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Revista da
Indústria da
Construção
REVICON
CAPA
REGULAMENTAÇÃO
DA PROFISSÃO DO
ENGENHEIRO CLÍNICO
EDITORIAL REVICON OUT/2020
Revista da
Indústria da
Construção
REVICON
Chegamos à quinta edição da Manufacturing para um melhor desem-
revista Revicon. Neste mês o foco é a penho das empresas. A edição especial
reinvenção, onde os artigos presentes conta com a participação de: Matheus
trazem debates e soluções relacionados Batista, Débora Fernandes, Iasmin
ao âmbito da Engenharia. Entre os Jaime, Murilo Leal e Jackeline Lares
temas abordados está: o transformador Vasconcellos. Uma ótima leitura!
de aterramento e sua aplicação na
cogeração, a regulamentação da Equipe Revicon
prossão do engenheiro clínico, a
modelagem da informação da constru-
ção e perspectivas atuais de automação
e robótica, além da utilização do Lean
TRANSFORMADOR DE ATERRAMENTO E
SUA APLICAÇÃO NA COGERAÇÃO
Autor: Matheus Batista – Eng. Eletricista, Associado e Diretor de Eventos ABEE-GO
CONSIDERAÇÕES INICIAIS mantido sem caminho à terra, na ocorrência de
uma falta fase-terra existe a possibilidade de
Gostaria de falar sobre um equipamento ocorrência de surtos de sobretensão transitórios
do sistema elétrico que convive com a antítese de que capazes de danicar a isolação de equipa-
ser muito utilizado e pouco conhecido, o mentos. Assim sendo, ao manter um sistema
Transformador de Aterramento. Esse dispositivo é isolado com o artifício do transformador de
aplicado em sistemas de transmissão ou distribui- aterramento, dispositivos que são dimensionados
ção de energia elétrica alimentados em delta com relação à possibilidade da ocorrência de
(sistema isolado, três fases sem neutro) para sobretensões poderão possuir uma classe de
suprir a sua principal desvantagem: a inexistência tensão menor, caso das isolações e dos para-
de um caminho de retorno de correntes para raios.
defeitos envolvendo à terra.
Dito isso, podemos inferir que para se
De maneira geral, o que ocorre é que em utilizar das vantagens de um sistema isolado,
um sistema à 3 (os) o uxo de corrente se dá pela devemos eliminar essa perigosa fragilidade
ddp (diferença de potencial) tida entre 2 fases. criando um mecanismo robusto, que viabilize a
Dessa forma, se ocorrer uma desconexão de uma alta sensibilidade aos defeitos à terra (principal
fase, a corrente não seguirá mais este caminho. vantagem do sistema aterrado), por isso o uso do
Na prática, o que postulamos é que o sistema em Transformador de Aterramento propiciará a
delta possui uma insensibilidade para defeitos à sensibilidade aos defeitos à terra e a eliminação
terra (1Ø-terra), ou seja, se um cabo advindo de dos mesmos.
um barramento que opera em delta cai ao solo, a
corrente é somente de natureza capacitiva, muito Uma aplicação que está bastante recor-
pequena e que dicilmente será identicada pela rente em nosso Estado é a implementação da
proteção para sua correta eliminação. Gosto de cogeração em plantas industriais existentes, seja
dizer que a proteção não irá 'enxergar' a falta. ela através de usinas térmicas, solares ou hidráu-
licas. Esse é um caso para a aplicação do trans-
Outra razão para se implementar esse formador de aterramento e que gostaria de tratar
dispositivo de aterramento está relacionado ao aqui como forma de elucidar o discutido até o
fato de que em um sistema elétrico trifásico que é momento.
Figura 1. Cogeração
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ARTIGO REVICON OUT/2020
abee-go.org.br
ABEE-GO
Associação Brasileira de
Engenheiros Eletricistas
Seção Goiás
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REGULAMENTAÇÃO DA PROFISSÃO
DO ENGENHEIRO CLÍNICO
Autora: Débora Fernandes - Engenheira Biomédica
Débora Fernandes
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Em 2014, uma solicitação da ABEClin (SUS) que responde pela grande maioria dos
(Associação Brasileira de Engenharia Clínica) deu atendimentos, e a inserção de novas carreiras
origem a um grupo de trabalho, nalizado pela nesse contexto depende de que haja aparato
PL 1843/2016 que decidiu, com base no Art. 7º legal.
da Resolução 1073/2016, que o requisito para
atuar como engenheiro clínico é ser engenheiro Longe de espelhos ideológicos sobre o que
de qualquer modalidade, e estar devidamente se concorda ou não acerca de direitos trabalhis-
registrado no CREA. Considerou-se a opção da tas, transformar a prossão de engenheiro em um
pós-graduação, ressalvando, porém, o direito do título a se dar 'por experiência'(desmantelamento)
engenheiro biomédico em exercer a prossão ou apenas via mestrado/doutorado (burocratiza-
tendo como base sua formação basal. ção) é sem dúvida uma perda para a saúde do
brasileiro. É uma questão de bom senso e quali-
Em 2020, o PL 5438/2020, proposta no dade.
