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SERVIÇO NACIONAL DE APRENDIZAGEM INDUSTRIAL

CENTRO DE EDUCAÇÃO PROFISSIONAL E TECNOLÓGICA DE


AÇAILÂNDIA RAFAEL ESMERALDO LUCCHESI RAMACCIOTTI
APRENDIZAGEM TÉCNICA EM ELETROMECÂNICA

AMANDA CRUZ DOS SANTOS


DÉBORA OLIVEIRA DA SILVA
ELAINE DE OLIVEIRA SOUSA
RAIMARA CARDOSO SILVA
VITÓRIA ARAÚJO DE SOUZA

A IMPORTÂNCIA DA UTILIZAÇÃO DO INTERRUPTOR DIFERENCIAL RESIDUAL


(IDR) EM RESIDÊNCIAS

AÇAILÂNDIA/MA
2023
AMANDA CRUZ DOS SANTOS
DÉBORA OLIVEIRA DA SILVA
ELAINE DE OLIVEIRA SOUSA
RAIMARA CARDOSO SILVA
VITÓRIA ARAÚJO DE SOUZA

A IMPORTÂNCIA DA UTILIZAÇÃO DO INTERRUPTOR DIFERENCIAL RESIDUAL


(IDR) EM RESIDÊNCIAS

Projeto apresentado ao curso Aprendizagem Técnica


em Eletromecânica, sob a orientação do instrutor
Fabrício Saul Lima, como requisito para obtenção da
nota do Projeto.

AÇAILÂNDIA/MA
2023
SUMÁRIO

1 INTRODUÇÃO..........................................................................................................
4 2 JUSTIFICATIVA........................................................................................................
5 3
OBJETIVOS.............................................................................................................. 6
3.1 GERAL.............................................................................................................. 6
3.2 ESPECÍFICOS.................................................................................................. 6 4
FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA................................................................................ 7
4.1 A RELEVÂNCIA DOS DISPOSITIVOS DE SEGURANÇA NAS
INSTALAÇÕES ELÉTRICAS.................................................................................. 7
4.2 DADOS DOS NÚMEROS DE ACIDENTES POR CHOQUE ELÉTRICO.........7
4.3 TIPOS DE DISPOSITIVOS DE SEGURANÇA ELÉTRICOS: DDR E IDR....... 9
4.4 DIFERENÇA ENTRE O DISJUNTOR TERMOMAGNÉTICO E O DR............11
4.5 FUGA DE CORRENTE...................................................................................
13 4.6 CURTO-CIRCUITO E SOBRECARGA...........................................................
13
5 METODOLOGIA..................................................................................................... 15
6 CRONOGRAMA......................................................................................................17
7 ORÇAMENTO.........................................................................................................
17 8 RESULTADOS E DISCUSSÕES............................................................................
18 CONCLUSÃO............................................................................................................
21
REFERÊNCIAS..........................................................................................................
22
ASSINATURAS..........................................................................................................
24
4

1 INTRODUÇÃO

Ao longo do século XX, houve um rápido avanço no campo da eletricidade,


com melhorias nos sistemas de geração, transmissão e distribuição de energia
elétrica. Isso levou à eletrificação generalizada das cidades e comunidades em todo
o mundo, a eletricidade, entre todas as formas de energia, é a mais utilizada para
suprir as necessidades comerciais, industriais e domésticas da sociedade. Após ser
transportada dos locais de geração para os de consumo, a energia elétrica pode ser
convertida em outros tipos de energia, como luminosa, térmica e mecânica. (FÉLIX,
2018).
De acordo com Fischmann (2018),os erros mais comuns encontrados nos
projetos elétricos são a ausência de algum dispositivo de proteção, a inclusão desses
elementos de maneira equivocada e o dimensionamento incorreto de parte da
instalação.
Segundo o estudo elaborado pelo Instituto Brasileiro do Cobre (Procobre) e a
Associação Brasileira de Conscientização para os Perigos da Eletricidade (Abracopel)
o DR está presente em somente 21% das 1,1 mil edificações analisadas pelo Raio X
das Instalações Elétricas Residenciais Brasileiras. Segundo o levantamento, 56,3%
das residências com menos de cinco anos e 27% das que têm entre seis e dez anos
possuem o dispositivo. Já nas autoconstruções, obras realizadas pelo proprietário do
terreno sem a presença de construtoras, o número cai para 17,5%. (MARTINHO E
FISCHMANN, 2018).
Desse modo, o presente trabalho tem como objetivo apresentar a importância
da utilização do dispositivo DR com o foco principal em residências, uma vez que o
uso desse equipamento é por vezes desconhecido pelas pessoas ou até mesmo
negligenciado.
5

