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Unidade VII

Principais
Tópicos da NBR 5410/2004
Prof. Raphael Amaral da Câmara, Dr.
Prof. Dalton de Araújo Honório, Dr.
raphael@dee.ufc.br
dalton@dee.ufc.br
Na última aula…
NBR 5410/2004

Critérios de levantamento de carga para uma instalação elétrica de baixa tensão

Responsabilidade técnica dentro de um projeto de instalação elétrica


Conteúdo
Unidade VII – Principais tópicos da NBR 5410/2004 - ABNT
Previsão de carga;
Iluminação;
Quadro de distribuição;
Divisão da instalação em circuitos terminais;
Dimensionamento dos condutores elétricos.
Quadros de distribuição
 Definição
De acordo com a NBR IEC 60050:
- Quadro de distribuição é o equipamento elétrico destinado a receber energia elétrica através de
uma ou mais alimentações, e distribuí-la a um ou mais circuitos, podendo também desempenhar
funções de proteção, seccionamento, controle e/ou medição.

O quadro de distribuição pode ser entendido como sendo o “coração” de uma


instalação elétrica, já que distribui energia elétrica por toda a edificação e acomoda os
dispositivos de proteção dos diversos circuitos elétricos.
Quadros de distribuição
 Quantidade de circuitos
Antes da especificação técnica de um quadro de distribuição, é preciso dimensiona-
lo pela quantidade de circuitos que ele deverá acomodar.
A quantidade de circuitos de uma instalação elétrica depende:
- Da potência instalada;
- Da potência unitária das cargas a serem alimentadas;
- Dos critérios adotados na distribuição dos pontos;
- Do maior ou menor conforto elétrico previsto;
- Grau de flexibilidade que se pretende;
- Reserva assumida visando futuras necessidades.
Quadros de distribuição
 Divisão da instalação em circuitos
 Segundo a NBR 5410, a divisão da instalação em circuitos deve ser de modo a
atender, entre outras, às seguintes exigências:
Segurança: por exemplo, evitando que a falha em um circuito prive de alimentação
toda uma área;
Conservação de energia: por exemplo, possibilitando que cargas de iluminação
e/ou de climatização sejam acionadas na justa medida das necessidades;
Funcionais: p ex., viabilizando a criação de diferentes ambientes, como os
necessários em auditórios, salas de reuniões, espaços de demonstração, recintos de
lazer, etc.;
De produção: p ex., minimizando as paralisações resultantes de uma ocorrência;
De manutenção: p ex., facilitando ou possibilitando ações de inspeção e de reparo.
Quadros de distribuição
 Divisão da instalação em circuitos
 Principais critérios (NBR 5410):
1. Toda instalação deve ser dividida em circuitos (tantos quantos necessários), de
forma que cada um possa ser seccionado sem risco de realimentação inadvertida
através de curto-circuito;
2. Cada circuito terminal será ligado a um dispositivo de proteção. No caso de
instalações residenciais, poderão ser utilizados disjuntores termomagnéticos e DRs;
3. Considerar as necessidades futuras;
4. Equilíbrio de carga nas fases;
5. Prever circuitos distintos para partes da instalação que requeiram controle
específico;
Quadros de distribuição
 Divisão da instalação em circuitos
 Principais critérios (NBR 5410):
6. Os circuitos terminais devem ser individualizados pela função dos equipamentos
de utilização que alimentam. Em particular, devem ser previstos circuitos
terminais distintos para pontos de iluminação e para pontos de tomada.

!!! OBS !!!: Como exceção à esta regra, em locais de habitação, admite-se que
pontos de tomada (exceto os indicados no item 7) e pontos de iluminação possam
ser alimentados por circuito comum, desde que as seguintes condições sejam
SIMULTANEAMENTE atendidas:
a) a corrente de projeto (IB) do circuito comum (iluminação + tomadas) não deve ser superior
a 16 A;
Quadros de distribuição
 Divisão da instalação em circuitos
 Principais critérios (NBR 5410):
b) os pontos de iluminação não sejam alimentados, em sua totalidade, por um só circuito,
caso esse circuito seja comum (iluminação + tomadas); e

c) os pontos de tomadas, já excluídos os indicados no item 7, não sejam alimentados, em sua


totalidade, por um só circuito, caso esse circuito seja comum (iluminação mais tomadas).
Quadros de distribuição
 Divisão da instalação em circuitos
 Principais critérios (NBR 5410):
7. Os pontos de tomada de cozinhas, copas, copas-cozinhas, áreas de serviço, lavanderias e
locais análogos, devem ser atendidos por circuitos exclusivamente destinados à alimentação
de tomadas desses locais. Os demais cômodos podem ter suas tomadas agrupadas em um
mesmo circuito.

