ,
Nu
- Stanton: St ,
Pe
c) Convecção em tubos:
h( x ) D
Nu D ( x) e
k
hD
Nu D , L
k
As equações gerais de balanço podem ser deduzidas de várias formas. Aqui será
feita uma dedução baseada no transporte das grandezas em nível molecular (difusão) e
macroscópico (movimento de fluido). Antes, será apresenta uma breve conceituação do
mecanismo de transporte molecular. Pode-se definir taxa como a razão de uma força
Força Motora
motora por uma resistência, ou seja, Taxa . Veja os casos mais
Re sistência
clássicos de transferência de calor, massa e quantidade de movimento. No caso de
transferência de calor unidimensional, tem-se que o fluxo de calor é proporcional ao
gradiente de temperatura, pela Lei de Fourier
T
q / Ax k (1.30)
x
24
T x
q . Neste caso a força motora é T e a resistência é e a taxa é q .
x kA
kA
No caso de transferência de massa tem-se
C A T cte
J A / A x D (1.31)
x p cte
U x
F / A yx . (1.32)
y
x (1.33)
x
- Transferência de Calor
q J W
x em 2 ou 2 ,
Ax m s m
c p T , c p T
J
m3
m2
difusividade térmica,
k
c p s
c p T
q / Ax ;
x
- Transferência de Massa
J kmol
x A em 2 ,
A x m s
C A , C A
kmol
m3
m2
D difusividade, D
s
- Transferência de Momentum
U x , U x
kg m / s
m3
m2
viscosidade cinemática,
s
Generalizando para o caso tridimensional, a Eq. 1.33 pode ser reescrita como
(1.34)
- Transferência de Massa
jA
DC A T , p ctes (1.36)
A
U T U (1.37)
V V
Geração G
Acumulação V
t
G x A2 x A1 / V (1.41)
t
ou de maneira análoga
G x A2 x A1 / V (1.42)
t
28
x A
G (1.43)
t V
G x (1.44)
t x
respectivamente por
29
x ,m e x ,c U x (1.45)
x
que substituídos na Eq. (1.44) resulta na equação de balanço unidimensional na forma
U x
G ou
t x x x
U x
G (1.46)
t x x x
No caso tridimensional haverá fluxo nas três direções dos eixos de coordenadas,
Figura 1.9. Pode-se mostrar de maneira análoga que a equação equivalente à Eq. (1.44)
é:
y z
G x (1.47)
t x y z
ou
G (1.48)
t
na qual i x j y k z e operador del ou nabla é definido como
i j k .
x y z
30
m e c U (1.49)
Com m c , a Eq. (1.48) fica na forma
t
U G (1.50)
c p T
t
Uc p T c p T G (1.51)
A
t
U A D A G (1.52)
31
U
UU (1.53)
t
G
U T U (1.54)
e U , resultando
t
U 0 (1.55)
p g
(1.56)
G
A A1e1 A2 e2 A3 e3 (1.57)
A Ai ei , i 1,2,3 (1.58)
32
A convenção é que índice repetido na mesma posição indica soma, ou seja, no caso, em
questão,
A Ai ei A1e1 A2 e2 A3 e3 (1.59)
3
Esta convenção evita ter de carregar a notação inconveniente, A Ai ei e deixa a
i 1
notação mais compacta. O operador nabla ou del em notação de índices pode ser
representado como
e j e1 e2 e3 (1.60)
x j x1 x2 x3
As operações com vetores, considerando dois vetores A e B , podem ser
representadas como
-produto escalar
A B AB cos ou A B Ai ei B j e j Ai B j ei e j (1.61)
o produto escalar entre os vetores de base (note que o ângulo entre os vetores de base é
90o) tem o seguinte seguinte resultado
1, se i j
ei e j ij
0, se i j
na qual ij é um tensor unitário conhecido com delta de Kronecker. Assim o produto
escalar de dois vetores, pode finalmente ser escrito usando índices como
A B Ai Bi A1 B1 A2 B2 A3 B3 (1.62)
33
-produto vetorial
A B AB sen ou A B Ai ei B j e j Ai B j ei e j (1.63)
ei e j ijk e k (1.64)
A B Ai ei B j e j Ai B j ei e j ijk Ai B j ek (1.65)
-produto diádico
AB Ai B j ei e j (1.66)
que resulta nove componentes, o produto diádico constitui um tensor de segunda ordem.
Os componentes de um tensor podem ser representados por índices. Seja T AB , então
T Tij ei e j (1.67)
na qual Tij Ai B j .
Nos casos especiais em que A e B U , resultam os seguintes resultados
das operações vetoriais
34
U i U 1 U 2 U 3
U (1.68)
xi x1 x2 x3
U i
U ijk ek (1.69)
x j
U j U i
U ei e j , TU ei e j (1.70)
xi x j
As operações com tensores também são possíveis. Seja o tensor T , assim,
resulta, por exemplo, o divergente do tensor na forma
t
U 0 (1.72)
U
UU p g (1.73)
t
2
U T U U I (1.74)
3
h
t
Uh h (1.75)
Pr
35
A
t
U A D A R (1.76)
f ( , T , p) 0 (1.77)
U i
0 (1.78)
t xi
U i U j U i p ij
g i (1.79)
t x j xi x j
U U j 2 U
ij i k
ij (1.80)
x j x i 3 x k
h U i h h U j p p
ij Ui (1.81)
t xi xi Pr xi xi t xi
A U i A A
D R (1.82)
t xi xi xi
36
temperatura T0 a partir de uma dada coordenada passa a escoar sobre uma superfície
1) Equação de Continuidade
37
u v
0 (2.1)
x y
u u 1 p 2u 2u
x: u v 2 2 ; (2.2)
x y x x y
v v 1 p 2v 2v
y: u v 2 2 (2.3)
x y y x y
T T 2T 2T
u v 2 2 (2.4)
x y x y
Para obter as equações de camada limite, aquela região em que o efeito viscoso é
predominante e grandes gradientes de temperatura ocorrem, uma análise de ordem de
1
grandeza dos termos das equações (2.1) - (2.5) será realizado. Supondo que ,
x L
2 1 1 1 2 1 1
, ou , 2 ou 2 . Da equação de continuidade pode se
x 2
L2
y t y 2
t
demonstrar que
u v u v
v u
x y L L
38
u
u v
x y L
2 1 2 1 1
2 2 2 2 ou 2
x L y t
Observando a ordem de grandeza dos termos na Tabela 2.1, pode-se concluir que
uu / x e vu / y são da mesma ordem. Se L , a ordem de grandeza dos termos
u
de atrito será . Após esta análise pode-se reescrever a Eq. (2.2) como
2
u u 1 p 2u
u v 2 . (2.6)
x y x y
p u2 p u
ou 2
x L x
v u u u 2 u u 2
u u
x L L L L x L
39
v u 1 u u 2 u u u u 2
2
v v
y L L L L y L L
p v 1 u
2 u 2 2
y L L
Portanto,
p p
/ O
y x L
Considerando p px, y , então
p p dp p p dy
dp dx dy ou .
x y dx x y dx
dp dp
dx dx
1 dp 1 du2
0
dx 2 dx
1 dp 1 du2
dx 2 dx
40
u v
0 (2.7)
x y
u u 1 p 2u
u v 2 (2.8)
x y x y
p
0 (2.9)
y
T T 2T
u v 2 (2.10)
x y y
u ( x,0) 0 v( x,0) v w T ( x ,0 ) Tw
u ( x, ) u ( x ) v ( x, ) 0 T ( x, ) T ( x) (2.11)
u (0, y ) u 0 ( y ) v(0, y ) 0 T (0, y ) T0 ( y )
x y u v p T Tw u L
X ; Y ; U ; V ; P ; ; Re L 0 ;
L L u0 u0 u 0
2
T0 Tw
u0 L
Pe L Re L Pr
U V
0 (2.12)
X Y
U U P 1 2U
U V (2.13)
X Y X Re L Y 2
P
0 (2.14)
Y
1 2
U V (2.15)
X Y Pe Y 2
dp dp du
u (2.17)
dx dx dx
u v (2.18)
y x
u v 2 2
0 0 (2.19).