2 JUSTIFICATIVA

As instalações elétricas necessitam de uma montagem correta e segura, com


a inclusão de equipamentos de segurança, para diminuir os risco de acidentes
fatais, entretanto, é possível observar que há problemas na popularização dessa
informação. De acordo com isso, é de suma relevância falar sobre a segurança em
instalações elétricas, principalmente em residências, a qual pode apresentar,
segundo Pereira (2023, p. 26), o número de fatalidade 46,5 vezes maior do que em
outros lugares quando não há um dispositivo de segurança.
Dessa maneira, o dispositivo diferencial (DR) é um aparelho que promove a
confiabilidade em instalações elétricas, principalmente em residências. Apesar de
ser um dispositivo pouco conhecido, uma vez que as pessoas conhecem apenas
componentes mais populares como disjuntores e relé térmico esses que trazem
seguranças à instalação, mas não oferecem segurança direta às pessoas quando
necessário, como por exemplo em casos de choques elétricos.
Segundo Iaronka e Oliveira (2017), o diferencial residual (DR), este tem por
finalidade perceber qualquer corrente parasita no sistema e atuar desenergizando o
sistema, e por consequência protegendo a pessoa que por acidente ou não veio a
entrar em contato com o circuito.
6
3 OBJETIVOS

3.1 GERAL

Demonstrar a importância da utilização do IDR nas instalações


elétricas, como forma de prevenção de acidentes domésticos envolvendo
eletricidade.

3.2 ESPECÍFICOS

● Apontar a importância do IDR;


● Analisar o comportamento de um disjuntor comparado ao IDR; ●
Demonstrar a diferença do funcionamento do IDR e do disjuntor;
termomagnético;
● Retratar simulação com IDR e disjuntor em uma maquete demonstrativa.
7

4 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA

4.1 A RELEVÂNCIA DOS DISPOSITIVOS DE SEGURANÇA NAS INSTALAÇÕES


ELÉTRICAS

As instalações elétricas, de forma geral, sempre estarão sujeitas a


sobrecarga, fuga de corrente e até mesmo curto circuito. É notório, portanto, que
todos circuitos que envolvam eletricidade tenham um dispositivo de segurança, de
maneira a evitar danos materiais e as pessoas. Dessa forma, de acordo com Pereira
(2023, p. 20) não há a popularização de informações sobre a importância de efetuar
um projeto elétrico residencial, isto acaba contribuindo para a não realização de
projetos elétricos. Nesse sentido, aumentam os riscos de choque elétrico, que,
dependendo da corrente nominal, poderá levar à morte das vítimas, dados da
Associação Brasileira de Conscientização para os Perigos da Eletricidade
(Abracopel) revela que em dez anos, 6.312 pessoas morreram por choque elétrico
no país.
Dessa maneira, apesar da impopularidade dessa questão, é possível
encontrar uma grande diversidade de dispositivos de segurança como fusíveis, DPS,
DMT e DR. Dentre todos, o dispositivo DR apresentará maior eficácia para proteção
contra fuga de corrente de forma a conseguir detectar a fuga de corrente elétrica por
meio de uma medição diferencial entre dois ou mais alimentadores, que, nesse caso,
poderia indicar um choque elétrico. Sob esse viés, segundo Batista (2017, p. 9) caso
uma pessoa ou animal entre em contato com uma parte energizada da instalação,
haverá a interrupção da corrente elétrica, evitando danos maiores, ou seja, o
dispositivo residual é importante para situações mais propícias à fuga de corrente.

4.2 DADOS DOS NÚMEROS DE ACIDENTES POR CHOQUE ELÉTRICO

Segundo dados da Associação Brasileira de Conscientização para os Perigos


da Eletricidade (ABRACOPEL), houve no ano de 2022 cerca de 853 vítimas totais
envolvendo choque elétrico, sendo que desse total 592 pessoas foram vítimas fatais.
Acidentes do qual poderiam ser evitados se tivessem seguindo a norma técnica
ABNT NBR 5410:2008 que traz a obrigatoriedade do uso do dispositivo contra a fuga
8

de corrente que é o Diferencial Residual (DR).


