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Consumidor final pode ser
DPS é obrigatório no padrão de
responsabilizado por acidentes em
entrada com sistema fotovoltaico?
obras de instalação fotovoltaica?
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Resolução 1.055 da ANEEL cria
Medição da bifacialidade dos
zonas de exclusão para centrais
módulos fotovoltaicos
geradoras
Energia!
EDITOR DE CONTEÚDO BANCO DE IMAGENS
Ericka Araújo - MTb 88122/SP Freepik e Envato
Profissional utiliza a linha de vida enquanto caminha por cima de uma passarela em telhado. Foto: MIL
Soluções/Reprodução
Para evitar a ocorrência de arcos elétricos, deve-se verificar a ausência total de corrente elétrica nos
circuitos que serão seccionados. Foto: Canal Solar
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Por esse motivo, ele afirma que, antes de fazer uma instalação, o ideal é que o
profissional contratado tenha ao menos um curso de formação em eletrotécnica
em seu currículo, além das certificações da NR 10.
“O grande perigo da energia elétrica é o fato de não conseguirmos enxergá-la.
A mínima falha em um disjuntor já é o suficiente para causar um acidente, imagi-
na então instalar um sistema complexo como o fotovoltaico. Imagina o estrago
que pode acontecer. Por esse motivo, o uso de óculos, calçados, roupa anti-cha-
mas, capacete e demais EPIs é inegóciavel”, ponderou.
Figura 2 - Definição de ponto de entrega e ponto de entrada. Imagem adaptada ND 5.1 Cemig
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Com os conceitos definidos, analisamos agora o que orienta a ABNT NBR 5410
a respeito da localização do DPS.
Em seu item 6.3.5.2.1 a), conforme apresenta a Figura 3, a instalação do DPS
deve ser junto ao ponto de entrada ou no quadro de distribuição principal quan-
do o objetivo for proteger contra sobretensões de descargas atmosféricas trans-
mitidas pela linha externa de alimentação e também sobretensões de manobra.
Figura 3 - Trecho da norma 5410 que fala sobre a localização do DPS. Fonte: ABNT NBR 5410
Já a norma ABNT NBR 5419, que trata sobre a proteção contra descargas at-
mosféricas, orienta que seja feita a análise de risco para saber se há a necessidade
da utilização de um SPDA (Sistema de Proteção Contra Descargas Atmosféricas).
Caso haja essa necessidade, a norma indica o uso do DPS na entrada da linha
da estrutura, na fronteira que divide a parte externa com a interna da edificação,
conforme apresenta a Figura 6.
Se o QGBT estiver nessa fronteira, o DPS pode ser alocado dentro dele, caso
contrário, assim como apresentado na Figura 5, o DPS deve ser alocado em uma
caixa apropriada nessa fronteira.
Figura 6 - Trecho da norma 5419-4 que fala sobre a localização do DPS. Fonte: NBR 5419-4
Caso não haja a necessidade da utilização de SPDA, a utilização do DPS seguirá
os critérios estabelecidos na 5410, que já foram citados em parágrafos anterio-
res.
A utilização ou não do SPDA será definida após seguir os passos indicados na
ABNT NBR 5419-2, quando se faz a análise de risco da edificação. A Figura 7
apresenta o trecho retirado da NBR 5410-3, que confirma o que foi relatado
neste parágrafo.
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Figura 7 – Trecho da norma ABNT 5419-3. Fonte: NBR 5419-3
Fonte: IEA (International Energy Agency). Special Report on Solar PV Global Supply Chain, 2022
www.sma-brasil.com
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Fonte: Risen Energy
O surgimento das células PERC (Passivated Emitter and Rear Cell) e monocris-
talinas que vêm substituindo a tecnologia BSF (Back Surface Field) no mercado
desde os anos de 2015, a medida que aumentou a eficiência das células e o apro-
veitamento da área de módulo para potências maiores, bem como a redução
na espessura e aumento do tamanho das células, oportunizou menor tempo de
payback de energia pois os módulos geram mais por kW instalado.