x y xy yx
Agora define-se uma variável de similaridade e uma função de corrente como a seguir
m 1 y m 1
Re x f ( ) Re x (2.20)
2 x 2 u x
u x
em que Re x . A equação (2.20) pode ser simplificada após substituição de Re x e
u , resultando
m 1 c m1 / 2 m 1 1 m1 / 2
x y f ( ) x (2.21)
2 2 c
df df
u cx m u (2.22)
y d d
43
2c m1 / 2 m 1 m 1 df
v x f ( ) (2.23)
x m 1 2 2 d
u df m 1 c m 1 m 3 / 2 d 2 f
cmx m1 cx m x y (2.24)
x d 2 2 d 2
u m 1 c m1 / 2 d 2 f
cx m x y (2.25)
y 2 d 2
2u m m 1 c m 1 d f
3
cx x (2.26)
y 2 2 d 3
2m df
2
d3 f d2 f
f 10 (2.27)
d 3 d 2 m 1 d
2m
Definindo , a equação (2.27) fica na forma:
m 1
d3 f d2 f df 2
f 1 0 . (2.28)
d 3 d 2 d
df
0; 0, f 0 (2.29)
d
df
; 1 (2.30)
d
44
df m 1 u m 1 df
u u e v f (2.31)
d 2 Re x m 1 d
df d2 f
Definindo g e h , a equação (2.28) pode ser transformada num
d d 2
sistema de equações diferenciais ordinárias como a seguir
df
g
d
dg
h (2.32)
d
dh
d
fh g 2 1
f (0) 0
g (0) 0 (2.33)
h(0) desconhecido
Como pode ser observado na equação (2.33) a valor inicial para h é desconhecido e
também deve ser determinado na solução do problema. O valor inicial correto para h é
aquele que leva a condição da equação (2.30). Portanto, a solução do sistema (2.32)
deve ser obtida de forma iterativa.
No caso especial de m 0 , definindo * / 2 e f * f / 2 , obtém-se a
partir da equação (2.28), nas novas variáveis, mas omitindo o asterisco.
d3 f f d2 f
0 (2.34)
d 3 2 d 2
45
que é conhecida como equação de Blasius. A partir da equação (2.32) obtém-se com
0 que
df
g
d
dg
h (2.35)
d
dh
fh / 2
d
Re x
u
df
f ( ) e
v
f f (2.36)
u d u 2
u 1 2
c f ,x / u (2.37)
y y 0
2
d2 f
c f ,x 2 2 / Re x (2.38)
d 0
d2 f
A partir da solução de f obtém-se 2 0,332 . Portanto o fator de atrito será
d 0
expresso como
0,664
c f ,x (2.39)
Re x
x
A força de cisalhamento numa parede de comprimento x é: w, x dx x w, x .
0
Assim, obtém-se
w, x
1 x
c f ,x c f , x dx (2.40)
1 2 x 0
u
2
1,328
c f , x 2c f , x (2.41)
Re x
u u
u 2
x
x 1
ou
u x Re x
y
De Re x , para 4,92 y 99 , resultando para a espessura da camada
x
limite
99 4,92
(2.42)
x Re x
u
u
u
* 1 dy e ** 1 dy (2.43)
0 u 0 u u
* 1,72 ** 0,664
(2.44)
x Re x x Re x
U U 1 2U
U V (2.45)
X Y Re L Y 2
1 2
U V (2.46)
X Y Re L Y 2
A equação (2.46) é similar à equação (2.45), então ambas soluções devem ser idênticas.
O número de Nusselt é definido por
( X ,0)
Nu x ( X ) (2.47)
Y
2 U ( X ,0) 0,664
c f ,x ( X ) (2.48)
Re x Y Re x
U ( X ,0)
0,332 Re x
Y
( X ,0) U ( X ,0)
e portanto, como , obtém-se o número de Nusselt neste caso
Y Y
definido por
Nu x ( X ) 0,332 Re x (2.50)
49
No caso mais geral de qualquer número de Prandtl não unitário assume-se que
Re L
( X , Y ) ( ) Y . A partir da equação de energia
X
1 2
U V
X Y Pr Re L Y 2
Re x
com U ( )
df
f ( ) e V ( ) f f , pode-se demonstrar que
d 2
d 2 Pr f d
0 (2.51)
d 2 2 d
( 0) 0
(2.52)
( ) 1
d dg d 2
Definindo g
d
, então
d d 2
. Daí ( )
g ( )d . A partir da
0
dg Pr f
g 0 (2.53)
d 2
Pr
g ( ) C exp
2 f ( )d
0
Pr
( )
0
C exp
2 f ( )d d
0
(2.54)
1
C
Pr
0
exp
2 0
f ( )d d
Pr
0
exp
( )
2
0
f ( )d d
(2.55)
Pr
0
exp
2
0
f ( )d d
( X ,0) d Re L d (0)
Nu x ( X ) (2.56)
Y d Y X d
L
Nu x ( X )
Nu L dX 0,664 Re1L/ 2 Pr1 / 3 (2.58)
0 X
51
T (2.59)
T T 2T
u v , (2.60)
x y y 2
convecção condução transversal
T T T
u ,v 2 (2.61)
x t
Fora da camada limite hidrodinâmica a velocidade transversal, u . Então obtém-
x
se para o termo convectivo transversal
T T
u (2.62)
t x t
52
em que 1 . Daí pode concluir a partir da equação (2.61) que o termo convectivo
t
transversal é bem menor do o termo longitudinal, portanto,
T T
u 2 (2.63)
x t
A ordem de grandeza da velocidade longitudinal dentro da camada limite
térmica será u u . A partir da equação (2.63), pode-se então deduzir
T T ( / ) x 2 x2
u 2 t
2
(2.64)
x t u x Pr Re x
A espessura da camada limite térmica será proporcional a razão de x pela raiz quadrada
do número de Péclet, ou seja
x u x
t , Pe x (2.65)
Pe x
T
q w, x k h(Tw T ) (2.66)
y y 0
T T
O gradiente de temperatura junto à parede , T Tw T . O fluxo de calor
y t
T
será então da ordem de grandeza q w, x k . O número de Nusselt definido como
t
h( x ) x
Nu x , pode ser reescrito em função do fluxo de calor como
k
q w, x x T 1 x
Nu x k (2.67)
T k t T k
53
x x
Nu x ou que
t xPe x1 / 2
1/ 2
x
t xPe 1 / 2
x
u
1/ 2
x
1/ 2
x
x x Pr1 / 2 1 Pr 1
1/ 2
x u
u
Os fluidos com Prandtl muito baixos são os metais líquidos mercúrio e sódio.
No caso da camada limite térmica ser bem mais fina do que a camada limite
hidrodinâmica, Figura 2.4
Figura 2.4.Camada limite térmica para fluidos com altos números de Prandtl
54
T (2.69)
u u t
u u (2.70)
t
t T T
u 2 ou t3 x (2.71)
x t
A equação (2.71) pode ser manipulada após substituir a espessura da camada limite
hidrodinâmica:
1/ 2
1/ 2 1/ 2
x x x 1 x 1
3
t3 x x
3 2
u xu u xu Pr u x Re x
t t
x3 1
t
3
Pr Re 3x / 2
q w, x x
O número de Nusselt definido por Nu x terá portanto a ordem de
T k
x
grandeza Nu x , resultando após substituição da equação (2.72) que
t
x x
Nu x
q w, x dx xq w, x kT dx xq w, x
0 0 x
q w, x x x
Nu x x
h( x ) x
dx dx
kT 0 x 0 kx
q w, x x x1 x h ( x) x
h( x)dx
kT k x 0 k
q w, x x
Nu x 1,128Re1x/ 2 Pr1 / 2 (Pr 0,5) (2.75a)
kT
u x
Na literatura aparece para Pe x 100 , a correlação para todo faixa de
número de Prandtl:
uniforme, fluxo de calor uniforme na parede ou fluxo de calor não uniforme na parede.
