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Apostila NR 10

Autores
 Andréa Emília
 Isadora Almeida
 Shirlei Pires
 Thamara Cristina
 Yasmim
Sumario

 NR 10
 Segurança com eletricidade
 Perigos e riscos
 Medidas de controle
 EPI e EPC
 Vestimenta de eletricista
 Bloqueio de energia
 Riscos adicionais
 Isolamento de área
 Ferramentas adequadas
 Adicional de periculosidade
 Analise de risco
 Primeiros Socorros
NR 10

A NR-10 é uma norma regulamentadora que cuida da proteção dos trabalhadores


que lidam com energia elétrica em suas atividades laborais. Esta norma tem como
objetivo a prevenção de acidentes e a preservação da vida, da integridade e da
segurança.
Criada em 1978 pelo Ministério do Trabalho e Emprego, a NR-10 passou por
diversas atualizações até chegar na versão que temos hoje, publicada em 2004
A norma regulamentadora 10 é uma orientação que governa o trabalho e as
atividades que envolvem o uso ou manuseio de energia elétrica. Ela traz regras que
esclarecem quais são os cuidados a serem tomados e como fazer isso.
Em suas disposições, estão fatores como medidas de controle, isolamentos,
dispositivos de proteção, entre outros que, juntos ou de forma isolada, contribuem
para a segurança de quaisquer atividades que precisem fazer uso da energia
elétrica ou que sejam realizadas em ambientes energizados.
Manter os ambientes de trabalho mais seguros, diminuir o índice de acidentes e
prevenir choques elétricos fatais são alguns dos objetivos da NR-10. Entretanto, o
principal objetivo é estabelecer requisitos e condições mínimas de segurança para
todas as atividades que expõem o trabalhador ao risco envolvendo energia elétrica.
As empresas que descrumprirem as obrigações previstas pela norma estão sujeitas
a multas e penalizações. Dessa forma, a NR-10 tem por objetivo eliminar ou, ao
menos, diminuir qualquer risco à saúde e à vida do trabalhador em função de risco
envolvendo energia elétrica.

Segurança com eletricidade

A segurança em eletricidade nada mais é que um conjunto de medidas que


garantem a identificação e o controle dos riscos aos quais trabalhadores que lidam
com redes elétricas estão expostos.
A indústria é movida, em grande parte, por energia elétrica. Portanto, é comum que
os funcionários precisem manusear circuitos e equipamentos que podem causar
acidentes e prejudicar sua saúde e integridade física.
Diante disso, não há como conquistar um ambiente realmente seguro sem se
preocupar com tais medidas. É papel da empresa mapear processos, identificar
pontos críticos e investir em ações eficientes.
Você já parou para pensar sobre a real importância de garantir a segurança em
eletricidade no seu negócio? Segundo o Anuário Estatístico de Acidentes de
Origem Elétrica 2020, da Abracopel, o Brasil registrou um total de 1662 acidentes
relacionados a descargas elétricas no ano de 2019, sendo:

 656 incêndios por sobrecarga;


 74 mortes em incêndios por sobrecarga;
 909 casos de choques elétricos;
 697 mortes em razão de choques elétricos.
Os números mostram a dimensão do problema e o quanto ainda precisamos evoluir.
As principais causas desses acidentes são as famosas “gambiarras elétricas”, a
existência de instalações elétricas antigas e a falta de manutenção.
No cotidiano da indústria, é fundamental que o tema seja tratado com seriedade e
estratégia. A saúde do trabalhador depende disso, sendo imprescindível a adoção
de medidas de segurança eficazes.
Quando os devidos cuidados não são tomados, além do resultado morte, a empresa
pode ter sua produção interrompida, perder equipamentos e aparelhos e ainda
enfrentar processos judiciais. Ou seja, ignorar o assunto não é uma opção.

Perigos e riscos

O que é Perigo?
Segundo a OHSAS 18001, o Perigo é toda fonte, situação ou ato com um potencial
para o dano em termos de lesões, ferimentos ou danos para a saúde, ou uma
combinação destes.

A Norma Regulamentadora nº 10, define o Perigo como a situação ou condição de


risco com probabilidade de causar lesão física ou dano à saúde das pessoas por
ausência de medidas de controle.

Já, a nova redação da NR-01 descreve o Perigo ou fator de risco como a fonte com
o potencial para causar lesão ou problemas de saúde.

Portanto, o Perigo trata-se de toda fonte (atividade, ambiente, máquina rotativa,


substância, etc.) com potencial de causar danos à saúde e integridade física do
trabalhador.

