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MERCADO ARTIGO

Segmento de Hélio Sueta relata


barramento blindado participação em
está em ascensão eventos internacionais

A N O 19
N º 214
ELÉTRICA, ENERGIA, ILUMINAÇÃO, AUTOMAÇÃO,
SUSTENTABILIDADE E SISTEMAS PREDIAIS
Multiplataforma

ASSINATURA
A PROCURA POR ENERGIA SOLAR
POR ASSINATURA ESTÁ EM ALTA

DE ENERGIA
NO BRASIL, MOTIVADA PELA
BUSCA DE TARIFAS MENORES
E TAMBÉM PARA CONTRIBUIR

SOLAR PARA A INSERÇÃO DE MAIOR


SUSTENTABILIDADE NO PROCESSO

EVENTO. A edição 2023 do Redes Subterrâneas de Energia Elétrica e Telecom - Expo e


Fórum foi um sucesso. Realizado há 18 anos, o maior evento do setor na América Latina,
em São Paulo (SP), reuniu cerca de 800 participantes no mês de outubro
SUMÁRIO

28

MATÉRIA DE CAPA
A procura por energia solar
por meio da modalidade de
assinatura está em alta no Brasil,
especialmente em meio à crise
hídrica e ao aumento das tarifas
de energia elétrica. Nesta matéria,
especialistas das empresas de
energia comentam sobre essa
tendência.

OUTRAS SEÇÕES 36 MERCADO 42 EVENTO REDES


03 › AO LEITOR Equipamento destinado à transmissão e SUBTERRÂNEAS
04 › HOLOFOTE distribuição de energia em instalações O Redes Subterrâneas de Energia Elétrica
61 › ARTIGO APLICACIONES
industriais e prediais, o barramento e Telecom foi um sucesso. Realizado há 18
blindado constitui um mercado em anos, o maior evento do setor na América
65 › CADERNO REDES
SUBTERRÂNEAS ascensão, por conta do bom momento Latina, organizado pela Potência Eventos,
vivido pela construção civil. ocorreu nos dias 24 e 25 de outubro.
69 › ARTIGO INCENTIVOS
FISCAIS

72 › ARTIGO MITSHUBISHI
ELECTRIC - INOVAÇÃO
INDUSTRIAL

84 › ARTIGO FLUKE

100 › ARTIGO ABB

102 › ARTIGO
TERMOMECÂNICA

104 › ARTIGO NEXTRON

74 ARTIGO 86 ARTIGO SISTEMAS


HÉLIO SUETA DE GERAÇÃO E
O autor faz um relato da participação ARMAZENAMENTO
em dois eventos científicos e outras DE ENERGIA
reuniões que ocorreram no período de Estudo compara custos de sistemas
27/09/2023 a 15/10/2023 nas cidades de de geração e armazenamento de
Kathmandu (Nepal) e Suzhou (China). energia, considerados como sendo mais
adequados e acessíveis para serem
utilizados em áreas rurais isoladas, sem
acesso a rede de distribuição.

POTÊNCIA 2
EDITORIAL
EXPEDIENTE

DESTAQUES DA EDIÇÃO
Multiplataforma
Fundadores:
Elisabeth Lopes Bridi
Habib S. Bridi (in memoriam)
Nossa matéria de capa desta edição mostra uma tendência da área elétrica, a
ANO XIX • Nº 213
OUTUBRO'23 contratação de energia solar por meio da modalidade de assinatura.
É cada vez maior o número de empresas que oferecem o serviço, assim como
Publicação mensal da HMNews Editora
e Eventos, com circulação nacional, dirigida também tem crescido a adesão a esses sistemas.
a indústrias, distribuidores, varejistas, home
centers, construtoras, arquitetos, engenharias,
instaladores, integradores e demais profissio-
Os consumidores que optam pela modalidade de assinatura contam com uma
nais que atuam nos segmentos de elétrica, energia limpa e sustentável e ainda são beneficiados com economia de dinheiro.
iluminação, automação e sistemas prediais.

Outras vantagens é que o contratante do serviço não precisa gastar com ins-
Diretoria
Hilton Moreno talação de equipamentos fotovoltaicos, consequentemente eliminando o trabalho
Marcos Orsolon de manutenção.
Pietro Peres

Redação
Quem tiver interesse em conhecer melhor o sistema pode simplesmente fazer
Diretor de Redação: Marcos Orsolon uma simulação diretamente no site das empresas que oferecem o serviço.
Editor: Paulo Martins
Jornalista Responsável: Marcos Orsolon Já a seção Mercado traz entrevistas com fabricantes de barramentos blinda-
(MTB nº 27.231)
dos, que comentam sobre a aplicação dessas soluções, a evolução do mercado e
Departamento Comercial as vantagens apresentadas pelas mesmas em relação ao uso de cabos elétricos.
Cecília Bari e Rosa M. P. Melo
Equipamento destinado à transmissão e distribuição de energia em instalações
Gestor de Eventos
Décio Norberto
industriais e prediais, o barramento blindado constitui um mercado em franca as-
censão.
Gestora Administrativa
Maria Suelma Outro destaque desta edição é a cobertura da edição 2023 do Redes Subterrâ-
Produção Visual e Gráfica neas de Energia Elétrica e Telecom. Realizado no mês de outubro, em São Paulo,
Estúdio AM
o evento foi composto por Exposição e Fórum Técnico, atraindo um público de
Contatos Geral 800 pessoas.
Rua Jequitibás, 132 - Bairro Campestre
Santo André - SP - CEP: 09070-330 O tema deste ano foi “Os desafios das redes subterrâneas com o avanço da
contato@hmnews.com.br
Fone: +55 11 4421-0965 geração distribuída e carregamento de veículos elétricos”, tendo como novidade o
Redação
painel sobre redes subterrâneas de Telecomunicações.
redacao@hmnews.com.br
Fone: +55 11 99344-3166 Além do balanço dos organizadores do evento, a matéria traz a cobertura foto-
gráfica das palestras e um resumo das novidades das empresas que participaram
Comercial
publicidade@hmnews.com.br da exposição.
F. +55 11 4421-0965
Boa leitura e até a próxima edição!
Fechamento Editorial:
13/11/2023
Circulação:
14/11/2023
Conceitos e opiniões emitidos por entrevis-
tados e colaboradores não refletem, necessaria-
mente, a opinião da revista e de seus editores.
Potência não se responsabiliza pelo conteúdo
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camos matérias pagas. Todos os direitos são re-
servados. Proibida a reprodução total ou parcial
das matérias sem a autorização escrita da HM-
News Editora, assinada pelo jornalista responsá-
vel. Registrada no INPI e matriculada de acordo
com a Lei de Imprensa. MARCOS HILTON
ORSOLON MORENO

POTÊNCIA 3
HOLOFOTE CLIQUE
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E VOLTE AO
SUMÁRIO
Hitachi Energy ultrapassa
150 GW em links HVDC
integrados ao sistema de energia
A Hitachi Energy, líder global em tecnologia que está

Foto: Divulgação
promovendo um futuro de energia sustentável para todos,
acaba de anunciar que habilitou mais de 150 gigawatts
(GW) de links de corrente contínua de alta tensão (HVDC)
integrados ao sistema de energia em todo o mundo – o
suficiente para atender à demanda de energia de pico para
o Japão. O anúncio segue a entrega da primeira energia
do Dogger Bank, o maior empreendimento eólico offshore
do mundo, por meio do primeiro uso da tecnologia HVDC
pelo Reino Unido em um parque eólico.
A empresa tem expandido consistentemente sua ca-
pacidade para atender à demanda acelerada impulsio-
nada pela transição para a energia limpa. Desde 2020,
quando a Hitachi iniciou seu investimento estratégico, a
Hitachi Energy aumentou sua força de trabalho em mais de 8.000 pessoas. No mesmo período, também investiu US$ 3
bilhões em fabricação e engenharia, além de Pesquisa e Desenvolvimento, expandindo a colaboração e impulsionando
a parceria estratégica em todo o ciclo de vida de seus clientes.
“A eletricidade será a espinha dorsal de todo o sistema energético e ajudará a impulsionar a transição para a ener-
gia limpa. Este anúncio mostra como estamos permitindo que nossos clientes acelerem o desenvolvimento das redes
de energia que o sistema exige”, disse Claudio Facchin, CEO da Hitachi Energy.
Os investimentos contínuos estão alinhados com o Plano Hitachi Energy 2030 e o Plano de Gestão de Mé-
dio Prazo 2024 da Hitachi.

Cursos para integradores solares


Maior e mais completo ecossistema de energia solar do Brasil, a 77Sol acaba de fechar uma parceria com a Oca
Energia, empresa especializada na capacitação de profissionais no setor, para contribuir com a profissionalização do
segmento. Desta maneira, os integradores solares poderão ter acesso a ‘Universidade 77’, uma área na plataforma da
energytech que irá disponibilizar cursos abordando as principais dores desses profissionais, nos módulos EaD e presencial.
Na prática, a capacitação é destinada tanto a integradores solares já atuantes no mercado que desejam aprimo-
rar suas habilidades e conhecimentos, quanto a novos profissionais que estão procurando ingressar no segmento por
meio de uma base sólida. Dessa forma, o grande diferencial do projeto passa pela abrangência dos conteúdos, que
vão desde conhecimentos básicos de elétrica até técnicas avançadas de instalação de sistemas e gestão de empresas.
De acordo com Guilherme Feltre, coordenador de novos negócios da 77Sol, empoderar os integradores sempre foi
um propósito central da energytech e a iniciativa em questão visa estimular este ponto através da educação e treina-
mento dos profissionais da área. “Quando falamos em capacitação e profissionalismo, não pensamos apenas na parte
técnica de instalação, mas também nas diversas etapas que envolvem o projeto solar como um todo - desde táticas de

POTÊNCIA 4
HOLOFOTE

venda junto aos clientes até conceitos de gestão empresarial. Assim, os profissionais conseguem minimizar os riscos
de retrabalho e ganhar a confiança dos consumidores finais”, afirma.
Os cursos disponíveis até o momento são: “Eletricidade básica”, “Energia Solar: do projeto à instalação”, “Gestão
de vendas em energia solar”, “Instalação de sistemas fotovoltaicos”, “Trading e gestão de riscos no mercado livre de
energia” e “Gestão de unidades consumidoras de energia”.
Nesse primeiro momento, todos os integradores parceiros da 77Sol poderão usufruir de descontos especiais nos
cursos mais avançados da OCA, além de ter acesso gratuito aos básicos. Além dos cursos baseados na modalidade à
distância, a parceria também contará com trilhas presenciais, que serão disponibilizadas a partir de turmas fechadas.
No próximo ano, a ideia da energytech, é ampliar a atuação na educação corporativa do setor.
Para Luca Milani, CEO e fundador da 77Sol, a proposta da energytech é contribuir com a democratização do seg-
mento, inclusive, no âmbito educacional. “Em um mundo em que há muito conteúdo na internet, entendemos que é di-
fícil distinguir o que de fato tem qualidade. O nosso foco é selecionar e levar conteúdo relevante para o mercado. De um
modo simplista, esperamos que os cursos agreguem valor e sejam úteis para os nossos integradores parceiros”, conclui.

Hercules Motores reforça seus


pilares de sustentabilidade
A sustentabilidade já é, há algumas décadas, um tema de muita atenção popular. Hoje, é possível sentir o impacto
ambiental da ação humana de várias formas, como no aumento dos níveis e aquecimento dos oceanos. E, enquanto
vários testemunham esse desenvolvimento, muitos também buscam formas de reduzir os impactos e, de forma geral,
contribuir com a construção de uma sociedade ambientalmente consciente. Como é o caso da Hercules Motores Elé-
tricos que está demonstrando sua preocupação com a proteção do meio ambiente e de seus recursos naturais na Po-
lítica de Gestão Integrada e também em seus produtos.
De acordo com Drauzio Menezes, diretor da Hercules Motores Elétricos, a empresa vem disseminando essa cultura
através da divulgação da política, ações e campanhas ambientais realizadas internamente e para a comunidade. “Atu-
amos em diversas áreas com ações como: na prevenção da poluição; substituição de produtos químicos por produtos
biodegradáveis; adoção de um processo produtivo limpo, responsável e eficiente; na redução da geração de resíduos,
sempre visando a conscientização e a promoção de atitudes sustentáveis”, comenta.
Uma pesquisa realizada pela Confederação Nacional da Indústria (CNI) mostrou que os brasileiros estão interes-
sados em consumir marcas preocupadas com o meio ambiente e com a qualidade de vida de todos os envolvidos na
cadeia produtiva. O levantamento ouviu duas mil pessoas em 126 municípios e mostrou que quase 38% delas se pre-
ocupam em saber se um item foi produzido de forma ambientalmente correta.
De olho nesta tendência de mercado, a Hercules Motores Elétricos vem investindo na fabricação de motores que
auxiliam a sustentabilidade, reduzindo o consumo de energia elétrica. “A nossa empresa segue todas as especificações
da portaria 290 de 7 de julho de 2021 do INMETRO, que aprovou os requisitos de avaliação da conformidade e das
especificações para o selo de identificação para motores elétricos trifásicos de indução, com isso assegurando a efici-
ência energética e reduzindo significativamente o consumo de energia elétrica”, detalha Drauzio Menezes.
Segundo ele, a companhia entende a importância da sustentabilidade no ambiente industrial e, por isso, sempre
procura realizar ações a fim de se comprometer a usar os recursos naturais com responsabilidade e investir no bem-­
estar do planeta. “A Hercules Motores compreende que a preocupação com a proteção ao meio ambiente e seus re-
cursos naturais é o grande alicerce da perpetuação de seus negócios, atitudes e propósitos”, afirma.

POTÊNCIA 5
HOLOFOTE

RICARDO FIGUEIREDO

ABAL
A Associação Brasileira do Alumínio (ABAL) anunciou em outubro a
nova composição de seu Conselho Diretor. O conselheiro da Alubar, Ricar-
do Figueiredo, assume pela segunda vez consecutiva o cargo de 1º vice-­
presidente, com mandato até 2025. O executivo atua há mais de 40 anos
na indústria e há 20 na Alubar, maior fabricante de cabos elétricos da Amé-
rica Latina e maior produtora de vergalhões de alumínio do continente.
Na ABAL, Figueiredo faz parte do Conselho Diretor desde 2019, quando
tornou-se membro efetivo do grupo de fabricantes de fios e condutores

Foto: Divulgação
elétricos. Em 2021, chegou à 1ª vice-presidência.

App permite aos eletricistas


calcularem o preço de seus serviços
Eletricistas que trabalham de forma autônoma muitas vezes precisam enviar orçamentos rapidamente para os seus
potenciais clientes. Afinal, uma demora na resposta pode ocasionar a perda do serviço, assim como um orçamento com
preço errado certamente resultará em prejuízos. E para resolver todos os desafios desses profissionais, foi desenvolvido
o aplicativo Meu Ajudante. Em atividade desde 2020, o aplicativo conta atualmente com mais de 100 mil usuários,
registrando a média de 15 milhões de reais em orçamentos gerados mensalmente.
De acordo com Luis Navarro, cofundador do Meu Ajudante e especialista em atendimento ao cliente, o aplicativo é
um item essencial para o eletricista que quer ser bem-sucedido, uma vez que possui funcionalidades importantes para
tornar o trabalho mais ágil. “Um dos pontos mais relevantes é a calculadora automática de preço de serviços, para que o
profissional saiba exatamente quanto cobrar pela sua mão de obra. Depois de responder algumas perguntas, o preço de
qualquer serviço é calculado automaticamente. Essa funcionalidade acaba de uma vez por todas com uma das principais
dúvidas dos eletricistas, que é saber se o seu preço está caro ou está barato, e se ele está tendo lucro ou prejuízo”, explica.
Outra vantagem do aplicativo é possibilitar ao eletricista fazer recibos, cadastrar e personalizar serviços. “O profissio-
nal também conseguirá saber exatamente quais clientes deve atender com prioridade, quais já estão agendados e quais
estão em atraso. Além disso, poderá montar e compartilhar sua lista de materiais em apenas alguns cliques”, afirma.
Segundo Navarro, quem trabalha de forma autônoma muitas vezes perde oportuni-
Foto: Divulgação

LUIS NAVARRO
dade de ser contratado devido a demora no atendimento, desorganização ou até pela
inexperiência em vender o próprio serviço. Por isso, é importante aproveitar o potencial da
tecnologia para melhorar essas questões. “O app foi pensado para ajudar os autônomos
a venderem a sua mão de obra. Em anos e anos como vendedor, eu aprendi que venda
é processo, não é dom! É por isso que criamos o ‘funil do autônomo’, que são cinco pas-
sos simples, ensinados no aplicativo, que permitem que qualquer profissional autônomo
consiga fechar até sete em cada dez orçamentos”, complementa.
Outro benefício do aplicativo Meu Ajudante mencionado pelo seu cofundador é a
possibilidade do profissional contar com secretária virtual de domingo a domingo. “Ele
terá ajuda automática para ser avisado, com antecedência, sobre todos os compromis-
sos do dia”, conclui.

POTÊNCIA 6
HOLOFOTE

Carros elétricos X a combustão: economia


pode chegar a quase 80%
Levantamento da NeoCharge – empresa referência em soluções para recarga de veículos elétricos - aponta um
crescimento de 30%, em 7 meses, na quantidade de veículos eletrificados que circulam no Brasil. As unidades passa-
ram de 120.518 para 157.038 entre dezembro de 2022 e julho de 2023, de acordo com dados da Senatran compila-
dos e categorizados pela empresa. Os números em crescimento atestam que os motoristas do Brasil, cada vez mais,
atentam-se a uma tendência mundial, especialmente atraídos pela possibilidade de economizar.
Com um cálculo simples, é possível comprovar que o quilômetro rodado com energia elétrica é muito mais bara-
to: o gasto médio anual para abastecer com gasolina (rodando 20.000 km por ano, com um consumo hipotético de
10 km/L e preço de R$ 5,82/L) é de R$ 11.663,28. Já o gasto médio para abastecer com eletricidade (considerando a
mesma quilometragem rodada, em um consumo hipotético de 6 km/kWh e preço de R$ 0,72/kWh) é de R$ 2.401,92
por ano. Uma economia de 79% ou R$ 9.261,36.
“Se considerarmos o caso de pessoas que fazem um uso intenso do veículo, como os motoristas de aplicativo, a eco-
nomia é ainda maior. Rodando 60.000 km por ano e considerando os mesmos consumos hipotéticos, de 10 km/L e preço
de R$ 5,82/L, o gasto médio anual para abastecer com gasolina é de R$ 34.920. Já o gasto médio para abastecer com
eletricidade é de R$ 7.197, uma economia de quase R$ 28 mil”, afirma Raphael Pintão, sócio-fundador da NeoCharge.
De acordo com o executivo, a redução no custo do abastecimento é apenas um dos motivos que têm impulsiona-
do o crescimento desse mercado. “Há outros fatores que farão esses veículos marcarem cada vez mais presença em
nossas vidas, como a redução da emissão de gases poluentes, eficiência do motor, menor gasto com manutenção e a
performance, com alcance instantâneo do torque máximo, enquanto o motor a combustão entrega o torque máximo
apenas a aproximadamente 3.000 RPM”, finaliza.

Programa Brasileiro GHG Protocol


A Casa dos Ventos, líder em energias renováveis e protagonista da transição energética brasileira, recebeu o Selo
Ouro do Programa Brasileiro GHG Protocol do ciclo de 2023 para o seu inventário de emissões de gases de efeito es-
tufa (GEE) do ano de 2022. Trata-se do reconhecimento máximo concedido às organizações que apresentam um in-
ventário completo e verificado por terceira parte acreditada. “O Selo Ouro reforça todas as boas práticas que a em-
presa adota há anos, assegurando com precisão cada fonte geradora e o baixo nível de emissões que registramos em
nossas atividades”, afirma José Borges de Carvalho, gerente de ESG da Casa dos Ventos.
A empresa foi além no inventário e desenvolveu, com uma parceira do ramo de tecnologia, uma plataforma que automa-
tiza a inserção dos dados no sistema, facilitando a composição do inventário. A inovação está no DNA da Casa dos Ventos,
que dispõe de uma série de inovações próprias para otimizar os processos. “Esse sistema garante maior transparência, segu-
rança, acuracidade e velocidade no acesso às informações e melhoria na gestão sobre nossas emissões”, disse o executivo.
A elaboração do inventário permite à Casa Dos Ventos estruturar estratégias para reduzir as emissões, buscando eficiên-
cia nos processos da empresa, eliminando ou substituindo atividades que geram emissões e compensando ações que visem
neutralizar as que não podem ser reduzidas. “Com a plataforma que entrega os dados de geração de emissão de forma au-
tomatizada, conseguimos agir mais rapidamente de forma a diminuir as emissões por cada fonte geradora”, afirma Carvalho.
A conquista do Selo faz parte de uma série de ações socioambientais realizadas pela Casa dos Ventos. A empresa
possui uma série de programas para a preservação ambiental da Caatinga e Mata Atlântica, contemplando a fauna, a

POTÊNCIA 7
HOLOFOTE

flora e a conservação dos biomas dos territórios onde a companhia atua. Também desenvolve ações sociais com foco
na capacitação profissional, valorização de culturas e desenvolvimento regional.
Criado por intermédio da parceria entre o World Resources Institute (WRI) e o World Business Council for Sustai-
nable Development (WBSCD), o Programa GHG Protocol é uma plataforma que propõe diretrizes para contabilização
de emissões de gases de efeito estufa (GEE), contribuindo para o gerenciamento das emissões.
O GHG Protocol compreende três níveis de protocolos: Bronze, Prata e Ouro. As classificações diferenciam-se entre
si de acordo com o nível de profundidade das informações apresentadas nos inventários realizados pelas empresas.
No Selo Ouro, além de o volume e o detalhamento das informações ser mais amplo, há uma verificação por terceira
parte acreditada dos dados, o que lhe confere maior precisão. O Prata é concedido para inventários completos, mas
sem a verificação e o Bronze envolve a publicação de um inventário de GEE parcial.

STANLEY promove campanha de satisfação


A fabricante de ferramentas STANLEY anuncia a realização da cam-
panha “Prove e Comprove”, que dá até 30 dias para os consumidores
comprovarem a qualidade de seus produtos, se as expectativas não forem
atendidas, eles podem realizar a troca por outro item equivalente ou pedir
a devolução do valor gasto, conforme a nota fiscal. Válida até o dia 15 de
janeiro, a iniciativa inclui todas as ferramentas elétricas e a bateria da marca.
“Essa campanha prova e comprova a confiança que temos em nossas
ferramentas. Todas elas, sem exceção, são capazes de garantir qualidade,
desempenho e segurança aos mais diversos usuários profissionais, de pe-
dreiros a mecânicos, de marceneiros a serralheiros”, afirma Joana Kfuri, ge-
rente de Marketing da STANLEY. “Não é qualquer marca que coloca em prá-
tica uma campanha de satisfação tão agressiva, envolvendo grande parte
do portfólio, por três meses e em todo o território nacional”, acrescenta.
Para realizar a troca ou pedir a devolução do dinheiro, o usuário
deve entrar em contato via telefone com a STANLEY (0800-703-4644) para localizar a assistência técnica mais pró-
xima. Depois disso, é só ir ao estabelecimento, devolver o produto - que deve estar em perfeito estado e com nota
fiscal - e solicitar a troca. Em até 15 dias, a central de atendimento da empresa irá informar todos os detalhes para a
realização do procedimento.
O regulamento completo está disponível no site da campanha.

Schmersal é a 11ª melhor empresa para


trabalhar no Brasil
A Schmersal, empresa líder mundial em sistemas de segurança para a indústria, foi eleita a 11ª melhor empresa
para trabalhar no ranking Great Place to Work® Brasil, categoria multinacionais de até mil funcionários. Desde a pri-
meira participação na pesquisa, o engajamento e o comprometimento dos colaboradores com a companhia têm cres-
cido, decorrentes das ações que visam aprimorar o ambiente de trabalho e torná-lo saudável e feliz.

POTÊNCIA 8
Ao longo dos anos, o Prof. Hilton Moreno
desenvolveu um CHECKLIST EXCLUSIVO com mais de
270 itens, que faz parte do seu curso da NBR 5410.
Uma ferramenta incrível, QUE NÃO ESTÁ À VENDA em
separado, que vai te dar agilidade na aplicação da norma.

Todo profissional que trabalha


com instalações de baixa tensão

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PROF. HILTON MORENO

Educação
HOLOFOTE

“A recorrência da nossa empresa na lista das melho-


res empresas para se trabalhar no Brasil prova que esta-
mos na direção certa no que diz respeito à criação de um
ambiente saudável para o nosso time de colaboradores.
Nós acreditamos nessa cultura que prioriza o bem-estar

Foto: Divulgação
e a saúde mental das equipes; que constrói um espaço
seguro para as pessoas; e que inspira os profissionais a
desenvolverem seus talentos plenamente. Essa presen-
ça constante no ranking GPTW, fruto de um trabalho desenvolvido ao longo de anos, também é um estímulo para
que possamos continuar a oferecer iniciativas e condições que tragam satisfação e qualidade de vida a todos”, co-
memora Rogério Baldauf, diretor-superintendente da Schmersal.
Diversidade e Inclusão
O foco da Schmersal é compreender as diferenças, incorporá-las no dia a dia da empresa e, assim, construir um
ambiente mais rico, diverso e plural, fazendo disso um constante aprendizado. Para isso, a companhia elimina as
barreiras à inclusão promovendo cursos e incluindo traduções em Libras nas comunicações e vídeos; adapta toda a
empresa para fácil acessibilidade; conta com um Comitê de Diversidade e Inclusão que integra as pessoas e promo-
ve o respeito nas relações não importando a etnia, crença, idade, gênero, limitação ou orientação sexual; e oferece
palestras, treinamentos e ações efetivas para inserir todos na mesma realidade.

ABNT instala Comissão de Estudo de


Segurança Contra Incêndio em Baterias
O Comitê Brasileiro de Segurança Contra Incêndio (CB-024) da Associação Brasileira de Normas Técnicas - ABNT,
lançou no dia 25 de outubro a ABNT/CE-024:102.009 – Comissão de Estudo de Segurança Contra Incêndio em Siste-
mas contendo Acumuladores de Energia.
O lançamento foi realizado em evento transmitido pelo Canal do YouTube do CB-024 e contou com a participa-
ção dos principais especialistas do mercado, com a coordenação do superintendente do ABNT/CB-024, Rogério Lin e
apresentação do presidente da ABNT, Mario William Esper.
“A ABNT sempre na vanguarda das inovações e novas tecnologias instaura mais uma comissão de estudos de tema
importante e atual que trata de sistemas contendo acumuladores de energia e as técnicas necessárias para segurança
contra incêndio, uma questão que vem causando grande preocupação devido ao crescente uso de baterias em equi-
pamentos estacionários ou móveis”, destacou o presidente do seu discurso.
Para Rogério Lin, os amplos usos das baterias é um grande avanço para a humanidade permitindo que sistemas
de painéis fotovoltaicos gerem energia durante o dia, acumulem o excedente e o mesmo seja disponibilizado para
uso a noite, quando os painéis solares não estão operantes. Da mesma forma, a portabilidade de energia e a mobili-
dade urbana permitem utilizar celulares, ferramentas e veículos eletrificados com mais conforto e muitas vezes com
menor impacto ao meio ambiente.
“À medida que os acumuladores de energia aumentam a sua densidade energética, surgiram novas tecnologias
como as baterias de íons de lítio, que são mais eficientes no carregamento e na durabilidade e vida útil que ofere-
cem. Ao mesmo tempo, criaram potenciais riscos que devem ser mitigados e controlados não somente na sua origem,
como também em casos onde são inevitáveis. Um dos riscos existentes é a fuga térmica, fenômeno que ocorre rara-

POTÊNCIA 10
HOLOFOTE

mente, mas que gera um risco de incêndio de grande impacto, principalmente quando localizado dentro das edifica-
ções”, ressaltou o diretor.
Diante desse cenário, o Comitê Brasileiro de Segurança Contra Incêndio (CB-024) da ABNT convoca especialistas
de múltiplos setores: veículos eletrificados (automotivo, máquinas, marítimo e aéreo), ferramentas portáteis sem fio,
eletroeletrônicos contendo bateria, recicladoras de baterias, sistemas fotovoltaicos, eólicos, outros com acumuladores
de energia, fabricantes, montadoras de baterias, Comitês Brasileiros e seus especialistas relacionados (Elétrica, Trans-
porte, Construção Civil, Automotivo, dentre outros), Associações e Entidades envolvidas e todos setores e responsáveis
técnicos por edificações residenciais, comerciais e industriais que possam contribuir com esta Comissão de Estudos.
Os interessados em participar podem entrar em contato pelo e-mail: cb-24@abnt.org.br.

