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RIO DE JANEIRO
Abril de 2016
ANÁLISE TÉCNICO-ECONÔMICA DE UMA MINIGERAÇÃO
FOTOVOLTAICA EM UM GALPÃO LOGÍSTICO EM
CONTAGEM – MG
Examinado por:
_________________________________________
Prof. Jorge Luiz do Nascimento, Dr. Eng.
(Orientador)
_________________________________________
Prof. Luís Guilherme Barbosa Rolim, Dr.-Ing.
_________________________________________
Prof. Robson Francisco da Silva Dias, D. Sc.
RIO DE JANEIRO
Abril de 2016
Thomaz Vieiralves João, Pedro Eduardo
Análise Técnico-Econômica de uma Minigeração Fotovoltaica
em um Galpão Logístico em Contagem – MG/ Pedro Eduardo
Thomaz Vieiralves João. – Rio de Janeiro: UFRJ/ Escola
Politécnica, 2016.
xv, 88 p.; il.; 29,7 cm
Orientador: Jorge Luiz do Nascimento
Projeto de Graduação – UFRJ/ Escola Politécnica/
Curso de Engenharia Elétrica, 2016.
Referências Bibliográficas: p 90-100.
1. Introdução. 2. Energia Solar Fotovoltaica. 3. Normas e
Regulamentos. 4. O Projeto. 5. Análise de Viabilidade
Econômica. 6. Conclusão. I. do Nascimento, Jorge Luiz. II.
Universidade Federal do Rio de Janeiro. III. Análise Técnico-
Econômica de uma Minigeração Fotovoltaica em um Galpão
Logístico em Contagem - MG.
iii
AGRADECIMENTOS
Ao meu pai Paulo Roberto por ter me dado, tanto a orientação técnica para a
realização deste projeto, quanto me mostrado os trilhos da engenharia e do mercado de
trabalho.
Ao meu mestre Luís Guilherme Rolim, que se mostrou sempre solícito a tirar
minhas dúvidas quanto aos aspectos técnicos do projeto.
Ao meu amado mestre Jorge Luiz do Nascimento, que sempre teve muita
paciência ao me ajudar em, desde questões acadêmicas, até pessoais e sociais. Sua
humildade e solicitude foram fundamentais na realização deste trabalho.
iv
Resumo do Projeto de Graduação apresentado à Escola Politécnica/UFRJ como parte
dos requisitos necessários para a obtenção do grau de Engenheiro Eletricista.
Abril 2016
v
Abstract of the Undergraduate Project, presented to POLI/UFRJ as a part of the
necessary requirements to obtain the degree of Electrical Engineer.
April 2016
This undergraduate project main goal is to present the economic and technical
feasibility of a Grid Connected Photovoltaic System on a logistic warehouse. It’s design
fits as a minigeneration as described in the ANEEL’s Normative Resolution N° 687 of
November 24, 2015. Thus, through the power generation of the photovoltaics cells, the
system will be able to exchange energy credits with the electric distribution network in
order to reduce costs in the electricity bill.
Throughout the project will be presented a general feasibility study for a project
in a logistics warehouse over 25 years. This proposal will be based from the choice of
location of the photovoltaic central, the available area for the implementation of the PV
modules and the type of costumer that the venture suit. Thus, knowing the amount of
consumer tariff in question, a cash flow analysis will be performed by finding Net Present
Value (NPV), Internal Rate of Return (IRR) and Payback period. At the end of the study,
it will be shown that the investment is attractive, indicating that the project is viable.
vi
SUMÁRIO
AGRADECIMENTOS ........................................................................................................... IV
1. INTRODUÇÃO ............................................................................................................ 1
3. REGULAMENTAÇÕES ............................................................................................... 25
vii
4. O PROJETO .............................................................................................................. 30
6. CONCLUSÃO ............................................................................................................ 74
BIBLIOGRAFIA .................................................................................................................. 78
ANEXO I – DADOS DO MÓDULO SOLAR YINGLI SOLAR YGE60 260 – 29B ......................... 83
viii
ANEXO III – ESPECIFICAÇÃO TÉCNICA E COTAÇÃO DAS CAIXAS DE CONEXÃO.................. 85
ix
LISTA DE FIGURAS
Figura 1-1: Projeção das contribuições que diferentes setores de geração de energia para
a redução emissões de gases em 2050. Adaptado de [2]. ......................................... 1
Figura 1-2: Produção mundial de células fotovoltaicas até 2014 [4]. (Imagem cedida
pelo autor: ©Fraunhofer ISE: Photovoltaics Report, updated: 17 November 2015).
.................................................................................................................................. 2
Figura 1-3: Capacidade fotovoltaica instalada por região em 2014, e o capacidade
adicionada em 2014 [6]. (Imagem cedida pelo autor).............................................. 3
Figura 1-4: Localização do município de Contagem - MG (Imagem gerada pelo Google
Maps). ....................................................................................................................... 8
Figura 1-5: Potencial de geração fotovoltaica por Unidade de Federação (GWh/dia)
[16]. (Imagem cedida pelo autor). ............................................................................ 9
Figura 2-1: A radiação solar e seus componentes [17]. (Imagem cedida pelo autor). ... 12
Figura 2-2: Efeito Fotovoltaico na junção PN [17]. (Imagem cedida pelo autor). ........ 13
Figura 2-3: Célula de Silício Monocristalino (esquerda) e Policristalino (direita) [18]. 15
Figura 2-4: Módulos solares de filme fino. Em (a), (b) e (c) estão representados os
módulos de telureto de cádmio (CdTe), silício amorfo (a-Si) e disseleneto de cobre,
índio e gálio (CIGS), respectivamente [19]. (Imagem cedida pelo autor). ............ 16
Figura 2-5: Percentual de produção de energia fotovoltaica pelos através de módulos de
filme fino [4]. (Imagem cedida pelo autor: ©Fraunhofer ISE: Photovoltaics
Report, updated: 17 November 2015). ................................................................... 17
Figura 2-6: Curva da mudança de eficiência dos diferentes tipos de os de módulos
fotovoltaicos ao longo dos últimos anos [4]. (Imagem cedida pelo autor:
©Fraunhofer ISE: Photovoltaics Report, updated: 17 November 2015). .............. 18
Figura 2-7: Curvas I-V de duas células fotovoltaicas idênticas para diferentes
configurações de conexão em (a) série e (b) paralelo [17]. (Imagem cedida pelo
autor). ..................................................................................................................... 19
Figura 2-8: Curva característica I x V de uma célula de silício de 156 mm², onde Vmp e
Imp são as tensões e corrente na condição de máxima potência, enquanto Voc é a
tensão de circuito aberto e Isc é a corrente de curto-circuito [17]. (Imagem cedida
pelo autor). ............................................................................................................. 20
x
Figura 2-9: Curva I x V para um módulo fotovoltaico de silício cristalino exposto a
diferentes irradiâncias, a 25°C [17]. (Imagem cedida pelo autor). ........................ 21
Figura 2-10: Curva I x V para um módulo fotovoltaico de silício cristalino exposto a
diferentes temperaturas, com uma irradiância de 1000 W/m² [17]. (Imagem cedida
pelo autor). ............................................................................................................. 22
Figura 2-11: Operação de um diodo de desvio [17]. (Imagem cedida pelo autor). ....... 24
Figura 4-1: Vista do galpão Época pelo Google Earth Pro. ........................................... 32
Figura 4-2: Percentual das diferentes tecnologias de fabricação de módulos
fotovoltaicos ao longo dos anos e os dados em 2014[4]. (Imagem cedida pelo
autor: ©Fraunhofer ISE: Photovoltaics Report, updated: 17 November 2015).... 34
Figura 4-3: Placa YGE60 - YL255P-29b da fabricante Yingli Solar [26]. .................... 34
