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Vol. 05 - Nº 46 - MAI/JUN 2022 www.revistabrasilsolar.

com

w.fo r u m g d sul.com.br
ww

ISSN 2526-7167

DIGITAL MARKETING
ÍNDICE

04
Prorrogação de benefícios
fiscais vinculados ao ICMS

24
Fortlev Solar
desenvolve laboratório
para testar equipamentos

34
A Geração Distribuída
nas propriedades rurais do
Rio Grande do Sul

52
Qual a melhor topologia
para usinas fotovoltaicas

EDIÇÃO APOIO E-MAIL: contato@grupofrg.com.br


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RBS Magazine 3
Artigo

PRORROGAÇÃO DE
BENEFÍCIOS FISCAIS
VINCULADOS AO ICMS
INCIDENTE SOBRE A
GERAÇÃO DISTRIBUÍDA

C
om a publicação da Entenda o caso imposto em tela, concedidos ou
Lei Complemen- prorrogados, variando de acordo
tar nº 186/2021, em Objetivando sanar a guerra com a destinação do fomento fis-
28/10/2021, restou al- fiscal e a correspondente mitiga- cal, o que se deu, originariamen-
terada a Lei Complementar nº ção dos seus efeitos, o Governo te, no seguinte sentido:
160/2017 de forma a autorizar os Federal editou a Lei Complemen-
Estados a prorrogarem o prazo tar nº 160/2017 autorizando a “Cláusula décima - As unidades
de fruição dos benefícios e in- reinstituição dos benefícios fis- federadas que editaram os atos
centivos fiscais – vinculados ao cais instituídos em desconformi- e que atenderam as exigências
Imposto sobre Operações Relati- dade com a Constituição Federal, previstas na cláusula segunda fi-
vas à Circulação de Mercadorias bem como outorgando a com- cam autorizadas a conceder ou
(ICMS) – para 31/12/2032. petência para que fosse editado prorrogar os benefícios fiscais,
convênio específico com a finali- nos termos dos atos vigentes
Por meio do Convênio ICMS dade de abordar de maneira mais na data da publicação da ratifi-
nº 68/2022, restou alterado o detalhada a matéria. cação nacional deste convênio,
Convênio ICMS 190/2017 que desde que o correspondente
trata sobre a remissão de crédi- Nesse contexto, foi publicado prazo de fruição não ultrapasse:
tos tributários, constituídos ou o Convênio ICMS nº 190/2017,
não, decorrentes das isenções, dispondo acerca dos procedi- I - 31 de dezembro de 2032,
dos incentivos e dos benefícios mentos necessários à restituição quanto àqueles destinados ao
fiscais ou financeiro-fiscais, auto- dos benefícios fiscais concedidos fomento das atividades agro-
rizando os Estados a concedê-los sem autorização do Conselho pecuária e industrial, inclusive
ou prorrogá-los até 31/12/2032. Nacional de Política Fazendária – agroindustrial, e ao investimen-
CONFAZ. to em infraestrutura rodoviária,
A prorrogação efetivada é de aquaviária, ferroviária, portu-
extrema relevância para diversas Repetindo comando norma- ária, aeroportuária e de trans-
atividades cujos incentivos fiscais tivo disposto pela Lei Comple- porte urbano;
deveriam se encerrar antes de mentar nº 160/2017, o Convê-
2032, tais como as atividades co- nio ICMS nº 190/2017 atribuiu II - 31 de dezembro de 2025,
merciais, que teriam incentivos prazos finais para fruição dos quanto àqueles destinados à
vigentes até dezembro de 2022. benefícios fiscais referentes ao manutenção ou ao incremento

4 RBS Magazine
Artigo

das atividades portuária e ae- publicação da Lei Complementar praticada pelo contribuinte
roportuária vinculadas ao co- nº 186/2021 que alterou a Lei importador;
mércio internacional, incluída a Complementar nº 160/2017 de
operação subsequente à da im- forma a autorizar os Estados a III - 31 de dezembro do décimo
portação, praticada pelo contri- prorrogarem, para 31/12/2032, quinto ano posterior à pro-
buinte importador; o prazo de fruição dos benefícios dução de efeitos do respecti-
e incentivos fiscais vinculados ao vo convênio, quanto àqueles
III - 31 de dezembro de 2022, Imposto sobre Operações Relati- destinados à manutenção ou
quanto àqueles destinados à vas à Circulação de Mercadorias ao incremento das atividades
manutenção ou ao incremento – ICMS, senão vejamos: comerciais, desde que o bene-
das atividades comerciais, des- ficiário seja o real remetente
de que o beneficiário seja o real “Art. 3º O convênio de que da mercadoria;
remetente da mercadoria; trata o art. 1º desta Lei Com-
plementar atenderá, no mí- IV - 31 de dezembro do décimo
IV - 31 de dezembro de 2020, nimo, às seguintes condicio- quinto ano posterior à pro-
quanto àqueles destinados às nantes, a serem observadas dução de efeitos do respecti-
operações e prestações interes- pelas unidades federadas: vo convênio, quanto àqueles
taduais com produtos agrope- destinados às operações e às
cuários e extrativos vegetais in § 2º A unidade federada que prestações interestaduais com
natura; editou o ato concessivo rela- produtos agropecuários e ex-
tivo às isenções, aos incenti- trativos vegetais in natura;
V - 31 de dezembro de 2018, vos e aos benefícios fiscais ou
quanto aos demais.” (grifos nossos) financeiro-fiscais vinculados V - 31 de dezembro do primei-
ao ICMS de que trata o art. 1o ro ano posterior à produção
Conforme se depreende desta Lei Complementar cujas de efeitos do respectivo con-
dos supracitados incisos, ao seg- exigências de publicação, re- vênio, quanto aos demais.”
mento do comércio, embora de gistro e depósito, nos termos (grifos nossos)
extrema relevância para o abas- deste artigo, foram atendidas
tecimento nacional, restou esta- é autorizada a concedê-los e Ato contínuo, verifica-se que
belecido, originariamente, que o a prorrogá-los, nos termos do o Convênio ICMS nº 190/2017
prazo final para fruição se daria ato vigente na data de publi- fora adequado aos termos da
em dezembro/2022, enquan- cação do respectivo convênio, Lei Complementar nº 186/2021
to que, para o segmento da in- não podendo seu prazo de por meio do recente Convênio
dústria, se daria em dezembro fruição ultrapassar: ICMS nº 68/2022, autorizando
/2032. os Estados a conceder ou pror-
I – 31 de dezembro do décimo rogar isenções, incentivos e be-
Isso posto, salienta-se que quinto ano posterior à produ- nefícios fiscais ou financeiro-fis-
o Senado Federal aprovou, em ção de efeitos do respectivo cais até 31/12/2032, nos exatos
06/10/2021, o Projeto de Lei convênio, quanto àqueles des- termos da Lei Complementar nº
Complementar – PLP nº 05/2021 tinados ao fomento das ativi- 186/2021.
para permitir a prorrogação, por dades agropecuária e indus-
até 15 (quinze) anos, dos bene- trial, inclusive agroindustrial, Adicionalmente, deverá
fícios fiscais vinculados ao ICMS e ao investimento em infra- ocorrer a redução em 20% (vin-
destinados (i) à manutenção ou estrutura rodoviária, aqua- te por cento) ao ano, a partir de
ao incremento das atividades viária, ferroviária, portuária, 01/01/2029, do direito de frui-
comerciais - desde que o bene- aeroportuária e de transpor- ção das isenções, dos incentivos
ficiário seja o real remetente da te urbano, bem como quanto e dos benefícios fiscais vincula-
mercadoria, (ii) às prestações in- àqueles destinados a templos dos ao ICMS, bem como restou
terestaduais com produtos agro- de qualquer culto e a entida- estabelecido o prazo de 180
pecuários e extrativos vegetais des beneficentes de assistên- (cento e oitenta dias) para ade-
in natura e (iii) à manutenção cia social; quação do Convênio ICMS nº
ou ao incremento das atividades 190/2017, contados da data de
portuária e aeroportuária vincu- II - 31 de dezembro do décimo publicação da Lei Complementar
ladas ao comércio internacional, quinto ano posterior à pro- nº 186/2021.
incluída a operação subsequente dução de efeitos do respecti-
à da importação, praticada pelo vo convênio, quanto àqueles Isenção do ICMS sobre a
contribuinte importador. destinados à manutenção ou Energia proveniente de Unida-
ao incremento das atividades des Micro e Minigeradoras
Ato contínuo, seguindo os portuária e aeroportuária
trâmites formais, ressalta-se que vinculadas ao comércio inter- Tomemos como exemplo
a matéria foi encaminhada à san- nacional, incluída a operação o Estado de Minas Gerais, que,
ção presidencial, culminando na subsequente à da importação, a partir da premissa conferida

RBS Magazine 5
Artigo

pela Lei Complementar nº 160/2017 e


pelo Convênio ICMS nº 190/2017, edi-
tou a Lei Estadual nº 22.549, publicada
em 01/07/2017, a qual fora objeto de
registro e depósito – Certificado SE/
CONFAZ nº 50/2018 – perante a Secre-
taria Executiva do CONFAZ, nos termos
dos incisos I e II da Cláusula Segunda do
Convênio ICMS nº 190/2017, com a cor-
respondente documentação comproba-
tória, assim entendida o próprio ato e
suas eventuais alterações.

Garantida, assim, a aplicabilidade e


eficácia da Lei Estadual nº 22.549/2017,
denota-se que o Estado de Minas Ge- MARINA MEYER FALCÃO MARCELO TANOS NAVES
rais, extrapolando a regra do Convênio
CONFAZ nº 16/2015, atribuiu isenção Advogada e Sócio-Fundadora Advogado e Sócio-Fundador da
aos consumidores com micro ou mi- da Marina Meyer Sociedade In- LTSC Sociedade de Advogados,
nigeração distribuída de energia solar dividual de Advocacia - em Par- com especialização em Direito
fotovoltaica enquadrados nas qua- ceira com a LTSC Sociedade de Regulatório e Direito da Energia
tro modalidades atualmente previs- Advogados, Diretora Jurídica do pelo Centro de Direito Interna-
tas na Resolução Normativa ANEEL nº INEL; Advogada especialista em cional – CEDIN e pelo Instituto de
482/2012, quais sejam, (i) geração junto Direito de Energia. Membro re- Altos Estudos em Direito – IAED.
à carga, (ii) autoconsumo remoto; (iii) presentante do Estado de Minas Pós- graduado em Direito Tribu-
empreendimento de múltiplas unidades Gerais na missão Energias Reno- tário pelo Centro de Estudos na
consumidoras; e (iv) geração comparti- váveis na Alemanha em 2018 e Área Jurídica Federal – CEAJUF.
lhada, com potência instalada menor ou nos Estados Unidos em 2016 Graduado em direito pelo Cen-
igual a 5 MW. (The U.S. Department of State's tro Universitário de Belo Ho-
sponsoring an International Vi- rizonte. Membro fundador da
Como o aludido fomento fiscal foi sitor Leadership Program pro- Associação Brasileira de Direito
classificado como destinado à manu- ject entitled “Modernizing the da Energia e do Meio Ambiente
tenção ou incremento de atividades co- Energy Matrix to Combat Clima- – ABDEM e integrante do Comi-
merciais, nos exatos termos da redação te Change,” for Brazil in 2016), tê de Gás Natural. Membro da
originária do inciso III da Cláusula Déci- Autora de 3 Livros em Direito Câmara de Energia da Federa-
ma do Convênio ICMS nº 190/2017, o de Energia, MBA em Direito Em- ção das Indústrias do Estado de
prazo final para fruição do benefício se presarial pela Fundação Getúlio Minas Gerais – FIEMG. Mem-
daria – até então – em dezembro/2022. Vargas. Pós-graduada em Ges- bro da Comissão de Direito da
tão Ambiental pelo Instituto de Energia da OAB/MG. Vice-Pre-
Com a superveniência da Lei Com- Educação Tecnológica – IETEC. sidente da Comissão de Direito
plementar nº 186/2021 e a alteração Graduada pela Universidade da Geração Distribuída da OAB/
do Convênio ICMS nº 190/2017 por FUMEC. Membro da Comissão MG. Atuou como advogado na
intermédio do recente Convênio ICMS de Energia da OAB – MG, Pre- Gerência de Direito Regulató-
nº 68/2022, o Estado de Minas Gerais sidente da Comissão de Direito rio, Tributário e Comercial da
cuidará de alterar seu Regulamento In- da Geração Distribuída da OAB Companhia Energética de Mi-
terno (RICMS) de forma a estender, até – MG; Membro da Câmara de nas Gerais – CEMIG no período
31/12/2032, a isenção atribuída aos Energia, Petróleo e Gás da Fe- de 2008 a 2015, com expertise
consumidores com micro ou minigera- deração das Indústrias do Es- nos segmentos de geração, dis-
ção distribuída de energia solar fotovol- tado de Minas Gerais - FIEMG; tribuição, transmissão e comer-
taica. Ex- Superintendente de Política cialização de energia elétrica.
Energética do Estado de Minas
Feitas tais considerações, a iminen- Gerais (2009 a 2014); Ex-Conse-
te prorrogação, para 31/12/2032, do lheira do Conselho de Política Contatos:
prazo de fruição dos benefícios e incen- Ambiental – COPAM do Estado (31) 2515-2001 /
tivos ficais vinculados ao Imposto sobre de Minas Gerais (2009 a 2014); (31) 99645 9061
Operações Relativas à Circulação de Ex-Secretária Executiva do Co- marcelotanos@ltscadvogados.com.br
Mercadorias – ICMS se revela essencial mitê Mineiro de Petróleo e Gás.
para a atividade de geração distribuída
e, definitivamente, contribuirá para a Contatos:
manutenção da expansão da corres- (31) 2515-2001 /
pondente modalidade de geração no (31) 98788-4115
país. marinameyerfalcao@gmail.com.br

6 RBS Magazine
A Solução Perfeita em Fixadores para Estruturas Fotovoltaicas

EM FIXADORES PARA ESTRUTURAS FOTOVOLTAICAS


IX
F
U
D
LU

RBS Magazine 7
No mesmo ano que a energia solar ultrapassa
14 gigawatts no Brasil e supera Itaipu, a
Solfácil capta R$ 500 mil para acelerar ainda
mais o acesso à energia solar no Brasil

A
penas 10 meses após Em 2021, de fintech, a Sol- veu seu dispositivo IoT, prestes
sua última captação, fácil passou a ser um ecossis- a sair em nova versão, possibili-
a Solfácil, ecossiste- tema especializado na jornada tando aos integradores e clien-
ma líder em soluções solar do início ao fim. Além do tes finais o monitoramento
solares, anunciou a crédito para investimento em preventivo e em tempo real do
terceira rodada de investimento sistemas solares (estudo feito painel fotovoltaico, garantindo
no valor de R$ 500 milhões, com pela consultoria no mercado de a maximização da produção de
a participação dos mais impor- energia solar Grenner mostra energia e um ótimo suporte dos
tantes fundos de investimen- que 54% das vendas de painéis integradores aos clientes. “Os
to do mundo, como Softbank, fotovoltaicos foram feitas por equipamentos do sistema foto-
QED e VEF. A quantia será usa- meio de financiamento bancá- voltaico serão o terceiro ativo
da na ampliação da oferta das rio), a Solfácil, desde o quar- em valor das famílias, apenas
soluções digitais desenvolvidas to trimestre de 2021, oferece menor do que a residência e o
para o integrador que incluem a Loja Solfácil que conecta os carro. Queremos criar opções
financiamento, loja de produ- melhores distribuidores com para que os mais de 8000 par-
tos, oferta de serviços e um IOT os integradores parceiros. O ceiros integradores possam mo-
(Internet of Things) criado in- marketplace já oferece mais de netizar um serviço de pós-venda
ternamente com o objetivo de 5.000 kits solares, com as me- que gere uma renda futura com
melhorar a produtividade das lhores marcas de inversores e possibilidade de negócios incre-
usinas e também os serviços placas, e os integradores con- mentais.”
desses parceiros. tam também com frete express
e a garantia de entrega pela Por fim, outro foco de de-
De acordo com a Absolar Solfácil. senvolvimento com lançamento
(Associação Brasileira de Ener- previsto para o fim deste se-
gia Solar Fotovoltaica), o Brasil, "Começamos oferecendo mestre, são as opções de segu-
em 2021, adicionou 5,7 GW de soluções de financiamento, mas ro de proteção financeira para
capacidade solar fotovoltaica, sabíamos que os nossos parcei- os clientes, em casos de perda
ficando apenas atrás da China, ros e seus clientes precisavam de emprego ou invalidez, além
Estados Unidos e Índia, chegan- de mais soluções, principal- do seguro de proteção do siste-
do a um potencial total de 15 mente quanto a equipamentos" ma solar, no caso de incêndios
GW. Ainda assim, menos de 1% explica Carrara. Os preços e a ou temporais.
da população brasileira usa esse disponibilidade de estoque têm
tipo de energia. “Temos um sido os dois maiores desafios em Com mais de R$ 1,3 bilhões
mercado gigantesco, com mui- um mercado com alta demanda de reais em empréstimos so-
to potencial por aqui. A energia e uma cadeia de suprimentos lares realizados através dos
tradicional é muito cara e temos global instável. O lançamento integradores parceiros, e a cer-
muito Sol, então o custo do sis- da Loja Solfácil foi extrema- teza de um novo ano de recor-
tema fotovoltaico é competitivo. mente bem-sucedido, com tra- des para a indústria, a Solfácil
O Brasil será, definitivamente, ção obtida em tempo recorde, continua firme no seu propó-
a maior referência mundial na um ano à frente do plano da sito de empoderar os brasilei-
descentralização da produção empresa. ros através do sol, tornando o
de energia elétrica, e a Solfácil acesso à energia solar cada
quer ser a principal impulsiona- Outra nova solução está vez mais facilitado através de
dora deste movimento", disse o prestes a ser lançada. Nos últi- suas soluções de produtos e
CEO e Fundador, Fabio Carrara. mos 3 anos, a Solfácil desenvol- serviços.