Energia Demandada Ciclo de Vida 260,5 kWh 259 kWh 281 kWh
Tempo de Payback de Energia - EPBT 3,6 meses 4,5 meses 5,2 meses
Referências
https://energiaeambiente.org.br/emissoes-de-gases-de-efeito-estufa-de-usinas-termeletricas-cresceram-75-20221215
https://iea.blob.core.windows.net/assets/d2ee601d-6b1a-4cd2-a0e8-db02dc64332c/SpecialReportonSolarPVGlobalSupplyChains.pdf
Figura 4 - Simulador Gsolar XJCM-11A, classe Figura 6 - Curvas I-V e P-V da amostra
A+A+A+. Fonte: LESF/UNICAMP
LADO FRON-
TAL DO MÓ-
LADO TRASEIRO DO MÓDULO
DULO
Figura 7 - Características elétricas do módulo testado em STC destacado referente a parte frontal
Para uma melhor visualização dos dados podemos plotar o gráfico mostrado
na Figura 8, levando em consideração as potências máximas obtidas no teste e
as irradiâncias equivalentes, podendo ser realizada a interpolação linear é obtida
a reta do BiFi.
O módulo de amostra apresenta a
potência na etiqueta de 440 Wp, e na
folha de dados do fabricante somente
em um módulo da família tem seu ga-
nho de bifacialidade indicado, sendo o
módulo de potência de 435 Wp, como
destacado na Figura 9. Podemos ver
que a bifacialidade descrita na folha
Figura 8 - Gráfico da potência máxima como uma
função do nível de irradiância traseira ou da irradiância de dados do módulo condiz com a do
frontal sendo considerada a bifacialidade de 0,7 teste realizado em laboratório.
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Figura 9 - Características elétricas com diferentes ganhos de potência do lado traseiro (módulo de referência
435 Wp lado frontal)
Neste teste, podemos atestar os do. Além disso, não há como saber em
critérios de bifacialidade em módulo quais irradiâncias traseiras a fabrican-
comercial de amostra, podemos ver te realizou o teste.
como é realizado o processo de ob-
tenção dos coeficientes de bifaciali- Referências Bibliográficas
dade através da norma IEC 60904-1-2 [1] IEC TS, “Photovoltaic Devices - Part 1-2:
Measurement of Current-Voltage Characteris-
em condições de laboratório, sendo tics of Bifacial Photovoltaic (PV) Devices”. IEC,
essas as medidas elétricas que são co- 2019.
locadas nas folhas de dados dos fabri- [2] R. Guerrero-Lemus, R. Vega, T. Kim, A.
cantes de módulos. Kimm, e L. E. Shephard, “Bifacial solar photo-
voltaics – A technology review”, Renewable and
O módulo de teste apresentou a Sustainable Energy Reviews, vol. 60, p. 1533–
mesma bifacialidade atestada em sua 1549, jul. 2016, doi: 10.1016/j.rser.2016.03.041.
folha de dados. Entretanto, como o [3] “GSOLAER POWER CO.,LTD|Products”.
módulo de teste é de potência dife- http://www.gsolar.cn/page_en/p_XJCMS.html
(acessado 9 de novembro de 2022).
rente do detalhado na folha de da- [4] Calculating the additional energy yield of
dos, o ganho não pode ser compara- bifacial solar modules, SolarWorld
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Resolução 1.055 da ANEEL cria zonas de
exclusão para centrais geradoras
Luiza Melcop
Sócia advogada do
linhas de conexão. Tal motivo foi ex-
escritório Cortez Pimentel
Advogados posto no voto de aprovação do texto
da resolução.
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conclui o gerente da Saar Solar Kon- nam-se a reforçar os incentivos para a
tor GmbH. expansão da energia solar.
