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INTRODUÇÃO

A onda de furtos e assaltos sempre foi e será um motivo de preocupação para à


sociedade. Nos últimos 5 anos à cidade de Luanda tem enfrentado em diversas artérias, os
roubos constantes dos Postos de transformação (PT). (NOVOJORNAL 2018)

Os Postos de transformação (PT) são vandalizados por grupos de meliantes por falta
de segurança, e assim são roubados deixando às escuras as vias públicas e aumentando o
índice de delinquência. O governo informou que o mercado do Kifica (Benfica) e algumas
empresas do ramo da electricidade e as que fabricam o alumínio e cobre, são os outros locais
em que os produtos são comercializados. De acordo à ENDE (Empresa nacional de
distribuição de electricidade), Luanda tem registado com desagrado a preocupação das
seguintes zonas: Marginal de Luanda, via expressa de Cacuaco até Benfica, Camama,
Kilamba, sobretudo em que se destaca a vandalização. Segundo Domingos Cabanga director
da ENDE, manifestou a preocupação da instituição sobre à vandalização dos postos de
transformação, frisou que mais de 70 equipamentos de electricidade formam roubados, vistos
que os meliantes arrombam as portas dos PTs e sabotam os equipamentos. (ANGONOTÍCIAS
2018)
Figura 1: Posto de transformação PT vandalizado

Fonte: (ANGOP 2019)

É importante salientar de que os gestores têm manifestado insatisfação durante as


visitas guiadas as instalações. De acordo aos gestores da Empresa Nacional de Distribuição de
Electricidade (ENDE) estima que, desde 2016 até o primeiro semestre de 2020, perdeu mais
de 1,500 milhões de Kwanzas devido ao roubo de matérias electricidade, isso nos seguintes
municípios: Belas, Talatona, viana e Cacuaco. (NOVOJORNAL 2018)
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PROBLEMA DE PESQUISA

Os PTs são de maior importância no processo de distribuição de energia para a


iluminação pública, industrias e residências em geral. Atendendo a sua importância estão
sujeitos, à invasão em qualquer momento. Nos últimos 5 anos os PTs, têm sido
frequentemente alvo de assalto pelos meliantes, como consequência as vias públicas e as
nossas residências ficam às escuras e, consequentemente devido a estas ocorrências
constatou-se um índice elevado de criminalidade em determinadas zonas da cidade de
Luanda.

Com base ao problema acima citado surge a seguinte questão de investigação: como
desenvolver um sistema de controlo de baixo custo que visa impedir a vandalização dos
equipamentos dos postos de transformação (PTs) das redes públicas?

Define-se como objecto de estudo: vandalização de postos de transformação das


redes públicas, e como campo de acção: Marginal de Luanda, via expressa de Cacuaco,
Benfica até Camama, Kilamba.

Com base no problema anterior formulam-se os objectivos seguintes:

OBJECTO DE ESTUDO

Objectivo geral

 Implementar um sistema inteligente para controlo dos PTs das redes públicas;

Objectivos específicos

 Apresentar fundamentos técnicos e científicos de modo a entender os vários sistemas


de controlo de PTs aplicáveis ao projecto.
 Seleccionar os componentes e os softwares de simulação para facilitar a montagem
projecto.
 Desenvolver o protótipo do sistema anti-roubo para os PTs, sua maquete e a sua fonte
de alimentação solar

IMPORTÂNCIA DO ESTUDO

O projecto é de grande importância pois ajuda a garantir a segurança dos PTs contra os
meliantes, usando um sistema de controlo acessível para a sua implementação.
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HIPÓTESES

a) Na tentativa de resolver o presente problema, propõe-se uso do sistema de


controlo inteligente, que irá melhor na segurança de vandalização de postos
de transformação.
b) Se o sistema de controlo para pts for implementado o índice de sinistralidade
rodoviária e os assaltos constantes na via pública diminuirão.

JUSTIFICATIVA

O referencial projecto motivou nas relativas ocorrências aos assaltos constantes feitos
nos PTs das redes públicas, como consequência a falta de iluminação na via pública e os
desconfortos nas indústrias e residências apesar do uso de grupos geradores.

METODOLOGIA

Para a elaboração deste trabalho serão usadas duas metodologias de modos a dar
soluções ao problema encontrado:

 A metodologia qualitativa que vai baseando-se em diálogos com pessoas que


trabalham na área eléctrica, automação, electrónica etc.
 Pesquisa descritiva que visa pesquisar os projectos idênticos já existentes para
solucionar o problema acima citado, baseando-se em revisões bibliográficas: com base
em livros, textos digitalizados em sites, artigos escritos em jornais e vídeos relativos
ao assunto relacionados ao tema;
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ESTRUTURA DO TRABALHO

Capítulo 1- Neste capítulo, pretende-se aferir uma abordagem relativa à Energia


(Tipos, Produção, Transporte e Distribuição). Em suma o estudo de distribuição de energia
eléctrica oriunda dos PTs, e as diferentes tecnologias de controlo.

Capítulo 2- Apresenta-se os componentes escolhidos para o desenvolvimento do


sistema de controlo, suas especificações, características e requisitos para o desenvolvimento.

Capítulo 3- O capítulo apresenta uma produção técnica, isso é, a construção do


diagrama em bloco, modelo simulado e os esquemas de ligação, e por fim o funcionamento
geral do sistema de controlo do projecto no modelo prático e as possíveis soluções e
conclusão.
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CAPITULO 1- REVISÃO DA LITERATURA TÉCNICA/CIENTÍFICA APLICÁVEL


NO PROJECTO
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Através de uma revisão da literatura científica ou técnica, procuramos fazer uma


abordagem relativamente os elementos que virão a ser usados no sistema em estudo. Assim,
de forma concisa neste capítulo, fez-se a descrição e abordagem sobre os componentes e tipos
de tecnologias de segurança do sistema a propor, de modo a tornar mais fácil e acessível
alcançar os objectivos do projecto.

Nesse capítulo é apresentada também uma visão de forma geral do projecto proposto.
Por isso é fundamental para o entendimento do projecto a compreensão dos tópicos abordados
neste capítulo.

1.1 ENERGIA

Energia é a capacidade de produzir trabalho e ela pode se apresentar sob várias:


 Energia Térmica;
 Energia Mecânica;
 Energia Eléctrica;
 Energia Química;
 Energia Atómica, etc.

A energia possui uma característica importante que é a possibilidade de transformá-la


de um tipo para outro. Isto é, a energia total é a soma entre a mecânica com a térmica ou com
qualquer outro tipo de energia interna (Lei da conservação de energia). Muitas vezes não é
possível transportar a energia devendo a mesma ser utilizada no mesmo local.

