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INSTALAÇÕES

ELÉTRICAS

Prof. MSc. Felipe Mendes de Vasconcellos


E-mail: felipe.vasconcellos@kroton.com.br
Currículo Lattes: http://lattes.cnpq.br/0508094462424211
UNIDADE 2
 Seção 2.1 - Características gerais sobre eletrodutos e quadros de
distribuição (QDs)
 Os eletrodutos são os componentes da instalação elétrica que propiciam um meio
envoltório, ou invólucro, aos condutores elétricos. Dentre suas principais funções estão a
proteção mecânica, a proteção contra ataques do meio ambiente e a proteção contra
incêndios devido ao aquecimento dos condutores;

 Para o dimensionamento dos eletrodutos é necessário limitar a quantidade de condutores


(fios e cabos) que serão instalados, a fim de facilitar a passagem e a retirada de condutores
em caso de manutenção ou modificação dos circuitos. Assim, existe uma taxa máxima de
ocupação de eletrodutos, relacionada ao espaço útil desse elemento, normatizada pela
NBR 5410, descrita na tabela;

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 É importante levar em consideração a taxa máxima de ocupação do eletroduto, pois,
devido a essa taxa, também é possível garantir a temperatura adequada dentro do
eletroduto e também auxiliar no processo de instalação e manutenção dos condutores,
facilitando a passagem desses cabos;

 Para o dimensionamento dos eletrodutos é necessária a análise dos condutores neles


instalados, verificando se possuem seções nominais iguais ou não. No caso das seções
nominais serem iguais, pode-se determinar o diâmetro nominal dos condutos, com base
nas tabelas da NBR 5410 a seguir para eletrodutos do tipo aço-carbono e PVC,
respectivamente.

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 Para determinar o diâmetro nominal de eletrodutos que possuam condutores de seções
nominais diferentes em seu interior é necessário calcular a área útil do eletroduto e, após
esse passo, analisar as tabelas fornecidas pelos fabricantes;

 Para o cálculo do diâmetro interno dos eletrodutos (Di), deve-se analisar a equação a
seguir:

Sendo que:
: é soma das áreas externas dos condutores a serem instalados;
f : esse valor é determinado a partir da quantidade de cabos ou fios utilizados nos
eletrodutos. Dessa forma, para o uso de um condutor, considera-se f = 0,53; para o uso de
dois condutores, considera-se f = 0,31; e para o uso de três condutores ou mais, f = 0, 40.

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EXEMPLO PRÁTICO:

É necessário determinar o diâmetro mínimo do eletroduto PVC da Tigre – rígido tipo


rosqueável, Classe B capaz de conter os condutores de três circuitos monofásicos de uma
mesma instalação (condutores isolados com PVC 70o C), sendo que dois circuitos possuem
condutores de 4 mm2 (área total de 13,2 mm2) e um circuito possui condutores de 2,5 mm2
(área total de 10,2 mm2). Para a proteção dos três circuitos utiliza-se um condutor de
proteção de 4 mm2.
Lembrando que para circuitos monofásicos o número de condutores carregados é dois.
Assim, a área total ocupada pelos condutores é de:

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 Pela anterior pode-se determinar o diâmetro nominal do eletroduto. Como o diâmetro
encontrado é de 16,6 mm, através dos dados fornecidos é possível verificar que o valor
comercial mais próximo a esse é de 21,3 mm, para utilização de um eletrodutro de 25 mm
(3/4”).

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 Pode-se verificar nas tabelas da NBR 5410 que o tamanho nominal dos eletrodutos
fornecidos normalmente estão em mm – dimensão padronizada pelas normas brasileiras,
porém é muito comum especificá-los em polegadas. Por isso, a tabela a seguir
disponibiliza a equivalência de mm para polegadas, a fim de facilitar o dimensionamento
desses condutos;

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 O Quadro de Distribuição (QD) é o local responsável pelo armazenamento dos
dispositivos de proteção (assunto que será mostrado na próxima seção) e pela divisão da
instalação em circuitos terminais, podendo ser de iluminação, TUGs ou TUEs;

 Os circuitos terminais inseridos nos QDs devem ser divididos corretamente, ou seja, é
necessário que tenha sido feito um balanço ou um equilíbrio de fases, distribuindo as
cargas uniformemente entre as fases de modo a se obter o maior equilíbrio possível. Isso
auxiliará no dimensionamento de condutores de bitola menor e, consequentemente, de
eletrodutos de diâmetro menor;

 Esses QDs são formados por disjuntor geral, barramento de interligação das fases,
disjuntores dos circuitos terminais, barramento de neutro e barramento de proteção. Pode-
se analisar a disposição dos componentes do QD, pela figura do próximo slide.

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 O QD deve ser instalado próximo aos centros de carga da instalação, ou seja, em locais em
que exista maior concentração de pontos de utilização e de potência. Isso permite a
utilização de condutores de menor comprimento, reduzindo as quedas de tensão, as suas
seções e as dos eletrodutos;

 Para a determinação desse centro de carga, três variáveis devem ser levadas em conta: a
quantidade de pontos de utilização, suas potências e localizações;

 A ponderação desses aspectos pode ser realizada pelo método denominado baricentro, que
determina o local geométrico considerando a planta ou parte dela como se fosse um
gráfico cartesiano (coordenadas X e Y), como mostra a figura do próximo slide.

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 Os pontos X e Y são calculados pelas seguintes equações:

Sendo:
Xn – coordenadas X do gráfico;
Yn – coordenadas Y do gráfico;
Pn – potências nos pontos de utilização.

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EXEMPLO DIDÁTICO:

Para facilitar a compreensão desse método para o cálculo do centro de carga, vamos imaginar
as seguintes cargas instaladas em determinada residência:
Carga 1: 200 W, coordenadas (2,3);
Carga 2: 200 W, coordenadas (3,4);
Carga 3: 500 W, coordenadas (5,6).
De posse das equações temos que:

Portanto, o QD deve ser instalado seguindo as seguintes coordenadas, (3,89; 4,89).

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ATIVIDADE AVALIATIVA
 Resolução das questões da seção “Faça valer a pena” do Livro Didático
Digital da Seção 2.1
 Entrega: Próxima aula

Compatibilidade e Interferência Eletromagnética 16

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