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A N O 19
N º 214
ELÉTRICA, ENERGIA, ILUMINAÇÃO, AUTOMAÇÃO,
SUSTENTABILIDADE E SISTEMAS PREDIAIS
Multiplataforma
ASSINATURA
A PROCURA POR ENERGIA SOLAR
POR ASSINATURA ESTÁ EM ALTA
DE ENERGIA
NO BRASIL, MOTIVADA PELA
BUSCA DE TARIFAS MENORES
E TAMBÉM PARA CONTRIBUIR
28
MATÉRIA DE CAPA
A procura por energia solar
por meio da modalidade de
assinatura está em alta no Brasil,
especialmente em meio à crise
hídrica e ao aumento das tarifas
de energia elétrica. Nesta matéria,
especialistas das empresas de
energia comentam sobre essa
tendência.
72 › ARTIGO MITSHUBISHI
ELECTRIC - INOVAÇÃO
INDUSTRIAL
84 › ARTIGO FLUKE
102 › ARTIGO
TERMOMECÂNICA
POTÊNCIA 2
EDITORIAL
EXPEDIENTE
DESTAQUES DA EDIÇÃO
Multiplataforma
Fundadores:
Elisabeth Lopes Bridi
Habib S. Bridi (in memoriam)
Nossa matéria de capa desta edição mostra uma tendência da área elétrica, a
ANO XIX • Nº 213
OUTUBRO'23 contratação de energia solar por meio da modalidade de assinatura.
É cada vez maior o número de empresas que oferecem o serviço, assim como
Publicação mensal da HMNews Editora
e Eventos, com circulação nacional, dirigida também tem crescido a adesão a esses sistemas.
a indústrias, distribuidores, varejistas, home
centers, construtoras, arquitetos, engenharias,
instaladores, integradores e demais profissio-
Os consumidores que optam pela modalidade de assinatura contam com uma
nais que atuam nos segmentos de elétrica, energia limpa e sustentável e ainda são beneficiados com economia de dinheiro.
iluminação, automação e sistemas prediais.
Outras vantagens é que o contratante do serviço não precisa gastar com ins-
Diretoria
Hilton Moreno talação de equipamentos fotovoltaicos, consequentemente eliminando o trabalho
Marcos Orsolon de manutenção.
Pietro Peres
Redação
Quem tiver interesse em conhecer melhor o sistema pode simplesmente fazer
Diretor de Redação: Marcos Orsolon uma simulação diretamente no site das empresas que oferecem o serviço.
Editor: Paulo Martins
Jornalista Responsável: Marcos Orsolon Já a seção Mercado traz entrevistas com fabricantes de barramentos blinda-
(MTB nº 27.231)
dos, que comentam sobre a aplicação dessas soluções, a evolução do mercado e
Departamento Comercial as vantagens apresentadas pelas mesmas em relação ao uso de cabos elétricos.
Cecília Bari e Rosa M. P. Melo
Equipamento destinado à transmissão e distribuição de energia em instalações
Gestor de Eventos
Décio Norberto
industriais e prediais, o barramento blindado constitui um mercado em franca as-
censão.
Gestora Administrativa
Maria Suelma Outro destaque desta edição é a cobertura da edição 2023 do Redes Subterrâ-
Produção Visual e Gráfica neas de Energia Elétrica e Telecom. Realizado no mês de outubro, em São Paulo,
Estúdio AM
o evento foi composto por Exposição e Fórum Técnico, atraindo um público de
Contatos Geral 800 pessoas.
Rua Jequitibás, 132 - Bairro Campestre
Santo André - SP - CEP: 09070-330 O tema deste ano foi “Os desafios das redes subterrâneas com o avanço da
contato@hmnews.com.br
Fone: +55 11 4421-0965 geração distribuída e carregamento de veículos elétricos”, tendo como novidade o
Redação
painel sobre redes subterrâneas de Telecomunicações.
redacao@hmnews.com.br
Fone: +55 11 99344-3166 Além do balanço dos organizadores do evento, a matéria traz a cobertura foto-
gráfica das palestras e um resumo das novidades das empresas que participaram
Comercial
publicidade@hmnews.com.br da exposição.
F. +55 11 4421-0965
Boa leitura e até a próxima edição!
Fechamento Editorial:
13/11/2023
Circulação:
14/11/2023
Conceitos e opiniões emitidos por entrevis-
tados e colaboradores não refletem, necessaria-
mente, a opinião da revista e de seus editores.
Potência não se responsabiliza pelo conteúdo
dos anúncios e informes publicitários. Não publi-
camos matérias pagas. Todos os direitos são re-
servados. Proibida a reprodução total ou parcial
das matérias sem a autorização escrita da HM-
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vel. Registrada no INPI e matriculada de acordo
com a Lei de Imprensa. MARCOS HILTON
ORSOLON MORENO
POTÊNCIA 3
HOLOFOTE CLIQUE
AQUI
E VOLTE AO
SUMÁRIO
Hitachi Energy ultrapassa
150 GW em links HVDC
integrados ao sistema de energia
A Hitachi Energy, líder global em tecnologia que está
Foto: Divulgação
promovendo um futuro de energia sustentável para todos,
acaba de anunciar que habilitou mais de 150 gigawatts
(GW) de links de corrente contínua de alta tensão (HVDC)
integrados ao sistema de energia em todo o mundo – o
suficiente para atender à demanda de energia de pico para
o Japão. O anúncio segue a entrega da primeira energia
do Dogger Bank, o maior empreendimento eólico offshore
do mundo, por meio do primeiro uso da tecnologia HVDC
pelo Reino Unido em um parque eólico.
A empresa tem expandido consistentemente sua ca-
pacidade para atender à demanda acelerada impulsio-
nada pela transição para a energia limpa. Desde 2020,
quando a Hitachi iniciou seu investimento estratégico, a
Hitachi Energy aumentou sua força de trabalho em mais de 8.000 pessoas. No mesmo período, também investiu US$ 3
bilhões em fabricação e engenharia, além de Pesquisa e Desenvolvimento, expandindo a colaboração e impulsionando
a parceria estratégica em todo o ciclo de vida de seus clientes.
“A eletricidade será a espinha dorsal de todo o sistema energético e ajudará a impulsionar a transição para a ener-
gia limpa. Este anúncio mostra como estamos permitindo que nossos clientes acelerem o desenvolvimento das redes
de energia que o sistema exige”, disse Claudio Facchin, CEO da Hitachi Energy.
Os investimentos contínuos estão alinhados com o Plano Hitachi Energy 2030 e o Plano de Gestão de Mé-
dio Prazo 2024 da Hitachi.
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venda junto aos clientes até conceitos de gestão empresarial. Assim, os profissionais conseguem minimizar os riscos
de retrabalho e ganhar a confiança dos consumidores finais”, afirma.
Os cursos disponíveis até o momento são: “Eletricidade básica”, “Energia Solar: do projeto à instalação”, “Gestão
de vendas em energia solar”, “Instalação de sistemas fotovoltaicos”, “Trading e gestão de riscos no mercado livre de
energia” e “Gestão de unidades consumidoras de energia”.
Nesse primeiro momento, todos os integradores parceiros da 77Sol poderão usufruir de descontos especiais nos
cursos mais avançados da OCA, além de ter acesso gratuito aos básicos. Além dos cursos baseados na modalidade à
distância, a parceria também contará com trilhas presenciais, que serão disponibilizadas a partir de turmas fechadas.
No próximo ano, a ideia da energytech, é ampliar a atuação na educação corporativa do setor.
Para Luca Milani, CEO e fundador da 77Sol, a proposta da energytech é contribuir com a democratização do seg-
mento, inclusive, no âmbito educacional. “Em um mundo em que há muito conteúdo na internet, entendemos que é di-
fícil distinguir o que de fato tem qualidade. O nosso foco é selecionar e levar conteúdo relevante para o mercado. De um
modo simplista, esperamos que os cursos agreguem valor e sejam úteis para os nossos integradores parceiros”, conclui.
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RICARDO FIGUEIREDO
ABAL
A Associação Brasileira do Alumínio (ABAL) anunciou em outubro a
nova composição de seu Conselho Diretor. O conselheiro da Alubar, Ricar-
do Figueiredo, assume pela segunda vez consecutiva o cargo de 1º vice-
presidente, com mandato até 2025. O executivo atua há mais de 40 anos
na indústria e há 20 na Alubar, maior fabricante de cabos elétricos da Amé-
rica Latina e maior produtora de vergalhões de alumínio do continente.
Na ABAL, Figueiredo faz parte do Conselho Diretor desde 2019, quando
tornou-se membro efetivo do grupo de fabricantes de fios e condutores
Foto: Divulgação
elétricos. Em 2021, chegou à 1ª vice-presidência.
LUIS NAVARRO
dade de ser contratado devido a demora no atendimento, desorganização ou até pela
inexperiência em vender o próprio serviço. Por isso, é importante aproveitar o potencial da
tecnologia para melhorar essas questões. “O app foi pensado para ajudar os autônomos
a venderem a sua mão de obra. Em anos e anos como vendedor, eu aprendi que venda
é processo, não é dom! É por isso que criamos o ‘funil do autônomo’, que são cinco pas-
sos simples, ensinados no aplicativo, que permitem que qualquer profissional autônomo
consiga fechar até sete em cada dez orçamentos”, complementa.
Outro benefício do aplicativo Meu Ajudante mencionado pelo seu cofundador é a
possibilidade do profissional contar com secretária virtual de domingo a domingo. “Ele
terá ajuda automática para ser avisado, com antecedência, sobre todos os compromis-
sos do dia”, conclui.
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flora e a conservação dos biomas dos territórios onde a companhia atua. Também desenvolve ações sociais com foco
na capacitação profissional, valorização de culturas e desenvolvimento regional.
Criado por intermédio da parceria entre o World Resources Institute (WRI) e o World Business Council for Sustai-
nable Development (WBSCD), o Programa GHG Protocol é uma plataforma que propõe diretrizes para contabilização
de emissões de gases de efeito estufa (GEE), contribuindo para o gerenciamento das emissões.
O GHG Protocol compreende três níveis de protocolos: Bronze, Prata e Ouro. As classificações diferenciam-se entre
si de acordo com o nível de profundidade das informações apresentadas nos inventários realizados pelas empresas.
No Selo Ouro, além de o volume e o detalhamento das informações ser mais amplo, há uma verificação por terceira
parte acreditada dos dados, o que lhe confere maior precisão. O Prata é concedido para inventários completos, mas
sem a verificação e o Bronze envolve a publicação de um inventário de GEE parcial.
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Ao longo dos anos, o Prof. Hilton Moreno
desenvolveu um CHECKLIST EXCLUSIVO com mais de
270 itens, que faz parte do seu curso da NBR 5410.
Uma ferramenta incrível, QUE NÃO ESTÁ À VENDA em
separado, que vai te dar agilidade na aplicação da norma.
NBR
tem que saber aplicar a
Educação
HOLOFOTE
Foto: Divulgação
e a saúde mental das equipes; que constrói um espaço
seguro para as pessoas; e que inspira os profissionais a
desenvolverem seus talentos plenamente. Essa presen-
ça constante no ranking GPTW, fruto de um trabalho desenvolvido ao longo de anos, também é um estímulo para
que possamos continuar a oferecer iniciativas e condições que tragam satisfação e qualidade de vida a todos”, co-
memora Rogério Baldauf, diretor-superintendente da Schmersal.
Diversidade e Inclusão
O foco da Schmersal é compreender as diferenças, incorporá-las no dia a dia da empresa e, assim, construir um
ambiente mais rico, diverso e plural, fazendo disso um constante aprendizado. Para isso, a companhia elimina as
barreiras à inclusão promovendo cursos e incluindo traduções em Libras nas comunicações e vídeos; adapta toda a
empresa para fácil acessibilidade; conta com um Comitê de Diversidade e Inclusão que integra as pessoas e promo-
ve o respeito nas relações não importando a etnia, crença, idade, gênero, limitação ou orientação sexual; e oferece
palestras, treinamentos e ações efetivas para inserir todos na mesma realidade.
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mente, mas que gera um risco de incêndio de grande impacto, principalmente quando localizado dentro das edifica-
ções”, ressaltou o diretor.
Diante desse cenário, o Comitê Brasileiro de Segurança Contra Incêndio (CB-024) da ABNT convoca especialistas
de múltiplos setores: veículos eletrificados (automotivo, máquinas, marítimo e aéreo), ferramentas portáteis sem fio,
eletroeletrônicos contendo bateria, recicladoras de baterias, sistemas fotovoltaicos, eólicos, outros com acumuladores
de energia, fabricantes, montadoras de baterias, Comitês Brasileiros e seus especialistas relacionados (Elétrica, Trans-
porte, Construção Civil, Automotivo, dentre outros), Associações e Entidades envolvidas e todos setores e responsáveis
técnicos por edificações residenciais, comerciais e industriais que possam contribuir com esta Comissão de Estudos.
Os interessados em participar podem entrar em contato pelo e-mail: cb-24@abnt.org.br.
Empresas de logística
reversa criam associação
Para atender à crescente demanda por inciativas públicas e privadas que garantam a destinação correta de resí-
duos, além da regulação e incentivo a esse mercado, 18 das principais empresas do setor, responsáveis pela coleta,
triagem, armazenamento e destinação ao ciclo produtivo de produtos e embalagens pós-consumo, criaram a Abelore
(Associação Brasileira de Logística Reversa).
Juntas, essas empresas já reciclaram, somente em 2022, em toneladas: 150.170 de papel, 800 de plástico, 9.319
de vidro, 2.888 de metal, 85.522 de papelão, 450 de embalagens Tetra Pak e 350 de eletrônicos.
E em sua primeira reunião anual, que aconteceu neste mês de outubro, em São Paulo, a Abelore reuniu represen-
tantes do poder público, com a participação de Aline Cardoso, secretária municipal de Desenvolvimento Econômico e
Trabalho da cidade e Mauro Haddad, gerente de Saneamento da SP Regula – órgão responsável pela regulação e pela
fiscalização dos serviços delegados do município, bem como Fabrício Soler, que é advogado especialista do setor, além
de representantes das empresas Massfix (Juliana Schunck), Grupo Boticário (Mariana Cavanha) e Cargill (Márcio Barela).
“A concretização desta associação é mais passo no sentido de evoluir no que se refere a logística reversa nesse país,
à disseminação de informações concretas para o mercado e governo quanto as melhores práticas, garantindo a evolu-
ção dos índices do setor de forma propositiva e transparente”, explica Rodrigo Oliveira, vice-presidente da associação.
Ainda no sentido de apoiar o desenvolvimento desse mercado, a entidade elaborou “Selo Abelore”, uma certifi-
cação que garante o compromisso das empresas com a
Logística Reversa. Ao receber esse selo, as empresas se
comprometem a adotar práticas sustentáveis, como o re-
aproveitamento de materiais e a destinação correta de
resíduos, contribuindo para a preservação do meio am-
biente. “Com essa certificação é possível proporcionar ao
consumidor e sociedade em geral a certeza de estar esco-
lhendo empresas comprometidas com o futuro do planeta.
Nosso objetivo é aumentar a sensibilização da população
e das empresas para o cumprimento dos acordos seto-
riais para gerar adicionalidade por meio do aumento no
volume de materiais recicláveis sendo reaproveitados”,
complementa Alexandre Furlan, presidente da Abelore.
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solar, protagonistas na oferta de ‘combustível limpo’ para as soluções de eletromobilidade BYD”, afirma Sócrates
Rodrigues, diretor de projetos da BYD Energy, que explica que o EPC da companhia atende também demandas de
clientes de pequeno porte.
Com solução “energy as a service”, a companhia age desde a identificação da demanda de energia do cliente até
a manutenção da usina durante todo o período da garantia técnica, que pode durar de 6 a 12 meses. Na fase inicial,
a equipe de engenharia, com expertise em desenvolvimento de projetos, fornece todas as soluções personalizadas,
estudos e dimensionamentos, respeitando todas as normativas, além da utilização de softwares e ferramentas ade-
quadas e elaboração de memoriais e quantitativos, garantindo precisão executiva e controle de custos, além do su-
porte dos consultores e de um time de P&D da própria BYD.
Já na etapa de planejamento de compras e aquisições, entra em cena a equipe especializada em cadeia de supri-
mentos, que ativa o sistema de qualificação de fornecedores, o acesso a especialistas em importação e nacionalização,
o setor de logística e suprimentos dedicado ao projeto e ainda o tempo reduzido de operação e resolução de problemas.
Feito todo esse processo, a construção é realizada por parceiros qualificados em execução de obras e com a ex-
pertise comprovada em todas as disciplinas (elétrica, civil e mecânica), seguida do gerenciamento de obras, com o
monitoramento e controle através de indicadores de desempenho, a gestão de fornecimento e execução de subcon-
tratados, a gestão da qualidade e de riscos, a fiscalização de obra e ainda o setor jurídico dedicado ao acompanha-
mento de todo o ciclo do projeto.
“O EPC é mais uma solução que vem para agregar no leque de produtos e serviços da companhia que contribui
100% com a sustentabilidade do país. Agora com a oferta, a BYD agrega ainda mais ao crescimento do setor, em li-
nha com seu compromisso de redução da temperatura global em até 1ºC”, conclui Rodrigues.
