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Medicina Nuclear
➢ Introdução
Na medicina nuclear utiliza-se radiação que tem origem na alteração dos núcleos dos átomos. São átomos
com núcleos instáveis (radioativos) que na procura de estabilidade imitem radiação de 3 tipos: gama, alfa e
beta.
A radiação X tem origem nas alterações que se verificam nas camadas eletrónicas, mas também podem ser
utilizadas na medicina. No entanto, as principais utilizadas são a alfa, beta e gama.
Há isótopos radioativos de imitem radiação X (ex. tálio 201, que já não é muito utilizado) e imitem imagem
cintigráfica.
A radiação gama tem características eletromagnética que nos permitem detetá-la fora do corpo do doente ao
qual foi administrada essa radiação (ex. tecnécio 99), ou seja, devido ao seu alcance suficientemente longo,
sai do corpo e é detetada nas câmaras gama. Não tem características corpusculares.
➢ eletrão negativo;
➢ trajetos curtos muito limitados e com muita intensidade;
➢ corpusculares;
➢ ficam retidos nas próprias células;
➢ grande capacidade de ionização e destruição dos tecidos → utilizadas no tratamento (destruição de
tecidos → ex. beta no cancro da tiroide, alfa no cancro da próstata e mama).
Becquerel (1896) – experimentou sais de urânio que tinham luminescência. Expunha os sais ao sol para os
“ativar” e punha em contacto com placa fotográfica, e a placa alterava-se. Apercebeu-se também que os sais
imitiam radiação parecida com raio x mas sem sol. Descobriu as substâncias radioativas. Também ganhou
premio novel.
Marie curie não descobriu a radioatividade, mas batizou com esse nome. Ela e o Pierre curie ganharam
premio novel por terem descoberto várias substâncias radioativas.
George heversy (1910): novel de química, por que descobriu que podia utilizar pequeníssimas quantidades
de substâncias radioativas para estudar processos biológicos – traçadores.
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Unidades:
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As substâncias radioativas têm a vantagem de se poder detetar o ser percurso e como se deslocam, por
detetores, sem alterar a função biológica. Ou seja, estudamos a função (alterações metabólicas) sem que ela
seja alterada.
A medicina nuclear é minimamente invasiva com uma pequeníssima quantidade de substância radioativa. E a
dose de radiação absorvida pelo doente é muito reduzida.
Uma característica da medicina nuclear é a sua sensibilidade para a quantidade de substância que é
administrada, existe uma grande possibilidade de detenção com pouca quantidade. No entanto tem uma
resolução espacial muito baixa.
Radiofármacos: Apesar de serem considerados fármacos não tem ação medicamentosa. São sustâncias
químicas onde cada apresenta características químicas e biológicas diferentes que podem ser usadas em
diferentes órgãos.
TC-99m (tecnécio): emissora fotónica única, tem propriedades físicas e químicas, usada em 90% dos casos, só
emite gama e tem 140ke volt de energia e semivida de 6h.
• Proveniente de molivedemio (Mo99) que vai decaindo em tecnécio (Tc99m) depois passa para Tc99.
Há uma constância no decaimento, neste caso é de 6h. Ou seja, em cada 6h a radioatividade diminui
para metade (ritmo decaimento constante) estas horas são ideais para que possa ser usado e ser
possível de detetar.
• Pode se ligar a múltiplas substâncias químicas que o vão orientando e deslocando para múltiplos
tecidos e vias metabólicas - usado em várias situações.
• Não tem uma energia muito agressiva para o organismo e é facilmente obtido por geradores.
• Principal usado em medicina nuclear convencional.
• É solúvel em soro fisiológico enquanto o molivedemio não se dissolve.
• Não é muito caro.
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Equipamentos:
SPECT; SPECT/CT: cintigrafia e tomografias próprias da MN. SPECT é emissão e CT é transmissão. Na SPECT,
na camara gama existe um detetor com um cristal que deteta a substância, obtemos, então, gráficos de
radioatividade em zonas selecionadas e podemos detetar
aspetos funcionais. Tem 1-3 detetores, vai rodando à
volta do doente, e, em cada momento, captura imagens;
três planos ortogonais.
Os equipamentos híbridos juntam medicina nuclear e radiografia, ou seja, o melhor de dois mundos (a alta
sensibilidade da medicina nuclear e a boa resolução espacial da radiologia).
(⚠Vantagem da tomografia vs radiologia (planares): tomografia tem os 3 planos e dá-nos mais informação,
tem maior sensibilidade.)
