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ISSN 2526-7167
DIGITAL MARKETING
ÍNDICE
04
Prorrogação de benefícios
fiscais vinculados ao ICMS
24
Fortlev Solar
desenvolve laboratório
para testar equipamentos
34
A Geração Distribuída
nas propriedades rurais do
Rio Grande do Sul
52
Qual a melhor topologia
para usinas fotovoltaicas
RBS Magazine 3
Artigo
PRORROGAÇÃO DE
BENEFÍCIOS FISCAIS
VINCULADOS AO ICMS
INCIDENTE SOBRE A
GERAÇÃO DISTRIBUÍDA
C
om a publicação da Entenda o caso imposto em tela, concedidos ou
Lei Complemen- prorrogados, variando de acordo
tar nº 186/2021, em Objetivando sanar a guerra com a destinação do fomento fis-
28/10/2021, restou al- fiscal e a correspondente mitiga- cal, o que se deu, originariamen-
terada a Lei Complementar nº ção dos seus efeitos, o Governo te, no seguinte sentido:
160/2017 de forma a autorizar os Federal editou a Lei Complemen-
Estados a prorrogarem o prazo tar nº 160/2017 autorizando a “Cláusula décima - As unidades
de fruição dos benefícios e in- reinstituição dos benefícios fis- federadas que editaram os atos
centivos fiscais – vinculados ao cais instituídos em desconformi- e que atenderam as exigências
Imposto sobre Operações Relati- dade com a Constituição Federal, previstas na cláusula segunda fi-
vas à Circulação de Mercadorias bem como outorgando a com- cam autorizadas a conceder ou
(ICMS) – para 31/12/2032. petência para que fosse editado prorrogar os benefícios fiscais,
convênio específico com a finali- nos termos dos atos vigentes
Por meio do Convênio ICMS dade de abordar de maneira mais na data da publicação da ratifi-
nº 68/2022, restou alterado o detalhada a matéria. cação nacional deste convênio,
Convênio ICMS 190/2017 que desde que o correspondente
trata sobre a remissão de crédi- Nesse contexto, foi publicado prazo de fruição não ultrapasse:
tos tributários, constituídos ou o Convênio ICMS nº 190/2017,
não, decorrentes das isenções, dispondo acerca dos procedi- I - 31 de dezembro de 2032,
dos incentivos e dos benefícios mentos necessários à restituição quanto àqueles destinados ao
fiscais ou financeiro-fiscais, auto- dos benefícios fiscais concedidos fomento das atividades agro-
rizando os Estados a concedê-los sem autorização do Conselho pecuária e industrial, inclusive
ou prorrogá-los até 31/12/2032. Nacional de Política Fazendária – agroindustrial, e ao investimen-
CONFAZ. to em infraestrutura rodoviária,
A prorrogação efetivada é de aquaviária, ferroviária, portu-
extrema relevância para diversas Repetindo comando norma- ária, aeroportuária e de trans-
atividades cujos incentivos fiscais tivo disposto pela Lei Comple- porte urbano;
deveriam se encerrar antes de mentar nº 160/2017, o Convê-
2032, tais como as atividades co- nio ICMS nº 190/2017 atribuiu II - 31 de dezembro de 2025,
merciais, que teriam incentivos prazos finais para fruição dos quanto àqueles destinados à
vigentes até dezembro de 2022. benefícios fiscais referentes ao manutenção ou ao incremento
4 RBS Magazine
Artigo
das atividades portuária e ae- publicação da Lei Complementar praticada pelo contribuinte
roportuária vinculadas ao co- nº 186/2021 que alterou a Lei importador;
mércio internacional, incluída a Complementar nº 160/2017 de
operação subsequente à da im- forma a autorizar os Estados a III - 31 de dezembro do décimo
portação, praticada pelo contri- prorrogarem, para 31/12/2032, quinto ano posterior à pro-
buinte importador; o prazo de fruição dos benefícios dução de efeitos do respecti-
e incentivos fiscais vinculados ao vo convênio, quanto àqueles
III - 31 de dezembro de 2022, Imposto sobre Operações Relati- destinados à manutenção ou
quanto àqueles destinados à vas à Circulação de Mercadorias ao incremento das atividades
manutenção ou ao incremento – ICMS, senão vejamos: comerciais, desde que o bene-
das atividades comerciais, des- ficiário seja o real remetente
de que o beneficiário seja o real “Art. 3º O convênio de que da mercadoria;
remetente da mercadoria; trata o art. 1º desta Lei Com-
plementar atenderá, no mí- IV - 31 de dezembro do décimo
IV - 31 de dezembro de 2020, nimo, às seguintes condicio- quinto ano posterior à pro-
quanto àqueles destinados às nantes, a serem observadas dução de efeitos do respecti-
operações e prestações interes- pelas unidades federadas: vo convênio, quanto àqueles
taduais com produtos agrope- destinados às operações e às
cuários e extrativos vegetais in § 2º A unidade federada que prestações interestaduais com
natura; editou o ato concessivo rela- produtos agropecuários e ex-
tivo às isenções, aos incenti- trativos vegetais in natura;
V - 31 de dezembro de 2018, vos e aos benefícios fiscais ou
quanto aos demais.” (grifos nossos) financeiro-fiscais vinculados V - 31 de dezembro do primei-
ao ICMS de que trata o art. 1o ro ano posterior à produção
Conforme se depreende desta Lei Complementar cujas de efeitos do respectivo con-
dos supracitados incisos, ao seg- exigências de publicação, re- vênio, quanto aos demais.”
mento do comércio, embora de gistro e depósito, nos termos (grifos nossos)
extrema relevância para o abas- deste artigo, foram atendidas
tecimento nacional, restou esta- é autorizada a concedê-los e Ato contínuo, verifica-se que
belecido, originariamente, que o a prorrogá-los, nos termos do o Convênio ICMS nº 190/2017
prazo final para fruição se daria ato vigente na data de publi- fora adequado aos termos da
em dezembro/2022, enquan- cação do respectivo convênio, Lei Complementar nº 186/2021
to que, para o segmento da in- não podendo seu prazo de por meio do recente Convênio
dústria, se daria em dezembro fruição ultrapassar: ICMS nº 68/2022, autorizando
/2032. os Estados a conceder ou pror-
I – 31 de dezembro do décimo rogar isenções, incentivos e be-
Isso posto, salienta-se que quinto ano posterior à produ- nefícios fiscais ou financeiro-fis-
o Senado Federal aprovou, em ção de efeitos do respectivo cais até 31/12/2032, nos exatos
06/10/2021, o Projeto de Lei convênio, quanto àqueles des- termos da Lei Complementar nº
Complementar – PLP nº 05/2021 tinados ao fomento das ativi- 186/2021.
para permitir a prorrogação, por dades agropecuária e indus-
até 15 (quinze) anos, dos bene- trial, inclusive agroindustrial, Adicionalmente, deverá
fícios fiscais vinculados ao ICMS e ao investimento em infra- ocorrer a redução em 20% (vin-
destinados (i) à manutenção ou estrutura rodoviária, aqua- te por cento) ao ano, a partir de
ao incremento das atividades viária, ferroviária, portuária, 01/01/2029, do direito de frui-
comerciais - desde que o bene- aeroportuária e de transpor- ção das isenções, dos incentivos
ficiário seja o real remetente da te urbano, bem como quanto e dos benefícios fiscais vincula-
mercadoria, (ii) às prestações in- àqueles destinados a templos dos ao ICMS, bem como restou
terestaduais com produtos agro- de qualquer culto e a entida- estabelecido o prazo de 180
pecuários e extrativos vegetais des beneficentes de assistên- (cento e oitenta dias) para ade-
in natura e (iii) à manutenção cia social; quação do Convênio ICMS nº
ou ao incremento das atividades 190/2017, contados da data de
portuária e aeroportuária vincu- II - 31 de dezembro do décimo publicação da Lei Complementar
ladas ao comércio internacional, quinto ano posterior à pro- nº 186/2021.
incluída a operação subsequente dução de efeitos do respecti-
à da importação, praticada pelo vo convênio, quanto àqueles Isenção do ICMS sobre a
contribuinte importador. destinados à manutenção ou Energia proveniente de Unida-
ao incremento das atividades des Micro e Minigeradoras
Ato contínuo, seguindo os portuária e aeroportuária
trâmites formais, ressalta-se que vinculadas ao comércio inter- Tomemos como exemplo
a matéria foi encaminhada à san- nacional, incluída a operação o Estado de Minas Gerais, que,
ção presidencial, culminando na subsequente à da importação, a partir da premissa conferida
RBS Magazine 5
Artigo
6 RBS Magazine
A Solução Perfeita em Fixadores para Estruturas Fotovoltaicas
RBS Magazine 7
No mesmo ano que a energia solar ultrapassa
14 gigawatts no Brasil e supera Itaipu, a
Solfácil capta R$ 500 mil para acelerar ainda
mais o acesso à energia solar no Brasil
A
penas 10 meses após Em 2021, de fintech, a Sol- veu seu dispositivo IoT, prestes
sua última captação, fácil passou a ser um ecossis- a sair em nova versão, possibili-
a Solfácil, ecossiste- tema especializado na jornada tando aos integradores e clien-
ma líder em soluções solar do início ao fim. Além do tes finais o monitoramento
solares, anunciou a crédito para investimento em preventivo e em tempo real do
terceira rodada de investimento sistemas solares (estudo feito painel fotovoltaico, garantindo
no valor de R$ 500 milhões, com pela consultoria no mercado de a maximização da produção de
a participação dos mais impor- energia solar Grenner mostra energia e um ótimo suporte dos
tantes fundos de investimen- que 54% das vendas de painéis integradores aos clientes. “Os
to do mundo, como Softbank, fotovoltaicos foram feitas por equipamentos do sistema foto-
QED e VEF. A quantia será usa- meio de financiamento bancá- voltaico serão o terceiro ativo
da na ampliação da oferta das rio), a Solfácil, desde o quar- em valor das famílias, apenas
soluções digitais desenvolvidas to trimestre de 2021, oferece menor do que a residência e o
para o integrador que incluem a Loja Solfácil que conecta os carro. Queremos criar opções
financiamento, loja de produ- melhores distribuidores com para que os mais de 8000 par-
tos, oferta de serviços e um IOT os integradores parceiros. O ceiros integradores possam mo-
(Internet of Things) criado in- marketplace já oferece mais de netizar um serviço de pós-venda
ternamente com o objetivo de 5.000 kits solares, com as me- que gere uma renda futura com
melhorar a produtividade das lhores marcas de inversores e possibilidade de negócios incre-
usinas e também os serviços placas, e os integradores con- mentais.”