Empresas de logística
reversa criam associação
Para atender à crescente demanda por inciativas públicas e privadas que garantam a destinação correta de resí-
duos, além da regulação e incentivo a esse mercado, 18 das principais empresas do setor, responsáveis pela coleta,
triagem, armazenamento e destinação ao ciclo produtivo de produtos e embalagens pós-consumo, criaram a Abelore
(Associação Brasileira de Logística Reversa).
Juntas, essas empresas já reciclaram, somente em 2022, em toneladas: 150.170 de papel, 800 de plástico, 9.319
de vidro, 2.888 de metal, 85.522 de papelão, 450 de embalagens Tetra Pak e 350 de eletrônicos.
E em sua primeira reunião anual, que aconteceu neste mês de outubro, em São Paulo, a Abelore reuniu represen-
tantes do poder público, com a participação de Aline Cardoso, secretária municipal de Desenvolvimento Econômico e
Trabalho da cidade e Mauro Haddad, gerente de Saneamento da SP Regula – órgão responsável pela regulação e pela
fiscalização dos serviços delegados do município, bem como Fabrício Soler, que é advogado especialista do setor, além
de representantes das empresas Massfix (Juliana Schunck), Grupo Boticário (Mariana Cavanha) e Cargill (Márcio Barela).
“A concretização desta associação é mais passo no sentido de evoluir no que se refere a logística reversa nesse país,
à disseminação de informações concretas para o mercado e governo quanto as melhores práticas, garantindo a evolu-
ção dos índices do setor de forma propositiva e transparente”, explica Rodrigo Oliveira, vice-presidente da associação.
Ainda no sentido de apoiar o desenvolvimento desse mercado, a entidade elaborou “Selo Abelore”, uma certifi-
cação que garante o compromisso das empresas com a
Logística Reversa. Ao receber esse selo, as empresas se
comprometem a adotar práticas sustentáveis, como o re-
aproveitamento de materiais e a destinação correta de
resíduos, contribuindo para a preservação do meio am-
biente. “Com essa certificação é possível proporcionar ao
consumidor e sociedade em geral a certeza de estar esco-
lhendo empresas comprometidas com o futuro do planeta.
Nosso objetivo é aumentar a sensibilização da população
e das empresas para o cumprimento dos acordos seto-
riais para gerar adicionalidade por meio do aumento no
volume de materiais recicláveis sendo reaproveitados”,
complementa Alexandre Furlan, presidente da Abelore.

POTÊNCIA 11
HOLOFOTE

Formação para mulheres em


situação de vulnerabilidade
A Steck, empresa líder em soluções elétricas, em par-
ceria com o Senai e a Prefeitura de Guararema, realizou
a formatura de 36 mulheres que participaram do curso
de formação básica em elétrica. O programa Energiza
Mulher teve sua primeira etapa realizada entre julho e
setembro, com o objetivo de proporcionar oportunidades
de aprendizado e desenvolvimento profissional para mu-
lheres em situação de vulnerabilidade, de todas as idades,
na área da elétrica.
O curso foi ministrado em três turmas, com uma de-
las ocorrendo na Secretaria de Emprego e Desenvolvimento Econômico e as outras duas nas instalações da Steck, lo-
calizada na Estrada Mun. Noriko Hamada, 180 - Parque Agrinco. As 36 alunas do projeto puderam conhecer de perto
como a Steck trabalha e tiveram aulas sobre temas importantes como inovação, manutenção, ética e segurança do
trabalho com a equipe Steck.
Todas as formadas receberam os certificados de formação básica em elétrica do Senai Guararema, responsável pela
metodologia e por ministrar o curso. Uma cerimônia foi realizada na fábrica da Steck para a entrega dos certificados
de conclusão do curso. Além disso, as participantes tiveram a oportunidade de fazer uma visita guiada à unidade, onde
puderam conhecer mais sobre a indústria elétrica e desfrutaram de um almoço especial.
“Essa iniciativa é muito importante para continuarmos incentivando a profissionalização e participação feminina
nesse segmento, e a parceria com o Senai e a prefeitura nos motiva a seguir focados nesse propósito, provendo edu-
cação de qualidade e treinamentos contínuos”, comenta Klecios Souza, CEO da Steck.
Nova etapa profissionalizante
No começo de outubro iniciou-se uma nova etapa do curso: a seleção de 16 alunas para uma formação profis-
sionalizante, ajudando-as a dar um passo importante em sua jornada. Ao final do curso, elas receberão o diploma de
eletricista do Senai.

BYD oferece EPC para grandes usinas


fotovoltaicas
Em linha com o objetivo de tornar o mundo mais sustentável, a BYD Energy passa a oferecer ao mercado o EPC
(engineering, procurement and construction), ou seja, o desenvolvimento do projeto de grandes usinas solares do iní-
cio ao fim. O serviço envolve estudos e dimensionamento para entender a demanda do local, todo o processo de en-
genharia executiva, planejamento e gestão das aquisições, como também todo o processo de construção e montagem
do projeto, incluindo os comissionamentos e testes necessários para conexão.
“O nosso objetivo é fortalecer o mercado de energia limpa no Brasil e atuar como uma aliada neste contexto com
nossa expertise na criação de soluções sustentáveis e serviços qualificados, baseados em um alto conhecimento téc-
nico. A sustentabilidade é o foco da BYD, tanto com a produção de carros elétricos quanto com soluções de energia

POTÊNCIA 12
HOLOFOTE

solar, protagonistas na oferta de ‘combustível limpo’ para as soluções de eletromobilidade BYD”, afirma Sócrates
Rodrigues, diretor de projetos da BYD Energy, que explica que o EPC da companhia atende também demandas de
clientes de pequeno porte.
Com solução “energy as a service”, a companhia age desde a identificação da demanda de energia do cliente até
a manutenção da usina durante todo o período da garantia técnica, que pode durar de 6 a 12 meses. Na fase inicial,
a equipe de engenharia, com expertise em desenvolvimento de projetos, fornece todas as soluções personalizadas,
estudos e dimensionamentos, respeitando todas as normativas, além da utilização de softwares e ferramentas ade-
quadas e elaboração de memoriais e quantitativos, garantindo precisão executiva e controle de custos, além do su-
porte dos consultores e de um time de P&D da própria BYD.
Já na etapa de planejamento de compras e aquisições, entra em cena a equipe especializada em cadeia de supri-
mentos, que ativa o sistema de qualificação de fornecedores, o acesso a especialistas em importação e nacionalização,
o setor de logística e suprimentos dedicado ao projeto e ainda o tempo reduzido de operação e resolução de problemas.
Feito todo esse processo, a construção é realizada por parceiros qualificados em execução de obras e com a ex-
pertise comprovada em todas as disciplinas (elétrica, civil e mecânica), seguida do gerenciamento de obras, com o
monitoramento e controle através de indicadores de desempenho, a gestão de fornecimento e execução de subcon-
tratados, a gestão da qualidade e de riscos, a fiscalização de obra e ainda o setor jurídico dedicado ao acompanha-
mento de todo o ciclo do projeto.
“O EPC é mais uma solução que vem para agregar no leque de produtos e serviços da companhia que contribui
100% com a sustentabilidade do país. Agora com a oferta, a BYD agrega ainda mais ao crescimento do setor, em li-
nha com seu compromisso de redução da temperatura global em até 1ºC”, conclui Rodrigues.

Assistência inédita para os mercados de


energia solar e empresarial
A fim de reforçar sua atuação no mercado de seguros para o setor de energia renovável, a Tokio Marine anuncia o
lançamento de uma assistência inédita e exclusiva no mercado brasileiro. Comprometida com a causa ESG, a Segura-
dora vai disponibilizar limpeza de placas solares e descarte ecológico. Os serviços serão oferecidos de forma gratuita
para os produtos RD Placa Solar e Empresarial.
Ao fazer a contratação, o Cliente da Tokio Marine terá à disposição: SIDNEY CEZARINO
limpeza de placas solares; identificação de falhas (pontos quentes e pai-
néis danificados); identificação de micro rachaduras, trincas ou danos na
superfície; descarte ecológico (entulhos, restos de obras, mobiliários, ele-
trodomésticos, caixa de documentos, uniformes) e consultoria ambiental.
“Este lançamento, além de mostrar o quanto estamos atentos ao po-
tencial de negócios do mercado de energia renovável, responde a pontos
relevantes que estão em debate, como o problema ambiental causado pelo
descarte das placas solares. Este é um ponto importante, uma vez que os
equipamentos – ou parte deles – que não serão mais usados precisam
ser destinados de forma ecológica. Nosso serviço resolve esta questão ao
fazer a logística reversa das placas solares”, ressalta o diretor de Seguros
Foto: Divulgação

Patrimoniais, Sidney Cezarino.

POTÊNCIA 13
HOLOFOTE

Por conta disso, a assistência de placas solares e descarte ecológico tem a chancela Tokio ESG, pilar que englo-
ba as iniciativas sociais, ambientais e de governança da Companhia, com foco em práticas empresariais sustentáveis.
O novo serviço é lançado em momento de forte expansão do uso da matriz solar como fonte de produção de ener-
gia elétrica. De acordo com a Associação Brasileira de Energia Solar Fotovoltaica (Absolar), esta já é a segunda fon-
te energética do Brasil, respondendo por cerca de 15% da geração - 33,5 gigawatts de potência instalada, somando
usinas de grande porte e sistemas de geração própria em telhados, fachadas e pequenos terrenos. A entidade projeta
que, até 2050, deve se tornar a principal fonte de energia do País.

Ourolux dobra faturamento na linha de LEDs


Com o desafio de elevar a exposição e vendas da nova linha Controled no mercado em geral e varejo, a Ourolux
contou com a TechD, agência especializada em marketing digital.
A campanha possibilitou resultados importantes para marca, que saiu de 10 mil peças vendidas mês para 20 mil em
apenas 120 dias e aumentou em 42% o volume de vendas. A alta nas vendas se tornou um chamariz para os PDVs e criou
um forte vínculo dos distribuidores com a empresa, com redução de 36% na barreira de entrada dos Pontos de Vendas.
A TechD fez a implementação de campanhas no digital para a popularização do produto com o objetivo de ge-
rar demandas nos pontos de vendas e distribuidores. Em paralelo, foi realizado um trabalho com revendedores e dis-
tribuidores que consistiu em compartilhar as ações de popularização e incitar a adesão à Campanha de Parceiros.
Com o Programa, direcionando parte dos esforços no digital para levar os consumidores para a loja dos revende-
dores, os resultados apareceram em um curto espaço de tempo.
Além do aumento das vendas, foram abertos novos PDVs e aumento significativo de recompra. Com material de
apoio em mãos, o time de Representantes conseguiu reativar clientes que estavam há anos em negociação.
Para William Alves, Especialista em Growth e CEO da Agência TechD, os resultados positivos com a Ourolux são
frutos de um planejamento bem desenvolvido. “O trabalho conjunto de popularizar o produto para o consumidor fi-
nal, aliado à estratégia de apresentação dos resultados e campanha de divulgação de parceiros, foi decisivo para ge-
rar esse crescimento já nos primeiros meses. A empresa entendeu a importância do digital e aplicou o recurso para
gerar demandas em outras frentes e para outros produtos, como a Linha Solar”, afirma Alves.
A procura pela linha Controled foi tamanha, que além de fazer girar o estoque dos distribuidores, estimulou a re-
compra em 72% por grande parte dos clientes da Ourolux.
Por meio dos retornos gerados, a TechD conseguiu expandir o portfólio de atendimento com a Ourolux. O contra-
to foi renovado com expansão do escopo para outros produtos da marca.

Iluminação eficiente
Galpões logísticos, lojas de supermercados, aeroportos, portos, indústrias agropecuárias. Todos têm em co-
mum a necessidade de muito espaço. E para que esses espaços sejam eficientes, é fundamental uma iluminação
adequada, bem planejada e específica. “A iluminação de espaços amplos depende de um projeto que garanta
luz suficiente para toda a área, além de economia e segurança para o constante trânsito de pessoas, caixas,
máquinas e manipulação de objetos”, explica Roberto Payaro, CEO da Novvalight, fabricante brasileira de lu-
minárias industriais.

POTÊNCIA 14
HOLOFOTE

O executivo ressalta que o primeiro passo do projeto é a análise de pontos relevantes, como metragem total, neces-
sidades do espaço, pontos de maior e menor movimentação, quantidade de funcionários e funções realizadas no local.
“O cálculo de payback – tempo necessário para que um investimento seja pago – também deve ser levado em conta”.
Payaro avalia que o investimento em projetores LED é o mais inteligente. “Hoje temos à disposição opções de
projetores, refletores e high bay’s, que podem ser utilizados em diversas situações, como em ambientes agressivos,
que necessitam de luminárias capazes de sobreviver sob condições críticas, como trepidações, elevadas ou baixas
umidade do ar e poeira; áreas internas e externas, docas ou estacionamentos. Além disso, a tecnologia LED garante
aplicações sustentáveis por meio de soluções inovadoras que reforçam a durabilidade e o desempenho e reduzem,
significativamente, os gastos e problemas de manutenção”.

Incentivos a carros elétricos podem


parar na Justiça, diz advogado
O Brasil enfrenta debates sobre a tributação de carros elétricos importados e das recargas. A indústria automobi-
lística nacional propõe medidas que podem frear a adoção de veículos mais limpos. Sob o aspecto legal, o tratamen-
to tributário do carro elétrico é objeto de controvérsias.
A insegurança é ainda maior quando se trata de recargas comerciais. Os preços podem compreender uma tarifa
básica, em troca de um carregamento somado a um valor variável por volume medido em Kwh, ou por tempo utili-
zado. E a confusão não para por aí. Neste cenário, paira a insegurança jurídica em relação à incidência do ICMS e do
ISS nas recargas dos carros elétricos, considerando a caracterização tributária da energia elétrica.
Caso a atividade de recarga seja um serviço, onde a energia elétrica seja um insumo, teríamos o ISS (municipal).
Agora, se a recarga for definida como uma forma de venda de energia elétrica, teríamos o ICMS (estadual).
É possível melhorar essa questão jurídica envolvendo os veículos elétricos? Para Eduardo Natal, sócio do escritório
Natal & Manssur, mestre em Direito Tributário pela PUC/SP, a tendência é que a reforma tributária ajude nesse sentido.
“Com a aprovação da reforma tributária, teremos a unificação dessa incidência sobre os serviços (tributáveis pelo
ISS) e a energia elétrica (tributada pelo ICMS)”, pontua o tributarista.
Segundo ele, os novos impostos IBS (Estadual e Municipal), que vão
substituir o ICMS e o ISS, e CBS (Federal), que entrará no lugar de IPI, PIS EDUARDO NATAL
e Cofins, passarão a ter a mesma base de incidência e possivelmente as
mesmas alíquotas no caso do ISS e do ICMS (este variando de 17% a 21%).
“Essa realidade só passará a se consolidar gradualmente, entre 2026 e
2033, período de transição para o novo sistema tributário”, explica Natal.
Eduardo Natal, que também é membro da Academia Brasileira de Di-
reito Tributário (ABDT), pondera que essa confusão tributária pode atrasar
o desenvolvimento da indústria do veículo elétrico no Brasil.
“Se considerarmos o planejamento de curto e médio prazo das em-
presas que pretendem desenvolver ou ampliar o fornecimento de energia
para os veículos eletrificados, a questão tributária pode acarretar atrasos,
Foto: Divulgação

notadamente pela incerteza quanto ao montante a ser tributado e quanto


isso impactaria no custo da operação”, analisa o especialista.

POTÊNCIA 15
HOLOFOTE

Uma questão que vem ganhando relevância é a disputa que pode acontecer nos tribunais em razão de incentivos
fiscais a veículos elétricos por setores que se sintam, de alguma forma, prejudicados.
“O Brasil desenvolveu, infelizmente, uma cultura contenciosa. E esse deve ser um ponto que poderá chegar aos
tribunais, implicando em mais um custo para as empresas que pretendem desenvolver operações nesse setor [elé-
trico para automóveis]”, opina Natal.

Schneider Electric lança solução com IA


conversacional
A Schneider Electric, líder na transformação digital de ge-
renciamento de energia, automação e sustentabilidade, anuncia
o novo EcoStruxure Resource Advisor Copilot, uma ferramenta de
Inteligência Artificial (IA) conversacional projetada para ajudar os
líderes empresariais a interagir com os dados de energia e sus-
tentabilidade de suas empresas em uma velocidade ainda maior.

Foto: Divulgação
Usando a tecnologia Large Language Model, a Schnei-
der Electric criou o Copilot com segurança como um com-
panheiro digital conveniente incorporado ao Resource Ad-
visor. O Copilot equipará áreas de energia e sustentabilidade com análise de dados, visualização, suporte na tomada
de decisões e otimização de desempenho, além da capacidade de processar perfeitamente o conhecimento complexo
dos setores e as informações do sistema Resource Advisor. Uma versão beta privada será lançada em novembro,
e a disponibilidade geral da solução ocorrerá no final de 2023/início de 2024.
A convergência da era digital e da economia de impacto está criando um novo conjunto de desafios para as or-
ganizações, tornando soluções digitais mais importantes no processo de gerenciamento de impactos ambientais e
sociais. Ao usar o novo Copilot, os usuários do Resource Advisor poderão recuperar dados, gerar recursos visuais e
obter insights valiosos sem esforço. Essa abordagem simplificada reduz a necessidade de navegação manual e análi-
se de dados, permitindo que os usuários se concentrem em decisões estratégicas.
“Construir um futuro sustentável e digital consiste em desenvolver ferramentas inovadoras e responsáveis para
enfrentar os desafios atuais de descarbonização em constante evolução. Isso significa dar vida à ‘inteligência cola-
borativa’ para as maiores empresas do mundo, combinando tecnologia de ponta com conhecimento humano para
oferecer resultados mensuráveis”, disse Steve Wilhite, presidente da Schneider Electric Sustainability Business. “O Re-
source Advisor Copilot permitirá que nossos clientes trabalhem de forma mais rápida, responsável e confiante à me-
dida que lidam com iniciativas de gerenciamento de recursos para seus negócios, apoiados pela experiência de nossa
equipe líder global de consultores.”
A nova ferramenta é o mais recente aprimoramento habilitado por IA que a divisão Sustainability Business da
Schneider Electric fez nos últimos anos. Outros incluem otimização de risco, serviços de validação de faturas e no-
tificações de alerta de pico. Além disso, todas as soluções de software do portfólio Sustainability Business, que in-
clui Zeigo Network, Zeigo Activate e Zeigo Power, são apoiadas por ciência de dados, aprendizagem automá-
tica e automação de IA.
Amy Cravens, gerente de pesquisa da International Data Corporation, comentou que, “O lançamento do Resource
Advisor Copilot representa uma nova onda de liderança digital da Schneider Electric”. Em sua análise do aprimora-
mento, ela acrescentou, “A capacidade exclusiva de interagir com dados globais e agilizar os insights em tempo real

POTÊNCIA 16
HOLOFOTE

levará seus clientes mais longe e mais rápido. Com um forte histórico de integração de IA em seus produtos e servi-
ços, o Resource Advisor Copilot está preparado para um impacto responsável e escalável nas estratégias de susten-
tabilidade corporativa.”
O Resource Advisor ajuda os clientes a observar e orientar todos os aspectos de sua jornada de gerenciamento de
recursos por meio de uma lente de IA elevada, incluindo emissões, gerenciamento de energia, redução do consumo
de recursos, relatórios ESG e contabilidade de carbono.

Sil fecha parceria inédita


com o Grupo Carrefour
A Sil Fios e Cabos Elétricos comercializará cabos flexíveis, indicados para instalações elétricas residenciais e co-
merciais, nos supermercados do Grupo Carrefour. Uma proposta de praticidade aos clientes interessados em realizar
pequenos reparos.
Os consumidores e profissionais encontrarão o Pocket Pack Sil com Cabos Flexsil 750 V (de 2,5mm² ou de 4mm²),
em rolos de 15 metros, nas cores preto, azul e verde, nas gôndolas do Departamento de Casa, Construção e Ferra-
mentas. Inicialmente, a distribuição acontecerá em, aproximadamente, 100 lojas Carrefour da capital do estado de
São Paulo e região metropolitana.
“Estamos extremamente felizes em anunciar esta parceria. A iniciativa comprova a relevância dos produtos Sil no mer-
cado brasileiro. Ao lado da credibilidade e do compromisso do Grupo Carrefour, a Sil Fios e Cabos Elétricos ingressa com
grandes expectativas no mercado de bens de consumo”, comenta Pedro Morelli, gerente Comercial e Marketing da Sil.
Na versão “mini” dos rolos, o Pocket Pack Sil possui um acondicionamento mais prático e de fácil manuseio aos
revendedores e consumidores que buscam um produto destinado a pequenas reformas elétricas e reparos.
A linha de cabos FlexSil 750 V é recomendada para instalações internas e fixas em circuitos de força, luz, coman-
dos, sinalizações etc., em construções residenciais, comerciais e industriais. Por se tratar de um produto com excelen-
te flexibilidade, possui maior facilidade de instalação e manuseio. Sua isolação não propaga chamas, além de possuir
uma dupla camada isolante extra deslizante facilitando a aplicação do produto em eletrodutos.

Parceria para a construção


de edifício sustentável
A Schneider Electric, líder na transformação digital de gerenciamento de energia e sustentabilidade, firmou par-
ceria com a Faculdade Israelita de Ciências da Saúde Albert Einstein para auxiliar na construção de um centro de
pesquisa universitário mais sustentável e tecnológico.
O edifício foi projetado para ser um marco arquitetônico em São Paulo, com a prerrogativa de ser sustentável com
selo Leadership in Energy and Environmental Design (LEED), além disso, para ter laboratórios de pesquisas de alto
padrão, assim como salas de aula que se igualam a um hospital e treinamentos de operações cirúrgicas com robôs
de altíssima sensibilidade.
O Hospital Albert Einstein já conta com os serviços de elétrica e automação da Schneider Electric, além de um
gerente de contas e um arquiteto de soluções da companhia dedicados aos desafios. “A grande novidade dessa par-

POTÊNCIA 17
HOLOFOTE

ceria é que, pela primeira vez, fomos convidados a participar do projeto desde o princípio, apoiando em vários temas
relevantes, como na busca por um edifício realmente sustentável, resiliente, eficiente do ponto de vista da operação,
confortável para os alunos e capaz de atrair os talentos globais de pesquisa”, destaca Patrícia Lombardi, líder do
Segmento Edificações para a América do Sul da Schneider Electric.
“O nosso objetivo é entregar, à cidade de São Paulo, um centro de excelência em estudos e pesquisas na área da
educação altamente tecnológico para propiciar, a alunos e pesquisadores, um ambiente limpo, seguro e com uma in-
fraestrutura robusta”, ressalta Regis Gund, especialista em Projetos de Infraestrutura do Albert Einstein.
Para isso, a Schneider Electric elaborou um projeto com tecnologias utilizadas em hospitais mundiais, que irá uti-
lizar Machine Learning e Inteligência Artificial aplicadas nas áreas de sustentabilidade, eficiência energética, detec-
ção de distúrbios elétricos e melhorias no conforto dos ocupantes.
A implementação conterá: salas de aula automatizadas, permitindo que professores possam controlar a ilumina-
ção, temperatura, cortinas, som e imagens; monitoramento da qualidade de energia para salvaguardar delicados ro-
bôs cirúrgicos de alta precisão; e controle do uso de água e eletricidade.

ABB Eletrificação inspira


futuros líderes por um dia
A ABB Eletrificação em parceria com Odgers Berndtson, Empresa
de Consultoria em Estratégias Organizacionais, participou do Projeto
CEO por um Dia. O objetivo da iniciativa é oferecer a um universitário
a chance de acompanhar por um dia a rotina de liderança de grandes
empresas. A estudante Isabella Prudente, 23 anos, teve a oportunidade
de visitar a ABB e vivenciar a rotina de Marcelo Vilela, vice-presidente
Comercial de Eletrificação.
Marcelo Vilela, vice-presidente Comercial de Eletrificação, ressaltou
a importância de iniciativas como essa na promoção da inspiração e

Foto: Divulgação
transformação da sociedade. “Esse programa encapsula os valores principais da ABB, que são cuidado, curiosidade,
coragem e colaboração. Temos uma firme crença de que a juventude de hoje moldará o futuro de amanhã”, explicou
Vilela. “Portanto, foi uma verdadeira honra participar desse projeto e atuar como fonte de inspiração e guia por um
dia. Durante esse período, desfrutamos de conversas profundas e enriquecedoras que serviram para expandir hori-
zontes e, sem dúvidas, contribuíram para o crescimento profissional de Isabella.”
Isabella Prudente, uma estudante de 23 anos cursando Engenharia Química na Universidade Federal do Triângulo
em MG, e atualmente estagiária de logística em uma grande empresa do ramo, teve a honra de ser selecionada para
participar deste projeto especial. Logo no início do dia, ela foi calorosamente recepcionada por Marcelo com um café
da manhã, onde tiveram a oportunidade de se conhecer melhor. Durante o decorrer do dia, Isabella teve a chance de
explorar a sede do SP Connect, acompanhar os colaboradores da Eletrificação e participar de reuniões estratégicas e
práticas relacionadas aos negócios dessa área. Além disso, encerrou o dia de maneira descontraída, desfrutando de
uma partida de beach tênis com os demais participantes.
“Minhas expectativas foram completamente superadas, foi uma experiência muito construtiva. Ver na práti-
ca as responsabilidades do Marcelo, sua acessibilidade para com a equipe e sua participação ativa no dia a dia
das pessoas me surpreendeu. Muitas vezes imaginamos que um CEO seja uma figura inacessível devido às suas
enormes responsabilidades, mas com o Marcelo foi diferente”, comentou Isabella. “A sinergia da equipe e a for-

POTÊNCIA 18
HOLOFOTE

ma como as pessoas me acolheram foram fundamentais para o sucesso deste dia. Senti-me muito bem recebida e
adoraria ter a oportunidade de estender essa experiência e passar mais dias com a equipe de Eletrificação da ABB.
Levo daqui valiosas experiências e percepções que certamente contribuirão para o meu desenvolvimento profis-
sional e carreira”, concluiu Isabella.
Os universitários interessados no programa passaram por um processo seletivo em que compartilharam detalhes
sobre trajetórias acadêmicas, realizações na universidade e participação em atividades sociais. O programa atraiu a
inscrição de 800 estudantes, após um processo seletivo interno da Odgers Berndtson. Mais de 23 estudantes foram
selecionados para participar do projeto, entre eles Isabella.

NHS completa 35 anos


A NHS teve sua origem em uma situação inesperada, quando a Autoescola Silva teve problemas para agendar
aulas devido à falta de energia. O caso foi visto como uma oportunidade, então, em 1986, surgia a ideia de desen-
volver nobreaks de qualidade e com custo mais acessível.
Inicialmente, a produção dos nobreaks era feita em uma pequena sala onde eram fabricadas poucas unidades.
Porém, a ambição era maior. Em 1988, a NHS foi oficialmente fundada pelo engenheiro elétrico Naldir Cardoso e ou-
tros dois sócios. Um deles faleceu em 1991 e o outro vendeu sua parte em 1993. Cardoso já possuía uma vasta ex-
periência na área de telecomunicações e eletrônica.
Os primeiros anos foram marcados por desafios, como a procura por clientes e a ampliação da linha de produtos
e fornecedores.
Naquela época, o mercado de nobreaks era relativamente novo no Brasil, o que demandava um esforço adicional
para se consolidar. Além disso, o acesso a capital era escasso e, por isso, o lucro era reinvestido no crescimento da
empresa. O diferencial da NHS estava no atendimento ao cliente, que era feito de forma experiente e personalizada.
A qualidade dos nobreaks chamou a atenção de outros mercados, como o Paraguai, onde a rede elétrica era frá-
gil e a demanda por esses equipamentos era alta. Assim, a NHS expandiu suas vendas, alcançando Paraná, Santa
Catarina e Rio Grande do Sul.
As primeiras expansões da empresa foram impulsionadas por indicações de clientes satisfeitos com a qualidade
dos produtos. Iniciando com uma pequena sala de 30m² e apenas quatro funcionários, a NHS cresceu continuamen-
te. A necessidade de espaço se tornou evidente, levando a empresa a se mudar para uma sala de 100m², onde per-
maneceu por 2 anos.
Com o crescimento do negócio, a NHS mudou nova-
mente, agora para um espaço de 200m², localizado em
um sobrado. Em pouco tempo, foi necessário ocupar o se-
gundo andar do empreendimento, com mais 200m². Com
cerca de 30 colaboradores, a empresa continuou a ex-
pandir suas operações até 2000. Essa década foi crucial
para a indústria da informática no Brasil e, consequen-
temente, para a NHS, que se beneficiou desse avanço.
A partir de 1995, a empresa começou a realizar suas
próprias importações diretas, o que permitiu um acesso
Foto: Divulgação

mais fácil aos componentes eletrônicos. Anteriormente,


todas as transações eram feitas à vista, devido à falta de

POTÊNCIA 19
HOLOFOTE

crédito no mercado internacional. Porém, com a abertura gradual do Brasil para o comércio global, obteve-se acesso
a componentes atualizados com tecnologia de padrão mundial.
Um fato marcante é que muitas das pessoas que iniciaram suas carreiras na NHS permanecem na empresa até
hoje, tendo contribuído significativamente para sua construção. Um exemplo é Clairton Joacir Cardoso, que entrou
na empresa em 1989 aos 17 anos de idade e, hoje, é sócio e CEO.
Durante os primeiros 10 anos, a NHS enfrentou dificuldades devido à falta de capital, o que limitava algumas pos-
sibilidades de investimento. No entanto, a empresa sempre manteve uma postura ética e correta, honrando suas dívi-
das mesmo em momentos desafiadores, como o Plano Collor, quando o dinheiro em circulação foi confiscado. Essas
atitudes, aliadas à busca constante por qualidade e compromisso com o cliente, permitiram o crescimento da NHS.
Atualmente, a empresa conta com 270 colaboradores, uma área construída de 9 mil m² e cerca de 5.000 clientes
ativos. “Nosso foco está em atender os clientes com excelência, entregando produtos de qualidade e cuidando dos
nossos colaboradores”, conta Cardoso.
Para o futuro, a NHS tem como objetivo caminhar junto com o mercado e investir em energia renovável. A empre-
sa desenvolveu uma nova linha de inversores, com função de nobreak, e tem no Quad uma de suas principais apos-
tas. No entanto, enfrenta o desafio de quebrar o paradigma de que a energia solar é autônoma, conscientizando as
pessoas sobre a importância de um sistema de energia confiável e com armazenamento de energia solar.
A NHS sempre se mantém atualizada em relação às tendências do mercado interno e externo, buscando desen-
volver seus negócios com base nas mudanças e cenários futuros. Além disso, a empresa mantém um compromisso
com a sustentabilidade e permanece fiel aos seus princípios desde o início.
Em 2017, a NHS deu mais um passo ao ingressar no segmento de energia solar, ampliando ainda mais o seu cam-
po de atuação. Com sua história de sucesso e compromisso com a qualidade, a NHS continua a se destacar como
uma referência no mercado de nobreaks e energias renováveis.