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Por conta disso, a assistência de placas solares e descarte ecológico tem a chancela Tokio ESG, pilar que englo-
ba as iniciativas sociais, ambientais e de governança da Companhia, com foco em práticas empresariais sustentáveis.
O novo serviço é lançado em momento de forte expansão do uso da matriz solar como fonte de produção de ener-
gia elétrica. De acordo com a Associação Brasileira de Energia Solar Fotovoltaica (Absolar), esta já é a segunda fon-
te energética do Brasil, respondendo por cerca de 15% da geração - 33,5 gigawatts de potência instalada, somando
usinas de grande porte e sistemas de geração própria em telhados, fachadas e pequenos terrenos. A entidade projeta
que, até 2050, deve se tornar a principal fonte de energia do País.
Iluminação eficiente
Galpões logísticos, lojas de supermercados, aeroportos, portos, indústrias agropecuárias. Todos têm em co-
mum a necessidade de muito espaço. E para que esses espaços sejam eficientes, é fundamental uma iluminação
adequada, bem planejada e específica. “A iluminação de espaços amplos depende de um projeto que garanta
luz suficiente para toda a área, além de economia e segurança para o constante trânsito de pessoas, caixas,
máquinas e manipulação de objetos”, explica Roberto Payaro, CEO da Novvalight, fabricante brasileira de lu-
minárias industriais.
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O executivo ressalta que o primeiro passo do projeto é a análise de pontos relevantes, como metragem total, neces-
sidades do espaço, pontos de maior e menor movimentação, quantidade de funcionários e funções realizadas no local.
“O cálculo de payback – tempo necessário para que um investimento seja pago – também deve ser levado em conta”.
Payaro avalia que o investimento em projetores LED é o mais inteligente. “Hoje temos à disposição opções de
projetores, refletores e high bay’s, que podem ser utilizados em diversas situações, como em ambientes agressivos,
que necessitam de luminárias capazes de sobreviver sob condições críticas, como trepidações, elevadas ou baixas
umidade do ar e poeira; áreas internas e externas, docas ou estacionamentos. Além disso, a tecnologia LED garante
aplicações sustentáveis por meio de soluções inovadoras que reforçam a durabilidade e o desempenho e reduzem,
significativamente, os gastos e problemas de manutenção”.
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Uma questão que vem ganhando relevância é a disputa que pode acontecer nos tribunais em razão de incentivos
fiscais a veículos elétricos por setores que se sintam, de alguma forma, prejudicados.
“O Brasil desenvolveu, infelizmente, uma cultura contenciosa. E esse deve ser um ponto que poderá chegar aos
tribunais, implicando em mais um custo para as empresas que pretendem desenvolver operações nesse setor [elé-
trico para automóveis]”, opina Natal.
Foto: Divulgação
Usando a tecnologia Large Language Model, a Schnei-
der Electric criou o Copilot com segurança como um com-
panheiro digital conveniente incorporado ao Resource Ad-
visor. O Copilot equipará áreas de energia e sustentabilidade com análise de dados, visualização, suporte na tomada
de decisões e otimização de desempenho, além da capacidade de processar perfeitamente o conhecimento complexo
dos setores e as informações do sistema Resource Advisor. Uma versão beta privada será lançada em novembro,
e a disponibilidade geral da solução ocorrerá no final de 2023/início de 2024.
A convergência da era digital e da economia de impacto está criando um novo conjunto de desafios para as or-
ganizações, tornando soluções digitais mais importantes no processo de gerenciamento de impactos ambientais e
sociais. Ao usar o novo Copilot, os usuários do Resource Advisor poderão recuperar dados, gerar recursos visuais e
obter insights valiosos sem esforço. Essa abordagem simplificada reduz a necessidade de navegação manual e análi-
se de dados, permitindo que os usuários se concentrem em decisões estratégicas.
“Construir um futuro sustentável e digital consiste em desenvolver ferramentas inovadoras e responsáveis para
enfrentar os desafios atuais de descarbonização em constante evolução. Isso significa dar vida à ‘inteligência cola-
borativa’ para as maiores empresas do mundo, combinando tecnologia de ponta com conhecimento humano para
oferecer resultados mensuráveis”, disse Steve Wilhite, presidente da Schneider Electric Sustainability Business. “O Re-
source Advisor Copilot permitirá que nossos clientes trabalhem de forma mais rápida, responsável e confiante à me-
dida que lidam com iniciativas de gerenciamento de recursos para seus negócios, apoiados pela experiência de nossa
equipe líder global de consultores.”
A nova ferramenta é o mais recente aprimoramento habilitado por IA que a divisão Sustainability Business da
Schneider Electric fez nos últimos anos. Outros incluem otimização de risco, serviços de validação de faturas e no-
tificações de alerta de pico. Além disso, todas as soluções de software do portfólio Sustainability Business, que in-
clui Zeigo Network, Zeigo Activate e Zeigo Power, são apoiadas por ciência de dados, aprendizagem automá-
tica e automação de IA.
Amy Cravens, gerente de pesquisa da International Data Corporation, comentou que, “O lançamento do Resource
Advisor Copilot representa uma nova onda de liderança digital da Schneider Electric”. Em sua análise do aprimora-
mento, ela acrescentou, “A capacidade exclusiva de interagir com dados globais e agilizar os insights em tempo real
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levará seus clientes mais longe e mais rápido. Com um forte histórico de integração de IA em seus produtos e servi-
ços, o Resource Advisor Copilot está preparado para um impacto responsável e escalável nas estratégias de susten-
tabilidade corporativa.”
O Resource Advisor ajuda os clientes a observar e orientar todos os aspectos de sua jornada de gerenciamento de
recursos por meio de uma lente de IA elevada, incluindo emissões, gerenciamento de energia, redução do consumo
de recursos, relatórios ESG e contabilidade de carbono.
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ceria é que, pela primeira vez, fomos convidados a participar do projeto desde o princípio, apoiando em vários temas
relevantes, como na busca por um edifício realmente sustentável, resiliente, eficiente do ponto de vista da operação,
confortável para os alunos e capaz de atrair os talentos globais de pesquisa”, destaca Patrícia Lombardi, líder do
Segmento Edificações para a América do Sul da Schneider Electric.
“O nosso objetivo é entregar, à cidade de São Paulo, um centro de excelência em estudos e pesquisas na área da
educação altamente tecnológico para propiciar, a alunos e pesquisadores, um ambiente limpo, seguro e com uma in-
fraestrutura robusta”, ressalta Regis Gund, especialista em Projetos de Infraestrutura do Albert Einstein.
Para isso, a Schneider Electric elaborou um projeto com tecnologias utilizadas em hospitais mundiais, que irá uti-
lizar Machine Learning e Inteligência Artificial aplicadas nas áreas de sustentabilidade, eficiência energética, detec-
ção de distúrbios elétricos e melhorias no conforto dos ocupantes.
A implementação conterá: salas de aula automatizadas, permitindo que professores possam controlar a ilumina-
ção, temperatura, cortinas, som e imagens; monitoramento da qualidade de energia para salvaguardar delicados ro-
bôs cirúrgicos de alta precisão; e controle do uso de água e eletricidade.
Foto: Divulgação
transformação da sociedade. “Esse programa encapsula os valores principais da ABB, que são cuidado, curiosidade,
coragem e colaboração. Temos uma firme crença de que a juventude de hoje moldará o futuro de amanhã”, explicou
Vilela. “Portanto, foi uma verdadeira honra participar desse projeto e atuar como fonte de inspiração e guia por um
dia. Durante esse período, desfrutamos de conversas profundas e enriquecedoras que serviram para expandir hori-
zontes e, sem dúvidas, contribuíram para o crescimento profissional de Isabella.”
Isabella Prudente, uma estudante de 23 anos cursando Engenharia Química na Universidade Federal do Triângulo
em MG, e atualmente estagiária de logística em uma grande empresa do ramo, teve a honra de ser selecionada para
participar deste projeto especial. Logo no início do dia, ela foi calorosamente recepcionada por Marcelo com um café
da manhã, onde tiveram a oportunidade de se conhecer melhor. Durante o decorrer do dia, Isabella teve a chance de
explorar a sede do SP Connect, acompanhar os colaboradores da Eletrificação e participar de reuniões estratégicas e
práticas relacionadas aos negócios dessa área. Além disso, encerrou o dia de maneira descontraída, desfrutando de
uma partida de beach tênis com os demais participantes.
“Minhas expectativas foram completamente superadas, foi uma experiência muito construtiva. Ver na práti-
ca as responsabilidades do Marcelo, sua acessibilidade para com a equipe e sua participação ativa no dia a dia
das pessoas me surpreendeu. Muitas vezes imaginamos que um CEO seja uma figura inacessível devido às suas
enormes responsabilidades, mas com o Marcelo foi diferente”, comentou Isabella. “A sinergia da equipe e a for-
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ma como as pessoas me acolheram foram fundamentais para o sucesso deste dia. Senti-me muito bem recebida e
adoraria ter a oportunidade de estender essa experiência e passar mais dias com a equipe de Eletrificação da ABB.
Levo daqui valiosas experiências e percepções que certamente contribuirão para o meu desenvolvimento profis-
sional e carreira”, concluiu Isabella.
Os universitários interessados no programa passaram por um processo seletivo em que compartilharam detalhes
sobre trajetórias acadêmicas, realizações na universidade e participação em atividades sociais. O programa atraiu a
inscrição de 800 estudantes, após um processo seletivo interno da Odgers Berndtson. Mais de 23 estudantes foram
selecionados para participar do projeto, entre eles Isabella.
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crédito no mercado internacional. Porém, com a abertura gradual do Brasil para o comércio global, obteve-se acesso
a componentes atualizados com tecnologia de padrão mundial.
Um fato marcante é que muitas das pessoas que iniciaram suas carreiras na NHS permanecem na empresa até
hoje, tendo contribuído significativamente para sua construção. Um exemplo é Clairton Joacir Cardoso, que entrou
na empresa em 1989 aos 17 anos de idade e, hoje, é sócio e CEO.
Durante os primeiros 10 anos, a NHS enfrentou dificuldades devido à falta de capital, o que limitava algumas pos-
sibilidades de investimento. No entanto, a empresa sempre manteve uma postura ética e correta, honrando suas dívi-
das mesmo em momentos desafiadores, como o Plano Collor, quando o dinheiro em circulação foi confiscado. Essas
atitudes, aliadas à busca constante por qualidade e compromisso com o cliente, permitiram o crescimento da NHS.
Atualmente, a empresa conta com 270 colaboradores, uma área construída de 9 mil m² e cerca de 5.000 clientes
ativos. “Nosso foco está em atender os clientes com excelência, entregando produtos de qualidade e cuidando dos
nossos colaboradores”, conta Cardoso.
Para o futuro, a NHS tem como objetivo caminhar junto com o mercado e investir em energia renovável. A empre-
sa desenvolveu uma nova linha de inversores, com função de nobreak, e tem no Quad uma de suas principais apos-
tas. No entanto, enfrenta o desafio de quebrar o paradigma de que a energia solar é autônoma, conscientizando as
pessoas sobre a importância de um sistema de energia confiável e com armazenamento de energia solar.
A NHS sempre se mantém atualizada em relação às tendências do mercado interno e externo, buscando desen-
volver seus negócios com base nas mudanças e cenários futuros. Além disso, a empresa mantém um compromisso
com a sustentabilidade e permanece fiel aos seus princípios desde o início.
Em 2017, a NHS deu mais um passo ao ingressar no segmento de energia solar, ampliando ainda mais o seu cam-
po de atuação. Com sua história de sucesso e compromisso com a qualidade, a NHS continua a se destacar como
uma referência no mercado de nobreaks e energias renováveis.
POTÊNCIA 20
19ª-
EDIÇÃO DE ENERGIA ELÉTRICA E TELECOM
EXPO &
FÓRUM
A integração das Redes Subterrâneas com as energias
renováveis, cidades inteligentes e condomínios privados
Realização e Promoção
Medidores inteligentes
A Enel Brasil, por meio da Enel Distribuição São Paulo, con-
cessionária de energia elétrica que atua em 24 municípios da
região metropolitana de São Paulo, ultrapassou a marca de 500
mil medidores inteligentes (smart meter) instalados em bairros
da capital paulista, mantendo em operação um dos maiores
parques com esta tecnologia no País.
A empresa investiu, até o momento, aproximadamente R$
470 milhões na iniciativa, dos quais cerca de R$ 145 milhões pro-
venientes do Programa de Pesquisa e Desenvolvimento da Agên-
cia Nacional de Energia Elétrica (ANEEL). A iniciativa de aplicar
a tecnologia de medição inteligente na Enel São Paulo começou
Foto: Divulgação
no início de 2021, com a instalação de 300 mil medidores nos bairros de Perus, Pirituba, Freguesia do Ó e Brasilândia.
“Esta tecnologia é a porta de entrada dos consumidores na nova era da energia. A transição energética passa
pela digitalização das redes, especialmente nos grandes centros urbanos. Unimos a expertise global da Enel neste
tipo de tecnologia à fabricação local dos equipamentos, com o apoio de parceiros, para antecipar aos nossos clientes
os benefícios que esta inovação é capaz de proporcionar”, afirma Nicola Cotugno, Country Manager da Enel no Bra-
sil. “Temos hoje mais de 500 mil clientes usufruindo da comodidade e da transparência de acompanhar diariamente
seu consumo de energia e do acesso a um atendimento mais rápido, graças à nossa capacidade de gestão remota e
em tempo real. Queremos seguir construindo as redes elétricas do futuro no Brasil”.
Benefícios diretos para o consumidor
O novo medidor chega à casa dos clientes trazendo muitos benefícios. Entre eles, o acompanhamento em tem-
po real do consumo de energia de sua casa ou negócio, com acesso instantâneo à fatura digital via aplicativo, o que
torna o uso da energia mais consciente, permitindo que as pessoas ajustem seus comportamentos de consumo de
acordo com metas mensais de gasto ou consciência ambiental, por exemplo. Em casos de eventuais interrupções no
fornecimento de energia, a nova tecnologia permite um atendimento mais rápido, devido à possibilidade de verifica-
ção remota das ocorrências pelas equipes técnicas, diretamente do centro de operações da distribuidora, sem que o
consumidor precise entrar em contato com a empresa. O cliente também tem acesso mais ágil à serviços como reli-
gação e solicitação de corte do fornecimento de energia.
A tecnologia de medição inteligente também impacta positivamente na operação da distribuidora, o que se refle-
te em mais eficiência no serviço prestado e em ganhos para o meio ambiente. Para se ter uma ideia, a estimativa da
Enel é evitar a emissão de 20 milhões de toneladas de CO2 na atmosfera até 2030, graças a serviços remotos, como
a leitura de consumo, que irão substituir deslocamentos de equipes.
A Enel atua no mercado de medição inteligente há 22 anos e tem ampla experiência na instalação e opera-
ção desses aparelhos no mundo. Ao todo, a empresa já instalou a tecnologia para mais de 46 milhões de usuários
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HOLOFOTE
globalmente, com qualidade testada e assegurada. Na Itália, a empresa adotou, já em 2006, o maior sistema de
medição inteligente do mundo.
Fabricação nacional e geração de empregos
Os medidores contam com tecnologia desenvolvida pela Enel, certificação do Inmetro e fabricação nacional. O pro-
jeto de fabricação local dos medidores inteligentes é desenvolvido pela Gridspertise, uma empresa com participação
do Grupo Enel, que oferece soluções de redes inteligentes para operadores de sistemas de distribuição em diversos
países. Atualmente, a fabricação e instalação dos equipamentos para atender ao projeto da Enel São Paulo estão ge-
rando cerca de 750 empregos diretos.
Em parceria com o SENAI (Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial), a Enel Distribuição São Paulo criou um
curso gratuito para formar novos eletricistas e atender as novas necessidades do mercado brasileiro. As turmas são
formadas por moradores da grande São Paulo atendidos por uma das iniciativas de sustentabilidade da companhia, o
Enel Compartilha Oportunidade, e pelo próprio SENAI. Ao todo, já foram formados 340 profissionais.
POTÊNCIA 23
HOLOFOTE
“A continuidade da evolução do mercado de energia solar, segunda maior fonte no País e que responde por mais
de 1 milhão de empregos gerados na última década e cerca de R$ 163 bilhões de investimentos acumulados no Bra-
sil, não deve ser ameaçada, especialmente quando o Governo Federal estabelece agendas de desenvolvimento da
economia verde, transformação ecológica e transição energética como bandeiras estratégicas do Brasil, nos âmbitos
nacional e internacional”, afirma Sauaia.
“O Brasil é um potencial internacional na geração de energia limpa e o crescente setor de energia fotovoltaica é
ator-chave nesse processo sustentável e que coloca o país como referência global. Não onerar módulos fotovoltaicos
neste momento significa dar competitividade ao setor e ampliar a produção limpa de energia”, conclui Welber Barral,
sócio-fundador da BMJ Consultores Associados.
POTÊNCIA 24
HOLOFOTE
“A plataforma Parceiro da Construção é reconhecida por apresentar diversos conteúdos técnicos para todo segmen-
to da construção civil de forma rápida e didática, o que vem ao encontro com o nosso objetivo de disponibilizar cursos
de elétrica para profissionais de diferentes níveis de aprendizado e conhecimento”, ressalta Fábio Ferrara.