8 RBS Magazine
RBS Magazine 9
Entrevista

Entrevista exclusiva com


FABIO CARRARA, fundador
da SOLFÁCIL

Fabio Carrara fundou e comandou a sua primeira empresa de instalação de energia


solar de 2015 a 2017, e em 2018, redirecionou seus esforços para a fundação da
Solfácil, a primeira fintech solar do Brasil, para resolver a principal dor do mercado:
o acesso ao financiamento de energia solar. Em 2021, a Solfácil tornou-se um
ecossistema solar especializado, e recentemente anunciou uma nova rodada de
captação de R$500 milhões em Série C que pretende acelerar a ampliação do
acesso à geração mais inteligente de energia.

RBS Magazine - Fabio, segundo no setor solar, além de posicio- fim, facilitando o dia a dia des-
a consultoria Greener, a Solfácil nar nosso ecossistema solar na ses parceiros a partir do acesso
é atualmente a terceira maior liderança do segmento. A evo- a produtos e soluções reunidos
financiadora solar do país. Em lução da Solfácil tem nos deixa- em um único lugar, assim como
2021, a empresa ocupava a séti- do extremamente felizes e esses o acompanhamento do desem-
ma posição. Como você enxerga resultados têm impactado na penho de todas as usinas solares
esse desenvolvimento? confiança de todos os parceiros financiadas em parceria com a
que fazem parte da cadeia solar. Solfácil.
FABIO CARRARA - Nos últi-
mos 04 anos crescemos expo- RBS Magazine - Como a Solfácil RBS Magazine - A Solfácil se tor-
nencialmente. Somos parceiros planeja utilizar os recursos cap- nou um ecossistema especializa-
de mais de 8 mil integradores tados na última série de investi- do no ano passado e desde então,
em todos os 27 estados do Bra- mento? vem anunciando novas soluções
sil, e já financiamos mais de para integradores e clientes. Há
R$1,2 bilhões em empréstimos A inovação na cadeia de inefi- novidades no curto e médio pra-
solares, o que nos torna o se- ciência do setor de energia con- zo?
gundo maior emissor de títu- tinuará sendo um grande foco
los verdes (recursos emitidos a partir da ampliação de nosso Estendemos nosso portoflio
especificamente para financiar portfolio de soluções que per- além do financiamento, pois sa-
projetos com benefícios am- mitirá o acesso mais acelerado bíamos que os nossos parceiros
bientais) no Brasil em 2021 e o dos brasileiros à energia solar, e seus clientes precisavam de
quarto na América Latina. além de uma colaboração ain- mais soluções, principalmen-
da maior com nossos parceiros te em relação ao fornecimento
Em tão pouco tempo, conse- integradores. Queremos tornar de equipamentos. Lançamos
guimos a relevância de bancos a jornada solar em nossa plata- então a Loja Solfácil, que co-
tradicionais que também atuam forma digitalizada do início ao necta nossos integradores par-

10 RBS Magazine
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RBS Magazine 11
Entrevista

TEMOS UM MERCADO GIGANTESCO, COM MUITO POTENCIAL POR AQUI.


O BRASIL SERÁ, DEFINITIVAMENTE, A MAIOR REFERÊNCIA MUNDIAL NA
DESCENTRALIZAÇÃO DA PRODUÇÃO DE ENERGIA ELÉTRICA, E A SOLFÁCIL
QUER SER A PRINCIPAL IMPULSIONADORA DESTE MOVIMENTO

ceiros a diversos distribuidores por depender de fontes bas- solar?


e marcas, e permite o acesso à tante caras e poluentes. Para se
estoque e acompanhamento de ter uma base de comparação, Com a perspectiva, segundo
preço, dois grandes desafios em segundo o Atlas Brasileiro de estudos da ONU, de que mais
um mercado com alta demanda Energia Solar, no local menos de 90% da população brasilei-
e uma cadeia de suprimentos ensolarado no Brasil é possí- ra passará a viver nas cidades
global instável. O lançamento vel gerar mais eletricidade na até 2030, precisamos repensar
foi extremamente bem sucedi- região com mais insolação da os modelos de urbanização e
do e nos motivou em direção Alemanha, que é um dos líderes infraestrutura e a aplicação da
ao desenvolvimento de outros mundiais no uso da energia fo- energia solar deve estar nessa
produtos, criados pelo nosso tovoltaica. discussão.
próprio time.
De acordo com a Absolar (As- Como consequência, a deman-
Um desses exemplos, a ser lan- sociação Brasileira de Energia da por eletricidade aumenta-
çado em breve, é o nosso dis- Solar Fotovoltaica), o Brasil, rá ainda mais nessas regiões
positivo IoT inteligente. Ele em 2021, adicionou 5,7 GW de específicas, e a energia solar
possibilitará aos integradores capacidade solar fotovoltaica, deve ser considerada uma al-
e clientes finais o monitora- ficando apenas atrás da China, ternativa por garantir a gera-
mento preventivo e remoto dos Estados Unidos e Índia, che- ção de energia descentralizada,
sistemas, com sua própria rede gando a um potencial total de ou seja, a que é gerada direto
de comunicação, garantindo a 15 GW. Porém, menos de 1% do telhado e consumida no
maximização da produção de da população brasileira usa esse mesmo local dessa geração, a
energia e um ótimo suporte dos tipo de energia. um preço muito mais acessí-
instaladores aos clientes, me- vel na comparação com fontes
lhorando ainda mais esse rela- Temos um mercado gigantes- tradicionais.
cionamento. co, com muito potencial por
aqui. O Brasil será, definiti- Além disso, a demanda por
RBS Magazine - Como o Brasil vamente, a maior referência soluções ambientalmente po-
está posicionado perante o mun- mundial na descentralização sitivas é crescente e será ainda
do no desenvolvimento da ener- da produção de energia elétri- mais latente nos próximos anos.
gia solar? ca, e a Solfácil quer ser a prin- Nossas soluções têm esse DNA
cipal impulsionadora deste verde e queremos continuar
O Brasil é um dos países com movimento. contribuindo abrindo espaço,
o maior índice de insolação no tanto de informação quanto do
mundo, mas ainda assim tem a RBS Magazine - Quais são suas acesso, para o maior número de
segunda conta de luz mais cara apostas para o futuro da energia pessoas.

12 RBS Magazine
SOLAREDGE INAUGURA FÁBRICA
de baterias de alta potência
na Coréia do Sul

A
SolarEdge, fabricante líder
mundial de inversores foto-
voltaicos e desenvolvedora
de tecnologias Smart Energy,
acaba de anunciar a inauguração de
uma nova fábrica de células de ba-
terias de íons-lítio de alta potência
na Coréia do Sul, a fim de intuito de
ampliar o abastecimento de soluções
e equipamentos de armazenamento
energético nos mercados globais, in-
cluindo o Brasil.

Localizado na cidade de Eumse-


ong, em Chungbuk, Coreia do Sul, a
fábrica, batizada de “Sella 2”, passa a
produzir primeiras células de baterias A nova unidade permitirá que a
com capacidade de 2 gigawatts/hora SolarEdge tenha seu próprio supri-
(GW/h) e, após processo de certifica- mento de baterias de íons de lítio e
ção dos órgãos internacionais, a pro- infraestrutura para desenvolver no-
dução em massa se inicia a partir do vas químicas e novas tecnologias de
segundo semestre de 2022 células de bateria.

FAÇA SUA INSCRIÇÃO

O FÓRUM CENTRO-OESTE
15°FórumGD
ESTÁ CHEGANDO

Save 09, 10 e 11
2022

The
date AGOSTO
RBS Magazine 13
Qualidade, garantia e seguro das
placas solares são os próximos
passos do setor de energia
fotovoltaico, afirma SOL Copérnico

A
s instalações para geração de
energia solar fotovoltaica re-
gistraram um avanço signifi-
A SOL COPÉRNICO ENERGIAS RENOVÁVEIS NASCEU
cativo nos últimos anos, com
o aumento de incentivos e o número
COM O PROPÓSITO DE DEMOCRATIZAR A ENERGIA
de empresas apostando no setor. No
entanto, o momento agora é de aler-
SOLAR E SUSTENTÁVEL NO BRASIL...
ta para a qualidade, a garantia e o se-
guro das placas solares. A afirmação
é de Hugo Albuquerque, superinten-
dente comercial da SOL Copérnico. energética, mas estamos aqui para Entre as parcerias estão o gru-
virar o jogo. De todos os recursos re- po Chint Power, para fornecer 600
“Estamos vendo muitos proble- nováveis, a luz do Sol é uma fonte de MW de inversores, equipamentos
mas ocorrendo nas instalações das energia constante, previsível e ines- considerados de primeira linha, com
placas solares, desde o efeito da que- gotável”, afirma. corpo totalmente de alumínio e que
da de um raio, por exemplo, que da- chegam a 275 kWp. Todos têm mais
nifica o equipamento ou até mesmo Albuquerque comenta ainda que de 10 anos de garantia, e os primei-
erros quando são instaladas, alguns cada vez mais os integradores pre- ros carregamentos chegam já no iní-
deles inclusive sem seguir as normas cisam estar atentos à qualidade, às cio de março de 2022. Além disso, a
técnicas. Agora, mais do que nunca, é garantias e aos seguros dos equipa- oferta de 1 GW com a Astronergy.
hora de olharmos para esta parte do mentos, visto que a quantidade de
segmento, para a mão de obra, para sistemas fotovoltaicos que não ge- Por meio dessas importantes par-
os treinamentos, para a qualidade ram conforme o prometido tem cres- cerias, a SOL passa a ofertar também
das placas que estão sendo instala- cido muito, e isso tem se refletido no equipamentos com maior qualidade
das, porque uma hora essa conta vai número de processos judiciais e ina- no mercado fotovoltaico, com segu-
chegar”, ressalta Albuquerque, que dimplências, e consequentemente, rança e credibilidade nos processos
também é engenheiro eletricista, for- no aumento das taxas de juros para de instalação, reafirma o compro-
mado em 1999 na Universidade de financiamento.”73% das vendas são misso com o setor e está preparado
Pernambuco (Escola Politécnica), e para pessoas físicas, para residên- para crescer ainda mais dentro do
que atua no setor desde 2009. cias, portanto o financiamento é um segmento, pois essas empresas são
excelente meio para desenvolver ain- consideradas líderes tecnológicas no
Segundo o especialista, 51% dos da mais o setor,” diz. mercado de equipamentos fotovol-
problemas acontecem no inversor, taicos.
e entre os problemas destacam-se: Para atender a essa demanda e
mal funcionamento, queima, proble- entregar aos consumidores as me- A SOL Copérnico Energias Reno-
mas no disjuntor, geração abaixo do lhores soluções de kits fotovoltaicos, váveis nasceu com o propósito de
prometido, infiltração no telhado, a SOL Copérnico fechou importantes democratizar a energia solar e sus-
fiação, entre outros. parcerias com fornecedores interna- tentável no Brasil. Este movimento
cionais para abastecer o segmento de mercado da SOL vem se juntar ao
Ainda de acordo com o superin- solar e oferecer módulos, inversores crescimento já verificado pelo mer-
tendente comercial da SOL Copérni- e estruturas metálicas com a maior cado solar. É uma das maiores dis-
co, este é um dos grandes momentos qualidade do mercado fotovoltaico, tribuidoras de soluções fotovoltaicas
para discutir o tema proposto. “O com segurança e credibilidade nos do país e conta com o respaldo da
Brasil vem sofrendo uma grave crise processos de instalação. maior plataforma financeira do setor.

14 RBS Magazine
RBS Magazine 15
A fabricante de módulos JA Solar, está fazendo um upgrade na linha de módulos
Deep Blue 3.0 ao incluir a família JAM78D30, com módulos de 78 células e capacidade
de geração recorde de 605Wp, atingindo uma eficiência de 21,6%, para uso específico
no segmento de geração distribuída e projetos de grande escala.

Este novo modelo herdará todos os diferenciais e dimensões mecânicas do


modelo anterior de 72 células, ou seja, contará com células PERC de alta eficiência,
PERCIUM+ de 182mm e wafers de silício dopados com Gálio e correntes em torno de
13 Amperes, o que permite ao produto ter grande desempenho em confiabilidade,
eficiência, geração de energia e compatibilidade com todos os equipamentos da curva
A.

Isso reduzirá de forma eficiente o LCOE, custo nivelado de energia, bem com o
BOS reduzindo a quantidade dos componentes de um sistema fotovoltaico.

O padrão de módulos com células 182mm tem nítidas vantagens em sua


maturidade tecnológica, sendo um dos diferenciais quando comparado com outros
módulos de alta potência oferecidos por outros fabricantes.

Os datasheets podem ser encontrados no website do fabricante


https://jasolar.com/html/en/

16 RBS Magazine
RBS Magazine 17
Para colaborar com o avanço desta matriz energética limpa, re-
novável e sustentável, a Amphenol acaba de lançar a linha Amphe-
-PV H4 Plus™.
Indicados para aplicações em painéis fotovoltaicos, os novos
conectores oferecem desempenho robusto acima dos requisitos
atuais da geração distribuída.

• Três vezes mais resistência a choque térmico e ciclo térmico de


umidade e congelamento
• Duas vezes mais proteção contra calor seco e úmido
• Atua em temperatura ambiente de - 40˚C e temperatura limite
superior de 120˚C
• É resistente a produtos químicos e tem baixa absorção de
umidade

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A energia solar é o futuro que


estamos construindo agora!
18 RBS Magazine
RBS Magazine 19
Nexen é responsável pela
maior usina fotovoltaica do Sul do Brasil

R
ecentemente, foi finaliza- A usina também possui uma ano, sendo responsável por su-
da a maior usina fotovol- estação solarimétrica com sen- prir os gastos de 5 emissoras de
taica do Sul do Brasil, da sores para acompanhar os valo- um Grupo de TV, o que equivale
qual a Nexen é responsá- res de temperatura ambiente, ao abastecimento de 18.505 re-
vel pelo projeto. O sistema está temperatura da célula fotovol- sidências.
instalado na cidade de Piratu- taica, velocidade do vento, umi-
ba/SC, ocupando uma área de dade do ar e irradiação no pla- Além da economia e de
aproximadamente 13.500 m². no horizontal, visto que todos ser um ótimo investimento,
esses fatores influenciam direta através da geração de ener-
Esse complexo tem uma ou indiretamente no rendimen- gia elétrica por este sistema,
potência de 2,6MWp, sendo to do sistema. Um exemplo dis- será possível reduzir a emis-
composto por 20 inversores de so é a temperatura de opera- são de 12390 ton de CO2 por
110kW da Sungrow, e 5.840 ção da célula fotovoltaica, que ano, o que equivale a 88.512
módulos Canadian de 450Wp. afeta diretamente na tensão árvores/ano.
de operação do módulo, sendo
No local onde foi instalado, assim influencia também na ge- A Nexen tem a responsa-
há uma isopleta de 45m/s, sen- ração de energia. Com os dados bilidade socioambiental pre-
do assim, a usina foi dimensio- que o sensor de temperatura sente em seu dia a dia, e por
nada com estrutura de fixação da célula fornece, é possível isso busca sempre participar
da SSM, se adequando a essa identificar possíveis perdas de de grandes projetos como
condição, e para a instalação fo- geração. este, que além de trazer be-
ram utilizadas mesas de 40 e 20 nefícios para o cliente, ainda
módulos, com uma inclinação O sistema tem uma estima- gera vantagens para todo o
de 15º. tiva de geração de 3500 MWh/ planeta.