De acordo com o Raio X das Instalações Elétricas Residenciais Brasileiras,
em uma amostra geral somente 21% dos imóveis no Brasil possuem o DR instalado,
e em sua grande maioria são casas construídas por construtoras que devem
obrigatoriamente seguir a NBR 5410.

Figura 1: Dispositivo de Proteção DR em residências

Fonte: Adaptado de Raio X das Instalações Elétricas Residenciais Brasileiras, (2023).

Pode-se observar de acordo com os dados da Abracopel que falta conhecimento da


população sobre o assunto, pois muitas pessoas não sabem da existência do
dispositivo de proteção DR, uma vez que essas instalações são feitas por pessoas
que não tem conhecimento sobre área ou em muitos casos os profissionais não
cumprem com as normas, o que implica na qualidade da instalação.

Analisando os números de acidentes da Abracopel (2023), a maioria dos


acidentes domésticos que aconteceram envolveram eletrodomésticos, problemas
com fiação, extensões etc. acidentes que teve uma média de mortes muito alta, que
poderia ser minimizada se houver a instalação adequada da NBR 5410.
Gráfico 1: Maiores causadores de acidentes por choque elétrico nas áreas residenciais 2022.
9

Fonte: ABRACOPEL, 2023.

Ainda segundo (Abracopel, 2023) equipamentos como geladeiras e máquinas


de lavar têm sido os principais equipamentos em acidentes com eletrodomésticos
em um ambiente residencial. Certamente, a ausência do Dispositivo Diferencial
Residual (DR) combinado a um sistema de aterramento, obrigatórios na instalação
elétrica, mas ignorados por muitos, poderia ter salvado a maioria das vítimas.

A falta desse dispositivo é motivada pelo desconhecimento do proprietário da


residência e, algumas vezes, pelo descaso dos profissionais que deveriam sugerir a
instalação e explicar a importância desse dispositivo nas instalações elétricas.

4.3 TIPOS DE DISPOSITIVOS DE SEGURANÇA ELÉTRICOS: DDR E IDR


Os dispositivos de segurança são equipamentos utilizados para proteger
pessoas, propriedades e equipamentos contra os riscos associados à eletricidade.
Eles desempenham um papel fundamental na prevenção de acidentes elétricos e na
manutenção da segurança em instalações elétricas.
Existem diversos tipos de dispositivos de segurança elétrica, cada um
projetado para uma função específica. Segundo o autor Pereira e Souza (2010) os
demais equipamentos e dispositivos de proteção que agregam a instalação elétrica,
10

tais como disjuntores, fusíveis, chaves e outros componentes relacionados à


proteção.
Alguns dos dispositivos de proteção são os interruptores diferenciais residuais
(IDRs), o qual desempenha um papel crucial na proteção contra choques elétricos.
Também conhecido como disjuntor diferencial ele monitora a diferença entre a
corrente que entra em um circuito elétrico e a corrente que sai dele. O IDR possui
um mecanismo de disparo rápido, que atua em questão de milissegundos para
desarmar o circuito.
Figura 2:Interruptor Diferencial Residual - IDR

Fonte: Henrique Mattede, 2015.

Os IDRs são comumente instalados em painéis elétricos residenciais e


comerciais, protegendo os circuitos de tomadas, iluminação e outros dispositivos
elétricos. Eles são projetados para operar de forma sensível, detectando pequenas
correntes de fuga, geralmente na faixa de miliamperes. É importante ressaltar que o
IDR não substitui a necessidade de um bom sistema de aterramento elétrico e o uso
correto de dispositivos de proteção individual, como plugues e tomadas com em
diferentes situações de aterramento. Essas medidas complementares ajudam a
garantir a segurança elétrica.
Os Dispositivo Diferencial Residual (DDRs) é um dispositivo de segurança
elétrica que combina as funções de um disjuntor comum e um interruptor diferencial
em um único dispositivo. Ele protege contra curto-circuitos, sobrecargas e também
detecta correntes de fuga, oferecendo uma camada adicional de segurança contra
choques elétricos.
11

Figura 3: Disjuntor Diferencial Residual - DDR

Fonte: WEG, 2018.