Indústria do futuro
A indústria do futuro não será apenas mais automatizada, ela será mais autônoma e ainda muito dependente da
atuação humana para o seu sucesso. Esse é um dos principais ensinamentos compartilhados na Automation Fair
2023, feira global de inovação tecnológica para o setor industrial da Rockwell Automation, maior empresa do
mundo dedicada à automação industrial e transformação digital.
Neste ano, a feira aconteceu pela primeira vez em Boston e apresentou para mais de 10 mil pessoas grandes ten-
dências em tecnologia que irão transformar plantas de fábricas, cadeias de suprimentos e também a força de traba-
lho global.
De acordo com o CTO da Rockwell Automation, Cyril Perducat, a indústria deverá passar por uma mudança de
paradigma com o avanço na adoção de tecnologias como Inteligência Artificial (IA) e Machine Learning. “Sinto que
diversas ferramentas que usamos na indústria hoje são muito descritivas. Então, você coleta dados, exibe tendências
e gráficos, descreve um fenômeno e precisa de pessoas para analisar essas informações. No final, você ainda tem
uma pessoa na equação que precisa decidir. E nós vamos ter uma mudança nisso”, afirma.
Essa mudança, segundo Perducat, irá permitir que humanos e máquinas cada vez mais se integrem no ambiente
de trabalho industrial. “A oportunidade que temos com a IA é fazer com que a pessoa não se concentre nos dados,
mas que se concentre no problema de negócios que precisa ser otimizado”, afirma.
Para apoiar o setor industrial nesta mudança de paradigma, a Rockwell Automation apresentou na Automation
Fair o seu portfólio de aparelhos inteligentes, robôs e maquinários, softwares e sistemas de automação para diferen-
tes setores da indústria.
Os destaques ficam por conta de aparelhos e máquinas que coletam dados em tempo real do chão de fábrica
enquanto desempenham outras tarefas, ajudando a gerenciar estoques, antecipando manutenções e identificando
anomalias na operação.
Soluções da Rockwell Automation para o dia a dia dentro das fábricas incluem autonomous mobile robots (AMR),
ou robôs móveis autônomos, em português, uma nova geração de veículos autônomos que usa sensores e visão com-
putacional para tomar decisões e realizar tarefas de forma independente.
O fator humano não fica de fora e a indústria deve continuar enfrentando desafios na contratação e retenção de
mão de obra. De acordo com o CEO da Rockwell Automa-
tion, Blake Moret, ajudar as pessoas a se sentirem con-
fortáveis usando novas tecnologias será cada vez mais
importante para o sucesso de projetos. “Pode parecer
um pouco incomum para uma empresa de automação
falar tanto sobre pessoas quanto nós falamos, mas isso
realmente é uma visão centrada no humano, no chão
de fábrica. E sabemos que a chave para o sucesso são
pessoas capacitadas e energizadas, que se sentem con-
fortáveis interagindo com a tecnologia, uma tecnologia
que lhes dá superpoderes”, reforça Moret.
Foto: Divulgação
POTÊNCIA 25
HOLOFOTE
Para ajudar na adoção de novas tecnologias, a Rockwell Automation investe no design de aparelhos e experiência
dos usuários de seus sistemas, oferecendo interfaces intuitivas e simplificadas, como disponível na linha de softwares
FactoryTalk®, permitindo que a introdução de novas tecnologias na operação das fábricas seja mais rápida e satisfatória.
“Você sempre terá trabalhadores, eles apenas terão papéis diferentes. Se eles não estão dentro da fábrica, vão
poder estar em um centro de operações remoto, olhando para a melhoria da qualidade em várias fábricas e compar-
tilhando informações,” explica Perducat.
A 32ª edição da Automation Fair foi realizada entre 6 e 9 de novembro no Boston Convention and Exhibition Cen-
ter, com mais de 325 sessões técnicas, 26 tours externos e 500 horas de treinamento avançado para os participantes.
Pesquisa inédita
Com uma renda média mensal de R$ 7 mil e uma representatividade de 90% entre o gênero masculino, hoje 55,6%
dos integradores solares possuem ensino superior completo. Esses e outros dados foram mapeados pela 1ª pesquisa sobre
a atuação de integradores no Brasil, realizada pela 77Sol - maior e mais completo ecossistema de energia solar do país.
Para chegar ao resultado, a energytech esmiuçou o perfil dos mais de 13 mil profissionais cadastrados em sua plataforma.
Além da escolaridade, gênero e faturamento, o levantamento inédito identificou também que 35% dos integra-
dores solares ingressaram na área há pelo menos três anos. Enquanto isso, 20% dos profissionais iniciaram a carreira
entre três e cinco anos. 20% também atua entre um e dois anos.
Já sobre a faixa etária, a predominância apareceu entre os profissionais de 30 a 40 anos, com 44,4% dos profis-
sionais cadastrados. Integradores entre 40 e 50 anos, além daqueles que possuem de 50 a 60 anos, aparecem na se-
quência com 22,2% cada.
Em relação ao estado de atuação dos profissionais, São Paulo lidera a lista, com 13,97% dos cadastrados. Na se-
quência surgem Mato Grosso do Sul (11,09%), Paraná (9,88%), Pará (8,18%), Rio de Janeiro (8,18%) e Goiás (6,13%).
Benefícios
De acordo com Luca Milani, CEO e fundador da 77Sol, o estudo mapeou ainda que os profissionais que ingressam
no mercado têm bastante conhecimento sobre o potencial da energia solar por conta de sua formação no ensino su-
perior. “Mas há também integradores, na faixa de 40 a 60 anos, que encontraram no segmento uma oportunidade de
complementar a sua renda. Neste cenário, o estado de São Paulo sai à frente muito por conta da facilidade do acesso
a informações a respeito do setor”, avalia.
POTÊNCIA 26
HOLOFOTE
O empreendedor ainda revela que atualmente os integradores estão buscando entregar os melhores serviços e
soluções a seus clientes. Na pesquisa, a energytech observou que 35% dos integradores cadastrados utilizam o ecos-
sistema da 77Sol por conta dos melhores preços de mercado. Outros 30% justificam o uso pela possibilidade de pro-
fissionalizar o seu trabalho. Já 20% apontaram a otimização do tempo de serviço, enquanto 15% relataram a possi-
bilidade de ganhar escala como o grande diferencial.
Sobre a média mensal de projetos fechados via a plataforma, a taxa varia de 1,8 a 2,7 para cada integrador. “O
mercado de energia solar é a união de duas necessidades muito importantes, pois é sustentável e econômico. Por
isso, a missão é entregar as melhores soluções para que os nossos integradores parceiros consigam ter diferenciais
perante o consumidor final, contribuindo para conclusão de mais negócios”, conclui Milani.
Suplementação luminosa
Referência nacional na distribuição de suprimentos para Manutenção, Reparo e Operação (MRO), a Nortel – em-
presa que faz parte do Grupo Sonepar – marcou presença no “Agro-LED: I Workshop sobre Iluminação Artificial no
Brasil”. O evento teve o objetivo de apresentar soluções e técnicas de iluminação artificial que podem aumentar a
produtividade e a qualidade dos produtos cultivados em áreas fechadas e também em campo aberto.
Durante o evento, a Nortel apresentou a sua nova solução de suplementação luminosa para uso no campo, tra-
zendo dados coletados ao longo dos últimos anos em aplicações experimentais na soja e no milho. Além dos ganhos
indiscutíveis em produtividade, é possível contribuir para a redução do consumo de água e insumos químicos. “Nós
acreditamos muito que estamos construindo o segundo andar da produção agrícola no Brasil”, explica Marcos Ro-
cha, CEO da Nortel.
O projeto nasceu de uma parceria entre Nortel, ESALQ/USP e Philips (Signify), que desenvolveram uma luminá-
ria específica para a aplicação na agricultura em cultivos em campo aberto. “Em vários testes, já foi confirmado o
aumento da produtividade das plantas por meio da suplementação luminosa, com alta efetividade de incremento e
maior produtividade de grãos sem perda de nutrientes e características naturais”, acrescenta.
O executivo explica que a solução é eficiente por ser capaz de identificar quais comprimentos de onda devem
ser aplicados em cada tipo de plantação, com o uso de luminárias especificas, para que elas prolonguem o período
de fotossíntese durante a noite e produzam mais. “Essa conjunção de fatores trouxe, em experimentos controlados,
ganhos de mais 30% na produtividade”.
A solução de suplementação luminosa já está sendo aplicada na Fazenda Conforto, empresa goiana de criação
de gado, inovadora e pautada pelo uso de tecnologias e análise de dados. A propriedade conta com mais de 12.000
hectares, sendo 1.800 deles de área irrigada, onde são produzidos soja, milho e capim para pastejo de forma rota-
cionada (seguindo a estratégia de ILP). Segundo Sérgio Pellizzer, CEO da Fazenda Conforto, “a implementação da su-
plementação luminosa na área só trará ganhos, será positiva para a soja e principalmente para o milho, em função
das características da região”.
A Nortel e a Fazenda Conforto são empresas líderes em seus segmentos de negócio e pela primeira vez tra-
balham juntas em prol do desenvolvimento do agronegócio brasileiro. “O futuro do agronegócio se baseia na
biodiversidade e no investimento em novas tecnologias que podem ajudar a terra e o solo. Essa solução
CLIQUE que a Nortel está trazendo com certeza vai ao encontro disso”, comenta Pellizzer.
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SUMÁRIO
POTÊNCIA 27
MATÉRIA DE CAPA
ASSINATURA DE ENERGIA SOLAR
Prático e econômico
CONTRATAÇÃO DE ENERGIA SOLAR PELA MODALIDADE DE ASSINATURA
VEM GANHANDO CADA VEZ MAIS ADEPTOS NO BRASIL.
A
aquisição de produtos e serviços por assinatura é uma tendência cada vez mais presente na
sociedade moderna, que busca certas praticidades. Oferecendo desde a entrega de queijo e
vinho até streaming de TV e música, a modalidade segue ganhando novos adeptos. Na área
elétrica o fenômeno também é percebido, com o oferecimento de energia solar por assinatura,
solução essa que vem crescendo.
Eduardo Coutinho, diretor Comercial e de Marketing da AXS, informa que a procura por energia solar por
assinatura está em alta no Brasil, especialmente em meio à crise hídrica e ao aumento das tarifas de energia
elétrica. “Segundo a Agência Nacional de Energia Elétrica (ANEEL), o número de unidades consumidoras que
aderiram à geração distribuída, que inclui a modalidade de energia solar por assinatura, cresceu 118% em 2020,
chegando a mais de 500 mil. A expectativa é de que esse mercado continue crescendo nos próximos anos,
com o apoio de empresas como a AXS Energia, que facilitam o acesso à energia limpa e renovável”, comenta.
Kim Lima, diretor de Comercial e Marketing da Evolua Energia, confirma que a procura por energia solar
por assinatura está em crescimento no Brasil. Ele diz que essa modalidade de energia solar tem ganhado po-
pularidade devido às vantagens econômicas e ambientais que oferece. “Com praticidade, o consumidor passa
CLIQUE
AQUI
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SUMÁRIO
Foto: ShutterStock
POTÊNCIA 28
MATÉRIA DE CAPA
ASSINATURA DE ENERGIA SOLAR
Foto: Divulgação
contribui para o desenvolvimento sustentável. Além
disso, o mercado fotovoltaico tem experimentado
um crescimento significativo, com previsões de au-
mento na capacidade solar instalada e alto investi-
mento no setor. Em paralelo, há uma busca por par-
te dos consumidores em optarem por alternativas
sustentáveis e econômicas para suprir suas neces-
sidades energéticas”, analisa
Guilherme Susteras, sócio-diretor da Sun Mobi,
conta que a procura por contratos de energia solar
por assinatura tem crescido bastante porque cada
vez mais vem se tornando um serviço conhecido e
as pessoas têm percebido a importância de con-
trolar seu custo de energia. “Poder fazer esse con-
trole do custo de energia sem precisar fazer inves-
timentos ou obras no seu próprio imóvel, nem ter
que fazer operação e manutenção no sistema de- A energia solar por assinatura da AXS Energia
chega até o cliente através da rede elétrica já
pois de instalado, tem sido o grande atrativo para
existente, sem alterar a sua infraestrutura.
isso”, destaca.
EDUARDO COUTINHO | AXS ENERGIA
Conforme explica Eduardo Coutinho, a modali-
dade de energia solar por assinatura funciona da
seguinte forma: o consumidor contrata uma cota fixa de energia gerada em uma usina solar compartilha-
da, que é injetada na rede elétrica. Essa energia é convertida em créditos solares, que são usados para
abater na conta de luz do consumidor. Assim, o consumidor não precisa instalar nenhum equipamento
em sua residência ou empresa, nem se preocupar com a manutenção ou a disponibilidade da fonte solar.
Ele apenas paga uma mensalidade à empresa fornecedora, que é proporcional ao seu consumo anual de
energia.
Kim Lima comenta que cogitar a possibilidade de oferecer e consumir energia por assinatura era algo
impensável anos atrás. Porém, por meio da geração distribuída, esse consumo se tornou não só possível,
como também vantajoso e rentável para o consumidor e para o planeta. “Tudo começa com a fonte de
Foto: ShutterStock
POTÊNCIA 29
MATÉRIA DE CAPA
ASSINATURA DE ENERGIA SOLAR
energia, com os parques solares que contêm milhares de placas fotovoltaicas e geram eletricidade por
meio da radiação solar. A energia gerada nesses locais é inserida nas companhias de distribuição e com-
partilhada entre os consumidores. Como a energia fotovoltaica é mais barata e sustentável, quem faz o
seu cadastro para consumi-la gera créditos na conta de luz. As companhias elétricas verificam quem tem
o cadastro e converte esse crédito em desconto”, explica.
Guilherme Susteras complementa: “A gente constrói a usina, essa usina é medida mensalmente pela
concessionária e nós informamos para a concessionária quem são os beneficiários dessa energia. Aí a
concessionária vai medir o consumidor, como sempre mediu, e na hora de emitir a fatura dos consumido-
res vai alocar na fatura créditos proporcionais à geração da nossa usina. Todo esse processo de se tornar
beneficiário da energia solar é simples, sem complicação, sem obras, sem investimento de modo que toda
complexidade é gerida entre nós, a Sun Mobi, e as concessionárias”.
Coutinho diz que não é necessário fazer nenhum tipo de adaptação na residência ou empresa para
fazer a assinatura de energia solar. Também não é necessário instalar placas fotovoltaicas ou qualquer
outro equipamento. “A energia solar por assinatura da AXS Energia chega até o cliente através da rede
elétrica já existente, sem alterar a sua infraestrutura”, garante.
Lima reforça que pelo modelo de assinatura o consumidor evita o estresse com qualquer tipo de obra. “Isso
porque ele não precisa realizar a instalação de placas solares na sua residência. Ou seja, o usuário utiliza a
energia solar da mesma maneira que assiste a sua série ou filme favorito: tudo 100% on-line. E o melhor: não
é preciso pagar uma mensalidade para fazer a adesão, diferentemente dos serviços de streaming”, informa.
De acordo com Coutinho, não há nenhum investimento inicial para assinar a energia solar por assinatura
da AXS Energia. O cliente não paga nenhuma taxa de adesão ou de instalação. Ele apenas paga uma mensa-
lidade à empresa, que é proporcional ao seu consumo anual de energia. Essa mensalidade é calculada com
base em uma tarifa fixa por kWh, que é menor do que a tarifa cobrada pela distribuidora local. “Assim, o cliente
economiza na conta de luz e tem mais previsibilidade e controle sobre os seus gastos com energia”, aponta.
Foto: ShutterStock
POTÊNCIA 30
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MATÉRIA DE CAPA
ASSINATURA DE ENERGIA SOLAR
Processo simples
Coutinho explica que o processo para fazer
Foto: Divulgação
uma assinatura de energia solar é simples e rápi-
do. Basta seguir os seguintes passos:
◗ Acessar o site da AXS Energia e fazer uma si-
mulação, informando o seu estado, cidade e o
valor aproximado da sua última conta de luz.
◗ Verificar se a AXS Energia já está disponível na
sua região e quanto você pode economizar por
ano escolhendo a energia solar por assinatura.
◗ Aceitar o termo de adesão de forma 100% digital
e aguardar o prazo estabelecido pela distribui-
dora local para começar a desfrutar da energia
produzida nas usinas da companhia.
Lima informa que basta enviar a conta de ener-
gia e preencher os dados necessários. Todo o ca-
dastro é realizado de forma digital.
Com praticidade, o consumidor passa a ter acesso
Guilherme Susteras destaca que a contratação
a uma energia limpa, mais barata e que contribui
é quase que imediata, leva o tempo da concessio-
para o desenvolvimento sustentável.
nária processar a inscrição do cliente dentro da
KIM LIMA | EVOLUA ENERGIA
usina e a pessoa já consegue se beneficiar dessa
energia solar pela rede da concessionária. “O pro-
cesso é muito simples, basta que o cliente envie uma conta para a gente, com os dados que a gente pre-
cisa, dados cadastrais, histórico de consumo, e a gente consegue fazer uma simulação para determinar o
ganho que a pessoa vai ter. Cada caso é um caso”, observa.