Figura 4-4: Esquema de conexão da fileira, com 14 módulos fotovoltaicos conectados
em série. .................................................................................................................. 36
Figura 4-5: Disposição do arranjo composto por 70módulos fotovoltaicos. .................. 36
Figura 4-6: Caixa de conexão escolhida. (Cortesia de ZJBENY). .................................. 37
Figura 4-7: Diagrama mostrando como os arranjos fotovoltaicos são conectados nas
caixas e nos inversores. .......................................................................................... 38
Figura 4-8: Inversor Solar Vacon 8000 [39]. (Cortesia de Vacon) ................................ 40
Figura 4-9: Foto da estrutura utilizada na montagem dos painéis em (a) e sua
representação em (b). (Cortesia de Sices). ............................................................. 42
Figura 4-10: Vista por trás do arranjo fotovoltaico disposto ao longo de estrutura de
apoio. ...................................................................................................................... 43
Figura 4-11: Vista pela frente do arranjo fotovoltaico disposto ao longo da estrutura de
apoio. ...................................................................................................................... 43
Figura 4-12: Representação das variáveis envolvidas no cálculo da projeção das
sombras. .................................................................................................................. 45
Figura 4-13: Transformação trigonométrica para cálculo da sombra D. ........................ 46
Figura 4-14: Simulação do sombreamento na época do solstício de inverno ao meio dia,
realizada no Google Skecth Up Pro. ....................................................................... 47
Figura 4-15: Conjunto de arranjos do SF, com 5 arranjos um através do outro dispostos
lado a lado............................................................................................................... 48
Figura 4-16: Vista superior da área ocupada pelos módulos fotovoltaicos. ................... 49
Figura 4-17: Modelo de conexão para minigeração de 100 kWp até 300 kWp [25]. .... 50
Figura 4-18: Diagrama das conexões no lado CA em baixa tensão. .............................. 51
xi
Figura 4-19: Disjuntor Tripolar Siemens 5sx1 350-7 [27]. (Cortesia de Siemens). ....... 53
Figura 4-20: Caixa seccionadora, modelo Ergon 200 da fabricante alemã Siemens [29].
(Cortesia de Siemens). ............................................................................................ 54
Figura 4-21: Imagem da capa do DSV padronizada pela CEMIG. Em (a) temos a
imagem do seu interior e em (b) do seu exterior [28]. ........................................... 54
Figura 4-22: Medidor de quatro quadrantes Omnimeter Pulse UL v.4 [30]. ................. 55
Figura 4-23: TC utilizado para a conexão do medidor[31]. ........................................... 56
Figura 4-24: Vista da sala dos inversores. ...................................................................... 56
Figura 4-25: Vista da sala dos inversores ....................................................................... 57
Figura 4-26: Vista do quadro geral com o disjuntor de saída dos inversores, a chave de
seccionamento, o medidor, o disjuntor de entrada no Trafo e o quadro de
distribuição da instalação, onde são conectadas as cargas. .................................... 57
Figura 4-27: Valores de geração para os diferentes meses do ano. ................................ 60
Figura 4-28: Disposição dos Módulos na ferramenta de cálculo Helioscope. ............... 61
Figura 4-29: Geração anual de energia calculada pelo programa Helioscope. .............. 61
Figura 4-30: Perdas consideradas no Helioscope. .......................................................... 62
xii
LISTA DE TABELAS
Tabela 1-1: Estimativa de empregos gerados direta ou indiretamente pelas indústrias das
renováveis [6]. .......................................................................................................... 3
Tabela 1-2: Distribuição de alguns dos maiores condomínios logísticos do país por
região em 2014 [11].................................................................................................. 6
Tabela 1-3: Trajetória de custos de instalação em telhados de residências e centros
comerciais [8]. .......................................................................................................... 7
Tabela 3-1: Incidência de impostos sobre os módulos, inversores e medidor de quatro
quadrantes [22]. ...................................................................................................... 25
Tabela 3-2: Níveis de tensão para diferentes potências de geração [24]. ....................... 27
Tabela 3-3: Proteções em função da potência de geração [10]. ..................................... 27
Tabela 3-4: Funções de proteção para a geração acima de 10 kW até 300 kW [25]. ..... 29
Tabela 4-1: Histórico da conta de Luz do Galpão Época em Belo Horizonte na fatura da
conta de luz de Julho de 2015. Ver Anexo V. ........................................................ 30
Tabela 4-2: Irradiação média diária mensal para............................................................ 31
Tabela 4-3: Característica Elétricas do Módulo Fotovoltaico. ....................................... 35
Tabela 4-4: Especificações técnicas da Caixa de Controle. ........................................... 37
Tabela 4-5: Características elétricas do inversor. ........................................................... 41
Tabela 4-6: Parâmetros físicos e elétricos de cada subconjunto do sistema, observa-se
que as medidas são representadas palas suas projeções sobre o eixo inclinado do
telhado. ................................................................................................................... 48
Tabela 4-7: Perdas Associadas ao SVCR Adaptado de [32]. ......................................... 58
Tabela 4-8: A geração e as diferentes variáveis utilizadas para seu cálculo. ................. 59
Tabela 5-1: Cálculo do custos total dos itens importados .............................................. 63
Tabela 5-2: Custo de equipamentos nacionalizados ....................................................... 64
Tabela 5-3: Projeção de custo adicionais de acordo com a potência instalada [31]....... 65
Tabela 5-4: Interpolação dos custos projetados .............................................................. 65
Tabela 5-5: Levantamento de custos das aquisições dos itens do sistema ..................... 66
Tabela 5-6: Reajustes a serem considerados na conta de luz ......................................... 68
Tabela 5-7: Parâmetros econômicos calculados ao longo do a vida útil da planta ........ 71
Tabela 5-8: Comparação com taxas do mercado. [32] ................................................... 73
xiii
LISTA DE SIGLAS
xv
1. INTRODUÇÃO
Figura 1-1: Projeção das contribuições que diferentes setores de geração de energia para a redução emissões
de gases em 2050. Adaptado de [2].
1
O Protocolo de Kyoto é um tratado internacional com rígidos compromissos para a redução da emissão
dos gases que agravam o efeito estufa.
1
na Figura 1-2. Essa liderança foi fortemente impulsionada pela decisão do governo chinês
de tornar a energia solar uma parte fundamental de sua matriz energética, proporcionada
principalmente pelo subsídio dado a essa nova indústria [3].
Figura 1-2: Produção mundial de células fotovoltaicas até 2014 [4]. (Imagem cedida pelo autor:
©Fraunhofer ISE: Photovoltaics Report, updated: 17 November 2015).
2
Energiewende é uma expressão germânica que significa transformação energética.
2
Figura 1-3: Capacidade fotovoltaica instalada por região em 2014, e a capacidade adicionada em 2014
[6]. (Imagem cedida pelo autor).
Também nos Estados Unidos, a energia solar vem se tornando bastante acessível.