Senado Federal, sugeriu a regulamentação da
prossão que, depois de fortemente rejeitada,
não teve prosseguimento. CONCLUSÃO
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Considerando todo o ciclo de vida de uma zar a colaboração entre todos os agentes e a
construção, é perceptível que a fase operacional é interoperabilidade de diversas áreas. A norma se
atualmente a principal contribuinte no custo da aplica a todo o ciclo de vida de um ativo construí-
manutenção da edicação, esse valor chega a ser do evidenciando a importância dessas informa-
de cinco vezes maior que o custo inicial do investi- ções na operação e manutenção diária de uma
mento de uma edicação. Nos últimos meses edicação, além da importância da qualidade de
cou latente a necessidade ambiental e até cada informação entregue baseadas nos níveis
mesmo econômica de realizar o gerenciamento de detalhe e nos níveis de informação.
das edicações, em toda complexidade das
instalações existentes. Da necessidade de econo- O processo de construção virtual tem o
mia com gastos de manutenção e infraestrutura objetivo de realizar a integração dos diversos
básica (água, energia, gás etc.) até o gerencia- agentes, ativos e informações produzidas, logo a
mento da limpeza dos ambientes. gestão da informação é um processo BIM. A
integração de diversos modelos em um único,
Um grande problema existente na cadeira conhecido como modelo federado permite a
produtiva são os intervenientes e as trocas de realização de uma coordenação espacial de um
informações. Grande parte das construções edifício. No momento atual é importante que
brasileiras não aproveitam as informações no esses modelos ajudem no controle da pandemia,
decorrer de todo ciclo de vida da construção, e não apenas no pós-pandemia. É preciso pensar
muito menos da gestão e operação de edifícios. como a adoção desses modelos seja por meio de
Existe um problema latente na gestão da informa- simulações virtuais ou na operação dos edifícios
ção, e que precisa ser superado urgentemente criam novas soluções no processo de gestão,
para a 'real' aplicação do BIM. fornecendo conforto, higiene, manutenção e
infraestrutura adequada com um custo mais
A norma ISO 19650 apresenta questões baixo tanto para o gestor como para o usuário
importantes a m de otimizar a utilização dos nal.
dados, através da padronização é possível viabili-
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PERSPECTIVAS ATUAIS DE
AUTOMAÇÃO E ROBÓTICA
Autor: Murilo Leal - Eng. Eletricista, Associado e 2° Tesoureiro ABEE-GO
INTRODUÇÃO funcionamento do sistema e especicações de
compra ou manutenção;
Nos primórdios da computação, poucas - Sistemas de comunicação, e em especial, redes
pessoas tinham acesso ao hardware ou ao soft- de computadores;
ware. Com a popularização da informática, os - Instalações elétricas, pois toda planta automati-
computadores passaram a fazer parte do dia-a- zada exige potência e energia.
dia do ser humano e da sua cultura informal.
SOFTWARE ATUAL
A Automação e a Robótica tem sido especi-
alizações almejadas por engenheiros da modali- Após a invenção do CLP (Controlador
dade eletricista há anos. De fato, esses serviços Lógico Programável), esses dispositivos passaram
são valorizados pela eterna carência de prossio- a dominar os sistemas automatizados. Era impe-
nais experientes, e pela exigência de alta quali- rativo o desenvolvimento de uma norma para
dade e intolerância a falhas decorrentes do padronização desses equipamentos. Isso foi
capital envolvido neste mercado. Ainda hoje, alcançado pela norma IEC 61131 que normati-
ambas permanecem com uma certa mística, zou desde os requisitos de equipamentos e testes
provavelmente pela diferenciação de seus equi- de comissionamento até as linguagens de pro-
pamentos, pela utilização de termos próprios, ou gramação (parte 3). Essa norma prevê o desen-
pela ausência de marketing massivo sobre esses volvimento de lógicas para CLP na forma de:
assuntos.
1. Lógica Ladder;
A exigência de prossionais muito especia- 2. Blocos de Funções;
lizados fez com que a usabilidade, a acessibilida- 3. Texto estruturado;
de e a comunicabilidade destes ambientes não 4. Lista de Instruções;
evoluíssem na mesma velocidade dos sistemas 5. Gráco de Função Sequencial.
computacionais ordinários.
