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Disciplina: Prevenção e Controle de Riscos em Máquinas, Equipamentos e Instalações II

Identificação da tarefa: Tarefa 1.2. Envio de arquivo


Pontuação: 15 pontos

Tarefa 1.2

Eletricista morre após receber descarga elétrica em Recife

Recife/PE - Um acidente deixou um homem morto no prédio Arnaldo Dubeux (Antiga Bolsa
de Valores), localizado no Bairro do Recife, área central do Recife, na tarde de 15 de julho.
A vítima, Rogério José Alves, de 40 anos, trabalhava como eletricista da empresa Cinzel
Engenharia. Ele foi eletrocutado quando estava realizando a instalação do quadro elétrico
no Centro Cultural da Caixa Econômica, que está sendo revitalizado.

De acordo com o Instituto de Criminalística (IC), o caso está sendo tratado como acidente
de trabalho. "Nós recolhemos Luvas, botas e o capacete que a vítima possivelmente estaria
usando", contou um agente do IC, que preferiu não se identificar. "Ainda precisamos
confirmar com o SAMU, que fez os primeiros socorros, se ele realmente estaria usando os
materiais de proteção".

Rogério estaria instalando bombas hidráulicas no prédio, que passa por uma revitalização
em sua estrutura. "Ele estava mexendo com uma voltagem de 380 w, que é uma voltagem
de nível industrial", explicou o agente do IC.

O possível motivo do acidente seria uma "fuga de corrente elétrica" pela tampa do quadro
de distribuição, porém o laudo da perícia só sairá em 15 dias. A Cinzel Engenharia ainda
não divulgou nenhuma nota oficial sobre o incidente. O corpo de Rogério já seguiu para o
Instituto de Medicina Legal (IML).

Revista Proteção. Eletricista morre após receber descarga elétrica em Recife. Fonte: JC
Online. Disponível em
http://www.protecaoeventos.com.br/site/content/noticias/noticia_detalhe.php?id=JajbJyjg.
Acesso em: 15 de agosto de 2019.
Esse acidente poderia ter sido evitado se tivessem sido respeitadas as proteções
coletivas e individuais tratadas na Norma Regulamentadora N.º 10 – NR 10.

Com base no texto apresentado acima, no disposto na NR 10 e no conteúdo


disponibilizado, discorra sobre como esse acidente poderia ter sido evitado, sob a ótica
prevencionista.

É obrigatório que sejam abordados, no mínimo, os seguintes quesitos:

1. Sistemas de proteção coletiva


2. Sistemas de proteção individual
3. Projetos de proteção coletiva e individual

E que sejam respondidas as perguntas a seguir:

1. Qual é a sequência correta de procedimentos apropriados de proteção ao


trabalhador que deveriam ter sido obedecidos?
2. Somente a implantação dos projetos de proteção coletiva e individual teria sido
suficiente para evitar o acidente?

O seu texto deve conter, no mínimo, 20 linhas.

Atenção: plagiar textos de outros autores ou apresentados na internet zera a sua nota.
Se for necessário utilizar trechos idênticos de outros autores, inclua como citação direta
ou indireta. Também não se esqueça de citá-los em sua bibliografia.

Bom trabalho!

Hoje em dia, é raro encontrar locais aos quais não se beneficiam da eletricidade,
pois qualquer ambiente de trabalho não funciona se não houver uma fonte de energia,
seja uma casa, escritório, empresa ou comércio. No entanto essas correntes elétricas
presentes em equipamentos de trabalho e/ou de uso no dia a dia, apresentam um grande
risco de acidentes elétricos quando mantidos de maneira incorreta, podendo causar
lesões graves quando mal manuseados, essas complicações estão diretamente
relacionadas à voltagem à qual o indivíduo foi exposto, estando esses riscos presentes
desde celulares, computadores a super máquinas de comandos elétricos. Sendo assim,
todos os cuidados são necessários na hora de operar e fazer manutenção nessas
máquinas, visto que, um procedimento executado de maneira incorreta pode acarretar
em um verdadeiro desastre para a segurança de todos os envolvidos. E conhecer os
riscos e consequências bem como as tomadas de ações preventivas corretas são
fundamentais quando o assunto é eletricidade.

E a NR 10, é a principal norma regulamentadora, e estabelece uma série de


requisitos e condições mínimas para atividades com sistemas elétricos. Tendo em vista
proporcionar a saúde e a segurança do trabalhador. Todas as medidas preconizadas por
ela impactam os colaboradores que estão envolvidos direta ou indiretamente com os
serviços elétricos. Segundo o Anuário da Abracopel, o ano de 2020 registrou 853
acidentes relacionados a choques elétricos. Dentre eles, 691 por choques fatais. O que
corrobora com a reportagem acima, e reforça ainda mais a importância de seguir as
normas regulamentadoras a sério. O caso do Eletricista morto após receber descarga
elétrica em Recife, poderia ter sido evitado, se as medidas de segurança e prevenção a
acidentes da NR 10 tivessem sido seguidas à risca, visto que a possível causa do
acidente tenha sido uma "fuga de corrente elétrica" pela tampa do quadro de distribuição.
O artigo 10.2 da NR 10 apresenta as medidas de controle, evidenciando através do
parágrafo 10.2.1 que diz que “Em todas as intervenções em instalações elétricas devem
ser adotadas medidas preventivas de controle do risco elétrico e de outros riscos
adicionais, mediante técnicas de análise de risco, de forma a garantir a segurança e a
saúde no trabalho”. E no 10.2.4 diz que “Os estabelecimentos com carga instalada
superior a 75 kW devem constituir e manter o Prontuário de Instalações Elétricas,
contendo, além do disposto no subitem 10.2.3, um conjunto de exigências enumeradas
de “A a G” para que possíveis acidentes sejam minimizados.

Sendo assim, do meu ponto de vista o responsável pela segurança do trabalho


poderia ter se baseado no projeto elétrico (se é que tinha), ou discutido com um
profissional habilitado, e ao menos ter inspecionado os sistemas e equipamentos para
averiguação das reais condições atuais dos mesmos antes de iniciar o serviço, bem
como ter tomado outras precauções de segurança como visa a NR 10 para trabalhos
com eletricidade, como conferir se o aterramento estava como exigido pela lei, verificar
se havia corrente elétrica, ou se o sistema de desligamento havia sido feito corretamente.
Ou seja, se houvesse orientado corretamente como deveria ser feito a execução da
tarefa, bem como exigir do profissional o uso dos EPIs, e observar se os mesmos
seguiam os padrões de exigência, como por exemplo, se estavam em condições de uso.
No entanto, sem uma real leitura pericial é difícil apontar onde ocorreu as falhas na
segurança ou quem foi o responsável para que o acidente tenha ocorrido, embora
podemos supor possíveis causas e prováveis soluções, no entanto ao meu ver, se
houvessem seguidos à risca na execução da tarefa as normas de proteção coletiva
exigida pela NR 10 já seria o suficiente para que o acidente não acontecesse. Porém é
bom alertar que de nada serve a sinalização, orientação dos sistemas de operações, os
treinamentos, se no momento da execução do serviço o responsável não cobrar o uso
dos EPIs corretos.

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