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De maneira sumária, procede-se primeiro à decomposição (ionização ou
dissociação) do composto em íons e, posteriormente, com a passagem de uma
corrente contínua através destes íons, são obtidos os elementos químicos.
Desta segunda lei podemos concluir, entre outras coisas, que as leis da eletrólise
são análogas às que regem as reações químicas; logo, se um número definido de
átomos se combina com uma pré-determinada quantidade de eletricidade, parece
ser logicamente válido supor que a própria eletricidade é constituída por partículas.
Desta forma, uma molécula deve poder receber ou perder um número inteiro
destas partículas que constituem a eletricidade.
2
O primeiro experimento dá indícios de que átomos poderiam ser constituídos de
partes menores; ainda partículas mais simples surgiram em 1850.
P t i
Posteriormente,
t a pressãoã do
d tubo
t b diminui,
di i i o interior
i t i incandescente
i d t desaparece
d
gradualmente e o vidro na extremidade do tubo com o eletrodo de carga positiva, o
ânodo, começa a emitir uma incandescência esverdeada (figura não exibida).
3
Figura 2.c – Fonte de baixa tensão (voltagem) (A) é conectada ao cátodo (C). A fonte de alta
tensão (B) energiza o ânodo recoberto com fósforo (P), que é fosforescente. A máscara (M) é
conectada ao potencial do cátodo e sua imagem é vista sobre o fósforo com uma área não
iluminada. Este tubo pode ser construído sem a fonte A usando um cátodo frio.
A baixas pressões, é evidente que alguma coisa deixa o cátodo e viaja para o
ânodo.
Alé do
Além d mais,
i é necessário
á i que as partículas
tí l emitidas
itid dod cátodo
át d viajem
i j em linhas
li h
retas; se elas pudessem seguir vários caminhos em torno do sulfeto de zinco, a
sombra no ânodo na extremidade do tubo seria indefinida.
4
Em 1887, o físico inglês J. J. Thomson (Joseph John Thomson, 1856-1940)
mostrou que as partículas em raio catódico são carregadas negativamente.
Provou a afirmação mostrando que o raio catódico pode ser desviado se passar
entre placas de metais carregados opostamente em um tubo de Crookes.
Ele vaporizou gotas de óleo entre duas placas metálicas carregadas opostamente
e, por meio de um microscópio, observou que tais gotículas caíam pelo ar sob
influência da gravidade.
5
Ele então irradiou o espaço entre as placas com raios x. Estes, chocando-se com
moléculas dor ar, refletiam elétrons de tais moléculas e alguns destes elétrons
eram capturados pelas gotículas de óleo.
Assim, ele determinaria esta carga e calcularia o tamanho da carga em uma única
gotícula. Ele repetiu o experimento várias vezes e determinou a carga de muitas
gotículas de óleo individualmente.
M i tarde,
Mais t d uma gotícula
tí l poderia
d i captar
t apenas um número
ú i t i de
inteiro d elétrons,
lét e
quando ele descobriu que cada gotícula era carregada por um múltiplo inteiro de -
1,6 x 10-19 C (coulumbs), concluiu que cada elétron precisava carregar a carga: -
1,6 x 10-19C (FIGURA 4).
Figura 4 – Uma representação do instrumento de Millikan usado para medir a carga do elétron.
Pequenas gotas de óleo, os quais capturam elétrons extras, são deixadas cair entre duas placas
carregadas eletricamente. Millikan monitorou as gotas medindo como a voltagem nas placas
afetava a velocidade da queda. A partir desses dados ele calculou as cargas nas gotas. Seu
experimento mostrou que as cargas eram sempre múltiplos inteiros de 1,60x10-19 C, o que ele
deduziu ser a carga de um único elétron.
6
J. J. Thomson já tinha mostrado que a razão carga-massa é a mesma para todos
os elétrons e havia determinado sua magnitude.
De posse desta informação, Millikan pôde calcular a massa do elétron, 9,1 x 10-28g.
Millikan foi assim capaz de mostrar que todos os elétrons são idênticos, isto é,
todos têm a mesma massa e carga.
60 x 10 -19 C
1,60
1
Massa do elétron 8
9,10 x 10-28 g
1,76 x 10 C/g
Todos os átomos contêm elétrons. O que mais eles contêm?
O cátodo
át d no tubo
t b de
d Goldstein
G ld t i tinha
ti h uma fenda
f d montada
t d próximo
ó i ao meio
i do
d tubo.
t b
Goldstein observou um fluxo incandescente que parecia começar na fenda e
mover-se em direção ao ânodo.