Há quem considere que a baixa dose de radiação tem benefícios (Teoria da Hormesis). Atualmente existe
“fobia” de radiação, não é o que se considerava no início da radioatividade em que se achava que
radioatividade era solução para tudo (radiomania). Doses elevadas tem efeitos biológicos gravíssimos, como
são exemplos Iroshima e Chernobyl. ⚠
A TAC e a radiologia dão informação anatômica e alguma Tipos de radiação usados em MN?
fisiológica. A MRI já dá mais metabólica. A PET e a MN
Câmara Gama e PET: como funcionam?
convencional são a principais utilizadas para avaliar o metabolismo
e processos moleculares. Semelhanças e diferenças com a radiologia?
➢ PET
Exame da medicina nuclear que está sempre associado a TAC (CT) para lhe dar o mapeamento anatómico
essencial para completar os exames de medicina nuclear.
Temos um núcleo com excesso de cargas positivas e decai emitindo um positrão (eletrão positivo) que
rapidamente encontra um eletrão negativo, chocando com ele e a massa destas duas substâncias
transforma-se em energia (aniquilação positrónica) gama que vai em dois sentidos opostos (508 kev).
No equipamento remos múltiplos anéis com recetores de radiação e cada um destes anéis é sensível à
interação da radiação gama. Quando os dois detetores em oposição detetam simultaneamente o fotão
gama, o acontecimento é validado, contribuindo para a formação de uma imagem que depois é tratada. Há
milhões de reações destas a acontecer por segundo. A sensibilidade de um equipamento PET é muito
superior a uma câmara gama e a resolução espacial é muito melhor.
O F-18 é o mais utilizado, uma vez que, apresenta uma maior semivida (2h) e podemos fazer este exame
mais afastados dos centros de produção (ciclotrão). Os restantes têm semividas curtas, o que não nos
permite estar afastados do centro de produção.
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⚠ Cérebro, coração, rins e bexiga com captação mais relevantes por terem
uma grande absorção de glicose para os seus processos fundamentais. Tudo
o que não for estes órgãos pode ser patologia ou não, temos que ter
cuidado.
⚠Se existir muita glicose ela vai entrar em competição com o FDG e vai interferir com o exame, por isso
devemos estar em jejum durante 6h antes do exame. O doente não deve nos dias anteriores fazer exercício
porque a atividade muscular pode interferir com o exame.
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A intensidade de captação pode ser traduzida por SUV: dá-nos informação sobre a intensidade de captação.
No segundo caso já temos muita captação, tem um SUV muito elevado, por isso, deve ser maligno.
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Bioquímica Humana
PSMA-Ga → próstata
(Se juntarmos os dois, o que acontece? Podemos ver de uma vez só as metástases ósseas e extra ósseas
existentes)
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Há tumores em que não há aumento da atividade glicolítica significativa (ex: tumor da próstata).
• A Colina é um precursor na
biossíntese dos fosfolípidos;
• Entra nas células através de um
transportador específico;
• Nas células é fosforilada
transformando-se em
fosfatidilcolina pela ação da enzima
colina-Kinase;
• A fosfatidilcolina é um componente
essencial da membrana celular.
A biodistribuição da fluorcolina-F18 é
diferente da que ocorre no FDG, neste caso
já não há no cérebro, por exemplo, porque
não o capta.
MISO-F18: ainda não há permissão do infarmed para utilizar. Permite avaliar situações em que há hipoxia
celular, ajustando a dose de radioterapia.
Metionina-C11: é um radiofármaco que não tem distribuição normal cerebral, mas é captado pelos tumores
cerebrais logo não temos o inconveniente de ele marcar o cérebro todo, uma vez que marca só mesmo o
tumor.
DOTA-NOC-Ga68: veio substituir somatostatina marcada, exame muito mais apropriado e muito frequente.
Fluoreto F-18: Identificar zonas de alteração na parede arterial (placas que estejam em risco de romper).
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O futuro da PET e da medicina nuclear está dependente da evolução em termos de radiofármacos mais
específicos e sensíveis, mas também da melhoria da capacidade dos equipamentos: com mais capacidades,
melhoria de imagem e mais rápidas.
➢ Aplicações Clínicas
❖ NEFRO- UROLOGIA
Os radiofármacos têm ações que permitem a sua entrada nas células. No caso dos radiofármacos usados em
nefro-urologia, o mecanismo que está mais frequentemente em consideração é o transporte ativo na
membrana.
Hipurano utilizava-se no início da medicina nuclear quando só havia iodo disponível. Este elimina-se por
secreção tubular, mas foi deixado de ser utilizado porque o MAG3 tem função semelhante e é marcado por
Tc99m (ser marcado por Tc99m é vantagem em relação ao iodo).
