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ELETRICISTA KAREN OLIVEIRA

GUIA
DE DIMENSIONAMENTO
ELÉTRICO
1º Edição
SUMÁRIO

Critérios de dimensionamento ..................................................01


Definir circuitos de uma residência..........................................02
Encontrar a corrente de projeto.................................................03
Seção mínima....................................................................................04
Capacidade de condução de corrente.......................................06
1º passo - tipo de cabo e instalação.........................................07
2º passo - capacidade de condução de corrente..................08
3º passo - fator de correção de temperatura.........................09
4º passo - fator de correção de agrupamento.......................10
Resumo das informações obtidas...............................................11
Capacidade de condução de corrente.......................................14
Proteção contra sobrecargas........................................................15
Proteção contra curtos-circuitos.................................................18
Características dos disjuntores....................................................19
Proteção contra choques...............................................................21
Dimensionamento do IDR.............................................................22
Proteção contra sobretensões.....................................................23
Características do DPS....................................................................24
Dimensionamento do DPS.............................................................25

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CRITÉRIOS DE DIMENSIONAMENTO

São seis critérios de dimensionamento dos condutores elétricos


e dispositivo de proteção dados pela NBR 5410:

- Seção mínima
- Capacidade de condução de corrente
- Proteção contra sobrecargas
- Proteção contra curtos-circuitos
- Queda de tensão
- Proteção contra contatos indiretos (Aplicável apenas quando
se usam dispositivos a sobrecorrente na função de
seccionamento automático.

Desses critérios, optaremos por aquele que resultar na maior


seção.

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ENCONTRANDO A CORRENTE DO CIRCUITO

Para encontrar a corrente dos circuitos utilizaremos a fórmula I


= P/U no caso de circuitos monofásicos e bifásicos, e I =
P/(U*√3) no caso de circuitos trifásicos.

Onde:

I = Corrente do projeto medida em Ampéres (A)


P = Potência do circuito medida em Watts (W) ou VA (Volt
Ampére)
U = Tensão do circuito em Volts (V)

Para encontrar a potência do circuito basta inverter a fórmula P


= I*U, e da mesma forma para encontrar a tensão U = P/I.

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DENIFIR CIRCUITOS DE UMA RESIDÊNCIA

Descrição Potência Tensão Corrente

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ENCONTRAR A CORRENTE DO CIRCUITO
EXEMPLOS

Corrente de projeto:
Utilizar as fórmulas citadas na página 02:
Considerações: Para esses exemplos foram consideradas as
tensões da rede como sendo 127/220V.

Circuito monofásico 127V de iluminação com 1200W:


I = 1200/127 = 9,45A

Circuito bifásico 220V de chuveiro 5500W:


I = 5500/220 = 25A

Circuito de motor trifásico 220V 5000W:


I = 5000/(220*√3) = 13,12A

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SEÇÃO MÍNIMA

O primeiro critério a seguir da NBR 5410:2004 é o da seção


mínima, esse critério é mostrado na tabela 47, cujas seções dos
condutores calculadas não devem ser menores do que o valor
mínimo informado.

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SEÇÃO MÍNIMA

Considerando a tabela 47 da norma o circuito de iluminação


não poderá ter uma seção inferior a 1,5 mm² para cabo de
cobre isolado, e os circuitos do chuveiro e do motor não
poderão ser inferiores a 2,5 mm² para cabos de cobre, pois
ambos se enquadram em circuitos de força.

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CAPACIDADE DE CONDUÇÃO DE CORRENTE

Nessa etapa são quatro passos a serem seguidos. A partir


desse critério nós começamos os cálculos de dimensionamento
da fiação.

1º Passo - Escolher o cabo e a forma como será instalado?


((Cabo isolado em PVC, cabo unipolar, cabo multipolar..?)
(Instalado em eletroduto, em bandeja, diretamente sobre a
parede, enterrado...) Ver tabela 33

2º Passo - Qual a capacidade de condução de corrente de


acordo com o tipo de instalação? Tabelas 36 a 39

3º Passo - Qual a temperatura média anual do local onde será


executada a instalação? Ver tabela 40

4º Passo - Quantos circuitos serão instalados juntos? Ver tabela


42

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1º PASSO - TIPO DE CABO E INSTALAÇÃO

Escolher o tipo de cabo e instalação, para uma edificação


residencial em alvenaria o método mais utilizado é o método
de referência B1, condutores de cobre isolados em eletroduto
de seção circular embutido em alvenaria.