De acordo com Coutinho, a energia por assinatura é mais barata que a energia elétrica convencional, de
fonte hidrelétrica ou outra. Isso porque o cliente paga uma tarifa fixa por kWh pela energia solar, que é menor
do que a tarifa cobrada pela distribuidora local. “A economia pode chegar a até 10% na conta de luz”, avisa.
Lima confirma que a energia por assinatura tende a ser mais barata do que a energia elétrica conven-
cional, especialmente quando a fonte é a energia solar. “Isso ocorre devido aos custos mais baixos de
geração e ao fato de que a energia solar é uma fonte renovável”, explica.
POTÊNCIA 32
MATÉRIA DE CAPA
ASSINATURA DE ENERGIA SOLAR
da rede elétrica já existente. Ele também pode acompanhar o seu consumo e os seus créditos solares
através de um aplicativo.
Ainda segundo Coutinho, as principais motivações para aderir ao sistema de assinatura de energia solar são:
◗ Economizar na conta de luz, pagando um valor menor pela energia solar do que pela energia elétrica
convencional.
◗ Contribuir para a preservação do meio ambiente, utilizando uma fonte de energia limpa, renovável e
que não emite gases poluentes.
◗ Simplificar o acesso à energia solar, sem precisar instalar nenhum equipamento em sua residência ou
empresa, nem se preocupar com a manutenção ou a disponibilidade da fonte solar.
◗ Aproveitar a oportunidade de mercado, que está em crescimento e oferece vantagens competitivas
para os clientes que adotam a energia solar.
Kim Lima observa que a fonte de energia alternativa utilizada para este modelo possui custos mais bai-
xos que as fontes convencionais. Seguindo o exemplo da energia solar, as placas fotovoltaicas possuem
alta durabilidade, precisam de pouco espaço (comparadas às usinas hidrelétricas) e têm como recurso
disponível a radiação solar. “Quando a unidade consumidora é conectada com as empresas geradoras
de energia fotovoltaica, a distribuidora concede desconto na fatura por ter consumido uma energia mais
barata. Além disso, há uma grande diferença dos valores investidos para a instalação dos painéis nas
residências para a adesão deste modelo, que não é necessário nenhum investimento, obras ou qualquer
alteração técnica no consumo da energia”, compara.
Lima destaca que as vantagens vão além do bolso. “Estamos falando de uma alternativa que gera me-
nor impacto ambiental. De acordo com a Agência Internacional de Energia Renovável (Irena), a energia
solar tem potencial para reduzir 21% das emissões de CO2 até 2050. Com essa diversificação da matriz
energética, é possível diminuir a dependência por combustíveis fósseis e, assim, contribuir para a sus-
tentabilidade do planeta. Outro benefício é o fato de ser uma solução altamente escalável e adaptável,
podendo ser facilmente integrada em diferentes contextos urbanos e rurais. A implementação de usinas
fotovoltaicas em áreas desabitadas ou em locais degradados pode recuperar terras improdutivas e forne-
cer energia limpa para regiões remotas”, frisa.
Foto: ShutterStock
POTÊNCIA 33
MATÉRIA DE CAPA
ASSINATURA DE ENERGIA SOLAR
Foto: Divulgação
Eduardo Coutinho informa que qualquer tipo de
cliente pode fazer a assinatura de energia solar,
desde que esteja localizado em uma área atendida
pela AXS Energia, esteja na modalidade baixa ten-
são e seja parceira da AXS Energia. “A empresa de
energia atua em vários estados do Brasil, como Mi-
nas Gerais, São Paulo, Mato Grosso e em breve em
Goiás. O cliente também precisa ter um consumo
mínimo de 400 kWh por mês, que é equivalente a
uma fatura de cerca de R$ 200”, destaca.
Na AXS, o tipo de cliente que tem procurado mais
pelo serviço é o pequeno comerciante, que tem uma
fatura de energia entre R$ 500 e R$ 3 mil por mês.
“Esse perfil de cliente busca reduzir os seus custos
operacionais e aumentar a sua competitividade no Poder fazer esse controle do custo de energia
mercado. Além disso, ele também se preocupa com sem precisar fazer investimentos ou obras no seu
próprio imóvel, nem ter que fazer operação e
a sustentabilidade do seu negócio e com a sua res-
manutenção no sistema depois de instalado, tem
ponsabilidade social”, ilustra Coutinho.
sido o grande atrativo para isso.
Kim Lima conta que diversos tipos de clientes GUILHERME SUSTERAS | SUN MOBI
procuram o serviço de energia solar por assinatura
da Evolua, incluindo residências, empresas e co-
mércios. “A modalidade é atrativa para aqueles consumidores que desejam economizar na conta de luz
de maneira prática e sem precisar realizar investimentos”, reforça.
Guilherme Susteras, sócio-diretor da Sun Mobi, informa que este é um serviço que tem sido muito procurado
tanto por pessoas físicas (residências), quanto por empresas, especialmente aquelas que têm no custo de energia
uma parcela relevante de seus custos. “São empresas que trabalham com temperatura, frio, calor, fornos, freezers,
câmaras frias ou que trabalham com água, bombeamento de água, piscina. Estamos falando de lavanderia, pada-
ria, restaurante, mini mercado, posto de gasolina, loja de conveniência... Esses clientes têm aderido pela simplici-
dade, sem precisar de um investimento, sem precisar fazer nenhuma obra, pagando apenas a mensalidade que
representa um ganho financeiro tanto na hora de assinar o contrato como depois no médio e longo prazo, porque
nosso contrato é reajustado pela inflação IPCA, e a tarifa das concessionárias tem subido muito acima da inflação.
Além disso, para o consumidor que se beneficia dessa fonte não é cobrada bandeira tarifária, que pode represen-
tar até 15% de custo adicional. Então com isso a gente consegue fazer um serviço diferenciado”, comenta.
As usinas que a AXS Energia utiliza para oferecer o serviço de assinatura ficam em locais estratégicos,
com alta incidência solar e próximos aos centros de carga. A AXS Energia possui atualmente 12 usinas em
operação e mais 48 em construção ou em projeto. As usinas são construídas com tecnologia de ponta e
seguem rigorosos padrões de qualidade e segurança. Elas também respeitam o meio ambiente e
promovem benefícios sociais para as comunidades locais.
Uma das principais empresas líderes em transformação energética no Brasil, especializa-
CLIQUE da em gestão distribuída compartilhada, a Evolua Energia informa que atua nos estados
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E VOLTE AO
de Minas Gerais, Pernambuco e Ceará.
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SUMÁRIO Paraná, atendendo aos dois estados.
POTÊNCIA 34
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MERCADO
BARRAMENTOS BLINDADOS
Distribuição de energia
MERCADO DE BARRAMENTOS BLINDADOS
MOVIMENTA R$ 500 MILHÕES POR ANO NO BRASIL.
E
quipamento destinado à transmissão e distribuição de energia em instalações industriais e pre-
diais, o barramento blindado constitui um mercado em ascensão, por conta do bom momento vivi-
do pela área da construção civil. As perspectivas futuras para o segmento também são positivas.
Nesta entrevista, Nunziante Graziano, diretor-executivo - CEO da Gimi Pogliano Blindosbarra,
e José Antonio de Mendonça, da Megabarre, e Carlos Frederico Bomeisel, da Novemp, que responderam
em conjunto, analisam a situação desse mercado no momento e falam sobre as perspectivas do setor.
CLIQUE
AQUI
E VOLTE AO
SUMÁRIO
Foto: Divulgação
POTÊNCIA 36
MERCADO
BARRAMENTOS BLINDADOS
OPORTUNIDADE
Investimentos em hospitais
Foto: ShutterStock
também demandam
barramentos blindados.
mas as instalações prediais residenciais, comerciais, shopping centers, hospitais, aeroportos e outras de
grande porte, além de data centers, têm sido promissores mercados para esses produtos. Para os barra-
mentos de alta tensão, as principais aplicações são em centrais de geração e grandes subestações.
JOSÉ ANTONIO DE MENDONÇA / CARLOS FREDERICO BOMEISEL - O barramento blindado é um
equipamento modular de transmissão e distribuição de energia elétrica, composto por barras condutoras.
Ele permite a derivação de corrente ao longo do seu percurso. Essas características fazem dele o sistema
ideal para a distribuição de energia em edifícios verticais de uso coletivo, shopping centers, estaciona-
mentos de veículos elétricos, fábricas, etc.
POTÊNCIA 37
MERCADO
BARRAMENTOS BLINDADOS
CONSUMO
A área industrial figura entre
Foto: ShutterStock
as grandes consumidoras de
barramentos blindados.
Foto: Divulgação
POTÊNCIA - QUAIS SÃO OS PRINCIPAIS MER-
CADOS CONSUMIDORES DESTE TIPO DE
PRODUTO?
NUNZIANTE GRAZIANO - Construção civil pre-
dial, data centers, shopping centers, hospitais e ae-
roportos.
JOSÉ ANTONIO DE MENDONÇA / CARLOS
FREDERICO BOMEISEL - Praticamente qualquer
edificação que trabalhe com grandes potências
elétricas usa barramentos blindados. Entre 80% a
90% dos edifícios de uso coletivo, residenciais e
comerciais no Brasil usam barramentos blindados.
Indústrias, Hospitais, Shopping Centers, Usinas
elétricas e fotovoltaicas, Plataformas de Petróleo,
Data Centers. JOSÉ ANTONIO DE MENDONÇA | MEGABARRE
POTÊNCIA 38
MERCADO
BARRAMENTOS BLINDADOS
POTÊNCIA 39
MERCADO
BARRAMENTOS BLINDADOS
POTÊNCIA - QUE NORMAS TÉCNICAS REGEM ESTE SETOR? ELAS SÃO COMPULSÓRIAS? SÃO
CUMPRIDAS? O MERCADO ESTÁ BEM ORGANIZADO SOB ESTE ASPECTO?
NUNZIANTE GRAZIANO - As normas construtivas de barramentos de baixa tensão pertencem à fa-
mília da NBR IEC 61439, em sua parte 6, além da norma de instalação ABNT NBR 16019. A norma geral
de instalações elétricas de baixa tensão NBR 5410, também se aplica. Todas elas são compulsórias e o
mercado está relativamente bem organizado.
JOSÉ ANTONIO DE MENDONÇA / CARLOS FREDERICO BOMEISEL - Além da NBR 5410, que é a
base de toda instalação elétrica, temos a norma NBR IEC 61439-6 para o projeto e procedimentos de ve-
rificação de desempenho dos barramentos blindados. A instalação é regida pela NBR 16019 de 2011, que
precisa ser atualizada para incorporar a experiência desses doze anos que se passaram. Temos também
diversas normas e padrões técnicos adotados pelas concessionárias de energia que diferem significativa-
mente uma das outras, mas todas remetem no final para as três.
Foto: ShutterStock
TAMANHO
Mercado de barramentos no
Brasil movimenta cerca de
R$ 500 milhões por ano.
POTÊNCIA 40
MERCADO
BARRAMENTOS BLINDADOS
MERCADO
Foto: ShutterStock
A aplicação dos
barramentos blindados
em edifícios comerciais,
hospitais e indústrias tem
se mantido em bom ritmo.
CLIQUE
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SUMÁRIO
POTÊNCIA 41
EVENTO
REDES SUBTERRÂNEAS 2023 CLIQUE
AQUI
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SUMÁRIO
Foto: Divulgação
Expectativas
atendidas
ORGANIZADORES E PÚBLICO PARTICIPANTE FAZEM AVALIAÇÃO POSITIVA
DO REDES SUBTERRÂNEAS DE ENERGIA ELÉTRICA E TELECOM.
A
edição 2023 do Redes Subterrâneas de Energia Elétrica e Telecom - Expo e Fórum foi um su-
cesso. Realizado há 18 anos, o maior evento do setor na América Latina, organizado pela Potên-
cia Eventos, ocorreu nos dias 24 e 25 de outubro, no Centro de Convenções Frei Caneca, em
São Paulo (SP).
O tema deste ano foi “Os desafios das redes subterrâneas com o avanço da geração distribuída e carrega-
mento de veículos elétricos”, tendo como novidade o painel sobre redes subterrâneas de Telecomunicações.
Houve ainda como evento paralelo um painel sobre cabos isolados - para que profissionais e empresas
pudessem se atualizar sobre as últimas novidades e tendências da área de condutores elétricos e aces-
sórios para redes subterrâneas.
POTÊNCIA 42
EVENTO
REDES SUBTERRÂNEAS 2023
POTÊNCIA 43
EVENTO
REDES SUBTERRÂNEAS 2023
que estão ligados a empresas de distribuição, transmissão e geração, empresas de Telecom, de Sanea-
mento e Gás, e empresas de prestação de serviços. Também estiveram presentes instituições de ensino,
fundações de fomento e pesquisa e empresas de projeto e consultoria em redes subterrâneas.
Sobre a importância de ter um evento específico voltado ao mundo das redes subterrâneas, Hilton
Moreno disse que existem tantas particularidades nas áreas técnicas e regulatórias envolvidas com as
redes subterrâneas que justificam a importância de um evento dedicado exclusivamente ao tema. “Se
contarmos ainda que o Redes evolui para a integração das redes subterrâneas de energia com as de
telecom, saneamento e gás, aí sua importância como fórum de encontro e discussões para a comunida-
de envolvida no assunto é bastante aumentada”, frisa.
A data da próxima edição do evento já está definida. O Redes Subterrâneas 2024 será realizado nos
dias 7 e 8 de outubro, novamente no Centro de Convenções Frei Caneca, em São Paulo. A novidade é
que o evento vai crescer e será realizado no 4º an-
Foto: Divulgação
Evento confirmado
A EDIÇÃO 2024 DO REDES SUBTERRÂNEAS DE
ENERGIA ELÉTRICA E TELECOM JÁ TEM DATA E LOCAL
Dias 07 e 08 de Outubro de 2024
Centro de Convenções Frei Caneca – São Paulo (SP)
Saiba mais: www.redesubterraneas.com.br
POTÊNCIA 44
EVENTO
REDES SUBTERRÂNEAS 2023
S&C
A Chave de Distribuição Subterrânea Vista® Green não usa gás SF6.
Em vez disso, usa uma composição com gás isolante Novec™ da 3M™
e CO2 com uma drástica redução de CO2 e, ou equivalente em dióxido
de carbono, comparado com gás SF6. A chave Vista Green
mantém todos os benefícios operacionais e de projeto da
chave Vista, ajudando a cumprir os objetivos corporativos de
sustentabilidade. Destaque para a operação e manutenção
facilitadas: dispositivo com três posições com aterramento
simplifica manobras e manuseio de cabos; gaps padrão vi-
síveis com clara visão
das posições da chave;
atende aos padrões de
resistência a arco para
aumento na segurança;
tanque hermeticamente
selado elimina a necessidade de manipulação de gás pelos operadores.
Características de sustentabilidade: o gás alternativo não requer relatório
para o EPA federal; 97% menos CO2 e que numa chave a gás SF6; menor
pegada total de carbono entre todas as opções de chaves submersíveis.
POTÊNCIA 45
EVENTO
REDES SUBTERRÂNEAS 2023
Nexans
FORTIS® é uma nova solução que traz proteção com uma barreira repe-
lente contra os roedores para os cabos de MT e BT. Com esta proteção, as
pragas se afastam e não há danos nos cabos. Para os cabos de MT, pode ser
adicionada uma proteção mecânica sem afetar o raio de curvatura dos cabos.
Assim, o cabo permanece com flexibilidade igual ao cabo “normal”. É a primei-
ra grande vantagem da solução FORTIS®: ela assegura a integridade dos fios
de blindagem. Não
tem quebra na curvatura nas entradas dos painéis, superando as
dificuldades de manuseio para montagem de acessórios, ao contrá-
rio quando utilizados materiais poliméricos de elevada dureza (ex.
nylon). Devido ao regime de carregamento da rede de energia, os
efeitos de dilatação e compressão se intensificam nos cabos com
blindagem em fios, podendo comprometer inclusive os sistemas
de proteções e aterramento. Isso pode gerar quebras nos fios de
blindagem que acarretam riscos e falhas nos sistemas elétricos das
instalações industriais. O FORTIS® traz aqui uma segunda grande
vantagem com sistemas de acolchoamento e blindagem metálica.
Os cabos FORTIS®, desta forma, são projetados especialmente para
as instalações diretamente enterradas conforme determina a NBR
14039, suportando as condições mais rigorosas de instalação e dos
ciclos de carregamento típicos das fontes de energias renováveis.
Richards
A Richards é uma marca líder na oferta de Protetores de Rede,
Relés e Automação para Sistemas Reticulados sob a Marca ETI
(divisão da mesma empresa), além de oferecer soluções espe-
ciais de conexões para redes aéreas e sistemas desconectáveis e
emendas de Média Tensão. A Richards baseada em NJ, EUA, tem
aproximadamente 480 colaboradores, atende a todos as Distribui-
doras de Energia, em especial as que operam Redes Reticuladas
em todo o globo, inclusive no Brasil. No Brasil, todos os clientes
que operam este tipo de sistema têm de alguma forma algum
trabalho interativo com a Richards, seja em Protetores de Rede,
Relés Micro-processados ou em Média
Tensão. A Richards apresentou na feira
duas grandes novidades. A primei-
ra são os Relés Micro-Processados
ENET, aptos a operar em Siste-
mas de Reticulado sob a tecnologia de Automação em Redes Ethernet, permitindo in-
clusive a troca eventual de Firmware em modo remoto, com hierarquia de password
e comunicação criptografada. Outra novidade é o sistema PROLINK (foto) de criação
da condição de frente morta pelo lado do Reticulado. O PROLINK permite abertura e
fechamento das conexões dos “SPADES” inclusive com aplicação de cadeados ou sis-
tema KIRK, aumentando significativamente a segurança dos eletricistas que operam o
sistema. O sistema PROLINK tem função de proteção ao eletricista.
