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APLICAÇÃO E USO DE EQUIPAMENTOS DE PROTEÇÃO INDIVIDUAL

PARA EMPREGADOS DO SETOR ELÉTRICO

Boa Vista
2020
APLICAÇÃO E USO DE EQUIPAMENTOS DE PROTEÇÃO INDIVIDUAL
PARA EMPREGADOS DO SETOR ELÉTRICO

RESUMO

A intenção do estudo ora apresentado foi a realização de uma descrição concisa acerca
da importância do uso de equipamentos de proteção individual, EPI, no expediente
específico do setor elétrico. Baseado na crença de que a segurança em eletricidade ainda
deixa muito a desejar no que diz respeito ao cuidado, esse conteúdo está justificado. São
apresentados alguns conceitos, a importância na utilização dos equipamentos, os riscos
e seus efeitos à vida humana, através de uma pesquisa com abordagem qualitativa, sob
investigação bibliográfica. Os dados foram coletados em obras de registros oficiais em
livros, jornais, revistas e sites relacionados. Todo contexto descrito com os comentários
interpretativos na intenção clara de passar o assunto com a verdade que este requer e
possa contribuir à informação a quem possa interessar.
Palavras-chave: equipamentos, setor, elétrico, segurança, proteção.

ABSTRACT

The intention of the study presented here was to make a concise description about the
importance of using personal protective equipment, PPE, specifically for the electricity
sector. Based on the belief that electricity security still leaves a lot to be desired when it
comes to care, this content is justified. Some concepts are presented, the importance of
using the equipment, the risks and their effects on human life, through a research with a
qualitative approach, under bibliographic investigation. Data were collected from
official record works in books, newspapers, magazines and related websites. Every
context described with the interpretative comments in the clear intention of passing the
matter on with the truth that it requires and can contribute to the information to anyone
who may be interested.

Keywords: equipment, sector, electrical, security, protection.

INTRODUÇÃO

Algumas situações cotidianas, ao passarem despercebidas e não serem tratadas


com as devidas medidas preventivas acarretam consequências desastrosas que
poderiam, certamente ter sido evitadas. Exemplo disso é o cuidado em relação ao uso da
eletricidade.
A eletricidade encontra-se presente em todas as áreas e atividades profissionais e
no dia-a-dia de todas as pessoas, sendo inimaginável um mundo que, atualmente,
funcione sem ela. No entanto, a eletricidade, apesar de sua funcionalidade possui um
alto potencial de causar acidentes e, no sentido laboral, de expor os trabalhadores ao
perigo e a danos tanto para este quanto para o contratante. Nesse sentido, é importante
se entender que a eletricidade é uma real fonte de acidentes, podendo causar desde
lesões leves a óbitos e incêndios.
A norma regulamentadora 18, doravante denominada NR-18, estabelece os
procedimentos, dispositivos e atitudes a serem observados para a saúde e segurança de
profissionais e trabalhadores em cada uma das atividades que se desenvolvem em um
canteiro de obras. Essa normativa descreve ainda, ações em instalações elétricas a serem
adotadas nos ambientes de trabalho na indústria da construção.
A Norma Regulamentadora 10, chamada NR-10, dispõe acerca das
determinações para a execução das instalações elétricas temporárias e definitivas nos
canteiros de obras da construção civil.
A NR 10 estabelece ainda, os requisitos e condições mínimas para tais
instalações, objetivando a implementação de medidas de controle e sistemas
preventivos, de forma a garantir a segurança e a saúde dos trabalhadores que, direta ou
indiretamente, interajam com eletricidade quando estiverem em serviço.
No entanto, o que se percebe é que, mesmo diante das normativas que estão em
vigência, na maioria das obras da construção civil, em especial aquelas classificadas
como de pequeno porte, os canteiros de obras não atendem às normativas efetivamente,
expondo os trabalhadores a riscos que podem levar a acidentes laborais de
consequências graves.
A presente pesquisa pretendeu abordar qual a real importância da utilização dos
chamados Equipamentos de Proteção Individual, doravante EPI, por profissionais que
trabalham diretamente com instalações elétricas, mesmo que provisórias, que
apresentem o cumprimento dos requisitos de segurança estabelecidos pelas NR-10 e
NR-18 e que atendam às condições de trabalho de maneira segura para si e para o seu
ambiente de trabalho. Para tanto, tem como principal objetivo a realização de uma
pesquisa do tipo qualitativa, bibliográfica e descritiva. Nesse sentido, entende-se que a
prevenção ainda é a melhor atitude a ser adotada, inclusive pela natureza das atividades
ligadas ao setor elétrico e seus complexos processos.
2 DESENVOLVIMENTO

