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A N O 18
N º 210
ELÉTRICA, ENERGIA, ILUMINAÇÃO, AUTOMAÇÃO,
SUSTENTABILIDADE E SISTEMAS PREDIAIS
Multiplataforma
DATA
ATENDENDO A PRATICAMENTE
TODOS OS SEGMENTOS DA
ECONOMIA, OS DATA CENTERS
CENTER
ESTÃO EM ASCENSÃO NO BRASIL
E NO MUNDO, POR CONTA DA
NECESSIDADE CRESCENTE DE
DIGITALIZAÇÃO NO MERCADO
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MATÉRIA DE CAPA
Os Data Centers estão em ascensão no Brasil e no mundo,
por conta da necessidade crescente de digitalização. Eles
atendem todo e qualquer tipo de empresa, desde uma startup
até uma indústria consolidada, e também serviços públicos.
86 › ARTIGO ABRASOL
94 › ARTIGO HIKMICRO
98 › VITRINE
POTÊNCIA 2
EDITORIAL
EXPEDIENTE
Multiplataforma
Fundadores:
Elisabeth Lopes Bridi
DESTAQUES DA EDIÇÃO
Habib S. Bridi (in memoriam) A matéria de capa desta edição fala sobre a movimentação em torno da cons-
ANO XVIII • Nº 210 trução de novos Data Centers no Brasil. Atendendo a praticamente todos os seg-
JUNHO'23 mentos da economia, os Data Centers estão em ascensão no país e no mundo, por
conta da necessidade crescente de digitalização.
Publicação mensal da HMNews Editora
e Eventos, com circulação nacional, dirigida
a indústrias, distribuidores, varejistas, home De acordo com Gustavo Ruiz Moraes, presidente da ABDC, os Data Centers
centers, construtoras, arquitetos, engenharias,
instaladores, integradores e demais profissio- atendem todo e qualquer tipo de empresa, desde uma startup até uma indústria
nais que atuam nos segmentos de elétrica,
iluminação, automação e sistemas prediais. consolidada, e também serviços públicos: “Temos que imaginar que qualquer ser-
viço que utilizamos em nossos smartphones, obrigatoriamente são processadas
Diretoria
Hilton Moreno em algum Data Center. Costumo dizer que nos dias atuais precisamos de Data
Marcos Orsolon
Center para usar um serviço de transporte ou até mesmo para pedir uma pizza via
Redação aplicativo”, destaca o executivo.
Diretor de Redação: Marcos Orsolon
Editor: Paulo Martins
Segundo Moraes, o investimento em Data Center no Brasil historicamente sem-
Jornalista Responsável: Marcos Orsolon
(MTB nº 27.231) pre foi cíclico, passando por picos e vales de aporte financeiro. “E, neste momento,
Departamento Comercial é possível observar que estamos em mais um pico de novas construções, que vão
Cecília Bari e Rosa M. P. Melo
desde os players que já atuam no país e a chegada de novos entrantes”, relata.
Gestores de Eventos
Pietro Peres e Décio Norberto Já na seção Mercado o tema é o segmento de cabos fotovoltaicos, solução
Gestora Administrativa
específica para uso em instalações de energia solar, que está em alta no Brasil,
Maria Suelma por conta do grande volume de obras de micro e minigeração e da construção de
Produção Visual e Gráfica grandes plantas de geração de energia fotovoltaica.
Estúdio AM
Segundo os especialistas, poderiam contribuir para um maior crescimento do
Contatos Geral
Rua Jequitibás, 132 - Bairro Campestre mercado a concessão de incentivos à fonte, por parte do governo, bem como
Santo André - SP - CEP: 09070-330
contato@hmnews.com.br
maior conscientização sobre a necessidade da correta aplicação do produto.
Fone: +55 11 4421-0965
De acordo com Nelson Volyk, a utilização de um cabo específico para o setor
Redação
redacao@hmnews.com.br
fotovoltaico é essencial para garantir a eficiência, a segurança e a durabilidade do
Fone: +55 11 4853-1765 sistema. O cabo fotovoltaico é projetado para suportar as condições ambientais
Comercial específicas e as demandas elétricas dos sistemas fotovoltaicos, garantindo um
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F. +55 11 4421-0965 desempenho confiável e seguro ao longo do tempo.
Por enquanto é só.
Fechamento Editorial:
11/07/2023 Boa leitura e até a próxima edição!
Circulação:
11/07/2023
Conceitos e opiniões emitidos por entrevis-
tados e colaboradores não refletem, necessaria-
mente, a opinião da revista e de seus editores.
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vel. Registrada no INPI e matriculada de acordo
com a Lei de Imprensa.
MARCOS HILTON
ORSOLON MORENO
POTÊNCIA 3
ENTREVISTA
DANIEL TATINI
O
Allianz Parque, estádio do Palmeiras, e
a Neo Química Arena, estádio do Corin-
thians, receberam projetos de ilumina-
ção dinâmica inteligente, controlada pela
plataforma Interact Sports, da Signify, empresa líder
mundial em iluminação.
A nova iluminação de campo nos referidos está-
dios e o potencial do Brasil para instalação da tec-
nologia em LED são alguns dos assuntos aborda-
dos por Daniel Tatini, presidente da Signify no Brasil,
nesta entrevista exclusiva à Revista Potência.
Tatini fala também sobre a situação do merca-
do de Iluminação Pública, analisa a movimentação
dos municípios em torno da modernização do par-
que de iluminação e revela como está o status da
fábrica que a empresa mantém no Brasil.
Confira a seguir a entrevista completa com
Daniel Tatini.
POTÊNCIA 4
ENTREVISTA
DANIEL TATINI
Allianz Parque, o projeto da Neo Química Arena, são dois clubes e empresas que estão vendo a oportu-
nidade de criar a experiência dos torcedores de uma maneira totalmente diferente. Isso já é tendência na
Europa e no Brasil, sim. Grandes clubes já têm feito isso e posso dizer com muito orgulho que a iluminação
desses dois estádios é literalmente de ponta. É o que tem de bom e de melhor. É coincidência? Não, é
uma tendência.
POTÊNCIA - E O BRASIL ESTÁ ATRASADO NESSE PROCESSO?
DANIEL TATINI - Olha... atrasado... O primeiro grande estádio de São Paulo que foi para o LED foi o
Morumbi, em finais de 2018. Naquela época essa tecnologia já existia, mas era o lançamento dela. Era
muito mais complicado aquele nível de investimento. A realidade é que a gente tem que pensar que a
capacidade de investimento em real para tecnologias novas é muito dura. Então o Brasil acaba estando
atrasado? Um pouco, sim. Mas não acho que é na falta de querer inovar.
POTÊNCIA - E POTENCIAL, TÊM NOVAS ARENAS COM POTENCIAL PARA ESSE NÍVEL DE INO-
VAÇÃO NO BRASIL?
DANIEL TATINI - Não tenho dúvida que sim, por alguns motivos. Primeiro, a geografia brasileira é a
que é, o Brasil é um continente. E se você tem dois estádios com essa experiência, onde você conse-
gue criar interação com o público e consequentemente reter o público, fazer com que o público chegue
antes numa arena, para ver um espetáculo de luz, que hoje pode ser sincronizado com áudio e vídeo, e
no futuro pode ainda mais, imagine você conseguir levar 10 mil pessoas 45 minutos antes e estimar um
consumo médio de dez reais por pessoa. Se essa premissa for verdadeira, são cem mil reais a mais de
receita. O retorno do investimento para um estádio que vai ser utilizado 25 vezes, 30 vezes, dependendo
da particularidade do projeto, é em um ano. Então o que antes era um custo de infraestrutura hoje é um
investimento com payback de um ano. Se for assim, porque não vai acontecer no Rio Grande do Sul? Se
você consegue pegar um custo que era de infraestrutura, porque é necessário ter iluminação para ter jo-
gos à noite, e transformar aquilo numa fonte de receita adicional, com payback de um ano, a matemática
que estamos fazendo é essa: se um estádio consegue atrair 10 mil pessoas meia hora mais cedo e 10 mil
pessoas têm gasto médio de dez reais, são cem mil reais. Em um ano o estádio tem 25 jogos e recupera...
vira uma receita acessória. Por que no Rio Grande do Sul não será feito, por que em Santa Catarina não
será feito, por que no Paraná não será feito? Insisto: acho que é uma tendência, acho que vai acontecer
nos grandes estádios e arenas, acho que as empresas e clubes estão entendendo que essa interação é
uma receita acessória e isso é só para começar.
POTÊNCIA - A MANUTENÇÃO DESSES ESTÁDIOS DIMINUIU, NÃO?
DANIEL TATINI - Muito. Porque a manutenção é eventualmente a limpeza do projetor. Não existe mais
troca de lâmpada.
POTÊNCIA - QUANTO AO ACENDIMENTO, AQUELA COISA DE QUANDO ACABAVA A ENERGIA
FICAVA VINTE MINUTOS PARA VOLTAR, AGORA NÃO TEM MAIS ISSO?
DANIEL TATINI - Não, aquilo não existe mais, era uma experiência frustrante para quem estava no
estádio, e para o jogador, que esfria e pode se machucar. Antes a lâmpada precisava esfriar para acender
de novo. Caía um disjuntor, a lâmpada podia acender de novo, mas até chegar à potência máxima levava
um certo tempo. Hoje você liga, desliga, pisca a hora que quiser. O número de vantagens desse sistema
completo eu posso dar uma lista, ela não é pequena, e eu ainda não vou conseguir mencionar todas.
POTÊNCIA - COMO ESTÁ MOVIMENTAÇÃO EM TORNO DA ILUMINAÇÃO PÚBLICA NO BRASIL?
TEM HAVIDO MUITOS PROJETOS NESSA ÁREA?
DANIEL TATINI - Têm muitos projetos, existem ciclos na Iluminação Pública. É o momento de um ciclo às
vésperas de eleições municipais em outubro do ano que vem. Historicamente são ciclos de investimentos.
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ENTREVISTA
DANIEL TATINI
Deve voltar a partir de agora um ciclo importante nos próximos meses. É um mercado com muita oscila-
ção, muito difícil, muito complicado, onde ainda falta a capacidade do investimento privado e de empresas
de iluminação, empresas de sistemas de gestão e empresas instaladoras, de conseguirem lutar todas em
prol de melhores práticas. Existem editais públicos que ainda saem dizendo que o driver tem que ser de
90 a 240, enquanto tem uma portaria que diz que toda operação de Iluminação Pública vai trabalhar com
220. Só que o edital tem que ser respeitado. A pergunta é: por que o edital sai de 90 a 240? Para segregar
quem participa... Se eu tivesse tempo e investimento para bloquear todos esses editais, eu estaria fazen-
do um favor ou um desfavor à sociedade? Porque se eu bloqueasse todos eu estaria fazendo um desfavor
ao público, que não vai ter a modernização do parque do município específico, por, talvez, um erro. Porque
como é que eu posso ficar bravo com as entidades públicas que, talvez uma pessoa técnica tenha toda
boa fé do mundo, mas esteja mal influenciada... Você sempre acusa o poder público de má-fé... Para! Exis-
tem municípios que a pessoa que cuida de iluminação tem que cuidar de muitas outras coisas, porque é
um município pequeno. A responsabilidade é da iniciativa privada. A iniciativa privada tem que se juntar
e tem que ser mais atuante e tem que levar as práticas comuns para que isso aconteça. Não adianta eu
acusar o poder público, porque honestamente, pessoalmente, não acredito que é culpa do poder público,
é da influência privada. Eu usei um exemplo. Existem instalações de luminárias em municipalidades com
produtos não certificados pelo Inmetro. Gente, para, fecha e põe um cadeado! Não quero dar um sermão
em ninguém... Mas não pode...
POTÊNCIA - AS PPPS (PARCERIAS PÚBLICO-PRIVADAS) NÃO MUDARAM ISSO?
DANIEL TATINI - As PPPs melhoraram muito isso, mas ainda têm muitos processos que até então iam
pela lei 8.666, pela lei 14.133, o que se pode e o que não pode, então também existem evoluções impor-
tantes nesse mundo. Da 8.666, para 14.133 têm coisas muito positivas. O ente privado pode reagir e ajudar
na especificação, desde que o município peça. Se o município não sabe o que tem, como ele vai pedir?
Outra coisa: eu acabo culpando o município por uma falta de informação... e se você pegar municípios
como São Paulo, Rio de Janeiro, que têm infraestruturas maiores, têm conhecimento técnico, ótimo... O
mundo da Iluminação Pública está melhorando, a concorrência e o nível da concorrência é muito dura;
porque sempre que existe uma possibilidade da pizza ficar maior, muita gente quer entrar, então existe
uma concorrência muito dura, às vezes fora de norma, mas eu vejo uma evolução, sou positivo; onde a
gente vê muito problema, ainda: telegestão. Enquanto não existem protocolos mais definidos, o que sai
no edital ganha e está muito difícil dizer que tem uma cidade inteligente. Porque o controle da iluminação,
por si só, não é a coisa mais inteligente do mundo. E tem muitos com problemas técnicos. O Brasil é gran-
de, tem muito interesse privado, é muito difícil. Mas continua sendo um mercado em expansão, continua
sendo um mercado interessante, só que para o tamanho do Brasil, o número de pessoas que vêm aqui
brigar... então é um mercado muito duro.
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ENTREVISTA
DANIEL TATINI
POTÊNCIA 7
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SUMÁRIO
Embalagens sustentáveis
Cada vez mais, o ESG está inserido no meio corporativo e
tem sido determinante na perenidade dos negócios. As estratégias
de sustentabilidade sempre estiveram na pauta da Sintex, indústria de duchas
e torneiras que há mais de oito décadas busca oferecer ao consumidor produtos
eficientes e que entreguem valor para além das suas funcionalidades básicas.
Uma das medidas mais recentes foi a nova linha de embalagens adotadas
pela empresa. Exceto alguns produtos que, por questões estratégicas, ainda são
embalados em sacos plásticos menos agressivos ao meio ambiente que os con-
vencionais, cada vez mais as duchas e torneiras produzidas pela marca adotam
embalagens em caixas de papelão sustentável e totalmente livre de plastifica-
ção externa, para facilitar a reciclagem.
“Foi uma decisão simples, que não trouxe despesas extras, pelo contrário. En-
tendemos que a sustentabilidade é um hábito que começa dentro de casa. Além
disso, o consumidor tem observado as práticas das empresas das quais conso-
me e é importante que esse movimento se expanda cada vez mais. O mercado
tem exigido uma mudança de comportamento das indústrias e é nosso papel
contribuir positivamente para compensar a postura consumista despreocupada
que reinou até pouco tempo atrás”, destaca Enio Bernardes, diretor da Sintex.
Foto: Divulgação
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“A fabricação nacional de equipamentos para energia solar era um caminho natural para a Renovigi. Desde o ano
passado, estamos desenvolvendo novos produtos visando oferecer uma solução completa em energia solar. Em feve-
reiro, lançamos o painel de marca própria Renovigi, e, agora, passamos a produzir no Brasil. O investimento compensa
pelo financiamento do BNDES, que vai atender, principalmente, a grandes projetos”, explicou Guilherme.
Como funciona
O Finame é uma linha de financiamento ofertada pelo BNDES com condições facilitadas para fomentar e apoiar
pequenos e médios negócios. O objetivo é possibilitar a aquisição de máquinas, equipamentos, bens industrializados,
de informática ou de automação com condições facilitadas.
Diferentemente das demais linhas de crédito tradicionais, as linhas de financiamento do Finame possuem taxas de
juros atrativas, tempo de carência e prazos de pagamento maiores.
O Finame Baixo Carbono possui taxa de juros de 0,95% a.a., incluso a taxa do agente financeiro de até 3,5% a.a.
Além disso, o prazo de pagamento do financiamento é de até 10 anos, com carência de 2 anos, segundo informações
do BNDES.
O financiamento é destinado a três tipos de públicos: produtores rurais, micro, pequenos ou médio empresários
e grandes empresas. Se o financiamento for de até R$10 milhões, por exemplo, o pedido deve ser feito junto à insti-
tuição financeira credenciada ao BNDES, informando o interesse em financiar um gerador fotovoltaico nacional que
possui o código Finame.
Já para empresas que faturam acima de R$ 40 milhões e pretendem financiar mais de R$ 10 mi-
Foto: Divulgação
lhões, a requisição deve ser feita diretamente no BNDES, por meio de uma solicitação
de habilitação que pode ser emitida no site da instituição. Neste caso, é necessá-
rio anexar uma proposta técnico-comercial e uma série de documentos, que dife-
rem para cada caso.
Especificações técnicas do painel Reno 550W Finame
◗ Módulo Mono Half Cell
◗ Clássico Reno-S 550
◗ 25 anos de desempenho de potência linear
◗ Garantia de 12 anos contra defeitos de fabricação
Recursos:
◗ Tolerância positiva de saída +5WTemperatura de funcionamento mais baixa
◗ Durabilidade contra condições extremas de ambiente
◗ Carga mecânica melhorada
◗ Redução de perdas internas por mismatch
◗ Redução de perdas por sombreamento
◗ Resistência contra PID
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da vegetação, condições climáticas e até mesmo possíveis invasões de torres. Atualmente, as imagens de alta resolu-
ção têm uma resolução de cerca de 30 cm, mas com o uso de técnicas de “pan-sharpening”, as imagens de satélite
podem ser refinadas para uma resolução de 15 cm.
Ao combinar a análise de satélite com as informações climáticas, do ecossistema e do negócio do cliente, o Hita-
chi Vegetation Manager permite uma visibilidade instantânea em toda a rede e oferece melhores insights para que as
organizações possam otimizar a tomada de decisões.
Até agora, nenhuma solução única abrangia todos os elementos do processo de manejo de vegetação. O Hitachi
Vegetation Manager é um conjunto de ferramentas de planejamento conectado que oferece:
◗ Um aplicativo web para gerenciar inventários de vegetação e esforços de planejamento;
◗ Dois aplicativos móveis nativos para iOS para patrulha terrestre ou aérea e planejamento de campo;
◗ Integração direta com os satélites de última geração da Maxar;
◗ Uma visualização abrangente compatível com drones, LiDAR e outras aplicações multimídia.