POTÊNCIA 46
POWER GENERATION
Kanaflex
A Kanaflex iniciou suas atividades na América Latina em 1973, escolhendo o Brasil para essa im-
portante expansão. Começou produzindo mangueiras de PVC, motivada pela grande procura deste
tipo de produto para a mineração. Em 1984, iniciou a produção do duto corrugado de polietileno de
alta densidade Kanalex, tornando-se posteriormente padrão técnico de diversas concessionárias de
energia. O Kanalex elimina o envelo-
pamento em concreto reduzindo custo
e o tempo de instalação, minimizando
os transtornos de uma obra. Caso haja
a necessidade de contorno de obstácu-
los, o trecho de obra poderá ser feito
sem problemas respeitando-se o raio
de curvatura do produto. O Kanalex é
um duto fabricado em PEAD, na cor
preta, corrugado, flexível, imperme-
ável, destinado à proteção de cabos
subterrâneos de energia ou telecomunicações. É um duto
extremamente resistente as cargas mecânicas e ao ata-
que de produtos químicos. Está normatizado pela ABNT e
homologado pela maioria das concessionárias brasileiras.
KIT Acessórios
A KIT Acessórios oferece a seus clientes
soluções completas para terminais e emendas
de cabos elétricos de baixa e média tensão até
34 kV com alta tecnologia, plenamente testa-
das em seus laboratórios, e comprovadas por
anos de experiência em operação nos sistemas
elétricos. A KIT Acessórios é uma empresa de
capital brasileiro com sede no Rio de Janeiro
e vem se dedicando exclusivamente à produ-
ção de acessórios para cabos elétricos desde
o início dos anos 90. Possui representantes
comerciais distribuídos por diversos estados
do Brasil, para que sua especificação e aqui-
sição se tornem simples, seguras e eficazes.
Uma das soluções de destaque da empresa é
a Emenda contrátil a frio CSJ K30, para insta-
lação em sistemas de distribuição de energia
elétrica subterrâneos submersíveis ou não,
com caixas de emenda ou diretamente enter-
rados. Adequadas para cabos de potência com
isolação extrudada, com seção até 630 mm²,
6kV a 35kV. Destaques para vantagens como
conector torquímetro, montagem rápida, di-
mensões reduzidas, cobertura “Heavy Duty”
e alta confiabilidade.
POTÊNCIA 48
EVENTO
REDES SUBTERRÂNEAS 2023
BAUR
A BAUR possui uma história empresarial dinâmica.
O que há mais de 75 anos iniciou como uma pequena
empresa familiar, hoje é uma das empresas líderes mun-
diais na área da tecnologia de teste e de medição. Es-
pecialista em tecnologia para ensaios, localização de
falhas e diagnóstico de cabos isolados, a companhia Scan Box
mostrou instrumentos para localização de falhas em Nas redes subterrâneas, uma revolução silenciosa
cabos de MT, BT, AT com ou sem blindagem metálica está ocorrendo graças a uma inovação tecnológica, o
com aplicação em diversos segmentos na indústria e Scan Box. Ele é um sistema eletrônico de monitoramen-
em energias renováveis. Um dos destaques é a solução to inteligente customizável para subestações subter-
Viola TD, equipamento de teste e diagnóstico VLF para râneas de energia e espaços confinados. O que torna
cabos de média tensão. O instrumento, para ensaios de o Scan Box especial é a sua capacidade de monitorar
VLF e tangente delta para cabos de até 35 kV, é muito grandezas elétricas em tempo real com taxas de amos-
utilizado em parques fotovoltaicos e eólicos e indústrias. tragem de até 3,33kHz de uma forma completamente
Principais características: testes de tensão aplicada em não invasiva. Em um segmento onde o tempo e a pre-
VLF; testes de revestimento; ensaios de tangente delta cisão são cruciais, essa característica oferece aos pro-
e testes de tensão aplicada - modo DC. fissionais um nível de controle e visibilidade sem prece-
dentes. Além disso, o Scan Box vai além do monitora-
mento de grandezas elétricas. Ele pode monitorar uma
variedade de condições operacionais vitais. Imagine a
capacidade de verificar o funcionamento dos sistemas
de arrefecimento, detectar problemas de inundação, e
até mesmo rastrear o acesso à câmera em espaços con-
finados. O Scan Box é customizável não apenas em suas
funcionalidades, mas também em termos de comunica-
ção. Pode ser integrado a partir de várias tecnologias de
comunicação, incluindo PLC (Power Line Communica-
tion), 5G/4G, Ethernet (cabeada, wireless e fibra óptica)
e LoRaWAN. Esta flexibilidade, em termos de comunica-
ção, permite que o Scan Box seja instalado em qualquer
condição e consiga atender às necessidades específicas
de diferentes ambientes no contexto das redes subter-
râneas. Com tecnologia 100% brasileira, o Scan Box é
fruto de toda cadeia de pesquisas de P&D da ANEEL, a
partir da CEEE Equatorial e a UNIJUI, através do GAIC
(Grupo de Automação Industrial e Controle).
POTÊNCIA 49
EVENTO
REDES SUBTERRÂNEAS 2023
Grupo Engenharia EP
No ramo de construções de infraestruturas subterrâneas desde 2001, o grupo fornece soluções para empresas de
abastecimento de energia elétrica dos segmentos de Telecomunicações e Saneamento Básico, bem como para empresas
que utilizam cabos como meio de interligação. O grupo é formado por: Engenharia EP, empresa do ramo de Engenharia e
Construções de infraestruturas para redes subterrâneas de energia, telecomunicações, saneamento e outras; Eletricidade
EP, especializada em soluções de energia e que conta com uma equipe de engenheiros, técnicos e profissionais qualifi-
cados para atender aos diversos projetos e obras de construção, manutenção e comissionamento de redes subterrâneas,
em transmissão de até 345kV e distribuição até 34,5kV; Pré-moldados Paulistana, empresa de Engenharia para constru-
ção de peças em concreto pré-moldado para os segmentos de Concessionárias de Energia Elétrica, Telecomunicações,
Saneamento, Incorporadores e Construtoras; JAS Terraplanagem, Transporte e Locação, empresa de transporte e logística
do Grupo EP; e EP Realizações Imobiliárias, empresa de construções residenciais.
POTÊNCIA 50
EVENTO
REDES SUBTERRÂNEAS 2023
Roxtec
Especialista em soluções de vedação para passagem de cabos em redes subterrâneas, a multinacional sueca Roxtec
foi fundada em 1990 e está presente em mais de 80 mercados (no Brasil, desde 2002). É líder global em sistemas de ve-
dação de cabos e tubulações, possuindo mais de 250 certificações globais e mais de 520 patentes. As soluções Roxtec
são utilizadas em câmaras transformadoras, caixas de passagem, galerias de cabos e redes. Oferecem todas proteções
num único produto: proteção contra incêndios (resistência ao fogo e jatos de fogo); proteção contra explosão (Classifi-
cação Ex com Certificação Inmetro para Zonas 1, 2, 21 e 22); prevenção de pestes (roedores, cobras e insetos); barreira
contra poeira e areia; estanqueidade à água (classificações até IP68 e IP69k; suportam pressão de água constante e ca-
tastrófica; evitam umidade e inundações; proteção contra vazamento de óleo); retenção e vibração (absorção de vibra-
ção e fixação de cabos e tubos); isolamento de ruído; estanqueidade de vapor e gás (vedações herméticas para áreas
pressurizadas e/ou climatizadas); blindagem eletromagnética - opcional (proteção contra interferência eletromagnética
- EMI e pulsos eletromagnéticos - EMP) e equipotencialização e aterramento - opcional (garantia de segurança em caso
de curto-circuito e descargas atmosféricas).
POTÊNCIA 51
EVENTO
REDES SUBTERRÂNEAS 2023
Chardon
A Chardon Brasil está atuando no país desde 2017 comercializando Religadores nas 3 classes de tensão (15 kV, 27 kV
e 38 kV), os quais já foram fornecidos para clientes como Celesc, Energisa, Light, ELFM, entre outros. A empresa anunciou
que está construindo uma nova planta fabril em Bragança Paulista – SP, que estará em operação já em 2024. A compa-
nhia acredita que com a nacionalização do produto será ainda mais competitiva, reforçando sua posição no mercado
brasileiro e da América Latina.
HT Cabos
Empresa pertencente ao Grupo Hengtong,
oferece soluções completas em cabos de ener-
gia, cabos de Alta Tensão isolados, condutores
nús, cabos OPGW e muito mais. As soluções para
sistemas de energia vão desde o projeto básico e
executivo da instalação até o fornecimento de ca-
bos e acessórios, instalação de cabos, terminais e
emendas, link boxes, sistemas de monitoramento
térmico e comissionamento do sistema conforme
normas vigentes. Tudo isso com garantia integral
do sistema e mão de obra qualificada. O Grupo
Hengtong é o segundo maior fabricante de cabos
do mundo. Possui uma cadeia industrial comple-
ta para produção de soluções de comunicação
óptica, de energia e submarinas. No mercado de
energia oferece soluções de Baixa, Média e Alta
Tensão, além de soluções para cabos submarinos,
cabos compostos, umbilicais, OPGW, entre outros.
Os produtos e serviços são ofertados para aplica-
ções em diversos segmentos, como green energy
e smart home.
POTÊNCIA 52
EVENTO
REDES SUBTERRÂNEAS 2023
PAINEL 1
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REDES SUBTERRÂNEAS 2023
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REDES SUBTERRÂNEAS 2023
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POTÊNCIA 59
EVENTO
REDES SUBTERRÂNEAS 2023
PAINEL 7
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SUMÁRIO
POTÊNCIA 60
ARTIGO
TECNOLOGIA
Inteligência artificial
COMO O DESENVOLVIMENTO DE MODELOS INTELIGENTES TRAZEM
BENEFÍCIOS AOS USUÁRIOS EM APLICAÇÕES DE PROTEÇÃO CONTRA
DESCARGAS ATMOSFÉRICAS E ATERRAMENTO
A
Inteligência Artificial (IA) deixou o ambiente científico e tornou-se parte integrante de muitas das
nossas interações do cotidiano e com os dispositivos que nos rodeiam. Da antiguidade ao século
XXI, dos filósofos gregos a Turing e McCarthy, chegamos a modelos capazes de gerar imagens
realistas e múltiplas aplicações na indústria. Esta é uma breve introdução à Inteligência Artificial
e como o departamento de P&D&I da Aplicaciones Tecnológicas se especializou na criação de modelos
treinados e em constante evolução para conseguir a eficiência em suas soluções que se adaptam às ne-
cessidades dos clientes.
A Inteligência Artificial, também conhecida pela sua abreviatura (IA) ou pela sua abreviatura em inglês
(AI), é definida, em termos gerais, como um campo de estudo que procura desenvolver sistemas informá-
ticos e algoritmos que apresentem capacidades semelhantes às humanas. As origens do que hoje conhe-
cemos como IA remontam à década de 1940, quando os cientistas começaram a investigar a possibilidade
de criar máquinas capazes de aprender e raciocinar, ideias que anteriormente eram mera especulação.
O conceito primordial de Inteligência Artificial remonta à antiguidade e à reflexão filosófica sobre a
natureza da inteligência e a possibilidade de mecanização do pensamento humano. Foi nessa altura que
surgiram os primeiros mitos sobre os autómatos (máquinas que imitam a figura e os movimentos de um
ser animado), como o gigante Talos, o proto androide defensor de Creta[1].
A representação da inteligência artificial na ficção tem sido uma fonte de inspiração e reflexão desde
o seu início. Autores como Isaac Asimov imaginaram mundos povoados por robôs com leis éticas incor-
poradas na sua programação, enquanto obras como 2001: Uma Odisseia no Espaço, de Arthur C. Clarke,
exploraram a interação entre os seres humanos e uma forma de inteligência artificial chamada HAL 9000.
Estas obras literárias e cinematográficas ajudaram a moldar a percepção pública da IA e levantaram ques-
tões fundamentais sobre a ética e a coexistência entre humanos e máquinas.
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SUMÁRIO
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POTÊNCIA 61
ARTIGO
TECNOLOGIA
Um dos primeiros marcos no desenvolvimento da IA foi o trabalho do matemático britânico Alan Tu-
ring. Em 1950, publicou um artigo intitulado Computing Machinery and Intelligence [2], no qual colocava a
questão. “Podem as máquinas pensar?” e propôs o Teste de Turing, um método para determinar, através
de perguntas, a capacidade de uma máquina apresentar um comportamento inteligente semelhante ao
de um ser humano. O legado das ideias de Turing continua até os dias de hoje. Uma versão inversa desse
teste, denominada Completely Automated Public Turing test to tell Computers and Humans Apart (CAP-
TCHA) é utilizada diariamente como medida de segurança para discernir se um humano ou uma máquina
está a tentar aceder a um sistema.
Em 1956, John McCarthy, Marvin Minsky, Claude Shannon e outros cientistas organizaram a Conferên-
cia de Dartmouth sobre Inteligência Artificial, cujas conclusões deram origem ao termo que todos conhe-
cemos. Esta conferência é considerada o ponto de partida da IA moderna. [3]
Ao longo das décadas, a IA registrou grandes progressos. Atualmente, é utilizada numa vasta gama de
aplicações, desde a medicina à indústria, e entrou no nosso quotidiano através de modelos generativos
de texto e imagem, como o ChatGPT. No contexto industrial, a IA é utilizada para automatizar tarefas, me-
lhorar a eficiência e a produtividade e tomar decisões mais informadas.
POTÊNCIA 62
ARTIGO
TECNOLOGIA
A sensorização inteligente das soluções da Aplicações Tecnológicas recolhe dados brutos para os
transformar, através de um modelo treinado, em informações úteis para o usuário. Isto permite otimizar os
processos e detectar anomalias à medida que estas ocorrem.
FONTES
[0] Aplicaciones Tecnologicas website (www.at3w.com)
[1] Mayor, Adrienne. Gods and Ro-
bots: Myths, Machines, and An-
cient Dreams of Technology
(Princeton University Press, 2018)
[2] Turing, A.M. Computing Machi-
nery and Intelligence. Mind, Vo-
lumen LIX, Número 236, Octu-
bre1950, Páginas 433–460.
[3]
Artificial Intelligence Coined at
Dartmouth. (Dartmouth Milesto-
nes website)
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SUMÁRIO
POTÊNCIA 63
EXPO & FÓRUM
Centro de Convenções
Frei Caneca - São Paulo (SP)
07 e 08 de Outubro de 2024
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SUMÁRIO
POTÊNCIA 65
EXPO & FÓRUM
Centro de Convenções
Frei Caneca - São Paulo (SP)
07 e 08 de Outubro de 2024
Este artigo tem por objetivo não tratar de temas políticos ou mesmo de regulação nacional, mas trazer
importantes e breves “insights” para a equipe de engenharia de distribuição, sobre o que levar em conta
quando construímos uma nova rede de distribuição subterrânea.
Então, a pergunta de hoje é: que tipo de rede você quer operar após a
conclusão da conversão de redes aéreas para redes subterrâneas?
Muitas vezes geramos problemas de operação que produzem aumento de custos de O&M de nossas
redes de distribuição subterrânea, por questões obvias que poderiam ter sido evitadas no período de
concepção da solução técnica a ser aplicada, durante a elaboração de um projeto de conversão de rede
aérea para rede subterrânea. No dito popular: “damos um tiro no nosso próprio pé”.
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POTÊNCIA 66
EXPO & FÓRUM
Centro de Convenções
Frei Caneca - São Paulo (SP)
07 e 08 de Outubro de 2024
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2. Evitem casos pontuais de enterramento de rede aérea: talvez este seja o maior desafio dos técnicos
de setor de distribuição pela pressão de custos, porém, ceder a esta condição trará dois problemas futuros:
Investimentos não prudentemente aplicados, pois certamente você terá um benefício estético, para
aquele pequeno trecho onde a rede subterrânea foi aplicada, porém, haverá uma expectativa não corres-
pondida de termos um benefício de qualidade, que não vai acontecer, pois a performance daquela solu-
ção estará totalmente afeta ao desempenho da rede de distribuição aérea que atende aquela localidade;
Aquela conversão pontual pode estar inserida em uma área de larga aplicação de redes aéreas e os
sites operacionais da concessionaria, que fazem a operação daquela localidade, necessitam ter equipes,
equipamentos, ferramentas e estoque específicos por conta de uma pequena aplicação de redes subter-
râneas, sem o devido planejamento anterior.
