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MERCADO ARTIGO

Segmento de cabos A aplicação da IoT na


fotovoltaicos está proteção contra
em alta no Brasil descargas atmosféricas

A N O 18
N º 210
ELÉTRICA, ENERGIA, ILUMINAÇÃO, AUTOMAÇÃO,
SUSTENTABILIDADE E SISTEMAS PREDIAIS
Multiplataforma

DATA
ATENDENDO A PRATICAMENTE
TODOS OS SEGMENTOS DA
ECONOMIA, OS DATA CENTERS

CENTER
ESTÃO EM ASCENSÃO NO BRASIL
E NO MUNDO, POR CONTA DA
NECESSIDADE CRESCENTE DE
DIGITALIZAÇÃO NO MERCADO

ENTREVISTA. A nova iluminação de campo nos estádios paulistas e o potencial do


Brasil para instalação da tecnologia em LED são alguns dos assuntos abordados por
Daniel Tatini, presidente da Signify no Brasil, nesta entrevista exclusiva à Revista Potência
SUMÁRIO

38
MATÉRIA DE CAPA
Os Data Centers estão em ascensão no Brasil e no mundo,
por conta da necessidade crescente de digitalização. Eles
atendem todo e qualquer tipo de empresa, desde uma startup
até uma indústria consolidada, e também serviços públicos.

OUTRAS SEÇÕES 60 MERCADO 74 ARTIGO


03 › AO LEITOR O mercado de cabos fotovoltaicos, HÉLIO SUETA
 NTREVISTA
04 › E solução específica para uso em O conceito das zonas de proteção é
DANIEL TATINI instalações de energia solar, está em alta fundamental para a definição das Medidas
08 › HOLOFOTE no Brasil, por conta do grande volume de Proteção contra Surtos, principalmente
72 › ARTIGO MITSUBISHI de obras de micro e minigeração e para a localização da instalação dos DPS
ELECTRIC - SUSTENTABI- da construção de grandes plantas de (Dispositivos de Proteção contra Surtos).
LIDADE geração de energia fotovoltaica.
84› A
 RTIGO ABB

86 › ARTIGO ABRASOL

94 › ARTIGO HIKMICRO

96› ARTIGO MITSUBISHI


ELECTRIC - INDÚSTRIA 4.0

98 › VITRINE

80 ARTIGO AT3w 88 MUNDO EM


A Internet das Coisas está a mudar a TRANSFORMAÇÃO
indústria, as cidades, as redes elétricas, Roberto Menna Barreto destaca que a
os edifícios, etc. A aplicação da IoT nos implantação de um Plano de Controle de
sistemas de proteção contra descargas Interferência representa um conjunto de
atmosféricas e aterramento trouxe procedimentos necessários ao atendimento
diversos benefícios. da compatibilidade eletromagnética.

POTÊNCIA 2
EDITORIAL
EXPEDIENTE

Multiplataforma
Fundadores:
Elisabeth Lopes Bridi
DESTAQUES DA EDIÇÃO
Habib S. Bridi (in memoriam) A matéria de capa desta edição fala sobre a movimentação em torno da cons-
ANO XVIII • Nº 210 trução de novos Data Centers no Brasil. Atendendo a praticamente todos os seg-
JUNHO'23 mentos da economia, os Data Centers estão em ascensão no país e no mundo, por
conta da necessidade crescente de digitalização.
Publicação mensal da HMNews Editora
e Eventos, com circulação nacional, dirigida
a indústrias, distribuidores, varejistas, home De acordo com Gustavo Ruiz Moraes, presidente da ABDC, os Data Centers
centers, construtoras, arquitetos, engenharias,
instaladores, integradores e demais profissio- atendem todo e qualquer tipo de empresa, desde uma startup até uma indústria
nais que atuam nos segmentos de elétrica,
iluminação, automação e sistemas prediais. consolidada, e também serviços públicos: “Temos que imaginar que qualquer ser-
viço que utilizamos em nossos smartphones, obrigatoriamente são processadas
Diretoria
Hilton Moreno em algum Data Center. Costumo dizer que nos dias atuais precisamos de Data
Marcos Orsolon
Center para usar um serviço de transporte ou até mesmo para pedir uma pizza via
Redação aplicativo”, destaca o executivo.
Diretor de Redação: Marcos Orsolon
Editor: Paulo Martins
Segundo Moraes, o investimento em Data Center no Brasil historicamente sem-
Jornalista Responsável: Marcos Orsolon
(MTB nº 27.231) pre foi cíclico, passando por picos e vales de aporte financeiro. “E, neste momento,
Departamento Comercial é possível observar que estamos em mais um pico de novas construções, que vão
Cecília Bari e Rosa M. P. Melo
desde os players que já atuam no país e a chegada de novos entrantes”, relata.
Gestores de Eventos
Pietro Peres e Décio Norberto Já na seção Mercado o tema é o segmento de cabos fotovoltaicos, solução
Gestora Administrativa
específica para uso em instalações de energia solar, que está em alta no Brasil,
Maria Suelma por conta do grande volume de obras de micro e minigeração e da construção de
Produção Visual e Gráfica grandes plantas de geração de energia fotovoltaica.
Estúdio AM
Segundo os especialistas, poderiam contribuir para um maior crescimento do
Contatos Geral
Rua Jequitibás, 132 - Bairro Campestre mercado a concessão de incentivos à fonte, por parte do governo, bem como
Santo André - SP - CEP: 09070-330
contato@hmnews.com.br
maior conscientização sobre a necessidade da correta aplicação do produto.
Fone: +55 11 4421-0965
De acordo com Nelson Volyk, a utilização de um cabo específico para o setor
Redação
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fotovoltaico é essencial para garantir a eficiência, a segurança e a durabilidade do
Fone: +55 11 4853-1765 sistema. O cabo fotovoltaico é projetado para suportar as condições ambientais
Comercial específicas e as demandas elétricas dos sistemas fotovoltaicos, garantindo um
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F. +55 11 4421-0965 desempenho confiável e seguro ao longo do tempo.
Por enquanto é só.
Fechamento Editorial:
11/07/2023 Boa leitura e até a próxima edição!
Circulação:
11/07/2023
Conceitos e opiniões emitidos por entrevis-
tados e colaboradores não refletem, necessaria-
mente, a opinião da revista e de seus editores.
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MARCOS HILTON
ORSOLON MORENO

POTÊNCIA 3
ENTREVISTA
DANIEL TATINI

Nova era nos


estádios brasileiros
ENTREVISTA A PAULO MARTINS

O
Allianz Parque, estádio do Palmeiras, e
a Neo Química Arena, estádio do Corin-
thians, receberam projetos de ilumina-
ção dinâmica inteligente, controlada pela
plataforma Interact Sports, da Signify, empresa líder
mundial em iluminação.
A nova iluminação de campo nos referidos está-
dios e o potencial do Brasil para instalação da tec-
nologia em LED são alguns dos assuntos aborda-
dos por Daniel Tatini, presidente da Signify no Brasil,
nesta entrevista exclusiva à Revista Potência.
Tatini fala também sobre a situação do merca-
do de Iluminação Pública, analisa a movimentação
dos municípios em torno da modernização do par-
que de iluminação e revela como está o status da
fábrica que a empresa mantém no Brasil.
Confira a seguir a entrevista completa com
Daniel Tatini.

POTÊNCIA - A SIGNIFY INSTALOU A NOVA


ILUMINAÇÃO DE CAMPO NO ALLIANZ PARQUE
E TAMBÉM NA NEO QUÍMICA ARENA. NÃO FOI
UMA COINCIDÊNCIA, IMAGINO QUE O NEGÓ-
CIO ‘ESTÁDIO’ ESTÁ SENDO UM BOM VEÍCULO
PARA PENETRAÇÃO DAS SOLUÇÕES SIGNIFY.
DANIEL TATINI - Sim. Existe uma tendência dos
estádios, e não apenas no Brasil, deles irem nessa
direção de arenas multiuso. E consequentemente
a interação da luz, do áudio, do vídeo, em geral,
Foto: Divulgação

com o público, vai aumentar; o custo ou o investi-


CLIQUE mento para uma infraestrutura desse nível de tec-
AQUI
E VOLTE AO
nologia depende da capacidade dos clubes ou das
empresas por trás de obterem um retorno de investimento. A boa notícia é que eles
SUMÁRIO estão enxergando isso como uma grande oportunidade. Se a gente olhar o projeto do

POTÊNCIA 4
ENTREVISTA
DANIEL TATINI

Allianz Parque, o projeto da Neo Química Arena, são dois clubes e empresas que estão vendo a oportu-
nidade de criar a experiência dos torcedores de uma maneira totalmente diferente. Isso já é tendência na
Europa e no Brasil, sim. Grandes clubes já têm feito isso e posso dizer com muito orgulho que a iluminação
desses dois estádios é literalmente de ponta. É o que tem de bom e de melhor. É coincidência? Não, é
uma tendência.
POTÊNCIA - E O BRASIL ESTÁ ATRASADO NESSE PROCESSO?
DANIEL TATINI - Olha... atrasado... O primeiro grande estádio de São Paulo que foi para o LED foi o
Morumbi, em finais de 2018. Naquela época essa tecnologia já existia, mas era o lançamento dela. Era
muito mais complicado aquele nível de investimento. A realidade é que a gente tem que pensar que a
capacidade de investimento em real para tecnologias novas é muito dura. Então o Brasil acaba estando
atrasado? Um pouco, sim. Mas não acho que é na falta de querer inovar.
POTÊNCIA - E POTENCIAL, TÊM NOVAS ARENAS COM POTENCIAL PARA ESSE NÍVEL DE INO-
VAÇÃO NO BRASIL?
DANIEL TATINI - Não tenho dúvida que sim, por alguns motivos. Primeiro, a geografia brasileira é a
que é, o Brasil é um continente. E se você tem dois estádios com essa experiência, onde você conse-
gue criar interação com o público e consequentemente reter o público, fazer com que o público chegue
antes numa arena, para ver um espetáculo de luz, que hoje pode ser sincronizado com áudio e vídeo, e
no futuro pode ainda mais, imagine você conseguir levar 10 mil pessoas 45 minutos antes e estimar um
consumo médio de dez reais por pessoa. Se essa premissa for verdadeira, são cem mil reais a mais de
receita. O retorno do investimento para um estádio que vai ser utilizado 25 vezes, 30 vezes, dependendo
da particularidade do projeto, é em um ano. Então o que antes era um custo de infraestrutura hoje é um
investimento com payback de um ano. Se for assim, porque não vai acontecer no Rio Grande do Sul? Se
você consegue pegar um custo que era de infraestrutura, porque é necessário ter iluminação para ter jo-
gos à noite, e transformar aquilo numa fonte de receita adicional, com payback de um ano, a matemática
que estamos fazendo é essa: se um estádio consegue atrair 10 mil pessoas meia hora mais cedo e 10 mil
pessoas têm gasto médio de dez reais, são cem mil reais. Em um ano o estádio tem 25 jogos e recupera...
vira uma receita acessória. Por que no Rio Grande do Sul não será feito, por que em Santa Catarina não
será feito, por que no Paraná não será feito? Insisto: acho que é uma tendência, acho que vai acontecer
nos grandes estádios e arenas, acho que as empresas e clubes estão entendendo que essa interação é
uma receita acessória e isso é só para começar.
POTÊNCIA - A MANUTENÇÃO DESSES ESTÁDIOS DIMINUIU, NÃO?
DANIEL TATINI - Muito. Porque a manutenção é eventualmente a limpeza do projetor. Não existe mais
troca de lâmpada.
POTÊNCIA - QUANTO AO ACENDIMENTO, AQUELA COISA DE QUANDO ACABAVA A ENERGIA
FICAVA VINTE MINUTOS PARA VOLTAR, AGORA NÃO TEM MAIS ISSO?
DANIEL TATINI - Não, aquilo não existe mais, era uma experiência frustrante para quem estava no
estádio, e para o jogador, que esfria e pode se machucar. Antes a lâmpada precisava esfriar para acender
de novo. Caía um disjuntor, a lâmpada podia acender de novo, mas até chegar à potência máxima levava
um certo tempo. Hoje você liga, desliga, pisca a hora que quiser. O número de vantagens desse sistema
completo eu posso dar uma lista, ela não é pequena, e eu ainda não vou conseguir mencionar todas.
POTÊNCIA - COMO ESTÁ MOVIMENTAÇÃO EM TORNO DA ILUMINAÇÃO PÚBLICA NO BRASIL?
TEM HAVIDO MUITOS PROJETOS NESSA ÁREA?
DANIEL TATINI - Têm muitos projetos, existem ciclos na Iluminação Pública. É o momento de um ciclo às
vésperas de eleições municipais em outubro do ano que vem. Historicamente são ciclos de investimentos.

POTÊNCIA 5
ENTREVISTA
DANIEL TATINI

Deve voltar a partir de agora um ciclo importante nos próximos meses. É um mercado com muita oscila-
ção, muito difícil, muito complicado, onde ainda falta a capacidade do investimento privado e de empresas
de iluminação, empresas de sistemas de gestão e empresas instaladoras, de conseguirem lutar todas em
prol de melhores práticas. Existem editais públicos que ainda saem dizendo que o driver tem que ser de
90 a 240, enquanto tem uma portaria que diz que toda operação de Iluminação Pública vai trabalhar com
220. Só que o edital tem que ser respeitado. A pergunta é: por que o edital sai de 90 a 240? Para segregar
quem participa... Se eu tivesse tempo e investimento para bloquear todos esses editais, eu estaria fazen-
do um favor ou um desfavor à sociedade? Porque se eu bloqueasse todos eu estaria fazendo um desfavor
ao público, que não vai ter a modernização do parque do município específico, por, talvez, um erro. Porque
como é que eu posso ficar bravo com as entidades públicas que, talvez uma pessoa técnica tenha toda
boa fé do mundo, mas esteja mal influenciada... Você sempre acusa o poder público de má-fé... Para! Exis-
tem municípios que a pessoa que cuida de iluminação tem que cuidar de muitas outras coisas, porque é
um município pequeno. A responsabilidade é da iniciativa privada. A iniciativa privada tem que se juntar
e tem que ser mais atuante e tem que levar as práticas comuns para que isso aconteça. Não adianta eu
acusar o poder público, porque honestamente, pessoalmente, não acredito que é culpa do poder público,
é da influência privada. Eu usei um exemplo. Existem instalações de luminárias em municipalidades com
produtos não certificados pelo Inmetro. Gente, para, fecha e põe um cadeado! Não quero dar um sermão
em ninguém... Mas não pode...
POTÊNCIA - AS PPPS (PARCERIAS PÚBLICO-PRIVADAS) NÃO MUDARAM ISSO?
DANIEL TATINI - As PPPs melhoraram muito isso, mas ainda têm muitos processos que até então iam
pela lei 8.666, pela lei 14.133, o que se pode e o que não pode, então também existem evoluções impor-
tantes nesse mundo. Da 8.666, para 14.133 têm coisas muito positivas. O ente privado pode reagir e ajudar
na especificação, desde que o município peça. Se o município não sabe o que tem, como ele vai pedir?
Outra coisa: eu acabo culpando o município por uma falta de informação... e se você pegar municípios
como São Paulo, Rio de Janeiro, que têm infraestruturas maiores, têm conhecimento técnico, ótimo... O
mundo da Iluminação Pública está melhorando, a concorrência e o nível da concorrência é muito dura;
porque sempre que existe uma possibilidade da pizza ficar maior, muita gente quer entrar, então existe
uma concorrência muito dura, às vezes fora de norma, mas eu vejo uma evolução, sou positivo; onde a
gente vê muito problema, ainda: telegestão. Enquanto não existem protocolos mais definidos, o que sai
no edital ganha e está muito difícil dizer que tem uma cidade inteligente. Porque o controle da iluminação,
por si só, não é a coisa mais inteligente do mundo. E tem muitos com problemas técnicos. O Brasil é gran-
de, tem muito interesse privado, é muito difícil. Mas continua sendo um mercado em expansão, continua
sendo um mercado interessante, só que para o tamanho do Brasil, o número de pessoas que vêm aqui
brigar... então é um mercado muito duro.

O mundo da Iluminação Pública está melhorando. O nível da


concorrência é muito duro, porque sempre que existe uma
possibilidade da pizza ficar maior, muita gente quer entrar,
então existe uma concorrência muito dura, às vezes fora de
norma. Mas eu vejo uma evolução, sou positivo.

POTÊNCIA 6
ENTREVISTA
DANIEL TATINI

POTÊNCIA - AS CIDADES ESTÃO INVESTINDO NO LED NO PARQUE DE ILUMINAÇÃO. COMO


ESTÁ ESSE PROCESSO?
DANIEL TATINI - Olha, a migração para o LED no Brasil é relativamente boa. O Brasil é um país
que inova. Tem mais de 5.500 municípios, antes da gente terminar a modernização desses, já vai ter
município trocando de volta. Aquele medo que se tinha, de que faz e depois acaba, esquece... antes
de acabar a totalidade a gente vai estar trocando de novo. Parques importantes... Belo Horizonte co-
meçou em 2017. A gente está na metade de 2023. Metade do ciclo já foi. A gente está falando de LED,
mas uma economia muito maior poderia acontecer com a telegestão. Mas aí as normas da utilização
da iluminação pública também precisam ser adaptadas. A gente fala de iluminação pública, mas têm
os monumentos, que são iluminação de destaque. Tem o pacote viário e iluminação de destaque.
Existe muita coisa pela frente, nem tudo vai como a gente gostaria que fosse, mas eu vejo muitas
entidades, associações fazendo um esforço. A qualidade das discussões das normas e aplicações
tem melhorado. Eu passei três anos na Itália, Grécia e Israel, não achem que lá fora é a perfeição. O
equilíbrio entre a força do poder público e da iniciativa privada é muito importante. Quanto mais con-
corrência tem, mais difícil é dar a mão e fazer uma associação forte. Repito, nisso, nossas associações
melhoraram muito.
POTÊNCIA - E OS PREÇOS DO LED, COMO TÊM SE COMPORTADO?
DANIEL TATINI - Os preços continuaram caindo, a pressão nos preços hoje é menos real. Não é que o
LED está caindo, é que tem tanto concorrente que as pessoas estão fazendo algumas loucuras. Se você
me perguntar se o custo do LED continua naquela vertente de queda, não! Não existe uma tendência de
queda contínua. No mercado brasileiro o que existe é uma quantidade e uma qualidade de produtos que
levam isso para baixo.
POTÊNCIA - COMO ESTÁ A FÁBRICA DE VARGINHA?
DANIEL TATINI - Bem. Tem alguns projetos importantes que ajudam. Historicamente é muito impor-
tante ter uma fábrica no Brasil. Não é só sempre uma questão de custo, competitividade, etc. Se você
é só importador, o teu tempo de resposta depende de premissas, que infelizmente em 50% das vezes
você vai errar. Tem um oceano entre a Europa, Estados Unidos, Brasil e a própria China. Se você pensar
do ponto de vista logístico, já é complicado. Se você pensar no risco da moeda, é complicado. Se você
pensar no seu capital de giro, porque se você vai comprar de lá você paga quando o produto sair, você
precisa de 60 dias a mais do que se você comprar aqui; então, nós ainda precisamos encontrar uma for-
ma de fazer com que a indústria brasileira seja mais competitiva e trazer, outra vez, o interesse de que
puros importadores também tenham interesse em voltar a ser indústria nacional. O Brasil tem volume
suficiente para consumir semicondutores e eventualmente produzir semicondutores. Isso não acontece
porque vem tudo importado. Não quero dar a entender que importador é um papel ruim. Longe disso. É
que eu vejo um desperdício num país onde socialmente, economicamente e politicamente a gente tem
margens de desenvolvimento que são absurdas. Isso não deve acontecer só na minha indústria. Você
me pergunta sobre a fábrica de Varginha, obrigado! Quase ninguém me pergunta sobre isso.
Não sei se as pessoas esquecem. Eu, na fábrica de Varginha, eu não tenho só a fábrica. Eu
tenho uma área de desenvolvimento, de drivers, de módulos, de luminárias. Eu tenho
CLIQUE Pesquisa e Desenvolvimento. Às vezes quando você pensa no lado industrial, você
AQUI
E VOLTE AO
tem que pensar no lado de Pesquisa e Desenvolvimento. Quantas universidades,
e a gente tem colaboração com algumas, não poderiam ajudar o setor...
SUMÁRIO

POTÊNCIA 7
HOLOFOTE CLIQUE
AQUI
E VOLTE AO
SUMÁRIO
Embalagens sustentáveis
Cada vez mais, o ESG está inserido no meio corporativo e
tem sido determinante na perenidade dos negócios. As estratégias
de sustentabilidade sempre estiveram na pauta da Sintex, indústria de duchas
e torneiras que há mais de oito décadas busca oferecer ao consumidor produtos
eficientes e que entreguem valor para além das suas funcionalidades básicas.
Uma das medidas mais recentes foi a nova linha de embalagens adotadas
pela empresa. Exceto alguns produtos que, por questões estratégicas, ainda são
embalados em sacos plásticos menos agressivos ao meio ambiente que os con-
vencionais, cada vez mais as duchas e torneiras produzidas pela marca adotam
embalagens em caixas de papelão sustentável e totalmente livre de plastifica-
ção externa, para facilitar a reciclagem. 
“Foi uma decisão simples, que não trouxe despesas extras, pelo contrário. En-
tendemos que a sustentabilidade é um hábito que começa dentro de casa. Além
disso, o consumidor tem observado as práticas das empresas das quais conso-
me e é importante que esse movimento se expanda cada vez mais. O mercado
tem exigido uma mudança de comportamento das indústrias e é nosso papel
contribuir positivamente para compensar a postura consumista despreocupada
que reinou até pouco tempo atrás”, destaca Enio Bernardes, diretor da Sintex.
Foto: Divulgação

Estudos ambientais apontam que o papelão comum pode levar cerca de


seis meses para se decompor, enquanto o papelão plastificado pode levar até
cinco anos para completar esse processo. Hoje, o volume médio de caixas utilizadas pela Sintex passa de 25 tone-
ladas ao ano. “Com uma conta rápida, percebemos que o impacto dessa mudança vai trazer resultados imediatos,
em especial ao meio ambiente. Além disso, ressaltamos a importância do consumidor fazer o descarte correto da-
quela embalagem, o que potencializa ainda mais o intuito de fazer crescer na sociedade as práticas de sustentabi-
lidade”, lembra Enio.

Painel solar com fabricação nacional


Com mais de dez anos de atuação exclusiva no mercado solar e três Unidades Distribuidoras no Brasil - em Santa
Catarina, São Paulo e Pernambuco -, a Renovigi Energia Solar fez a recente inclusão do módulo de fabricação nacio-
nal Reno 550W Finame em seu portfólio de produtos próprios.
A aposta da companhia, que conta com mais de 2,8 milhões de painéis solares instalados, está atrelada à estra-
tégia de financiamento pelo Finame Baixo Carbono, linha de crédito voltada para a geração de energia solar e eólica
oferecida pelo BNDES. Por meio dela, é possível fazer a aquisição e comercialização de equipamentos que contribuam
para a redução da emissão de gases do efeito estufa com parcelamentos mais vantajosos, tanto para os instaladores
quanto para o cliente final.
De acordo com o gerente geral executivo da Renovigi, Guilherme Costa, o custo para a produção no Brasil é
mais alto, porém, é necessário para o credenciamento do produto junto ao Finame, e, assim, oferecer linhas mais
atrativas para projetos de pequeno a grande porte, rurais ou industriais, com tempo de carência e prazo para pa-
gamentos maiores.

POTÊNCIA 8
HOLOFOTE

“A fabricação nacional de equipamentos para energia solar era um caminho natural para a Renovigi. Desde o ano
passado, estamos desenvolvendo novos produtos visando oferecer uma solução completa em energia solar. Em feve-
reiro, lançamos o painel de marca própria Renovigi, e, agora, passamos a produzir no Brasil. O investimento compensa
pelo financiamento do BNDES, que vai atender, principalmente, a grandes projetos”, explicou Guilherme.

Como funciona
O Finame é uma linha de financiamento ofertada pelo BNDES com condições facilitadas para fomentar e apoiar
pequenos e médios negócios. O objetivo é possibilitar a aquisição de máquinas, equipamentos, bens industrializados,
de informática ou de automação com condições facilitadas.
Diferentemente das demais linhas de crédito tradicionais, as linhas de financiamento do Finame possuem taxas de
juros atrativas, tempo de carência e prazos de pagamento maiores.
O Finame Baixo Carbono possui taxa de juros de 0,95% a.a., incluso a taxa do agente financeiro de até 3,5% a.a.
Além disso, o prazo de pagamento do financiamento é de até 10 anos, com carência de 2 anos, segundo informações
do BNDES.
O financiamento é destinado a três tipos de públicos: produtores rurais, micro, pequenos ou médio empresários
e grandes empresas. Se o financiamento for de até R$10 milhões, por exemplo, o pedido deve ser feito junto à insti-
tuição financeira credenciada ao BNDES, informando o interesse em financiar um gerador fotovoltaico nacional que
possui o código Finame.
Já para empresas que faturam acima de R$ 40 milhões e pretendem financiar mais de R$ 10 mi-

Foto: Divulgação
lhões, a requisição deve ser feita diretamente no BNDES, por meio de uma solicitação
de habilitação que pode ser emitida no site da instituição. Neste caso, é necessá-
rio anexar uma proposta técnico-comercial e uma série de documentos, que dife-
rem para cada caso.
 
Especificações técnicas do painel Reno 550W Finame
◗ Módulo Mono Half Cell
◗ Clássico Reno-S 550
◗ 25 anos de desempenho de potência linear
◗ Garantia de 12 anos contra defeitos de fabricação

 Recursos:
◗ Tolerância positiva de saída +5WTemperatura de funcionamento mais baixa
◗ Durabilidade contra condições extremas de ambiente
◗ Carga mecânica melhorada
◗ Redução de perdas internas por mismatch
◗ Redução de perdas por sombreamento
◗ Resistência contra PID

POTÊNCIA 9
HOLOFOTE

Hitachi Vegetation Manager


é lançado no Brasil
O grupo Hitachi LTD lançou no Brasil o Hitachi Vegetation Manager (HVM), uma solução de planejamento de re-
cursos de circuito fechado que utiliza inteligência artificial e análises avançadas para melhorar a precisão e a eficácia
das atividades de trabalho de vegetação e dos esforços de planejamento de uma organização. Esta solução fornece
recursos de alta tecnologia, incluindo imagens dos satélites líderes do setor da Maxar, para monitorar linhas de
transmissão e distribuição, especialmente em áreas rurais, e melhorar o manejo de vegetação, o planejamento de
esforços, a confiabilidade da rede e a resiliência de longo prazo. O Hitachi Vegetation Manager é uma parte impor-
tante do Lumada Inspection Insights, o portfólio completo da Hitachi de soluções digitais da empresa para inspe-
ção, monitoramento e otimização de ativos críticos.
De acordo com dados do Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS), as linhas de transmissão distribuídas por
todo o país têm aproximadamente 175 mil quilômetros de extensão, um número que deve chegar próximo de 200 mil
km até 2026.
As empresas de transmissão de energia que possuem essas redes precisam realizar manutenção periódica em
suas linhas.
“A vegetação e os incêndios são uma das principais causas de indisponibilidade de linhas de transmissão no Bra-
sil. Nos últimos cinco anos, quase 25% das interrupções foram causadas por esses dois fatores. O Vegetation Manager
da Hitachi agrega dados de várias fontes (satélite, drone, equipes de campo etc.) e gera planos de corte para otimizar
a manutenção das áreas com vegetação. Com uma visão mais abrangente, as transmissoras conseguem evitar inter-
rupções inesperadas e antecipam riscos sinalizados em locais precisos pela solução”, explica Rodrigo Mateini, gerente
de Soluções Digitais da Hitachi Energy.
O manejo de vegetação geralmente é a maior despesa operacional e de manutenção para a maioria das empresas
de serviços públicos devido a inúmeros obstáculos, que vão desde o planejamento até a gestão do trabalho de cam-
po. Os métodos de planejamento utilizados atualmente consomem muito tempo e muitas vezes não conseguem cap-
turar as complexidades e nuances das condições de vegetação e terreno. A imprevisibilidade do crescimento, força e
viabilidade da vegetação causada pelas mudanças climáticas adiciona ainda mais complexidade e custo ao processo.
Para enfrentar esses desafios, o Hitachi Vegetation Manager utiliza imagens de diversas outras fontes visuais, como
fotografias, vídeos, drones e das equipes de campo. A incorporação da tecnologia de satélite permite que as empresas
de serviços públicos cubram e monitorem todo o seu território, confirmem automaticamente a distância das linhas e
estejam de acordo com as regulamentações. A tecno-
Foto: Divulgação

logia de satélite também fornece às organizações co-


nhecimentos mais abrangentes em escala, reduzindo
a quantidade de viagens de caminhão e helicóptero
aos locais das linhas, o que diminui significativamen-
te os custos e as emissões de carbono.
O HVM captura imagens de uma largura predeter-
minada ao redor das linhas de transmissão. As ima-
gens coletadas por satélite podem ser programadas
de acordo com as necessidades da empresa cliente.
Entre as informações coletadas estão dados so-
bre incêndios, status e previsões de crescimento

POTÊNCIA 10
HOLOFOTE

da vegetação, condições climáticas e até mesmo possíveis invasões de torres. Atualmente, as imagens de alta resolu-
ção têm uma resolução de cerca de 30 cm, mas com o uso de técnicas de “pan-sharpening”, as imagens de satélite
podem ser refinadas para uma resolução de 15 cm.
Ao combinar a análise de satélite com as informações climáticas, do ecossistema e do negócio do cliente, o Hita-
chi Vegetation Manager permite uma visibilidade instantânea em toda a rede e oferece melhores insights para que as
organizações possam otimizar a tomada de decisões.
Até agora, nenhuma solução única abrangia todos os elementos do processo de manejo de vegetação. O Hitachi
Vegetation Manager é um conjunto de ferramentas de planejamento conectado que oferece:
◗ Um aplicativo web para gerenciar inventários de vegetação e esforços de planejamento;
◗ Dois aplicativos móveis nativos para iOS para patrulha terrestre ou aérea e planejamento de campo;
◗ Integração direta com os satélites de última geração da Maxar;
◗ Uma visualização abrangente compatível com drones, LiDAR e outras aplicações multimídia.
Essa ferramenta captura imagens de satélite e informações de campo para analisar dados usando inteligência artificial.
O Hitachi Vegetation Manager consiste em três subsistemas integrados:
◗ Cut Planner: um aplicativo de back-office projetado para visualizar riscos de vegetação, controlar custos de pro-
gramas e criar planos de corte otimizados.
◗ Field Planner: um aplicativo móvel projetado para arboristas, supervisores de campo e equipes responsáveis
pelo manejo de vegetação nas empresas de serviços públicos - para atribuir trabalho, capturar dados do local,
acompanhar o progresso da equipe e realizar atividades de aprovação do trabalho e conclusão.
◗ Field Patrol: um aplicativo móvel projetado para o pessoal que realiza patrulhas, seja no ar ou no solo, para re-
alizar avaliações rápidas e melhorar os planos de corte.
Para obter mais informações, consulte: Link

Dimensional inaugura laboratório


Referência nacional na distribuição B2B de materiais elétricos e produtos relacionados,
Foto: Divulgação

a Dimensional - empresa do Grupo Sonepar, líder global e nacional no setor - inaugurou no


dia 27 de junho, em Porto Alegre (RS), um dos maiores laboratórios de Service Industrial
do país. O investimento milionário conta com um novo espaço para assistência 24 horas,
serviços preventivos de campo e recursos altamente tecnológicos, como o D+Brain, a mais
completa solução de preditiva digital da indústria nacional.
A nova estrutura na capital gaúcha representa mais um passo estratégico do plano de expan-
são da Dimensional, que, neste ano, anunciou a fusão com a Maxel Materiais Elétricos, passando
a ser uma companhia com faturamento superior a R$ 1,2 bilhão líquido em vendas. Essa foi a
terceira fusão que a empresa concretizou com alguma gigante do setor nos últimos quatro anos.
“Nós temos o objetivo claro de aumentar fortemente a nossa capilaridade, o nosso
market share e, consequentemente, a nossa receita. E, para que isso ocorra, precisamos
estar preparados para oferecer os melhores produtos e os melhores serviços aos clien-
tes que atuam em estados estratégicos para o nosso negócio”, afirma Daniel Toledo,
presidente da Dimensional.