desses parceiros. tam também com frete express
e a garantia de entrega pela Por fim, outro foco de de-
De acordo com a Absolar Solfácil. senvolvimento com lançamento
(Associação Brasileira de Ener- previsto para o fim deste se-
gia Solar Fotovoltaica), o Brasil, "Começamos oferecendo mestre, são as opções de segu-
em 2021, adicionou 5,7 GW de soluções de financiamento, mas ro de proteção financeira para
capacidade solar fotovoltaica, sabíamos que os nossos parcei- os clientes, em casos de perda
ficando apenas atrás da China, ros e seus clientes precisavam de emprego ou invalidez, além
Estados Unidos e Índia, chegan- de mais soluções, principal- do seguro de proteção do siste-
do a um potencial total de 15 mente quanto a equipamentos" ma solar, no caso de incêndios
GW. Ainda assim, menos de 1% explica Carrara. Os preços e a ou temporais.
da população brasileira usa esse disponibilidade de estoque têm
tipo de energia. “Temos um sido os dois maiores desafios em Com mais de R$ 1,3 bilhões
mercado gigantesco, com mui- um mercado com alta demanda de reais em empréstimos so-
to potencial por aqui. A energia e uma cadeia de suprimentos lares realizados através dos
tradicional é muito cara e temos global instável. O lançamento integradores parceiros, e a cer-
muito Sol, então o custo do sis- da Loja Solfácil foi extrema- teza de um novo ano de recor-
tema fotovoltaico é competitivo. mente bem-sucedido, com tra- des para a indústria, a Solfácil
O Brasil será, definitivamente, ção obtida em tempo recorde, continua firme no seu propó-
a maior referência mundial na um ano à frente do plano da sito de empoderar os brasilei-
descentralização da produção empresa. ros através do sol, tornando o
de energia elétrica, e a Solfácil acesso à energia solar cada
quer ser a principal impulsiona- Outra nova solução está vez mais facilitado através de
dora deste movimento", disse o prestes a ser lançada. Nos últi- suas soluções de produtos e
CEO e Fundador, Fabio Carrara. mos 3 anos, a Solfácil desenvol- serviços.
8 RBS Magazine
RBS Magazine 9
Entrevista
RBS Magazine - Fabio, segundo no setor solar, além de posicio- fim, facilitando o dia a dia des-
a consultoria Greener, a Solfácil nar nosso ecossistema solar na ses parceiros a partir do acesso
é atualmente a terceira maior liderança do segmento. A evo- a produtos e soluções reunidos
financiadora solar do país. Em lução da Solfácil tem nos deixa- em um único lugar, assim como
2021, a empresa ocupava a séti- do extremamente felizes e esses o acompanhamento do desem-
ma posição. Como você enxerga resultados têm impactado na penho de todas as usinas solares
esse desenvolvimento? confiança de todos os parceiros financiadas em parceria com a
que fazem parte da cadeia solar. Solfácil.
FABIO CARRARA - Nos últi-
mos 04 anos crescemos expo- RBS Magazine - Como a Solfácil RBS Magazine - A Solfácil se tor-
nencialmente. Somos parceiros planeja utilizar os recursos cap- nou um ecossistema especializa-
de mais de 8 mil integradores tados na última série de investi- do no ano passado e desde então,
em todos os 27 estados do Bra- mento? vem anunciando novas soluções
sil, e já financiamos mais de para integradores e clientes. Há
R$1,2 bilhões em empréstimos A inovação na cadeia de inefi- novidades no curto e médio pra-
solares, o que nos torna o se- ciência do setor de energia con- zo?
gundo maior emissor de títu- tinuará sendo um grande foco
los verdes (recursos emitidos a partir da ampliação de nosso Estendemos nosso portoflio
especificamente para financiar portfolio de soluções que per- além do financiamento, pois sa-
projetos com benefícios am- mitirá o acesso mais acelerado bíamos que os nossos parceiros
bientais) no Brasil em 2021 e o dos brasileiros à energia solar, e seus clientes precisavam de
quarto na América Latina. além de uma colaboração ain- mais soluções, principalmen-
da maior com nossos parceiros te em relação ao fornecimento
Em tão pouco tempo, conse- integradores. Queremos tornar de equipamentos. Lançamos
guimos a relevância de bancos a jornada solar em nossa plata- então a Loja Solfácil, que co-
tradicionais que também atuam forma digitalizada do início ao necta nossos integradores par-
10 RBS Magazine
DRIVER
BOMBA
SOLAR
SOLUÇÃO INTELIGENTE
PARA O ABASTECIMENTO
DE ÁGUA NO AGRONEGÓCIO.
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A SERRANA
RBS Magazine 11
Entrevista
12 RBS Magazine
SOLAREDGE INAUGURA FÁBRICA
de baterias de alta potência
na Coréia do Sul
A
SolarEdge, fabricante líder
mundial de inversores foto-
voltaicos e desenvolvedora
de tecnologias Smart Energy,
acaba de anunciar a inauguração de
uma nova fábrica de células de ba-
terias de íons-lítio de alta potência
na Coréia do Sul, a fim de intuito de
ampliar o abastecimento de soluções
e equipamentos de armazenamento
energético nos mercados globais, in-
cluindo o Brasil.
O FÓRUM CENTRO-OESTE
15°FórumGD
ESTÁ CHEGANDO
Save 09, 10 e 11
2022
The
date AGOSTO
RBS Magazine 13
Qualidade, garantia e seguro das
placas solares são os próximos
passos do setor de energia
fotovoltaico, afirma SOL Copérnico
A
s instalações para geração de
energia solar fotovoltaica re-
gistraram um avanço signifi-
A SOL COPÉRNICO ENERGIAS RENOVÁVEIS NASCEU
cativo nos últimos anos, com
o aumento de incentivos e o número
COM O PROPÓSITO DE DEMOCRATIZAR A ENERGIA
de empresas apostando no setor. No
entanto, o momento agora é de aler-
SOLAR E SUSTENTÁVEL NO BRASIL...
ta para a qualidade, a garantia e o se-
guro das placas solares. A afirmação
é de Hugo Albuquerque, superinten-
dente comercial da SOL Copérnico. energética, mas estamos aqui para Entre as parcerias estão o gru-
virar o jogo. De todos os recursos re- po Chint Power, para fornecer 600
“Estamos vendo muitos proble- nováveis, a luz do Sol é uma fonte de MW de inversores, equipamentos
mas ocorrendo nas instalações das energia constante, previsível e ines- considerados de primeira linha, com
placas solares, desde o efeito da que- gotável”, afirma. corpo totalmente de alumínio e que
da de um raio, por exemplo, que da- chegam a 275 kWp. Todos têm mais
nifica o equipamento ou até mesmo Albuquerque comenta ainda que de 10 anos de garantia, e os primei-
erros quando são instaladas, alguns cada vez mais os integradores pre- ros carregamentos chegam já no iní-
deles inclusive sem seguir as normas cisam estar atentos à qualidade, às cio de março de 2022. Além disso, a
técnicas. Agora, mais do que nunca, é garantias e aos seguros dos equipa- oferta de 1 GW com a Astronergy.
hora de olharmos para esta parte do mentos, visto que a quantidade de
segmento, para a mão de obra, para sistemas fotovoltaicos que não ge- Por meio dessas importantes par-
os treinamentos, para a qualidade ram conforme o prometido tem cres- cerias, a SOL passa a ofertar também
das placas que estão sendo instala- cido muito, e isso tem se refletido no equipamentos com maior qualidade
das, porque uma hora essa conta vai número de processos judiciais e ina- no mercado fotovoltaico, com segu-
chegar”, ressalta Albuquerque, que dimplências, e consequentemente, rança e credibilidade nos processos
também é engenheiro eletricista, for- no aumento das taxas de juros para de instalação, reafirma o compro-
mado em 1999 na Universidade de financiamento.”73% das vendas são misso com o setor e está preparado
Pernambuco (Escola Politécnica), e para pessoas físicas, para residên- para crescer ainda mais dentro do
que atua no setor desde 2009. cias, portanto o financiamento é um segmento, pois essas empresas são
excelente meio para desenvolver ain- consideradas líderes tecnológicas no
Segundo o especialista, 51% dos da mais o setor,” diz. mercado de equipamentos fotovol-
problemas acontecem no inversor, taicos.
e entre os problemas destacam-se: Para atender a essa demanda e
mal funcionamento, queima, proble- entregar aos consumidores as me- A SOL Copérnico Energias Reno-
mas no disjuntor, geração abaixo do lhores soluções de kits fotovoltaicos, váveis nasceu com o propósito de
prometido, infiltração no telhado, a SOL Copérnico fechou importantes democratizar a energia solar e sus-
fiação, entre outros. parcerias com fornecedores interna- tentável no Brasil. Este movimento
cionais para abastecer o segmento de mercado da SOL vem se juntar ao
Ainda de acordo com o superin- solar e oferecer módulos, inversores crescimento já verificado pelo mer-
tendente comercial da SOL Copérni- e estruturas metálicas com a maior cado solar. É uma das maiores dis-
co, este é um dos grandes momentos qualidade do mercado fotovoltaico, tribuidoras de soluções fotovoltaicas
para discutir o tema proposto. “O com segurança e credibilidade nos do país e conta com o respaldo da
Brasil vem sofrendo uma grave crise processos de instalação. maior plataforma financeira do setor.
14 RBS Magazine
RBS Magazine 15
A fabricante de módulos JA Solar, está fazendo um upgrade na linha de módulos
Deep Blue 3.0 ao incluir a família JAM78D30, com módulos de 78 células e capacidade
de geração recorde de 605Wp, atingindo uma eficiência de 21,6%, para uso específico
no segmento de geração distribuída e projetos de grande escala.
Isso reduzirá de forma eficiente o LCOE, custo nivelado de energia, bem com o
BOS reduzindo a quantidade dos componentes de um sistema fotovoltaico.
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Para colaborar com o avanço desta matriz energética limpa, re-
novável e sustentável, a Amphenol acaba de lançar a linha Amphe-
-PV H4 Plus™.
