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2) A razão e/m é dependente da natureza do gás
introduzido no espectro de massa o que mostra que
_
nem todos os íons positivos têm a mesma razão e/m.
+ sombra
2
m.v 2
E = N.
2
Q=N.e
“Pudim de passas”
Trabalhando as duas equações poderemos demonstrar
que: Ao comprovar a existência dos elétrons, Thomson
mostrou que as partículas de carga negativa estão
e Q v2 dispersas em uma esfera de carga positiva. Segundo o
= .
m 2 E modelo de Thomson, o átomo seria formado por uma
“matéria positiva” na qual se encontrariam as partículas
Como Thomson já tinha determinado a carga (Q) e a negativas (os elétrons), distribuídas ao acaso. As cargas
energia (E) bastava apenas determinar a velocidade (v) elétricas devem-se compensar, para que o átomo, como
das partículas para se calcular a relação (e/m). Para isso um todo, seja eletricamente neutro.
Thomson usou a deflexão de um campo magnético de O modelo atômico de Thomson, concebido no fim do
intensidade conhecida B, sobre um feixe de raios século passado, foi logo abandonado porque não
catódicos. conseguia explicar fenômenos cuja origem já então se
admitia ligada à estrutura do átomo. É o caso, por
exemplo, da emissão de luz pelos corpos aquecidos e o
Obs.: Quando uma partícula de massa (m), carga (e) e
aspecto dos espectros ópticos descontínuos produzidos
velocidade (v) se desloca sob a ação de um campo
pelos sólidos incandescentes. Ademais, o modelo de
magnético ela descreve um movimento circular de raio
Thomson não permitiu interpretar os resultados
(r) e a equação que relaciona essas grandezas é:
observados nas experiências relativas ao espalhamento
de partículas alfa pelas lâminas metálicas.
e.r.B
V=
m
⇒Radioatividade
substituindo na equação anterior temos: No início do século XX já era conhecida a
radioatividade, fenômeno pelo qual alguns elementos
e 2.E químicos, como o urânio, o rádio e o tório, apresentam
= átomos, cujos núcleos são capazes de emitir partículas e
m r .B2 .Q
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radiações eletromagnéticas.
As emissões radioativas, podem-se classificar em
Dados: três tipos, com as seguintes características:
da partícula α.
Atravessam uma São atrídas por
Q à dado em coulombs (C) β
Partículas Próxima à da luz:
lâmina de Al de campo elétrico
negativas 290 000 km/s
5mm de espessura; positivo.
ou chapa de Pb de
O valor experimental encontrado doi de 1,75 x 1011 1mm de espessura.
Alto poder de
C/kg. Ondas
Velocidade penetração.
γ igual à da luz: Atravessam chapas Não são atrídas.
No entanto, estas unidades não foram utilizadas, pois à eletromagnética
300 000 km/s de aço de 30 cm de
época se usava o sistema c.g.s. espessura.
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calculasse a proporção entre as dimensões do núcleo
em relação ao átomo. Essa proporção varia de 1.104 até
1.105, isto é, o núcleo de um átomo é aproximadamente
100 000 vezes menor que o respectivo átomo.
⇒ Descoberta do nêutron
Em 1932, James Chadwick, bombardeando de
resultado esperado por Rutherford, se o modelo de núcleos de berílio com partículas alfa em uma reação
Thomson fosse correto. nuclear, obteve o nitrogênio e uma partícula neutra de
massa praticamente igual à do próton, à qual foi dado o
⇒Modelo atômico de Rutherford (1911) nome de néutron.
Eis a reação de Chadwick:
9 4 1 12
4Be + 2α → 0n + 6N
Portanto, as partículas fundamentais que entram na
constituição do átomo são os prótons, os nêutrons e os
elétrons.
As características dessas partículas podem ser
resumidas no quadro a seguir.
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negativas sendo que os prótons e os elétrons
apresentam cargas elétricas iguais em intensidades, Há também átomos que são diferentes em todos os
porém de sinais contrários. sentidos (número atômico e número de massa), mas que
apresentam uma particularidade em comum: igual
Próton → +1 u.e.c (unidade elétrica de carga) número de nêutrons. Esse fenômeno é conhecido por
isotonia.
Elétron →-1 u.e.c (unidade elétrica de carga)
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Órbitas de Bohr para o átomo de hidrogênio:
3º postulado de Bohr
Um elétron que absorve energia externa (quantum)
se afasta do núcleo para camadas mais externas.
Considere o átomo de hidrogênio, por exemplo, que
possui apenas um elétron girando ao redor do núcleo.
Os cálculos de Bohr mostraram quais as órbitas
possíveis. A figura mostra as cinco primeiras destas
órbitas permitidas. A primeira órbita situa-se um pouco
além de um Ângstron do núcleo (0,529 Ângstron). A
segunda órbita permitida situa-se em um pouco mais de
que 2 Ângstron do núcleo (2,116 Ângstron).