Vide Bejan (1993).
corrente de água a temperatura T 25o C com velocidade u 0,6 cm/s escoa sobre
a placa cujo comprimento é 20 vezes a sua espessura. Calcule (a) o fluxo de calor local
na saída da placa, (b) o fluxo de calor médio, (c) o coeficiente de transferência de calor
(d) a taxa total de transferência de calor entre a placa e a corrente de água.
u u 2u
u v 2 (2.77)
x y y
u ( x ,0 ) v ( x ,0 ) 0
(2.78)
u ( x, ) u
u
u u
0
u
x
dy
v y dy y
0
y 0
(2.79)
u
v
v
v dy uv 0 u dy u v u dy (2.80)
0 y 0 y 0 y
u
v
0 x
dy (2.81a)
v
u
0
u
y
dy
0
u
x
dy (2.81b)
Assim resulta
u
u
u
0
v
y
dy u
0 x
dy
u x dy
0
(2.82)
u
u
u u
0
u
x
dy u
0 x
dy
u x dy y
0
y 0
ou
u
u u
0
2u
x
dy u
0 x
dy
y y 0
u 2
u u
0 x
dy
0
u
x
dy
y y 0
u 2
u u
0 x
dy
u
0
x
dy
y y 0
u 2 uu u
0 x
dy
y y 0
58
d
u
u
u u dy
2
(2.83)
dx 0 y y 0
2 3
y y y
u ( x, y) a0 a1 a2 a3 (2.84)
u ( x, ) u ( x, )
A equação (2.78) possibilita escrever que 0 e 0 que
x y
2 u ( x, )
substituídas na equação (2.77) leva a 0 . Assim pode-se reescrever novas
y 2
condições de contorno como
u ( x ,0 ) 0
u ( x, ) u
u ( x, )
0 (2.85)
y
2 u ( x, )
0
y 2
a0 0
a1 a 2 a3 u
(2.86)
a1 2a 2 3a3 0
2a 2 6a 3 0
3 1
A solução do sistema (2.86) resulta os valores a1 u , a2 0 e a 3 u
2 2
que substituídos em (2.84) leva ao perfil de velocidade
59
3 y 1 y 3
u ( x, y) u (2.87)
2 2
d 39 3
( x) ou
dx 280 2u ( x)
140
( x ) d dx (2.88)
13 u
com (0) 0 .
280 x
2 ( x) ou
13 u
280 x
( x)
13 u
( x) 4,64
(2.89)
x Re x
u 3 u
O gradiente de velocidade na parede é definido por . Assim o
y y 0
2 ( x)
2 u
fator de atrito será definido na forma c f , x , da qual se obtém
u 2 y y 0
3 2 Re x 3 Re x 0,646
c f ,x u 2 (2.90)
2 u x 4,64 u x 4,64 Re x
60
0,646 0,664
c f ,x exato c f , x (2.91)
Re x Re x
( x) 4,64 ( x) 4,92
exato (2.92)
x Re x x Re x
T ( x,0) Tw 0
T ( x, t ) Tw T Tw
T ( x, t )
0 (2.93)
y
2 T ( x, t )
0
y 2
De maneira análoga ao que foi feito para o caso da camada limite hidrodinâmica,
obtém-se neste caso o perfil de temperatura
3 y 1 y
3
T ( x, y ) Tw T Tw (2.94)
2 t 2 t
t
T t
T T
0
u
x
dy
0
v
y
dy
y y 0
(2.95)
t 1
3 5
0,93
t (2.96)
14 Pr
t
Pr 1 / 3 , Pr 0,7 (2.97)
h( x) x x k T / y y 0 3 x 3 x Pr1 / 3
Nu x ( x) (2.98)
k k T Tw 2 t ( x) 2
3 k
h( x ) (2.100)
2 t ( x)
rombudos tais com cilindros e esferas ou arranjos de banco de tubos. Em geral nestes
casos o comprimento característico é o diâmetro do tudo ou da esfera. Estas correlações
podem ser encontradas na literatura. Vide por exemplo Bejan (1993).
ui
0 (2.101)
t xi
u u j 2 u
ij i k
ij (2.103)
x
j x i 3 x k
h
u i h
h
u ju j
xi Pr x
t xi i x i 2
(2.104)
u j p p
ij T u i
xi t xi
63
ij p ij ij (2.107
Reynolds propôs que uma grandeza instantânea pode ser decomposta numa parte
média mais uma parte flutuante devido o efeito da turbulência, na forma:
(2.108)
na qual a parte média pode ser definida de várias formas. Uma média que normalmente
é definida é media no tempo
lim 1 t0 t
(x)
( x , t )dt
t t t0
(2.109)
1 t0 t
ui
t t0
u i ( x , t )dt (2.110)
t0 t t0 t
u i ( x , t ) u i dt
uidt
1 1
u i (2.111)
t t0 t t0
Portanto
u i 0 (2.112)
A variança ou segundo momento de u i em x é obtida como
64
t 0 t
u iu i u i 2
1
u i ( x, t ) u i 2 dt 0 (2.113)
t t0
u i ( x , t ) u i u j ( x , t ) u j dt 0
t 0 t
1
u iu j (2.114)
t t0
(regra da soma)
(regra do produto)
, 0 0 (regra da derivada)
x x t t
u i
0 (2.115)
xi
65
u i u j u i u j u i
p
g i
ij
(2.116)
t x j xi x j
Rij u j u i (2.117)
1 2
Rij u iu i t ij k ij ijt (2.118)
3 3
na qual
u i u j
ijt t (2.119)
x j xi
ui u j ui p 2k / 3 u
( ) ui j
g i t (2.120)
t x j xi x j
x j xi
u v
0 (2.121)
x y
66
u u 1 dp u
u v t (2.122)
x y dx y y
T T t T
u v (2.123)
x y y Prt y
u
t l2 (2.124)
y
l ky (2.125)
u u u
ap mol t t t (2.126)
y y y
T T T
q mol
q ap qt k c p t k c p t (2.127)
y Prt y y
y (subcamada viscosa, t )
u 1 (2.128)
ln( y ) B (subcamada completamente turbulenta, t )
k
y u
y ut ; u (2.129)
ut
w, x
ut (2.130)
68
u u dp
u v (2.131)
x y dx y
u
Admitindo que próximo à parede u 0 , u u ( y ) e v v0 , então
y
du dp d
v0 (2.132)
dy dx dy
dp
w, x v0 u y (2.133)
dx
v0 u dp y
1 (2.134)
w, x w, x dx w, x
w, x u
c f ut2 (2.135)
2
y w, x / yu c f / 2 u u / u v v /u
y ut y ; u ; v 0 0 0 ;
ut cf /2 ut cf /2
dp / dx
p (2.136)
1 / 2 w3 ,/x2
1 v0 u p y (2.137)
w, x
1 (2.138)
w, x
como
w
t
du
(2.139)
dy
w du
dy
w
du dy
w
dy
u y
du
o 0
w
u y
70
w
u y
u w y 1 y u t2 u t y
ut ut ut
u 10,8
u y (2.140)
y 10,8
w du
t
dy
du du
t l2 k 2 y2 (2.141)
dy dy
2
w du du w 1
k 2 y 2 (2.142)
dy dy ky
du 1
dy ky
u y
dy
du
10 ,8 10,8 ky
1 y
u 10,8 ln
k 10,8
71
u 2,44 ln y 5 (2.143)
Na literatura aprecem outras leis de parede, uma delas é Lei de Potência 1/7 de
Prandtl que propôs
u 8,7 y 1/ 7
ou
1/ 7
u u y
8,7 t (2.144)
ut
u
1/ 7
u
8,7 t ou
ut
1/ 7
u w, x
1/ 2
8,7 (2.145)
w, x /
1/ 2
d w, x
dx 0
u u u dy
(2.146)
1 / 5
w, x 1 u x
c f , x u 0,0296
2
(2.147)
2
1 / 5
u x
0,37 (2.149)
x
T
q w, x k c p t (2.150)
y
q w, x
h( x ) (2.151)
Tw T
Dividindo a tensão de parede, equação (2.139) pelo fluxo de calor (2.150) resulta
w, x t du
(2.152)
q w, x c p t dT
1 du w, x
(2.153)
c p dT q w, x
Na parede, y 0; u 0, T Tw . Em y ; u u , T T . Portanto
1 u w, x
(2.154)