Figura 2: Esquema de Transformação de Energia

Fonte: (MARKUS 2001)


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A energia eléctrica é uma forma de energia que pode ser transportada com maior
facilidade. Para chegar em uma casa, nas ruas, no comércio, ela percorre um longo caminho a
partir das centrais de produção de energia. (CEMIG 2003)

Para que a energia eléctrica chegue até ao consumidor são necessárias 3 etapas
essenciais: Produção, Transporte e distribuição.

 Produção:

«A energia eléctrica é produzida a partir da energia mecânica de rotação de um


eixo de uma turbina que movimenta um gerador. Esta rotação é causada por diferentes
fontes primárias, como por exemplo, a força da água que cai (hidráulica), a força do
vapor (térmica) que pode ter origem na queima do carvão, óleo combustível ou, ainda,
na fissão do urânio (nuclear)». (Ibidem, 2003)
 Transporte:

«É o segmento responsável pelo transporte de energia eléctrica desde as


unidades de produção (Centrais Eléctricas) até aos grandes centros de consumo, Isto é:
cidades, indústrias, propriedades rurais, etc. Para viabilizar o transporte de energia
eléctrica, são construídas as Subestações elevadora e abaixadora de tensão e as Linhas
de Transmissão». (Ibidem, 2003)

 Distribuição de energia eléctrica

«É um segmento do sistema eléctrico, composto pelas redes eléctricas primarias


(redes de distribuição Media tensão), e redes secundarias (redes de distribuição baixa
tensão). Sua função é baixar a tensão do nível de Transmissão (muito alto), para o nível
de Distribuição. A Rede de Distribuição recebe a energia eléctrica em um nível de
tensão adequado à sua Distribuição por toda a cidade, porém, inadequada para sua
utilização imediata para a maioria dos consumidores. Assim, os transformadores
instalados nos postos das cidades fornecem a energia eléctrica directamente para as
residências, para o comércio e outros locais de consumo, no nível de tensão (220 Volts,
com frequência de 60Hz), adequado à utilização». (Ibidem, 2003)

Com base na descrição das três etapas, Produção, transporte e “distribuição”. Elas são
de suma importância para energia eléctrica chega até aos consumidores conforme a descrição
dos seus funcionamentos acima, o referencial teórico em estudo deste capítulo, tem como foco
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na principal área de distribuição onde ira se abordar detalhadamente os equipamentos que


constituem essa etapa, entre tanto focando-se especificamente nos Postos de Transformação
atendendo que é onde encontramos os equipamentos eléctricos que são vandalizados pelos
meliantes.

1.2 COMPONENTES DE DISTRIBUIÇÃO DE ENERGIA ELÉCTRICA (MT/BT)

1.3 POSTO DE TRANSFORMAÇÃO (PT)

Os postos de transformação ou simplesmente PT é uma instalação onde se procede a


transformação da energia eléctrica de média para baixa tensão, alimentando a rede de
distribuição de baixa tensão. Os níveis de tensão necessário para boa estabilidade de um
sistema eléctrico são obtidos através das instalações de transformação em que se usam
transformadores, e os PTs têm a função de reduzir a tensão de níveis elevados para níveis
utilizáveis pelo consumidor finas, que são indústrias e domésticos.

As instalações de transformação de energia eléctrica são classificadas em função do


destino da corrente secundaria dos transformadores. O Regulamento de Segurança de
Subestações, Postos de Transformação e de Seccionamento (RSSPTS) no seu art.º 6 define
Posto de Transformação do seguinte modo: “Instalação de alta tensão destinada à
transformação da corrente eléctrica por um ou mais transformadores estáticos, quando a
corrente secundária de todos os transformadores for utilizada directamente nos receptores,
podendo incluir condensadores para compensação do factor de potência”. De notar que a
partir da definição não é necessário que a tensão secundária caia no domínio da BT, mas sim
que essa corrente alimente directamente os receptores; pense-se, nomeadamente, em motores
de elevada potência. Mas a situação comum é a da transformação média tensão/baixa tensão.

1.3.1 Equipamentos de um posto de transformação (MT/BT)

O equipamento fundamental de um posto de transformação (PT) é obviamente o


transformador, mas, como a instalação envolve elevados níveis de tensão, necessita
naturalmente de um conjunto adicional de aparelhagem tendente a realizar as funções
obrigatórias de comando, seccionamento, contagem e protecção quer de pessoas e animais,
quer dos próprios equipamentos e outros bens.
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Um Posto de Transformação é constituído essencialmente por três componentes:

1. Um ou mais Transformadores.
2. Quadro Geral de Baixa Tensão.
3. Equipamentos de interrupção, seccionamento e protecção.

1.3.1.1 Transformadores

Transformadores são dispositivos eléctricos que têm a finalidade de elevar ou diminuir


tensão. Por isso, estes estão sempre ligados aos termos elevador e abaixador. «Estes termos
são sempre relacionados com a tensão do secundário dividida pela tensão do primário. Isso
significa que o transformador elevador produzirá no secundário uma tensão maior que a do
primário, e um transformador abaixador produzirá no secundário uma tensão menor que a do
primário». (MALVINO 2011)

Figura 3: Ilustração de Um Transformador

Fonte: (PAIVA 2004)

«Há uma variedade de transformadores com diferentes tipos de circuito, mas todos
operam sobre o mesmo princípio de indução electromagnética. No projecto de fontes lineares,
em resumo, o objectivo do transformador é adequar o nível de tensão alternada da rede para
um nível correto de tensão que se deseja». (DOS REIS 2011)

1.3.1.2 Quadro geral de baixa tensão

O quadro geral de baixa tensão é um equipamento com uma estrutura modular com um
ou mais disjuntores por coluna, fixos ou móveis. A função do quadro geral de baixa tensão é
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proporcionar controlo e protecção aos circuitos do sistema de distribuição. Ele é o primeiro


quadro depois da subestação, é a partir dele que sairão as fontes de alimentação eléctrica. O
quadro geral baixa tensão é a entrada principal de energia eléctrica que contém dispositivos de
protecção e derivação.

Figura 4: Quadro de distribuição de energia em baixa tensão

Fonte: (Artbel paineis s.d.)

1.3.1.3 Equipamentos de interrupção, seccionamentos e protecção

«É um equipamento eléctrico de protecção atua automaticamente pela acção de


dispositivos sensíveis, quando o circuito eléctrico ao qual está conectado se encontra
submetido a determinadas condições anormais, com o objectivo de evitar ou limitar os danos
a um sistema ou equipamento eléctrico».