Embora a figura mostre apenas as cinco primeiras
órbitas, não existe limite para o número de órbitas
teoricamente possíveis. Por exemplo, a centésima órbita Ao retornar o elétron liberta energia (fótons) e volta a
de Bohr para o átomo de hidrogênio estaria dez mil camadas mais internas.
vezes mais afastada do núcleo do que a primeira órbita,
a uma distância de 5.290 Ângstron.
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Salto Quântico:
A linha azul no espectro atômico é causada por
elétrons saltando da quinta órbita para a segunda órbita.
4º postulado de Bohr
Quando um elétrons permanece em uma
determinada orbita, não está absorvendo nem libertando
energia.
A linha verde-azulada no espectro atômico é
causada por elétrons saltando da quarta órbita para a
segunda órbita.
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5º postulado de Bohr Princípio da Dualidade, ou de Brooglie, em 1924,
O átomo só pode libertar ou absorver energia em associou-se, ao elétron, também um caráter ondulatório.
quantidades iguais a múltiplos inteiros de quanta. A todo elétron em movimento está associada uma
onda característica. (Princípio da Dualidade ou de De
q=h.f Brooglie).
O elétron passa a ter, então, um caráter duplo de
partícula e de onda.
q = quantum de energia g é a energia do fóton
h = constante de Planck = 6,55 x 10-27 erg x seg • Princípio da Incerteza
f = freqüência da radiação emitida ou absorvida O cientista Werner Heisenberg mostrou que não se
pode determinar, simultaneamente, a posição e a
Entretanto, o modelo de Bohr não é perfeito. A principal quantidade de movimento de um elétron, com caráter de
restrição ao modelo de Bohr foi a seguinte: partícula e de onda.
Não ó possível calcular a posição e a velocidade de
• O Modelo não explicava com perfeição os espectros um elétron, em um mesmo instante. (Princípio da
dos átomos polieletrônicos. Incerteza ou de Heisenberg).
Surge, portanto, a necessidade de usar conceitos de
probabilidade de posição e de probabilidade de
Estrutura atômica moderna quantidade de movimento para o elétron. Quanto maior é
a probabilidade de que um elétron esteja em certa
⇒ Modelo atômico de Sommerfeld situação energética, menor é a sua indeterminação.
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A tabela a seguir, indica os níveis e os respectivos subníveis Cada subnível é sucessivamente preenchido com o número
de energia conhecidos. máximo de elétrons de acordo com a ordem obtida,
percorrendo-se as diagonais de cima para baixo. Obtém-se,
Número portanto, a seguinte ordem:
Níveis de
quântico Subníveis de energia
energia (n)
secundário ( l )
1s2 2s2 2p6 3s2 3p6 4s2 3d10 4p6 5s2 4d10 5p6 6s2 4f14
1 0 s 1s
5d10 6p6 7s2 5f14 6d10
0 s
2 1 p
2s 2p
0 s
3 1 p 3s 3p 3d
2 d
0 s ⇒ Configuração eletrônica de um átomo
1 p
4 2 d
4s 4p 4d 4f
Para fazer a configuração (ou distribuição) eletrônica de
3 f
um átomo qualquer, basta seguir as regras básicas indicadas:
0 s
1 p • Construir o diagrama de Pauling.
5 2 d
5s 5p 5d 5f • Verificar quantos elétrons o átomo contém.
3 f • Preencher o diagrama a partir do subnível de menor
0 s energia (1s).
6 1 p 6s 6p 6d • Nunca ultrapassar o número máximo de elétrons de um
2 d
subnível.
7 0 s 7s
• Uma vez preenchido um subnível, passar para o subnível
de energia imediatamente superior.
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⇒ Distribuições eletrônicas abreviadas (cerne de gás ⇒ Número quântico spin (s ou ms):
nobre)
É o quarto número quântico, simbolizado pela letra s ou
Como estamos interessados principalmente nos elétrons m s.
da camada exterior, escrevemos com frequência configurações O estudo dos elétrons revela a existência de três campos
eletrônicas em forma abreviada. Vamos considerar, para efeito magnéticos diferentes: o primeiro é associado ao movimento
de ilustração, os elementos químicos sódio e magnésio. Suas do elétron em torno do núcleo e os outros dois foram
estruturas eletrônicas completas são: intepretados como movimentos de rotação do elétron em
torno de si mesmo. Estes dois últimos campos têm dois valores,
11Na - 1s2 2s2 2p6 3s1 positivo e negativo (campos contrários).