Essa ferramenta captura imagens de satélite e informações de campo para analisar dados usando inteligência artificial.
O Hitachi Vegetation Manager consiste em três subsistemas integrados:
◗ Cut Planner: um aplicativo de back-office projetado para visualizar riscos de vegetação, controlar custos de pro-
gramas e criar planos de corte otimizados.
◗ Field Planner: um aplicativo móvel projetado para arboristas, supervisores de campo e equipes responsáveis
pelo manejo de vegetação nas empresas de serviços públicos - para atribuir trabalho, capturar dados do local,
acompanhar o progresso da equipe e realizar atividades de aprovação do trabalho e conclusão.
◗ Field Patrol: um aplicativo móvel projetado para o pessoal que realiza patrulhas, seja no ar ou no solo, para re-
alizar avaliações rápidas e melhorar os planos de corte.
Para obter mais informações, consulte: Link
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para fazer a captação. “Grande parte das empresas possui sistemas de acionamento de vários fabricantes. O D+Brain
está pronto para se conectar com as principais marcas em operação na indústria. Isso é fundamental para facilitar a
vida dos clientes e garantir uma única plataforma de coleta e diagnostico de dados”.
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Certificação LEED
A Japan House São Paulo acaba de reconquistar a certificação LEED (Leadership in Energy and Environmental De-
sign), em parceria com a Mitsubishi Electric Brasil. A primeira certificação foi obtida em 2017, graças ao alinhamento
entre projeto arquitetônico e soluções sustentáveis.
“Soluções tecnológicas avançadas não apenas garantem uma experiência agradável para os seus visitantes, mas
também contribuem para a eficiência energética e a redução do impacto ambiental. Além disso, com a instalação de
produtos como ar-condicionado, elevadores, sistema de automação predial, inversores de frequência para controle de
bombas de água e secadores de mãos, proporcionamos um ambiente confortável e funcional, ao mesmo tempo em
que promovemos a sustentabilidade”, diz Pedro Okuhara, especialista de Produto da Mitsubishi Electric Brasil.
Desafios da certificação
“A obtenção da primeira certificação LEED, há três anos, apresentou desafios significativos, mas as soluções da Mit-
subishi Electric desempenharam um papel fundamental nesse processo. Inicialmente, compreender os conceitos e regula-
mentos ambientais foi complexo, e soluções de alta qualidade e eficiência foram essenciais para atender aos requisitos do
Selo LEED. Além disso, a coleta de dados e informações exigiu a revisão de processos internos, em que as nossas soluções
proporcionaram eficiência energética e sustentabilidade, contribuindo para a obtenção da certificação”, lembra Okuhara.
E as vantagens logo começaram a aparecer. “No processo de certificação conseguimos, mediante medições, iden-
tificar o vazamento de água. O processo foi muito benéfico, pois aumentamos, também, o controle e a visualização
dos consumos de luz e água”, lembra Claudio Kurita, diretor de operações da Japan House São Paulo.
Agora, na recertificação, a auditoria ocorreu de forma mais fluida. Kurita destaca que foi “muito mais fácil do que
o da certificação; pois o processo já era conhecido, sabíamos todos os dados necessários. Inclusive, como os pré-re-
quisitos já eram atendidos, foi muito mais simples”.
A certificação reconhece construções que trabalham a gestão de resíduos, o conforto dos usuários, a promoção de
transportes alternativo e otimizam o consumo de energia e água, resultando em menor agressão ao meio ambiente.
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Chega de Harmônicas em
seus projetos e instalações!
A presença das Harmônicas causa EFEITOS TERRÍVEIS
nas Instalações Elétricas e seus componentes:
✘ Aquecimentos excessivos
✘ Aumento de perdas
✘ Redução de Fator de Potência
QUERO APRENDER
HARMÔNICAS
Educação
HOLOFOTE
A aquisição ocorre no momento em que a demanda por tecnologia de casa inteligente cresce em resposta ao
maior interesse do consumidor em eficiência energética e com as autoridades que procuram incentivar a moderniza-
ção do estoque de edifícios existentes, já que os edifícios respondem por quase 40% das emissões globais de carbono.
Fundada em 1999, a Eve Systems desenvolveu uma reputação de liderança pela experiência do usuário e qualida-
de de seus produtos domésticos inteligentes, que incluem uma ampla gama de dispositivos de automação residencial,
gerenciamento de energia, segurança e monitoramento de eletrodomésticos. Com aproximadamente 50 funcionários, a
Eve é pioneira no novo padrão de conectividade Matter, que permite que os produtos domésticos inteligentes sejam to-
talmente interoperáveis, independentemente do fabricante e do sistema operacional do usuário, por meio da tecnologia
sem fio Thread. Atendendo à crescente demanda dos consumidores por produtos que oferecem suporte à eficiência ener-
gética, mais da metade dos produtos de consumo da Eve ajudam as famílias com aspectos de gerenciamento de energia.
O presidente da Divisão de Edifícios Inteligentes da ABB Eletrificação, Mike Mustapha, disse: “Nosso foco é ser o me-
lhor e mais abrangente fornecedor de tecnologia inteligente e inovação para nossos clientes globais. Matter and Thread,
no qual a Eve é líder, é um desenvolvimento revolucionário para a adoção da tecnologia residencial inteligente. Ele per-
mite que diferentes dispositivos e serviços se integrem de forma perfeita, intuitiva e segura, possibilitando que as pes-
soas gerenciem sua energia e seus arredores de maneira conveniente e segura. É um ponto emocionante de crescimen-
to para a indústria e esta aquisição traz nosso compromisso de edifícios inteligentes diretamente para o consumidor”.
O CEO da Eve, Jerome Gackel, disse: “Com base em nossa herança, ritmo de inovação e marca, agora combinare-
mos nossa paixão, agilidade e experiência com o calibre, reputação e conhecimento internacional da ABB para conti-
nuar fortalecendo a Eve como líder global. A jornada para tornar os edifícios ainda mais inteligentes apenas começou,
e estou tão animado quanto qualquer um para ver seu potencial plenamente realizado.”
O fundador da Eve, Markus Fest, disse: “Nossas equipes na Eve Systems trabalharam muito para conquistar nosso
status de inovador em tecnologia de casa inteligente, resolvendo os principais desafios com uma vantagem pioneira.
Colaboramos estreitamente com a comunidade de tecnologia para desenvolver e aproveitar a tecnologia e os proto-
colos Matter e Thread. Esta aquisição é uma validação de nossas conquistas até agora.”
A aquisição pela ABB é um avanço significativo no mercado de tecnologia de casas inteligentes em rápido cres-
cimento, à medida que aumenta a demanda por modernização do estoque de edifícios para atender às necessidades
de maior conforto, conveniência e maior eficiência energética. A aquisição entra em vigor imediatamente com a Eve
Systems tornando-se uma marca operada de forma independente no portfólio de Soluções de Automação Predial e
Residencial dentro da Divisão de Edifícios Inteligentes da ABB Eletrificação.
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sionalmente, com alguns dos problemas elencados nes-
te guia como: tremeluzir (piscar) da fonte de luz LED;
zumbido do LED; luz da fonte de LED muito brilhante; a fonte de luz LED é muito fraca; a fonte de luz LED parou de
funcionar; a fonte de luz LED pisca e depois apaga; o dimming da fonte de luz LED não funciona; a fita de LED branca
ou RGB mostram uma cor incorreta; a fonte de luz LED, dentro de uma luminária embutida no forro, se apaga depois
de algum tempo; a fonte de luz LED, dentro de uma luminária embutida, apaga a esmo; as fontes de luz LED atraem
insetos; as fontes de luz LED estão sobreaquecendo; fontes de luz LED queimam; facho da fonte de luz LED errada; a
poluição da luz azul dos LEDs; o uso de uma fonte de luz LED onde antes havia uma lâmpada incandescente, eletrô-
nica ou halógena; utilizando uma fonte de luz LED com maior potência ou corrente; a fonte de luz LED não reproduz
bem as cores (IRC); driver do LED incorreto; as fontes de luz LED causam rádio interferência e as fontes de luz LED não
funcionam ou queimam prematuramente.
Acesse a publicação: ABILUX_Manual_Dicas_Iluminacao_LED.pdf
Accelera by Cummins
A Cummins, por meio da nova marca de tecnologia de energia limpa, Accelera by Cummins, marcou presença du-
rante o 3º Congresso Anual de Hidrogênio para a América Latina e o Caribe (H2LAC 2023), promovido entre os dias
13 e 15 de junho, no Rio de Janeiro (RJ).
Durante a principal conferência de hidrogênio da região, Fabio Magrin, diretor da Unidade de Negócios Accelera
by Cummins para América Latina, participou do Painel “Descarbonização em Escala Industrial”, compartilhando seu
conhecimento de mercado e renovando o compromisso com essa nova economia de energia verde.
O debate mediado por Christiaan Gischeler, especialista líder em energia do Banco Interamericano de Desenvolvi-
mento (IDB), contou com a presença dos executivos Gotzon Gomez, líder da H2 Green Steel para Espanha e Portugal,
Daniel Hubner, VP de Soluções Industriais da Yara International e Cristina Marton, VP da HDF Energy.
A discussão abordou temas importantes sobre a indústria do hidrogênio verde, suas aplicações e viabilidade de
implementação.
O hidrogênio verde oferece a oportunidade de descarbonizar setores difíceis de reduzir, como aço, cimento e petro-
químicos. Essas indústrias não só consomem muita eletricidade, como também geram altos níveis de emissão de CO2
no próprio processo industrial. A fabricação de aço responde por cerca de 11% das emissões globais de CO2, seguida
pelas indústrias de cimento (8%) e química (7%). Mesmo que essas indústrias se voltassem para a energia renová-
vel para todas as suas necessidades de eletricidade, elas ainda teriam que substituir os combustíveis fósseis em suas
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O lançamento da Accelera by Cummins re-
força esse compromisso e posicionamento da
marca, por meio da sua estratégia Destino ao Zero, que tem a missão de acelerar a descarbonização. Reduzindo os
impactos de gases de efeito estufa (GEE) e melhorando a qualidade do ar de seus produtos para atingir zero emis-
sões até 2050.
A Accelera by Cummins é agora líder global em tecnologias de emissão zero, fornecendo uma gama de soluções,
incluindo células de combustível de hidrogênio, baterias, eixos elétricos, sistemas de tração e eletrolisadores, para
alimentar de forma sustentável uma variedade de indústrias, desde o transporte comercial até a produção química.
Fornecedora e integradora de componentes, a Accelera está descarbonizando aplicações como ônibus, caminhões,
trens, equipamentos de construção, energia estacionária e processos industriais intensivos em carbono.
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na, um dos principais pilares para alcançar tais grandezas é a conscientização e a criação de uma cultura sustentável.
“Entre os projetos bem-sucedidos, vale destacar a Semana do Meio Ambiente, cuja programação contemplou comuni-
cados diários com diversas dicas relacionadas ao tema de sustentabilidade”, explica.
Segundo o executivo, o compromisso da Termomecanica é contínuo e as iniciativas são cada vez mais exploradas
dentro da empresa. “Anualmente, temos projetos com todas as áreas da empresa, visando a redução de consumo nos
processos. Estes projetos tornam-se metas para cada gestor implementar durante o ano, as quais são monitoradas e
avaliadas após implementação”, observa Torina.
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Os DPS são componentes importantes para a segurança das instalações elétricas em
residências, comércios e indústrias. Eles têm a função de proteger as instalações contra
surtos de tensão causados principalmente por descargas atmosféricas, como os raios, evi-
tando danos aos equipamentos e às instalações.
A linha de DPS da Tramontina, que foi homologada pela Celesc, apresenta diversos modelos, todos com índice de
proteção IP20 e classe 1 e/ou 2. São fabricados segundo as normas estabelecidas pela ABNT (Associação Brasileira de
Normas Técnicas) e estão disponíveis nos modelos entre 15kA e 90kA, na configuração de 1 polo.
Sistemas fotovoltaicos
rurais têm crescimento
O agronegócio tem buscado cada vez mais alternativas para economia e rentabilidade na produção agrícola, além
de investir em fontes renováveis de energia. Dados da Aneel (Agência Nacional de Energia Elétrica) mostraram uma
alta de 63% na instalação de sistemas fotovoltaicos em propriedades rurais. Em 2021, 42,9 mil sistemas de energia
solar foram instalados, frente a 70,2 mil em 2022.
Dados da Associação Brasileira de Energia Solar Fotovoltaica (Absolar) apontam que de um total de 27,8 mil MW
de potência instalada em energia solar no Brasil, 1,3 mil MW estão instalados em propriedades rurais, o que repre-
senta 14,4%. Outro dado da Absolar mostra que em 2021, o número de instalações em propriedades rurais aumen-
tou 83,7% em relação a 2020.
Pequenos, médios e grandes agricultores têm buscado a energia solar, pois além de ser uma fonte renovável de
energia, ela pode trazer economia de até 95% na conta de energia elétrica, em quatro anos, o que irá proporcionar
mais rentabilidade com aumento da margem de lucro e da produção agrícola.
O pequeno agricultor Juliano Luiz dos Santos, da cidade de São José do Belmonte, no sertão de Pernambuco, au-
mentou a produção de maracujá em seu empreendimento rural depois que instalou um sistema fotovoltaico. Para ali-
mentar o sistema de irrigação de sua plantação de maracujá, Juliano chegava a pagar cerca de R$ 500 a R$ 800 de
conta de energia e depois que instalou o sistema fotovoltaico, sua primeira conta veio com o valor de R$ 10.
“Consegui aumentar a minha produção muito em parte por conta da energia solar, porque não teria condições
de pagar a conta de energia para irrigar essa produção. Antes tinha uma ideia de que sol demais talvez prejudicasse
a gente, mas agora, ele só nos ajuda, pois consegui aumentar a produção de 1,9 mil pés de maracujá para mais de 3
mil este ano”, disse Juliano.
POTÊNCIA 20
HOLOFOTE
O sistema fotovoltaico foi instalado na propriedade do pequeno agricultor pela rede de franquias em energia solar
Solarprime e tem 3,3 kWp de potência instalada com seis placas solares de 550W e investimentos de R$ 15.000,00.
A proprietária da franquia da Solarprime de São José do Belmonte, Letícia Alencar, ressaltou os benefícios que o siste-
ma fotovoltaico trouxe para Juliano. “Acompanhei todo o processo de instalação e os resultados foram rápidos e bem
promissores. Na primeira conta, ele não imaginava que pagaria apenas R$ 10. Dessa forma, ele pode economizar, au-
mentar sua produção e investir mais no conforto da sua família. Isso tudo é resultado”, ressaltou a franqueada que
foi responsável pela venda do sistema para Juliano.
Foto: Divulgação
A expectativa do proprietário rural Rodrigo Colombi Frota é ter um ganho na produção de café de algo em torno
de 10% a 15% com estimativa de no ano que vem colher algo em torno de 2 a 3 mil sacas de café a mais, o que po-
derá gerar um caixa excedente de até R$ 1,5 milhão a mais, e ainda gastando menos energia. “O investimento em
energia solar é muito vantajoso, pois o payback é extremamente rápido e após isso, calculo que teremos uma econo-
mia de até 95% na conta de energia”, ressalta Rodrigo.
Raphael Brito, sócio fundador da rede de franquias Solarprime, sediada em Campinas com unidades espalhadas
por todo o Brasil e que foi a empresa responsável pela coordenação da unidade franqueada que fez a instalação das
usinas na propriedade do agricultor de Vila Valério, ressalta o aumento da procura por energia solar como maneira
de aumento da produtividade e economia na produção agrícola. Segundo ele, a Solarprime desde 2022, já instalou
mais de 177 sistemas fotovoltaicos, somando um total de mais de 2,3 mil kWp de capacidade instalada. “Pequenos,
médios e grandes agricultores estão optando por energia solar com garantia de economia e aumento da produção.
Quem ganha com isso é a sociedade e o planeta, pois cada vez mais geramos energia limpa, o que é benéfico para o
meio ambiente, e além disso, traz benefícios para o produtor que poderá ter mais produtividade e o consumidor final
que terá alimentos com preços mais baixos e acessíveis”, comenta Brito.
POTÊNCIA 21
HOLOFOTE
Cobreflex investe em
expansão externa e interna
A Cobreflex, empresa de capital 100% nacional que fabrica fios e cabos elétricos de baixa tensão em cobre, vive
um ritmo acelerado de expansão com a construção de uma planta no Paraguai e a ampliação da fábrica em Pernam-
buco, no município de Escada. Combinados, os dois projetos permitirão à empresa aumentar em 18% a sua capaci-
dade de produção.
Com sede em Jandira, a Cobreflex é uma empresa jovem, criada há 10 anos, que já detém 7,5% do bilionário mer-
cado de fios e cabos elétricos de baixa tensão, mas a meta é chegar a 30% de participação de mercado em cinco anos.
E, para isso, a estratégia é focar nas exportações e na expansão dos centros de distribuição regionais. Atualmente, são
sete centros de distribuição, localizados em São Paulo, Espírito Santo e Santa Catarina.
“Além de abrir as portas para o mercado externo, a fábrica do Paraguai nos permitirá o desenvolvimento de uma
nova linha de produtos voltada para média tensão com um novo condutor, o alumínio”, explica o diretor-geral da
Cobreflex, Oswaldo Soares Junior. A unidade no Paraguai atenderá à demanda de distribuidoras de energia de toda
a América do Sul.