Exemplos de Perigo
Perigo: A operação da empilhadeira por um trabalhador sem capacitação;
Perigo: A realização de trabalhos em altura;
Perigo: Manutenção em equipamentos elétricos ou subestações;
Perigo: Conduzir os automóveis da empresa sem carteira de motorista (CNH).
Perceba que todos esses casos representam situações com potencial para
acontecer uma lesão ou dano à saúde do trabalhador, sendo situações perigosas.

O que é Risco?
De acordo a OHSAS 18001, o Risco é a combinação da probabilidade de ocorrência
de um evento perigoso ou exposição(ões) com a gravidade da lesão ou doença que
pode ser causada pelo evento ou exposição(ões).
A Norma Regulamentadora nº 10 define o Risco como a capacidade de uma
grandeza com potencial para causar lesões ou danos à saúde das pessoas.

Enquanto, a nova redação da NR-01 descreve o Risco relacionado ao trabalho ou


risco ocupacional como a combinação da probabilidade de ocorrência de eventos ou
exposições perigosas a agentes nocivos relacionados aos trabalhos e da gravidade
das lesões e problemas de saúde que podem ser causados pelo evento ou
exposição.
Portanto, o Risco trata-se da probabilidade de ocorrência ou exposição a
determinada situação ou evento potencialmente perigoso à saúde e integridade
física do trabalhador.
É importante destacar que somente haverá o risco caso exista exposição do
trabalhador e/ou de terceiros ao perigo, pois o risco está associado à exposição ao
perigo. Se pensarmos em uma linha cronológica, inicialmente surge o Perigo para
em seguida, se houver exposição, surgir o risco.
Risco = Perigo + Exposição
Por fim, destaca-se que o Risco pode ser avaliado qualitativamente e
quantitativamente.
Exemplos de Risco
Utilizando os exemplos citados anteriormente para o Perigo, descreveremos a
seguir os possíveis riscos:
Perigo: A operação da empilhadeira por um trabalhador sem capacitação;
Risco(s): Acidente, morte, danos materiais, etc.
Perigo: A realização de trabalhos em altura;
Risco(s): Queda e ferimentos, etc.
Perigo: Manutenção em equipamentos elétricos ou subestações;
Risco(s): Choque elétrico, queda e ferimentos.
Perigo: Conduzir os automóveis da empresa sem carteira de motorista (CNH);
Risco(s): Acidente, morte, danos materiais, etc.

Medidas de controle do risco elétrico

As medidas de controle do risco elétrico são apresentadas, objetivando com que o


profissional saiba identificar as melhores condutas para uma situação de risco.
Desenergização, aterramento funcional, barreiras e invólucros e colocação fora do
alcance são algumas das técnicas abordadas e também medidas de proteção
coletiva;
medidas de proteção individual; procedimentos de trabalhos.

EPI / EPC

Segundo a NR10, empresas que operam em instalações ou equipamentos


integrantes do sistema elétrico de potência devem acrescentar ao prontuário a
descrição dos procedimentos para emergências e as certificações dos equipamentos
de proteção coletiva e individual. O Prontuário de Instalações Elétricas deve ser
organizado e atualizado pelo empregador ou designado pela empresa, estando à
disposição dos trabalhadores envolvidos nas instalações e serviços em eletricidade.
Os documentos técnicos previstos no Prontuário de Instalações Elétricas devem ser
elaborados por profissional legalmente habilitado.

Medidas de Proteção Coletiva

Em todos os serviços executados em instalações elétricas devem ser previstas e


adotadas como prioridade medidas de proteção coletiva, mediante procedimentos,
às atividades a serem desenvolvidas, de forma a garantir a segurança e a saúde dos
trabalhadores. As medidas de proteção coletiva compreendem, prioritariamente, a
desenergização elétrica conforme estabelece a NR10 e, na sua impossibilidade, o
emprego de tensão de segurança. Se isso não for possível, devem ser utilizadas
outras medidas de proteção coletiva, como:

 Isolação das partes vivas;


 Obstáculos;
 Barreiras;
 Sinalização;
 Sistema de seccionamento automático de alimentação;
 Bloqueio do religamento automático.

O aterramento das instalações elétricas deve ser executado conforme


regulamentação estabelecida pelos órgãos competentes e, na ausência desta, deve
atender às Normas Internacionais vigentes.

NR10: Medidas de Proteção Individual

Quando as medidas de proteção coletiva forem inviáveis ou insuficientes para


controlar os riscos em trabalhos em instalações elétricas, devem ser adotados
equipamentos de proteção individual (EPIs) específicos e adequados às atividades
desenvolvidas, de acordo com a NR6. As vestimentas de trabalho devem ser
adequadas às atividades, devendo contemplar a condutibilidade, inflamabilidade e
influências eletromagnéticas. Seguindo a NR10, é vedado o uso de peças pessoais
nos trabalhos com instalações elétricas ou em suas proximidades.

