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PRINCIPAIS METEOROS

Prof. Doutor Boavida Jorge Machili


boavidajorgemachili @gmail.com
876726600/846726600/826726600
Lichinga, 2023
O significado de Meteoros

os meteoros são os fenómenos em Meteorologia, meteoros,


visíveis na atmosfera. são fenómenos ou eventos
que se manifestam na
atmosfera terrestre.
classificação dos Meteoros

Hidrometeoro Litometeoro Fotometeoro Eletrometeoro


Conjunto de Conjunto de Fenómeno Manifestação
partículas de água partículas que, luminoso visível ou
líquida ou sólida, em sua produzido audível de
em queda ou em maioria, são pela electricidade
suspensão na sólidas e não reflexão ou atmosférica.
atmosfera, ou aquosas. Estão interferênci
levantadas da ± em a da luz
superfície pelo suspensão na solar ou
vento ou ainda, atmosfera ou lunar.
depositadas sobre são levantadas
os objetos do solo do solo pelo
ou na atmosfera vento.
livre.
Avaliação dos Meteoros

Quanto à Quanto ao Quanto ao Quanto à


intensidade período Carácter direcção

Fraco, forte ou Início e término Contínuo,


moderado. do fenómeno. intermitente, em
pancadas ou em
combinações.
Hidrometeoros

Chuva Garoa ou Neve Granizo Saraiva


Chuvisco
Precipitação Precipita Precipitação De grãos De glóbulos
de ção de de cristais redondos ou pedaços
partículas finas de gelo, na ou de gelo, de
de água gotas maioria das cónicos diâmetro de
líquida, sob d'água, vezes de gelo 5-50mm, ou
a forma de de ramificados de às vezes
gotas de diâmetro ou algumas diâmetro mais.
diâmetro inferior a vezes 1-5 mm.
superior a 0,5 mm. estrelados.
0,5 mm.
Hidrometeoros (Continuação)
Nevoeiro Névoa Húmida

Suspensão na atmosfera de Suspensão na atmosfera de


pequenas gotas d'água, microscópicas gotículas d'água ou
reduzindo a visibilidade de partículas higroscópicas
horizontal na superfície da húmidas, reduzindo a visibilidade
Terra a menos de 1 km. horizontal na superfície da Terra.

Toma a cor esbranquiçada Sob condições de Névoa Húmida, a


que encobre a paisagem. humidade relativa do ar está entre
Entretanto, quando contém 80% e 100% e a visibilidade
partículas de poeira ou de horizontal é superior a 1 km.
fumaça pode adquirir uma
coloração amarelada.
SMOG

A ocorrência combinada do nevoeiro com elevadas


concentrações de fumaça dá origem ao
fenómeno conhecido como SMOG, que ocorre
em grandes centros urbanos e industriais,
mormente no Outono e no inverno.
Hidrometeoros (Continuação)
Escuma Orvalho

Conjunto de gotículas d'água O depósito de gotas d'água sobre


levantadas pelo vento, de objectos que se encontram no solo
uma vasta superfície líquida ou próximo do solo, oriundas da
(lago, mar, etc.), geralmente condensação do vapor d'água
das cristas das ondas e contido no ar ambiente.
levadas à pequena distancia
na atmosfera.
Hidrometeoros (Continuação)
Geada Orvalho

Depósito de gelo, de aspecto O depósito de gotas d'água sobre


cristalino, apresentando mais objectos que se encontram no solo
comumente a forma de ou próximo do solo, oriundas da
escamas, penas ou leques. condensação do vapor d'água
contido no ar ambiente.
A Geada é o orvalho gelado e
forma-se quando a
temperatura abaixa o
suficiente (inferior a O°C)
para provocar a condenação Quando a geada provém do
(sublimação) da humidade congelamento das gotas d’água de
atmosférica sobre os um nevoeiro, recebe a
objectos na forma sólida.
denominação de ESCARCHA.
Litometeoros
Névoa Seca

Suspensão na atmosfera de Adquire uma tonalidade azul-


partículas secas, extremamente chumbo quando visto na
pequenas, invisíveis a olho nu e
suficientemente numerosas direcção de um fundo escuro
para dar ao ar um aspecto (montanhas, por exemplo),
opalescente. mas torna-se amarelo ou
alaranjado quando visto de
A visibilidade horizontal é de 1 encontro a um fundo claro (sol,
km ou mais.
nuvens, etc.).