Indicados para aplicações em painéis fotovoltaicos, os novos
conectores oferecem desempenho robusto acima dos requisitos
atuais da geração distribuída.
R
ecentemente, foi finaliza- A usina também possui uma ano, sendo responsável por su-
da a maior usina fotovol- estação solarimétrica com sen- prir os gastos de 5 emissoras de
taica do Sul do Brasil, da sores para acompanhar os valo- um Grupo de TV, o que equivale
qual a Nexen é responsá- res de temperatura ambiente, ao abastecimento de 18.505 re-
vel pelo projeto. O sistema está temperatura da célula fotovol- sidências.
instalado na cidade de Piratu- taica, velocidade do vento, umi-
ba/SC, ocupando uma área de dade do ar e irradiação no pla- Além da economia e de
aproximadamente 13.500 m². no horizontal, visto que todos ser um ótimo investimento,
esses fatores influenciam direta através da geração de ener-
Esse complexo tem uma ou indiretamente no rendimen- gia elétrica por este sistema,
potência de 2,6MWp, sendo to do sistema. Um exemplo dis- será possível reduzir a emis-
composto por 20 inversores de so é a temperatura de opera- são de 12390 ton de CO2 por
110kW da Sungrow, e 5.840 ção da célula fotovoltaica, que ano, o que equivale a 88.512
módulos Canadian de 450Wp. afeta diretamente na tensão árvores/ano.
de operação do módulo, sendo
No local onde foi instalado, assim influencia também na ge- A Nexen tem a responsa-
há uma isopleta de 45m/s, sen- ração de energia. Com os dados bilidade socioambiental pre-
do assim, a usina foi dimensio- que o sensor de temperatura sente em seu dia a dia, e por
nada com estrutura de fixação da célula fornece, é possível isso busca sempre participar
da SSM, se adequando a essa identificar possíveis perdas de de grandes projetos como
condição, e para a instalação fo- geração. este, que além de trazer be-
ram utilizadas mesas de 40 e 20 nefícios para o cliente, ainda
módulos, com uma inclinação O sistema tem uma estima- gera vantagens para todo o
de 15º. tiva de geração de 3500 MWh/ planeta.
20 RBS Magazine
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RBS Magazine 21
FOTUS
DISTRIBUIDORA
SOLAR, entre as
maiores do ramo
fotovoltaico do
Brasil
A
Fotus Distribuidora Solar cia no seu serviço de suporte técnico, cificações sobre os produtos vendi-
está entre as maiores impor- composto por engenheiros e especia- dos, datasheets, manuais, vídeos,
tadoras e distribuidoras de listas certificados pelas fabricantes, entre outros.
equipamentos fotovoltaicos prontos a atender aos integradores
do país. A empresa atende exclusiva- parceiros de maneira rápida e eficien- Recentemente a Fotus realizou
mente a integradores, com projetos te. O objetivo desse time é garantir mais um lançamento, dessa vez da
que vão do pequeno ao grande por- que o sistema de energia solar seja sua nova plataforma de cotação (ht-
te, com as melhores e mais conheci- instalado corretamente e obtenha a tps://app.fotus.com.br/), um impor-
das marcas de inversores e módulos melhor performance na geração de tante recurso para que integrado-
do mundo. energia elétrica. res parceiros realizem a compra de
kits fotovoltaicos, com o acesso em
A distribuidora faz parte do Gru- Antes conhecida como Fotus tempo real aos orçamentos e pedi-
po Litoral, um conglomerado de Energia, a empresa reposicionou a dos, independentemente do lugar
negócios com mais de 40 anos de marca, alterando o nome e a iden- que estiverem. Além disso, todo o
expertise no ramo de importação e tidade visual para Fotus Distribui- processo é realizado com o auxílio
distribuição. O grupo possui uma am- dora Solar. A mudança ocorre em dos consultores, desde o fechamen-
um momento de plena ascensão do
pla e completa infraestrutura logísti- to, acompanhamento e despacho
ca, com mais de 35.000 m², localiza- negócio, com o objetivo de deixar final do pedido.
da em Vila Velha, Espírito Santo. Umaa comunicação ainda mais alinha-
região estratégica, próxima a rodo- da as necessidades do mercado e Para concluir é importante
vias federais, portos e aeroportos. as mais recentes inovações nos se- destacar a missão da distribuidora,
tores de energia limpa e tecnologia que é a de tornar a venda de equi-
A empresa é conhecida pela ma- sustentável. pamentos fotovoltaicos acessível
neira rápida e assertiva que realiza em todo o país, comercializando
a entrega de kits fotovoltaicos para Logo após o lançamento da nova produtos das marcas inovadoras,
integradores de todo o país. O time identidade visual, ocorre a reformu- com soluções de alta tecnologia,
de consultores da Fotus é formado lação do site, sob novo domínio (ht- sempre com o melhor custo bene-
por engenheiros, que priorizam pelo tps://fotus.com.br) com o objetivo fício para os seus integradores par-
atendimento humanizado e persona- de deixar a navegação mais intuitiva, ceiros. Já a visão consolidada é a
lizado, aptos a garantir a compra do com linguagem atualizada e design de ser reconhecida como uma dos
kit ideal pelo integrador, de acordo atrativo. A mudança foi realizada mais importantes importadoras e
com cada tipo e tamanho de projeto. para deixar a consulta dos integra- distribuidoras de equipamentos fo-
dores parceiros ainda mais assertiva, tovoltaicos do Brasil, mantendo o
Com um grande diferencial de com diversas informações relevantes seu crescimento de maneira sólida
atendimento, a Fotus possui excelên- sobre os equipamentos, desde espe- e sustentável.
22 RBS Magazine
RBS Magazine 23
Fortlev Solar
desenvolve laboratório
para testar equipamentos
A
Fortlev Solar, distribuidora sente no estacionamento da em-
O laboratório conta
de equipamentos fotovol- presa, de 48 kWp que conta com 90
taicos, construiu um moder- módulos bifaciais Jinko de 530 Wp e
no laboratório de pesquisa tecnologia MLPE SolarEdge, com car-
sem sua sede, na Serra/ES, no qual os
equipamentos comercializados pela
regador para veículos elétricos. com uma usina de 74
empresa vão passar por testes de
confiabilidade e desempenho.
Usinas de grande porte
kWp, com diversos
tipos de módulos.
Com esse mesmo objetivo de va-
O gerente de engenharia Felipe lidar a eficiência dos equipamentos, a
distribuída entre
Ferraz explica como o novo espa- Fortlev Solar implementou duas usi-
ço vai funcionar: “Realizaremos um nas de grande escala. A primeira, lo-
programa de qualidade de módulos, calizada em Montes Claros/MG, pos-
inversores, baterias, bombeamento
solar e estruturas de montagem para
sui 3,2 MWp de potência instalada e
2,5 MW de potência de inversor.
várias estruturas,
telhados e solo, inclusive flutuantes e
sistemas tracker (rastreadores). Va- Nela foram utilizados 8.000 mó- como para
telhado, solo fixa e
mos simular condições reais de pro- dulos mono perc 400 Wp da Jinko e
jetos aos quais os produtos podem 20 inversores Sungrow de 125 kW,
ser submetidos para verificar seus de- instalados na topologia virtual cen-
sempenhos em diferentes cenários”. tral com subestação SKID. rastreadores
O laboratório conta com uma usi-
na de 74 kWp, com diversos tipos de
módulos. distribuída entre várias es-
truturas, como para telhado, solo fixa
e rastreadores. Ele contará com equi-
pamentos que simulam as condições
mais adversas para o funcionamento
dos inversores fotovoltaicos.
24 RBS Magazine
Usinas fotovoltaicas: altos
investimentos precisam ser protegidos
Inclui danos elétricos à UFV e outros Inclui cobertura para Perda de Lucro
danos ao proprietário da obra e a terceiros. (ou de Aluguel) e danos a terceiros.
Morte e/ou acidentes pessoais de sócios Seguro muito procurado por empresas e também por
e empregados; profissionais liberais, como engenheiros, médicos,
contadores e corretores de seguros;
Cobertura 24h por dia, 7 dias por
semana, em todo o mundo; Indeniza prejuízos a terceiros decorrentes de
erros e omissões profissionais, desde o projeto
Seguro anual, independentemente até a instalação;
do número de UFVs.
Seguro contratado por um ano,
cobrindo todas as instalações.
26 RBS Magazine
Grupo SSM do Brasil detém um dos
maiores conglomerados de aço
transformado e alumínio do país
Empresa inaugurou nova unidade na região nordeste, com investimentos de
R$ 77 milhões e prevê geração de 2000 empregos diretos e indiretos
A
inauguração da nova mais de 2000 empregos diretos e tará com capacidade de produção
unidade fabril em Jabo- indiretos na região. de 3.600 toneladas mensais de aço
atão dos Guararapes, no transformado. Essa quantidade de
dia 1° de junho permitiu ‘’Será um grande passo para o forma anual é equivalente a 43 mil
que o mesmo se tornas- grupo o qual já vem se preparando toneladas. Já sobre a capacidade
se o detentor de um dos maiores a algum tempo para executar todo produtiva, a unidade será respon-
conglomerados destinado ao be- planejamento e que agora é a hora sável por três milhões trezentos e
neficiamento de aço e alumínio do de abastecer todo o mercado para vinte cinco mil painéis fotovoltai-
mercado nacional. Ao todo, o in- o crescimento do mercado solar e cos, sendo um total de 1.830 GWp.
vestimento aproximado da empre- iniciar as atividades no mercado
sa foi de 77 milhões de reais. da construção. Muitas frentes se- A unidade de Indústria de São
rão abertas e nossa equipe estará José dos Pinhais, a qual é volta-
A nova unidade fabril em Jabo- pronta para atender com agilidade da para a extrusão de alumínio
atão dos Guararapes - Pernam- e rapidez a todos’’, afirma Bebiano. com capacidade de produção de
buco, é voltada para alumínio ex- 400 toneladas mensais do pro-
trusão e aço transformado, conta Hoje o Grupo SSM do Brasil duto atualmente, o que equivale
com uma capacidade de produção tem os seguintes números a 4.800 toneladas anuais. Dessa
de 5.950 toneladas de aço men- forma, a capacidade produtiva
sal, o equivale a uma produção de A unidade de Aço de Curitiba anual é de três milhões quatro-
71.400 toneladas anuais. Com o que estava localizada no Atuba centos e vinte e oito mil painéis
novo investimento, a SSM do Bra- será levada para São José dos Pi- fotovoltaicos, sendo um total de
sil detém agora de uma capacida- nhais, em novo endereço, e con- 1.885 GWp.
de produtiva anual de aço de cinco
milhões e quinhentos mil painéis
fotovoltaicos, sendo um total de
3.025 GWp de produção.
Já em relação ao alumínio, a
empresa impera com uma capaci-
dade de produção de 1.200 tone-
ladas mensais do produto, que se
somados serão capazes de ofertar
14.400 toneladas por ano. A capa-
cidade produtiva anual da empre-
sa, portanto, para esse tipo de pro-
duto passa agora para dez milhões
e duzentos e oitenta e cinco mil
painéis fotovoltaicos, o que equi-
vale a um total de 5.680 GWp de
produção.