Basicamente seguimos o radiofármaco para perceber como se vai “mexendo”. Dão-nos estudos dinâmicos
ao longo do tempo (minuto a minuto por exemplo). Podemos marcar na camara gama as zonas de interesse
e avaliar as mesmas. O doente está de costas e observa-se o que vai acontecendo. No final, obtemos então o
gráfico, números sobre o radiofármaco e a imagem.
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Tanto MAG3 como DTPA são uteis para avaliar a função renal. Não tem obstrução porque a curva de
acululação do fármaco é decrescente
A isto é chamado de prova diurética porque administramos um diurético para ver se a obstrução é
mecânica ou não. - se se resolver com o diurético, então a obstrução é funcional, não mecânica
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Estudos estáticos são obtidos 2/3 horas depois de administrar o radiofármaco. Nos dinâmicos,
administramos o radiofármaco e temos de ir avaliando ao longo do tempo como evolui.
❖ CINTIGRAFIA ÓSSEA
É dos exames mais frequentemente realizados apesar de já existir na medicina nuclear PET uma alternativa
vantajosa (tem mais qualidade).
O esqueleto tem aspeto de ser uma algo sem atividade mas não é. A estrutura do osso tem um rico
metabolismo e é por isso que é possível observá-lo cintigraficamente. Na MN não se consegue estudar
estruturas mortas porque os radioisótopos reagem no metabolismo, se não houver metabolismo não é
possível visualizar.
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MDP: podem ser marcados com Tc e são administrados na corrente sanguínea, rapidamente saem da
corrente sanguínea e são captados a nível ósseo nos cristais de hidroxiapatite. Cristais captam por
mecanismos físico-químicos com ajuda do Tc.
Adsorção ocorre pelos cristais de hirdroxiapatite (mais relevante) mas também pode
ser captada por troca iónica.
Um dos problemas da cintigrafia óssea é a sua baixa especificidade (tanto pode ser
metástases como uma fratura). Muito sensitiva, mas pouco especifica.
As estruturas ósseas que estão mais perto do detetor são observadas com mais
especificidade que as mais afastadas. A simetria em relação aos detetores é
importante para que tenham a mesma distância.
Quando temos um tumor o que vamos ver na cintigrafia não é o tumor em si, mas sim a formação de tecido
novo (metástases) pela estimulação do tumor.
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Indicações clínicas:
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Artefactos:
• Local de administração;
• Assimetria do doente;
• Movimento do doente → assimetria posicional;
• Contaminação por urina radioativa;
• Mecanismo de marcação do radiofármaco;
• Interposição de material de elevada densidade;
• Baixa eficácia de marcação do MDP-Tc99m.
Podemos passar de uma cintigrafia planar para uma SPECT. Podemos visualizar a preto e branco (preto é
mais marcado) ou a cores (amarelo – mais claro: + marcado).
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Fazer boas histórias clínicas e ponderar se realmente é necessário o usos de cintigrafia. Cintos, brincos,
moedas, tudo o que seja metal, pode interferir no exame e tem que ser retirado.
Causas de artefactos?
❖ ONCOLOGIA NUCLEAR
Marcadores tumorais podem ser
considerados inespecíficos ou
específicos.
• Tálio- 201 → utilizado na avaliação da perfusão do miocárdio mas também se liga a tecido neoplásico.
(⚠ Diferenciação entre doença maligna residual e recorrente: suponhamos que temos um doente
com um determinado tumor que é operado e introduz-se alterações anatómicas recorrentes da
cirurgia. Este doente depois é monitorizado e o que vai ser visualizado é resultado das alterações
estruturais, podendo haver dificuldade em distinguir estas alterações do tumor que ficou ou que
voltou. A medicina nuclear ajuda a distinguir uma vez que se for captado radiofármaco é porque há
presença de tumor.)
Específicos: existe uma orientação para uma determinada patologia. O Iodo que é captado pela tiroide. Os
tumores com origem da crista neural podem ser estudados pelo iodo marcado pela MIBG – muito
direcionada.
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Gânglio sentinela: gânglio para o qual o vaso linfático originado no tumor drena diretamente. Permite-nos
identificar se há presenças metastáticas a partir do tumor primário.
Princípio de Halsted → Um tumor drena inicialmente para um (algumas vezes mais que um) gânglio
primário ou sentinela e só depois, a partir deste(s), para os gânglios seguintes ou secundários. Na base do
mapeamento linfático e da biópsia do gânglio sentinela está o conceito da disseminação linfática sequencial.
É importante saber se há invasão ou não no gânglio pelo tumor. No cancro da mama se o gânglio da axila
tiver invasão deve retirar. Deve se tentar evitar o esvaziamento do gânglio. Saber qual é e se está invadido.