Em julho de 2022, Robert Habeck,
Distribuição de energia Ministro Federal de Assuntos Econô-
Ainda de acordo com as novas re- micos e Proteção Climática, citou em
gras, a geração distribuída de energia comunicado publicado pelo governo:
em residências, ou de uso comercial, "Em vista do agravamento da crise
será isenta de impostos, com limite de climática e da guerra de agressão rus-
potência máxima de até 30 kW. sa contra a Ucrânia, as energias reno-
Já em caso de residências comparti- váveis se tornaram uma questão de
lhadas, multi-propriedade, ou de uso segurança nacional e europeia. É por
misto, a potência não deve exceder isso que fizemos todos os esforços
15 kW por cada unidade residencial ou para melhorar significativamente as
comercial da propriedade. condições estruturais para as energias
Ainda de acordo com o Ministério Fe- renováveis.(...) E a partir de sábado, as
deral das Finanças, a isenção também taxas de compensação mais altas para
se aplica às instalações existentes. sistemas fotovoltaicos em telhados
Porém, os proprietários de instala- entrarão em vigor. Isto envia um sinal
ções que injetam eletricidade na rede claro ao mercado e dá à energia solar
pública devem, obrigatoriamente, re- um impulso decisivo. Todos nós pre-
alizar seu registro na repartição fiscal cisamos avançar com a expansão das
competente para serem beneficiados energias renováveis de uma maneira
com a Lei de Imposto sobre o Valor espirituosa e consistente".
Acrescentado. Até julho de 2022, a tarifa feed-in
para sistemas fotovoltaicos com uma
Taxas de remuneração mais ele- potência de 1 kW a 10 kW era exata-
vadas para feed-in mente de 0,0623 centa-
A tarifa feed-in é um pa- Uma das determinações vos de euro por kWh, o
gamento subsidiado fixo Do governo alemão é o que inclui a maioria dos
ao proprietário do siste- aumento da remuneração sistemas fotovoltaicos
ma de geração, garanti- para proprietários de instalados em casas.
do pelo Estado que tem sistemas fotovoltaicos que Para sistemas fotovol-
como objetivo principal injetam energia na rede taicos com uma capacida-
reforçar os incentivos à pública de de 10 kW a 40 kW, o
expansão do setor fotovoltaico. valor aplicado era de 0,0606 centavos
Uma das determinações impostas de euro, e para sistemas com potên-
pelo governo alemão para este ano cia de 40 kW a 100 kW, a taxa era de
é a determinação do aumento da re- 0,0474 centavos por kWh de energia
muneração para proprietários de sis- solar distribuída na rede pública.
temas fotovoltaicos que injetam ener- Como parte das modificações da
gia na rede pública. nova lei, os proprietários poderão es-
Segundo o Governo Federal, as ta- colher entre dois novos modelos de
xas de remuneração mais altas desti- tarifa de remuneração feed-in: mode-
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Diante deste cenário, a fonte solar fotovoltaica pode agir como uma imensa
alavanca de desenvolvimento social, econômico e ambiental do País.
A tecnologia traz imensos benefícios sociais, econômicos, ambientais, ener-
géticos e estratégicos, conta com amplo apoio da população brasileira e atrai
empreendedores e investimentos de forma espalhada e distribuída em todas as
regiões do Brasil. Com uma estratégia consistente para o setor solar, o país e o
planeta têm muito a ganhar.
A ABSOLAR projeta que, com o uso de políticas públicas adequadas para acele-
rar o uso de energia solar no Brasil, será possível atrair R$ 124 bilhões em novos
investimentos ao país, gerando 750 mil novos empregos qualificados e aumen-
tando a arrecadação de impostos em R$ 37 bilhões aos cofres públicos.
Reduzir a burocracia, racionalizar procedimentos de conexão à rede e imple-
mentar legislação e regulamentação adequadas ao setor são alguns dos desa-
fios para acelerar as energias renováveis no Brasil.
De que forma o governo poderia viabilizar uma isenção de imposto sobre a
compra e construção de sistemas fotovoltaicos?
Com o apoio de nossos associados e equipe profissional, a ABSOLAR desen-
volveu e apresentou recomendações estratégicas aos planos de governo dos
candidatos à Presidência da República, em linha com as melhores práticas inter-
nacionais.
Os incentivos para o setor fotovoltaico podem se dar não apenas via isenções
fiscais aos componentes e equipamentos, mas também na eletricidade produzi-
da pela fonte solar.