Desde 2008, as instalações norte-americanas aumentaram 17 vezes, atingindo a marca de
20 GWp de capacidade instalada até 2013. Este crescimento foi impulsionado pela queda
dos preços dos módulos em cerca de 50% nos últimos três anos. Desde o início de 2010,
o custo médio dos módulos fotovoltaicos foi reduzido em mais de 60% e o custo de um
sistema de energia solar em cerca de 50%. Devido a esta redução, a eletricidade solar
tornou-se economicamente competitiva quando comparada com as fontes convencionais
de energia, gerando cerca de 175 mil empregos. Pela Tabela 1-1 pode-se observar o papel
das renováveis na geração de empregos ao redor do mundo [7].
Tabela 1-1: Estimativa de empregos gerados direta ou indiretamente pelas indústrias das renováveis [6].
União Européia
Bang-
Mundo China Brasil EUA Índia Japão Resto
ladesh Alemanha França
da UE
Milhares de Empregos
Geotérmica 154 35 2 17 33 54
3
Solar FV 2495 1641 125 210 115 56 26 82
CTS 22 174 1 14
Total 7674 3390 934 724 437 218 129 371 176 653
Por ainda ser uma tecnologia relativamente nova no Brasil, o setor FV de energia
ainda se encontra pouquíssimo desenvolvido, visto que seu mercado de geração
distribuída somou 1731 instalações até o final de 2015 [9]. Contudo, impulsionado pela
busca da diversificação das fontes de geração de energia no país, o governo tem
incentivado a ampliação da capacidade fotovoltaica instalada, principalmente nos âmbitos
residencial e comercial.
4
créditos de energia com a distribuidora local. Dessa maneira, a energia distribuída gerada
poderia ser injetada na rede, deduzindo assim das faturas dos consumidores os créditos
gerados por eles, com prazo de validade de até 36 meses. Contudo, em novembro de 2015
foi aprovada sua revisão, a Resolução Normativa Nº 687/2015, que aumentou o limite da
minigeração para 5 MWp e expandiu a validade dos créditos para 60 meses. Esta revisão
entrou em vigor em 1º de março de 2016 [10].
5
Os grandes galpões, enquadrados nas classes A ou A+ , normalmente ocupam uma
área significativa de até 50 mil m². Eles se localizam nos grandes centros urbanos e
comerciais, geralmente nas proximidades das grandes rodovias, a fim de que os produtos
ali armazenados possam circular livremente sem as restrições de circulação de cargas
presentes nos centros urbanos.
Tabela 1-2: Distribuição de alguns dos maiores condomínios logísticos do país por região em 2014 [11].
Empresa SE S CO NE N
Almi 24 1 4 2 1
Amp Log. Ltda - 2 - - -
Capital Reality - 4 - - -
CBI – Cabo Branco Ind. e Log - - - 1 -
Cone C/A - - - 17 -
Fulwood 6 - - - -
GL Empreendimentos/Armazenna - - - 4 -
Global Logistic Properties (GLP) 10 - - - -
GR Properties 9 - - - -
GWI Real State 1 - - - -
Herzog 12 - - - -
Hines do Brasil 6 - - - 2
Construtora e Ink Laguna 1 - - - -
Log CP 17 2 1 3 -
Perini Business Park - 1 - - -
Porte Contrutora 1 - - - -
Prologis CCP 5 - - - -
Retha Imóveis 18 - - 1 -
6
Sanca Engenharia 7 - - - -
WTGoodman 4 - - - -
Total 121 10 5 28 3
Tabela 1-3: Trajetória de custos de instalação em telhados de residências e centros comerciais [8]*.
2012 2013 2014 2015 2016 2017 2018 2019 2020 2021 2022 2023
Residencial
7,7 7,2 6,7 6,3 5,9 5,5 5,1 4,8 4,5 4,4 4,2 4,1
(R$/Wp)
Comercial
6,9 6,5 6,1 5,7 5,4 5,1 4,8 4,5 4,2 4,1 3,9 3,8
(R$/Wp)
*Vale a pena observar que no período em que o estudo foi realizado (outubro de 2014), a cotação do dólar
estava em aproximadamente R$ 2,5 a unidade, o que pode influenciar diretamente o custo do SF.
Juntando então os fatores citados acima aliados à extensa e plana área oferecida
pelos telhados destes galpões, e ao fato do Brasil ter um elevado índice de incidência
solar, pode-se concluir os CL’s oferecem diversos pontos a seu favor para a realização de
instalações de SFCR.
7
1.5. O Galpão Época
Figura 1-4: Localização do município de Contagem - MG (Imagem gerada pelo Google Maps).
Possui elevada média anual de radiação de energia, com valores entre 4,5 e
6,5 kWh/dia [14].
Oferece incentivos fiscais para a micro e minigeração distribuídas, isentando
a taxação de ICMS sobre a energia injetada de volta à rede de distribuição.
8
Outros impostos como o PIS/PASES e o COFINS também não serão cobrados
sobre a energia injetada na rede [15].
Pela Figura 1-5 pode-se verificar que as regiões com o maior potencial de geração
fotovoltaica são aquelas mais povoadas, em especial os estados de MG e SP.
Figura 1-5: Potencial de geração fotovoltaica por Unidade de Federação (GWh/dia) [16]. (Imagem cedida
pelo autor).
1.6. Objetivo
9
1.7. Estrutura dos Capítulos
10
2. A ENERGIA SOLAR FOTOVOLTAICA
A luz solar incidente sobre a superfície terrestre que não sofre dispersão é chamada
de radiação direta. Sua intensidade irá depender principalmente de fatores como a
presença de nuvens ou de outros elementos que proporcionem sombras.
Com isso, estas três formas de radiação compõem a Irradiação Global Horizontal,
ou GHI. A Figura 2-1 ilustra os tipos de componentes desta radiação.
11
Figura 2-1: A radiação solar e seus componentes [17]. (Imagem cedida pelo autor).
Assim, quando o semicondutor é dopado com boro, que possui três elétrons de
ligação, faltará um elétron para realizar as ligações com os átomos de Silício. Esta
ausência do elétron é denominada de cavidade, e por requerer pouca energia, um elétron
12
vizinho acaba passando para esta posição fazendo com que esta “cavidade” se desloque.
Desta forma o boro recebe elétrons, representando um dopante P.
Sendo assim, um campo elétrico é gerado a partir das cargas que ficam
aprisionadas, dificultando a passagem de mais elétrons para o lado P. Quando isso ocorre,
o processo alcança um equilíbrio, formando uma barreira capaz de impedir que mais
elétrons que ainda restavam do lado N se desloquem.
Quando a junção PN fica exposta aos fótons com energia maior que o da barreira,
são gerados os pares elétron/cavidade. Quando isto ocorre na presença de um campo
elétrico, as cargas são aceleradas, proporcionando uma passagem de corrente pela junção.
Assim, uma diferença de potencial é criada, dando origem ao Efeito Fotovoltaico,
ilustrado na Figura 2-2.
Figura 2-2: Efeito Fotovoltaico na junção PN [17]. (Imagem cedida pelo autor).
13
2.3. A célula fotovoltaica
Nos últimos 10 anos, a eficiência dos módulos solares de silício aumentou de 12%
para 16%, enquanto a eficiência dos módulos de cádmio aumentou de 9 para 13% [4].
Segundo a referência [6], os módulos fotovoltaicos vêm sofrendo uma queda significativa
nos preços, chegando a US $ 0.6/W em 2014, 14% mais barato que no ano anterior.
14
Figura 2-3: Célula de Silício Monocristalino (esquerda) e Policristalino (direita) [18].