Diante tais fatos, quais seriam as perspectivas Existem softwares (CODESYS, por exem-
atuais dessas áreas? plo) que permitem a programação em qualquer
uma das formas citadas, permitindo a fácil con-
AUTOMAÇÃO E ROBÓTICA versão entre elas.
A parte 7 desta norma (IEC 61131-7)
A Robótica é um tipo especial de chega a denir o uso de linguagem de programa-
A u t o m a ç ã o , d e n o m i n a d a “A u t o m a ç ã o ção difusa (Fuzzy Control Language – FCL), uma
Programável”. Ambos assuntos estão profunda- abordagem importante da Inteligência Articial
mente relacionados. (IA).
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de baixo custo como o 8051 e seus derivados) por e o controle remoto de plantas elementares, por
muitos anos. técnicos plantonistas através de celular, é uma
perspectiva atual bastante signicativa.
A mudança nesse cenário somente ocor-
reu posteriormente, devido à necessidade da ROBÓTICA
conectividade através de padrões como Ethernet
e protocolos abertos como o TCP/IP. A Robótica Industrial se manteve, por
muitos anos, acima de qualquer popularização.
A prototipagem através de dispositivos O alto custo dos robôs, assim como de todo
integrados com o Arduíno, abriram a possibilida- sistema a sua volta (valor equivalente ao do robô),
de do desenvolvimento de soluções por entusias- impediu o acesso tanto ao software quanto ao
tas em automação. hardware.
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CONCLUSÕES
Fonte: (abee-go.org.br/2019/05/01/perspectivas-atuais-de-automacao-
e-robotica/)
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estações de trabalho e alto tempo de espera nos tante dentro do dia a dia da empresa.
processos. Essa constante preocupação em
identicar e eliminar desperdícios é uma das
características centrais do pensamento enxuto Vargas e Pinto (2019) consideram que o
bem como o aspecto da disposição do layout dos sucesso atribuído ao modelo lean, se dá pela sua
recursos transformadores” (SOARES e SILVA, exibilidade para se a adaptar a situações
2017). extremas, seja de altas demandas ou baixas. O
modelo se mostra eciente capaz, evitando
Rebechi e Pinto (2020) apontam como o quebras nanceiras ou perdas na produção.
capitalismo é agressivo e competitivo, dessa
forma surge a necessidade de controle de produ- Vasconcellos, Ferreira e Dos Santos (2019)
ção, viabilizando uma análise crítica dos proces- realizam um estudo com o objetivo de relacionar
sos e insumos que envolvem determinado proces- o lean manufacturing com a melhoria do desem-
so. O lean manufacturing é apontado nessas penho operacional da linha de produção, che-
situações como a melhor opção por começar suas gando ao resultado que os processos com maior
abordagens através dos desperdícios. aderência ao método têm melhor desempenho,
os demais não têm grandes melhorias no desem-
De acordo com Womack e Jones (1996) os penho.
cinco princípios do Lean Manufacturing são:
Felipe et al. (2017) apontam os sete princi-
1. Denir o que é valor, por produto e sob a pais desperdícios que o sistema lean manufactu-
ótica do cliente: O valor, reetido em seu preço de ring, tem como objetivo eliminar, são eles:
venda e demanda de mercado, deve ser denido
pelo cliente apesar de ser produzido pelo fabri- 1.Tempo de Transporte
cante. 2.Tempo de Espera
3.Excesso de Processamento
2. Identicar o uxo de valor para cada 4.Excesso de Produção
produto: Fluxos de valor são as atividades neces- 5.Defeitos e Falhas
sárias para a produção de todos os produtos, isso 6.Tempo de Movimentação
inclui todo uxo de produção, desde a matéria- 7.Excesso de Estoque
prima até chegar ao consumidor nal.
No que se refere ao desperdício de trans-
3. Fazer o valor uir sem interrupções: O porte é possível avaliar as movimentações desne-
uso do uxo contínuo proporciona a redução de cessárias de materiais, produtos ou informações.
esperas entre atividades e do nível de estoques. Resultando em aumento no tempo, esforço
Dessa maneira eliminam-se las e é possível desempenhado e custo, podendo acontecer entre
produzir em conformidade com o ritmo da fábricas, setores ou dentro de um único setor.
demanda. Muito parecido com o desperdício de transporte
cabe citar o desperdício de movimentação,
4. Puxar a produção: Puxar a produção é referente a movimentação desnecessária de
uma forma de controle da produção, as ativida- pessoas, ou seja, qualquer movimento que o
des de uxo iniciais (como um pedido) avisam as funcionário necessite realizar que não contribua
atividades uxo posterior sobre suas necessida- para gerar valor ao produto ou serviço é desper-
des, ou seja, tentando eliminar a produção em dício e deve ser eliminado.
excesso.