Elgin espera crescer 50%


no segmento de Pilhas
A Elgin, empresa que atua nos setores de bens de consumo, ar-condicionado e
eletrodomésticos, energia solar, refrigeração comercial e automação comercial, apos-
ta no seu portfólio de pilhas e espera crescer 50% nessa linha de produtos em 2023.
A companhia com mais de 70 anos de mercado é 100% brasileira, e espera
expandir a sua atuação no segmento e um dos reflexos disso são os selos Melhor
do Teste e Escolha Certa da Proteste das pilhas alcalinas AAA da companhia. Com
Foto: Divulgação

um portfólio diversificado e mais de 12 mil produtos, a companhia é reconhecida


por sua qualidade, credibilidade e inovações constantes.
De acordo a Associação Brasileira da Indústria Elétrica e Eletrônica (ABINEE),
cada brasileiro consome, em média, cinco pilhas por ano, o que mostra que esse
produto continua presente em muitos lares do país. “Estamos cercados por objetos tecnológicos que precisam de uma
forma ou outra de energia para funcionar: brinquedos, relógios, balanças, controles remotos e esses são só alguns
exemplos. O consumidor que escolher por nossas pilhas alcalinas AAA, por exemplo, pode economizar até R$ 6,07
na embalagem com quatro unidades (comparação entre os preços mínimos), a diferença de preço chega a 77,5%”,
destaca a diretora Comercial da linha de bens de consumo da Elgin, Patrícia Lima.

POTÊNCIA 20
19ª-
EDIÇÃO DE ENERGIA ELÉTRICA E TELECOM
EXPO &
FÓRUM
A integração das Redes Subterrâneas com as energias
renováveis, cidades inteligentes e condomínios privados

Centro de Convenções Frei Caneca - São Paulo (SP)


Dia 07 de Fórum: 8h00 às 18h30
Outubro Exposição: 11h00 às 19h00
Dia 08 de Fórum: 8h00 às 17h00
Outubro Exposição: 11h00 às 17h00

Realização e Promoção

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Revista

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HOLOFOTE

1 ano de parceria com a Sega e Sonic como mascote


Em 2022, a Elgin firmou o licenciamento com a Sega of America para utilizar o personagem Sonic como seu mas-
cote para pilhas e baterias. “O Sonic é conhecido por todas as faixas etárias, tanto no público gamer atual, quanto os
adultos que sentem nostalgia pelo personagem. Acreditamos nessa parceria porque a força e a velocidade do Sonic
remetem à energia das nossas pilhas e baterias”, finaliza a diretora.

Medidores inteligentes
A Enel Brasil, por meio da Enel Distribuição São Paulo, con-
cessionária de energia elétrica que atua em 24 municípios da
região metropolitana de São Paulo, ultrapassou a marca de 500
mil medidores inteligentes (smart meter) instalados em bairros
da capital paulista, mantendo em operação um dos maiores
parques com esta tecnologia no País.
A empresa investiu, até o momento, aproximadamente R$
470 milhões na iniciativa, dos quais cerca de R$ 145 milhões pro-
venientes do Programa de Pesquisa e Desenvolvimento da Agên-
cia Nacional de Energia Elétrica (ANEEL). A iniciativa de aplicar
a tecnologia de medição inteligente na Enel São Paulo começou

Foto: Divulgação
no início de 2021, com a instalação de 300 mil medidores nos bairros de Perus, Pirituba, Freguesia do Ó e Brasilândia.
“Esta tecnologia é a porta de entrada dos consumidores na nova era da energia. A transição energética passa
pela digitalização das redes, especialmente nos grandes centros urbanos. Unimos a expertise global da Enel neste
tipo de tecnologia à fabricação local dos equipamentos, com o apoio de parceiros, para antecipar aos nossos clientes
os benefícios que esta inovação é capaz de proporcionar”, afirma Nicola Cotugno, Country Manager da Enel no Bra-
sil. “Temos hoje mais de 500 mil clientes usufruindo da comodidade e da transparência de acompanhar diariamente
seu consumo de energia e do acesso a um atendimento mais rápido, graças à nossa capacidade de gestão remota e
em tempo real. Queremos seguir construindo as redes elétricas do futuro no Brasil”.
Benefícios diretos para o consumidor
O novo medidor chega à casa dos clientes trazendo muitos benefícios. Entre eles, o acompanhamento em tem-
po real do consumo de energia de sua casa ou negócio, com acesso instantâneo à fatura digital via aplicativo, o que
torna o uso da energia mais consciente, permitindo que as pessoas ajustem seus comportamentos de consumo de
acordo com metas mensais de gasto ou consciência ambiental, por exemplo. Em casos de eventuais interrupções no
fornecimento de energia, a nova tecnologia permite um atendimento mais rápido, devido à possibilidade de verifica-
ção remota das ocorrências pelas equipes técnicas, diretamente do centro de operações da distribuidora, sem que o
consumidor precise entrar em contato com a empresa. O cliente também tem acesso mais ágil à serviços como reli-
gação e solicitação de corte do fornecimento de energia.
A tecnologia de medição inteligente também impacta positivamente na operação da distribuidora, o que se refle-
te em mais eficiência no serviço prestado e em ganhos para o meio ambiente. Para se ter uma ideia, a estimativa da
Enel é evitar a emissão de 20 milhões de toneladas de CO2 na atmosfera até 2030, graças a serviços remotos, como
a leitura de consumo, que irão substituir deslocamentos de equipes.
A Enel atua no mercado de medição inteligente há 22 anos e tem ampla experiência na instalação e opera-
ção desses aparelhos no mundo. Ao todo, a empresa já instalou a tecnologia para mais de 46 milhões de usuários

POTÊNCIA 22
HOLOFOTE

globalmente, com qualidade testada e assegurada. Na Itália, a empresa adotou, já em 2006, o maior sistema de
medição inteligente do mundo.
Fabricação nacional e geração de empregos
Os medidores contam com tecnologia desenvolvida pela Enel, certificação do Inmetro e fabricação nacional. O pro-
jeto de fabricação local dos medidores inteligentes é desenvolvido pela Gridspertise, uma empresa com participação
do Grupo Enel, que oferece soluções de redes inteligentes para operadores de sistemas de distribuição em diversos
países. Atualmente, a fabricação e instalação dos equipamentos para atender ao projeto da Enel São Paulo estão ge-
rando cerca de 750 empregos diretos.
Em parceria com o SENAI (Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial), a Enel Distribuição São Paulo criou um
curso gratuito para formar novos eletricistas e atender as novas necessidades do mercado brasileiro. As turmas são
formadas por moradores da grande São Paulo atendidos por uma das iniciativas de sustentabilidade da companhia, o
Enel Compartilha Oportunidade, e pelo próprio SENAI. Ao todo, já foram formados 340 profissionais.

Impostos sobre painéis solares


A Associação Brasileira de Energia Solar Fotovoltaica (ABSOLAR) protocolou dois pleitos de desabastecimento
junto ao Governo Federal e ao Mercosul, via a Câmara de Comércio Exterior (CAMEX), com o intuito de proteger o
setor fotovoltaico brasileiro contra riscos de aumento de impostos sobre módulos fotovoltaicos importados, com a
ameaça da derrubada de ex-tarifários vigentes e em uso no mercado.
Os dois pleitos contemplam a solicitação de isenção de imposto de importação para módulos fotovoltaicos bifa-
ciais e para módulos fotovoltaicos monofaciais. Na visão da entidade, uma alteração no mecanismo atual de ex-ta-
rifários levaria a potenciais quedas de investimentos no setor, tanto já previstos quanto futuros, com fuga de capital,
cancelamento de projetos já contratados e em execução e a consequente perda de empregos e renda para os tra-
balhadores do setor, além de um aumento no preço da energia solar para os consumidores e a população brasileira.
A associação mapeou pelo menos 281 projetos fotovoltaicos em risco, somando mais de 25 gigawatts (GW) e R$
97 bilhões de investimentos, caso os ex-tarifários sejam revogados. A proposta encaminhada solicita alíquota de 0%
para aquisição de 11.428.571 unidades de módulos solares monofaciais, equivalentes a 6,4 GW de potência instalada,
em média, e 16.000.000 de unidades de módulos solaras bifaciais, equivalentes a 9,6 GW de potência instalada média.
Recentemente, a ABSOLAR esteve reunida com o vice-presidente e ministro do Desenvolvimento, Indústria, Co-
mércio e Serviços (MDIC), Geraldo Alckmin, e sua equipe, alertando para os riscos de perda de investimentos e em-
pregos verdes se os ex-tarifários em uso pelo setor forem revogados de imediato.
“Para superar este desafio e eliminar estes riscos, a ABSOLAR propõe a estruturação de um plano bem delineado
e efetivo para módulos fotovoltaicos, considerando um período de transição mínimo de 24 meses para os ex-tarifários
efetivamente em uso pelo setor, mapeados pela entidade com o apoio de nossos associados. O objetivo é evitar a in-
viabilização de projetos já em andamento no País, assegurando a manutenção da segurança jurídica, previsibilidade
e estabilidade tributária ao setor”, explica Rodrigo Sauaia, presidente-executivo da ABSOLAR.
“A reunião com Geraldo Alckmin e equipe do MDIC foi positiva e há um compromisso das autoridades de avaliar
em detalhe as propostas trazidas pela associação, para encontrar uma solução adequada para o setor solar e a so-
ciedade brasileira”, acrescenta.
Agora, a ABSOLAR irá monitorar e atuar na tramitação destes dois pleitos, realizando reuniões com os represen-
tantes do Governo Federal e do Mercosul e articulando para que estejam sensibilizados para a relevância e urgência
dos pedidos.

POTÊNCIA 23
HOLOFOTE

“A continuidade da evolução do mercado de energia solar, segunda maior fonte no País e que responde por mais
de 1 milhão de empregos gerados na última década e cerca de R$ 163 bilhões de investimentos acumulados no Bra-
sil, não deve ser ameaçada, especialmente quando o Governo Federal estabelece agendas de desenvolvimento da
economia verde, transformação ecológica e transição energética como bandeiras estratégicas do Brasil, nos âmbitos
nacional e internacional”, afirma Sauaia.
“O Brasil é um potencial internacional na geração de energia limpa e o crescente setor de energia fotovoltaica é
ator-chave nesse processo sustentável e que coloca o país como referência global. Não onerar módulos fotovoltaicos
neste momento significa dar competitividade ao setor e ampliar a produção limpa de energia”, conclui Welber Barral,
sócio-fundador da BMJ Consultores Associados.

COBRECOM renova contrato com a


plataforma Parceiro da Construção
A COBRECOM, fabricante de fios e cabos elétricos de baixa tensão, anuncia a renovação de contrato com a cons-
trutech Parceiro da Construção.
O novo acordo é válido até o final de 2024 e no período a empresa fornecerá diversos cursos, lives, webinars e
outros conteúdos técnicos (podcasts, textos em blogs e vídeos nas redes sociais) sobre condutores elétricos que serão
publicados nas redes sociais e na plataforma, que está disponível na versão de aplicativo (Android e iOS) e web, po-
dendo ser acessado pelo site https://parceirodaconstrucao.com.br.
Os cursos são on-line e 100% gratuitos, podem ser assistidos de qualquer lugar e terão certificados. Para partici-
par os profissionais precisam apenas acessar a plataforma e fazer o cadastro.
Durante 2023, a COBRECOM lançou dois cursos na plataforma Parceiro da Construção. Ambos tiveram conteúdo
elaborado pelos instrutores técnicos da companhia, Paulo Sandrini Pozetti e Daniel Felipe. Cada curso possui nove au-
las, exame e certificação, e contam com balanço bastante positivo.
O primeiro, apresentado em abril, teve como tema “Condutores elétricos: o que é preciso saber na hora de instalar”;
enquanto o segundo que foi lançado em julho teve como assunto “Condutores Elétricos: Aplicação dos Fios e Cabos”.
Ao todo os conteúdos foram assistidos por mais de 5 mil alunos cadastrados com mais de 1.800 que fizeram a
prova final e receberam o certificado.
Assistiram aos cursos profissionais de construtoras, especificadores, projetistas, prestadores de serviços, estudan-
tes, vendedores, consumidores finais, entre outros.
Segundo Fábio Ferrara, gerente de Marketing da COBRECOM, a repercussão dos cursos publicados em conjunto
com o Parceiro da Construção em 2023 foi muito boa com uma ótima performance.
“Estamos recebendo feedbacks muito bons. Muitos instaladores estão comentando sobre a importância desse tipo de
conteúdo fornecido diretamente pelo fabricante. Outro comentário que aparece com frequência, é que o curso é muito útil
para os alunos conhecerem os processos de fabricação dos produtos que irão utilizar em seus trabalhos”, afirma Ferrara.
Vale lembrar que o Parceiro da Construção, que tem como sócias as multinacionais ArcelorMittal (Líder no mercado
global de aço) e a Saint-Gobain (Líder global em construção leve e sustentável), completou um ano em agosto desse ano.
Além disso, conta com mais de 260 mil profissionais cadastrados em sua plataforma e oferece atualmente mais
de 180 cursos de capacitação para profissionais da construção civil, além de já ter emitido mais de 60 mil certificados.

POTÊNCIA 24
HOLOFOTE

“A plataforma Parceiro da Construção é reconhecida por apresentar diversos conteúdos técnicos para todo segmen-
to da construção civil de forma rápida e didática, o que vem ao encontro com o nosso objetivo de disponibilizar cursos
de elétrica para profissionais de diferentes níveis de aprendizado e conhecimento”, ressalta Fábio Ferrara.

Indústria do futuro
A indústria do futuro não será apenas mais automatizada, ela será mais autônoma e ainda muito dependente da
atuação humana para o seu sucesso. Esse é um dos principais ensinamentos compartilhados na Automation Fair
2023, feira global de inovação tecnológica para o setor industrial da Rockwell Automation, maior empresa do
mundo dedicada à automação industrial e transformação digital.
Neste ano, a feira aconteceu pela primeira vez em Boston e apresentou para mais de 10 mil pessoas grandes ten-
dências em tecnologia que irão transformar plantas de fábricas, cadeias de suprimentos e também a força de traba-
lho global.
De acordo com o CTO da Rockwell Automation, Cyril Perducat, a indústria deverá passar por uma mudança de
paradigma com o avanço na adoção de tecnologias como Inteligência Artificial (IA) e Machine Learning. “Sinto que
diversas ferramentas que usamos na indústria hoje são muito descritivas. Então, você coleta dados, exibe tendências
e gráficos, descreve um fenômeno e precisa de pessoas para analisar essas informações. No final, você ainda tem
uma pessoa na equação que precisa decidir. E nós vamos ter uma mudança nisso”, afirma.
Essa mudança, segundo Perducat, irá permitir que humanos e máquinas cada vez mais se integrem no ambiente
de trabalho industrial. “A oportunidade que temos com a IA é fazer com que a pessoa não se concentre nos dados,
mas que se concentre no problema de negócios que precisa ser otimizado”, afirma.
Para apoiar o setor industrial nesta mudança de paradigma, a Rockwell Automation apresentou na Automation
Fair o seu portfólio de aparelhos inteligentes, robôs e maquinários, softwares e sistemas de automação para diferen-
tes setores da indústria.
Os destaques ficam por conta de aparelhos e máquinas que coletam dados em tempo real do chão de fábrica
enquanto desempenham outras tarefas, ajudando a gerenciar estoques, antecipando manutenções e identificando
anomalias na operação.
Soluções da Rockwell Automation para o dia a dia dentro das fábricas incluem autonomous mobile robots (AMR),
ou robôs móveis autônomos, em português, uma nova geração de veículos autônomos que usa sensores e visão com-
putacional para tomar decisões e realizar tarefas de forma independente.
O fator humano não fica de fora e a indústria deve continuar enfrentando desafios na contratação e retenção de
mão de obra. De acordo com o CEO da Rockwell Automa-
tion, Blake Moret, ajudar as pessoas a se sentirem con-
fortáveis ​​usando novas tecnologias será cada vez mais
importante para o sucesso de projetos. “Pode parecer
um pouco incomum para uma empresa de automação
falar tanto sobre pessoas quanto nós falamos, mas isso
realmente é uma visão centrada no humano, no chão
de fábrica. E sabemos que a chave para o sucesso são
pessoas capacitadas e energizadas, que se sentem con-
fortáveis interagindo com a tecnologia, uma tecnologia
que lhes dá superpoderes”, reforça Moret.
Foto: Divulgação

POTÊNCIA 25
HOLOFOTE

Para ajudar na adoção de novas tecnologias, a Rockwell Automation investe no design de aparelhos e experiência
dos usuários de seus sistemas, oferecendo interfaces intuitivas e simplificadas, como disponível na linha de softwares
FactoryTalk®, permitindo que a introdução de novas tecnologias na operação das fábricas seja mais rápida e satisfatória.
“Você sempre terá trabalhadores, eles apenas terão papéis diferentes. Se eles não estão dentro da fábrica, vão
poder estar em um centro de operações remoto, olhando para a melhoria da qualidade em várias fábricas e compar-
tilhando informações,” explica Perducat.
A 32ª edição da Automation Fair foi realizada entre 6 e 9 de novembro no Boston Convention and Exhibition Cen-
ter, com mais de 325 sessões técnicas, 26 tours externos e 500 horas de treinamento avançado para os participantes.

Brasformer celebra 50 anos de história


A Brasformer celebra cinco décadas de uma trajetória marcada pela tradição, qualidade e comprometimento. Des-
de 1973, tem desempenhado um papel fundamental no setor de transformadores, fornecendo soluções para conces-
sionárias de energia, montadores de painéis e indústrias no Brasil e em países da América do Sul e Central.
A expertise da empresa concentra-se no desenvolvimento e fabricação de transformadores de corrente e poten-
cial, com ênfase na medição e proteção para sistemas de média e baixa tensão.
O fundador, Sr. José Adário Milani, junto com seus filhos e diretores, Telma Milani e Humberto Milani, expressam
profundo agradecimento aos parceiros e colaboradores por contribuírem para o sucesso desta história. E reforçam,
com determinação, o compromisso de tornar os sistemas elétricos mais precisos e seguros.

Pesquisa inédita
Com uma renda média mensal de R$ 7 mil e uma representatividade de 90% entre o gênero masculino, hoje 55,6%
dos integradores solares possuem ensino superior completo. Esses e outros dados foram mapeados pela 1ª pesquisa sobre
a atuação de integradores no Brasil, realizada pela 77Sol - maior e mais completo ecossistema de energia solar do país.
Para chegar ao resultado, a energytech esmiuçou o perfil dos mais de 13 mil profissionais cadastrados em sua plataforma.
Além da escolaridade, gênero e faturamento, o levantamento inédito identificou também que 35% dos integra-
dores solares ingressaram na área há pelo menos três anos. Enquanto isso, 20% dos profissionais iniciaram a carreira
entre três e cinco anos. 20% também atua entre um e dois anos.
Já sobre a faixa etária, a predominância apareceu entre os profissionais de 30 a 40 anos, com 44,4% dos profis-
sionais cadastrados. Integradores entre 40 e 50 anos, além daqueles que possuem de 50 a 60 anos, aparecem na se-
quência com 22,2% cada.
Em relação ao estado de atuação dos profissionais, São Paulo lidera a lista, com 13,97% dos cadastrados. Na se-
quência surgem Mato Grosso do Sul (11,09%), Paraná (9,88%), Pará (8,18%), Rio de Janeiro (8,18%) e Goiás (6,13%).
Benefícios
De acordo com Luca Milani, CEO e fundador da 77Sol, o estudo mapeou ainda que os profissionais que ingressam
no mercado têm bastante conhecimento sobre o potencial da energia solar por conta de sua formação no ensino su-
perior. “Mas há também integradores, na faixa de 40 a 60 anos, que encontraram no segmento uma oportunidade de
complementar a sua renda. Neste cenário, o estado de São Paulo sai à frente muito por conta da facilidade do acesso
a informações a respeito do setor”, avalia.

POTÊNCIA 26
HOLOFOTE

O empreendedor ainda revela que atualmente os integradores estão buscando entregar os melhores serviços e
soluções a seus clientes. Na pesquisa, a energytech observou que 35% dos integradores cadastrados utilizam o ecos-
sistema da 77Sol por conta dos melhores preços de mercado. Outros 30% justificam o uso pela possibilidade de pro-
fissionalizar o seu trabalho. Já 20% apontaram a otimização do tempo de serviço, enquanto 15% relataram a possi-
bilidade de ganhar escala como o grande diferencial.
Sobre a média mensal de projetos fechados via a plataforma, a taxa varia de 1,8 a 2,7 para cada integrador. “O
mercado de energia solar é a união de duas necessidades muito importantes, pois é sustentável e econômico. Por
isso, a missão é entregar as melhores soluções para que os nossos integradores parceiros consigam ter diferenciais
perante o consumidor final, contribuindo para conclusão de mais negócios”, conclui Milani.

Suplementação luminosa
Referência nacional na distribuição de suprimentos para Manutenção, Reparo e Operação (MRO), a Nortel – em-
presa que faz parte do Grupo Sonepar – marcou presença no “Agro-LED: I Workshop sobre Iluminação Artificial no
Brasil”. O evento teve o objetivo de apresentar soluções e técnicas de iluminação artificial que podem aumentar a
produtividade e a qualidade dos produtos cultivados em áreas fechadas e também em campo aberto.
Durante o evento, a Nortel apresentou a sua nova solução de suplementação luminosa para uso no campo, tra-
zendo dados coletados ao longo dos últimos anos em aplicações experimentais na soja e no milho. Além dos ganhos
indiscutíveis em produtividade, é possível contribuir para a redução do consumo de água e insumos químicos. “Nós
acreditamos muito que estamos construindo o segundo andar da produção agrícola no Brasil”, explica Marcos Ro-
cha, CEO da Nortel.
O projeto nasceu de uma parceria entre Nortel, ESALQ/USP e Philips (Signify), que desenvolveram uma luminá-
ria específica para a aplicação na agricultura em cultivos em campo aberto. “Em vários testes, já foi confirmado o
aumento da produtividade das plantas por meio da suplementação luminosa, com alta efetividade de incremento e
maior produtividade de grãos sem perda de nutrientes e características naturais”, acrescenta.
O executivo explica que a solução é eficiente por ser capaz de identificar quais comprimentos de onda devem
ser aplicados em cada tipo de plantação, com o uso de luminárias especificas, para que elas prolonguem o período
de fotossíntese durante a noite e produzam mais. “Essa conjunção de fatores trouxe, em experimentos controlados,
ganhos de mais 30% na produtividade”.
A solução de suplementação luminosa já está sendo aplicada na Fazenda Conforto, empresa goiana de criação
de gado, inovadora e pautada pelo uso de tecnologias e análise de dados. A propriedade conta com mais de 12.000
hectares, sendo 1.800 deles de área irrigada, onde são produzidos soja, milho e capim para pastejo de forma rota-
cionada (seguindo a estratégia de ILP). Segundo Sérgio Pellizzer, CEO da Fazenda Conforto, “a implementação da su-
plementação luminosa na área só trará ganhos, será positiva para a soja e principalmente para o milho, em função
das características da região”.
A Nortel e a Fazenda Conforto são empresas líderes em seus segmentos de negócio e pela primeira vez tra-
balham juntas em prol do desenvolvimento do agronegócio brasileiro. “O futuro do agronegócio se baseia na
biodiversidade e no investimento em novas tecnologias que podem ajudar a terra e o solo. Essa solução
CLIQUE que a Nortel está trazendo com certeza vai ao encontro disso”, comenta Pellizzer.
AQUI
E VOLTE AO
SUMÁRIO

POTÊNCIA 27
MATÉRIA DE CAPA
ASSINATURA DE ENERGIA SOLAR

Prático e econômico
CONTRATAÇÃO DE ENERGIA SOLAR PELA MODALIDADE DE ASSINATURA
VEM GANHANDO CADA VEZ MAIS ADEPTOS NO BRASIL.

POR PAULO MARTINS

A
aquisição de produtos e serviços por assinatura é uma tendência cada vez mais presente na
sociedade moderna, que busca certas praticidades. Oferecendo desde a entrega de queijo e
vinho até streaming de TV e música, a modalidade segue ganhando novos adeptos. Na área
elétrica o fenômeno também é percebido, com o oferecimento de energia solar por assinatura,
solução essa que vem crescendo.
Eduardo Coutinho, diretor Comercial e de Marketing da AXS, informa que a procura por energia solar por
assinatura está em alta no Brasil, especialmente em meio à crise hídrica e ao aumento das tarifas de energia
elétrica. “Segundo a Agência Nacional de Energia Elétrica (ANEEL), o número de unidades consumidoras que
aderiram à geração distribuída, que inclui a modalidade de energia solar por assinatura, cresceu 118% em 2020,
chegando a mais de 500 mil. A expectativa é de que esse mercado continue crescendo nos próximos anos,
com o apoio de empresas como a AXS Energia, que facilitam o acesso à energia limpa e renovável”, comenta.
Kim Lima, diretor de Comercial e Marketing da Evolua Energia, confirma que a procura por energia solar
por assinatura está em crescimento no Brasil. Ele diz que essa modalidade de energia solar tem ganhado po-
pularidade devido às vantagens econômicas e ambientais que oferece. “Com praticidade, o consumidor passa

CLIQUE
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E VOLTE AO
SUMÁRIO

Foto: ShutterStock

POTÊNCIA 28
MATÉRIA DE CAPA
ASSINATURA DE ENERGIA SOLAR

a ter acesso a uma energia limpa, mais barata e que

Foto: Divulgação
contribui para o desenvolvimento sustentável. Além
disso, o mercado fotovoltaico tem experimentado
um crescimento significativo, com previsões de au-
mento na capacidade solar instalada e alto investi-
mento no setor. Em paralelo, há uma busca por par-
te dos consumidores em optarem por alternativas
sustentáveis e econômicas para suprir suas neces-
sidades energéticas”, analisa
Guilherme Susteras, sócio-diretor da Sun Mobi,
conta que a procura por contratos de energia solar
por assinatura tem crescido bastante porque cada
vez mais vem se tornando um serviço conhecido e
as pessoas têm percebido a importância de con-
trolar seu custo de energia. “Poder fazer esse con-
trole do custo de energia sem precisar fazer inves-
timentos ou obras no seu próprio imóvel, nem ter
que fazer operação e manutenção no sistema de- A energia solar por assinatura da AXS Energia
chega até o cliente através da rede elétrica já
pois de instalado, tem sido o grande atrativo para
existente, sem alterar a sua infraestrutura.
isso”, destaca.
EDUARDO COUTINHO | AXS ENERGIA
Conforme explica Eduardo Coutinho, a modali-
dade de energia solar por assinatura funciona da
seguinte forma: o consumidor contrata uma cota fixa de energia gerada em uma usina solar compartilha-
da, que é injetada na rede elétrica. Essa energia é convertida em créditos solares, que são usados para
abater na conta de luz do consumidor. Assim, o consumidor não precisa instalar nenhum equipamento
em sua residência ou empresa, nem se preocupar com a manutenção ou a disponibilidade da fonte solar.
Ele apenas paga uma mensalidade à empresa fornecedora, que é proporcional ao seu consumo anual de
energia.
Kim Lima comenta que cogitar a possibilidade de oferecer e consumir energia por assinatura era algo
impensável anos atrás. Porém, por meio da geração distribuída, esse consumo se tornou não só possível,
como também vantajoso e rentável para o consumidor e para o planeta. “Tudo começa com a fonte de
Foto: ShutterStock

POTÊNCIA 29
MATÉRIA DE CAPA
ASSINATURA DE ENERGIA SOLAR

energia, com os parques solares que contêm milhares de placas fotovoltaicas e geram eletricidade por
meio da radiação solar. A energia gerada nesses locais é inserida nas companhias de distribuição e com-
partilhada entre os consumidores. Como a energia fotovoltaica é mais barata e sustentável, quem faz o
seu cadastro para consumi-la gera créditos na conta de luz. As companhias elétricas verificam quem tem
o cadastro e converte esse crédito em desconto”, explica.
Guilherme Susteras complementa: “A gente constrói a usina, essa usina é medida mensalmente pela
concessionária e nós informamos para a concessionária quem são os beneficiários dessa energia. Aí a
concessionária vai medir o consumidor, como sempre mediu, e na hora de emitir a fatura dos consumido-
res vai alocar na fatura créditos proporcionais à geração da nossa usina. Todo esse processo de se tornar
beneficiário da energia solar é simples, sem complicação, sem obras, sem investimento de modo que toda
complexidade é gerida entre nós, a Sun Mobi, e as concessionárias”.
Coutinho diz que não é necessário fazer nenhum tipo de adaptação na residência ou empresa para
fazer a assinatura de energia solar. Também não é necessário instalar placas fotovoltaicas ou qualquer
outro equipamento. “A energia solar por assinatura da AXS Energia chega até o cliente através da rede
elétrica já existente, sem alterar a sua infraestrutura”, garante.
Lima reforça que pelo modelo de assinatura o consumidor evita o estresse com qualquer tipo de obra. “Isso
porque ele não precisa realizar a instalação de placas solares na sua residência. Ou seja, o usuário utiliza a
energia solar da mesma maneira que assiste a sua série ou filme favorito: tudo 100% on-line. E o melhor: não
é preciso pagar uma mensalidade para fazer a adesão, diferentemente dos serviços de streaming”, informa.
De acordo com Coutinho, não há nenhum investimento inicial para assinar a energia solar por assinatura
da AXS Energia. O cliente não paga nenhuma taxa de adesão ou de instalação. Ele apenas paga uma mensa-
lidade à empresa, que é proporcional ao seu consumo anual de energia. Essa mensalidade é calculada com
base em uma tarifa fixa por kWh, que é menor do que a tarifa cobrada pela distribuidora local. “Assim, o cliente
economiza na conta de luz e tem mais previsibilidade e controle sobre os seus gastos com energia”, aponta.