3. Evitem operações que envolvam espaços confinados: este “insight” é importante, principalmente
para novas redes de distribuição subterrânea, pois é notório que a conversão de grandes centros urba-
nos, trazem restrições como, espaço no mobiliário urbano para instalação de equipamentos, elevada
densidade de carga etc. Nesta altura, você já deve saber que falamos de aplicação de equipamentos tipo
“pad-mounted”, onde os benefícios para operação são substancialmente superiores, se comparados a
equipamentos instalados em câmaras subterrâneas, citamos abaixo alguns destes benefícios:
a. Menor risco laboral para os técnicos que operam a rede, por não haver a componente de gases tóxi-
cos, que podem estar presentes em espaços confinados, principalmente em vias públicas;
b. Os riscos ao trabalhador também são mitigados, por não haver trabalhos em altura, lembrando que es-
paços confinados em redes de distribuição subterrâneas são comumente caracterizados por descidas
em escada com altura superior à 1,80 metros;
c. Operação minimizada a 2 profissionais, ao invés de 3 profissionais por força de legislação (conforme
Norma Regulamentadora 10 e 33);
d. Maior agilidade de operação, pelo fato de não haver necessidade de eventualmente esgotar a água
do ambiente e efetuar medição de gases tóxicos. Somente nestes dois itens exemplificados, estamos
contabilizando cerca de 1 hora a menos de tempo de operação;
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EXPO & FÓRUM
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Frei Caneca - São Paulo (SP)
07 e 08 de Outubro de 2024
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Importante reforçar que, equipamentos “pad-mounted” não são somente transformadores, mas sim
pontos de manobra de dispositivos desconectáveis nas chamadas “junction box” ou chaves de transfe-
rência/manobra, que fazem parte desta família de soluções também.
POTÊNCIA 68
ARTIGO
INCENTIVOS FISCAIS
Incentivos Fiscais a
Projetos de Infraestrutura de
Geração de Energia Elétrica
E
xiste um grande número de empreendedores (ou de potenciais empreendedores) de projetos de
infraestrutura de geração de energia elétrica (dentre outros tipos) que ainda não conhecem as po-
líticas públicas de incentivos fiscais para tais projetos, disponibilizadas pelo governo federal. As-
sim, este artigo pretende abordar dois desses principais incentivos: i) Regime Especial de Incen-
tivos para o Desenvolvimento da Infraestrutura (REIDI); e ii) Projeto Prioritário de Infraestrutura de Energia
Elétrica, nos termos do art. 2º da Lei nº 12.431, de 24 de junho de 2011.
Iniciando pelo REIDI, cabe mencionar que foi estabelecido por meio da Lei nº 11.488, de 15 de junho
de 2007, e regulamentado pelo Decreto nº 6.144, de 3 de julho de 2007, e suspende a exigência da Con-
tribuição para o Programa de Integração Social e de Formação do Patrimônio do Servidor Público (PIS/
PASEP) e da Contribuição para o Financiamento da Seguridade Social (COFINS), nas aquisições, locações
e importações de bens e nos serviços, vinculadas ao projeto de Infraestrutura aprovado. A referida sus-
pensão pode chegar até o limite de 9,25% desses tributos.
O pedido de adesão ao REIDI pode ser apresentado à Agência Nacional de Energia Elétrica (ANEEL),
por pessoa jurídica de direito privado, titular de projeto para implantação de geração de energia elétrica
das seguintes categorias, conforme disciplina constante da Portaria do Ministério de Minas e Energia
(MME) nº 318, de 1º de agosto de 2018:
◗ Geração de energia elétrica decorrente de participação de licitação, na modalidade Leilão no Ambiente
de Contratação Regulado (ACR), inclusive soluções de suprimento nos Sistemas Isolados;
◗ Geração de energia elétrica no Ambiente de Contratação Livre (ACL); e
◗ Geração de energia elétrica decorrente de ampliação de que trata o art. 2º da Portaria MME nº 418, de
27 de novembro de 2013.
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SUMÁRIO
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POTÊNCIA 69
ARTIGO
INCENTIVOS FISCAIS
Observa-se que em razão do disposto na Lei nº 14.300, de 6 de janeiro de 2022, art. 28, há previsão
para que os projetos de minigeração distribuída possam acessar tal política pública, o que depende de
regulamentação por parte do governo.
Após a análise da Agência, o processo é enviado ao MME para avaliação e emissão de portaria específica
de aprovação do enquadramento do projeto no REIDI ou do despacho de indeferimento do requerimento.
Em caso de aprovação do enquadramento, a pessoa jurídica, titular do projeto, deve requerer sua habi-
litação ao Regime junto à Secretaria da Receita Federal do Brasil (SRFB), a fim de fazer jus aos respectivos
benefícios.
Os empreendedores precisam estar atentos com relação ao prazo máximo de fruição deste benefício,
ou seja, eles têm até cinco anos contados (da data da habilitação de pessoa jurídica, titular do projeto,
junto à SRFB) para concluir o projeto, incorporando ou utilizando, na obra de infraestrutura, os bens ou
os serviços adquiridos ou importados com o regime do REIDI. Caso isso não ocorra no prazo estipulado,
a pessoa jurídica beneficiária do REIDI fica obrigada a recolher as contribuições não pagas em função
da suspensão das referidas Contribuições, acrescidas de juros e multa de mora ou de ofício, conforme
estabelece a lei e regulamento.
Cabe ainda salientar que não é possível obter este benefício para os bens e serviços já adquiridos, vis-
to que na nota fiscal deve constar o número da portaria que aprovou o projeto, o número do ato da SRFB
que concedeu a habilitação ao REIDI à pessoa jurídica adquirente, dentre outras exigências.
Vale comentar que está em tramitação no Congresso Nacional proposta de alterações tributárias, o
que deverá conduzir a alterações também na política do REIDI.
O segundo incentivo fiscal a ser abordado é a aprovação de Projeto Prioritário de Infraestrutura de
Energia Elétrica, nos termos do art. 2º da Lei nº 12.431, de 24 de junho de 2011.
Conforme dispõe o art. 2º da Lei nº 12.431, de 2011, regulamentado pelo Decreto nº 8.874, de 11 de outubro
de 2016, há benefícios fiscais aos adquirentes de debêntures emitidas por sociedade de propósito específico,
concessionária, permissionária, autorizatária ou ar-
rendatária, ou por sociedades controladoras dessas
pessoas jurídicas, constituída sob a forma de socie-
dade por ações para, entre outros fins, implementar
projetos de investimentos em infraestrutura consi-
derados como prioritários. Assim, tal política visa o
financiamento de projetos de infraestrutura conside-
rados prioritários pelo governo federal.
Os adquirentes das debêntures incentivadas
têm o benefício de isenção tributária, se pessoa
física, ou redução para 15%, se pessoa jurídica qua-
lificada nos termos do referido artigo.
Para acesso a esse benefício, o empreendedor
deve atender às condições e procedimentos es-
pecíficos para a aprovação dos projetos de investi-
mentos, que no caso de geração de energia elétrica
constam na Portaria nº 364/GM/MME, de 13 de se-
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POTÊNCIA 70
ARTIGO
INCENTIVOS FISCAIS
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Dentre os projetos de geração passíveis de aprovação como prioritários merecem destaque:
◗ Implantação de central geradora de energia elétrica objeto de outorga de concessão ou autorização
do MME ou da ANEEL, inclusive soluções de suprimento nos Sistemas Isolados de que trata o art. 8º,
inciso I, do Decreto nº 7.246, de 28 de julho de 2010; e
◗ Melhorias em instalações de usina hidrelétrica objeto de concessão, que compreenda instalação, subs-
tituição ou reforma de equipamentos de geração existentes ou adequação da instalação, visando man-
ter a qualidade da prestação de serviço, conforme dispõe a Lei nº 8.987, de 13 de fevereiro de 1995, e
regulamentação da ANEEL.
Tal como mencionado no REIDI, o art. 28 da Lei nº 14.300, de 2022, também estabeleceu previsão
para que os projetos de minigeração distribuída possam fazer uso desta política pública, a depender de
regulamentação por parte do governo.
Segundo análise do MME, será editada portaria específica de aprovação do projeto como prioritário,
para fins do art. 2º da Lei nº 12.431, de 2011, ou será emitido despacho de indeferimento do pedido.
Salienta-se há a possibilidade de requerer tal benefício em qualquer fase do projeto, inclusive após a
sua conclusão desde que respeitado o prazo relativo à data de encerramento da oferta pública das de-
bêntures, para fins de reembolso de gastos, despesas ou dívidas, de que trata o art. 1º, § 1º-C, da Lei nº
12.431, de 2011 (atualmente em 24 meses), contado a partir da data de implantação do projeto. Há propos-
ta legislativa que visa alterar este prazo para 60 meses.
Os valores obtidos por meio da emissão de debêntures não alocados no projeto de investimento ficam
sujeitos à multa a ser aplicada pela SRFB na forma da legislação.
Com relação ao acompanhamento dessa política pública, o Ministério da Fazenda elabora Boletins In-
formativos de Debêntures Incentivadas, que apresentam de forma sucinta e resumida os principais dados
e informações relacionados a debêntures incentivadas.
Finalmente, encontra-se em tramitação no Congresso Nacional o Projeto de Lei (PL) nº
2.646/2020, que dispõe sobre uma nova forma de financiamento denominada “debêntures de
infraestrutura”. Para fins de esclarecimento, enquanto nas debêntures incentivadas o bene-
CLIQUE fício tributário vai para o adquirente da debênture, nas debêntures de infraestrutura, se
AQUI
E VOLTE AO
aprovadas, o benefício atenderá à pessoa jurídica emissora das debêntures.
SUMÁRIO
ROGÉRIO GUEDES DA SILVA ANALISTA DO MINISTÉRIO DE MINAS E ENERGIA
POTÊNCIA 71
ARTIGO
INOVAÇÃO INDUSTRIAL
Construindo o caminho da
inovação industrial sustentável
A
inovação industrial sustentável é o processo de desenvolvimento e implementação de novas
tecnologias, práticas e estratégias que reduzem o impacto ambiental e aumentam os benefícios
sociais e econômicos das atividades industriais, substituindo a inovação convencional orientada
para o mercado, e gerando novos modelos de negócios.
Através da inovação, da automação industrial, da análise avançada, da digitalização, da eletrificação
e da eficiência dos processos, as operações que sustentam a economia global podem moldar um futuro
mais sustentável. Empresas com foco no futuro estão transformando seu modelo de negócios desen-
volvendo tecnologias com baixa emissão de carbono e produtos mais sustentáveis, bem como buscam
reorientar as cadeias de abastecimento para práticas mais circulares.
Essa transformação na produção industrial é um dos grandes desafios no caminho para a sustentabi-
lidade, visando atender aos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável da Agenda 2030 da ONU, com
foco especial no Objetivo 9, que trata da Indústria, Inovação e Infraestrutura. O Objetivo 9 busca construir
infraestruturas resilientes, promover a industrialização sustentável e fomentar a inovação. O Programa das
Nações Unidas para o Meio Ambiente fala de um “novo paradigma econômico – um em que a riqueza ma-
terial não é adquirida à custa de riscos ambientais crescentes, escassez ecológica e disparidades sociais”.
Para isso, é preciso implementar políticas e estratégias de mercado que valorizem a redução do impac-
to ambiental das atividades industriais, priorizando os investimentos em inovação verde. Nesse cenário, a
parceria com toda a cadeia produtiva é fundamental, identificando oportunidades para atingir os objetivos
de sustentabilidade.
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SUMÁRIO
Foto: ShutterStock
POTÊNCIA 72
ARTIGO
INOVAÇÃO INDUSTRIAL
Foto: ShutterStock
Benefícios são inúmeros
As empresas que adotam os princípios da inovação industrial sustentável certamente obtêm benefí-
cios em toda a cadeia de valor da produção, aumentando a produtividade, reduzindo as perdas de mate-
riais, melhorando o serviço ao cliente e os prazos de entrega, engajando seus funcionários e reduzindo
seu impacto ambiental. Estes ganhos podem impulsionar a posição competitiva de uma empresa quando
escalados através das redes.
Há uma notável diferença entre as fábricas inteligentes de hoje e as fábricas mais avançadas de uma
década atrás. Os avanços em indústria 4.0, automação industrial, dados e análises (big data), inteligência
artificial, juntamente com a variedade de soluções e produtos disponíveis no mercado, significam que o
setor industrial pode escolher entre centenas de aplicações para melhorar seu modo de operação.
De acordo com a consultoria McKinsey, essas aplicações, quando implementadas com um planeja-
mento adequado, proporcionam retornos mensuráveis. Os estudos da consultoria indicam que é possível
alcançar reduções de 30% a 50% no tempo de inatividade das máquinas, aumentos de 10% a 30% no
rendimento, melhorias de 15% a 30% na produtividade do trabalho e previsões 85% mais precisas.
No entanto, como destacado e comprovado pelos gestores em suas atividades cotidianas, para que
a estratégia de inovação sustentável seja eficaz, é fundamental alocar recursos de forma apropriada,
assegurar a viabilidade dos projetos e reportar os retornos do investimento. Estes
Foto: Divulgação
POTÊNCIA 73
ARTIGO
EVENTOS INTERNACIONAIS
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SUMÁRIO
Foto: ShuttrerStock
Participação no ICLEASM
e CIGRE SIPDA 2023
N
este artigo vou fazer um relato da participação em dois eventos científicos e outras reuniões
que ocorreram no período de 27/09/2023 a 15/10/2023 nas cidades de Kathmandu (Nepal) e
Suzhou (China).
Os eventos científicos foram: o ICLEASM – International Conference on Lightning Electro-
magnetics and Applications of Semiconducting Materials no Nepal (Kathmandú) e o CIGRE-SIPDA 2023
– International Colloquium on Lightning and Power System – International Symposium on Lightning Pro-
tection na China (Suzhou).
1. Atividades no Nepal
As atividades técnicas no Nepal tiveram início antes do ICLEASM:
a. No dia 29 de setembro de 2023, reunião com o Prof. Shriram Sharma (Chairman do ICLEASM) e Dr.
Prem Raj Dhungel (Diretor executivo da SALNET - South Asian Lightning Network) para definição das
atividades anteriores a ICLEASM.
b. No dia 30 de setembro de 2023, reunião com Prof. Shriram Sharma; Dra. Mary Ann Cooper (Universi-
dade de Illinois e diretora da ACLENET – African Centres for Lightning and Eletromagnetics Network)
e Prof. Chris Andrews (The University of Queensland - Australia) para definição das apresentações
no Nepal Medical Council e encontro com médicos, ver Foto 01.
POTÊNCIA 74
ARTIGO
EVENTOS INTERNACIONAIS
Foto 01: Reunião com Dr. Shriram Sharma (Nepal); Dra. Mary Ann Cooper e Prof. Chris Andrews.
c. No dia 01 de outubro de 2023 domingo de manhã, reunião com o Dr. Bhagawan Koirala, chefe do
Conselho Nepalês de Medicina. Reunião para divulgação de acidentes e políticas de segurança para
evitar mortes por raios e como atuar com feridos por descargas atmosféricas (90% das pessoas atin-
gidas por raios sobrevivem, porém com sequelas), ver Foto 02.
POTÊNCIA 75
ARTIGO
EVENTOS INTERNACIONAIS
d. Em 01/10/2023 à tarde, reunião no Ministério da Saúde do Nepal: reunião com médicos com apre-
sentações de acidentes, tipos de ferimentos e formas de tratamento. Alguns médicos presencial-
mente, reunião transmitida on-line para outros médicos no Nepal e com a participação de Mitchel
Guthrie (Ex chairman do TC 81 da IEC e convenor de MT da IEC) on-line, direto dos USA, falando
sobre as normas de proteção.
e. Em 02/10/2023, apresentação no Ministério de Desastres Naturais do Nepal para ministro, asses-
sores e mais umas 50 pessoas. Mostrei dados recentes de acidentes no Brasil, distribuição dos aci-
dentes por região, idade, gênero, profissão, atividades e apresentei as atividades que estão sendo
realizadas no Brasil para segurança com descargas atmosféricas (APPAR, ILSD BRAZIL, etc). Teve ou-
tras apresentações de Shriram Sharma, Mary Ann Cooper, Chris Andrews, Mitch Guthrie, ver Foto 03.
f. Em 03/10/2023, visita à Universidade de Tribhuvan – Campus Amrit em Kathmandu, ver Foto 04.
POTÊNCIA 76
ARTIGO
EVENTOS INTERNACIONAIS
g. 04/10/2023: Início do ICLEASM (Evento internacional em que faço parte do Technical Committee) –
abertura, ver Foto 05.
A Abertura do evento teve a presença de autoridades das universidades que organizaram o evento e
ministros do governo do Nepal. No encerramento houve a presença do primeiro-ministro do Nepal.
Esta conferência foi a primeira organizada pela Salnet – South Asian Lightning Network e pelo Atmos-
pheric and Material Science Research Center (Department of Physics – Amrit Campus – Tribhuvan Univer-
sity Nepal – supported by International Science Programme Uppsala University Sweden). O evento teve
dois focos distintos, a proteção contra descargas atmosféricas e os materiais semicondutores. Na parte
de descargas atmosféricas, a maior parte dos trabalhos foram na área de localização dos raios e sistemas
de detecção e acidentes com descargas atmosféricas e normalização.
h. 04/10/2023: participação como Co chair da primeira sessão do evento: Localização de descargas
atmosféricas (Chair: Dr. Chris Andrews), com palestra do Prof. Collin Price (de Israel), Stephane Schm-
mitt (da França) e outras. Ver Foto 06.