POTÊNCIA 11
HOLOFOTE

Service está no DNA da Dimensional há mais de 50 anos


Muito forte na distribuição de materiais elétricos, a Dimensional é reconhecida nacionalmente também por conta
da qualidade dos serviços que oferece à indústria há mais de 50 anos.  Segundo Anderson Boschetti, Head de Service
da Dimensional, a empresa é procurada por clientes de todo o país, que não conseguem resolver problemas comple-
xos com outros prestadores de serviços. “Só quem atua na produção industrial sabe os prejuízos que uma máquina
parada pode gerar. A nossa equipe está preparada não apenas para evitar isso, mas também para propor soluções
inovadoras, sob demanda”.
Como diferencial da distribuidora, o segmento de Service conta com laboratórios especializados disponíveis para
atender aos clientes que necessitam de assistência técnica, manutenção corretiva ou preventiva e suporte em projetos
de automação. “O laboratório gaúcho possui a parceria de empresas fundamentais para o setor industrial, e temos
profissionais extremamente capacitados, como engenheiros e técnicos, para oferecer qualquer tipo de serviço que en-
volva os drives utilizados por segmentos fundamentais para o Rio Grande do Sul, como papel e celulose, mineração,
siderurgia, automotivo, alimentício e agronegócio”, pontua.

Mais qualidade e agilidade no Sul do país


Com espaços similares em Curitiba (PR) e em Limeira (SP), onde
está localizada sua matriz, a Dimensional inaugura o laboratório com
o objetivo de garantir maior agilidade na manutenção e no reparo
de qualquer máquina motorizada ou automatizada da indústria, os
chamados produtos de automação e drives (acionamentos). Todo
o atendimento é oferecido de maneira completa, desde a coleta, o
recebimento e a descontaminação até o laudo, os reparos, ajustes
e testes - ou seja, os equipamentos são devolvidos aos clientes em
condição de uso imediato, com qualidade assegurada e garantia. 
Foto: Divulgação

“Em um país com dimensões continentais, o transporte de má-


quinas acaba sendo um empecilho para quem vem de longe. O
novo laboratório surge a partir de uma série de estudos, internos e
externos, que concluíram que o Sul do país é um grande consumidor de produtos de alta tecnologia e de automação.
A região hoje é atendida de forma remota e, para evitar máquinas paradas, é fundamental um atendimento mais rá-
pido, o que demanda um laboratório de Service local”, acrescenta Boschetti.

Máquina parada só se for de forma programada


Um dos grandes diferenciais da área de Service da Dimensional é o D+Brain, uma ferramenta de preditiva digital.
Com a tecnologia, os clientes conseguem ter controle de cada máquina “na palma da mão”, de maneira on-line, o que
os torna capazes de prevenir e programar possíveis paradas e, assim, reduzir o tempo de manutenção. 
É uma solução digital própria, com inteligência artificial e machine learning, que faz o monitoramento de todos
os equipamentos, seja o produto novo, reparado ou instalado pelo Service. “O D+Brain diz ao cliente se pode aconte-
cer algum problema com seu equipamento, como temperatura, vibração, corrente e tensão, e, com os dados medidos,
evita problemas no futuro. É um sistema inteligente que permite que um equipamento industrial seja parado de modo
programado e jamais de forma emergencial por surpresa”, aponta o head de Service. 
O especialista destaca que, de forma geral, as equipes de manutenção e engenharia da indústria brasileira pos-
suem poucos dados sobre o comportamento das máquinas e, quando os possuem, dependem da intervenção humana

POTÊNCIA 12
HOLOFOTE

para fazer a captação. “Grande parte das empresas possui sistemas de acionamento de vários fabricantes. O D+Brain
está pronto para se conectar com as principais marcas em operação na indústria. Isso é fundamental para facilitar a
vida dos clientes e garantir uma única plataforma de coleta e diagnostico de dados”. 

 Teste com carga, uma exclusividade da Dimensional


Serviço oferecido de forma exclusiva pela Dimensional ao mercado brasileiro, o teste de drives com carga também
estará presente no laboratório de Porto Alegre, conforme destaca Boschetti. “Temos capacidade para realizar testes
de alto nível, com corrente de até mil amperes, o que nos permite apresentar todos os reports sobre os equipamentos
testados. Sem dúvida, é mais um grande diferencial da nossa empresa no mercado”.
Além de realizar a manutenção dos drives, o laboratório de Service é capacitado para oferecer o rejuvenescimento
de equipamentos e soluções sob medida, com o desenvolvimento de peças que não estão mais disponíveis no mercado,
entregando equipamentos totalmente novos, melhorados e com vida útil de longo prazo. “Se o cliente deseja realizar
uma atualização completa da tecnologia dos equipamentos nas suas plantas, nosso time da Service entra com solu-
ções de engenharia completa, oferecendo a diversos setores da indústria produtos e sistemas de automação e aciona-
mentos totalmente integrados, testados e prontos para entrar em operação. Tudo com equipe própria e de parceiros
homologados, a fim de garantir a entrega de uma solução turnkey”, finaliza Anderson Boschetti.

Grupo Prysmian vende


sistema de cabos de alta tensão
Líder mundial na indústria de sistemas de cabos de energia e telecomunicações, o Grupo Prysmian anuncia a
primeira venda de um sistema de cabos elétricos de alta tensão, produzido e homologado no Brasil. 
 A empresa vai fornecer 3 km de cabos para a Usina Hidroelétrica Jupiá, instalada no Rio Paraná na divisa entre
São Paulo e Mato Grosso do Sul. Em operação desde 1969 e atualmente sob concessão da CTG Brasil, a UHE Jupiá
possui capacidade instalada de 1.551,2 MW. Em média, gerou em 2022 energia suficiente para abastecer uma cidade
com cerca de 1,9 milhão de habitantes. 
 Com tensão máxima de 145 kV, seção nominal de 500 mm2, condutores de cobre e isolamento em XLPE, o novo
cabo vai conectar a eclusa à subestação da usina, substituindo um antigo cabo de óleo fluído (OF). 
 O escopo do acordo mescla o fornecimento de produtos e serviços, contemplando projeto executivo, fabricação,
entrega, instalação e comissionamento do sistema. A conclusão está prevista para novembro de 2023. 
 A ampliação e modernização do parque fabril de Poços de Caldas-MG permite que o Grupo agora forneça proje-
tos sofisticados de alta tensão como esse, com mão de obra, pesquisa e desenvolvimento totalmente local. 
 “Isso é um grande diferencial competitivo para a Prysmian no mercado de alta tensão. A fabricação e homolo-
gação local reduzem, de forma significativa, os elevados custos de transporte marítimo internacional e o tempo de
entrega dos projetos. Além disso, a carga tributária fica menor para produtos fabricados localmente”, explica Daniel
Azevedo, responsável pela unidade de negócios de alta tensão do Grupo Prysmian. 
 “Somos a única empresa capaz de fabricar e homologar sistemas de cabos de alta tensão no Brasil, o que nos
coloca em uma posição de destaque não só para conquistar novos projetos, mas também como a alternativa mais rá-
pida e segura para repor e atualizar os circuitos já em operação”, completa Azevedo. 

POTÊNCIA 13
HOLOFOTE

Certificação LEED
A Japan House São Paulo acaba de reconquistar a certificação LEED (Leadership in Energy and Environmental De-
sign), em parceria com a Mitsubishi Electric Brasil. A primeira certificação foi obtida em 2017, graças ao alinhamento
entre projeto arquitetônico e soluções sustentáveis.
“Soluções tecnológicas avançadas não apenas garantem uma experiência agradável para os seus visitantes, mas
também contribuem para a eficiência energética e a redução do impacto ambiental. Além disso, com a instalação de
produtos como ar-condicionado, elevadores, sistema de automação predial, inversores de frequência para controle de
bombas de água e secadores de mãos, proporcionamos um ambiente confortável e funcional, ao mesmo tempo em
que promovemos a sustentabilidade”, diz Pedro Okuhara, especialista de Produto da Mitsubishi Electric Brasil.

Desafios da certificação
“A obtenção da primeira certificação LEED, há três anos, apresentou desafios significativos, mas as soluções da Mit-
subishi Electric desempenharam um papel fundamental nesse processo. Inicialmente, compreender os conceitos e regula-
mentos ambientais foi complexo, e soluções de alta qualidade e eficiência foram essenciais para atender aos requisitos do
Selo LEED. Além disso, a coleta de dados e informações exigiu a revisão de processos internos, em que as nossas soluções
proporcionaram eficiência energética e sustentabilidade, contribuindo para a obtenção da certificação”, lembra Okuhara.
E as vantagens logo começaram a aparecer. “No processo de certificação conseguimos, mediante medições, iden-
tificar o vazamento de água. O processo foi muito benéfico, pois aumentamos, também, o controle e a visualização
dos consumos de luz e água”, lembra Claudio Kurita, diretor de operações da Japan House São Paulo.
Agora, na recertificação, a auditoria ocorreu de forma mais fluida. Kurita destaca que foi “muito mais fácil do que
o da certificação; pois o processo já era conhecido, sabíamos todos os dados necessários. Inclusive, como os pré-re-
quisitos já eram atendidos, foi muito mais simples”.
A certificação reconhece construções que trabalham a gestão de resíduos, o conforto dos usuários, a promoção de
transportes alternativo e otimizam o consumo de energia e água, resultando em menor agressão ao meio ambiente.

Esforço reforça valores milenares


Para o especialista da Mitsubishi Electric, “esse esforço resultou em benefícios para a organização interna da insti-
tuição, fortalecendo sua estrutura e comprovando o seu compromisso com a excelência e responsabilidade ambiental”.
Kurita destaca que “a certificação ‘caminha de mãos dadas’ com o conceito do mottainai (que trata do não-desperdí-
cio), intrinsecamente ligado à sustentabilidade. A Japan House foi criada para transmitir conceitos do Japão de hoje, cujos
valores são na maioria milenares, e mostrar como esses valores são adotados em nossa operação do dia a dia é essencial”.

ABB adquire Eve Systems


A ABB anunciou a aquisição da Eve Systems GmbH, líder em produtos residenciais inteligentes com sede em Mu-
nique e operações na Europa e nos Estados Unidos. A transação tornará a ABB líder em produtos residenciais inteli-
gentes baseados em Matter and Thread, o novo padrão de interoperabilidade e tecnologia de conectividade sem fio.
A oferta combinada acelerará a entrega da ABB de residências e edifícios seguros, inteligentes e energeticamente efi-
cientes por meio da ampla gama complementar da Eve de produtos voltados ao consumidor, adaptados ao mercado
de retrofit. Os termos financeiros da transação não foram divulgados.

POTÊNCIA 14
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HOLOFOTE

A aquisição ocorre no momento em que a demanda por tecnologia de casa inteligente cresce em resposta ao
maior interesse do consumidor em eficiência energética e com as autoridades que procuram incentivar a moderniza-
ção do estoque de edifícios existentes, já que os edifícios respondem por quase 40% das emissões globais de carbono.
Fundada em 1999, a Eve Systems desenvolveu uma reputação de liderança pela experiência do usuário e qualida-
de de seus produtos domésticos inteligentes, que incluem uma ampla gama de dispositivos de automação residencial,
gerenciamento de energia, segurança e monitoramento de eletrodomésticos. Com aproximadamente 50 funcionários, a
Eve é pioneira no novo padrão de conectividade Matter, que permite que os produtos domésticos inteligentes sejam to-
talmente interoperáveis, independentemente do fabricante e do sistema operacional do usuário, por meio da tecnologia
sem fio Thread. Atendendo à crescente demanda dos consumidores por produtos que oferecem suporte à eficiência ener-
gética, mais da metade dos produtos de consumo da Eve ajudam as famílias com aspectos de gerenciamento de energia.
O presidente da Divisão de Edifícios Inteligentes da ABB Eletrificação, Mike Mustapha, disse: “Nosso foco é ser o me-
lhor e mais abrangente fornecedor de tecnologia inteligente e inovação para nossos clientes globais. Matter and Thread,
no qual a Eve é líder, é um desenvolvimento revolucionário para a adoção da tecnologia residencial inteligente. Ele per-
mite que diferentes dispositivos e serviços se integrem de forma perfeita, intuitiva e segura, possibilitando que as pes-
soas gerenciem sua energia e seus arredores de maneira conveniente e segura. É um ponto emocionante de crescimen-
to para a indústria e esta aquisição traz nosso compromisso de edifícios inteligentes diretamente para o consumidor”.
O CEO da Eve, Jerome Gackel, disse: “Com base em nossa herança, ritmo de inovação e marca, agora combinare-
mos nossa paixão, agilidade e experiência com o calibre, reputação e conhecimento internacional da ABB para conti-
nuar fortalecendo a Eve como líder global. A jornada para tornar os edifícios ainda mais inteligentes apenas começou,
e estou tão animado quanto qualquer um para ver seu potencial plenamente realizado.”
O fundador da Eve, Markus Fest, disse: “Nossas equipes na Eve Systems trabalharam muito para conquistar nosso
status de inovador em tecnologia de casa inteligente, resolvendo os principais desafios com uma vantagem pioneira.
Colaboramos estreitamente com a comunidade de tecnologia para desenvolver e aproveitar a tecnologia e os proto-
colos Matter e Thread. Esta aquisição é uma validação de nossas conquistas até agora.”
A aquisição pela ABB é um avanço significativo no mercado de tecnologia de casas inteligentes em rápido cres-
cimento, à medida que aumenta a demanda por modernização do estoque de edifícios para atender às necessidades
de maior conforto, conveniência e maior eficiência energética. A aquisição entra em vigor imediatamente com a Eve
Systems tornando-se uma marca operada de forma independente no portfólio de Soluções de Automação Predial e
Residencial dentro da Divisão de Edifícios Inteligentes da ABB Eletrificação.

Foto: Divulgação

POTÊNCIA 16
HOLOFOTE

Como solucionar problemas


de iluminação LED
Como analisar problemas comuns com iluminação
LED e os caminhos para solucioná-los é do que se trata
a mais nova publicação da ABILUX – Associação Brasi-
leira da Indústria de Iluminação, que já está disponível,
para consulta, no site da entidade.
São 21 “dicas”, especialmente selecionadas pela
área técnica da entidade, para dar respostas aos con-
sumidores e profissionais que podem se deparar, oca-

Foto: Divulgação
sionalmente, com alguns dos problemas elencados nes-
te guia como: tremeluzir (piscar) da fonte de luz LED;
zumbido do LED; luz da fonte de LED muito brilhante; a fonte de luz LED é muito fraca; a fonte de luz LED parou de
funcionar; a fonte de luz LED pisca e depois apaga; o dimming da fonte de luz LED não funciona; a fita de LED branca
ou RGB mostram uma cor incorreta; a fonte de luz LED, dentro de uma luminária embutida no forro, se apaga depois
de algum tempo; a fonte de luz LED, dentro de uma luminária embutida, apaga a esmo; as fontes de luz LED atraem
insetos; as fontes de luz LED estão sobreaquecendo; fontes de luz LED queimam; facho da fonte de luz LED errada; a
poluição da luz azul dos LEDs; o uso de uma fonte de luz LED onde antes havia uma lâmpada incandescente, eletrô-
nica ou halógena; utilizando uma fonte de luz LED com maior potência ou corrente; a fonte de luz LED não reproduz
bem as cores (IRC); driver do LED incorreto; as fontes de luz LED causam rádio interferência e as fontes de luz LED não
funcionam ou queimam prematuramente.
Acesse a publicação: ABILUX_Manual_Dicas_Iluminacao_LED.pdf

Accelera by Cummins
A Cummins, por meio da nova marca de tecnologia de energia limpa, Accelera by Cummins, marcou presença du-
rante o 3º Congresso Anual de Hidrogênio para a América Latina e o Caribe (H2LAC 2023), promovido entre os dias
13 e 15 de junho, no Rio de Janeiro (RJ). 
 Durante a principal conferência de hidrogênio da região, Fabio Magrin, diretor da Unidade de Negócios Accelera
by Cummins para América Latina, participou do Painel “Descarbonização em Escala Industrial”, compartilhando seu
conhecimento de mercado e renovando o compromisso com essa nova economia de energia verde.
 O debate mediado por Christiaan Gischeler, especialista líder em energia do Banco Interamericano de Desenvolvi-
mento (IDB), contou com a presença dos executivos Gotzon Gomez, líder da H2 Green Steel para Espanha e Portugal,
Daniel Hubner, VP de Soluções Industriais da Yara International e Cristina Marton, VP da HDF Energy.
 A discussão abordou temas importantes sobre a indústria do hidrogênio verde, suas aplicações e viabilidade de
implementação.
 O hidrogênio verde oferece a oportunidade de descarbonizar setores difíceis de reduzir, como aço, cimento e petro-
químicos. Essas indústrias não só consomem muita eletricidade, como também geram altos níveis de emissão de CO2
no próprio processo industrial. A fabricação de aço responde por cerca de 11% das emissões globais de CO2, seguida
pelas indústrias de cimento (8%) e química (7%). Mesmo que essas indústrias se voltassem para a energia renová-
vel para todas as suas necessidades de eletricidade, elas ainda teriam que substituir os combustíveis fósseis em suas

POTÊNCIA 17
HOLOFOTE

operações para alcançar reduções significativas


nas emissões, alavancando o protagonismo do
hidrogênio verde diante destes desafios.

Foto: Divulgação
O lançamento da Accelera by Cummins re-
força esse compromisso e posicionamento da
marca, por meio da sua estratégia Destino ao Zero, que tem a missão de acelerar a descarbonização. Reduzindo os
impactos de gases de efeito estufa (GEE) e melhorando a qualidade do ar de seus produtos para atingir zero emis-
sões até 2050.
A Accelera by Cummins é agora líder global em tecnologias de emissão zero, fornecendo uma gama de soluções,
incluindo células de combustível de hidrogênio, baterias, eixos elétricos, sistemas de tração e eletrolisadores, para
alimentar de forma sustentável uma variedade de indústrias, desde o transporte comercial até a produção química.
Fornecedora e integradora de componentes, a Accelera está descarbonizando aplicações como ônibus, caminhões,
trens, equipamentos de construção, energia estacionária e processos industriais intensivos em carbono.

COBRECOM capacita estudantes


A COBRECOM, que fabrica fios e cabos elétricos de baixa tensão com qualidade, confiança e segurança, divulga
balanço de seus treinamentos técnicos realizados em instituições de ensino na área de elétrica nos meses de abril,
maio e junho de 2023.
De acordo com dados da empresa, 884 estudantes participaram de 13 eventos no período e que foram realiza-
dos no Senai de Camaçari/BA; Senai Dendezeiros, em Salvador/BA; Senai Cimatec em Salvador/BA; Senai Lauro de
Freitas/BA; Senai Taquatinga/DF; Fatec Tatuapé em São Paulo/SP; Senai Roberto Simonsen em São Paulo/SP; Facens
de Sorocaba/SP; Escola da Construção em Taboão da Serra/SP; Instituto da Construção em Guarulhos/SP; e ETEC de
Ribeirão Preto/SP. Os treinamentos técnicos foram realizados pelos instrutores técnicos da COBRECOM, Paulo San-
drini Pozetti e Daniel Felipe, e abordaram temas como “Processo Produtivo e de Qualidade dos Fios e Cabos Elétri-
cos” e “Fios e Cabos Elétricos: o que é preciso para instalar corretamente”. “Esses dados são bastante positivos e
atestam que a COBRECOM é uma empresa preocupada em transmitir informações relevantes para que todos en-
tendam a importância de não se preocupar apenas com os preços dos produtos elétricos, mas sim com a qualidade
dos mesmos”, ressalta Paulo Sandrini Pozetti. Segundo Daniel Felipe,
o resultado desses treinamentos técnicos também revela que a com-
panhia está se destacando não só pela qualidade, confiança e segu-
rança de seus fios e cabos elétricos, como também pela excelência em
propagar conteúdo técnico relevante.
Como solicitar os treinamentos técnicos da
COBRECOM
De acordo com a empresa, qualquer um de seus clientes ou institui-
ções de ensino (Universidades e Escolas Técnicas) que oferecem cursos
na área de elétrica, pode solicitar os treinamentos técnicos da compa-
nhia, que são oferecidos nas versões presenciais ou on-line. Os treina-
mentos devem ser solicitados e agendados diretamente com a equipe
de instrutores técnicos, cujos contatos são: Paulo Sandrini Pozetti: (11)
Foto: Divulgação

9.4072-2646; paulo.sandrini@cobrecom.com.br e Daniel Felipe: (11)


9.7637-3389; daniel.felipe@cobrecom.com.br.

POTÊNCIA 18
HOLOFOTE

Termomecanica intensifica iniciativas


sustentáveis
Com o objetivo de promover cada vez mais ações que contribuam
para o desenvolvimento sustentável, a Termomecanica, empresa líder
na transformação de Cobre e suas ligas, tem ampliado seus investimen-
tos em iniciativas alinhadas às demandas de ESG (Environmental, Social,
and Corporate Governance), sobretudo com relação à redução da geração
de resíduos, reaproveitamento de água, aperfeiçoamento da eficiência
energética e contenção das emissões atmosféricas.

Progresso nos resultados sustentáveis


De acordo com o diretor de Operações da Termomecanica, Pedro Tori-

Foto: Divulgação
na, um dos principais pilares para alcançar tais grandezas é a conscientização e a criação de uma cultura sustentável.
“Entre os projetos bem-sucedidos, vale destacar a Semana do Meio Ambiente, cuja programação contemplou comuni-
cados diários com diversas dicas relacionadas ao tema de sustentabilidade”, explica.
Segundo o executivo, o compromisso da Termomecanica é contínuo e as iniciativas são cada vez mais exploradas
dentro da empresa. “Anualmente, temos projetos com todas as áreas da empresa, visando a redução de consumo nos
processos. Estes projetos tornam-se metas para cada gestor implementar durante o ano, as quais são monitoradas e
avaliadas após implementação”, observa Torina.

Compromisso com a eficiência energética


Entre as pautas prioritárias para a empresa também está o melhor aproveitamento com relação à eficiência ener-
gética. Atualmente, a Termomecanica é certificada pela ISO 50.001, o que reforça o seu compromisso em reduzir o
consumo de energia nos processos fabris.
Segundo a área responsável, faz parte deste planejamento de redução energética o monitoramento mensal dos
indicadores de consumo de MWh de todos os setores, onde são avaliados os desvios de cada um e discutidas, trimes-
tralmente, as justificativas dos indicadores obtidos.
Além disso, para atingir os objetivos relacionados à redução de impactos ambientais, a empresa conta com um
sólido Sistema de Gestão Ambiental para a criação de novas soluções sustentáveis. “Para que tenhamos resultados
expressivos, precisamos trabalhar em conjunto e engajados em desenvolver as melhores alternativas ecológicas para
cada uma das áreas. Por isso, estar atento ao consumo energético proporciona maiores produtividade, agilidade e
otimização de processos em todo o ecossistema da Termomecanica”, aponta Torina.

Descarte correto de resíduos 


Para além da responsabilidade energética, o descarte correto de resíduos também tem sido priorizado na Termo-
mecanica. Atualmente, em todas as fábricas são realizadas coletas periódicas de recicláveis como papel, plástico, me-
tal, pilhas, baterias e lâmpadas, destinados às organizações especializadas no reaproveitamento desses materiais.
Para Torina, o investimento contínuo em soluções que estejam alinhadas às atuais demandas ambientais é impe-
rativo e, por isso, a conscientização é crucial. “É preciso que os líderes e gestores implementem projetos que contri-
buam para a expansão dos negócios, mas, que, sobretudo, estejam em aderência com a preservação ambiental. Desta
forma, teremos uma indústria cada vez mais sustentável, inteligente, competitiva e produtiva”, finaliza.

POTÊNCIA 19
HOLOFOTE

DPS da Tramontina são


homologados pela Celesc
A fábrica de materiais elétricos da Tramontina segue ampliando o Certificado de Ho-
mologação de seus produtos nas concessionárias de energia elétrica do país. Em maio,
todos os modelos de Dispositivos de Proteção contra Surtos (DPS) foram homologados
pela Celesc Distribuição para serem utilizados no padrão de entrada dos imóveis de 285
municípios atendidos pela companhia, em Santa Catarina e Paraná.
 Os produtos Tramontina cumprem os requisitos técnicos exigidos pela Celesc e a ho-
mologação desempenha um papel importante ao orientar os consumidores da concessio-
nária sobre os produtos aprovados para a construção dos padrões de entrada de energia.

Foto: Divulgação
 Os DPS são componentes importantes para a segurança das instalações elétricas em
residências, comércios e indústrias. Eles têm a função de proteger as instalações contra
surtos de tensão causados principalmente por descargas atmosféricas, como os raios, evi-
tando danos aos equipamentos e às instalações.
 A linha de DPS da Tramontina, que foi homologada pela Celesc, apresenta diversos modelos, todos com índice de
proteção IP20 e classe 1 e/ou 2. São fabricados segundo as normas estabelecidas pela ABNT (Associação Brasileira de
Normas Técnicas) e estão disponíveis nos modelos entre 15kA e 90kA, na configuração de 1 polo.

Sistemas fotovoltaicos
rurais têm crescimento
O agronegócio tem buscado cada vez mais alternativas para economia e rentabilidade na produção agrícola, além
de investir em fontes renováveis de energia. Dados da Aneel (Agência Nacional de Energia Elétrica) mostraram uma
alta de 63% na instalação de sistemas fotovoltaicos em propriedades rurais. Em 2021, 42,9 mil sistemas de energia
solar foram instalados, frente a 70,2 mil em 2022.  
Dados da Associação Brasileira de Energia Solar Fotovoltaica (Absolar) apontam que de um total de 27,8 mil MW
de potência instalada em energia solar no Brasil, 1,3 mil MW estão instalados em propriedades rurais, o que repre-
senta 14,4%. Outro dado da Absolar mostra que em 2021, o número de instalações em propriedades rurais aumen-
tou 83,7% em relação a 2020. 
Pequenos, médios e grandes agricultores têm buscado a energia solar, pois além de ser uma fonte renovável de
energia, ela pode trazer economia de até 95% na conta de energia elétrica, em quatro anos, o que irá proporcionar
mais rentabilidade com aumento da margem de lucro e da produção agrícola. 
O pequeno agricultor Juliano Luiz dos Santos, da cidade de São José do Belmonte, no sertão de Pernambuco, au-
mentou a produção de maracujá em seu empreendimento rural depois que instalou um sistema fotovoltaico. Para ali-
mentar o sistema de irrigação de sua plantação de maracujá, Juliano chegava a pagar cerca de R$ 500 a R$ 800 de
conta de energia e depois que instalou o sistema fotovoltaico, sua primeira conta veio com o valor de R$ 10. 
“Consegui aumentar a minha produção muito em parte por conta da energia solar, porque não teria condições
de pagar a conta de energia para irrigar essa produção. Antes tinha uma ideia de que sol demais talvez prejudicasse
a gente, mas agora, ele só nos ajuda, pois consegui aumentar a produção de 1,9 mil pés de maracujá para mais de 3
mil este ano”, disse Juliano. 

POTÊNCIA 20
HOLOFOTE

O sistema fotovoltaico foi instalado na propriedade do pequeno agricultor pela rede de franquias em energia solar
Solarprime e tem 3,3 kWp de potência instalada com seis placas solares de 550W e investimentos de R$ 15.000,00.
A proprietária da franquia da Solarprime de São José do Belmonte, Letícia Alencar, ressaltou os benefícios que o siste-
ma fotovoltaico trouxe para Juliano. “Acompanhei todo o processo de instalação e os resultados foram rápidos e bem
promissores. Na primeira conta, ele não imaginava que pagaria apenas R$ 10. Dessa forma, ele pode economizar, au-
mentar sua produção e investir mais no conforto da sua família. Isso tudo é resultado”, ressaltou a franqueada que
foi responsável pela venda do sistema para Juliano. 

Economia de R$ 46 mil na conta de energia 


Grandes agricultores também têm buscado a energia solar como alternativa para economia de energia e aumen-
to da produção agrícola. O produtor de café Rodrigo Colombi Frota, da cidade de Vila Valério (foto), no Espírito Santo,
apostou na energia solar e instalou em sua propriedade de 440 hectares, quatro usinas solares com um total de 872
painéis solares de 460 watts, somando 401,1 kWp de potência instalada. 
Três das usinas solares têm uma estimativa de geração de aproximadamente 13,5 mil Kw/mês, construídas em uma
área de aproximadamente 800m² e a quarta irá gerar aproximadamente 7,8 mil Kw/mês, construída em uma área de
500m².  As usinas foram instaladas em diferentes pontos da fazenda e geram toda energia necessária para o funcio-
namento das bombas de irrigação da lavoura e secadores
de café em períodos de colheita. 
Juliano Ferreira Fernandes de Souza, proprietário da
franquia da Solarprime responsável pela implementação
dos sistemas fotovoltaicos, explica que com a instalação
das usinas, o objetivo do produtor de café é ampliar a
produtividade por área, aumentando as horas de irriga-
ção diárias. “A ideia dele é aumentar a produção de café,
gastando menos energia. E a única solução para isso, foi
instalar usinas de energia solar. Com elas, há uma esti-
mativa de geração de algo em torno de 49 mil kw/mês e
uma economia de aproximadamente R$ 45 mil na conta
de energia”, ressalta Juliano. 