Conheça mais sobre a Nexen através do site


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20 RBS Magazine
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RBS Magazine 21
FOTUS
DISTRIBUIDORA
SOLAR, entre as
maiores do ramo
fotovoltaico do
Brasil

A
Fotus Distribuidora Solar cia no seu serviço de suporte técnico, cificações sobre os produtos vendi-
está entre as maiores impor- composto por engenheiros e especia- dos, datasheets, manuais, vídeos,
tadoras e distribuidoras de listas certificados pelas fabricantes, entre outros.
equipamentos fotovoltaicos prontos a atender aos integradores
do país. A empresa atende exclusiva- parceiros de maneira rápida e eficien- Recentemente a Fotus realizou
mente a integradores, com projetos te. O objetivo desse time é garantir mais um lançamento, dessa vez da
que vão do pequeno ao grande por- que o sistema de energia solar seja sua nova plataforma de cotação (ht-
te, com as melhores e mais conheci- instalado corretamente e obtenha a tps://app.fotus.com.br/), um impor-
das marcas de inversores e módulos melhor performance na geração de tante recurso para que integrado-
do mundo. energia elétrica. res parceiros realizem a compra de
kits fotovoltaicos, com o acesso em
A distribuidora faz parte do Gru- Antes conhecida como Fotus tempo real aos orçamentos e pedi-
po Litoral, um conglomerado de Energia, a empresa reposicionou a dos, independentemente do lugar
negócios com mais de 40 anos de marca, alterando o nome e a iden- que estiverem. Além disso, todo o
expertise no ramo de importação e tidade visual para Fotus Distribui- processo é realizado com o auxílio
distribuição. O grupo possui uma am- dora Solar. A mudança ocorre em dos consultores, desde o fechamen-
um momento de plena ascensão do
pla e completa infraestrutura logísti- to, acompanhamento e despacho
ca, com mais de 35.000 m², localiza- negócio, com o objetivo de deixar final do pedido.
da em Vila Velha, Espírito Santo. Umaa comunicação ainda mais alinha-
região estratégica, próxima a rodo- da as necessidades do mercado e Para concluir é importante
vias federais, portos e aeroportos. as mais recentes inovações nos se- destacar a missão da distribuidora,
tores de energia limpa e tecnologia que é a de tornar a venda de equi-
A empresa é conhecida pela ma- sustentável. pamentos fotovoltaicos acessível
neira rápida e assertiva que realiza em todo o país, comercializando
a entrega de kits fotovoltaicos para Logo após o lançamento da nova produtos das marcas inovadoras,
integradores de todo o país. O time identidade visual, ocorre a reformu- com soluções de alta tecnologia,
de consultores da Fotus é formado lação do site, sob novo domínio (ht- sempre com o melhor custo bene-
por engenheiros, que priorizam pelo tps://fotus.com.br) com o objetivo fício para os seus integradores par-
atendimento humanizado e persona- de deixar a navegação mais intuitiva, ceiros. Já a visão consolidada é a
lizado, aptos a garantir a compra do com linguagem atualizada e design de ser reconhecida como uma dos
kit ideal pelo integrador, de acordo atrativo. A mudança foi realizada mais importantes importadoras e
com cada tipo e tamanho de projeto. para deixar a consulta dos integra- distribuidoras de equipamentos fo-
dores parceiros ainda mais assertiva, tovoltaicos do Brasil, mantendo o
Com um grande diferencial de com diversas informações relevantes seu crescimento de maneira sólida
atendimento, a Fotus possui excelên- sobre os equipamentos, desde espe- e sustentável.

22 RBS Magazine
RBS Magazine 23
Fortlev Solar
desenvolve laboratório
para testar equipamentos

A
Fortlev Solar, distribuidora sente no estacionamento da em-

O laboratório conta
de equipamentos fotovol- presa, de 48 kWp que conta com 90
taicos, construiu um moder- módulos bifaciais Jinko de 530 Wp e
no laboratório de pesquisa tecnologia MLPE SolarEdge, com car-
sem sua sede, na Serra/ES, no qual os
equipamentos comercializados pela
regador para veículos elétricos. com uma usina de 74
empresa vão passar por testes de
confiabilidade e desempenho.
Usinas de grande porte
kWp, com diversos
tipos de módulos.
Com esse mesmo objetivo de va-
O gerente de engenharia Felipe lidar a eficiência dos equipamentos, a

distribuída entre
Ferraz explica como o novo espa- Fortlev Solar implementou duas usi-
ço vai funcionar: “Realizaremos um nas de grande escala. A primeira, lo-
programa de qualidade de módulos, calizada em Montes Claros/MG, pos-
inversores, baterias, bombeamento
solar e estruturas de montagem para
sui 3,2 MWp de potência instalada e
2,5 MW de potência de inversor.
várias estruturas,
telhados e solo, inclusive flutuantes e
sistemas tracker (rastreadores). Va- Nela foram utilizados 8.000 mó- como para
telhado, solo fixa e
mos simular condições reais de pro- dulos mono perc 400 Wp da Jinko e
jetos aos quais os produtos podem 20 inversores Sungrow de 125 kW,
ser submetidos para verificar seus de- instalados na topologia virtual cen-
sempenhos em diferentes cenários”. tral com subestação SKID. rastreadores
O laboratório conta com uma usi-
na de 74 kWp, com diversos tipos de
módulos. distribuída entre várias es-
truturas, como para telhado, solo fixa
e rastreadores. Ele contará com equi-
pamentos que simulam as condições
mais adversas para o funcionamento
dos inversores fotovoltaicos.

Além de pesquisa e desenvolvi-


mento, o laboratório permitirá que
o corpo técnico da Fortlev Solar co-
nheça e homologue novos produtos
e tecnologias.

Posteriormente, os testes rea-


lizados no local serão publicados ao
mercado por meio de relatórios téc-
nicos e vídeos, que vão mostrar na
prática os resultados alcançados e
desmitificar as principais dúvidas dos
integradores sobre os produtos.

Outra usina complementar ao


laboratório é o sistema carport, pre- Foto: Instalação de diversos inversores para estudo de geração em laboratório interno da Fortlev Solar.

24 RBS Magazine
Usinas fotovoltaicas: altos
investimentos precisam ser protegidos

Toda a proteção disponível no mercado contra acidentes e perdas deve


ser contratada. Quando isso for através de Seguros, conte com corretores
especializados e que tenham suas próprias apólices contra erros e omissões
profissionais. Essa é mais uma garantia de que a sua empresa será indenizada
caso ocorra um sinistro.

Seguros para a Etapa de Instalação

Transporte Riscos de Engenharia

Normalmente, o fabricante ou distribuidor assume Repõe os equipamentos e a mão de obra


o transporte e o seguro associado. Mas, se isso não de instalação em caso de acidentes com a UFV;
ocorrer, não deixe de contratar essa modalidade
antes do início da viagem. A UFV será concluída, mesmo tendo havido acidente;

Inclui cobertura para danos ao proprietário


da obra e a terceiros.

Seguros para a Etapa de Operação

Riscos Diversos para Equipamentos Empresarial, Riscos Nomeados ou Operacionais

Para sistemas até R$ 20 milhões; Para sistemas acima de R$ 20 milhões;

Só cobre equipamentos contra Cobre obras civis e equipamentos


acidentes de causa externa; contra acidentes em geral;

Inclui danos elétricos à UFV e outros Inclui cobertura para Perda de Lucro
danos ao proprietário da obra e a terceiros. (ou de Aluguel) e danos a terceiros.

Seguro integrador – Todas as Etapas

Vidas/Acidentes Pessoais Seguro de Responsabilidade Civil Profissional

Morte e/ou acidentes pessoais de sócios Seguro muito procurado por empresas e também por
e empregados; profissionais liberais, como engenheiros, médicos,
contadores e corretores de seguros;
Cobertura 24h por dia, 7 dias por
semana, em todo o mundo; Indeniza prejuízos a terceiros decorrentes de
erros e omissões profissionais, desde o projeto
Seguro anual, independentemente até a instalação;
do número de UFVs.
Seguro contratado por um ano,
cobrindo todas as instalações.

Constituída em 1996, a ALFA REAL Corretora é especializada em


Aponte sua câmera para o QR Code produtos e serviços relativos a garantias e seguros corporativos,
com forte presença na área de energia. Trabalhamos com seguros
e baixe nosso ebook sobre seguros customizados para a cadeia de geração distribuída, incluindo
para UFV em operação. usinas fotovoltaicas de todos os portes.

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RBS Magazine 25
Batizado de Duceu, o em-
preendimento tem capacidade
para gerar 6.094 MWh/ano ou
508 MWh/mês, energia suficien-
te para abastecer o consumo
mensal de aproximadamente
2.000 residências.

Além do intuito de testar os Foto: vista aérea Usina


produtos e entender os desafios “Fazenda Prudente”, em
dos instaladores na concepção Prudente de Moraes / MG
de grandes plantas, o lucro ge-
rado por essa planta será dire-
cionado para o Instituto Água
Viva, que trabalha promovendo
assistência para comunidades
carentes do sertão nordestino,
através de ações de geração de
renda, promoção de saúde, es-
porte e educação.
Foto: vista aérea Usina
A segunda usina, implanta- “Fazenda Prudente”, em
da em Prudente de Morais/MG Prudente de Moraes / MG
possui 6,5 MWp de potência
instalada e 5 MW de potência
de inversor. Foram utilizados
14.040 módulos bifaciais de
460 Wp da Jinko e 40 inversores
Sungrow de 125 kW, instalados
na topologia virtual central com
subestação SKID.

Batizado de Fazenda Pru-


dente, o empreendimento tem Foto: vista aérea Usina
capacidade para gerar 13.094 “Fazenda Prudente”, em
MWh/ano ou 1.091 MWh/mês, Prudente de Moraes / MG
energia suficiente para abaste-
cer o consumo mensal de apro-
ximadamente 4.400 residências.

Ambos os projetos foram


concebidos com tecnologia
inovadora de rastreamento da
Alion Energy, que dispensa a
cravação de estacas no solo. A
instalação possui trilhos de con-
creto extrusado, o que permi- Foto: vista aérea
Usina “Duceu”, em
te uma construção mais rápida Montes Claros / MG
e eficiente.

Na Fazenda Prudente, os tri-


lhos foram pintados com tinta
branca para potencializar a gera-
ção dos módulos bifaciais. A ex-
pectativa é gerar até 9,5% a mais
de energia em comparação com
outra tecnologia de tracking que
não possui o tratamento do al-
bedo embarcado. Foto: vista aérea
Usina “Duceu”, em
Montes Claros / MG

26 RBS Magazine
Grupo SSM do Brasil detém um dos
maiores conglomerados de aço
transformado e alumínio do país
Empresa inaugurou nova unidade na região nordeste, com investimentos de
R$ 77 milhões e prevê geração de 2000 empregos diretos e indiretos

A
inauguração da nova mais de 2000 empregos diretos e tará com capacidade de produção
unidade fabril em Jabo- indiretos na região. de 3.600 toneladas mensais de aço
atão dos Guararapes, no transformado. Essa quantidade de
dia 1° de junho permitiu ‘’Será um grande passo para o forma anual é equivalente a 43 mil
que o mesmo se tornas- grupo o qual já vem se preparando toneladas. Já sobre a capacidade
se o detentor de um dos maiores a algum tempo para executar todo produtiva, a unidade será respon-
conglomerados destinado ao be- planejamento e que agora é a hora sável por três milhões trezentos e
neficiamento de aço e alumínio do de abastecer todo o mercado para vinte cinco mil painéis fotovoltai-
mercado nacional. Ao todo, o in- o crescimento do mercado solar e cos, sendo um total de 1.830 GWp.
vestimento aproximado da empre- iniciar as atividades no mercado
sa foi de 77 milhões de reais. da construção. Muitas frentes se- A unidade de Indústria de São
rão abertas e nossa equipe estará José dos Pinhais, a qual é volta-
A nova unidade fabril em Jabo- pronta para atender com agilidade da para a extrusão de alumínio
atão dos Guararapes - Pernam- e rapidez a todos’’, afirma Bebiano. com capacidade de produção de
buco, é voltada para alumínio ex- 400 toneladas mensais do pro-
trusão e aço transformado, conta Hoje o Grupo SSM do Brasil duto atualmente, o que equivale
com uma capacidade de produção tem os seguintes números a 4.800 toneladas anuais. Dessa
de 5.950 toneladas de aço men- forma, a capacidade produtiva
sal, o equivale a uma produção de A unidade de Aço de Curitiba anual é de três milhões quatro-
71.400 toneladas anuais. Com o que estava localizada no Atuba centos e vinte e oito mil painéis
novo investimento, a SSM do Bra- será levada para São José dos Pi- fotovoltaicos, sendo um total de
sil detém agora de uma capacida- nhais, em novo endereço, e con- 1.885 GWp.
de produtiva anual de aço de cinco
milhões e quinhentos mil painéis
fotovoltaicos, sendo um total de
3.025 GWp de produção.

Já em relação ao alumínio, a
empresa impera com uma capaci-
dade de produção de 1.200 tone-
ladas mensais do produto, que se
somados serão capazes de ofertar
14.400 toneladas por ano. A capa-
cidade produtiva anual da empre-
sa, portanto, para esse tipo de pro-
duto passa agora para dez milhões
e duzentos e oitenta e cinco mil
painéis fotovoltaicos, o que equi-
vale a um total de 5.680 GWp de
produção.

De acordo com Carlos Bebiano


CEO do Grupo SSM do Brasil, esta
nova unidade prevê a criação de

RBS Magazine 27
S O L A R D O B R A S I L

PRODUTOS
GARANTIA

25
ANOS

28 RBS Magazine
RBS Magazine 29
Selo de
Qualidade
Oeste Solar é certificada com a ISO 9001

A
empresa de energia foto- sos clientes. Então, esta certificação Segundo o consultor, além da
voltaica, genuinamente vem não só para agregar na qualida- transparência e da confiabilidade
mato-grossense, Oeste So- de dos serviços, mas como também que a ISO 9001 oferece aos clientes,
lar recebeu a certificação na eficiência destes serviços. Pois, tem uma estrutura de processos no
de qualidade mundial, a garantimos o que colocamos em qual agrega conhecimentos, habilida-
ISO 9001. Trata-se de um selo de ga- contrato. Cumprimos os resultados des, técnicas, gestão e requisitos nor-
rantia que regulamenta e certifica os que são gerados aos nossos clientes mativos em todos os seus processos.
processos de uma empresa e dos ser- investidores. Além disso, investimos
viços e/ou produtos fornecidos aos em capacitação dos nossos profis- “Representa um patamar de confian-
clientes para que haja normas padro- sionais para que consigam atender ça, credibilidade e solidez em relação
nizadas em todos os procedimentos. a demanda de trabalho de acor- as suas atividades com seus clientes”,
do com a solicitação dos serviços”, completou.
Para o diretor da empresa, Tia- afirmou Liliane.
go Vianna, a certificação vem em um CRITÉRIOS DE CERTIFICAÇÃO - Os
momento oportuno de expansão do Justino Nascimento é consultor critérios para conseguir a ISO 9001
mercado fotovoltaico e representa da Oeste Solar e acompanhou todo parte de tem uma norma conheci-
mais umas segurança e garantia aos o processo de certificação junto à da como NBR ISO 9001 que está na
clientes investidores da Oeste Solar. Gestão de Qualidade da empresa. Ele versão 2015. Essa norma traz vá-
“Desde o início da empresa sempre explica que a ISO 9000 é uma certifi- rios requisitos para que a empresa
prezamos por resultados eficientes na cação mundial presente em mais de se enquadre dentro dos critérios de
entrega de nossos serviços aos clien- 160 países com o objetivo fundamen- conformidade para seus produtos e
tes, o que nos credenciou a receber tal de reconhecer a conformidade de
serviços. Envolvem requisitos legais
este selo de qualidade e credibilidadequalquer tipo de trabalho de uma
no mercado brasileiro e mundial”, de- empresa. Destaca ainda que a ISO e requisitos do produto, este últi-
clarou Vianna. 9001 apresenta requisitos para que a mo pode ser expresso pelo cliente
empresa desenvolva um processo de também
Segundo a gestora de Qualida- conformidade de seus produtos ou
de da Oeste Solar, Liliane Cerqueira, de seus serviços. Esses critérios são desenvolvidos
a empresa tem um patamar de re- dentro de uma conjuntura de gestão,
presentatividade grande no que diz “A certificação representa para a técnica e habilidades. Uma vez aten-
respeito a clientes investidores em empresa uma confiabilidade e segu- didos esses critérios, a empresa está
relação ao mercado de energia foto- rança de todos aqueles que recebem apta a receber uma auditoria de cer-
voltaica a certificação pela ISO 9001 serviços ou produtos de uma empre- tificação. O auditor externo faz uma
representa que os serviços são todos sa certificada. É como uma terceira avaliação em período definido para
realizados, em geral, de forma pa- parte. No caso, a certificadora que averiguar todos os requisitos que a
dronizada. Destacou também que a certificou a Oeste Solar foi uma cer- organização de saúde desenvolveu
empresa possui programas de treina- tificadora americana chamada GCS.
Então, essa terceira parte recomenda com base na norma ISO 9001. Atendi-
mentos para os colaboradores.
e indica que a empresa ela tem toda dos esses requisitos, a empresa está
“Temos procedimentos, formulá- a confiabilidade atestada em que os habilitada para receber o certificado,
rios e registros de acompanhamento clientes podem consumir de maneira passando a ter um registro dessa cer-
de serviços onde conseguimos man- segura todos os produtos ou serviços tificação publicada no Brasil através
ter um padrão de qualidade desses dessa empresa”, detalhou Nascimen- do Inmetro e também publicada a ní-
serviços que são fornecidos aos nos- to. vel mundial.

