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Universidade Tecnológica Federal do Paraná

Engenharia de Controle e Automação

Física Experimental 1 - Prof. Hélio Saito


Disciplina:FI31B Turma:A12

Atividade 6 – Trabalho e Energia Cinética

Nome: - Marcus Vinicius Marques de Oliveira

- Matheus Gil Bovolenta

- Matheus Gomes Camargo

- Nikolas Catib Boranelli

- Nathalia Manzatto Peres

- Thiago Januario De Morais

Cornélio Procópio
2019
1. Título

Trabalho e Energia Cinética

2. Objetivos

Neste experimento teve-se como objetivo comprovar e adquirir novos conhecimentos


acerca do estudo da dinâmica (a interação das leis de Newton com o movimento de
um corpo material). Com corpo de prova, livre de atrito, percorrendo uma trajetória
retilínea e inclinada, e com a resultante de forças positiva e constante, analisou-se o
comportamento desse através de dados captados por sensores fotoelétricos
posicionados em determinadas posições do trajeto.

Deste modo, verificou-se a veracidade do teorema Trabalho e Energia Cinética, que


declara que a diferença entre a energia cinéticas inicial e final, de um corpo material
em movimento uniformemente variado, é igual ao trabalho da força que age sob esse
corpo.

3. Fundamentação teórica

Para tal experimento foram utilizados conceitos de Plano Inclinado.

No plano inclinado há uma altura correspondente a elevação da rampa e um ângulo


formado em relação à horizontal. Nesse caso, a aceleração do objeto é constante
devido as forças atuantes: peso e a normal.

• Imagem 1 – Exemplo plano inclinado


Para a análise da força resultante, de acordo com a 2ª Lei de Newton, tem-se:

𝐹⃗ = 𝑚. 𝑎⃗ → ⃗⃗⃗⃗⃗⃗ ⃗⃗⃗⃗⃗⃗(1) - 2ª Lei de Newton


𝐹𝑅 = 𝑚. 𝑎𝑅

Para uma força constante, a aceleração será constante. Então, pode-se considerar
valida a equação:
𝑉𝑓 2 = 𝑉𝑖 2 + 2. 𝑎𝑅. ∆𝑋 – Equação de Torricelli
Isolando a aceleração, tem-se:
Vf 2 − Vi 2
𝑎𝑅 = (2)
2.∆X

Substituindo (2) em (1) obtém-se:

(Vf 2 − Vi 2 )
𝐹𝑅 = 𝑚.
2. ∆X

Agora, multiplicando ambos os lados pelo deslocamento, tem-se:


(Vf 2 − Vi 2 )
𝐹𝑅. ∆X = 𝑚. 2

Para se calcular o trabalho, utiliza-se a fórmula:


𝑊 = 𝐸𝑐𝑓 − 𝐸𝑐𝑖 (4) – Teorema da Energia Cinética

2
(V − Vi 2 )
Sabendo que 𝑊 = ⃗⃗⃗⃗⃗⃗
𝐹𝑅. ∆X. cos 𝜃, que 𝐸𝑐𝑓 − 𝐸𝑐𝑖 = 𝑚. f e lembrando que o
2
ângulo entre o deslocamento e o sentido de FR é 0 , tem-se:

(Vf 2 − Vi 2 )
𝐹𝑅. ∆X. 1 = 𝑚.
2

Considerando que a quantidade escalar da esquerda representa o trabalho total


realizado sobre o corpo suspenso (onde ⃗⃗⃗⃗⃗⃗⃗
𝐹𝑅 = 𝑀𝑠. 𝑔) ao passo que a quantidade à
direita representa a variação da energia cinética total (onde 𝑚 = 𝑀𝑡). Logo:

(Vf 2 − Vi 2)
𝑀𝑠. 𝑔. ∆X = 𝑀𝑡. 2
Isolando a variável ∆X, ou seja, dividindo ambos os lados por 𝑀𝑠. 𝑔 tem-se:

(Vf 2 − Vi 2 )
∆𝑋 = 𝑀𝑇. 2.𝑀𝑠.𝑔

4. Materiais e Métodos

Para a realização deste experimento, foram utilizados os seguintes equipamentos:


balança de precisão, carrinho deslizante, cronômetro digital, gerador de fluxo de ar,
eletroímã, pedaço de madeira maciça, trilho de ar inclinado, régua, sensores
fotoelétricos e o software Microsoft Office Excel.