15
(a) (b) (c)
Figura 2-4: Módulos solares de filme fino. Em (a), (b) e (c) estão representados os módulos de telureto de
cádmio (CdTe), silício amorfo (a-Si) e disseleneto de cobre, índio e gálio (CIGS), respectivamente [19].
(Imagem cedida pelo autor).
Vantagens
16
Desvantagens
Módulos solares de filme fino não costumam ser empregados na maioria das
instalações de SF’s residenciais. Isso ocorre por exigirem uma grande quantidade
de espaço.
Por apresentar uma menor eficiência por m², possui alto custo com estrutura de
instalação e mão de obra.
Sofrem uma degradação mais acelerada que os cristalinos.
Figura 2-5: Percentual de produção de energia fotovoltaica pelos através de módulos de filme fino [4].
(Imagem cedida pelo autor: ©Fraunhofer ISE: Photovoltaics Report, updated: 17 November 2015).
2.3.3. Análise
17
Figura 2-6: Curva da mudança de eficiência dos diferentes tipos de os de módulos fotovoltaicos ao longo
dos últimos anos [4]. (Imagem cedida pelo autor: ©Fraunhofer ISE: Photovoltaics Report, updated: 17
November 2015).
𝑉 = 𝑉1 + 𝑉2 + ⋯ + 𝑉𝑛 (2-1)
18
𝐼 = 𝐼1 = 𝐼2 = ⋯ = 𝐼𝑛 (2-2)
𝐼 = 𝐼1 + 𝐼2 + ⋯ + 𝐼𝑛 (2-3)
𝑉 = 𝑉1 = 𝑉2 = ⋯ = 𝑉𝑛 (2-4)
(a) (b)
Figura 2-7: Curvas I-V de duas células fotovoltaicas idênticas para diferentes configurações de conexão
em (a) série e (b) paralelo [17]. (Imagem cedida pelo autor).
19
2.4.1. Características Elétricas dos Módulos
Curva Característica I x V
Através de curva I x V, ilustrada na Figura 2-8, pode-se encontrar a potência em
cada ponto de operação da célula, que será dada pela multiplicação da corrente com a
tensão naquele ponto. Vale observar que nas condições de curto-circuito ou de circuito
aberto, a potência produzida pela célula é zero.
Figura 2-8: Curva característica I x V de uma célula de silício de 156 mm², onde Vmp e Imp são as
tensões e corrente na condição de máxima potência, enquanto Voc é a tensão de circuito aberto e Isc é a
corrente de curto-circuito [17]. (Imagem cedida pelo autor).
20
2.4.2. Fatores que influenciam as características elétricas dos módulos
Irradiância Solar
Quanto maior for a irradiância solar à qual o módulo for exposto, maior será corrente
elétrica gerada por ele. Da mesma forma, a corrente de curto-circuito apresenta um
crescimento linear com a irradiância, conforme exposto na Figura 2-9.
Figura 2-9: Curva I x V para um módulo fotovoltaico de silício cristalino exposto a diferentes
irradiâncias, a 25°C [17]. (Imagem cedida pelo autor).
21
Figura 2-10: Curva I x V para um módulo fotovoltaico de silício cristalino exposto a diferentes
temperaturas, com uma irradiância de 1000 W/m² [17]. (Imagem cedida pelo autor).
2.5. Inversor
22
Além de realizar a conversão de energia e controlar a injeção de corrente elétrica
na rede, o inversor também pode apresentar diversas funções necessárias para o
aproveitamento da energia elétrica fotovoltaica e sua conexão segura com a rede.
Dessa forma, a proteção ocorre, pois com o diodo de desvio, a máxima potência
dissipada em uma das células seria a potência do conjunto envolvido pelo diodo.
23
Figura 2-11: Operação de um diodo de desvio [17]. (Imagem cedida pelo autor).
24
3. REGULAMENTAÇÕES
Tabela 3-1: Incidência de impostos sobre os módulos, inversores e medidor de quatro quadrantes [22].
Imposto/Taxa Equipamento
25
ICMS 0% 18%* 18%*
PIS 1,65% 1,65% 1,65%
COFINS 7,6% 8,6% 8,6%
*Estes são os valores para o Estado de MG, visto que ICMS é um imposto de âmbito estadual.
Todos os requisitos para a conexão do SFCR são impostos pelo PRODIST, que
representa o instrumento regulatório de normatização e padronização das atividades
relacionadas ao funcionamento dos sistemas de distribuição.
Através da Tabela 3-2, podemos ver as definições quanto aos níveis das tensões
das conexões em função das potências instaladas, padronizadas na seção 3.3 do
PRODIST.
26
Tabela 3-2: Níveis de tensão para diferentes potências de geração [24].
27
Anti-ilhamento Sim Sim Sim
28
Tabela 3-4: Funções de proteção para a geração acima de 10 kW até 300 kW [25].
Tempo
Código ANSI Descrição das Funções Ajustes máxima de
atuação
Defas. 10°
25 Verificação de sincronismo Dif. Tensão 10% N/A
Dif. Freq.. 0.3 Hz
27 Relé de Subtensão 0,8 pu 5 seg.
59 Relé de sobretensão 1,1 pu 5 seg.
Relé de Sobrecorrente de fase Conforme padrão
50
temporizado de entrada de N/A
51 Relé de tempo para reconexão energia
62 Relé de sobrefrequência 180 seg. 180 seg.
81O Relé de sobrefrequência 60,5 Hz 5 seg.
81U Relé de subfrequência 59,5 Hz 5 seg.
29
4. O PROJETO
Tabela 4-1: Histórico da conta de Luz do Galpão Época em Belo Horizonte na fatura da conta de luz de
julho de 2015. Ver Anexo V.
30
Visto que já se tem uma referência da potência a ser instalada e da energia a ser
gerada, o próximo passo é consultar a base de dados solarimétricos a fim de estimar os
níveis de irradiância local. Para isso, é necessário consultar bases de dados solarimétricos
confiáveis, tais como:
31
Novembro 4,85
Dezembro 4,96
Média 4,85
O galpão cujo telhado irá abrigar a instalação fotovoltaica está situado na região
no município de Contagem - MG, na região da grande Belo-Horizonte, e suas
coordenadas geográficas são 19°54’2.62’’S 44°3’55.18’’O, conforme apresentado na
Figura 4-1.
Através de uma análise no Google Earth Pro, pode-se constatar que telhado do
galpão possui uma área livre de aproximadamente 6000 m² (87,5 m x 67,5 m), que
representa espaço mais do que suficiente para atingir potência limitada de 203 kWp,
tornando necessária a utilização de uma pequena parcela da área do telhado para a
disposição dos módulos. Pode-se observar também que nas proximidades do local
escolhido não existem construções nem obstáculos naturais que produzam relevantes
perdas por sombreamento.
32
Conforme apresentado na planta do galpão presente no Anexo VI, pode-se
observar a existência de dois galpões diferentes associados à construção mostrada na
Figura 4-1, com duas contas de luz diferentes. Assim, a área do telhado disponível para a
instalação da Central FV para atender o galpão em questão é a destacada em vermelho.
Apesar do painel solar de filme fino possuir uma boa relação custo benefício para
instalações em terrenos suficientemente grandes (que é o caso), seu custo de instalação é
bastante alto devido à sua baixa eficiência, o que exigiria uma estrutura de instalação
maior. Outro ponto negativo é o seu processo de fabricação, que é extremamente
poluente, pois o cádmio é bastante tóxico e seu processo de reciclagem é complexo e caro,
não representando a escolha mais adequada para o projeto [19].