Apresentação dos seguintes equipamentos de protecção:

 Fusíveis
 Disjuntores
 Chave Seccionadora
 Religadores
 Relés, etc…

FUSÍVEIS

«Os fusíveis são elementos bem conhecidos pois se encontram em instalações


residenciais, nos carros, em equipamentos electrónicos, máquinas, entre outros. Tecnicamente
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falando estes são elementos que destinam-se a protecção contra correntes de curto-circuito.
Entende-se por está última, aquela provocada pela falha de montagem do sistema, o que leva a
impedância em determinado ponto a um valor quase nulo, causando assim um acréscimo
significativo no valor da corrente». (DA SILVA 2006)

Figura 5: Diversos Tipos de Fusíveis em Função da Sua Construção

Fonte: (SOUTO 2004)


Este elemento tal como os disjuntores, fazem parte dos elementos de protecção de
sistemas eléctricos, interrompendo a circulação da corrente eléctrica quando o valor da mesma
ultrapassa o valor nominal da corrente do fusível, provocando a carbonização do elemento
fusível. Podem ser de vários tipos e tamanhos, sendo empregues desde a electrónica há
aplicações industriais.

DISJUNTORES

«Os disjuntores também estão presentes em algumas instalações residenciais, embora


sejam menos comuns do que os fusíveis. Sua aplicação determinadas vezes interfere com a
aplicação dos fusíveis, pois são elementos que também destinam-se a protecção do circuito
contra correntes de curto-circuito. Em alguns casos, quando há o elemento térmico os
disjuntores também podem se destinar a protecção contra correntes de sobrecarga».
(DA SILVA 2006)

A corrente de sobrecarga é causada pelo aumento excessivo da carga de um circuito


qualquer. Para a protecção contra a sobrecarga existe um elemento térmico denominado
bimetálico. Para a protecção contra curto-circuito existe um elemento magnético.
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«O disjuntor precisa ser caracterizado, além dos valores nominais de tensão, corrente e
frequência, ainda pela sua capacidade de interrupção, e pelas demais indicações de
temperatura e altitude segundo a respectiva norma, e agrupamento de disjuntores, segundo
informações do fabricante, e outros, que podem influir no seu dimensionamento». (Ibidem
2006)
Figura 6: Exemplos de Disjuntores

Fonte: (Ibidem 2006)

CHAVES ELÉCTRICAS

As chaves eléctricas são dispositivos de manobra, destinados a estabelecer ou


interromper a corrente em um circuito eléctrico. São dotadas de contactos móveis e contactos
fixos e podem ou não ser comandadas com carga. As chaves para operação sem carga são
denominadas de chaves a seco e embora não interrompem correntes de carga, as chaves a seco
podem interromper correntes de excitação de transformadores (a vazio) e pequenas correntes
capacitivas de linhas sem carga.

Figura 7: Chave Seccionadora Unipolar com Accionamento por Vara de Manobra

Fonte: (Artbel paineis s.d.)


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RELIGADOR

Religador É um dispositivo interruptor auto-controlado com capacidade para:


 Detectar condições de sobre-corrente;
 Interromper o circuito se a sobre-corrente persiste por um tempo pré-especificado,
segundo a curva t x I;
 Automaticamente religar para re-energizar a linha;
 Bloquear depois de completada a sequência de operação para o qual foi
programado.

Como o nome sugere, um religador automaticamente religa após a abertura,


restaurando a continuidade do circuito mediante faltas de natureza temporária ou
interrompendo o circuito mediante falta permanente.

Figura8: Religador automático

Fonte :(Artbel paineis s.d.)

RELÉS

Os Relés constituem uma ampla gama de dispositivos que oferecem protecção aos
sistemas eléctricas nas mais diversas formas: Sobrecarga, curto-circuito, sobretensão etc.
Cada relé de protecção possui uma ou mais características técnicas que o definem para
exercer as funções básicas, dentro dos limites exigidos pelos esquemas de protecção e
coordenação, para cada sistema eléctrico em particular.
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Figura9:Dispositivo de protecção, RELÉ

Fonte: (Artbel paineis s.d.)

Os tipos de PTs são classificados em função de varias características, isto é, quanto a


localização, em que resulta um conjunto de soluções para sua construção.

1.4 TIPOS DE POSTOS DE TRANSFORMAÇÃO (PT)

 PT Aéreo- Suspenso em poste.

 PT em Cabine- Encerrados numa construção de alvenaria, eventualmente numa caixa


metálica (Monobloco)

1.4.1 Posto de transformação aéreo

Estes postos, montados em postes normalizados de betão, são identificados pelo modo
como é feita a sua ligação à rede aérea de Média Tensão. No caso de ligação directa
estaremos na presença de um PT do tipo A, se se fizer através de seccionador, teremos um
tipo AS e se essa ligação for estabelecida mediante interruptor-seccionador será um PT AI.

Figura 10: Posto de transformação aéreo media tensão


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Fonte: (Iso-sigma 2015)


Os Postos de Transformação Aéreo usam como suporte ou base os Postes de betão,
Que são os elementos básicos das estruturas. São especificados pelas suas dimensões

geométricas (altura), material, forma e pela resistência à flexão (máximo esforço horizontal).

De acordo a necessidade do projecto, podemos utilizar diferentes tipos de postes

relativamente a sua forma e material de construção, podendo ser de madeira, concreto e aço.

(ABELARDO, 2010)

1.4.2 Diferentes tipos de Postes

 Poste de Madeira;
 Poste de Concreto;

Poste de Madeira

«Usado em linhas rurais, devido ao aspecto estético. È mais barato, mais leve (cerca
de 65% do peso do poste de concreto) e de fácil manuseia. São usadas as madeiras de pinho,
eucalipto, etc.» No entanto existem países cujo uso destes tipos de madeiras são proibidas por
lei, como é o caso do brasil, para tal se propagou o uso de madeira branca, cujo tratamento é
feito com a penetração de um produto a base de alcatrão, evitando assim o apodrecimento e
aparecimento de fungos. (Ibidem, 2010)

Poste de Concreto

Segundo «usado em todo tipo de redes aéreas. É mais pesado, mais frágil em seu
manuseia, e mais caro que o de madeira, porém, suporta esforços mecânicos maiores que o
poste de madeira». Estes podem ser construídos de duas formas: Circular e em Duplo T. Os
postes de concreto do tipo duplo T têm maior resistência mecânica e por isto são usados em
linhas de vãos maiores. (Ibidem, 2010)
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Figura 11: Poste de Concreto T, e poste do Tipo Circular

Fonte: Ibidem 2010


Cruzetas

«Elemento onde são colocados os pinos para fixação dos isoladores. Normalmente são
de madeira, medindo de 2 a 2,4 m, podendo, também, ser de concreto, pouco usadas, de ferro,
usadas em casos especiais tais como travessias de ferrovias, rodovias, etc. ou de fibra de vidro
para atmosfera agressiva, com alto índice de poluição. Proporcionam o espaçamento entre os
condutores da rede primária. Para sua fixação ao poste utiliza-se parafuso de cabeça quadrada,
porcas e arruelas, também, quadradas. Para anular o balanço, usa-se mão francesa». (Ibidem,
2010)
Figura 12: Poste de Distribuição Equipado com Cruzetas