• Balança de precisão medindo a massa do carrinho e a massa suspensa


• Balança medindo o valor da massa da massa suspensa

• Carrinho deslizante utilizado no experimento.

• Cronômetro digital utilizado no experimento.


• Gerador de fluxo de ar utilizado no experimento.

• Eletroímã utilizado no experimento.

• Pedaço de madeira maciça utilizada para suspender o trilho de ar.

• Régua utilizada durante o experimento


• Trilho de ar inclinado utilizado no experimento

• Sensores fotoelétricos utilizados no experimento.

• Software Microsoft Office Excel utilizado no experimento.

A princípio, a fim de obter o menor atrito possível entre o carrinho deslizante com
a superfície, foi ligado o gerador de fluxo de ar. Depois, os sensores fotoelétricos
foram ajustados. A priori, foi posicionado um primeiro sensor fotoelétrico a 15cm
(𝑋1 = 0,1500𝑚), sendo os quatro próximos sensores posicionados a 10cm em
relação ao seu antecessor.
Também o cronômetro digital foi ligado e configurado na posição inicial (𝑃0 =
0,0000𝑚) e tempo inicial (𝑡0 = 0,0000𝑠),ajustado o número de sensores e por
conseguinte, acionado o eletroímã. Após essas configurações, o carrinho
deslizante foi posicionado de forma que ficasse em contato com o eletroímã, ou
seja, em sua posição inicial. Com o eletroímã conectado, ele atrai
eletromagneticamente o carrinho deslizante.

Vale-se ressaltar que foi desconectado a massa de 50g do carrinho deslizante,


porém foi posicionado um material abaixo do trilho de ar (abaixo dos pés de apoio
correspondente ao início do experimento), com isso o trilho de ar obteve uma
inclinação.

Depois de todos os ajustes necessários, é pressionado o botão Start do


cronômetro, o experimento se inicia, desligando o eletroímã para que o carrinho
sofra ação da gravidade (por conta da inclinação), obtendo assim uma aceleração.

Por fim, o carrinho deslizante movimenta-se com uma aceleração. Teoricamente


ele não sofre atrito com a superfície, sendo esse trajeto monitorado e analisado
pelos sensores fotoelétricos junto ao cronômetro digital.
O mesmo procedimento foi realizado por dez vezes, a fim de obter dez coletas de
dados, para uma maior precisão dos resultados.
Foram inseridos numa tabela, construída no software Microsoft Office Excel, os dez
valores de tempo, medidos por cada um dos cinco sensores. Esses dados foram
fornecidos pelo cronômetro digital. Após a inserção dos dados, foi calculado os
valores das médias aritméticas das dez medidas obtidas por cada um dos sensores.

Em seguida foi construída uma segunda tabela, contendo os valores das posições,
tempos médios, velocidade média, velocidade média ao quadrado. Por fim,
realizou-se a construção de um gráfico ∆𝑋(𝑋) versus 𝑉², ou seja, posição versus
velocidade média ao quadrado.

Finalizando foi analisado o valor do coeficiente linear desse gráfico e comparado


com o teorema da energia cinética.
5. Resultados

Os valores dos tempos obtidos no experimento foram analisados, elevados ao


quadrado, aproximados de acordo com as normas de aproximação e inseridas na
tabela abaixo. Nela também foi inserido o valor da posição de cada sensor
fotoelétrico.

• Tabela 1 com os dados obtidos, contendo os valores das médias dos tempos ao
quadrado e as posições dos sensores.

Os dados obtidos foram analisados a partir dos instantes iniciais abaixo registrado:

𝒕𝟎 = (0,0000 ± 0,0001) s
𝑿𝟎 = ( 0,0000 ± 0,0005 ) m
𝑽𝟎 = ( 0,0000 ± 0,0000 ) m/s

Em seguida, para calcular as velocidades para cada posição de sensor e cada tempo
médio inseridos na tabela 1, foi utilizada a fórmula da velocidade média.
∆𝑋 (𝑋𝑓 − 𝑋𝑖 ) (𝑉𝑖 + 𝑉𝑓 )
Como 𝑉𝑚 = , ou seja, 𝑉𝑚 = e como 𝑉𝑚 =
∆𝑡 ∆𝑡 2

𝑚
E tem-se que 𝑋𝑖 = 0 𝑚 e 𝑉𝑖 = 0 𝑠

2.𝑋
Obtém-se 𝑉𝑓 =
∆𝑡

As velocidades obtidas para cada posição (X) e variação do tempo médio (t), foram
inseridas em uma segunda tabela. Também, a fim de, posteriormente, obter um
gráfico linear, os valores das velocidades foram elevados ao quadrado e inseridas.