Já a expansão da planta pernambucana visa atender às regiões Norte e Nordeste do Brasil, que apresentam
grande potencial de desenvolvimento econômico. Além disso, com a ampliação da fábrica de Escada, localizada a
60 km de Recife, a Cobreflex resolverá um entrave logístico - atualmente, são necessários quatro dias para entregar
os pedidos dos clientes da região. “Com a produção em Escada, ganharemos prazo e ficaremos ainda mais compe-
titivos”, afirma Soares Junior. Para garantir um atendimento personalizado e rápido, a empresa tem uma parceria
exclusiva com uma transportadora especializada no manuseio dos produtos.
Uma estratégia que tem sido decisiva para o seu crescimento é ter uma rede própria de distribuição de materiais
elétricos para o varejo. “Essa estratégia nos permite um atendimento integrado ao cliente final”, explica. “A maioria
dos cabos elétricos precisa de infraestrutura, iluminação, conectores entre outros. Com isso o cliente consegue resol-
ver tudo em um único ponto de contato.”
O arrojo da Cobreflex no desbravamento de novos mercados é apenas um dos diferenciais da empresa em seu ni-
cho de atuação. O mercado de cabos e fios de baixa tensão em cobre é disputado por muitas empresas “de fundo de
quintal”, que se valem de processos de fabricação arcaicos que não atendem às exigências de qualidade referentes à
resistência elétrica e ao revestimento.
Buscando justamente a diferenciação, a Cobreflex adota um sistema de gestão da qualidade alinhado às espe-
cificações e normas de segurança e qualidade deste segmento – o que inclui as certificações ISO 9001, INMETRO
e BRTÜV. Neste ano, a empresa está aprimorando ainda mais os seus controles, com a contração da auditoria in-
dependente da TÜV Nord. “Com mais essa iniciativa, vamos oferecer aos clientes mais uma garantia da qualidade
de nossos produtos”, disse Soares Junior.
Para assegurar a conformidade de fios e cabos, a Cobreflex investe em equipamentos de ponta, de alta quali-
dade. “Todos os produtos são submetidos a testes internos em nosso laboratório, aparelhado com instrumentos
adequados para essa finalidade”, diz o executivo. Entre os recursos disponíveis no laboratório está uma Ponte de
Kelvin Yokogawa, que cobre adequadamente todos os produtos da empresa. Nos últimos anos foram investidos
mais de meio milhão de reais em equipamentos de garantia da qualidade, incluindo o upgrade na linha Spark Test
para equipamentos Nazkom.
POTÊNCIA 22
HOLOFOTE
Curso itinerante
sobre energia solar
A carreta-escola “Road Show ABGD HUAWEI Solar”,
iniciativa da Associação Brasileira de Geração Distribu-
Foto: Divulgação
ída (ABGD) em parceria com a HUAWEI, multinacional líder em infraestrutura para Tecnologia da Informação e da Co-
municação (TIC) e dispositivos inteligentes, e com apoio de outras empresas do mercado de energia solar, capacitou
gratuitamente mais de 5,5 mil pessoas durante as duas edições do curso itinerante.
O projeto acaba de completar dois anos. A primeira temporada do curso foi realizada de maio de 2021 a abril de
2022. Já a segunda edição aconteceu de junho de 2022 a junho de 2023. Ao longo dos meses, o veículo percorreu 54
mil quilômetros, por 83 cidades e 20 Estados, além do Distrito Federal. Ao todo, foram mais de 20 mil horas de aulas,
divididas em dois cursos diferentes: fundamentos dos sistemas fotovoltaicos (energia solar) e técnicas para instalação
de painéis solares à população local.
De acordo com Guilherme Chrispim, presidente da ABGD, “o principal objetivo do Road Show é ensinar à popu-
lação de todo o Brasil os benefícios que a energia renovável oferece, além de capacitar ainda mais as pessoas que já
atuam nesse segmento. Ficamos muito satisfeitos com os resultados das duas edições desse projeto, que é uma porta
de entrada para quem quer saber mais sobre energia solar ou até mesmo trabalhar nesse setor”, comenta.
Para a Huawei, participar de um projeto que viabiliza a educação é de extrema importância. “O Road Show apre-
senta uma solução única com base em Inteligência Artificial que garante o fornecimento de energia limpa dia e noite,
de forma muito intuitiva, eficiente e econômica para ambientes residenciais, comerciais e industriais. Isso não é ten-
dência, e hoje já é apresentado para todo o Brasil”, afirma Romulo Horta, diretor de Canais da Huawei para o Brasil.
O curso é realizado em uma carreta-escola totalmente adaptada, equipada com um sistema completo de microge-
ração de energia solar, que pode funcionar on-grid e off-grid. O veículo possui estrutura de sala de aula, espaço para
workshops e uma casa funcional alimentada por energia solar. A ação disponibiliza conteúdo programático que inclui
noções básicas de regulamentação de geração distribuída de energia elétrica, dimensionamento preliminar de proje-
tos solares fotovoltaicos, segurança e qualidade das instalações e vendas.
Além dos aspectos técnicos, o curso aborda também as diversas etapas do processo de comercialização de siste-
mas fotovoltaicos e promove o empreendedorismo, além de ensinar a instalação de painéis solares. Cada curso pos-
sui carga horária de 4 horas.
O “Road Show ABGD HUAWEI Solar” é um projeto da ABGD em parceria com a HUAWEI e conta com patrocínio da Risen,
Inox-Par Linha Solar, SSM Solar do Brasil, Orion-E, Embrastec e CorSolar, além de apoio do Governo do Estado de São Paulo, da
Secretaria de Infraestrutura e Meio Ambiente do Estado de São Paulo (SIMA/SP), do Senai São Paulo, Firjan e da ABGD News.
Redes subterrâneas
Com o objetivo de coibir o furto de cabos de energia elétrica de sua rede subterrânea, que alimenta, principalmen-
te, a região central da capital, a Enel Distribuição São Paulo desenvolveu um novo modelo de tampa para as câmaras
subterrâneas. No lugar das tradicionais tampas de ferro, a empresa está instalando tampas de concreto, mais pesadas
e que precisam do auxílio de pequenos guindastes para serem instaladas.
Desde o final do ano passado, quando a iniciativa começou, cerca de 200 tampas já foram trocadas na região Cen-
tral de São Paulo. A meta é substituir ao todo 900 tampas no centro da capital.
POTÊNCIA 23
HOLOFOTE
Apenas entre janeiro e abril de 2023, a empresa contabilizou 3.886 ocorrências de furtos de fios subterrâneos, nú-
mero que é 53% maior do que a quantidade de registros do crime feitos no mesmo período de 2022.
“Adotamos este novo material para blindar a entrada de terceiros nas câmaras subterrâneas e coibir o furto de
cabos. Além de ser um crime previsto no código penal, esta prática coloca em risco à vida de quem tenta acessar es-
ses espaços subterrâneos e manipular a rede elétrica. É importante reforçar sempre que apenas as equipes técnicas a
serviço da distribuidora estão autorizadas e capacitadas a operar nestes ambientes, em função dos riscos envolvidos
na atividade”, explica Marcus Floresta, responsável pela Operação de Alta Tensão e Subterrâneo da Enel São Paulo.
Para a instalação das novas tampas de concreto e para acessar as redes protegidas pelas novas tampas, que são
muito mais pesadas, a distribuidora precisa utilizar um caminhão específico para movimentar o material, o que difi-
culta qualquer tentativa de acesso por pessoas não autorizadas.
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“Os investimentos apoiam nossa estratégia de combinar os mundos real e digital – bem como nosso foco na di-
versificação e negócios regionalizados. Estamos claramente potencializando nossa forte presença global para apoiar
o crescimento nos mercados mais relevantes do mundo”.
Além disso, espera-se um aporte adicional de cerca de €0,5 bilhão em pesquisa e desenvolvimento (P&D) em inteli-
gência artificial e no metaverso industrial no exercício fiscal de 2023 em relação ao ano anterior. Este investimento em
P&D busca fortalecer a posição de liderança da Siemens em tecnologias essenciais como simulação, gêmeos digitais,
inteligência artificial e eletrônica de potência, além de apoiar o desenvolvimento da plataforma de negócios digital
aberta Siemens Xcelerator. A empresa anunciou recentemente uma parceria com a Microsoft para acelerar a geração
de código para automação industrial usando o ChatGPT. Com a NVIDIA, a Siemens está trabalhando para construir o
metaverso industrial para melhorar o design, planejamento, produção e operação de fábricas e infraestruturas.
Série de anúncios
No início do ano, a Siemens se comprometeu a ex-
pandir a produção em Trutnov, República Tcheca, para
aumentar a capacidade de sua WEF Global Lighthouse
Factory em Amberg, na Alemanha. Além disso, a Sie-
mens está investindo €30 milhões para expandir sua
fábrica de comutadores em Frankfurt-Fechenheim, na
Foto: Divulgação/Siemens
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HOLOFOTE
Foto: Divulgação
Com produtos que atendem ambientes residenciais, comerciais e industriais, a nova versão do catálogo apresenta
os mais recentes lançamentos, incluindo itens de iluminação de LED, com informações detalhadas para que projetis-
tas, engenheiros, eletricistas, arquitetos, designer de iluminação e revendedores possam especificar corretamente os
produtos para seus clientes e obter acesso rápido às características técnicas mais relevantes.
O catálogo traz também informações sobre as principais iniciativas de sustentabilidade da Tramontina, além dos
dados para acesso à Biblioteca BIM (Building Information Modeling), metodologia utilizada no segmento da constru-
ção para compartilhar informações por meio de políticas, processos e tecnologias.
Além de atender às necessidades dos consumidores e especificadores, a nova versão do catálogo reserva ainda um espa-
ço especial para os revendedores da marca. As páginas dedicadas aos lojistas apresentam os materiais de comunicação dis-
poníveis para uso nas lojas, como displays e expositores, projetados para facilitar a identificação dos produtos nas gôndolas.
A nova versão do Catálogo de Materiais Elétricos da Tramontina pode ser acessada por meio dos links: https://
global.tramontina.com/catalogos ou https://s3.us-east-1.amazonaws.com/prd-assets-portal.tramontina.
com/Materiais_Eletricos_1cd811fdb6.pdf
ram conexões durante uma visitação pela fábrica e uma série de palestras. Representantes da Soprano abordaram os
diferenciais comerciais, a força de marca de uma empresa com mais de 65 anos de história, além da apresentação de
cases por parte da equipe de suporte técnico relacionado ao pré e pós-vendas.
A parceria com a Cogecom no modelo de negócio voltado a Usinas de Locação também foi uma pauta abordada
por um representante da empresa.
Os fornecedores também tiveram espaço de fala, onde a 2P ministrou um pequeno treinamento sobre boas prá-
ticas de instalação de estruturas de fixação e a Renesola destacou a certificação TIER 1 de seus módulos. A palestra
principal foi apresentada por Sandro Schuh, vice-coordenador do Núcleo de Energia Fotovoltaica da Associação Em-
presarial de Florianópolis (ACIF), com o tema: “Técnica de vendas para integradores: como vencer objeções”.
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Foto: Divulgação/Dahrén
O texto diz também que o acordo com a Dahrén vai as-
segurar o fornecimento de cabos de cobre reciclado para a
produção de agitadores eletromagnéticos da ABB usados na
produção de metais, que demandam entre 500 kg e 2200 kg
do metal cada um, a depender do modelo do equipamento.
Os cabos da Dahrén serão fabricados a partir de lingotes
de cobre reciclado produzidos pela sueca Boliden, que mi-
nera e funde metais sem o uso de combustíveis fósseis e em
processos com pegada de carbono 65% menor em relação à
média registrada pela indústria siderúrgica do país nórdico.
“Por meio das colaborações com a Dahrén e com a Boli-
den, a ABB está contribuindo com a estruturação de uma ca- Fios de cobre de baixo carbono em linha
deia de suprimento de baixo carbono mirando a neutralização produtiva da Dahrén.
de emissões”, disse no texto Ola Norén, diretor de produtos
para metalurgia da Divisão de Processos Industriais da ABB.
Além dos fios de cobre reciclado fornecidos pela Dahrén, a ABB disse no texto já ter relacionamento com a finlan-
desa Luvata para obter perfis ocos de cobre reciclado também fabricados a partir de lingotes da Boliden. Os perfis tam-
bém são usados nos agitadores.
A empresa disse ainda estar ampliando o uso de cobre, aço e alumínio reciclados, que demandam de 75% a 95%
menos energia em relação a metais de primeira fabricação, para reduzir a pegada de carbono da própria operação.
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de mudanças climáticas.
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Resultados positivos
Líder mundial na indústria de sistemas de cabos de energia e telecomunicações, o Grupo Prysmian divulga os
resultados consolidados 2022 com grande destaque para a receita líquida de R$ 3,16 bilhões obtida no Brasil.
Esse resultado representa um aumento de 22,5% em relação à receita líquida obtida em 2021, quando se registrou
a receita de R$ 2,58 bilhões. Houve um crescimento orgânico de R$ 91 milhões, impulsionado principalmente pelos
ótimos resultados na divisão de Projetos.
O lucro operacional também cresceu expressivamente: 91,7%, saltando de R$ 108 milhões em 2021 para R$ 207
milhões em 2022. Este excelente resultado se justifica, principalmente, pelo fortalecimento dos resultados nos merca-
dos de Renováveis e Projetos. A companhia também destaca a forte gestão nos custos e eficiências.
A posição financeira líquida da empresa quase dobrou de um ano para o outro, graças à forte disciplina na gestão
do capital de giro e resultado operacional sustentável. Os R$ 332 milhões obtidos em 2022 representam um aumento
de 93% em relação aos R$ 172 milhões de 2021.
Segmentando os resultados nos três grandes setores de
atuação da empresa, o grande destaque foi a divisão de Pro-
jetos, que obteve um crescimento orgânico em 2022 de 69%,
originado pelo aumento de volume de vendas bem como pelas
eficiências em Pesquisa & Desenvolvimento. O setor registou
receita líquida de R$ 406 milhões.
No segmento de Energia, o Grupo registrou um faturamen-
to líquido de R$ 2,2 bilhões, o que representou um crescimento
de 7% na comparação com o ano anterior, mesmo diante da
redução do mercado de linhas de transmissão decorrente da
sazonalidade de leilões da Aneel. Essa queda foi parcialmente
Foto: Divulgação
compensada pela melhora do mix de produto junto às distri- HQ do Grupo Prysmian para América Latina
buidoras e mercado de energia renovável em forte expansão. em Sorocaba-SP
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O EBITDA Ajustado na região ficou em € 120 milhões, representando 9,4% sobre a receita líquida comparado aos
€ 99 milhões do ano passado, melhora atribuída não só pelo impacto de renováveis, mas também em todos os seg-
mentos de energia.
O Grupo Prysmian está presente em oito países da América Latina por meio de 13 fábricas distribuídas entre
México, Costa Rica, Colômbia, Chile, Argentina e Brasil, três centros de P&D e emprega mais de 4 mil colaborado-
res na região.
Global
Nunca houve na história do Grupo Prysmian um ano como 2022. Foi o melhor resultado da história da companhia,
impulsionado por forte foco no cliente, amplo portfólio de negócios e disciplina operacional.
A histórica receita de € 16,06 bilhões em vendas superou com folga o já expressivo resultado de € 12,73 bilhões
obtido em 2021. O EBITDA ajustado ficou em € 1,48 bilhão, crescimento de 52% em relação a 2021. O lucro líquido
do Grupo em 2022 foi de € 509 milhões, 64% a mais do que foi obtido no ano passado.
No âmbito de ESG, em 2022, a empresa reduziu as emissões de Gases de Efeito Estufa (GEE): 24% no Escopo 1
e 2 e 7,5% no Escopo 3. Também houve crescimento do uso de materiais reciclados, atingindo uma participação de
10% composição de novos produtos.
O Grupo Prysmian é líder global em soluções de rede de energia e telecomunicações, posição consolidada por
mais de 140 anos de experiência. Ao todo, o Grupo está presente em mais de 50 países, com 108 fábricas, 26 centros
de P&D e cerca de 30 mil colaboradores.
Iluminação inteligente
centrada no ser humano
A luz influencia na produção de hormônios ao longo do dia. Esses hormônios afetam a pressão sanguínea,
frequência cardíaca, vitalidade, memória e humor. A luz certa no momento certo ajuda as pessoas a ficarem ativas
e alertas durante o dia e a relaxar e dormir bem à noite. O cortisol garante a energia para as atividades diárias,
estimulado através da luz fria. Já a melatonina nos induz ao sono, estimulada por uma luz quente e aconchegante.
Está aí descrita uma das grandes vantagens da iluminação inteligente: a possibilidade de programar a luz confor-
me conveniência para realizar todas as atividades de um dia. Esse é o conceito da iluminação integrativa, ou centrada
no ser humano (HCL), que prevê luz sob medida para cada necessidade.
E por que não tirar o máximo proveito dessa tecnologia? Esse é o objetivo do sistema de iluminação oferecido
pela Linha SMART+WIFI da LEDVANCE. Quando programado conforme o ritmo circadiano, a iluminação simula auto-
maticamente, da forma mais próxima possível, as mudanças da luz natural.
Tal requisito se mostrou fundamental com o novo comportamento da sociedade, principalmente após a pan-
demia. Em outras palavras, agora as pessoas passam cada vez mais tempo em casa por conta de home office ou
trabalho híbrido. Portanto, esse ambiente, que antes servia ao descanso, assume o papel de escritório, de diversão
e também de relaxamento. E a iluminação precisa acompanhar a mudança de ritmo e a necessidade de luz com o
passar das horas durante o dia.
“A luz sofre alterações ao longo do dia de forma dinâmica, variando a intensidade de luz e a temperatura de cor
para que o usuário obtenha os mesmos efeitos biológicos da luz natural dentro de sua própria casa. Além de contribuir
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HOLOFOTE
para o seu bem-estar, a longo prazo, contribui para a sua saúde”, esclarece o engenheiro da LEDVANCE, Luan Dona-
don, especialista em produtos SMART para uso residencial.