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2º PASSO - CAPACIDADE DE CONDUÇÃO DE
CORRENTE
Em residências o tipo de cabo mais utilizado é o cabo de cobre
com isolação em PVC, portanto olharemos na tabela 36, o
método B1 possui duas colunas, a primeira para 2 condutores
carregados (fase-fase, ou fase neutro) e a segunda para três
condutores carregados (3 fases). Para o circuito monofásico de
iluminação obtemos uma capacidade de condução de corrente
de 17,5A para cabo de 1,5 mm².

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3º PASSO - FATOR DE CORREÇÃO DE
TEMPERATURA
Encontrar o valor do fator de correção de temperatura para o
cabo de PVC que estamos utilizando. No exemplo utilizado, a
média de temperatura anual não será maior que 30º, portanto
o fator de correção será igual a 1. Caso a temperatura da região
seja superior a 30º deve-se utilizar os fatores da tabela.

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4º PASSO - FATOR DE CORREÇÃO DE
AGRUPAMENTO
Em um mesmo eletroduto geralmente passam mais de um
circuito, portanto devemos encontrar esse fator na tabela 42.
Caso esse circuito de iluminação esteja passando sozinho no
eletroduto o FCA será igual a 1, caso sejam 3 circuitos em um
mesmo eletroduto o FCA será igual a 0,70.
Isso porque quanto mais circuitos em um mesmo eletroduto
maior será a temperatura nos cabos e isso faz com que ele
perca a sua eficiência.

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CAPACIDADE DE CONDUÇÃO DE CORRENTE

Fórmula Iz = Ie *FCT*FCA*FCR

Iz é a corrente corrigida
Ie é a capacidade de condução de corrente indicada nas tabelas
36 a 39.
FCT: Fator de correção de temperatura (Tabela 40)
FCA: Fator de correção de agrupamento (Tabela 42)
FCR: Fator de correção de resistividade térmica (Tabela 41)

Com essa análise você conseguirá saber quantos ampéres o


cabo vai suportar nas condições reais em que for instalado.

Exemplo circuito de iluminação: Iz = 17,5*1*0,7 = 12,25A


Exemplo circuito de chuveiro: Iz = 32*1*1 = 32A
Exemplo circuito de motor: Iz = 24*1*1 = 24A

Portanto a corrente de projeto não poderá ser superior ao valor


calculado da capacidade de condução de corrente.

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CAPACIDADE DE CONDUÇÃO DE CORRENTE

Considerando a fórmula da corrente corrigida Iz = Ie


*FCT*FCA*FCR e os circuitos informados na página 03
obtivemos os seguintes valores:

Temperatura média anual = 30º FCT=1

Circuito de iluminação agrupado com mais dois circuitos de


tomada, fator de correção de agrupamento = 0,70, Cabo de
cobre de 1,5 mm².
Ec = 17,5*1*0,7 = 12,25A

Circuito de chuveiro passando sozinho no eletroduto, FCA = 1,


cabo de cobre de 4,0mm².
Ec = 32*1*1 = 32A

Circuito de motor passando sozinho no eletroduto, FCA= 1,


cabo de cobre de 2,5mm².
Ec= 24*1*1 = 24A

Considerando os valores obtidos podemos considerar que os


cabos dimensionados pela capacidade de condução de corrente
atendem a corrente do circuito calculada, por serem superiores
a esses valores.
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RESUMO DAS INFORMAÇÕES OBTIDAS

CIRCUITO DA ILUMINAÇÃO

Tipo de cabo utilizado: Cabo de cobre isolado em PVC, 70º,


450/750V.

Método de instalação: Eletroduto de seção circular embutido


em alvenaria (B1).

Capacidade de condução de corrente: 17,5A para cabo de


1,5mm² a 2 condutores carregados.

Fator de correção de temperatura: 1.

Fator de correção de agrupamento: 0,7 para 3 circuitos


agrupados.