2.1 A ELETRICIDADE

Branco (1990) aponta que toda e qualquer atividade consome energia em algum
nível. Etimologicamente, o termo energia vem do grego ἐνέργεια / enérgeia, que, em
livre tradução, significa “forças em ação” (BRANCO, 1990). Dessa forma, o mesmo
ocorre nas atividades do dia-a-dia, como no transporte de mercadorias, nas atividades
industriais, e também na construção civil, tornando-se indispensável para quantificar o
desenvolvimento de uma localidade, por exemplo.
Sob esse aspecto de consumo de energia, Creder (2013) entende que é
perceptível um aumento do consumo de energia que acompanha a evolução tecnológica.
Assim, a tecnologia oferece a cada dia mais aparatos e equipamentos que possibilitam a
economia de tempo e a agilidade na mão de obra que chegam aos canteiros de obras por
meio de simples conexões às tomadas ou a chaves elétricas, o que facilita e otimiza a
produtividade e, de certa forma, pode ser benéfico à redução de tempo e custos da
própria obra. Desse modo, qualquer que seja o tipo de edificação, nova ou em reformas,
se evidenciará em aumento de demanda elétrica.
Segundo Silva e Michaloski (2016), “a eletricidade é constituída por três
grandezas fundamentais, que são a tensão elétrica, corrente elétrica e resistência
elétrica”. Apontam ainda os autores que por se tratar de um fenômeno invisível, a
eletricidade detém um altíssimo grau de perigo, e o seu uso expõe a vida e a integridade
física dos trabalhadores, como por exemplo, a um choque elétrico.
Nos dias atuais, a eletricidade é uma das fontes de energia mais utilizadas, sendo
essencial e indispensável a toda hora, sem interrupções e ainda, é considerada como
serviço público. Entretanto, pode comprometer a segurança e saúde das pessoas que a
ela estejam expostas direta ou indiretamente, pois a eletricidade não é perceptiva aos
sentidos do homem, logo, não é vista nem sentida, e em virtude disto, as pessoas podem
estar expostas a situações de riscos de acidentes ignoradas ou subestimadas
(LOURENÇO; LOBÃO, 2008).
Rabbani et al. (2012, p. 02) denota assim, que “o elevado número de acidentes
provenientes do sistema elétrico impõe a necessidade de métodos e dispositivos de
proteção, que permitam o uso seguro e adequado da eletricidade”. Nesse sentido,
evidencia-se a necessidade de um amplo planejamento prévio da obra, que inclua
estratégias de prevenção de riscos. A efetivação desse planejamento repercutiria na
redução de acidentes e do risco em si, protegendo os trabalhadores e a obra de “perdas
de energia e danos às instalações.”
Para Cadick (2000) define-se por choque elétrico a manifestação física ocorrida
quando da fluência de uma corrente elétrica através do corpo humano. Tal fluência pode
ser de diferentes níveis de intensidade, incluindo sintomas que vão desde uma sensação
de formigamento leve, até arritmia cardíaca, violentas contrações musculares ou lesões
nos tecidos internos ou externos do organismo. De acordo com Cáceres (2012), na
construção civil, uma das causas principais de acidentes laborais é a presença de
eletricidade e os seus conseqüentes riscos aos trabalhadores. De acordo com o autor e
também com Barkokebas et al. (2004), apenas 6,78% dos acidentes na construção civil
são provenientes de choque elétrico. No entanto, ambos os autores afirmam
categoricamente que dessa porcentagem, 50% levam a óbito. Entre os principais fatores
que causam esses acidentes nas instalações elétricas provisórias em canteiros de obras, é
possível citar a carência de mão de obra qualificada para a execução das instalações, a
manutenção, além da ausência de projeto, dentre outros. Nesse sentido, Cáceres apud
Sampaio (2012) aponta que:
As instalações elétricas provisórias, necessárias para a execução de obras de
construção civil, não devem ser tratadas de forma negligente. Provisório não quer dizer
precário. É preciso sempre levar em consideração a segurança dos trabalhadores que se
utilizam dessas instalações (CÁCERES apud SAMPAIO, 1998, p. 341).
Portanto, regras e normativas foram estabelecidas para assegurar a segurança
tanto do trabalhador quanto da obra. Dessa forma, as NR-18 e NR-10, bem como outras
normativas tratam de delimitar condições para as instalações elétricas em canteiros de
obras.