Dois tipos de desperdícios são gerados
5. Buscar a perfeição: Nunca se acomo- quando a produção não está bem nivelada com
dar com as melhorias implantadas no processo as demandas de mercado, são eles: excesso de
produtivo, buscar a melhoria contínua dentro dos estoque e excesso de produção. O excesso de
processos e manter o espírito de inovação cons- produção é o maior desperdício das empresas,
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também considerado como a fonte de todos os Defeitos e falhas, produtos que necessitam
outros desperdícios. ser recuperados ou sucateados. É comum encon-
trar defeitos tendo como causa: Instruções erra-
Como o próprio nome já sugere, a empre- das, solicitações incompletas, descumprimento
sa produz além do que é necessário, o que impli- de prazos, utilização de matéria-prima fora das
ca no uso de matérias-primas, mão-de-obra e características necessárias.
transporte desnecessário gerando um excesso de
estoque, o que usualmente acontece por falta de No Brasil, além dos sete desperdícios
coordenação entre demanda e produção. aborda-se a existência do oitavo desperdício,
chamado de desperdício do conhecimento
Sanomia (2018) aborda a questão da intelectual. Esse desperdício trata da não utiliza-
busca constante de formas de se agregar valor ção ou subutilização do talento, habilidade e
aos produtos associada a velocidade de aumento conhecimento das pessoas que estão envolvidas
das necessidades dos clientes. Dessa forma a na realização das atividades do processo produti-
redução de estoques evita um dos desperdícios, vo, com sugestões, ideias e críticas não aproveita-
exibilizando a linha de produção para que das.
sempre seja capaz de atender as demandas.
PRINCIPAIS FERRAMENTAS LEAN
Genari e Cecconello (2020) propõe o
desenvolvimento de um modelo de simulação Existem diversas ferramentas para se
para aplicação do lean, o ambiente criado permi- trabalhar quando tratamos do Lean, neste artigo
tiu ao grupo gestor a visualização completa dos trataremos a respeito de cinco ferramentas, são
processos produtivos, a utilização das ferramen- elas: Mapeamento do Fluxo de Valor (MFV),
tas do método proporcionou opções de otimiza- Cronoanálise, 5S e Fluxo Contínuo.
ção produtiva.
MAPEAMENTO DO FLUXO DE VALOR
O excesso de processamento pode ser
compreendido como uma ação que adiciona “É seguir a trilha da produção de um
mais valor do que os clientes estão dispostos a produto, desde o consumidor até o fornecedor, e
pagar. Desse modo, qualquer atividade custo e cuidadosamente desenhar uma representação
não valor, é candidata à investigação e elimina- visual de cada processo no uxo de material e
ção. Alguns exemplos desse desperdício podem informação. Então, formula-se um conjunto de
ser citados como a execução de processos com questões-chave e desenha-se um mapa do
ferramentas, procedimentos ou sistemas não estado futuro de como o processo deveria uir.
apropriados, além de etapas não necessárias no Fazer isso repetidas vezes é o caminho mais
processo. simples para que se possa enxergar o valor e,
especialmente, as fontes do desperdício.
O tempo de espera é qualquer atraso entre (ROTHER & SHOOK, 1999)”
o m de uma atividade de um processo e o início
da atividade seguinte. Períodos longos de inativi- A utilização do MFV é geralmente a etapa
dade de pessoas, máquinas, produtos, recursos inicial de um trabalho de Lean, pois em uma
de transporte ou informações, resultando em imagem o processo é retratado de ponta a ponta,
uxos pobres e longos lead times. desde os insumos, transformação do produto e o
produto nal.
Esse é outro tipo de desperdício comumen-
te encontrado dentro de um processo produtivo, a Com o desenho de MFV do Estado
citar: máquinas com longos setups, quebras de Presente de determinado processo é possível
máquinas, desbalanceamento de produção entre enxergar as oportunidades de melhoria que
setores que fabricam um mesmo produtivo ou que determinada atividade possui e através do mape-
tem dedicação compartilhada. amento é traçada a base de um plano de imple-
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mentação de ações para melhorar o Estado sa, seus principais fornecedores, rotinas de
Futuro do processo mapeado. entrega de matéria-prima, principais clientes,
No MFV também são inseridas informa- demanda mensal e diária e rotinas de expedição
ções sobre uxo de informações, ou seja, qual a do produto.