Vestimenta de eletricista

A algum tempo atrás as roupas utilizadas pelos eletricistas eram confeccionadas com
tecidos comuns pois, tinham o único objetivo de uniformizar os profissionais conforme
as designações dos seus empregadores. A partir da publicação da NR 10 e seguindo
legislações internacionais a mudança deste procedimento foi inevitável. hoje
conseguimos padronizar as vestimentas e também proteger o eletricista contra
queimaduras e alguns outros efeitos do arco elétrico e do fogo repentino.
Parte da energia liberada como resultado do arco elétrico ou do fogo repentino que
incide sobre determinado ponto de interesse, geralmente o trabalhador. Pode-se
estimar a energia incidente devido ao arco elétrico utilizando-se parâmetros como:
diagrama unifilar da instalação elétrica, tensão de alimentação, correntes de curto
circuito, características dos sistemas de proteção das instalações elétricas (tempo de
atuação da proteção), posição do trabalhador etc.
As vestimentas de trabalho devem ser adequadas às atividades, devendo contemplar
a condutibilidade, inflamabilidade e influências eletromagnéticas. 10.2.9.3 É vedado o
uso de adornos pessoais nos trabalhos com instalações elétricas ou em suas
proximidades.
Além do aspecto primordial de máxima proteção dos trabalhadores contra os efeitos
térmicos do arco elétrico e do fogo repentino, as vestimentas devem
possuir características que garantam sua manutenção ao longo do uso, tais como:
resistência mecânica do tecido e linhas de costura e retenção de cor.

Bloqueio de energia

Bloqueio elétrico tem como objetivo evitar uma descarga elétrica.


Sempre que uma ou mais formas de energia estiverem presentes em qualquer
situação onde um serviço de manutenção ou similar venha a ser necessário, o risco
decorrente da energização ou arranque pode causar uma lesão ou dano material.
Quando um técnico está efetuando a manutenção ou alguma intervenção em um
local, máquina ou equipamento, somente desligar a máquina sem garantir a
impossibilidade de religamento, e efetuar a manutenção é extremamente perigoso.
Infelizmente, existe um risco muito grande de algum outro técnico que não sabe
sobre esta técnica, ligar a máquina enquanto o seu colega se encontra fazendo a
manutenção.
A situação poderá ser ainda mais complicada se o equipamento for de grande porte,
onde muitos técnicos estão envolvidos na manutenção.
O fato de usar uma trava ou bloqueio tipo cadeado, garras e outros dispositivos, é
para prevenir acidentes. Por isso a importância de implementar procedimentos de
Bloqueio e Etiquetagem, Lockout Tagout, ou LOTO.
Durante uma manutenção, as garras, cadeados e outros dispositivos de segurança
devem ser utilizadas para que o operário ou outros profissionais não tenham
condições de intervir no processo de manutenção colocando a vida dos técnicos em
risco.

Riscos adicionais

Riscos Adicionais em trabalhos com Eletricidade

Há uma série de Riscos Adicionais em trabalhos com Eletricidade. Estes são os


riscos que não estão diretamente relacionados a energia elétrica. Os trabalhadores
ficam expostos ao realizarem trabalhos em altura, em ambientes confinados, em
áreas classificadas e também em regiões de alta umidade e as condições
atmosféricas em trabalhos externos.
Esse capítulo apresenta ao aluno esses riscos e as formas de evitar acidentes e a
se proteger, além de descrever os equipamentos de proteção individual necessários.
As informações desse módulo do curso são muito importantes, uma vez que a
maioria dos acidentes, fatais ou não, estão relacionados aos riscos adicionais.

Isolamento de área

Uma área deverá ser mantida isolada somente o tempo necessário para a execução
do serviço, ou até que a condição insegura seja eliminada. Não se deve isolar uma
área com muita antecedência à execução do trabalho, para “ganhar tempo”, a
menos que já exista uma condição iminente de perigo. Essas medidas de isolamento
e/ou sinalização evitam graves acidentes e garantem mais produtividade e qualidade
da sua obra! Além das ações de segurança, é importante dar preferência por
equipamentos de qualidade dentro do seu empreendimento.

Ferramentas adequadas
As ferramentas certas melhoram a performance e ajudam a aumentar a segurança
para o eletricista

Para executar serviços que lidam com eletricidade é preciso muita atenção, não é
mesmo? Afinal, qualquer descuido pode causar graves acidentes. Mas além de
trabalhar com cautela, eletricistas e outros profissionais da área precisam contar
com as ferramentas certas e de qualidade.