7
Figura 5 – Tudo de raio canal de Goldstein.
Ao contrário, eles têm diferentes cargas, embora cada carga seja um múltiplo
inteiro de +1,6 x 10-19 C.
8
A soma das cargas positivas em uma molécula normal precisa ser igual à soma
das cargas negativas dos elétrons, assim, a molécula não carrega carga liquida.
Quando uma molécula (ou um único átomo) perde um ou mais de seus elétrons,
adquire uma carga líquida positiva igual ao número de elétrons perdidos, porque
agora a soma de suas cargas positivas é maior do que a de suas cargas negativas.
A partir de 1890, ficou evidente para a maioria dos cientistas que os átomos
consistem em uma parte carregada positivamente e alguns elétrons, mas isto não
era totalmente claro.
Em 1898, J. J. Thomson sugeriu que um átomo poderia ser uma esfera carregada
positivamente na qual alguns elétrons estão incrustados, e apontou que isto levaria
a uma fácil remoção de elétrons dos átomos.
9
Figura 6 – Modelo “pudim de ameixa” do átomo de J. J. Thomson. Ele imaginou que os
pequenos elétrons estariam embutidos no átomo como passas em um pudim ou como
sementes em uma melancia. Ernest Rutherford provou que o modelo dele estava errado.
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E, reciprocamente, se sabemos que um átomo é um certo número de vezes mais
pesado que um átomo de hidrogênio, podemos deduzir o número de massa do
átomo.
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Ocasionalmente, podemos ver o número atômico como um subscrito à esquerda,
como nos símbolos usados na FIGURA 7.
Entretanto,, as diferenças
ç de massa entre os isótopos p do hidrogênio
g são
relativamente grandes, levando as diferenças consideráveis em algumas
propriedades físicas e a uma ligeira variação de suas propriedades químicas.
O hidrogênio tem três isótopos (TABELA 2). O mais comum (1H) não tem
nêutrons, sendo então o núcleo um próton sozinho.
Os outros dois isótopos são menos comuns mas contudo tão importantes que
recebem nomes e símbolos especiais. Um isótopo (2H) é chamado de deutério (D),
e o outro
t (3H) é chamado
h d trítio
t íti (T).
(T)
Em 1895, o físico alemão Wilhelm Röntgen descobriu que os raios-X, são emitidos
do ânodo de um tudo de raios catódicos de alta voltagem.
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Em 1896, o físico francês Antoine Henri Becquerel pensou que tinha encontrado uma
fonte natural de raios-X: sulfato uranila de potássio, K2UO2(SO4)2, mas, mais tarde,
ele percebeu que os raios naturais emanados destes e de outros compostos de urânio
eram diferentes dos raios-X de Röntgen (FIGURA 8).
Raios alfa (α) consistem em um fluxo de partículas (agora chamadas partículas alfa)
que são idênticas a núcleos de 42He (sendo dois prótons e dois nêutrons fortemente
ligados).
Raios beta (β) constituídos de uma corrente de elétrons, geralmente de alta energia,
chamadas partículas β e designados 0-1e (o subscrito -1 indica a carga e o sobrescrito
0, a massa extremamente pequena do elétron).
Raios gama () não são partículas; são radiações eletromagnéticas, como raios-X,
mas são geralmente de freqüência mais alta e, portanto, energia mais alta (E = h).
(FIGURA 10).
Figura 8 – Henri Becquerel descobriu a radioatividade quando observou que uma placa
fotográfica não-exposta, deixada perto de um pouco de óxido de urânio, tinha ficado
escurecida. Esta fotografia mostra uma de suas placas originais.
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Figura 9 – Um núcleo pode ser descrito como uma coleção de prótons fortemente ligados e
nêutrons. O diâmetro de um núcleo é de cerca de 10 fm (1 fm = 10-15 m).
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6) MODELO ATÔMICO DE RUTHERFORD
Em 1890 descobriu-se que certos elementos são radioativos. Uma partícula alfa
carrega uma carga positiva e tem massa que é muito maior do que um elétron.
Neste aparelho (FIGURA 11), as partículas alfa foram detectadas por um clarão
formado sobre um anteparo revestido com uma camada de sulfeto de zinco
fosforescente.
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Os resultados dos experimentos foram surpreendentes.