30 RBS Magazine
RBS Magazine 31
Entrevista

Entrevista exclusiva com


ABEL CUNHA JÚNIOR, gerente
de vendas da SOLPLANET

Solplanet é uma marca da AISWEI, que fabrica inversores desde 2007. AISWEI,
também anteriormente conhecida como subsidiária chinesa da SMA, tem
fabricado com sucesso produtos de alta qualidade e confiáveis para marcas
renomadas como SMA e Zeversolar

RBS Magazine - A Solplanet energia. Quais são os principais


é impulsionada pela ideia de OS INVERSORES produtos fornecidos e suas fun-
uma revolução da energia solar,
criando produtos que combi- SOLPLANET CONTAM cionalidades?
nam a força da eficiência chine-
sa e altos padrões de qualidade.
COM 10 ANOS A Aiswei é uma empresa de
pesquisa e desenvolvimento
Fale sobre o desenvolvimento da DE GARANTIA que vai trazer muitas inovações
empresa e essa representação in-
ternacional? PADRÃO, TENDO A para o setor. Estamos muito
atentos às tendências de quali-
ABEL CUNHA JÚNIOR -
POSSIBILIDADE DE dade e segurança exigidas pelo
mercado mundial. Temos in-
Acreditamos que todas as fa- EXTENSÃO PARA ATÉ versores com o sistema AFCI,
mílias tem o direito de usufruir
das novas tecnologias susten- 20 ANOS... sistemas híbridos, baterias,
carregador veicular e tecno-
táveis, por isso nosso lema é logia de desligamento rápido,
“Solar para Todos”. Nos esfor- propostas que já são tendência
çamos muito para desenvolver Sim, a Solplanet fechou uma entre os consumidores.
produtos com grande qualida- estratégia muito importan-
de, confiáveis e fáceis de utili- te com a Sou Energy, empresa RBS Magazine - Como funcio-
zar. Já são 15 anos dedicados qualificada pela pesquisa Gree- na a garantia dos produtos da
exclusivamente ao mercado de ner 2022 como a terceira maior Solplanet no Brasil? A Solplanet
inversores solares e uma gran- distribuidora de energia solar pensa em possuir algum modelo
de experiência no mercado in- no Brasil. O foco de ambas é de operação local?
ternacional. entregar produtos e serviços
com muito mais qualidade aos Os inversores Solplanet con-
RBS Magazine - Recentemente consumidores do segmento so- tam com 10 anos de garantia
a Solplanet assinou um acordo lar. padrão, tendo a possibilidade
de cooperação estratégica jun- de extensão para até 20 anos,
to a Sou Energy com o objetivo RBS Magazine - A empresa vem diretamente com a nossa fá-
de criar um desenvolvimento trabalhando para criar a melhor brica através do nosso website.
sustentável para o futuro da experiência possível para distri- Todos os clientes Solplanet já
energia limpa no País. Conte so- buidores, instaladores e usuá- contam com atendimento téc-
bre essa parceria e porque ela é rios finais nos segmentos de fo- nico no Brasil, podendo ser
importante para o mercado de tovoltaicos, inversores híbridos, acionado diretamente através
energia fotovoltaica da América carregador de veículos elétricos do distribuidor autorizado ou
Latina? e sistema de gerenciamento de pelos nossos canais próprios.

32 RBS Magazine
RBS Magazine 33
Artigo

A GERAÇÃO DISTRIBUÍDA
nas propriedades rurais do
Rio Grande do Sul
com foco no agronegócio:
CULTURA ORIZÍCOLA
José Wagner Maciel Kaehler Natália Braun Chagas Claudio Schepke
Prof. Dr. Eng. – josekaehler@unipampa.edu.br Profª. Drª. Engª. – nataliachagas@unipampa.edu.br Prof. Dr. – claudioschepke@unipampa.edu.br

RESUMO
O cultivo do arroz irrigado no Brasil nas safras 2020/ 21 e 2021/ 22 compreendeu uma área plantada média de 1,304.000 milhões de hectares com uma
produção média prevista de 10,368 milhões de toneladas de arroz, resultando numa produtividade média de 7.952,4 kg/ha. A cultura no Rio Grande do Sul
é praticamente toda de arroz irrigado, ocorrendo de forma semelhante nos países fronteiriços, no caso Argentina e Uruguai. No restante do País a cultura
é de arroz de sequeiro adaptado a um cultivo tradicional com irrigação natural. Entretanto, não alcança a produtividade do arroz irrigado, tendo ainda um
valor agregado ao produto inferior, dado pelo mercado consumidor. Encontram-se três modalidades de irrigação mecanizada em termos de área plantada,
a saber: a eletromecânica (51,2%), a diesel-mecânica (19,1%) e a natural (29,7%). Os motores têm em média uma potência instalada de 150 CV por unidade.
A carga opera nos meses de verão por um período variável de 90 a 120 dias, durante 21 horas do dia. Estes períodos variam com as condições pluviomé-
tricas. Segundo o censo do Instituto Rio-grandense do Arroz – IRGA a carga de bombeamento eletromecânico é superior a 384 mil CV, seguida de 144 mil
CV´s ainda a diesel. Inúmeras ações de conservação de energia vêm sendo empreendidas pelas concessionárias de distribuição de energia elétrica, dentro
de seus programas anuais de eficiência energética, que apontam potenciais de redução da ordem de 40%. Estas medidas envolvem desde o transformador
de média tensão (23 kV / 380 V) até as canalizações de sucção e recalque, passando pelo motor elétrico, bomba hidráulica e sistemas de controle de vazão.
A automatização dos processos de irrigação com a utilização de controladores de velocidade para adequar a vazão refletem impactos que alcançam índices
da ordem de 80% de redução de uso da energia e água. Assim, este trabalho explora o potencial de conservação de energia e de água e da perspectiva de
implantação de pequenas fontes de geração elétrica descentralizada que decorre da adoção de medidas de eficiência, eficácia e efetividade energética nos
processos produtivos mecanizados nas lavouras de arroz. O Ministério do Desenvolvimento Regional – MDR vem desenvolvendo como política de sustenta-
bilidade especificamente na questão da irrigação. Com o suporte à sete polos estaduais busca o MDR ações estratégicas para assegurar o desenvolvimento
do setor agrícola do País, que responde pela ampla carteira de exportação. No Rio Grande do Sul o Polo de Agricultura Irrigada da Bacia do Rio Santa Maria
no Rio Grande do Sul foi concebido e iniciado a mais de dez anos, tendo como base a construção de duas barragens de irrigação, nos arroios Taquarembó
(116 hm3) e Jaguarí (122 hm3) situadas entre os municípios de Dom Pedrito, Lavras do Sul, São Gabriel e Rosário do Sul. No atual governo federal o MDR deu
prioridade a continuidade do mesmo, passando por uma revisão de porte, através da Associação dos Usuários da Bacia do Rio Santa Maria - AUSM. Assim,
tornou-se possível ampliar a área irrigada, passando para 117.000 hectares, ampliando em 8,1 vezes a área irrigada e multiplicando por 3,6 o comprimento
dos canais (295 km). Por outro lado, o agronegócio vem evoluindo em função dos preços internacionais de grãos, fazendo com que a cultura da soja passe a
preponderar sobre as demais culturas. Isto implica na mudança tecnológica do serviço energético de irrigação mecanizada, que passa da predominância da
irrigação por inundação na cultura do arroz, para a irrigação por aspersão, usando pivôs. As duas barragens em questão não preveem atualmente aproveita-
mentos hidrelétricos, apesar da forte implicação na disponibilidade de energia elétrica. Os empreendimentos situam-se no limite da poligonal de concessão
entre a distribuidoras CEEE EQUATORIAL e a RGE. Diante disso, existe uma zona onde o suprimento de energia elétrica é fortemente deficitário, por falta
de alimentadores de média tensão. Implica que grande parte da demanda energética de irrigação, secagem e armazenagem de grãos é feita pelo uso de
sistemas à diesel. Buscando atualizar e adequar os requisitos socioeconômicos, técnicos e ambientais ao abastecimento energético do Polo de Irrigação, o
MDR e a AUSM firmaram parceria com a UNIPAMPA, através do Campus Alegrete para reavaliar inteiramente as demandas energéticas dos processos pro-
dutivos e de serviços energéticos de uso final, compreendendo a redefinição da malha elétrica necessária tanto para fazer frente a atual situação, onde não
estão operando as barragens, assim como após a conclusão das mesmas e de seus canais de irrigação. Implica ainda numa reavaliação da potencialidade de
geração distribuída com base nos recursos hidráulicos, solares, eólicos e de biomassa, assinalando as melhores opções de exploração integrada, tanto para
as propriedades rurais de forma individual, como para as possibilidades de consórcios ou condomínios de produção de energia elétrica.

O
PALAVRAS-CHAVE - Sistemas Elétricos de Bombeamento para Irrigação, Geração Distribuída, Conservação de Energia, Orizicultura.

uso da energia elé- nergéticos, assim com o elevado dos sistemas Eletroenergéticos.
trica representa um impacto ambiental e social que Diálogos e interações entre os
indicativo de moder- resulta da sua produção, trans- clientes e os concessionários dos
nidade e eficiência porte e distribuição, impõe que serviços públicos de distribuição
dos processos pro- este recurso energético seja em- de energia elétrica que pratica-
dutivos e serviços energéticos pregado com eficiência. A forte mente inexistiam, agora são via-
de uso final. No entanto, o gran- evolução observada nas comu- bilizados pelas redes de comuni-
de volume de recursos finan- nicações, atrelada à inovação e cação e informação. Este olhar
ceiros que são requeridos para disseminação das tecnologias diferente para o mercado, onde
a implantação, operação e ma- de informação suscitaram novas efetivamente o interesse do
nutenção dos sistemas eletroe- oportunidades de exploração cliente deve ser levado em conta

34 RBS Magazine
Artigo

não somente ao ção de energia


pagar a fatura elétrica, através
de energia, mas de um modelo
principalmen- de compensação
te nos condi- dos aportes de
cionamentos e energia elétri-
oportunidades ca. Constituiu-se
que surgem no numa evolução
uso adequado do caráter me-
e eficiente da ramente regula-
energia elétrica, tório da Resolu-
é o que se vis- ção 482 de 2012
lumbra para um da ANEEL. Esta
futuro próximo. nova legislação
Este se cons- assegura tanto
titui no princi- a implantação e
pal desafio às a exploração de
concessionárias recursos ener-
dos serviços de géticos renová-
distribuição de veis na produção
energia elétri- descentralizada
ca no mercado de energia elé-
brasileiro, pois o trica, como da
cliente, antes inteiramente pas- perspectiva de integração da
sivo e cativo da concessionária, hidráulica e solar. A proprieda- geração distribuída em redes in-
passa a assumir um papel proa- de rural constitui-se em sua es- teligentes que podem assegurar
tivo, buscando as melhores ofer- sência num sistema de produ- outros benefícios além da pro-
tas de fontes de geração, assim ção descentralizada de energia dução de energia elétrica.
como se dispondo a contribuir renovável, dada a quantidade
para com o sistema eletroener- de recursos primários que são CHOWDHURY & CROSSLEY
gético brasileiro através da ge- incorporados na mesma. A situ- posicionam os chamados “smart
ração descentralizada. A ampla ação real hoje destas proprie- grid” de maneira mais ampla,
utilização das tecnologias da dades, sejam elas dedicadas ao na interseção entre o sistema
informação e da comunicação agronegócio ou mesmo àquelas eletroenergético, as tecnologias
promovem novos patamares de voltadas para a agropecuária fa- da Informação e a rede de tele-
competitividade e produtividade miliar, é uma acentuada depen- comunicações. Na verdade, ela
no uso da energia. dência dos sistemas elétricos de transcende o setor eletroener-
distribuição rural. Sabidamente, gético inserindo-se e comple-
Particularmente no meio ur- os custos de atendimento destes mentando os outros sistemas de
bano, a energia elétrica respon- tipos de clientes não se mostram informação e comunicação utili-
de pela qualidade de vida e pela atrativos para o concessionário zados pelos clientes. Utilizando a
sustentabilidade da comunida- dos serviços públicos de distri- rede elétrica (PLC), a fibra ópti-
de. Desde a questão de sobrevi- buição de energia elétrica. A dis- ca, ou sistemas de comunicação
vência, passando pela segurança persão geográfica dos clientes, sem fio (satélite, micro-ondas,
e seguindo pelo desenvolvimen- associado às baixas demandas etc.), estas redes permitem o
to sustentável no seu verdadei- das cargas elétricas, faz com que controle do sistema de gera-
ro sentido, compreendendo a o atendimento dos mesmos seja ção, transmissão, distribuição e
questão social, econômica e am- encarado como um ônus. usos finais de energia em tem-
biental. po real, com a troca de dados e
Buscando fomentar no míni- informações, visando otimizar
Por outro lado, no meio ru- mo a autonomia energética dos a confiabilidade do sistema, a
ral a energia responde pela sus- clientes usuários de energia elé- gestão dos equipamentos envol-
tentabilidade socioeconômica trica e servindo como um pres- vidos, a segurança e a qualida-
das pessoas e dos negócios en- suposto capaz de incentivar a de do atendimento ao mercado
volvidos. A sua carência resulta propagação da geração distribuí- de energia.
normalmente em prejuízos mui- da de energia elétrica o Governo
tas vezes irrecuperáveis. No en- Federal promulgou a Lei Federal Ações de Gestão de Energia,
tanto, a propriedade rural conta 14.300 de 06 de Janeiro de 2022, sejam elas pelo lado da Deman-
com potenciais, muitas vezes estabelecendo legislativamente da, direcionando a forma com
bastante significativos, de explo- as condições gerais para o aces- que os clientes utilizam e con-
ração dos recursos renováveis, so da micro e mini geração distri- somem energia, ou pelo lado da
como a biomassa verde, eólica, buída aos sistemas de distribui- Oferta com a disseminação da

RBS Magazine 35
Artigo

geração distribuída e da esto-


cagem energética, vêm oportu- Tabela 1: Arroz Irrigado no Brasil – Comparativo de Área,
nizando ações de implantação Produção e Produtividade nas Safras 2020/21 3 2021/22
e operação automatizada, uti-
lizando os sistemas de comuni-
cação e informatização das con-
cessionárias. No segmento do
agronegócio estas tecnologias
vêm complementar ações que
promovem a produtividade da
produção, denominada de Agri-
cultura de Precisão.

Dispor de forma otimizada


da energia produzida de manei-
ra descentralizada agrega valor
ao segmento agrícola. Neste
caso, as grandes propriedades
podem assegurar um elevado cançar valores significativos de souberem armazenar e utilizar a
grau de independência energéti- produção de energia elétrica, água para a produção agrícola. O
ca, garantindo no mínimo a dis- também assegurando suas ne- Ministério do Desenvolvimento
ponibilidade para suas ativida- cessidades essenciais e comer- Regional – MDR é responsável
des essenciais, podendo atingir cializando em associativismo os pela condução da Política Na-
graus de produção elevados que excedentes de geração. A evo- cional de Irrigação, Lei n°12.787,
seriam estocados em sistemas lução da legislação permite hoje de 11 de janeiro de 2013, con-
próprios de armazenamento, o suprimento de energia elétrica forme preconiza a Lei n°13.844,
como em barragens na forma por parte dos cooperativados de de 18 de junho de 2019. Nesse
hídrica, bancos de baterias ou maneira descentralizada e sendo sentido o MDR possui diversas
no Sistema Elétrico Nacional. entregue pelo Sistema Interliga- ações voltadas a expansão da ir-
Em princípio, hoje é permitido do Nacional – SIN para as unida- rigação para o desenvolvimento
a produção de energia em mi- des agroindustriais que fazem a regional, tais como: os Polos de
cro e mini escala, de forma in- estocagem e o beneficiamento Produção Irrigada e os Projetos
dividual ou consorciada, a partir dos grãos instaladas próximo às Públicos de Irrigação. Além dis-
de fontes renováveis, podendo cidades. so, de modo a possibilitar um
servir para consumo no próprio maior intercâmbio de informa-
local ou em outro pertencente O Contexto de Aplicação no ções e de articulação entre o po-
ao mesmo gerador (igual CPF setor orizícola der público e o setor da irrigação
ou CNPJ) ou cooperativado. Isto o MDR dispõe da Câmara Técni-
para o caso rural possibilita a O Brasil, mesmo com um ca-Setorial de Produção Irrigada,
geração de energia elétrica nas potencial estimado em 30 mi- Portaria n°137, de 23 de janeiro
propriedades voltadas ao agro- lhões de hectares, irriga apenas de 2020.
negócio com a entrega em pon- 7 milhões de hectares (Mha),
tos de estocagem ou beneficia- aproximadamente, e ocupa a sé- Particular atenção é dada
mento de grãos instalados em tima posição mundial. O Gover- para a produção de grãos, uti-
áreas urbanas. no Federal promove forte ação lizando tecnologias que pro-
de suporte ao setor agropecu- movam a produtividade dentro
Para a agropecuária fami- ário, aportando segurança para dos preceitos e premissas do
liar a exploração consorciada ou a produção, para a alimentação desenvolvimento sustentável.
cooperativada também pode al- e para o comércio daqueles que Neste contexto, conforme mos-

Tabela 2 – Cultura do Arroz Irrigado no Rio Grande do Sul – Brasil

36 RBS Magazine
Artigo

Gráfico 1: Impacto da Carga de Irrigação Mecanizada na Fronteira Oeste do Estado


trado na Tabela 1, o cultivo do do RGS: Carregamento dos Transformadores de Alegrete 2,
arroz irrigado no Brasil segundo Maçambará, Uruguaiana 5 e São Borja 2
dados levantados pela Compa-
nhia Nacional de Abastecimento
- CONAB nas safras 2020/ 21 e
2021/22 compreendeu uma área
plantada média de 1,304.000 mi-
lhões de hectares com uma pro-
dução média prevista de 10,368
milhões de toneladas de arroz,
resultando numa produtividade
média de 7.952,4kg/ha. Obser-
va ainda a CONAB uma queda
de produtividade média de 8,6%
em decorrência da estiagem
ocorrida na Região Sul do Bra-
sil. Esta responde por uma área
plantada média de 1.113.000
hectares (86%), com uma produ-
ção média de 8,280 milhões de
toneladas de grãos (4,2%) o que
resulta numa produtividade mé-
dia de 7.952,4 kg/ha. Esta Região Tabela 3: Estimativas de impacto das cargas diesel e elétricas e suas
apresenta uma produtividade perspectivas de promoção de uso eficiente do processo produtivo rural
4,2% superior à média brasileira.