POTÊNCIA 77
ARTIGO
EVENTOS INTERNACIONAIS
i. 05/10/2023: de manhã (6:00 hs) – voo panorâmico ao Himalaya para ver o Monte Everest – Foto 07.
j. 05/10/2023: Sessão de Lightning: acidentes, normalização. Palestras de Mary Ann Cooper (USA e
Africa); Mitch Guthrie (USA), Gopa Gumar (India) e outros. Ver Foto 08.
A Dra. Mary Ann Cooper, MD, Professora Emérita de Medicina de Emergência, aposentou-se da Univer-
sidade de Illinois em Chicago (UIC) em 2009. Como professora da UIC, ela ocupou cargos adicionais no
corpo docente nos Departamentos de Neurologia e Bioengenharia. A Dra. Cooper se formou em medicina
pela Michigan State University e completou sua residência em medicina de emergência na Universidade
de Cincinnati. Como uma das primeiras líderes em medicina de emergência, a Dra. Cooper participou na
elaboração dos currículos iniciais e das normas de acreditação para o treinamento na especialidade de
medicina de emergência, foi examinadora oral do conselho por mais de uma década, realizou bolsas em
POTÊNCIA 78
ARTIGO
EVENTOS INTERNACIONAIS
diversas organizações de medicina de emergência e foi a primeira mulher ser eleita presidente de uma
sociedade nacional em medicina de emergência.
Na UIC, além de praticar medicina clínica de emergência por duas décadas, a Dra. Cooper dirigiu o
Programa de Pesquisa de Lesões por Raios, que atuava em pesquisa básica e clínica, educação e preven-
ção de lesões por raios. Dra. Cooper tem atuado no grupo de apoio internacional “Lightning Strike and
Electric Shock Survivors” desde seu início e atua em seu Conselho de Administração. Ela é a reconhecida
especialista médica internacional em lesões causadas por raios e prevenção de lesões.
Como resultado de seu trabalho na prevenção de lesões causadas por raios, a Dra. Cooper foi a pri-
meira médica a ser eleita membro da Sociedade Meteorológica Americana (2003 - uma honra concedida
pela constituição da AMS a menos de 0,3% dos membros da AMS) e recebeu um Prêmio Especial AMS por
seus estudos médicos com vítimas de raios (2001). Dra. Cooper foi treinadora do Serviço Meteorológico
Nacional da NOAA, atua como membro original do comitê de trabalho da Semana Nacional de Conscien-
tização sobre Raios (NLAW) da NOAA e trabalha com meteorologistas em todo o mundo para aumentar a
conscientização pública e diminuir lesões causadas por raios. Ela deu centenas de entrevistas para mídia
impressa, transmitida e agora para a Internet nos últimos trinta anos.
Ela também orientou alunos da terceira série até estudos de pós-graduação de todo o mundo em
relação aos interesses em descargas atmosféricas e os conecta regularmente com seus colegas da co-
munidade de especialistas em descargas atmosféricas, de físicos, engenheiros, meteorologistas e outros.
Após sua aposentadoria, ela continua trabalhando com grupos multidisciplinares em todo o mundo para
promover a prevenção de lesões causadas por raios e atua em vários conselhos consultivos internacio-
nais dedicados à educação, pesquisa e prevenção de lesões em segurança contra raios. Desde 2014, ela
é Diretora Geral da ACLENet, uma rede pan-africana dedicada a reduzir mortes, feridos e danos materiais
causados por raios.
k. 05/10/2023: participação em Mesa Redonda sobre possibilidades de estudo e pesquisas em univer-
sidades fora do Nepal para alunos. Contei sobre as principais atividades do IEE USP com ênfase na
área de descargas atmosféricas. Ver Foto 09.
POTÊNCIA 79
ARTIGO
EVENTOS INTERNACIONAIS
l. 06/10/2023: Apresentação do trabalho: Protection of fuel tanks with aluminum geodesic dome Against
lightning. Apresentação oral com duas perguntas: Dr. Colin Price (Chair da sessão) e plateia. Ver Foto 10.
2. Atividades na China
a. 07/10/2023: Viagem Kathmandú – Chengdu Tianfu – ida para Chengdu CTU – 13 horas de espera –
viagem para Xanghai (China)
b. 08/10/2023: Ida de Xanghai para Suzhou (taxi) – Noite: Jantar de recepção, ver Foto 11.
Foto 11: Jantar de recepção – foto com Joan Montanya (Espanha); Maria Teresa Correia de Barros
(Portugal); Marcos Rubinstein (Venezuela – Switzerland) e Farrad Rachid (Switzerland)
POTÊNCIA 80
ARTIGO
EVENTOS INTERNACIONAIS
O Simpósio Internacional sobre Proteção contra Descargas Atmosféricas (SIPDA) é uma das maiores
conferências internacionais sobre raios do mundo. Abrange todos os aspectos relacionados com descar-
gas atmosféricas e constitui um dos principais fóruns para apresentação, discussão e divulgação dos mais
recentes desenvolvimentos relativos à modelagem de descargas atmosféricas, interação com sistemas
de energia e proteção.
Em outubro de 2022, os comitês organizadores CIGRE ICLPS e SIPDA anunciaram que as edições
de 2023 dos eventos seriam organizadas conjuntamente como uma conferência. Com o amplo apoio
POTÊNCIA 81
ARTIGO
EVENTOS INTERNACIONAIS
POTÊNCIA 82
ARTIGO
EVENTOS INTERNACIONAIS
e. 12/10/2023: participação como Co chair da sessão VIII: “Surge Protective Devices” onde o Chair foi
Qibin Zhou. Fotos 17 e 18.
3. Conclusões
A participação nos diversos eventos foi muito produtiva, além do networking onde pude discutir com
diversos pesquisadores, alguns já conhecidos e outros novos, em especial com o brasileiro Rafael Barmak
(trabalho: “On the use of photovoltaic modules as lightning detection sensors” – Foto 19, de camiseta) que
está fazendo o seu doutorado na Suíça com o prof. Rachidi e que pretendemos desenvolver pesquisas em
conjunto em futuro breve, envolvendo a área de fotovoltaico.
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SUMÁRIO
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POTÊNCIA 83
ARTIGO
ESG
Sustentabilidade na
Indústria: construindo um
futuro ESG no setor
S
egundo o estudo “Transformação ESG: toda boa mudança começa com a gente”, realizado pela
consultoria Vertico, apenas 17% das empresas brasileiras contam com uma área focada em ESG
há mais de cinco anos. No entanto, tudo indica que essa realidade precisará ser transformada a
partir de agora. Afinal, o Fórum Econômico Mundial, realizado no início de 2023, adverte sobre o
risco de “policrises”, conjunto de riscos globais aos quais as indústrias precisam estar atentas.
Neste sentido, a sustentabilidade na indústria tem ganhado força justamente por estar além da esfera
de preocupação com o meio ambiente, uma vez que, não estar atento a isso certamente irá impactar as
companhias do setor, gerando custos maiores e, até mesmo, ameaçando a sua permanência no mercado.
Por isso, é fundamental olhar para a agenda ESG com prioridade. A começar pela redução dos recur-
sos hídricos, utilização de energia limpa e relacionamento adequado com os stakeholders, mantendo
sempre uma comunicação transparente.
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SUMÁRIO
POTÊNCIA 84
ARTIGO
ESG
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A parte social, além da relação com os stakeholders, está ligada ao público interno, quando se coloca
em prática as questões relacionadas à diversidade, inclusão, equidade, liderança feminina e condições de
trabalho mais justas. Além disso, também diz respeito aos fornecedores das companhias, sendo importan-
te considerar negociações íntegras.
Há também o foco na comunidade, em que os questionamentos devem diagnosticar os impactos da
indústria nesta camada, como por exemplo: o que produzo é poluente? Contamina a água? As comunida-
des ao redor são impactadas?
Por fim, mas não menos importante, a governança na indústria está atrelada à transparência. Embora
muitas empresas a vejam como compliance, agir de acordo com as normas não é suficiente no cumpri-
mento das boas práticas de governança. É preciso garantir clareza nos balanços, em relatórios de susten-
tabilidade e na documentação de processos.
POTÊNCIA 85
ARTIGO
SISTEMAS DE GERAÇÃO E ARMAZENAMENTO DE ENERGIA
Foto: ShutterStock
A
pós grandes eventos como a revolução industrial, segunda guerra mundial e a guerra fria, houve
grandes desenvolvimentos tecnológicos, e assim, cada vez mais são utilizados equipamentos
dependentes da eletricidade, melhorando, dessa forma, a qualidade de vida de muitos. Porém,
até hoje em áreas rurais isoladas, essa energia não é acessível, tendo a necessidade de usar,
desta maneira, alguns equipamentos como o gerador a diesel, ou, de forma mais recente, a produção de
energia pode ser feita com o uso de módulos fotovoltaicos, tendo a necessidade desta ser armazenada
para posterior uso, em horários sem irradiação solar. Esse estudo objetivou dimensionar e comparar os
custos de alguns sistemas de geração e armazenamento de energia, considerados como sendo mais ade-
quados e acessíveis para serem utilizados em áreas rurais isoladas, sem acesso à rede de distribui-
ção de energia. Neste estudo, considera-se que a energia será produzida a partir de um grupo
motor gerador a diesel, um sistema fotovoltaico off grid com bateria e um sistema híbrido so-
CLIQUE lar diesel. A análise observará as melhores condições de comparação técnica e econômica
AQUI
E VOLTE AO
apresentadas pelas três alternativas. As alternativas foram comparadas e foi observado
que com a anualização dos custos de produção, a obtenção do custo unitário de pro-
SUMÁRIO dução do gerador a diesel chegou a R$ 1,27/kWh, já para o sistema de geração fotovol-
POTÊNCIA 86
ARTIGO
SISTEMAS DE GERAÇÃO E ARMAZENAMENTO DE ENERGIA
taico off grid com baterias o valor foi de R$ 1,64* /kWh e o sistema híbrido de R$ 2,37/kWh. *valor obtido
dentro de condições específicas.
1. Introdução
A energia elétrica é um recurso necessário para melhorar a qualidade de vida dos seres humanos,
assim se tornando um meio essencial para o desenvolvimento socioeconômico. A obtenção e o acesso
ao fornecimento confiável e estável de eletricidade são desafios, principalmente para os moradores
rurais.
Pensando nisso, além de energias não renováveis, o recente desenvolvimento de tecnologias na área
de energias renováveis, que necessita de dispositivos para realizar o armazenamento energético em pe-
ríodos de indisponibilidade, também podem proporcionar a equidade social e econômica à população. O
aspecto econômica e ambiental também são muito importantes para esse estudo, pois influenciam direta-
mente na qualidade de vida das pessoas.
Este artigo tem como objetivo avaliar a viabilidade técnica e econômica de sistemas de geração de
energia elétrica englobando sistema fotovoltaico (SFV) off grid com baterias e a utilização de grupo motor
gerador à diesel (GMG). O trabalho abordará a análise, em uma residência da zona rural que pratica a
agropecuária, cada um destes sistemas de forma separada e depois de forma conjunta, chamado de sis-
tema híbrido. O intuito é verificar qual é mais vantajoso do ponto de vista econômico, energético e viável
para o agronegócio.
2. Fundamentação Teórica
2.1- Sistema fotovoltaico off grid
O sistema fotovoltaico isolado/autônomo/off grid é um tipo de sistema que tem sua geração e
atendimento de uma demanda energética sem supervisão e controle da concessionária de energia lo-
cal, ou seja, não paga nenhum tipo de taxa e não há fiscalização. Sua implementação ocorre em lugares
remotos, ou locais nos quais a rede de distribuição apresenta muitos problemas de instabilidade e/ou
interrupções de tensão. Nestes locais está cada vez mais comum o uso de sistemas off grid, tecnologia na
qual dá opção para o armazenamento dessa energia em baterias, também no setor de iluminação, teleco-
municações e aplicações espaciais.
O SFV, em geral, não precisa de muita manutenção, só os módulos fotovoltaicos devem estar limpos,
sem a presença de partículas que podem bloquear os raios solares até as células fotovoltaicas, quando
sujos, os módulos podem ter a geração de energia reduzida em até 25%. Também pode ser necessário
fazer reaperto de parafusos, termografias e verificação dos cabos. (Portal Solar, 2021). A maioria dos
módulos apresentam uma garantia de desempenho de 25 anos e apresentam uma depreciação na sua
geração ao longo do tempo.
POTÊNCIA 87
ARTIGO
SISTEMAS DE GERAÇÃO E ARMAZENAMENTO DE ENERGIA
Dos vários tipos de acumuladores eletroquímicos existentes, a bateria de chumbo-ácido (Pb-ácido) ain-
da é a tecnologia mais empregada. Há baterias com tecnologias mais modernas, tais como níquel-cádmio
(NiCd), níquel-hidreto metálico (NiMH), íon de lítio (Li-ion), dentre outras, também estão presentes no merca-
do. (Portal Solar, 2021)
POTÊNCIA 88
ARTIGO
SISTEMAS DE GERAÇÃO E ARMAZENAMENTO DE ENERGIA
de sistemas fotovoltaicos tem o efeito de reduzir o custo com combustível, além de acrescentar confiabi-
lidade e reforçar a autonomia da alimentação das cargas consumidoras.
As fontes diesel e solar compartilham o mesmo barramento de corrente alternada, mas nunca operam
simultaneamente. O gerador a diesel é acionado poucas vezes e por curtos intervalos de tempo e as car-
gas podem ser atendidas totalmente pela geração a diesel, podendo-se dispensar a geração fotovoltaica
nesses curtos intervalos de tempo. Como alternativa para este sistema híbrido, pode ser utilizado um
sistema de armazenamento de energia em baterias, onde os módulos solares irão carregar as baterias e
manter sempre o sistema energizado.
3. Metodologia
3.1. Cálculo do SFV off grid com baterias
Para atendimento a uma residência que está isolada da rede, nesse caso, a única fonte de energia que irá
suprir suas cargas é a dos módulos fotovoltaicos. O sistema fotovoltaico off-grid é projetado para satisfazer as
demandas totais da edificação isolada, incluindo dias com baixos índices de radiação solar e alta nebulosida-
de. Nessa situação, o sistema fotovoltaico deve fazer uso de sistemas de armazenamento (baterias). Segundo
Moreira (2021), uma das opções para dimensionamento de módulos fotovoltaicas é o seguinte método:
Módulos
É necessário dimensionar a quantidade de módulos para suprir o consumo necessário. A equação 1
apresenta:
Sendo:
E = energia a ser consumida, em kWh;
N = número de módulos;
Pomp = potência máxima nominal em STC, em Wp;
HSP = horas de sol pleno, em h;
TD = taxa de desempenho (performance ratio), 0,7<TD<0,8.
Sendo que STC= standard test condition e NOCT= nominal operating cell temperature.
Depois, é preciso saber a configuração, diante das quantidades permitidas para a ligação em série e
em paralelo, conforme equações (2) e (3):
Sendo,
NPF (série) = número de módulos fotovoltaicas em série;
VSPMP (MIN) = voltagem mínima em função seguidora do ponto de máxima potência, em V;
VMP (TC MAX) = voltagem de máxima potência com TC máximo, em V;
VSPMP (MAX) = voltagem máxima em função seguidora do ponto de máxima potência, em V;
VMP (TC MIN) = voltagem de máxima potência com TC mínimo, em V;
Nparalelo = número de módulos fotovoltaicas em paralelo;
ISPMP = corrente máxima de entrada em função seguidora do ponto de máxima potência, em A;
ISC (STC) = corrente de curto-circuito no STC, em A.
Sendo:
Para poder verificar se os equipamentos estão dimensionados corretamente, pode-se usar as equa-
ções (5), (6) e (7):
Sendo:
Voc (MAX) = voltagem máxima de circuito aberto, em V;
Vooc = voltagem de circuito aberto em STC, em V;
Ysc = coeficiente de temperatura Isc, em °C^-1.
Considerando:
(6)
Tc = Ta GT (T*c – 20) 0,9
800
POTÊNCIA 90
ARTIGO
SISTEMAS DE GERAÇÃO E ARMAZENAMENTO DE ENERGIA
Sendo:
Tc = temperatura da célula fotovoltaica, em °C
Ta = temperatura do ar ambiente, em °C;
GT = irradiação no plano do painel fotovoltaico, em W/m^2;
T*c = temperatura da célula fotovoltaica no NOCT, 25°C, em °C.
Então,
Inversor
O dimensionamento do inversor tem que ter uma folga de 43% a 100% a mais do que carga nominal e
considerar uma eficiência de aproximadamente 93%.
Controlador de Carga
Como já citado, um controlador de carga é essencial para um sistema fotovoltaico off grid. Este deve
ficar entre os módulos fotovoltaicos e as baterias, sempre respeitando as polaridades das conexões.
Bateria
Para o cálculo do dimensionamento do banco de baterias é preciso saber o consumo da propriedade.
O objetivo é que não falte energia elétrica. Desta forma, todos os cálculos vão ser superestimados para
que exista a possibilidade de o proprietário aumentar um pouco a carga, caso necessário além do fato da
degradação da geração ao longo dos anos.