A intenção de MN é identificar qual o gânglio e não se está ou não invadido. Depois de definir o gânglio
sentinela, mandamos para histologia e avaliar. Se for positivo, é necessário retirar.
Uma vez dentro do lúmen seguem juntamente com a linfa para linfáticos de diâmetro progressivamente
superior em direção ao(s) gânglio(s) sentinela onde são fagocitados pelas células do sistema
reticuloendotelial ficando aí retidos.
Alguns nanocolóides passam em direção aos linfáticos eferentes e gânglios secundários obtendo-se um
mapeamento linfático em que apenas o primeiro (ou primeiros) gânglios a serem visualizados são os
primários ou sentinelas. A linfocintigrafia identifica o fluxo linfático fisiológico através dos canais linfáticos.
(⚠ Pobreza de resolução espacial dos exames. Usamos também a SPECT-CT para ajudar a localizar melhor.)
Se existem células tumorais no gânglio sentinela o risco de os restantes gânglios conterem também células
tumorais é elevado, estando então indicada a realização de esvaziamento ganglionar regional.
Quando o gânglio sentinela está livre de células tumorais pode presumir-se que os restantes gânglios
também estão considerando-se desnecessário o esvaziamento ganglionar regional.
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Indicações:
• Carcinoma da mama;
• Melanoma;
• Carcinoma da vulva;
• Carcinoma do colo do útero;
• Carcinoma do pénis.
Faz se cintigrafia onde se localiza o cancro e o gânglio sentinela. No dia da cirurgia com a ajuda da sonda
cintigráfica localiza-se com precisão ambos.
❖ CARDIO
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Se as zonas forem bem perfundidas, o radiofármaco marca bastante no local. Se não estiverem perfundidas
apresenta zonas onde não há radioatividade – frias.
• A técnica in vivo onde marcamos os eritrócitos dentro do corpo do doente; é a mais usada.
• A técnica in vitro retiramos os eritrócitos ao doente e marcamos.
Marcação in vivo → 2 injeções; 1º injeção de pirofosfato estanhoso (agente redutor que vai reduzir a valência
do Tc); passado 20 min injetamos a 2º de pertecnetato, que vai ser reduzido pelo estanho e fica em condições
de se ligar as cadeias beta da hemoglobina, ficando assim marcados os eritrócitos.
Esperamos uns 10 minutos para que a distribuição seja homogénea. Ao fim desse tempo podemos adquirir as
imagens. Obtemos com a ajuda de eletrocardiógrafo – vai ser este a comandar a sequência de aquisição de
imagens no exame.
Levamos o doente já com os elétrodos até a câmara gama. A câmara fica na posição oblíqua, porque é a
maneira mais adequada de ver o ventrículo esquerdo distinguindo das outras cavidade. Observamos como o
ventrículo varia de volume entre a sístole e a diástole, podendo assim avaliar a sua capacidade de contração.
Ciclo cardíaco: o que se passa entre duas ondas R – observa-se a variação entre a diástole e a sístole.
⚠ PERGUNTA DE EXAME - como se calcula o índice? É o F.E.V. (fração de ejeção de ventrículo), sendo que
a “cont. diástole” são as contagens máximas e a “cont. sístoles” são as contagens mínimas (estas contagens
são as máximas e mínimas obtidas pelo gráfico). A FEV também pode ser calculada por outras formas como
a ecocardiografia, mas são menos rigorosos.
Indicações:
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⚠ Há agentes quimioterapêuticos que tem como consequência o prejuízo da função cardíaca, e podem ser
prejudiciais em pessoas com baixa imunidade (como o caso de pessoas que tem cancro). Se a FEV for menor
que 50% não deve ser feita quimioterapia. Vai sendo avaliada entre os ciclos de quimioterapia e “controlada”,
porque se diminuir 10% entre cada ciclo de tratamento, este deve ser alterado.
Utilizamos as substâncias sestamibi e tetrafosmina e são ambas marcadas com o Tc. Quando elas apareceram
“destronaram” o tálio 201 (este não tinha características físicas para boa imagem). São captados pelas células
do miocárdio de forma proporcional à perfusão regional, perfusão essa que é conseguida pelo transporte de
sangue pelas coronárias. Consiste em 2 tomografias em camara gama (SPECT), uma com o doente em repouso
e outro em esforço. É a partir destas 2 que podemos inferir enfarte do miocárdio, isquemia ou normal (quando
falamos do miocárdio falamos do ventrículo esquerdo).