O objetivo principal do DDR é detectar correntes de fuga, que podem ocorrer
quando há um mau funcionamento ou falha de isolamento em um equipamento
elétrico ou quando uma pessoa entra em contato com um condutor energizado. Ao
detectar essa corrente de fuga, o DDR desarma o circuito para evitar choques
elétricos. O DDR é amplamente utilizado em instalações elétricas residenciais,
comerciais e industriais, especialmente em circuitos que alimentam áreas úmidas,
como banheiros e cozinhas, onde o risco de choque elétrico é maior.

4.4 DIFERENÇA ENTRE O DISJUNTOR TERMOMAGNÉTICO E O DR

Em instalações elétricas existem diversos dispositivos que atuam para


proteger o sistema contra problemas que variam de curto-circuito, sobrecarga e fuga
de corrente, sendo equipamentos diferenciados para cada situação como disjuntores
e DR.
O disjuntor de forma geral serve para proteção sendo responsável pelo
controle de corrente elétrica nos condutores, através de uma corrente nominal e
quantidade de fases, em caso de sobrecarga ele desarma por segurança (VEBER,
2021).

Figura 4: Disjuntor Termomagnético.


12

Fonte: FoxLux, 2018.


Dessa forma, o disjuntor termomagnético é usado tanto para proteção do
sistema, como um disjuntor geral que pode ser desligado para realizar a manutenção
no circuito. Para proteção sua atuação acontece quando há uma sobrecarga
excessiva por um certo período ou um aquecimento incomum, e assim causa o
seccionamento do circuito na presença de picos altos de corrente (VIANA, 2020).
Classificado de acordo com a curva, escolhido conforme a carga que a
situação demanda podendo ser resistivas, indutivas e motores, e varia também o seu
número de pólos, sendo unipolar alimentando de fase e neutro, bipolar com duas
fases que devem ser interrompidas simultaneamente, e o tripolar alimentado com
três fases.
Diferente do disjuntor, o DR atua para proteção do ser humano em casos de
acidentes relacionados a choques elétricos, enquanto o disjuntor protege o sistema,
o DR protege o ser humano exclusivamente contra a fuga de corrente.
Segundo Viana (2020), para que o DR cumpra sua função deve ser usado um
IDR de alta sensibilidade que é 30mA, pois essa é a carga que um ser humano
suportar em curto período sem que um acidente fatal aconteça, uma vez que ele
identifica corrente de falta no circuito e desarmar. É um componente que deve ser
colocado junto com o disjuntor, pois é um dispositivo complementar na proteção,
sendo que cada um tem uma finalidade específica.
De acordo com a NBR 5410 esse dispositivo deve ser instalado em circuitos
de locais que tenham chuveiro ou banheira, tomadas em áreas externas à
edificação, tomadas internas que possam vir a alimentar equipamentos na área
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externa, e em pontos de utilização situados em cozinhas, copas, lavanderias, áreas


de serviço, garagens e demais dependências internas normalmente molhadas ou
sujeitas a lavagens.

4.5 FUGA DE CORRENTE

A fuga de corrente elétrica, também conhecida como corrente de fuga, ocorre


quando há um fluxo indesejado de eletricidade de um circuito para outro ou para a
terra. Isso pode ocorrer devido a um isolamento inadequado ou danificado,
resultando em um caminho alternativo para a corrente elétrica. Uma fuga de corrente
pode ser perigosa, pois pode levar a choques elétricos e até mesmo causar
incêndios.
Existem várias causas possíveis para a fuga de corrente elétrica. Um dos
motivos mais comuns é a deterioração do isolamento dos fios elétricos ao longo do
tempo, seja devido ao desgaste natural, à exposição a elementos corrosivos ou a
danos físicos. Outra causa pode ser a instalação inadequada ou o uso de materiais
de baixa qualidade, que não oferecem proteção adequada contra vazamentos de
corrente.
Para detectar a presença de uma fuga de corrente elétrica, é comum utilizar
dispositivos chamados de disjuntores diferenciais ou interruptores diferenciais. Esses
dispositivos são capazes de identificar qualquer diferença entre a corrente que entra
e a corrente que sai de um circuito. Caso uma diferença seja detectada, o disjuntor é
acionado, desligando o circuito e interrompendo o fluxo de eletricidade.
É importante tomar medidas preventivas para evitar fuga de corrente elétrica,
como realizar inspeções regulares em instalações elétricas, garantir a utilização de
fios e cabos de qualidade e utilizar dispositivos de proteção adequados. Além disso,
é fundamental contratar profissionais qualificados para a instalação e manutenção
dos sistemas elétricos, garantindo que todas as normas de segurança sejam
seguidas, pois identificar e corrigir precocemente as falhas no sistema elétrico é
fundamental para evitar acidentes graves e garantir um ambiente seguro e funcional.

