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Curso Online:

SEP - Sistemas Elétricos de Potência


Introdução à segurança com eletricidade............................................................2

Riscos em instalações e serviços com eletricidade.............................................5

Técnicas de Análise de Risco..............................................................................7

Medidas de Controle do Risco Elétrico..............................................................10

Normas Técnicas Brasileiras – NBR da ABNT: NBR-5410, NBR 14039 e


outras.................................................................................................................13

Regulamentações do MTE................................................................................16

Equipamentos de proteção coletiva...................................................................18

Equipamentos de proteção individual................................................................19

Rotinas de trabalho – Procedimentos................................................................21

Documentação de instalações elétricas............................................................23

Riscos adicionais...............................................................................................25

Proteção e combate a incêndios........................................................................27

Acidentes de origem elétrica..............................................................................30

Primeiros socorros.............................................................................................32

Responsabilidades.............................................................................................34

Referências Bibliográficas.................................................................................36

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INTRODUÇÃO À SEGURANÇA COM ELETRICIDADE

A NR-10 é a Norma Regulamentadora emitida pelo Ministério do Trabalho e


Emprego do Brasil que tem por objetivo garantir a segurança e a saúde dos
trabalhadores que interagem nas instalações e serviços com eletricidade. A
primeira publicação da norma foi em junho de 1978, aprimoramento e uma
melhor qualificação dos profissionais por meio desta norma, alterações e
atualizações foram feitas posteriormente, em 1983, 2004 e 2016. Ela foi criada
com o intuito de garantir a segurança de profissionais que atuam direta ou
indiretamente com eletricidade.

Esta norma regulamentadora abrange todas as fases da transformação de


energia elétrica e todos os trabalhos realizados com eletricidade ou em suas
proximidades: geração, transmissão, distribuição e consumo, incluindo as
etapas de projeto, construção, montagem, operação, manutenção das
instalações elétricas, e quaisquer trabalhos realizados nas suas proximidades.

A NR10, em sua edição dada pela Portaria MTPS n.º 508, de 29 de abril de
2016, define que o empregador deve:

 elaborar e manter um Prontuário das Instalações Elétricas (PIE);


 elaborar procedimentos de trabalho a nível gerencial e de execução de
serviços;
 elaborar relatório técnico de inspeções, com recomendações e
cronograma de adequações dos itens do PIE;
 ministrar treinamento específico aos trabalhadores em eletricidade; e
 fornecer equipamento de proteção individual adequado.

Não é do Ministério do Trabalho a competência de estabelecer atribuições


profissionais, mas sim dos conselhos federais, que exercem a fiscalização por
meio dos conselhos regionais. O item 10.2.7 da NR 10 estabelece que “os
documentos técnicos previstos no Prontuário de Instalações Elétricas devem
ser eleborados por profissionais legalmente habilitados”. Ora, os comprovantes
de treinamento são documentos que compõem o prontuário, logo, deverão ser
emitidos por profissionais legalmente habilitados.

Essa habilitação legal é determinada, como já foi dito, pela legislação


específica, a regulamentação profissional.

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No caso da área técnica (eletricidade e segurança tratadas na NR 10), a
regulamentação se faz de acordo com a Resolução 1010, de 22 de agosto de
2005, que entrou em vigor a partir de julho de 2007. A NR 10 foi publicada em
8 de dezembro de 2004, portanto, no período em que vigorava a resolução 218
do Confea, que traz no item 8 do artigo 1º, a atribuição de ensino para
engenheiros (há engenheiros com atribuições estabelecidas por outros
dispositivos legais anteriores à resolução 218).

Para os técnicos, as resoluções posteriores à resolução 278, de 27 de maio de


1983, são as regulamentações legais que estabelecem as atribuições de cada
profissional, segundo os critérios dos conselhos federais.

Assim, o treinamento (40 ou 80 horas) da NR 10 está composto por conteúdo


de três áreas distintas, que se complementam, respectivamente, a elétrica, a
de segurança e a área médica.

Cada um dos assuntos deverá ser ministrado por profissional legalmente


habilitado naquela especialidade.

Não está previsto na NR 10 que esse treinamento seja promovido por uma
entidade de ensino, por empresa externa ou por órgão registrado ou autorizado
pelo Ministério do Trabalho e Emprego. Isto não existe.