Quando a humidade relativa ultrapassar 80%, a Névoa Seca passa


a denominar-se Névoa Húmida. Da mesma forma, Quando a
humidade relativa cai a menos de 80%, a Névoa Húmida passa a
denominar-se Névoa Seca.
Quando a atmosfera apresenta-se carregada com
partículas sólidas minerais de pequena dimensão, e
com humidade relativa abaixo de 80%, ocorre
redução da visibilidade por Névoa Seca.

À visibilidade é maior que 1 km e o Sol toma uma


aparência avermelhada.

Quando às partículas são de maior tamanho e a


visibilidade é reduzida para menos de 1 km, diz-se
que ocorre Poeira, o Sol adquire uma aparência
amarelada.
Fotometeoros O arco-íris é um arco circular de luz colorida
que mostra as cores do espectro visível,
Arco-íris desde o violeta, no interior, até o vermelho,
no exterior.

O centro do círculo é um ponto oposto ao sol (no céu, considerado


como uma esfera cercando a Terra).
Assim, o centro nunca se encontra acima do horizonte e o arco-íris
nunca é maior que um semicírculo; quanto mais alto o sol estiver
no céu, menor é o arco-íris. Obviamente, o sol deve estar brilhante
com a chuva caindo ao mesmo tempo.
Dessa forma, o arco-íris só é visto em tempo de chuviscos. Certos
reflexos adicionais produzem, por vezes, um arco secundário mais
difuso que o principal, fora deste e com as cores numa ordem
invertida.
Por vezes, um arco-íris é visto ao luar, embora seja, então, muito
vago e as cores não possam ser diferenciadas.
Sete cores convencionais do arco-íris

Vermelho

Alaranjado

Amarelo
Verde

Azul

Anil

Roxo (violeta)
Fotometeoros (continuação)
Halo

Fenómeno ótico apresentando a forma de anéis,


arcos, colunas ou focos luminosos, produzidos
pela refracção ou pela reflexão da luz solar ou
lunar por cristais de gelo em suspensão na
atmosfera (nuvens cirriformes).
Halo solar
Halo lunar
Fotometeoros (continuação)
Coroa

Uma ou mais séries (raramente mais de três) de


anéis coloridos centralizados sobre o Sol ou sobre
a Lua e de raio relativamente fraco.
Fotometeoros (continuação)
Irisação

São cores que aparecem nas nuvens, umas vezes misturadas


outras vezes em forma de faixas, sensivelmente paralelas aos
bordos das nuvens.

Predominam o verde e o cor de rosa, muitas vezes, com


tonalidade pastel.

As linhas de separação entre as cores não formam círculos


com o Sol no centro, mas sim faixas que acompanham os
contornos da nuvem.
Irisação
Fotometeoros (continuação)
Glória

Uma ou mais séries de anéis coloridos vistos pelo observador


em redor da sua própria sombra projectada ou sobre uma
nuvem constituída de numerosas gotículas d'água, ou sobre
um nevoeiro, ou mais raramente, sobre o orvalho.

Observadores aéreos vêem uma glória em redor da sombra


projectada de sua aeronave.
Glória
Fotometeoros (continuação)
Aurora polar
Também classificado como electrometeoro.

Fenómeno óptico observado nos céus em regiões próximas a


zonas polares.

Em latitudes do hemisfério norte é conhecida como Aurora


Boreal, nome baptizado por Galileu Galilei, em referência à
deusa romana do amanhecer Aurora e ao seu filho Bóreas,
representante dos ventos nortes.

Em latitudes do hemisfério sul é conhecida como Aurora


Austral, nome baptizado por James Cook, uma referência
directa ao facto de estar ao Sul
Aurora boreal
Eletrometeoros É a manifestação luminosa que acompanha
uma descarga brusca de electricidade
Relâmpago atmosférica.

Nas condições turbulentas dentro da nuvem, às gotas de chuva são


desintegradas: as gotinhas menores são levadas para o cimo da
nuvem enquanto as maiores permanecem nos níveis inferiores.

As gotas também poderão gelar, liberando pequenas espículas de


gelo, que são levadas para o cimo da nuvem.

Esses processos de separação conduzem à separação de cargas


eléctricas.