Foto: ShutterStock

POTÊNCIA 30
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MATÉRIA DE CAPA
ASSINATURA DE ENERGIA SOLAR

Processo simples
Coutinho explica que o processo para fazer

Foto: Divulgação
uma assinatura de energia solar é simples e rápi-
do. Basta seguir os seguintes passos:
◗ Acessar o site da AXS Energia e fazer uma si-
mulação, informando o seu estado, cidade e o
valor aproximado da sua última conta de luz.
◗ Verificar se a AXS Energia já está disponível na
sua região e quanto você pode economizar por
ano escolhendo a energia solar por assinatura.
◗ Aceitar o termo de adesão de forma 100% digital
e aguardar o prazo estabelecido pela distribui-
dora local para começar a desfrutar da energia
produzida nas usinas da companhia.
Lima informa que basta enviar a conta de ener-
gia e preencher os dados necessários. Todo o ca-
dastro é realizado de forma digital.
Com praticidade, o consumidor passa a ter acesso
Guilherme Susteras destaca que a contratação
a uma energia limpa, mais barata e que contribui
é quase que imediata, leva o tempo da concessio-
para o desenvolvimento sustentável.
nária processar a inscrição do cliente dentro da
KIM LIMA | EVOLUA ENERGIA
usina e a pessoa já consegue se beneficiar dessa
energia solar pela rede da concessionária. “O pro-
cesso é muito simples, basta que o cliente envie uma conta para a gente, com os dados que a gente pre-
cisa, dados cadastrais, histórico de consumo, e a gente consegue fazer uma simulação para determinar o
ganho que a pessoa vai ter. Cada caso é um caso”, observa.
De acordo com Coutinho, a energia por assinatura é mais barata que a energia elétrica convencional, de
fonte hidrelétrica ou outra. Isso porque o cliente paga uma tarifa fixa por kWh pela energia solar, que é menor
do que a tarifa cobrada pela distribuidora local. “A economia pode chegar a até 10% na conta de luz”, avisa.
Lima confirma que a energia por assinatura tende a ser mais barata do que a energia elétrica conven-
cional, especialmente quando a fonte é a energia solar. “Isso ocorre devido aos custos mais baixos de
geração e ao fato de que a energia solar é uma fonte renovável”, explica.

Principais vantagens do sistema


De acordo com Eduardo Coutinho, as vantagens da assinatura de energia solar são:
◗ Economia: o consumidor pode economizar até 10% na conta de luz, pois paga um valor menor pela
energia solar do que pela energia elétrica convencional. Além disso, ele fica menos exposto às varia-
ções das bandeiras tarifárias e aos reajustes tarifários.
◗ Sustentabilidade: o consumidor contribui para a preservação do meio ambiente, pois utiliza uma
fonte de energia limpa, renovável e que não emite gases poluentes.
◗ Praticidade: o consumidor não precisa se preocupar com a instalação, a manutenção ou a disponibi-
lidade da fonte solar. Ele apenas contrata o serviço de forma 100% digital e recebe a energia através

POTÊNCIA 32
MATÉRIA DE CAPA
ASSINATURA DE ENERGIA SOLAR

da rede elétrica já existente. Ele também pode acompanhar o seu consumo e os seus créditos solares
através de um aplicativo.
Ainda segundo Coutinho, as principais motivações para aderir ao sistema de assinatura de energia solar são:
◗ Economizar na conta de luz, pagando um valor menor pela energia solar do que pela energia elétrica
convencional.
◗ Contribuir para a preservação do meio ambiente, utilizando uma fonte de energia limpa, renovável e
que não emite gases poluentes.
◗ Simplificar o acesso à energia solar, sem precisar instalar nenhum equipamento em sua residência ou
empresa, nem se preocupar com a manutenção ou a disponibilidade da fonte solar.
◗ Aproveitar a oportunidade de mercado, que está em crescimento e oferece vantagens competitivas
para os clientes que adotam a energia solar.
Kim Lima observa que a fonte de energia alternativa utilizada para este modelo possui custos mais bai-
xos que as fontes convencionais. Seguindo o exemplo da energia solar, as placas fotovoltaicas possuem
alta durabilidade, precisam de pouco espaço (comparadas às usinas hidrelétricas) e têm como recurso
disponível a radiação solar. “Quando a unidade consumidora é conectada com as empresas geradoras
de energia fotovoltaica, a distribuidora concede desconto na fatura por ter consumido uma energia mais
barata. Além disso, há uma grande diferença dos valores investidos para a instalação dos painéis nas
residências para a adesão deste modelo, que não é necessário nenhum investimento, obras ou qualquer
alteração técnica no consumo da energia”, compara.
Lima destaca que as vantagens vão além do bolso. “Estamos falando de uma alternativa que gera me-
nor impacto ambiental. De acordo com a Agência Internacional de Energia Renovável (Irena), a energia
solar tem potencial para reduzir 21% das emissões de CO2 até 2050. Com essa diversificação da matriz
energética, é possível diminuir a dependência por combustíveis fósseis e, assim, contribuir para a sus-
tentabilidade do planeta. Outro benefício é o fato de ser uma solução altamente escalável e adaptável,
podendo ser facilmente integrada em diferentes contextos urbanos e rurais. A implementação de usinas
fotovoltaicas em áreas desabitadas ou em locais degradados pode recuperar terras improdutivas e forne-
cer energia limpa para regiões remotas”, frisa.
Foto: ShutterStock

POTÊNCIA 33
MATÉRIA DE CAPA
ASSINATURA DE ENERGIA SOLAR

Quem pode aderir

Foto: Divulgação
Eduardo Coutinho informa que qualquer tipo de
cliente pode fazer a assinatura de energia solar,
desde que esteja localizado em uma área atendida
pela AXS Energia, esteja na modalidade baixa ten-
são e seja parceira da AXS Energia. “A empresa de
energia atua em vários estados do Brasil, como Mi-
nas Gerais, São Paulo, Mato Grosso e em breve em
Goiás. O cliente também precisa ter um consumo
mínimo de 400 kWh por mês, que é equivalente a
uma fatura de cerca de R$ 200”, destaca.
Na AXS, o tipo de cliente que tem procurado mais
pelo serviço é o pequeno comerciante, que tem uma
fatura de energia entre R$ 500 e R$ 3 mil por mês.
“Esse perfil de cliente busca reduzir os seus custos
operacionais e aumentar a sua competitividade no Poder fazer esse controle do custo de energia
mercado. Além disso, ele também se preocupa com sem precisar fazer investimentos ou obras no seu
próprio imóvel, nem ter que fazer operação e
a sustentabilidade do seu negócio e com a sua res-
manutenção no sistema depois de instalado, tem
ponsabilidade social”, ilustra Coutinho.
sido o grande atrativo para isso.
Kim Lima conta que diversos tipos de clientes GUILHERME SUSTERAS | SUN MOBI
procuram o serviço de energia solar por assinatura
da Evolua, incluindo residências, empresas e co-
mércios. “A modalidade é atrativa para aqueles consumidores que desejam economizar na conta de luz
de maneira prática e sem precisar realizar investimentos”, reforça.
Guilherme Susteras, sócio-diretor da Sun Mobi, informa que este é um serviço que tem sido muito procurado
tanto por pessoas físicas (residências), quanto por empresas, especialmente aquelas que têm no custo de energia
uma parcela relevante de seus custos. “São empresas que trabalham com temperatura, frio, calor, fornos, freezers,
câmaras frias ou que trabalham com água, bombeamento de água, piscina. Estamos falando de lavanderia, pada-
ria, restaurante, mini mercado, posto de gasolina, loja de conveniência... Esses clientes têm aderido pela simplici-
dade, sem precisar de um investimento, sem precisar fazer nenhuma obra, pagando apenas a mensalidade que
representa um ganho financeiro tanto na hora de assinar o contrato como depois no médio e longo prazo, porque
nosso contrato é reajustado pela inflação IPCA, e a tarifa das concessionárias tem subido muito acima da inflação.
Além disso, para o consumidor que se beneficia dessa fonte não é cobrada bandeira tarifária, que pode represen-
tar até 15% de custo adicional. Então com isso a gente consegue fazer um serviço diferenciado”, comenta.
As usinas que a AXS Energia utiliza para oferecer o serviço de assinatura ficam em locais estratégicos,
com alta incidência solar e próximos aos centros de carga. A AXS Energia possui atualmente 12 usinas em
operação e mais 48 em construção ou em projeto. As usinas são construídas com tecnologia de ponta e
seguem rigorosos padrões de qualidade e segurança. Elas também respeitam o meio ambiente e
promovem benefícios sociais para as comunidades locais.
Uma das principais empresas líderes em transformação energética no Brasil, especializa-
CLIQUE da em gestão distribuída compartilhada, a Evolua Energia informa que atua nos estados
AQUI
E VOLTE AO
de Minas Gerais, Pernambuco e Ceará.
As usinas da Sun Mobi estão situadas no interior dos estados de São Paulo e do
SUMÁRIO Paraná, atendendo aos dois estados.

POTÊNCIA 34
EXPO
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FÓRUM
FÓRUM
A ÚNICA FEIRA DE NEGÓCIOS DO
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Centro de Convenções Frei Caneca - São Paulo (SP)


Fórum: 8h00 às 18h30
Dia 16 de julho Exposição: 11h00 às 19h00
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Revista

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A única feira de negócios do mundo das instalações elétricas
MERCADO
BARRAMENTOS BLINDADOS

Distribuição de energia
MERCADO DE BARRAMENTOS BLINDADOS
MOVIMENTA R$ 500 MILHÕES POR ANO NO BRASIL.

E
quipamento destinado à transmissão e distribuição de energia em instalações industriais e pre-
diais, o barramento blindado constitui um mercado em ascensão, por conta do bom momento vivi-
do pela área da construção civil. As perspectivas futuras para o segmento também são positivas.
Nesta entrevista, Nunziante Graziano, diretor-executivo - CEO da Gimi Pogliano Blindosbarra,
e José Antonio de Mendonça, da Megabarre, e Carlos Frederico Bomeisel, da Novemp, que responderam
em conjunto, analisam a situação desse mercado no momento e falam sobre as perspectivas do setor.

POTÊNCIA - QUAL O CONCEITO DE BARRAMENTO BLINDADO? QUAIS SÃO AS PRINCIPAIS


APLICAÇÕES DESSA SOLUÇÃO?
NUNZIANTE GRAZIANO - Barramentos blindados são linhas elétricas pré-fabricadas que, através de
diversas peças padronizadas ou produzidas sob medida, são capazes de distribuir energia elétrica em
quaisquer tipos de instalações, para quaisquer classes de tensão. Os barramentos blindados mais comuns
são os de baixa tensão, mas existem também os aplicados a tensões muito superiores, chegando até 500kV,
isolados em ar, isolados com isolantes sólidos, ou com gás SF6. As principais aplicações são industriais,

CLIQUE
AQUI
E VOLTE AO
SUMÁRIO
Foto: Divulgação

POTÊNCIA 36
MERCADO
BARRAMENTOS BLINDADOS

OPORTUNIDADE
Investimentos em hospitais
Foto: ShutterStock

também demandam
barramentos blindados.

mas as instalações prediais residenciais, comerciais, shopping centers, hospitais, aeroportos e outras de
grande porte, além de data centers, têm sido promissores mercados para esses produtos. Para os barra-
mentos de alta tensão, as principais aplicações são em centrais de geração e grandes subestações.
JOSÉ ANTONIO DE MENDONÇA / CARLOS FREDERICO BOMEISEL - O barramento blindado é um
equipamento modular de transmissão e distribuição de energia elétrica, composto por barras condutoras.
Ele permite a derivação de corrente ao longo do seu percurso. Essas características fazem dele o sistema
ideal para a distribuição de energia em edifícios verticais de uso coletivo, shopping centers, estaciona-
mentos de veículos elétricos, fábricas, etc.

POTÊNCIA - QUAL O TAMANHO DO MERCADO DE BARRAMENTOS BLINDADOS NO BRASIL (EM


VOLUME COMERCIALIZADO OU FATURAMENTO)?
NUNZIANTE GRAZIANO - Barramentos blindados até 36kV correspondem a um mercado estimado
em R$ 500 milhões / ano.
JOSÉ ANTONIO DE MENDONÇA/CARLOS FRE-
Foto: Divulgação

DERICO BOMEISEL - O mercado brasileiro é de apro-


ximadamente R$ 500 milhões por ano. Isso pode ser
muito maior com a ampliação de sua utilização.

POTÊNCIA - ESTE É UM MERCADO EM EVO-


LUÇÃO NO BRASIL? POR QUÊ?
NUNZIANTE GRAZIANO - Sim, o mercado de
barramentos blindados cresce a cada ano, sobre-
tudo pelo avanço tecnológico deste produto e
pela expansão da aplicação predial pelo Brasil.
JOSÉ ANTONIO DE MENDONÇA / CARLOS FRE-
DERICO BOMEISEL - Sim. A construção civil está
muito aquecida em edifícios residenciais. Isso ainda
deve se manter por um bom tempo pois há muitos
projetos e lançamentos em andamento. A aplicação
NUNZIANTE GRAZIANO | GIMI POGLIANO dos barramentos blindados em edifícios comerciais,
BLINDOSBARRA hospitais e indústrias tem se mantido em bom ritmo.

POTÊNCIA 37
MERCADO
BARRAMENTOS BLINDADOS

CONSUMO
A área industrial figura entre

Foto: ShutterStock
as grandes consumidoras de
barramentos blindados.

POTÊNCIA - QUAL A PERSPECTIVA PARA ESTE SEGMENTO NOS PRÓXIMOS ANOS?


NUNZIANTE GRAZIANO - A perspectiva é de crescimento.
JOSÉ ANTONIO DE MENDONÇA / CARLOS FREDERICO BOMEISEL - Há um grande potencial de
crescimento na ampliação de sua utilização em edifícios residenciais e comerciais em concessionárias de
energia que ainda não o homologam.

POTÊNCIA - QUE FATORES IMPULSIONAM AS VENDAS DE BARRAMENTOS BLINDADOS?


NUNZIANTE GRAZIANO - O crescimento é impulsionado pela expansão imobiliária e crescimento
econômico do País.
JOSÉ ANTONIO DE MENDONÇA / CARLOS FREDERICO BOMEISEL - O constante aumento das
obras no Brasil.

Foto: Divulgação
POTÊNCIA - QUAIS SÃO OS PRINCIPAIS MER-
CADOS CONSUMIDORES DESTE TIPO DE
PRODUTO?
NUNZIANTE GRAZIANO - Construção civil pre-
dial, data centers, shopping centers, hospitais e ae-
roportos.
JOSÉ ANTONIO DE MENDONÇA / CARLOS
FREDERICO BOMEISEL - Praticamente qualquer
edificação que trabalhe com grandes potências
elétricas usa barramentos blindados. Entre 80% a
90% dos edifícios de uso coletivo, residenciais e
comerciais no Brasil usam barramentos blindados.
Indústrias, Hospitais, Shopping Centers, Usinas
elétricas e fotovoltaicas, Plataformas de Petróleo,
Data Centers. JOSÉ ANTONIO DE MENDONÇA | MEGABARRE

POTÊNCIA 38
MERCADO
BARRAMENTOS BLINDADOS

POTÊNCIA - PORQUE ALGUMAS CONCESSIONÁRIAS NÃO PERMITEM O USO DE BARRAMEN-


TOS BLINDADOS?
NUNZIANTE GRAZIANO - A grande maioria das concessionárias do Brasil já regulamentou o uso de
barramentos blindados, cobrindo mais de 80% do território em que o produto é aplicável. O processo de
difusão da tecnologia tardou, mas está praticamente em todos os locais. Em algumas regiões a aplicação
já é mais difundida que outras, mas os projetos estão em sua grande maioria, aplicando a tecnologia nas
instalações prediais. Em aplicações particulares, a aplicação é muito comum.
JOSÉ ANTONIO DE MENDONÇA / CARLOS FREDERICO BOMEISEL - Apesar da medição remota
eletrônica ser uma realidade e estar consagrada já como um procedimento confiável, algumas concessio-
nárias ainda não conseguiram se adaptar a esse método. Com relação ao barramento blindado, as con-
cessionárias reconhecem suas vantagens e a sua confiabilidade. É, portanto, a não adoção da medição
remota que impede o uso dos barramentos blindados nessas concessionárias de energia.

POTÊNCIA - QUAIS AS VANTAGENS E DESVANTAGENS DOS BARRAMENTOS BLINDADOS EM


RELAÇÃO AO USO DE CABOS ELÉTRICOS?
NUNZIANTE GRAZIANO - As principais vantagens são: custo menor que o uso de cabos, quedas de
tensão muito menores que cabos (o que contribui para menor custo de operação por menos perdas téc-
nicas e que contribui com as certificações LEED em instalações e com as políticas ambientais ESG), além
de muito menores dimensões e peso quando comparados com os cabos e sua infraestrutura, o que eco-
nomiza espaço nas edificações. Duas outras grandes vantagens do uso de barramentos blindados são: a
capacidade de alterar layouts industriais sem perder peças, como ocorre com lances de cabos que não
podem ser utilizados nessa eventualidade, e o tempo de instalação de uma linha de barramentos blinda-
dos em relação aos cabos chega a 60% mais rápido. Não vejo nenhuma desvantagem relevante.
JOSÉ ANTONIO DE MENDONÇA / CARLOS FREDERICO BOMEISEL - As vantagens são inúmeras. As
principais são: dimensionamento pela demanda média e não pela demanda máxima individual. Instalação
mais fácil. Flexibilidade para adaptações e modi-
Foto: Divulgação

ficações de layout. Espaço reduzido. Redução do


espaço do centro de medição que muitas vezes
permite a criação de vagas para veículos. Padroni-
zação da instalação. Aproveitamento de 100% do
material. Sinceramente, não vejo nenhuma des-
vantagem.

POTÊNCIA - QUAIS AS PRINCIPAIS NOVIDADES


NESSA ÁREA EM TERMOS DE DESENVOLVI-
MENTO TECNOLÓGICO NOS ÚLTIMOS ANOS?
QUAIS AS TENDÊNCIAS DO MERCADO?
NUNZIANTE GRAZIANO - As grandes novida-
des são os barramentos isolados solidamente e
de barras coladas com baixa impedância. As ten-
dências principais são a redução de volumes por
melhores trocas térmicas e a utilização de ligas re-
CARLOS FREDERICO BOMEISEL | NOVEMP vestidas como condutores.

POTÊNCIA 39
MERCADO
BARRAMENTOS BLINDADOS

JOSÉ ANTONIO DE MENDONÇA / CARLOS FREDERICO BOMEISEL - Temos agora a aplicação de


barramentos blindados para a recarga de veículos elétricos.

POTÊNCIA - QUE NORMAS TÉCNICAS REGEM ESTE SETOR? ELAS SÃO COMPULSÓRIAS? SÃO
CUMPRIDAS? O MERCADO ESTÁ BEM ORGANIZADO SOB ESTE ASPECTO?
NUNZIANTE GRAZIANO - As normas construtivas de barramentos de baixa tensão pertencem à fa-
mília da NBR IEC 61439, em sua parte 6, além da norma de instalação ABNT NBR 16019. A norma geral
de instalações elétricas de baixa tensão NBR 5410, também se aplica. Todas elas são compulsórias e o
mercado está relativamente bem organizado.
JOSÉ ANTONIO DE MENDONÇA / CARLOS FREDERICO BOMEISEL - Além da NBR 5410, que é a
base de toda instalação elétrica, temos a norma NBR IEC 61439-6 para o projeto e procedimentos de ve-
rificação de desempenho dos barramentos blindados. A instalação é regida pela NBR 16019 de 2011, que
precisa ser atualizada para incorporar a experiência desses doze anos que se passaram. Temos também
diversas normas e padrões técnicos adotados pelas concessionárias de energia que diferem significativa-
mente uma das outras, mas todas remetem no final para as três.

POTÊNCIA - QUAIS OS PRINCIPAIS PROBLEMAS ENFRENTADOS PELAS EMPRESAS DESSE MER-


CADO? O QUE PRECISA SER MUDADO PARA QUE O SETOR CRESÇA AINDA MAIS?
NUNZIANTE GRAZIANO - O maior problema é a qualidade. Existem fabricantes de todas as catego-
rias, só que são muitos de baixa qualidade. A maior necessidade de mudança é o entendimento de que a
qualidade deste produto interfere no custo de todo o ciclo de vida útil dele, cuja baixa qualidade aumenta
perdas técnicas e os custos de manutenção é muito elevado. Assim sendo, nunca considerar apenas o
CAPEX, pois a vida útil esperada é de 30 anos, portanto o OPEX importa muito!

Foto: ShutterStock

TAMANHO
Mercado de barramentos no
Brasil movimenta cerca de
R$ 500 milhões por ano.

POTÊNCIA 40
MERCADO
BARRAMENTOS BLINDADOS

JOSÉ ANTONIO DE MENDONÇA / CARLOS FREDERICO BOMEISEL - Existem pequenas divergên-


cias com relação a cálculos de demanda e de interferências de outras disciplinas nos projetos, mas existe
uma tendência de que essas divergências serão dirimidas no médio prazo. Deveria haver um padrão úni-
co adotado pelas concessionárias de energia. As disposições diversas adotadas pelas concessionárias de
energia encarecem e confundem fabricantes e usuários.

POTÊNCIA - HÁ MUITO PROBLEMA DE FALTA DE QUALIDADE NESSE SETOR? QUE TIPO DE


PROBLEMA, OU RISCOS, A FALTA DE QUALIDADE PODE TRAZER NESSE CASO? QUE MEDIDAS
PODERIAM SER TOMADAS PARA SUPERAR OS PROBLEMAS?
NUNZIANTE GRAZIANO - Sim, citado na pergunta anterior.
JOSÉ ANTONIO DE MENDONÇA / CARLOS FREDERICO BOMEISEL - Muito pouco. Os fabricantes
de barramentos blindados devem submeter-se às prescrições constantes da NBR IEC 61439-6. Quase a
totalidade das concessionárias de energia pedem uma certificação compulsória, com testes realizados em
laboratórios credenciados. Essa exigência faz com que os produtos tenham boa qualidade. Em uma das
prescrições da NBR IEC 61439-6 temos a determinação dos parâmetros de queda de tensão. Temos vários
laboratórios que realizam e certificam esses testes. Notadamente vemos que alguns desses parâmetros
não condizem com a realidade quando comparados com os demais fabricantes. Não duvido da competên-
cia desses laboratórios, mas provavelmente usam critérios distintos na obtenção dos resultados. Como os
testes têm validade de cinco anos, o ideal é que fosse eleito um único laboratório e todos os fabricantes
deveriam certificar os seus parâmetros de queda de tensão lá e de preferência laboratórios tradicionais
ligados a universidades ou a Eletrobrás e concessionárias de energia elétrica. Daí teremos resultados
mais adequados e legítimos.

MERCADO

Foto: ShutterStock
A aplicação dos
barramentos blindados
em edifícios comerciais,
hospitais e indústrias tem
se mantido em bom ritmo.

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SUMÁRIO

POTÊNCIA 41
EVENTO
REDES SUBTERRÂNEAS 2023 CLIQUE
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E VOLTE AO
SUMÁRIO

Foto: Divulgação

Expectativas
atendidas
ORGANIZADORES E PÚBLICO PARTICIPANTE FAZEM AVALIAÇÃO POSITIVA
DO REDES SUBTERRÂNEAS DE ENERGIA ELÉTRICA E TELECOM.

A
edição 2023 do Redes Subterrâneas de Energia Elétrica e Telecom - Expo e Fórum foi um su-
cesso. Realizado há 18 anos, o maior evento do setor na América Latina, organizado pela Potên-
cia Eventos, ocorreu nos dias 24 e 25 de outubro, no Centro de Convenções Frei Caneca, em
São Paulo (SP).
O tema deste ano foi “Os desafios das redes subterrâneas com o avanço da geração distribuída e carrega-
mento de veículos elétricos”, tendo como novidade o painel sobre redes subterrâneas de Telecomunicações.
Houve ainda como evento paralelo um painel sobre cabos isolados - para que profissionais e empresas
pudessem se atualizar sobre as últimas novidades e tendências da área de condutores elétricos e aces-
sórios para redes subterrâneas.

POTÊNCIA 42
EVENTO
REDES SUBTERRÂNEAS 2023

Hilton Moreno, diretor da Potência Even-


tos, fez uma avaliação positiva do evento
deste ano. “A edição 2023 do Redes Sub-
terrâneas superou as expectativas da orga-
nização e, pelos contatos que realizamos
durante o evento, também teve elevada
aprovação dos visitantes, congressistas e
patrocinadores”, destaca.
Hilton comenta que além de tratar dos
temas diretamente relacionados com as
redes subterrâneas de energia elétrica
de forma séria, profunda e com a visão do
presente e futuro, um destaque desta edi-
ção do Redes foi a inclusão, pela primei-
ra vez nos 18 anos do evento, de temas
relacionados com as redes subterrâneas
de telecomunicações, saneamento e gás.
“Neste sentido, houve uma importante
troca de ideias e experiências entre repre-
sentantes de todas as áreas que enterram
redes. Também foi destaque do congres-
so a utilização de redes subterrâneas nas
usinas eólicas e fotovoltaicas, que repre-
sentam atualmente uma fatia bastante im-
portante deste mercado. Foi discutido no
congresso o impacto do carregamento de
veículos elétricos na operação e confiabi-
lidade das redes subterrâneas, além de
outros aspectos ligados às cidades inteli-
gentes. Outro destaque no auditório foi a
apresentação de novos produtos e tecno-
logias aplicados às redes subterrâneas”,
menciona.
O destaque da feira de produtos e so-
luções foi a qualidade dos expositores,
líderes de tecnologia em seus mercados.
Várias novidades foram apresentadas ao
público, que certamente saiu do evento
com novas ideias, produtos e serviços.
O público total foi de 800 pessoas,
entre visitantes e congressistas que esti-
veram presentes durante os dois dias do
evento. O Redes atraiu um público alta-
mente qualificado, composto por enge-
nheiros, tecnólogos, técnicos e gestores,

POTÊNCIA 43
EVENTO
REDES SUBTERRÂNEAS 2023

que estão ligados a empresas de distribuição, transmissão e geração, empresas de Telecom, de Sanea-
mento e Gás, e empresas de prestação de serviços. Também estiveram presentes instituições de ensino,
fundações de fomento e pesquisa e empresas de projeto e consultoria em redes subterrâneas.
Sobre a importância de ter um evento específico voltado ao mundo das redes subterrâneas, Hilton
Moreno disse que existem tantas particularidades nas áreas técnicas e regulatórias envolvidas com as
redes subterrâneas que justificam a importância de um evento dedicado exclusivamente ao tema. “Se
contarmos ainda que o Redes evolui para a integração das redes subterrâneas de energia com as de
telecom, saneamento e gás, aí sua importância como fórum de encontro e discussões para a comunida-
de envolvida no assunto é bastante aumentada”, frisa.
A data da próxima edição do evento já está definida. O Redes Subterrâneas 2024 será realizado nos
dias 7 e 8 de outubro, novamente no Centro de Convenções Frei Caneca, em São Paulo. A novidade é
que o evento vai crescer e será realizado no 4º an-
Foto: Divulgação

dar, com aproximadamente o dobro da área e nú-


mero de estandes em relação a este ano. “Quanto
aos temas, o Redes vai continuar e aprofundar a
integração entre as redes subterrâneas de energia
elétrica, telecom, saneamento e gás. O foco tam-
bém será direcionado para as redes subterrâneas
nas usinas eólicas e fotovoltaicas, além de abordar
aspectos que envolvem cidades inteligentes”, avi-
sa Hilton Moreno.