RBS Magazine 27
S O L A R D O B R A S I L
PRODUTOS
GARANTIA
25
ANOS
28 RBS Magazine
RBS Magazine 29
Selo de
Qualidade
Oeste Solar é certificada com a ISO 9001
A
empresa de energia foto- sos clientes. Então, esta certificação Segundo o consultor, além da
voltaica, genuinamente vem não só para agregar na qualida- transparência e da confiabilidade
mato-grossense, Oeste So- de dos serviços, mas como também que a ISO 9001 oferece aos clientes,
lar recebeu a certificação na eficiência destes serviços. Pois, tem uma estrutura de processos no
de qualidade mundial, a garantimos o que colocamos em qual agrega conhecimentos, habilida-
ISO 9001. Trata-se de um selo de ga- contrato. Cumprimos os resultados des, técnicas, gestão e requisitos nor-
rantia que regulamenta e certifica os que são gerados aos nossos clientes mativos em todos os seus processos.
processos de uma empresa e dos ser- investidores. Além disso, investimos
viços e/ou produtos fornecidos aos em capacitação dos nossos profis- “Representa um patamar de confian-
clientes para que haja normas padro- sionais para que consigam atender ça, credibilidade e solidez em relação
nizadas em todos os procedimentos. a demanda de trabalho de acor- as suas atividades com seus clientes”,
do com a solicitação dos serviços”, completou.
Para o diretor da empresa, Tia- afirmou Liliane.
go Vianna, a certificação vem em um CRITÉRIOS DE CERTIFICAÇÃO - Os
momento oportuno de expansão do Justino Nascimento é consultor critérios para conseguir a ISO 9001
mercado fotovoltaico e representa da Oeste Solar e acompanhou todo parte de tem uma norma conheci-
mais umas segurança e garantia aos o processo de certificação junto à da como NBR ISO 9001 que está na
clientes investidores da Oeste Solar. Gestão de Qualidade da empresa. Ele versão 2015. Essa norma traz vá-
“Desde o início da empresa sempre explica que a ISO 9000 é uma certifi- rios requisitos para que a empresa
prezamos por resultados eficientes na cação mundial presente em mais de se enquadre dentro dos critérios de
entrega de nossos serviços aos clien- 160 países com o objetivo fundamen- conformidade para seus produtos e
tes, o que nos credenciou a receber tal de reconhecer a conformidade de
serviços. Envolvem requisitos legais
este selo de qualidade e credibilidadequalquer tipo de trabalho de uma
no mercado brasileiro e mundial”, de- empresa. Destaca ainda que a ISO e requisitos do produto, este últi-
clarou Vianna. 9001 apresenta requisitos para que a mo pode ser expresso pelo cliente
empresa desenvolva um processo de também
Segundo a gestora de Qualida- conformidade de seus produtos ou
de da Oeste Solar, Liliane Cerqueira, de seus serviços. Esses critérios são desenvolvidos
a empresa tem um patamar de re- dentro de uma conjuntura de gestão,
presentatividade grande no que diz “A certificação representa para a técnica e habilidades. Uma vez aten-
respeito a clientes investidores em empresa uma confiabilidade e segu- didos esses critérios, a empresa está
relação ao mercado de energia foto- rança de todos aqueles que recebem apta a receber uma auditoria de cer-
voltaica a certificação pela ISO 9001 serviços ou produtos de uma empre- tificação. O auditor externo faz uma
representa que os serviços são todos sa certificada. É como uma terceira avaliação em período definido para
realizados, em geral, de forma pa- parte. No caso, a certificadora que averiguar todos os requisitos que a
dronizada. Destacou também que a certificou a Oeste Solar foi uma cer- organização de saúde desenvolveu
empresa possui programas de treina- tificadora americana chamada GCS.
Então, essa terceira parte recomenda com base na norma ISO 9001. Atendi-
mentos para os colaboradores.
e indica que a empresa ela tem toda dos esses requisitos, a empresa está
“Temos procedimentos, formulá- a confiabilidade atestada em que os habilitada para receber o certificado,
rios e registros de acompanhamento clientes podem consumir de maneira passando a ter um registro dessa cer-
de serviços onde conseguimos man- segura todos os produtos ou serviços tificação publicada no Brasil através
ter um padrão de qualidade desses dessa empresa”, detalhou Nascimen- do Inmetro e também publicada a ní-
serviços que são fornecidos aos nos- to. vel mundial.
30 RBS Magazine
RBS Magazine 31
Entrevista
Solplanet é uma marca da AISWEI, que fabrica inversores desde 2007. AISWEI,
também anteriormente conhecida como subsidiária chinesa da SMA, tem
fabricado com sucesso produtos de alta qualidade e confiáveis para marcas
renomadas como SMA e Zeversolar
32 RBS Magazine
RBS Magazine 33
Artigo
A GERAÇÃO DISTRIBUÍDA
nas propriedades rurais do
Rio Grande do Sul
com foco no agronegócio:
CULTURA ORIZÍCOLA
José Wagner Maciel Kaehler Natália Braun Chagas Claudio Schepke
Prof. Dr. Eng. – josekaehler@unipampa.edu.br Profª. Drª. Engª. – nataliachagas@unipampa.edu.br Prof. Dr. – claudioschepke@unipampa.edu.br
RESUMO
O cultivo do arroz irrigado no Brasil nas safras 2020/ 21 e 2021/ 22 compreendeu uma área plantada média de 1,304.000 milhões de hectares com uma
produção média prevista de 10,368 milhões de toneladas de arroz, resultando numa produtividade média de 7.952,4 kg/ha. A cultura no Rio Grande do Sul
é praticamente toda de arroz irrigado, ocorrendo de forma semelhante nos países fronteiriços, no caso Argentina e Uruguai. No restante do País a cultura
é de arroz de sequeiro adaptado a um cultivo tradicional com irrigação natural. Entretanto, não alcança a produtividade do arroz irrigado, tendo ainda um
valor agregado ao produto inferior, dado pelo mercado consumidor. Encontram-se três modalidades de irrigação mecanizada em termos de área plantada,
a saber: a eletromecânica (51,2%), a diesel-mecânica (19,1%) e a natural (29,7%). Os motores têm em média uma potência instalada de 150 CV por unidade.
A carga opera nos meses de verão por um período variável de 90 a 120 dias, durante 21 horas do dia. Estes períodos variam com as condições pluviomé-
tricas. Segundo o censo do Instituto Rio-grandense do Arroz – IRGA a carga de bombeamento eletromecânico é superior a 384 mil CV, seguida de 144 mil
CV´s ainda a diesel. Inúmeras ações de conservação de energia vêm sendo empreendidas pelas concessionárias de distribuição de energia elétrica, dentro
de seus programas anuais de eficiência energética, que apontam potenciais de redução da ordem de 40%. Estas medidas envolvem desde o transformador
de média tensão (23 kV / 380 V) até as canalizações de sucção e recalque, passando pelo motor elétrico, bomba hidráulica e sistemas de controle de vazão.
A automatização dos processos de irrigação com a utilização de controladores de velocidade para adequar a vazão refletem impactos que alcançam índices
da ordem de 80% de redução de uso da energia e água. Assim, este trabalho explora o potencial de conservação de energia e de água e da perspectiva de
implantação de pequenas fontes de geração elétrica descentralizada que decorre da adoção de medidas de eficiência, eficácia e efetividade energética nos
processos produtivos mecanizados nas lavouras de arroz. O Ministério do Desenvolvimento Regional – MDR vem desenvolvendo como política de sustenta-
bilidade especificamente na questão da irrigação. Com o suporte à sete polos estaduais busca o MDR ações estratégicas para assegurar o desenvolvimento
do setor agrícola do País, que responde pela ampla carteira de exportação. No Rio Grande do Sul o Polo de Agricultura Irrigada da Bacia do Rio Santa Maria
no Rio Grande do Sul foi concebido e iniciado a mais de dez anos, tendo como base a construção de duas barragens de irrigação, nos arroios Taquarembó
(116 hm3) e Jaguarí (122 hm3) situadas entre os municípios de Dom Pedrito, Lavras do Sul, São Gabriel e Rosário do Sul. No atual governo federal o MDR deu
prioridade a continuidade do mesmo, passando por uma revisão de porte, através da Associação dos Usuários da Bacia do Rio Santa Maria - AUSM. Assim,
tornou-se possível ampliar a área irrigada, passando para 117.000 hectares, ampliando em 8,1 vezes a área irrigada e multiplicando por 3,6 o comprimento
dos canais (295 km). Por outro lado, o agronegócio vem evoluindo em função dos preços internacionais de grãos, fazendo com que a cultura da soja passe a
preponderar sobre as demais culturas. Isto implica na mudança tecnológica do serviço energético de irrigação mecanizada, que passa da predominância da
irrigação por inundação na cultura do arroz, para a irrigação por aspersão, usando pivôs. As duas barragens em questão não preveem atualmente aproveita-
mentos hidrelétricos, apesar da forte implicação na disponibilidade de energia elétrica. Os empreendimentos situam-se no limite da poligonal de concessão
entre a distribuidoras CEEE EQUATORIAL e a RGE. Diante disso, existe uma zona onde o suprimento de energia elétrica é fortemente deficitário, por falta
de alimentadores de média tensão. Implica que grande parte da demanda energética de irrigação, secagem e armazenagem de grãos é feita pelo uso de
sistemas à diesel. Buscando atualizar e adequar os requisitos socioeconômicos, técnicos e ambientais ao abastecimento energético do Polo de Irrigação, o
MDR e a AUSM firmaram parceria com a UNIPAMPA, através do Campus Alegrete para reavaliar inteiramente as demandas energéticas dos processos pro-
dutivos e de serviços energéticos de uso final, compreendendo a redefinição da malha elétrica necessária tanto para fazer frente a atual situação, onde não
estão operando as barragens, assim como após a conclusão das mesmas e de seus canais de irrigação. Implica ainda numa reavaliação da potencialidade de
geração distribuída com base nos recursos hidráulicos, solares, eólicos e de biomassa, assinalando as melhores opções de exploração integrada, tanto para
as propriedades rurais de forma individual, como para as possibilidades de consórcios ou condomínios de produção de energia elétrica.