Foto: Divulgação
A expectativa do proprietário rural Rodrigo Colombi Frota é ter um ganho na produção de café de algo em torno
de 10% a 15% com estimativa de no ano que vem colher algo em torno de 2 a 3 mil sacas de café a mais, o que po-
derá gerar um caixa excedente de até R$ 1,5 milhão a mais, e ainda gastando menos energia. “O investimento em
energia solar é muito vantajoso, pois o payback é extremamente rápido e após isso, calculo que teremos uma econo-
mia de até 95% na conta de energia”, ressalta Rodrigo. 
Raphael Brito, sócio fundador da rede de franquias Solarprime, sediada em Campinas com unidades espalhadas
por todo o Brasil e que foi a empresa responsável pela coordenação da unidade franqueada que fez a instalação das
usinas na propriedade do agricultor de Vila Valério, ressalta o aumento da procura por energia solar como maneira
de aumento da produtividade e economia na produção agrícola. Segundo ele, a Solarprime desde 2022, já instalou
mais de 177 sistemas fotovoltaicos, somando um total de mais de 2,3 mil kWp de capacidade instalada. “Pequenos,
médios e grandes agricultores estão optando por energia solar com garantia de economia e aumento da produção.
Quem ganha com isso é a sociedade e o planeta, pois cada vez mais geramos energia limpa, o que é benéfico para o
meio ambiente, e além disso, traz benefícios para o produtor que poderá ter mais produtividade e o consumidor final
que terá alimentos com preços mais baixos e acessíveis”, comenta Brito. 

POTÊNCIA 21
HOLOFOTE

Cobreflex investe em
expansão externa e interna
A Cobreflex, empresa de capital 100% nacional que fabrica fios e cabos elétricos de baixa tensão em cobre, vive
um ritmo acelerado de expansão com a construção de uma planta no Paraguai e a ampliação da fábrica em Pernam-
buco, no município de Escada. Combinados, os dois projetos permitirão à empresa aumentar em 18% a sua capaci-
dade de produção.
Com sede em Jandira, a Cobreflex é uma empresa jovem, criada há 10 anos, que já detém 7,5% do bilionário mer-
cado de fios e cabos elétricos de baixa tensão, mas a meta é chegar a 30% de participação de mercado em cinco anos.
E, para isso, a estratégia é focar nas exportações e na expansão dos centros de distribuição regionais. Atualmente, são
sete centros de distribuição, localizados em São Paulo, Espírito Santo e Santa Catarina.
“Além de abrir as portas para o mercado externo, a fábrica do Paraguai nos permitirá o desenvolvimento de uma
nova linha de produtos voltada para média tensão com um novo condutor, o alumínio”, explica o diretor-geral da
Cobreflex, Oswaldo Soares Junior. A unidade no Paraguai atenderá à demanda de distribuidoras de energia de toda
a América do Sul.
Já a expansão da planta pernambucana visa atender às regiões Norte e Nordeste do Brasil, que apresentam
grande potencial de desenvolvimento econômico. Além disso, com a ampliação da fábrica de Escada, localizada a
60 km de Recife, a Cobreflex resolverá um entrave logístico - atualmente, são necessários quatro dias para entregar
os pedidos dos clientes da região. “Com a produção em Escada, ganharemos prazo e ficaremos ainda mais compe-
titivos”, afirma Soares Junior. Para garantir um atendimento personalizado e rápido, a empresa tem uma parceria
exclusiva com uma transportadora especializada no manuseio dos produtos.
Uma estratégia que tem sido decisiva para o seu crescimento é ter uma rede própria de distribuição de materiais
elétricos para o varejo. “Essa estratégia nos permite um atendimento integrado ao cliente final”, explica.  “A maioria
dos cabos elétricos precisa de infraestrutura, iluminação, conectores entre outros. Com isso o cliente consegue resol-
ver tudo em um único ponto de contato.”
O arrojo da Cobreflex no desbravamento de novos mercados é apenas um dos diferenciais da empresa em seu ni-
cho de atuação. O mercado de cabos e fios de baixa tensão em cobre é disputado por muitas empresas “de fundo de
quintal”, que se valem de processos de fabricação arcaicos que não atendem às exigências de qualidade referentes à
resistência elétrica e ao revestimento.
Buscando justamente a diferenciação, a Cobreflex adota um sistema de gestão da qualidade alinhado às espe-
cificações e normas de segurança e qualidade deste segmento – o que inclui as certificações ISO 9001, INMETRO
e BRTÜV. Neste ano, a empresa está aprimorando ainda mais os seus controles, com a contração da auditoria in-
dependente da TÜV Nord. “Com mais essa iniciativa, vamos oferecer aos clientes mais uma garantia da qualidade
de nossos produtos”, disse Soares Junior.
Para assegurar a conformidade de fios e cabos, a Cobreflex investe em equipamentos de ponta, de alta quali-
dade. “Todos os produtos são submetidos a testes internos em nosso laboratório, aparelhado com instrumentos
adequados para essa finalidade”, diz o executivo. Entre os recursos disponíveis no laboratório está uma Ponte de
Kelvin Yokogawa, que cobre adequadamente todos os produtos da empresa. Nos últimos anos foram investidos
mais de meio milhão de reais em equipamentos de garantia da qualidade, incluindo o upgrade na linha Spark Test
para equipamentos Nazkom.

POTÊNCIA 22
HOLOFOTE

Curso itinerante
sobre energia solar
A carreta-escola “Road Show ABGD HUAWEI Solar”,
iniciativa da Associação Brasileira de Geração Distribu-

Foto: Divulgação
ída (ABGD) em parceria com a HUAWEI, multinacional líder em infraestrutura para Tecnologia da Informação e da Co-
municação (TIC) e dispositivos inteligentes, e com apoio de outras empresas do mercado de energia solar, capacitou
gratuitamente mais de 5,5 mil pessoas durante as duas edições do curso itinerante.
O projeto acaba de completar dois anos. A primeira temporada do curso foi realizada de maio de 2021 a abril de
2022. Já a segunda edição aconteceu de junho de 2022 a junho de 2023. Ao longo dos meses, o veículo percorreu 54
mil quilômetros, por 83 cidades e 20 Estados, além do Distrito Federal. Ao todo, foram mais de 20 mil horas de aulas,
divididas em dois cursos diferentes: fundamentos dos sistemas fotovoltaicos (energia solar) e técnicas para instalação
de painéis solares à população local. 
De acordo com Guilherme Chrispim, presidente da ABGD, “o principal objetivo do Road Show é ensinar à popu-
lação de todo o Brasil os benefícios que a energia renovável oferece, além de capacitar ainda mais as pessoas que já
atuam nesse segmento. Ficamos muito satisfeitos com os resultados das duas edições desse projeto, que é uma porta
de entrada para quem quer saber mais sobre energia solar ou até mesmo trabalhar nesse setor”, comenta. 
Para a Huawei, participar de um projeto que viabiliza a educação é de extrema importância. “O Road Show apre-
senta uma solução única com base em Inteligência Artificial que garante o fornecimento de energia limpa dia e noite,
de forma muito intuitiva, eficiente e econômica para ambientes residenciais, comerciais e industriais. Isso não é ten-
dência, e hoje já é apresentado para todo o Brasil”, afirma Romulo Horta, diretor de Canais da Huawei para o Brasil. 
O curso é realizado em uma carreta-escola totalmente adaptada, equipada com um sistema completo de microge-
ração de energia solar, que pode funcionar on-grid e off-grid. O veículo possui estrutura de sala de aula, espaço para
workshops e uma casa funcional alimentada por energia solar. A ação disponibiliza conteúdo programático que inclui
noções básicas de regulamentação de geração distribuída de energia elétrica, dimensionamento preliminar de proje-
tos solares fotovoltaicos, segurança e qualidade das instalações e vendas. 
Além dos aspectos técnicos, o curso aborda também as diversas etapas do processo de comercialização de siste-
mas fotovoltaicos e promove o empreendedorismo, além de ensinar a instalação de painéis solares. Cada curso pos-
sui carga horária de 4 horas.
O “Road Show ABGD HUAWEI Solar” é um projeto da ABGD em parceria com a HUAWEI e conta com patrocínio da Risen,
Inox-Par Linha Solar, SSM Solar do Brasil, Orion-E, Embrastec e CorSolar, além de apoio do Governo do Estado de São Paulo, da
Secretaria de Infraestrutura e Meio Ambiente do Estado de São Paulo (SIMA/SP), do Senai São Paulo, Firjan e da ABGD News.

Redes subterrâneas
Com o objetivo de coibir o furto de cabos de energia elétrica de sua rede subterrânea, que alimenta, principalmen-
te, a região central da capital, a Enel Distribuição São Paulo desenvolveu um novo modelo de tampa para as câmaras
subterrâneas. No lugar das tradicionais tampas de ferro, a empresa está instalando tampas de concreto, mais pesadas
e que precisam do auxílio de pequenos guindastes para serem instaladas.
Desde o final do ano passado, quando a iniciativa começou, cerca de 200 tampas já foram trocadas na região Cen-
tral de São Paulo. A meta é substituir ao todo 900 tampas no centro da capital.

POTÊNCIA 23
HOLOFOTE

Apenas entre janeiro e abril de 2023, a empresa contabilizou 3.886 ocorrências de furtos de fios subterrâneos, nú-
mero que é 53% maior do que a quantidade de registros do crime feitos no mesmo período de 2022.
“Adotamos este novo material para blindar a entrada de terceiros nas câmaras subterrâneas e coibir o furto de
cabos. Além de ser um crime previsto no código penal, esta prática coloca em risco à vida de quem tenta acessar es-
ses espaços subterrâneos e manipular a rede elétrica. É importante reforçar sempre que apenas as equipes técnicas a
serviço da distribuidora estão autorizadas e capacitadas a operar nestes ambientes, em função dos riscos envolvidos
na atividade”, explica Marcus Floresta, responsável pela Operação de Alta Tensão e Subterrâneo da Enel São Paulo.
Para a instalação das novas tampas de concreto e para acessar as redes protegidas pelas novas tampas, que são
muito mais pesadas, a distribuidora precisa utilizar um caminhão específico para movimentar o material, o que difi-
culta qualquer tentativa de acesso por pessoas não autorizadas.

Furto de cabos subterrâneos


Apenas entre janeiro e abril de 2023, a empresa con-
tabilizou 3.886 ocorrências de furtos de fios subterrâne-
os, número que é 53% maior do que a quantidade de
registros do crime feitos no mesmo período de 2022. Em
2022 (de janeiro a dezembro), o número total de ocor-
rências deste tipo foi de 14.168, um aumento de 121%
em relação a 2021.
Para coibir os crimes de furtos de fios e cabos sub-
terrâneos na Grande São Paulo, além da troca atual das
tampas, a Enel tem investido numa série de tecnologias
para supervisionar equipamentos, como implantação de
alarmes, sensores e monitoramento de forma remota para
que seja possível flagrar a atuação dos criminosos. Nas
áreas mais críticas da cidade, a distribuidora também tem
reforçado ações de Segurança Patrimonial.
O cobre roubado geralmente é vendido, em sua maio-
ria, a ferros velhos. Para combater também essa outra
fase do crime, a Enel SP tem mantido uma parceria com
o Poder Público e a Polícia Militar na identificação des-
Foto: Divulgação

ses estabelecimentos e tomado as devidas providências.


A concessionária reforça que o furto de cabos é crime
com pena de reclusão. Essa prática oferece risco à vida da própria pessoa, prejudica as instalações e equipamentos de
distribuição de energia e impacta diretamente o fornecimento de energia para todos os clientes, incluindo hospitais,
escolas, grandes empresas e comércio.
Serviço
Caso o consumidor presencie uma ação de furto de cabos, pode denunciar, de forma anônima, por meio dos ca-
nais de atendimento da distribuidora: aplicativo Enel SP, disponível gratuitamente para iOS (link) e Android (link), do
WhatsApp Elena (2199601-9608) e do Call Center (0800 72 72 120 – atendimento comercial – e 0800 72 72 196 –
atendimento emergencial).

POTÊNCIA 24
HOLOFOTE

Livoltek anuncia fábrica no Brasil


A Livoltek, fabricante de inversores fotovoltaicos on-grid, off-grid e híbridos, com comunicação IoT e
plataformas em nuvem para monitoramento remoto que pertence ao Grupo Hexing Brasil, anunciou a
inauguração de uma nova fábrica em Manaus para a produção de inversores fotovoltaicos, carregadores para veícu-
los elétricos e as stringbox próprias da marca.
Com o início da produção programado para o segundo semestre desse ano, a Livoltek torna-se a maior e única
fabricante de inversores fotovoltaicos na América Latina. Com sede na China, a empresa também possuí fábricas na
Indonésia e na África, além de contar com operações na Europa.
Com um investimento total que ultrapassa os R$ 70 milhões, a nova fábrica que ocupará 18 mil m² em Manaus
e já começou a ser construída, criará mais de 600 empregos diretos e 2.000 empregos indiretos, contribuindo não só
com o segmento fotovoltaico nacional e latino-americano, mas também com a economia tanto do Brasil, quanto da
região Norte.
De acordo com Rui Cheng, CEO do Grupo Hexing Brasil, Holding fundada em 1992 que detém as marcas Livol-
tek e Eletra Energy, maior fabricante brasileira de medidores eletrônicos, a missão da empresa é ajudar os clientes
a desenvolverem seus negócios para ampliarem suas oportunidades e serem os melhores do mercado. Para ajudar
os clientes da América Latina a transformarem essa visão em realidade, a construção da primeira fábrica na região
será fundamental.
“O Brasil está se consolidando cada vez mais como um mercado de crescimento expressivo para a Livoltek e con-
tinuaremos a entregar o melhor serviço e os melhores produtos para ajudar nossos clientes a irem cada vez mais lon-
ge. Somos a primeira empresa a programar a produção no Brasil”, comemora o executivo. 
“Já contamos com 5 escritórios regionais no Brasil. Por isso, nosso suporte técnico em São Paulo, Fortaleza, Belo
Horizonte, Curitiba e Manaus é considerado de alta qualidade e a nossa equipe no país já conta com mais de 100 pro-
fissionais”, conclui Mr. Cheng.

Investimentos do Grupo Hexing no Brasil


Os investimentos do Grupo Hexing no Brasil começaram há pouco mais de 10 anos com a Eletra Energy. A em-
presa, que atua com a fabricação de medidores de energia elétrica e medidores de água, além da automação de rede
elétrica, começou com menos de 5% de participação no mercado de medidores em 2010 e hoje detém aproximada-
mente 70% de share.
“Buscaremos resultados semelhantes com a LIVOLTEK, sempre respeitando a nossa cultura organizacional, que é
vista como diferencial por nossos colaboradores e clientes”, garante Mr. Cheng.
Desde 2011, a empresa já aportou mais de R$ 200 milhões em investimentos no Brasil, contando as futuras insta-
lações da Livoltek e as fábricas da Eletra Energy em Itaitinga, na região metropolitana de Fortaleza, que contribuem
com a economia local com mais de 1400 colaboradores, entre contratações diretas e terceirizados.
Considerando a mudança de tecnologia no mercado de medição e a capacidade técnica e de produção da Eletra,
é esperado um crescimento de 93% no faturamento ao longo dos próximos 5 anos, o que resultará na criação de 300
novos postos de trabalho. 
O Grupo Hexing possui escritórios no Peru, Holanda, África do Sul, Bangladesh, Argentina, Hong Kong, Indonésia,
Nigéria e Senegal. Além de fábricas na China, Indonésia, Tunísia, Paquistão, Quênia, África do Sul e Brasil, e é um dos
principais fornecedores de produtos e sistemas de medição inteligentes do mundo.

POTÊNCIA 25
HOLOFOTE

Eletra Energy, reputação consolidada, tecnologia de ponta e liderança no


mercado brasileiro
Criada em 2010, a Eletra Energy surgiu de uma Joint Venture formada por uma empresa cearense e o Grupo He-
xing, de origem chinesa. Em março de 2013, a Eletra foi adquirida em sua totalidade pelo Grupo Hexing, que possui
mais de 30 anos de experiência no desenvolvimento e fabricação de medidores inteligentes para redes smart grid e
que figura entre uma das líderes mundiais em medição de energia.
Com vendas que superam 4,5 milhões de medidores por ano, além das soluções AMI e Smart Grid, as operações
da Eletra Energy contam com fabricação, vendas, suporte e escritórios administrativos para apoiar as necessidades
dos clientes em todo o mundo.
Atualmente a Eletra é uma das grandes referências no mercado de medidores de energia elétrica do Brasil e conta
com uma equipe experiente de colaboradores, tecnologias de ponta e parceiros estratégicos, para oferecer produtos,
sistemas e serviços de nível mundial.

Atuação da Nansen na área


de mobilidade elétrica
Após a largada da eletrificação veicular no Brasil, o mercado segue em alta velocidade e em direção à consolidação
dessa alternativa de mobilidade urbana altamente sustentável. Somente no mês de abril de 2023, o emplacamento de
veículos leves eletrificados chegou a 4.793, alta de 53,5% em relação ao mesmo mês de 2022, cujas unidades alcan-
çaram 3.123. Como tem acontecido em todos os meses de 2023, abril deste ano foi também o melhor mês de abril de
toda a série histórica da Associação Brasileira do Veículo Elétrico (ABVE), iniciada em 2012.
Em relação à comercialização, as vendas de veículos leves eletrificados alcançaram 19.579 no primeiro quadrimestre
de 2023, o que representa um aumento de 51% ante o mesmo período do ano passado quando foram registrados 14.989,
conforme a ABVE. E tudo indica que o percurso das vendas não terá freios. A estimativa é de que a comercialização des-
ses veículos seja impulsionada de 2027 a 2040, período em que a frota elétrica terá superado a casa de 35 milhões de
unidades, conforme projeções sobre Eletrificação Veicular realizadas pela Strategy&, consultoria estratégica da PwC Brasil.
Em meio a esse movimento de expansão, a Nansen se destaca pela atuação em grandes projetos de mobilidade
elétrica no Brasil. “Estamos muito otimistas com esse cenário que abre um leque de possibilidades para o incremen-
to dos nossos negócios. É nítido que o futuro da eletromobilidade é um caminho sem volta”, diz o CEO da Nansen,
Alexandre Suprizzi. 
A Nansen, que tem como um de seus nichos focados em infraestrutura para mobilidade elétrica, atende deman-
das de importantes centros urbanos do país. Em São José dos Campos (SP), onde os ônibus elétricos, conhecidos por
Veículos Leves sobre Pneus (VLPs), fazem parte do transporte público, a Nansen é responsável pelo fornecimento de
infraestrutura de recarga elétrica. Hoje, 12 ônibus articulados 100% elétricos circulam pela cidade. Uma das vanta-
gens desse tipo de coletivo é que não emite carbono, não gera ruído e proporciona uma viagem mais confortável.
O gerenciamento das estações de recarga é feito por meio de software de gestão próprio da empresa, o aplicativo Go
Nansen. O sistema possibilita monitorar o consumo de energia, veículos que estão utilizando o carregador, sistemas de
pagamento pela energia consumida e um acompanhamento online do processo de recarga que ocorre em campo. E, por
meio dos relatórios de consumo, é possível o auxílio na tomada de decisões sobre o uso da energia e economia de recur-
sos. A empresa também atua em Salvador (BA), onde está à frente do projeto de instalação de dez terminais de recarga
para a frota de ônibus elétricos da cidade. Os equipamentos têm a capacidade de recarregar 20 veículos simultaneamente.

POTÊNCIA 26
HOLOFOTE

Elgin capacita integradores


A Elgin, fabricante e distribuidora de equipamentos fotovoltaicos e provedora de soluções nas áreas de climatiza-
ção, refrigeração, iluminação, automação e costura, tem ampliado os programas gratuitos de treinamento e capacita-
ção de profissionais que atuam no segmento de energia solar.
Seguindo um calendário anual de treinamentos, a companhia oferece conteúdos imersivos, incluindo palestras com
especialistas de mercado, apresentações técnicas e comerciais. De janeiro a junho deste ano, os treinamentos, lives e
eventos da empresa já alcançaram mais 2 mil integradores.
No mês de março, a empresa lançou o “Mês do Descomplica”. Uma série de lives, que contou com a presença de figuras
importantes no setor, como Bárbara Rubim e a Joiris Manoela, que trouxeram reflexões e novos olhares para o mercado
solar, pós lei 14.300. A série também contou com a participação do palestrante e especialista em vendas Claudio Luvizzoti.
O “Master Class de Vendas”, realizado no mês de maio, teve como objetivo debater ações e estratégias comerciais
que contribuem para o integrador alcançar os melhores resultados dentro do seu negócio. A live foi conduzida pelo di-
retor da Divisão de Energia Solar, Glauco Santos, com a participação de parceiros, como Túlio Fonseca – CEO da Energy
Brasil e Luís Cheracomo – CEO da Solar Vide. Além das lives, a Elgin disponibiliza uma agenda mensal de treinamentos
on-line, oferecidos gratuitamente e com direito a certificação. O conteúdo programático do primeiro dia, envolve as-
suntos técnicos, com o objetivo de levar ao integrador informações sobre normas do setor, como realizar uma visita
técnica adequada, boas práticas de instalações, além do detalhamento sobre cada produto Elgin, para que o integra-
dor conheça a fundo a diversidade de soluções fotovoltaicas que a empresa oferece.
No segundo dia, a empresa apresenta um conteúdo especial, dedicado para tendências e inovações do mercado,
além de um treinamento completo voltado para a área comercial, visando contribuir para o profissional alavancar
suas vendas e agregar informações que facilitem seus processos comerciais.
“O objetivo da Elgin é levar conteúdo para que os nossos parceiros integradores desenvolvam seus negócios, am-
pliem cada vez mais o seu nível de conhecimento e transmitam com plenitude as vantagens da energia solar no País”,
comenta Glauco Santos, diretor da Divisão de Energia Solar.
A empresa realizará também o lançamento do seu espaço de treinamento presencial, localizado no centro de dis-
tribuição da companhia, em Jundiaí/SP. O espaço contará com um amplo auditório para capacitação teórica, além
de uma sala dedicada para conteúdos práticos, onde os integradores poderão simular a aplicação dos produtos que
compõem o portfólio da Elgin Solar.

Siemens apresenta estratégia de


investimento de €2 bilhões
Para alavancar o crescimento futuro, impulsionar a inovação e aumentar a resiliência, a Siemens apresentou no dia
15 de junho sua estratégia de investimento de €2 bilhões, voltados principalmente a expandir novas capacidades de
produção, bem como laboratórios de inovação, centros educacionais e outras instalações próprias. A Siemens anun-
ciou uma nova fábrica de alta tecnologia em Singapura para atender aos crescentes mercados do Sudeste Asiático.
“Nossas tecnologias endereçam tendências de crescimento secular, onde nossos clientes precisam de nosso supor-
te para se tornarem mais competitivos, resilientes e sustentáveis. A Siemens está crescendo significativamente acima
da média do mercado. Hoje anunciamos uma estratégia de investimento para alavancar o crescimento futuro, impul-
sionar a inovação e aumentar a resiliência”, disse Roland Busch, presidente e CEO da Siemens AG.

POTÊNCIA 27
HOLOFOTE

“Os investimentos apoiam nossa estratégia de combinar os mundos real e digital – bem como nosso foco na di-
versificação e negócios regionalizados. Estamos claramente potencializando nossa forte presença global para apoiar
o crescimento nos mercados mais relevantes do mundo”. 
Além disso, espera-se um aporte adicional de cerca de €0,5 bilhão em pesquisa e desenvolvimento (P&D) em inteli-
gência artificial e no metaverso industrial no exercício fiscal de 2023 em relação ao ano anterior. Este investimento em
P&D busca fortalecer a posição de liderança da Siemens em tecnologias essenciais como simulação, gêmeos digitais,
inteligência artificial e eletrônica de potência, além de apoiar o desenvolvimento da plataforma de negócios digital
aberta Siemens Xcelerator. A empresa anunciou recentemente uma parceria com a Microsoft para acelerar a geração
de código para automação industrial usando o ChatGPT. Com a NVIDIA, a Siemens está trabalhando para construir o
metaverso industrial para melhorar o design, planejamento, produção e operação de fábricas e infraestruturas.

Capacidades novas e adicionais no Sudeste Asiático


Para atender à crescente demanda no Sudeste Asiático, a Siemens anunciou uma fábrica de alta tecnologia total-
mente nova em Singapura, que será desenvolvida usando sua própria liderança em gêmeo digital e tecnologia de har-
dware inteligente e inovadora. O investimento na fábrica será em torno de €200 milhões. A fábrica estabelecerá um
novo padrão de conectividade para apresentar as possibilidades da digitalização, além de incorporar processos de fa-
bricação altamente automatizados. O investimento criará mais de 400 empregos.

Estratégia em todas as regiões com onda de investimentos globais


Como parte de sua estratégia de investimento e negócios de rápido crescimento na China, a Siemens também ex-
pandirá sua fábrica digital em Chengdu para atender às oportunidades de crescimento local na China para a China,
investindo €140 milhões (RMB 1,1 bilhão) e criando 400 novos empregos.
Muitos dos clientes chineses da Siemens são os primeiros a adotar novas tecnologias, especialmente em digitali-
zação e manufatura de alta tecnologia. É por isso que a Siemens também anunciou o investimento em um novo Cen-
tro de Inovação de P&D digital em Shenzhen para acelerar o desenvolvimento de sistemas de controle de movimento
com digitalização e tecnologia eletrônica de potência. A plataforma de negócios digital aberta Siemens Xcelerator foi
lançada na China em novembro de 2022.

Série de anúncios
No início do ano, a Siemens se comprometeu a ex-
pandir a produção em Trutnov, República Tcheca, para
aumentar a capacidade de sua WEF Global Lighthouse
Factory em Amberg, na Alemanha. Além disso, a Sie-
mens está investindo €30 milhões para expandir sua
fábrica de comutadores em Frankfurt-Fechenheim, na
Foto: Divulgação/Siemens

Alemanha, enquanto a Siemens Mobility anunciou


recentemente que despenderá USD220 milhões para
construir uma nova fábrica de material rodante em Le-
Nova fábrica de alta tecnologia em Singapura
xington, na Carolina do Norte, para atender à crescente
anunciada para atender mercados em crescimento
demanda por trens de passageiros nos Estados Uni-
no Sudeste Asiático.
dos. A fábrica criará mais de 500 empregos até 2028.
Os investimentos planejados de €2 bilhões e o aumento esperado de cerca de €0,5 bilhão em P&D incluem a Sie-
mens Healthineers.

POTÊNCIA 28
HOLOFOTE

Tramontina apresenta novo


catálogo de materiais elétricos
A Tramontina apresenta a nova versão do seu catálogo de Materiais Elétricos, um recurso indis-
pensável para profissionais e consumidores que buscam informações precisas e detalhadas sobre
o vasto mix de produtos para instalações elétricas e iluminação da empresa.

Foto: Divulgação
 Com produtos que atendem ambientes residenciais, comerciais e industriais, a nova versão do catálogo apresenta
os mais recentes lançamentos, incluindo itens de iluminação de LED, com informações detalhadas para que projetis-
tas, engenheiros, eletricistas, arquitetos, designer de iluminação e revendedores possam especificar corretamente os
produtos para seus clientes e obter acesso rápido às características técnicas mais relevantes.
 O catálogo traz também informações sobre as principais iniciativas de sustentabilidade da Tramontina, além dos
dados para acesso à Biblioteca BIM (Building Information Modeling), metodologia utilizada no segmento da constru-
ção para compartilhar informações por meio de políticas, processos e tecnologias.
 Além de atender às necessidades dos consumidores e especificadores, a nova versão do catálogo reserva ainda um espa-
ço especial para os revendedores da marca. As páginas dedicadas aos lojistas apresentam os materiais de comunicação dis-
poníveis para uso nas lojas, como displays e expositores, projetados para facilitar a identificação dos produtos nas gôndolas.
 A nova versão do Catálogo de Materiais Elétricos da Tramontina pode ser acessada por meio dos links: https://
global.tramontina.com/catalogos ou https://s3.us-east-1.amazonaws.com/prd-assets-portal.tramontina.
com/Materiais_Eletricos_1cd811fdb6.pdf

Soprano realiza encontro


com integradores 
A Soprano, referência em soluções para casa e construção, realizou o evento
Conexão Solar, na terça-feira, dia 6 de junho, nas dependências da unidade de
Caxias do Sul (RS), onde ficam a matriz administrativa e área fabril da unidade
Matcon Materiais Elétricos, bem como a expedição da unidade Fotovoltaica.
A ação foi uma promoção da empresa juntamente com o Serviço Brasileiro de
Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae) e os fornecedores 2P Energia
Solar, de estrutura de fixação, e Renesola, de módulo fotovoltaico.
Na ocasião, 45 convidados compartilharam conhecimentos e estabelece-
Foto: Divulgação

ram conexões durante uma visitação pela fábrica e uma série de palestras. Representantes da Soprano abordaram os
diferenciais comerciais, a força de marca de uma empresa com mais de 65 anos de história, além da apresentação de
cases por parte da equipe de suporte técnico relacionado ao pré e pós-vendas. 
A parceria com a Cogecom no modelo de negócio voltado a Usinas de Locação também foi uma pauta abordada
por um representante da empresa. 
Os fornecedores também tiveram espaço de fala, onde a 2P ministrou um pequeno treinamento sobre boas prá-
ticas de instalação de estruturas de fixação e a Renesola destacou a certificação TIER 1 de seus módulos. A palestra
principal foi apresentada por Sandro Schuh, vice-coordenador do Núcleo de Energia Fotovoltaica da Associação Em-
presarial de Florianópolis (ACIF), com o tema: “Técnica de vendas para integradores: como vencer objeções”.