c p Tw T q w, x
73
h( x ) q w, x w, x
St x (2.155)
c p u c p u (Tw T ) u 2
ou
Nu x Nu x
St x (2.156)
Pe x Re x Pr
1
St x c f ,x (2.157)
2
1
St x Pr 2 / 3 c f ,x (2.158)
2
1
Nu x c f , x Re x Pr1 / 3 0,0296Re 4x / 5 Pr1 / 3 (2.159)
2
1 xtr 1 L
hL hx ,lam dx hx ,turb dx (2.160)
L 0 L xtr
Nu L
hL L
k
0,664 Pr1 / 3 Re1x/tr2 0,037 Pr1 / 3 Re 4L / 5 Re 4xtr/ 5 (2.161)
Nu L 0,037 Pr1 / 3 Re 4L / 5 23550 ; 5 x105 Re L 108 , Pr 0,5 (2.162)
Para Re L 5 x105
1) Equação de Continuidade
u 1 rv
0 (3.1)
z r r
u u 1 p 2 u 1 u
z: u v 2 r Fz ; (3.2)
z r z z r r r
v v 1 p 2 v 2 v 1 v v
r: u v 2 2 Fr (3.3)
z r r z r r r r 2
T T 2T 1 T
u v 2 r q (3.4)
z r z r r r
v0
u u (r ) (3.5)
p p( z )
dp d 2 u 1 du
2 . (3.6)
dz dr r dr
77
A Eq. (3.6) implica que ambos lados devem ser iguais a uma constante, ou seja,
dp d 2 u 1 du
cons tan te 2 (3.7)
dz dr r dr
dp P p pL
0 (3.8)
dz L L
u 0; r rw
du (3.9)
0; r 0
dr
rw2 dp r
2
u 1 (3.10)
4 dz rw
rw2 dp r
2
rw
1 1
U u (r )dA 2 1 2rdr (3.11)
A A rw 4 dz rw
0
rw2 dp
U (3.12)
8 dz
78
u r 2
2 1 (3.13)
U rw
u 3 y
2
1 (3.14)
U 2 h
U
2h 2 dp
(3.15)
12 dx
du U
w 4 (3.16)
dr r rw rw
w 4U 1 16 16
f (3.17)
1 rw 1 UD Re D
U 2 U 2
2 2
UD
com Re D . Na literatura também aparece o fator de atrito de Darcy-Weisbach
64
f * 4f (3.18)
Re D
8
b) duto de seção retangular; Dh a (onde a é o compriemnto do menor lado)
5
c) canal de placas paralelas; Dh 2a (onde a é o espaçamento entre as placas)
a
d) triângulo equilátero; Dh ( onde a é o lado do triângulo)
3
pA w PL
L 1
p f U 2
A/ P 2
L 1
p 4 f U 2 (3.20)
Dh 2
80
C
f (3.21)
Re Dh
Dh2 / 4
com B .
A
Ex. 3.1 Calcule P / L para escoamento de água a 20oC num tubo de D=2,7 cm e
U = 6 cm/s. Determine também p comprimento da região de entrada. Compare com o
compriemento adotado na prática ( Le 0,05D Re D ).
1
Tm uTdA (3.23)
UA A
q w
h (3.24)
Tw Tm
T Tw Tm
(3.25)
r r rw rw
u(i
A
z dz i z )dA q w Pdz
dTm P q w
(3.26)
dz A c pU
T 1 T
c p u ( r ) k r (3.28)
z r r r
Uma análise de ordem de grandeza dos termos nesta equação mostra que
1 q w T k
c pU k 2 ou h (constante) (3.29)
rw c pU rw rw
82
hDh
Como o número de Nusselt é definido por Nu Dh , então, Nu D O(1) .
k
r
T (r , z ) Tw ( z ) Tw ( z ) Tm ( z ) (3.30)
rw
na qual é uma função apenas de r. No caso de parede com fluxo de calor uniforme
resulta
dTw dTm
(3.31)
dz dz
T dTw dTm
(3.32)
z dz dz
u (r ) q w 1 d d
r (3.33)
U krw T r dr dr
Com
u r 2
2 1 e
U rw
(rw ) 0
(3.34)
(0) 0 ( simetria)
83
q r 3 r 2 1 r 4
(r ) w w (3.35)
kT 4 rw 4 rw
Churchill & Ozoe propuseram uma expressão válida tanto para o comprimento
de entrada quanto para a região completamente desenvolvido:
1/ 3
3/ 2
Nu D Gz / 19,04
1
(3.37)
4,3641 Gz / 29,6 1 Pr/ 0,0207 1 Gz / 29,6
2 1/ 6 2 / 3 1/ 2 1/ 3
2
1
D 2U z / D
Gz (3.38)
4z 4 Re D Pr
dTm
2h
Tw Tm ( z ) (3.40)
dz rw c pU
Tw Tm ( z ) 2h( z z1 )
exp (3.41)
Tw Tm,1 rw c pU
Nu D 3,66 (3.42)
q w 2,66
k
Tw Tm,1 exp 3,66 2z z1 (3.43)
D rw U
Ex. 3.2 Uma corrente de água à temperatura ambiente é aquecida quando escoa através
W
de um tubo com fluxo de calor uniforme na parede q w 0,1 . O escoamento é
cm 2
completamente desenvolvido hidrodinamica e termicamente. A vazão mássica é
m 10 g / s e o raio do tubo é rw 1 cm . As propriedades da água na temperatura são
g W
0,01 e k 0,006 . Calcule a) a velocidade média U; b)o número de
cm s cm K
Reynolds baseado no diâmetro; c) o coeficiente de troca de calor h e d) a diferença entre
a temperatura local de parede e a temperatura média local.
1) Equação de Continuidade
u 1 rv
0 (3.44)
z r r
u u 1 p 1
z: u v t r u t u Fz ; (3.45)
z r z r r r z z
v v 1 p 1
r: u v t r v t v2 t v Fr
z r r r r r r z z
(3.46)
3) Conservação de Energia Térmica
T T 1 T
u v t r T z t z (3.47)
z r r r r
u u
ap t (3.48)
r r
T T
q ap k c p t (3.49)
r r
86
v 0
u u (r ) (3.50)
p p( z)
1 dp 1 r ap
0 (3.51)
dz r r
u
T
1
z c p r r
rqap (3.52)
rw rw
dp
0 rdr d (r ap )
0 dz 0
87
dp rw2
rw w 0
dz 2
dp 2 w
(3.53)
dz rw
ap r
(3.54)
w rw
y
y
w / 1 / 2 resulta
y se t
u 1 (3.55)
ln( y ) B se vt
k
ou
u 8,7 y 1/ 7
(3.56)
Para calcular o fator de atrito e a queda de pressão no tubo, pode-se por exemplo
integrar a Eq. (3.56). A velocidade média no, caso será
2
rw
1
U d u rdr (3.57)
rw2 0 0
1/ 7
uc r w
1/ 2
8,7 w (3.58)
w / 1 / 2
88
w
Da definição do fator de atrito, f resulta
1
U 2
2
1/ 2
w
1/ 2
f
U (3.59)
2
0,079
f ; 2 x103 Re D 2 x104 (3.60)
Re D 1/ 4
0,046
f ; 2 x104 Re D 2 x106 (3.61)
Re D 1 / 5
1
f 2
(3.63)
D
1,74 ln 2,28
ks
T
r
2 c p u rdr 2rqap (3.64)
0 z
Para r rw , resulta
T
rw
c p u rdr rw q w (3.65)
0 z
q ap r
M (3.66)
q w rw
em que
T
r
1
urdr
M r
2
0 z (3.67)
T
rw
1
u rdr
rw2 0 z
T
Se q w é independente de z, é independente de r, a Eq. (3.67) fica então na forma
z
u rdr
r
1
2
M r 0
(3.68)
u rdr
rw
1
rw2 0
q ap r
(3.69)
q w rw
90
Para r rw , q ap cte q w . O coeficiente de troca de calor pode ser calculado pela
h 1
St f / Pr 2 / 3 ; Pr 0,5 (3.70)
c pU 2
hD
Nu D 0,023Re 4D/ 5 Pr1 / 3 ; 2 x104 Re D 106 (3.71)
k
2500 Re D 1,24x105
0,7 Pr 120
hD
Nu D 0,023Re 4D/ 5 Pr n ; L / D 60 (3.72)
k n 0,4 se T T
w m
n 0,3 se Tw Tm
0, 4
hD 1/ 3 Re D 104
Nu D 0,027 Re D Pr
4/5
; 0,7 Pr 16700 (3.73)
k w
parede T w .