O
PALAVRAS-CHAVE - Sistemas Elétricos de Bombeamento para Irrigação, Geração Distribuída, Conservação de Energia, Orizicultura.
uso da energia elé- nergéticos, assim com o elevado dos sistemas Eletroenergéticos.
trica representa um impacto ambiental e social que Diálogos e interações entre os
indicativo de moder- resulta da sua produção, trans- clientes e os concessionários dos
nidade e eficiência porte e distribuição, impõe que serviços públicos de distribuição
dos processos pro- este recurso energético seja em- de energia elétrica que pratica-
dutivos e serviços energéticos pregado com eficiência. A forte mente inexistiam, agora são via-
de uso final. No entanto, o gran- evolução observada nas comu- bilizados pelas redes de comuni-
de volume de recursos finan- nicações, atrelada à inovação e cação e informação. Este olhar
ceiros que são requeridos para disseminação das tecnologias diferente para o mercado, onde
a implantação, operação e ma- de informação suscitaram novas efetivamente o interesse do
nutenção dos sistemas eletroe- oportunidades de exploração cliente deve ser levado em conta
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Artigo
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Artigo
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Artigo
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Artigo
38 RBS Magazine
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O Polo de Agricultura Irriga- fortemente deficitário, por falta Por outro lado, constata-se
da da Bacia do Rio Santa Maria de alimentadores de média ten- pela Figura 2 que as proprieda-
no Rio Grande do Sul foi con- são. Isto implica que toda a de- des rurais se situam numa região
cebido e iniciado a mais de dez manda energética de irrigação, de fronteira entre as duas con-
anos, tendo como base a cons- secagem e armazenagem de cessões de distribuição o que
trução de duas barragens de ir- grãos é feita pelo uso de siste- provoca um vazio de atendimen-
rigação, no arroio Jaguarí (122 mas a diesel. to elétrico por parte dos serviços
hm3), conforme Figura 1 e arroio concedidos.
Taquarembó (116 hm3) confor- A Tabela 4 sintetiza a pros-
me Figura 2, situadas entre os pecção efetuada pela AUSM com Buscando atualizar e ade-
municípios de Dom Pedrito, La- seus associados, estabelecendo quar os requisitos socioeconô-
vras do Sul, São Gabriel e Rosá- uma panorâmica dos processos micos, técnicos e ambientais
rio do Sul. Inicialmente, previa a produtivos de uso final e do res- ao abastecimento energético
irrigação de 14.540 hectares de pectivo suprimento de energia. do Polo de Irrigação, o MDR e a
cultura de Arroz. Por diversas AUSM firmaram parceria com a
razões, dentre outras as econô- Neste levantamento foi ca- UNIPAMPA, através do Campus
micas, este empreendimento se racterizado que 64% das pro- Alegrete para reavaliar inteira-
arrastou e até hoje não foi con- priedades não possuem energia mente as demandas energéticas
cluído. No atual governo federal trifásica. A maioria é atendida dos processos produtivos e de
o Ministério do Desenvolvimen- por sistema monofásico com re- serviços energéticos de uso fi-
to Regional – MDR deu priori- torno pela terra (Sistema MRT), nal, compreendendo a redefini-
dade a continuidade do mesmo, limitando fortemente o uso da ção da malha elétrica necessária
passando por uma revisão de energia elétrica, por constituí- tanto para fazer frente a atual
porte, através da Associação dos rem-se em sistemas monofási- situação, onde não estão ope-
Usuários da Bacia do Rio Santa cos de baixa capacidade (1 – 10 rando as barragens, assim como
Maria - AUSM. kVA). O aumento de carga es- após a conclusão das mesmas.
timado com a implementação Implica ainda numa reavaliação
Com a redefinição e reor- das barragens e dos canais é da potencialidade de geração
denamento do sistema de ca- de 38.551,50 CV e uma deman- distribuída com base nos recur-
nais, tornou-se possível ampliar da ampliada de 47.309,11 kVA. sos hidráulicos, solares, eólicos
a área irrigada, passando para Desta demanda, as proprieda- e de biomassa, assinalando as
117.000 hectares, ampliando des sem energia trifásica con- melhores opções de exploração
em 8,1 vezes a área irrigada e tribuem com 23.575,50 CV ou integrada, tanto para as proprie-
multiplicando por 3,6 o compri- 28.664,83 kVA. Esta estimativa dades rurais de forma individu-
mento dos canais (295 km). Por de conversão decorre das práti- al, como para as possibilidades
outro lado, o agronegócio vem cas tradicionais de substituição de consórcios ou condomínios
evoluindo em função dos preços de equipamentos alimentados de produção de energia elétri-
internacionais de grãos, fazendo por diesel e substituídos por ca. Considerando-se as extensas
com que a cultura da soja passe unidades elétricas sem levar em áreas disponíveis na região e o
a preponderar sobre as demais conta o desperdício de energia potencial solar do Rio Grande do
culturas. Isto implica na mudan- como um todo (Elétrica, Mecâni- Sul, a Lei Federal 14.300 permi-
ça tecnológica do serviço ener- ca e Hidráulica). tirá aos proprietários capitalizar
gético de irrigação mecanizada,
que passa da predominância da Figura 2 – Rede Elétrica de Distribuição de Energia em verde a rede
irrigação por inundação na cul- de 23,0 kV da RGE e em Vermelho a rede de 13,8 kV da CEEE - Equacional
tura do arroz, para a irrigação
por aspersão, usando pivôs.
A Figura 3 contextualiza
o projeto, salientando que as
duas barragens em questão não
preveem atualmente aprovei-
tamentos hidrelétricos, apesar
da forte implicação na disponi-
bilidade de energia elétrica. Os
empreendimentos situam-se no
limite da poligonal de conces-
são entre as distribuidoras CEEE
EQUATORIAL e a RGE. Diante
disso, existe uma zona onde o
suprimento de energia elétrica é
RBS Magazine 39
Artigo
este recurso e, desta forma, re- Dentro do contexto geográ- ções bem distintas ao considerar
duzir seus custos de produção, fico da bacia do rio Santa Maria na metodologia de levantamen-
melhorando os indicadores de em sua parte alta estabelece-se to de dados. Do ponto de vista
qualidade do produto e dos ser- como linha de base o atendi- da distribuição em média ten-
viços energéticos. mento aos requisitos energéti- são, a área de concessão da RGE
cos da irrigação, por inundação que abrange os municípios de
Todo o projeto é desenvolvi- e/ou por aspersão, a secagem Rosário do Sul e São Gabriel, é
do de forma orientada a objeto e a armazenagem agrícola, uti- atendida por rede em 23 kV es-
georreferenciado, usando a base lizando energia elétrica quando tando em processo de reabilita-
do ArqGIS para estruturação, disponível ou óleo diesel como ção, com a troca de condutores,
processamento, análise, avalia- solução prática de pouca eficiên- postes e instalação de para-raios
ção e síntese dos resultados e cia e elevado custo. Assim, os da- de linha, para proteção contra
soluções propugnadas. Visando dos de levantamento da AUSM descargas atmosféricas.
facilitar a acessibilidade, o pro- devem ser atualizados tendo em
cesso é reproduzido na platafor- vista que muitas propriedades Na área de concessão da
ma do Google Earth para difusão foram vendidas ou arrendadas, CEEE Equatorial prepondera ali-
dos resultados. não refletindo a realidade atual mentadores em 13,8 kV bastante
de hábitos e usos da terra. Isto antigos e com pouca capacidade
2. PROCEDIMENTOS DE DE- fica evidente com a penetra- de carregamento. Além disso, a
SENVOLVIMENTO ção do cultivo da soja, irrigada região de fronteira da concessão
por aspersão quando possível das duas empresas apresenta-se
Como base na metodologia e disponível, que veio a compe- como um vazio completo, o que
adotada neste projeto procu- tir, por razões do mercado de implica na ampla utilização de
rou-se dar elementos que con- preços do produto, com a orizi- sistemas diesel-elétricos. Estas
substanciem a implantação de cultura tradicional, irrigada por demandas requerem um maior
um Sistema de Informações para inundação. detalhamento e atualização para
Apoio à Decisão – SIAD, visando buscar definir um novo perfil de
tanto o planejamento como a A alternativa em validação atendimento da carga por parte
gestão de ações que implemen- passa pela operacionalização dos alimentadores existentes.