SPECT em esforço, o doente tem de realizar uma prova de esforço. Doente está em tapete rolante, começa a
andar a uma determinada velocidade que vai aumentando de 3 em 3 minutos. Também aumenta a inclinação.
Quando se atinge um esforço máximo é inserido o radiofármaco e é feita a SPECT.
Doentes são acompanhados por cardiologista e técnicos, com monitorização de vários parâmetros, como a
TA para prevenir algum tipo de momento adverso que possa ser grave.
Depois o doente descansa uns minutos e faz uma tomografia. Neste momento o que vamos ver é o que se
passou quando a substância foi administrada, ou seja, no pico de esforço. Desejavelmente o esforço é físico,
mas quando não é possível faz-se farmacologicamente com adenosina (principalmente). A cintigrafia de
repouso é uma tomografia normal, já com o doente em repouso
Também podemos calcular a F.E.V neste exame. Vários planos do coração são obtidos (eixo longo horizontal
e vertical e eixo curto) e comparamos as imagens em repouso e em esforço.
Se for isquemia só visualizamos alteração no exame em esforço. Se houver necrose existe alteração tanto em
repouso como em esforço. Quando temos uma zona com enfarte no ventrículo, as células dessa área não têm
capacidade de captar o radiofármaco e aparecem como zonas frias, tanto no exame me esforço como em
repouso.
Em repouso, no vaso normal passa o sangue com o radiofármaco e no vaso astenosado temos uma perfusão
um pouco comprometida. Quando aumentamos as exigências do coração (esforço ou adenosina) vamos
observar que no lado normal há aumento do fluxo sanguíneo e mais passagem do radiofármaco, mas no lado
anormal a artéria doente não consegue passar tanto sangue e percebemos que há anormalidade.
Indicações:
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Podemos fazer este exame em situação de urgência. Saber por ex. se alterações especificas de dor torácica
surgem do coração.
Caso Clínico:
GATED SPECT
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Principais radiofármacos?
Indicações clínicas?
❖ PNEUMO
Neste estudo vamos avaliar a nível da ventilação e da perfusão, conjugando estas duas informações para tirar
daqui vantagem. A principal indicação é saber se o doente tem ou não tromboembolia pulmonar (uma
condição que pode ser bastante grave e fatal e é muitas vezes difícil de diagnosticar clinicamente). Este exame
ajuda a que se diagnostique corretamente e se trate rapidamente para evitar consequências trágicas.
A avaliação da ventilação pulmonar faz-se utilizando gás radioativo (como o Xe133 e Kr81m) ou
microaerossois, quase um gás (technegas) – são aerossóis que vão vaporizar partículas de carbono que as
torna em microaerossois marcáveis por tecnécio. Em toda a europa e austrália é utilizado o technegas.
O doente inala o technegas, e este vai percorrer a árvore alveolar e chegar aos alvéolos, distribuindo-se de
forma homogénea nos alvéolos.
Para a análise da perfusão pulmonar vamos utilizar macro agregados de albumina – partículas irregulares que
tem uma dimensão media de 20mc (um pouco superior ao calibre dos capilares pulmonares). Administração
ocorre via endovenosa por uma veia periférica, vai até ao coração direito e segue até ao pulmão onde ficam
retidos na rede capilar pulmonar, caso não haja nenhuma obstrução nos vasos anteriores.
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Exame patológico:
→ Afetando as vias aéreas: situação que dificulta a passagem de microaerossóis para os alvéolos, então vamos
ter uma zona fria, onde não chega os microaerossóis. Vamos ter uma obstrução dos vasos secundaria, causada
pela obstrução alveolar, ou seja, em caso de obstrução das vias aéreas temos alteração de perfusão e
ventilação.
→ Afetando os vasos pulmonares: temos um trombo a obstruir os vasos pulmonares (maioria formados nas
veias inferiores ou pélvicas). Podem obstruir um ou vários vasos pulmonares. O que vamos ter é ausência de
radioatividade depois do trombo – zona fria. Devido a própria anatomia da escultura pulmonar, vamos ter um
defeito característico, maior ou menor conforme o tamanho, em forma triangular de base pleural (triângulo
com a base na pleura). A obstrução dos vasos pode levar a alguma alteração das vias aéreas, mas é de uma
intensidade muito pequena, não alternado muito a ventilação. Assim, em trombo-embolia temos uma
alteração da perfusão, mas uma ventilação normal.
⚠ Como diferenciamos os dois tipos? Forma triangular com ventilação normal significa tromboembolia
pulmonar.