2.2 BOAS PRÁTICAS PARA INSTALAÇÕES ELÉTRICAS


Para Rabbani (2012), as instalações de canteiros de obras geralmente apresentam
desvios relevantes em se tratando do cumprimento das determinações prescritas pela
NR-10, no que tange à segurança na construção, montagem manutenção e operação
(item 10.4), sinalização de segurança (item 10.1) e quanto à NBR 5410/2005 em seus
itens referentes à instalação das linhas elétricas (item 6.2), acessibilidade e identificação
de componentes (item 6.1.4 e 6.1.5), bem como em se tratando da manutenção (item 8).
A autora afirma que os itens ora mencionados quando respeitados, “garantem o
provimento da proteção básica e a eficácia funcional fundamentada pelo primeiro
princípio das medidas de proteção contra choque elétrico” e seu descumprimento denota
descaso por parte das empresas construtoras ao gerencias sistemas de proteção nas
instalações elétricas provisórias, pois deixam de levar em consideração os danos que
podem ocorrer à saúde do trabalhador, bem como despesas diretas e indiretas, além da
diminuição da produtividade.
Dessa forma, recomendam-se algumas medidas e boas práticas para que as
instalações elétricas em canteiros de obras de pequeno porte estejam em conformidade
com as normativas vigentes. Moreira (2014) aponta que o uso da energia elétrica nos
canteiros de obras de pequeno porte será o responsável pela iluminação na área externa
e interna do local, o que proporcionará maior conforto e qualidade de trabalho para os
operários. Ainda, aponta que a eletricidade será também fundamental para a utilização
de diversos equipamentos elétricos, “sem os quais a construção poderia até ocorrer, mas
em um ritmo muito mais lento”.
“Ocorre que, na prática, não é incomum que instalações em canteiros de obras,
por se tratarem de construções temporárias, recebam tratamento inferior quando
comparadas às instalações definitivas. Projetos elaborados às pressas e sem o devido
comprometimento com a qualidade e a segurança requeridas são encontrados com
frequência nesse tipo de construção” (MOREIRA, 2014).
Assim sendo, evidencia-se ser unânime entre os autores citados anteriormente, a
opinião de que mesmo sendo estabelecidas de forma provisória, as instalações elétricas
em canteiros de obras de pequeno porte demandam o cumprimento das determinações
das normativas para que esteja garantida a integridade física dos operários e da
construção em si.

2.3 EPIS: CUIDADOS OBRIGATÓRIOS?


A NR10 nos casos de emergências referentes ao setor elétrico (item 10.12.1)
determina se faz necessário levar em consideração que não somente acontece o choque
térmico, também há riscos de arco elétrico, que são passíveis em vários cenários com
acidentes, que requerem os mecanismos de defesa, onde já se imagina que a ocorrência
é fato.
Em seu item 10.2.9.2, a NR10 se refere ao kit de proteção, além da vestimenta e
os Equipamentos de Proteção Individual (EPI), estipulando a determinação de que as
vestimentas devem estar de acordo com as ocorrências que envolvam eletricidade. No
caso dessas vestimentas, são observadas se estas possuem condutibilidade, influências
eletromagnéticas e inflamabilidade, pois a escolha apropriada desse tipo de EPI impede
a combustão e a piora ainda do que venha ocorrer. Os Equipamentos de Proteção
Individual são compostos por uma série de itens que possuem indicações de usos
próprias (MOREIRA, 2014). Nesse sentido o autor enfatiza os principais EPI para
profissionais que atuam com eletricidade, instruindo suas finalidades:
 Capacete de segurança classe B: Indicado para o uso com risco de
choque elétrico.
 Botina de segurança: Cuidado ao escolher este EPI. Certifique-se que
não tenha nenhum material metálico. Para estar 100% seguro é preciso um
equipamento dielétrico, capaz de isolar a eletricidade.
 Luva de Segurança: É um EPI essencial para o trabalhador. As luvas
de proteção garantem a segurança na manutenção de instalações e serviços
com eletricidade em geral. É ideal a utilização de duas luvas: A luva isolante
de borracha e a luva de couro que é sobreposta para proteger a integridade da
luva isolante. Veja alguns exemplos:
 Luva Isolante de Borracha: proteção de mãos e braços
Luva Couro de Proteção para Luva Isolante
Luva de proteção tipo condutiva: É mais justa e protege apenas mãos e
punhos.
Luva de vaqueta: luva de segurança mecânica para luvas do tipo condutiva
 Manga Isolante de Borracha: protege os braços e proporcionam
mais segurança para exercer determinadas atividades onde o risco pode ser
maior.
 Cinto de Segurança: Às vezes também é preciso realizar o trabalho
em altura! O cinto de segurança para eletricista é específico para proteger o
trabalhador do risco de choque elétrico.
 Protetor Facial Contra Arco Elétrico
 Vestimentas Especiais: Camisas e calças especiais contra agentes
térmicos provenientes do arco elétrico (MOREIRA, 2014, p. 59).