Na verdade, o melhor encaminhamento é que a própria organização promova o


treinamento dentro de sua realidade, das suas necessidades e da sua
instalação, o que nem sempre é possível.

Não é correto afirmar que, por se tratar de uma norma de segurança, todos os
documentos requeridos pela NR 10 devem ser originários de profissionais de
segurança do trabalho. Se assim fosse, a avaliação de segurança na operação
de caldeiras não precisaria ser feita por engenheiro mecânico, mas poderia ser
feita por um arquiteto, um engenheiro civil ou eletricista, com especialização
em segurança do trabalho. E todos nós sabemos que, no curso de
especialização, não há aprofundamento suficiente para elaborar uma análise
técnica de uma caldeira, assim como também não há para elaborar uma
avaliação de instalação elétrica. O mesmo poderia ser dito no caso de um
laudo de SPDA; uma classificação de áreas por conta de explosivos ou
inflamáveis; e assim por diante.

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O choque elétrico é um dos riscos mais conhecidos e que oferece o maior
perigo quando se pensa em segurança em eletricidade. A maior parte das
pessoas, sejam os profissionais envolvidos com essas atividades ou aqueles
que nunca trabalharam nessa área, já tomou alguma descarga, mesmo que
muito pequena.

Entretanto, o risco de choque elétrico está muito longe de ser o único quando
se fala em trabalho com eletricidade.

O corpo humano é um bom condutor de eletricidade e, quando entra em


contato com alguma corrente elétrica, esta é conduzida para outros elementos
ou para a terra. Esse fenômeno é conhecido como choque elétrico, causando
contrações musculares e calor nas áreas atingidas.

Sobretudo, é a intensidade e o tempo de exposição da corrente elétrica que


percorre o corpo que define as consequências desse contato, podendo variar
desde queimaduras até, em alguns casos, paradas cardíacas. Além disso, em
situações mais extremas, é possível que o indivíduo venha a óbito, tamanha é
a desorganização do arranjo fisiológico das células provocada por esse
fenômeno.

Apesar do choque elétrico ser o risco mais conhecido, ele não é mais nocivo e
problemático do que o arco elétrico. O calor que é produzido pelo segundo
fenômeno excede facilmente a tolerância da pele do nosso corpo, provocando
queimaduras de segundo e de terceiro grau e, em alguns casos, com potencial
suficiente para queimar vestimentas e provocar incêndios.

Como vimos anteriormente, o choque elétrico e o arco voltaico são fenômenos


que podem provocar queimaduras sérias, seja pelo contato direto com
elementos condutores de eletricidade, seja com a transmissão da corrente pelo
ar.

Nessa perspectiva, uma das lesões mais graves que podem ser causadas ao
corpo humano em função do trabalho com eletricidade são as queimaduras,
que em muitos casos são mais problemáticas do que as causadas pelo contato
com fogo.

Além das queimaduras, os profissionais que trabalham com eletricidade ainda


estão sujeitos a outros riscos em caso de falta de segurança. Quando se trata
de trabalho em altura, por exemplo, um choque elétrico leve, mesmo que
inofensivo em algumas situações, pode levar a quedas, agravando
consideravelmente o problema.

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RISCOS EM INSTALAÇÕES E SERVIÇOS COM ELETRICIDADE

A NR10 definiu que só podem exercer atividades com eletricidade os


trabalhadores qualificados, ou capacitados e os profissionais habilitados, após
um treinamento obrigatório e com anuência formal da empresa.

O anexo III na NR10 determina que são obrigatórios para todos os profissionais
com trabalhos em eletricidade os seguintes treinamentos:

Curso Básico - Segurança em instalações e serviços com eletricidade, com


carga horária de 40 horas, para todos os trabalhadores;

Curso Complementar - Segurança no Sistema Elétrico de Potência (SEP) e em


suas proximidades, com carga horária de 40 horas, para os profissionais que
exercem atividades no Sistema Elétrico de Potência ou em suas proximidades
e os trabalhadores que intervenham em instalações elétricas energizadas com
alta tensão.

Todos os trabalhadores devem passar por um treinamento de


reciclagem bienalmente.