Fonte: Ibidem, 2010


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Isoladores

Desses tipos. Como indica o nome, são elementos sólidos dotados de propriedades
mecânicas com capacidade de suportar os esforços causados pelas tensões mecânicas dos
condutores. Electricamente, têm a finalidade de isolar os condutores, submetidos a uma
diferença de potencial em relação à terra (estrutura do suporte) ou em relação a um outro
condutor de fase. Geralmente classificam-se em duas categorias que são: apoio e de
suspensão. (Ibidem 2010)

Dentro destas categorias existem variados tipos de isoladores como: apoio, roldana,
pino, de suspensão, de disco, etc. apenas estudaremos alguns

Isoladores de apoio

São aqueles nos quais se apoiam os condutores. Segundo Ibidem «no caso de redes
de distribuição, os condutores são fixados aos isoladores através de laços pré-formados, de
forma a permitir um pequeno deslocamento devido ao trabalho durante o ciclo de carga».

Isolador roldana

É utilizado predominantemente nas redes de distribuição urbana e rural secundária


(220 ou 380 V). Podem ser encontrados tanto em porcelana vitrificada, como em vidro
recozido.

Isolador de disco

Também chamado de isolador de suspensão, são utilizados em redes de distribuição


urbana e rural primária, em estruturas de ancoragem e amarração. Podem ser construídos tanto
em porcelana vitrificada, como em vidro temperado.

Figura 13: Isolador Roldana e Isolador de Disco

Fonte: Ibidem 2010


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O presente projecto faz o tratamento da protecção dos Postos de transformação em


Cabine baixa Monobloco e Pré-fabricada, por tanto o sistema de controlo será apenas
implementado a eles.

1.5 TIPOS DE POSTOS DE TRANSFORMAÇÃO EM CABINE

 Cabine alta.
 Cabine baixa em edifício próprio.
 Cabine integrada em edifício.
 Cabine metálica (Monobloco)
 Cabine pré-fabricada
 Cabine Subterrânea

Figura 14: Posto de transformação compacto

Fonte: (Iso-sigma 2015)

1.5.1 PT em Cabine

São postos em que todos os equipamentos são instalados dentro de uma cabine, que
pode assumir uma das seguintes variantes: cabine alta (torre); cabine baixa (em edifício
próprio); cabine baixa integrada em edifício; cabine metálica (microbloco) ou cabine
subterrânea.
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1.6 TECNOLOGIA DE CONTROLO RELACIONADOS AO PROJECTO

Com base no alavancamento de novos sistemas de controlo, faz-se uma pequena


abordagem sobre três tecnologia, para assim propor o quão é-mos de trabalhar na possível
solução do projecto.

 Sistema de controlo por RFID (Empresas)

«É um Sistema de controlo via link de microonda que é muito aplicado em empresas.


O sistema RFID apresenta inúmeras aplicações de categorias básicas como: Controlo de
acesso, identificar e enviar, registar e rastrear etc. A categoria de controlo de acesso é capaz
de identificar que somente pessoas autorizadas tenham acesso a área restrita».

 Sistema de segurança por Internet (Segurança residencial)

«Este sistema de controlo utiliza o protocolo de internet para segurança residencial.


Este sistema utiliza uma tecnologia de uma infra-estrutura muito ampla, aplicada em
segurança residencial, área comercial, escritório etc. Os principais componentes que fazem
parte do sistema sem fio para possíveis monitoramento são: sensor, câmaras, alarmes… para
alertar qualquer anomalia no local instalado, isso é: A câmara e o sensor captam actividades
anómalas, informa ao alarme que algo não está certo, acciona a serene e o serviço de
monitoramento».

 Sistema de controlo por GSM (Postos de transformação PT)

O sistema envolve a tecnologia de comunicação móvel (ERB) que é o elo entre a parte
do sistema de controlo e central de monitoramento. Estes sistemas têm a capacidade de
controlar dois ou mais dispositivos independentes, e também tem a capacidade partilhar dados
para o melhor desempenho das actividades pré-programada, ela dispõe de uma comunicação
entre o sistema e a central controladora. Está é a tecnologia em estudo para o controlo dos
PTs.
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Tabela 1: comparação das diferentes tecnologias de sistemas de controlo

Sistema de controlo por RFID (Identificação por Radiofrequência)

Desvantagem: Perda do cartão,


Interferência com materiais Vantagem: Capacidade de
metálicos e condutivos, Pode alterar armazenamento, optimização de processo,
a funcionalidade quando submerso identificação simultânea.
na água.

Sistema de segurança e controle por Internet

Desvantagem: Uma infra-estrutura


de grande custo, gasto constante de Vantagem: Alcance e versatilidade em
dados de internet, zona de cobertura monitoramento.
no qual a internet tem de pode a cair
constantemente.

Sistema de controlo para postes de transformação (PT)

Desvantagem: Interferência do Vantagem: Menor custo, mais robusto a


Sensor de presença devido a luz. Tecnologia e de fácil acesso, número de
interferência reduzido ou quase nenhuma.

Fonte: Autor do projecto

1.7 SISTEMA DE DETECÇÃO E ALARME

É um conjunto de dispositivos e equipamentos destinados a gerar um alarme ou uma


acção automática, quando um de seus componentes actuar em função de alguma perturbação
anormal. Um Sistema de Detecção e alarme é um sistema composto por equipamentos
electrónicos que têm como função a detecção de ocorrências de intruso num determinado
espaço. Como consequência dessa detecção, o sistema deve promover um alarme, através de
sinalização acústica e/ou óptica, bem como alerta, através de envio de um SMS ou chamada.
Sabendo que um determinado local está protegido por um Sistema de Alarme, o intruso sabe
que pode ser descoberto com maior facilidade do que num local sem protecção. É então
importante fazer anunciar, que o local se encontra sob vigilância e que qualquer tentativa de
invasão será detectada. Os sistemas de detecção e alarme podem ser utilizados em qualquer
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local, qualquer tipo de recinto, servindo para proteger pessoas, bens patrimoniais e
monitorizar espaços.

O objecto de estudo deste projecto, é o Sistema Antifurto de PTs.

Um sistema de detecção e alarme contra roubo, deve possuir 3 (três) elementos


básicos, dentro do conceito operacional do sistema, pode ser descrito como:

 Detecção;

 Processamento;

 Aviso;

Detecção – 1º elemento

É a parte do sistema que irá “perceber” (detectar) o intruso. Para este projecto, tratar-
se-á dos dispositivos de accionamento, que são os elementos de contacto, semelhantes
àqueles que são utilizados nas viaturas para acender ou apagar a lâmpada do seu interior
quando é aberta ou fechada a porta, respectivamente.