Quando a separação do ar se desfaz, o resultado é um relâmpago,


por vezes inteiramente dentro da nuvem e, outras vezes, dirigido da
nuvem à terra.
A duração média de um relâmpago é de meio segundo.
Durante esse tempo, cerca de um trilhão de bilhão (o número
um seguido de vinte zeros) de eléctrons (partículas atómicas
de carga negativa) são transferidos entre a base da nuvem e o
solo.

Isso equivale à potência de 100 milhões de lâmpadas comuns


acesas. Uma nuvem cúmulonimbus típica produz, em média,
3 relâmpagos por minuto.

Na maioria dos casos, a descarga é formada por uma corrente


negativa de centenas de ampéres para o solo (stepped leader)
e por uma positiva, no sentido contrário, com milhares dá
ampéres (return stroke).

Os relâmpagos que os olhos humanos enxergam são a


luminosidade desta última.
Correntes de ar violentas atiram-se para cima e para baixo
dentro da nuvem, dilacerando as gotículas de água e os
cristais de gelo e fazendo-os colidir novamente.

Essas colisões carregam as partículas da nuvem com uma


carga de electricidade estática.

O relâmpago é a liberação súbita da carga que se forma em


milhões de partículas no interior da nuvem de trovoada.

O cimo de uma nuvem de trovoada acumula cargas positivas


e a sua base contem cargas negativas. Pressões eléctricas de
milhões de volts formam-se então.
Vale destacar que muitas vezes, o relâmpago vai até o solo,
positivamente carregado.

Os relâmpagos são atraídos por pontas agudas que se elevam


na direcção das nuvens.

Os edifícios mais altos, portanto, são protegidos por pára-


raios, que são hastes ligadas a placas de metal que conduzem
as descargas eléctricas com segurança para a terra.

As árvores altas que estão isoladas atraem os relâmpagos,


sendo perigoso abrigar-se debaixo delas durante um
temporal.
Foi o brilhante estadista e inventor norte americano
Benjamim Franklin (1706/1790) quem descobriu a verdadeira
natureza do relâmpago.

Sabendo que se podia criar uma faísca de electricidade


estática esfregando vidro em enxofre, ele se perguntou se o
mesmo processo não acontecia com os relâmpagos.

Para testar sua idéia, soltou uma pipa no ar durante uma


tempestade, com uma chave de metal amarrada ao fio da
pipa por uma linha de seda.

A electricidade estática das nuvens percorreu o fio molhado,


a linha de seda e chegou à chave.
Depois, quando Franklin pôs a mão na chave sentiu um
pequeno choque eléctrico e viu faíscas - exatamente como
aquelas criadas pelos geradores de electricidade estática.

Ele provou seu ponto de vista, mas correu sério risco de vida.
Alguns meses mais tarde, em 1752, Franklin inventou o pára-
raios, uma vareta de ferro colocada no alto de edifícios e
ligada ao chão por um fio eléctrico, que protege os edifícios,
descarregando os relâmpagos.
Etapas da vida eléctrica de um relâmpago
No início da descida para o solo, a faísca é chamada de “líder
escalonado.

O “líder escalonado” continua a descer e no caminho vai se


ramificando.

Ao se aproximar do solo, outra faísca, chamada “descarga


conectante” sai da terra.

As duas faíscas se encontram. É a “descarga de retorno”. É o que,


de fato, enxergamos.

A “descarga de retorno”, então, começa a subida em direção às


nuvens.
Etapas da vida eléctrica de um relâmpago

Quando chega lá, a faísca atinge o máximo de sua luminosidade.

A “descarga de retorno” termina e a faísca com pouca


eletricidade não é mais vista.
Eletrometeoros (continuação)
Trovão
Ao passar através do ar, o relâmpago dá origem,
momentaneamente, a um grande calor.

A expansão e a contracção súbita do ar estabelecem ondas


sonoras, que são escutadas como trovão. O som de partes
diferentes do relâmpago (não é escutado todo ao mesmo
tempo e isto gera ecos) cria a repercussão típica da trovoada.

Ou seja, o trovão é “o ruído seco ou rolamento surdo que


acompanha o relâmpago”.

O Raio é a descarga eléctrica aérea, representada pelo Trovão


(som, estrondo) e pelo Relâmpago (luz, luminosidade visível).

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