O espalhamento de ângulos maiores que 90º não foi previsto pelos cientistas; isto
significa que algumas partículas alfa realmente emergiam da superfície do ouro, ou
seja, as partículas eram rebatidas após o choque, sem atravessar a folha.
Por que somente poucas partículas se desviavam, e por que alguns dos ângulos
medidos eram tão grandes?
E 1911,
Em 1911 Rutherford
R th f d foi f i capaz de
d mostrar
t o que os resultados
lt d experimentais
i t i
realmente significavam.
Tal distribuição difusa de massa poderia significar que nada seria muito sólido para
uma partícula alfa atravessar, e a carga positiva carregada pela partícula não seria
influenciada por nenhuma concentração alta de carga positiva ou negativa
localizada na folha.
Neste ponto Rutherford retomou uma idéia proposta em 1904 pelo físico japonês
Hantaro Nagaoka (1865-1950): um átomo poderia ser composto por um
pequeníssimo núcleo carregado positivamente (no centro do átomo) rodeado por
uma região comparativamente maior, contendo os elétrons.
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Figura 12 – Modelo de Rutherford explicando o espalhamento de partículas α (FIGURA 11). A
lâmina de ouro tem a espessura de vários milhares de átomos. Quando uma partícula α colide
com o núcleo de ouro (ou passa muito próximo dele), ela é fortemente repelida. A partícula α,
que possui menos massa, é desviada de seu caminho por interações repulsivas.
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OBSERVANDO ÁTOMOS
7) O ESPECTRO ELETROMAGNÉTICO
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Figura 13 – O campo elétrico de uma radiação eletromagnética oscila no espaço e no tempo.
O comprimento da flecha em qualquer ponto em um dado instante representa o valor da
intensidade que o campo exerce, neste ponto, sobre uma partícula carregada. O campo
magnético é perpendicular ao campo elétrico. Este diagrama representa uma fotografia
instantânea de uma onda eletromagnética em um dado instante. A distância entre dois picos
(máximos) é o comprimento de onda da radiação, e a altura da onde é sua amplitude.
Figura 14 – (a) Radiação de pequeno comprimento de onda: observe como o campo elétrico
muda acentuadamente em cada um dos três instantes sucessivos. (b) Para os mesmos três
instantes, o campo elétrico de uma radiação de grande comprimento de onda muda muito
menos. Mostramos a diferença dizendo que a radiação de pequeno comprimento de onda
tem alta freqüência enquanto que a radiação de grande comprimento de onda tem baixa
freqüência.
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Um comprimento de onda pequeno corresponde, então à radiação de alta
freqüência e um comprimento de onda longo corresponde à radiação de baixa
freqüência.
L branca,
Luz b que inclui
i l i a luz
l dod sol,l é uma mistura
i t d todos
de t d os comprimentos
i t ded
onda da luz visível.
A radiação ultravioleta é a radiação de freqüência mais alta que a luz violeta; seu
comprimento de onda é menor que 400 nm. Este é o componente da radiação do
sol que causa danos e é o responsável pelas queimaduras e bronzeamento, e é
diminuída pela camada de ozônio.
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Tabela 3 – Unidades de comprimentos de nos comuns para radiações eletromagnéticas
Esta mistura de ondas pode ser separada usando-se um prisma ótico, que não só
desvia o raio de luz (o que é chamado refração), mas também desvia a luz de
diferentes comprimentos, de quantidades diferentes (dispersão).
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Figura 16 – Um espectro visível contínuo é produzido quando um feixe estreito de luz branca
atravessa um prisma. A luz branca poderia ser a luz do sol ou a luz de uma lâmpada
incandescente. As cores da tela formam uma banda contínua que vai do violeta para o
vermelho.
Em, 1913, dois anos após Rutherford propor o modelo atômico do átomo, o físico
inglês Henry Moseley (1887-1915) desenvolveu o conceito de números atômicos.
Ele descobriu que cada elemento produz raios X de freqüência única; além disso,
ele descobriu que a freqüência aumenta quando a massa atômica aumenta.
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9) RADIAÇÃO DO CORPO NEGRO, EQUAÇÃODE PLANCK (Quanta e fótons)
E O EFEITO FOTOELÉTRICO E SUA INTERPRETAÇÃO POR EINSTEIN
(2) A emissão de elétrons a partir de uma superfície metálica onde a luz incide (o
efeito fotoelétrico).
Sabemos que à medida que um objeto torna-se mais quente, ele brilha com maior
intensidade e a cor da luz que emite muda do vermelho para o branco (FIGURA
17).