Processamento – 2º elemento

O segundo elemento envolve o processamento do sinal dos accionadores, que enviam


o sinal de detecção de intrusos num determinado recinto até a um painel de controlo. O
processamento do sinal ocorrerá num Quadro Geral de Controlo de Detecção e Alarme, onde
será feita toda a gestão e processamento de sinal recebido e que serão convertidos em alarmes.

Aviso – 3º elemento

São os actuadores onde, activará o alarme por meio de sinalização visual e/ou sonora,
com o objectivo de alertar as autoridades de uma anomalia ou invasão eminente ao PT e
persuadir o intruso para uma eventual fuga.

Prosseguindo, após a delimitação dos estudos dos sistemas de controlo e detenção,


abordaremos sobre os componentes, software e a fonte de alimentação usada no protótipo.
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CAPITULO 2 - COMPONENTES UTILIZADOS NA CONCRETIZAÇÃO DO


PROTOTIPO
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Neste capítulo fez-se uma análise tecnologia sobre a constituição e dimensionamento


de cada componente que deram a sustentabilidade para a realização e o funcionamento do
protótipo.

2.1 COMPONENTES DO SISTEMA DE CONTROLO

2.2 Arduino Uno

As placas Arduino, possuem funcionamento semelhante aos de um pequeno


computador capaz de interpretar entradas e controlar as saídas a fim de criar sistemas
automáticos, e para isso ele precisa ser programado. O Arduino é uma plataforma de
electrónica aberta para a criação de protótipos baseados em software e hardware, Com essa
plataforma é possível controlar diversos sensores e componentes electrónicos. Existem
diversos modelos da placa Arduino, mas neste projecto usa-se a versão UNO que por
coincidência é a mais usada.

Figura 15: Esquema do Arduino UNO

Fonte: (ARDUINO s.d.)

2.2.1 Princípio de funcionamento do Arduino Uno

«O princípio de funcionamento do Arduino é actuar como um microcontrolador, uma


vez que “os microcontroladores permitem a optimização dos recursos electrónicos,
melhorando a qualidade e o custo final dos produtos. Caracteriza o Arduino como uma
plataforma embarcada de código fonte livre, que nada mais é que uma placa simples com
entradas e saídas, que pode ser programada para execução de inúmeras funções e que oferece
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uma tecnologia de um custo muito baixo podendo ser usada na concepção de projectos
baseados em microcontroladores.» (SOUSA, 2014, p.23)

Figura 16: Funcionamento do Arduino

Fonte: (COLARES, 2011)

A Tabela abaixo apresenta-nos as especificações do Arduino Uno, este usado no projecto.

Tabela 2: especificação do Arduino Uno


DESCRIÇÃO CONFIGURAÇÃO
Microcontrolador ATmega 328
Voltagem Operacional 5V
Voltagem de entrada (recomendada) 7-12V
Voltagem de entrada (limite) 6-20V
Pinos digitais 14(dos quais 6 oferecem saída PWM)
Pinos de entrada (analógica) 6
Corrente contínua por pino I/O 40Ma
Corrente continua para o pino 3.3V 50mA
32KB (ATmega 328) dos quais 0.5KB
Memoria flash utilizado pelo carregador
SRAM 2KB (ATmega 328)
EEPROM 1KB (ATmega 328)
Velocidade de Clock 16MHz
Fonte: (ARDUINO, 2013)

Após a especificação do Arduino, abordaremos sobre tipos de sensores uso no


projecto. A prioridade é dada ao sensor de presença ou movimento, este é um cara bacana de
se trabalhar e amplamente utilizado em projectos/sistemas que envolvam a detecção de
movimento, consequentemente, a presença.
32

2.3 Sensor de Presença e Momento PIR

O funcionamento do Sensor de Presença e Momento PIR se baseia na detenção de


calor emitido pelo corpo humano. Todo que estiver com a temperatura acima de zero emite
calor, portanto pode ser “detectado” por um sensor piroeléctrico. O sensor PIR consegue
detectar o movimento de objectos que estejam em uma área de até 7 metros! Caso algo ou
alguém se movimentar nessa área o pino de alarme é activado. É possível ajustar a duração do
tempo de espera para estabilização do PIR através do potenciómetro amarelo de baixo do
sensor assim como sua sensibilidade. A estabilização pode variar entre 2-200seg. (Baú da
electrónica).
Figura 17: Sensor de Presença PIR

Fonte: (Baúdalectronica s.d.)

Tabela 3: Especificação Sensor de Presença PIR


DESCRIÇÃO CONFIGURAÇÃO
Tensão de Operação 4,5-20V
Corrente de Operação <50mA
Tempo de retardo Ajustável 2s ~ 200s
Distância detectável 3~7m (ajustável)
Tempo de Bloqueio 2,5s (Padrão)
Ângulo de detecção <= 100°
Temperatura de Trabalho -15 ~ +70°C
Dimensões 32mm x 24mm x18mm
Tensão de dados 3,3V (Alto) – (baixo)
Fonte: (Baúdalectronica s.d.)
33

2.4 Sensor Capacitivo (Touch)

Este sensor touch é baseado no CI TTP223B, é capaz de detectar toques. Seu


funcionamento muito simples, basta tocar na região instalada a saída é activada por 12
segundos, voltando ao nível baixo após a contagem. Sua tecnologia garante alta
confiabilidade e excelente estabilidade ao longo do tempo. Tem resposta rápida e resiste a
interferências.

Na figura apresentaremos o Sensor Capacitivo (Touch) a ser usado no projecto.

Figura 18: Sensor Capacitivo (Touch)

Fonte: (Baúdalectronica s.d.)

Na tabela a seguir temos a ilustração das especificações do sensor Capacitivo (touch).

Tabela 4: Especificações do sensor Capacitivo

DESCRIÇÃO CONFIGURAÇÃO
Voltagem de alimentação 2,5 à 5 V
Faixa de temperatura 0 à 50 °C erro de ± 2 °C
Humidade 20 à 90% RH ± 5% RH erro
Interface Digital
Dimensões 24 x 24 x 7,2mm
Fonte: (BOTUCATU, 2014)

2.5 Relé Electromecânico

Ao se trabalhar com sistemas inteligentes, é comum a necessidade de se controlar


cargas das mais diversas potências, tal como: lâmpadas, motores, resistências, etc. O
componente mais usado para ligar e desligar esses aparelhos são os relés.
34

No presente trabalho relés serão responsáveis por ligar e desligar os actuadores através
de comandos. Sendo um componente electromecânico com função de comandar e proteger
circuitos, no projecto usaremos dois reles.