A edição 2023 do Redes Subterrâneas superou


as expectativas da organização e, pelos contatos
que realizamos durante o evento, também teve
elevada aprovação dos visitantes, congressistas e
patrocinadores.
HILTON MORENO | POTÊNCIA EVENTOS

Evento confirmado
A EDIÇÃO 2024 DO REDES SUBTERRÂNEAS DE
ENERGIA ELÉTRICA E TELECOM JÁ TEM DATA E LOCAL
Dias 07 e 08 de Outubro de 2024
Centro de Convenções Frei Caneca – São Paulo (SP)
Saiba mais: www.redesubterraneas.com.br

POTÊNCIA 44
EVENTO
REDES SUBTERRÂNEAS 2023

Confira nas próximas páginas um


resumo da feira de produtos e soluções
Pextron
Durante a edição 2023 do Redes Subterrâ-
neas de Energia Elétrica e Telecom, a Pextron
Controles Eletrônicos informou que firmou
uma parceria com a multinacional norte-ameri-
cana Eaton. Pelo acordo, a Eaton irá comercia-
lizar os protetores fabricados por ela com relés
Pextron, oferecendo ao mercado uma solução
plug and play. Uriel Horta, diretor Comercial
da Pextron, comemorou a conquista. “Com
essa parceria, quando houver a compra de um
protetor novo, abre-se um mercado fantástico
para nós”, comentou. A Eaton do Brasil atende a região que compreende desde a América do Sul até o México. A Pextron
Controles Eletrônicos Ltda. é uma empresa brasileira, fundada em 1968, voltada ao projeto, fabricação e comercialização
de Relés de Proteção para a área de Energia Elétrica, utilizando tecnologia de ponta (microprocessada digital e numérica)
e equipamentos de última geração. Com uma linha bastante diversificada de Relés de Proteção, a PEXTRON® oferece
soluções para proteção de: SEs, alimentadores, religadores, bancos de capacitores, linhas de distribuiçãode AT e MT, ali-
mentação auxiliar, cabines primárias, motores elétricos, geradores, transformadores, paralelismo, disjuntores de BT, etc.

S&C
A Chave de Distribuição Subterrânea Vista® Green não usa gás SF6.
Em vez disso, usa uma composição com gás isolante Novec™ da 3M™
e CO2 com uma drástica redução de CO2 e, ou equivalente em dióxido
de carbono, comparado com gás SF6. A chave Vista Green
mantém todos os benefícios operacionais e de projeto da
chave Vista, ajudando a cumprir os objetivos corporativos de
sustentabilidade. Destaque para a operação e manutenção
facilitadas: dispositivo com três posições com aterramento
simplifica manobras e manuseio de cabos; gaps padrão vi-
síveis com clara visão
das posições da chave;
atende aos padrões de
resistência a arco para
aumento na segurança;
tanque hermeticamente
selado elimina a necessidade de manipulação de gás pelos operadores.
Características de sustentabilidade: o gás alternativo não requer relatório
para o EPA federal; 97% menos CO2 e que numa chave a gás SF6; menor
pegada total de carbono entre todas as opções de chaves submersíveis.

POTÊNCIA 45
EVENTO
REDES SUBTERRÂNEAS 2023

Nexans
FORTIS® é uma nova solução que traz proteção com uma barreira repe-
lente contra os roedores para os cabos de MT e BT. Com esta proteção, as
pragas se afastam e não há danos nos cabos. Para os cabos de MT, pode ser
adicionada uma proteção mecânica sem afetar o raio de curvatura dos cabos.
Assim, o cabo permanece com flexibilidade igual ao cabo “normal”. É a primei-
ra grande vantagem da solução FORTIS®: ela assegura a integridade dos fios
de blindagem. Não
tem quebra na curvatura nas entradas dos painéis, superando as
dificuldades de manuseio para montagem de acessórios, ao contrá-
rio quando utilizados materiais poliméricos de elevada dureza (ex.
nylon). Devido ao regime de carregamento da rede de energia, os
efeitos de dilatação e compressão se intensificam nos cabos com
blindagem em fios, podendo comprometer inclusive os sistemas
de proteções e aterramento. Isso pode gerar quebras nos fios de
blindagem que acarretam riscos e falhas nos sistemas elétricos das
instalações industriais. O FORTIS® traz aqui uma segunda grande
vantagem com sistemas de acolchoamento e blindagem metálica.
Os cabos FORTIS®, desta forma, são projetados especialmente para
as instalações diretamente enterradas conforme determina a NBR
14039, suportando as condições mais rigorosas de instalação e dos
ciclos de carregamento típicos das fontes de energias renováveis.

Richards
A Richards é uma marca líder na oferta de Protetores de Rede,
Relés e Automação para Sistemas Reticulados sob a Marca ETI
(divisão da mesma empresa), além de oferecer soluções espe-
ciais de conexões para redes aéreas e sistemas desconectáveis e
emendas de Média Tensão. A Richards baseada em NJ, EUA, tem
aproximadamente 480 colaboradores, atende a todos as Distribui-
doras de Energia, em especial as que operam Redes Reticuladas
em todo o globo, inclusive no Brasil. No Brasil, todos os clientes
que operam este tipo de sistema têm de alguma forma algum
trabalho interativo com a Richards, seja em Protetores de Rede,
Relés Micro-processados ou em Média
Tensão. A Richards apresentou na feira
duas grandes novidades. A primei-
ra são os Relés Micro-Processados
ENET, aptos a operar em Siste-
mas de Reticulado sob a tecnologia de Automação em Redes Ethernet, permitindo in-
clusive a troca eventual de Firmware em modo remoto, com hierarquia de password
e comunicação criptografada. Outra novidade é o sistema PROLINK (foto) de criação
da condição de frente morta pelo lado do Reticulado. O PROLINK permite abertura e
fechamento das conexões dos “SPADES” inclusive com aplicação de cadeados ou sis-
tema KIRK, aumentando significativamente a segurança dos eletricistas que operam o
sistema. O sistema PROLINK tem função de proteção ao eletricista.

POTÊNCIA 46
POWER GENERATION

Protege seus ativos


elétricos contra
os cupins
• Aumentar a duração de vida das instalações;
• Evitar interrupção de serviço, perda de produção;
• Evitar danos irreparáveis dos cabos de energia.

FORTIS® é a solução da Nexans para proteger seus ativos


elétricos contra os danos provocados por cupins. A proteção
dupla não afeta o raio de curvatura. A blindagem mecânica
permite que o cabo esteja enterrado diretamente no solo.
Ele suporta as condições mais rigorosas dos ciclos de
carregamento típicos das fontes de energias renováveis.
Mais em nexans.com.br
EVENTO
REDES SUBTERRÂNEAS 2023

Kanaflex
A Kanaflex iniciou suas atividades na América Latina em 1973, escolhendo o Brasil para essa im-
portante expansão. Começou produzindo mangueiras de PVC, motivada pela grande procura deste
tipo de produto para a mineração. Em 1984, iniciou a produção do duto corrugado de polietileno de
alta densidade Kanalex, tornando-se posteriormente padrão técnico de diversas concessionárias de
energia. O Kanalex elimina o envelo-
pamento em concreto reduzindo custo
e o tempo de instalação, minimizando
os transtornos de uma obra. Caso haja
a necessidade de contorno de obstácu-
los, o trecho de obra poderá ser feito
sem problemas respeitando-se o raio
de curvatura do produto. O Kanalex é
um duto fabricado em PEAD, na cor
preta, corrugado, flexível, imperme-
ável, destinado à proteção de cabos
subterrâneos de energia ou telecomunicações. É um duto
extremamente resistente as cargas mecânicas e ao ata-
que de produtos químicos. Está normatizado pela ABNT e
homologado pela maioria das concessionárias brasileiras.

KIT Acessórios
A KIT Acessórios oferece a seus clientes
soluções completas para terminais e emendas
de cabos elétricos de baixa e média tensão até
34 kV com alta tecnologia, plenamente testa-
das em seus laboratórios, e comprovadas por
anos de experiência em operação nos sistemas
elétricos. A KIT Acessórios é uma empresa de
capital brasileiro com sede no Rio de Janeiro
e vem se dedicando exclusivamente à produ-
ção de acessórios para cabos elétricos desde
o início dos anos 90. Possui representantes
comerciais distribuídos por diversos estados
do Brasil, para que sua especificação e aqui-
sição se tornem simples, seguras e eficazes.
Uma das soluções de destaque da empresa é
a Emenda contrátil a frio CSJ K30, para insta-
lação em sistemas de distribuição de energia
elétrica subterrâneos submersíveis ou não,
com caixas de emenda ou diretamente enter-
rados. Adequadas para cabos de potência com
isolação extrudada, com seção até 630 mm²,
6kV a 35kV. Destaques para vantagens como
conector torquímetro, montagem rápida, di-
mensões reduzidas, cobertura “Heavy Duty”
e alta confiabilidade.

POTÊNCIA 48
EVENTO
REDES SUBTERRÂNEAS 2023

BAUR
A BAUR possui uma história empresarial dinâmica.
O que há mais de 75 anos iniciou como uma pequena
empresa familiar, hoje é uma das empresas líderes mun-
diais na área da tecnologia de teste e de medição. Es-
pecialista em tecnologia para ensaios, localização de
falhas e diagnóstico de cabos isolados, a companhia Scan Box
mostrou instrumentos para localização de falhas em Nas redes subterrâneas, uma revolução silenciosa
cabos de MT, BT, AT com ou sem blindagem metálica está ocorrendo graças a uma inovação tecnológica, o
com aplicação em diversos segmentos na indústria e Scan Box. Ele é um sistema eletrônico de monitoramen-
em energias renováveis. Um dos destaques é a solução to inteligente customizável para subestações subter-
Viola TD, equipamento de teste e diagnóstico VLF para râneas de energia e espaços confinados. O que torna
cabos de média tensão. O instrumento, para ensaios de o Scan Box especial é a sua capacidade de monitorar
VLF e tangente delta para cabos de até 35 kV, é muito grandezas elétricas em tempo real com taxas de amos-
utilizado em parques fotovoltaicos e eólicos e indústrias. tragem de até 3,33kHz de uma forma completamente
Principais características: testes de tensão aplicada em não invasiva. Em um segmento onde o tempo e a pre-
VLF; testes de revestimento; ensaios de tangente delta cisão são cruciais, essa característica oferece aos pro-
e testes de tensão aplicada - modo DC. fissionais um nível de controle e visibilidade sem prece-
dentes. Além disso, o Scan Box vai além do monitora-
mento de grandezas elétricas. Ele pode monitorar uma
variedade de condições operacionais vitais. Imagine a
capacidade de verificar o funcionamento dos sistemas
de arrefecimento, detectar problemas de inundação, e
até mesmo rastrear o acesso à câmera em espaços con-
finados. O Scan Box é customizável não apenas em suas
funcionalidades, mas também em termos de comunica-
ção. Pode ser integrado a partir de várias tecnologias de
comunicação, incluindo PLC (Power Line Communica-
tion), 5G/4G, Ethernet (cabeada, wireless e fibra óptica)
e LoRaWAN. Esta flexibilidade, em termos de comunica-
ção, permite que o Scan Box seja instalado em qualquer
condição e consiga atender às necessidades específicas
de diferentes ambientes no contexto das redes subter-
râneas. Com tecnologia 100% brasileira, o Scan Box é
fruto de toda cadeia de pesquisas de P&D da ANEEL, a
partir da CEEE Equatorial e a UNIJUI, através do GAIC
(Grupo de Automação Industrial e Controle).

POTÊNCIA 49
EVENTO
REDES SUBTERRÂNEAS 2023

Grupo Engenharia EP
No ramo de construções de infraestruturas subterrâneas desde 2001, o grupo fornece soluções para empresas de
abastecimento de energia elétrica dos segmentos de Telecomunicações e Saneamento Básico, bem como para empresas
que utilizam cabos como meio de interligação. O grupo é formado por: Engenharia EP, empresa do ramo de Engenharia e
Construções de infraestruturas para redes subterrâneas de energia, telecomunicações, saneamento e outras; Eletricidade
EP, especializada em soluções de energia e que conta com uma equipe de engenheiros, técnicos e profissionais qualifi-
cados para atender aos diversos projetos e obras de construção, manutenção e comissionamento de redes subterrâneas,
em transmissão de até 345kV e distribuição até 34,5kV; Pré-moldados Paulistana, empresa de Engenharia para constru-
ção de peças em concreto pré-moldado para os segmentos de Concessionárias de Energia Elétrica, Telecomunicações,
Saneamento, Incorporadores e Construtoras; JAS Terraplanagem, Transporte e Locação, empresa de transporte e logística
do Grupo EP; e EP Realizações Imobiliárias, empresa de construções residenciais.

Deltatron Equipamentos e Serviços


Um dos destaques apresentados pela empresa é o equipamento para ensaios de tensão aplicada em VLF (Very
Low Frequency) - 65 kV AC pico, Modelo VLF-65E. Fabricado pela High Voltage, o aparelho possui as seguintes espe-
cificações técnicas - alimentação: 100-265 V AC, 50/60 Hz, 20A máx; tensão de saída: VLF Senoidal 0 - 65kV AC pico
/ 0-46 kV AC rms @ 28mA; DC: 0 - +-65 kV @ 40 mA (pos/neg); Onda quadrada: 0 - 65 kV AC pico @ 40 mA; teste
de capa: programável pelo usuário; utilização: contínua; frequência: 0,1 a 0,01 Hz em passos de 0,01 Hz; medições:
voltímetro: kV pico ou rms - precisão: +- 1% / amperímetro: mA pico ou rms - precisão: +- 1%; calculados: Capaci-
tância, Resistência, Tan Delta, Tensão de Ruptura e Tempo para Falha; gerenciamento de falha: queima
ou interrupção na falha; relatórios: até 50 testes podem ser armazenados na memória do equipamen-
to ou exportados para pendrive através
de uma porta USB; operação: no equipa-
mento ou remotamente através de softwa-
re; interface com PC: USB e wireless
XBee 802.15.4 (Não é bluetoo-
th) - Faixa: aprox.. 30 metros;
software para PC: incluso no
fornecimento - E-link com fun-
ção controle remoto e relatório
dos testes; cabos: alta tensão:
6 m flexível - Aterramento: 6
m - bastão de aterramento; di-
mensões e peso: 559 x 369 x 660
mm - 68 kg.

POTÊNCIA 50
EVENTO
REDES SUBTERRÂNEAS 2023

toneladas de bombonas plásticas em resina de polietileno


de alta densidade e em dutos corrugados, eletrodutos e

Plastibras drenos. Tem como propósito auxiliar o planeta na transfor-


mação verde. Um sonho: um mundo com 100% de plás-
Empresa guiada pela sustentabilidade, a Plastibras tico reciclado. Missão: transformar resíduos plásticos em
acredita que um futuro saudável para nosso planeta passa soluções para a cadeia de infraestrutura e de energia. A
pela economia circular. A companhia protege o meio am- Plastibras fabrica os produtos: PlastDuto®HD, PlastDre-
biente através da transformação de embalagens de defen- no®, PlastFlex® e acessórios. Os produtos são homolo-
sivos agrícolas vazias. Transforma anualmente milhares de gados nas principais concessionárias de energia do país.

Roxtec
Especialista em soluções de vedação para passagem de cabos em redes subterrâneas, a multinacional sueca Roxtec
foi fundada em 1990 e está presente em mais de 80 mercados (no Brasil, desde 2002). É líder global em sistemas de ve-
dação de cabos e tubulações, possuindo mais de 250 certificações globais e mais de 520 patentes. As soluções Roxtec
são utilizadas em câmaras transformadoras, caixas de passagem, galerias de cabos e redes. Oferecem todas proteções
num único produto: proteção contra incêndios (resistência ao fogo e jatos de fogo); proteção contra explosão (Classifi-
cação Ex com Certificação Inmetro para Zonas 1, 2, 21 e 22); prevenção de pestes (roedores, cobras e insetos); barreira
contra poeira e areia; estanqueidade à água (classificações até IP68 e IP69k; suportam pressão de água constante e ca-
tastrófica; evitam umidade e inundações; proteção contra vazamento de óleo); retenção e vibração (absorção de vibra-
ção e fixação de cabos e tubos); isolamento de ruído; estanqueidade de vapor e gás (vedações herméticas para áreas
pressurizadas e/ou climatizadas); blindagem eletromagnética - opcional (proteção contra interferência eletromagnética
- EMI e pulsos eletromagnéticos - EMP) e equipotencialização e aterramento - opcional (garantia de segurança em caso
de curto-circuito e descargas atmosféricas).

POTÊNCIA 51
EVENTO
REDES SUBTERRÂNEAS 2023

Chardon
A Chardon Brasil está atuando no país desde 2017 comercializando Religadores nas 3 classes de tensão (15 kV, 27 kV
e 38 kV), os quais já foram fornecidos para clientes como Celesc, Energisa, Light, ELFM, entre outros. A empresa anunciou
que está construindo uma nova planta fabril em Bragança Paulista – SP, que estará em operação já em 2024. A compa-
nhia acredita que com a nacionalização do produto será ainda mais competitiva, reforçando sua posição no mercado
brasileiro e da América Latina.

HT Cabos
Empresa pertencente ao Grupo Hengtong,
oferece soluções completas em cabos de ener-
gia, cabos de Alta Tensão isolados, condutores
nús, cabos OPGW e muito mais. As soluções para
sistemas de energia vão desde o projeto básico e
executivo da instalação até o fornecimento de ca-
bos e acessórios, instalação de cabos, terminais e
emendas, link boxes, sistemas de monitoramento
térmico e comissionamento do sistema conforme
normas vigentes. Tudo isso com garantia integral
do sistema e mão de obra qualificada. O Grupo
Hengtong é o segundo maior fabricante de cabos
do mundo. Possui uma cadeia industrial comple-
ta para produção de soluções de comunicação
óptica, de energia e submarinas. No mercado de
energia oferece soluções de Baixa, Média e Alta
Tensão, além de soluções para cabos submarinos,
cabos compostos, umbilicais, OPGW, entre outros.
Os produtos e serviços são ofertados para aplica-
ções em diversos segmentos, como green energy
e smart home.

POTÊNCIA 52
EVENTO
REDES SUBTERRÂNEAS 2023
PAINEL 1

Moderador: Hilton Moreno


(REVISTA POTÊNCIA / REDES SUBTERRÂNEAS)
Apresentações, Palestrantes e convidados para
o debate (da esq. Para a dir.)
◗ Clay Marcos Martins (CONSULTOR) - Concei-
tos importantes para projetos de redes subter-
râneas de média tensão, considerando energia
distribuída e carregamento de carros elétricos
na sua concepção
◗ Marcio Almeida da Silva (LIG Engenharia) - A
temática sobre a barreira política, legal e regu-
latória que impossibilita o crescimento ou surgi-
mento da rede de distribuição subterrânea no
cenário nacional
◗ Marcondes Silvestre Takeda (Prysmian) – Ca-
bos de Média Tensão com proteção anti-térmita
◗ Emerson Soares Nobre e Eliomar Simões Ferreira (Enel São Paulo) - Renovação da rede de distribui-
ção subterrânea na Região Central de São Paulo – Enel Grids

POTÊNCIA 53
EVENTO
REDES SUBTERRÂNEAS 2023
PAINEL 2

Moderador: Jobson Modena


(CONSULTOR)
Apresentações, Palestrantes e convidados para
o debate (da esq. Para a dir.)
◗ Marcos Aurélio Izumida Martins (FUNDAÇÃO
CERTI) - Case de sucesso – Urban Futurability
◗ Marcelo Furlan Garrido (ENEL GRIDS SÃO
PAULO) - LDS’s Parelheiros e Monumento – de-
safios, resultados e novas propostas de con-
versão de rede na área de concessão da Enel
Grids São Paulo
◗ Márcio da Rocha Santos (ENEL RIO DE JANEI-
RO) - Recondutoramento em redes subterrâne-
as suspensa em pedestais gerando integração
da Obra com o Meio Ambiente
◗ Felipe Martins Sacramento Silva (CEMIG DIS-
TRIBUIÇÃO) - Inibição de Furto RDS
◗ Rodrigo Brito Barbosa (ENEL GRIDS SÃO PAULO) - LDS’s Parelheiros e Monumento – desafios, resul-
tados e novas propostas de conversão de rede na área de concessão da Enel Grids São Paulo

POTÊNCIA 54
EVENTO
REDES SUBTERRÂNEAS 2023
PAINEL 3

Moderador: Jobson Modena


(CONSULTOR)
Apresentações, Palestrantes e convidados para
o debate (da esq. Para a dir.)
◗ Uriel Horta (PEXTRON) - Soluções em relés de
proteção e automação para protetores network
◗ Juliano Henrique Santos de Faria (TCE ENGE-
NHARIA) - Subestação Subterrânea Hermética,
Pressurizada, Automatizada e Isolada: Um Novo
Conceito
◗ Mario Sergio Cambraia (INSTITUTO FEDERAL
DE SÃO PAULO) - Automação da Redução de
Perdas Técnicas nos Sistemas Reticulados de
Distribuição Utilizando Redes Neurais em Re-
des Inteligentes (Smart Grid)
◗ Digo Vinícius João (FUNDAÇÃO CERTI) - Re-
des Subterrâneas, Microrredes e Recursos
Energéticos Distribuídos
◗ Clay Marcos Martins (CONSULTOR) – participação especial no debate
◗ Alexandre Ohara (S&C) - Ramais monofásicos subterrâneos: uma alternativa para conversão/constru-
ção de redes subterrâneas com maior confiabilidade e menor manutenção

POTÊNCIA 56
EVENTO
REDES SUBTERRÂNEAS 2023
PAINEL 4

Moderador: Daniel Bento


(BAUR e CIGRE BRASIL)
Apresentações, Palestrantes e convidados para
o debate (da esq. Para a dir.)
◗ Diego Falchi (CPFL Renováveis) - Oportunida-
des e desafios na implementação e gestão das
redes subterrâneas em energias renováveis
◗ Daniel Bento (BAUR e CIGRE BRASIL) - Rede
Subterrâneas em Parques Eólicos e Solares no
Brasil e no mundo
◗ Paulo Henrique Soares (VALE) - Oportunidades
e desafios na implementação e gestão das re-
des subterrâneas em energias renováveis
◗ Mario Cesar Alonso (NEXANS) - FORTIS – uma
solução inovadora e sustentável para proteger
redes subterrâneas

POTÊNCIA 57
EVENTO
REDES SUBTERRÂNEAS 2023
PAINEL 5

Moderador: Clay Marcos Martins


(CONSULTOR)
Apresentações, Palestrantes e convidados para
o debate (da esq. Para a dir.)
◗ Michael Borden (LINDSEY) - Underground
Smart Grid Connections
◗ Rodrigo Parizatto (CHARDON) - Underground
Smart Grid Connections
◗ Felipe Aguiar (TELCOMP) - Dificuldades das
empresas de telecomunicações para conversão
de redes aéreas em redes subterrâneas
◗ Melissa Vieira Bertollo (COMGAS) - Apresenta-
ção do NCO São Paulo (Núcleo Compartilhado
de Obras): descrição do projeto, análises e ca-
ses de sucesso
◗ Jean Ricardo dos Santos (ENEL GRIDS SÃO PAULO) – participação especial no debate
◗ Gabriela dos Santos Frade (ENEL GRIDS SÃO PAULO) – participação especial no debate
◗ Ricardo Batista Santos (SABESP) – participação especial no debate

POTÊNCIA 58
EVENTO
REDES SUBTERRÂNEAS 2023
PAINEL 6

Moderadora: Flávia Areal


(LIGHT)
Apresentações, Palestrantes e convidados
para o debate (da esq. Para a dir.)
◗ Carlos Eduardo Silva Santos (ENGENHARIA
EP) - Aplicação da metodologia BIM 3D em li-
nhas subterrâneas de energia elétrica em alta
tensão
◗ Maurício de Campos e Paulo Sérgio Sausen
(UNIJUI) - Monitoramento de eventos transitó-
rios em tempo real em redes subterrâneas da
CEEE Equatorial
◗ Felipe Pereira (CELESC) – Como é viabilizada a
conversão subterrânea em Santa Catarina
◗ Arthur Silva (EATON) - Tendências nos cálculos
de ampacidade de cabos
◗ Gustavo Silvestre (SILVESTRE ENERGIA / MV
ENGENHARIA) - Estrutura de Transição Aérea/
Subterrânea compacta
◗ Renato Ferreira (ISA CTEEP) – participação es-
pecial no debate
◗ Adriano Ramos Campos (ISA CTEEP) – participação especial no debate
◗ Adilson Valera Ruiz (PLASTIBRAS - foto em destaque) - 20 anos de ESG na prática

POTÊNCIA 59
EVENTO
REDES SUBTERRÂNEAS 2023
PAINEL 7

Moderador: Jobson Modena


(CONSULTOR)
Apresentações, Palestrantes e convidados para
o debate (da esq. Para a dir.)
◗ Ronaldo Tarcha (ROXTEC) - Sistemas de veda-
ção de cabos isolados em rede subterrânea
◗ Marcos Paulo de Morais (PRYSMIAN) - Atendi-
mento emergencial LTS 345 kV e a utilização do
sistema DAS para prevenção de danos às redes
subterrâneas
◗ Mario Daniel e Gabriel Maciel (KIT ACESSÓ-
RIOS) - Tecnologia das emendas contráteis a
frio e diagnósticos de falhas

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SUMÁRIO

POTÊNCIA 60
ARTIGO
TECNOLOGIA

Inteligência artificial
COMO O DESENVOLVIMENTO DE MODELOS INTELIGENTES TRAZEM
BENEFÍCIOS AOS USUÁRIOS EM APLICAÇÕES DE PROTEÇÃO CONTRA
DESCARGAS ATMOSFÉRICAS E ATERRAMENTO

A
Inteligência Artificial (IA) deixou o ambiente científico e tornou-se parte integrante de muitas das
nossas interações do cotidiano e com os dispositivos que nos rodeiam. Da antiguidade ao século
XXI, dos filósofos gregos a Turing e McCarthy, chegamos a modelos capazes de gerar imagens
realistas e múltiplas aplicações na indústria. Esta é uma breve introdução à Inteligência Artificial
e como o departamento de P&D&I da Aplicaciones Tecnológicas se especializou na criação de modelos
treinados e em constante evolução para conseguir a eficiência em suas soluções que se adaptam às ne-
cessidades dos clientes.
A Inteligência Artificial, também conhecida pela sua abreviatura (IA) ou pela sua abreviatura em inglês
(AI), é definida, em termos gerais, como um campo de estudo que procura desenvolver sistemas informá-
ticos e algoritmos que apresentem capacidades semelhantes às humanas. As origens do que hoje conhe-
cemos como IA remontam à década de 1940, quando os cientistas começaram a investigar a possibilidade
de criar máquinas capazes de aprender e raciocinar, ideias que anteriormente eram mera especulação.
O conceito primordial de Inteligência Artificial remonta à antiguidade e à reflexão filosófica sobre a
natureza da inteligência e a possibilidade de mecanização do pensamento humano. Foi nessa altura que
surgiram os primeiros mitos sobre os autómatos (máquinas que imitam a figura e os movimentos de um
ser animado), como o gigante Talos, o proto androide defensor de Creta[1].
A representação da inteligência artificial na ficção tem sido uma fonte de inspiração e reflexão desde
o seu início. Autores como Isaac Asimov imaginaram mundos povoados por robôs com leis éticas incor-
poradas na sua programação, enquanto obras como 2001: Uma Odisseia no Espaço, de Arthur C. Clarke,
exploraram a interação entre os seres humanos e uma forma de inteligência artificial chamada HAL 9000.
Estas obras literárias e cinematográficas ajudaram a moldar a percepção pública da IA e levantaram ques-
tões fundamentais sobre a ética e a coexistência entre humanos e máquinas.