O “objeto quente” é conhecido como corpo negro (mesmo que emita cor branca
quando muito quente). O nome significa que o objeto não deve favorecer um
comprimento de onda especial.
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No final do século XIX alguns físicos estudavam esse fenômeno, tentando
entender a relação entre a temperatura e a intensidade e os comprimentos de onda
da radiação emitida.
Planck focalizou sua atenção nas paredes do corpo negro e em seus átomos que
oscilavam rapidamente.
Ou seja, sua idéia central foi que os átomos oscilantes a uma freqüência podem
trocar energia com sua vizinhança somente em pacotes de magnitude
E = h
Se a quantidade de energia emitida por um átomo for 3h , por exemplo, dizemos
q foram emitidos três q
que quanta de energia
g (q
(quanta é o p
plural de q
quantum).
)
Além disso, dizemos que as energias permitidas são quantizadas, isto é, seus
valores são restritos a determinadas quantidades. Ou seja, A hipótese de Planck
implica em que a radiação de freqüência pode ser gerada somente se energia
suficiente estiver disponível.
24
Figura 18 – Efeito fotoelétrico. (a) Quando fótons de energia suficientemente alta colidem
com uma superfície metálica, elétrons são emitidos do metal. (b) O efeito fotoelétrico é a
base da fotocélula. Os elétrons emitidos são puxados para o terminal positivo. Como
resultado, a corrente flui no circuito. As fotocélulas são usadas em medidores de luz para
fotografia, bem como em numerosos outros dispositivos eletrônicos.
Em 1905, Albert Einstein (1879-1955) usou a teoria quântica de Planck para explicar
o efeito fotoelétrico (FIGURA 18).
Ele propôs que a radiação eletromagnética consistia de partículas, que, mais tarde,
foram chamadas fótons.
Exemplo: De acordo com a energia acima, para a luz azul de freqüência 6,4 x 1014
Hz, cada fóton tem energia:
25
a) Um elétron pode ser expelido do metal se ele recebe uma certa quantidade
mínima de energia do fóton durante a colisão. Então, a freqüência da radiação
deve ter um valor mínimo para que os elétrons sejam ejetados.
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O espectro produzido constitui-se de uma faixa contínua de cores: o violeta funde-
se ao azul; o azul, ao verde, e assim por diante, sem nenhum ponto branco.
Quando diferentes gases são colocados sob pressão em um tubo e uma alta
voltagem é aplicada, os gases emitem diferentes cores de luz.
Quando a luz vinda de tais tubos passa através de um prisma, apenas linhas de
poucos comprimentos de onda estão presentes nos espectros resultantes
(FIGURA 19).
27
Em 1885 um professor suíço chamado Johann Balmer (1825-1898) observou que
os comprimentos de onda das quatro linhas do hidrogênio mostrado na FIGURA 19
encaixa de maneira intrigante em uma fórmula simples.
p
Rapidamente a equação
q ç de Balmer foi estendida ppara uma equação
q ç mais g
geral,,
chamada equação de Rydberg (Johann Rydberg, 1854-1919), que permitiu
calcular os comprimentos de onda de todas as linhas espectrais do hidrogênio:
1 1 1 1 1
v R 2 2 ou R 2 2 eq. 1
n1 n2 n1 n2
n1 = 1,2,... n2 = n1 + 1, n1 + 2,...
Passaram-se mais de 30 anos para que essa pergunta fosse respondida, como
veremos a seguir.
Por exemplo, os comprimentos de onda das linhas nas três séries citadas são
obtidos por substituição, como a seguir:
Série Paschen n1 = 3 n2 = 4,
4 5,
5 6,
6 7,...
7
28
O MODELO DE BOHR
À medida que o elétron perde energia, ele deve mover-se em forma de espiral em
direção ao núcleo.
B h abordou
Bohr b d esse problema
bl quase da
d mesma forma
f que Planck
Pl k tinha
ti h abordado
b d d o
problema da natureza da radiação emitida por objetos quentes: Assumindo que as
leis predominantes da física eram inadequadas para descrever todos os aspectos
dos átomos.
Além disso, ele adotou a idéia de Planck de que as energias eram quantizadas.
1 eq. 2
E = (-2,18 x 10-18 J) 2
n
29
O número inteiro n, que pode assumir valores de 1 a infinito, é chamado número
quântico.