POTÊNCIA 29
HOLOFOTE

Cemig acelera digitalização com


apoio da Schneider Electric
Com o objetivo de aumentar a qualidade no fornecimento de energia elétrica aos consumidores, a Cemig está
executando o processo de transformação digital. Entre os novos projetos, está a implementação de um Sistema Avan-
çado de Gestão de Distribuição de Energia (ADMS) da Schneider Electric, líder na transformação digital de gerencia-
mento de energia e sustentabilidade.
A aquisição foi feita via licitação, com o objetivo de modernizar o gerenciamento de sua rede elétrica, a maior do
país em termos de extensão, hoje ainda dependendo de sistemas legados desenvolvidos internamente. A Cemig é a
empresa mais afetada pela integração de recursos de energia distribuídos (DER) no Brasil e, por isso, adquiriu tam-
bém o módulo DERMS, que permite a gestão e o planejamento eficiente de redes elétricas ativas, o que maximizará
a conexão de fontes renováveis e elétricas.
Agora, com as novas tecnologias, a companhia integrará diversas funcionalidades que hoje operam isolada-
mente, para gerenciar, em tempo real, toda a rede que abastece cerca de 18 milhões de pessoas (9,5 milhões
de clientes), 96% do Estado de Minas Gerais. Para os consumidores de 774 municípios mineiros, isso se traduz
em maior confiabilidade, segurança e qualidade no serviço prestado, incluindo melhor atendimento por falta
de energia.
MARCOS MATIAS
“Estamos no início da implementação e temos certeza de que todos os
Foto: Divulgação
nossos objetivos de modernização e metas de eficiência energética serão
alcançados com o apoio da Schneider Electric Brasil”, afirma Djim de An-
drade Martins, gerente de Arquitetura de Sistemas e Engenharia de Softwa-
re da Cemig.
Para a Cemig, os ganhos em produtividade e otimização da operação são
muitos, uma vez que as tecnologias são embarcadas com inteligência artificial
(IA) e têm interoperabilidade nativa, se conectando aos recursos de campo da
distribuidora. Isso não só permite o monitoramento em tempo real como uma
melhoria da gestão dos ativos de forma contínua.
“A solução automatizará uma série de procedimentos que hoje são reali-
zados manualmente, permitindo que o time de operação possa desempenhar
funções mais analíticas, o que trará mais segurança e eficiência na supervisão e controle do sistema elétrico”, ex-
plica Hortênsia Américo, líder técnica do projeto.
Em março de 2023, a Schneider Electric foi reconhecida como a principal fornecedora de Sistema Avan-
çado de Gestão de Distribuição (ADMS) no relatório Guidehouse Insights Leaderboard for ADMS Vendors.
No estudo, foram analisadas diversas frentes, como visão, parceiros, tecnologia, portfólio de soluções e fi-
xação de preços.
“A Schneider Electric é uma multinacional que tem a preocupação de compreender e respeitar as necessidades
dos mercados locais, por isso, estamos muito honrados em poder ajudar a Cemig em sua estratégia de transformação
digital no Brasil”, complementa Marcos Matias (foto), presidente da Schneider Electric Brasil.

POTÊNCIA 30
HOLOFOTE

Fundação Schneider Electric apoia


capacitação para jovens do SENAI 
A Schneider Electric, líder na transformação digital de gerenciamento de energia e sustentabilidade, anuncia o
apoio por meio da sua Fundação a cursos profissionalizantes do SENAI com o fornecimento de bancadas educacio-
nais técnicas em 30 escolas da instituição de ensino, localizadas em dez diferentes estados brasileiros. Ao todo, a pro-
jeção é formar 74 mil pessoas em cinco anos nas áreas de: Eletricidade Industrial, Eletricidade Predial, Fotovoltaico e
Instalador de Eletroposto. 
A parceria foi divulgada durante o Innovation Summit 2023, evento que aconteceu entre os dias 19 e 20 de junho,
com a presença da vice-presidente Executiva de Estratégia e Sustentabilidade da Schneider Electric, Gwenaelle Avice-
-Huet, do presidente da Schneider Electric Brasil, Marcos Matias e do diretor de Operações do SENAI, Gustavo Leal. 
“As capacitações técnicas profissionalizantes na área de Energia são de extrema relevância por diversos fatores,
entre eles: a crescente demanda por energia, a necessidade de impulsionar a transição energética (com foco em fon-
tes renováveis e sustentáveis), promover a eficiência energética e garantir a segurança e manutenção dos sistemas
energéticos”, explica Matias. “Os cursos irão formar profissionais para trabalhar nas concessionárias de energia e em
toda a cadeia de fornecedores dessas empresas, pois o setor está em constante evolução.” 
Todos os cursos do SENAI são preexistentes, e a organização levará inovação tecnológica para os laboratórios das
escolas com essa parceria. “O objetivo é que os alunos usem equipamentos e tecnologias atuais para que saiam mais
preparados e com alta empregabilidade por possuírem conhecimentos relevantes em Internet das Coisas, Indústria
4.0 e demais habilidades requeridas pelo mercado”, afirma Matias. 
Além de preparar profissionais para o futuro do trabalho, o programa também fomenta o empoderamento eco-
nômico por meio do aumento de empregabilidade. De acordo com o Gustavo Leal, os profissionais formados pelo SE-
NAI saem aptos para o mercado de trabalho e são valorizados devido à qualidade do ensino. “O SENAI está próximo
do setor produtivo, conhece bem as demandas da indústria e sabe o quanto um profissional formado com excelência
contribui para a produtividade da empresa”, explica. 
Milena Rosa, Gerente de Sustentabilidade e Responsabilidade Social da Schneider Electric, ressalta que a Funda-
ção Schneider Electric lançou o Programa de Acesso à Energia em 2009 com uma abordagem em dois eixos: o de trei-
namento para o empreendedorismo e o de negócio
social e inclusivo, para desenvolver competências e
apoiar os empreendedores no setor. Para promover o
desenvolvimento local sustentável e inclusivo, o pú-
blico-alvo dessas iniciativas é formado por pessoas
que não estudam ou trabalham, jovens, refugiados,
mulheres em situação de vulnerabilidade e demais
grupos marginalizados. 
No Brasil, mais de trinta e cinco mil pessoas foram
capacitadas desde 2009 por meio de parcerias com
instituições de ensino técnico como o SENAI, sendo
que a meta é atingir 123 mil pessoas até 2025. No
âmbito global, o objetivo da Schneider é alcançar 1
milhão de pessoas treinadas, 10 mil instrutores e 10
Foto: Shuterstock

mil empreendedores apoiados até 2025.

POTÊNCIA 31
HOLOFOTE

Cecil lança livro sobre sua história


Fundada em 1961, a Cecil acaba de lançar o livro “Inspirada por desafios e movida por pessoas”, que conta os 60
anos de trajetória da empresa. A companhia acumula experiência e tradição no segmento de metais não ferrosos e é
considerada um importante player mundial para os metais cobre e latão. 
Com unidade fabril em Itapevi (SP), ela emprega 400 colaboradores e hoje é um grupo empresarial sólido formado
pelas companhias Cecil, Elfer, Linea, Veel Trade e Abluo. Além de cobre, latão e suas ligas, a empresa fabrica peças em
alumínio, conta com um Centro de Serviços a atua com comércio exterior. Mais recentemente, lançou a startup Abluo
focada na saúde única e que usa nanopartículas de cobre para esta finalidade.
“Estou certa de que esta história vai reforçar nossos valores e aumentar nosso compromisso. Honestidade, respei-
to, organização, disciplina, empreendedorismo, comprometimento e credibilidade não são apenas palavras escolhidas
por um redator. O livro mostra que são princípios testados e aprovados, na prática, por meio de uma trajetória de su-
cesso”, afirma a CEO Maria Antonietta Cervetto.

ABB amplia uso de cobre reciclado


A especialista em automação ABB firmou acordo com a fabricante de fios e cabos elétricos Dahrén, da Suécia, para
ampliar o uso de cobre reciclado em equipamentos vendidos ao segmento de metalurgia.
Em comunicado, a organização suíço-sueca afirmou que o entendimento pavimenta futuros acordos com a ca-
deia de fornecedores a fim de ampliar o uso de materiais de baixo carbono em suas linhas de fabricação e torná-las
mais sustentáveis. 

Foto: Divulgação/Dahrén
O texto diz também que o acordo com a Dahrén vai as-
segurar o fornecimento de cabos de cobre reciclado para a
produção de agitadores eletromagnéticos da ABB usados na
produção de metais, que demandam entre 500 kg e 2200 kg
do metal cada um, a depender do modelo do equipamento. 
Os cabos da Dahrén serão fabricados a partir de lingotes
de cobre reciclado produzidos pela sueca Boliden, que mi-
nera e funde metais sem o uso de combustíveis fósseis e em
processos com pegada de carbono 65% menor em relação à
média registrada pela indústria siderúrgica do país nórdico.
“Por meio das colaborações com a Dahrén e com a Boli-
den, a ABB está contribuindo com a estruturação de uma ca- Fios de cobre de baixo carbono em linha
deia de suprimento de baixo carbono mirando a neutralização produtiva da Dahrén. 
de emissões”, disse no texto Ola Norén, diretor de produtos
para metalurgia da Divisão de Processos Industriais da ABB.
Além dos fios de cobre reciclado fornecidos pela Dahrén, a ABB disse no texto já ter relacionamento com a finlan-
desa Luvata para obter perfis ocos de cobre reciclado também fabricados a partir de lingotes da Boliden. Os perfis tam-
bém são usados nos agitadores. 
A empresa disse ainda estar ampliando o uso de cobre, aço e alumínio reciclados, que demandam de 75% a 95%
menos energia em relação a metais de primeira fabricação, para reduzir a pegada de carbono da própria operação.

POTÊNCIA 32
HOLOFOTE

Investimentos em carros elétricos


A Hydro Paragominas adquiriu 10 carros elétricos para compor sua frota de veículos leves, substituindo modelos con-
vencionais abastecidos com diesel. Essa ação significa uma redução de emissão de 119.658 toneladas de CO2 por ano,
representando 1.660 árvores plantadas em cinco anos. O modelo tem autonomia de 198 km com uma carga e circula
principalmente dentro da unidade, garantindo suporte sustentável às operações internas. Nos próximos 12 meses, será
realizado um estudo de verificação das oportunidades de substituição de veículos operacionais por veículos elétricos.
“Essa iniciativa se soma a muitas outras que estamos desenvolvendo e reforça nosso compromisso com a susten-
tabilidade. Mudar hoje gera impacto para a sociedade que queremos amanhã. O carro elétrico pode ser muito menos
poluente que os convencionais. O mercado automotivo tem um enorme potencial neste sentido e ainda há muito a
ser desenvolvido em termos de tecnologia. Queremos acompanhar estas mudanças e, por isso, a Hydro está investin-
do nesta área. A ideia é que outras unidades da empresa também passem a utilizar veículos elétricos em suas frotas”,
analisa Eduardo Pedras, gerente de contratos da Hydro Paragominas.
A eletrificação dos veículos parece um caminho sem volta em nível global. Países da Europa Ocidental já determi-
naram prazos relativamente curtos para extinguir os motores à combustão de suas frotas ou seus catálogos. Mesmo
que indiretamente, o movimento já afeta o Brasil, que aos poucos começa a se familiarizar com a tecnologia e a rece-
ber em número cada vez maior modelos importados de concepção 100% elétrica.
Uma pesquisa publicada no Conselho Internacional de Transporte Limpo apontou que os carros elétricos com bateria de
tamanho médio emitem entre 60% e 80% menos carbono que os veículos comuns com motor de combustão, durante toda
sua vida útil. O estudo leva em consideração toda emissão de carbono presente na fabricação, reciclagem ou descarte do
veículo e seus diversos componentes. Especificamente no Brasil, onde 85% da eletricidade vem de fontes renováveis (e lim-
pas), como as hidrelétricas, alimentar um carro elétrico ao longo de dez anos emitiria o equivalente a 17,6 toneladas de CO2.
 
Hydro adota medidas para diminuir emissões de CO2
Contribuindo com a estratégia da Hydro de descarbonização até 2030, outra medida é a mudança na estrutura do
contrato de locação de veículos leves, substituindo 50% da frota de combustão a diesel por veículos com combustão a
etanol. “Com esta iniciativa também teremos uma redução na emissão TCO2, esta redução será de 2.877 TCO2 no meio
ambiente, o que representa 7.860 árvores plantadas”, destaca Eduardo. Isso significa mais sustentabilidade e permite
a redução dos impactos ambientais causados pela queima dos combustíveis fósseis (diesel e gasolina).
Outra medida recentemente implantada pela empresa para ampliar seu comprometimento com as metas de reduzir e
zerar as emissões de carbono em suas operações foi a assinatura do Pacto pelo Clima, parte integrante do projeto Para-
goclima, da prefeitura de Paragominas, que consiste
em uma série de ações para que o município alcance,
em curto prazo, a neutralidade na emissão de carbono.
Desenvolvido pela Secretaria de Meio Ambiente
de Paragominas, o projeto Paragoclima, tem como
principal meta a redução das emissões de Gás de
Efeito Estufa (GEE) a zero em um prazo de sete anos,
até 2030, em uma construção conjunta com lideran-
ças e atores sociais, instituições públicas e privadas,
que estejam à disposição para criar políticas públicas
Foto: Divulgação

de mudanças climáticas.

POTÊNCIA 33
HOLOFOTE

Resultados positivos
Líder mundial na indústria de sistemas de cabos de energia e telecomunicações, o Grupo Prysmian divulga os
resultados consolidados 2022 com grande destaque para a receita líquida de R$ 3,16 bilhões obtida no Brasil. 
Esse resultado representa um aumento de 22,5% em relação à receita líquida obtida em 2021, quando se registrou
a receita de R$ 2,58 bilhões. Houve um crescimento orgânico de R$ 91 milhões, impulsionado principalmente pelos
ótimos resultados na divisão de Projetos. 
 O lucro operacional também cresceu expressivamente: 91,7%, saltando de R$ 108 milhões em 2021 para R$ 207
milhões em 2022. Este excelente resultado se justifica, principalmente, pelo fortalecimento dos resultados nos merca-
dos de Renováveis e Projetos. A companhia também destaca a forte gestão nos custos e eficiências. 
 A posição financeira líquida da empresa quase dobrou de um ano para o outro, graças à forte disciplina na gestão
do capital de giro e resultado operacional sustentável. Os R$ 332 milhões obtidos em 2022 representam um aumento
de 93% em relação aos R$ 172 milhões de 2021. 
 Segmentando os resultados nos três grandes setores de
atuação da empresa, o grande destaque foi a divisão de Pro-
jetos, que obteve um crescimento orgânico em 2022 de 69%,
originado pelo aumento de volume de vendas bem como pelas
eficiências em Pesquisa & Desenvolvimento. O setor registou
receita líquida de R$ 406 milhões. 
 No segmento de Energia, o Grupo registrou um faturamen-
to líquido de R$ 2,2 bilhões, o que representou um crescimento
de 7% na comparação com o ano anterior, mesmo diante da
redução do mercado de linhas de transmissão decorrente da
sazonalidade de leilões da Aneel. Essa queda foi parcialmente

Foto: Divulgação
compensada pela melhora do mix de produto junto às distri- HQ do Grupo Prysmian para América Latina
buidoras e mercado de energia renovável em forte expansão.   em Sorocaba-SP

 A empresa manteve sua participação na divisão de Tele-


com, com crescimento orgânico de 8% de 2021 para 2022. A divisão registrou receita líquida de R$ 567 milhões, su-
perando os R$ 549 milhões do ano passado, impulsionado principalmente pelo mercado de operadoras e provedores. 
 “Os resultados notáveis que alcançamos consolidam nossa habilidade de adaptação e comprometimento com os
objetivos estabelecidos. Essa conquista só foi possível graças ao esforço incansável de nossa equipe ao longo dos úl-
timos anos. A resiliência demonstrada por todos se refletiu em excelentes negócios e na criação significativa de valor
para a empresa. Estamos extremamente orgulhosos dos resultados alcançados e da determinação demonstrada por
cada membro da equipe em contribuir para o sucesso da organização, bem como na satisfação de nossos clientes”,
celebra Cleber Valeriano, CFO Brasil do Grupo Prysmian. 
 O Grupo Prysmian possui sete fábricas e dois centros de P&D no Brasil. São mais de 1,6 mil colaboradores. Nos
últimos cinco anos, a empresa investiu R$ 400 milhões de reais em melhorias nas instalações e operações no país. 
 
América Latina 
 A receita líquida do Grupo Prysmian na América Latina cresceu organicamente 8,2% entre 2021 e 2022 – de €
1,06 bilhão para € 1,27 bilhão – impulsionada pelo aumento nas vendas, principalmente no fornecimento de soluções
para o setor de energia renovável. 

POTÊNCIA 34
HOLOFOTE

 O EBITDA Ajustado na região ficou em € 120 milhões, representando 9,4% sobre a receita líquida comparado aos
€ 99 milhões do ano passado, melhora atribuída não só pelo impacto de renováveis, mas também em todos os seg-
mentos de energia. 
 O Grupo Prysmian está presente em oito países da América Latina por meio de 13 fábricas distribuídas entre
México, Costa Rica, Colômbia, Chile, Argentina e Brasil, três centros de P&D e emprega mais de 4 mil colaborado-
res na região. 
 
Global 
 Nunca houve na história do Grupo Prysmian um ano como 2022. Foi o melhor resultado da história da companhia,
impulsionado por forte foco no cliente, amplo portfólio de negócios e disciplina operacional. 
 A histórica receita de € 16,06 bilhões em vendas superou com folga o já expressivo resultado de € 12,73 bilhões
obtido em 2021. O EBITDA ajustado ficou em € 1,48 bilhão, crescimento de 52% em relação a 2021. O lucro líquido
do Grupo em 2022 foi de € 509 milhões, 64% a mais do que foi obtido no ano passado. 
 No âmbito de ESG, em 2022, a empresa reduziu as emissões de Gases de Efeito Estufa (GEE): 24% no Escopo 1
e 2 e 7,5% no Escopo 3. Também houve crescimento do uso de materiais reciclados, atingindo uma participação de
10% composição de novos produtos. 
 O Grupo Prysmian é líder global em soluções de rede de energia e telecomunicações, posição consolidada por
mais de 140 anos de experiência. Ao todo, o Grupo está presente em mais de 50 países, com 108 fábricas, 26 centros
de P&D e cerca de 30 mil colaboradores. 

Iluminação inteligente
centrada no ser humano
A luz influencia na produção de hormônios ao longo do dia. Esses hormônios afetam a pressão sanguínea,
frequência cardíaca, vitalidade, memória e humor. A luz certa no momento certo ajuda as pessoas a ficarem ativas
e alertas durante o dia e a relaxar e dormir bem à noite. O cortisol garante a energia para as atividades diárias,
estimulado através da luz fria. Já a melatonina nos induz ao sono, estimulada por uma luz quente e aconchegante.
Está aí descrita uma das grandes vantagens da iluminação inteligente: a possibilidade de programar a luz confor-
me conveniência para realizar todas as atividades de um dia. Esse é o conceito da iluminação integrativa, ou centrada
no ser humano (HCL), que prevê luz sob medida para cada necessidade.
E por que não tirar o máximo proveito dessa tecnologia? Esse é o objetivo do sistema de iluminação oferecido
pela Linha SMART+WIFI da LEDVANCE. Quando programado conforme o ritmo circadiano, a iluminação simula auto-
maticamente, da forma mais próxima possível, as mudanças da luz natural.
Tal requisito se mostrou fundamental com o novo comportamento da sociedade, principalmente após a pan-
demia. Em outras palavras, agora as pessoas passam cada vez mais tempo em casa por conta de home office ou
trabalho híbrido. Portanto, esse ambiente, que antes servia ao descanso, assume o papel de escritório, de diversão
e também de relaxamento. E a iluminação precisa acompanhar a mudança de ritmo e a necessidade de luz com o
passar das horas durante o dia.
 “A luz sofre alterações ao longo do dia de forma dinâmica, variando a intensidade de luz e a temperatura de cor
para que o usuário obtenha os mesmos efeitos biológicos da luz natural dentro de sua própria casa. Além de contribuir

POTÊNCIA 35
HOLOFOTE

para o seu bem-estar, a longo prazo, contribui para a sua saúde”, esclarece o engenheiro da LEDVANCE, Luan Dona-
don, especialista em produtos SMART para uso residencial.
 A programação do ritmo circadiano é bem intuitiva, e o app já traz uma sugestão para os principais horários do
dia. No entanto, é possível alterar a programação conforme o hábito de despertar e dormir, controlando a luz confor-
me necessidade. Inclusive, é possível criar uma programação diferente para os finais de semana, quando os horários
de dormir e acordar são mais flexíveis.

 Como funciona a luz colorida e o branco dinâmico da linha SMART+WIFI


A linha LEDVANCE SMART+WIFI conta com LEDs vermelho, verde e azul, que são misturados em diferentes inten-
sidades para produzir mais de 18 milhões de combinações de cores; e mais um LED exclusivamente dedicado à cor
branca, para ofertar uma luz pura. 
Para obter as várias tonalidades, o processo é baseado na mistura de cores aditivas, a mesma técnica usada em
aparelhos de TV e monitores de computador. A luz vermelha sobre azul, por exemplo, proporciona uma luz violeta e,
assim, as cores vão sendo obtidas.
 “A luz colorida é ideal para criar um clima descontraído e divertido na casa. A simples escolha das cores per-
mite ajustar a iluminação de acordo com o estado de espírito, quer estejamos relaxando e ouvindo música ou
precisemos de uma luz estimulante para uma noite de festa ou luz romântica na melhor companhia”, comenta
o especialista.
 O fato é que cada cor ganha um atributo e tem a capacidade de resultar em uma sensação no ser humano, de
acordo com que defende a Cromoterapia, tratamento que, por intermédio das cores, estabelece o equilíbrio entre corpo,
mente e emoções. Inclusive, o método foi reconhecido pela OMS, em 2019, como terapia complementar e, no mesmo
ano, implantado no Sistema Único de Saúde (SUS) no Brasil como opção de tratamento à população.
Já o branco dinâmico funciona como a luz do sol, pois permite uma variação de intensidade de luz e de tempe-
ratura de cor, transitando em uma escala entre 2.700k a 6.500k. Mas o que isso significa? Quando o branco está
entre 2.700k e 3.000k, temos uma luz quente, perfeita para relaxar ou despertar a criatividade. Com 4.000k, a luz
é neutra, logo é ideal para trabalhar. Por fim, entre 5.000k e 6.500K, o resultado é uma luz branca fria, indicada
para alta concentração, já que desperta o estado de alerta no usuário - portanto, não é recomendada para uso du-
rante horas prolongadas.
“Cada vez mais, estamos conhecendo os efeitos da luz sob o ponto de vista psicológico, pois afeta o ritmo circa-
diano e resulta em alterações nos sentimentos de felicidade, tristeza, motivação, produtividade, o que no final resul-
ta em mais ou menos saúde. Poder escolher a intensidade da luz e as cores que mais nos agradam é um avanço sem
precedentes, capaz de permitir ao usuário controlar a sua relação com a luz”, conclui Donadon.

Novo centro de produção e logística de


Aplicaciones Tecnológicas
A Aplicaciones Tecnológicas S.A. concluiu a construção de um edifício industrial para aumentar a sua capacidade
de produção, armazenamento e logística. Estas novas instalações, de 4.734 metros quadrados, foram construídas sob
rigorosos critérios de eficiência energética, de acordo com o plano de crescimento sustentável da empresa.
As novas instalações de produção e logística de Aplicaciones Tecnológicas S.A. estão situadas no Polígono Indus-
trial de Andana, em Paterna, em um terreno de 5.403 m2., situado na Avenida de la Industria, 32. Este terreno está

POTÊNCIA 36
HOLOFOTE

diretamente ligado às principais vias de transporte rodoviário e ao Aeroporto Internacional de Valência. Os trabalhos
foram realizados pela IKS, empresa de serviços de construção e engenharia do grupo imobiliário INMOKING.
O edifício é composto por dois andares, com um piso térreo de 3.154 m2 para armazenamento e uma área de
produção dividida em diferentes compartimentos e 100,75 m2 de escritórios. O primeiro andar, por outro lado, tem
1.379 m2 também para o departamento de produção P&D+i, Administração, Comercial, Marketing, Design, Informá-
tica e Sistemas.
Para o planeamento e execução destas novas instalações, foi realizado um estudo detalhado do processo industrial
a fim de otimizar todas as suas fases: recepção de matérias-primas e produtos semiacabados, fabricação do produto
final, armazenamento e expedição da mercadoria. Todos os departamentos participaram na escolha a fim de incluir
as necessidades de cada equipe na conceção final antes do início da construção.
Produção, armazenamento e distribuição: mais capacidade para um melhor serviço
No primeiro piso estão as zonas de Produção, que contam com três áreas:
◗ Fabricação de produtos com circuitos eletrônicos, para os quais foram adquiridas novas máquinas Europlacer para
a linha de produção SMD com AOI.
◗ Fabricação e montagem de produtos metalmecânicos.
◗ Fabricação de dosímetros.
Estas salas são totalmente climatizadas, com isolamento em painel PIR e teto falso para gerar o ambiente limpo
necessário para a fabricação e manuseio de componentes sensíveis. Existe também uma área separada para a tria-
gem e reciclagem para cumprir com o processo circular de processamento de resíduos.
No piso térreo, o novo armazém quase duplica a capacidade de armazenamento atual, o que melhorará o arma-
zenamento, a rapidez de resposta às encomendas e a rotação das mercadorias.
Neste mesmo piso são as instalações de fabricação de solda exotérmica, três vezes maiores do que as existentes.
Além disso, foram adquiridas novas máquinas, o que resultará num aumento do volume de produção.
Estas instalações distinguem-se pela implementação de sistemas de extração de ar e controle de atmosfera para
evitar a presença de poeira noutras partes do espaço, bem como um novo laboratório de controle de qualidade.
Os dois pisos estão ligados por escadas e um empilhador de 3.000 kg para mercadorias e produção.

Sustentabilidade: Iluminação e Energia


A construção do novo centro de produção e logística da Aplicaciones Tecnológicas S.A. foi realizada sob critérios
de eficiência energética e sustentabilidade, certificando assim o compromisso da empresa em reduzir a sua
pegada de carbono e energias renováveis.
O novo edifício combina um sistema de iluminação natural e artificial concebido para conseguir
CLIQUE conforto de iluminação e otimização do consumo de energia.
AQUI
E VOLTE AO
A cobertura do edifício abriga uma instalação de painéis fotovoltaicos de 125,96 kW. Além
disso, para veículos elétricos e híbridos, estas novas instalações estão equipadas com carre-
SUMÁRIO gadores EV.

POTÊNCIA 37
MATÉRIA DE CAPA
DATA CENTER

Setor em alta
O MERCADO DE DATA CENTER ESTÁ EM PLENA EXPANSÃO NA
AMÉRICA LATINA, COMO UM TODO, E FORTEMENTE NO BRASIL.

POR PAULO MARTINS

S
egundo a Associação Brasileira de Data Center (ABDC), Data Center é o espaço que concentra
equipamentos de processamento, armazenamento e transmissão de dados e que possui uma in-
fraestrutura que garanta alta disponibilidade para o funcionamento destes sistemas. Atendendo
a praticamente todos os segmentos da economia, os Data Centers estão em ascensão no Brasil
e no mundo, por conta da necessidade crescente de digitalização.
De acordo com Gustavo Ruiz Moraes, presidente da ABDC, os Data Centers atendem todo e qualquer
tipo de empresa, desde uma startup até uma indústria consolidada, e também serviços públicos: “Temos
que imaginar que qualquer serviço que utilizamos em nossos smartphones, obrigatoriamente são proces-
sadas em algum Data Center. Costumo dizer que nos dias atuais precisamos de Data Center para usar um
serviço de transporte ou até mesmo para pedir uma pizza via aplicativo”, ilustra.
Segundo Moraes, o investimento em Data Center no Brasil historicamente sempre foi cíclico, passan-
do por picos e vales de aporte financeiro. “E, neste momento, é possível observar que estamos em mais
um pico de novas construções, que vão desde os players que já atuam no país e a chegada de novos
entrantes”, relata.

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E VOLTE AO
SUMÁRIO
Foto: ShutterStock

POTÊNCIA 38
MATÉRIA DE CAPA
DATA CENTER

O dirigente conta que a demanda por tecnologia

Foto: Divulgação
cresceu demais durante a pandemia de COVID-19,
obrigando pequenas empresas de serviços a se di-
gitalizarem, bem como escolas e consultórios, além
de assistirmos a uma mudança de comportamento
de todo o varejo no sentido de fortalecer cada vez
mais a experiência do e-commerce. “Toda essa de-
manda obrigou a que houvessem mais Data Cen-
ters para garantir todo este processamento. Com
o crescimento das redes de dados pelo interior do
Brasil e com a chegada do 5G, a tendência é de
que tenhamos cada vez mais demanda por dados
no Brasil nos próximos anos”, vislumbra Moraes.
Sergio Abela, diretor de Operações de Data
Center da Ascenty, comenta que os Data Centers
atendem os mais diversos segmentos, em especial
empresas com grande necessidade de armazena-
Neste momento, é possível observar que estamos
mento de dados, troca de tráfego e alta conectivi-
em mais um pico de novas construções, que vão
dade. “Com base em nossa experiência junto ao
desde os players que já atuam no país até a
mercado, os principais setores que demandam chegada de novos entrantes.
soluções de Data Centers são: tecnologia, espe-
GUSTAVO MORAES | ABDC
cialmente os gigantes players da nuvem, teleco-
municações, financeiro, serviços, saúde, mídia e
educação”, menciona.
Para o executivo, o mercado de Data Center está em plena expansão na América Latina, como um
todo, e fortemente no Brasil. “A demanda por serviços de TI é crescente, temos mais equipamentos inteli-
gentes a nossa volta, conectados à Internet. São novas soluções surgindo a todo momento e todas preci-
sam do suporte de um Data Center. Temos as grandes clouds em plena expansão, serviços de streaming
substituindo a TV aberta, soluções de inteligência artificial agora disponíveis a todos, conteúdo, vídeos e
fotos sendo gerados em profusão e postados ou armazenados na nuvem. Além disso, muitas corporações
estão deixando os seus pequenos Data Centers próprios para migração híbrida à cloud e ao colocation.
Melhoram a sua troca de tráfego com as demais empresas, melhoram a confiabilidade e conseguem cus-
tos competitivos adotando o melhor das duas alternativas”, analisa Sergio Abela.