Assim, um meio termo a nível da relação custo benefício encontrado foi o painel
policristalino, que conta com eficiências muito próximas às do monocristalino, porém
com um custo de fabricação menor. Portanto, para este projeto, esta escolha se apresentou
a mais adequada. Vale a pena observar pela Figura 4-2 que os módulos policristalinos
também são os mais comercializados atualmente no mercado.
33
Figura 4-2: Percentual das diferentes tecnologias de fabricação de módulos fotovoltaicos ao longo dos
anos e os dados em 2014 [4]. (Imagem cedida pelo autor: ©Fraunhofer ISE: Photovoltaics Report,
updated: 17 November 2015).
A escolha deste módulo se deu principalmente pelo fato dele apresentar excelente
custo-benefício, sob o custo de US$ 0,66 por Wp instalado. Além disso, a Yingli Solar
possui representantes no Brasil, facilitando todo o processo de compra e logística.
34
A ficha de dados técnicos do módulo pode ser observada no Anexo I. Porém,
seguem na Tabela 4-3 as informações mais relevantes para o dimensionamento do
sistema.
Modelo YL255P-29B
Tipo Silício Policristalino
Potência Máxima (W) 255
Eficiência (%) 15,7
Tensão de Máxima Potência (V) 30
Corrente de Máxima Potência (A) 8.49
Tensão em Circuito Aberto (V) 37,7
Corrente de Curto-Circuito (A) 9,01
Dimensões (mm) 1640 / 990 / 35
Peso (Kg) 18,5
35
tensão máxima de saída de 14 × 37,7𝑉 = 527,8 𝑉, respeitando assim o limite de tensão
do MPPT dos inversores. A fileira dos módulos em série é ilustrada na Figura 4-4.
Figura 4-4: Esquema de conexão da fileira, com 14 módulos fotovoltaicos conectados em série.
36
representam a interface entre as fileiras e os inversores, podendo, por meio de fusíveis,
desconectar os módulos do resto do sistema, preservando a integridade dos inversores.
37
Corrente máxima por fileira 10 A
Corrente máxima total 50 A
Será utilizada uma caixa por arranjo, somando 10 caixas para o SF. As ligações
referentes às caixas são apresentadas na Figura 4-7.
Figura 4-7: Diagrama mostrando como os arranjos fotovoltaicos são conectados nas caixas e nos
inversores.
38
4.3.4. O Inversor Grid-Tie
𝑃𝑁𝑐𝑎
𝐹𝐷𝐼 = (4-1)
𝑃𝐹𝑉
Onde:
Além disso, o inversor possui uma corrente CC máxima de entrada (𝐼𝑖𝑚𝑎𝑥 ). Esta
corrente não pode ser menor do que a soma das correntes de curto circuito (𝐼𝑠𝑐 ) das placas
em paralelo a ele conectadas.
Este inversor foi escolhido por possuir uma boa relação custo benefício e por se
enquadrar perfeitamente nas dimensões e especificações elétricas do projeto. Suas
principais características são apresentadas na Tabela 4-5, e seu catálogo visualizado no
Anexo II.
40
Tabela 4-5: Características elétricas do inversor.
Além disto, sua escolha também se deu pelo fato dele apresentar características
de proteção e qualidade requeridas pela ANEEL, o que reduzirá o número de
componentes do sistema e consequentemente reduzirá seu custo. Seguem abaixo estas
características:
41
𝐼𝑖𝑚𝑎𝑥 = 99 > 10 × 9,01 = 90,1 𝐴
(a) (b)
Figura 4-9: Foto da estrutura utilizada na montagem dos painéis em (a) e sua representação em (b) [35].
42
A fim de dimensionar a área ocupada pelos geradores fotovoltaicos e sua estrutura,
faz-se necessário o cálculo da distância entre os arranjos. Como pode ser visto nas Figuras
4-10 e 4-11, a dimensão ocupada pelo arranjo dos módulos possui uma largura total de
34,65 m e um comprimento total de 3,28 m.
Figura 4-10: Vista por trás do arranjo fotovoltaico disposto ao longo de estrutura de apoio. (Figura
meramente ilustrativa).
Figura 4-11: Vista pela frente do arranjo fotovoltaico disposto ao longo da estrutura de apoio. (Figura
meramente ilustrativa).
43
O espaçamento entre os arranjos a ser calculado deve ser maior ou igual ao maior
sombreamento gerado por eles ao longo do ano. Então, para realizar este cálculo, será
utilizada a sombra projetada durante o solstício de inverno, pois representa a época do
ano em que o sol se encontra mais ao norte da linha do equador, proporcionando as
maiores sombras.
Para a inclinação dos módulos costuma-se usar a latitude local, porém, pelo fato
dos painéis estarem dispostos em um telhado inclinado, esta inclinação será somada à
inclinação do telhado. Sendo assim, os painéis estarão inclinados 19,9 ° em relação ao
solo plano e 22,9° em relação ao telhado sobre o qual estão instalados.
𝑠𝑒𝑛(1800 − β − α)
𝑑 =ℎ× (4-2)
𝑠𝑒𝑛(𝛼) × 𝑠𝑒𝑛(𝛽)
Onde:
𝛼 – Altura solar.
44
Figura 4-12: Representação das variáveis envolvidas no cálculo da projeção das sombras.
ℎ = 1,12 𝑚
360
𝛿 = 23,45 × 𝑠𝑒𝑛 ( × 284 + 𝑁) (4-3)
365
Desse modo, o ângulo 𝛼 de altura solar será calculado através da Equação 4-4:
Onde:
L – Latitude.
𝛿 - Declinação solar.
45
𝜔 - Ângulo horário.
𝑑 = 4,12 𝑚
Para calcular esta distância entre os arranjos, foi traçada a altura H do triângulo
marcado em vermelho na Figura 4-13, de modo a dividí-lo em dois triângulos retângulos
menores. Desse modo, a distância entre os painéis D representada na Figura 4-12 será
calculada através da aplicação das relações abaixo:
𝐷1 = 𝑑 × cos 3° = 4,11 𝑚
𝐻 = 𝑑 × 𝑠𝑒𝑛 3° = 0,2156 𝑚
𝐻
𝐷2 = = 0,23
tan 43,15°
46
Então, 𝐷 = 𝐷1 + 𝐷2 = 4,34 𝑚
Aproximando, 𝐷 ≅ 4,4 𝑚.
Figura 4-14: Simulação do sombreamento na época do solstício de inverno ao meio dia, realizada no
Google Skecth Up Pro.
47
Figura 4-15: Conjunto de arranjos do SF, com 5 arranjos um atrás do outro e 2 arranjos dispostos lado a
lado.
Tabela 4-6: Parâmetros físicos e elétricos de cada subconjunto do sistema, Vale observar que as medidas
são representadas pelas suas projeções sobre o eixo inclinado do telhado.
48
Figura 4-16: Vista da área total ocupada pelo sistema fotovoltaico.
4.3.6. Cabos CC
Para dimensionar a área da seção transversal dos cabos que saem das fileiras dos
módulos fotovoltaicos, faz-se o uso da norma IEC 60364-7-712, onde fica estabelecido
que os mesmos devem suportar pelos menos 1,25 vezes a corrente de curto dos módulos.
Dessa forma, a corrente em questão será de 1,25 × 9,01 = 11,26 𝐴. Segundo a norma da
ABNT NBR-5410, presentes na tabela do Anexo IV, a área da sua bitola será
dimensionada para 1,5 mm².