Na figura abaixo apresentaremos o Relé Electromecânico usado no projecto.

Figura 19: Relé Electromecânico

Fonte: Autor do projecto

Veja que esse módulo relé possui 3 pinos. São eles:

 Vcc – Pino para alimentação 5V


 GND – Pino para Terra 0v
 IN – Pino de comando do módulo. Esse é o pino responsável por ligar ou
desligar o relé.

Na tabela temos a representação das especificações técnicas do relé electromecânico


utilizado no projecto.

Tabela 5: Especificações técnicas do relé electromecânico

DESCRIÇÃO CONFIGURAÇÃO
Tensão 30, 28 VDC / 250, 125 VAC

Corrente 10 A

Dimensões 28 x 35 x 21,5 mm

Cor Azul

Fonte: (Baúdalectronica s.d.)


35

2.6 Modulo SIM (Arduino shield – GSM/GPRS SIM900)

Este shield, possui integrado a ele as tecnologias GSM e GPRS com as quais você
pode fazer os seguintes serviços: Envio e recepção de mensagens de texto, serviço Voz e
serviços de internet de um chip celular… Todas estas funções juntas são incrivelmente úteis
para diversas aplicações.

Este Shield trabalha na seguinte frequência: EGSM 900MHz/DCS 1800MHz e


GSM850MHz/PCS 1900MHz. Não é necessário alterar a banda de frequência para funcionar,
ele é configurado em modo All Band, o que faz como que ele funcione em qualquer lugar do
mundo. Como modulo SIM900 pode consumir até 2A máximo, ele de operar com a
alimentação externa de 9VDC conectada em sua placa de Arduino.

Figura 20: Modulo SIM (Arduino shield – GSM/GPRS SIM900)

Fonte: (Baúdalectronica s.d.)

Tabela 6:Especificações técnicas do Modulo SIM Shield

DESCRIÇÃO CONFIGURAÇÃO
Tensão de operação 3,3V / 5 V
Controle via comandos AT GSM 07.07.07.05 e SIMCOM
GPRS Multi-slot Classe 10/08
Baixo consumo de potência 1.5mA (em modo sleep)
Temperatura de funcionamento -40ºC até +85ºC
Compatibilidade Com GSM fase 2/2+
Fonte: (Baúdalectronica s.d.)
36

2.7 Jumpers

Cabos, Jumper e Fios condutores são os matérias utilizados para fazer a comunicação,
ligação de um ponto à outro. Estes mesmos materiais variam em tamanho, cor, etc.

Figura 21: Jumper ou Fios condutores

Fonte: (Baúdalectronica s.d.)

Após definição da disposição dos componentes, foi elaborado o diagrama em bloco do


sistema, conforme mostra afigura abaixo. Este diagrama foi fundamental na elaboração do
código fonte e na montagem final do protótipo.

2.8 BUZZER

O Buzzer activo é um componente indicado para você que precisa adicionar efeitos
sonoros em projectos electrónicos como alarmes, sistemas de sinalização, jogos, brinquedos,
etc. O buzzer do tipo activo contém um circuito oscilador embutido, assim basta você
energizar o componente para que o mesmo comece a emitir um bipe contínuo.

Figura 22: Buzzer do tipo activo

Fonte: (Baúdalectronica s.d.)

Tabela 7: Especificações técnicas do Buzzer

DESCRIÇÃO CONFIGURAÇÃO
Tensão operacional 4 à 8V

Corrente máxima 40 A

Diâmetro 12 mm

Fonte: (Baúdalectronica s.d.)


37

Como é natural que fiquemos um tanto desorientados sempre que começamos com
uma nova ferramenta, vamos começar com um reconhecimento básico do ambiente do
software em estudo.

2.9 Software Fritzing

Software Fritzing, é uma ferramenta open-source para auxiliar no desenvolvimento de


protótipos de electrónica. Assim como arduino, Fritzing é indica para qualquer um que tenha
interesse em computação física e prototipagem. Com ele podemos montar o protótipo de
forma fácil e agradável.
Figura 23: Fritzing software

Fonte: (electroschematics s.d.)

Para facilitar a compreensão de como a ferramenta está estruturada, mostraremos a


divisão de uma imagem abaixo repartida por 5 áreas, assim podendo explica-las:

Figura 24: Estrutura interna do software Fritzing

Fonte: (electroschematics s.d.)


38

1- Área de trabalho
Esta é a área principal da tela, é aqui que faremos a maior parte de nossas interacções
com a ferramenta e onde o resultado final será apresentado. O conteúdo apresentado nesta
área poderá ser diferente, dependendo da visão seleccionada.

2- Alterar entre visões


Menu de selecção para as visões.

3- Biblioteca de componentes
Aqui são apresentadas as diferentes bibliotecas e os seus componentes, sendo que as
bibliotecas argumentos de tipos ou categorias de componentes, podem ser criadas pelos
fabricantes ou até mesmo pelo próprio usuário. Os componentes padrão estão na biblioteca
CORE.

4- Propriedades
Todo componente do Fritzing podem conter propriedades que poderão ser alteradas
para cada cópia do mesmo em um circuito, por exemplo, um circuito pode conter vários
RESISTORES de diferentes valores, mas o componente usado será sempre o mesmo e nas
propriedades de cada um deles podemos alterar os valores.

5- Área de mensagens e ferramentas


Mensagem de roteamento e ferramentas para manipulação dos componentes.

Após termos exibido os conhecimentos sobre os estudos fundamentais dos


componentes e o software em uso, apresentaremos a abordagem sobre o desempenho do
modo se alimentação do sistema de controlo a ser estudo.

2.10 FONTE DE ALIMENTAÇÃO DO SISTEMA

2.10.11Sistema solar fotovoltaico

Os sistemas solares fotovoltaicos podem ser on grid e off grid, entre as duas, a que
será utilizada neste projecto é o sistema solar fotovoltaico off grid porque não depende da
rede eléctrica e na sua constituição inclui o banco de baterias que no fundo é uma outra fonte
de energia eléctrica e as baterias são carregadas pela energia dos painéis solares fotovoltaicos
ou pela energia da rede eléctrica.
39

2.10.12 Princípio de funcionamento

Este processo permite converter os fotões radiado directamente pelo sol nas células
fotovoltaica em energia eléctrica nos terminais dos painéis fotovoltaico. O efeito fotovoltaico
faz com que haja um aparecimento de uma diferença de potencial nos extremos de uma
estrutura de material semicondutor, produzida pela absorção da luz.
O esquema a baixo permite visualizar a forma correta de interligar os equipamentos
que constituem um sistema solar fotovoltaico off grid.