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RESUMO DAS INFORMAÇÕES OBTIDAS

CIRCUITO DO CHUVEIRO

Tipo de cabo utilizado: Cabo de cobre isolado em PVC, 70º,


450/750V.

Método de instalação: Eletroduto de seção circular embutido


em alvenaria (B1).

Capacidade de condução de corrente: 32A para cabo de 4,0mm²


a 2 condutores carregados.

Fator de correção de temperatura: 1.

Fator de correção de agrupamento: 1 para 1 circuito sozinho no


eletroduto.

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RESUMO DAS INFORMAÇÕES OBTIDAS

CIRCUITO DO MOTOR TRIFÁSICO

Tipo de cabo utilizado: Cabo de cobre isolado em PVC, 70º,


450/750V.

Método de instalação: Eletroduto de seção circular embutido


em alvenaria (B1).

Capacidade de condução de corrente: 24A para cabo de 2,5mm²


a 2 condutores carregados.

Fator de correção de temperatura: 1.

Fator de correção de agrupamento: 1 para 1 circuito sozinho no


eletroduto.

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PROTEÇÃO CONTRA SOBRECARGAS

Item 5.3.4 Proteção contra correntes de sobrecarga


a) Ib ≤In ≤ Iz;
e b) I2 ≤ 1,45 Iz
Ib é a corrente de projeto do circuito;
Iz é a capacidade de condução de corrente dos condutores, nas
condições previstas para sua instalação (ver 6.2.5);
In é a corrente nominal do dispositivo de proteção (ou corrente
de ajuste, para dispositivos ajustáveis), nas condições previstas
para sua instalação;
I2 é a corrente convencional de atuação, para disjuntores, ou
corrente convencional de fusão, para fusíveis.

Para a proteção do circuito circuito de iluminação devemos


substituir os valores na primeira fórmula.
9,45 ≤In ≤ 12,25;

A corrente nominal do disjuntor deverá ser maior ou igual à


corrente de projeto ib, e menor ou igual a capacidade de
condução de corrente do cabo.
Dessa forma podemos utilizar um disjuntor de 10A que as duas
condições serão atendidas.

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PROTEÇÃO CONTRA SOBRECARGAS

a) Ib ≤In ≤ Iz;
e b) I2 ≤ 1,45 Iz

Para confirmar que a proteção contra sobrecargas foi atendida


devemos substituir as informações na segunda fórmula.

I2 ≤ 1,45 Iz

A corrente de atuação dos disjuntores é igual a 1,13


multiplicado pela sua corrente nominal, logo:

1,13*10 ≤ 1,45*12,25
11,30 ≤ 17,76
Portanto as duas condições foram atendidas.

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PROTEÇÃO CONTRA SOBRECARGAS

a) Ib ≤In ≤ Iz;
e b) I2 ≤ 1,45 Iz

Exemplo circuito do chuveiro:


25 ≤ 32 ≤ 32

As primeiras condições estão atendidas.

1,13*32 ≤ 1,45*32
36,16 ≤ 46,40

Portanto as duas condições foram atendidas.

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PROTEÇÃO CONTRA CURTOS-CIRCUITOS

1º Passo - Encontrar a corrente de curto-circuito para o


consumidor, fornecida pela concessionária.
Exemplo obtido da norma DIS-NOR-036 Fornecimento de
Energia Elétrica em Média Tensão de Distribuição à Edificação
Individual, Neoenergia.

A maior corrente de curto-circuito simétrica é 2990 A, portanto


o Capacidade nominal de interrupção de curto-circuito (Icn) do
disjuntor deverá ser no mínimo 3000A.

Icn do disjuntor

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PROTEÇÃO CONTRA CURTOS-CIRCUITOS

Item 5.3.5 Proteção contra correntes de curtos-circuitos

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PROTEÇÃO CONTRA CURTOS-CIRCUITOS

Exemplo de cálculo:

Corrente presumida simétrica = 2990A


I² . t x k² S²

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PROTEÇÃO CONTRA CURTOS-CIRCUITOS

Corrente presumida simétrica = 2990A


t = 0,01 (Obtido dos gráficos das curvas dos disjuntores – ABNT
NM 60898)
S = 16mm² (Colocar seção do cabo que você dimensionou)
k = 115 (Obtido da tabela 30)

I² . t <= k².S²
2990².0,01 <= 115².16²
8,9x10^5 <= 3,3x10^6

Se a corrente de curto-circuito do disjuntor for igual a 2990A a


função será atendida, como Icn 2990A não é um valor
comercial, então o disjuntor deverá ter uma capacidade de
interrupção de curto-circuito no mínimo 3kA.