Dessa forma, a primeira órbita permitida (a órbita mais próxima ao núcleo) tem
n = 1,, a p
próxima órbita p
permitida ((a segunda
g mais p
próxima ao núcleo)) tem n = 2,, e
assim por diante.
30
O que acontece ao raio da órbita e à energia na medida em que n se torna
infinitamente grande?
1
(-2 18 x 10-18 J) 2 0
E = (-2,18
n
Portanto, o estado no qual o elétron é removido do núcleo é o estado de referência,
ou energia zero, do átomo de hidrogênio. Esse estado de energia zero é mais alto
em energia que os estados com energias negativas.
No seu terceiro postulado, Bohr supôs que o elétron poderia “pular” de um estado
de energia permitido para outro, absorvendo ou emitindo fótons cuja energia
radiante
di t corresponda d exatamente
t t à diferença
dif entre
t os dois
d i estados.
t d
Um elétron deve absorver energia para que ele mude para um estado de mais alta
energia (um estado com um valor mais alto de n).
Figura 22 – Quando um átomo faz uma transição de um estado de energia mais alta para um
nível de energia menor, ele perde energia que é emitida como um fóton. Quanto maior a
energia perdida, maior a freqüência (e menor o comprimento de onda) da radiação emitida.
31
Assim, se o elétron pula de um estado inicial, com energia Ei para um estado final,
com energia Ef, a variação de energia é dada pela seguinte equação:
E = E f Ei E fóton h eq. 3
1 1
2.18 10 18 J 2 2
hc
E h eq. 4
n f ni
Nessa equação, ni e nf são os números quânticos principais dos estados inicial e
finall do
fi d átomo,
át respectivamente.
ti t
1 1 8
E = (- 2,18 x 10-18 J) 2 2 (- 2,18 x 10-18 J) - 1,94 x 10-18 J
1 3 9
Sabendo a energia
g para
p o fóton emitido,, ppodemos calcular sua freqüência
q ou
seu comprimento de onda. Para o comprimento de onda, temos:
32
Se resolvermos a eq. 3 para 1/ e excluirmos o sinal negativo, teremos que essa
equação derivada da teoria de Bohr corresponde à equação de Rydberg, eq. 1,
obtida com dados experimentais:
1 (- 2,18 x 10-18 J) 1 1
2 2
eq. 5
=
hc n f ni
De fato, a combinação das constantes, (2,18 x 10-18 J) / hc é igual à constante de
Rydberg (R = 1,10 x 107 m-1).
E
Enquanto
t o modelo
d l de
d Bohr
B h oferece
f uma explicação
li ã para o espectrot de
d linhas
li h dod
átomo de hidrogênio, ele não pode explicar o espectro de outros átomos, a não ser
de uma maneira muito incipiente.
O mais importante sobre a teoria de Bohr é que ela apresenta suas idéias
principais que também são incorporadas por nosso modelo atual: (1) os elétrons
existem apenas em níveis de energia distintos, que são descritos pelos números
quânticos. (2) A energia está envolvida na movimentação de um elétron de um
nível p
para outro. Além disso,, p
parte do vocabulário associado com o novo modelo
remonta ao modelo de Bohr. Por exemplo, ainda usamos a idéia de estados
fundamentais e excitados para descrever as estruturas eletrônicas dos átomos.
O efeito
f it fotoelétrico
f t lét i suporta
t fortemente
f t t a visão
i ã de
d que a radiação
di ã eletromagnética
l t éti
consiste de fótons que se comportam como partículas.
33
A difração da luz – fenômeno típico ondulatório
= h / mv eq. 6
34
Esse não é o caso de um elétron porque sua massa é muito pequena.
Os elétrons eram difratados pelos cristais, do mesmo modo que os raios X sofriam
difração. FIGURA 23
C
Considere,
id por exemplo,
l uma bola
b l descendo
d d uma rampa. Usando
U d a física
fí i clássica,
lá i
podemos calcular sua posição, direção de movimento e velocidade a qualquer
momento, com grande exatidão.