!!! OBS !!! Note que a norma não determina que cada área destas tenha que ter um circuito
só para si, ficando a critério do profissional definir a quantidade de circuitos que atendem
estas áreas. A regra tem por objetivo não misturar circuitos de pontos de tomadas daquelas
áreas com os de outros cômodos, tais como salas, dormitórios, banheiros. Com esta
prescrição, fica evidenciado que uma instalação qualquer em local de habitação tem que ter,
no mínimo, dois circuitos de tomadas.
Quadros de distribuição
 Divisão da instalação em circuitos
 Principais critérios (NBR 5410):
*** Analisando o item 6, por partes. Em primeiro lugar (item a), em locais de habitação, como
regra geral, passa a ser permitido juntar circuitos de iluminação e tomadas, desde que a
corrente de projeto (IB) do circuito comum (iluminação + tomadas) não seja superior a 16 A.

Qualquer dependência, exceto


cozinha, copa, área de serviço,
lavanderia e locais análogos)
Quadros de distribuição
 Divisão da instalação em circuitos
 Principais critérios (NBR 5410):
*** A exceção a regra anterior está no caso de cozinhas, copas, copas-cozinhas, áreas de
serviço, lavanderias e locais análogos, onde iluminação e tomadas têm que estar em circuitos
separados.

!!! OBS !!! Porém, neste caso, a norma não proíbe que o(s) circuito(s) de iluminação de
cozinhas, copas, copas-cozinhas, áreas de serviço, lavanderias e locais análogos esteja(m)
no mesmo circuito de outras áreas. Por exemplo, é permitido um circuito que junte a
iluminação da cozinha e da lavanderia com a iluminação e tomadas do quarto.
Quadros de distribuição
 Divisão da instalação em circuitos
 Principais critérios (NBR 5410):
8. Todo ponto de utilização previsto para alimentar, de modo exclusivo ou virtualmente
dedicado, equipamento com corrente superior a 10 A, deve constituir um circuito
independente;
9. Não normativo: como forma de evitar grandes seções nominais de condutores (o que
resultaria em dificuldades de confecção das ligações nos interruptores e tomadas e de passar
o cabo, inclusive, pelo eletroduto), a potência do circuito deve ser limitada em:
• Iluminação: 1500 VA (127 V) e 2500 VA (220 V)
• TUGs: 2500 VA (127 V) e 4300 VA (220 V)
Quadros de distribuição
 Divisão da instalação em circuitos
 Principais critérios (NBR 5410):
A norma explicita que "a conexão do aquecedor elétrico de água ao ponto de utilização deve
ser direta, sem uso de tomada de corrente".