Mg - 1s2 2s2 2p6 3s2 Pelo modelo orbital, o elétron está em algum lugar na
12 “nuvem de probabilidades”, no orbital. Se fosse considerado
como uma esfera, teria dois sentidos de rotação: horário e
Ambos os átomos têm os elétrons exteriores na camada antihorário. Costuma-se associar a esses dois sentidos de
3s, e ambos têm a configuração interna 1s2 2s2 2p6 idêntica a rotação (que na realidade são os dois campos magnéticos
do gás nobre neônio (Ne). contrários) dois números, cujos valores são:
Para escrever a configuração abreviada de um elemento, 1 1
indicamos a estrutura interna colocando entre colchetes o S=+ eS=-
2 2
símbolo do gás nobre, cuja configuração é a mesma que a
configuração interna do elemento em questão. Ao lado,
escrevemos a distribuição dos elétrons exteriores deste mesmo
elemento.
Assim podemos escrever, nos casos do sódio e do
magnésio:
6
2s 0 0 1 3 orbitais p 6 p
2 2p 1 10
-1 0 +1 2 5 orbitais d 10 d
14
3s 0 0 3 7 orbitais f 14 f
3 3p 1 -1 0 +1
3d 2 - 2 - 1 0 + 1+ 2 Cada orbital, pode ser representado por um quadrado (1) ou
0 circulo (m). Para representar cada elétron e dar a idéia de spin
4s 0
4p 1 -1 0 +1 usa-se e . Convenciona-se que representa o primeiro
4 4d 2 -2 -1 0 +1+2 elétron do orbital e tem valor S = + 1/2. Outros autores podem
4f 3 - 3 - 2 -1 0 + 1 + 2+ 3 convencionar o contrário.
Assim:
5s 0 0
5p 1 -1 0 +1
5 5d 2 -2 -1 0 +1+2
Subnível
Orbital Nº de orbitais Esquema
l
5f 3 - 3 -2 - 1 0 + 1 + 2+ 3
0 s 1
6s 0 0
1 p 3
6 6p 1 -1 0 +1
6d 2 - 2 - 1 0 + 1+ 2
2 d 5
3 f 7
7 7s 0 0
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⇒ Regra de Hund A razão é que as configurações d5 e d10 são muito
estáveis. Portanto, nesses elementos ocorre um fenômeno
A Regra de Hund, também denominada Regra da Máxima denominado, recolhimento eletrônico, onde suas configurações
Multiplicidade, rege o preenchimento eletrônico nos subníveis. procuram se aproximar das mais estáveis.
Os elétrons distribuem-se nos orbitais disponíveis de
um subnível, segundo a ordem crescente de energia. Por exemplo:
Assim, no preenchimento dos orbitais de um mesmo
Cr (em vez de: 1s2 2s2 2p6 3s2 3p6 4s2 3d4) apresenta como
subnível, ocorrem: 24
• ocupação dos orbitais vazios, um elétron em cada, com o distribuição: s2 2s2 2p6 3s2 3p6 4s1 3d5, que é mais estável.
mesmo spin;
• compartilhamento de elétrons no mesmo orbital, com ⇒ Configuração eletrônica de íons
spin contrário.
A distribuição eletrônica nos íons é semelhante à dos
Exemplos: átomos neutros. No entanto, é importante salientar que os
elétrons que o átomo irá ganhar ou perder (para se transformar
s1 = em um íon) serão recebidos ou retirados da última camada
s2 =
eletrônica e não do subnível mais energético. Assim, por
exemplo, o átomo de ferro (nº atômico = 26) tem a seguinte
p1 = distribuição eletrônica:
p2 =
p3 = Fe 1s2 2s2 2p6 3s2 3p6 4s2 3d6
26
p4 =
última camada
d5 =
subnível mais energético
d8 = ou
f10 =
⇒ Determinação dos números quânticos 1s2 2s2 2p 6 3s2 3p6 3d6 4s2
K L M N
Um etétron é localizado por seus quatro números
quânticos. Para determinarmos os valores dos números
última camada
quânticos n, l, m, e S de um elétron, baseamo-nos na
Quando o átomo de ferro perde dois elétrons e se transforma no
distribuição eletrônica e nas seguintes informações, dadas no
exemplo: íon Fe2+, este terá a seguinte distribuição eletrônica:
indica a quantidade
3p1 de elétrons
indica o número
1s2 2s2 2p6 3s2 3p6 3d6 ou
quântico secundário
indica o número
quântico principal 1s2 2s2 2p6 3s2 3p6 3d6
K L M
-1 0 +1
Evidentemente, se o átomo de ferro perder três elétrons e se
Logo, 3p1
n=3 transformar no íon Fe3+, este terá a seguinte distribuição
l =1 eletrônica:
m=-1 1s2 2s2 2p6 3s2 3p6 3d5 ou
s = + 1/2
Vamos determinar números quânticos.
1s2 2s2 2p6 3s2 3p6 3d5
K L M
• Identifique o elétron em destaque, situado em 4d7.
-2-1 0 +1 +2
4d7
n=4
l=2
m=-2
s =-½
5p4.
n=5
l =1
m=-1
s = - 1/2