Já para dimensionar a área da seção transversal dos cabos que saem das caixas de
conexão e entram nos inversores, será considerada 1,25 vezes a corrente máxima do
arranjo. Assim, o condutor deverá suportar uma corrente total de 56,03 A. Respeitando
as normas da ABNT – NBR 5410, presentes no Anexo IV, cada cabo apresentará uma
seção transversal de 10 mm².
49
4.4. Elementos do lado CA para a conexão com a rede
Figura 4-17: Modelo de conexão para minigeração de 100 kWp até 300 kWp [25].
Pode-se ver pela Figura 4-17 que toda a parte de proteção e medição será realizada
no lado de baixa tensão (220 V), não sendo necessário nenhum tipo de proteção ou
monitoramento no lado CC da geração.
4.4.1. Cabos CA
50
equipamento de medição e pela chave secciondora. Este esquema de conexão pode ser
visualizado na Figura 4-18.
51
Os cabos de saída de cada inversor deverão suportar a corrente máxima de saída
de cada um que é 43,3 A. Para isso, os cabos dimensionados deverão possuir a área de
seção transversal de 10 mm², compatível com a faixa recomendada pelo fabricante.
4.4.2. Disjuntor
De acordo com as normas da ABNT NBR – 5410, estes dispositivos devem ser
escolhidos de acordo com as seguintes características:
Onde:
52
Figura 4-19: Disjuntor Tripolar Siemens 5sx1 350-7 [27]. (Cortesia de Siemens).
53
Figura 4-20: Caixa seccionadora, modelo Ergon 200 da fabricante alemã Siemens [29]. (Cortesia de
Siemens).
Além das exigências listadas para a conexão do DSV, também é necessária uma
caixa de instalação, padronizada pela CEMIG, modelo CM7-DSV. O modelo da caixa
pode ser visto na Figura 4-21, e a sinalização no seu exterior é necessária conforme
especificado na referência [28].
(a) (b)
Figura 4-21: Imagem da capa do DSV padronizada pela CEMIG. Em (a) temos a imagem do seu interior
e em (b) do seu exterior [28].
54
Para executar esta função, foi escolhido o medidor Omnimeter Pulse UL v.4, da
fabricante Ekmmetering, mostrado na Figura 4-22.
55
Figura 4-23: TC utilizado para a conexão do medidor [31].
Com isso, o SFCR já se encontra por inteiro dimensionado. Podemos ver pelas
Figuras 4-24 e 4-25 uma sala de força previamente existente, denominada agora como
sala dos inversores. Lá serão instalados os inversores, o quadro geral onde se encontram
os disjuntores, a caixa de medição e a chave seccionadora, apresentadas na Figura 4-26.
Nesta sala também se encontra o transformador, de 300 KVA [37], devidamente isolado
por uma gaiola de proteção, e cuja relação de transformação é de 13.8 KV/220 V.
Figura 4-24: Vista da sala dos inversores. (Imagem gerada no Sketch Up Pro 3D).
56
Figura 4-25: Vista da sala dos inversores. (Imagem gerada no Sketch Up Pro 3D).
Figura 4-26: Vista do quadro geral com o disjuntor de saída dos inversores, a chave de seccionamento, o
medidor, o disjuntor de entrada no Trafo e o quadro de distribuição da instalação, onde são conectadas as
cargas da mesma. (Imagem gerada no Sketch Up Pro 3D).
57
4.5. Geração Fotovoltaica Estimada
As principais causas destas perdas são descritas na Tabela 4-7. Vale a pena
observar que foram consideradas baixas perdas associadas às degradações dos módulos,
visto que esta estimativa é referente ao primeiro ano da geração, onde estas perdas são
muito baixas.
Valor
Perdas Variação (%)
Arbitrado (%)
Temperatura no Módulo 3,5 5 a 10
Perdas nos condutores CC 2,0 1a3
Perdas nos condutores CA 1,0 0,7 a 2
Perdas na inversão CC/CA 1,5 1 a 15
Mismatch no MPPT 2,0 1,5 a 3
Sombreamento 0 0 a 100
Degradação do Módulo 1 1 a 10
Indisponibilidade do Sistema 2 0 a 0,5
Sujeira nos módulos 2 2 a 25
Perda nos transformadores 2,5 2a4
Gap entre o rendimento do módulo e a radiação de
2,5 5 a 10
1000w/m²
Total de perdas 18
Visto isso, a estimativa para geração total de energia do sistema levará em conta
as perdas presentes na Tabela 5-5.
58
4.5.2. Cálculo algébrico da geração
𝐸 = 𝑃𝑓𝑣 × 𝑃𝑅 × 𝑁 × 𝐻𝑚 (4-6)
Onde:
Como visto ao longo deste capítulo, a potência instalada será de 178500 kWp, e o
fator de desempenho considerado será de 0,82 para todos os meses. Em posse destes
valores, junto aos dados de irradiância fornecidos pela Tabela 4-2, foi possível a
organização de todos estes dados para o cálculo da geração esperada, vistos Tabela 4-8 e
na Figura 4-27, respectivamente.
𝑯𝒎
Mês N 𝑷𝒇𝒗 (kWp) PR E (kWh)
(kWh/m².dia)
Jan 4,88 31 178,5 0,82 22.142,85
Fev 5,41 28 178,5 0,82 22.172,13
Mar 5,22 31 178,5 0,82 23.685,59
Abr 4,77 30 178,5 0,82 20.945,55
Mai 4,8 31 178,5 0,82 21.779,86
Jun 4,37 30 178,5 0,82 19.189,11
Jul 4,68 31 178,5 0,82 21.235,36
59
Ago 4,99 31 178,5 0,82 22.641,98
Set 4,62 30 178,5 0,82 20.286,88
Out 4,76 31 178,5 0,82 21.598,36
Nov 4,85 30 178,5 0,82 21.296,84
Dez 4,96 31 178,5 0,82 22.505,85
Total 259.480,34
60
Figura 4-28: Disposição dos Módulos na ferramenta de cálculo Helioscope.
61
Figura 4-30: Perdas consideradas no Helioscope.
62
5. ANÁLISE DE VIABILIDADE
63
[B] IPI=15% $382,50 $68,25
[C] PIS = 1,65% $42,08 $7,51
[D] COFINS=7,6% $ 193,80 $ 34,58
[E] ICMS=12% $306,00 $54,60
Total de Impostos $1.255,88 $224,09
Custo Total em US $ $3.907,88 $697,29
Custo Total em R$* R$14.693,61 R$ 2.621,80
*o valor do dólar considerado neste trabalho foi de R$ 3,76, valor cotado na data de 21 de março de
2016.
Modelo Vacon 8000 Solar YGE 60-255 29b Siemens 5sx1 350-7 Ergon 200
Quantidade 5 700 5 1
Além dos componentes já descritos, existem outros itens que devem ser
incorporados no orçamento, como sistema de fixação dos módulos, cabos elétricos,
quadros elétricos e sistemas de proteção.
64
Para calcular o custo destes itens, será utilizada a pesquisa realizada pela
referência [33], mostrados na Tabela 5-3.
Tabela 5-3: Projeção dos custos adicionais com cabeamento e fixação de acordo com a potência instalada
[33].
A fim calcular o custo total com cabeamento e fixação para o SF de 178500 Wp,
fez-se uma interpolação dos dados presentes na Tabela 5-3, dando origem à Tabela 5-4.