SPECT Pulmonar V/P - demora cerca de 20 min. a realizar; necessita da colaboração do doente para ventilar
e inalar a substância. É confirmada se já tem quantidade suficiente de substâncias nos pulmões para passar
para a câmara gama. Detetores rodam a volta do corpo da doente, centrados na região torácica; uns minutos
de aquisição. Partimos para o estudo da perfusão. Administra-se o radiofármaco na veia e depois um pouco
de soro fisiológico para “empurrar” o radiofármaco; faz se a aquisição da informação.
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Vantagens da SPECT?
❖ GASTROENTEROLOGIA
É possível avaliar a função das glândulas salivares
com tecnécio. Injetamos 10/15milicuries por via
endovenosa. Tecnécio liga-se a vários órgãos
como as glândulas salivares e tiroide (podemos
ver na imagem).
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Refluxo gastroesofágico → os doentes comem uma refeição (papa ou liquido) com radioatividade, deitamos
o doente e fazemos manobras para haver refluxo como os pés levantados ou compressão do abdómen. Se
houver passagem do estômago para o esófago o refluxo fica evidenciado.
Esvaziamento gástrico → podemos observar como o estomago esvazia. Doente come e depois bebe líquido
marcado radioactivamente com Indio111, e observa-se como o estomago elimina a refeição.
O tecnécio e o indio são diferentes, um encontra-se a marcar a comida e o outro a água, respetivamente,
sendo que um avalia como a comida é digerida e absorvida e o outro como a água como é eliminada, no
entanto, é possível observar ambos ao mesmo tempo. Estes exames raramente são utilizados, mas pode se
fazer na diabetes, obesidade ou cirurgia ao estômago.
Cintigrafia hépato-esplénica
Angiocintigrafia hepática
É o exame mais usado com regularidade para estudar a componente vascular do fígado. Podemos detetar
estruturas muito vascularizadas como hemangiomas cavernosos do fígado. Estes inicialmente captam com
muita lentidão os eritrócitos marcados com tecnécio e ao longo do tempo vão concentrando mais. Na planar
é mais difícil de detetar os hemangiomas pequeninos e que estão mais no interior do fígado. Com a SPECT
conseguimos aumentar muito a
sensibilidade destes hemangiomas.
Cintigrafia hépato-biliar
Exame normal: vemos a população de hepatócitos, vias bilares intra e extrabiliares, acumulação na vesicula e
passagem para intestino.
A colecistite aguda pode ser diagnosticada pela cintigrafia hépato-biliar com uma sensibilidade e
especificidade muito elevadas desde que se verifique: ausência da vesicula, mas as vias biliares intra e extra
hepáticas vêm-se. A vesícula não se vê porque pode haver um cálculo ou então há situações alitiásicas (s/
cálculo) e mesmo assim não é visualizada porque o canal cístico devido ao processo inflamatório tem o lúmen
obstruído e o radiofármaco não passa para a vesicula. A ecografia é usada na urgência, mas não responde a
todas as duvidas.
Outras situações em que a cintigrafia é essencial no diagnóstico: obstrução biliar, situações congénitas…
Casos Clínicos:
1) Colecistite ou pancreatite??
2)
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3)
Usamos os leucócitos marcados com Tc, retiramos algum sangue, isolamos os leucócitos, marcamos e
injetamos. Isto vai nos permitir ver a intensidade e extensão da infeção.
Métodos não invasivos e com pequena dose de radiação que permitem avaliar a extensão de doença.
5)
Eritrócitos marcados com Tc vão se distribuir pelos vasos. Á medida que vai
evoluindo os eritrócitos saem da sua trajetória vão entrar nas ansas
intestinais – hemorragias digestivas.
❖ ENDOCRINOLOGIA
As primeiras aplicações da medicina nuclear foi na
especialidade de endocrinologia.
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O I131 é fácil de obter, mas tem radiação mais excessiva. O I123 é mais caro, mas mais indicado (por exe.
numa criança usamos mais o 123).
Cintigrafia mostra-nos uma informação sobre as dimensões, forma em borboleta, localização, (localizações
ectópicas), a captação de iodo se é normal ou não.
Estamos a administrar substâncias radioativas, que tem de ser eliminadas do organismo. A via preferencial é
a via urinaria, mas existem outras tal como o leite materno. Por isso, temos de tentar evitar a contaminação
do bebé e por isso é importante suspender a amamentação quando acontece.
A MN também é usada nos animais, com camaras gama para avaliar vários aspetos como esqueleto do cavalo.
Também pode ser usado para ver carcinomas.
• Terapêutica hipertiroidismo
• Nódulos discordantes
⚠ Os nódulos frios normalmente são não funcionantes. Maior parte das vezes são benignos, mas uma
pequena percentagem (25%) traduzem cancro, por isso não podemos concluir nada e temos que investigar
melhor com biópsia e ecografia (sendo líquido é pouco provável que seja maligno).