35
Dessa forma, podemos antecipar que é impossível determinar exatamente onde
um elétron está localizado em um tempo determinado.
p
A impossibilidade de conhecer a p
posição
ç mesmo com p
precisão arbitrariamente
grande, se o momentum linear é conhecido com precisão é um aspecto da
complementaridade da posição e momento.
h
x . mv eq. 8
4
Por exemplo:
p Um cálculo rápido
p ilustra as implicações
p ç dramáticas do p
princípio
p da
incerteza. O elétron tem massa de 9,11 x 10-31 Kg e move-se a uma velocidade
média de aproximadamente 5 x 106 m/s em um átomo de hidrogênio. Vamos supor
que conhecemos a velocidade para uma incerteza de 1% (isto é, uma incerteza de
(0,01)(5 x 106 m/s) = 5 x 104 m/s) e que essa é a única fonte importante de
incerteza no momento para que mv = mv.
h 6, 63 x 10-34 J s
x 1 x 10-9 m
4 mv 4 (9,11 -31 4
(9 11 x 10 Kg)(5 x 10 m/s)
36
Por outro lado, se fôssemos repetir os cálculos com um objeto de massa ordinária,
como uma bola de tênis, a incerteza seria tão pequena que isso não teria
importância.
p
A hipótese de De Broglie
g eop princípio
p da incerteza de Heisenberg g estabeleceram
a base para um nova teoria de estrutura atômica e mais largamente aplicável.
O resultado
lt d é um modelo d l que descreve
d precisamente
i t a energia
i do
d elétron
lét
enquanto define sua localização em termos de probabilidades.
Seu trabalho abriu uma nova maneira de lidar com partículas subatômicas
conhecida como mecânica quântica ou mecânica ondulatória. A aplicação da
equação de Schrödinger requer cálculos avançados, e não nos preocuparemos
com os detalhes de sua abordagem.
37
Equação de Schrödinger independente do tempo para uma partícula de
massa m, movendo-se um uma dimensão com a energia E.
2 d 2 h
V ( x) E
2m dx 2 2
De acordo com a interpretação de Born, desde que 2 seja grande, há uma alta
densidade de probabilidade para a partícula; e se 2 é pequena, há somente uma
baixa densidade de probabilidade para a partícula.
Uma posição que passa por 0 é chamada nó, então podemos dizer que a
partícula tem densidade de probabilidade zero quando a função de onda tem nós.
(FIGURA 24)
38
Nó
Ou seja, onde duas funções de onda propagam na mesma região do espaço, tal
como ocorre quando dois átomos estão próximos o suficiente para formar uma
ligação,
gação, pode haver
a e u um ssignificativo
g cat o au aumento
e to da p
probabilidade
obab dade de e
encontrar
co t a as
partículas naquela região.
Reciprocamente, uma região positiva de uma função de onda pode ser cancelada
por uma região negativa de uma segunda função de onda (FIGURA 25.b). A
interferência destrutiva entre funções de onda, reduz muito a probabilidade de uma
partícula ser encontrada naquela região.
39
Figura 25 – As funções de onda interferem onde elas se propagam na mesma região do
espaço. (a) Se elas possuem o mesmo sinal na região, elas interferem construtivamente e a
função de onda total tem uma amplitude intensificada na região. (b) Se as funções de onda
possuem sinais opostos, então elas interferem destrutivamente, e a superposição resultante
tem uma amplitude reduzida. OBS: A interferência de funções de onda é de grande
importância na explicação da ligação química.
40
Figura 26 – Distribuição da densidade eletrônica no estado fundamental do átomo de
hidrogênio.
Por exemplo, o orbital de mais baixa energia no átomo de hidrogênio tem energia
de -2,18 x 10-18 J e formato ilustrado na FIGURA 26.
Observe que um orbital (modelo da mecânica quântica) não é o mesmo que órbita
(modelo de Bohr).
41
Como disse, a equação de Schrödinger necessita de três números quânticos:
O conjunto
j t ded orbitais
bit i com o mesmo valor
l ded n é chamado
h d nível
í l eletrônico.
l tô i
Por exemplo, todos os orbitais que têm n = 3 chamados terceiro nível. Além disso,
o conjunto de orbitais que têm os mesmos valores de n e l é chamado subnível.
42
A FIGURA 27 mostra as energias relativas dos orbitais do átomo de hidrogênio até
n = 3.
Quando o elétron está em um orbital está em qualquer outro orbital, o átomo está
p
em estado excitado. A temperaturas ordinárias p
praticamente todos os átomos de
hidrogênio estão em seus estados fundamentais.
O elétron pode ser excitado para um orbital de mais alta energia pela absorção de
um fóton de energia apropriada.
Figura 27 – Níveis de energia dos orbitais para o átomo de hidrogênio. Cada quadrícula
representa um orbital. Observe que todos os orbitais com o mesmo valor para o número
quântico principal, n, têm a mesma energia. Isso se aplica apenas a sistemas de um elétron.