Dividindo o custo total pela potência instalada, pode-se achar uma relação de R$
2,71 R$/Wp. Valor que está de acordo frente as referências apresentadas.
65
5.1.4. Custo Total
Depois de calculados os valores apresentados nas seções 5.1, 5.2 e 5.3, se torna
possível a determinação do custo total do Sistema Fotovoltaico, mostrado na Tabela 5-5.
O custo projetado ficou semelhante ao do estudo realizado pela referência [8], que
está expresso na Figura 1-3, com estimativa de um custo de aproximadamente R$ 5,4/Wp,
para sistemas de instalações fotovoltaicas em centros comerciais. Como os preços dos
produtos importados são cotados em dólar, a discrepância entre os valores apresentados
pode ser justificada pela valorização da moeda americana desde a época da realização do
estudo do EPE, em 2014.
66
5.1.5. Custo total de produção de sistemas fotovoltaicos
𝐶𝑎𝑝𝑒𝑥 = 𝑅$ 1.131.970,51
Para calcular o custo total da produção, fatores como previsões acerca dos custos
de operação e manutenção devem ser considerados. Utilizam-se os seguintes parâmetros
para o cálculo do custo total de produção:
Vale a pena observar que a taxa de desconto escolhido foi baseada em um estudo
realizado pelo EPE [43], onde são analisados fatores como os riscos do país, do negócio
e do custo de capital.
67
5.2. A receita gerada
5.2.1. A tarifação
2016 8%
2017 7%
2018 6%
2019 5%
2020-2041 5%
Portanto, o fluxo de caixa anual do investimento será dado pela da tarifa vezes o
número de kWh gerado naquele ano.
68
5.3. Parâmetros de Viabilidade
5.3.1. Payback
Também chamado de VPL, este índice é utilizado para calcular o valor presente
de todo fluxo de caixa ao longo da vida útil da planta. No nosso caso, o investimento
inicial já ocorre no presente, porém todo o valor presente da receita é calculado através
de uma taxa de desconto estipulada.
𝑛
𝐶𝐹𝑛 𝐶𝐹1 𝐶𝐹𝑛
𝑉𝑃𝐿 = ∑ 𝑛
= 𝐶𝐹0 + 1
+⋯+ (5-3)
(1 + 𝑖) (1 + 𝑖) (1 + 𝑖)𝑛
0
69
5.3.3. Taxa Interna de Retorno
𝑛
𝐶𝐹𝑛 𝐶𝐹1 𝐶𝐹𝑛
0=∑ = 𝐶𝐹0 + + ⋯ + (5-5)
(1 + 𝑇𝐼𝑅)𝑛 (1 + 𝑇𝐼𝑅)2 (1 + 𝑇𝐼𝑅)𝑛
𝑛=0
Para cálculo e análise dos parâmetros apresentados nas seções anteriores, será
utilizada a ferramenta financeira do MS Excel, permitindo assim uma análise anual de
cada fluxo de caixa gerado. Para esta análise, foi considerada inicialmente a geração
líquida excluindo as perdas causadas pela degradação dos inversores. Devido ao fato dos
módulos irem se desgastando com o tempo, as perdas foram incluídas separadamente por
ano, permitindo um cálculo de fluxo de caixa mais preciso. Os principais parâmetros do
investimento são apresentados na Tabela 5-7.
70
Tabela 5-7: Resultados financeiros do investimento.
Ano 1 100,0% 271.382 0,517 R$ 11.698,79 R$ 140.385,47 R$ 12.225,28 R$ 128.160,19 -R$ 1.003.810,32
Ano 2 98,5% 267.311,27 0,554 R$ 12.329,94 R$ 147.959,27 R$13.203,30 R$ 134.755,97 -R$ 869.054,35
Ano 3 97,8% 265.275,90 0,587 R$ 12.970,22 R$ 155.642,64 R$ 14.259,57 R$ 141.383,07 -R$ 727.671,28
Ano 4 97,0% 263.240,54 0,616 R$ 13.514,24 R$ 162.170,87 R$ 15.400,33 R$ 146.770,54 -R$ 580.900,74
Ano 5 96,3% 261.205,17 0,647 R$ 14.080,24 R$ 168.962,82 R$ 16.632,36 R$ 152.330,46 -R$ 428.570,28
Ano 6 95,5% 259.169,81 0,679 R$ 14.669,04 R$ 176.028,54 R$ 17.962,95 R$ 158.065,59 -R$ 270.504,69
Ano 7 94,8% 257.134,44 0,713 R$ 15.281,54 R$ 183.378,42 R$19.399,99 R$ 163.978,44 -R$ 106.526,26
71
5.4.1. Comparação com outros índices do mercado financeiro
A aplicação no tesouro direto foi escolhida por ser uma segura e confiável forma
de investir capital. As taxas podem ser do tipo pré ou pós-fixadas. Nas pré-fixadas, é
definido um prazo para o investimento a partir de uma taxa de juros previamente
conhecida. Já as taxas pós-fixadas tendem a oscilar de acordo com a variação das
principais taxas de referência do país, como a taxas de juros e da inflação. Como o Brasil
se encontra em um momento econômico delicado, essas taxas proporcionam um bom
lucro devido à atual alta dos juros e da inflação.
TMS (Taxa Média Selic): é a taxa média utilizada nas operações diárias dos
títulos públicos, registrados no Sistema Especial de Liquidação e Custódia
(Selic). Esta taxa é apurada através de uma média das taxas utilizadas nas
operações efetuadas com estes títulos e ela que irá definir a remuneração dos
títulos públicos.
Taxa IPCA (Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo): é a principal
taxa de juros atrelada à taxa de inflação do país. Este investimento representa
uma forma de se proteger contra a inflação, que nada mais é do que a
desvalorização do dinheiro ao longo do tempo.
Tesouro Prefixado: Neste tipo de investimento a rentabilidade é previamente
estipulada e sabe-se exatamente o quanto será rendido pelo título até a data de
vencimento. Como seu rendimento é nominal, é necessário o desconto da
inflação para se obter o verdadeiro rendimento da aplicação
72
Tabela 5-8: Comparação com taxas do mercado [32].
Taxa Anual
TIR 14,22%
IPCA + Juros 13,15%
Selic 13,48%
Pré-fixado 13,64%
73
6. CONCLUSÃO
74
estes valores, foi realizada uma análise de viabilidade econômica, onde foram calculados
os principais parâmetros econômicos do investimento.
75
Através da recente regulamentação da geração compartilhada pela Resolução
Normativa N°687, onde a geração de créditos de energia em uma unidade passa a poder
ser utilizada em outras unidades do mesmo empreendimento (desde que registrados no
mesmo CNPJ), este trabalho abriu portas no que se diz ao conceito de geração
compartilhada de energia. Portanto, diante de todas as informações adquiridas ao longo
deste projeto de graduação, sugere-se para a realização de futuros trabalhos um estudo
acerca de gerações fotovoltaicas com o objetivo de abastecer não apenas a unidade
geradora, e sim todos os galpões que compõem o condomínio logístico, de modo a
produzir energia solar em escalas ainda maiores.
76
desenvolvimento e inclusão social, permitindo que a maior fonte de energia incidente no
planeta seja de todos.