A programação do ritmo circadiano é bem intuitiva, e o app já traz uma sugestão para os principais horários do
dia. No entanto, é possível alterar a programação conforme o hábito de despertar e dormir, controlando a luz confor-
me necessidade. Inclusive, é possível criar uma programação diferente para os finais de semana, quando os horários
de dormir e acordar são mais flexíveis.
POTÊNCIA 36
HOLOFOTE
diretamente ligado às principais vias de transporte rodoviário e ao Aeroporto Internacional de Valência. Os trabalhos
foram realizados pela IKS, empresa de serviços de construção e engenharia do grupo imobiliário INMOKING.
O edifício é composto por dois andares, com um piso térreo de 3.154 m2 para armazenamento e uma área de
produção dividida em diferentes compartimentos e 100,75 m2 de escritórios. O primeiro andar, por outro lado, tem
1.379 m2 também para o departamento de produção P&D+i, Administração, Comercial, Marketing, Design, Informá-
tica e Sistemas.
Para o planeamento e execução destas novas instalações, foi realizado um estudo detalhado do processo industrial
a fim de otimizar todas as suas fases: recepção de matérias-primas e produtos semiacabados, fabricação do produto
final, armazenamento e expedição da mercadoria. Todos os departamentos participaram na escolha a fim de incluir
as necessidades de cada equipe na conceção final antes do início da construção.
Produção, armazenamento e distribuição: mais capacidade para um melhor serviço
No primeiro piso estão as zonas de Produção, que contam com três áreas:
◗ Fabricação de produtos com circuitos eletrônicos, para os quais foram adquiridas novas máquinas Europlacer para
a linha de produção SMD com AOI.
◗ Fabricação e montagem de produtos metalmecânicos.
◗ Fabricação de dosímetros.
Estas salas são totalmente climatizadas, com isolamento em painel PIR e teto falso para gerar o ambiente limpo
necessário para a fabricação e manuseio de componentes sensíveis. Existe também uma área separada para a tria-
gem e reciclagem para cumprir com o processo circular de processamento de resíduos.
No piso térreo, o novo armazém quase duplica a capacidade de armazenamento atual, o que melhorará o arma-
zenamento, a rapidez de resposta às encomendas e a rotação das mercadorias.
Neste mesmo piso são as instalações de fabricação de solda exotérmica, três vezes maiores do que as existentes.
Além disso, foram adquiridas novas máquinas, o que resultará num aumento do volume de produção.
Estas instalações distinguem-se pela implementação de sistemas de extração de ar e controle de atmosfera para
evitar a presença de poeira noutras partes do espaço, bem como um novo laboratório de controle de qualidade.
Os dois pisos estão ligados por escadas e um empilhador de 3.000 kg para mercadorias e produção.
POTÊNCIA 37
MATÉRIA DE CAPA
DATA CENTER
Setor em alta
O MERCADO DE DATA CENTER ESTÁ EM PLENA EXPANSÃO NA
AMÉRICA LATINA, COMO UM TODO, E FORTEMENTE NO BRASIL.
S
egundo a Associação Brasileira de Data Center (ABDC), Data Center é o espaço que concentra
equipamentos de processamento, armazenamento e transmissão de dados e que possui uma in-
fraestrutura que garanta alta disponibilidade para o funcionamento destes sistemas. Atendendo
a praticamente todos os segmentos da economia, os Data Centers estão em ascensão no Brasil
e no mundo, por conta da necessidade crescente de digitalização.
De acordo com Gustavo Ruiz Moraes, presidente da ABDC, os Data Centers atendem todo e qualquer
tipo de empresa, desde uma startup até uma indústria consolidada, e também serviços públicos: “Temos
que imaginar que qualquer serviço que utilizamos em nossos smartphones, obrigatoriamente são proces-
sadas em algum Data Center. Costumo dizer que nos dias atuais precisamos de Data Center para usar um
serviço de transporte ou até mesmo para pedir uma pizza via aplicativo”, ilustra.
Segundo Moraes, o investimento em Data Center no Brasil historicamente sempre foi cíclico, passan-
do por picos e vales de aporte financeiro. “E, neste momento, é possível observar que estamos em mais
um pico de novas construções, que vão desde os players que já atuam no país e a chegada de novos
entrantes”, relata.
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SUMÁRIO
Foto: ShutterStock
POTÊNCIA 38
MATÉRIA DE CAPA
DATA CENTER
Foto: Divulgação
cresceu demais durante a pandemia de COVID-19,
obrigando pequenas empresas de serviços a se di-
gitalizarem, bem como escolas e consultórios, além
de assistirmos a uma mudança de comportamento
de todo o varejo no sentido de fortalecer cada vez
mais a experiência do e-commerce. “Toda essa de-
manda obrigou a que houvessem mais Data Cen-
ters para garantir todo este processamento. Com
o crescimento das redes de dados pelo interior do
Brasil e com a chegada do 5G, a tendência é de
que tenhamos cada vez mais demanda por dados
no Brasil nos próximos anos”, vislumbra Moraes.
Sergio Abela, diretor de Operações de Data
Center da Ascenty, comenta que os Data Centers
atendem os mais diversos segmentos, em especial
empresas com grande necessidade de armazena-
Neste momento, é possível observar que estamos
mento de dados, troca de tráfego e alta conectivi-
em mais um pico de novas construções, que vão
dade. “Com base em nossa experiência junto ao
desde os players que já atuam no país até a
mercado, os principais setores que demandam chegada de novos entrantes.
soluções de Data Centers são: tecnologia, espe-
GUSTAVO MORAES | ABDC
cialmente os gigantes players da nuvem, teleco-
municações, financeiro, serviços, saúde, mídia e
educação”, menciona.
Para o executivo, o mercado de Data Center está em plena expansão na América Latina, como um
todo, e fortemente no Brasil. “A demanda por serviços de TI é crescente, temos mais equipamentos inteli-
gentes a nossa volta, conectados à Internet. São novas soluções surgindo a todo momento e todas preci-
sam do suporte de um Data Center. Temos as grandes clouds em plena expansão, serviços de streaming
substituindo a TV aberta, soluções de inteligência artificial agora disponíveis a todos, conteúdo, vídeos e
fotos sendo gerados em profusão e postados ou armazenados na nuvem. Além disso, muitas corporações
estão deixando os seus pequenos Data Centers próprios para migração híbrida à cloud e ao colocation.
Melhoram a sua troca de tráfego com as demais empresas, melhoram a confiabilidade e conseguem cus-
tos competitivos adotando o melhor das duas alternativas”, analisa Sergio Abela.
Ilustração: ShutterStock
POTÊNCIA 39
MATÉRIA DE CAPA
DATA CENTER
Foto: Divulgação
A Ascenty é líder no mercado de colocation na
América Latina. Através de suas soluções, ela aju-
da outras empresas em toda as fases do projeto
de implementação de Data Center, auxiliando no
desenvolvimento da continuidade dos negócios e
na utilização de conectividade de alta eficiência.
Ou seja, a Ascenty fornece a infraestrutura para
armazenar os servidores de seus clientes, a co-
nectividade e a mão de obra para operar o Data
Center. Assim, propicia a diminuição de custos
operacionais com infraestrutura e aumento da dis-
ponibilidade de serviços através de Data Centers
de excelência mundial.
A Ascenty possui 34 unidades de Data Centers,
sendo 24 em operação e 10 em construção. São
20 em operação no Brasil, dois no Chile e dois no
México. Em construção são seis no Brasil, um no
Com base em nossa experiência junto ao
mercado, os principais setores que demandam
Chile, um no México e dois na Colômbia. A previ-
soluções de Data Centers são: tecnologia, são é que os dez data centers estejam todos em
especialmente os gigantes players da nuvem, operação até o primeiro semestre de 2025.
telecomunicações, financeiro, serviços, saúde, Francisco Degelo, gerente de Desenvolvimento
mídia e educação. de Negócios de Data Center da Vertiv LATAM, con-
SERGIO ABELA | ASCENTY ta que historicamente o mercado de Data Centers
tem experimentado um crescimento significativo
em todo o mundo, impulsionado pela crescente de-
manda por armazenamento e processamento de dados, que por sua vez é impulsionada por tendências
como o aumento do uso de serviços em nuvem, o crescimento do comércio eletrônico, a adoção de tecno-
logias de inteligência artificial e o aumento da conectividade global.
No Brasil, a área de Data Centers tem acompanhado essa tendência global, com empresas e orga-
nizações expandindo suas infraestruturas de TI para atender às crescentes demandas do mercado. “O
Brasil é um país com uma economia em desenvolvimento e uma população grande, o que contribui para
a demanda por serviços de Data Center. Além disso, o país tem enfrentado desafios relacionados à
Foto: ShutterStock
POTÊNCIA 40
MATÉRIA DE CAPA
DATA CENTER
ock
crescimento significativo, de dois dí-
Foto: ShutterSt
gitos pelo menos, mesmo com situa-
ções de crise vividas nos últimos anos,
sejam elas econômicas ou sanitárias”,
destaca Degelo.
Francisco Degelo entende que o mercado
de Data Centers no Brasil definitivamente é con-
siderado um setor em evolução e que o país tem experimentado um crescimento significativo nas últimas
décadas, em termos de infraestrutura de tecnologia da informação, incluindo Data Centers. De acordo com
ele, vários fatores têm impulsionado essa evolução. Primeiramente, o aumento da digitalização em diversas
áreas, como comércio eletrônico, serviços bancários on-line, mídia digital e governança eletrônica tem ele-
vado a demanda por infraestrutura de Data Center para armazenar e processar grandes volumes de dados.
Além disso, prossegue Degelo, o Brasil tem testemunhado um crescimento notável na adoção de ser-
viços em nuvem, à medida que mais empresas e organizações migram suas operações e aplicativos para
a nuvem. Isso exige uma infraestrutura robusta de Data Center para suportar a demanda crescente por
serviços em nuvem.
Outro fator que impulsiona o mercado de Data Centers no Brasil é a necessidade de conformidade
com regulamentações de segurança e privacidade de dados. “Com a implementação da Lei Geral de
Proteção de Dados (LGPD) no país, as empresas estão buscando soluções de Data Center confiáveis e
seguras para garantir o armazenamento e processamento adequado de dados sensíveis. Esses elemen-
tos combinados têm contribuído para a evolução do mercado de Data Centers no Brasil, com a construção
de novas instalações e a expansão das existentes. No entanto, é importante destacar que as condições
do mercado podem variar e estão sujeitas a fato-
Foto: Divulgação
res econômicos, tecnológicos e regulatórios, que
podem influenciar o ritmo e a direção dessa evolu-
ção”, aponta Degelo.
Também para Alex Sasaki, diretor de Aplica-
ções de Tecnologia e Gestão de Vendas da Vertiv
América Latina, o Brasil segue com crescimento
acelerado na construção de novos Data Centers
POTÊNCIA 41
MATÉRIA DE CAPA
DATA CENTER
Foto: Divulgação
muitas aquisições, fusões e o surgimento de novos
entrantes. “A expectativa é de que este crescimen-
to continue nos próximos anos, impulsionado por
motivadores como: implementação da Lei Geral de
Proteção de Dados e novas tecnologias, como 5G,
Inteligência Artificial etc.”, opina.
Robson Pacheco, Data Centers Sales Manager
da Vertiv Brasil comenta que as perspectivas do
mercado de Data Centers continuam a melhorar e
a atrair novos investidores em toda nossa região
LATAM, à medida que se observa a consolidação
de ambientes críticos, especialmente para atender
à crescente demanda por instalações de dados
em hiper ou mega escala: “E, diante de um cenário
que já se encaminha para uma condição de maturi-
dade digital, nos próximos três anos espera-se que
A expectativa é de que este crescimento a indústria global de Data Centers aumente ainda
continue nos próximos anos, impulsionado por mais, se tonando ainda mais dinâmica e ofertando
motivadores como: implementação da Lei Geral
eficiência e resiliência ideais para um setor que se
de Proteção de Dados e novas tecnologias, como
torna cada vez mais exigente e amadurecido”.
5G, Inteligência Artificial etc.
ALEX SASAKI | VERTIV A Vertiv reúne hardware, software, analytics e
serviços contínuos para garantir que as aplicações
vitais dos clientes funcionem continuamente, te-
nham um desempenho ótimo e que cresçam de acordo com as necessidades do seu negócio. A Vertiv
resolve os mais importantes desafios enfrentados pelos atuais Data Centers, redes de comunicação e
instalações comerciais e industriais, com um portfólio de soluções e serviços de energia, refrigeração e
infraestrutura de TI que se estende do cloud ao edge da rede.
POTÊNCIA 42
MATÉRIA DE CAPA
DATA CENTER
Foto: ShutterStock
um trabalho contínuo de antecipação das necessidades dos clientes, a fim de entregar mais espaço de
armazenamento de forma rápida e com conectividade superior para acompanhar a evolução do merca-
do”, informa.
Ainda de acordo com Alex Sasaki, além da demanda necessária para suportar estas tecnologias e
mercados, existe uma grande pressão por parte de investidores e clientes para que os novos Data Cen-
ters sejam mais sustentáveis e eficientes. “Isto faz com que haja sempre uma necessidade constante de
investimentos no setor”, aponta.
Para Gustavo Moraes, a perspectiva para este segmento nos próximos anos é de pleno crescimento,
com muitos investimentos chegando e uma demanda por mão de obra qualificada que precisa ser prepa-
rada para que possamos ir para o tamanho de mercado que precisamos ter.
Sergio Abela entende que a perspectiva é de plena expansão, crescendo a taxas superiores a 20%
ao ano. “É recorrente que recordes de vendas e construção sejam batidos, mostrando que o crescimento
continua em ritmo acelerado, que se intensificou no início da pandemia e se mantém”.
Francisco Degelo, da Vertiv, diz que a demanda por serviços de Data Center deve continuar crescendo,
impulsionada pelo aumento do uso de serviços em
nuvem, pela digitalização de setores econômicos,
Foto: Divulgação
pela expansão do comércio eletrônico, pela ado-
ção de tecnologias como Inteligência Artificial e
Internet das Coisas e pelo aumento geral na gera-
ção de dados. “À medida que a demanda aumen-
ta, espera-se que mais empresas e provedores de
POTÊNCIA 44
MATÉRIA DE CAPA
DATA CENTER
serviços invistam na expansão da capacidade de seus Data Centers existentes ou na construção de novas
instalações. Além disso, a localização estratégica dos Data Centers se tornará cada vez mais importante,
buscando oferecer baixa latência, proximidade com os usuários finais e conformidade regulatória”, com-
plementa.
Degelo menciona também que a eficiência energética será uma preocupação crescente nos próximos
anos. “Além disso, as empresas estão cada vez mais preocupadas com uma abordagem ESG de seus
negócios. Com isso, não somente o consumo de energia (por razões econômicas e ambientais), mas
também o consumo racional de materiais, impacto nas comunidades locais e conformidade regulatória,
para citar apenas alguns exemplos, assumem um caráter estratégico na tomada de decisão sobre novas
ações. O conceito de responsabilidade pelo ciclo total de vida dos produtos aparece, com os Data Cen-
ters olhando toda a cadeia de fornecimento de seus insumos e seus impactos, e depois continuando com
o processamento final desses produtos, após o fim de sua utilização”, destaca.
Foto: ShutterStock
Degelo identifica ainda que a arquitetura dos Data Centers está passando por mudanças significativas,
impulsionadas pelo aumento da virtualização, pela adoção de tecnologias de contêineres e pela migração
para modelos de infraestrutura definida por software (Software-Defined Infrastructure - SDI). Essas mudan-
ças visam melhorar a flexibilidade, escalabilidade e eficiência operacional dos Data Centers.
Outra perspectiva anunciada por Degelo são os avanços em segurança e conformidade. Com a cres-
cente conscientização sobre segurança cibernética e proteção de dados, espera-se que haja um foco
cada vez maior em medidas de segurança e conformidade regulatória nos Data Centers. “Isso inclui a im-
plementação de práticas robustas de segurança física e lógica, além de conformidade com regulamenta-
ções de privacidade de dados, como a Lei Geral de Proteção de Dados (LGPD) no Brasil e o Regulamento
Geral de Proteção de Dados (GDPR) na União Europeia. É importante ressaltar que essas perspectivas
podem ser influenciadas por diversos fatores, como mudanças tecnológicas, condições econômicas, po-
líticas governamentais e evolução das necessidades dos usuários finais”, conclui.
Sobre as principais tendências tecnológicas envolvendo Data Centers, Robson Pacheco, da Vertiv,
menciona a Edge Computing, 5G, Inteligência Artificial (IA), Machine Learning, metaverso e Internet das
Coisas (IoT). “Essas são algumas das tecnologias emergentes que continuarão sendo tendências no
POTÊNCIA 45
MATÉRIA DE CAPA
DATA CENTER
Brasil e na América Latina, de acordo com especialistas do nosso setor. Os Data Centers estão em uma
escala de crescimento forte, o que deve ser ainda mais acentuado nos anos de 2023, 2024 e 2025,
uma vez que as tecnologias como Big Data, Cloud Computing, Inteligência Artificial (IA) e Machine Lear-
ning são componentes do ecossistema das tendências atuais, e com isso podemos observar que estão
presentes no dia a dia dos consumidores, especialmente na implantação da tecnologia do 5G e Edge
Computing”, observa.
Para Gustavo Moraes, a tendência que permeia a construção e gestão dos Data Centers está direta-
mente ligada aos conceitos de sustentabilidade. “Já que são estruturas que possuem um grande consumo
energético, todos os projetos estudam de que forma o novo empreendimento pode ser mais eficiente, e
desta forma, obriga as equipes de operação e gestão a garantirem processos que mirem essas métricas
de eficiência durante o funcionamento do site”, indica o presidente da ABDC.
De acordo com Sergio Abela, da Ascenty, para a construção, os equipamentos empregados costumam
ser os mesmos. O que tem evoluído bastante é a eficiência. “Há uma importante evolução tecnológica
buscando maior sustentabilidade, trazendo redução de consumo elétrico com maior confiabilidade e re-
siliência. Para a operação de Data Centers vemos um crescimento da automação e uso de inteligência
artificial para tornar os processos mais eficientes e sustentáveis. As principais tendências dentro da au-
tomação são: convergência de IT & OT, digitalização de OT, pontos únicos de informação, uso de IA para
auxiliar na administração e segurança cibernética de OT”, enumera.