Tiroides ectópicas → tiroide localizada em outros locais. Antes de retirar algo com cirurgia, como nódulos
cervicais, devem ser caracterizados pela função porque pode ser o único tecido tiroideo que o doente tenha
mas numa má localização, sem apresentar algum problema.
A cintigrafia também permite distinguir tiroidites e formas de hipertiroidismo. Podemos ter níveis elevados
de hormonas que podem traduzir o próprio funcionamento da tiroide ou a libertação dessas hormonas para
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a corrente sanguínea. Através da cintigrafia sabemos então, que se houver hipercaptação do radiofármaco é
hipertiroidismo, se ocorrer hipocaptação é uma tiroidite.
Nódulos discordantes: podemos ter com o tecnécio nódulos funcionantes que ainda captam e não aparecem
como nódulos frios mas quando vamos confirmar com o iodo 131 verificamos que são mesmo nódulos não
funcionantes.
Indicações:
• Ausência de captação
o Tiroidite subaguda;
o Libertação das hormonas já produzidas.
• Hipercaptação difusa
o Doença de Graves;
o Hiperfuncionamento total da glândula.
Na tiroidite: ausência de captação pela inflamação e as hormonas que la existiam vão até a corrente
sanguínea.
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Casos clínicos:
Nódulo frio, único, eco génico, homem jovem. Punção para estudo
anatomopatológico e é um cancro bem diferenciado.
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Cirurgia radio guiada → Sonda de deteção de radiação: que permite obter radiação na presença de
radioatividade e pode ser utilizada na cirurgia.
⚠ Único objetivo para realizar uma cintigrafia das paratiroides → localização pré-operatória das paratiroides
hiperfuncionantes.
A cintigrafia das paratiroides com 99mTc-Sestamibi (99mTc-MIBI) é, atualmente, uma técnica pré-operatória
“standard” no estudo dos doentes com hiperparatiroidismo. Tem como base a captação do 99mTc-MIBI pelo
tecido paratiroideu hiperfuncionante e a sua retenção após o “washout” do tecido tiroideu permitindo
estudos de duplas fases.
Só o adenoma é que retém o sestamibi, tudo o resto na tiroide desaparece passado 2/3horas. Também
podemos detetar adenomas em localizações ectópicas (fora da localização comum).
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❖ NEUROLOGIA
Medicina nuclear convencional de camara gama ou PET.
PET vai tendo cada vez mais importância e tem uma resolução espacial melhor do que a SPECT. O FDG-F18 é
utilizado para fazer um mapeamento do metabolismo cerebral, que é muito semelhante ao mapeamento da
perfusão. Mas a PET dá uma informação melhor. O Pib-C11 marca a substância amiloide, utilizado na doença
de Alzheimer. Tem uma semivida pequena, só podemos realizar o exame perto do ciclotrão, por isso, só em
2 sítios é que é possível utilizar este radiofármaco.
Indicações:
Cirurgia da Epilepsia
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Morte cerebral:
Doença de Alzheimer
Síndrome Parkinsónica
Diagnóstico precoce é fator chave para a introdução da terapêutica correta e melhoria da qualidade de vida.
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Cafeína:
2 grupos de voluntários. Um que tomou 2/3 cafés e outro que não tomou café. No grupo que não tomou café
é possível observar o radiofármaco ligado aos recetores. No grupo que tomou café, há ausência na captação
do radiofármaco porque os recetores estavam já preenchidos com a cafeina.
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➢ Terapêutica
A utilização da MN na terapêutica não deve ser feita à toa, devemos evitar a radiação desnecessária. Só deve
ser realizado quando temos um objetivo e sabemos que vai ser mais vantajoso que as consequências que tem.
Utilização de várias partículas (sobretudo eletrões negativos - beta e partículas alfa). Os positrões só são
utilizados no diagnóstico e não na terapêutica .
Tratamento: irradiação do tecido pela radiação beta ou alfa. Interessa estar a utilizar uma dose que seja alta
o suficiente para a destruição dos tecidos. Muitas vezes as doses são de tal maneira elevado (ex.: iodo 131)
que tem de ficar isolados pela irradiação.
Metástases ósseas: aparecem com mais frequência em metástases do pulmão, próstata... provocam dores
significativas que prejudicam a qualidade de vida do doente. Tanto beta como alfa contribui para uma melhor
qualidade de vida, diminuindo a dor.