A correlação mais acurada é de Gnielinski na forma:
91
Nu D
hD
f / 2 Re D 103 Pr
;
2300 Re D 5 x106
(3.74)
1 12,7 f / 2 Pr 2 / 3 1
0,5 Pr 10
1/ 2 6
k
Outras correlações alternativas a Eq. (3.74) aprecem na literatura [1], são elas:
104 Re D 5 x106
Nu D
hD
0,0214 Re D 100 Pr ;
0 ,8 0, 4
(3.75)
k 0,5 Pr 1,5
3x103 Re D 106
Nu D
hD
0,012 Re 0D,8 280 Pr 0, 4 ; (3.76)
k 1,5 Pr 500
q w =cte.
e Ts Tm , s
Ex. 3.3 O tubo interno de um trocador de calor coaxial usado para extração de energia
geotérmica tem diâmetro de 16 cm. O material do tubo é aço comercial. Numa certa
localidade ao longo do tubo, a temperatura média da corrente de água é 80 oC. Ofluxo de
água é de 100 ton/h. Calcule a queda de pressão por unidade de comprimento.
Tlm está entre Te e Ts . Também a taxa de calor pode ser calculada como
dTm P q w
como , obtém-se
dz A c pU
dTm P h
dz (3.81)
Tw Tm A c pU
T Te hPL
ln w ou
Tw Ts UAc p
T hA
ln e w (3.82)
Ts m c p
Te T
Tlm (3.83)
T
ln e
Ts
94
hAw
q m c p Te 1 exp (3.84)
m c p
Se o coeficiente h h(z ) , então h h( z )dz / L .
L
Te
que é um caso especial da Eq. (3.83) quando 1.
Ts
95
4. Convecção Natural
q w" , y k T / x x 0
hy (4.1)
Tw T Tw T
1) Equação de Continuidade
u v
0 (4.2)
x y
u u p 2u 2u
x: u v 2 2 ; (4.3)
x y x x y
v v p 2v 2v
y: u v 2 2 g (4.4)
x y y x y
T T 2T 2T
u v 2 2 (4.5)
x y x y
Para obter as equações de camada limite, aquela região em que o efeito viscoso é
predominante e grandes gradientes de temperatura ocorrem, uma análise de ordem de
grandeza dos termos das equações (4.2)-(4.5) pode ser realizada como no caso da
camada limite forçada sobre a placa horizontal. Assumindo que t é muito menor do y (
2 2
t y) pode-se desprezar em relação a . Também se assume que
y 2 x 2
dp
p( x, y) p( y) p ( y) e g . As equações de camada limite então se tornam
dy
98
u v
(m) 0 (4.7)
x y
v v 2v
(M) u v 2 g (4.8)
x y x
T T 2T
(E) u v 2 (4.9)
x y x
T T p p0 (4.10)
T p p T
T T (4.11)
ou
T T (4.12)
1
em é o coeficiente de expansão volumétrica térmica. Geralmente,
T p
v v 2v
1 T T u v 2 T T g ou
x y x
v v 2v
u v 2 T T g (4.13)
x y
x
empuxo
inércia fricção
99
k
hy (4.14)
t
u v
(m) (4.15)
t y
v v v
(M) u ,v 2 , g T (4.16)
t y t
T T T
(E) u ,v 2 (4.17)
t y t
v2 v
(M) 2 g T (4.18)
y t
T T
(E) v 2 (4.19)
y t
Na Eq. (4.18) pode-se ter o empuxo balanceado por atrito ou por inércia. No
v
caso de empuxo balanceado por atrito g T que combinada com as Eqs. (4.15)
t2
e (4.19) leva aos seguintes resultados:
100
u Ra 1y/ 4 ; v Ra 1y/ 2 ; t yRa y1 / 4 (4.20)
y y
g (Tw T ) y 3
Ra y (4.21)
hy
k
Ra y 1 / 4 (4.22)
y
hy y
e portanto o número de Nusselt local, definido como Nu y , será proporcional
k
Nu y Ra y
1/ 4
(4.23)
v2 v
Os resultados acima são válidos quando 2 ou para ou 1 Pr .
y t
Ou seja, para número de Prandtl da ordem de 1 ou maior que 1, Pr 1 . Uma análise
para a camada limite hidrodinâmica levará ao resultado
Pr1 / 2 1 (4.24)
t
v2
No caso de empuxo balanceado por inércia, gT e a ordem de grandeza
y
da espessura de camada limite e das velocidades será:
Ra Pr ; v Ra Pr ; t y Ra y Pr
1 / 4
u
1/ 4 1/ 2
y y (4.25)
y y
g Tw T y 3
Bo y Ra y Pr (4.26)
2
Nu Ra y Pr
1/ 4
Figura 4.3. Camada limite para fluidos com baixos números de Prandtl.
102
1 / 4
Ra y
s y (4.27)
Pr
1 / 4
Ra
s y ou
Pr
Pr1 / 2 1 (4.28)
t
Ra y g Tw T y 3
Gry (4.29)
Pr 2
1/ 4
Ra y
1 ; Ra y Pr 1
1/ 4
(4.30)
Pr
A análise por variável de similaridade também pode ser aplicada neste caso de
caonvecção natural ou livre. Definindo a variável de similaridade e a velocidade
adimensional como
103
x
y Ra y
1 / 4
(4.31)
G , Pr
v
(4.32)
/ y Ra 1y/ 2
u ; v (4.33)
y x
F , Pr (4.34)
Ra 1y/ 4
dF
Daí pode-se demonstrar que G . Definindo a temperatura adimensional como
d
T T
( , Pr) (4.35)
Tw T
1 1 2 3
F FF F (4.36)
Pr 2 4
3
F (4.37)
4
F 0; 0; (u 0)
F 0; 0; (v 0)
1; 0; (T Tw ) (4.38)
F 0; ; (v 0)
0; ; (T T )
hy y y T
Nu y k
k kT x x 0
(4.39)
d
Ra 1y/ 4
d 0
1/ 4
Pr
Nu y 0,503 Ra 1y/ 4 (4.40)
Pr 0,986 Pr 0,492
1/ 2
Nos limites de números de Prandtl muito altos ou muito baixos têm-se as correlações:
Nu y 0,600Ra y Pr ; Pr 1
1/ 4
(4.42)
hy y q w, y
y
Nu y (4.43)
k Tw T k
1 y
y y 0
q w, y q w , y dy (4.44)
Pode-se definir também, q w, y q w, y y . Se W e a largura da placa, a taxa de calor pode
1/ 4
Pr
N u y 0,671 Ra 1y/ 4 (4.46)
Pr 0,986 Pr 0,492
1/ 2
Ex.: 4.1. A porta de um forno de cozinha é um retângulo vertical de área 0,5 m de altura
e 0,65 m de largura. A superfície externa da porta do forno está a 40oC, enquanto o ar
do ambiente está a 20oC. Calcule a taxa de transferência de calor da porta par o ar
ambiente.
para Pr 1 . Pode-se ver que no caso de metais líquidos Pr 103 102 o número de
1 / 4
t v yRa y 1 / 2
Re Ra y Ra 1y/ 4 / Pr (4.50)
y
No caso de Pr 1 , obtém-se
na transição.