tem de forma eficiente, eficaz das barragens dos arroios Jagua-
e efetiva a produção e o uso de rí e Taquarembó, afluentes do Por outro lado, quanto ao
água e de energia no segmento rio Santa Maria que contribuirão planejamento da construção
agrícola. Assim, caracteriza-se inicialmente para a regulariza- das duas barragens, somen-
como um processo exploratório, ção da vazão neste último. Isto te foi enfocado o atendimento
com forte pesquisa de campo do colaborará para que aqueles sis- dos requisitos hídricos para a
contexto vinculado às áreas be- temas de irrigação que captam irrigação e abastecimento ur-
neficiadas pelas duas barragens água do rio Santa Maria tenham bano. Não houve preocupação
em questão na Bacia do Rio San- uma maior estabilidade de va- maior em prover a geração de
ta Maria, RS. Para tanto, capita- zão. Com a construção da rede energia elétrica mesmo naque-
liza uma base de dados funda- de canais de irrigação, original- las situações que demandariam
mentada naquelas informações mente destinada a promover a pressões e vazões menores para
georreferenciadas e disponibili- irrigação da orizicultura por gra- operação das vazões ecológicas
zadas pela Agência Nacional das vidade, faz-se necessário reava- ou alimentação dos canais de
Águas – ANA, pela Associação liar os processos tendo em vista irrigação. A política energética
dos Usuários da Água do Rio San- que a forma de irrigação passan- atual, incentivando a geração
ta Maria – AUSM, pelo Cadastro do a ser feita por pivôs, condicio- distribuída, impõe uma reanáli-
Ambiental Rural – CAR, pelo Sis- nará os sistemas não mais por se dos projetos de construção,
tema de Outorga de Água do Rio vazão, mas sim por pressão. Isto visando otimizar os recursos
Grande do Sul – SIOUT, da rede promoverá uma redução na de- hídricos disponíveis, de forma
elétrica das concessionárias de manda de água em volume, re- a atender prioritariamente os
distribuição de energia elétrica, querendo agora níveis de pres- requisitos de irrigação e com-
RGE e CEEE Equacional. são suficientes para atender as plementarmente a produção de
linhas de aspersão. Estas são as energia hidrelétrica. Assim pro-
A estas bases agregam-se principais observações que de- cedeu-se com um levantamento
aquelas que foram desenvol- vem ser cumpridas pelos proce- de campo das informações dos
vidas pelo projeto, estruturan- dimentos de levantamento das proprietários e arrendatários,
do e consubstanciando tanto o demandas de energia elétrica estimando o potencial de cultu-
Lado da Demanda (usos ener- pelos usos finais dos processos ra em várzea e coxilhas que se-
géticos em processos produti- produtivos. riam explorados nas culturas de
vos) como da Oferta (produção, arroz, soja, milho e outras que
transmissão e distribuição) de Pelo lado da oferta de ener- são demandantes de irrigação
Energia. gia elétrica tem-se duas situa- natural e/ou mecanizada. Um
40 RBS Magazine
Artigo
ponto importante de preserva- regularização das vazões do rio dros de plantio de arroz e mes-
ção ambiental é a identificação Santa Maria e de seus afluen- mo na promoção da micro e da
das nascentes e afloramentos tes, assim como pelos canais mini geração de energia elétrica
hídricos existentes na proprieda- de irrigação, contam com bar- em barragens, sifões e canais
de. Busca-se também identificar ragens de acumulação de água de adução.
as áreas susceptíveis de serem para irrigação, assim como áreas
barradas para a construção de potenciais para implantação de Através do sistema proposto
reservatórios hídricos em uma novos pontos de armazenamen- será possível verificar para cada
ou mais propriedades lindeiras. to hídrico. Isto abre espaço para propriedade rural a demanda
Constata-se também os poten- prospectar potenciais de novos atual e futura de energia, a ca-
ciais de aproveitamento ener- pontos de produção hidroelétri- pacidade de geração descen-
gético das barragens e canais ca descentralizados, agora nas tralizada de energia elétrica
responsáveis pela irrigação por próprias propriedades e condi- por categoria e capacidade de
gravidade. Com base no traça- cionado às questões de irriga- produção.
do dos futuros canais, estimam- ção por gravidade ou por apro-
-se os pontos de bombeamento veitamento da vazão que seria O sistema ora em desenvol-
mecanizados. Tendo como refe- vertida quando não houvesse vimento representa uma nova
rência o Sistema de Outorgas – irrigação. visão no desenvolvimento do
SIOUT do RS, os levantamentos segmento rural, rompendo com
de campo e as sínteses das Fa- EVOLUÇÃO DO PROJETO o monopólio da agropecuária,
turas de Energia Elétrica, avaliar propiciando a transformação da
as alternativas de atendimento O projeto suscitou a Pes- propriedade rural numa agen-
das cargas de irrigação diesel quisa e o Desenvolvimento de te ativo tanto do uso eficiente
e elétricas dos bombeamentos Inovações Tecnológicas para o de tecnologias energéticas nos
por inundação, pivôs, secagem e segmento, em particular no mo- processos produtivos e serviços
armazenagem de grãos nas pro- nitoramento remoto de variá- de uso final, como na exploração
priedades rurais. Desta forma, veis de estado das instalações de integrada de recursos energéti-
são estabelecidas as bases para bombeamento, na coordenação cos naturais disponíveis. Esta ex-
projetar a extensão de alimen- de operação das instalações de ploração pode ser feita de forma
tadores rurais, até os pontos de levante do ponto de vista ener- individual ou em sistema de as-
consumo. Adicionalmente, inú- gético e hídrico, na mensuração sociativismo na exploração dos
meras propriedades rurais que do desperdício de água e energia recursos de forma a maximizar
serão beneficiadas tanto pela nos canais e adutoras dos qua- os resultados.
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acesso 15/07/2011; Setor Energético, Agosto 2004 nio 1995.
RBS Magazine 41
Entrevista
RBS Magazine - A PV OPERATION Somos uma empresa B2B, atende- MQTT, portais de fabricantes e
está em constante processo de desen- mos principalmente os integrado- APIs. Integramos, em nossa pla-
volvimento, visando o aumento da res e os investidores de usinas. taforma, os dados dos inversores
eficiência de sua plataforma. Atual- com estação solarimétrica, multi-
mente possui capacidade de atender RBS Magazine - A PV OPERATION medidores de baixa e média tensão,
todas as regiões brasileiras e conta é uma empresa capaz de identificar banco de baterias, relés e sensores.
com especialistas de altíssimo nível problemas em usinas fotovoltaicas
em sua equipe. Como foi o desenvol- antes ou logo após a ocorrência, Com relação a fatura de energia, te-
vimento da empresa desde sua cria- e realizar as soluções necessárias. mos um módulo que faz o balanço
ção até hoje? Como funciona esse processo? energético, comparando os dados
de geração com os dados da fatura
SIQUEIRA NETO - A PV OPE- A proposta de nossa empresa é au- da concessionária. Assim, de forma
RATION é uma empresa nacional mentar a confiabilidade das usinas prática e visual, o cliente terá uma
com software e hardware de desen- fotovoltaicas, ser o “olho do dono”, prestação de contas mensal sobre
volvimento proprietário, para aqui- auxiliando o integrador ou investi- a sua geração fotovoltaica, se está
sição de dados e operação remota dor para que não tenha uma péssi- conforme o prognóstico ou não.
de usinas fotovoltaicas. Possuímos ma notícia no final do mês, quando
uma equipe muito experiente em chegar a fatura de energia. Considerando o termo O&M, a PV
energia fotovoltaica, que provêm OPERATION faz o “O” de opera-
de outras empresas pioneiras do Nossa plataforma é capaz de iden- ção e o integrador parceiro faz o
setor e com forte vínculo às insti- tificar as grandezas, como corrente, “M”, de manutenção. Não executa-
tuições acadêmicas. tensão, potência, temperatura, den- mos serviços em campo, não que-
tre outras. Desta maneira, desen- remos ter equipe própria para isso,
Nossa plataforma proprietária volvemos um algoritmo com inte- somos uma empresa de TI Solar e
SCADA (Supervisory Control And ligência para entender parâmetros atuamos sempre em parceira com o
Data Acquisition) vem sendo de- corretos de funcionamento das usi- integrador ou instalador solar.
senvolvida há mais de cinco anos. nas. Quando alguma anormalidade
Passamos por um processo de va- surge, a tecnologia consegue iden- RBS Magazine - O sistema da PV
lidação bastante longo e sólido, tificá-la e apontar, imediatamente, OPERATION é compatível com di-
aplicando a solução em integrado- o motivo causador da falha. ferentes marcas e modelos de inver-
res parceiros, antes da empresa ir a sores. Além desse benefício, quais as
mercado. Nossa equipe tem uma capacidade outras principais vantagens e dife-
ímpar em estruturar redes de co- renciais desse sistema? Qual a im-
Atualmente temos aproximada- municação, de forma a fazer uma portância de se investir em sistemas
mente 200 MW em operação, são aquisição flexível dos dados. Pode- como esse para o setor de geração
milhares de usinas solares espalha- mos adquiri-los a partir de outros distribuída?
das por todo o país. Cuidamos de sistemas SCADA, ou via Datalo-
usinas de 1,5 kWp até 6,6 MWp. gger próprio ou de terceiros, FTP, A plataforma PV OPERATION vai
42 RBS Magazine
Entrevista
muito além de um sistema de mo- Sistema de Recomendação para ja com essa funcionalidade ativa,
nitoramento e integração de inver- a otimização e predição de falhas
otimizando ainda mais as nossas
sores num mesmo painel de visua- em usinas fotovoltaicas, utilizando
capacidades operacionais. Median-
lização. algoritmos de Auto Machine Lear-
te o sucesso dessa pesquisa, passa-
ning (Auto ML). remos a ter a habilidade de prever
Embora nosso sistema seja muito os futuros problemas que afetam a
útil para usinas de pequena potên- Nossa expectativa é que em doze geração fotovoltaica, antes mesmo
cia, conforme se aumenta a potên- meses a nossa plataforma já este- de se materializarem.
cia de uma usina, o nosso SCADA
passa a ser muito mais relevante,
eu diria até imprescindível para
usinas acima de 300 kW. A plata-
forma se paga muito rapidamente,
pois qualquer período sem produ-
ção ou com performance abaixo do
projetado, significa quantias muito
altas de geração de energia que dei-
xa de ocorrer.
Constatamos, nestes anos de ope- Geração da usina com dados completos de estação solarimétrica, sendo possível
medir e calcular a taxa de desempenho da usina (performance ratio).
ração, que problemas em usinas
fotovoltaicas são comuns. Quan-
to maior a usina, estatisticamente,
maior a probabilidade de acontece-
rem falhas, mesmo nas usinas bem
projetadas e bem instaladas. É exa-
tamente esta, a dor que evitamos.
Fornecemos o licenciamento da
plataforma para aquelas empresas
que já possuem equipe de opera-
ção remota e que querem manter
esse serviço dentro de casa. Con-
tudo, nosso carro chefe e grande
diferencial é no serviço de opera-
ção remota, neste a nossa equipe Mapa de operação com as usinas e seus status de funcionamento em tempo real.
de engenheiros cuida ativamente
das plantas dos clientes, sete dias
por semana, do sol nascente ao sol
poente.
RBS Magazine - A PV OPERATION
está participando de um projeto de
inovação científica internacional,
como funciona?