Destaca-se aqui que o bom estado de conservação e funcionamento de todos os


itens citados, somados à instrução sobre a atividade a qual se destina, certamente
atuarão como minimizadores de riscos de acidentes. A responsabilidade do uso das EPI
recai sobre aqueles que lidam diretamente ou indiretamente com a eletricidade, não
desprezando os seus riscos.

2.4 ACIDENTE DO TRABALHO: SEGURANÇA E SAÚDE OCUPACIONAL


Castro e Borges (2017) entendem o acidente como “um acontecimento
inesperado e desagradável, que envolve perda, dano, sofrimento ou morte” (p. 03).
No entanto, os acidentes de trabalho, vistos pelos olhos da Lei nº8.213/91 em
seu 19º artigo, são aqueles que:
Ocorrem pelo exercício do trabalho a serviço da empresa ou de empregador
doméstico ou pelo exercício do trabalho dos segurados, provocando lesão
corporal ou perturbação funcional que cause a morte ou a perda ou redução,
permanente ou temporária, da capacidade para o trabalho (LEI 8213/91 – Art.
19).

Seguindo essa mesma linha de pensamento, Macedo et al. (2017) admite que os
acidentes de trabalho podem acarretar consequências para a integridade física e mental,
bem como, abrem precedentes para prejuízos financeiros e materiais, que geram por
consequência a queda na produtividade.
Para Motta (2008), apud Roza Filho (2012), o acidente de trabalho se conceitua
como aquele acontecimento determinado, abstrato e previsível, geralmente passível de
prevenção uma vez que “suas causas podem ser identificáveis dentro do ambiente do
trabalho, podendo ser neutralizado ou até mesmo eliminado”. Nesse sentido, evidencia-
se a necessidade de se utilizar EPIs para que essa prevenção ocorra de maneira eficiente
e eficaz.
Assim sendo, Castro e Borges (2017, p. 04) afirmam que são inúmeros os tipos
de acidentes e também as doenças relacionadas ao exercício do trabalho aos quais os
profissionais do ramo elétrico são expostos diariamente.

Conforme a ANEEL (2014), grande parte desses acidentes ocorre com os


trabalhadores no ambiente da empresa, e em outros casos é advindo da
atividade profissional fora do ambiente empresarial. Independente do caso,
esses acidentes são considerados acidentes do trabalho, e que para estes há as
normas regulamentadoras criadas para disciplinar as obrigações e
responsabilidades dos envolvidos (CASTRO; BORGES, 2017, p. 05).