Fornecedores do setor
A construção de Data Centers demanda diversos tipos de equipamentos e soluções da área elétrica
e eletrônica, tais como: hardware de computação, equipamentos de rede como roteadores, sistemas de
segurança, armazenamento, sistemas de gerenciamento, incluindo software e aplicativos, além de equi-
pamentos de gerenciamento de energia, tal como sistemas de alimentação ininterrupta, mais conhecidos
como UPS, geradores de energia, ar-condicionado, sistema de detecção e combate a incêndio, sistema
de CFTV, controle de acesso, etc.
Outra linha de produtos empregados são os fios e cabos. Gustavo Verrone Ruas, diretor da COBRE-
COM, informa que entre os produtos da empresa que podem ser especificados em Data Centers estão
os cabos de 1 kV, como os das linhas Superatox,
Foto: Divulgação
GTEPROM, Cobre Nu e Multinax.
Os Cabos Superatox Flex HEPR 90 ºC 0,6/1 kV
com 1, 2, 3 e 4 condutores podem trazer diversas
vantagens para a instalação elétrica de qualquer
tipo de imóvel, sendo o seu grande diferencial o
fato de proporcionar ainda mais segurança. Isso
porque os cabos não halogenados são condutores
POTÊNCIA 46
MATÉRIA DE CAPA
DATA CENTER
isolados, sendo cabos unipolares ou multipolares cujo material isolante não possui em sua composição
halogênio, nitrogênio e enxofre, que são materiais altamente tóxicos em casos de incêndio.
Já o Cabo GTEPROM Flex HEPR 90 ºC 0,6/1 Kv é recomendado para os circuitos de alimentação e dis-
tribuição de energia, em instalações industriais, subestações de transformação ao ar livre ou subterrâneas;
em locais de excessiva umidade ou diretamente enterradas no chão; em eletrodutos, bandejas e canaletas.
O Cabo de Cobre Nu (TMD – Têmpera Meio Dura), por sua vez, é indicado para instalações de linhas
aéreas de transmissão de energia elétrica e no sistema de aterramento. Por fim, o Cabo Multinax Flex
HEPR 90 º C é indicado para os circuitos de alimentação e distribuição de energia elétrica para até 0,6/1kV,
nas instalações fixas comerciais, residenciais e industriais que requeiram flexibilidade nas instalações de
painéis, caixas de derivação, entre outros.
Na opinião de Gustavo Verrone Ruas, o mercado de construção de Data Centers no Brasil e na América
Latina está em amplo crescimento e promete avançar ainda mais no decorrer dos próximos meses e tam-
bém nos próximos anos. “Isso se dá principalmente pelo investimento de grandes provedores que avaliam
o nosso país como grande mercado no segmento, por causa da oferta de infraestrutura de conectividade
no Brasil e também pela grande competitividade e saturação de Data Centers em países europeus e tam-
bém nos Estados Unidos”.
No momento, as vendas da COBRECOM para o segmento estão estáveis. “Temos boas perspectivas e
estamos trabalhando arduamente para o crescimento das vendas nos próximos meses”, avisa Ruas.
POTÊNCIA 47
MATÉRIA DE CAPA
DATA CENTER
Contam com diferentes níveis de redundância para que possam prover o suporte à operação de TI,
conforme a sua necessidade. O projeto, a construção e a operação de um Data Center seguem tipica-
mente a norma EIA/TIA 942, que estabelece os critérios arquitetônicos, mecânicos, elétricos e de conec-
tividade, classificando o data center em quatro níveis ou camadas possíveis: Tier 1, Tier 2, Tier 3 ou Tier 4.
A categorização de um Data Center em algum desses níveis irá determinar a sua confiabilidade, dis-
ponibilidade, redundâncias adotadas para os principais sistemas e a sua capacidade de manutenção sem
gerar impacto ao funcionamento dos equipamentos de TI.
“O mais usual é o Data Center Tier 3, que alinha uma excelente confiabilidade com os custos mais
adequados. É extremamente seguro, com redundâncias que permitem realizar manutenções sem o desli-
gamento de sistemas do Data Center. Os Data Centers Tier 1 e 2 são considerados menos confiáveis, mais
básicos, praticamente sem redundâncias, sendo aplicados em operações que possam ser interrompidas
sem prejuízos aos usuários. Os Data Centers Tier 4 demandam custos de investimentos e de operação
muito altos, não trazendo tipicamente um benefício percebido pela área de TI. Normalmente as operações
muito críticas preferem adotar múltiplos DCs Tier 3 do que apenas um Tier 4”, detalha Sergio Abela.
Ilustração: ShutterStock
Ainda segundo Sergio Abela, são cinco os tipos de Data Centers disponíveis no mercado:
1. Enterprise: um dos modelos mais comuns do mercado. A principal característica é que toda a infraes-
trutura do Data Center se encontra dentro da própria empresa, ou seja, ela é exclusiva. Embora tenha
um alto custo de estruturação e manutenção, diversas organizações optam por este formato. Isso por-
que permite um controle maior sobre as operações e processos relacionados à segurança.
2. Colocation: diferentemente do Enterprise, se baseia em uma gestão descentralizada. Nesse formato,
a infraestrutura física não se encontra dentro da empresa, mas em um ambiente externo, fornecido
por um provedor. Portanto, o negócio pode contratar espaço, hardware, largura de banda e diversas
soluções para Data Center, conforme sua demanda. Isso significa que, mesmo sem um orçamento
elevado para ter sua própria infraestrutura, é possível contar com centro de processamento de dados.
3. Internet: esse tipo de Data Center é baseado na nuvem, sendo classificado como virtual. Isso significa
que também dispensa a construção de infraestrutura própria, já que as informações ficarão hospedadas
e processadas nos servidores de um provedor. É importante saber que várias empresas compartilham
POTÊNCIA 48
Com as Canaletas
Aparentes é possível
utilizar, em uma
mesma instalação,
cabos de energia, voz,
dados e imagem.
Além disso, essa linha conta com uma completa gama
de acessórios que garantem melhor acabamento e
facilidade na instalação. Também vale lembrar que o
esses sistemas de canalização atendem às Normas de
cabeamento EIA/TIA 569A e NBR 14565.
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MATÉRIA DE CAPA
DATA CENTER
a infraestrutura, que é de propriedade do provedor. Assim, o acesso às informações é feito por meio
da Internet.
4. Hyperscale: projetado para atender operações em larga escala. Por isso, conta com uma infraestru-
tura robusta, capaz de suportar atividades que demandam grande volume de armazenamento e alto
poder de processamento. Por ser vital para o funcionamento de atividades importantes, o modelo
precisa contar com mecanismos reforçados para garantir a continuidade das operações. Em outras
palavras, conta com uma infraestrutura de ponta, com redundância, backup e complexas redes de
comunicação e fornecimento de energia.
5. Edge: voltado para operações que demandam uma comunicação mais ágil entre os usuários e os ser-
vidores, solucionando o problema da latência. O termo Edge significa borda, o que traduz bem o seu
funcionamento. Nesse formato, os Data Centers são menores e mais numerosos, a fim de cobrir uma
área maior do território e estar o mais próximo possível dos usuários finais dos serviços.
Para explicar como um Data Center funciona, Sergio Abela, da Ascenty, divide o tema em três tópicos:
1- CONECTIVIDADE
O Data Center não funciona isolado do mundo. É necessário que as informações que são tratadas em um
DC cheguem ao usuário final. Por exemplo, um site que hospeda um serviço de streaming precisa conseguir
se comunicar com todos os seus assinantes, precisa fazer com que o filme chegue até a casa do usuário.
Então, todo DC tem que fazer parte de uma grande teia de telecomunicações em que as informações
cheguem rapidamente, sejam processadas e voltem para o demandante. Tudo na velocidade de um clique.
Um Data Center isolado não tem serventia. Para que isso seja possível, o DC possui salas onde che-
gam as fibras ópticas, onde são instalados equipamentos de Operadoras de Telecomunicações e onde há
cabeamento estruturado que faz a conexão entre este ambiente e os data halls.
2- SERVIÇOS DE TI
O coração do DC é o data hall. É onde tudo acontece. Os servido-
res, os switches e os storages estão instalados aqui e é neles que
a magia acontece: as informações são processadas, os dados
são gerenciados e a troca de informações ocorre. Quando
fazemos uma compra on-line, por exemplo, a informação
sai do celular, segue pela rede da operadora até o DC
onde o servidor está instalado, é processada pelo
servidor, gravada nos discos, a autorização é obtida
através da comunicação com a operadora do cartão
de crédito, a transação é concluída e retorna a você
com as informações finais.
O Data Center existe por conta dessa sala. Aqui
é utilizada a energia ininterrupta, o ambiente é cli-
matizado para retirar o calor dos equipamentos de
TI, os sistemas de segurança física estão presen-
tes, assim como o sistema de detecção e combate
a incêndio.
Ilustração: ShutterStock
POTÊNCIA 50
MATÉRIA DE CAPA
DATA CENTER
3- INFRAESTRUTURA
Aqui vamos detalhar os sistemas que estão presentes para suportar o DH:
A) SISTEMA ELÉTRICO
O sistema elétrico precisa garantir que sumem é transformada em calor. Então
nunca faltará energia elétrica para todos os num DH típico de 2MW de energia, pra-
equipamentos de TI. Tipicamente é com- ticamente toda esta energia é transfor-
posto por geradores, UPSs, transformado- mada em calor. É como se 370 chuveiros
res e painéis de distribuição. elétricos estivessem ligados ao mesmo
tempo, esquentando o ambiente.
Simplificadamente, a energia chega-
rá ao campus, será transformada de alta Para retirar este calor, tipicamente
(138.000 Volts) ou média (13.800 Volts) ten- é adotado um sistema indireto, onde
são para baixa tensão (480 Volts) por meio é utilizada a água em sistema fechado
de transformadores. Passará pela UPS – como um meio para a troca de tempera-
um nobreak de grande porte – que possui tura. Importante salientar que, por ser um
a capacidade de proteger a alimentação sistema fechado, não há perda de água.
elétrica que vai para o DH. Caso falte ener- Do lado de fora do prédio são instala-
gia, as baterias presentes nas UPSs (mais dos chillers – equipamentos de grande
de 400 baterias para um DH) irão manter porte que funcionam como uma enorme
a sala alimentada por alguns segundos geladeira. A água passa por estes equi-
até a partida dos geradores. Assim que os pamentos, entrando, por exemplo, a 18
geradores entram em operação, passam °C e é resfriada a 10 °C. A água a 10 °C é
a alimentar todas as cargas e a recarregar bombeada até os fancoils – equipamen-
as baterias. Tudo isso é feito em menos de tos que parecem gigantescos radiadores
um minuto. de carros – que estão ao lado dos DHs.
Por meio de ventiladores, o ar é forçado
Todos os equipamentos possuem re-
a passar por estes fancoils e é resfriado
dundâncias que garantem que, mesmo em
caso de falha, a energia continue chegando
aos equipamentos de TI sem interrupções.
Permitem também que os equipamentos
do sistema elétrico possam sofrer manuten-
ções sem interrupção do fornecimento de
energia.
B) SISTEMA MECÂNICO
O sistema mecânico é o responsável
por garantir a temperatura adequada
de operação para os equipamentos de
TI. Quando os processadores estão em
funcionamento, toda a energia que con-
Ilustração: ShutterStock
POTÊNCIA 51
MATÉRIA DE CAPA
DATA CENTER
para voltar para o DH. Este ar frio é insufla- norteiam a ação das equipes locais que atu-
do por baixo do piso elevado e chega até am em regime 24x7 (vinte e quatro horas por
os racks onde estão os equipamentos de dia, sete dias por semana).
TI. Ao passar pelo servidor, o ar se aquece
A automação permite a operação auto-
e é direcionado novamente para os fan-
matizada dos sistemas e em alguns casos a
coils. Desta forma, cria-se um fluxo contínuo
sua operação a partir das salas de monitora-
de trocas de calor, mantendo o DH na tem-
mento.
peratura ideal para os equipamentos de TI.
D) S
ISTEMA DE MONITORAMENTO,
AUTOMAÇÃO E CONTROLE
Para acompanhamento de todos os sis-
temas de infraestrutura presentes em
um Data Center é necessário um
sistema de monitoramento.
É possível acompanhar em
tempo real todas as infor-
mações da infraestrutura
e receber os alarmes que
Ilustração: ShutterStock
POTÊNCIA 52
ARTIGO
DATA CENTER
Por que
empresas
brasileiras
estão retornando
aos Data Centers?
C
ustos, dificuldades com gerenciamento de diferentes interfaces, segurança e conectividade têm
feito as empresas brasileiras desistirem do multicloud e manter seus dados e aplicações dentro
de casa.
Um levantamento realizado no segundo semestre de 2022 com CEOs e CISOs, apontou que
43% das empresas afirmaram ter repatriado aplicações para o Data Center. O motivo apontado para essa
mudança são os desafios em controle de dados, segurança e redução de custos.
Outra pesquisa, feita pela IDC Brasil, apontou que 59% das empresas mantêm aplicações críticas em
infraestruturas próprias, o que mostra que muitas organizações ainda preferem ambientes tradicionais de TI.
Uma das razões desses números é que muitas empresas, como as de manufatura, estão instaladas
em regiões afastadas de grandes centros, onde a latência de rede interfere na eficiência da operação de
aplicações mais críticas. Por isso a melhor opção é usar Data Center local. No levantamento da IDC, a co-
nectividade foi apontada por 39% dos entrevistados como o principal empecilho para a adoção da nuvem,
seguida pela falta de previsibilidade.
Outra razão é a preocupação com a segurança dos dados, em serviços multicloud as empresas con-
fiam essas informações a terceiros. Como o Data Center está fisicamente conectado à rede local, torna-se
Foto: ShutterStock
POTÊNCIA 53
ARTIGO
DATA CENTER
mais fácil garantir que apenas pessoas com credenciais e dispositivos aprovados possam acessar aplica-
tivos e informações armazenados.
Os Data Centers são projetados já com a segurança em mente. Eles têm medidas robustas de
segurança física e digital para proteger os dados contra roubo, acesso não autorizado e desastres
naturais.
Existe ainda a dificuldade das empresas no gerenciamento de nuvens múltiplas, por contemplarem
muitas tecnologias, terminologias, serviços e interfaces diferentes. Os profissionais de TI precisam empre-
gar um esforço gerencial maior, que seja capaz de resolver esse desafio.
Além disso, outros fatores influenciam esse cenário. O on premisse se torna ideal para empresas que
precisam de um sistema dedicado que permita controle total sobre os dados e o hardware. Outro ponto é
que mesmo que haja uma interrupção do serviço de internet, a equipe ainda terá acesso aos documentos,
para que possam continuar tarefas off-line.
Então é natural a preferência do on premisse pelas empresas, principalmente as que priorizam o con-
trole e a segurança dos dados. Eles são projetados para serem confiáveis, eficientes, além de ser confi-
gurado sob medida para as necessidades do cliente.
Foto: ShutterStock
POTÊNCIA 54
ARTIGO
DATA CENTER
A
s redes atuais são construções híbridas e complexas, normalmente com um Data Center empre-
sarial no centro garantindo interações sem interrupções entre os recursos na nuvem, em colo-
cation e na borda. O mix se altera constantemente, reagindo a demandas de capacidade espe-
cíficas e a forças externas do mercado. A construção de Data Centers desacelerou durante a
pandemia da Covid-19, levando a uma limitação da disponibilidade justo quando aplicações com grande
necessidade de computação, como IA e aprendizado de máquina, estavam se intensificando. Problemas
com a cadeia de suprimentos continuam a limitar a capacidade disponível. Essa realidade força as organi-
zações a considerar alternativas para atender às suas necessidades urgentes por capacidade, e as solu-
ções modulares pré-fabricadas são uma escolha cada vez mais popular.
As tecnologias modulares são soluções sofisticadas, customizáveis e escaláveis para os desafios mo-
dernos relativos à capacidade, oferecendo uma confiabilidade construída na fábrica, implementação rá-
pida, flexibilidade e eficiência, que vão além das possibilidades das construções tradicionais no local ou
outras alternativas.
POTÊNCIA 55
ARTIGO
DATA CENTER
Foto: ShutterStock
POTÊNCIA 56
DAT CONTROLER ® REMOTE
Smart para-raios
Ă Tecnología inteligente.
de TI sofisticadas e completamente integradas podem ser configuradas para atender necessidades espe-
cíficas e podem ser implementadas rapidamente onde a computação for necessária.
O mercado está prestando atenção. Em uma recente pesquisa da OMDIA realizada com tomadores
de decisão de Data Centers, 52% deles disseram já ter implementado soluções modulares integradas e
99% afirmaram planejar fazê-lo no futuro. De fato, 93% disse que pretende tornar as soluções modulares
pré-fabricadas seu processo de construção padrão daqui para a frente. Qualquer hesitação inicial já se
extinguiu há muito tempo já que os operadores descobriram que essas tecnologias são uma alternativa
própria, fácil e economicamente acessível às estratégias estabelecidas, oferecendo diversos benefícios
em relação à construção tradicional de data centers.
◗ Projetados na fábrica: Como são projetadas, montadas e testadas na fábrica, as soluções pré-fabrica-
das são robustas, confiáveis e replicáveis - considerações importantes ao adicionar capacidade incre-
mentalmente. Essa confiabilidade gera ganhos durante a vida útil do sistema, reduzindo a necessidade
de reparos e de chamadas de assistência.