43
a) Os orbitais s
O orbital de mais baixa energia, o 1s, é esférico, como mostrado na FIGURA 26.
Essa figura indica que a probabilidade de encontrar o elétron diminui à medida que
nos afastamos do núcleo em qualquer direção específica.
Esse efeito indica que o elétron, puxado em direção ao núcleo por forças
eletrostáticas, é improvável de ser encontrado longe do núcleo.
Observe que para o orbital 2s, 2 vai para zero e depois aumenta de novo em
valor antes de finalmente se aproximar de zero a um maior valor de r.
Figura 28 – Distribuição de densidade eletrônica nos orbitais 1s, 2s 3s. A parte inferior da
figura mostra como a densidade eletrônica, representada por 2, varia como função da
distância r ao núcleo. As superfícies ao redor do núcleo nas quais 2 é zero são chamadas
nós.
44
Observe também que à medida que n aumenta, é cada vez mais provável que o
elétron seja encontrado distante do núcleo. Isto é, o tamanho do orbital aumenta
com o aumento de n.
E
Essas características
t í ti são
ã adequadamente
d d t mostradas
t d pelas
l representações
t õ d
de
superfície limite.
45
RESUMINDO:
Em um nó, 2 = 0.
b) Os orbitais p
É útil lembrar que não estamos fazendo afirmações de como o elétron está se
movendo dentro do orbital; a FIGURA 30 retrata a distribuição média da densidade
eletrônica em um orbital 2p.
Cada nível começando com n = 2 tem três orbitais; portanto, existem três orbitais
2p, três orbitais 3p, e assim por diante.
46
Figura 30 – (a) Distribuição de densidade eletrônica de um orbital 2p. (b) Representações
dos três orbitais p. Observe que o índice inferior nos símbolos dos orbitais indica o eixo ao
longo do qual o orbital se encontra.
RESUMINDO:
47
c) Os orbitais d e f
Quatro das superfícies limite dos orbitais d têm formato “trevo de quatro folhas” e
cada uma se encontra principalmente em um plano.
Os dxy, dxz e dyz situam-se nos planos xy, xz e yz, respectivamente, como os
lóbulos orientados entre os eixos.
O orbital dz2 tem aspecto muito diferente dos outros quatro: dois lóbulos ao longo
do eixo z e uma “rosquinha” no plano xy.
Mesmo que ele pareça diferente, ele tem a mesma energia que os outros quatro
orbitais d. As representações na FIGURA 31 são normalmente utilizadas
independentemente do número quântico principal.
48
Quando n é maior ou igual a 4, existem sete orbitais f equivalentes (para
os quais l = 3).
RESUMINDO:
Dois dos orbitais d se encontram em um plano alinhado ao longo dos eixos x-, y- e
z.
49
ORBITAIS E SUAS ENERGIAS
Até aqui temos visto que a mecânica quântica conduz a uma descrição muito
elegante do átomo de hidrogênio. Entretanto, ele tem apenas um elétron.
Para descrever esses átomos, devemos considerar não apenas a natureza dos
orbitais e suas energias, mas também como os elétrons ocupam os orbitais
disponíveis.
O modelo da mecânica quântica não seria muito útil se não pudéssemos estender
aos outros átomos o que aprendemos sobre hidrogênio.
Por exemplo, os orbitais com n = 3 aumentam a sua energia na ordem s < p < d.
Observe que todo os orbitais de determinado subnível (como os orbitais 3d) ainda
têm a mesma energia da mesma forma que no átomo de hidrogênio. Dizemos que
os orbitais com a mesma energia são degenerados.
50
Figura 33 – Disposição de níveis de energia do orbital em átomos polieletrônicos, até os
orbitais 4p. Como na FIGURA 23, que mostra os níveis de energia dos orbitais para o átomo
de hidrogênio, cada quadrícula representa um orbital. Note que os orbitais em diferentes
subníveis diferem em energia.
Acabamos de ver que podemos usar orbitais semelhantes aos do hidrogênio para
descrever átomos polieletrônicos.
I
Isso significava,
i ifi essencialmente,
i l t que havia
h i duas
d vezes mais
i níveis
í i ded energia
i do
d
que se “supunha”.
51
O spin eletrônico é quantizado. Essa observação levou à atribuição de um novo
número quântico para o elétron, além do n, l e ml.
Apenas dois valores possíveis são permitidos para ms, +1/2 ou -1/2, que foi
p
primeiro interpretado
p como indicador dos dois sentidos opostos
p nos q
quais o elétron
pode girar.