I² . t <= k².S²
3000².0,01 <= 115².16²
9,0x10^5 <= 3,3x10^6

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CARACTERÍSTICAS DOS DISJUNTORES

Informações:
C6 - Curva C corrente nominal 6A
230/400V - Tensão máxima de
operação que o disjuntor suporta
4500 - Capacidade nominal de
interrupção de curto-circuito em
Ampéres

Diagrama de
ligação

Número de pólos: Manopla para seccionamento


1 polo - monopolar manual
2 polos - bipolar
3 polos - tripolar
Na imagem acima são 3
disjuntores monopolares.
Circuito da iluminação: Disjuntor monopolar In 10A, curva C, Icn 3kA.
Circuito do Chuveiro: Disjuntor bipolar In 32A, Curva B, Icn 3kA..
Circuito do motor trifásico: Disjuntor tripolar In 16A, Curva C, Icn 3kA.

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CRITÉRIO DA QUEDA DE TENSÃO

Os limites de queda de tensão são estabelecidos no item 6.2.7 da NBR


5410, se a queda de tensão for superior aos limites da norma os aparelhos
poderão apresentar mal funcionamento e ter uma redução na sua vida
útil.

Exemplo 1: A partir da rede de baixa tensão


Rede de baixa tensão da

Queda máxima 5%
concessionária

Circuitos de
distribuição Circuitos terminais
Medição QDFL

Queda máxima 4%

Exemplo 2: A partir da rede de alta tensão


Rede de alta tensão da

Queda máxima 7%
concessionária

Circuitos de Circuitos de
Transform distribuição distribuição Circuitos terminais
Medição QDFL
ador

Queda máxima 4%

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MÉTODO DE CÁLCULO 1

= Queda de tensão;
K = Constante em função do esquema do circuito;

Para circuitos com esquema F+N, F+F ou 2F+N o valor de K é


200;
Para circuitos com esquema 3F+N ou 3F o valor de K é
173,2;

= Constante do material aplicado;


Para condutores de cobre o valor é 0,0178;
Para condutores de alumínio o valor é 0,0292;

= comprimento do trecho entre os pontos analisados;


Ib =corrente de projeto entre dois pontos de um determinado
trecho;
S = seção inicial do condutor no trecho analisado;
Vx = tensão;

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MÉTODO DE CÁLCULO 1

Para circuitos com esquema F+N é utilizado o valor de


tensão de fase;
Para circuitos com esquema F+F, 2F+N, 3F+N ou 3F é
utilizado o valor de tensão de linha;
Para quadros com esquema F+N, 2F+N ou 3F+N é utilizada a
tensão de fase;
Para quadros com esquema F+F ou 3F é utilizada a tensão
de linha;

Informações para o cálculo:


Corrente do circuito: 9,45A
Comprimento: Valor pode variar, consideraremos no exemplo um
comprimento de 20 m.
Tensão: 127V
Seção: 1,5mm²

ΔV% = (200*0,0178*20*9,45)/(1,5*127) = 3,53%

Informações para o cálculo: Entrada de energia trifásica


Corrente do circuito: 63A
Comprimento: Valor pode variar, consideraremos no exemplo um
comprimento de 18 m.
Tensão: 220V
Seção: 16mm²

ΔV% = (173,2*0,0178*18*63)/(16*220*raiz(3)) = 0,57%

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MÉTODO DE CÁLCULO 1

Exemplo 1: A partir da rede de baixa tensão


Rede de baixa tensão da

Queda máxima 5%
concessionária

Circuitos de
distribuição Circuitos terminais
Medição QDFL

Queda máxima 4%

Queda de tensão total no circuito de iluminação:

ΔV% = (200*0,0178*20*9,45)/(1,5*127) = 3,53% (Dentro da queda


de tensão máxima permitida pela norma).