• A forma de fazer a ligação direta não é detalhada na norma, estando abertas as


possibilidades de ligação direta entre condutores com reparo da isolação por fita isolante, uso
de conectores etc. Só não vale instalar um plugue no cabo do aquecedor (chuveiro, torneira,
etc) e ligá-lo a uma tomada de corrente instalada na caixa de ligação na parede.
Quadros de distribuição
 Capacidade de reserva dos quadros
A norma estipula que todo quadro de distribuição, não importa se geral ou de um setor da
instalação, deve ser especificado com capacidade de reserva que permita ampliações
futuras, compatível com a quantidade e tipos de circuitos efetivamente previstos inicialmente.
Esta previsão deve obedecer os seguintes critérios:
a) Quadros com até 6 circuitos: prever espaço reserva para no mínimo 2 circuitos;
b) Quadros de 7 a 12 circuitos: prever espaço reserva para no mínimo 3 circuitos;
c) Quadros de 13 a 30 circuitos: espaço reserva mínimo de 4 circuitos;
d) Acima de 30 circuitos: prever 15% dos circuitos para espaço reserva.
Quadros de distribuição
 Exemplo prático:
• Circuito 01 – Máquina de lavar louças
• Circuito 02 – Tomadas da cozinha
• Circuito 03 – Máquina de lavar roupas
• Circuito 04 – Tomadas da sala, varanda, quarto, quarto de casal,
escritório, circulação, banheiro reversível e banheiro de casal.
• Circuito 05 – Tomada para computador no quarto de casal,
quarto e gabinete.
• Circuito 06 – Ar Condicionado Quarto
• Circuito 07 – Ar Condicionado Quarto casal
• Circuito 08 – Ar Condicionado gabinete
• Circuito 09 – Iluminação de todo o apartamento
• Circuitos 10, 11, 12 – Reserva
Roteiro de projeto
a) Determinação da área (m²) e perímetro (m) de cada cômodo da planta baixa;
b) Determinação da potência mínima de iluminação;
c) Determinação da quantidade mínima de pontos de força (TUGs e TUEs);
d) Determinação da potência mínima de força;
e) Ajuste pelo fator de correção (fator de demanda);
f) Cálculo da potência total do projeto;
g) Cálculo do disjuntor de proteção geral (DR);
h) Determinação de circuitos de iluminação e força;
i) Dimensionamento dos disjuntores para cada circuito seguindo o padrão DIN
(com previsão de margem de segurança de 50% para máquinas motrizes e
25% para os demais);
j) Determinação do tipo de fornecimento de energia;
Roteiro de projeto
k) Dimensionamento do disjuntor de entrada, condutor para aterramento,
condutores para o ramal de entrada e o diâmetro do eletroduto em PVC
segundo Tabela 1 da NT001/2012;
l) Dimensionamento de cabos para cada circuito;
m) Elaboração de diagrama unifilar do quadro de distribuição;
n) Balanceamento para sistemas bifásicos e trifásicos;
o) Distribuição dos disjuntores no quadro de distribuição e localização do
mesmo na planta baixa;
p) Distribuição de pontos de luz em cada cômodo;
q) Distribuição de caixas para interruptores;
r) Distribuição de caixas para TUG’s e TUE’s;
s) Distribuição de eletrodutos e circuitos na planta baixa com seus respectivos
diagramas unifilares e simbologias;
t) Quantitativo e orçamento;
u) EXECUÇÃO DO PROJETO.
Dimensionamento de circuitos
 Critérios de dimensionamento
 Definição: Dimensionamento técnico de um circuito é a aplicação das diversas prescrições
da NBR 5410/2004 relativas à escolha da seção de um condutor e do seu respectivo
dispositivo de proteção.
 Para que se considere um circuito completa e corretamente dimensionado, são necessário
seis cálculos:
•Seção mínima;
•Capacidade de condução de corrente;
•Queda de tensão;
•Proteção contra sobrecargas;
•Proteção contra curtos circuitos;
•Proteção contra contatos indiretos (somente quando utilizado
dispositivos de seccionamento automático).
Continua...
Dimensionamento de circuitos
 Critérios de dimensionamento
 Cada um desses critérios técnicos pode resultar em uma seção diferente.
 E a seção a ser especificada no projeto será a maior dentre todas as seções escolhidas!

OBS: A NBR 5410 só leva em consideração a solução técnica mínima que garanta a
segurança da instalação mas, não leva em conta o dimensionamento econômico! O
dimensionamento econômico é considerado na NBR 15920/2011!
Seção mínima:
•As seções mínimas admitidas em qualquer instalação de BT estão definidas na tabela 43 da
norma e são destacados dois valores:
– Seção mínima de um condutor de cobre para circuitos de iluminação é de 1,5mm²;
– Seção mínima de um condutor de cobre para circuitos de força (TUG) é de 2,5mm².

Continua...
Dimensionamento de circuitos
 Critérios de dimensionamento
Capacidade de condução de corrente:
•Critério importantíssimo pois leva em consideração os efeitos térmicos provocados pela
passagem da corrente elétrica em condições normais;
•Apresenta tabelas para determinação da seção dos condutores pela capacidade de corrente;
•O uso correto das tabelas requer que seus dados sejam devidamente trazidos para a situação
real que o projetista tem pela frente.