Ilustração: ShutterStock

POTÊNCIA 39
MATÉRIA DE CAPA
DATA CENTER

Foto: Divulgação
A Ascenty é líder no mercado de colocation na
América Latina. Através de suas soluções, ela aju-
da outras empresas em toda as fases do projeto
de implementação de Data Center, auxiliando no
desenvolvimento da continuidade dos negócios e
na utilização de conectividade de alta eficiência.
Ou seja, a Ascenty fornece a infraestrutura para
armazenar os servidores de seus clientes, a co-
nectividade e a mão de obra para operar o Data
Center. Assim, propicia a diminuição de custos
operacionais com infraestrutura e aumento da dis-
ponibilidade de serviços através de Data Centers
de excelência mundial.
A Ascenty possui 34 unidades de Data Centers,
sendo 24 em operação e 10 em construção. São
20 em operação no Brasil, dois no Chile e dois no
México. Em construção são seis no Brasil, um no
Com base em nossa experiência junto ao
mercado, os principais setores que demandam
Chile, um no México e dois na Colômbia. A previ-
soluções de Data Centers são: tecnologia, são é que os dez data centers estejam todos em
especialmente os gigantes players da nuvem, operação até o primeiro semestre de 2025.
telecomunicações, financeiro, serviços, saúde, Francisco Degelo, gerente de Desenvolvimento
mídia e educação. de Negócios de Data Center da Vertiv LATAM, con-
SERGIO ABELA | ASCENTY ta que historicamente o mercado de Data Centers
tem experimentado um crescimento significativo
em todo o mundo, impulsionado pela crescente de-
manda por armazenamento e processamento de dados, que por sua vez é impulsionada por tendências
como o aumento do uso de serviços em nuvem, o crescimento do comércio eletrônico, a adoção de tecno-
logias de inteligência artificial e o aumento da conectividade global.
No Brasil, a área de Data Centers tem acompanhado essa tendência global, com empresas e orga-
nizações expandindo suas infraestruturas de TI para atender às crescentes demandas do mercado. “O
Brasil é um país com uma economia em desenvolvimento e uma população grande, o que contribui para
a demanda por serviços de Data Center. Além disso, o país tem enfrentado desafios relacionados à
Foto: ShutterStock

POTÊNCIA 40
MATÉRIA DE CAPA
DATA CENTER

segurança cibernética e conformidade regula-


tória, o que pode impulsionar a necessidade
de Data Centers confiáveis e seguros. Posso
ainda acrescentar que o mercado de Data
Centers, em toda a América Latina, e com
ênfase no Brasil, apresenta índice de

ock
crescimento significativo, de dois dí-

Foto: ShutterSt
gitos pelo menos, mesmo com situa-
ções de crise vividas nos últimos anos,
sejam elas econômicas ou sanitárias”,
destaca Degelo.
Francisco Degelo entende que o mercado
de Data Centers no Brasil definitivamente é con-
siderado um setor em evolução e que o país tem experimentado um crescimento significativo nas últimas
décadas, em termos de infraestrutura de tecnologia da informação, incluindo Data Centers. De acordo com
ele, vários fatores têm impulsionado essa evolução. Primeiramente, o aumento da digitalização em diversas
áreas, como comércio eletrônico, serviços bancários on-line, mídia digital e governança eletrônica tem ele-
vado a demanda por infraestrutura de Data Center para armazenar e processar grandes volumes de dados.
Além disso, prossegue Degelo, o Brasil tem testemunhado um crescimento notável na adoção de ser-
viços em nuvem, à medida que mais empresas e organizações migram suas operações e aplicativos para
a nuvem. Isso exige uma infraestrutura robusta de Data Center para suportar a demanda crescente por
serviços em nuvem.
Outro fator que impulsiona o mercado de Data Centers no Brasil é a necessidade de conformidade
com regulamentações de segurança e privacidade de dados. “Com a implementação da Lei Geral de
Proteção de Dados (LGPD) no país, as empresas estão buscando soluções de Data Center confiáveis e
seguras para garantir o armazenamento e processamento adequado de dados sensíveis. Esses elemen-
tos combinados têm contribuído para a evolução do mercado de Data Centers no Brasil, com a construção
de novas instalações e a expansão das existentes. No entanto, é importante destacar que as condições
do mercado podem variar e estão sujeitas a fato-

Foto: Divulgação
res econômicos, tecnológicos e regulatórios, que
podem influenciar o ritmo e a direção dessa evolu-
ção”, aponta Degelo.
Também para Alex Sasaki, diretor de Aplica-
ções de Tecnologia e Gestão de Vendas da Vertiv
América Latina, o Brasil segue com crescimento
acelerado na construção de novos Data Centers

O mercado de Data Centers, em toda a América


Latina, e com ênfase no Brasil, apresenta
índice de crescimento significativo, de dois
dígitos pelo menos, mesmo com situações
de crise vividas nos últimos anos, sejam elas
econômicas ou sanitárias.
FRANCISCO DEGELO | VERTIV

POTÊNCIA 41
MATÉRIA DE CAPA
DATA CENTER

e o mercado continua muito movimentado, com

Foto: Divulgação
muitas aquisições, fusões e o surgimento de novos
entrantes. “A expectativa é de que este crescimen-
to continue nos próximos anos, impulsionado por
motivadores como: implementação da Lei Geral de
Proteção de Dados e novas tecnologias, como 5G,
Inteligência Artificial etc.”, opina.
Robson Pacheco, Data Centers Sales Manager
da Vertiv Brasil comenta que as perspectivas do
mercado de Data Centers continuam a melhorar e
a atrair novos investidores em toda nossa região
LATAM, à medida que se observa a consolidação
de ambientes críticos, especialmente para atender
à crescente demanda por instalações de dados
em hiper ou mega escala: “E, diante de um cenário
que já se encaminha para uma condição de maturi-
dade digital, nos próximos três anos espera-se que
A expectativa é de que este crescimento a indústria global de Data Centers aumente ainda
continue nos próximos anos, impulsionado por mais, se tonando ainda mais dinâmica e ofertando
motivadores como: implementação da Lei Geral
eficiência e resiliência ideais para um setor que se
de Proteção de Dados e novas tecnologias, como
torna cada vez mais exigente e amadurecido”.
5G, Inteligência Artificial etc.
ALEX SASAKI | VERTIV A Vertiv reúne hardware, software, analytics e
serviços contínuos para garantir que as aplicações
vitais dos clientes funcionem continuamente, te-
nham um desempenho ótimo e que cresçam de acordo com as necessidades do seu negócio. A Vertiv
resolve os mais importantes desafios enfrentados pelos atuais Data Centers, redes de comunicação e
instalações comerciais e industriais, com um portfólio de soluções e serviços de energia, refrigeração e
infraestrutura de TI que se estende do cloud ao edge da rede.

Perspectivas e tendências de mercado


De acordo com Gustavo Moraes, algumas estimativas atuais dão conta de que o Brasil deva ter cerca
de 200 Data Centers comerciais, o que deve perfazer cerca de 0,5% da estrutura mundial de DCs comer-
ciais. Neste momento, a ABDC está fazendo um estudo de quantos Data Centers on-pimesis temos no
país. “Estamos confiantes de que o mercado de Data Centers comerciais pode dobrar de tamanho nos
próximos 5 anos. Não pela quantidade de novos, mas por conta dos novos projetos serem de grande
porte”, avalia o presidente da ABDC.
Alex Sasaki, da Vertiv, cita a existência de um relatório da consultoria Arizton que diz que o mercado
de Data Centers no Brasil deve chegar a até 4,43 bilhões de dólares em 2028.
Sobre a necessidade de construção de novos Data Centers, Gustavo Moraes diz que em geral ela é
alinhada à demanda por cloud computing. “Historicamente ela já teve picos e vales. Neste momento acre-
ditamos que teremos uma constância por diversos anos”, acredita.
Sergio Abela, da Ascenty, observa que novas unidades estão em construção para atender vendas já
concretizadas e também para permitir que haja data halls disponíveis a pronta entrega. “Desenvolvemos

POTÊNCIA 42
MATÉRIA DE CAPA
DATA CENTER

Foto: ShutterStock
um trabalho contínuo de antecipação das necessidades dos clientes, a fim de entregar mais espaço de
armazenamento de forma rápida e com conectividade superior para acompanhar a evolução do merca-
do”, informa.
Ainda de acordo com Alex Sasaki, além da demanda necessária para suportar estas tecnologias e
mercados, existe uma grande pressão por parte de investidores e clientes para que os novos Data Cen-
ters sejam mais sustentáveis e eficientes. “Isto faz com que haja sempre uma necessidade constante de
investimentos no setor”, aponta.
Para Gustavo Moraes, a perspectiva para este segmento nos próximos anos é de pleno crescimento,
com muitos investimentos chegando e uma demanda por mão de obra qualificada que precisa ser prepa-
rada para que possamos ir para o tamanho de mercado que precisamos ter.
Sergio Abela entende que a perspectiva é de plena expansão, crescendo a taxas superiores a 20%
ao ano. “É recorrente que recordes de vendas e construção sejam batidos, mostrando que o crescimento
continua em ritmo acelerado, que se intensificou no início da pandemia e se mantém”.
Francisco Degelo, da Vertiv, diz que a demanda por serviços de Data Center deve continuar crescendo,
impulsionada pelo aumento do uso de serviços em
nuvem, pela digitalização de setores econômicos,

Foto: Divulgação
pela expansão do comércio eletrônico, pela ado-
ção de tecnologias como Inteligência Artificial e
Internet das Coisas e pelo aumento geral na gera-
ção de dados. “À medida que a demanda aumen-
ta, espera-se que mais empresas e provedores de

Diante de um cenário que já se encaminha


para uma condição de maturidade digital,
nos próximos três anos espera-se que a
indústria global de Data Centers aumente
ainda mais, se tonando ainda mais dinâmica
e ofertando eficiência e resiliência ideais
para um setor que se torna cada vez mais
exigente e amadurecido.
ROBSON PACHECO | VERTIV

POTÊNCIA 44
MATÉRIA DE CAPA
DATA CENTER

serviços invistam na expansão da capacidade de seus Data Centers existentes ou na construção de novas
instalações. Além disso, a localização estratégica dos Data Centers se tornará cada vez mais importante,
buscando oferecer baixa latência, proximidade com os usuários finais e conformidade regulatória”, com-
plementa.
Degelo menciona também que a eficiência energética será uma preocupação crescente nos próximos
anos. “Além disso, as empresas estão cada vez mais preocupadas com uma abordagem ESG de seus
negócios. Com isso, não somente o consumo de energia (por razões econômicas e ambientais), mas
também o consumo racional de materiais, impacto nas comunidades locais e conformidade regulatória,
para citar apenas alguns exemplos, assumem um caráter estratégico na tomada de decisão sobre novas
ações. O conceito de responsabilidade pelo ciclo total de vida dos produtos aparece, com os Data Cen-
ters olhando toda a cadeia de fornecimento de seus insumos e seus impactos, e depois continuando com
o processamento final desses produtos, após o fim de sua utilização”, destaca.

Foto: ShutterStock
Degelo identifica ainda que a arquitetura dos Data Centers está passando por mudanças significativas,
impulsionadas pelo aumento da virtualização, pela adoção de tecnologias de contêineres e pela migração
para modelos de infraestrutura definida por software (Software-Defined Infrastructure - SDI). Essas mudan-
ças visam melhorar a flexibilidade, escalabilidade e eficiência operacional dos Data Centers.
Outra perspectiva anunciada por Degelo são os avanços em segurança e conformidade. Com a cres-
cente conscientização sobre segurança cibernética e proteção de dados, espera-se que haja um foco
cada vez maior em medidas de segurança e conformidade regulatória nos Data Centers. “Isso inclui a im-
plementação de práticas robustas de segurança física e lógica, além de conformidade com regulamenta-
ções de privacidade de dados, como a Lei Geral de Proteção de Dados (LGPD) no Brasil e o Regulamento
Geral de Proteção de Dados (GDPR) na União Europeia. É importante ressaltar que essas perspectivas
podem ser influenciadas por diversos fatores, como mudanças tecnológicas, condições econômicas, po-
líticas governamentais e evolução das necessidades dos usuários finais”, conclui.
Sobre as principais tendências tecnológicas envolvendo Data Centers, Robson Pacheco, da Vertiv,
menciona a Edge Computing, 5G, Inteligência Artificial (IA), Machine Learning, metaverso e Internet das
Coisas (IoT). “Essas são algumas das tecnologias emergentes que continuarão sendo tendências no

POTÊNCIA 45
MATÉRIA DE CAPA
DATA CENTER

Brasil e na América Latina, de acordo com especialistas do nosso setor. Os Data Centers estão em uma
escala de crescimento forte, o que deve ser ainda mais acentuado nos anos de 2023, 2024 e 2025,
uma vez que as tecnologias como Big Data, Cloud Computing, Inteligência Artificial (IA) e Machine Lear-
ning são componentes do ecossistema das tendências atuais, e com isso podemos observar que estão
presentes no dia a dia dos consumidores, especialmente na implantação da tecnologia do 5G e Edge
Computing”, observa.
Para Gustavo Moraes, a tendência que permeia a construção e gestão dos Data Centers está direta-
mente ligada aos conceitos de sustentabilidade. “Já que são estruturas que possuem um grande consumo
energético, todos os projetos estudam de que forma o novo empreendimento pode ser mais eficiente, e
desta forma, obriga as equipes de operação e gestão a garantirem processos que mirem essas métricas
de eficiência durante o funcionamento do site”, indica o presidente da ABDC.
De acordo com Sergio Abela, da Ascenty, para a construção, os equipamentos empregados costumam
ser os mesmos. O que tem evoluído bastante é a eficiência. “Há uma importante evolução tecnológica
buscando maior sustentabilidade, trazendo redução de consumo elétrico com maior confiabilidade e re-
siliência. Para a operação de Data Centers vemos um crescimento da automação e uso de inteligência
artificial para tornar os processos mais eficientes e sustentáveis. As principais tendências dentro da au-
tomação são: convergência de IT & OT, digitalização de OT, pontos únicos de informação, uso de IA para
auxiliar na administração e segurança cibernética de OT”, enumera.

Fornecedores do setor
A construção de Data Centers demanda diversos tipos de equipamentos e soluções da área elétrica
e eletrônica, tais como: hardware de computação, equipamentos de rede como roteadores, sistemas de
segurança, armazenamento, sistemas de gerenciamento, incluindo software e aplicativos, além de equi-
pamentos de gerenciamento de energia, tal como sistemas de alimentação ininterrupta, mais conhecidos
como UPS, geradores de energia, ar-condicionado, sistema de detecção e combate a incêndio, sistema
de CFTV, controle de acesso, etc.
Outra linha de produtos empregados são os fios e cabos. Gustavo Verrone Ruas, diretor da COBRE-
COM, informa que entre os produtos da empresa que podem ser especificados em Data Centers estão
os cabos de 1 kV, como os das linhas Superatox,

Foto: Divulgação
GTEPROM, Cobre Nu e Multinax.
Os Cabos Superatox Flex HEPR 90 ºC 0,6/1 kV
com 1, 2, 3 e 4 condutores podem trazer diversas
vantagens para a instalação elétrica de qualquer
tipo de imóvel, sendo o seu grande diferencial o
fato de proporcionar ainda mais segurança. Isso
porque os cabos não halogenados são condutores

O mercado de construção de Data Centers


no Brasil e na América Latina está em amplo
crescimento e promete avançar ainda mais
no decorrer dos próximos meses e também
nos próximos anos.
GUSTAVO RUAS | COBRECOM

POTÊNCIA 46
MATÉRIA DE CAPA
DATA CENTER

isolados, sendo cabos unipolares ou multipolares cujo material isolante não possui em sua composição
halogênio, nitrogênio e enxofre, que são materiais altamente tóxicos em casos de incêndio.
Já o Cabo GTEPROM Flex HEPR 90 ºC 0,6/1 Kv é recomendado para os circuitos de alimentação e dis-
tribuição de energia, em instalações industriais, subestações de transformação ao ar livre ou subterrâneas;
em locais de excessiva umidade ou diretamente enterradas no chão; em eletrodutos, bandejas e canaletas.
O Cabo de Cobre Nu (TMD – Têmpera Meio Dura), por sua vez, é indicado para instalações de linhas
aéreas de transmissão de energia elétrica e no sistema de aterramento. Por fim, o Cabo Multinax Flex
HEPR 90 º C é indicado para os circuitos de alimentação e distribuição de energia elétrica para até 0,6/1kV,
nas instalações fixas comerciais, residenciais e industriais que requeiram flexibilidade nas instalações de
painéis, caixas de derivação, entre outros.
Na opinião de Gustavo Verrone Ruas, o mercado de construção de Data Centers no Brasil e na América
Latina está em amplo crescimento e promete avançar ainda mais no decorrer dos próximos meses e tam-
bém nos próximos anos. “Isso se dá principalmente pelo investimento de grandes provedores que avaliam
o nosso país como grande mercado no segmento, por causa da oferta de infraestrutura de conectividade
no Brasil e também pela grande competitividade e saturação de Data Centers em países europeus e tam-
bém nos Estados Unidos”.
No momento, as vendas da COBRECOM para o segmento estão estáveis. “Temos boas perspectivas e
estamos trabalhando arduamente para o crescimento das vendas nos próximos meses”, avisa Ruas.

Por dentro do Data Center


Sergio Abela, diretor de Operações de Data Center da Ascenty explica que Data Center é uma edifica-
ção apropriada para a instalação e operação de equipamentos de TI, como servidores, storages e equipa-
mentos de redes. Nestes locais que os serviços de operações em nuvens estão instalados, os serviços de
streaming, processamento de cartões de crédito, redes sociais, sites, armazenamento de dados (as fotos
e arquivos que estão na nuvem estão guardadas em um Data Center), ou seja, tudo o que acessamos no
dia a dia, opera em um Data Center.
Estes espaços são projetados para que tenham uma infraestrutura resiliente e redundante, podendo
fornecer energia ininterrupta, sistema de climatização de precisão, sistemas de detecção e combate a
incêndio, sistemas de segurança física (controles de acesso e CFTV), cabeamento estruturado e sistemas
de monitoramento e operação. Foto: ShutterStock

POTÊNCIA 47
MATÉRIA DE CAPA
DATA CENTER

Contam com diferentes níveis de redundância para que possam prover o suporte à operação de TI,
conforme a sua necessidade. O projeto, a construção e a operação de um Data Center seguem tipica-
mente a norma EIA/TIA 942, que estabelece os critérios arquitetônicos, mecânicos, elétricos e de conec-
tividade, classificando o data center em quatro níveis ou camadas possíveis: Tier 1, Tier 2, Tier 3 ou Tier 4.
A categorização de um Data Center em algum desses níveis irá determinar a sua confiabilidade, dis-
ponibilidade, redundâncias adotadas para os principais sistemas e a sua capacidade de manutenção sem
gerar impacto ao funcionamento dos equipamentos de TI.
“O mais usual é o Data Center Tier 3, que alinha uma excelente confiabilidade com os custos mais
adequados. É extremamente seguro, com redundâncias que permitem realizar manutenções sem o desli-
gamento de sistemas do Data Center. Os Data Centers Tier 1 e 2 são considerados menos confiáveis, mais
básicos, praticamente sem redundâncias, sendo aplicados em operações que possam ser interrompidas
sem prejuízos aos usuários. Os Data Centers Tier 4 demandam custos de investimentos e de operação
muito altos, não trazendo tipicamente um benefício percebido pela área de TI. Normalmente as operações
muito críticas preferem adotar múltiplos DCs Tier 3 do que apenas um Tier 4”, detalha Sergio Abela.

Ilustração: ShutterStock
Ainda segundo Sergio Abela, são cinco os tipos de Data Centers disponíveis no mercado:
1. Enterprise: um dos modelos mais comuns do mercado. A principal característica é que toda a infraes-
trutura do Data Center se encontra dentro da própria empresa, ou seja, ela é exclusiva. Embora tenha
um alto custo de estruturação e manutenção, diversas organizações optam por este formato. Isso por-
que permite um controle maior sobre as operações e processos relacionados à segurança.
2. Colocation: diferentemente do Enterprise, se baseia em uma gestão descentralizada. Nesse formato,
a infraestrutura física não se encontra dentro da empresa, mas em um ambiente externo, fornecido
por um provedor. Portanto, o negócio pode contratar espaço, hardware, largura de banda e diversas
soluções para Data Center, conforme sua demanda. Isso significa que, mesmo sem um orçamento
elevado para ter sua própria infraestrutura, é possível contar com centro de processamento de dados.
3. Internet: esse tipo de Data Center é baseado na nuvem, sendo classificado como virtual. Isso significa
que também dispensa a construção de infraestrutura própria, já que as informações ficarão hospedadas
e processadas nos servidores de um provedor. É importante saber que várias empresas compartilham

POTÊNCIA 48
Com as Canaletas
Aparentes é possível
utilizar, em uma
mesma instalação,
cabos de energia, voz,
dados e imagem.
Além disso, essa linha conta com uma completa gama
de acessórios que garantem melhor acabamento e
facilidade na instalação. Também vale lembrar que o
esses sistemas de canalização atendem às Normas de
cabeamento EIA/TIA 569A e NBR 14565.

Além da cor branca as Canaletas e


Acessórios agora estão disponíveis nas
cores cinza metalizado e preta, trazen-
do mais sofisticação, modernização e
versatilidade ao seu ambiente!

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MATÉRIA DE CAPA
DATA CENTER

a infraestrutura, que é de propriedade do provedor. Assim, o acesso às informações é feito por meio
da Internet.
4. Hyperscale: projetado para atender operações em larga escala. Por isso, conta com uma infraestru-
tura robusta, capaz de suportar atividades que demandam grande volume de armazenamento e alto
poder de processamento. Por ser vital para o funcionamento de atividades importantes, o modelo
precisa contar com mecanismos reforçados para garantir a continuidade das operações. Em outras
palavras, conta com uma infraestrutura de ponta, com redundância, backup e complexas redes de
comunicação e fornecimento de energia.
5. Edge: voltado para operações que demandam uma comunicação mais ágil entre os usuários e os ser-
vidores, solucionando o problema da latência. O termo Edge significa borda, o que traduz bem o seu
funcionamento. Nesse formato, os Data Centers são menores e mais numerosos, a fim de cobrir uma
área maior do território e estar o mais próximo possível dos usuários finais dos serviços.
Para explicar como um Data Center funciona, Sergio Abela, da Ascenty, divide o tema em três tópicos:

1- CONECTIVIDADE
O Data Center não funciona isolado do mundo. É necessário que as informações que são tratadas em um
DC cheguem ao usuário final. Por exemplo, um site que hospeda um serviço de streaming precisa conseguir
se comunicar com todos os seus assinantes, precisa fazer com que o filme chegue até a casa do usuário.
Então, todo DC tem que fazer parte de uma grande teia de telecomunicações em que as informações
cheguem rapidamente, sejam processadas e voltem para o demandante. Tudo na velocidade de um clique.
Um Data Center isolado não tem serventia. Para que isso seja possível, o DC possui salas onde che-
gam as fibras ópticas, onde são instalados equipamentos de Operadoras de Telecomunicações e onde há
cabeamento estruturado que faz a conexão entre este ambiente e os data halls.

2- SERVIÇOS DE TI
O coração do DC é o data hall. É onde tudo acontece. Os servido-
res, os switches e os storages estão instalados aqui e é neles que
a magia acontece: as informações são processadas, os dados
são gerenciados e a troca de informações ocorre. Quando
fazemos uma compra on-line, por exemplo, a informação
sai do celular, segue pela rede da operadora até o DC
onde o servidor está instalado, é processada pelo
servidor, gravada nos discos, a autorização é obtida
através da comunicação com a operadora do cartão
de crédito, a transação é concluída e retorna a você
com as informações finais.
O Data Center existe por conta dessa sala. Aqui
é utilizada a energia ininterrupta, o ambiente é cli-
matizado para retirar o calor dos equipamentos de
TI, os sistemas de segurança física estão presen-
tes, assim como o sistema de detecção e combate
a incêndio.

Ilustração: ShutterStock

POTÊNCIA 50
MATÉRIA DE CAPA
DATA CENTER

3- INFRAESTRUTURA
Aqui vamos detalhar os sistemas que estão presentes para suportar o DH:

A) SISTEMA ELÉTRICO
O sistema elétrico precisa garantir que sumem é transformada em calor. Então
nunca faltará energia elétrica para todos os num DH típico de 2MW de energia, pra-
equipamentos de TI. Tipicamente é com- ticamente toda esta energia é transfor-
posto por geradores, UPSs, transformado- mada em calor. É como se 370 chuveiros
res e painéis de distribuição. elétricos estivessem ligados ao mesmo
tempo, esquentando o ambiente.
Simplificadamente, a energia chega-
rá ao campus, será transformada de alta Para retirar este calor, tipicamente
(138.000 Volts) ou média (13.800 Volts) ten- é adotado um sistema indireto, onde
são para baixa tensão (480 Volts) por meio é utilizada a água em sistema fechado
de transformadores. Passará pela UPS – como um meio para a troca de tempera-
um nobreak de grande porte – que possui tura. Importante salientar que, por ser um
a capacidade de proteger a alimentação sistema fechado, não há perda de água.
elétrica que vai para o DH. Caso falte ener- Do lado de fora do prédio são instala-
gia, as baterias presentes nas UPSs (mais dos chillers – equipamentos de grande
de 400 baterias para um DH) irão manter porte que funcionam como uma enorme
a sala alimentada por alguns segundos geladeira. A água passa por estes equi-
até a partida dos geradores. Assim que os pamentos, entrando, por exemplo, a 18
geradores entram em operação, passam °C e é resfriada a 10 °C. A água a 10 °C é
a alimentar todas as cargas e a recarregar bombeada até os fancoils – equipamen-
as baterias. Tudo isso é feito em menos de tos que parecem gigantescos radiadores
um minuto. de carros – que estão ao lado dos DHs.
Por meio de ventiladores, o ar é forçado
Todos os equipamentos possuem re-
a passar por estes fancoils e é resfriado
dundâncias que garantem que, mesmo em
caso de falha, a energia continue chegando
aos equipamentos de TI sem interrupções.
Permitem também que os equipamentos
do sistema elétrico possam sofrer manuten-
ções sem interrupção do fornecimento de
energia.

B) SISTEMA MECÂNICO
O sistema mecânico é o responsável
por garantir a temperatura adequada
de operação para os equipamentos de
TI. Quando os processadores estão em
funcionamento, toda a energia que con-

Ilustração: ShutterStock

POTÊNCIA 51
MATÉRIA DE CAPA
DATA CENTER

para voltar para o DH. Este ar frio é insufla- norteiam a ação das equipes locais que atu-
do por baixo do piso elevado e chega até am em regime 24x7 (vinte e quatro horas por
os racks onde estão os equipamentos de dia, sete dias por semana).
TI. Ao passar pelo servidor, o ar se aquece
A automação permite a operação auto-
e é direcionado novamente para os fan-
matizada dos sistemas e em alguns casos a
coils. Desta forma, cria-se um fluxo contínuo
sua operação a partir das salas de monitora-
de trocas de calor, mantendo o DH na tem-
mento.
peratura ideal para os equipamentos de TI.

E) SISTEMA DE SEGURANÇA FÍSICA


C) S
 ISTEMA DE COMBATE E DETECÇÃO A
São os sistemas que protegem ativamen-
INCÊNDIO
te o acesso aos ambientes e monitoram to-
Como não pode haver falhas e estamos
dos os ambientes do Data Center e seu perí-
tratando de grandes quantidades de equi-
metro. É composto pelo sistema de controle
pamentos e de energia, é necessário dispor
de acesso que utiliza leitoras de crachás,
de um sistema que possa garantir que, se
atrelados a leitores biométricos. Isto garante
algo sair errado e houver um princípio de
que apenas pessoas autorizadas consigam
incêndio, haverá a tratativa adequada.
acessar as diversas áreas do Data Center.
Os sistemas de detecção são capazes O sistema de CFTV é configurado para que
de prever que há um problema com algu- não haja áreas de sombras e para alarmar
mas horas de antecedência, através do em- automaticamente se houver a passagem de
prego dos equipamentos de detecção pre- pessoas em ambientes não autorizados.
coce, permitindo que a equipe local atue
antes do princípio do incêndio. Se a situa-
ção seguir e houver incêndio, os detecto-
res irão disparar o sistema de combate que
utiliza um gás inerte liberado automatica-
mente e apaga o fogo sem a necessidade
da atuação humana.

D) S
 ISTEMA DE MONITORAMENTO,
AUTOMAÇÃO E CONTROLE
Para acompanhamento de todos os sis-
temas de infraestrutura presentes em
um Data Center é necessário um
sistema de monitoramento.
É possível acompanhar em
tempo real todas as infor-
mações da infraestrutura
e receber os alarmes que

Ilustração: ShutterStock

POTÊNCIA 52
ARTIGO
DATA CENTER

Por que
empresas
brasileiras
estão retornando
aos Data Centers?
C
ustos, dificuldades com gerenciamento de diferentes interfaces, segurança e conectividade têm
feito as empresas brasileiras desistirem do multicloud e manter seus dados e aplicações dentro
de casa.
Um levantamento realizado no segundo semestre de 2022 com CEOs e CISOs, apontou que
43% das empresas afirmaram ter repatriado aplicações para o Data Center. O motivo apontado para essa
mudança são os desafios em controle de dados, segurança e redução de custos. 
Outra pesquisa, feita pela IDC Brasil, apontou que 59% das empresas mantêm aplicações críticas em
infraestruturas próprias, o que mostra que muitas organizações ainda preferem ambientes tradicionais de TI.
Uma das razões desses números é que muitas empresas, como as de manufatura, estão instaladas
em regiões afastadas de grandes centros, onde a latência de rede interfere na eficiência da operação de
aplicações mais críticas. Por isso a melhor opção é usar Data Center local. No levantamento da IDC, a co-
nectividade foi apontada por 39% dos entrevistados como o principal empecilho para a adoção da nuvem,
seguida pela falta de previsibilidade.
Outra razão é a preocupação com a segurança dos dados, em serviços multicloud as empresas con-
fiam essas informações a terceiros. Como o Data Center está fisicamente conectado à rede local, torna-se
Foto: ShutterStock

POTÊNCIA 53
ARTIGO
DATA CENTER

mais fácil garantir que apenas pessoas com credenciais e dispositivos aprovados possam acessar aplica-
tivos e informações armazenados. 
Os Data Centers são projetados já com a segurança em mente. Eles têm medidas robustas de
segurança física e digital para proteger os dados contra roubo, acesso não autorizado e desastres
naturais.
Existe ainda a dificuldade das empresas no gerenciamento de nuvens múltiplas, por contemplarem
muitas tecnologias, terminologias, serviços e interfaces diferentes. Os profissionais de TI precisam empre-
gar um esforço gerencial maior, que seja capaz de resolver esse desafio.
Além disso, outros fatores influenciam esse cenário. O on premisse se torna ideal para empresas que
precisam de um sistema dedicado que permita controle total sobre os dados e o hardware. Outro ponto é
que mesmo que haja uma interrupção do serviço de internet, a equipe ainda terá acesso aos documentos,
para que possam continuar tarefas off-line.
Então é natural a preferência do on premisse pelas empresas, principalmente as que priorizam o con-
trole e a segurança dos dados. Eles são projetados para serem confiáveis, eficientes, além de ser confi-
gurado sob medida para as necessidades do cliente.