4.6 CURTO-CIRCUITO E SOBRECARGA

Curtos-circuitos em instalações de baixa tensão são uns dos principais


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motivos de acidentes em residências. Se dá quando um dispositivo ou instalações de


fios e tomadas são feitos de forma incorreta, ocasionando uma sobrecarga fazendo
com que o local não funcione.
Segundo Moreno (2022), o curto-circuito ocorre quando chamamos de
condutor vivo que carrega de 110V a 220V entra em contato com outro condutor vivo.
Interligam-se partes que, normalmente, deveriam estar isoladas uma da outra. Por
um defeito, uma falha, elas acabam se juntando e isso gera uma quantidade de
energia absurda. Temos então um problema: a energia liberada num curto-circuito,
como foi mencionado na introdução, pode causar, por exemplo, acidentes. segundo
dados do Corpo de Bombeiros esta é uma das principais causas no Brasil.
A sobrecarga, por outro lado, refere-se a uma condição em que a corrente
elétrica em um circuito excede sua capacidade de suportar. Isso ocorre quando a
carga elétrica conectada ao circuito demanda mais corrente do que o sistema foi
projetado para fornecer. A sobrecarga pode ocorrer devido a diversos fatores, como o
uso simultâneo de muitos dispositivos elétricos em um mesmo circuito ou o mau
dimensionamento do circuito em relação à carga que ele deve suportar.
É de suma importância ressaltar que embora o curto-circuito e a sobrecarga
compartilhem algumas semelhanças, é importante destacar suas diferenças
fundamentais: enquanto o curto-circuito envolve uma conexão direta de baixa
resistência entre condutores, permitindo que uma corrente excessiva flua, a
sobrecarga ocorre quando a demanda de corrente é maior do que a capacidade de
um circuito. Em outras palavras, o curto-circuito é uma falha de isolamento que
permite uma corrente não controlada, enquanto a sobrecarga é causada por uma
carga excessiva que o circuito não pode suportar.
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5 METODOLOGIA
O tipo de pesquisa utilizado para alcançar o objetivo do trabalho foi o
descritivo no qual foram baseados em livros, artigos e sites. Com uma abordagem
qualitativa para fundamentação dos dados mais críticos sobre o tema.
Desta forma, a construção do projeto baseou-se no método indutivo, em
que, por meio de pesquisa bibliográfica, observamos especificamente se o
dispositivo DR atuaria de maneira efetiva para reduzir o risco de acidentes fatais
envolvendo choques elétricos.
Para o desenvolvimento deste trabalho foi necessário selecionar os
componentes para a simulação da fuga de corrente. Sendo realizado a simulação
na oficina de elétrica do SENAI, que possui nas suas bancadas educativas um
disjuntor geral, que serve para a segurança da montagem dos sistemas elétricos
pelos alunos, interrompendo a corrente para isso. Além de um IDR de 25A e um
disjuntor monofásico de curva C.

Figura 5: Componentes da simulação da fuga de corrente.

Fonte: Autoral, 2023.


16

E assim foi realizado a montagem de duas situações diferentes: uma em


que havia apenas o disjuntor geral e o disjuntor monofásico, para analisar se
haveria um desarme, e a outra situação foi com o disjuntor geral e o IDR, para
analisar seu comportamento diante da mesma situação. Nesse sentido, ambas
situações, a fuga de corrente foi por contato direto em que os cabos da fase e do
neutro foram colocados diretamente no corpo teste.

Figura 6: Sistema com disjuntor. Figura 7: Sistema com IDR.

Fonte: Autoral, 2023.