A correlação para cálculo do coeficiente de transferência de calor na faixa
laminar e transição e turbulenta foi proposta por Churchill e Chu:
2
0,387Ra 1y/ 6
N u y 0,825 8 / 27
(4.53)
1 (0,492 / Pr)9 / 16
N u y 0,825 0,325Ra 1y/ 6
2
(Pr 0,72) (4.54)
acuradamente é:
0,67Ra 1y/ 4
Nu y 0,68 (4.55)
1 (0,492 / Pr) 9 / 16 4 / 9
g Tw T y 3
1/ 4
hy y
ou
k
y g Tw T y 3
1/ 4
q w
Tw ( y) T k (4.57)
1/ 5
q w y gq w y 4
Tw ( y) T k k
(4.58)
gq w y 4
Ra *y (4.59)
k
1/ 5
Pr
Nu y 0,616 Ra
* 1/ 5
(4.60)
Pr 0,8
y
Para fluidos com Prandtl no range ar-água, a transição a turbulência ocorre para
Ra *y 1013 . Neste caso, as seguintes correlações
109
Nu y 0,6 Ra *y
1/ 5
laminar, 10 Ra y 10
5 * 13
(4.61)
1
N u y 0,75 Ra y
* / 5
Nu y 0,568 Ra *y
0 , 22
0 , 22
turbulento,1013 Ra *y 1016 (4.62)
Nu y 0,645Ra *
y
Figura 4.5 Número de Nusselt global (médio) para escoamento laminar numa parede
isotérmica e fluido estratificado termicamente.
q w, H H gTmax H 3
Nu H ; Ra H (4.64)
Tmax k
é calculado como
0,67Ra 1y/ 4
N u y 0,68
1 0,492 / Pr
(4.66)
9 / 16 4 / 9
g cos Tw T y 3
na qual Ra y para parede isotérmica Tw cte e
g cosq w y 3
Ra *y para parede com fluxo calor uniforme q w cte . No caso de
k
escoamentos turbulentos foi encontrado que as correlações dão melhores resultados com
g no lugar de g cos . A Tabela 4.1 mostra valores de número de Rayleigh na transição
de escoamento laminar de água para turbulento para fluxo uniforme e parede isotérmica
em função da inclinação da parede.
112
Ra *y
0 5x1012 - 1014
30o 3x1010 - 1012
60o 6x107 – 6x109
Tw cte
Ra y
0 8,7x108
20o 25x108
45o 1,7x107
60o 7,7x105
Figura 4.7 canal vertical com paredes isotérmicas; as extremidades do canal comunica
com um fluido isotérmico.
No caso do canal largo suficientemente, de modo que, não haja interação das
camadas limites, pode-se usar os resultados do escoamento sobre uma placa. Com os
comprimentos característicos H e L, para Pr 1 , o canal largo pode ser representado
pelos seguintes limites:
L L
Ra H1 / 4 ou Ra L1 (4.67)
H H
O canal estreito tem interesse especial. Pode-se ver pela Fig. 4.7 que, quando o
canal é estreito, o perfil de velocidade nas paredes interage formando um perfil similar
ao do escoamento num canal de placas paralelas (esc. Hagen-Poiseuille). O perfil de
temperatura tem o comportamento mostrado ao lado do canal estreito, de forma que
pode-se assumir
Tw T ( x, y ) Tw T (4.68)
d 2v g
T T cte (4.70)
dx 2
gTL2 x 2
v 1 (4.71)
8 L / 2
gTL3
L/2
m vdx (4.72)
L / 2 12
Pela inspeção das Eqs. (4.71) e (4.72), pode-se verificar que a velocidade e
vazão mássica independem da altura do canal H.
A taxa total de transferência de calor extraída pela corrente m das duas paredes
verticais é:
gc p T 2 L3
q m c p Tw T (4.73)
12
q
q (4.74)
2H
q H 1
Nu H Ra L (4.75)
T k 24
H
Ra L (4.77)
L
H
Tabela 4.2. Escoamento em chaminé (canal estreito, Ra Dh )
Dh
0 , 28 0 , 09
Ra H Pr L
N u H 0,22
0,2 Pr H (4.78)
H
2 10; Pr 105 ; Ra H 10 13
0 , 29 0 ,13
Ra H Pr L
N u H 0,18
0,2 Pr H
3
(4.79)
H Pr Ra H L
1 2; 10 3 Pr 105 ; 103
L 0,2 Pr H
q H
O Nusselt médio e número de Rayleigh são definidos como N u H
kT
g Th Tc H 3
Ra H .
117
q H kT H H
Nu H (4.80)
kT L kT L
indicando que neste caso a transferência de calor é puramente por condução ou difusão.
T H
4/9
Desde que a temperatura aumenta a mesma taxa em ambas paredes na direção vertical,
em cada nível, Th ( y ) Tc ( y ) T cte . O solução teórica para o Nusselt médio
q H
Nu H na camada limite para fluidos com Pr 1 é
kT
1/ 9
H
Nu H 0,34Ra H*2 / 9 (4.82)
L
Figura 4.9 Camada de fluido horizontal entre duas paredes paralelas e aquecida por
baixo. Esquerda: Ra H 1708; Nu H 1 . Direita: Ra H 1708; Nu H 1
As correlações para este caso podem ser encontradas no livro de Adrian Bejan
(1993).
119
Cilindro:
2,425k Ti To Pr Ra Di
1/ 4
q
em W/m (4.85)
3 / 5 5 / 4 0,861 Pr
1 Di / Do
Do Ra D1o / 4 ( Do Di ) (4.86)
Esfera:
2,325kDi Ti To Pr Ra Di
1/ 4
q
em W/m (4.87)
7 / 5 5 / 4 0,861 Pr
1 Di / Do
Figura 5.1 Regimes de escoamento de filme de condensado sobre uma parede vertical
resfriada.
Figura 5.2 Filme laminar de condensado suprido por um reservatório de vapor saturadao
estacionário
v v p 2v
l u v l 2 l g (5.1)
x y y x
v v 2v
v l 2 g l v
l u (5.2)
x y x
fricção sumidouro
inércia
2v
0 l 2 g l v
x
sumidouro
fricção
v 0; x 0
v (5.3)
0; x ( y )
x
x 1 x 2
v( x, y ) l v
g 2
(5.4)
l 2
g l
( y) l vdx l v 3 em [kg/s/m] (5.5)
0 3 l
inversamente proporcionais a l .
H l v h f c p ,l Tsat T dx
0
(5.7)
Visto que o fluido levemente subresfriado ( T Tsat ) a entalpia específica será menor do
Tsat T x
1 (5.8)
Tsat Tw
que substituída na Eq. (5.7) juntamente com a Eq. (5.4) leva à equação para cálculo da
entalpia
H h f c p ,l Tsat Tw
3
(5.9)
8
Tsat _ Tw
qw k l (5.10)
Do balanço de energia
dH q w dy h g d (5.11)
T Tw
h f c p ,l Tsat Tw d hg d k l sat
3
dy 0 ou
8
Tsat Tw
dy h fg c p ,l Tsat Tw d
3
kl
8 (5.12)
h fg d
g l
d l v 3 2 d (5.13)
3 l
k l l Tsat Tw
dy 3 d (5.14)
h fg g l v
4k T Tw
1/ 4
( y ) y l l sat (5.15)
h fg g l v
k l Tsat Tw / k l k l h fg g l v
1/ 4
q w
3
hy (5.16)
Tsat Tw Tsat Tw 4 y l Tsat Tw
hyL 4
hL hyL (5.17)
1 (1 / 4) 3
L3 h fg g l v
1/ 4
hL L
Nu L 0,943 (5.18)
kl k l l Tsat Tw
L3 h fg g l v
1/ 4
L
0,707 (5.19)
( L) k l l Tsat Tw
na qual
c p ,l Tsat Tw
Ja (5.22)
h fg
q k
( L) l Tsat Tw N u L (5.24)
h fg h fg
Em muitos casos l v l v l .
Ex. 5.1 Uma parede plana vertical na temperatura Tw 60o C faceia um espaço cheio
de vapor saturado estagnante a pressãoatmosférica. A altura da parede é 2 m .
Assumindo escoamento laminar, calcule a taxa em que vapor se condensa na parede
vertical.
l v ( y)
calculado na forma Re y , em que o numerador e igual à taxa de
l
condensação, l v ( y) . O Reynolds local tem sido, entretanto, definido como
4 ( y )
Re y (5.25)
l
1/ 3
l2
hl
g
Re L0, 44 (5,82x10 6 ) Re 0L,8 Prl1 / 3
1/ 2
; Re L 30 (5.26)
kl
1/ 3
hL l2
1,468 Re L1 / 3 (5.27)
g
kl
1/ 3
hL l2 Re L
(5.28)
g
kl B
na qual
1/ 3
4k l g
B LTsat Tw 2
(5.29)
l hfg l
B Re L Re L0, 44 (5,82x106 ) Re 0L,8 Prl1 / 3
1 / 2
(5.30)
B 0,681Re 4L / 3 (5.31)
Figura 5.3 Filme de condensação numa parede vertical: taxa total de condensação em
função de B.
