Você está na página 1de 2

BOAS PRATICAS – CUIDAR COM A

INJEÇÃO DE ENERGIA

COMO FUNCIONA O MEDIDOR BIDIRECIONAL


DA ENERGIA SOLAR?

O medidor bidirecional é um componente fundamental para os sistemas de energia solar fotovoltaica conectados à rede
das concessionárias de energia elétrica. Ao contrário do medidor convencional, conhecido também como relógio, o
medidor Resultado de imagem para medidor bidirecional mede não só a energia consumida por uma instalação, mas
também mede a quantidade de energia injetada na rede elétrica. No caso de uma casa que possua energia solar, o
medidor bidirecional fará a medição de toda a energia em kWh que foi injetada na rede pela usina fotovoltaica instalada
naquele imóvel, assim como, a energia que foi consumida e, que em outras palavras, foi vendida pela concessionária.

Sendo assim, mensalmente a companhia de energia elétrica local fará a leitura da energia que foi consumida e da energia
que foi injetada. A ideia do sistema de energia solar fotovoltaica grid-tie ou conectado à rede é que as duas medidas de
energia consumida e energia injetada sejam iguais. Dessa forma, o cliente terá uma economia referente a quantidade de
energia que ele tenha injetado com a sua própria usina solar fotovoltaica. Ou seja, se você injetou 300 kWh/mês e
consumiu 300 kWh/mês, você não terá que pagar pela energia consumida, pois você já “pagou” a concessionária com a
energia injetada pelo seu sistema solar.

ENGEN 1
BOAS PRATICAS – CUIDAR COM A
INJEÇÃO DE ENERGIA

Contudo, muitos clientes de energia solar tem dúvidas sobre a


leitura do medidor bidirecional após a instalação do sistema.
Primeiramente, deve-se notar que o medidor bidirecional
apresenta duas medições: a de energia consumida (normalmente
identificada pelo código 003) e a energia injetada (normalmente
identificada pelo código 103). Na figura ao lado, por exemplo,
foram consumidos 655 kWh e injetados 827 kWh. Até aqui, tudo
certo.

O problema começa quando o cliente tenta conferir se a produção


de energia elétrica do sistema está igual ao valor registrado no
medidor pelo código 103. Essa dúvida é natural, pois o cliente quer
ter a certeza de que todos os seus créditos gerados estão sendo
computados. Muitas vezes, o cliente questiona a precisão do
medidor sobre a medição do código 103, uma vez que não é
registrada 100% da energia produzida pela sua usina.

Basicamente, essa diferença de valores se dá por se tratarem de medidas diferentes. A medição do inversor é referente
a energia produzida, enquanto a medição registrada no medidor é da energia injetada. Essa diferença é natural, pois
parte da energia produzida já é consumida dentro da residência e somente a sobra de energia elétrica é injetada na rede
da concessionária e, logo, registrada pelo medidor. Dessa maneira, se houver qualquer consumo diurno no local da
instalação, o valor de energia injetada não será igual ao da produção de energia verificada pelo aplicativo de
monitoramento.

Por exemplo, se foi produzida por uma usina solar residencial 10 kWh ao longo do dia e, ao mesmo tempo,
essa residência consumiu 5 kWh enquanto gerava-se energia, naturalmente foram injetados na rede a
diferença entre a geração e o consumo, ou seja, 5 kWh (10 – 5). Nesse caso, foram produzidos 10 kWh,
que serão registrados pelo aplicativo de monitoramento, e injetados 5 kWh que serão registrados pelo
medidor.

Dessa forma, não se deve confundir energia injetada e energia produzida, pois, sempre que a usina estiver gerando
eletricidade, a sua residência ou imóvel terá a prioridade em relação à rede no momento de receber essa energia elétrica.
Somente quando ocorrer uma sobra de energia é que a rede receberá a energia da usina solar. Ao mesmo tempo, quando
o sistema não conseguir suprir 100% do consumo de energia da residência, a concessionária fornecerá o complemento
de energia necessária para atender sua casa.

ENGEN 2

Você também pode gostar