Queda de tensão
•Neste critério a norma fixa os limites máximos
admissíveis de queda de tensão nas instalações
alimentadas por ramais de baixa tensão (4%) e
por transformador/gerador próprio (7%);
•Também é abordada a queda de tensão máxima
permitida durante a partida de motores.
Continua...
Dimensionamento de circuitos
 Critérios de dimensionamento
Sobrecarga e curto circuito
•Critério realizado de acordo com os dispositivos de proteção contra sobrecorrentes e curto
circuito dimensionados para cada circuito;
•No entanto, a proteção dos condutores realizada de acordo esta seção não garante
necessariamente a proteção dos equipamentos ligados a esses condutores.
Proteção contra contatos indiretos
•Esta etapa de dimensionamento de um circuito só se aplica aos casos em que a proteção
contra contatos indiretos por seccionamento automático á atribuído a dispositivos a
sobrecorrente;
•O objetivo é assegurar que o circuito seja automaticamente desligado caso algum dos
equipamentos por ele alimentados venha a sofrer uma falta à terra ou à massa capaz de
originar uma tensão de contato perigosa.
Dimensionamento de circuitos
 Capacidade de condução de corrente
 Objetivo: Determinar a corrente máxima, que percorrerá o condutor e, de acordo com o método de
instalação, procurar nas Tabelas de Capacidade de Condução, em função dos métodos de referência
(NBR 5410/04)
Dimensionamento de circuitos
 Capacidade de condução de corrente
Circuitos para Iluminação e Tomadas

a) Circuitos Monofásicos
Com o valor da potência calculada, a corrente de carga é dada por:

Pc Pc - Potência da carga, em W;
Ic = V fn
V fn ⋅ cos(φ )
- Tensão fase e neutro, em V;
cos(φ ) - Fator de potência da carga (quando disponível);
Dimensionamento de circuitos
 Capacidade de condução de corrente
Circuitos para Iluminação e Tomadas

c) Circuitos Trifásicos (Três fios: 3F ou a Quatro Fios: 3F + N)


 Considerando que os aparelhos estejam ligados equilibradamente
entre fases ou entre fases e neutro, pode-se determinar, a corrente de
carga como:

Pcar Pcar - Potência ativa demandada da carga, considerada


Ic = equilibrada em W;
3 ⋅ V ff ⋅ cos(φ ) V ff - Tensão entre fases, em V;

cos(φ ) - Fator de potência da carga (quando disponível);


Dimensionamento de circuitos
 Capacidade de condução de corrente
Circuitos Terminais para ligação de Motores

a) Instalação de um motor/agrupamento de motores


 A capacidade mínima de corrente do condutor deve ser igual ao valor da corrente
nominal, multiplicado pelo fator de serviço correspondente, se houver:
I c= Fs (1) ⋅ I nm (1) + Fs (2) ⋅ I nm (2) + ... + Fs ( n ) ⋅ I nm ( n )
I nm (1) , I nm (2) , I nm (3) ,....I nm ( n ) - Correntes nominais dos motores, em A (Tabela de Especificação
dos motores);
Fs (1) , Fs (2) , Fs (3) ,....Fs ( n ) - Fatores de serviço correspondentes (Quando não tiver,
considerar igual a 1;

!!!OBS!!! Quando os motores possuírem fatores de potência muito diferentes, o valor de IC deverá
ser calculado levando-se em consideração a soma vetorial dos componentes ativo e reativo desses
motores.
Dimensionamento de circuitos
 Capacidade de condução de corrente
Circuitos Terminais para ligação de Capacitores
 A capacidade mínima de corrente do condutor é dada por:

=
I c 1,35 ⋅ I nc I nc - Corrente nominal do capacitor ou banco;