Os resultados descritos até agora são válidos não só para superfícies planas, mas
também para superfícies curvas em que o filme de condensado seja suficientemente
fino. Superfícies curvas englobam, por exemplo, cilindros e esferas, e desde que o
diâmetro seja maior do que a espessura do filme pode-se usar os resultados anteriores.
Um filme sobre uma esfera pode ser considerado como um processo de condensação
sobre uma parede inclinada. Alguns exemplos são ilustrados na figuras a seguir.
D 3 hfg g l v
1/ 4
hD D
Nu D 0,815 (5.32)
kl k l l Tsat Tw
D 3 h fg g l v
1/ 4
h D
N u D D 0,729 (5.33)
kl k l l Tsat Tw
No caso de uma fileira vertical de cilindros horizontais, Figura 5.5, foi proposto
D 3 h fg g l v
1/ 4
hD , n D
Nu D 0,729 (5.34)
kl nkl l Tsat Tw
hD
hD , n (5.35)
n1 / 4
Figura 5.6 Filme de condensado numa fita horizontal de largura L ou disco de diâmetro
D.
Figura 5.8 Condensação num tubo vertical com escoamento co-corrente do vapor.
Figura 5.9 Condensação como um filme anelar num tubo com escoamento rápido de
vapor (esquerda) e acumulação no fundo com escoamento lento de vapor (direita).
q w
h (5.36)
Tw Tsat
1/ 2 1/ 3
h fg q
Tw Tsat Pr C sf w
s
(5.37)
c p ,l
l
l h fg g l
v
material e s é um expoente que depende do líquido. Estes valores podem ser encotrados
na Tabela 8.1 do livro do Bejan (Heat Transfer, pg. 425). [N/m] é a tensão superficial
do líquido em contato com seu vapor. Se considerar uma bolha de vapor de forma
esférica seu raio pode ser estimado como: r 2 /( pv pl ) , em que p v é pressão
g l v c p ,l Tw Tsat
1/ 2 3
q w l h fg (5.38)
s
Prl C sf h fg
0,149h fg v1 / 2 g l v
q max
1/ 4
(5.39)
que independe da superfície do material. Esta correlação se aplica para superfícies cujo
comprimento linear é muito maior do que o tamanho das bolhas de vapor.
135
g l v
1/ 4
0,09h fg v
q min 2
(5.40)
l v
D 3 h fg g l v
1/ 4
hD D
Nu D 0,62 (5.41)
kv k v v Tw Tsat
na qual as propriedades são do vapor. Para filme de ebulição sobre uma esfera tem-se
D 3 h fg g l v
1/ 4
h D
N u D D 0,67 (5.42)
kv k v v Tw Tsat
Em que
3
h hD hrad ; hD hrad (5.44)
4
na qual
w Tw4 Tsat4
hrad (5.45)
Tw Tsat
1/ 3
h
h hD D hrad ; hD hrad (5.46)
h
Ex.: 5.4 Rafazer o Ex. 5.3 considerando radiação. Adote Tw 300 o C e w 0,8 .
Se o líquido for forçado sobre o aquecedor, o fluxo de calor deve ser calculado
na forma:
na qual q w é calculado pela Eq. (5.38) e o fluxo de calor devido ao escoamento pode ser
calculado como
O coeficiente de troca convectiva pode ser avaliado como nos capítulos anteriores como
nos casos de convecção forçada externa ou interna ou convecção natural. Por exemplo
para ebulição num duto, uma correlação usada é da forma:
hc D
Nu D 0,019 Re 4D/ 5 Pr 0, 4 (5.49)
k
138
6. Transferência de Massa
w,0 w, 0 faz com mais vapor deixe a superfície de camada de água. Este
processo de evaporação pode ser aumentado a medida que a velocidade longitudinal da
corrente livre varre a superfície molhada, como ilustrado na Figura 6.1
Figura 5.1 Camada limite de concentração próximo a uma superfície molhada varrida
por ar.
Mesmo que não ocorra escoamento, pode ocorrer transferência de massa por
difusão como ilustrado na Figura 6.2. Um vaso cilíndrico de paredes impermeáveis
contém um líquido i. O vapor i difundirá para cima na coluna de ar estacionária. Ar
úmido de água é menos denso que ar seco. Se a coluna é larga o bastante, ar úmido sobe
139
por convecção natural através do centro da coluna, enquanto ar seco toma seu lugar
descendo ao das paredes.
T
a .
y y 0
i 1
i (6.1)
i u i i vi i
m i (6.2)
t x y
N N N
t
i 1
i
x
i 1
ui i
y
i 1
vi i 0
(6.3)
u v
0 (6.4)
t x y
N N
v
1 1
u ui i , (6.5)
i i
i 1 i 1
A velocidade média difere das velocidades das espécies como ser ilustrado na
Figura 6.3. No instante t 0 , uma coluna vertical de ar seco a é colocada sob uma
coluna de ar saturado com vapor d’água v . Ao longo do tempo, vapor d’água difunde
141
para baixo dentro da coluna de mistura (ar-vapor) relativamente seca, enquanto ar seco
difunde para cima dentro da mistura úmida. Em cada seção da coluna, a velocidade de
cada espécie é finita, uma positiva v a 0 e a outra negativa vv 0 . A velocidade
média do meio, no entanto, é nula, porque as extremidades da coluna são vedadas.
Pode-se concluir que a componente de velocidade das espécies v i na Eq. (6.4) é, em
Figura 6.3 Coluna com ambas extremidades fechadas: difusão de vapor de água para
baixo e difusão de ar seco para cima num meio estacionário.
j x ,i i u i u (6.6)
142
j y ,i i vi v (6.7)
i u i v i j x ,i j y ,i
m i (6.8)
t x y x y
i i i j x ,i j y ,i
u v m i (6.9)
t x y x y
Numa mistura binária (espécie 1 e espécie2) pode-se seguir o que foi proposto
por Fick:
1
j x,1 D12 (6.10)
x
1
j y ,1 D12 (6.11)
y
i i i 2 2 i
u v D 2 i m i
(6.12)
t x y x y 2
143
ni
xi (6.14)
n
x 1
i 1
i (6.15)
mi
i (6.16)
V
mi
ni (6.17)
M
m
n (6.18)
M
M x Mi 1
i i (6.19)
144
M
xi i (6.20)
M i
ni
Ci (6.22)
V
Ci xi (6.23)
M
i M i Ci (6.24)
ˆj x ,i D Ci (6.25)
x
As relações definidas acima se aplicam para qualquer mistura unifásica gasosa, líquida
ou sólida. No caso de mistura de gases ideais tem-se que a fração molar e proporcional a
pressão parcial
pi
xi (6.26)
p
145
(a) (b)
Figura 6.4 Difusão unidirecional permanente através de um meio estacionário; (a)
espessura constante, (b) anel formado entre cilindros ou esferas concêntricos
d 2 xi
0 (6.27)
dy 2
xi x0 em y 0
(6.28)
xi x L em y L
xi x L x 0
y
x0 (6.29)
L
ˆj y ,i D dCi D dxi
dy M dy
x0 x L
D (6.30)
M L
C CL
D 0
L
D i M i dxi
j y ,i D D
dy M dy
M i x0 x L
D (6.31)
M L
L
D 0
L
lnr / r0
xi x 0 x 0 x L (6.32)
lnrL / r0
- fluxo molar
n i 2r0 ˆj r ,i r r0
dC
2r0 D i
dr r r0
(6.33)
2D
C0 C L
lnrL / r0
- fluxo em massa
147
d
m i 2r0 j r ,i r r 2r0 D i
0
dr r r0
(6.34)
2D
0 L
lnrL / r0
x0 x L 1 1
xi x 0 (6.35)
r01 rL1 r rL
- fluxo molar
n i 4r02 ˆj r ,i r r0
dC
4r02 D i
dr r r0
(6.36)
4D
1 C 0 C L
r0 rL1
- fluxo em massa
d
m i 4r02 j r ,i r r 4r02 D i
0
dr r r0
(6.37)
4D
1 0 L
r0 rL1
Demonstração:
DT , p T
1, 75
p0
(6.42)
DT0 , p0 T0 p
DT T 2 (T0 )
(6.43)
DT0 T0 2 (T )
149
O caso Fig. 6.5(a) é uma ilustração de uma interface entre uma mistura de gases
ideais e fase líquida de um de seus componentes. Se a espécie 1 é uma substância pura
na fase líquida então 1 é também um componente na mistura gasosa acima. A pressão
de vapor da espécie 1 na interface do lado do gás é igual a pressão de saturação na
temperatura da interface líquida:
O caso Fig. 6.5(b) é uma ilustração de uma interface entre um meio líquido e
uma mistura de gasosa. A espécie 1 difunde através do líquido e está presente como um
componente na mistura gasosa. A condição de contorno de interesse é a fração molar da
espécie 1 do lado do líquido. A fração molar na fronteira x L será maior quanto maior a
quantidade da espécie 1 na mistura gasosa, ou seja quando a pressão parcial p1 é alta.