O processo de cultivo des-


te arroz é diferenciado uma vez
que adota o processo de irriga-
ção por inundação da lavoura,
sendo mantida uma lâmina de
água de 5 a 10 cm ao longo de
todo o crescimento e matura-
ção da planta. No resto do Bra-
sil pratica-se a cultura de um de participação dos energéticos mecanizada do Rio Grande do
tipo de arroz que não requer na irrigação verificados no pe- Sul utilizando combustível die-
irrigação permanente, adapta- ríodo 2004 - 2019 tem-se como sel chega a 19,1%. Isto decorre
do a um cultivo tradicional com resultado a Tabela 2 de decom- do processo de universalização
irrigação natural. Entretanto, posição da carga instalada de ir- do acesso a eletricidade, pro-
não alcança a produtividade do rigação mecanizada nas diferen- grama estratégico do governo
arroz irrigado, tendo ainda um tes regiões do Estado. Pode-se federal, que disseminou siste-
valor agregado ao produto infe- observar a elevada concentração mas monofásicos com retorno
rior, pouco aceito pelo mercado de carga já atendida por energia pela terra (MRT), o que implicou
consumidor. elétrica (51,2%) existindo ainda numa forte limitação no porte
um potencial de conversão de das cargas elétricas rurais. Outro
Nas safras 2020/21 e diesel para elétrico (19,1%) sig- ponto importante a observar é a
2021/22, o Rio Grande do Sul nificativo. A tendência é de sua representatividade da irrigação
teve uma área plantada média conversão em decorrência dos natural na cultura de arroz. Esta
de 951.700ha (73% da área na- custos elevados do uso do diesel, é provida através de barragens
cional cultivada) com uma pro- quando houver disponibilidade e açudes com canais de fundo
dução de arroz 8,280 (66,9%) e capacidade de rede para aten- ou sifões. A captura e capitali-
milhões de toneladas com uma der a carga dentro dos critérios zação de um bem natural, que é
produtividade média de 9.280 do PRODIST/ANEEL. Resultados a pluviosidade através de barra-
kg/ha. Esta cultura no Estado é verificados assinalam economias mentos para utilização posterior
praticamente toda de arroz irri- superiores a 60 % no processo constitui-se do ponto de vista
gado. de conversão, mesmo tendo de ambiental numa RESERVA LEGAL
investir em redes próprias de de um bem natural, no caso a
Adotando os dados de le- média tensão (23 kV). água.
vantamento de área plantada da
lavoura do Rio Grande do Sul e Como apresentado, a pre- São situações passíveis de
guardando a mesma proporção sença de sistemas de irrigação serem aproveitadas para a pro-

RBS Magazine 37
Artigo

dução descentralizada de ener-


gia hidrelétrica enquanto estiver
ocorrendo o procedimento de
irrigação e/ou capitalizando os
excedentes hídricos que ocor-
rem ao longo do ano, fora do
período se safra. Duas grandes
concessionárias de distribuição
de energia elétrica atendem este
mercado. A RGE com 58% da
área, principalmente nas regiões
da Fronteira Oeste, Campanha,
Norte, Noroeste e no Centro do
Rio Grande do Sul e a CEEE-E- Figura 3 – Conformação geofísica das barragens e seus canais de irrigação
quacional com os 42% restantes
na Planície Costeira e na Região
Sul do Estado.

O Gráfico 1 demonstra que


a carga elétrica é fortemente
sazonal, ocorrendo em média
120 dias do ano, ao longo dos
meses de novembro a março
do ano subsequente. No perí-
odo de entressafra, a carga das
subestações de transmissão e
distribuição de energia elétrica
das diferentes regiões, respon-
dem por no máximo 30% da car-
ga demandada nos períodos de
safra. Frente a este problema a
RGE vem desenvolvendo ações,
visando diagnosticar o mercado Tabela 4: Propriedades Rurais a serem beneficiadas pela operação das
barragens, seus processos produtivos e disponibilidade energética e elétrica
rural e a propor soluções que
viabilizem associar o combate ao
desperdício de energia elétrica,
de promoção de seu uso racio-
nal e de redução de seu impac-
to no sistema elétrico tanto da
Concessionária como do Sistema
Elétrico Brasileiro.

A Tabela 3 estima em mais


de 528.225 CV ou 364.898,7
kW, que poderiam ser reduzidos
para cerca de 193.248,77 kW no
processo produtivo rural: Sis-
temas de Irrigação Mecanizado
por Inundação para a lavoura
orizícola. Este montante poderia elétrica com qualidade do pro- recursos energéticos renováveis
ser também assinalado como o duto (Perfis de Tensão aderen- no meio rural será abordado o
potencial de geração distribuída, tes ao PRODIST 6) e de qualidade conjunto de ações que o Minis-
explorando de forma integrada dos serviços, garantindo conti- tério do Desenvolvimento Regio-
os principais recursos energé- nuidade e confiabilidade do for- nal – MDR vem desenvolvendo
ticos renováveis que aportam à necimento de energia elétrica. como política de sustentabili-
propriedade rural: Solar Fotovol- dade especificamente na ques-
taico e Térmico, Eólica, Hidráu- A Exploração Integrada de tão da irrigação. Com a suporte
lico e Biomassa. Outras cargas Recursos Energéticos Renová- à sete polos estaduais busca o
bastante significativas como de veis MDR assegurar o desenvolvi-
secagem e armazenamento de mento do setor agrícola do País,
grãos implicam também na ne- Como exemplo prático desta que responde pela ampla cartei-
cessidade de dispor de energia nova forma de exploração dos ra de exportação.

38 RBS Magazine
Artigo

O Polo de Agricultura Irriga- fortemente deficitário, por falta Por outro lado, constata-se
da da Bacia do Rio Santa Maria de alimentadores de média ten- pela Figura 2 que as proprieda-
no Rio Grande do Sul foi con- são. Isto implica que toda a de- des rurais se situam numa região
cebido e iniciado a mais de dez manda energética de irrigação, de fronteira entre as duas con-
anos, tendo como base a cons- secagem e armazenagem de cessões de distribuição o que
trução de duas barragens de ir- grãos é feita pelo uso de siste- provoca um vazio de atendimen-
rigação, no arroio Jaguarí (122 mas a diesel. to elétrico por parte dos serviços
hm3), conforme Figura 1 e arroio concedidos.
Taquarembó (116 hm3) confor- A Tabela 4 sintetiza a pros-
me Figura 2, situadas entre os pecção efetuada pela AUSM com Buscando atualizar e ade-
municípios de Dom Pedrito, La- seus associados, estabelecendo quar os requisitos socioeconô-
vras do Sul, São Gabriel e Rosá- uma panorâmica dos processos micos, técnicos e ambientais
rio do Sul. Inicialmente, previa a produtivos de uso final e do res- ao abastecimento energético
irrigação de 14.540 hectares de pectivo suprimento de energia. do Polo de Irrigação, o MDR e a
cultura de Arroz. Por diversas AUSM firmaram parceria com a
razões, dentre outras as econô- Neste levantamento foi ca- UNIPAMPA, através do Campus
micas, este empreendimento se racterizado que 64% das pro- Alegrete para reavaliar inteira-
arrastou e até hoje não foi con- priedades não possuem energia mente as demandas energéticas
cluído. No atual governo federal trifásica. A maioria é atendida dos processos produtivos e de
o Ministério do Desenvolvimen- por sistema monofásico com re- serviços energéticos de uso fi-
to Regional – MDR deu priori- torno pela terra (Sistema MRT), nal, compreendendo a redefini-
dade a continuidade do mesmo, limitando fortemente o uso da ção da malha elétrica necessária
passando por uma revisão de energia elétrica, por constituí- tanto para fazer frente a atual
porte, através da Associação dos rem-se em sistemas monofási- situação, onde não estão ope-
Usuários da Bacia do Rio Santa cos de baixa capacidade (1 – 10 rando as barragens, assim como
Maria - AUSM. kVA). O aumento de carga es- após a conclusão das mesmas.
timado com a implementação Implica ainda numa reavaliação
Com a redefinição e reor- das barragens e dos canais é da potencialidade de geração
denamento do sistema de ca- de 38.551,50 CV e uma deman- distribuída com base nos recur-
nais, tornou-se possível ampliar da ampliada de 47.309,11 kVA. sos hidráulicos, solares, eólicos
a área irrigada, passando para Desta demanda, as proprieda- e de biomassa, assinalando as
117.000 hectares, ampliando des sem energia trifásica con- melhores opções de exploração
em 8,1 vezes a área irrigada e tribuem com 23.575,50 CV ou integrada, tanto para as proprie-
multiplicando por 3,6 o compri- 28.664,83 kVA. Esta estimativa dades rurais de forma individu-
mento dos canais (295 km). Por de conversão decorre das práti- al, como para as possibilidades
outro lado, o agronegócio vem cas tradicionais de substituição de consórcios ou condomínios
evoluindo em função dos preços de equipamentos alimentados de produção de energia elétri-
internacionais de grãos, fazendo por diesel e substituídos por ca. Considerando-se as extensas
com que a cultura da soja passe unidades elétricas sem levar em áreas disponíveis na região e o
a preponderar sobre as demais conta o desperdício de energia potencial solar do Rio Grande do
culturas. Isto implica na mudan- como um todo (Elétrica, Mecâni- Sul, a Lei Federal 14.300 permi-
ça tecnológica do serviço ener- ca e Hidráulica). tirá aos proprietários capitalizar
gético de irrigação mecanizada,
que passa da predominância da Figura 2 – Rede Elétrica de Distribuição de Energia em verde a rede
irrigação por inundação na cul- de 23,0 kV da RGE e em Vermelho a rede de 13,8 kV da CEEE - Equacional
tura do arroz, para a irrigação
por aspersão, usando pivôs.

A Figura 3 contextualiza
o projeto, salientando que as
duas barragens em questão não
preveem atualmente aprovei-
tamentos hidrelétricos, apesar
da forte implicação na disponi-
bilidade de energia elétrica. Os
empreendimentos situam-se no
limite da poligonal de conces-
são entre as distribuidoras CEEE
EQUATORIAL e a RGE. Diante
disso, existe uma zona onde o
suprimento de energia elétrica é

RBS Magazine 39
Artigo

este recurso e, desta forma, re- Dentro do contexto geográ- ções bem distintas ao considerar
duzir seus custos de produção, fico da bacia do rio Santa Maria na metodologia de levantamen-
melhorando os indicadores de em sua parte alta estabelece-se to de dados. Do ponto de vista
qualidade do produto e dos ser- como linha de base o atendi- da distribuição em média ten-
viços energéticos. mento aos requisitos energéti- são, a área de concessão da RGE
cos da irrigação, por inundação que abrange os municípios de
Todo o projeto é desenvolvi- e/ou por aspersão, a secagem Rosário do Sul e São Gabriel, é
do de forma orientada a objeto e a armazenagem agrícola, uti- atendida por rede em 23 kV es-
georreferenciado, usando a base lizando energia elétrica quando tando em processo de reabilita-
do ArqGIS para estruturação, disponível ou óleo diesel como ção, com a troca de condutores,
processamento, análise, avalia- solução prática de pouca eficiên- postes e instalação de para-raios
ção e síntese dos resultados e cia e elevado custo. Assim, os da- de linha, para proteção contra
soluções propugnadas. Visando dos de levantamento da AUSM descargas atmosféricas.
facilitar a acessibilidade, o pro- devem ser atualizados tendo em
cesso é reproduzido na platafor- vista que muitas propriedades Na área de concessão da
ma do Google Earth para difusão foram vendidas ou arrendadas, CEEE Equatorial prepondera ali-
dos resultados. não refletindo a realidade atual mentadores em 13,8 kV bastante
de hábitos e usos da terra. Isto antigos e com pouca capacidade
2. PROCEDIMENTOS DE DE- fica evidente com a penetra- de carregamento. Além disso, a
SENVOLVIMENTO ção do cultivo da soja, irrigada região de fronteira da concessão
por aspersão quando possível das duas empresas apresenta-se
Como base na metodologia e disponível, que veio a compe- como um vazio completo, o que
adotada neste projeto procu- tir, por razões do mercado de implica na ampla utilização de
rou-se dar elementos que con- preços do produto, com a orizi- sistemas diesel-elétricos. Estas
substanciem a implantação de cultura tradicional, irrigada por demandas requerem um maior
um Sistema de Informações para inundação. detalhamento e atualização para
Apoio à Decisão – SIAD, visando buscar definir um novo perfil de
tanto o planejamento como a A alternativa em validação atendimento da carga por parte
gestão de ações que implemen- passa pela operacionalização dos alimentadores existentes.
tem de forma eficiente, eficaz das barragens dos arroios Jagua-
e efetiva a produção e o uso de rí e Taquarembó, afluentes do Por outro lado, quanto ao
água e de energia no segmento rio Santa Maria que contribuirão planejamento da construção
agrícola. Assim, caracteriza-se inicialmente para a regulariza- das duas barragens, somen-
como um processo exploratório, ção da vazão neste último. Isto te foi enfocado o atendimento
com forte pesquisa de campo do colaborará para que aqueles sis- dos requisitos hídricos para a
contexto vinculado às áreas be- temas de irrigação que captam irrigação e abastecimento ur-
neficiadas pelas duas barragens água do rio Santa Maria tenham bano. Não houve preocupação
em questão na Bacia do Rio San- uma maior estabilidade de va- maior em prover a geração de
ta Maria, RS. Para tanto, capita- zão. Com a construção da rede energia elétrica mesmo naque-
liza uma base de dados funda- de canais de irrigação, original- las situações que demandariam
mentada naquelas informações mente destinada a promover a pressões e vazões menores para
georreferenciadas e disponibili- irrigação da orizicultura por gra- operação das vazões ecológicas
zadas pela Agência Nacional das vidade, faz-se necessário reava- ou alimentação dos canais de
Águas – ANA, pela Associação liar os processos tendo em vista irrigação. A política energética
dos Usuários da Água do Rio San- que a forma de irrigação passan- atual, incentivando a geração
ta Maria – AUSM, pelo Cadastro do a ser feita por pivôs, condicio- distribuída, impõe uma reanáli-
Ambiental Rural – CAR, pelo Sis- nará os sistemas não mais por se dos projetos de construção,
tema de Outorga de Água do Rio vazão, mas sim por pressão. Isto visando otimizar os recursos
Grande do Sul – SIOUT, da rede promoverá uma redução na de- hídricos disponíveis, de forma
elétrica das concessionárias de manda de água em volume, re- a atender prioritariamente os
distribuição de energia elétrica, querendo agora níveis de pres- requisitos de irrigação e com-
RGE e CEEE Equacional. são suficientes para atender as plementarmente a produção de
linhas de aspersão. Estas são as energia hidrelétrica. Assim pro-
A estas bases agregam-se principais observações que de- cedeu-se com um levantamento
aquelas que foram desenvol- vem ser cumpridas pelos proce- de campo das informações dos
vidas pelo projeto, estruturan- dimentos de levantamento das proprietários e arrendatários,
do e consubstanciando tanto o demandas de energia elétrica estimando o potencial de cultu-
Lado da Demanda (usos ener- pelos usos finais dos processos ra em várzea e coxilhas que se-
géticos em processos produti- produtivos. riam explorados nas culturas de
vos) como da Oferta (produção, arroz, soja, milho e outras que
transmissão e distribuição) de Pelo lado da oferta de ener- são demandantes de irrigação
Energia. gia elétrica tem-se duas situa- natural e/ou mecanizada. Um