Foto: ShutterStock

RICARDO PERDIGÃO DIRETOR DA TECNOCOMP

POTÊNCIA 54
ARTIGO
DATA CENTER

Quando Faz Sentido Ter um Data


Center Modular? Os Data Centers
Modulares Pré-Fabricados são uma
escolha cada vez mais popular

A
s redes atuais são construções híbridas e complexas, normalmente com um Data Center empre-
sarial no centro garantindo interações sem interrupções entre os recursos na nuvem, em colo-
cation e na borda. O mix se altera constantemente, reagindo a demandas de capacidade espe-
cíficas e a forças externas do mercado. A construção de Data Centers desacelerou durante a
pandemia da Covid-19, levando a uma limitação da disponibilidade justo quando aplicações com grande
necessidade de computação, como IA e aprendizado de máquina, estavam se intensificando. Problemas
com a cadeia de suprimentos continuam a limitar a capacidade disponível. Essa realidade força as organi-
zações a considerar alternativas para atender às suas necessidades urgentes por capacidade, e as solu-
ções modulares pré-fabricadas são uma escolha cada vez mais popular.  
As tecnologias modulares são soluções sofisticadas, customizáveis e escaláveis para os desafios mo-
dernos relativos à capacidade, oferecendo uma confiabilidade construída na fábrica, implementação rá-
pida, flexibilidade e eficiência, que vão além das possibilidades das construções tradicionais no local ou
outras alternativas.   

Capacidade de Data Center -


 

onde, quando e quanto?


Correndo o risco de dizer o óbvio, o mercado de colocation (colo) está em expansão, com cerca de 5000
Data Centers de colocation no mundo e com aproximadamente 1 em cada 5 organizações atualmente
Foto: ShutterStock

POTÊNCIA 55
ARTIGO
DATA CENTER

locando capacidade de provedores terceirizados. O mercado deve crescer a uma taxa de crescimento


anual composta (CAGR) de 6,5% até 2027, eventualmente chegando a US$ 136 bilhões em 2028.  
Uma grande parte da força de trabalho passou a ter uma modalidade de trabalho híbrida ou remota
durante a pandemia, e muitas organizações ajustaram suas estratégias de rede para acomodar esse
novo modelo. As redes tornaram-se ainda mais descentralizadas e dependentes de métodos híbridos,
alavancando recursos na nuvem, em colos e na borda conforme as organizações foram repensando o
papel do Data Center empresarial tradicional. O tempo médio de tela dos adultos aumentou entre 60 a
80% durante a pandemia, houve uma explosão do streaming de vídeos e um súbito avanço na quantidade
de videoconferências, sobrecarregando as redes que não foram construídas com esse propósito.
Nos últimos 20 anos, as colos foram uma solução confiável para empresas buscando adicionar capa-
cidade rapidamente, mitigar os desafios da latência ou expandir além da sua presença física. Entretanto,
conforme operadores de Data Centers empresariais buscam dar suporte a uma maior carga de compu-
tação devida às avançadas tecnologias computacionais, como aprendizado de máquina e inteligência
artificial, e dar suporte à maior complexidade - e às necessidades de alimentação e refrigeração - a capa-
cidade disponível no mercado torna-se limitada. As organizações estão se voltando para novos parceiros
que os ajudem a rapidamente atualizar suas instalações de forma a dar suporte à computação avançada
necessária e às arquiteturas de maior densidade.

O Data Center Modular como uma alternativa


 
Como resultado dessa dinâmica de mercado evolutiva, várias organizações necessitam adicionar ca-
pacidade com urgência. Elas estão crescendo, dependendo mais do que nunca das aplicações digitais, e
as opções internas não são suficientes. Assim, elas estão buscando formas de adicionar capacidade rapi-
damente, de forma fácil e que não comprometa a segurança da rede ou a lucratividade. Cada vez mais, a
alternativa preferida é a computação modular pré-fabricada. 
Os data centers modulares pré-fabricados não são novos, porém as tecnologias e práticas de constru-
ção foram consideravelmente refinadas desde seu surgimento há aproximadamente 15 anos. Essas soluções

Foto: ShutterStock

POTÊNCIA 56
DAT CONTROLER ® REMOTE
Smart para-raios

A vanguarda tecnológica que garante economia,


segurança e eficácia

Para-raios com dispositivo de antecipação,


autodiagnóstico e tecnologia IoT

Ă Tecnología que protege.

DAT CONTROLER® REMOTE é um para-raios ESE (Early Streamer


Emission) que baseia o seu funcionamento nas características
elétricas da formação do raio, emitindo o traçador contínuo
ascendente antes de qualquer outro objeto dentro do seu raio de
proteção.

Ă Tecnología inteligente.

Incorporação da conectividade IoT, permitindo a auto-avaliação e a


comunicação diária do estado do para-raios, tornando-o o primeiro
para-raios inteligente no mercado.

(+34) 961 318 250 at3w.com


www.at3w.com comercial.br@at3w.com +55-31-99528-3812
ARTIGO
DATA CENTER

de TI sofisticadas e completamente integradas podem ser configuradas para atender necessidades espe-
cíficas e podem ser implementadas rapidamente onde a computação for necessária.  
O mercado está prestando atenção. Em uma recente pesquisa da OMDIA realizada com tomadores
de decisão de Data Centers, 52% deles disseram já ter implementado soluções modulares integradas e
99% afirmaram planejar fazê-lo no futuro. De fato, 93% disse que pretende tornar as soluções modulares
pré-fabricadas seu processo de construção padrão daqui para a frente. Qualquer hesitação inicial já se
extinguiu há muito tempo já que os operadores descobriram que essas tecnologias são uma alternativa
própria, fácil e economicamente acessível às estratégias estabelecidas, oferecendo diversos benefícios
em relação à construção tradicional de data centers. 
 ◗ Projetados na fábrica: Como são projetadas, montadas e testadas na fábrica, as soluções pré-fabrica-
das são robustas, confiáveis e replicáveis - considerações importantes ao adicionar capacidade incre-
mentalmente. Essa confiabilidade gera ganhos durante a vida útil do sistema, reduzindo a necessidade
de reparos e de chamadas de assistência.
◗ Velocidade de implementação: Soluções modulares integradas podem ser construídas enquanto
as atividades no site continuam, eliminando os longos prazos que são comuns para novas instala-
ções. Além disso, como são totalmente integradas e praticamente plug-and-play, essas soluções
podem ser comissionadas e estar operacionais muito mais rapidamente do que as construídas de
forma tradicional. Essas vantagens podem reduzir o tempo para que a computação esteja funcio-
nando em até 30%.
◗E
 scaláveis:  Muitas organizações não crescem em megawatts. Com as soluções modulares inte-
gradas, elas podem adicionar capacidade quando e onde ela for necessária. Dimensionar essas
adições de forma certa para atender às necessidades de cargas de TI específicas simplifica o
planejamento de capacidade e elimina o desperdício, reduzindo o uso de energia, os custos e a
pegada de carbono.
◗ Customizáveis: Os módulos modernos
Foto: ShutterStock

são construídos de forma customiza-


da de acordo com as especificações
do cliente, assim, a configuração e a
construção podem ser replicadas rapi-
damente e de forma eficiente à medi-
da que a demanda cresce. Isso reduz
a complexidade e a confusão ao longo
da rede e simplifica as operações e os
serviços.
◗ Flexíveis:  A maioria das instalações
são construídas para que possam ter
refrigeração a ar, mas se a densidade
dos racks aumenta - para, por exem-
plo, dar suporte às aplicações de com-
putação avançadas - as tecnologias
tradicionais de refrigeração não são
suficientes. Inserir tecnologias de refri-
geração líquida nesses ambientes de-
mandaria enormes investimentos em

POTÊNCIA 58
ARTIGO
DATA CENTER

infraestrutura, o que normalmente não é viável. Soluções modulares integradas podem ser construídas
e configuradas para dar suporte a várias arquiteturas, incluindo computação de alta densidade e refri-
geração líquida.
◗ Sustentáveis: Como são sistemas integrados e fechados, eles podem ser feitos de forma a eliminar
desperdícios - desperdício de materiais, bem como de consumíveis como energia e água - e serem
mais sustentáveis do que aqueles feitos a partir de um design tradicional. Até mesmo a entrega propi-
cia a sustentabilidade ao eliminar os diversos deslocamentos para a entrega de cada parte do equipa-
mento - eles têm uma única entrega para o sistema integrado.
◗ Portáteis: À medida que as redes atuais se tornam mais distribuídas, elas se tornam menos previsíveis.
Uma solução modular é portátil e pode ser relocada conforme a demanda da rede se altera - para, por
exemplo, dar suporte a uma aplicação que necessite de baixa latência.
◗ Certeza dos custos:  Embora as soluções modulares não sejam imunes às condições externas do
mercado, flutuações desenfreadas - como as que a indústria enfrenta atualmente por causa das
limitações da cadeia de suprimentos - são improváveis. Além disso, o custo total de propriedade
é geralmente menor para soluções modulares integradas do que para construções tradicionais ou
locações de longo prazo.

Data Centers Modulares Pré-Fabricados


 

fazem sentido para adicionar capacidade


A complexidade das novas tecnologias e a distribuição da borda da rede está levando os Data Cen-
ters empresariais a precisar adicionar capacidade, muitas vezes em quantidades imprevisíveis, ao mes-
mo tempo em que problemas da cadeia de suprimentos estão desacelerando o ritmo de construção de
Data Centers. As soluções modulares pré-fabricadas oferecem uma atraente combinação de capacidade
de implementação rápida, escalabilidade, confiabilidade, possibilidade de customização, flexibilidade de
infraestrutura, portabilidade e custo total de propriedade baixo. Para Data Centers buscando adicionar
computação, alimentação de energia ou refrigeração em incrementos menores, as soluções modulares
podem ser a melhor saída. Soluções modulares representam uma tábua de salvação que pode mitigar
demandas urgentes por capacidade e facilitar um crescimento duradouro. 

 MIKE BELL, DIRETOR SÊNIOR DE ENGENHARIA DE VENDAS DA VERTIV


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AQUI
E VOLTE AO
SUMÁRIO

Foto: ShutterStock

POTÊNCIA 59
MERCADO
CABO FOTOVOLTAICO

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AQUI
E VOLTE AO
SUMÁRIO

Foto: ShutterStock

Cabo específico
para o setor solar
O CABO FOTOVOLTAICO É PROJETADO PARA SUPORTAR AS
CONDIÇÕES AMBIENTAIS ESPECÍFICAS E AS DEMANDAS ELÉTRICAS
DOS SISTEMAS FOTOVOLTAICOS, GARANTINDO UM DESEMPENHO
CONFIÁVEL E SEGURO AO LONGO DO TEMPO.

REPORTAGEM PAULO MARTINS

O
mercado de cabos fotovoltaicos, solução específica para uso em instalações de energia solar,
está em alta no Brasil, por conta do grande volume de obras de micro e minigeração e da cons-
trução de grandes plantas de geração de energia fotovoltaica.
Segundo os especialistas, poderiam contribuir para um maior crescimento do mercado a
concessão de incentivos à fonte, por parte do governo, bem como maior conscientização sobre a neces-
sidade da correta aplicação do produto.
Nelson Volyk, gerente de Engenharia de Produto da SIL Fios e Cabos Elétricos, menciona um levanta-
mento da ANEEL (Agência Nacional de Energia Elétrica) que diz que o número de cidades brasileiras que
produzem energia solar saltou de 613 para 5.220, em um período de cinco anos, uma alta de 751,5%. Por
isso, o consumo de cabo solar cresce a cada ano, e deve continuar a crescer por se tratar de uma geração
de energia limpa e renovável.

POTÊNCIA 60
MERCADO
CABO FOTOVOLTAICO

Foto: ShutterStock

“O aumento no consumo de cabos fotovoltaicos é uma realidade e (o mercado) não para de crescer no
Brasil. Além de um clima propício para a energia solar, temos uma busca dos brasileiros por alternativas
cada vez mais sustentáveis e de bem com o meio ambiente. A energia gerada não tem impacto ao meio
ambiente, a luz solar está disponível todos os dias”, observa Volyk.
De acordo com o executivo, as diversas formas de geração de energia impulsionam o crescimento
nas vendas, tanto as grandes usinas geradoras de energia elétrica com a matriz solar, quanto as microge-
rações. “Para a manutenção não vemos consumo, pois trata-se de um produto de longa expectativa de
vida útil, mas se um instalador utilizar cabo convencional, ou cabo de baixa qualidade (cabo fake), haverá
necessidade de manutenção”, observa Volyk.
Para o executivo da SIL, assuntos que dependam do governo são os principais fatores para estimular
o crescimento da pequena, média e grande geração, tanto a redução de impostos quanto a regulamen-
tação que beneficie a sociedade.
O cabo solar fabricado pela SIL é o Cabo AtoxSil Solar 1,8 kV C.C. É flexível, feito de cobre estanhado,
isolação e cobertura antichama e resistente aos raios UV, atendendo à norma NBR 16612. Suporta tra-
balhar até 120 ⁰C, por até 20 mil horas e possui expectativa de vida útil de 25 anos exposto ao sol e às
intempéries. Ele é comercializado em rolos de 100 m e carretéis com diferentes quantidades.
Igor Delibório, especialista de produtos do Grupo Prysmian, diz que a evolução do mercado de cabos é
puxada pelo crescimento da fonte solar fotovoltaica como matriz energética e, a cada ano, a geração vem
batendo recordes na capacidade instalada aqui no Brasil. “Cada vez mais usuários, sejam residenciais,
comerciais ou industriais, estão buscando os benefícios dessa fonte limpa e renovável que confere gran-
des economias e também suprem regiões até então desfavorecidas nas elevadas despesas com energia
elétrica”, analisa.
Para o especialista, o futuro é promissor, não só para o Brasil, mas para o mundo como um todo. “A crise na
Ucrânia é um alerta explícito de que precisamos aumentar a participação das fontes renováveis para sustentar
um futuro de crescimento, dependendo cada vez menos das hidroelétricas e combustíveis fósseis. Com mais
sistemas fotovoltaicos em implantação, mais cabos solares serão necessários. Isso tende a favorecer agora
empresas que se anteciparam ao futuro complementando o portfólio com soluções para energia renovável,

POTÊNCIA 61
MERCADO
CABO FOTOVOLTAICO

mas também tende a selecionar e fazer se sobres-


Foto: Divulgação/Sil Fios e Cabos Elétricos

sair no mercado aquelas que estão na vanguarda da


transformação verde e digital, que adotaram metas
claras e medidas eficazes de governança ambiental,
social e corporativa para se alinhar efetivamente à
mudança global”, comenta Delibório.
Como fatores que impulsionam mais a venda
desse tipo de produto, o executivo destaca, pelo
volume de cabos utilizado e o impacto no sistema,
a construção de grandes usinas fotovoltaicas.
Para o executivo, poderiam contribuir para o
crescimento do mercado os incentivos às fontes
renováveis por meio de políticas públicas, atração
de investimentos privados ou linhas de crédito
mais favoráveis para construção de instalações fo-
tovoltaicas, além da conscientização sobre o uso
do cabo correto neste tipo de aplicação.
As diversas formas de geração de energia
impulsionam o crescimento nas vendas, tanto as Delibório destaca que o Grupo Prysmian é refe-
grandes usinas geradoras de energia elétrica com rência mundial em condutores para sistemas fotovol-
a matriz solar, quanto as microgerações. taicos, respaldado pela experiência de participar dos
NELSON VOLYK | SIL mais desafiadores e grandiosos projetos desta fonte
renovável no país e no mundo. O cabo solar para o
segmento fotovoltaico do Grupo Prysmian é o Prysun,
que é constituído com materiais que garantem a baixa emissão de fumaça e livres de halogênios para sistemas
fotovoltaicos com tensão nominal de 0,6/1 kVca (1,5kVcc e máx. 1,8 kVcc). Possuem alto grau de confiabilidade
devido à sua estabilidade térmica, resistência à umidade e aos raios UV, suportando temperaturas de até 120
ºC. O condutor metálico é fabricado em cobre estanhado, têmpera mole e classe 5 extra flexível, além de aten-
derem aos requisitos da norma nacional NBR 16612: 2020 também atendem às normas EN 50618 e IEC 62930.
Gilberto Alvarenga, gerente de negócios estratégicos da COBRECOM, afirma que a geração de ener-
gia fotovoltaica já é uma realidade no Brasil. Diz também que além de limpa e renovável, a energia solar
proporciona grande economia para quem investe nela. “Atualmente, no país, o crescimento no número de
instalações fotovoltaicas pode ser notado tanto nas usinas de grande porte, como também junto aos centros
consumidores (telhados de indústrias, hospitais, prédios residenciais e comerciais, casas, entre outros). O
ponto forte da energia solar é que ela pode gerar uma economia entre 50 e 95% na conta de luz, sendo
que o investimento inicial para a instalação das placas solares e de todo o equipamento acaba sendo pago
ao longo dos anos pelo que foi economizado com a redução da conta. Vale lembrar que o Brasil é um país
com grande incidência de raios solares, o que beneficia a produção desse tipo de energia”, contextualiza.
Para Alvarenga, as perspectivas quanto ao futuro do mercado de cabos fotovoltaicos no Brasil são
muito boas. “O mercado de instalações fotovoltaicas está crescendo cada vez mais e temos perspectivas
de realizarmos bons negócios ao longo dos próximos anos”, sintetiza.
O executivo da COBRECOM menciona que a crescente preocupação e mobilização para o uso de
fontes de energia renováveis e sustentáveis ocasionou uma grande procura por parte dos setores públi-
co, privado e população pela energia fotovoltaica, tendo um grande aumento na construção de grandes
usinas fotovoltaicas e a geração distribuída.

POTÊNCIA 62
MERCADO
CABO FOTOVOLTAICO

Para que o mercado de instalações fotovoltaicas continue crescendo, Alvarenga entende que é preci-
so não só novas obras, como também a percepção das vantagens de se utilizar esse sistema, a conscien-
tização de todas as empresas do segmento em entregar produtos seguros, de qualidade e que estejam
de acordo com as normas técnicas exigidas para esse tipo de instalação. “A COBRECOM é uma empresa
comprometida em entregar produtos com alta eficiência, confiança, qualidade e segurança. Investimos
constantemente na modernização de nossos equipamentos. Também realizamos aperfeiçoamentos cons-
tantes em nossos processos para atender às exigências do mercado para produzirmos fios e cabos elétri-
cos seguros e confiáveis e assim garantir a satisfação dos nossos clientes”, relata Alvarenga.
O cabo fotovoltaico da COBRECOM é o Solarcom. O produto é fabricado com a sua cobertura nas
cores preta, vermelha e verde/amarela e foi criado e testado a partir dos mais criteriosos padrões interna-
cionais para transmitir energia limpa produzida pelas placas solares com segurança e qualidade.
Além disso, o Cabo Solarcom foi um dos primeiros condutores elétricos do país a estar de acordo com
as especificações da NBR 16612 - Cabos de potência para sistemas fotovoltaicos, não halogenados, isola-
dos, com cobertura, para tensão de até 1,8 kV C.C. entre condutores - Requisitos de desempenho, que foi
publicada recentemente pela ABNT (Associação Brasileira de Normas Técnicas).
Outra norma na qual o produto está de acordo: Formação do condutor e Resistência elétrica - NBR
NM-280 - Condutores de cabos isolados. O Cabo Solarcom ainda possui a certificação internacional TÜV
Rheinland. Com isso, o produto passa automaticamente a atender aos requisitos da norma internacional
EN 50618, que é muito usada principalmente na Europa.

Importância da correta aplicação


De acordo com Nelson Volyk, a utilização de um cabo específico para o setor fotovoltaico é essencial para
garantir a eficiência, a segurança e a durabilidade do sistema. O cabo fotovoltaico é projetado para supor-
tar as condições ambientais específicas e as demandas elétricas dos sistemas fotovoltaicos, garantindo um
desempenho confiável e seguro ao longo do tempo. “A expectativa de vida útil do sistema de geração de
energia solar é 25 anos, e a expectativa de vida útil do cabo solar, mesmo exposto ao sol e as intempéries, é
de no mínimo 25 anos, enquanto um cabo convencional não teria essa durabilidade nesse sistema”, compara.
Foto: ShutterStock

POTÊNCIA 63
MERCADO
CABO FOTOVOLTAICO

Igor Delibório comenta que se um cabo conven-

Foto: Divulgação
cional for utilizado em agressivas circunstâncias de
clima e temperatura, o risco de acidentes será muito
grande: o isolamento não resistiria a este cenário
e acabaria por expor os condutores de cobre ao
risco de causar um curto-circuito. “As temperaturas
máximas suportadas pelos materiais utilizados nos
cabos solares são muito maiores, comparadas aos
cabos convencionais, ou seja, os cabos solares po-
dem trabalhar com temperaturas até 120 °C, quan-
do os cabos tradicionais podem trabalhar com 90
°C para os cabos com categoria 0,6/1kV ou ainda
70 °C para os cabos com categoria 450/750V, que
são aqueles usados dentro dos eletrodutos embuti-
dos nas paredes das instalações residenciais e pre-
diais. Além disso, os condutores dos cabos solares
possuem uma camada de estanho para proteger
o condutor de cobre contra oxidações que podem
Cada vez mais usuários, sejam residenciais,
ocorrer durante a operação do sistema devido aos comerciais ou industriais, estão buscando os
ambientes mais expostos ao tempo e à umidade, benefícios dessa fonte limpa e renovável que
garantindo assim o perfeito contato nas conexões confere grandes economias e também suprem
de engate rápido utilizadas neste tipo de instala- regiões até então desfavorecidas nas elevadas
ções”, comenta o especialista da Prysmian. despesas com energia elétrica.
Gilberto Alvarenga diz que é importante aplicar o IGOR DELIBÓRIO | PRYSMIAN
cabo específico para o setor fotovoltaico nesse am-
biente porque o cabo para uso fotovoltaico produzido de acordo com a NBR 16612 possui todas as caracte-
rísticas exigidas para esse tipo de instalação. “Os cabos convencionais, além de terem utilização proibida em
instalações fotovoltaicas, não contam com os atributos necessários para instalações fotovoltaicas”, resume.
O professor e engenheiro Hilton Moreno, diretor da Revista Potência, diz que os cabos fotovoltaicos estão
sujeitos a influências externas e condições de operação mais severas do que os cabos convencionais para
instalações elétricas fixas. Dentre esses fatores, destaques para: os cabos operam em corrente contínua
que podem ultrapassar 1.000 volts, são expostos à radiação ultravioleta e à água, além de poderem operar
em temperaturas extremas. “Em vários casos, estão situados em ambientes salinos ou poluídos”, observa.

Diferenças entre o cabo


solar e o convencional
Conforme observa Nelson Volyk, o cabo utilizado na ligação de placas solares de geração de energia
elétrica é chamado popularmente cabo solar fotovoltaico, ou apenas cabo solar. O cabo comum é produ-
zido em cobre, enquanto o cabo solar é produzido com cobre estanhado, e os compostos de isolação e
cobertura do cabo solar são resistentes a maior variação nos ciclos térmicos; além disso, a cobertura pos-
sui proteção contra os raios solares. “O ensaio de envelhecimento em estufa dos compostos solares dura
quase 7 meses, enquanto de um cabo comum dura 7 dias. Só nessa diferença já fica claro o quanto mais
resistente é o cabo solar. O cabo solar é produzido em apenas 3 cores, devido ser utilizado em um sistema
de corrente contínua, se utiliza o vermelho para o positivo, o preto para o negativo e o verde para o terra,

POTÊNCIA 64
RESISTÊNCIA
E QUALIDADE
no sistema de cabos fotovoltaicos

Fios de cobre eletrolítico estanhado

Isolação em composto termofixo não halogenado

Cobertura resistente a intempéries com proteção contra raios UV

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estamos prontos para te atender:
comercial@newconcabos.com.br
MERCADO
CABO FOTOVOLTAICO

e as seções nominais mais utilizadas são 4 e 6


mm², e alguns projetos também utilizam o
10 mm²”, explica o executivo da SIL.
Igor Delibório aponta que os
cabos solares são projetados
para serem instalados abaixo das
placas fotovoltaicas que, por sua vez,
estão direcionadas ao Sol, exposição direta
que eleva a temperatura de trabalho do sistema.
Fot
o:
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utt
erS
Além disso, quanto mais Sol incide sobre as placas,
toc
k
mais energia elétrica elas estarão gerando e, consequente-
mente, aquecendo ainda mais os cabos. “Por conta deste cená-
rio bastante adverso, em termos de temperatura, exposição ao tempo (raios UV, chuva, poeira etc.), o cabo
utilizado em sistemas fotovoltaicos não pode ter o mesmo padrão daquele utilizado para distribuir a energia
dentro de casa. A diferença entre eles está, principalmente, na capacidade de suportar essa temperatura de
trabalho maior por muito mais tempo”, indica.
Eles são projetados para suportar uma temperatura no condutor em regime permanente de, no má-
ximo, 90 °C. No entanto, por segurança, também devem ser capazes de suportar até 120 °C em um am-
biente com uma temperatura de 90 °C por um período de até 20.000 horas. “Uma peculiaridade é que os
sistemas fotovoltaicos produzem energia em corrente contínua, portanto, não existem as fases como nos
sistemas em corrente alternada residenciais. No sistema fotovoltaico existem os polos positivo e negati-
vo, que são geralmente identificados pelas cores vermelha para o polo positivo e preta para o negativo.
Existe a possibilidade de utilização da cor verde/amarela naqueles que serão utilizados para o sistema
de aterramento, porém, não é necessária a utilização de cabos solares fotovoltaicos para esse fim, desde
que não estejam submetidos aos mesmos riscos da instalação citada acima. Outra característica impor-
tante dos cabos solares é que tanto a isolação quanto a cobertura devem ser fabricadas com compostos
termofixos não halogenados, ou seja, compostos que não emitem gases tóxicos ou corrosivos em caso
de incêndio, evitando o ataque corrosivo em toda infraestrutura do sistema (suporte das placas, circuitos
e também as próprias placas)”, detalha Delibório.
Para Gilberto Alvarenga, em qualquer sistema fotovoltaico, os cabos elétricos de-
sempenham papel muito importante. Porém, diz ele, é fundamental que esses
condutores elétricos tenham características específicas e muito diferentes
dos cabos que são geralmente utilizados nas instalações elétricas de
baixa tensão.
Os cabos elétricos utilizados em instalações fo-
tovoltaicas devem atender as especificações da
Norma ABNT NBR 16612 que foi publicada em 2017.
Entre os principais requisitos exigidos pela NBR 16612
estão: os cabos para uso fotovoltaico devem ser ade-
quados para operar em temperatura ambiente de – 15 ºC
até 90 ºC com a máxima temperatura de operação para 120
ºC por 20.000 h; o condutor deve ser de cobre estanhado,
classe 5 de encordoamento; a isolação e a cobertura
devem ser constituídas por uma ou mais camadas
Foto
Shu:

extrudadas de composto não halogenado termofixo.


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POTÊNCIA 66
MERCADO
CABO FOTOVOLTAICO

O ponto forte da energia solar é que ela


Foto: Divulgação

pode gerar uma economia entre 50 e 95%


na conta de luz, sendo que o investimento
inicial para a instalação das placas solares
e de todo o equipamento acaba sendo pago
ao longo dos anos pelo que foi economizado
com a redução da conta.
GILBERTO ALVARENGA | COBRECOM

“Além disso, os cabos para instalações fotovol-


taicas devem ter: cobertura nas cores preta (negati-
vo) ou vermelha (positivo) e verde ou verde/amarela
(condutor de proteção); marcação a cada 50 cm:
USO EM SISTEMA FOTOVOLTAICO; e devem ser
resistentes à água e à radiação UV. Em uma instala-
ção fotovoltaica se houver o uso de cabos que não
atendem os requisitos da Norma NBR 16612, o que
é proibido, seu funcionamento e durabilidade podem ser seriamente prejudicados, colocando em risco a
integridade da instalação, aumentando a possibilidade de incêndios e choques elétricos. Vale lembrar que
os cabos elétricos utilizados em instalações fixas de casas, indústrias, prédios residenciais e comerciais pos-
suem características completamente diferentes que os exigidos para instalações fotovoltaicas”, menciona o
executivo da COBRECOM.
Hilton Moreno reforça que os cabos para uso fotovoltaico devem ser fabricados e testados conforme
a norma ABNT NBR 16612. Começando pelo condutor, o cabo fotovoltaico deve possuir condutor flexível
classe 5 e o cobre deve ser estanhado. Não é permitido o uso de condutor de alumínio no cabo fotovol-
taico conforme NBR 16612. A isolação e a cobertura devem ser constituídas por uma ou mais camadas ex-
trudadas de composto não halogenado termofixo. Devem ser resistentes à radiação ultravioleta e à água.
A cobertura deve ser nas cores preta, vermelha, verde, verde/amarela, conforme a função do condutor. A
cada 50 cm deve ser marcado sobre sua superfície o texto “Uso em sistema fotovoltaico”. “Sob o ponto
de vista de operação, os cabos fotovoltaicos devem ser adequados para funcionar em temperaturas am-
bientes entre -15 ºC e + 90 ºC. Além disso, devem operar por até 20.000 horas na temperatura máxima
de operação de 120 ºC, com temperatura ambiente máxima 90 ºC, o que é uma condição extremamente
severa. Todos estes requisitos são muito mais rigorosos do que os requisitos a que os cabos comuns de
energia estão submetidos”, destaca.

Normalização técnica
No Brasil a norma de cabos solares é a NBR 16612 - Cabos de potência para sistemas fotovoltaicos,
não halogenados, isolados, com cobertura, para tensão de até 1,8 kV C.C. entre condutores - Requisitos
de desempenho.
De acordo com Nelson Volyk, um cabo produzido com base nessa norma não possui certificação com-
pulsória no país, ou seja, não tem certificação compulsória do INMETRO, mas pode ser feita a certificação
voluntária com uma certificadora. “Infelizmente vemos cabos no mercado fora de norma, produtos com cer-
tificação compulsória ou voluntária estão no mercado com qualidade inferior ao que deveria, com o objetivo
de baratear o produto, o que acaba na prática enganando o consumidor”, destaca.