Queda de tensão no circuito de distribuição:

ΔV% = (173,2*0,0178*18*63)/(16*220*raiz(3)) = 0,57%

Queda de tensão total = 4,1% (Dentro do valor máximo


permitido pela norma.

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MÉTODO DE CÁLCULO 2

O método para calcular a queda de tensão utiliza a fórmula abaixo como


referência:

ΔV[V] = Fator da tabela [V/A.km] x comprimento do circuito [km] x


corrente do circuito [A]

Onde:
ΔV[V] = Queda de tensão medida em Volts
[V/A.km] = Queda de tensão por km, valor tabelado pelos fabricantes

A tabela abaixo informa os valores de queda de tensão por km para


condutores de cobre isolados em PVC, os valores foram informados pela
empresa fabricante de cabos Prysmian Group.

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MÉTODO DE CÁLCULO

Informações para o cálculo:


Corrente dos circuitos: Obtida na página 4 deste guia.
Comprimento: Valor pode variar, consideraremos no exemplo um
comprimento de 20 m, converter para km, logo 0,02 km.
Queda de tensão por km considerando um fator de potência de 0,8 =
23,34 para cabo de 1,5mm², 12,91 para cabo de 2,5 mm² e 8,96 para cabo
de 4 mm².

ΔV[V] = Fator da tabela [V/A.km] x comprimento do circuito [km] x


corrente do circuito [A]

ΔV[V] Circuito de iluminação = 23,34 * 0,02 * 9,45 = 4,41 V


Converter em porcentagem: (4,41V/127V)*100 = 3,47%

ΔV[V] Circuito de chuveiro = 8,96 * 0,02 * 25 = 4,48 V


Converter em porcentagem: (4,48V/220V)*100 = 2,03%

ΔV[V] Circuito de motor = 12,41 * 0,02 * 13,12 = 3,25 V


Converter em porcentagem: (3,25V/(220V*√3)*100 = 0,85%

Com esses resultados podemos ver que as quedas de tensões dos circuitos
terminais ficaram abaixo do valor máximo especificado em norma,
portanto não será necessário aumentar a seção dos cabos para reduzir a
queda de tensão.

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PROTEÇÃO CONTRA CHOQUES

O IDR - Interruptor Diferencial


Residual faz a proteção das
pessoas e animais contra
choques elétricos.

Verificar no item 5.1.3.2 da


NBR 5410 sobre uso de
dispositivo diferencial-residual
de alta sensibilidade, situação
em que o uso do dispositivo é
obrigatório.

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DIMENSIONAMENTO DO IDR

A corrente de atuação do IDR


deverá ser de 30mA para os
casos citados na NBR 5410.

Sua corrente nominal deverá


ser igual a soma das correntes
dos circuitos que ele irá
proteger, ou igual à corrente
do disjuntor que o antecede.

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PROTEÇÃO CONTRA SOBRETENSÕES

O DPS - Dispositivo de Proteção


contra Surtos é o dispositivo que
protege a instalação contra
sobretensões transitórias.
Quando cai um raio próximo à
edificação, esse raio gera tensões e
correntes muito altas nas instalações
elétricas, que não são suportadas
pelos equipamentos.
Portanto é recomendado o uso desse
dispositivo nos quadros de
distribuição.

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CARACTERÍSTICAS DO DPS

Características elétricas:
Uc: Tensão máxima de operação do
dispositivo;

Imáx: Corrente máxima que fará o


dispositivo atuar uma única vez;

In: Corrente nominal em que o


dispositivo poderá atuar mais de uma vez
sem queimar;

Up: Tensão de proteção que o dispositivo


deixar passar.

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DIMENSIONAMENTO DO DPS

Características elétricas:

Uc: Deverá ser no mínimo 1,1x a tensão


de fase da rede;

Imáx: O dobro da corrente nominal;

In: No mínimo 20kA para a região


sudeste;

Up: Menor que a tensão transitória


suportada pelos equipamentos (Ver
tabela 31 da norma).

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REDES SOCIAIS: DÚVIDAS:

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