◗ Velocidade de implementação: Soluções modulares integradas podem ser construídas enquanto
as atividades no site continuam, eliminando os longos prazos que são comuns para novas instala-
ções. Além disso, como são totalmente integradas e praticamente plug-and-play, essas soluções
podem ser comissionadas e estar operacionais muito mais rapidamente do que as construídas de
forma tradicional. Essas vantagens podem reduzir o tempo para que a computação esteja funcio-
nando em até 30%.
◗E
scaláveis: Muitas organizações não crescem em megawatts. Com as soluções modulares inte-
gradas, elas podem adicionar capacidade quando e onde ela for necessária. Dimensionar essas
adições de forma certa para atender às necessidades de cargas de TI específicas simplifica o
planejamento de capacidade e elimina o desperdício, reduzindo o uso de energia, os custos e a
pegada de carbono.
◗ Customizáveis: Os módulos modernos
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POTÊNCIA 58
ARTIGO
DATA CENTER
infraestrutura, o que normalmente não é viável. Soluções modulares integradas podem ser construídas
e configuradas para dar suporte a várias arquiteturas, incluindo computação de alta densidade e refri-
geração líquida.
◗ Sustentáveis: Como são sistemas integrados e fechados, eles podem ser feitos de forma a eliminar
desperdícios - desperdício de materiais, bem como de consumíveis como energia e água - e serem
mais sustentáveis do que aqueles feitos a partir de um design tradicional. Até mesmo a entrega propi-
cia a sustentabilidade ao eliminar os diversos deslocamentos para a entrega de cada parte do equipa-
mento - eles têm uma única entrega para o sistema integrado.
◗ Portáteis: À medida que as redes atuais se tornam mais distribuídas, elas se tornam menos previsíveis.
Uma solução modular é portátil e pode ser relocada conforme a demanda da rede se altera - para, por
exemplo, dar suporte a uma aplicação que necessite de baixa latência.
◗ Certeza dos custos: Embora as soluções modulares não sejam imunes às condições externas do
mercado, flutuações desenfreadas - como as que a indústria enfrenta atualmente por causa das
limitações da cadeia de suprimentos - são improváveis. Além disso, o custo total de propriedade
é geralmente menor para soluções modulares integradas do que para construções tradicionais ou
locações de longo prazo.
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POTÊNCIA 59
MERCADO
CABO FOTOVOLTAICO
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SUMÁRIO
Foto: ShutterStock
Cabo específico
para o setor solar
O CABO FOTOVOLTAICO É PROJETADO PARA SUPORTAR AS
CONDIÇÕES AMBIENTAIS ESPECÍFICAS E AS DEMANDAS ELÉTRICAS
DOS SISTEMAS FOTOVOLTAICOS, GARANTINDO UM DESEMPENHO
CONFIÁVEL E SEGURO AO LONGO DO TEMPO.
O
mercado de cabos fotovoltaicos, solução específica para uso em instalações de energia solar,
está em alta no Brasil, por conta do grande volume de obras de micro e minigeração e da cons-
trução de grandes plantas de geração de energia fotovoltaica.
Segundo os especialistas, poderiam contribuir para um maior crescimento do mercado a
concessão de incentivos à fonte, por parte do governo, bem como maior conscientização sobre a neces-
sidade da correta aplicação do produto.
Nelson Volyk, gerente de Engenharia de Produto da SIL Fios e Cabos Elétricos, menciona um levanta-
mento da ANEEL (Agência Nacional de Energia Elétrica) que diz que o número de cidades brasileiras que
produzem energia solar saltou de 613 para 5.220, em um período de cinco anos, uma alta de 751,5%. Por
isso, o consumo de cabo solar cresce a cada ano, e deve continuar a crescer por se tratar de uma geração
de energia limpa e renovável.
POTÊNCIA 60
MERCADO
CABO FOTOVOLTAICO
Foto: ShutterStock
“O aumento no consumo de cabos fotovoltaicos é uma realidade e (o mercado) não para de crescer no
Brasil. Além de um clima propício para a energia solar, temos uma busca dos brasileiros por alternativas
cada vez mais sustentáveis e de bem com o meio ambiente. A energia gerada não tem impacto ao meio
ambiente, a luz solar está disponível todos os dias”, observa Volyk.
De acordo com o executivo, as diversas formas de geração de energia impulsionam o crescimento
nas vendas, tanto as grandes usinas geradoras de energia elétrica com a matriz solar, quanto as microge-
rações. “Para a manutenção não vemos consumo, pois trata-se de um produto de longa expectativa de
vida útil, mas se um instalador utilizar cabo convencional, ou cabo de baixa qualidade (cabo fake), haverá
necessidade de manutenção”, observa Volyk.
Para o executivo da SIL, assuntos que dependam do governo são os principais fatores para estimular
o crescimento da pequena, média e grande geração, tanto a redução de impostos quanto a regulamen-
tação que beneficie a sociedade.
O cabo solar fabricado pela SIL é o Cabo AtoxSil Solar 1,8 kV C.C. É flexível, feito de cobre estanhado,
isolação e cobertura antichama e resistente aos raios UV, atendendo à norma NBR 16612. Suporta tra-
balhar até 120 ⁰C, por até 20 mil horas e possui expectativa de vida útil de 25 anos exposto ao sol e às
intempéries. Ele é comercializado em rolos de 100 m e carretéis com diferentes quantidades.
Igor Delibório, especialista de produtos do Grupo Prysmian, diz que a evolução do mercado de cabos é
puxada pelo crescimento da fonte solar fotovoltaica como matriz energética e, a cada ano, a geração vem
batendo recordes na capacidade instalada aqui no Brasil. “Cada vez mais usuários, sejam residenciais,
comerciais ou industriais, estão buscando os benefícios dessa fonte limpa e renovável que confere gran-
des economias e também suprem regiões até então desfavorecidas nas elevadas despesas com energia
elétrica”, analisa.
Para o especialista, o futuro é promissor, não só para o Brasil, mas para o mundo como um todo. “A crise na
Ucrânia é um alerta explícito de que precisamos aumentar a participação das fontes renováveis para sustentar
um futuro de crescimento, dependendo cada vez menos das hidroelétricas e combustíveis fósseis. Com mais
sistemas fotovoltaicos em implantação, mais cabos solares serão necessários. Isso tende a favorecer agora
empresas que se anteciparam ao futuro complementando o portfólio com soluções para energia renovável,
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MERCADO
CABO FOTOVOLTAICO
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MERCADO
CABO FOTOVOLTAICO
Para que o mercado de instalações fotovoltaicas continue crescendo, Alvarenga entende que é preci-
so não só novas obras, como também a percepção das vantagens de se utilizar esse sistema, a conscien-
tização de todas as empresas do segmento em entregar produtos seguros, de qualidade e que estejam
de acordo com as normas técnicas exigidas para esse tipo de instalação. “A COBRECOM é uma empresa
comprometida em entregar produtos com alta eficiência, confiança, qualidade e segurança. Investimos
constantemente na modernização de nossos equipamentos. Também realizamos aperfeiçoamentos cons-
tantes em nossos processos para atender às exigências do mercado para produzirmos fios e cabos elétri-
cos seguros e confiáveis e assim garantir a satisfação dos nossos clientes”, relata Alvarenga.
O cabo fotovoltaico da COBRECOM é o Solarcom. O produto é fabricado com a sua cobertura nas
cores preta, vermelha e verde/amarela e foi criado e testado a partir dos mais criteriosos padrões interna-
cionais para transmitir energia limpa produzida pelas placas solares com segurança e qualidade.
Além disso, o Cabo Solarcom foi um dos primeiros condutores elétricos do país a estar de acordo com
as especificações da NBR 16612 - Cabos de potência para sistemas fotovoltaicos, não halogenados, isola-
dos, com cobertura, para tensão de até 1,8 kV C.C. entre condutores - Requisitos de desempenho, que foi
publicada recentemente pela ABNT (Associação Brasileira de Normas Técnicas).
Outra norma na qual o produto está de acordo: Formação do condutor e Resistência elétrica - NBR
NM-280 - Condutores de cabos isolados. O Cabo Solarcom ainda possui a certificação internacional TÜV
Rheinland. Com isso, o produto passa automaticamente a atender aos requisitos da norma internacional
EN 50618, que é muito usada principalmente na Europa.
POTÊNCIA 63
MERCADO
CABO FOTOVOLTAICO
Foto: Divulgação
cional for utilizado em agressivas circunstâncias de
clima e temperatura, o risco de acidentes será muito
grande: o isolamento não resistiria a este cenário
e acabaria por expor os condutores de cobre ao
risco de causar um curto-circuito. “As temperaturas
máximas suportadas pelos materiais utilizados nos
cabos solares são muito maiores, comparadas aos
cabos convencionais, ou seja, os cabos solares po-
dem trabalhar com temperaturas até 120 °C, quan-
do os cabos tradicionais podem trabalhar com 90
°C para os cabos com categoria 0,6/1kV ou ainda
70 °C para os cabos com categoria 450/750V, que
são aqueles usados dentro dos eletrodutos embuti-
dos nas paredes das instalações residenciais e pre-
diais. Além disso, os condutores dos cabos solares
possuem uma camada de estanho para proteger
o condutor de cobre contra oxidações que podem
Cada vez mais usuários, sejam residenciais,
ocorrer durante a operação do sistema devido aos comerciais ou industriais, estão buscando os
ambientes mais expostos ao tempo e à umidade, benefícios dessa fonte limpa e renovável que
garantindo assim o perfeito contato nas conexões confere grandes economias e também suprem
de engate rápido utilizadas neste tipo de instala- regiões até então desfavorecidas nas elevadas
ções”, comenta o especialista da Prysmian. despesas com energia elétrica.
Gilberto Alvarenga diz que é importante aplicar o IGOR DELIBÓRIO | PRYSMIAN
cabo específico para o setor fotovoltaico nesse am-
biente porque o cabo para uso fotovoltaico produzido de acordo com a NBR 16612 possui todas as caracte-
rísticas exigidas para esse tipo de instalação. “Os cabos convencionais, além de terem utilização proibida em
instalações fotovoltaicas, não contam com os atributos necessários para instalações fotovoltaicas”, resume.
O professor e engenheiro Hilton Moreno, diretor da Revista Potência, diz que os cabos fotovoltaicos estão
sujeitos a influências externas e condições de operação mais severas do que os cabos convencionais para
instalações elétricas fixas. Dentre esses fatores, destaques para: os cabos operam em corrente contínua
que podem ultrapassar 1.000 volts, são expostos à radiação ultravioleta e à água, além de poderem operar
em temperaturas extremas. “Em vários casos, estão situados em ambientes salinos ou poluídos”, observa.
POTÊNCIA 64
RESISTÊNCIA
E QUALIDADE
no sistema de cabos fotovoltaicos
POTÊNCIA 66
MERCADO
CABO FOTOVOLTAICO
Normalização técnica
No Brasil a norma de cabos solares é a NBR 16612 - Cabos de potência para sistemas fotovoltaicos,
não halogenados, isolados, com cobertura, para tensão de até 1,8 kV C.C. entre condutores - Requisitos
de desempenho.
De acordo com Nelson Volyk, um cabo produzido com base nessa norma não possui certificação com-
pulsória no país, ou seja, não tem certificação compulsória do INMETRO, mas pode ser feita a certificação
voluntária com uma certificadora. “Infelizmente vemos cabos no mercado fora de norma, produtos com cer-
tificação compulsória ou voluntária estão no mercado com qualidade inferior ao que deveria, com o objetivo
de baratear o produto, o que acaba na prática enganando o consumidor”, destaca.
POTÊNCIA 67
MERCADO
CABO FOTOVOLTAICO
Sobre os cuidados que o comprador deve ter ao adquirir cabos fotovoltaicos, Volyk diz primeiro é
necessário conhecer um pouco os fabricantes, verificar suas linhas de produtos, os tamanhos físicos de
produção, e isso é facilmente visto atualmente em sites de pesquisa na internet. “Cabo solar é um produto
mais complexo para ser produzido que um cabo comum, pois seus compostos de isolação e cobertura exigem
mais força da máquina que vai processa-los, chamada de extrusora, e precisam de uma rosca de extrusão
própria. Também precisa de cuidados na sua utilização para garantir a máxima qualidade e bom acabamento
no produto final. Existem fabricantes que produzem uma amostra boa, o primeiro fornecimento bom, mas
e depois? Preços baixos, num cabo diferenciado, como é o caso do cabo solar, levanta suspeita”, alerta.
Em relação à fabricação dos cabos para instalações fotovoltaicas, Igor Delibório observa que todos os
fabricantes devem cumprir a norma ABNT NBR 16612:2020, que estabelece as diretrizes e os requisitos
de desempenho para os cabos de potência para sistemas fotovoltaicos, não halogenados, isolados, com
cobertura, para tensão de até 1,8 kVcc entre condutores.
Podemos destacar dentre as exigências que os cabos aplicados na ligação entre as placas até as
string boxes sejam de cobre estanhado, classe 5 de encordoamento, a isolação e a cobertura formadas
de compostos não halogenados (não emitem fumaça tóxica ou corrosiva) e que sejam resistentes à expo-
sição direta aos raios UV e umidade.
“Como qualquer outra norma técnica em vigor no Brasil, elas possuem força de Lei e devem ser segui-
das pelos fabricantes na produção de cabos para esta finalidade, porém, devido a uma série de fatores
(diferença de custos entre os cabos tradicionais versus cabos solares, falta de conhecimento dos usuá-
rios, ou até mesmo fabricantes não-idôneos, entre outros), alguns sistemas estão sendo montados com
cabos tradicionais e, consequentemente, os requisitos de desempenho e segurança não estão sendo
cumpridos. Isso resulta em falhas nos sistemas e até mesmo incêndios de grandes proporções, podendo
causar danos materiais ou até mortes”, lamenta o executivo da Prysmian.
Segundo Delibório, com opções falsas em circulação, aumentam as chances de acidentes de origem
elétrica nos painéis solares, pois estes estariam operando com cabos irregulares e, portanto, mais sus-
cetíveis a acidentes. “O Sindicato da Indústria de Condutores Elétricos (Sindicel) emite alertas constan-
tes sobre a existência no mercado de falsos cabos
solares, ou seja, embora informem a
finalidade na embalagem, eles podem
não atender as normas técnicas ou não
foram devidamente certificados para
essa finalidade, o que é gravíssimo.
Além de pesquisar mais sobre a mar-
ca e o produto, sempre desconfie se o
preço de um cabo solar for similar ao
de um convencional para baixa ten-
são”, orienta.
Para Gilberto Alvarenga, econo-
mia é palavra proibida na hora de
comprar os cabos para instalações
fotovoltaicas. “Invista apenas em
produtos de qualidade reconheci-
Ilustração: Sh
POTÊNCIA 68
MERCADO
CABO FOTOVOLTAICO
Foto: Divulgação
fabricados e testados conforme
a norma ABNT NBR 16612.
HILTON MORENO | REVISTA POTÊNCIA
Instalação e manutenção
Nelson Volyk observa que o cabo solar precisa dos mesmos cuidados de instalação de outros cabos,
mas por ser instalado em locais abertos, valem alguns cuidados para não danificar a cobertura do cabo,
como por exemplo não pisar no cabo.
Igor Delibório reforça que assim como para os cabos tradicionais, é preciso tomar cuidados para evitar
danos mecânicos, atentando-se à carga de tensão mecânica e à disposição do cabo, evitando a pas-
sagem por superfícies que possam danificar a cobertura/isolamento e expor os condutores. “Adicional-
mente, deve-se tomar cuidados quanto às conexões e emendas destes cabos, de forma que não fiquem
expostos, criando assim riscos de oxidação e/ou curtos-circuitos”, sugere.
Gilberto Alvarenga aponta que o material possui fácil aplicação, principalmente por sua flexibilidade.
Mas frisa que as instalações fotovoltaicas só devem ser executadas por profissionais habilitados e capaci-
tados para este tipo de trabalho. “Além disso, é preciso ter um projeto com as especificações corretas dos
cabos e dos outros componentes da instalação”, orienta.
Hilton Moreno menciona que há vários cuidados específicos em relação à instalação dos cabos foto-
voltaicos, que são descritos na NBR 16690, que é a norma de instalações elétricas de arranjos fotovoltai-
cos. Dentre eles, as linhas em corrente contínua e em corrente alternada devem ser separadas. Os cabos
fotovoltaicos não devem sofrer fadiga devido ao vento e devem ser protegidos contra bordas cortantes.
POTÊNCIA 69
MERCADO
CABO FOTOVOLTAICO
“Para reduzir a magnitude de sobretensões induzidas por descargas atmosféricas, os condutores do ar-
ranjo fotovoltaico devem ser dispostos de tal maneira que a área de laços de condutores seja mínima”,
complementa.
Nelson Volyk conta que o cabo solar não exige uma grande manutenção, o que precisa é verificar se
algum ponto da cobertura foi danificado. Isso deve ser feito junto com a manutenção preventiva do siste-
ma como um todo.
Igor Delibório destaca que é fundamental que tanto os cabos quanto a própria instalação de maneira
geral (conexões, afixações, caminhamento dos cabos e acessórios que foram instalados etc.) sejam avalia-
dos periodicamente de acordo com as normas vigentes, bem como as boas práticas de uso e operações
que são, muitas vezes, aprimoradas no próprio empreendimento considerando suas peculiaridades. “De
modo geral, uma manutenção deve sempre ser seja planejada e executada por profissionais capacitados
e conscientes sobre as normas vigentes que, neste caso, vale indicar as normas atuais da ABNT NBR
16690:2019, NBR 5410:2004 e NBR 16274:2014”, menciona.
Hilton Moreno diz que para os cabos fotovoltaicos, deve ser inspecionado o estado da isolação dos
condutores e de seus elementos de conexão, fixação e suporte, com vista a detectar sinais de aquecimen-
to excessivo, rachaduras e ressecamentos, verificando-se também se a fixação, identificação e limpeza se
encontram em boas condições.
Gilberto Alvarenga observa que assim como os demais componentes de um sistema fotovoltaico, é es-
perado que o cabo solar tenha uma vida útil de, no mínimo, 25 anos. “Importante notar que isso somente
será possível se o cabo for corretamente dimensionado, selecionado e instalado”, ressalta.