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6 CRONOGRAMA
Descrição JUN JUL AGO SET

Fundamentação Teórica x

Elaboração do EAP x

Canvas x

Objetivo x

Primeiro teste x

Apresentação do tema x

Elaboração da maquete x

Apresentação final x

Finalização do trabalho escrito x


7 ORÇAMENTO
Qt Un Descrição Vr. Unitário Vr. Total
i

2 Artigos da lavanderia 18 36

1 Banner 45 45

1 Biscuit 27 27

2 Cabos 1,54 7,92

1 Cola 12 12

2 Mesa e cadeira 5 10

3 Papel laminado 4,60 14 1 Palito de picolé 5 5 TOTAL GERAL 156,92

18

8 RESULTADOS E DISCUSSÕES

Com a pesquisa e os testes elaborados, acredita-se que a partir da análise


do funcionamento do DR e pesquisas sobre o mesmo, o trabalho possa agregar para
conscientização sobre a importância e a necessidade de buscar, além de bons
equipamentos, profissionais capacitados para realizar uma instalação que seja de
acordo com as normas, por exemplo, NBR 5410 e dentro do regime certo de
segurança NR-10.
Os testes foram realizados com uma salsinha, a qual simulava o corpo
humano exposto a duas situações em que uma havia somente a presença do DR e
outra com a presença do disjuntor termomagnético monofásico, assim os testes
auxiliam na compreensão do funcionamento dos equipamentos que ocorre quando
um atua sem a presença do outro.

Figura 8: Teste com disjuntor termomagnético.


FONTE: Autoral, 2023.

No primeiro teste foi realizado somente com disjuntor termomagnético, no


qual o corpo teste foi exposto a uma faixa de corrente de 0.9A, o que, em um corpo
humano, poderia ocasionar parada cardíaca e a medida em que a intensidade
aumenta poderia ocorrer queimaduras graves e até mesmo a morte, com isso, foi
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observado que a salsinha queimou no ponto em que ela foi exposta ao choque
elétrico por contato direto (SILVA JUNIOR, 2020).
Figura 9: Efeito da corrente elétrica no corpo humano
Fonte: Silva Junior, 2020.
No teste com o IDR, foi possível observar que a atuação do dispositivo é
instantânea. No momento que o disjuntor geral é ligado, no qual permite a passagem
de corrente pelo circuito, o IDR dispara rapidamente na simulação com a fuga de
corrente no corpo teste, não sendo possível observar pelo alicate amperímetro a
intensidade da corrente.

Figura 10: Teste com IDR.

FONTE: Autoral, 2023.


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Desse modo, foi possível analisar que o interruptor diferencial residual é um


componente essencial nas instalações elétricas, para garantir a segurança das
pessoas, uma vez que o disjuntor não atua com a mesma finalidade.
A construção da maquete foi feita para ter um elemento visual que servisse de
apoio para a apresentação e poder causar um maior impacto no público. E assim foi
feita a montagem de dois ambientes de lavanderia, sendo que um deles é para uma
situação de um sistema com disjuntor termomagnetico e outro sistema com o IDR,
pois
de

acordo com a NBR 5410 o IDR é indicado para ser instalado nesse tipo de local.
Figura 11: Maquete demonstrativa.
FONTE: Autoral, 2023.
21

CONCLUSÃO

Como analisado pelos dados encontrados e os testes realizados, é de suma


importância falar sobre o tema e propagar o assunto, pois os acidentes podem ser
minimizados com o uso desse dispositivo adicional, de maneira a evitar vidas
perdidas.
Dessa forma, esse equipamento é, muitas vezes, negligenciado por falta de
informação e mão de obra especializada sobre o tema, por mais que a norma NBR
5410 estabeleça a obrigatoriedade do DR, em residências que não são feitas por
construtoras, não são implantados os dispositivos, e assim deixando a instalação
com a falsa impressão de segurança, muitos casos com a instalação incompleta e
sem vistorias.

Em síntese, o trabalho busca conscientizar a população sobre a importância


da utilização dos dispositivos de segurança DR, pois a implantação de dispositivos
diferencial residual é fundamental para garantir a segurança pessoal.
22

REFERÊNCIAS

ASSOCIAÇÃO INTERNACIONAL DO COBRE - Brasil; ABRACOPEL, Raio X Das


Instalações Elétricas Residenciais Brasileiras, 1 Edição. São Paulo, 2017.

