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VITIUM SOLITARIUS

Já estou de saco cheio


De dar voltas em círculos
Carrego em meus ombros
O peso do remorso ridículo

O Impulso me rói os ossos


Me faz perder o comando
Me doma como um czar
Quando estou desvairando

Tenho a chave dessa cela


Mas a liberdade me cerra
Tomo sorvete no inverno
Durmo enrolado no inferno

Quem apagou a luz?


Quem foi seu raptor?
Aqui é tão escuro
Não existe interruptor

Ando atônito e sem rota


Pois não consigo me enxergar
Nesta vereda ruinosa
Com arbustos a me resgar

Anexo ao meu cotidiano


As alucinações aliteradas
Sou um cara perturbado
Adubando a alma com nada

Terão fim o vício e a solidão?


Me sinto só nessa perversão
Tento frear, mas sigo correndo
Tento fugir sem movimento

Quem apagou a luz?


Onde foi nosso guiador?
Aqui é tão tenebroso
Não existe interruptor

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