Considerando um valor de rendimento global para as baterias entre 87% e 91% onde a maioria das
baterias é usado 89%, tem-se a equação 8. Logo:
Sabendo a tensão do banco, quantas baterias em série serão usadas, e quais baterias vão ser usadas
pode-se saber a capacidade do banco de baterias (equação 9). Considerando uma profundidade das
baterias de 20%.
N = cbanco (10)
220
Sendo:
N = número de baterias em série;
POTÊNCIA 92
ARTIGO
SISTEMAS DE GERAÇÃO E ARMAZENAMENTO DE ENERGIA
mesmo método utilizado para o dimensionamento do sistema solo do GMG será utilizado nessa parte do
sistema híbrido, ou seja, as equações 11 e 12.
Pgerador*0,8
POTÊNCIA 93
ARTIGO
SISTEMAS DE GERAÇÃO E ARMAZENAMENTO DE ENERGIA
Sendo:
preçodiesel = O preço atual do diesel, em R$;
consumoGMG = O consumo do GMG, em L/h;
Pgerador = Potência total do gerador, em kVA;
Cmax = Consumo máximo da propriedade no mês, em kWh.
No caso em estudo será considerado uma vida útil de 25 anos. Já a manutenção é considerada a se
fazer a cada ano. Não serão considerados depreciação da geração.
4. Estudo de Caso
4.1. Sistema fotovoltaico off grid com baterias
Módulos fotovoltaicos
O consumo total (3 dias), é de 70 kWh/ciclo. Considerando que não há restrições de espaço e os mó-
dulos serão orientadas para o norte, são escolhidos os módulos fotovoltaicos e os inversores. Também
sabendo alguns dados como irradiância do local, temperatura máxima e mínima, é possível fazer o le-
vantamento de todos os cálculos necessários, a partir da utilização das equações (1) até (6). As variáveis
marcadas de amarelo representam os dados do módulo fotovoltaico.
Assim, achando um N≅ 44 módulos. Então: Tc max = 60,13 °C e Tc min = 47,13 °C. Agora, sendo possível
descobrir Vmp(TC MAX) = 41,21 V e Vmp(TC MIX) = 42,90 V . Acha-se: 3 < NPF (SÉRIE) < 10 e Nparalelo ≤ 9.
Porém, por motivos de configuração dos módulos esse número passa para 48. É preciso que o número
de módulos seja múltiplo do número de módulos em série em paralelo e do número de inversores. Com
esses dados, é possível descobrir quais configurações são as mais apropriadas, sendo a escolhida 8
módulos em série e 6 séries de módulos em paralelo. Usando a equação 4, encontra-se NpGFV = 21,6 kWp.
Inversor
Na sequência, é necessário dimensionar os inversores de frequência. Por falta de opção no mercado
atual, serão usados 4 inversores solar off grid SPF 5000 ESG de 5000W. Nesse caso, 20kW está dentro
dos valores possíveis de 43% a 100% a mais do que a carga da casa de 12,97 kW, também foi considerada
uma eficiência de 93%. O inversor escolhido já tem integrado um controlador de carga.
Para verificar se os equipamentos estão dimensionados corretamente, é preciso encontrar a voltagem
máxima de circuito aberto dos módulos (Voc), cujo valor é 401,84V que é menor que o limite do inversor
que é 450Vcc, encontrado através da equação 5.
Baterias
Como já discutido, será feito um arredondamento do consumo para 700 kWh/mês. Usando um banco
de baterias com tensão de 48V (quatro baterias de 12V ligadas em série) e considerando uma profundida-
de das baterias de 20% da profundidade da carga, usa-se a equação 9, Cbanco = 8190,6Ah.
≅
Considerando o uso de baterias de 220Ah e usando a equação 10, N 37. Ou seja, o banco de bate-
rias consiste em: 148 baterias de chumbo-ácido com tensão de 12V e capacidade de 220Ah (C100) que é
ideal para sistemas de energia solar fotovoltaica. Com 4 baterias ligadas em série e 37 séries de bateria
em paralelo.
POTÊNCIA 94
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SISTEMAS DE GERAÇÃO E ARMAZENAMENTO DE ENERGIA
Inversor
Como se trata de um sistema off grid o dimensionamento do inversor depende inteiramente da carga,
que no caso não muda. Então, todo o dimensionamento feito para o sistema solar fotovoltaico se manterá
o mesmo. Ou seja, serão usados 4 inversores solar off grid SPF 5000 ESG de 5000W. Com um P pGFV =
7,2 kWp. Assim, tem-se 50,23 x 6, pois são 6 módulos em série, é 301,38V que é menor que o limite do
inversor que é 450Vcc.
Baterias
Como já discutido, será feito um arredondamento do consumo para 700 kWh/mês. Usando um banco
de tensão de 24V (duas baterias de 12V ligadas em série) e considerando uma profundidade das baterias
de 20% e a equação 9, Cbanco = 26210/(24x0,2) = 5460,41 Ah. Considerando o uso de baterias de 220Ah
e a equação 10, N≅ 25.
Ou seja, o banco de baterias consiste em: 50 baterias de chumbo-ácido com tensão de 12V e capaci-
dade de 220Ah (C100) que é ideal para sistemas de energia solar fotovoltaica. Com 2 baterias ligadas em
série e 25 séries de bateria em paralelo.
POTÊNCIA 95
ARTIGO
SISTEMAS DE GERAÇÃO E ARMAZENAMENTO DE ENERGIA
ALTERNATIVA I R$ 722.191,97
ALTERNATIVA II R$ 199.224,59
ALTERNATIVA III R$ 387.581,27
Fonte: Autora.
Pode-se observar que o LCC da alternativa I é o mais caro devido ao tamanho do sistema de geração.
Já o custo da alternativa II é o menor. E o da alternativa três é mais caro que a alternativa II uma vez que
mescla os dois sistemas, porém não é tão alto tanto quanto o da alternativa I pois é um sistema menor, que
não precisa de armazenamento por 3 dias.
Tabela 2. Custo Nivelado de Energia
ALTERNATIVA I 1,64
ALTERNATIVA II 1,27
ALTERNATIVA III 2,37
Fonte: Autora.
Algumas observações precisam ser feitas sobre o custo nivelado de energia. O preço da alternativa I é
somente é válido quando a geração e consumo diário é de 70kWh, quando é menor que isso o preço irá
aumentar. Prevendo que a maioria das situações não ocorrera esse consumo, pode-se supor que o custo
R$/kWh ficará quase sempre mais caro que o previsto.
Analisando o fluxo de caixa da alternativa I, pode-se perceber que existem anos que o sistema dá um
lucro, uma vez seu gasto é pequeno, porém quando existe a troca de equipamentos existe uma grande
saída de dinheiro. Tornando todo o sistema inviável.
Analisando o fluxo de caixa da alternativa II, pode-se perceber que em todos os anos existem mais
saídas do que entradas de dinheiro, uma vez que o investimento com diesel é um valor bem considerável
e é feito todos os anos. Tornando todo o sistema inviável.
Analisando o fluxo de caixa da alternativa III, pode-se perceber que existem anos que o sistema dá um
pequeno lucro, menores que o da alternativa I pois ainda existem gastos com o diesel. O gasto é menor
que o da alternativa II, quando existe a troca de equipamentos existe uma grande saída de dinheiro, mais
o gasto com o diesel. Tornando todo o sistema mais inviável de todos os três.
5. Conclusão
Como já imaginado, pelo alto preço dos equipamentos e manutenção, todas as alternativas se encon-
tram inviáveis comparando com o preço de tarifa da Enel para propriedades rurais. Fazendo um adendo,
essa taxa tem um benefício, que a partir do ano de 2023, segundo o decreto federal 9.642/2018, vai aca-
bar. Ou seja, a partir de 2023 essas alternativas propostas poderão ser mais viáveis para consumidores
com acesso à rede elétrica.
POTÊNCIA 96
ARTIGO
SISTEMAS DE GERAÇÃO E ARMAZENAMENTO DE ENERGIA
Existe um grande aumento de pesquisas e estudos sobre tecnologias para uma energia limpa e
sustentável que, em parte, engloba a energia solar. Porém, esse trabalho mostra que essas pesquisas
precisam de mais apoio, uma vez que todas as alternativas que envolvem uma energia renovável são
inviáveis economicamente, pelos altos custos e pouca durabilidade de alguns equipamentos. É neces-
sária a difusão desta tecnologia para criar uma cultura desta fonte e aumentar o poder de influência
sobre aqueles que gerenciam, decidem e financiam os recursos necessários para sua implantação. O
fato que o preço do diesel está tão alto reafirma que em alguns anos energias não renováveis não serão
uma opção mais.
O forte investimento inicial em capital torna a disseminação do uso destes sistemas muito difícil, prin-
cipalmente para os usuários de baixa renda em locais isolados, onde o uso desta alternativa seria mais
adequado. O custo unitário da energia elétrica obtida de sistemas fotovoltaicos calculados pelas sistemá-
ticas propostas ainda é bastante elevado em relação ao custo da energia elétrica fornecida, por exemplo,
os usuários das concessionárias de energia.
É importante destacar que a análise financeira pode tomar um novo rumo, existem inúmeros pa-
râmetros que podem considerar qual das alternativas é melhor para o consumidor rural. Devem ser
considerados os prejuízos que a falta de energia pode trazer para o produtor rural, assim como o
desconforto, também deve-se considerar as emissões de carbono que o GMG a diesel gera, o tanto
de lixo gerado após os 25 anos de uso dos equipamentos e até se esses equipamentos têm algum
tipo de revenda.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
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BOYLESTAD, R. L. Introdução à análise de circuitos, 2012.
Potencial Solar - SunData v 3.0. CRESESB. Disponível em: <http://www.cresesb.cepel.br/index.
php?section=sundata >. Acesso em: 05 de março de 2022.
EL-HAWARY, M., ECKELS, A.R., Motor-Generator Set, AccessScience. McGrawHill Education. 2014.
FARIAS. Douglas. Design de SFCR - Apostila Teórica. BlueSol, 2020.
Geração distribuída fotovoltaica cresce 230% ao ano no Brasil. Absolar, 2020. Disponível em :
<https://www.absolar.org.br/noticia/geracao-distribuida-fotovoltaica-cresce-230-ao-ano-no-brasil/> Aces-
so em: 01 de março de 2022.
HIGGINS R.C. Análise para administração financeira. AMGH, 2014.
Inflação. Calculadora IPCA. IBGE, 2022 Disponível em: <https://www.ibge.gov.br/explica/inflacao.
php#:~:text=Curiosidades%20do%20IPCA,1998%20(%2D0%2C51%25)>. Acesso em: 16 de março de
2022.
RESOLUÇÃO NORMATIVA Nº 482, ANEEL, 2012.Disponivel em: < https://www.legisweb.com.br/
legislacao/?id=342518> Acesso em: 9 de março de 2022.
RESOLUÇÃO NORMATIVA Nº 687, ANEEL, 2015. Disponível em: http://www.bioenergiaengenharia.
com.br/RESOLUCAO%20NORMATIVA%20REN%20687_2015.pdf. Acesso em: 9 de março de 2022.
Crude Oil in Dollars per Barrel, Products in Dollars per Gallon. EIA.US. Energy Information Administration.
Disponível em: <https://www.eia.gov/dnav/pet/pet_pri_spt_s1_m.htm> Acesso em: 16 de março de 2022.
POTÊNCIA 97
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SISTEMAS DE GERAÇÃO E ARMAZENAMENTO DE ENERGIA
Tipos de Painel Solar Fotovoltaico. Portal Solar, 2021. Disponível em: <https://www.portalsolar.com.br/
tipos-de-painel-solar-fotovoltaico.html> Acesso em: 15 de março de 2022.
Tudo sobre a manutenção do painel solar. Portal Solar. Disponível em: <https://www.portalsolar.com.
br/tudo-sobre-a-manutencao-do-painel-solar> Acesso em: 13 de março de 2022.
VILLALVA. Marcelo. Armazenamento de energia: tecnologias de baterias elétricas. Canal Solar, 2021.
Disponível em: <https://canalsolar.com.br/armazenamento-de-energia-tecnologias-de-baterias-eletricas/>
Acesso em: 10 de março de 2022.
VILLALVA, M.; GAZOLI, J. Energia solar fotovoltaica: conceitos e aplicações. São Paulo. Erica,
2012/2015.
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POTÊNCIA 98
Chega de Harmônicas em
seus projetos e instalações!
A presença das Harmônicas causa EFEITOS TERRÍVEIS
nas Instalações Elétricas e seus componentes:
✘ Aquecimentos excessivos
✘ Aumento de perdas
✘ Redução de Fator de Potência
QUERO APRENDER
HARMÔNICAS
Educação
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CONSUMO DE COBRE
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POTÊNCIA 99
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CONSUMO DE COBRE
Além disso, não estamos falando só de aumentar a produção. Há que se extrair e beneficiar mais metais
sem que as mineradoras piorem o já delicado e perceptível quadro relacionado ao aquecimento global, o
que é especialmente desafiador para a mineração, responsável por 7% de todos os gases de efeito estufa
lançados na atmosfera, com a queima de diesel no maquinário gerando metade desse volume colossal.
Assim, as mineradoras estão investindo para descarbonizar as próprias operações, migrando, por
exemplo, seu maquinário à diesel para versões elétricas nos locais em que isso é possível, e também
desenvolvendo maquinário movido a fontes alternativas de energia, como hidrogênio e amônia, numa
tentativa de diminuir ou até erradicar o uso de combustíveis fósseis em caminhões, pás carregadeiras e
escavadeiras.
No caso específico da mineração de cobre, as empresas também estudam formas de otimizar a moa-
gem dos diferentes tipos de minérios duros a conter o metal com a adoção em maior escala de tecnolo-
gias de moagem mais sofisticadas, a exemplo dos moinhos de minérios sem engrenagens, que permitem
recuperar percentuais maiores de cobre do solo por processos de moagem que demandam a menor
quantidade de energia.
Outra frente de ação é a digitalização de equipamentos, sistemas e processos, mirando a máxima efici-
ência operacional das extrações. Nos moinhos sem engrenagens, por exemplo, já existem vários sistemas
de análise preditiva acerca do funcionamento do equipamento, que permitem às empresas anteciparem
aspectos da manutenção do equipamento e garantir as maiores disponibilidade e efetividade possíveis
para o maquinário.
O surgimento da inteligência artificial também está gerando um novo ciclo de inovações nesses equi-
pamentos, ao permitir intensificar as análises de desempenho e operação, oferecendo informações ainda
mais completas, por exemplo, acerca do funcionamento dos motores, que permitem executar ações ante-
cipadas para prevenir problemas e, principalmente, analisar a qualidade do minério processado.
Esse movimento de digitalização da operação ocorre porque as mineradoras, nesse cenário de forte
demanda, vão ter de olhar com mais atenção para seus processos de manutenção e prevenção de falhas,
pois cada ganho de eficiência vai contar.
E a tecnologia, junto com os investimentos em novas extrações, será crucial para que o mundo tenha
o cobre de que necessita e no custo que faça sentido para efetivar a transição energética.
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ALUMÍNIO NA ÁREA ELÉTRICA
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POTÊNCIA 101
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ALUMÍNIO NA ÁREA ELÉTRICA
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está o setor elétrico, que juntamente com os setores de transportes, embalagens e construção civil corres-
ponderão a 75% do aumento.
Diante do protagonismo do metal na área de eletricidade, os benefícios sustentáveis podem se esten-
der para projetos de linhas de transmissão, e, por ser mais leve, quando utilizado nas estruturas, exige
menos dos veículos de transporte, gerando menor consumo de combustível.
Outro aspecto fundamental para as aplicações do Alumínio, é o alto poder de reaproveitamento do
insumo, que ajuda a poupar o planeta da extração de mais minério. Além disso, quando reciclado, o metal
consome 19 vezes menos energia do que o insumo obtido a partir do minério.
POTÊNCIA 102
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ENERGIA RENOVÁVEL
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POTÊNCIA 103
ARTIGO
ENERGIA RENOVÁVEL
Pontos primordiais
Até por conta do contexto descrito, está evidente que investimentos destinados às matrizes reno-
váveis não devem faltar nos próximos anos. Porém, para que isso de fato ocorra, é fundamental que os
caminhos sejam estabelecidos de forma assertiva.
Ou seja, é crucial termos em mente que as aplicações em pesquisa e desenvolvimento precisam ser
um dos grandes focos no primeiro momento. Nesse caso, não é preciso apenas melhorar a eficiência
dos sistemas de geração de energia, mas principalmente adaptar as tecnologias usadas globalmente às
especificidades do contexto brasileiro.
Indo pela mesma linha, a infraestrutura de rede elétrica do país precisa ser modernizada e expandida
para suportar a integração eficaz de fontes renováveis. Isso é fundamental para garantir que a energia
gerada seja distribuída de maneira eficiente e confiável em todo o território nacional.
Além disso, políticas de incentivo governamentais são mais do que necessárias para estimular tanto
a adoção em larga escala quanto a inovação no setor. Tais incentivos podem vir na forma de subsídios,
benefícios fiscais ou tarifas preferenciais para produtores e consumidores de energia solar.
POTÊNCIA 104
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