Dispositivos de segurança elétrica: confira os mais usados - ABB. Mais Perto canal
direto. https://loja.br.abb.com/blog/post/dispositivos-de-seguranca-eletrica. Acessado
12 de julho de 2023.

“Disjuntor, DR e DPS - Monopolar, Bipolar e Tripolar”. Mar Girius.


<https://www.margirius.com.br/categoria-produto/disjuntor-dr-dps/>. Acessado 12 de
julho de 2023.

DE SOUZA, Danilo Ferreira; MARTINHO, Edson; MARTINHO, Meire Biudes;


MARTINS JR. Walter Aguiar (Org.). ANUÁRIO ESTATÍSTICO DE ACIDENTES DE
ORIGEM ELÉTRICA 2023 – Ano base 2022. Salto-SP: Abracopel, 2023. DOI:
10.29327/5194308.

DIDÁTICA PARA DEMONSTRAÇÃO DO FUNCIONAMENTO DE DISPOSITIVOS


ELÉTRICOS DE INSTALAÇÕES DE BAIXA TENSÃO. CRICTE, 2017.

Elétrico, Gimawa Material. Entenda o que são os dispositivos de proteção


elétrica e qual a função. Gimawa, 3 de maio de 2019,
<https://www.gimawa.com.br/single-post/entenda-o-que-sao-os-dispositivos-de-prote
cao>.

Entenda a diferença entre DR, IDR, DDR e DPS. Guia da Engenharia.


<https://www.guiadaengenharia.com/dispositivos-seccionamento/>. Acessado 12 de
julho de 2023.

Fui pegar pipa e perdi braços e perna: choque elétrico mata 2 brasileiros por dia.
BBC News Brasil, 5 de abril de 2023,
<https://www.bbc.com/portuguese/articles/c72vrjv957lo>. Acessado 12 de julho de
2023.

IARONKA, Odair José; DE OLIVEIRA, Aécio Lima. DESENVOLVIMENTO DE UMA


BANCADA DIDÁTICA PARA DEMONSTRAÇÃO DO FUNCIONAMENTO DE
DISPOSITIVOS ELÉTRICOS DE INSTALAÇÕES DE BAIXA TENSÃO. CRICTE,
2017.

LIMA, Mariana B. Estudo e desenvolvimento de dispositivos de proteção contra


correntes residuais em sistemas de distribuição,2017. Monografia, Universidade
Federal de Minas Gerais Escola de Engenharia, Belo Horizonte, Novembro 2017.
23

MATTEDE, Henrique. Como funciona IDR. Mundo da elétrica, 2015. Disponível em:
<https://www.mundodaeletrica.com.br/como-funciona-idr/>. Acesso em: 7 de agosto
de 2023.

O que é curto-circuito e quais são as suas causas?. AECweb,


<https://www.aecweb.com.br/revista/materias/o-que-e-curto-circuito-e-quais-sao-as-s
uas-causas/23697>. Acessado 12 de julho de 2023.

SILVA JUNIOR, Joab Silas da. Efeitos da corrente elétrica sobre o corpo humano.
PrePara Enem, 2020. Disponível em:
<https://www.preparaenem.com/fisica/efeitos-corrente-eletrica-sobre-corpo-humano.
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Veber, Luana. “Você sabe a diferença entre Disjuntor, IDR, DPS?” Veber Energy
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<https://veberenergylight.com.br/2021/05/06/voce-sabe-a-diferenca-entre-disjuntor-id
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VIANA, Dandara. Entenda a diferença entre DR, IDR, DDR e DPS. Guia da
engenharia, 2020. Disponível em
<https://www.google.com/search?q=como+fazer+referencia+de+site&oq=como+faze
r+referencia+&aqs=chrome.1.69i57j0i512l9.10431j0j7&sourceid=chrome&ie=UTF-8>
. Acesso em: 5 de julho de 2023.
24

ASSINATURAS

Data da apresentação do Projeto: ______/___________________/__________


_________________________________
Assinatura do Aluno

_________________________________
Assinatura do Instrutor do SENAI

_________________________________________
Assinatura do Supervisor Técnico de Área do SENAI

_________________________________
Assinatura do Supervisor Pedagógico

NOTA DO PROJETO: _____________________________

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