40 RBS Magazine
Artigo

ponto importante de preserva- regularização das vazões do rio dros de plantio de arroz e mes-
ção ambiental é a identificação Santa Maria e de seus afluen- mo na promoção da micro e da
das nascentes e afloramentos tes, assim como pelos canais mini geração de energia elétrica
hídricos existentes na proprieda- de irrigação, contam com bar- em barragens, sifões e canais
de. Busca-se também identificar ragens de acumulação de água de adução.
as áreas susceptíveis de serem para irrigação, assim como áreas
barradas para a construção de potenciais para implantação de Através do sistema proposto
reservatórios hídricos em uma novos pontos de armazenamen- será possível verificar para cada
ou mais propriedades lindeiras. to hídrico. Isto abre espaço para propriedade rural a demanda
Constata-se também os poten- prospectar potenciais de novos atual e futura de energia, a ca-
ciais de aproveitamento ener- pontos de produção hidroelétri- pacidade de geração descen-
gético das barragens e canais ca descentralizados, agora nas tralizada de energia elétrica
responsáveis pela irrigação por próprias propriedades e condi- por categoria e capacidade de
gravidade. Com base no traça- cionado às questões de irriga- produção.
do dos futuros canais, estimam- ção por gravidade ou por apro-
-se os pontos de bombeamento veitamento da vazão que seria O sistema ora em desenvol-
mecanizados. Tendo como refe- vertida quando não houvesse vimento representa uma nova
rência o Sistema de Outorgas – irrigação. visão no desenvolvimento do
SIOUT do RS, os levantamentos segmento rural, rompendo com
de campo e as sínteses das Fa- EVOLUÇÃO DO PROJETO o monopólio da agropecuária,
turas de Energia Elétrica, avaliar propiciando a transformação da
as alternativas de atendimento O projeto suscitou a Pes- propriedade rural numa agen-
das cargas de irrigação diesel quisa e o Desenvolvimento de te ativo tanto do uso eficiente
e elétricas dos bombeamentos Inovações Tecnológicas para o de tecnologias energéticas nos
por inundação, pivôs, secagem e segmento, em particular no mo- processos produtivos e serviços
armazenagem de grãos nas pro- nitoramento remoto de variá- de uso final, como na exploração
priedades rurais. Desta forma, veis de estado das instalações de integrada de recursos energéti-
são estabelecidas as bases para bombeamento, na coordenação cos naturais disponíveis. Esta ex-
projetar a extensão de alimen- de operação das instalações de ploração pode ser feita de forma
tadores rurais, até os pontos de levante do ponto de vista ener- individual ou em sistema de as-
consumo. Adicionalmente, inú- gético e hídrico, na mensuração sociativismo na exploração dos
meras propriedades rurais que do desperdício de água e energia recursos de forma a maximizar
serão beneficiadas tanto pela nos canais e adutoras dos qua- os resultados.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 6. IEA/OECD, Strategic Plan for 10. KAEHLER, J. W. M.; “Redes Inte-
the demand-Side Management ligentes e a Gestão Integrada de Re-
1. CHOWDHURY & CROSSLEY, “Mi-
Programme: 2008 – 2012, www. cursos Energéticos” In: VII CIERTEC,
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Marketing em la empresa de Distri-
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gy Sources and Energy Storages”, ÇÃO E USO RACIONAL DE ENERGIA bución Eléctrica”, Revista del CIER,
January 2011, www.ieadsm.org, 2003/2004, Categoria Empresas do páginas 1 – 24, AÑO IV - N° 12 - ju-
acesso 15/07/2011; Setor Energético, Agosto 2004 nio 1995.

RBS Magazine 41
Entrevista

Entrevista exclusiva com


SIQUEIRA NETO, CEO da
PV OPERATION

A PV OPERATION é uma Plataforma que opera e mantém o correto funcionamento


de usinas fotovoltaicas, melhorando o desempenho e o controle da performance

RBS Magazine - A PV OPERATION Somos uma empresa B2B, atende- MQTT, portais de fabricantes e
está em constante processo de desen- mos principalmente os integrado- APIs. Integramos, em nossa pla-
volvimento, visando o aumento da res e os investidores de usinas. taforma, os dados dos inversores
eficiência de sua plataforma. Atual- com estação solarimétrica, multi-
mente possui capacidade de atender RBS Magazine - A PV OPERATION medidores de baixa e média tensão,
todas as regiões brasileiras e conta é uma empresa capaz de identificar banco de baterias, relés e sensores.
com especialistas de altíssimo nível problemas em usinas fotovoltaicas
em sua equipe. Como foi o desenvol- antes ou logo após a ocorrência, Com relação a fatura de energia, te-
vimento da empresa desde sua cria- e realizar as soluções necessárias. mos um módulo que faz o balanço
ção até hoje? Como funciona esse processo? energético, comparando os dados
de geração com os dados da fatura
SIQUEIRA NETO - A PV OPE- A proposta de nossa empresa é au- da concessionária. Assim, de forma
RATION é uma empresa nacional mentar a confiabilidade das usinas prática e visual, o cliente terá uma
com software e hardware de desen- fotovoltaicas, ser o “olho do dono”, prestação de contas mensal sobre
volvimento proprietário, para aqui- auxiliando o integrador ou investi- a sua geração fotovoltaica, se está
sição de dados e operação remota dor para que não tenha uma péssi- conforme o prognóstico ou não.
de usinas fotovoltaicas. Possuímos ma notícia no final do mês, quando
uma equipe muito experiente em chegar a fatura de energia. Considerando o termo O&M, a PV
energia fotovoltaica, que provêm OPERATION faz o “O” de opera-
de outras empresas pioneiras do Nossa plataforma é capaz de iden- ção e o integrador parceiro faz o
setor e com forte vínculo às insti- tificar as grandezas, como corrente, “M”, de manutenção. Não executa-
tuições acadêmicas. tensão, potência, temperatura, den- mos serviços em campo, não que-
tre outras. Desta maneira, desen- remos ter equipe própria para isso,
Nossa plataforma proprietária volvemos um algoritmo com inte- somos uma empresa de TI Solar e
SCADA (Supervisory Control And ligência para entender parâmetros atuamos sempre em parceira com o
Data Acquisition) vem sendo de- corretos de funcionamento das usi- integrador ou instalador solar.
senvolvida há mais de cinco anos. nas. Quando alguma anormalidade
Passamos por um processo de va- surge, a tecnologia consegue iden- RBS Magazine - O sistema da PV
lidação bastante longo e sólido, tificá-la e apontar, imediatamente, OPERATION é compatível com di-
aplicando a solução em integrado- o motivo causador da falha. ferentes marcas e modelos de inver-
res parceiros, antes da empresa ir a sores. Além desse benefício, quais as
mercado. Nossa equipe tem uma capacidade outras principais vantagens e dife-
ímpar em estruturar redes de co- renciais desse sistema? Qual a im-
Atualmente temos aproximada- municação, de forma a fazer uma portância de se investir em sistemas
mente 200 MW em operação, são aquisição flexível dos dados. Pode- como esse para o setor de geração
milhares de usinas solares espalha- mos adquiri-los a partir de outros distribuída?
das por todo o país. Cuidamos de sistemas SCADA, ou via Datalo-
usinas de 1,5 kWp até 6,6 MWp. gger próprio ou de terceiros, FTP, A plataforma PV OPERATION vai

42 RBS Magazine
Entrevista

muito além de um sistema de mo- Sistema de Recomendação para ja com essa funcionalidade ativa,
nitoramento e integração de inver- a otimização e predição de falhas
otimizando ainda mais as nossas
sores num mesmo painel de visua- em usinas fotovoltaicas, utilizando
capacidades operacionais. Median-
lização. algoritmos de Auto Machine Lear-
te o sucesso dessa pesquisa, passa-
ning (Auto ML). remos a ter a habilidade de prever
Embora nosso sistema seja muito os futuros problemas que afetam a
útil para usinas de pequena potên- Nossa expectativa é que em doze geração fotovoltaica, antes mesmo
cia, conforme se aumenta a potên- meses a nossa plataforma já este- de se materializarem.
cia de uma usina, o nosso SCADA
passa a ser muito mais relevante,
eu diria até imprescindível para
usinas acima de 300 kW. A plata-
forma se paga muito rapidamente,
pois qualquer período sem produ-
ção ou com performance abaixo do
projetado, significa quantias muito
altas de geração de energia que dei-
xa de ocorrer.
Constatamos, nestes anos de ope- Geração da usina com dados completos de estação solarimétrica, sendo possível
medir e calcular a taxa de desempenho da usina (performance ratio).
ração, que problemas em usinas
fotovoltaicas são comuns. Quan-
to maior a usina, estatisticamente,
maior a probabilidade de acontece-
rem falhas, mesmo nas usinas bem
projetadas e bem instaladas. É exa-
tamente esta, a dor que evitamos.
Fornecemos o licenciamento da
plataforma para aquelas empresas
que já possuem equipe de opera-
ção remota e que querem manter
esse serviço dentro de casa. Con-
tudo, nosso carro chefe e grande
diferencial é no serviço de opera-
ção remota, neste a nossa equipe Mapa de operação com as usinas e seus status de funcionamento em tempo real.
de engenheiros cuida ativamente
das plantas dos clientes, sete dias
por semana, do sol nascente ao sol
poente.
RBS Magazine - A PV OPERATION
está participando de um projeto de
inovação científica internacional,
como funciona?
A PV Operation participou de um
edital de inovação cientifica pro- Evento de desligamento da usina que a rápida identificação do problema (disjuntor aberto)
na plataforma trouxe a usina de volta ao pleno funcionamento em 20 minutos.
movido pela EMBRAPII (Empresa
Brasileira de Pesquisa e Inovação
Industrial) e a agência de inovação
suíça Innosuisse, que culminou na
cooperação internacional entre o
Instituto Federal de Santa Catari-
na (IFSC) com a faculdade suíça
Fachhochschule Nordwestschweiz
(FHNW), a PV OPERATION e
startups suíças.
É um projeto de ciência totalmen-
te inovador, para a criação de um Alertas precisos na plataforma facilitam a identificação e a resolução
de problemas, de forma precisa e imediata.

RBS Magazine 43
Geração distribuída brasileira
atinge patamar equivalente
à usina de Belo Monte
Guilherme Chrispim
presidente da Associação Brasileira de Geração Distribuída (ABGD)

A
geração distribuída acaba a própria energia, no Brasil e no mun- Diretoria de Relações Institucionais
de ultrapassar a marca de do, é um expediente que fará cada e Conselhos Profissionais, Flávio Wa-
11 gigawatts (GW) de po- vez mais sentido. cholski foi reconduzido ao cargo.
tência instalada. O marco
é resultado do investimen- ABGD cada vez mais próxima Com a expectativa de atingir 15
to de recursos privados de mais de GW de potência instalada em gera-
um milhão de cidadãos e empresas O crescimento robusto da gera- ção distribuída até o fim de 2022, a
que adquiriram sistemas de geração ção distribuída levou a ABGD a ul- Associação seguirá implementando
própria de energia (geração distribu- trapassar a marca de mil empresas melhorias nas áreas de atendimen-
ída - GD) e estão entregando ao País associadas. Assim, julgamos necessá- to dos associados. Além disso, de
o equivalente à uma usina de Belo rio dar início a um processo de reor- acordo com nossos propósitos esta-
Monte. ganização da estrutura de Diretorias tutários, haverá reforço e aprimora-
Regionais e Temáticas que resultou, mento de ações e projetos voltados
Desde o início do ano, o setor no mês de maio, na criação de cinco para a qualificação da mão de obra,
acrescentou pouco mais de 2,5 GW novos núcleos de gestão. de tecnologias e de modelos de ne-
de potência instalada em sistemas de gócios.
energia solar fotovoltaica, pequenas O crescimento da entidade
centrais hidrelétricas (PCH), energia acompanha a evolução do setor e, Parte desses esforços será dire-
eólica e outras fontes renováveis. para continuar mantendo o atendi- cionada para o grande público, clien-
mento de qualidade e a capacidade tes de nossos associados. Levar infor-
O ritmo de crescimento da gera- de antecipar movimentos de merca- mação qualificada sobre o potencial
ção distribuída deve se acentuar no do, estamos ampliando o quadro de que o nosso setor carrega em favor
segundo semestre. A evolução das diretores regionais e temáticos. da redução do custo de energia e da
notícias sobre preços altos da conta transição para a economia de baixo
de luz e o fim do período para gra- Para aprimorar a disposição ter- carbono é outro foco da ABGD que,
tuidade sobre a TUSD (Tarifa de Uso ritorial de gestores, foram criadas com trabalho coletivo e gestão de-
do Sistema de Distribuição) são os fa- as Diretorias Regionais do Piauí e do mocrática, segue contribuindo com o
tores que terão impacto positivo na Maranhão, dirigidas por Jean Canta- setor e com a sociedade.
busca por novos projetos. lice e Patryckson Santos. A Diretoria
Regional do Ceará passa aos cuida-
De acordo com a Lei 14.300/2022 dos de Sydney Ipiranga.
– Marco Legal da Geração Distribuída
– os sistemas com parecer de acesso Entre as Diretorias Temáticas, Para mais informações
aprovado até 6 de janeiro de 2023, fi- três núcleos de gestão foram criados: sobre geração distribuída ou
carão livres do pagamento da TUSD, Treinamento e Capacitação, dirigida conhecer meios para se associar,
até 2045. Mas é importante deixar por Fábio Furtado; Relacionamento acesse o site da ABGD:
claro que os sistemas de geração dis- com o Integrador, gerenciada por https://abgd.com.br/portal/
tribuída continuarão sendo um ótimo Tiago Fraga; e Projetos Especiais,
investimento a partir de 2023. Gerar sob comando de Aurélio Souza. Na

44 RBS Magazine
RBS Magazine 45
C
om a missão de criar
soluções para propor-
cionar qualidade de O PIEP É UMA
vida às pessoas atra- PLATAFORMA ONDE
vés de serviços de alta
qualidade e tecnologia, nasceu OS INTEGRADORES
a Pieta.tech.
PODEM SE CADASTRAR
A Pieta.tech é referência DE FORMA GRATUITA,
SOLICITAR TANTO A
nacional em engenharia e sof-
tware no setor de energia solar.
Fundada em 2018 pelo enge-
nheiro eletricista Rômulo Ro- ELABORAÇÃO QUANTO
que Pieta, a empresa atua for- A HOMOLOGAÇÃO
DE PROJETOS
temente no desenvolvimento fotovoltaicos e ainda acompa-
de soluções inovadoras para o nhá-los em tempo real. O orça-
mercado fotovoltaico.
FOTOVOLTAICOS E AINDA mento fica pronto em segundos,
o integrador parceiro da Pieta.
O objetivo macro é demo- ACOMPANHÁ-LOS EM tech só precisa de 4 cliques para
TEMPO REAL
cratizar a comercialização de obter um orçamento completo
energia solar no Brasil, cola- do projeto fotovoltaico. Além
borando na transição da ma- disso, a solicitação pode ser fei-
triz energética do país para um ta diretamente pelo celular e
futuro mais sustentável. Com integrador focar na gestão e nas ainda ser salva para que o proje-
altos investimentos em tecno- vendas. to fotovoltaico seja enviado em
logia, a Pieta.tech revolucionou outro momento, basta preen-
o mercado ao lançar o Piep em O Piep é uma plataforma cher alguns dados diretamente
2019, a primeira plataforma onde os integradores podem se na Plataforma.
on-line para orçamentos e soli- cadastrar de forma gratuita, so-
citações de projetos e homolo- licitar tanto a elaboração quan- Solicitar um projeto pelo
gação. Tudo centralizado para o to a homologação de projetos Piep é ter todos os dados e do-

46 RBS Magazine
O PIED É UMA PLATAFORMA COMPLETA PARA
CONTROLE DE ESTOQUE, GESTÃO E VENDAS DE KITS
FOTOVOLTAICOS. PLATAFORMA DESENVOLVIDA POR
ESPECIALISTAS NO SETOR FOTOVOLTAICO

Além disso,
inovando sempre,
em 2021 a Pieta.
tech lançou o Pied,
uma plataforma de
gestão de negócios
cumentos organizados evitando para o distribuidor
erros que possam atrapalhar o de equipamentos
desenvolvimento e homologa- FV com funcio-
ção do projeto fotovoltaico. O nalidades como
integrador fica totalmente isen- dashboard, enge-
to da burocracia com a distri- nheiro virtual para
buidora de energia. A Pieta.tech dimensionamento,
conta com uma equipe 100% fo- módulos adicionais
cada na homologação dos pro- de CRM, integração
jetos. Esta equipe, além de fazer com softwares ex-
o envio do projeto, também faz ternos e totalmente personali-
o acompanhamento e a cobran- zada ao modelo de negócio do integrador engajado. O Pied faz
ça nas distribuidoras de energia, distribuidor. toda a gestão dos equipamen-
desde a solicitação do projeto tos disponíveis no estoque com
até o recebimento do parecer O Pied é uma plataforma atualização em tempo real. É
de acesso. A Pieta.tech já de- completa para controle de es- uma plataforma totalmente es-
senvolveu e homologou mais de toque, gestão e vendas de kits calável para a equipe de vendas
4500 projetos, em 47 distribui- fotovoltaicos. Plataforma de- com processos automatizados e
doras de energia e 26 estados. senvolvida por especialistas no gestão centralizada do setor co-
setor fotovoltaico, 100% adap- mercial. Além de tudo isto, con-
Tenha seu projeto aprovado tavel e entregue em até 30 ta com API de integração para
mais rápido e de maneira mais dias. Conta com sistema de in- conexão com softwares exter-
assertiva, entre em contato com teligência artificial para dimen- nos, como ERP´s.
o time comercial da Pieta.tech sionamento de grupos A e B e
pelo WhatsApp 48 99110-2061. montagem de Kits automática Pensando no futuro, a Pie-
(inversor, microinversor e Sola- ta.tech está atenta às tendên-
Desde 2020 a Pieta.tech rEdge). Dashboard com métri- cias internacionais e nacionais
mobiliza os maiores nomes do cas personalizáveis e análise de para contribuir com a transição
setor com o seu evento benefi- BI exclusivo para o distribuidor energética do Brasil, e pretende
cente: o Summit Solar. O evento fotovoltaico. Disparo de e-mails ser a empresa líder em desen-
trouxe educação e informação automatizados com diversos ga- volvimento de soluções para o
para mais de 2500 participan- tilhos para manter seu cliente setor fotovoltaico.
tes somando as duas edições,
se consolidando como o maior
evento online de energia solar
da América Latina. Em sua se- O DISTRIBUIDOR FV
gunda edição, foram mais de 34 NÃO PRECISA SE
palestrantes, mais de 30 horas
ADAPTAR AO PIED,
de conteúdo e mais de 5000 ki-
los de alimentos arrecadados. A O PIED SE ADAPTA
Pieta.tech já se prepara para a AO MODELO DE
edição de 2022 do evento que NEGÓCIO DO
promete trazer um modelo hí- DISTRIBUIDOR
brido, com conteúdo online e
presencial.