O spin
i eletrônico
l tô i é crucial
i l para o entendimento
t di t das
d estruturas
t t eletrônicas
l tô i d
dos
átomos.
Figura 34 – (a) Dois elétrons são ditos emparelhados se eles têm spins opostos (um horário,
o outro anti-horário). (b) Dois elétrons são classificados como paralelos se seus spins estão
na mesma direção; no caso, ambos .
52
O princípio da exclusão de Pauli afirma que dois elétrons em um átomo não
podem ter o conjunto de quatro números quânticos n, l, ml e ms iguais.
Para um dado orbital (1s e 2pz etc.), os valores de n, l e m são fixos. Se quisermos
colocar mais de um elétron em um orbital e satisfazer o princípio de exclusão de
Pauli, nossa única escolha é assinalar diferentes valores de ms para os elétrons.
p
Como existem apenas dois valores,, concluímos q
que um orbital p
pode receber o
máximo de dois elétrons, e eles devem ter spins opostos.
Três regras:
• Dois elétrons com o mesmo spin não podem ocupar o mesmo orbital (Pauli).
53
A maneira na qual os elétrons são distribuídos entre os vários orbitais de um
átomo é chamada configuração eletrônica.
Se não existirem restrições nos possíveis valores para os números quânticos dos
elétrons,, todos os elétrons se aglomerariam
g no orbital 1s p
porque
q é o mais baixo em
energia (FIGURA 33).
Entretanto, o princípio da exclusão de Pauli nos diz que pode haver no máximo
dois elétrons em um único orbital.
Assim os orbitais são preenchidos em ordem crescente de energia, com não mais
que dois elétrons por orbital.
P exemplo,
Por l considere
id o átomo
át d lítio,
de líti que tem
t t ê elétrons.
três lét (L b
(Lembre-se d que
de
o número de elétrons em um átomo neutro é igual ao seu número atômico).
O orbital 1s pode acomodar dois elétrons. O terceiro elétron vai para o próximo
orbital de mais baixa energia, o 2s.
Li
1s 2s
54
Dizemos que os elétrons que possuem spins contrários são emparelhados
quando estão em um mesmo orbital.
H : 1s1
1s
Aqui, a escolha de um elétron de spin +½ é arbitrária; poderíamos
igualmente mostrar o estado fundamental com um elétron de spin -½ no
orbital 1s. Entretanto, é habitual mostrar os elétrons desemparelhados com
seus spins para cima.
O próximo elemento, o hélio, tem dois elétrons. Uma vez que dois
elétrons com spins contrários podem ocupar um orbital, ambos os elétrons
do hélio estão em um orbital 1s.
He : 1s2
1s
Os dois elétrons presentes no hélio completam o primeiro nível.
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5 – Configurações eletrônicas
Tabela 3
Tabela eletrônicas de
de vários
vários elementos
elementos mais
maisleves.
leves.
Elemento Total de Configuração de quadrículas Configuração
Elétrons eletrônica
1s 2s 2p 3s
Li 3 1s22s1
Be 4 1s22s2
B 5 1s22s22p1
C 6 1s22s22p2
N 7 1s22s22p3
Ne 10 1s22s22p6
Na 11 1s22s22p63s1
Entretanto, esse novo elétron vai para o orbital 2p, que já tem um elétron, ou para
um dos outros?
Essa pergunta é respondida pela regra de Hund (formulada pelo físico alemão
Friedrich Hund, 1896
1896-1997):
1997): Para orbitais degenerados, a menor energia será
obtida quando o número de elétrons com o mesmo spin for maximizado (spins
paralelos).
Portanto, para um átomo de carbono atingir sua energia mais baixa, os dois
elétrons 2p terão o mesmo spin. Para que isso aconteça, os elétrons devem estar
em orbitais 2p diferentes (TABELA 5). Assim, um átomo de carbono em seu estado
fundamental tem dois elétrons desemparelhados.
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CONFIGURAÇÕES ELETRÔNICAS CONDENSADAS
METAIS DE TRANSIÇÃO
LANTANÍDEOS E ACTINÍDEOS
57
CONFIGURAÇÕES ELETRÔNICAS E A TABELA PERIÓDICA
58
Figura 36 – Configurações eletrônicas dos níveis mais externos no estado fundamental.
59
Se a substância for paramagnética, ela parecerá pesar mais no campo
magnético; se ela for diamagnética, parecerá pesar menos.
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