Portanto, é necessário que cada empregador tome a responsabilidade de prevenir


situações de risco e/ou de exposição a acidentes que possam ser evitados, uma vez que
essa segurança afeta de maneira direta a própria empresa/setor/empregador. Nessa
mesma direção, a ANEEL (2014) defende que “a perda econômica pode ocorrer pela
redução da produtividade e, consequente, redução do lucro, pelo aumento do custo
administrativo ou judicial, pelos afastamentos de trabalhadores e pelos impactos
negativos na imagem da empresa” (ANEEL, 2014).
Quanto aos cenários que evidenciam os acidentes mais comuns em atividades
que envolvam eletricidade, Silva (2003) apud Castro e Borges (2017) destaca os
seguintes:
1. Contato direto do trabalhador com linha energizada; 2. Contato direto do
trabalhador com equipamentos energizados; 3. Contato de veículos com linha
energizada; 4. Equipamentos instalados de forma incorreta ou danificados; e
5. Contato com equipamento condutor energizado. Abrange-se também, as
categorias de trabalhadores que estão expostos aos riscos de acidentes: 1.
Trabalhadores que estão expostos frequentemente às linhas de alta tensão
(trabalhadores da rede elétrica, trabalhadores de telecomunicações, e
cortadores de árvore); 2. Técnicos de manutenção (profissionais que estão em
contato direto com equipamentos energizados); 3. Trabalhadores que
executam cargas suspensas com guindaste ou mesmo trabalhadores em pé ao
lado de um guindaste (podendo ocorrer algum contato do guindaste com a
linha energizada); 4. Profissionais e população em geral (expostos aos
equipamentos instalados incorretamente ou danificados); e 5. Trabalhadores
da construção civil, serviços e comércio (expostos a equipamentos
condutores) (CASTRO; BORGES, 2017, p. 12).

Assim sendo, Oliveira e Veiga (2012) enfatizam a imprescindibilidade de que


cada empresa/setor/indústria esteja adequada às normas de segurança para seus
funcionários, especialmente aqueles que trabalham com eletricidade. Essas mudanças
dependem de uma gestão de cada empresa/setor ou indústria, que atue estabelecendo
regras e priorizando a segurança e a saúde de seus funcionários, não focalizando apenas
o produto final e os lucros.

3 MATERIAIS E MÉTODOS

Para a realização deste estudo, optou-se pela adoção de uma pesquisa


documental, isto é, uma pesquisa fundamentada em teorias, com base na revisão da
literatura, realizando consulta em artigos científicos e pesquisas anteriormente
publicados, bem como em livros e periódicos que abordassem a temática do uso de EPI
em atividades que envolvam eletricidade e a importância que esse uso representa para a
segurança física e mental dos trabalhadores. No referido tipo de pesquisa, não se exige
coleta de dados em campo, sendo seu foco principal a documentação indireta.
Com relação ao método de abordagem utilizado, caracterizou-se enquanto
pesquisa qualitativa, uma vez que investigou a importância do uso de EPI em atividades
do ramo elétrico. Quanto aos fins deste estudo, utilizou-se uma pesquisa exploratória
objetivando a aquisição de maior familiaridade com a problemática levantada, com
vistas à sua explicitação. De acordo com Gil (2008), uma pesquisa exploratória pode
envolver levantamentos diferenciados, incluindo-se aí o bibliográfico, forma assumida
por esta pesquisa a fim de desenvolver um estudo sistematizado e de características
científicas.

CONSIDERAÇÕES FINAIS

Considerando o que foi proposto no conteúdo deste trabalho, como resultado do


estudo adquirido por todo o desenvolvimento do mesmo e que se estabeleceu uma
pesquisa centralizada nas atividades dos profissionais técnicos em manutenção do setor
elétrico, suas atividades, os possíveis riscos que são comuns nas suas tarefas com
ocorrências de panes elétricas e etc., se detalhou aqui o conhecimento conceitual sobre o
que se entende por acidentes de trabalho, eletricidade, o reconhecimento dos
Equipamentos de Proteção Individual (EPI), a forma de utilização adequada aos riscos
no ambiente de trabalho, inclusive, além das necessidades inerentes aos seus usos, como
a forma correta de evitar exposição aos riscos, como de uma simples queimadura até
dano maior, mais grave.
Ainda sobre os EPIs, apontou-se aqui o que determina a NR10, sob a forma de
discussão acerca das suas especificidades sobre o uso correto do equipamento, na
intenção clara de prevenir danos e possibilitar segurança no ambiente de trabalho.
Não seria conveniente gerar este instrumento, sem apresentar uma reflexão
acerca dos acidentes de trabalho, pois não haveria consistência em uma reflexão não
aplicada à ação ou às suas consequências.
Dessa forma, o desenvolvimento deste estudo proporcionou ao seu elaborador o
entendimento de que toda a profissão apresenta características distintas e que possuem
riscos em algum nível. No caso dos trabalhadores que lidam com eletricidade, os riscos
que correm são mais evidentes, o que demanda um maior cuidado com as medidas
preventivas. Portanto, conclui-se que o uso dos EPIs em situações de atividades que
envolvam eletricidade são de extrema importância para assegurar a integridade tanto do
funcionário quanto do ambiente de trabalho e do empregador.

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