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SUMÁRIO

Foto: ShutterStock

POTÊNCIA 61
ARTIGO
TECNOLOGIA

Um dos primeiros marcos no desenvolvimento da IA foi o trabalho do matemático britânico Alan Tu-
ring. Em 1950, publicou um artigo intitulado Computing Machinery and Intelligence [2], no qual colocava a
questão. “Podem as máquinas pensar?” e propôs o Teste de Turing, um método para determinar, através
de perguntas, a capacidade de uma máquina apresentar um comportamento inteligente semelhante ao
de um ser humano. O legado das ideias de Turing continua até os dias de hoje. Uma versão inversa desse
teste, denominada Completely Automated Public Turing test to tell Computers and Humans Apart (CAP-
TCHA) é utilizada diariamente como medida de segurança para discernir se um humano ou uma máquina
está a tentar aceder a um sistema.
Em 1956, John McCarthy, Marvin Minsky, Claude Shannon e outros cientistas organizaram a Conferên-
cia de Dartmouth sobre Inteligência Artificial, cujas conclusões deram origem ao termo que todos conhe-
cemos. Esta conferência é considerada o ponto de partida da IA moderna. [3]
Ao longo das décadas, a IA registrou grandes progressos. Atualmente, é utilizada numa vasta gama de
aplicações, desde a medicina à indústria, e entrou no nosso quotidiano através de modelos generativos
de texto e imagem, como o ChatGPT. No contexto industrial, a IA é utilizada para automatizar tarefas, me-
lhorar a eficiência e a produtividade e tomar decisões mais informadas.

Dentro da IA: aprender a evoluir


A Machine Learning (ML) é um campo da IA especializado em algoritmos e técnicas que permitem às
máquinas aprenderem com os dados e melhorar o seu desempenho com base na experiência. No âmbito
do ML, o Deep Learning centra-se em algoritmos baseados em redes neuronais profundas, que são cons-
truídas como uma analogia ao cérebro humano.
O departamento de P&D&i da Aplicaciones Tecnológicas desenvolve modelos e ferramentas perso-
nalizadas baseadas em IA para resolver problemas relacionados com dados de diferentes fontes, como
o setor médico ou energético, aplicando estes sistemas e algoritmos com um objetivo claro: digitalizar
processos para entregar soluções de alta qualidade, capazes de evoluir e otimizar qualquer sistema.
A capacidade crescente da IA para reconhecer padrões através de dados de sensores permite, por
exemplo, verificar em tempo real o estado de uma infraestrutura elétrica para detectar avarias, tanto da
própria instalação como dos ativos a ela ligados.

Como funciona um modelo de IA?


O funcionamento dos modelos de Inteligência Artificial baseia-
-se na interpretação de grandes quantidades de dados. No entanto,
estas unidades de informação, por si só, não têm qualquer utilidade
se não forem processadas.
Por exemplo, na aprendizagem supervisionada, para que um mo-
delo aprenda a reconhecer padrões e relações nas informações que
recebe, é necessário fornecer-lhe um conjunto de dados rotulados
que lhe permitam compreender o resultado pretendido. Isto significa
que precisa saber qual é a resposta correta para cada entrada, a fim
de ajustar os seus parâmetros, melhorar a sua precisão ao longo do
tempo e interpretar esses dados de uma forma que forneça infor-
mações úteis.

POTÊNCIA 62
ARTIGO
TECNOLOGIA

A sensorização inteligente das soluções da Aplicações Tecnológicas recolhe dados brutos para os
transformar, através de um modelo treinado, em informações úteis para o usuário. Isto permite otimizar os
processos e detectar anomalias à medida que estas ocorrem.

Quais são as suas aplicações?


Um modelo de inteligência artificial (IA), como o desenvolvido pela Aplicaciones Tecnológicas, abre um
horizonte sem limites para conseguir a eficiência de um sistema de aterramento, tanto do próprio sistema
como também de qualquer equipamento conectado.
A IA e a aprendizagem automática podem detectar qualquer anomalia e sinalizá-la em tempo real, para
efetuar a manutenção corretiva o mais rapidamente possível e em caso de qualquer eventualidade (roubo
de equipamento, avaria do equipamento etc.).
Desta forma, as empresas protegem os seus ativos, reduzem o desperdício de energia devido a fa-
lhas e poupam custos. Além disso, através do reconhecimento de padrões, e com base nos dados que
registra, pode também prever quando serão necessárias ações de manutenção preventiva para evitar
situações críticas.
Enquanto empresa que disponibiliza serviços de outsourcing, especializámo-nos em fornecer solu-
ções personalizadas de Smart Digital Ecosystems aos nossos clientes, permitindo-lhes externalizar as
suas necessidades de análise de dados e de inteligência artificial. Isto ajuda-os a concentrarem-se nas
suas atividades principais e a reduzirem os custos, ao mesmo tempo que beneficiam da nossa experiên-
cia e competências técnicas no desenvolvimento e competências técnicas no desenvolvimento e imple-
mentação de soluções baseadas em IA
A evolução da IA continuará a desempenhar um papel fundamental em moldar o futuro, proporcionan-
do soluções inovadoras e de alta qualidade para uma variedade de setores.

FONTES
[0] Aplicaciones Tecnologicas website (www.at3w.com)
[1] Mayor, Adrienne. Gods and Ro-
bots: Myths, Machines, and An-
cient Dreams of Technology
(Princeton University Press, 2018)
[2] Turing, A.M. Computing Machi-
nery and Intelligence. Mind, Vo-
lumen LIX, Número 236, Octu-
bre1950, Páginas 433–460.
[3] 
Artificial Intelligence Coined at
Dartmouth. (Dartmouth Milesto-
nes website)

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POTÊNCIA 63
EXPO & FÓRUM
Centro de Convenções
Frei Caneca - São Paulo (SP)
07 e 08 de Outubro de 2024

CADERNO ESPECIAL REDES SUBTERRÂNEAS


CUIDADOS NA IMPLEMENTAÇÃO DE REDES SUBTERRÂNEAS

Que tipo de Rede Subterrânea


você quer operar?
N
ão é novidade que estamos entrando em um período do ano que é caracterizado por chuvas
intensas. Segundo especialistas, mudanças climáticas globais têm impactado fortemente na in-
tensidade com que estas chuvas acontecem e na velocidade dos ventos.
Não é novidade, também, como a população é afetada por estas chuvas e ventos não só pela
mobilidade urbana, mas pela falta de um bem tão precioso para a vida moderna como a energia elétrica.
A predominância de redes de distribuição de energia elétrica aéreas, atrelada a um florestamento urbano
desordenado, é a principal causa raiz deste problema, que afeta nossas comunidades todos os anos.
Sempre que somos confrontados com problemas que afetam a população, com milhares de consu-
midores ficando horas (e até dias) sem energia, como os recentes fatos vistos em São Paulo no início de
novembro de 2023, o debate sobre a viabilidade de redes subterrâneas retorna à tona.
Retornamos, então, às mesmas narrativas de fontes de financiamento para conversão de redes ou de
quem é a responsabilidade. Fato é que este é um tema com forte viés técnico (tanto de engenharia, quan-
to regulatório) e tentar politizar eventos, como os relatados aqui, não tem surtido efeito algum nos últimos
anos, sendo que pouquíssimas iniciativas relevantes saíram do papel.
Foto: ShutterStock

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POTÊNCIA 65
EXPO & FÓRUM
Centro de Convenções
Frei Caneca - São Paulo (SP)
07 e 08 de Outubro de 2024

CADERNO ESPECIAL REDES SUBTERRÂNEAS


CUIDADOS NA IMPLEMENTAÇÃO DE REDES SUBTERRÂNEAS

Este artigo tem por objetivo não tratar de temas políticos ou mesmo de regulação nacional, mas trazer
importantes e breves “insights” para a equipe de engenharia de distribuição, sobre o que levar em conta
quando construímos uma nova rede de distribuição subterrânea.

Então, a pergunta de hoje é: que tipo de rede você quer operar após a
conclusão da conversão de redes aéreas para redes subterrâneas?
Muitas vezes geramos problemas de operação que produzem aumento de custos de O&M de nossas
redes de distribuição subterrânea, por questões obvias que poderiam ter sido evitadas no período de
concepção da solução técnica a ser aplicada, durante a elaboração de um projeto de conversão de rede
aérea para rede subterrânea. No dito popular: “damos um tiro no nosso próprio pé”.

Vamos então a 4 pontos práticos, importantes e estratégicos na elaboração de um projeto de conversão:


1. Nunca concebam um projeto de redes subterrâneas sem contingência: redes subterrâneas são
excelentes, até o momento que ocorre uma falha e como, em qualquer sistema elétrico, elas estão
sujeitas a eventos indesejados. O tempo de localização de uma falha e reparo da rede subterrânea
pode durar até 10 vezes mais do que um evento na rede aérea, que podemos estimar, expresso em
horas, algo da ordem de 18 horas entre localização e reparo na rede subterrânea. Isto por razões
óbvias pois, diferente da rede aérea, nas redes subterrâneas as falhas não são visíveis por inspeção
simples e os componentes que necessitam ser reparados não são de simples acesso, sendo, por
vezes, necessário escavar a via pública. Em resumo, elaborar projetos de redes subterrâneas sem
contingência é simplesmente enterrar fios.
Quando propomos uma solução para uma determinada região, temos que pensar e simular diversas
condições de falhas, de operação da rede e de como garantir o fornecimento de energia elétrica para os
clientes, enquanto as equipes investigam a causa da falha e realizam os reparos necessários para retornar
a rede a sua condição original de trabalho. Desenvolver soluções de conversão de rede, sem flexibiliza-
ção operativa é aceitar que falhamos como técnicos do setor.

Foto: ShutterStock

POTÊNCIA 66
EXPO & FÓRUM
Centro de Convenções
Frei Caneca - São Paulo (SP)
07 e 08 de Outubro de 2024

CADERNO ESPECIAL REDES SUBTERRÂNEAS


CUIDADOS NA IMPLEMENTAÇÃO DE REDES SUBTERRÂNEAS

Foto: ShutterStock

2. Evitem casos pontuais de enterramento de rede aérea: talvez este seja o maior desafio dos técnicos
de setor de distribuição pela pressão de custos, porém, ceder a esta condição trará dois problemas futuros:
Investimentos não prudentemente aplicados, pois certamente você terá um benefício estético, para
aquele pequeno trecho onde a rede subterrânea foi aplicada, porém, haverá uma expectativa não corres-
pondida de termos um benefício de qualidade, que não vai acontecer, pois a performance daquela solu-
ção estará totalmente afeta ao desempenho da rede de distribuição aérea que atende aquela localidade;
Aquela conversão pontual pode estar inserida em uma área de larga aplicação de redes aéreas e os
sites operacionais da concessionaria, que fazem a operação daquela localidade, necessitam ter equipes,
equipamentos, ferramentas e estoque específicos por conta de uma pequena aplicação de redes subter-
râneas, sem o devido planejamento anterior.

3. Evitem operações que envolvam espaços confinados: este “insight” é importante, principalmente
para novas redes de distribuição subterrânea, pois é notório que a conversão de grandes centros urba-
nos, trazem restrições como, espaço no mobiliário urbano para instalação de equipamentos, elevada
densidade de carga etc. Nesta altura, você já deve saber que falamos de aplicação de equipamentos tipo
“pad-mounted”, onde os benefícios para operação são substancialmente superiores, se comparados a
equipamentos instalados em câmaras subterrâneas, citamos abaixo alguns destes benefícios:
a. Menor risco laboral para os técnicos que operam a rede, por não haver a componente de gases tóxi-
cos, que podem estar presentes em espaços confinados, principalmente em vias públicas;
b. Os riscos ao trabalhador também são mitigados, por não haver trabalhos em altura, lembrando que es-
paços confinados em redes de distribuição subterrâneas são comumente caracterizados por descidas
em escada com altura superior à 1,80 metros;
c. Operação minimizada a 2 profissionais, ao invés de 3 profissionais por força de legislação (conforme
Norma Regulamentadora 10 e 33);
d. Maior agilidade de operação, pelo fato de não haver necessidade de eventualmente esgotar a água
do ambiente e efetuar medição de gases tóxicos. Somente nestes dois itens exemplificados, estamos
contabilizando cerca de 1 hora a menos de tempo de operação;

POTÊNCIA 67
EXPO & FÓRUM
Centro de Convenções
Frei Caneca - São Paulo (SP)
07 e 08 de Outubro de 2024

CADERNO ESPECIAL REDES SUBTERRÂNEAS


CUIDADOS NA IMPLEMENTAÇÃO DE REDES SUBTERRÂNEAS

Foto: ShutterStock

Importante reforçar que, equipamentos “pad-mounted” não são somente transformadores, mas sim
pontos de manobra de dispositivos desconectáveis nas chamadas “junction box” ou chaves de transfe-
rência/manobra, que fazem parte desta família de soluções também.

4. Inteligência de rede é sempre bem-vinda: soluções de supervisão e controle para agilidade na


localização de falhas são ações extremamente desejáveis na concepção de um desenvolvimento de
uma solução de rede subterrânea. Identificadores de falta com tele supervisão, sistemas “self-healing”,
telecomandos etc., são aplicações que no contexto geral da obra, não são soluções que devam impactar
substancialmente os custos e trazem incalculáveis benefícios para a operação de uma rede de distribui-
ção subterrânea. Este é o ponto onde profissionais de desenvolvimento de novas tecnologias, no setor
de energia, tem mais trabalhado ultimamente e as soluções que já estão disponíveis em prateleira de
fornecedores confiáveis são muitas e devem ser consideradas pelos profissionais do setor. Conceitos de
Smart Grid são fartamente aplicadas em redes subterrâneas em todo o Mundo e podem trazer benefícios
de confiabilidade de diversos níveis. Cabe a um bom projetista aplicar esta cesta de soluções conforme
diretrizes estratégicas da Organização.
Por fim, comumente ouvimos que os custos de O&M de uma rede subterrânea fazem com que ela se
pague no futuro, porém, isto não é absolutamente verdade, principalmente quando falamos de redes con-
vencionais (equipamentos submersíveis) e sem qualquer flexibilidade operativa ou inteligência de opera-
ção. Devemos trabalhar em soluções de menor custo, não somente na implantação, mas sim na operação
desta rede, podendo trazer esta afirmação para a condição de verdadeira e
Foto: Divulgação

viabilizarmos o tão desejado crescimento de redes subterrâneas, no nosso


País colocando em pratica um forte anseio da sociedade.
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SUMÁRIO NILSON BARONI JR. PMP, CONSULTOR,
ESPECIALISTA EM REDES SUBTERRÂNEAS

POTÊNCIA 68
ARTIGO
INCENTIVOS FISCAIS

Incentivos Fiscais a
Projetos de Infraestrutura de
Geração de Energia Elétrica
E
xiste um grande número de empreendedores (ou de potenciais empreendedores) de projetos de
infraestrutura de geração de energia elétrica (dentre outros tipos) que ainda não conhecem as po-
líticas públicas de incentivos fiscais para tais projetos, disponibilizadas pelo governo federal. As-
sim, este artigo pretende abordar dois desses principais incentivos: i) Regime Especial de Incen-
tivos para o Desenvolvimento da Infraestrutura (REIDI); e ii) Projeto Prioritário de Infraestrutura de Energia
Elétrica, nos termos do art. 2º da Lei nº 12.431, de 24 de junho de 2011.
Iniciando pelo REIDI, cabe mencionar que foi estabelecido por meio da Lei nº 11.488, de 15 de junho
de 2007, e regulamentado pelo Decreto nº 6.144, de 3 de julho de 2007, e suspende a exigência da Con-
tribuição para o Programa de Integração Social e de Formação do Patrimônio do Servidor Público (PIS/
PASEP) e da Contribuição para o Financiamento da Seguridade Social (COFINS), nas aquisições, locações
e importações de bens e nos serviços, vinculadas ao projeto de Infraestrutura aprovado. A referida sus-
pensão pode chegar até o limite de 9,25% desses tributos.
O pedido de adesão ao REIDI pode ser apresentado à Agência Nacional de Energia Elétrica (ANEEL),
por pessoa jurídica de direito privado, titular de projeto para implantação de geração de energia elétrica
das seguintes categorias, conforme disciplina constante da Portaria do Ministério de Minas e Energia
(MME) nº 318, de 1º de agosto de 2018:
◗ Geração de energia elétrica decorrente de participação de licitação, na modalidade Leilão no Ambiente
de Contratação Regulado (ACR), inclusive soluções de suprimento nos Sistemas Isolados;
◗ Geração de energia elétrica no Ambiente de Contratação Livre (ACL); e
◗ Geração de energia elétrica decorrente de ampliação de que trata o art. 2º da Portaria MME nº 418, de
27 de novembro de 2013.

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SUMÁRIO

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POTÊNCIA 69
ARTIGO
INCENTIVOS FISCAIS

Observa-se que em razão do disposto na Lei nº 14.300, de 6 de janeiro de 2022, art. 28, há previsão
para que os projetos de minigeração distribuída possam acessar tal política pública, o que depende de
regulamentação por parte do governo.
Após a análise da Agência, o processo é enviado ao MME para avaliação e emissão de portaria específica
de aprovação do enquadramento do projeto no REIDI ou do despacho de indeferimento do requerimento.
Em caso de aprovação do enquadramento, a pessoa jurídica, titular do projeto, deve requerer sua habi-
litação ao Regime junto à Secretaria da Receita Federal do Brasil (SRFB), a fim de fazer jus aos respectivos
benefícios.
Os empreendedores precisam estar atentos com relação ao prazo máximo de fruição deste benefício,
ou seja, eles têm até cinco anos contados (da data da habilitação de pessoa jurídica, titular do projeto,
junto à SRFB) para concluir o projeto, incorporando ou utilizando, na obra de infraestrutura, os bens ou
os serviços adquiridos ou importados com o regime do REIDI. Caso isso não ocorra no prazo estipulado,
a pessoa jurídica beneficiária do REIDI fica obrigada a recolher as contribuições não pagas em função
da suspensão das referidas Contribuições, acrescidas de juros e multa de mora ou de ofício, conforme
estabelece a lei e regulamento.
Cabe ainda salientar que não é possível obter este benefício para os bens e serviços já adquiridos, vis-
to que na nota fiscal deve constar o número da portaria que aprovou o projeto, o número do ato da SRFB
que concedeu a habilitação ao REIDI à pessoa jurídica adquirente, dentre outras exigências.
Vale comentar que está em tramitação no Congresso Nacional proposta de alterações tributárias, o
que deverá conduzir a alterações também na política do REIDI.
O segundo incentivo fiscal a ser abordado é a aprovação de Projeto Prioritário de Infraestrutura de
Energia Elétrica, nos termos do art. 2º da Lei nº 12.431, de 24 de junho de 2011.
Conforme dispõe o art. 2º da Lei nº 12.431, de 2011, regulamentado pelo Decreto nº 8.874, de 11 de outubro
de 2016, há benefícios fiscais aos adquirentes de debêntures emitidas por sociedade de propósito específico,
concessionária, permissionária, autorizatária ou ar-
rendatária, ou por sociedades controladoras dessas
pessoas jurídicas, constituída sob a forma de socie-
dade por ações para, entre outros fins, implementar
projetos de investimentos em infraestrutura consi-
derados como prioritários. Assim, tal política visa o
financiamento de projetos de infraestrutura conside-
rados prioritários pelo governo federal.
Os adquirentes das debêntures incentivadas
têm o benefício de isenção tributária, se pessoa
física, ou redução para 15%, se pessoa jurídica qua-
lificada nos termos do referido artigo.
Para acesso a esse benefício, o empreendedor
deve atender às condições e procedimentos es-
pecíficos para a aprovação dos projetos de investi-
mentos, que no caso de geração de energia elétrica
constam na Portaria nº 364/GM/MME, de 13 de se-
Foto: ShutterStock

tembro de 2017, submetendo o seu requerimento ao


MME, para avaliação.

POTÊNCIA 70
ARTIGO
INCENTIVOS FISCAIS

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Dentre os projetos de geração passíveis de aprovação como prioritários merecem destaque:
◗ Implantação de central geradora de energia elétrica objeto de outorga de concessão ou autorização
do MME ou da ANEEL, inclusive soluções de suprimento nos Sistemas Isolados de que trata o art. 8º,
inciso I, do Decreto nº 7.246, de 28 de julho de 2010; e
◗ Melhorias em instalações de usina hidrelétrica objeto de concessão, que compreenda instalação, subs-
tituição ou reforma de equipamentos de geração existentes ou adequação da instalação, visando man-
ter a qualidade da prestação de serviço, conforme dispõe a Lei nº 8.987, de 13 de fevereiro de 1995, e
regulamentação da ANEEL.
Tal como mencionado no REIDI, o art. 28 da Lei nº 14.300, de 2022, também estabeleceu previsão
para que os projetos de minigeração distribuída possam fazer uso desta política pública, a depender de
regulamentação por parte do governo.
Segundo análise do MME, será editada portaria específica de aprovação do projeto como prioritário,
para fins do art. 2º da Lei nº 12.431, de 2011, ou será emitido despacho de indeferimento do pedido.
Salienta-se há a possibilidade de requerer tal benefício em qualquer fase do projeto, inclusive após a
sua conclusão desde que respeitado o prazo relativo à data de encerramento da oferta pública das de-
bêntures, para fins de reembolso de gastos, despesas ou dívidas, de que trata o art. 1º, § 1º-C, da Lei nº
12.431, de 2011 (atualmente em 24 meses), contado a partir da data de implantação do projeto. Há propos-
ta legislativa que visa alterar este prazo para 60 meses.
Os valores obtidos por meio da emissão de debêntures não alocados no projeto de investimento ficam
sujeitos à multa a ser aplicada pela SRFB na forma da legislação.
Com relação ao acompanhamento dessa política pública, o Ministério da Fazenda elabora Boletins In-
formativos de Debêntures Incentivadas, que apresentam de forma sucinta e resumida os principais dados
e informações relacionados a debêntures incentivadas.
Finalmente, encontra-se em tramitação no Congresso Nacional o Projeto de Lei (PL) nº
2.646/2020, que dispõe sobre uma nova forma de financiamento denominada “debêntures de
infraestrutura”. Para fins de esclarecimento, enquanto nas debêntures incentivadas o bene-
CLIQUE fício tributário vai para o adquirente da debênture, nas debêntures de infraestrutura, se

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aprovadas, o benefício atenderá à pessoa jurídica emissora das debêntures.

SUMÁRIO
ROGÉRIO GUEDES DA SILVA ANALISTA DO MINISTÉRIO DE MINAS E ENERGIA

POTÊNCIA 71
ARTIGO
INOVAÇÃO INDUSTRIAL

Construindo o caminho da
inovação industrial sustentável
A
inovação industrial sustentável é o processo de desenvolvimento e implementação de novas
tecnologias, práticas e estratégias que reduzem o impacto ambiental e aumentam os benefícios
sociais e econômicos das atividades industriais, substituindo a inovação convencional orientada
para o mercado, e gerando novos modelos de negócios.
Através da inovação, da automação industrial, da análise avançada, da digitalização, da eletrificação
e da eficiência dos processos, as operações que sustentam a economia global podem moldar um futuro
mais sustentável. Empresas com foco no futuro estão transformando seu modelo de negócios desen-
volvendo tecnologias com baixa emissão de carbono e produtos mais sustentáveis, bem como buscam
reorientar as cadeias de abastecimento para práticas mais circulares.
Essa transformação na produção industrial é um dos grandes desafios no caminho para a sustentabi-
lidade, visando atender aos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável da Agenda 2030 da ONU, com
foco especial no Objetivo 9, que trata da Indústria, Inovação e Infraestrutura. O Objetivo 9 busca construir
infraestruturas resilientes, promover a industrialização sustentável e fomentar a inovação. O Programa das
Nações Unidas para o Meio Ambiente fala de um “novo paradigma econômico – um em que a riqueza ma-
terial não é adquirida à custa de riscos ambientais crescentes, escassez ecológica e disparidades sociais”.
Para isso, é preciso implementar políticas e estratégias de mercado que valorizem a redução do impac-
to ambiental das atividades industriais, priorizando os investimentos em inovação verde. Nesse cenário, a
parceria com toda a cadeia produtiva é fundamental, identificando oportunidades para atingir os objetivos
de sustentabilidade.

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SUMÁRIO
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POTÊNCIA 72
ARTIGO
INOVAÇÃO INDUSTRIAL

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Benefícios são inúmeros
As empresas que adotam os princípios da inovação industrial sustentável certamente obtêm benefí-
cios em toda a cadeia de valor da produção, aumentando a produtividade, reduzindo as perdas de mate-
riais, melhorando o serviço ao cliente e os prazos de entrega, engajando seus funcionários e reduzindo
seu impacto ambiental. Estes ganhos podem impulsionar a posição competitiva de uma empresa quando
escalados através das redes.
Há uma notável diferença entre as fábricas inteligentes de hoje e as fábricas mais avançadas de uma
década atrás. Os avanços em indústria 4.0, automação industrial, dados e análises (big data), inteligência
artificial, juntamente com a variedade de soluções e produtos disponíveis no mercado, significam que o
setor industrial pode escolher entre centenas de aplicações para melhorar seu modo de operação.
De acordo com a consultoria McKinsey, essas aplicações, quando implementadas com um planeja-
mento adequado, proporcionam retornos mensuráveis. Os estudos da consultoria indicam que é possível
alcançar reduções de 30% a 50% no tempo de inatividade das máquinas, aumentos de 10% a 30% no
rendimento, melhorias de 15% a 30% na produtividade do trabalho e previsões 85% mais precisas.
No entanto, como destacado e comprovado pelos gestores em suas atividades cotidianas, para que
a estratégia de inovação sustentável seja eficaz, é fundamental alocar recursos de forma apropriada,
assegurar a viabilidade dos projetos e reportar os retornos do investimento. Estes
Foto: Divulgação

são elementos essenciais na construção de um ambiente industrial inovador


e sustentável. É uma jornada que deve ser prioridade para os líderes de
negócios.
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SUMÁRIO PEDRO OKUHARA ESPECIALISTA DE PRODUTOS E
APLICAÇÕES NA MITSUBISHI ELECTRIC

POTÊNCIA 73
ARTIGO
EVENTOS INTERNACIONAIS

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SUMÁRIO

Foto: ShuttrerStock

Participação no ICLEASM
e CIGRE SIPDA 2023
N
este artigo vou fazer um relato da participação em dois eventos científicos e outras reuniões
que ocorreram no período de 27/09/2023 a 15/10/2023 nas cidades de Kathmandu (Nepal) e
Suzhou (China).
Os eventos científicos foram: o ICLEASM – International Conference on Lightning Electro-
magnetics and Applications of Semiconducting Materials no Nepal (Kathmandú) e o CIGRE-SIPDA 2023
– International Colloquium on Lightning and Power System – International Symposium on Lightning Pro-
tection na China (Suzhou).

1. Atividades no Nepal
As atividades técnicas no Nepal tiveram início antes do ICLEASM:
a. No dia 29 de setembro de 2023, reunião com o Prof. Shriram Sharma (Chairman do ICLEASM) e Dr.
Prem Raj Dhungel (Diretor executivo da SALNET - South Asian Lightning Network) para definição das
atividades anteriores a ICLEASM.
b. No dia 30 de setembro de 2023, reunião com Prof. Shriram Sharma; Dra. Mary Ann Cooper (Universi-
dade de Illinois e diretora da ACLENET – African Centres for Lightning and Eletromagnetics Network)
e Prof. Chris Andrews (The University of Queensland - Australia) para definição das apresentações
no Nepal Medical Council e encontro com médicos, ver Foto 01.

POTÊNCIA 74
ARTIGO
EVENTOS INTERNACIONAIS

Foto 01: Reunião com Dr. Shriram Sharma (Nepal); Dra. Mary Ann Cooper e Prof. Chris Andrews.

c. No dia 01 de outubro de 2023 domingo de manhã, reunião com o Dr. Bhagawan Koirala, chefe do
Conselho Nepalês de Medicina. Reunião para divulgação de acidentes e políticas de segurança para
evitar mortes por raios e como atuar com feridos por descargas atmosféricas (90% das pessoas atin-
gidas por raios sobrevivem, porém com sequelas), ver Foto 02.