Figura 25: Esquema eléctrico do sistema solar fotovoltaico off grid

Fonte: (Pinterest s.d.)


40

CAPÍTULO 3 – PRODUÇÃO TÉCNICA E EXECUÇÃO DO PROJECTO


41

Neste capítulo será apresentado o detalhamento da construção do sistema de controlo


em diagrama de bloco, Modelo simulado e por fim Modelo prático do sistema que queremos
propor para o problema identificado.

Este projecto trás um complemento importante a diversos níveis de segurança. O


sistema é composto por sensores que permitem ao mesmo detectar intrusos no perímetro do
PT, ou até mesmo a invasão se assim haver contacta com o PT. Quando assim acontece é
preciso ter uma resposta rápida e eficiente aos sinalizadores e a central de monitoramento de
forma a garantir a protecção do património. Essa resposta imediata é a garantia de como o uso
dessa tecnologia nos dará a maior segurança nos PTs.

3.1 FUNCIONAMENTO DO SISTEMA EM DIAGRAMA EM BLOCOS

Figura 26: Diagrama em bloco

Fonte: Autor do projecto

O diagrama em bloco apresenta a visão geral da solução proposta, sendo assim


constituída pelas seguintes etapas:

 Fonte de alimentação: (Painel fotovoltaico), este elemento será usado como a fonte
para a alimentação do sistema, isto é: (ARDUINO e o MODULO SIM), uma vez que
ela depende da luz solar que é convertida em energia eléctrica e então armazenada em
um banco de baterias podendo assim fornecer directamente para o sistema.
42

 Arduino Uno: É considerado como o cérebro do projecto, pois tem a função de


receber e processar os dados dos sensores para os actuadores, isto é: Sinalizadores e o
Modulo SIM.

 Sensor de Presença ou Movimento: Esse é usado para detectar qualquer tipo de


anomalia no perímetro do PT e assim podendo carregar as informações para o Arduino
fazer o processamento dos dados enviado.

 Sensor Capacitivo (Touch): O sensor capacitivo é o componente que tem a função de


sentir o contacto com o PT, e por diante carregar a informação para o cérebro do
projecto fazer o processamento. Entre diversos sensores existentes, preferimos o
capacitivo através de seguintes aspectos: custo baixo e complexidade mínima para o
uso.

 Modulo SIM (Shield): Esse, após à colheita de dados obtida pelos Sensores e assim
enviada e processada pelo Arduino, ela encarrega-se na responsabilidade de entrar em
comunicação com à Central de Monitoramento para alerta à anomalia.

 Sinalizadores (Buzzer e Lâmpada ou Led): Buzzer, responsável pela sinalização


sonora na área. Lâmpada (Led), Responsável pela sinalização luminosa no recinto,
isto no período nocturno.

Após determinar o que terá e como será o funcionamento do projecto foi desenvolvido
o circuito por meio de simulações. O circuito simulado ilustra como foram feitas as conexões
em cada componente eléctrico para que o projecto funcione de maneira satisfatória.

3.2 REPRESENTAÇÃO DO MODELO SIMULADO

O modelo do circuito abaixo representa o esquema geral do projecto, ela está


constituída pelos seguintes componentes:
 Dois sensores, isto é: Presença e Capacitivo.
 Dois relés electromagnéticos
 Arduino Uno
 Modulo SIM (shield)
 Dois Sinalizadores (LED e BUZZER)
43

Figura 27: Esquema Simulado do projecto

Fonte: Elaborado pelo autor deste projecto, em Fevereiro de 2020

O circuito simulado é composto por duas partes, uma primaria e uma secundaria, isto
é: Sensor de presença e Sensor capacitivo.

3.2.1 Esquema de Ligação do sensor de presença (Ponto 1)

Este circuito é denominado como esquema de ligação primária, por detectar a primeira
anomalia no perímetro (responsável por toda área envolta do PT, isto é: 360º), e assim
fazendo a recolha dos dados mandando para central de monitoramento e emitindo uma
sinalização luminosa no perímetro.

Figura 28: Ligação de sensor de presença

Fonte: Elaborado pelo autor deste projecto, em Março de 2020

3.2.2 Esquema de Ligação do sensor Capacitivo (Ponto2)

O circuito é denominado como esquema de ligação secundária, responsável pela


segurança máxima da PT, entrando assim ao seu estado de activação pelo sensor capacitivo
44

que tem a função de estabelecer o contacto com o PT accionando uma sinalização sonora e
uma chama para central de monitoramento.

Figura 29: Ligação do sensor capacitivo

Fonte: Elaborado pelo autor deste projecto, em Março de 2020

De acordo o princípio de funcionamento do sistema feito em diagrama em blocos e a


projecção de cada ligação do circuito, conseguiu-se fazer o monitoramento nos sensores para
assim obter as possíveis soluções. Com base a digitalização dos teclados, desenvolveu-se um
algoritmo capaz de interagir com as possíveis mudanças de estado dos sensores e notificar a
entidade de segurança, isto é, a central de monitoramento a fim de salvaguardar o bem de um
património público.

3.3 MODELO PRÁTICO DO SISTEMA

Para melhor visualização dos resultados obtidos deste sistema de segurança, aplicando
os conceitos já citados anteriormente, projectou-se uma maquete para melhorar a aplicação
das funcionalidades deste sistema. Após o término da construção da maquete iniciou-se o
processo de montagem dos componentes utilizados em cada subsistema.

O modelo prático registou-se a verificação de vários testes que serviram de bom efeito
para finalização do projecto. O princípio dos testes foram com base os sensores até aos
actuadores, isto é: Sempre que aproximarmos a nossa mão no PT e tocássemos na sua porta, o
sensor de presença e capacitivo entram em seu estado de actuação mandando sinais para o
Arduino e o Modulo SIM que farão à leitura e interpretação dos mesmos sinais e assim
levando-os para os actuadores, (lâmpada, buzzer e a estação móvel). A central de
monitoramento (telefone) recebe todas as informações necessárias vindo do sistema instalado
45

no PT, mensagem com a localização e o nome do PT e por diante uma chama com o mesmo
nome para certificação da invasão, a seguinte figura abaixo 28, mostra os resultados obtidos.

Figura 30: Apresentação do protótipo, modelo prático

Fonte: Autor do Projecto

Figura 31: Resultado alcançado-Central de monitoramento

Fonte: Autor do projecto


46

3.4 RESULTADOS E DISCUSSÕES

Por intermédio de medições obtemos alguns resultados no modelo prático que nos
levou a comparar com os dados fornecidos pelo modelo simulado. A tabela abaixo mostra-nos
as devidas comparações.