RBS Magazine 47
BATTERY
ENERGY
STORAGE
SYSTEM
(BESS) -
PHB

U m dos pontos que tiram o


sono de qualquer empresá-
rio que possui um negócio
de médio ou grande porte, é o alto
custo de energia durante o horá-
consumidores faturados
no grupo A, que contam
com operação durante
o horário de ponta. O
BESS é, de maneira sim-
rio de ponta. Os postos tarifários plificada, um contêiner
obrigam hoje supermercados, sho- recheado de baterias e
ppings e outros diversos comércios de eletrônica que per-
e indústrias a utilizarem meios al- mite o acoplamento da
ternativos à rede elétrica durante rede elétrica, baterias,
o posto tarifário onde a energia é sistema fotovoltaico e
mais cara, como por exemplo, ge- gerador a diesel em um
radores a diesel. só produto, que traba-
lha como backup para o cliente, ou
O problema é que a utilização seja, provê energia para o estabele-
de geradores movidos a óleo diesel cimento em caso de falha da rede,
traz alguns desafios a esses esta- e ainda outras diversas soluções.
belecimentos, dentre eles a polui-
ção sonora e do ar, altos custos de Dentro das aplicações possíveis
SEGURANÇA e
manutenção e de combustível, e a
necessidade de se ter mão de obra
do BESS, além da operação como
backup, estão o energy time-shift, CONFIABILIDADE
especializada na operação desses peak shaving e o auto consumo lo-
equipamentos. cal. Para evitar as tarifas elevadas
que são aplicadas no horário de
Com o rápido desenvolvimento ponta, o cliente pode, através do
de tecnologias de armazenamento energy time shift, carregar as bate-
de energia, a PHB Solar trouxe em rias do BESS durante o dia, através
2019 uma solução denominada Bat- da fonte solar fotovoltaica e despa-
tery Energy Storage System (BESS), char energia durante as horas de
pensada justamente para auxiliar ponta, evitando o consumo da rede

48 RBS Magazine
Tudo que você precisa está em um só lugar.
PRATICIDADE, SEGURANÇA E ECONOMIA

Distribuição Estruturas Projetos e Execuções


Importação e Distribuição Construção de Estruturas Instaladora de Energia
de Equipamentos Fotovoltaicos. Metálicas em geral. Solar Fotovoltaica.

Fundada em 2015, a Conte Group surgiu como alternativa inovadora e altamente


benéfica em meio à crise energética, com o propósito de oferecer aos seus clientes,
soluções eficientes na redução da conta de energia.

Com sede na cidade de Arapongas, Norte do Paraná, o grupo trabalha em três


segmentos no ramo de energia solar, atendendo a todo Brasil. Contamos com uma
equipe altamente qualificada, oferecendo ao cliente soluções inteligentes,
investimentos rentáveis e benefícios ambientais altamente significativos.
Aliada aos cuidados com o meio ambiente, a Conte Group é a realização de um ideal
humano.

Somos uma das maiores empresas no ramo, com importação direta, produção
própria de estruturas e acompanhamento de projetos e execuções.

(43) 3276-2049
(43) 98805-4629
www.contegroup.com.br contesolaroficial
RBS Magazine49
e aproveitando uma fonte muito
mais barata e sustentável.

Além de suprir energia elétri- O CONTÊINER PODE TER O PAPEL DE FORMADOR


ca durante o horário de ponta, o
BESS pode ser configurado para
DE REDE, TRABALHANDO TOTALMENTE OFF-GRID,
evitar possíveis ultrapassagens FICANDO O SISTEMA FOTOVOLTAICO RESPONSÁVEL
de demanda, que por sua vez
ocasionariam multas. Para aten- PELO ABASTECIMENTO DAS BATERIAS E PODENDO O
GERADOR A DIESEL ATUAR COMO BACKUP
der aos mais diversos cenários
a PHB trabalha com contêineres
de 10, 20 e 40 pés. Configura-
ção modular de conversores de
potência, podendo chegar a até
500kVA e até 1,96MWh (por con-
têiner).

O PCS é tratado como híbri-


do na configuração em que os
conversores CC/CC, CC/CA e STS
(chave de transferência estática)
estão instalados em um único ar-
mário, onde um sistema conven-
cional traria esses equipamentos
em armários separados, exigindo
mais espaço e elevando o custo.
Dentro do contêiner ainda ficam
as baterias, BMS (battery mana-
gement system, sistema de ge-
renciamento das baterias), EMS
(energy management system, sis-
tema de gerenciamento de ener-
gia), ar-condicionado, sensor de
fumaça e temperatura, câmeras
de vigilância e sistema anti-in-
cêndio.

Vemos ao lado o caso mais


completo, onde além do contê-
iner, há o gerador fotovoltaico (a
esquerda), grupo motor gerador
e rede (a direita). Podendo-se
adaptá-la aos cenários desejados
e aos requisitos de projeto.

O contêiner pode ter o papel


de formador de rede, trabalhan-
do totalmente off-grid, ficando o
sistema fotovoltaico responsável
pelo abastecimento das baterias
e podendo o gerador a diesel
atuar como backup. Configura-
ção que traz a possibilidade de Autor: Fernando Schmidt, Engenheiro Eletricista na
alimentação de locais completa- PHB Solar, com graduação e mestrado na área de
mente remotos sem abrir mão de Sistemas Fotovoltaicos e Qualidade de Energia pela
sustentabilidade. Universidade Federal de Santa Maria/RS. Trabalha
no ramo de geração fotovoltaica desde 2018, atuando no
O BESS da PHB é cotado dire- desenvolvimento de projetos de Minigeração Distribuída
tamente com a equipe de enge- e Autoprodução de Energia. Na PHB Solar atua na área de
nharia da PHB através dos e-mails: treinamentos e concepção de soluções para grandes usinas
fernando.schmidt@phb.com.br e fotovoltaicas.
Ivan.sarturi@phb.com.br.
ENERGIZE
SEUS NEGÓCIOS
O núcleo inovador latino-americano para o futuro da energia
EXPO CENTER NORTE, SÃO PAULO, BRASIL

As principais feiras e congressos de energia em The smarter E South America


Exposição Especial

RBS Magazine 51
Artigo

Qual a melhor
topologia para
USINAS
FOTOVOLTAICAS?

N
o início da concepção téc- compatibilizar o arranjo mecânico da TIPO DE INVERSOR
nica de um projeto é ne- estrutura com o elétrico das “strings”
cessário tomar algumas (séries elétricas dos Módulos Foto- Quando o modelo de geração
decisões que vão definir distribuída para compensação de
voltaicos); decidir entre transforma-
a topologia da Usina Fo- crédito de energia foi regulamentado
dores a óleo ou a seco; definição do
tovoltaica, ou seja, as características tipo de conexão em média tensão, pela ANEEL por meio da REN 482 de
principais que vão definir o caminho em função da potência total da usi-Abril de 2012, em especial, após a pri-
principal do projeto, em especial na e/ou a alocação dos clientes no meira revisão que ocorreu através da
quando se trata de usinas remotas de empreendimento com uma ou mais REN 687 de Novembro de 2015, que
minigeração a partir de 1 MW. Neste estabeleceu novos modelos de com-
SPE’s, o que deve definir se a cabine
artigo vamos discorrer sobre como será de medição independente ou pensação de créditos de energia por
podemos definir a melhor topologia compartilhada, com um mais pontos meio de consórcio ou cooperativa, o
para esse tipo de projeto. que na REN 482 era restrito apenas a
de conexão à rede e ainda outras inú-
meras questões. unidades de mesma titularidade, per-
Conforme mencionado, o início mitiu-se que empreendimentos de
de um projeto é marcado por algu- Obviamente que as questões re- minigeração tivessem a grande via-
mas questões técnicas que vão defi- lacionadas ao desenvolvimento de bilidade e expansão observadas até
nir o percurso que o projeto vai to- um projeto não se limitam apenas ao então. Nesta época as questões téc-
mar, como o tipo de Inversor, se será que foi destacado até aqui, somado nicas relevantes a escolha do tipo de
um Inversor de um ou mais estágios ao fato ainda de que cada projeto Inversor em usinas de minigeração
de conversão (um ou mais MPPT’s); tem suas próprias peculiaridades, eu remota, eram restritas entre Inversor
se a tensão de conexão em baixa ten- diria que estas são as mais importan- central e Inversor String, ou seja, usi-
são mais adequada será 380 V, 600 V tes. Por este motivo se faz necessário na centralizada ou descentralizada.
ou 800 V, que consequentemente se compreender que cada decisão tem
esbarra com o dimensionamento e um impacto global no projeto, e não Desde então, o mercado com-
escolha dos principais componentes somente na faze de construção, mas preendeu as inúmeras vantagens de
do quadro geral de baixa tensão, tais principalmente na operação e manu- uma topologia de Inversores descen-
como, chave fusível ou disjuntor para tenção, fase esta sempre esquecida tralizada, que permite uma taxa de
os circuitos parciais dos Inversores, e ou deixada de lado na avaliação glo- disponibilidade maior em paradas
o tipo de disjuntor geral, caixa molda- bal dos impactos sobre o projeto. programadas e/ou emergenciais de
da com kit de motorização simples ou forma mais setorizada, além de apre-
caixa aberta com relé embarcado; se Para contribuir com o tema, va- sentar uma performance de produ-
a alocação dos Inversores mais ade- mos avaliar duas questões técnicas ção de energia maior, resultando em
quada é concentra-los em apenas um que são preponderantes na definição melhor custo e benefício. Nesta épo-
lugar ou espalhá-los na planta, sendo da topologia de uma Usina Fotovol- ca a topologia de Inversor String que
que esta última questão nos leva a taica do tipo que queremos avaliar apresentou maior viabilidade técni-
avaliar se vale mais apena prologar o aqui: ca e econômica foram os Inversores
circuito de corrente continua ou o de String de um único estágio de conver-
corrente alternada, que está direta- • Tipo de Inversor – Um estágio são, ou seja, de um único MPPT.
mente relacionado com o dimensio- versus dois estágios;
namento de cabos e infraestrutura Nos tempos mais recentes, os
elétrica da planta, tais como, valas, • Alocação do Inversor na plan- Inversores String de duplo estágio
caixas de passagem e eletrodutos; ta. de conversão tem se apresentado

52 RBS Magazine
Artigo

como a topologia mais competitiva,


pois dispensam a necessidade de um
quadro de proteção CC (String Box)
externo em campo para a combina-
ção das Strings, permitindo a combi-
nação de todas elas diretamente ao
Inversor; dispensa a necessidade de
utilizar cabos com seção elevada, res-
tringindo-se no máximo a uma seção
de 6 mm², com distâncias de até 180
metros com queda de tensão inferior
a 2% na corrente de pico; permite
uma infraestrutura elétrica de du-
tos, valas e caixas de passagem mais
compactas e meláveis ao roteamento
de cabos durante a instalação, uma
vez que em topologias de Inversores
com um único estágio de conversão
requerem cabos de alumínio em se-
ção não inferior a 120 mm² entre o
quadro de proteção CC e o Inversor,
cabos esses que são rígidos e au-
Figura 1- a) Banda de tensão de operação - b) Curva de produção de energia típica
mentam a complexidade e tempo de
instalação; os preços destes equipa-
mentos estão muito mais atrativos,
mesmo quando comparado com o
valor do Inversor de um único estagio
mais o valor do quadro de proteção
CC; permite o monitoramento indi-
vidual de todas as Strings no próprio
monitoramento do fabricante com
mais facilidade, sem a necessidade
de arranjo de hardwares de monito-
ramento específicos ou de terceiros
para obter esses dados, reduzindo
assim as redes seriais de comunica-
ção em campo; apresentam resulta-
dos mais elevados de produtividade
de energia, pois reduz as perdas de
mismatch (incompatibilidade elétri-
ca) e possuem uma banda larga de
tensão de operação.

Uma banda larga de tensão de


operação resulta em maior produção
de energia, pois nas primeiras e últi-
mas de horas de sol da manhã e da
tarde o Inversor de duplo estágio irá
operar por mais tempo, e vai extrair
um ponto de máxima potência maior
do que em um Inversor de estágio Figura 2 – Layout exemplo para estudo de uma UFV de 1,37 MWp - Usina solar com 2520 Módu-
único. (Figura 1) los divididos em 9 Arranjos, e distribuídos em 18 mesas de 140 Módulos com Estrutura Fixa e Pitch de
6,50 metros. a) Inversores acomodados próximo a cabine de transformação
b) Inversores instalados próximo aos arranjos.
ALOCAÇÃO DO INVERSOR NA
PLANTA
na planta, próximo aos seus respecti- O que permeia a decisão de alo-
Compreendido que os Inversores vos arranjos de Módulos Fotovoltai- cação dos Inversores na planta está
de duplo estágio são a melhor esco- cos, ou acomodado em apenas um relacionada entre encurtar ou alon-
lha para a topologia de Usinas Foto- lugar da planta próximo a cabine de gar os circuitos CC (Corrente Contí-
voltaicas atuais, o projetista precisa entrada, local de instalação do QGBT nua) ou CA (Corrente Alternada). O
avaliar qual a melhor alocação deste (Quadro Geral de Baixa Tensão). projetista precisa então realizar um