Foto 02: Reunião com Conselho Nepalês de Medicina

POTÊNCIA 75
ARTIGO
EVENTOS INTERNACIONAIS

d. Em 01/10/2023 à tarde, reunião no Ministério da Saúde do Nepal: reunião com médicos com apre-
sentações de acidentes, tipos de ferimentos e formas de tratamento. Alguns médicos presencial-
mente, reunião transmitida on-line para outros médicos no Nepal e com a participação de Mitchel
Guthrie (Ex chairman do TC 81 da IEC e convenor de MT da IEC) on-line, direto dos USA, falando
sobre as normas de proteção.
e. Em 02/10/2023, apresentação no Ministério de Desastres Naturais do Nepal para ministro, asses-
sores e mais umas 50 pessoas. Mostrei dados recentes de acidentes no Brasil, distribuição dos aci-
dentes por região, idade, gênero, profissão, atividades e apresentei as atividades que estão sendo
realizadas no Brasil para segurança com descargas atmosféricas (APPAR, ILSD BRAZIL, etc). Teve ou-
tras apresentações de Shriram Sharma, Mary Ann Cooper, Chris Andrews, Mitch Guthrie, ver Foto 03.

Foto 03: Ministério de Desastres Naturais do Nepal

f. Em 03/10/2023, visita à Universidade de Tribhuvan – Campus Amrit em Kathmandu, ver Foto 04.

Foto 04: Universidade de Tribhuvan - Campus Amrit – Departamento de Física

POTÊNCIA 76
ARTIGO
EVENTOS INTERNACIONAIS

g. 04/10/2023: Início do ICLEASM (Evento internacional em que faço parte do Technical Committee) –
abertura, ver Foto 05.

Foto 05: ICLEASM – Abertura.

A Abertura do evento teve a presença de autoridades das universidades que organizaram o evento e
ministros do governo do Nepal. No encerramento houve a presença do primeiro-ministro do Nepal.
Esta conferência foi a primeira organizada pela Salnet – South Asian Lightning Network e pelo Atmos-
pheric and Material Science Research Center (Department of Physics – Amrit Campus – Tribhuvan Univer-
sity Nepal – supported by International Science Programme Uppsala University Sweden). O evento teve
dois focos distintos, a proteção contra descargas atmosféricas e os materiais semicondutores. Na parte
de descargas atmosféricas, a maior parte dos trabalhos foram na área de localização dos raios e sistemas
de detecção e acidentes com descargas atmosféricas e normalização.
h. 04/10/2023: participação como Co chair da primeira sessão do evento: Localização de descargas
atmosféricas (Chair: Dr. Chris Andrews), com palestra do Prof. Collin Price (de Israel), Stephane Schm-
mitt (da França) e outras. Ver Foto 06.

Foto 06: Co chair da Sessão 01.

POTÊNCIA 77
ARTIGO
EVENTOS INTERNACIONAIS

i. 05/10/2023: de manhã (6:00 hs) – voo panorâmico ao Himalaya para ver o Monte Everest – Foto 07.

Foto 07: Himalaya – Monte Everest.

j. 05/10/2023: Sessão de Lightning: acidentes, normalização. Palestras de Mary Ann Cooper (USA e
Africa); Mitch Guthrie (USA), Gopa Gumar (India) e outros. Ver Foto 08.

Foto 08: Palestras de Mary Ann Cooper (USA e África)

A Dra. Mary Ann Cooper, MD, Professora Emérita de Medicina de Emergência, aposentou-se da Univer-
sidade de Illinois em Chicago (UIC) em 2009. Como professora da UIC, ela ocupou cargos adicionais no
corpo docente nos Departamentos de Neurologia e Bioengenharia. A Dra. Cooper se formou em medicina
pela Michigan State University e completou sua residência em medicina de emergência na Universidade
de Cincinnati. Como uma das primeiras líderes em medicina de emergência, a Dra. Cooper participou na
elaboração dos currículos iniciais e das normas de acreditação para o treinamento na especialidade de
medicina de emergência, foi examinadora oral do conselho por mais de uma década, realizou bolsas em

POTÊNCIA 78
ARTIGO
EVENTOS INTERNACIONAIS

diversas organizações de medicina de emergência e foi a primeira mulher ser eleita presidente de uma
sociedade nacional em medicina de emergência.
Na UIC, além de praticar medicina clínica de emergência por duas décadas, a Dra. Cooper dirigiu o
Programa de Pesquisa de Lesões por Raios, que atuava em pesquisa básica e clínica, educação e preven-
ção de lesões por raios. Dra. Cooper tem atuado no grupo de apoio internacional “Lightning Strike and
Electric Shock Survivors” desde seu início e atua em seu Conselho de Administração. Ela é a reconhecida
especialista médica internacional em lesões causadas por raios e prevenção de lesões.
Como resultado de seu trabalho na prevenção de lesões causadas por raios, a Dra. Cooper foi a pri-
meira médica a ser eleita membro da Sociedade Meteorológica Americana (2003 - uma honra concedida
pela constituição da AMS a menos de 0,3% dos membros da AMS) e recebeu um Prêmio Especial AMS por
seus estudos médicos com vítimas de raios (2001). Dra. Cooper foi treinadora do Serviço Meteorológico
Nacional da NOAA, atua como membro original do comitê de trabalho da Semana Nacional de Conscien-
tização sobre Raios (NLAW) da NOAA e trabalha com meteorologistas em todo o mundo para aumentar a
conscientização pública e diminuir lesões causadas por raios. Ela deu centenas de entrevistas para mídia
impressa, transmitida e agora para a Internet nos últimos trinta anos.
Ela também orientou alunos da terceira série até estudos de pós-graduação de todo o mundo em
relação aos interesses em descargas atmosféricas e os conecta regularmente com seus colegas da co-
munidade de especialistas em descargas atmosféricas, de físicos, engenheiros, meteorologistas e outros.
Após sua aposentadoria, ela continua trabalhando com grupos multidisciplinares em todo o mundo para
promover a prevenção de lesões causadas por raios e atua em vários conselhos consultivos internacio-
nais dedicados à educação, pesquisa e prevenção de lesões em segurança contra raios. Desde 2014, ela
é Diretora Geral da ACLENet, uma rede pan-africana dedicada a reduzir mortes, feridos e danos materiais
causados por raios.
k. 05/10/2023: participação em Mesa Redonda sobre possibilidades de estudo e pesquisas em univer-
sidades fora do Nepal para alunos. Contei sobre as principais atividades do IEE USP com ênfase na
área de descargas atmosféricas. Ver Foto 09.

Foto 09 – ICLEASM – Comitê Científico – Mesa Redonda.

POTÊNCIA 79
ARTIGO
EVENTOS INTERNACIONAIS

l. 06/10/2023: Apresentação do trabalho: Protection of fuel tanks with aluminum geodesic dome Against
lightning. Apresentação oral com duas perguntas: Dr. Colin Price (Chair da sessão) e plateia. Ver Foto 10.

Foto 10: Capa da apresentação no evento.

2. Atividades na China
a. 07/10/2023: Viagem Kathmandú – Chengdu Tianfu – ida para Chengdu CTU – 13 horas de espera –
viagem para Xanghai (China)
b. 08/10/2023: Ida de Xanghai para Suzhou (taxi) – Noite: Jantar de recepção, ver Foto 11.

Foto 11: Jantar de recepção – foto com Joan Montanya (Espanha); Maria Teresa Correia de Barros
(Portugal); Marcos Rubinstein (Venezuela – Switzerland) e Farrad Rachid (Switzerland)

POTÊNCIA 80
ARTIGO
EVENTOS INTERNACIONAIS

c. 09/10/2023 a 13/10/2023 – CIGRE – SIPDA 2023. Participação em 12 palestras de pesquisadores


convidados e 9 sessões técnicas. Assisti todas a palestras e apresentações orais. Ver Fotos 12 e 13.

Foto 12: Abertura

Foto 13: Aproximadamente 400 participantes.

O Simpósio Internacional sobre Proteção contra Descargas Atmosféricas (SIPDA) é uma das maiores
conferências internacionais sobre raios do mundo. Abrange todos os aspectos relacionados com descar-
gas atmosféricas e constitui um dos principais fóruns para apresentação, discussão e divulgação dos mais
recentes desenvolvimentos relativos à modelagem de descargas atmosféricas, interação com sistemas
de energia e proteção.
Em outubro de 2022, os comitês organizadores CIGRE ICLPS e SIPDA anunciaram que as edições
de 2023 dos eventos seriam organizadas conjuntamente como uma conferência. Com o amplo apoio

POTÊNCIA 81
ARTIGO
EVENTOS INTERNACIONAIS

da comunidade internacional e de organizações acadêmicas, industriais e empresariais, o CIGRE ICLPS


– SIPDA 2023 foi um dos maiores eventos internacionais sobre raios da história, com mais de 400 par-
ticipantes presenciais.
d. 10/10/2023: Apresentação do trabalho “Risk associated with upward unconnected leader in human
beings” na sessão poster. Colaboração na apresentação de 2 trabalhos de Biagione Rangel de Araú-
jo (brasileiro que não pode ir ao ao evento) na sessão poster: “Overvoltages induced in loops with dis
connected conductors” e “Separation distance versus induced voltages”. Fotos 14, 15 e 16.

Fotos 14 e 15: Apresentação na sessão pôster

Foto 16: Trabalho apresentado.

POTÊNCIA 82
ARTIGO
EVENTOS INTERNACIONAIS

e. 12/10/2023: participação como Co chair da sessão VIII: “Surge Protective Devices” onde o Chair foi
Qibin Zhou. Fotos 17 e 18.

Fotos 17 e 18: Participação como Co chair de sessão.

3. Conclusões
A participação nos diversos eventos foi muito produtiva, além do networking onde pude discutir com
diversos pesquisadores, alguns já conhecidos e outros novos, em especial com o brasileiro Rafael Barmak
(trabalho: “On the use of photovoltaic modules as lightning detection sensors” – Foto 19, de camiseta) que
está fazendo o seu doutorado na Suíça com o prof. Rachidi e que pretendemos desenvolver pesquisas em
conjunto em futuro breve, envolvendo a área de fotovoltaico.

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SUMÁRIO
Foto: Divulgação

Foto 19: Rafael Barmak


– Prêmio de maior
inovação.

HÉLIO E. SUETA INSTITUTO DE ENERGIA E AMBIENTE – USP

POTÊNCIA 83
ARTIGO
ESG

Sustentabilidade na
Indústria: construindo um
futuro ESG no setor
S
egundo o estudo “Transformação ESG: toda boa mudança começa com a gente”, realizado pela
consultoria Vertico, apenas 17% das empresas brasileiras contam com uma área focada em ESG
há mais de cinco anos. No entanto, tudo indica que essa realidade precisará ser transformada a
partir de agora. Afinal, o Fórum Econômico Mundial, realizado no início de 2023, adverte sobre o
risco de “policrises”, conjunto de riscos globais aos quais as indústrias precisam estar atentas.
Neste sentido, a sustentabilidade na indústria tem ganhado força justamente por estar além da esfera
de preocupação com o meio ambiente, uma vez que, não estar atento a isso certamente irá impactar as
companhias do setor, gerando custos maiores e, até mesmo, ameaçando a sua permanência no mercado.
Por isso, é fundamental olhar para a agenda ESG com prioridade. A começar pela redução dos recur-
sos hídricos, utilização de energia limpa e relacionamento adequado com os stakeholders, mantendo
sempre uma comunicação transparente.

ESG na indústria: Como as empresas conseguem


ser mais eficientes gastando menos?
Essa é a grande questão dentro da indústria quando o assunto é ESG, pensando que o conceito está
muito atrelado à gestão de desperdícios e ganho de produtividade. Em resumo, se associadas as siglas
às práticas industriais, o “E” está ligado à gestão de recursos, o “S” ao relacionamento com os stakehol-
ders e o “G” aos princípios de governança, que pautam as boas práticas
ambientais e sociais.
Ocorre que o debate ambiental permeia pela minimização
dos impactos do que é produzido no meio ambiente e na
sociedade. Para tanto, é preciso avaliar as externalida-
des negativas que o negócio gera do ponto de vista
ambiental e social, o que traz à tona uma série de dis-
cussões, como a necessidade de aplicação de uma
logística reversa, avaliação do consumo de CO2 e
produção de lixo eletrônico, além de tantas outras.

Foto: ShutterStock

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SUMÁRIO
POTÊNCIA 84
ARTIGO
ESG

Foto: ShutterStock
A parte social, além da relação com os stakeholders, está ligada ao público interno, quando se coloca
em prática as questões relacionadas à diversidade, inclusão, equidade, liderança feminina e condições de
trabalho mais justas. Além disso, também diz respeito aos fornecedores das companhias, sendo importan-
te considerar negociações íntegras.
Há também o foco na comunidade, em que os questionamentos devem diagnosticar os impactos da
indústria nesta camada, como por exemplo: o que produzo é poluente? Contamina a água? As comunida-
des ao redor são impactadas?
Por fim, mas não menos importante, a governança na indústria está atrelada à transparência. Embora
muitas empresas a vejam como compliance, agir de acordo com as normas não é suficiente no cumpri-
mento das boas práticas de governança. É preciso garantir clareza nos balanços, em relatórios de susten-
tabilidade e na documentação de processos.

Como construir esse futuro juntos?


Tendo em vista este cenário, é fundamental que as lideranças fomentem a discussão acerca da sustenta-
bilidade na indústria, permitindo que as práticas sejam, de fato, parte de sua cultura organizacional. Só assim
as tomadas de decisão serão norteadas pela necessidade de assegurar o cumprimento da agenda ESG.
Desta forma, o primeiro passo é ouvir os stakeholders para iniciar um diagnóstico e entender os riscos
e as oportunidades do mercado de atuação relacionadas à temática. Em um segundo momento, é impres-
cindível definir os objetivos e começar a investir recursos, seja de tempo, pessoas e ferramentas.
Para otimizar este processo, o investimento em tecnologias que apoiem as indústrias preocupadas em adotar
uma economia de baixo carbono, por sua vez, se torna imperativo. Dentre elas, destacam-se ferramentas que
quantifiquem a emissão de carbono e desperdícios de energia, avaliando seu impacto ambiental e financeiro, bem
como aquelas que garantem eficiência energética e uma boa gestão do uso de energias limpas, por exemplo.
Por fim, durante todas as etapas de construção de uma agenda ESG na indústria, contar com forne-
cedores e parceiros adeptos a essas práticas é extremamente estratégico
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para as empresas garantirem a máxima eficiência em suas operações,


mantendo-se, por consequência, mais competitivas no mercado.
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SUMÁRIO ADRIANA CATELLI COMMERCIAL STRATEGY
DIRECTOR LATIN AMERICA NA FLUKE DO BRASIL

POTÊNCIA 85
ARTIGO
SISTEMAS DE GERAÇÃO E ARMAZENAMENTO DE ENERGIA

Análise comparativa entre


energia solar fotovoltaica off
grid, gerador a diesel e um
sistema híbrido

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A
pós grandes eventos como a revolução industrial, segunda guerra mundial e a guerra fria, houve
grandes desenvolvimentos tecnológicos, e assim, cada vez mais são utilizados equipamentos
dependentes da eletricidade, melhorando, dessa forma, a qualidade de vida de muitos. Porém,
até hoje em áreas rurais isoladas, essa energia não é acessível, tendo a necessidade de usar,
desta maneira, alguns equipamentos como o gerador a diesel, ou, de forma mais recente, a produção de
energia pode ser feita com o uso de módulos fotovoltaicos, tendo a necessidade desta ser armazenada
para posterior uso, em horários sem irradiação solar. Esse estudo objetivou dimensionar e comparar os
custos de alguns sistemas de geração e armazenamento de energia, considerados como sendo mais ade-
quados e acessíveis para serem utilizados em áreas rurais isoladas, sem acesso à rede de distribui-
ção de energia. Neste estudo, considera-se que a energia será produzida a partir de um grupo
motor gerador a diesel, um sistema fotovoltaico off grid com bateria e um sistema híbrido so-
CLIQUE lar diesel. A análise observará as melhores condições de comparação técnica e econômica
AQUI
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apresentadas pelas três alternativas. As alternativas foram comparadas e foi observado
que com a anualização dos custos de produção, a obtenção do custo unitário de pro-
SUMÁRIO dução do gerador a diesel chegou a R$ 1,27/kWh, já para o sistema de geração fotovol-

POTÊNCIA 86
ARTIGO
SISTEMAS DE GERAÇÃO E ARMAZENAMENTO DE ENERGIA

taico off grid com baterias o valor foi de R$ 1,64* /kWh e o sistema híbrido de R$ 2,37/kWh. *valor obtido
dentro de condições específicas.

1. Introdução
A energia elétrica é um recurso necessário para melhorar a qualidade de vida dos seres humanos,
assim se tornando um meio essencial para o desenvolvimento socioeconômico. A obtenção e o acesso
ao fornecimento confiável e estável de eletricidade são desafios, principalmente para os moradores
rurais.
Pensando nisso, além de energias não renováveis, o recente desenvolvimento de tecnologias na área
de energias renováveis, que necessita de dispositivos para realizar o armazenamento energético em pe-
ríodos de indisponibilidade, também podem proporcionar a equidade social e econômica à população. O
aspecto econômica e ambiental também são muito importantes para esse estudo, pois influenciam direta-
mente na qualidade de vida das pessoas.
Este artigo tem como objetivo avaliar a viabilidade técnica e econômica de sistemas de geração de
energia elétrica englobando sistema fotovoltaico (SFV) off grid com baterias e a utilização de grupo motor
gerador à diesel (GMG). O trabalho abordará a análise, em uma residência da zona rural que pratica a
agropecuária, cada um destes sistemas de forma separada e depois de forma conjunta, chamado de sis-
tema híbrido. O intuito é verificar qual é mais vantajoso do ponto de vista econômico, energético e viável
para o agronegócio.

2. Fundamentação Teórica
2.1- Sistema fotovoltaico off grid
O sistema fotovoltaico isolado/autônomo/off grid é um tipo de sistema que tem sua geração e
atendimento de uma demanda energética sem supervisão e controle da concessionária de energia lo-
cal, ou seja, não paga nenhum tipo de taxa e não há fiscalização. Sua implementação ocorre em lugares
remotos, ou locais nos quais a rede de distribuição apresenta muitos problemas de instabilidade e/ou
interrupções de tensão. Nestes locais está cada vez mais comum o uso de sistemas off grid, tecnologia na
qual dá opção para o armazenamento dessa energia em baterias, também no setor de iluminação, teleco-
municações e aplicações espaciais.
O SFV, em geral, não precisa de muita manutenção, só os módulos fotovoltaicos devem estar limpos,
sem a presença de partículas que podem bloquear os raios solares até as células fotovoltaicas, quando
sujos, os módulos podem ter a geração de energia reduzida em até 25%. Também pode ser necessário
fazer reaperto de parafusos, termografias e verificação dos cabos. (Portal Solar, 2021). A maioria dos
módulos apresentam uma garantia de desempenho de 25 anos e apresentam uma depreciação na sua
geração ao longo do tempo.

2.2. Tecnologia das baterias


As baterias em questão são as recarregáveis e estacionárias, as quais, em sistemas fotovoltaicos,
são projetadas para ciclos diários de profundidade rasa à moderada com taxas de descarga reduzidas e
devem suportar descargas profundas esporádicas devido à ausência de geração. A operação de uma ba-
teria usada em um sistema fotovoltaico off grid deve atender a dois tipos de ciclos, os ciclos rasos a cada
dia e os ciclos profundos por vários dias. (VILLALVA, 2021).

POTÊNCIA 87
ARTIGO
SISTEMAS DE GERAÇÃO E ARMAZENAMENTO DE ENERGIA

Dos vários tipos de acumuladores eletroquímicos existentes, a bateria de chumbo-ácido (Pb-ácido) ain-
da é a tecnologia mais empregada. Há baterias com tecnologias mais modernas, tais como níquel-cádmio
(NiCd), níquel-hidreto metálico (NiMH), íon de lítio (Li-ion), dentre outras, também estão presentes no merca-
do. (Portal Solar, 2021)

2.3. Sistema fotovoltaico off grid com baterias


Um sistema fotovoltaico off-grid com baterias tem, basicamente, a seguinte estrutura:
1-M
 ódulos Fotovoltaicos: são formados por um agrupamento de células conectadas eletricamente. De
acordo com o número de células que compõem o módulo, ele aplicará uma tensão de saída e uma
potência ao sistema.
2-C
 ontrolador de carga: a função do controlador de carga é realizar a conexão entre as baterias e os
módulos fotovoltaicos do sistema, fazendo com que a bateria não seja descarregada ou tenha um
excesso de carga.
3 - Banco de baterias: responsável pelo armazenamento da energia elétrica, permitindo a sua utilização
a qualquer momento, inclusive durante a noite.
3.1 - Pode-se conectar as baterias em série e/ou paralelo, para obter a tensão compatível com a saída do
controlador de carga e com a entrada do inversor.
4 - Inversor Solar: é um dispositivo eletrônico que fornece energia elétrica em corrente alternada a partir
de uma fonte de energia elétrica em corrente contínua. A eficiência dos inversores varia, podendo
diminuir quando estão funcionando abaixo da sua potência nominal e quando estão funcionando em
temperaturas acima da esperada.

2.4. Teoria sobre grupo motor gerador a diesel


Grupo motores geradores são usados para fornecer energia elétrica sob demanda, incluindo backup
de energia de emergência, condicionamento de energia para locais remotos, processamento de dados,
instalações médicas ou qualquer outra aplicação industrial e comercial de missão crítica que exija uma
energia independente ou remota (EL-HAWARY; ECKELS, 2014).
Em função dos consumidores de energia elétrica a que se destinam, os grupos geradores são constru-
ídos com características especiais que os tornam apropriados para diversas aplicações, classificadas em:
◗ Regime Standyby – o gerador funciona como uma reserva para fonte principal de energia e não é
utilizado com frequência. O fator de utilização desse tipo de gerador é 1,0;
◗ Regime Prime – o gerador é utilizado como fonte principal de energia, sem limitação na quantidade
de horas diárias e com carga variável. O fator de utilização é 1,1.
O fator de utilização é o fator pelo qual deve ser multiplicada a potência nominal do aparelho para se
obter a potência média absorvida por ele, nas condições de utilização. (BOYLESTAD, 2012)

2.5. Sistema Híbrido Solar-Diesel


A combinação solar-diesel é vantajosa à medida que proporciona um modo confiável de alimentação
isolada sem o uso intensivo de combustível fóssil. Em locais já atendidos por geradores a diesel a adição

POTÊNCIA 88
ARTIGO
SISTEMAS DE GERAÇÃO E ARMAZENAMENTO DE ENERGIA

de sistemas fotovoltaicos tem o efeito de reduzir o custo com combustível, além de acrescentar confiabi-
lidade e reforçar a autonomia da alimentação das cargas consumidoras.
As fontes diesel e solar compartilham o mesmo barramento de corrente alternada, mas nunca operam
simultaneamente. O gerador a diesel é acionado poucas vezes e por curtos intervalos de tempo e as car-
gas podem ser atendidas totalmente pela geração a diesel, podendo-se dispensar a geração fotovoltaica
nesses curtos intervalos de tempo. Como alternativa para este sistema híbrido, pode ser utilizado um
sistema de armazenamento de energia em baterias, onde os módulos solares irão carregar as baterias e
manter sempre o sistema energizado.

3. Metodologia
3.1. Cálculo do SFV off grid com baterias
Para atendimento a uma residência que está isolada da rede, nesse caso, a única fonte de energia que irá
suprir suas cargas é a dos módulos fotovoltaicos. O sistema fotovoltaico off-grid é projetado para satisfazer as
demandas totais da edificação isolada, incluindo dias com baixos índices de radiação solar e alta nebulosida-
de. Nessa situação, o sistema fotovoltaico deve fazer uso de sistemas de armazenamento (baterias). Segundo
Moreira (2021), uma das opções para dimensionamento de módulos fotovoltaicas é o seguinte método:
Módulos
É necessário dimensionar a quantidade de módulos para suprir o consumo necessário. A equação 1
apresenta:

E = NxPomp xHSPxTD (1)

Sendo:
E = energia a ser consumida, em kWh;
N = número de módulos;
Pomp = potência máxima nominal em STC, em Wp;
HSP = horas de sol pleno, em h;
TD = taxa de desempenho (performance ratio), 0,7<TD<0,8.
Sendo que STC= standard test condition e NOCT= nominal operating cell temperature.
Depois, é preciso saber a configuração, diante das quantidades permitidas para a ligação em série e
em paralelo, conforme equações (2) e (3):

VSPMP (MIN) VSPMP (MAX)


< NPF (SÉRIE) <
Vmp (TC MAX) Vmp (TC MIN)
(2)

Nparalelo ≤ ISPMP (3)


ISC (STC)
POTÊNCIA 89
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SISTEMAS DE GERAÇÃO E ARMAZENAMENTO DE ENERGIA

Sendo,
NPF (série) = número de módulos fotovoltaicas em série;
VSPMP (MIN) = voltagem mínima em função seguidora do ponto de máxima potência, em V;
VMP (TC MAX) = voltagem de máxima potência com TC máximo, em V;
VSPMP (MAX) = voltagem máxima em função seguidora do ponto de máxima potência, em V;
VMP (TC MIN) = voltagem de máxima potência com TC mínimo, em V;
Nparalelo = número de módulos fotovoltaicas em paralelo;
ISPMP = corrente máxima de entrada em função seguidora do ponto de máxima potência, em A;
ISC (STC) = corrente de curto-circuito no STC, em A.

Logo, para saber a potência de pico de geração tem-se o cálculo da Equação 4:

PpGFV = NxPOmp (4)

Sendo:

PpGFV = potência de pico do gerador fotovoltaico, em kWp;

Para poder verificar se os equipamentos estão dimensionados corretamente, pode-se usar as equa-
ções (5), (6) e (7):

Voc (MAX) = VOoc (1 + (ysc (Tc - Toc ))

Sendo:
Voc (MAX) = voltagem máxima de circuito aberto, em V;
Vooc = voltagem de circuito aberto em STC, em V;
Ysc = coeficiente de temperatura Isc, em °C^-1.

Considerando:
(6)
Tc = Ta GT (T*c – 20) 0,9
800

POTÊNCIA 90
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SISTEMAS DE GERAÇÃO E ARMAZENAMENTO DE ENERGIA

Sendo:
Tc = temperatura da célula fotovoltaica, em °C
Ta = temperatura do ar ambiente, em °C;
GT = irradiação no plano do painel fotovoltaico, em W/m^2;
T*c = temperatura da célula fotovoltaica no NOCT, 25°C, em °C.

Então,

Voc sistema = nºmodulosSerie * VocPlacas

Inversor
O dimensionamento do inversor tem que ter uma folga de 43% a 100% a mais do que carga nominal e
considerar uma eficiência de aproximadamente 93%.
Controlador de Carga
Como já citado, um controlador de carga é essencial para um sistema fotovoltaico off grid. Este deve
ficar entre os módulos fotovoltaicos e as baterias, sempre respeitando as polaridades das conexões.
Bateria
Para o cálculo do dimensionamento do banco de baterias é preciso saber o consumo da propriedade.
O objetivo é que não falte energia elétrica. Desta forma, todos os cálculos vão ser superestimados para
que exista a possibilidade de o proprietário aumentar um pouco a carga, caso necessário além do fato da
degradação da geração ao longo dos anos.
Considerando um valor de rendimento global para as baterias entre 87% e 91% onde a maioria das
baterias é usado 89%, tem-se a equação 8. Logo:

Creal = cdiaria (8)


0,89
Sendo:
Creal = consumo real a ser utilizada, em kWh;
Cdiaria = consumo diária calculada, em kWh;

Sabendo a tensão do banco, quantas baterias em série serão usadas, e quais baterias vão ser usadas
pode-se saber a capacidade do banco de baterias (equação 9). Considerando uma profundidade das
baterias de 20%.

cbanco = creal (9)


Vbanco* 0,2
POTÊNCIA 91
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SISTEMAS DE GERAÇÃO E ARMAZENAMENTO DE ENERGIA

Cbanco = capacidade do banco de baterias, em Ah;


Vbanco = tensão do banco, em V.

Considerando o uso de baterias de 220Ah:

N = cbanco (10)
220
Sendo:
N = número de baterias em série;

3.2. Análise para cálculo do sistema de grupo motor gerador


Será utilizado um gerador a diesel, no regime prime, cumprindo todas as exigências de frequência
60Hz e tensão elétrica de 220 V. Os geradores são classificados em potência aparente (VA) então é preci-
so transformar a demanda (W), usando o fator de potência 0,8. Logo, de acordo com a equação 11, tem-se:

Paparente = demanda (11)


fator de potência
Como será utilizado um gerador no regime prime, que consiste em que o gerador é utilizado como fon-
te principal de energia, sem limitação na quantidade de horas diárias. Com o fator de utilização 1,1. Logo,
a potência do gerador será calculada conforme a equação 12.