A PV Operation participou de um
edital de inovação cientifica pro- Evento de desligamento da usina que a rápida identificação do problema (disjuntor aberto)
na plataforma trouxe a usina de volta ao pleno funcionamento em 20 minutos.
movido pela EMBRAPII (Empresa
Brasileira de Pesquisa e Inovação
Industrial) e a agência de inovação
suíça Innosuisse, que culminou na
cooperação internacional entre o
Instituto Federal de Santa Catari-
na (IFSC) com a faculdade suíça
Fachhochschule Nordwestschweiz
(FHNW), a PV OPERATION e
startups suíças.
É um projeto de ciência totalmen-
te inovador, para a criação de um Alertas precisos na plataforma facilitam a identificação e a resolução
de problemas, de forma precisa e imediata.
RBS Magazine 43
Geração distribuída brasileira
atinge patamar equivalente
à usina de Belo Monte
Guilherme Chrispim
presidente da Associação Brasileira de Geração Distribuída (ABGD)
A
geração distribuída acaba a própria energia, no Brasil e no mun- Diretoria de Relações Institucionais
de ultrapassar a marca de do, é um expediente que fará cada e Conselhos Profissionais, Flávio Wa-
11 gigawatts (GW) de po- vez mais sentido. cholski foi reconduzido ao cargo.
tência instalada. O marco
é resultado do investimen- ABGD cada vez mais próxima Com a expectativa de atingir 15
to de recursos privados de mais de GW de potência instalada em gera-
um milhão de cidadãos e empresas O crescimento robusto da gera- ção distribuída até o fim de 2022, a
que adquiriram sistemas de geração ção distribuída levou a ABGD a ul- Associação seguirá implementando
própria de energia (geração distribu- trapassar a marca de mil empresas melhorias nas áreas de atendimen-
ída - GD) e estão entregando ao País associadas. Assim, julgamos necessá- to dos associados. Além disso, de
o equivalente à uma usina de Belo rio dar início a um processo de reor- acordo com nossos propósitos esta-
Monte. ganização da estrutura de Diretorias tutários, haverá reforço e aprimora-
Regionais e Temáticas que resultou, mento de ações e projetos voltados
Desde o início do ano, o setor no mês de maio, na criação de cinco para a qualificação da mão de obra,
acrescentou pouco mais de 2,5 GW novos núcleos de gestão. de tecnologias e de modelos de ne-
de potência instalada em sistemas de gócios.
energia solar fotovoltaica, pequenas O crescimento da entidade
centrais hidrelétricas (PCH), energia acompanha a evolução do setor e, Parte desses esforços será dire-
eólica e outras fontes renováveis. para continuar mantendo o atendi- cionada para o grande público, clien-
mento de qualidade e a capacidade tes de nossos associados. Levar infor-
O ritmo de crescimento da gera- de antecipar movimentos de merca- mação qualificada sobre o potencial
ção distribuída deve se acentuar no do, estamos ampliando o quadro de que o nosso setor carrega em favor
segundo semestre. A evolução das diretores regionais e temáticos. da redução do custo de energia e da
notícias sobre preços altos da conta transição para a economia de baixo
de luz e o fim do período para gra- Para aprimorar a disposição ter- carbono é outro foco da ABGD que,
tuidade sobre a TUSD (Tarifa de Uso ritorial de gestores, foram criadas com trabalho coletivo e gestão de-
do Sistema de Distribuição) são os fa- as Diretorias Regionais do Piauí e do mocrática, segue contribuindo com o
tores que terão impacto positivo na Maranhão, dirigidas por Jean Canta- setor e com a sociedade.
busca por novos projetos. lice e Patryckson Santos. A Diretoria
Regional do Ceará passa aos cuida-
De acordo com a Lei 14.300/2022 dos de Sydney Ipiranga.
– Marco Legal da Geração Distribuída
– os sistemas com parecer de acesso Entre as Diretorias Temáticas, Para mais informações
aprovado até 6 de janeiro de 2023, fi- três núcleos de gestão foram criados: sobre geração distribuída ou
carão livres do pagamento da TUSD, Treinamento e Capacitação, dirigida conhecer meios para se associar,
até 2045. Mas é importante deixar por Fábio Furtado; Relacionamento acesse o site da ABGD:
claro que os sistemas de geração dis- com o Integrador, gerenciada por https://abgd.com.br/portal/
tribuída continuarão sendo um ótimo Tiago Fraga; e Projetos Especiais,
investimento a partir de 2023. Gerar sob comando de Aurélio Souza. Na
44 RBS Magazine
RBS Magazine 45
C
om a missão de criar
soluções para propor-
cionar qualidade de O PIEP É UMA
vida às pessoas atra- PLATAFORMA ONDE
vés de serviços de alta
qualidade e tecnologia, nasceu OS INTEGRADORES
a Pieta.tech.
PODEM SE CADASTRAR
A Pieta.tech é referência DE FORMA GRATUITA,
SOLICITAR TANTO A
nacional em engenharia e sof-
tware no setor de energia solar.
Fundada em 2018 pelo enge-
nheiro eletricista Rômulo Ro- ELABORAÇÃO QUANTO
que Pieta, a empresa atua for- A HOMOLOGAÇÃO
DE PROJETOS
temente no desenvolvimento fotovoltaicos e ainda acompa-
de soluções inovadoras para o nhá-los em tempo real. O orça-
mercado fotovoltaico.
FOTOVOLTAICOS E AINDA mento fica pronto em segundos,
o integrador parceiro da Pieta.
O objetivo macro é demo- ACOMPANHÁ-LOS EM tech só precisa de 4 cliques para
TEMPO REAL
cratizar a comercialização de obter um orçamento completo
energia solar no Brasil, cola- do projeto fotovoltaico. Além
borando na transição da ma- disso, a solicitação pode ser fei-
triz energética do país para um ta diretamente pelo celular e
futuro mais sustentável. Com integrador focar na gestão e nas ainda ser salva para que o proje-
altos investimentos em tecno- vendas. to fotovoltaico seja enviado em
logia, a Pieta.tech revolucionou outro momento, basta preen-
o mercado ao lançar o Piep em O Piep é uma plataforma cher alguns dados diretamente
2019, a primeira plataforma onde os integradores podem se na Plataforma.
on-line para orçamentos e soli- cadastrar de forma gratuita, so-
citações de projetos e homolo- licitar tanto a elaboração quan- Solicitar um projeto pelo
gação. Tudo centralizado para o to a homologação de projetos Piep é ter todos os dados e do-
46 RBS Magazine
O PIED É UMA PLATAFORMA COMPLETA PARA
CONTROLE DE ESTOQUE, GESTÃO E VENDAS DE KITS
FOTOVOLTAICOS. PLATAFORMA DESENVOLVIDA POR
ESPECIALISTAS NO SETOR FOTOVOLTAICO
Além disso,
inovando sempre,
em 2021 a Pieta.
tech lançou o Pied,
uma plataforma de
gestão de negócios
cumentos organizados evitando para o distribuidor
erros que possam atrapalhar o de equipamentos
desenvolvimento e homologa- FV com funcio-
ção do projeto fotovoltaico. O nalidades como
integrador fica totalmente isen- dashboard, enge-
to da burocracia com a distri- nheiro virtual para
buidora de energia. A Pieta.tech dimensionamento,
conta com uma equipe 100% fo- módulos adicionais
cada na homologação dos pro- de CRM, integração
jetos. Esta equipe, além de fazer com softwares ex-
o envio do projeto, também faz ternos e totalmente personali-
o acompanhamento e a cobran- zada ao modelo de negócio do integrador engajado. O Pied faz
ça nas distribuidoras de energia, distribuidor. toda a gestão dos equipamen-
desde a solicitação do projeto tos disponíveis no estoque com
até o recebimento do parecer O Pied é uma plataforma atualização em tempo real. É
de acesso. A Pieta.tech já de- completa para controle de es- uma plataforma totalmente es-
senvolveu e homologou mais de toque, gestão e vendas de kits calável para a equipe de vendas
4500 projetos, em 47 distribui- fotovoltaicos. Plataforma de- com processos automatizados e
doras de energia e 26 estados. senvolvida por especialistas no gestão centralizada do setor co-
setor fotovoltaico, 100% adap- mercial. Além de tudo isto, con-
Tenha seu projeto aprovado tavel e entregue em até 30 ta com API de integração para
mais rápido e de maneira mais dias. Conta com sistema de in- conexão com softwares exter-
assertiva, entre em contato com teligência artificial para dimen- nos, como ERP´s.
o time comercial da Pieta.tech sionamento de grupos A e B e
pelo WhatsApp 48 99110-2061. montagem de Kits automática Pensando no futuro, a Pie-
(inversor, microinversor e Sola- ta.tech está atenta às tendên-
Desde 2020 a Pieta.tech rEdge). Dashboard com métri- cias internacionais e nacionais
mobiliza os maiores nomes do cas personalizáveis e análise de para contribuir com a transição
setor com o seu evento benefi- BI exclusivo para o distribuidor energética do Brasil, e pretende
cente: o Summit Solar. O evento fotovoltaico. Disparo de e-mails ser a empresa líder em desen-
trouxe educação e informação automatizados com diversos ga- volvimento de soluções para o
para mais de 2500 participan- tilhos para manter seu cliente setor fotovoltaico.
tes somando as duas edições,
se consolidando como o maior
evento online de energia solar
da América Latina. Em sua se- O DISTRIBUIDOR FV
gunda edição, foram mais de 34 NÃO PRECISA SE
palestrantes, mais de 30 horas
ADAPTAR AO PIED,
de conteúdo e mais de 5000 ki-
los de alimentos arrecadados. A O PIED SE ADAPTA
Pieta.tech já se prepara para a AO MODELO DE
edição de 2022 do evento que NEGÓCIO DO
promete trazer um modelo hí- DISTRIBUIDOR
brido, com conteúdo online e
presencial.
RBS Magazine 47
BATTERY
ENERGY
STORAGE
SYSTEM
(BESS) -
PHB
48 RBS Magazine
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RBS Magazine 51
Artigo
Qual a melhor
topologia para
USINAS
FOTOVOLTAICAS?