Radioimunoterapia: junção de elementos radioativos e anticorpos; substância radioativa que emite radiação
beta. Potencia alguns anticorpos que vai ajudar
Tiroide
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Iodo 131 decai emitindo radiação beta – usada na terapêutica e em sequência radiação gama que usamos
para obter a imagem.
A emissão da partícula beta vai irradiar o núcleo, danificar o DNA e provocar a morte da célula.
Cápsula com uma determinada atividade de iodo 131 é dada a tomar ao doente, que a engole
(tem de estar em jejum). Depois o doente pode ir embora, mas sempre com cautela pois está
radioativo. Tem de haver 3 regras básicas de proteção radiologia (regras parecidas com o covid):
distância, tempo e interposição de barreiras. Estes cuidados têm de ser mantidos durante uns dias
porque a eliminação do que não foi absorvido vai ter de ser eliminado tanto pela urina como pelas
fezes e pele e demora o seu tempo.
É importante informar o paciente que deve evitar estar com crianças porque são mais sensíveis à
radiação, evitar tocar em objetos que são tocados por outros, lavar frequentemente as mãos.
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Doentes ficam em quartos terapêuticos cujas paredes são revestidas com chumbo para evitar que
a radiação gama emitida pelo doente saia do quarto. Tem que ficar lá 2/3 dias em isolamento.
Terapêutica de hipertiroidismo
Preparação
• Estudo cintigráfico.
Informação ao doente
• Objetivos;
• Efeitos secundários ( ex. leucemia);
• Cuidados de proteção radiológica.
• Folicular
• Papilar
As células neoplásicas
• Expressam NIS
• Captam e retêm 131I
Tiroidectomia
• Total
• Quase total
131
I
As células neoplásicas captam iodo, por isso é que as podemos tratar. Os carcinomas medulares têm células
que não captam iodo e por isso não pode ser tratada com iodo.
Quando a tiroidectomia não é total, os restos que ficam são tratados com iodo, tal como as metástases.
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Quarto terapêutico
Instalações sanitárias → a urina e fezes não podem ir para o meio ambiente e tem de haver uma ligação direta
entre as instalações sanitárias e tanques de radioatividade onde ficam lá alguns dias até o iodo ser
completamente eliminado. O mesmo acontece com as águas dos banhos e assim. Depois juntam-se as água
residuais do hospital, que está ligada à ETAR da cidade e só depois quando se dilui ainda mais é que os líquidos
todos com o iodo 131 já muito diluído vai para o meio ambiente.
Não existem visitas, até porque são internamentos relativamente curtos, podem ter contacto com os médicos
através de campainhas. Vão para casa quando tem radioatividade menos de 20mCi,e em casa tem que manter
os mesmos cuidados das pessoas que realizam em ambulatório.
• Preparação:
o Suspender levotiroxina;
o Excluir gravidez e aleitamento.
• Internamento em quartos preparados para
terapêutica com radionuclídeos.
• Informação ao doente:
o Cuidados de proteção radiológica.
• Consentimento informado
• Administração oral do 131I (cápsula) em jejum
• Alta após 2-3 dias
o ≤ 20 mCi
• Retoma a terapêutica hormonal (72h)
• Manutenção dos cuidados de proteção radiológica
• Gravidez (não se pode engravidar nos próximos
meses, assim como se for um homem a ser tratado
também não deve procriar nos próximos meses).
• Cintigrafia corporal após terapêutica (5-10 dias; fazemos a medição com detetores de radiação a 1 metro
de distância)
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Utilizamos o MIBG para tumores com origem neural. São captados pelas terminações
nervosas adrenérgicas pré-sinapticas. Este é mais complicado que o da tiroide. Tem de se
controlar a pressão arterial.
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Metástases ósseas
223
Ra - Melhoria da sobrevida (Rádio 223
também tem uma melhoria de sobrevida –
possibilidade de aumento de vida).
Radioimunoterapia
Radiossinoviortese (RSO)
Já não é muito usado hoje em dia, uma vez que já temos outros
melhores.
“... terapêutica com radionúclidos para o controlo da sinovite através da administração intra-articular de
emissores β- ...” → É um técnica que através da administração intra-articular de uma suspensão coloidal de
emissores beta permite controlar a sinusite que não é controlada com outros tratamentos convencionais.
⚠ Radiossinoviortese = Radiossinoviectomia
O que está aqui em causa é uma inflamação que provoca dor. Objetivo da terapêutica é diminuir o processo
inflamatório, a dor e o derrame → Restauração da mobilidade / função.
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• Precoces
o Agravamento da sinovite
– Temporário
• Tardios
o Fuga do RF
– Radionecrose
trajecto da agulha/pele
– Sistémica
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