Alicate universal

É uma ferramenta indispensável, afinal conta com uma série de características que a
tornam útil para diversas tarefas.

Com um alicate universal é possível prender superfícies de diversas formas, cortas


arames e até mesmo prensar terminais.

No entanto, para usar esse tipo de alicate em atividades elétricas é preciso conferir
se ele atende às especificações das normas NR10 e da 9699. Isso porque são elas
que determinam se a ferramenta possui isolamento adequado e foi produzida de
acordo com as exigências de segurança.

Alicate meia-cana (ponta fina)

Por ter um bico mais fino e comprido, esse modelo também precisa fazer parte do
jogo de ferramentas de quem mexe com eletricidade.

Isso porque o formato facilita o trabalho em locais de difícil acesso e ajudam, por
exemplo, a pinçar a fiação de algum conduíte.

Alicate desencapador

Esse alicate é perfeito para desencapar fios com facilidade nas mais diversas
situações.
Mas engana-se quem pensa que essa é a única função da ferramenta. Afinal,
também é possível cortar fios e crimpar terminais com o uso desse equipamento.

Jogo de chaves

Além dos alicates, um bom eletricista precisa contar com algumas chaves
específicas. Dentre elas, estão:

Chave Inglesa: Equipamento é muito útil para aplicar torque em parafusos de


diferentes tamanhos;

Chave de Fenda: Indispensável para apertar ou afrouxar parafusos em


equipamentos elétricos. Tenha em mãos uma variedade grande de tamanhos ou
uma chave de fenda com ponteiras alternáveis.

Chave Phillips: Variação da chave de fenda, esse equipamento também é


fundamental para afrouxar ou apertar parafusos em diferentes situações.

Multímetro

Usado para medir propriedades elétricas como tensão, corrente e resistência, o


multímetro também não pode faltar. Existem modelos analógicos, digitais e até
mesmo alguns com funções como Bluetooth e câmeras de imagem térmica.

Adicional de periculosidade
A periculosidade é caracterizada por perícia a cargo de Engenheiro do Trabalho ou
Médico do Trabalho, registrados no Ministério do Trabalho (TEM).

O valor do adicional de periculosidade será o salário do empregado acrescido de


30%, sem os acréscimos resultantes de gratificações, prêmios ou participações nos
lucros da empresa.

O direito ao adicional de periculosidade não se trata de um direito adquirido, ou seja,


o direito ao adicional cessará quando ocorrer à eliminação do risco à saúde ou
integridade física do trabalhador.

Análise de risco
Análise Preliminar de Risco é uma visão técnica antecipada do trabalho que será
executado, permitindo identificar os riscos em cada etapa do processo, além de
fornecer medidas para evitar acidentes e trabalhar com maior segurança. É
importante que os trabalhadores saibam como fazer essa análise e que se torne
uma rotina, e assim o número de acidentes possa ser minimizado.

Primeiro socorro
Primeiramente antes de tocar o corpo da vítima, é necessário livra lá da corrente
elétrica com segurança o mais rápido possível, nunca utilizando as mãos, objetos
molhados ou metálicos para afastar um fio ou interromper um circuito elétri co. Caso
seja necessário mover a vítima, nunca a movimente mais do que o adequado.
Ao presenciar um acidente uma das primeiras atitudes é isolar a área para evitar que
outras pessoas também se machuquem. É importante ainda verificar os sinais vitais,
ligar para emergência e outras medidas para que os danos sejam os menores
possíveis. Uma situação que causa muitos acidentes nas empresas é o choque
elétrico, se a vítima não for socorrida a tempo e de maneira correta poderá ter como
consequência a morte. Sendo assim, alguns cuidados são necessários:

1. Se a vítima sofrer um choque elétrico é importante que ninguém tente tocá-la, o


correto é primeiro desligar a chave geral se possível. Deve-se procurar
cobertas/toalhas secas para envolver a vítima e tentar desprendê-la do local que
provocou o choque;

2. É necessário ainda verificar se a vítima está consciente chamando-a pelo nome,


caso não responsa pode iniciar a massagem cardíaca;

3. A prioridade em qualquer acidente tentar manter todos tranquilos, inclusive a


vítima;

4. Sabendo ou não prestar os primeiros socorros deve-se sempre entrar em contato


com o corpo de bombeiros o mais rápido possível.

Quanto mais rápido a vítima for socorrida maior a chance de salvar sua vida. Além
de saber as técnicas de salvamento, é importante que o profissional trabalhe de
forma segura evitando situações de risco.

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