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E VOLTE AO
SUMÁRIO
POTÊNCIA 70
EVENTO PRESENCIAL
Novo Local
20 A 22
SETEMBRO
2023 Av. das Nações Unidas, 12551 - São Paulo - SP
Promovendo a
sustentabilidade na
construção civil Foto: ShutterStock
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E VOLTE AO
SUMÁRIO
C
om base nos princípios de ESG (Environmental, Social, and Governance), o setor de construção ci-
vil está dedicando esforços para estudar e implementar soluções que reduzam significativamente
suas emissões de carbono, com foco especial na eficiência energética. É crucial que essas mudan-
ças sejam implementadas com urgência, uma vez que um relatório da ONU aponta que o setor é
responsável por 38% de todas as emissões de CO2 relacionadas à energia. Para alcançar a neutralidade
climática até 2050, é essencial reduzir pela metade essas emissões até 2030.
Com o intuito de atingir essa meta, a Agência Internacional de Energia (AIE) estabelece diretrizes rigo-
rosas. Segundo a AIE, é necessário reduzir em 50% as emissões diretas de CO2 provenientes dos edifícios
até 2030, além de reduzir em 60% as emissões indiretas do setor, considerando todo o ciclo de vida da
cadeia produtiva da construção civil. Isso envolve desde a fase de fabricação do concreto até o descarte
adequado dos resíduos, além da promoção da eficiência energética durante a utilização do prédio.
POTÊNCIA 72
ARTIGO
SUSTENTABILIDADE
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Tecnologia é o caminho
para a sustentabilidade
Tanto o governo quanto o setor estão comprometidos em atingir essa meta, aproveitando os benefí-
cios de inovações que abrangem desde sistemas de gestão predial até soluções que aumentam a efici-
ência energética ao longo de todo o ciclo de vida de uma edificação.
De acordo com o estudo “Digitalização e eficiência energética no setor de edificações”, elaborado pelo
Ministério das Minas e Energia (MME) em colaboração com o governo alemão, o uso de ferramentas digitais
tem o potencial de reduzir o consumo de energia em até 40%. Isso corresponde ao consumo anual de eletri-
cidade de cerca de 3 mil domicílios, além de evitar a emissão de 815 mil toneladas de carbono na atmosfera.
O caminho para a sustentabilidade no setor de construção civil reside na adoção de tecnologias de
Automação Predial, resultando na entrega de edifícios inteligentes altamente eficientes, econômicos e
sustentáveis. Com o uso de controladores, medidores de energia e utilidades, inversores de frequência,
sensores, atuadores e outras soluções, é possível agregar valor, reduzir custos operacionais, minimizar o
consumo de recursos naturais e manter ambientes adequados para o dia a dia.
Uma maneira adicional de garantir a eficiência energética é alinhar a construção e o funcionamento de
uma edificação aos requisitos de certificações como a Leadership in Energy and Environmental Design
(LEED), que garantem a sustentabilidade e eficiência da construção. Aqui no Brasil, temos o exemplo da
Japan House SP, que conquistou o selo LEED Platinum graças a automação predial e o sistema de ar-con-
dicionado que atendem aos critérios de racionalização de energia e água, entre diversas outras soluções.
No mercado atual, temos o privilégio de contar com uma ampla gama de soluções capazes de impul-
sionar a sustentabilidade no setor de construção civil. Apesar de exigir conhecimento e investimento,
os benefícios financeiros e ambientais resultantes são realmente impressionantes. No entanto, quando
ousamos olhar para além dos limites dos edifícios e concentramos nossa energia
no desenvolvimento de cidades inteligentes, abrimos portas para um futuro verda-
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POTÊNCIA 73
ARTIGO
ZONAS DE PROTEÇÃO CONTRA RAIOS CLIQUE
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SUMÁRIO
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As Zonas de Proteção
contra Raios (ZPR)
1. Introdução
O conceito das zonas de proteção é fundamental para a definição das Medidas de Proteção contra
Surtos (MPS), principalmente para a localização da instalação dos DPS (Dispositivos de Proteção contra
Surtos).
Era um conceito já bastante utilizado pelos estudiosos em proteção contra descargas atmosféricas,
mas somente apareceu nas normas técnicas brasileiras na versão de 2015 da ABNT NBR 5419.
A Zona 0 é a zona externa à estrutura. A Zona 0 é dividida em Zona 0A e Zona 0B. A Zona 0A é a que
fica externa a estrutura e também externa ao volume de proteção dado pelo SPDA. Nesta zona, algum
objeto ou pessoa ficam expostos às descargas atmosféricas diretas e também ao campo eletromagnético
total da descarga atmosférica. Na Zona 0B, é também externa à estrutura, porém os objetos e pessoas
estão protegidos contra as descargas atmosféricas diretas, mas não aos campos eletromagnéticos.
Internamente à estrutura teremos as demais zonas de proteção. A Zona 1 é a imediatamente interna a
estrutura. Nesta Zona, não há possibilidade de descarga atmosférica direta e o campo eletromagnético
advindo das descargas atmosféricas é atenuado pelas paredes da estrutura.
POTÊNCIA 74
ARTIGO
ZONAS DE PROTEÇÃO CONTRA RAIOS
Podemos ter outras zonas internas à zona 1, por exemplo, as zonas 2, 3, ...n. Como exemplo, podemos
ter uma Zona 2 como sendo a sala de informática que pode ter um piso elevado acima de uma malha de
aterramento e blindagens nas paredes. Neste caso, o campo eletromagnético da descarga atmosférica é
ainda mais atenuado nesta zona.
Dentro desta Zona 2 podemos ter uma Zona 3, por exemplo, um rack metálico da rede de informática,
em cujo interior o campo eletromagnético é ainda mais atenuado.
POTÊNCIA 75
ARTIGO
ZONAS DE PROTEÇÃO CONTRA RAIOS
O DPS Classe 3, que foi ensaiado com uma onda combinada com uma tensão de circuito aberto com
forma de onda de 1,2/50µs e a corrente de curto-circuito de 8/20µs de um gerador de onda combinado
com uma relação entre eles de 2Ω.
A Figura 2, copiada da ABNT NBR 5419-4: 2015, mostra um exemplo de instalação de DPS classe 1,
classe 2 e classe 3.
POTÊNCIA 76
ARTIGO
ZONAS DE PROTEÇÃO CONTRA RAIOS
que as medidas de proteção, como SPDA, blindagem dos condutores, blindagens magnéticas (espaciais)
e os DPS, determinam as ZPR.
As ZPR, a jusante de uma medida de proteção, são caracterizadas por reduzir significantemente os
surtos atmosféricos (LEMP – Lightning EletroMagnetic imPulse), em comparação com a ZPR a montante.
Este item da parte 1 da norma explica que, “como regra geral de proteção, a estrutura a ser protegida
deve estar em uma ZPR cujas características eletromagnéticas sejam compatíveis com sua capacidade de
suportar solicitações que, de outra forma, causariam danos (dano físico ou falha de sistemas elétricos e
eletrônicos devido a sobretensões)”.
Esta parte da norma apresenta a “Figura 3 – ZPR definidas por um SPDA (ABNT NBR 5419-3) e a Figura
4 – ZPR definidas por MPS (ABNT NBR 5419-4)”.
POTÊNCIA 77
ARTIGO
ZONAS DE PROTEÇÃO CONTRA RAIOS
Na parte 2 da NBR 5419 (Gerenciamento de risco), o termo Zona de Proteção contra Raios aparece mui-
to pouco e é muito confundido com a divisão da estrutura em Zonas ZS. No caso da divisão da estrutura
em zonas, que podem até ser ZPR alinhadas com a parte 4 da ABNT NBR 5419, mas podem ser diferentes
também. No caso das ZS, que gosto de chamar de Zonas de Estudo, é uma forma de otimizar a análise de
risco, dividindo a estrutura em partes para analisar diferentemente cada parte para fins do gerenciamento
de risco.
Na parte 3 da NBR 5419 (Danos físicos as estruturas e perigos à vida), o conceito de ZPR praticamente
não aparece, não sendo utilizado para definir as medidas de proteção do SPDA.
POTÊNCIA 78
ARTIGO
ZONAS DE PROTEÇÃO CONTRA RAIOS
Já na parte 4 da NBR 5419 (Sistemas elétricos e eletrônicos internos na estrutura), o conceito é utilizado
praticamente em toda a norma. É utilizado para o desenvolvimento de projeto e instalações das Medidas
de Proteção contra Surtos (MPS) e na determinação da MPS básicas. Esta parte da norma apresenta o
Anexo A, onde são definidas as bases de avaliação do ambiente eletromagnético em uma ZPR; o Anexo B
onde são definidas as condições para implementação de MPS em uma estrutura existente (considerando
as medidas básicas de proteção para cada ZPR); o Anexo C onde são mostradas como se faz a seleção e
instalação de um sistema coordenado de DPS e finalmente o Anexo D onde são mostrados os fatores a
considerar na seleção dos DPS. Enfim, sem os conceitos das Zonas de Proteção contra Raios, fica pratica-
mente impossível aplicar a parte 4 da NBR 5419.
4. Conclusões
A definição das Zonas de Proteção contra Raios é essencial para a especificação de um sistema coor-
denado de DPS e, assim, a proteção dos sistemas elétricos e eletrônicos internos a uma estrutura contra
os efeitos nocivos uma descarga atmosférica.
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E VOLTE AO
SUMÁRIO DR. HÉLIO EIJI SUETA
DIVISÃO CIENTÍFICA DE PLANEJAMENTO, ANÁLISE
E DESENVOLVIMENTO ENERGÉTICO DO IEE-USP
POTÊNCIA 79
ARTIGO
INTERNET DAS COISAS
A história da IoT
A IoT teve suas origens no conceitos de “computação ubíqua” ou “computação pervasiva“ desenvolvi-
dos nos anos 80, que propunha a disponibilidade da tecnologia em todos os lugares e a todo momento.
No entanto, foi apenas com o avanço das tecnologias sem fio e da conectividade à Internet no início do
século XXI que a IoT começou a se materializar como a conhecemos hoje.
Os primeiros objetos conectados à Internet surgiram na década de 80. Um exemplo foi uma máquina
de refrigerantes na Carnegie Mellon University (1), que estava conectada a um servidor para fornecer
informações sobre a quantidade de garrafas restantes e o tempo de resfriamento. Com esta solução, as
pessoas do departamento poderiam poupar uma viagem até à máquina se esta não estivesse carregada
ou tivesse sido carregada recentemente, uma vez que os refrigerantes ainda não estavam frios.
Embora esta máquina de refrigerantes tenha evoluído nos anos seguintes, o primeiro objeto
ligado ao que conhecemos hoje como a Internet, foi uma torradeira em 1990. A torradeira
CLIQUE estava ligada à Internet através de uma rede TCP/IP e era controlada por uma Base de
AQUI
E VOLTE AO
Informação de Gestão de Protocolo de Gestão de Rede Simples (SNMP MIB). Tinha um
interruptor para ligar e desligar e a intensidade das torradas era controlada pelo tempo
SUMÁRIO que permanecia ligado.
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POTÊNCIA 80
ARTIGO
INTERNET DAS COISAS
A origem do termo “Internet das Coisas” é contestada. Algumas fontes atribuem a primeira menção
do termo a um discurso de Peter T. Lewis (2), presidente e cofundador da primeira empresa de telefonia
móvel nos Estados Unidos, em 1985. Outras fontes datam a primeira utilização do termo a uma apresen-
tação corporativa de Kevin Ashton (3), um pesquisador especializado em tecnologia de identificação por
radiofrequência (RFID) no MIT, em 1999.
Com o avanço tecnológico no século XXI, tornou-se possível conectar uma ampla gama de dispositivos
à Internet, desde eletrodomésticos e dispositivos de segurança até veículos e equipamentos médicos.
Atualmente, estima-se que existam centenas de milhões de dispositivos conectados à Internet, e esse
número deverá chegar a bilhões nos próximos anos.
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POTÊNCIA 81
ARTIGO
INTERNET DAS COISAS
atmosféricas, que avisam sobre a aproximação e formação local de tempestades, emitindo alertas para
proteger seres vivos, equipamentos, o meio ambiente e a continuidade de prestação de serviços críticos.
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A tecnologia IoT também é aplicada em contadores de raios smart que monitoram a atividade nos
condutores de descidas de para-raios ou em pás de aerogeradores. Esses dispositivos fornecem informa-
ções detalhadas a respeito da corrente de cada descarga atmosférica, incluindo amplitude, polaridade,
duração, carga, energia e time stamp (data e hora).
A aplicação da IoT para os sistemas de aterramento e proteção contra descargas atmosféricas trouxe
maior eficiência ao fornecer conhecimento remoto e em tempo real do estado dos dispositivos conecta-
dos proporcionando:
◗ O acompanhamento de informação em tempo real de fenômenos de tempestades para evitar riscos
laborais.
◗ O controle e verificação do estado de um conjunto de ativos e instalações, prevendo falhas ou mau
funcionamento.
◗ Controle operacional para organizar tarefas de manutenção, ou para evitar situações ineficientes,
perigosas ou inesperadas.
POTÊNCIA 82
ARTIGO
INTERNET DAS COISAS
Referências
0. Aplicaciones Tecnologicas - iot-internet-of-things-tecnologia-proteccao-contra-raio-redes-ligacao-
terra. História da IoT: O que é e como mudou os sistemas de ligação à terra e de proteção contra o raio?
Para-raios Smart com dispositivo de ionização, SMART LIGHTNING ( janeiro de 2023)
1. The “Only” Coke Machine on the Internet
2. Sharma, Chetan. “Correcting the IoT History “
3. Ashton, Kevin. ‘That ‘Internet of Things’ Thing’ RFID Journal ( junho de 2009)
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SUMÁRIO
POTÊNCIA 83
ARTIGO
ROBÓTICA
Robótica na reorganização
das cadeias globais
de suprimentos AQUI CLIQUE
E
E VOLTE AO
mpresas no mundo estão reavaliando as suas estruturas produtivas após a sé- SUMÁRIO
rie de interrupções nas cadeias globais de suprimentos, em função da crise
provocada pela pandemia de covid-19, seguida pela guerra na Ucrânia. Com os
desafios logísticos impostos pelo novo cenário, ganha mais força a adoção dos mo-
delos de “reshoring” e “nearshoring”.
Após um forte movimento de “offshoring”, com a terceirização da produção em outros países em
busca de redução de custos, as empresas vêm se movimentando para trazer as atividades produtivas de
volta para casa, o “reshoring”, ou para locais mais próximos, o “nearshoring”. A estratégia é uma resposta
não só ao recente choque na cadeia logística, mas também a fatores como a escassez de mão de obra e
a novas exigências dos clientes.
Uma pesquisa de 2022 da ABB com líderes empresariais revelou que 74% das empresas europeias
e 70% das norte-americanas estão planejando re- ou nearshore – uma tendência que, em especial nos
Estados Unidos, pode beneficiar países emergentes como Brasil e México, em função da proximidade
geográfica, atraindo investimentos no setor industrial.
E é nessa nova configuração das cadeias globais que a automação robótica assume um papel fun-
damental, levando flexibilidade para que empresas de diversos setores reajam de forma ágil e eficiente
às demandas do mercado. Segundo o levantamento ainda da ABB, 75%
das europeias e 62% das norte-americanas planejam investir
em robótica e automação nos próximos três anos,
principalmente para facilitar a mudança nas
operações.
Os recentes avanços tecnológi-
cos permitem que linhas de produção au-
tomatizadas sejam hoje rapidamente implantadas
e reorganizadas. Nesse sentido, destaca-se o uso
de robôs colaborativos, robôs móveis autônomos
(AMRs) e sistemas digitais, que permitem, por exemplo,
montagens personalizadas e alterações rápidas de pro-
dução.
Entre as tendências estão também as células modulares
e individuais de produção capazes de suportar uma maior
variação de produtos e oferta quando comparadas à monta-
gem linear. O modelo permite modificar ou até mesmo subs-
tituir células individuais sem a necessidade de interrupções
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POTÊNCIA 84
ARTIGO
ROBÓTICA
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de produção. Assim, é possível iniciar processos em pequena escala e aumentar o ritmo de produção,
adicionando ou reimplantando células de acordo com as mudanças de demanda.
Outro bom exemplo é o uso de simulações de gêmeos digitais no planejamento de linhas au-
tomatizadas para otimizar layouts de produção. Isso já acontece na fábrica da Volvo em Curitiba,
onde um aplicativo de realidade aumentada está contribuindo para reduzir o tempo e os custos de
engenharia para orientar o projeto das células, ao mesmo tempo em que melhora a colaboração em
toda a empresa.
A animação sobreposta para virtualizar e simular a operação do robô ajudou a equipe de engenharia da
montadora a identificar problemas como cabos e componentes que podem precisar de testes adicionais e
alterações de design. Para áreas com pouco espaço para novos equipamentos, como nas instalações da
oficina de pintura da Volvo, foi possível otimizar o projeto da célula com base no espaço disponível e em
outros fatores, como parte da segurança.
A automação robótica pode ser, portanto, a resposta às atuais – e futuras – exigências e necessidades
do mercado. Afinal, eficiência e flexibilidade serão os pilares para reorganização das operações da indús-
tria neste momento de profundas transformações e em escala global.
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SUMÁRIO
RODRIGO BUENO DIRETOR DA
ÁREA DE ROBÓTICA DA ABB BRASIL
POTÊNCIA 85
ARTIGO
ENERGIA SOLAR TÉRMICA
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POTÊNCIA 86
ARTIGO
ENERGIA SOLAR TÉRMICA
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Além disso, a energia termossolar fortalece muito a cultura em favor do meio ambiente. Com o atual
parque instalado no país, é possível evitar anualmente a emissão de mais de 4,5 milhões de toneladas de
CO₂, com o potencial para chegar a mais de 60 milhões de toneladas de CO₂, o que reduziria em mais de
13% as emissões anuais e honraria o Acordo de Paris, de 2015.