Pgerador = demanda máx x fator utilização (12)

3.3. Análise para cálculo do sistema híbrido


O sistema híbrido considerado terá como fonte durante o dia o sistema fotovoltaico e as baterias e
durante a noite só baterias serão consideradas, porém na falta de sol o gerador a diesel entra em ação
para suprir as cargas.
Cálculo SFV
O mesmo método utilizado para o dimensionamento do sistema solo do SFV off grid com bateria será
utilizado nessa parte do sistema híbrido. Sendo consideradas todas as constantes que permanecem as
mesmas, como irradiância, temperatura, dados dos módulos e baterias utilizados.
Para o cálculo das baterias e módulos, somente a carga de um dia será considerada, uma vez que o
GMG será o backup do sistema, não precisando de um superdimensionamento de geração e armazena-
gem. Usando ainda as equações de 1 a 10.
Cálculo GMG
Será considerado um gerador à diesel, no regime standby que supre a demanda, cumprindo todas as
exigências das baterias. Usando o fator de utilização adotado (1,00) e o fator de potência adotado é 0,8. O

POTÊNCIA 92
ARTIGO
SISTEMAS DE GERAÇÃO E ARMAZENAMENTO DE ENERGIA

mesmo método utilizado para o dimensionamento do sistema solo do GMG será utilizado nessa parte do
sistema híbrido, ou seja, as equações 11 e 12.

3.4. Viabilidade Econômica


Os custos iniciais de um sistema são o custo global com o sistema devidamente instalado e funcionan-
do, o que é conhecido pelo termo CAPEX, Capital Expenditure . Nos custos iniciais estão englobados a
aquisição dos equipamentos principais e secundários.
O Life Cycle Cost, o custo ao longo da vida útil de um sistema está relacionado à soma dos custos
iniciais (CAPEX) e aos custos de operação e manutenção, com manutenções preventivas e manutenções
corretivas planejadas. Os custos anuais de manutenção preventiva para SFV normalmente representam
entre 0,5% e 1% do custo inicial (CAPEX), será considerado 0,5%. (FARIAS, 2020).
A análise dos custos de manutenção corretiva dos equipamentos principais é feita trazendo a “valor
presente” o custo investido (na época de instalação), convertidos com um “fator de redução recorrente”,
levando em consideração a época de substituição. Nesse caso não há retorno financeiro real, porém será
feita uma comparação com a energia fornecida pelas concessionárias somente para facilitar a análise. A
análise de alternativas de investimentos mutuamente excludentes e com vidas equivalentes deve ser feita
através da análise do VPL. Para achar a taxa de redução mais realista foi feita a média dessas taxas nos
últimos 25 anos. (HIGGINS, 2014).
A equação 13 apresenta o cálculo de LCC a geradores fotovoltaicos de energia elétrica.

LCC = C capex + CMP (13)

LCC - Custo ao longo da vida útil, em R$;


Ccapex - Custo inicial do sistema instalado e funcionando, em R$;
CMP - Custo anual de manutenção preventiva, em R$;
SFV
Com toda a informação apresentada para elaborar os projetos dos sistemas fotovoltaicos para cada
localidade em estudo, empregou-se como critério de viabilidade financeira o valor presente associado ao
fluxo de caixa esperado de 25 anos, que é o tempo médio de vida útil do gerador fotovoltaico informado
pelos fabricantes.
O horizonte de planejamento de 25 anos foi escolhido com base na garantia dos módulos fotovoltaicos e
do inversor. Considera-se que o inversor será trocado no décimo terceiro ano e que os módulos terão uma
vida útil de 25 anos, tendo um decréscimo na sua produção de 1 % ao ano, com manutenções todo ano.
GMG
Pode-se estimar, proporcionalmente, a quantidade de horas diárias de funcionamento equivalente,
assim como o consumo total do GMG e os custos com diesel, conforme equação 14:

Custo = preçodiesel * consumoGMG * cmax x 30 dias


(14)

Pgerador*0,8
POTÊNCIA 93
ARTIGO
SISTEMAS DE GERAÇÃO E ARMAZENAMENTO DE ENERGIA

Sendo:
preçodiesel = O preço atual do diesel, em R$;
consumoGMG = O consumo do GMG, em L/h;
Pgerador = Potência total do gerador, em kVA;
Cmax = Consumo máximo da propriedade no mês, em kWh.

No caso em estudo será considerado uma vida útil de 25 anos. Já a manutenção é considerada a se
fazer a cada ano. Não serão considerados depreciação da geração.

4. Estudo de Caso
4.1. Sistema fotovoltaico off grid com baterias
Módulos fotovoltaicos
O consumo total (3 dias), é de 70 kWh/ciclo. Considerando que não há restrições de espaço e os mó-
dulos serão orientadas para o norte, são escolhidos os módulos fotovoltaicos e os inversores. Também
sabendo alguns dados como irradiância do local, temperatura máxima e mínima, é possível fazer o le-
vantamento de todos os cálculos necessários, a partir da utilização das equações (1) até (6). As variáveis
marcadas de amarelo representam os dados do módulo fotovoltaico.
Assim, achando um N≅ 44 módulos. Então: Tc max = 60,13 °C e Tc min = 47,13 °C. Agora, sendo possível
descobrir Vmp(TC MAX) = 41,21 V e Vmp(TC MIX) = 42,90 V . Acha-se: 3 < NPF (SÉRIE) < 10 e Nparalelo ≤ 9.
Porém, por motivos de configuração dos módulos esse número passa para 48. É preciso que o número
de módulos seja múltiplo do número de módulos em série em paralelo e do número de inversores. Com
esses dados, é possível descobrir quais configurações são as mais apropriadas, sendo a escolhida 8
módulos em série e 6 séries de módulos em paralelo. Usando a equação 4, encontra-se NpGFV = 21,6 kWp.
Inversor
Na sequência, é necessário dimensionar os inversores de frequência. Por falta de opção no mercado
atual, serão usados 4 inversores solar off grid SPF 5000 ESG de 5000W. Nesse caso, 20kW está dentro
dos valores possíveis de 43% a 100% a mais do que a carga da casa de 12,97 kW, também foi considerada
uma eficiência de 93%. O inversor escolhido já tem integrado um controlador de carga.
Para verificar se os equipamentos estão dimensionados corretamente, é preciso encontrar a voltagem
máxima de circuito aberto dos módulos (Voc), cujo valor é 401,84V que é menor que o limite do inversor
que é 450Vcc, encontrado através da equação 5.
Baterias
Como já discutido, será feito um arredondamento do consumo para 700 kWh/mês. Usando um banco
de baterias com tensão de 48V (quatro baterias de 12V ligadas em série) e considerando uma profundida-
de das baterias de 20% da profundidade da carga, usa-se a equação 9, Cbanco = 8190,6Ah.

Considerando o uso de baterias de 220Ah e usando a equação 10, N 37. Ou seja, o banco de bate-
rias consiste em: 148 baterias de chumbo-ácido com tensão de 12V e capacidade de 220Ah (C100) que é
ideal para sistemas de energia solar fotovoltaica. Com 4 baterias ligadas em série e 37 séries de bateria
em paralelo.

POTÊNCIA 94
ARTIGO
SISTEMAS DE GERAÇÃO E ARMAZENAMENTO DE ENERGIA

4.2. Sistema do grupo motor gerador à diesel


Uma vez considerado nos cálculos um consumo de 23,33 kWh de energia elétrica por dia, com tensão
de 220V.A residência possui uma demanda máxima de potência de 23,33 kW. Assumindo um fator de
potência igual a 0,8. Será utilizado um gerador no regime prime que consiste em que o gerador é utiliza-
do como fonte principal de energia, sem limitação na quantidade de horas diárias e com carga variável.
Usando um fator de utilização 1,1 e a equação 14, tem-se que Pgerador = 32,07 KVA.

4.3. Sistema híbrido solar-diesel


Módulos fotovoltaicos
Achando um N≅ 14 módulos. Então: Tc max = 60,13 °C e Tc min = 47,13 °C. Agora, sendo possível desco-
brir Vmp (TC MAX) = 41,21 V e Vmp (TC min) = 42,90 V. Acha-se: 3 < NPF (SÉRIE) < 10 e Nparalelo ≤ 9. Porém, por motivos de
configuração dos módulos esse número passa para 16. É preciso que o número de módulos seja múltiplo
do número de módulos em serie em paralelo e do número de inversores. Com esses dados, é possível
descobrir quais configurações são as mais apropriadas, sendo a escolhida 4 módulos em série e 4 séries
de módulos em paralelo.

Inversor
Como se trata de um sistema off grid o dimensionamento do inversor depende inteiramente da carga,
que no caso não muda. Então, todo o dimensionamento feito para o sistema solar fotovoltaico se manterá
o mesmo. Ou seja, serão usados 4 inversores solar off grid SPF 5000 ESG de 5000W. Com um P pGFV =
7,2 kWp. Assim, tem-se 50,23 x 6, pois são 6 módulos em série, é 301,38V que é menor que o limite do
inversor que é 450Vcc.

Baterias
Como já discutido, será feito um arredondamento do consumo para 700 kWh/mês. Usando um banco
de tensão de 24V (duas baterias de 12V ligadas em série) e considerando uma profundidade das baterias
de 20% e a equação 9, Cbanco = 26210/(24x0,2) = 5460,41 Ah. Considerando o uso de baterias de 220Ah
e a equação 10, N≅ 25.
Ou seja, o banco de baterias consiste em: 50 baterias de chumbo-ácido com tensão de 12V e capaci-
dade de 220Ah (C100) que é ideal para sistemas de energia solar fotovoltaica. Com 2 baterias ligadas em
série e 25 séries de bateria em paralelo.

Sistema do grupo motor gerador à diesel


Para o gerador a diesel, uma vez considerado nos cálculos um consumo de 23,33 kWh de energia
elétrica por dia, com tensão de 220V entre fase e neutro.

A potência máxima e potência aparente


A residência possui uma demanda máxima de potência de 23,33 kW. Assumindo um fator de potência
igual a 0,8. Será utilizado um gerador no regime Standby, que consiste em que o gerador é utilizado como
fonte principal de energia, sem limitação na quantidade de horas diárias e com carga variável. Usando o
fator de utilização 1,0 e a equação 14, Pgerador = 29,16 KVA.

POTÊNCIA 95
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SISTEMAS DE GERAÇÃO E ARMAZENAMENTO DE ENERGIA

4.4. Viabilidade econômica


A análise de todos os LCCs e do custo nivelado de energia, descobrindo então qual o projeto é mais
barato financeiramente. Como na Tabela 1e na Tabela 2:
Tabela 1.LCC

ALTERNATIVA I R$ 722.191,97
ALTERNATIVA II R$ 199.224,59
ALTERNATIVA III R$ 387.581,27
Fonte: Autora.

Pode-se observar que o LCC da alternativa I é o mais caro devido ao tamanho do sistema de geração.
Já o custo da alternativa II é o menor. E o da alternativa três é mais caro que a alternativa II uma vez que
mescla os dois sistemas, porém não é tão alto tanto quanto o da alternativa I pois é um sistema menor, que
não precisa de armazenamento por 3 dias.
Tabela 2. Custo Nivelado de Energia

ALTERNATIVA I 1,64
ALTERNATIVA II 1,27
ALTERNATIVA III 2,37
Fonte: Autora.

Algumas observações precisam ser feitas sobre o custo nivelado de energia. O preço da alternativa I é
somente é válido quando a geração e consumo diário é de 70kWh, quando é menor que isso o preço irá
aumentar. Prevendo que a maioria das situações não ocorrera esse consumo, pode-se supor que o custo
R$/kWh ficará quase sempre mais caro que o previsto.
Analisando o fluxo de caixa da alternativa I, pode-se perceber que existem anos que o sistema dá um
lucro, uma vez seu gasto é pequeno, porém quando existe a troca de equipamentos existe uma grande
saída de dinheiro. Tornando todo o sistema inviável.
Analisando o fluxo de caixa da alternativa II, pode-se perceber que em todos os anos existem mais
saídas do que entradas de dinheiro, uma vez que o investimento com diesel é um valor bem considerável
e é feito todos os anos. Tornando todo o sistema inviável.
Analisando o fluxo de caixa da alternativa III, pode-se perceber que existem anos que o sistema dá um
pequeno lucro, menores que o da alternativa I pois ainda existem gastos com o diesel. O gasto é menor
que o da alternativa II, quando existe a troca de equipamentos existe uma grande saída de dinheiro, mais
o gasto com o diesel. Tornando todo o sistema mais inviável de todos os três.

5. Conclusão
Como já imaginado, pelo alto preço dos equipamentos e manutenção, todas as alternativas se encon-
tram inviáveis comparando com o preço de tarifa da Enel para propriedades rurais. Fazendo um adendo,
essa taxa tem um benefício, que a partir do ano de 2023, segundo o decreto federal 9.642/2018, vai aca-
bar. Ou seja, a partir de 2023 essas alternativas propostas poderão ser mais viáveis para consumidores
com acesso à rede elétrica.

POTÊNCIA 96
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SISTEMAS DE GERAÇÃO E ARMAZENAMENTO DE ENERGIA

Existe um grande aumento de pesquisas e estudos sobre tecnologias para uma energia limpa e
sustentável que, em parte, engloba a energia solar. Porém, esse trabalho mostra que essas pesquisas
precisam de mais apoio, uma vez que todas as alternativas que envolvem uma energia renovável são
inviáveis economicamente, pelos altos custos e pouca durabilidade de alguns equipamentos. É neces-
sária a difusão desta tecnologia para criar uma cultura desta fonte e aumentar o poder de influência
sobre aqueles que gerenciam, decidem e financiam os recursos necessários para sua implantação. O
fato que o preço do diesel está tão alto reafirma que em alguns anos energias não renováveis não serão
uma opção mais.
O forte investimento inicial em capital torna a disseminação do uso destes sistemas muito difícil, prin-
cipalmente para os usuários de baixa renda em locais isolados, onde o uso desta alternativa seria mais
adequado. O custo unitário da energia elétrica obtida de sistemas fotovoltaicos calculados pelas sistemá-
ticas propostas ainda é bastante elevado em relação ao custo da energia elétrica fornecida, por exemplo,
os usuários das concessionárias de energia.
É importante destacar que a análise financeira pode tomar um novo rumo, existem inúmeros pa-
râmetros que podem considerar qual das alternativas é melhor para o consumidor rural. Devem ser
considerados os prejuízos que a falta de energia pode trazer para o produtor rural, assim como o
desconforto, também deve-se considerar as emissões de carbono que o GMG a diesel gera, o tanto
de lixo gerado após os 25 anos de uso dos equipamentos e até se esses equipamentos têm algum
tipo de revenda.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
BLUESOL, ENERGIA SOLAR. Livro digital de introdução aos sistemas solares, 2016.
BOYLESTAD, R. L. Introdução à análise de circuitos, 2012.
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php?section=sundata >. Acesso em: 05 de março de 2022.
EL-HAWARY, M., ECKELS, A.R., Motor-Generator Set, AccessScience. McGrawHill Education. 2014.
FARIAS. Douglas. Design de SFCR - Apostila Teórica. BlueSol, 2020.
Geração distribuída fotovoltaica cresce 230% ao ano no Brasil. Absolar, 2020. Disponível em :
<https://www.absolar.org.br/noticia/geracao-distribuida-fotovoltaica-cresce-230-ao-ano-no-brasil/> Aces-
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HIGGINS R.C. Análise para administração financeira. AMGH, 2014.
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POTÊNCIA 97
ARTIGO
SISTEMAS DE GERAÇÃO E ARMAZENAMENTO DE ENERGIA

Tipos de Painel Solar Fotovoltaico. Portal Solar, 2021. Disponível em: <https://www.portalsolar.com.br/
tipos-de-painel-solar-fotovoltaico.html> Acesso em: 15 de março de 2022.
Tudo sobre a manutenção do painel solar. Portal Solar. Disponível em: <https://www.portalsolar.com.
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VILLALVA. Marcelo. Armazenamento de energia: tecnologias de baterias elétricas. Canal Solar, 2021.
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VILLALVA, M.; GAZOLI, J. Energia solar fotovoltaica: conceitos e aplicações. São Paulo. Erica,
2012/2015.

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cobre necessário ao futuro
A
consultoria KPMG divulgou recentemente um estudo preocupante, segundo o qual, no ano de
2030, haverá um déficit de 5 milhões de toneladas anuais de cobre, pela razão de que a de-
manda pelo metal para a eletrificação de veículos e suas várias outras aplicações não poderá
ser atendida pela atual capacidade de produção.
Além desse estudo, a International Copper Association (ICA) também afirmou em artigo recentemente
publicado que a necessidade de cobre refinado para a descarbonização global será em 2050 quase o
triplo do volume produzido em 2020, ou seja, sairá dos 20 milhões de toneladas produzidos naquele ano
para cerca de 57 milhões de toneladas.
Para se ter uma ideia do que significam essas informações, o mundo precisará, segundo esses estu-
dos, viabilizar nos próximos sete anos um aumento de produção anual de cobre da ordem de 20% a 30%,
o que equivaleria a colocar no mercado um novo Chile, hoje o maior produtor do metal, o que terá de
acontecer por meio da abertura de novas extrações, mas não só isso. Também será necessário melhorar
a produtividade das minas hoje em operação.
Nesse objetivo, acredita-se que o setor mineiro terá de investir de US$ 50 a US$ 70 bilhões até 2030
para viabilizar o aumento de produção, isso só no caso do cobre. Não estamos sequer discutindo a demanda
pelos outros metais da transição energética, como lítio, cádmio, ouro, prata, níquel, cromo, manganês, zinco
e outros que seguem igualmente mais e mais necessários para descarbonizar a economia global.

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POTÊNCIA 99
ARTIGO
CONSUMO DE COBRE

Além disso, não estamos falando só de aumentar a produção. Há que se extrair e beneficiar mais metais
sem que as mineradoras piorem o já delicado e perceptível quadro relacionado ao aquecimento global, o
que é especialmente desafiador para a mineração, responsável por 7% de todos os gases de efeito estufa
lançados na atmosfera, com a queima de diesel no maquinário gerando metade desse volume colossal.
Assim, as mineradoras estão investindo para descarbonizar as próprias operações, migrando, por
exemplo, seu maquinário à diesel para versões elétricas nos locais em que isso é possível, e também
desenvolvendo maquinário movido a fontes alternativas de energia, como hidrogênio e amônia, numa
tentativa de diminuir ou até erradicar o uso de combustíveis fósseis em caminhões, pás carregadeiras e
escavadeiras.
No caso específico da mineração de cobre, as empresas também estudam formas de otimizar a moa-
gem dos diferentes tipos de minérios duros a conter o metal com a adoção em maior escala de tecnolo-
gias de moagem mais sofisticadas, a exemplo dos moinhos de minérios sem engrenagens, que permitem
recuperar percentuais maiores de cobre do solo por processos de moagem que demandam a menor
quantidade de energia.
Outra frente de ação é a digitalização de equipamentos, sistemas e processos, mirando a máxima efici-
ência operacional das extrações. Nos moinhos sem engrenagens, por exemplo, já existem vários sistemas
de análise preditiva acerca do funcionamento do equipamento, que permitem às empresas anteciparem
aspectos da manutenção do equipamento e garantir as maiores disponibilidade e efetividade possíveis
para o maquinário.
O surgimento da inteligência artificial também está gerando um novo ciclo de inovações nesses equi-
pamentos, ao permitir intensificar as análises de desempenho e operação, oferecendo informações ainda
mais completas, por exemplo, acerca do funcionamento dos motores, que permitem executar ações ante-
cipadas para prevenir problemas e, principalmente, analisar a qualidade do minério processado.
Esse movimento de digitalização da operação ocorre porque as mineradoras, nesse cenário de forte
demanda, vão ter de olhar com mais atenção para seus processos de manutenção e prevenção de falhas,
pois cada ganho de eficiência vai contar.
E a tecnologia, junto com os investimentos em novas extrações, será crucial para que o mundo tenha
o cobre de que necessita e no custo que faça sentido para efetivar a transição energética.
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WILSON MONTEIRO DIRETOR


GLOBAL DE NEGÓCIOS DE
MOINHOS DE MINÉRIOS SEM
ENGRENAGENS DA EMPRESA DE
AUTOMAÇÃO INDUSTRIAL ABB

POTÊNCIA 100
ARTIGO
ALUMÍNIO NA ÁREA ELÉTRICA

Aplicações do Alumínio: como


o metal corrobora para o
desenvolvimento sustentável
do setor elétrico
P
ara se manter em relevância no mercado, as empresas têm buscado ampliar os investimentos em
ações que as coloquem em sinergia com as principais tendências de ESG (Environmental, Social
and Governance). No setor elétrico, importante segmento para a economia do Brasil e do mun-
do, essa realidade não é diferente. E, para corroborar com esta agenda nesta vertical, outras in-
dústrias exercem papel fundamental, como a metalurgia, que através das aplicações do Alumínio oferece
ganhos significativos ao setor de energia.
Para se ter uma ideia da força da sustentabilidade neste contexto, estima-se que dos US$ 2,8 trilhões
destinados para investimentos em energia global, U$ 1,7 trilhão será voltado para tecnologias de energias
limpas, incluindo veículos elétricos, redes de armazenamento, combustíveis de baixa emissão, melhorias
de eficiência e bombas de calor, conforme indica relatório da Associação Internacional de Energia (AIE).
Enquanto o restante valor, de US$1,1 trilhão, vai para carvão, gás e petróleo.
Atrelada a esta tendência, o uso do Alumínio, para a condução e distruição de energia, tem grande
destaque. O material apresenta mais leveza, resistência mecânica, boa condutividade elétrica, além de
ser infinitamente reciclável, fator crucial para a preservação ambiental.

Vantagens sustentáveis das


aplicações do Alumínio
O mercado de Alumínio tem demonstrado um significativo
potencial de crescimento para os próximos anos. De acor-
do com levantamento divulgado pelo International Alu-
minium Institute (IAI), em 2022, a demanda por
Alumínio primário deve crescer 40% até o final
de 2030. Ainda segundo o estudo, entre os
quatro principais consumidores do material

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POTÊNCIA 101
ARTIGO
ALUMÍNIO NA ÁREA ELÉTRICA

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está o setor elétrico, que juntamente com os setores de transportes, embalagens e construção civil corres-
ponderão a 75% do aumento.
Diante do protagonismo do metal na área de eletricidade, os benefícios sustentáveis podem se esten-
der para projetos de linhas de transmissão, e, por ser mais leve, quando utilizado nas estruturas, exige
menos dos veículos de transporte, gerando menor consumo de combustível.
Outro aspecto fundamental para as aplicações do Alumínio, é o alto poder de reaproveitamento do
insumo, que ajuda a poupar o planeta da extração de mais minério. Além disso, quando reciclado, o metal
consome 19 vezes menos energia do que o insumo obtido a partir do minério.

Alumínio como aliado de energia renovável


No segmento de energia solar, os perfis de Alumínio são empregados especialmente nos painéis so-
lares, em forma de esquadrias ou perfis tubulares. Neste sentido, é importante salientar que o mercado
fotovoltaico é dividido em duas vertentes primordiais: de energia centralizada, que engloba grandes usi-
nas ou fazendas solares, e de energia distribuída, referente aos sistemas residenciais e de pequenas e
médias empresas, que contam com placas solares nos telhados.
O Alumínio também apresenta um efeito decorativo nos perfis, além de contar com boa condutividade
elétrica, fundamentais para redes de transmissão e distribuição de energia.
Desta forma, o cuidado com o planeta é a chave para o desenvolvimento de qualquer indústria. Ten-
do em vista os inúmeros aspectos positivos do Alumínio com relação à preservação ambiental, o metal
torna-se uma escolha praticamente inevitável para o setor elétrico. Portanto, é pre-
ciso que ambos os mercados sigam em sinergia, para que, assim, possam
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crescer em conjunto de modo sustentável, competitivo e atualizado com


relação às principais tendências.
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SUMÁRIO RICARDO DE LUCA GERENTE DE ENGENHARIA
DE PROCESSOS E PRODUTOS DA TERMOMECÂNICA

POTÊNCIA 102
ARTIGO
ENERGIA RENOVÁVEL

Energia renovável no Brasil:


superando obstáculos para
um futuro sustentável
A
busca por uma matriz energética mais limpa e sustentável é hoje uma pauta prioritária para qual-
quer país e o Brasil não foge à regra. Na verdade, podemos afirmar, que no assunto em questão,
somos uma das principais referências mundiais. Para se ter uma ideia, segundo dados divulga-
dos pelo Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS), registramos, no 1º trimestre de 2023, a
maior produção de energia limpa dos últimos 12 anos, com mais de 90% da eletricidade consumida via
fontes renováveis.
Com o mercado de créditos de carbono em alta possibilita uma oportunidade única para o Brasil se
consolidar como o ‘pulmão do planeta’. Com vastas áreas de vegetação e potencial para geração de ener-
gia limpa, temos a capacidade de gerar uma quantidade significativa de créditos de carbono, que por sua
vez podem ser usados para compensar as emissões dos países com maiores níveis de poluição, como
os Estados Unidos e as nações europeias - fornecendo assim um mecanismo financeiro adicional para
incentivar ainda mais as práticas sustentáveis locais.
Embora a maior predominância seja ainda oriunda de hidrelétricas, nos últimos anos o Brasil vem au-
mentando a sua capacidade de geração de energia solar graças às suas condições geográficas únicas,
que incluem uma vasta extensão territorial e altos níveis de irradiação solar. Não é à toa que a matriz
fotovoltaica já trouxe cerca de R$ 145 bilhões em investimentos ao país desde 2012, segundo dados da
Associação Brasileira de Energia Solar Fotovoltaica (Absolar).
Considerando a taxa atual de crescimento e o interesse crescente do mercado corporativo, é plausível
que os investimentos no setor fotovoltaico até 2025 possam dobrar em relação ao valor alcançado na
última década, chegando a algo em torno de R$ 280 a 300 bilhões.
Uma das razões explicadas para esse cenário é a transformação digital que está ocorrendo na indús-
tria. Novos modelos de negócios, como o conceito de ‘marketplace’ aplicado por empresas privadas que
disponibilizam um modelo de assinatura junto aos consumidores, incentivam a demanda na ponta final.

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POTÊNCIA 103
ARTIGO
ENERGIA RENOVÁVEL

Pontos primordiais
Até por conta do contexto descrito, está evidente que investimentos destinados às matrizes reno-
váveis não devem faltar nos próximos anos. Porém, para que isso de fato ocorra, é fundamental que os
caminhos sejam estabelecidos de forma assertiva.
Ou seja, é crucial termos em mente que as aplicações em pesquisa e desenvolvimento precisam ser
um dos grandes focos no primeiro momento. Nesse caso, não é preciso apenas melhorar a eficiência
dos sistemas de geração de energia, mas principalmente adaptar as tecnologias usadas globalmente às
especificidades do contexto brasileiro.
Indo pela mesma linha, a infraestrutura de rede elétrica do país precisa ser modernizada e expandida
para suportar a integração eficaz de fontes renováveis. Isso é fundamental para garantir que a energia
gerada seja distribuída de maneira eficiente e confiável em todo o território nacional.
Além disso, políticas de incentivo governamentais são mais do que necessárias para estimular tanto
a adoção em larga escala quanto a inovação no setor. Tais incentivos podem vir na forma de subsídios,
benefícios fiscais ou tarifas preferenciais para produtores e consumidores de energia solar.

Caminhos a serem traçados


Dito tudo isso, o foco em maximizar o potencial das energias renováveis no Brasil ainda enfrenta desa-
fios consideráveis e requer uma abordagem integrada e bem planejada para de fato acontecer. Um dos
pontos críticos, por exemplo, é a necessidade de políticas eficazes que vão além da mera implantação
de novas fontes de energia. Até porque a integração de tais fontes ao sistema elétrico nacional é im-
prescindível, especialmente à luz do recente apagão ocorrido em agosto que atingiu 26 das 27 unidades
federativas do país.
Um alinhamento estratégico entre os diversos stakeholders do setor de energia - geradores de ener-
gia, distribuidoras, a Agência Nacional de Energia Elétrica (ANEEL), consumidores e governo - também é
outro fator de suma importância. É necessário que haja uma cooperação entre as partes para que seja
facilitada a criação e implementação de políticas mais eficazes e justas para todos, com a priorização do
bem comum em detrimento aos interesses de grandes grupos econômicos.
Além disso, parcerias público-privadas podem desempenhar um papel significativo na aceleração do
desenvolvimento do setor. Elas podem facilitar investimentos em infraestrutura e pesquisa, minimizando
o ônus financeiro sobre o Estado. Ademais, incentivos fiscais destinados à produção de equipamentos
para energias renováveis também são medidas fundamentais neste processo. Afinal, estimular a indústria
local não apenas impulsiona a economia, como também reduz os custos associados à importação de
tecnologia.
A verdade é que a combinação de altíssimos investimentos, metas ambiciosas, fortes políticas nacio-
nais e o emergente mercado de créditos de carbono tendem a criar um panorama altamente favo-
rável para o setor no Brasil. O momento de aproveitarmos a oportunidade
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com ‘unhas e dentes’ é agora.


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SUMÁRIO
ROBERTO HASHIOKA CTO E
FUNDADOR DA NEXTRON ENERGIA

POTÊNCIA 104
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