• Exemplo 1: Calcular a seção dos condutores com isolação em PVC/750V em eletroduto aparente
para alimentar um banco de capacitores de 40kVAr, 380V, 60Hz
Pnc 40 ⋅103
=I nc = = 60, 7 A I c =1,35 ⋅ 60, 7 =81,9 A
3 ⋅ V ff 3 ⋅ 380
Tabela 33 (NBR 5410/04)
Dimensionamento de circuitos
 Capacidade de condução de corrente
Circuitos •Terminais
Continuação Ex.:
para Isolação
ligação de em PVC/750V em eletroduto aparente (Ic=81,9A)
Capacitores
Tabela 36 (NBR 5410/04) • Especificação: Sc = 3# 25mm2
Dimensionamento de circuitos
Fatores de Correção de Corrente

 Quando os condutores estão dispostos em condições diferentes das previstas nos


métodos de referência estabelecidos nas tabelas de capacidade de condução de corrente
(NBR 5410/04)

 É necessário aplicar sobre os mencionados valores de corrente um fator de redução


que mantenha o condutor em regime contínuo, com a temperatura igual ou inferior aos
limites estabelecidos;

 Verificar as condições particulares de instalação do cabo, tais como:


-Temperatura ambiente;
-Solos com resistividade térmica diferente daquela prevista;
-Agrupamento de circuito;
-Outras condições...
Dimensionamento de circuitos
Fatores de Correção de Corrente – Temperatura ambiente
 Segundo a (NBR 5410/04), a capacidade de condução de corrente dos condutores prevista
nas tabelas correspondentes é de 20oC para linhas subterrâneas e de 30oC para linhas não-
subterrâneas

 Portanto, se os condutores forem instalados em ambiente cuja temperatura difira dos


valores indicados nas tabelas para 20 e 30 graus, sua capacidade de condução de
corrente deve ser determinada com a aplicação dos fatores de correção dados na tabela
40 (NBR 5410/04).
Dimensionamento de circuitos
Fatores de Correção de Corrente – Temperatura ambiente
 Tabela de fatores de correção para temperaturas ambientes diferentes de 20oC para linhas
subterrâneas e de 30oC para linhas não-subterrâneas
Dimensionamento de circuitos
Fatores de Correção de Corrente – Temperatura ambiente
!!!OBS(1) !!! Quando os fios e cabos são instalados num percurso ao longo do qual as condições de
resfriamento (dissipação de calor) variam, as capacidades de condução de corrente devem ser
determinadas para a parte do percurso que apresenta as condições mais desfavoráveis.

Resistividade térmica do solo


 As capacidades de condução de corrente indicadas nas tabelas para cabos contidos em eletrodutos
enterrados no solo correspondem à resistividade térmica do solo de 2,5K.m/W. Para outros solos
aplicar: (NBR 5410/04, pág. 107)
Dimensionamento de circuitos
Agrupamentos de Circuitos (4 ou mais condutores)
 De acordo com a NBR 5410/04, devem ser seguidas as seguintes prescrições:

 Os fatores de correção são aplicáveis a grupos de condutores isolados, cabos unipolares ou cabos
multipolares com a mesma temperatura máxima para serviço contínuo;

 Para grupos contendo condutores isolados ou cabos com diferentes temperaturas máximas para
serviço contínuo, a capacidade de condução de corrente de todos os cabos ou condutores isolados do
grupo deve ser baseada na menor das temperaturas máximas para serviço contínuo de qualquer cabo ou
condutor isolado do grupo afetado do valor de correção adotado;

 Se, devido às condições de funcionamento conhecidas, um circuito, ou cabo multipolar, for previsto
para conduzir não mais que 30% da capacidade de condução de corrente de seus condutores, já afetada
pelo fator de correção aplicável, o circuito ou cabo multipolar pode ser omitido para efeito de obtenção
do fator de correção do restante do grupo
Dimensionamento de circuitos
Agrupamentos de Circuitos (4 ou mais condutores)
OBS (1)  A aplicação dos fatores de agrupamento de circuitos depende do método de referência
adotado no projeto:
Tabela 42 (Fatores de correção aplicáveis a condutores agrupados em feixe (em linhas abertas ou
fechadas) e a condutores agrupados num mesmo plano, em camada única), Pg.108 (NBR 5410/04)
Dimensionamento de circuitos
Agrupamentos de Circuitos (4 ou mais condutores)

!!! OBS !!! (1) Aos fatores de correção estabelecidos nas tabelas anteriores são
aplicáveis a grupos de cabos semelhantes e igualmente carregados.