No caso de mistura diluída, na qual apenas pequenas quantidades de solvente são
150
p1
xL (6.45)
H
O caso da Fig. 6.5(c) ilustra uma mistura líquida binária em que o soluto é a
espécie 1. Um exemplo deste tipo de mistura pode ser um bloco de N a C l acima da
C L S p1 (6.46)
Ex. 6.1 Difusão permanente, sólido entre dois planos paralelos. Uma membrana de
borracha fina (neoprene) separa um volume de nitrogênio gasoso a alta pressão (5 bares)
de um volume de nitrogênio gasoso a baixa pressão (1 bar). A espessura da membrana é
05 mm e a temperatura do sistema inteiro é de 300 K. Calcule os fluxos molar e de
massa de nitrogênio que difundem através da membrana.
maior que C in a espécie difunde para dentro do meio semi-infinito e forma uma camada
151
2 C 1 C
(6.47)
y 2 D t
C Cin , t 0 (6.48)
C C 0 , em y 0 (6.49)
C Cin , em y (6.50)
Figura 6.6 Camada limite de concentração num meio semi-infinito com uma
concentração diferente imposta na superfície.
C C0 y
erf 1/ 2
(6.51)
Cin C 0 2D t
erf ( x)
2
x
exp m 2 dm (6.52)
1/ 2 0
erf (0) 0
erf () 1 (6.53)
d
erf ( x)x0 21 / 2
dx
D
t (6.54)
L2
D
t (6.55)
ro2
Resultados gráficos da Eq. (6.51) são apresentados na Figura 6.7. No caso em que a
abscissa na Fig. 6.7 for maior que 0,1, as correlações aproximadas pode ser usadas:
Placa:
Co C 8 D
2 exp 2
t (6.56)
C 0 C in 4L
Cilindro:
Co C 4 D
2 exp b12 2 t , b1 2,405 (6.57)
C 0 Cin b1 ro
153
Esfera:
Co C 4 D
2 exp 2 2 t (6.58)
C 0 Cin ro
Ex. 6.2: Difusão dependente do tempo de ar em água. Uma camada fina de água pura é
colocada em contato com ar a pressão atmosférica e 20 oC. Ar começa a difundir para
dentro da água. Deseja-se saber qual é a fração molar de ar x a 1 mm para dentro da
interface água-ar. Calcule o tempo para x atingir ½ da fração molar doar na interface
x 0 , isto é x x0 / 2 . Calcule também o valor real da fração molar x no tempo.
154
6.4 Convecção
ˆj w D C (6.59)
y
y 0
ˆj w
hm ou (6.60)
C w C
DC / y y 0
hm (6.61)
C w C
C C 2C
u v D 2 (6.62)
x y y
C C w em y 0 (6.63)
C C em y 0 (6.64)
q w x
1/ 3 1/ 2
u x
Nu x 0,332 ; 0,5 (6.66)
Tw T k
ˆj w x u x
1/ 3 1/ 2
0,332 ; 0,5 (6.67)
C w C D D D
na qual
ˆj w x h x
Shx m (6.69)
C w C D D
Sc (6.70)
D
q w x
Nu x 0,564Pr Re x ; Pr 0,5
1/ 3 1/ 2
(6.72)
Tw T k
ˆj w
0,564S c Re x ; S c 0,5
x
Shx
1/ 3 1/ 2
(6.73)
C w C D
1 L
L 0
hm hm dx (6.74)
157
hm L
S hL (6.75)
D
A partir das Eqs. (6.68) e (6.73) pode-se obter
jw
hm (6.78)
w
n hm LC w C (6.79)
hm L w
m (6.80)
n hm ACw C (6.81)
m hm A w (6.82)
D 1 / 2 n n 1 / 3; S c 0,5
j w w Re x S c (6.83)
x n 1 / 2; S c 0,5
No caso de camada limite com v 0 ou linhas de corrente não paralela a y 0 ,
j w v ou (6.85)
w
S c1 n (6.86)
Ex. 6.3 C.L. laminar, escoamento de ar úmido. A chuva deixa um filme de água sobre
uma telha de um telhado. O vento a 10 km/h varre a telha ao longo de seus 10 cm de
comprimento exposto. O ar atmosférico e a superfície da telha estão a 25 oC. A umidade
relativa do ar é: 40% .
a) Calcule o coeficiente médio de transferência de massa entre a superfície da telha
e ao ar úmido.
b) Determine a taxa de transferência de massa de água que deixa a superfície da
telha.
c) Verifique se a hipótese de superfície impermeável é justificada neste caso.
turbulenta sobre uma superfície plana, que no caso de transferência de calor leva a
correlação:
Pr 0,5
N u L 0,037Pr1 / 3 Re 4L / 5 23550 (6.87)
5,5 x10 Re 10
5 8
S c 0,5
S hL
hm L
0,037S c1 / 3 Re 4L / 5 23550 (6.88)
5,5 x10 Re 10
5 8
D
Pela analogia de Colburn, o número de Stanton foi definido na forma para altos
Reynolds
St x
1
C f , x Pr 2 / 3 ; Pr 0,5 (6.89)
2
1 / 5
1 u x
C f , x 0,0296 (6.90)
2
e portanto,
hx h q w
St x x (6.92)
c p u ku Tw T ku
q w ˆj w D
(6.93)
Tw T ku C w C Du
então, pode-se definir o número de Stanton local para transferência de massa como
hm
Stm (6.94)
u
4/5
0,62 Re 1D/ 2 Pr1 / 3 Re D 5 / 8
N u D 0,3 1
1 0,4 / P
(6.97)
282000
2 / 3 1/ 4
r
hm D0
S hD0 (6.98)
D
S hD0 2 0,4 Re1D/02 0,06 Re 2D/03 S c0, 4 ; 3,5 Re D0 7,6 x104 (6.100)
ˆj w jw
hm (6.101)
C w Cb w b
1
UA A
Cb uCdA (6.102)
Xc UDh
0,05 Re Dh S c ; Re Dh (6.103)
Dh
162
Para escoamento laminar num tubo num tubo o número de Sherwwod baseado no
diâmetro interno é
hm Di
S hDi (6.104)
D
Na região de escoamento completamente desenvolvido na velocidade e concentração
hm Di
3,66 (6.105)
D
Xc
10 (6.106)
Di
Ex. 6.4. Escoamento laminar completamente desenvolvido num duto com condições e
contorno assimétricas. O espaço ente dois painéis paralelos de vidro é 0,4 cm e o
comprimento do canal é 1,5 m. Uma película de água cobre uma das supefícies. A outra
163
superfície não contém qualquer água líquida sobre ela. A temperatura do sistema todo é
25oC. Ar é forçado através do canal para secar a neblina na superfície. A velocidade
média é 0,5 m/s. Calcule o coeficiente de transferência de massa entre a parede molhada
e a corrente de ar.
T , p, i (6.108)
i i , ou
i T , p
1 c i i , (6.109)
1
c (6.110)
i T , p
v v 2v
u v 2 g c i i , (6.111)
x y x
164
i i 2 i
u v D 2 (6.112)
x y x
g Tw T y 3 g c i , w i , y 3
Ra y Ra m , y (6.113)
D
2
0,387Ra 1m/,6y
S h y 0,825
8 / 27
10 1
Ra m, y 1012
; (6.115)
1 0,492 / S c
9 / 16
hm y jw y ˆj w y
Shy
i,w i, D Ci,w Ci, D
(6.116)
D
166
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