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A ABSOLAR construiu diversas pro- componentes de armazenamen-
postas para incentivar sistemas sola- to de energia elétrica), de forma
res fotovoltaicos, o armazenamento isonômica ao que já existe para a
de energia elétrica (baterias) e a nova fonte eólica;
fronteira do hidrogênio verde (H2V). • Estruturar um novo Convênio
Na esfera do governo federal, as ICMS, que permita estender os
principais medidas recomendadas benefícios já aplicados aos esta-
pela ABSOLAR incluem: dos da região sudeste para todos
• Implantar regras claras de isen- os estados do País;
ção de impostos sobre os compo- • Conceder incentivos fiscais para
nentes e equipamentos fotovol- energia renovável, em especial, a
taicos, bem como sobre sistemas solar FV;
de armazenamento de energia • Fomentar pesquisa e desenvolvi-
elétrica (baterias) e componentes mento tecnológico de fontes re-
da cadeia de valor do H2V; nováveis;
• Incluir no Regime Especial de In- • Fomentar a formação e capacita-
centivos para o Desenvolvimento ção de recursos humanos;
da Infraestrutura – REIDI (Lei nº • Criar linhas de financiamento
11.488/2007) os empreendimen- competitivas para fontes renová-
tos de geração distribuída, siste- veis;
mas de armazenamento e H2V, • Incorporação da tecnologia solar
para aumentar a competitividade FV nos edifícios públicos e nas po-
destas tecnologias; e líticas de universalização da ener-
• Aprimorar o Programa de Apoio gia elétrica (casas populares e sis-
ao Desenvolvimento Tecnológico temas isolados); e
da Indústria de Semicondutores – • Desburocratizar os processos de
PADIS (Lei nº 11.484/2007), para conexão de novos sistemas sola-
ampliar a oferta de componentes res FV às redes de distribuição e
e equipamentos FV fabricados no transmissão.
Brasil, além de atrair investimen-
tos em novas fábricas localizadas Na esfera municipal, as principais
em território nacional. medidas recomendadas pela ABSO-
LAR incluem:
Na esfera dos governos estaduais, • Reduzir o IPTU, ITBI e Outorga
as principais medidas recomendadas Onerosa para edifícios com siste-
pela ABSOLAR incluem: ma solar FV;
• No âmbito do ICMS, estender o • Redução de ISSQN para empresas
benefício do Convênio ICMS nº ou profissionais que atuam com
101/1997 e Convênio ICMS nº projetos, obras e instalações de
114/2017 para todos os com- energia solar FV;
ponentes de um sistema FV (in- • Incentivar o uso de energia solar
versor, rastreador solar, equipa- FV em coberturas de estaciona-
mentos de estrutura, sistemas e mentos; e
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• Instalar sistemas solares fotovol- do as emissões de gases estufa e po-
taicos em edifícios públicos muni- luentes atmosféricos, nocivos à saúde
cipais. e ao meio ambiente.
Para atingir estes objetivos, é ne-
Quais são os desafios do cessário que os próximos governos
novo governo com relação ao definam políticas públicas, programas
desenvolvimento do setor solar e e incentivos que estimulem o desen-
energias renováveis no Brasil? volvimento da cadeia de valor de fon-
O governo federal e os governos es- tes renováveis, com linhas de crédito
taduais que assumiram seus mandatos competitivas e desonerações (fiscais e
em janeiro de 2023 têm a oportunida- financeiras), aliadas ao apoio a novos
de de contribuir para a diversificação negócios emergentes e incentivos à
da matriz elétrica nacional, diminuin- pesquisa, desenvolvimento e inova-
do a pressão sobre os recursos hídri- ção.
cos de usos múltiplos, cada vez mais São ações fundamentais para atrair
escassos e preciosos, bem como para novos investimentos, com menos
a redução do uso de fontes fósseis, burocracia e mais agilidade no aten-
mais caras e poluentes. dimento às demandas da sociedade
Ao mesmo tempo, o crescimento brasileira. Tais medidas também con-
das renováveis poderá reduzir os cus- tribuirão para a geração de mais em-
tos e preços da energia elétrica aos pregos e renda, novas oportunidades
consumidores finais, aliviando o orça- de negócios e a ampliação ao acesso
mento da população, aumentando a à energia elétrica por consumidores
competitividade dos pequenos negó- menos favorecidos e em situação de
cios da economia nacional e diminuin- vulnerabilidade socioeconômica.
Fonte: Freepik
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FABRICANTE GLOBAL DE TIER 1