RBS Magazine 53
Artigo

estudo de avaliação técnica de rote- Onde: de correção por agrupamento (FCA),


amento de cabos, e avaliar qual de- que devem ser aplicados a tabela de
cisão vai resultar no melhor custo e IB é a corrente de projeto do circuito, capacidade de condução de corrente
benefício para o projeto. O que preci- que no caso do Sistema Solar Foto- para os métodos de referência bási-
sa ser avaliado entre as duas opções voltaico, para o circuito CC das series cos (IZ).
consiste em: de Módulos Fotovoltaicos entenda
como para circuitos que
• Dimensionar a seção e quanti- dispensam a proteção contra sobre- Eq 1 - Cálculo da Capacidade de Corrente Ajustada

dade de cabos; corrente reversa, o que se enquadra Os fatores e valores de capacidade


em nosso caso de estudo, ou a cor- de condução de corrente aqui descri-
• Dimensionar a seção e ocupa- rente máxima de saída dos Inverso- tos, e ainda outros, são obtidos nas
ção dos eletrodutos, valas e caixas de res no caso do circuito CA; normas, de acordo com sua aplicabi-
passagem de cabos. lidade, ABNT NBR 5410, Seção 6.2.5,
IZ' é a capacidade de condução de 6.2.5.1.2, Tabelas de capacidade de
Para contribuição com o tema, corrente dos condutores já ajustada condução de corrente 36 a 39, Tabe-
vamos avaliar o resultado do dimen- nas condições previstas para sua ins- las de fatores de correção por tempe-
sionamento de cada um destes mate- talação; ratura 40 e 41, Tabelas de fatores de
riais para uma Usina Fotovoltaica com agrupamento 42 a 45; e na ABNT NBR
potência de 1,00 MVA e 1,37 MWp, é a corrente nominal do dispositivo 16612 no Anexo C, para os valores de
dividida em 9 arranjos com inversor de proteção nas condições previstas capacidade de condução de corrente,
SUN2000-100KTL-M1 HUAWEI de para sua instalação, que no caso do e não existe um fator de temperatu-
duplo estágio com potência máxima Sistema Solar Fotovoltaico, é a cor- ra, mas sim uma correspondente a
de Saída de 111 kVA e 2520 Módulos rente nominal do dispositivo de pro- diferentes temperaturas ambiente
CS6W-545MS Canadian com estrutu- teção contra sobrecorrente da série em regime de operação do condutor
ra fixa, conforme layout da imagem a fotovoltaica (fusível), e na ausência em 90° C. Os critérios de aplicação do
seguir, e após, comparar os resulta- deste, , e no circuito CA, a cor- fator de agrupamento na ABNT NBR
dos para as duas opções de alocação rente nominal da proteção (Fusível 16612 são os mesmos da ABNT NBR
dos Inversores. e/ou Disjuntor) dimensionada e/ou 5410.
indicado pelo fabricante do Inversor;
Seção e Quantidade de Cabos O valor da capacidade de condu-
I2 é a corrente convencional de atu- ção de corrente para os métodos de
A seção adequada de um cabo é ação, para disjuntores, ou corrente referência básicos (IZ) equivalente ao
aquela que, uma vez obtida a corren- convencional de fusão, para fusíveis. resultado da Equação 1, pode ser ob-
te de projeto dos circuitos, as seções A condição da alínea b) é aplicável tido através da equação 2, buscando
nominais dos cabos das instalações quando for possível assumir que a o primeiro valor acima do resultado
fotovoltaicas dos circuitos CC e CA de- temperatura limite de sobrecarga na tabela de acordo com o méto-
vem ser determinas de acordo com os dos condutores (ver tabela 35) não do de referência de acomodação do
critérios de capacidade de condução venha a ser mantida por um tempo condutor, o que vai definir a seção do
de corrente e queda de tensão, de- superior a 100 h durante 12 meses condutor pelo critério da capacidade
vendo ser escolhida, ao final, a maior consecutivos, ou por 500 h ao longo de corrente:
seção obtida entre os dois critérios. da vida útil do condutor. Em uma Usi-
Para a seleção da seção de cabo com na Fotovoltaica os circuitos não são
a capacidade de condução de corren- dimensionados para suportar um pe- Eq 2 - Cálculo Indicativo da Seção do Condutor em Fun-
te mais adequada devem ser obser- ríodo em horas de sobrecarga, pois ção do Critério de Capacidade de Condução de Corrente
vadas as normas ABNT NBR 5410 e a as correntes máximas de operação
ABNT NBR 16612. Neste artigo vou estão limitadas a capacidade máxima Queda de Tensão
me limitar a abordar 3 critérios, sãos de corrente de operação dos equi-
estes, a proteção contra sobrecargas, pamentos, o que nunca é ultrapas- • Para o cálculo de queda de
a capacidade de condução de corren- sado e limitado pelas características tensão dos condutores é necessário
te e a queda de tensão. intrínsecas do material, no caso dos primeiro distinguir Resistência (Ω)
Módulos e dos Inversores respectiva- de Resistividade (Ω/m). A Resistên-
Proteção Contra Sobrecargas mente. Sendo assim, a alínea b) deve cia é a medida relacionada à corren-
ser substituída por: . te formada mediante a aplicação de
Para que a proteção contra so- um potencial elétrico, quanto maior
brecargas (ABNT NBR 5410 artigo Capacidade de Condução de Corrente for a resistência elétrica de um ma-
5.3.4.1) fique assegurada, as carac- terial, maior será o potencial elétrico
terísticas de atuação do dispositivo A capacidade de condução de necessário para que ocorra o estabe-
destinado a provê-la devem ser tais corrente ajustada (IZ') nas condições lecimento de uma corrente elétrica,
que: previstas de instalação dos conduto- e a resistência elétrica de um fio con-
a) ;e res, é obtida através da aplicação de dutor é diretamente proporcional ao
2 fatores de ajustes, o fator de corre- seu comprimento, além disso, é in-
b) ção por temperatura (FCT) e o fator versamente proporcional à área de

54 RBS Magazine
Artigo

Tabela 1 - Tabela de Resistividade de Material


sua secção transversal, conforme se
observa na fórmula a seguir:

Equação 3 - Cálculo Resistência Condutor

Onde: temperatura ( ) do cobre e o alumí- Na alínea a) Imp(70oC) e Vmp Sé-


nio, materiais mais comumente usa- rie(70oC) são a corrente e a tensão
R é a resistência (Ω) do trecho do dos em circuitos elétricos: de máxima operação ajustadas de
cabo; acordo com uma dada temperatura
Por convenção e boa prática em de célula em °C dos Módulos Foto-
p é a resistividade (Ω.m) a passagem um projeto de Usina Solar Fotovoltai- voltaicos, para avaliação da queda de
de corrente do material condutor a ca, pode-se adotar um valor médio tensão em circuitos CC;
uma dada temperatura do material de queda de tensão máxima (∆Vmáx
condutor; [%]) não superior a 2% para todos Na alínea b) Ica e Vca são a cor-
os circuitos CC e/ou CA do projeto rente de projeto (IB) e a tensão a ten-
L é o comprimento (m) total do cabo, para se assegurar uma perda elétrica são de linha (Fase-Fase), para avalia-
portanto se faz necessário multiplicar de produção (Energia) não superior ção da queda de tensão em circuitos
o comprimento linear por dois; a 1%. Vale ressaltar que, segundo a CA.
NBR 16612 em cabos solares é ad-
A é a área (m²) transversal do cabo. mitido uma queda de tensão de no Nas normas aqui referenciadas,
máximo 3%, e na NBR 5410, em con- possuem métodos de cálculo de
A Resistividade é a grandeza físi- dutores elétricos de baixa tensão o queda de tensão simplificado, com
ca que mede a oposição que algum valor limite é de 4%, levando-se em alguns critérios de ajuste em fun-
material oferece ao fluxo de cargas conta os métodos de cálculo de cada ção das condições de instalação dos
elétricas, ou seja, materiais de alta uma. Para que a queda de tensão dos condutores. O método aqui apresen-
resistividade oferecem grande resis- condutores delimitadas para o proje- tado, é apenas para validar o limite
tência à passagem de corrente elétri- to seja assegurada, pode ser aplicado de queda de tensão que resulte na
ca. Cada material condutor possuí um o seguinte cálculo: melhor performance de produção de
valor específico de Resistividade. A energia, para tanto, ambas os méto-
resistividade de um material também dos precisam ser aplicados para as-
depende da temperatura, e no caso a) segurar critérios mínimo exigidos em
dos metais, quando a temperatura norma. Mas observasse nos resulta-
aumenta, sua resistividade aumenta, Equação 5 - a) Queda de Tensão Circuito CC dos que as recomendações aqui des-
quando a temperatura diminui, sua critas concomitantemente atendem
resistividade diminui. A seguir apre- aos requisitos normativos.
sento a fórmula que determina a re- b)
sistividade do material em função da A seguir são apresentadas tabe-
Equação 6 - b) Queda de Tensão Circuito CA
temperatura: las indicativas de compri-
mento linear máximo para
uma ∆Vmáx[%]=2% e tem-
peratura de 40° C, calcu-
Equação 4 - Cálculo Resistividade Material
lados conforme equações
apresentadas até aqui
Onde: para cabo de cobre em cir-
cuitos CC e CA:
p0 é a Resistividade á 20 °C;
Aplicados os métodos
α é o coeficiente de ajuste de tem- e critérios de dimensio-
peratura em 1/°C, o inverso de uma namento apresentados,
unidade de temperatura; obtemos os seguintes re-
sultados de dimensiona-
t é a temperatura do material, que mento de condutores para
deve ser o mesmo valor da tempera- as opções de layout da fi-
tura adotada no ajuste da capacidade gura 2 (próxima página) a
de condução de corrente dos condu- e b.
tores, nas condições previstas para
sua instalação. A opção de layout da
Figura 2a resulta em uma
A seguir apresento a tabela de quantidade de 18.032 me-
resistividade (p0) e coeficiente de Tabela 2 - Comprimento Máx. Circuito CC para ∆Vmáx[%]=2%
tros de cabo solar unipo-

RBS Magazine 55
Artigo

Tabela 3 - Comprimento Máx. Circuito CA Trifásico para ∆Vmáx[%]=2%


lar de 6 mm² (Positivo + Negativo)
e 1.643,53 metros de cabo unipolar
XLPE de 70 mm² (ligação a 4 fios).

A opção de layout da Figu-


ra 2b resulta em uma quantida-
de de 9.240,12 metros de cabo
solar unipolar de 6 mm² (Positi-
vo + Negativo) e 2.988,79 metros
de cabo unipolar XLPE de 70 mm²
(ligação a 4 fios).

Ao avaliar a quantidade de con-


dutores para cada uma das opções
de layout da figura 2, observamos
que a opção da figura 2a, nos valores
de cabos no mercado atual, resulta
em um custo de até 20% menor em
relação a opção da figura 2b.

Seção e Ocupação dos Eletrodu-


tos, Valas e Caixas de Passagem de
Cabos.

Tabela 4 - Dimensionamento Circuitos CC Figura 2a Para confirmar a redução signifi-


cativa que pode ocorrer com os ele-
trodutos, dimensões de valas, leitos
e caixas de passagem no projeto ob-
servado, vamos avaliar quais seriam
as dimensões necessárias para as op-
ções de layout da figura 2a e 2 b.

As prescrições técnicas para a ins-


talação de Eletrodutos são descritas
na ABNT NBR 5410 artigo 6.2.11.1. As
dimensões internas dos eletrodutos
e de suas conexões devem permi-
tir que, após montagem da linha, os
Tabela 5 - Dimensionamento Circuitos CA Figura 2a
condutores possam ser instalados e
retirados com facilidade. Para tanto:

a) a taxa de ocupação do eletro-


duto, dada pelo quociente entre a
soma das áreas das seções transver-
sais dos condutores previstos, calcu-
ladas com base no diâmetro externo,
e a área útil da seção transversal do
eletroduto, não deve ser superior a:
Tabela 6 - Dimensionamento Circuitos CC Figura 2b
• 53% no caso de um condutor;

• 31% no caso de dois condutores;

• 40% no caso de três ou mais


condutores;

b) os trechos contínuos de tubu-


lação, sem interposição de caixas ou
equipamentos, não devem exceder
15 m de comprimento para linhas
internas às edificações e 30 m para
as linhas em áreas externas às edifi-

56 RBS Magazine
Artigo

Tabela 7 - Dimensionamento Circuitos CA Figura 2b Por este motivo, foram definidos


para o projeto exemplo as seguintes
dimensões para as caixas de passa-
gem indicadas na figura 3a e 3b.

CONCLUSÃO
Conforme pudemos comprovar
neste artigo, a utilização de Inversores
de duplo estágio de conversão, e alo-
cados de forma agrupada na planta,
conforme as figuras 2a e 3a, se mos-
Tabela 8 - Quantidade Máxima de Cabos Unipolares 0,6/1kV por Eletroduto em uma Taxa de Ocupação de até 40%
trou a melhor opção de topologia para
uma Usina Fotovoltaica, pois embora
a queda de tensão seja maior devido
ao comprimento e quantidade de con-
dutores a mais no circuito CC, a opção
com o melhor custo e benefício será a
opção da figura 3a, pois além de trazer
uma redução de custo com cabeamen-
to (até 20%), também pudemos obser-
var uma significante redução de custo
com eletrodutos, dimensões de valas,
leitos e caixas de passagem. Além dis-
Figura 3 - Layout exemplo para estudo de uma UFV de 1,37 MWp – a) Alocação das caixas e so, o trabalho de roteamento dos con-
valas de CC b) Alocação das caixas e valas de CA dutores de 6 mm² durante a instalação,
é muito mais eficiente e seguro para a
perfeita integridade do condutor du-
rante a passagem dos cabos, do que
em relação ao roteamento de circuitos
com condutores de 70 mm², que nes-
te caso, são 7 condutores por circuito,
dois por fase e um para proteção.
Em termos de operação e manu-
tenção, a alocação dos Inversores em
apenas um local da planta favorece as
atividades da equipe de manutenção,
que não precisa ficar se deslocando
demasiadamente na planta, quando
se faz necessário realizar o secciona-
mento dos arranjos diretamente no
Inversor. Os circuitos de comunicação
da planta também ficam reduzidos,
podendo em alguns casos até mesmo
fazer uso de uma rede Wi-Fi, por causa
da proximidade de todos os Inversores
com a cabine de transformação, local
cações, se os trechos forem retilíne- onde geralmente se acomoda os rote-
os. Se os trechos incluírem curvas, o Nas usinas fotovoltaicas é mais adores e switch’s.
limite de 15 m e o de 30 m devem ser comum a utilização de dutos entre 2 Portanto, a escolha da melhor to-
reduzidos em 3 m para cada curva de e 4 polegadas para a acomodação dos pologia define a espinha dorsal de um
90°. diversos tipos de circuitos comum ao projeto, ou seja, o meio pelo qual to-
projeto, e sugere-se que no caso dos das as outras decisões do projeto vão
Para instalações de Usinas Foto- circuitos CA, não sejam agrupados se basear e serão diretamente impac-
voltaicas conforme a figura 2, apli- mais do que 2 circuitos por eletrodu- tadas. Espero que este artigo auxilie
casse a taxa de ocupação de 40%. to, para reduzir o impacto no aumen- o leitor a fazer as melhores escolhas
Sendo assim, a capacidade de con- to da seção do cabo por causa do FCA na etapa inicial de concepção do seu
dutores por eletroduto em função do (fator de correção de agrupamento), projeto, pois comparado a uma obra
diâmetro externo de diferentes con- e para os circuitos CC, que não sejam de arte, cada projeto possuí particula-
dutores, com especificações técnicas agrupados mais do que 14 circuitos ridades que são como traços e técnicas
equivalentes as dimensões de cabos pelo mesmo motivo. A profundidade de pintura que identificam o seu autor,
unipolares (Isolação de 1 kv), é apre- dos eletrodutos enterrados não deve semelhante a uma assinatura de quem
sentado na tabela indicativa a seguir: ser inferior a 70 cm. o projetou.

RBS Magazine 57
INTELIGÊNCIA
ARTIFICIAL
que dimensiona
com precisão em
segundos – é
possível?

A
composição de uma boa mento, que agora precisa considerar ta. As Múltiplas Unidades Consumi-
proposta comercial é es- outros equipamentos. doras conseguem atender qualquer
sencial para o sucesso do tipo de sistema de compensação
integrador de energia so- Para atender à crescente deman- de energia elétrica vigente. Na cria-
lar, mas talvez seja a ativi- da por facilidade e agilidade na gera- ção da proposta comercial, o clien-
dade que mais toma o seu tempo. A ção de propostas com bons dimen- te consegue criar várias Unidades e
começar pelo dimensionamento bem sionamentos, a SolarMarket inovou nomeá-las, não precisando estar no
feito. com sua inteligência artificial, o ESI mesmo regime tarifário. Ao final, a
– Engenheiro Solar Inteligente. economia mensal e os detalhes dos
Encontrar a capacidade ideal e a gastos do cliente por unidade são
combinação de módulos e inversores “O ESI é a personalização do en- visualizados na parte financeira da
que melhor a atende, faz parte da genheiro que desejamos ser, mas não proposta.
equação da proposta bem feita e de conseguimos. Isso porque seria hu-
uma relação saudável com o cliente, manamente impossível avaliar mais O sistema da SolarMarket tam-
já que a queixa pela entrega de ener- de 50 milhões de combinações de bém é integrado diretamente com
gia solar abaixo do prometido está no módulos e inversores, como ele faz. distribuidores de equipamentos,
topo das suas insatisfações, negando Quem nunca sonhou em ter um di- buscando os melhores preços e pos-
ao integrador sua melhor oportu- mensionamento preciso em um esta- sibilitando até mesmo a compra
nidade: o boca a boca. “Errar para lar de dedos com?” diz o idealizador caso o cliente aceite a proposta, o
cima” também não seria o caso, pois do ESI, Guilherme Mello. que é feito virtualmente com vali-
o mercado anda cada vez mais com- dade jurídica, usando a assinatura
petitivo e essa estratégia tornaria sua Guilherme explica que o Enge- digital.
proposta pouco competitiva. nheiro Inteligente dimensiona em
sistemas dos grupos A e B, em Múl- É muita facilidade para o integra-
A matemática se complica quan- tiplas Topologias e até em Múltiplas dor solar, que pode automatizar pro-
do chegamos à escolha dos equipa- Unidades Consumidoras. Ou seja, cessos antes tidos como sua principal
mentos. São muitas visitas ao Google para o cliente que deseja distribuir atividade, e focar no que realmente
e aos sites dos distribuidores e as al- energia entre sua casa, sítio e empre- o diferencia e o coloca à frente. Gas-
terações de preços exigem diversas sa, por exemplo, é possível encontrar tar um dia inteiro para gerar uma boa
revisões. E lá se vai o dimensiona- a solução ideal em uma só propos- proposta? Nunca mais.

58 RBS Magazine
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