N
o início da concepção téc- compatibilizar o arranjo mecânico da TIPO DE INVERSOR
nica de um projeto é ne- estrutura com o elétrico das “strings”
cessário tomar algumas (séries elétricas dos Módulos Foto- Quando o modelo de geração
decisões que vão definir distribuída para compensação de
voltaicos); decidir entre transforma-
a topologia da Usina Fo- crédito de energia foi regulamentado
dores a óleo ou a seco; definição do
tovoltaica, ou seja, as características tipo de conexão em média tensão, pela ANEEL por meio da REN 482 de
principais que vão definir o caminho em função da potência total da usi-Abril de 2012, em especial, após a pri-
principal do projeto, em especial na e/ou a alocação dos clientes no meira revisão que ocorreu através da
quando se trata de usinas remotas de empreendimento com uma ou mais REN 687 de Novembro de 2015, que
minigeração a partir de 1 MW. Neste estabeleceu novos modelos de com-
SPE’s, o que deve definir se a cabine
artigo vamos discorrer sobre como será de medição independente ou pensação de créditos de energia por
podemos definir a melhor topologia compartilhada, com um mais pontos meio de consórcio ou cooperativa, o
para esse tipo de projeto. que na REN 482 era restrito apenas a
de conexão à rede e ainda outras inú-
meras questões. unidades de mesma titularidade, per-
Conforme mencionado, o início mitiu-se que empreendimentos de
de um projeto é marcado por algu- Obviamente que as questões re- minigeração tivessem a grande via-
mas questões técnicas que vão defi- lacionadas ao desenvolvimento de bilidade e expansão observadas até
nir o percurso que o projeto vai to- um projeto não se limitam apenas ao então. Nesta época as questões téc-
mar, como o tipo de Inversor, se será que foi destacado até aqui, somado nicas relevantes a escolha do tipo de
um Inversor de um ou mais estágios ao fato ainda de que cada projeto Inversor em usinas de minigeração
de conversão (um ou mais MPPT’s); tem suas próprias peculiaridades, eu remota, eram restritas entre Inversor
se a tensão de conexão em baixa ten- diria que estas são as mais importan- central e Inversor String, ou seja, usi-
são mais adequada será 380 V, 600 V tes. Por este motivo se faz necessário na centralizada ou descentralizada.
ou 800 V, que consequentemente se compreender que cada decisão tem
esbarra com o dimensionamento e um impacto global no projeto, e não Desde então, o mercado com-
escolha dos principais componentes somente na faze de construção, mas preendeu as inúmeras vantagens de
do quadro geral de baixa tensão, tais principalmente na operação e manu- uma topologia de Inversores descen-
como, chave fusível ou disjuntor para tenção, fase esta sempre esquecida tralizada, que permite uma taxa de
os circuitos parciais dos Inversores, e ou deixada de lado na avaliação glo- disponibilidade maior em paradas
o tipo de disjuntor geral, caixa molda- bal dos impactos sobre o projeto. programadas e/ou emergenciais de
da com kit de motorização simples ou forma mais setorizada, além de apre-
caixa aberta com relé embarcado; se Para contribuir com o tema, va- sentar uma performance de produ-
a alocação dos Inversores mais ade- mos avaliar duas questões técnicas ção de energia maior, resultando em
quada é concentra-los em apenas um que são preponderantes na definição melhor custo e benefício. Nesta épo-
lugar ou espalhá-los na planta, sendo da topologia de uma Usina Fotovol- ca a topologia de Inversor String que
que esta última questão nos leva a taica do tipo que queremos avaliar apresentou maior viabilidade técni-
avaliar se vale mais apena prologar o aqui: ca e econômica foram os Inversores
circuito de corrente continua ou o de String de um único estágio de conver-
corrente alternada, que está direta- • Tipo de Inversor – Um estágio são, ou seja, de um único MPPT.
mente relacionado com o dimensio- versus dois estágios;
namento de cabos e infraestrutura Nos tempos mais recentes, os
elétrica da planta, tais como, valas, • Alocação do Inversor na plan- Inversores String de duplo estágio
caixas de passagem e eletrodutos; ta. de conversão tem se apresentado
52 RBS Magazine
Artigo
RBS Magazine 53
Artigo
54 RBS Magazine
Artigo
RBS Magazine 55
Artigo
56 RBS Magazine
Artigo
CONCLUSÃO
Conforme pudemos comprovar
neste artigo, a utilização de Inversores
de duplo estágio de conversão, e alo-
cados de forma agrupada na planta,
conforme as figuras 2a e 3a, se mos-
Tabela 8 - Quantidade Máxima de Cabos Unipolares 0,6/1kV por Eletroduto em uma Taxa de Ocupação de até 40%
trou a melhor opção de topologia para
uma Usina Fotovoltaica, pois embora
a queda de tensão seja maior devido
ao comprimento e quantidade de con-
dutores a mais no circuito CC, a opção
com o melhor custo e benefício será a
opção da figura 3a, pois além de trazer
uma redução de custo com cabeamen-
to (até 20%), também pudemos obser-
var uma significante redução de custo
com eletrodutos, dimensões de valas,
leitos e caixas de passagem. Além dis-
Figura 3 - Layout exemplo para estudo de uma UFV de 1,37 MWp – a) Alocação das caixas e so, o trabalho de roteamento dos con-
valas de CC b) Alocação das caixas e valas de CA dutores de 6 mm² durante a instalação,
é muito mais eficiente e seguro para a
perfeita integridade do condutor du-
rante a passagem dos cabos, do que
em relação ao roteamento de circuitos
com condutores de 70 mm², que nes-
te caso, são 7 condutores por circuito,
dois por fase e um para proteção.
Em termos de operação e manu-
tenção, a alocação dos Inversores em
apenas um local da planta favorece as
atividades da equipe de manutenção,
que não precisa ficar se deslocando
demasiadamente na planta, quando
se faz necessário realizar o secciona-
mento dos arranjos diretamente no
Inversor. Os circuitos de comunicação
da planta também ficam reduzidos,
podendo em alguns casos até mesmo
fazer uso de uma rede Wi-Fi, por causa
da proximidade de todos os Inversores
com a cabine de transformação, local
cações, se os trechos forem retilíne- onde geralmente se acomoda os rote-
os. Se os trechos incluírem curvas, o Nas usinas fotovoltaicas é mais adores e switch’s.
limite de 15 m e o de 30 m devem ser comum a utilização de dutos entre 2 Portanto, a escolha da melhor to-
reduzidos em 3 m para cada curva de e 4 polegadas para a acomodação dos pologia define a espinha dorsal de um
90°. diversos tipos de circuitos comum ao projeto, ou seja, o meio pelo qual to-
projeto, e sugere-se que no caso dos das as outras decisões do projeto vão
Para instalações de Usinas Foto- circuitos CA, não sejam agrupados se basear e serão diretamente impac-
voltaicas conforme a figura 2, apli- mais do que 2 circuitos por eletrodu- tadas. Espero que este artigo auxilie
casse a taxa de ocupação de 40%. to, para reduzir o impacto no aumen- o leitor a fazer as melhores escolhas
Sendo assim, a capacidade de con- to da seção do cabo por causa do FCA na etapa inicial de concepção do seu
dutores por eletroduto em função do (fator de correção de agrupamento), projeto, pois comparado a uma obra
diâmetro externo de diferentes con- e para os circuitos CC, que não sejam de arte, cada projeto possuí particula-
dutores, com especificações técnicas agrupados mais do que 14 circuitos ridades que são como traços e técnicas
equivalentes as dimensões de cabos pelo mesmo motivo. A profundidade de pintura que identificam o seu autor,
unipolares (Isolação de 1 kv), é apre- dos eletrodutos enterrados não deve semelhante a uma assinatura de quem
sentado na tabela indicativa a seguir: ser inferior a 70 cm. o projetou.
RBS Magazine 57
INTELIGÊNCIA
ARTIFICIAL
que dimensiona
com precisão em
segundos – é
possível?
A
composição de uma boa mento, que agora precisa considerar ta. As Múltiplas Unidades Consumi-
proposta comercial é es- outros equipamentos. doras conseguem atender qualquer
sencial para o sucesso do tipo de sistema de compensação
integrador de energia so- Para atender à crescente deman- de energia elétrica vigente. Na cria-
lar, mas talvez seja a ativi- da por facilidade e agilidade na gera- ção da proposta comercial, o clien-
dade que mais toma o seu tempo. A ção de propostas com bons dimen- te consegue criar várias Unidades e
começar pelo dimensionamento bem sionamentos, a SolarMarket inovou nomeá-las, não precisando estar no
feito. com sua inteligência artificial, o ESI mesmo regime tarifário. Ao final, a
– Engenheiro Solar Inteligente. economia mensal e os detalhes dos
Encontrar a capacidade ideal e a gastos do cliente por unidade são
combinação de módulos e inversores “O ESI é a personalização do en- visualizados na parte financeira da
que melhor a atende, faz parte da genheiro que desejamos ser, mas não proposta.
equação da proposta bem feita e de conseguimos. Isso porque seria hu-
uma relação saudável com o cliente, manamente impossível avaliar mais O sistema da SolarMarket tam-
já que a queixa pela entrega de ener- de 50 milhões de combinações de bém é integrado diretamente com
gia solar abaixo do prometido está no módulos e inversores, como ele faz. distribuidores de equipamentos,
topo das suas insatisfações, negando Quem nunca sonhou em ter um di- buscando os melhores preços e pos-
ao integrador sua melhor oportu- mensionamento preciso em um esta- sibilitando até mesmo a compra
nidade: o boca a boca. “Errar para lar de dedos com?” diz o idealizador caso o cliente aceite a proposta, o
cima” também não seria o caso, pois do ESI, Guilherme Mello. que é feito virtualmente com vali-
o mercado anda cada vez mais com- dade jurídica, usando a assinatura
petitivo e essa estratégia tornaria sua Guilherme explica que o Enge- digital.
proposta pouco competitiva. nheiro Inteligente dimensiona em
sistemas dos grupos A e B, em Múl- É muita facilidade para o integra-
A matemática se complica quan- tiplas Topologias e até em Múltiplas dor solar, que pode automatizar pro-
do chegamos à escolha dos equipa- Unidades Consumidoras. Ou seja, cessos antes tidos como sua principal
mentos. São muitas visitas ao Google para o cliente que deseja distribuir atividade, e focar no que realmente
e aos sites dos distribuidores e as al- energia entre sua casa, sítio e empre- o diferencia e o coloca à frente. Gas-
terações de preços exigem diversas sa, por exemplo, é possível encontrar tar um dia inteiro para gerar uma boa
revisões. E lá se vai o dimensiona- a solução ideal em uma só propos- proposta? Nunca mais.
58 RBS Magazine
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