A negligência pode ser entendida como o principal fator causador de acidente


de trabalho com profissionais que executam atividades com eletricidade. Dessa
forma, o não atendimento aos procedimentos de segurança recomendados traz
sérios riscos para todos os colaboradores na área de serviço.

Sobretudo, entre os fatores pontuais mais conhecidos, podemos citar:

 falta de qualificação ou cuidado ao utilizar corretamente os


equipamentos de segurança;
 uso de ferramentas e equipamentos incompatíveis com as atividades
que serão desenvolvidas;
 uso de ferramentas e equipamentos danificados;
 realização de atividades em equipamentos e componentes que não
estão completamente desligados da corrente elétrica;
 uso inadequado dos equipamentos de proteção individual (EPIs).

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Motivos para acidentes nessa área:

 Falta de comunicação
 Distrações
 Não usar os EPIs corretamente

Os profissionais que estão em contato direto com instalações elétricas


precisam utilizar componentes e equipamentos coerentes com as atividades
executadas. Dessa forma, esses itens devem contemplar parâmetros de
inflamabilidade, condutibilidade e influências eletromagnéticas. Além disso,
devem ser retirados adornos pessoais que venham a conduzir eletricidade,
como brincos ou correntes.

Para os profissionais que trabalham com eletricidade e se expõem ao risco


elétrico, que são:

Capacete de segurança classe B: é essencial para a proteção contra


impactos e choques elétricos;

Óculos de proteção: preservam e protegem os olhos de fagulhas e corpos


estranhos direcionados contra o rosto;

Luvas isolantes: são itens que garantem precisão em atividades mais


minuciosas, ao mesmo tempo em que protegem de descargas elétricas;

Botina para eletricista: promove a proteção dos membros inferiores e tem


isolamento elétrico;

Uniforme de tecido antichamas: é imprescindível que esse equipamento


tenha proteção contra o arco elétrico, com camadas de tecido que ofereçam
defesa extra para o profissional;

Mangas isolantes: a borracha é um material que evita que os braços e


antebraços sejam atingidos nas atividades com eletricidade.

A vestimenta para eletricista, por exemplo, é um item que garante a integridade


física do profissional, é exigida pelas normas regulamentadoras e facilita o
trabalho, oferecendo maior conforto e flexibilidade durante as atividades.

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TÉCNICAS DE ANÁLISE DE RISCO

As técnicas de análise de risco são de fundamental importância para


o gerenciamento de risco, no sentido de evitar acidentes ou a repetição deles,
como também evitar perdas e danos.

A Análise Preliminar de Risco – APR consiste em um estudo antecipado e


detalhado de todas as fases do trabalho a fim de detectar os possíveis
problemas que poderão acontecer durante a execução.

É um estudo realizado durante a fase


de concepção ou desenvolvimento prematuro de um novo sistema.

A metodologia da AAF consiste na construção de um processo lógico


dedutivo que, partindo de um evento indesejado pré-definido (hipótese
acidental), busca as suas possíveis causas.

Utilizar ferramentas de gestão e de análise de risco em uma empresa é mais


do que priorizar a segurança: é um movimento que envolve as pessoas
relacionadas com as tarefas para que a excelência seja sempre a meta. Os
esforços devem ser combinados, juntando as facilidades das ferramentas e dos
métodos com uma equipe dedicada a minimizar os riscos e a aumentar as
chances de sucesso do negócio.

Como o seu próprio nome diz, ela tem como principal objetivo identificar e
analisar os riscos existentes em um local de trabalho. Em outras palavras, a
análise de risco visa trazer segurança para todas as pessoas envolvidas nas
atividades realizadas, documentar as averiguações e correções realizadas e
implementar procedimentos de segurança.

Deve identificar os riscos relacionados a cada atividade. Algumas perguntas o


ajudam a desempenhar essa etapa, como:

 o que pode dar errado?


 o que poderia fazer com que a situação seja agravada?
 qual é a probabilidade para que esse evento aconteça?
 quais outros fatores podem intervir em sua ocorrência?

Documente e guarde tudo aquilo que for encontrado e analise essas


informações sempre que achar necessário.