POTÊNCIA 67
MERCADO
CABO FOTOVOLTAICO

Sobre os cuidados que o comprador deve ter ao adquirir cabos fotovoltaicos, Volyk diz primeiro é
necessário conhecer um pouco os fabricantes, verificar suas linhas de produtos, os tamanhos físicos de
produção, e isso é facilmente visto atualmente em sites de pesquisa na internet. “Cabo solar é um produto
mais complexo para ser produzido que um cabo comum, pois seus compostos de isolação e cobertura exigem
mais força da máquina que vai processa-los, chamada de extrusora, e precisam de uma rosca de extrusão
própria. Também precisa de cuidados na sua utilização para garantir a máxima qualidade e bom acabamento
no produto final. Existem fabricantes que produzem uma amostra boa, o primeiro fornecimento bom, mas
e depois? Preços baixos, num cabo diferenciado, como é o caso do cabo solar, levanta suspeita”, alerta.
Em relação à fabricação dos cabos para instalações fotovoltaicas, Igor Delibório observa que todos os
fabricantes devem cumprir a norma ABNT NBR 16612:2020, que estabelece as diretrizes e os requisitos
de desempenho para os cabos de potência para sistemas fotovoltaicos, não halogenados, isolados, com
cobertura, para tensão de até 1,8 kVcc entre condutores.
Podemos destacar dentre as exigências que os cabos aplicados na ligação entre as placas até as
string boxes sejam de cobre estanhado, classe 5 de encordoamento, a isolação e a cobertura formadas
de compostos não halogenados (não emitem fumaça tóxica ou corrosiva) e que sejam resistentes à expo-
sição direta aos raios UV e umidade.
“Como qualquer outra norma técnica em vigor no Brasil, elas possuem força de Lei e devem ser segui-
das pelos fabricantes na produção de cabos para esta finalidade, porém, devido a uma série de fatores
(diferença de custos entre os cabos tradicionais versus cabos solares, falta de conhecimento dos usuá-
rios, ou até mesmo fabricantes não-idôneos, entre outros), alguns sistemas estão sendo montados com
cabos tradicionais e, consequentemente, os requisitos de desempenho e segurança não estão sendo
cumpridos. Isso resulta em falhas nos sistemas e até mesmo incêndios de grandes proporções, podendo
causar danos materiais ou até mortes”, lamenta o executivo da Prysmian.
Segundo Delibório, com opções falsas em circulação, aumentam as chances de acidentes de origem
elétrica nos painéis solares, pois estes estariam operando com cabos irregulares e, portanto, mais sus-
cetíveis a acidentes. “O Sindicato da Indústria de Condutores Elétricos (Sindicel) emite alertas constan-
tes sobre a existência no mercado de falsos cabos
solares, ou seja, embora informem a
finalidade na embalagem, eles podem
não atender as normas técnicas ou não
foram devidamente certificados para
essa finalidade, o que é gravíssimo.
Além de pesquisar mais sobre a mar-
ca e o produto, sempre desconfie se o
preço de um cabo solar for similar ao
de um convencional para baixa ten-
são”, orienta.
Para Gilberto Alvarenga, econo-
mia é palavra proibida na hora de
comprar os cabos para instalações
fotovoltaicas. “Invista apenas em
produtos de qualidade reconheci-
Ilustração: Sh

da, como os cabos de importantes


marcas como o da COBRECOM,
utterStock

POTÊNCIA 68
MERCADO
CABO FOTOVOLTAICO

Os cabos para uso fotovoltaico devem ser

Foto: Divulgação
fabricados e testados conforme
a norma ABNT NBR 16612.
HILTON MORENO | REVISTA POTÊNCIA

que são fabricados com o mais rigoroso contro-


le de qualidade e estão de acordo com a Norma
ABNT NBR 16612”, recomenda.
Hilton Moreno diz que não faz muito tempo, o
Sindicel emitiu uma nota oficial sobre esses cabos
alertando o mercado que “existem fabricantes que
estão produzindo cabos convencionais não-halo-
genados, os chamando de cabo solar e dizendo
que atendem a NBR 16612. Porém, se for ensaiado
conforme esta norma, ele é reprovado, pois seria
um cabo ‘fake’”. Hilton diz que ainda segundo o
Sindicato, “Este cabo fake não possui a durabilida-
de de cabo para sistemas fotovoltaicos e, caso utilizado, ele trará problemas antes que outras partes do
sistema de geração de energia solar, podendo colocar pessoas e o sistema todo em risco”.
Hilton menciona que para não haver surpresas indesejáveis, o Sindicel recomenda atenção para al-
guns pontos, entre eles que os consumidores fiquem de olho no preço do produto, pois ‘Cabo baseado na
norma 16612 com preço máximo ao valor de cabos convencionais com isolação 0,6/1 kV, é um forte indício
de cabo fake’. A entidade também destaca que em casos de dúvidas, os consumidores podem optar por
consultar e comprar os cabos solares dos fabricantes associados ao próprio Sindicel.

Instalação e manutenção
Nelson Volyk observa que o cabo solar precisa dos mesmos cuidados de instalação de outros cabos,
mas por ser instalado em locais abertos, valem alguns cuidados para não danificar a cobertura do cabo,
como por exemplo não pisar no cabo.
Igor Delibório reforça que assim como para os cabos tradicionais, é preciso tomar cuidados para evitar
danos mecânicos, atentando-se à carga de tensão mecânica e à disposição do cabo, evitando a pas-
sagem por superfícies que possam danificar a cobertura/isolamento e expor os condutores. “Adicional-
mente, deve-se tomar cuidados quanto às conexões e emendas destes cabos, de forma que não fiquem
expostos, criando assim riscos de oxidação e/ou curtos-circuitos”, sugere.
Gilberto Alvarenga aponta que o material possui fácil aplicação, principalmente por sua flexibilidade.
Mas frisa que as instalações fotovoltaicas só devem ser executadas por profissionais habilitados e capaci-
tados para este tipo de trabalho. “Além disso, é preciso ter um projeto com as especificações corretas dos
cabos e dos outros componentes da instalação”, orienta.
Hilton Moreno menciona que há vários cuidados específicos em relação à instalação dos cabos foto-
voltaicos, que são descritos na NBR 16690, que é a norma de instalações elétricas de arranjos fotovoltai-
cos. Dentre eles, as linhas em corrente contínua e em corrente alternada devem ser separadas. Os cabos
fotovoltaicos não devem sofrer fadiga devido ao vento e devem ser protegidos contra bordas cortantes.

POTÊNCIA 69
MERCADO
CABO FOTOVOLTAICO

“Para reduzir a magnitude de sobretensões induzidas por descargas atmosféricas, os condutores do ar-
ranjo fotovoltaico devem ser dispostos de tal maneira que a área de laços de condutores seja mínima”,
complementa.
Nelson Volyk conta que o cabo solar não exige uma grande manutenção, o que precisa é verificar se
algum ponto da cobertura foi danificado. Isso deve ser feito junto com a manutenção preventiva do siste-
ma como um todo.
Igor Delibório destaca que é fundamental que tanto os cabos quanto a própria instalação de maneira
geral (conexões, afixações, caminhamento dos cabos e acessórios que foram instalados etc.) sejam avalia-
dos periodicamente de acordo com as normas vigentes, bem como as boas práticas de uso e operações
que são, muitas vezes, aprimoradas no próprio empreendimento considerando suas peculiaridades. “De
modo geral, uma manutenção deve sempre ser seja planejada e executada por profissionais capacitados
e conscientes sobre as normas vigentes que, neste caso, vale indicar as normas atuais da ABNT NBR
16690:2019, NBR 5410:2004 e NBR 16274:2014”, menciona.
Hilton Moreno diz que para os cabos fotovoltaicos, deve ser inspecionado o estado da isolação dos
condutores e de seus elementos de conexão, fixação e suporte, com vista a detectar sinais de aquecimen-
to excessivo, rachaduras e ressecamentos, verificando-se também se a fixação, identificação e limpeza se
encontram em boas condições.
Gilberto Alvarenga observa que assim como os demais componentes de um sistema fotovoltaico, é es-
perado que o cabo solar tenha uma vida útil de, no mínimo, 25 anos. “Importante notar que isso somente
será possível se o cabo for corretamente dimensionado, selecionado e instalado”, ressalta.
Foto: ShutterStock

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ARTIGO
SUSTENTABILIDADE

Promovendo a
sustentabilidade na
construção civil Foto: ShutterStock

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E VOLTE AO
SUMÁRIO

C
om base nos princípios de ESG (Environmental, Social, and Governance), o setor de construção ci-
vil está dedicando esforços para estudar e implementar soluções que reduzam significativamente
suas emissões de carbono, com foco especial na eficiência energética. É crucial que essas mudan-
ças sejam implementadas com urgência, uma vez que um relatório da ONU aponta que o setor é
responsável por 38% de todas as emissões de CO2 relacionadas à energia. Para alcançar a neutralidade
climática até 2050, é essencial reduzir pela metade essas emissões até 2030.
Com o intuito de atingir essa meta, a Agência Internacional de Energia (AIE) estabelece diretrizes rigo-
rosas. Segundo a AIE, é necessário reduzir em 50% as emissões diretas de CO2 provenientes dos edifícios
até 2030, além de reduzir em 60% as emissões indiretas do setor, considerando todo o ciclo de vida da
cadeia produtiva da construção civil. Isso envolve desde a fase de fabricação do concreto até o descarte
adequado dos resíduos, além da promoção da eficiência energética durante a utilização do prédio.

POTÊNCIA 72
ARTIGO
SUSTENTABILIDADE

Foto: ShutterStock

Tecnologia é o caminho
para a sustentabilidade
Tanto o governo quanto o setor estão comprometidos em atingir essa meta, aproveitando os benefí-
cios de inovações que abrangem desde sistemas de gestão predial até soluções que aumentam a efici-
ência energética ao longo de todo o ciclo de vida de uma edificação.
De acordo com o estudo “Digitalização e eficiência energética no setor de edificações”, elaborado pelo
Ministério das Minas e Energia (MME) em colaboração com o governo alemão, o uso de ferramentas digitais
tem o potencial de reduzir o consumo de energia em até 40%. Isso corresponde ao consumo anual de eletri-
cidade de cerca de 3 mil domicílios, além de evitar a emissão de 815 mil toneladas de carbono na atmosfera.
O caminho para a sustentabilidade no setor de construção civil reside na adoção de tecnologias de
Automação Predial, resultando na entrega de edifícios inteligentes altamente eficientes, econômicos e
sustentáveis. Com o uso de controladores, medidores de energia e utilidades, inversores de frequência,
sensores, atuadores e outras soluções, é possível agregar valor, reduzir custos operacionais, minimizar o
consumo de recursos naturais e manter ambientes adequados para o dia a dia.
Uma maneira adicional de garantir a eficiência energética é alinhar a construção e o funcionamento de
uma edificação aos requisitos de certificações como a Leadership in Energy and Environmental Design
(LEED), que garantem a sustentabilidade e eficiência da construção. Aqui no Brasil, temos o exemplo da
Japan House SP, que conquistou o selo LEED Platinum graças a automação predial e o sistema de ar-con-
dicionado que atendem aos critérios de racionalização de energia e água, entre diversas outras soluções.
No mercado atual, temos o privilégio de contar com uma ampla gama de soluções capazes de impul-
sionar a sustentabilidade no setor de construção civil. Apesar de exigir conhecimento e investimento,
os benefícios financeiros e ambientais resultantes são realmente impressionantes. No entanto, quando
ousamos olhar para além dos limites dos edifícios e concentramos nossa energia
no desenvolvimento de cidades inteligentes, abrimos portas para um futuro verda-
Foto: Divulgação

deiramente transformador. Chegou a hora de trilharmos esse caminho, onde


a sustentabilidade encontra a inovação em uma jornada de crescimento
para todos.
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E VOLTE AO PEDRO OKUHARA ESPECIALISTA DE PRODUTOS E
SUMÁRIO APLICAÇÕES DA MITSUBISHI ELECTRIC

POTÊNCIA 73
ARTIGO
ZONAS DE PROTEÇÃO CONTRA RAIOS CLIQUE
AQUI
E VOLTE AO
SUMÁRIO

Foto: ShuttrerStock

As Zonas de Proteção
contra Raios (ZPR)
1. Introdução
O conceito das zonas de proteção é fundamental para a definição das Medidas de Proteção contra
Surtos (MPS), principalmente para a localização da instalação dos DPS (Dispositivos de Proteção contra
Surtos).
Era um conceito já bastante utilizado pelos estudiosos em proteção contra descargas atmosféricas,
mas somente apareceu nas normas técnicas brasileiras na versão de 2015 da ABNT NBR 5419.
A Zona 0 é a zona externa à estrutura. A Zona 0 é dividida em Zona 0A e Zona 0B. A Zona 0A é a que
fica externa a estrutura e também externa ao volume de proteção dado pelo SPDA. Nesta zona, algum
objeto ou pessoa ficam expostos às descargas atmosféricas diretas e também ao campo eletromagnético
total da descarga atmosférica. Na Zona 0B, é também externa à estrutura, porém os objetos e pessoas
estão protegidos contra as descargas atmosféricas diretas, mas não aos campos eletromagnéticos.
Internamente à estrutura teremos as demais zonas de proteção. A Zona 1 é a imediatamente interna a
estrutura. Nesta Zona, não há possibilidade de descarga atmosférica direta e o campo eletromagnético
advindo das descargas atmosféricas é atenuado pelas paredes da estrutura.

POTÊNCIA 74
ARTIGO
ZONAS DE PROTEÇÃO CONTRA RAIOS

Podemos ter outras zonas internas à zona 1, por exemplo, as zonas 2, 3, ...n. Como exemplo, podemos
ter uma Zona 2 como sendo a sala de informática que pode ter um piso elevado acima de uma malha de
aterramento e blindagens nas paredes. Neste caso, o campo eletromagnético da descarga atmosférica é
ainda mais atenuado nesta zona.
Dentro desta Zona 2 podemos ter uma Zona 3, por exemplo, um rack metálico da rede de informática,
em cujo interior o campo eletromagnético é ainda mais atenuado.

Figura 1 – Zonas de Proteção contra Raios (ZPR)

2. Posicionamento dos DPS nas ZPR


O DPS deve ser posicionado na interface das ZPR. Normalmente, os DPS Classe 1 são posicionados
próximos ao Barramento de Equipotencialização Principal (BEP) na interface da ZPR OB e ZPR 1. O DPS
Classe 2 em geral são instalados nas interfaces das ZPR 1 e 2 (por exemplo, em um Quadro de Distribui-
ção) e o DPS Classe 3, nas interfaces das ZPR 2 e 3 (por exemplo, na entrada de um rack metálico ou na
entrada de um equipamento a ser protegido). Os tipos de DPS representam as características do DPS
principalmente referentes à forma como o DPS foi ensaiado.
O DPS Classe 1, que foi ensaiado com corrente de impulso de descarga atmosférica (forma de onda
10/ 350µs), deve ser instalado na interface da ZPR OB e 1 e deve estar sujeito a correntes de descarga
total ou parcial que atingem as linhas e as que atingem o SPDA (Sistema de Proteção contra Descargas
Atmosféricas) e que retornam às linhas pelo BEP.
O DPS Classe 2, que foi ensaiado com corrente nominal de descarga (forma de onda 8/20 µs) pode ser
instalado em interfaces das ZPR internas e deve estar sujeito a correntes induzidas pelos raios.

POTÊNCIA 75
ARTIGO
ZONAS DE PROTEÇÃO CONTRA RAIOS

O DPS Classe 3, que foi ensaiado com uma onda combinada com uma tensão de circuito aberto com
forma de onda de 1,2/50µs e a corrente de curto-circuito de 8/20µs de um gerador de onda combinado
com uma relação entre eles de 2Ω.
A Figura 2, copiada da ABNT NBR 5419-4: 2015, mostra um exemplo de instalação de DPS classe 1,
classe 2 e classe 3.

Figura 2 – Exemplo de instalação de DPS (Classe 1, 2 ou 3).

3. As ZPR na ABNT NBR 5419


Na NBR 5419: 2015, o conceito de ZPR aparece inicialmente na Parte 1 da norma (Princípios gerais) no
item 8.3 como Zona de Proteção contra descarga atmosférica “Raio” (ZPR). Neste item, a norma explica

POTÊNCIA 76
ARTIGO
ZONAS DE PROTEÇÃO CONTRA RAIOS

que as medidas de proteção, como SPDA, blindagem dos condutores, blindagens magnéticas (espaciais)
e os DPS, determinam as ZPR.
As ZPR, a jusante de uma medida de proteção, são caracterizadas por reduzir significantemente os
surtos atmosféricos (LEMP – Lightning EletroMagnetic imPulse), em comparação com a ZPR a montante.
Este item da parte 1 da norma explica que, “como regra geral de proteção, a estrutura a ser protegida
deve estar em uma ZPR cujas características eletromagnéticas sejam compatíveis com sua capacidade de
suportar solicitações que, de outra forma, causariam danos (dano físico ou falha de sistemas elétricos e
eletrônicos devido a sobretensões)”.
Esta parte da norma apresenta a “Figura 3 – ZPR definidas por um SPDA (ABNT NBR 5419-3) e a Figura
4 – ZPR definidas por MPS (ABNT NBR 5419-4)”.

POTÊNCIA 77
ARTIGO
ZONAS DE PROTEÇÃO CONTRA RAIOS

Na parte 2 da NBR 5419 (Gerenciamento de risco), o termo Zona de Proteção contra Raios aparece mui-
to pouco e é muito confundido com a divisão da estrutura em Zonas ZS. No caso da divisão da estrutura
em zonas, que podem até ser ZPR alinhadas com a parte 4 da ABNT NBR 5419, mas podem ser diferentes
também. No caso das ZS, que gosto de chamar de Zonas de Estudo, é uma forma de otimizar a análise de
risco, dividindo a estrutura em partes para analisar diferentemente cada parte para fins do gerenciamento
de risco.
Na parte 3 da NBR 5419 (Danos físicos as estruturas e perigos à vida), o conceito de ZPR praticamente
não aparece, não sendo utilizado para definir as medidas de proteção do SPDA.

POTÊNCIA 78
ARTIGO
ZONAS DE PROTEÇÃO CONTRA RAIOS

Já na parte 4 da NBR 5419 (Sistemas elétricos e eletrônicos internos na estrutura), o conceito é utilizado
praticamente em toda a norma. É utilizado para o desenvolvimento de projeto e instalações das Medidas
de Proteção contra Surtos (MPS) e na determinação da MPS básicas. Esta parte da norma apresenta o
Anexo A, onde são definidas as bases de avaliação do ambiente eletromagnético em uma ZPR; o Anexo B
onde são definidas as condições para implementação de MPS em uma estrutura existente (considerando
as medidas básicas de proteção para cada ZPR); o Anexo C onde são mostradas como se faz a seleção e
instalação de um sistema coordenado de DPS e finalmente o Anexo D onde são mostrados os fatores a
considerar na seleção dos DPS. Enfim, sem os conceitos das Zonas de Proteção contra Raios, fica pratica-
mente impossível aplicar a parte 4 da NBR 5419.

4. Conclusões
A definição das Zonas de Proteção contra Raios é essencial para a especificação de um sistema coor-
denado de DPS e, assim, a proteção dos sistemas elétricos e eletrônicos internos a uma estrutura contra
os efeitos nocivos uma descarga atmosférica.

Foto: ShuttrerStock
Foto: Divulgação

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E VOLTE AO
SUMÁRIO DR. HÉLIO EIJI SUETA
DIVISÃO CIENTÍFICA DE PLANEJAMENTO, ANÁLISE
E DESENVOLVIMENTO ENERGÉTICO DO IEE-USP

POTÊNCIA 79
ARTIGO
INTERNET DAS COISAS

Internet das coisas e


Proteção contra raios
D
iariamente convivemos com avanços técnicos e tecnológicos que facilitam e simplificam todo
o tipo de tarefas, melhoram resultados, permitem maior controle ou aumentam a segurança.
A transformação digital já não é um conceito do futuro, mas sim uma realidade do presente.
A Internet das Coisas (IoT) está a mudar a indústria (indústria 4.0), as cidades (smart cities), as
redes elétricas (smart grids), os edifícios (smart buildings), etc.
A Internet das Coisas (IoT) é uma tecnologia que permite a conexão e comunicação entre objetos por
meio da Internet. A IoT permitiu o desenvolvimento de novas aplicações e serviços, tais como a automa-
ção doméstica e industrial, a localização de veículos e a monitorização de pacientes em tempo real.

A história da IoT
A IoT teve suas origens no conceitos de “computação ubíqua” ou “computação pervasiva“ desenvolvi-
dos nos anos 80, que propunha a disponibilidade da tecnologia em todos os lugares e a todo momento.
No entanto, foi apenas com o avanço das tecnologias sem fio e da conectividade à Internet no início do
século XXI que a IoT começou a se materializar como a conhecemos hoje.
Os primeiros objetos conectados à Internet surgiram na década de 80. Um exemplo foi uma máquina
de refrigerantes na Carnegie Mellon University (1), que estava conectada a um servidor para fornecer
informações sobre a quantidade de garrafas restantes e o tempo de resfriamento. Com esta solução, as
pessoas do departamento poderiam poupar uma viagem até à máquina se esta não estivesse carregada
ou tivesse sido carregada recentemente, uma vez que os refrigerantes ainda não estavam frios.
Embora esta máquina de refrigerantes tenha evoluído nos anos seguintes, o primeiro objeto
ligado ao que conhecemos hoje como a Internet, foi uma torradeira em 1990. A torradeira
CLIQUE estava ligada à Internet através de uma rede TCP/IP e era controlada por uma Base de

AQUI
E VOLTE AO
Informação de Gestão de Protocolo de Gestão de Rede Simples (SNMP MIB). Tinha um
interruptor para ligar e desligar e a intensidade das torradas era controlada pelo tempo
SUMÁRIO que permanecia ligado.
Foto: Divulgação

POTÊNCIA 80
ARTIGO
INTERNET DAS COISAS

A origem do termo “Internet das Coisas” é contestada. Algumas fontes atribuem a primeira menção
do termo a um discurso de Peter T. Lewis (2), presidente e cofundador da primeira empresa de telefonia
móvel nos Estados Unidos, em 1985. Outras fontes datam a primeira utilização do termo a uma apresen-
tação corporativa de Kevin Ashton (3), um pesquisador especializado em tecnologia de identificação por
radiofrequência (RFID) no MIT, em 1999.
Com o avanço tecnológico no século XXI, tornou-se possível conectar uma ampla gama de dispositivos
à Internet, desde eletrodomésticos e dispositivos de segurança até veículos e equipamentos médicos.
Atualmente, estima-se que existam centenas de milhões de dispositivos conectados à Internet, e esse
número deverá chegar a bilhões nos próximos anos.

Foto: Divulgação

IoT nos sistemas de proteção contra


o raio e sistemas de ligação à terra
A aplicação da IoT nos sistemas de proteção contra descargas atmosféricas e aterramento trouxe di-
versos benefícios. Por exemplo, há empresas que utilizam a tecnologia IoT em seus produtos e serviços
para fornecer informações em tempo real sobre o estado da instalação, equipamentos e sistemas de terra.
Isso permite o monitoramento contínuo, manutenção preventiva e corretiva desses sistemas. Além disso,
graças a esta tecnologia, os equipamentos recebem melhorias e atualizações automáticas.
Um exemplo são para-raios Early Streamer Emission (ESE) inteligentes, que se comunicam diariamente
por meio da IoT para transmitir dados sobre o estado da instalação e do para-raios. Isso possibilita a mo-
nitorização e manutenção adequada da instalação.
Além disso, existem soluções que monitoram continuamente as resistências das malhas de aterra-
mento e sua continuidade para evitar situações crítica e perigosas, e sistemas de deteção de descargas

POTÊNCIA 81
ARTIGO
INTERNET DAS COISAS

atmosféricas, que avisam sobre a aproximação e formação local de tempestades, emitindo alertas para
proteger seres vivos, equipamentos, o meio ambiente e a continuidade de prestação de serviços críticos.

Foto: Divulgação

A tecnologia IoT também é aplicada em contadores de raios smart que monitoram a atividade nos
condutores de descidas de para-raios ou em pás de aerogeradores. Esses dispositivos fornecem informa-
ções detalhadas a respeito da corrente de cada descarga atmosférica, incluindo amplitude, polaridade,
duração, carga, energia e time stamp (data e hora).
A aplicação da IoT para os sistemas de aterramento e proteção contra descargas atmosféricas trouxe
maior eficiência ao fornecer conhecimento remoto e em tempo real do estado dos dispositivos conecta-
dos proporcionando:
◗ O acompanhamento de informação em tempo real de fenômenos de tempestades para evitar riscos
laborais.
◗ O controle e verificação do estado de um conjunto de ativos e instalações, prevendo falhas ou mau
funcionamento.
◗ Controle operacional para organizar tarefas de manutenção, ou para evitar situações ineficientes,
perigosas ou inesperadas.

POTÊNCIA 82
ARTIGO
INTERNET DAS COISAS

Referências
0. Aplicaciones Tecnologicas - iot-internet-of-things-tecnologia-proteccao-contra-raio-redes-ligacao-­
terra. História da IoT: O que é e como mudou os sistemas de ligação à terra e de proteção contra o raio?
Para-raios Smart com dispositivo de ionização, SMART LIGHTNING ( janeiro de 2023)
1. The “Only” Coke Machine on the Internet
2. Sharma, Chetan. “Correcting the IoT History “
3. Ashton, Kevin. ‘That ‘Internet of Things’ Thing’ RFID Journal ( junho de 2009)

Foto: Divulgação

CLIQUE ALEX MUZZI DIRETOR COMERCIAL AT3W BRASIL

AQUI
E VOLTE AO
SUMÁRIO

POTÊNCIA 83
ARTIGO
ROBÓTICA

Robótica na reorganização
das cadeias globais
de suprimentos AQUI CLIQUE

E
E VOLTE AO
mpresas no mundo estão reavaliando as suas estruturas produtivas após a sé- SUMÁRIO
rie de interrupções nas cadeias globais de suprimentos, em função da crise
provocada pela pandemia de covid-19, seguida pela guerra na Ucrânia. Com os
desafios logísticos impostos pelo novo cenário, ganha mais força a adoção dos mo-
delos de “reshoring” e “nearshoring”.
Após um forte movimento de “offshoring”, com a terceirização da produção em outros países em
busca de redução de custos, as empresas vêm se movimentando para trazer as atividades produtivas de
volta para casa, o “reshoring”, ou para locais mais próximos, o “nearshoring”. A estratégia é uma resposta
não só ao recente choque na cadeia logística, mas também a fatores como a escassez de mão de obra e
a novas exigências dos clientes.
Uma pesquisa de 2022 da ABB com líderes empresariais revelou que 74% das empresas europeias
e 70% das norte-americanas estão planejando re- ou nearshore – uma tendência que, em especial nos
Estados Unidos, pode beneficiar países emergentes como Brasil e México, em função da proximidade
geográfica, atraindo investimentos no setor industrial.
E é nessa nova configuração das cadeias globais que a automação robótica assume um papel fun-
damental, levando flexibilidade para que empresas de diversos setores reajam de forma ágil e eficiente
às demandas do mercado. Segundo o levantamento ainda da ABB, 75%
das europeias e 62% das norte-­americanas planejam investir
em robótica e automação nos próximos três anos,
principalmente para facilitar a mudança nas
operações.
Os recentes avanços tecnológi-
cos permitem que linhas de produção au-
tomatizadas sejam hoje rapidamente implantadas
e reorganizadas. Nesse sentido, destaca-se o uso
de robôs colaborativos, robôs móveis autônomos
(AMRs) e sistemas digitais, que permitem, por exemplo,
montagens personalizadas e alterações rápidas de pro-
dução.
Entre as tendências estão também as células modulares
e individuais de produção capazes de suportar uma maior
variação de produtos e oferta quando comparadas à monta-
gem linear. O modelo permite modificar ou até mesmo subs-
tituir células individuais sem a necessidade de interrupções

Foto: ShutterStock
POTÊNCIA 84
ARTIGO
ROBÓTICA

Foto: ShutterStock
de produção. Assim, é possível iniciar processos em pequena escala e aumentar o ritmo de produção,
adicionando ou reimplantando células de acordo com as mudanças de demanda.
Outro bom exemplo é o uso de simulações de gêmeos digitais no planejamento de linhas au-
tomatizadas para otimizar layouts de produção. Isso já acontece na fábrica da Volvo em Curitiba,
onde um aplicativo de realidade aumentada está contribuindo para reduzir o tempo e os custos de
engenharia para orientar o projeto das células, ao mesmo tempo em que melhora a colaboração em
toda a empresa.
A animação sobreposta para virtualizar e simular a operação do robô ajudou a equipe de engenharia da
montadora a identificar problemas como cabos e componentes que podem precisar de testes adicionais e
alterações de design. Para áreas com pouco espaço para novos equipamentos, como nas instalações da
oficina de pintura da Volvo, foi possível otimizar o projeto da célula com base no espaço disponível e em
outros fatores, como parte da segurança.
A automação robótica pode ser, portanto, a resposta às atuais – e futuras – exigências e necessidades
do mercado. Afinal, eficiência e flexibilidade serão os pilares para reorganização das operações da indús-
tria neste momento de profundas transformações e em escala global.
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E VOLTE AO
SUMÁRIO
RODRIGO BUENO DIRETOR DA
ÁREA DE ROBÓTICA DA ABB BRASIL

POTÊNCIA 85
ARTIGO
ENERGIA SOLAR TÉRMICA

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E VOLTE AO
SUMÁRIO

Foto: ShutterStock

Apesar das excelentes


condições para implantação,
Brasil não apoia a energia
solar térmica
R
ecentemente, a ONU confirmou Belém (PA) como a sede da COP-30, a conferência para o clima
que acontecerá em novembro de 2025. O evento reúne anualmente lideranças mundiais para
debater soluções para conter o aquecimento global e criar alternativas sustentáveis para a vida
na Terra. A escolha premiou o engajamento do governo atual com as questões ambientais, mas,
na prática, ainda há muito por fazer nessa área e pouco apoio a soluções simples e efetivas, como a ener-
gia termossolar.
O Brasil apresenta excelentes condições para a implantação da energia solar térmica como fonte alter-
nativa de geração energética. Rico em sol, o país recebe uma radiação solar média entre 4,2 e 6,2 kWh/
m² por dia. Apesar desse potencial e de um significativo parque industrial, a tecnologia ficou de fora do
Programa Minha Casa, Minha Vida, do governo federal, e não tem sido considerada nos projetos do Mi-
nistério de Minas e Energia.
Vários fatores atrapalham a plena adoção da tecnologia já tão utilizada em outros países com menos
insolação do que o nosso: legislação desfavorável para investimentos em eficiência energética; ausência
ou não adequação de linhas de financiamento; falta de incentivo das autoridades; e desconhecimento.
Uma pena, pois se trata de uma tecnologia em constante desenvolvimento com fabricação e utilização de
conteúdo local em quase 100%, que gera mais de 50 mil empregos diretos e indiretos no Brasil em toda
cadeia sua cadeia produtiva, dos quais 20% são ocupados por mulheres.