ΔX(m) V(m/s) V²(m²/s²)

0,1500 0,53894 0,5566 0,30985726

0,2500 0,6895 0,7252 0,52586161

0,3500 0,81757 0,8562 0,73307125

0,4500 0,92139 0,9768 0,95410908


0,5500 1,01883 1,0797 1,16568691

• Tabela 2 com valores dos tempos médios, posições, velocidades e velocidades


elevadas ao quadrado.

Para que o gráfico utilizando a ferramenta computacional Microsoft Excel fosse


construído, reduziu-se a tabela 2 a uma terceira tabela, a qual contém somente os
valores das posições dos sensores e as velocidades elevadas ao quadrado.
V²(m²/s²) ΔX
0,3099 0,1500
0,5259 0,2500
0,7331 0,3500
0,9541 0,4500
1,1657 0,5500
• Tabela 3 contendo os valores das velocidades ao quadrado e as posições dos
sensores

X (m)
Utilizando a tabela 3, foi construído o gráfico de posição versus velocidade ao
quadrado, para que fosse observado a linha de tendência linear e obtida a equação
dessa reta. Vale ressaltar que o próprio software realizou todos os cálculos de forma
automática. O gráfico construído se encontra abaixo:

0,6000
POSIÇÃO (ΔX) VERSUS V²
ΔX = 0,4673.V²
0,5000

0,4000
POSIÇÃO ΔX (m)

0,3000

0,2000

0,1000

0,0000
0,0000 0,2000 0,4000 0,6000 0,8000 1,0000 1,2000 1,4000
VELOCIDADE AO QUADRADO V² (m²/s²)

• Gráfico da posição ΔX versus velocidade ao quadrado V².


Analisando o coeficiente angular fornecida pelo gráfico, conclui-se que se trata o valor
da aceleração.

Utilizando outra forma de obter-se 𝛥𝑋, para comparar os valores dos cálculos com a

equação da reta fornecida pelo gráfico, observa-se que:

𝑀𝑡
Através da fórmula 𝛥𝑋 = . (𝑉𝑓2 − 𝑉𝐼2 )
2.𝑔.𝑀𝑠

Como as medidas da massa total (Mt) e da massa suspensa (Ms) obtidas através da
ferramenta balança de precisão, foram:

Ms = (29,09 ± 0,01) g

Mt = (247,63 ± 0,01) g

E, como o valor da gravidade na literatura da física é considerada:

g = 9,80665 m/𝑠 2

𝑀𝑡 247,63
Tem-se que: =
2.𝑔.𝑀𝑠 2∗9,80665∗29,09

𝑀𝑡 𝑠2
E, assim, resolvendo a equação obtém-se o valor de = 0,4340 .
2.𝑔.𝑀𝑠 𝑚

6. Discussão e conclusão

A equação da reta fornecida pelo gráfico gerado pelo software Microsoft Office
Excel, gera um valor do coeficiente angular de 0, 4673.V². Já o valor calculado
através da resolução da fórmula do teorema de Trabalho e Energia Cinética, com as
massas obtidas através da balança de precisão, obteve-se um valor de 0, 4340.V².

𝑀𝑡
Comparando esses dois valores com a fórmula 𝛥𝑋 = . (𝑉𝑓2 − 𝑉𝐼2 ), pode-se
2.𝑔.𝑀𝑠

concluir que eles são muito próximos e, portanto, podem ser considerados
equivalentes. Essa igualdade de valores obtidas no experimento, comprova o
Teorema de Trabalho e Energia Cinética, uma vez que, os valores obtidos de ambas
as formas não se diferem muito.

7. Bibliografia

https://www.sofisica.com.br/conteudos/Mecanica/Dinamica/pi.php.

https://mundoeducacao.bol.uol.com.br/fisica/relacao-entre-trabalho-energia-
cinetica.htm.

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