77
BIBLIOGRAFIA
78
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http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2015-2018/2015/Lei/L13169.htm
[16] EPE - Empresa de Pesquisa Energética. Inserção de Geração Fotovoltaica
Distribuída no Brasil - Condicionantes e Impactos. Brasília, 2014. Disponível em:
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[17] CRESESB. Manual de Engenharia para Sistemas Fotovoltaicos. Rio de Janeiro,
2014. Disponível em:
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[21] CONFAZ. Convênio ICMS 75/2011. Brasília: Conselho Nacional de Política
Fazendária, 2011. Disponível em:
https://www.confaz.fazenda.gov.br/legislacao/convenios/2011/cv075_11
[22] RECEITA FEDERAL DO BRASIL. Simulador do Tratamento Tributário de
Administrativo das Importações. 2016. Disponível em:
http://portal.siscomex.gov.br/servicos/copy_of_simulador-tratamento-de-importacao
[23] SENADO DO BRASIL. Projeto de Lei do Senado N°167. Brasília, 2015.
Disponível em:
http://www25.senado.leg.br/web/atividade/materias/-/materia/112612
[24] ANEEL. Módulo 3 – Acesso ao Sistema de Distribuição Rev 6. Brasília, 2016.
Disponível em:
http://www2.aneel.gov.br/arquivos/PDF/M%C3%B3dulo3_Revisao_6%20-
%20LIMPO.pdf
[25] CEMIG. ND.5.31 - Requisitos para a conexão de Acessantes Produtores de
Enegia Elétrica ao Sistema de Distribuição Cemig - Conexão em Média Tensão. Belo
Horizonte, 2011. Disponível em:
http://www.cemig.com.br/pt-
br/atendimento/Documents/Norma_Acesso%20MT_Cemig_final_TDAT_p.pdf
[26] YINGLI SOLAR. Dados dos painéis YGE 60. 2016. Disponível em:
http://d9no22y7yqre8.cloudfront.net/assets/uploads/products/downloads/DS_YGE60Cel
l-29b_35mm_BR_May%202015_YBS_Press.pdf
[27] SIEMENS. Catálogo de Disjuntores Siemens. Disponível em:
https://w3.siemens.com.br/buildingtechnologies/br/pt/produtos-baixa-tensao/protecao-
eletrica/minidisjuntores/5sx1/documents/disjuntor%205sx%205sp_ca_c01_ind3.pdf
[28] CEMIG. Comunicado Técnico N°09-2013 - Informações Complementares a
ND.30 - Requisitos para a conexão de acessantes ao sistema de distribuição CEMIG -
Conexão em baixa tensão. Belo Horizonte, 2013. Disponível em:
http://www.cemig.com.br/pt-
br/atendimento/corporativo/Documents/COMUNICADO%20TECNICO%2009_2013_
Complementa%C3%A7%C3%A3o_ND_5_30_versao%202.pdf
[29] SIEMENS. Chaves Seccionadoras e Comutadoras: Equipamentos de Manobra e
Proteção. Disponível em:
https://w3.siemens.com.br/buildingtechnologies/br/pt/produtos-baixa-tensao/protecao-
eletrica/Chaves-Seccionadoras/s31/Documents/Catalogo%20Seccionadoras_JUN-
12_net.pdf
[30] EKMMETERING. EKM Omnimeter Pulse UL v.4 – Pulse Counting, Relay
Controlling, Universal Smart Electric Meter, Title 24, ANSI. Disponível em:
http://www.ekmmetering.com/ekm-omnimeter-pulse-ul-v4-pulse-counting-relay-
controlling-universal-smart-kwh-meter.html
80
[31] EKMMETERING. Split-core CT, 400A, 400A:26.6mA, 23mm (0.91") Hole
Diameter, SCT-023-400. Disponível em:
http://www.ekmmetering.com/ekm-metering-products/current-transformers-cts/split-
core-current-transformers-cts.html
[32] MIRANDA, Arthur. Análise de Viabilidade Econômica de Um Sistema
Fotovoltaico Conectado à Rede. 2014. Disponível em:
http://monografias.poli.ufrj.br/monografias/monopoli10010504.pdf
[33] ABINEE. Propostas para Inserção da Energia Solar Fotovoltaica na Matriz
Elétrica Brasileira. 2012. Disponível em:
http://www.abinee.org.br/informac/arquivos/profotov.pdf
[34] MINISTÉRIO DA FAZENDA. Rentabilidade dos Títulos Públicos. 2016.
Disponível em:
http://www.tesouro.fazenda.gov.br/tesouro-direto-precos-e-taxas-dos-titulos
[35] SICES BRASIL. Mouting Systems for Solar Technology. Disponível em:
http://www.sicesbrasil.com.br/images/doc/depliant/sistema_fixa%C3%A7%C3%A3o_e
ternit_fibrocemento.pdf
[36] ABNT. Norma Brasileira ABNT NBR 5410 Instalações Elétrica de Baixa Tensão.
Brasília: ABNT, 1998.
http://www.ebah.com.br/content/ABAAAenggAA/nbr-iec-60947-2
[37] CEMIG. ND.5.3 - Fornecimento de Energia Elétrica em Média Tensão - Rede de
Distribuição Aérea ou Subterrânea. Belo Horizonte, 2013. Disponível em:
https://www.cemig.com.br/pt-
br/atendimento/Clientes/Documents/Normas%20T%C3%A9cnicas/nd5_3_000001p.pdf
[38] CEMIG “ND.5.30 - Requisitos para a conexão de Acessantes ao Sistema de
Distribuição Cemig - Conexão em Baixa Tensão,” Belo Horizonte, 2012. Disponível em:
https://www.cemig.com.br/pt-br/atendimento/corporativo/Documents/ND-
5_30_Requisitos%20para%20a%20conex%C3%A3o%20de%20Acessantes%20ao%20
Sistema%20de%20Distribui%C3%A7%C3%A3o%20Cemig%20%20Conex%C3%A3o
%20em%20Baixa%20Tens%C3%A3o.pdf
[39] VACON. Inversores Vacon 8000 SOLAR Standalone. Disponível em:
http://www.vacon.com/ImageVaultFiles/id_3122/cf_2/Vacon-8000-Solar-Brochure-
DPD01502G-EN.PDF?635278937634700000
[40] FAZACONTA. Matemática Financeira. Disponível em:
http://fazaconta.com/matematica-financeira.htm
[41] PORTAL BRASIL. 2015. Disponível em:
http://www.brasil.gov.br/
81
[42] HELIOSCOPE.Meet Helioscope. Disponível em:
https://helioscope.folsomlabs.com/
[43] EPE – EMPRESA DE PESQUISA ENERGÉTICA. Taxa de Desconto Aplicada
na Avaliação das Alternativas de Expansão. Brasília, 2013. Disponível em :
http://www2.aneel.gov.br/aplicacoes/consulta_publica/documentos/DEA%2027-
13%20-%20Taxa%20de%20Desconto.pdf
82
ANEXO I – DADOS DO MÓDULO SOLAR YINGLI SOLAR YGE60
260 – 29B
83
ANEXO II – DADOS DO INVERSOR VACON 8000 SOLAR 30 KW
84
ANEXO III – ESPECIFICAÇÃO TÉCNICA E COTAÇÃO DAS
CAIXAS DE CONEXÃO
85
ANEXO IV – TABELA PARA DIMENSIONAMENTO DOS CABOS
PARA DIFERENTES TIPOS DE ISOLAMENTO
86
ANEXO V – CONTA DE LUZ DO GALPÃO ÉPOCA – CONTAGEM
87
ANEXO VI – PLANTA BAIXA DA INSTALAÇÃO
88