A tecnologia atende plenamente aos critérios que beneficiam, por exemplo, a indústria automobilística,
baseados no tripé: social (aumento de empregos e renda); ambiental (redução na emissão de gases de
efeito estufa e uso pela própria indústria de sistemas de aquecimento solar na produção de seus equi-
pamentos e material reciclável sem a geração de resíduos); e densidade industrial, que diz respeito à
quantidade de equipamentos e seus acessórios produzidos no Brasil.
Quando se pensa no consumidor final, a utilização de sistemas de aquecimento solar tem várias van-
tagens. A primeira delas é a redução significativa do uso de energia elétrica no horário de pico, quando
os chuveiros elétricos ligados simultaneamente representam 37% do consumo elétrico em residências e
7,2% do total de eletricidade no Brasil.
Com isso, há uma contribuição para o aumento da renda das famílias e pequenos negócios, como
salões de cabeleireiros, petshops, clínicas médicas ou de fisioterapia, restaurantes, academias e lavan-
derias, entre outras aplicações. Com um investimento a partir de R$ 2.089,00, uma família obtém uma
economia significativa na conta de energia elétrica de 40%. Quanto menor a renda da família, mais repre-
sentativo para o orçamento doméstico é o custo da energia elétrica. Na prática, o dinheiro economizado
é revertido para outras necessidades como, por exemplo, alimentação, saúde, educação e lazer.
Nos pequenos negócios, a tecnologia permite maior independência financeira, pois as empresas po-
dem organizar seu orçamento e evitar os ajustes tarifários na conta de energia elétrica, de gás ou quais-
quer outros combustíveis fósseis. Vale lembrar ainda que o payback de um aquecedor solar é de cerca de
um a três anos e a vida útil acima de 30 anos. Com o aumento dos demais energéticos como eletricidade
e gás natural, a tendência é que o payback reduza ainda mais.
Vale mencionar ainda a redução da sobrecarga de energia e dos custos de transmissão e distribui-
ção da rede elétrica. Para cada chuveiro elétrico adicionado à rede elétrica, são necessários gastos em
transmissão e distribuição no valor de R$ 5.000,00 por domicílio. Além disso, a tecnologia opera de forma
completamente desconectada da rede elétrica, o que minimiza os problemas de um novo racio-
namento de energia no Brasil. Apesar de todas essas vantagens, apenas 5% dos domicílios
utilizam aquecimento solar para aquecer água.
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E VOLTE AO LUIZ ANTONIO DOS SANTOS PINTO PRESIDENTE DA ASSOCIAÇÃO
SUMÁRIO BRASILEIRA DE ENERGIA SOLAR TÉRMICA (ABRASOL)
POTÊNCIA 87
O MUNDO EM TRANSFORMAÇÃO
CONTROLE DE INTERFERÊNCIA CLIQUE
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Espaço de reflexão
E VOLTE AO
SUMÁRIO
Ficar deitado com a boca aberta esperando que, se Deus quiser, a comida chegará
à nossa boca, certamente não é a postura mais indicada - é preciso fazer alguma coisa.
E assim também acontece para a Compatibilidade Eletromagnética (EMC) - para se garantir
o desempenho correto de Sistemas Eletroeletrônicos é imprescindível um tratamento sistemático
no âmbito da Compatibilidade Eletromagnética.
E, particularmente no Brasil onde ainda não existe uma obrigatoriedade quanto à qualidade EMC dos
equipamentos a serem instalados, a falta de um tratamento adequado quando do Projeto e Instalação de
um Sistema Eletroeletrônico abordando a topologia do sistema e seus cabos de interconexão, a configu-
ração do sistema de aterramento, a presença de campos eletromagnéticos, entre outros aspectos, pode
se traduzir num maior risco para pessoas e equipamentos, bem como acarretar um custo muito elevado
de instalação e operação.
A implantação de um Plano de Controle de Interferência representa assim um conjunto de procedi-
mentos necessários ao atendimento da compatibilidade eletromagnética.
Com este artigo encerramos a Coluna ‘O Mundo em Transformação’, onde o enfoque foi o de pensar a
Engenharia no Brasil com os olhos no futuro, num mundo em transformação. Tendo a área de eletrotecnia
como pano de fundo, e a Compatibilidade em particular, foram abordados temas desde os aspectos cul-
turais, que nos caracterizam (e nos limitam!) como brasileiros, até os horizontes que a Ciência aponta nas
diferentes áreas do conhecimento.
Um exercício no qual outros amigos contribuíram magnificamente para reconhecermos nossos valores
e possibilidades. Enfim, nosso legado aos que continuarão após irmos!
Ficam os nossos mais sinceros agradecimentos à Revista Potência, desde o querido amigo Hilton
Moreno com quem iniciamos esta jornada, até o pessoal da diagramação que transformou nossas ideias
num lindo espetáculo visual!
Foi bonita a Festa, pá!
E vamos … que vamos!
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ROBERTO MENNA
BARRETO
PROFESSOR E
CONSULTOR
www.qemc.com.br
POTÊNCIA 88
O MUNDO EM TRANSFORMAÇÃO
CONTROLE DE INTERFERÊNCIA
Plano de Controle de
Interferência no Projeto
e na Instalação de
Sistemas Eletroeletrônicos
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POTÊNCIA 89
O MUNDO EM TRANSFORMAÇÃO
CONTROLE DE INTERFERÊNCIA
na qualificação dos equipamentos para o cumprimento de normas EMC, assim como aquelas inerentes
à Diretiva Europeia EMC (referenciadas pelo IEC), as quais objetivam garantir a operação correta destes
equipamentos nos seus ambientes normais de operação. E o resultado foi muito positivo.
Entretanto, quando consideramos a instalação destes equipamentos compondo um sistema eletroele-
trônico, e em particular no Brasil onde ainda não existe uma certificação abrangente em EMC, uma nova
situação se apresenta, qual seja:
1. o nível de emissão/imunidade de cada equipamento não está claramente definido, a menos que haja
a comprovação de cumprimento com normas EMC específicas;
2. o nível de emissão/imunidade do Sistema de Eletroeletrônico não é necessariamente o mesmo nível
dos equipamentos que o compõe devido, por exemplo, aos cabos de interconexão que tornam o sis-
tema mais vulnerável à influência de perturbações radiadas;
3. e os níveis de perturbações eletromagnéticas presentes no local de instalação podem diferir drastica-
mente daqueles usados como referência na normalização, como por exemplo no campo, em áreas de
grande incidência de descargas atmosféricas, ou em ambiente de SE.
Desta forma, Sistemas Eletroeletrônicos são passíveis de terem problemas de interferência, mesmo
quando os equipamentos instalados cumprem com normas EMC.
POTÊNCIA 90
O MUNDO EM TRANSFORMAÇÃO
CONTROLE DE INTERFERÊNCIA
A – INTRODUÇÃO
Neste capítulo seriam apresentados uma descrição geral do Sistema Eletroeletrônico a ser instalado,
e seu cronograma de instalação com as respectivas pessoas envolvidas:
◗ Descrição do sistema, onde o objetivo é uma descrição EMC geral dos diversos sistemas a serem ins-
talados (energia, automação e controle, telecomunicações, TI, entre outros) através de uma documen-
tação simples, a qual deverá ser mantida ao longo dos anos;
◗ Partes envolvidas, onde o objetivo é a identificação dos diferentes grupos de trabalho envolvidos, suas
responsabilidades e seus cronogramas de trabalho (obras civis, distribuição de energia, especificações
dos equipamentos, ar-condicionado, entre outros);
◗ Treinamento, onde a meta é fornecer às pessoas envolvidas na implantação do Sistema Eletroeletrôni-
co as informações necessárias quanto aos cuidados a serem observados na área EMC.
B – ANÁLISE EMC
Neste capítulo seria desenvolvida uma visão crítica das situações em potencial para o surgimento de
Interferência Eletromagnética (EMI):
◗ Ambiente eletromagnético, onde o objetivo é a identificação das diferentes fontes de perturbações
eletromagnéticas que poderiam ocasionar problemas de EMI e a determinação dos níveis destas per-
turbações, identificadas através de medições e/ou previsões;
◗ Situações em potencial para EMI, onde o objetivo é, com base na Descrição do Sistema e no Ambiente
Eletromagnético, a identificação das situações críticas para ocorrência de EMI, as quais incluem tanto
os problemas de EMI internos ao Sistema (por exemplo, interferência entre equipamentos) como aque-
les externos ao sistema (por exemplo, campos eletromagnéticos gerados por sistemas de radiodifusão
nas imediações), compondo uma Matriz para situações em potencial de interferência.
POTÊNCIA 91
O MUNDO EM TRANSFORMAÇÃO
CONTROLE DE INTERFERÊNCIA
C – CONTROLE DE INTERFERÊNCIA
Nesta parte, as diversas medidas de proteção são projetadas e implementadas de acordo com as si-
tuações de risco identificadas anteriormente, sendo uma maior ênfase dada naturalmente ao sistema de
aterramento.
◗ Sistema de aterramento, compondo o que é chamado “Bonding Network”, o qual inclui o subsistema
de eletrodos de terra, o subsistema de proteção contra faltas (condutor de proteção), o subsistema de
proteção contra raios e o subsistema de referência para sinais;
◗ Proteção contra descargas atmosféricas, incluindo a proteção da estrutura – proteção externa (SPDA
– Sistema de Proteção contra Descargas Atmosféricas), e a proteção contra surtos e campos eletro-
magnéticos – proteção interna (zonas de proteção);
◗ Cablagem, com a definição do roteamento de cabos mais apropriado para se evitar, principalmente, o
aparecimento de ruído no modo comum;
◗ Outros aspectos, assim como o uso de técnicas EMC específicas tais como roteamento e blindagem de
cabos, blindagem de salas que abrigam equipamentos sensíveis, filtragem, transformadores de isola-
ção, entre outras, a serem definidas consoante as necessidades identificadas na ANÁLISE EMC.
D – TESTES
Neste último capítulo do Plano de Controle de Interferência, os diversos testes seriam planejados e
executados objetivando a verificação do desempenho do sistema quando sujeito à influência de pertur-
bações eletromagnéticas, o que poderá indicar a necessidade de medidas corretivas complementares.
Conclusão
POTÊNCIA 92
O MUNDO EM TRANSFORMAÇÃO
CONTROLE DE INTERFERÊNCIA
Durante a Fase de Projeto é quando temos a faca e o queijo na mão - um maior número de Técnicas
EMC à disposição para aplicação no Sistema Eletroeletrônico que irá ser implementado, assim como o en-
caminhamento de cabos, o uso de blindagem, o uso de filtros, entre outras. E a aplicação destas Técnicas
EMC representam um custo relativamente bastante baixo.
Quando os problemas de interferência são tratados somente já na fase de Instalação, as Técnicas
EMC disponíveis já estão limitadas, por exemplo, os cabos já estão passados, a sala já foi construída sem
blindagem, etc., e a identificação e correção de problemas de interferência se torna onerosa, com maior
tempo de paralisação e adição de medidas corretivas que seriam dispensáveis se o problema tivesse sido
considerado na Fase de Projeto.
Na Fase de Operação, os custos devido a interferência eletromagnética disparam, com equipamentos
adicionais para contornar o problema e paralisações que podem comprometer a operação de toda uma
Planta Industrial.
Em outras palavras, a Compatibilidade Eletromagnética tem um custo e não há como escapar disto: na
Fase de Projeto e Instalação este custo é baixo, se o aspecto EMC for levado em consideração; na Fase de
Operação este custo pode ser astronômico, se o aspecto EMC não tiver sido considerado anteriormente.
A conta vai chegar e a escolha é nossa …
A implantação de um Plano de Controle de Interferência representa um conjunto de procedimen-
tos necessários ao atendimento da compatibilidade eletromagnética, do qual fazem parte as seguintes
atividades:
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SUMÁRIO
POTÊNCIA 93
ARTIGO
TERMOGRAFIA
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SUMÁRIO
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POTÊNCIA 94
ARTIGO
TERMOGRAFIA
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diagnóstico, em forma de imagem ou informação que pode sugerir algum ponto de aquecimento fora do
padrão, que deve ser investigado.
Como toda a análise é realizada sem a interrupção da operação, o procedimento é considerado ágil e
recorrente, sendo possível avaliar vários equipamentos em um curto espaço de tempo, o que garante um
payback mais rápido sobre o investimento realizado.
A inspeção termográfica aplicada as empresas de energia vão desde subestações, painéis, torres de
transmissão etc, desde a geração de energia, transmissão, até a distribuição. É importante que a manuten-
ção preditiva seja corretamente aplicada, de forma a garantir a operação ininterrupta e segura, maiores
preocupações deste setor.
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E VOLTE AO RODRIGO CUNHA BUSINESS
SUMÁRIO UNIT MANAGER - HIKMICRO
POTÊNCIA 95
ARTIGO
TECNOLOGIA
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SUMÁRIO
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POTÊNCIA 96
ARTIGO
TECNOLOGIA
Potencial é enorme
À medida que o setor de manufatura precisa se modernizar, fica claro que o número de aplicações
potenciais para os CLPs também cresce, otimizando linhas de produção automatizadas e robotizadas.
Isso está dando origem a novas soluções que se ajustam aos requisitos da aplicação final, demonstran-
do os mesmos níveis de robustez, segurança e interoperabilidade que foram estabelecidos ao longo
de décadas de uso.
Para o setor de manufatura, digitalizar a produção não é mais opcional. Com a abordagem e o suporte
certos, a transformação digital é possível para empresas, independente do tamanho ou setor.
E como todo investimento na indústria, um dos pontos críticos é o retorno sobre investimento, aliado à
melhora da eficiência, segurança e confiabi-
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E VOLTE AO
HÉLIO SUGIMURA
GERENTE DE
MARKETING DA
SUMÁRIO MITSUBISHI ELECTRIC
POTÊNCIA 97
VITRINE
ILUMINAÇÃO RESIDENCIAL
A LEDVANCE desenvolveu a linha SMART+WIFI para uso residen-
cial, que é composta por lâmpadas, luminárias e fita LED inteligentes.
Os produtos permitem total controle da iluminação, como acender, apagar, programar o acendimento, a
cor, a intensidade da luz e muito mais. Tudo isso por meio do aplicativo gratuito LEDVANCE SMART+WIFI,
acionado no smartphone ou tablet e, ainda, por comando de voz (Alexa e Google Assistente). A linha
SMART+WIFI da LEDVANCE transforma a casa em um mundo de alta tecnologia. É possível realizar o acio-
namento da iluminação dos ambientes de maneira automática, por meio do aplicativo gratuito LEDVANCE
SMART+WIFI, estando em casa ou remotamente. O controle é sem fio, via Wi-Fi, e não necessita da insta-
lação de hub. A linha SMART+WIFI oferece 16 milhões de cores, além do branco dinâmico, que varia en-
tre quente e frio, conforme a conveniência do usuário. O sistema permite a criação de cenas previamente
programadas para o acionamento imediato, conforme as atividades que o usuário realiza ao longo do dia.
FAMÍLIA AMPLIADA
A ABB está lançando duas novas versões de seu robô colaborativo GoFaTM. O GoFa 10 e o GoFa 12 ofere-
cem novas possibilidades para as empresas aproveitarem a automação por meio de robôs colaborativos para
aumentar a eficiência. Manipulando cargas úteis de até 10 e 12 kg com repetibilidade líder de mercado, os co-
bots podem lidar com uma ampla gama de tarefas em estreita colaboração com os trabalhadores. Oferecendo
programação simples e rápida integração em ambientes de produção, os cobots GoFa 10 e 12 oferecem velo-
cidades de ponto central de ferramenta (TCP) de até dois metros por segundo com desvio de 0,02 mm para
maior repetibilidade - uma melhoria de duas vezes em relação a soluções comparáveis. Com certificação
IP67 contra a entrada de umidade e poeira, eles ampliam
os benefícios da robótica colaborativa rápida e precisa
para novas aplicações industriais, automatizando tare-
CLIQUE fas exigentes, como manutenção de máquinas, sol-
AQUI
E VOLTE AO
dagem, manuseio de peças, polimento e monta-
gem. O alcance de 1,62 metro do GoFa 10 - 14%
SUMÁRIO a mais do que os outros de sua classe.
POTÊNCIA 98
VITRINE
PLUGUES RESIDENCIAIS
A Soprano está ampliando o seu portfólio de produtos com o lançamento de novos Plugues Residen-
ciais (também conhecidos como “plugue T”). Os plugues estão disponíveis nos modelos macho e fêmea,
de 10 e 20 A, e são certificados conforme a norma NBR 14136, já os adaptadores são
certificados conforme a norma NBR 14936. Ambos contam com pinos sólidos em
liga de cobre, sendo que o corpo é produzido em termoplástico de engenharia. Os
plugues da Soprano são dispositivos destinados para conexões móveis, no qual
podem ser conectados cabos flexíveis e dessa forma os equipamentos podem
ser facilmente deslocados de um lugar para outro, oferecendo maior pra-
ticidade e segurança. Os plugues “T” são acessórios móveis constituídos
de uma peça única que incorpora tomadas para a conexão de equipamen-
tos na rede elétrica, ampliando assim a quantidade de equipamentos que
podem ser ligados em um mesmo ponto. Já os plugues macho e fêmea são
utilizados na fabricação de extensões, podendo ser conectados em cabos
flexíveis, o que facilita o deslocamento de um lugar quando ligados ao circui-
to de alimentação, oferecendo maior praticidade.
Crédito: Soprano/Divulgação
POTÊNCIA 99
Exposição dos artistas do
Ateliê Thomaz Perina
da Fundação Síndrome de Down
24/06 a 25/08
segunda a sexta
das 9h às 16h30
Entrada Gratuita
R. José Antonio Marinho, 430
Barão Geraldo - Campinas/SP
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