!!! OBS !!! (2) A aplicação do fator de agrupamento sobre a capacidade nominal da
corrente dos condutores, estabelecida nas tabelas apresentadas, compensa o efeito
Joule que resulta na elevação de temperatura provocada no interior do duto pela
contribuição simultânea de calor de todos os cabos;

!!! OBS !!! (3) A consequência da aplicação do fator de correção é que a capacidade
de condução das correntes nos condutores fica reduzida, implicando na especificação
de um cabo de seção superior, considerando-se inalterado o valor da carga.
Dimensionamento de circuitos
Agrupamentos de Circuitos (4 ou mais condutores)
!!! OBS !!! (4) Deve-se considerar a Tabela 46 (NBR 5410/04, pág. 112) para definir o número
de condutores carregados citados nas tabelas de condução de corrente dos condutores.
!!! OBS !!! (5) Num circuito trifásico com Neutro, que alimenta cargas desequilibradas, como,
por exemplo, a alimentação de QDLs, o condutor neutro deve ser considerando como
condutor carregado e, portanto, sujeito ao fator de correção de agrupamento que a norma NBR
5410/04 considera igual a 0,86, independentemente do método de instalação adotado;
Dimensionamento de circuitos
Determinação da Seção dos Condutores de Circuitos Trifásicos na presença de correntes harmônicas
 Quando num circuito trifásico com neutro, servindo a cargas não-lineares, cujos componentes
harmônicos de 3a ordem e seus múltiplos circulam nos condutores carregados, deve-se aplicar sobre a
capacidade de corrente de três condutores carregados dados nas Tabelas 36 e 37 (NBR 5410/04), o fator
de correção, devido ao carregamento do neutro no valor de 0,86, independentemente no método de
instalação utilizado.
 Para se determinar a corrente de carga em valor eficaz num circuito
contendo componentes harmônicos, é empregada a expressão:

I f + ∑ Ih
If - Corrente de carga ou de projeto na freqüência da
=
Ic 2 2
fundamental;

Onde, ∑ h 2 h 3h 4 h
I 2
= I 2
+ I 2
+ I 2
+ ... + I nh
2

I 2 h + I 3h + I 4 h + ... + I nh - Correntes harmônicas de 2a, 3a, 4a ... e de ordem n;


Dimensionamento de circuitos
Determinação da Seção dos Condutores de Circuitos Trifásicos na presença de correntes harmônicas
Exemplo 2: Determinar a seção dos condutores de fase de um circuito que alimenta um CCM
ao qual estão conectados várias máquinas de controle numérico que demandam uma potência
de 84kVA em 380V. Nas medidas efetuadas no circuito, foram identificados componentes
harmônicos de 3a, 5a e 9a ordens, com valores respectivamente iguais a 40, 28 e 15A. Os
condutores são do tipo isolado em PVC e estão instalados em eletroduto de PVC contido em
canaleta ventilada construída no piso.
1) Cálculo da corrente de carga considerando apenas a fundamental
Pc 84 ⋅103
=If = = 127, 6 A Sc = 3# 50mm2
3 ⋅ Vm 3 ⋅ 380
Especificação da Seção do condutor para esta condição
Método de Instalação  Tabela 33, Pág. 93 (NBR 5410/04)
Dimensionamento de circuitos
Resolução Ex.: 2

2) Cálculo da corrente de carga considerando a corrente de carga total

Ic = I f 2 + ∑ Ih2 = 127, 62 + 402 + 282 + 152 = 137, 4 A


Especificação da Seção do condutor para esta condição Sc = 3# 70mm2
Método de Instalação  Tabela 33, Pág. 93 (NBR 5410/04)
Dimensionamento de circuitos
Resolução Ex.: 2

Sem considerar os harmônicos

Considerando os harmônicos
Resumo da aula…
Quadros de distribuição

Divisão de circuitos

Primeiros critérios para dimensionamento dos circuitos terminais.


Dúvidas???
Próximo material: continuidade da Unidade VII – parte 3

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