POTÊNCIA 86
ARTIGO
ENERGIA SOLAR TÉRMICA

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Além disso, a energia termossolar fortalece muito a cultura em favor do meio ambiente. Com o atual
parque instalado no país, é possível evitar anualmente a emissão de mais de 4,5 milhões de toneladas de
CO₂, com o potencial para chegar a mais de 60 milhões de toneladas de CO₂, o que reduziria em mais de
13% as emissões anuais e honraria o Acordo de Paris, de 2015.
A tecnologia atende plenamente aos critérios que beneficiam, por exemplo, a indústria automobilística,
baseados no tripé: social (aumento de empregos e renda); ambiental (redução na emissão de gases de
efeito estufa e uso pela própria indústria de sistemas de aquecimento solar na produção de seus equi-
pamentos e material reciclável sem a geração de resíduos); e densidade industrial, que diz respeito à
quantidade de equipamentos e seus acessórios produzidos no Brasil.
Quando se pensa no consumidor final, a utilização de sistemas de aquecimento solar tem várias van-
tagens. A primeira delas é a redução significativa do uso de energia elétrica no horário de pico, quando
os chuveiros elétricos ligados simultaneamente representam 37% do consumo elétrico em residências e
7,2% do total de eletricidade no Brasil.
Com isso, há uma contribuição para o aumento da renda das famílias e pequenos negócios, como
salões de cabeleireiros, petshops, clínicas médicas ou de fisioterapia, restaurantes, academias e lavan-
derias, entre outras aplicações. Com um investimento a partir de R$ 2.089,00, uma família obtém uma
economia significativa na conta de energia elétrica de 40%. Quanto menor a renda da família, mais repre-
sentativo para o orçamento doméstico é o custo da energia elétrica. Na prática, o dinheiro economizado
é revertido para outras necessidades como, por exemplo, alimentação, saúde, educação e lazer.
Nos pequenos negócios, a tecnologia permite maior independência financeira, pois as empresas po-
dem organizar seu orçamento e evitar os ajustes tarifários na conta de energia elétrica, de gás ou quais-
quer outros combustíveis fósseis. Vale lembrar ainda que o payback de um aquecedor solar é de cerca de
um a três anos e a vida útil acima de 30 anos. Com o aumento dos demais energéticos como eletricidade
e gás natural, a tendência é que o payback reduza ainda mais.
Vale mencionar ainda a redução da sobrecarga de energia e dos custos de transmissão e distribui-
ção da rede elétrica. Para cada chuveiro elétrico adicionado à rede elétrica, são necessários gastos em
transmissão e distribuição no valor de R$ 5.000,00 por domicílio. Além disso, a tecnologia opera de forma
completamente desconectada da rede elétrica, o que minimiza os problemas de um novo racio-
namento de energia no Brasil. Apesar de todas essas vantagens, apenas 5% dos domicílios
utilizam aquecimento solar para aquecer água.
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E VOLTE AO LUIZ ANTONIO DOS SANTOS PINTO PRESIDENTE DA ASSOCIAÇÃO
SUMÁRIO BRASILEIRA DE ENERGIA SOLAR TÉRMICA (ABRASOL)

POTÊNCIA 87
O MUNDO EM TRANSFORMAÇÃO
CONTROLE DE INTERFERÊNCIA CLIQUE
AQUI
Espaço de reflexão
E VOLTE AO
SUMÁRIO
Ficar deitado com a boca aberta esperando que, se Deus quiser, a comida chegará
à nossa boca, certamente não é a postura mais indicada - é preciso fazer alguma coisa.
E assim também acontece para a Compatibilidade Eletromagnética (EMC) - para se garantir
o desempenho correto de Sistemas Eletroeletrônicos é imprescindível um tratamento sistemático
no âmbito da Compatibilidade Eletromagnética.
E, particularmente no Brasil onde ainda não existe uma obrigatoriedade quanto à qualidade EMC dos
equipamentos a serem instalados, a falta de um tratamento adequado quando do Projeto e Instalação de
um Sistema Eletroeletrônico abordando a topologia do sistema e seus cabos de interconexão, a configu-
ração do sistema de aterramento, a presença de campos eletromagnéticos, entre outros aspectos, pode
se traduzir num maior risco para pessoas e equipamentos, bem como acarretar um custo muito elevado
de instalação e operação.
A implantação de um Plano de Controle de Interferência representa assim um conjunto de procedi-
mentos necessários ao atendimento da compatibilidade eletromagnética.
Com este artigo encerramos a Coluna ‘O Mundo em Transformação’, onde o enfoque foi o de pensar a
Engenharia no Brasil com os olhos no futuro, num mundo em transformação. Tendo a área de eletrotecnia
como pano de fundo, e a Compatibilidade em particular, foram abordados temas desde os aspectos cul-
turais, que nos caracterizam (e nos limitam!) como brasileiros, até os horizontes que a Ciência aponta nas
diferentes áreas do conhecimento.
Um exercício no qual outros amigos contribuíram magnificamente para reconhecermos nossos valores
e possibilidades. Enfim, nosso legado aos que continuarão após irmos!
Ficam os nossos mais sinceros agradecimentos à Revista Potência, desde o querido amigo Hilton
Moreno com quem iniciamos esta jornada, até o pessoal da diagramação que transformou nossas ideias
num lindo espetáculo visual!
Foi bonita a Festa, pá!
E vamos … que vamos!

Foto: ShutterStock
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ROBERTO MENNA
BARRETO
PROFESSOR E
CONSULTOR
www.qemc.com.br

POTÊNCIA 88
O MUNDO EM TRANSFORMAÇÃO
CONTROLE DE INTERFERÊNCIA

Plano de Controle de
Interferência no Projeto
e na Instalação de
Sistemas Eletroeletrônicos

Foto: ShutterStock

Por que os problemas de


interferência acontecem?
Compatibilidade Eletromagnética (EMC) pode ser definida como a capacidade de um dispositivo, uni-
dade de equipamento ou sistema, para funcionar satisfatoriamente no seu ambiente eletromagnético sem
introduzir, ele próprio, perturbações eletromagnéticas intoleráveis naquele ambiente.
Considerando esta definição, podemos olhar este aspecto em duas vertentes principais: as caracterís-
ticas EMC das partes (cada unidade de equipamento) e as características EMC do todo (todas as unidades
de equipamentos compondo um Sistema Eletroeletrônico).
No que refere às características EMC dos equipamentos isoladamente, podemos considerar que existe
hoje em dia um amplo suporte tecnológico para o controle de interferência eletromagnética, o qual implica

POTÊNCIA 89
O MUNDO EM TRANSFORMAÇÃO
CONTROLE DE INTERFERÊNCIA

na qualificação dos equipamentos para o cumprimento de normas EMC, assim como aquelas inerentes
à Diretiva Europeia EMC (referenciadas pelo IEC), as quais objetivam garantir a operação correta destes
equipamentos nos seus ambientes normais de operação. E o resultado foi muito positivo.
Entretanto, quando consideramos a instalação destes equipamentos compondo um sistema eletroele-
trônico, e em particular no Brasil onde ainda não existe uma certificação abrangente em EMC, uma nova
situação se apresenta, qual seja:
1. o nível de emissão/imunidade de cada equipamento não está claramente definido, a menos que haja
a comprovação de cumprimento com normas EMC específicas;
2. o nível de emissão/imunidade do Sistema de Eletroeletrônico não é necessariamente o mesmo nível
dos equipamentos que o compõe devido, por exemplo, aos cabos de interconexão que tornam o sis-
tema mais vulnerável à influência de perturbações radiadas;
3. e os níveis de perturbações eletromagnéticas presentes no local de instalação podem diferir drastica-
mente daqueles usados como referência na normalização, como por exemplo no campo, em áreas de
grande incidência de descargas atmosféricas, ou em ambiente de SE.

Desta forma, Sistemas Eletroeletrônicos são passíveis de terem problemas de interferência, mesmo
quando os equipamentos instalados cumprem com normas EMC.

A importância do Sistema de Aterramento


Como as diversas tecnologias usadas numa dada instalação ficam, necessariamente, interligadas pelo
Sistema de Aterramento, o qual também é a base de praticamente todas as medidas de proteção EMC
que podem ser implementadas (filtragem, blindagem de cabos, proteção contra tensões transitórias, entre
outras), o Sistema de Aterramento representa assim o aspecto de maior importância a ser considerado por
forma a assegurar a operação correta de Sistemas Eletroeletrônicos.
Entretanto, em lugar de um projeto específico para o Sistema de Aterramento, o que é feito muitas ve-
zes é a implementação do Sistema de Aterramento baseada em somente dois ou três critérios, tais como:
a resistência de terra deve ser inferior a 5 ohms; a
Foto: ShutterStock

configuração em estrela deve ser implementada;


deve-se evitar os “loops de terra”; deve-se fazer
uma equalização de potencial; etc.
Via de regra estes critérios não são suficientes
e nem mesmo necessários! E é desta forma que os
problemas de interferência são perpetuados ao longo
do tempo, pois embora o sistema possa operar corre-
tamente quando nada de anormal acontece, sempre
que ocorrer uma situação de risco, como por exemplo
originada por uma variação na energia elétrica ou por
raios, surge um número bastante elevado de proble-
mas de interferência que depois desaparecem, mas
o estrago já foi feito. É preciso garantir a operação
correta do sistema eletroeletrônico, mesmo quando
ocorrem situações de risco que sejam de se esperar!

POTÊNCIA 90
O MUNDO EM TRANSFORMAÇÃO
CONTROLE DE INTERFERÊNCIA

Plano de Controle de Interferência


No controle de interferência, o que se procura não é a eliminação do ruído! O que se procura é um
compromisso entre diferentes as fontes de perturbação eletromagnética de forma a que o ruído total aco-
plado no circuito não cause interferência.
A forma mais eficaz (custo-benefício) para se responder objetivamente às diversas possibilidades
para o surgimento de problemas de interferência na instalação de Sistemas Eletroeletrônicos é através
da implementação do que é chamado um Plano de Controle de Interferência.
Um Plano de Controle de Interferência é, essencialmente, um cronograma de trabalho específico
para a área EMC, definindo as ações e seus tempos de execução, que deverão ser levadas em consi-
deração ao longo do Projeto e da Instalação do Sistema Eletroeletrônico, por forma a se identificar e
solucionar todas as situações em potencial para a ocorrência de problemas de EMI.

Um Plano de Controle de Interferência deve conter ao menos os seguintes tópicos:

A – INTRODUÇÃO
Neste capítulo seriam apresentados uma descrição geral do Sistema Eletroeletrônico a ser instalado,
e seu cronograma de instalação com as respectivas pessoas envolvidas:
◗ Descrição do sistema, onde o objetivo é uma descrição EMC geral dos diversos sistemas a serem ins-
talados (energia, automação e controle, telecomunicações, TI, entre outros) através de uma documen-
tação simples, a qual deverá ser mantida ao longo dos anos;
◗ Partes envolvidas, onde o objetivo é a identificação dos diferentes grupos de trabalho envolvidos, suas
responsabilidades e seus cronogramas de trabalho (obras civis, distribuição de energia, especificações
dos equipamentos, ar-condicionado, entre outros);
◗ Treinamento, onde a meta é fornecer às pessoas envolvidas na implantação do Sistema Eletroeletrôni-
co as informações necessárias quanto aos cuidados a serem observados na área EMC.

B – ANÁLISE EMC
Neste capítulo seria desenvolvida uma visão crítica das situações em potencial para o surgimento de
Interferência Eletromagnética (EMI):
◗ Ambiente eletromagnético, onde o objetivo é a identificação das diferentes fontes de perturbações
eletromagnéticas que poderiam ocasionar problemas de EMI e a determinação dos níveis destas per-
turbações, identificadas através de medições e/ou previsões;
◗ Situações em potencial para EMI, onde o objetivo é, com base na Descrição do Sistema e no Ambiente
Eletromagnético, a identificação das situações críticas para ocorrência de EMI, as quais incluem tanto
os problemas de EMI internos ao Sistema (por exemplo, interferência entre equipamentos) como aque-
les externos ao sistema (por exemplo, campos eletromagnéticos gerados por sistemas de radiodifusão
nas imediações), compondo uma Matriz para situações em potencial de interferência.

POTÊNCIA 91
O MUNDO EM TRANSFORMAÇÃO
CONTROLE DE INTERFERÊNCIA

C – CONTROLE DE INTERFERÊNCIA
Nesta parte, as diversas medidas de proteção são projetadas e implementadas de acordo com as si-
tuações de risco identificadas anteriormente, sendo uma maior ênfase dada naturalmente ao sistema de
aterramento.
◗ Sistema de aterramento, compondo o que é chamado “Bonding Network”, o qual inclui o subsistema
de eletrodos de terra, o subsistema de proteção contra faltas (condutor de proteção), o subsistema de
proteção contra raios e o subsistema de referência para sinais;
◗ Proteção contra descargas atmosféricas, incluindo a proteção da estrutura – proteção externa (SPDA
– Sistema de Proteção contra Descargas Atmosféricas), e a proteção contra surtos e campos eletro-
magnéticos – proteção interna (zonas de proteção);
◗ Cablagem, com a definição do roteamento de cabos mais apropriado para se evitar, principalmente, o
aparecimento de ruído no modo comum;
◗ Outros aspectos, assim como o uso de técnicas EMC específicas tais como roteamento e blindagem de
cabos, blindagem de salas que abrigam equipamentos sensíveis, filtragem, transformadores de isola-
ção, entre outras, a serem definidas consoante as necessidades identificadas na ANÁLISE EMC.

D – TESTES
Neste último capítulo do Plano de Controle de Interferência, os diversos testes seriam planejados e
executados objetivando a verificação do desempenho do sistema quando sujeito à influência de pertur-
bações eletromagnéticas, o que poderá indicar a necessidade de medidas corretivas complementares.

Conclusão

Proteção contra interferência eletromagnética em Plantas Industriais

POTÊNCIA 92
O MUNDO EM TRANSFORMAÇÃO
CONTROLE DE INTERFERÊNCIA

Durante a Fase de Projeto é quando temos a faca e o queijo na mão - um maior número de Técnicas
EMC à disposição para aplicação no Sistema Eletroeletrônico que irá ser implementado, assim como o en-
caminhamento de cabos, o uso de blindagem, o uso de filtros, entre outras. E a aplicação destas Técnicas
EMC representam um custo relativamente bastante baixo.
Quando os problemas de interferência são tratados somente já na fase de Instalação, as Técnicas
EMC disponíveis já estão limitadas, por exemplo, os cabos já estão passados, a sala já foi construída sem
blindagem, etc., e a identificação e correção de problemas de interferência se torna onerosa, com maior
tempo de paralisação e adição de medidas corretivas que seriam dispensáveis se o problema tivesse sido
considerado na Fase de Projeto.
Na Fase de Operação, os custos devido a interferência eletromagnética disparam, com equipamentos
adicionais para contornar o problema e paralisações que podem comprometer a operação de toda uma
Planta Industrial.
Em outras palavras, a Compatibilidade Eletromagnética tem um custo e não há como escapar disto: na
Fase de Projeto e Instalação este custo é baixo, se o aspecto EMC for levado em consideração; na Fase de
Operação este custo pode ser astronômico, se o aspecto EMC não tiver sido considerado anteriormente.
A conta vai chegar e a escolha é nossa …
A implantação de um Plano de Controle de Interferência representa um conjunto de procedimen-
tos necessários ao atendimento da compatibilidade eletromagnética, do qual fazem parte as seguintes
atividades:

ATIVIDADES EMC NO PROJETO E


INSTALAÇÃO DE SISTEMAS
ELETROELETRÔNICOS
Plano de controle de interferência | “Site Survey” EMC | Avaliação matricial EMC |
Separação EMC por zonas | Medições de campo | Estudos de interferências e medidas de proteção AC e
DC | Blindagem Eletromagnética | Aterramento para baixa & alta frequência | Isolamento Eletromagnético
| Avaliação de conformidade das especificações EMC dos equipamentos | Revisão das especificações de
instalação para conformidade EMC | Adequação EMC do projeto de roteamento & segregação de cabos
| Revisão dos requisitos de aterramento - ligação à Terra/Massa | Classificação EMC dos equipamentos
críticos | Avaliação de Risco para equipamentos sensíveis – EMC, Proteção contra Descargas
Atmosféricas & Proteção contra Surtos | entre outras

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SUMÁRIO

POTÊNCIA 93
ARTIGO
TERMOGRAFIA

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SUMÁRIO

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Termografia aplicada ao setor


de energia garante segurança
na operação e possibilita
maior produtividade
Q
uando se fala em empresas que operam 24x7, zelar pelo perfeito funcionamento das máqui-
nas e equipamentos é sinônimo de segurança, como também de maior produtividade, afinal,
com um menor risco de falhas nos sistemas de produção, a probabilidade de acidentes ou pa-
radas inesperadas pode ser drasticamente reduzida. Desta forma, o processo de manutenção
preditiva, que faz uso de dados e inteligência para prever falhas e problemas em um equipa-
mento ou sistema, tem sido foco para as empresas. Aqui a termografia pode ajudar a prever situações e
antecipar diagnósticos.
A termografia é uma técnica de inspeção que utiliza radiação infravermelha, normalmente através de
câmeras térmicas para identificar e visualizar diferenças de temperatura em equipamentos e instalações
elétricas. Essa radiação infravermelha fornece informações sobre o estado ou temperatura de opera-
ção de um determinado componente ou equipamento. Uma vez identificado o padrão térmico existe um

POTÊNCIA 94
ARTIGO
TERMOGRAFIA

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diagnóstico, em forma de imagem ou informação que pode sugerir algum ponto de aquecimento fora do
padrão, que deve ser investigado.
Como toda a análise é realizada sem a interrupção da operação, o procedimento é considerado ágil e
recorrente, sendo possível avaliar vários equipamentos em um curto espaço de tempo, o que garante um
payback mais rápido sobre o investimento realizado.
A inspeção termográfica aplicada as empresas de energia vão desde subestações, painéis, torres de
transmissão etc, desde a geração de energia, transmissão, até a distribuição. É importante que a manuten-
ção preditiva seja corretamente aplicada, de forma a garantir a operação ininterrupta e segura, maiores
preocupações deste setor.

Como está o mercado de termografia


em ambiente de energia no Brasil?
O panorama no Brasil é bastante favorável para o setor. O país tem recebido investimentos em larga
escala de empresas locais e do exterior, em infraestrutura de geração, transmissão e distribuição para
toda cadeia de fornecimento de energia, tanto para energia proveniente de fontes renováveis quanto as
de fontes tradicionais. Afinal de contas, em um futuro próximo, a estabilidade de operação e a eficiência
serão indispensáveis, pois a energia está cada vez mais escassa e cara.
Vale destacar que o mais importante no setor de energia é que a operação não pare. Problemas ain-
da podem ocorrer e a alternativa é que possam ser antecipados e mitigados. Desta forma, as paradas
podem ser previstas de tal forma que as operações continuem, sem prejudicar o
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consumidor final. Promover esse cenário é um dos grandes desafios do setor


de energia no Brasil e para isso a termografia pode contribuir.

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SUMÁRIO UNIT MANAGER - HIKMICRO

POTÊNCIA 95
ARTIGO
TECNOLOGIA

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SUMÁRIO

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Como os CLPs otimizam a


adoção da Indústria 4.0
O
s setores produtivos têm procurado aumentar a produtividade, aumentar o mix de produtos, re-
duzir custos, aumentar a qualidade e reduzir prazos de entrega. Um dos movimentos nesse sen-
tido é a implementação da manufatura inteligente que tem como uma tecnologia habilitadora
a conectividade, apoiada por um alto volume de dados, envolvendo Data Analytics, integração
da cadeia produtiva e o acompanhamento de indicadores de desempenho.
Esse modelo oferece benefícios significativos às empresas ao otimizar seus sistemas de produção. O
acesso a dados em sistemas corporativos e de logística permite ajustar os planos de produção em tempo
real com base em necessidades ou gargalos do cliente.
As informações da planta também podem ser usadas para avaliar problemas de equipamentos e pla-
nejar reparos antes que ocorram falhas. É o acesso a informações e aplicativos dedicados que levam a
automação a outro nível.
Mas é claro que esse cenário depende de inúmeras tecnologias e equipamentos e, entre eles, os CLPs
(Controlador Lógico Programável), que atuam como centro de controle das máquinas na manufatura inte-
ligente ou na Indústria 4.0. O CLP pode ser visto como o processador central ou conectado em rede para
controle de fábricas e processos em tempo real.
Esses controladores programáveis, usados principalmente para os processos de controle desde
máquinas simples até processos complexos, oferecem processamento de instruções básicas de alta
velocidade, o que aumenta significativamente o desempenho em integrações, por exemplo, com linhas
robotizadas.

POTÊNCIA 96
ARTIGO
TECNOLOGIA

As mudanças no chão de fábrica


Quando o CLP foi desenvolvido, na década de 1960, para substituir a lógica de relés, não havia Inter-
net, apenas um desejo de aumentar o nível de automação em um ambiente industrial.
O equipamento foi desenvolvido para substituir painéis de relés, muito utilizados na época na indústria
automobilística, para executar controles baseados em lógica combinacional e sequencial. Por serem ele-
tromecânicos, os relés que eram usados nos dispositivos de controle apresentavam diversos problemas
nos componentes, desgastes devido ao contato repetitivo, dificuldade na modificação da lógica de con-
trole e necessidade de manutenções regulares.
Hoje, a IIoT está impulsionando a mudança nos chãos de fábrica, mas a finalidade básica do CLP ainda
se mantém atual e necessária.
O desenvolvimento e evolução dos CLPs teve como resultado da mudança de hardware para soluções
baseadas em software trouxe uma mudança na flexibilidade e confiabilidade de sistemas controladores.
E, aliado à flexibilidade e confiabilidade, os CLPs permitem uma ação fundamental para manter as
indústrias competitivas, com o monitoramento da produção, acessando informações de diversos disposi-
tivos conectados.

Potencial é enorme
À medida que o setor de manufatura precisa se modernizar, fica claro que o número de aplicações
potenciais para os CLPs também cresce, otimizando linhas de produção automatizadas e robotizadas.
Isso está dando origem a novas soluções que se ajustam aos requisitos da aplicação final, demonstran-
do os mesmos níveis de robustez, segurança e interoperabilidade que foram estabelecidos ao longo
de décadas de uso.
Para o setor de manufatura, digitalizar a produção não é mais opcional. Com a abordagem e o suporte
certos, a transformação digital é possível para empresas, independente do tamanho ou setor.
E como todo investimento na indústria, um dos pontos críticos é o retorno sobre investimento, aliado à
melhora da eficiência, segurança e confiabi-
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lidade da automação industrial.


Ao concentrar os esforços digitais nas
oportunidades de negócios estrategicamen-
te importantes, as empresas podem alcan-
çar uma escala real em um ritmo acelerado.
É assim que a vantagem estratégica de lon-
go prazo é construída – com tecnologia e
inteligência.
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HÉLIO SUGIMURA
GERENTE DE
MARKETING DA
SUMÁRIO MITSUBISHI ELECTRIC

POTÊNCIA 97
VITRINE

ILUMINAÇÃO RESIDENCIAL
A LEDVANCE desenvolveu a linha SMART+WIFI para uso residen-
cial, que é composta por lâmpadas, luminárias e fita LED inteligentes.
Os produtos permitem total controle da iluminação, como acender, apagar, programar o acendimento, a
cor, a intensidade da luz e muito mais. Tudo isso por meio do aplicativo gratuito LEDVANCE SMART+WIFI,
acionado no smartphone ou tablet e, ainda, por comando de voz (Alexa e Google Assistente). A linha
SMART+WIFI da LEDVANCE transforma a casa em um mundo de alta tecnologia. É possível realizar o acio-
namento da iluminação dos ambientes de maneira automática, por meio do aplicativo gratuito LEDVANCE
SMART+WIFI, estando em casa ou remotamente. O controle é sem fio, via Wi-Fi, e não necessita da insta-
lação de hub. A linha SMART+WIFI oferece 16 milhões de cores, além do branco dinâmico, que varia en-
tre quente e frio, conforme a conveniência do usuário. O sistema permite a criação de cenas previamente
programadas para o acionamento imediato, conforme as atividades que o usuário realiza ao longo do dia.

DESEMPENHO DOS SISTEMAS FOTOVOLTAICOS


A Fluke do Brasil acaba de lançar no mercado brasileiro seu novo analisador fotovoltaico multifuncio-
nal SMFT-1000, equipamento que permite verificar o desempenho e a segurança de sistemas fotovoltaicos,
além de agilizar a elaboração de relatórios. Desenvolvido espe-
cialmente para profissionais do setor fotovoltaico que prestam
serviços de instalação, comissionamento e manutenção de sis-
temas que operam em 1.000 VDC ou menos, o SMFT-1000 está
em conformidade com os padrões internacionais IEC 62446-1
para testes e documentação de sistemas fotovoltaicos conecta-
dos à rede. O SMFT-1000 é ideal para que os profissionais agi-
lizem seu trabalho diário de manutenção. O equipamento sim-
plifica e acelera o fluxo de trabalho solar, oferecendo desde as
medições iniciais, até o relatório final, além de reduzir o tempo
de campo em 20% e de documentação em 50%.

FAMÍLIA AMPLIADA
A ABB está lançando duas novas versões de seu robô colaborativo GoFaTM. O GoFa 10 e o GoFa 12 ofere-
cem novas possibilidades para as empresas aproveitarem a automação por meio de robôs colaborativos para
aumentar a eficiência. Manipulando cargas úteis de até 10 e 12 kg com repetibilidade líder de mercado, os co-
bots podem lidar com uma ampla gama de tarefas em estreita colaboração com os trabalhadores. Oferecendo
programação simples e rápida integração em ambientes de produção, os cobots GoFa 10 e 12 oferecem velo-
cidades de ponto central de ferramenta (TCP) de até dois metros por segundo com desvio de 0,02 mm para
maior repetibilidade - uma melhoria de duas vezes em relação a soluções comparáveis. Com certificação
IP67 contra a entrada de umidade e poeira, eles ampliam
os benefícios da robótica colaborativa rápida e precisa
para novas aplicações industriais, automatizando tare-
CLIQUE fas exigentes, como manutenção de máquinas, sol-
AQUI
E VOLTE AO
dagem, manuseio de peças, polimento e monta-
gem. O alcance de 1,62 metro do GoFa 10 - 14%
SUMÁRIO a mais do que os outros de sua classe.

POTÊNCIA 98
VITRINE

CABO PARA SISTEMAS FOTOVOLTAICOS  


O Grupo Prysmian expande a linha Voltenax Grid 0,6/1KV, aplicável em grids subterrâneos de baixa
tensão, com uma nova opção de cabo Anti-PID. O efeito PID (Potencial Induced Degradation ou Degrada-
ção Induzida por Potencial) é um problema que afeta sistemas fotovoltaicos. Ele provoca a degeneração
dos módulos e reduz drasticamente o desempenho deles na geração de eletricidade. Esse problema vem
ocorrendo principalmente em usinas centralizadas ou de minigeração, já que nestes sistemas é comum o
uso de strings longas com muitos módulos em série. A solução encontrada pelos engenheiros do Grupo
Prysmian foi aumentar a espessura de isolação do cabo, de modo que o novo modelo agora seja capaz de
suportar, durante toda a vida útil, níveis de tensão causados durante o funcionamento de proteções Anti-
-PID em inversores que possuem essa funcionalidade. O cabo é constituído por fios de alumínio nu, têm-
pera dura (H19), encordoamento classe 2 e forma redonda compacta. A isolação é feita de composto ter-
mofixo de polietileno reticulado (XLPE) e a cobertura de composto termoplástico de polietileno do tipo ST7. 

PLUGUES RESIDENCIAIS
A Soprano está ampliando o seu portfólio de produtos com o lançamento de novos Plugues Residen-
ciais (também conhecidos como “plugue T”). Os plugues estão disponíveis nos modelos macho e fêmea,
de 10 e 20 A, e são certificados conforme a norma NBR 14136, já os adaptadores são
certificados conforme a norma NBR 14936. Ambos contam com pinos sólidos em
liga de cobre, sendo que o corpo é produzido em termoplástico de engenharia. Os
plugues da Soprano são dispositivos destinados para conexões móveis, no qual
podem ser conectados cabos flexíveis e dessa forma os equipamentos podem
ser facilmente deslocados de um lugar para outro, oferecendo maior pra-
ticidade e segurança. Os plugues “T” são acessórios móveis constituídos
de uma peça única que incorpora tomadas para a conexão de equipamen-
tos na rede elétrica, ampliando assim a quantidade de equipamentos que
podem ser ligados em um mesmo ponto. Já os plugues macho e fêmea são
utilizados na fabricação de extensões, podendo ser conectados em cabos
flexíveis, o que facilita o deslocamento de um lugar quando ligados ao circui-
to de alimentação, oferecendo maior praticidade. 
Crédito: Soprano/Divulgação

PROTEÇÃO DE APLICAÇÕES CRÍTICAS


A Schneider Electric apresenta o Easy UPS 3-Phase Modular. Essa fonte de alimentação ininterrupta (UPS)
foi projetada para proteger aplicações críticas e oferece a funcionalidade Live Swap verificada por terceiros.
O Easy UPS 3-Phase Modular está disponível na capacidade de 50-250 kW com configuração escalável N+1
e é compatível com a arquitetura EcoStruxure™, que oferece serviços de monitoramento remoto. Com a esca-
labilidade em primeiro lugar, o Easy UPS 3-Phase Modular permite que você pague à medida que cresce, per-
mitindo otimizar o investimento. Ele faz parte do portfólio Green Premium da Schneider
Electric, que garante eficiência energética, durabilidade, reciclabilidade e transparên-
cia para ajudar a reduzir o impacto ambiental. O Easy UPS 3-Phase Modular per-
mite que os clientes reduzam suas despesas por meio de um modelo de capex
CLIQUE otimizado. Além disso, o tempo de inatividade programado é significativamen-
AQUI
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te reduzido por meio de módulos de energia Live Swapable com autodiag-
nóstico e chave estática certificados por terceiros, aumentando, assim, a
SUMÁRIO confiabilidade e a disponibilidade em um espaço compacto.

POTÊNCIA 99
Exposição dos artistas do
Ateliê Thomaz Perina
da Fundação Síndrome de Down

24/06 a 25/08
segunda a sexta
das 9h às 16h30

Entrada Gratuita
R. José Antonio Marinho, 430
Barão Geraldo - Campinas/SP

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