Tabela 8: Colectas de dados entre Modelo Comercial e Modelo Prático

Componente Modelo simulado Modelo prático Margem de erros

Arduino Uno 5V 4.47V 0.53V

Sensor de 3,3 à 5V 4.49V 0.51V


presença
Sensor Capacitivo 4.37V
2,5 à 5 V 0.63V
(touch)

Relé 5V 4.98V 0.02V

Modulo SIM 3,3V / 5 V 4.99 0.01V

Buzzer 4 à 8V 4.35V 3.65V

Fonte: Autor do projecto

A tabela acima, mostra-nos os dados colectados nas dimensões do modelo simulado e


o modelo prático. Conforme as dimensões pode-se observar que os valores obtidos no modelo
simulado em comparação ao modelo prático há uma ligeira margem de erros. Com base na
tabela o sensor de presença no modelo simulado é comparado com o modelo prático, e pode-
se averiguar que a comparação de ambos apresentam uma margem de erro muito baixa de
0.51. Essa margem de erro é devido a tolerância do modelo prático. Mas, no entanto, essa
medição mostra que o sensor de presença passa o teste e está a funcionar à 99.943% muito
próximo do valor prescrito pelo modelo do fabricante. Os outros componentes na tabela, tal
como o BUZZER, ARDUINO, MODULO SIM, e os RELÉS também apresentam margens de
erros consideravelmente baixa, estás indicações na tabela de colectas de dados mostra que as
medições esperadas ou os resultados esperados estão muito próximos tanto no simulado
quanto ao prático, isso confirma que o projecto está a funcionar conforme o esperado em um
aproveitamento de 95%. Desta forma pode-se considerar com base as medições que os
objectivos da construção do protótipo foram alcançados.
47

3.5 PERFIL DE SAÍDA DO PROJECTO

O projecto exibe uma tecnologia da actualidade no que tange a utilização de um


Arduino uno que obedece uma lógica de programação e do sensor, como componentes
principais para controlo e monitoramento do sistema. No entanto através de um estudo e
avaliação podemos constatar sua viabilidade comercial, o sistema pode ser implantado de uma
forma muito simples em qualquer em qualquer PT terrestre, seja em zona rural, urbana ou
suburbana.

3.6 RECOMENTAÇÕES PARA TRABALHOS FUTUROS

Para o alavancamento de um eventual trabalho semelhante recomenda-se alguns


aspectos importantes como:

 Garantir a tensão de alimentação recomendada para cada dispositivo, evitando o


comprometimento no funcionamento do sistema;
 Certificar que cada um dos componentes que constituem o protótipo esteja a funcionar
de forma correta;
 A má polarização dos componentes pode causar a degradação no sistema;
 A má conexão dos Cabos poderá dificultar no envio de informações para central de
monitoramento.
 Tenha em sua mão um cartão SIM desbloqueado (sem PIN) antes de inserir no
Modulo SIM.
48

CONCLUSÕES

Este trabalho de fim de curso fez os estudos sobre os PTs, onde desenvolveu-se um
sistema para controlo automático, a fim de oferecer segurança da rede pública.

Com base ao primeiro capítulo foi feita uma revisão de literatura técnica e científica,
onde relata-se o elemento em estudo e a descrição de seus componentes, para que assim se
torne mais fácil alcançar os objectivos em estudos.

Dada a importância no estudo, procurou-se demonstrar a aplicação, desempenho e o


dimensionamento de cada componente seleccionado para a construção do projecto.

Deste modo, após as análises e estudos feitos, concluiu-se:

• Foi efectivamente desenvolvido um protótipo capaz de garantir a segurança dos Pts.

• O sistema é flexível, bastando programá-lo em função das necessidades do local.

• Em suma, este projecto mostra que com alguma audácia podemos produzir soluções
tecnológicas locais.
49

BIBLIOGRAFIA

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WIKIPEDIA. Wikipedia. s.d. https://pt.m.wikipedia (acedido em 19 de fevereiro de 2020).


50

ANEXOS

CRONOGRAMA ORÇAMENTAL

Tabela: Componentes do sistema


Preço
Nº Componente (AKZ) Quantidade Subtotal (AKZ)

1 Arduino UNO 7.600 1 7.600

2 Módulo SIM 39.000 1 39.000

3 Sensor de movimento 3.250 1 3.250

4 Sensor Capacitivo === === ===

5 Painel fotovoltaico === === ===

6 Relé electromecânico 1.800 2 3.600

7 Lâmpada 150 1 150

650 1 650
8 Buzzer activo

600 3 1800
9 Jumper (M-M, M-F)
10p

TOTAL 56.050kz

Fonte: Autor do projecto


51

Alerta detectada pelo sensor de presença e o capacitivo, comunicando à Central

Fonte: Autor do projecto

Montagem e teste do sistema

Fonte: Autor do projecto


52

Construção da Maquete e o Resultado final

Fonte: Autor do projecto

REPRESENTAÇÃO ALGORÍTMICA DO SISTEMA

#include <SoftwareSerial.h>

#include <DFRobot_sim808.h>
#include <sim808.h>

#include <Ultrasonic.h>

#define Numero_do_telefone "+244995417611"


#define Mensagem "O PT-12 da Corimba-Morro Bento detectou uma invasao"

#define MESSAGE_LENGTH 160


char message[MESSAGE_LENGTH];
int messageIndex = 0;
char datetime [24];

#define PIN_TX 10
#define PIN_RX 11

SoftwareSerial mySerial(PIN_TX, PIN_RX);


DFRobot_SIM808 sim808(&mySerial);

#define TRIGGER_PIN 3
#define ECHO_PIN 4
#define pinRele 7

Ultrasonic ultrasonic(TRIGGER_PIN, ECHO_PIN);


53

int buzzer = 13, valor2;


void setup() {

mySerial.begin(9600);
Serial.begin(9600);
pinMode(pinRele, OUTPUT);
pinMode(buzzer,OUTPUT);
}
void loop() {

float cmMsec, inMsec;


long microsec = ultrasonic.timing();

cmMsec = ultrasonic.convert(microsec, Ultrasonic::CM);


inMsec = ultrasonic.convert(microsec, Ultrasonic::IN);

Serial.print("CM: ");
Serial.println(cmMsec);

if (cmMsec <= 40)


{
digitalWrite(pinRele, HIGH);
sim808.sendSMS(Numero_do_telefone, Mensagem);
delay (3000);
digitalWrite(pinRele, LOW);
}
else
{
digitalWrite(pinRele, LOW);
}

valor2 = readCapacitivePin(2);

//pino 2
if(valor2>3){
digitalWrite(buzzer, HIGH);
sim808.callUp(Numero_do_telefone);
delay(9000);
digitalWrite(buzzer, LOW);
}
else{
digitalWrite(buzzer, LOW);
}
}

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