forma de planejamento de produção da empre-
Figura 1
Modelo de Mapeamento
de Fluxo de Valor
BENEFÍCIOS DO MFV 5S
Ÿ Ajuda a ver mais do que somente processos O 5S é formado por 5 pensamentos e representa-
singulares, mas em um uxo integrado de do por 5 palavras japonesas. São elas:
valor até o cliente nal
Ÿ Ajuda a identicar causas de desperdícios Ÿ Seiri: Senso de utilização: Refere-se à elimi-
Ÿ Integra o uxo de material com o uxo de nação do útil e inútil de uma área ou estação
informação de trabalho e o que não será necessário para
Ÿ Trabalha o design do Fluxo de Valor anterior- utilização.
mente a otimização do layout Ÿ Seiton: Senso de ordenação: Refere-se à
Ÿ Serve como base para melhoramentos organização de um setor. O material deve ser
práticos e para o plano de implementação organizado e guardado em local padrão.
Ÿ É mais útil que muitas análises quantitativas Ÿ Seisou: Senso de limpeza: Refere-se a elimi-
Ÿ Reúne diversas metodologias, foca no lead nar ou mitigar fontes de sujeira de um setor.
time, nos estoques e na exibilidade Ÿ Seiketsu: Senso de saúde: este é voltado aos
Ÿ Consequências de decisões podem ser três S anteriores, estabelecendo a eliminação
demonstradas das desordens, melhorar as condições de
Ÿ Serve como uma “língua” ou uma base de trabalho e cuidar sempre da saúde e higiene
comunicação bastante clara – ideal para pessoal.
trabalhos em equipe. Ÿ Shitsuke: Senso de autodisciplina: Refere-se
a manter tudo o que foi realizado nos outros
4'S, realizar auditorias para manter o padrão
que foi estabelecido.
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caso no setor de manutenção de uma siderúrgica Suporte a Aplicação dos Conceitos do Lean
de grande porte. Revista Produção Online, v. 19, Manufacturing. Scientia cum Industria, v. 8, n. 2,
n. 3, p. 981-1000, 2019. p. 30-40, 2020.
VARGAS, Tiago Bernardino; PINTO, Geraldo SOARES, Paula Cristina; SILVA, Raino Cezara.
A u g u s t o . L E A N M A N U FAC T U R I N G, Resultados obtidos com a implementação de
FLEXIBILIDADE E A INDÚSTRIA BRASILEIRA. conceitos de Lean Manufacturing em uma indús-
Ideação, v. 21, n. 2, p. 159-175, 2019. tria metal–mecânica. 2017.
REBECHI, Claudia Nociolini; PINTO, Geraldo DE OLIVEIRA, Leonardo Mailho; FENERICH,
Augusto. Da lean manufacturing à smart factory: Francielle Cristina. IMPLEMENTAÇÃO DE
a comunicação nos processos de organização do CONCEITOS DO LEAN MANUFACTURING NO
trabalho no capitalismo contemporâneo. Revista PPCP EM AMBIENTE ETO: UM ESTUDO DE CASO
Contracampo, v. 39, n. 1, 2020. EM UMA EMPRESA DE COMUNICAÇÃO VISUAL.
COSTA, Endria Rayana da Silva et al. Aplicação Trabalhos de Conclusão de Curso do DEP, 2018.
das ferramentas do Lean Manufacturing em uma
fábrica de congelados em Manaus. 2019. BIOGRAFIA
SANOMIA, Patricia Eiko. Implantação da meto-
dologia Lean Manufacturing em uma fábrica de Jackeline Lares Vasconcellos é Mestra em
móveis para laboratório do Centro-Leste Paulista. Engenharia de Produção e Sistemas pela PUC-
2018. Trabalho de Conclusão de Curso. GO (2020), possui pós-graduação em Gestão da
Universidade Tecnológica Federal do Paraná. Qualidade e Engenharia de Produção e gradua-
VASCONCELLOS, Luis Rigato; FERREIRA , da em Engenharia de Produção pelo Centro
Fernando Coelho; DOS SANTOS, Marcos Souza. Universitário Franciscano do Paraná. Trabalha
A relação das práticas do Lean Manufacturing e o como consultora de Serviços e Tecnologia e
desempenho operacional: um estudo no setor de Inovação no Instituto SENAI de Tecnologia em
autopeças. Revista Gestão & Tecnologia, v. 19, n. Automação - Goiás, atuando em consultorias
5, p. 276-295, 2019. relacionadas ao processo produtivo em diversos
GENARI, Clefer; CECCONELLO, Ivandro. A segmentos industriais.
Simulação Computacional como Ferramenta de
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