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A descrição do risco também é outra etapa determinante para a segurança de
todos. Ela deve ser consistente e organizada, facilitando a definição de
medidas de controle. Por exemplo, identifique onde o risco existe, quem está
exposto, qual é o seu gatilho, quais fatores contribuem para a sua ocorrência e
quais são as suas consequências.

Fomentar o uso de equipamentos de proteção, redesenhar o espaço de


trabalho e treinar funcionários são apenas alguns exemplos de atitudes que
permitem a atuação dentro das exigências das normas regulamentadoras.

Nessas horas, a conscientização dos colaboradores é uma importante


ferramenta para melhorar os indicadores e aumentar a segurança de todos. O
uso de diálogo é extremamente importante para espalhar o conhecimento e
mostrar a importância da análise de risco no trabalho.

É preciso utilizar uma linguagem adequada e que seja facilmente


compreensível por todos os envolvidos. Faça reuniões, palestras,
apresentações e treinamentos para capacitá-los e veja como é possível
aumentar o engajamento da equipe.

Quando os funcionários conhecem os riscos aos quais estão envolvidos, eles


se tornam mais responsáveis, atuam conforme as regras e utilizam os
equipamentos de proteção individual (EPIs) corretamente.

Segundo DE CICCO e FANTAZZINI , nas culturas empresarias mais eficientes


no controle de riscos, os procedimentos dos departamentos técnicos e as
equipes de análise produzem revisões rápida e eficientemente. Os mesmos
autores sugerem, ainda, alguns passos básicos quando da sua aplicação:

a) Formação do comitê de revisão: montagens das equipes e seus


integrantes;

b) Planejamento prévio: planejamento das atividades e pontos a serem


abordados na aplicação da técnica;

c) Reunião Organizacional: com a finalidade de discutir procedimentos,


programação de novas reuniões, definição de metas para as tarefas e
informação aos integrantes sobre o funcionamento do sistema sob análise;

d) Reunião de revisão de processo: para os integrantes ainda não


familiarizados com o sistema em estudo;

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e) Reunião de formulação de questões: formulação de questões "O QUE -
SE...", começando do início do processo e continuando ao longo do mesmo,
passo a passo, até o produto acabado colocado na planta do cliente;

f) Reunião de respostas às questões (formulação consensual): em


sequência à reunião de formulação das questões, cabe a responsabilidade
individual para o desenvolvimento de respostas escritas às questões.

As respostas serão analisadas durante a reunião de resposta às questões,


sendo cada resposta categorizada como:

- resposta aceita pelo grupo tal como submetida;

- resposta aceita após discussão e/ou modificação;

-aceitação postergada, em dependência de investigação adicional. O


consenso grupal é a ponta chave desta etapa, onde a análise de riscos tende a
se fortalecer;

g) Relatório de revisão dos riscos do processo: o objetivo é documentar os


riscos identificados na revisão, bem como registrar as ações recomendadas
para eliminação ou controle dos mesmos.

A análise de riscos é um estudo técnico que tem como principal objetivo a


identificação de riscos presentes nos ambientes de trabalho, tomando como
base o meio ambiente e a presença de terceiros.

A análise de riscos é um procedimento que envolve as seguintes ações:

 Análise do ambiente ocupacional;


 Identificação de todos os riscos;
 Analise de riscos e realização de medidas preventivas;
 Registro de todos os riscos, bem como implementação de alternativas
seguras;
 Revisão e análise de riscos;

Deste modo, é necessário ter em mente que cada uma das etapas
mencionadas acima é de extrema importância no âmbito do trabalho, pois
ambas têm como principal objetivo assegurar que os trabalhadores das
empresas não ficarão expostos aos riscos ocupacionais.

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MEDIDAS DE CONTROLE DO RISCO ELÉTRICO

Segundo a NR10, estabelecimentos com carga superior a 75 kW devem


constituir e manter o Prontuário de Instalações Elétricas, contendo, no mínimo:

Conjunto de procedimentos e instruções técnicas e administrativas de


segurança e saúde, implantadas e relacionadas à NR10;

Descrição das medidas de controle existentes;

Documentação das inspeções e medições do sistema de proteção contra


descargas atmosféricas e aterramentos elétricos;

Especificação dos equipamentos de proteção coletiva e individual e o


ferramental, aplicáveis conforme determina a NR10;

Documentação que comprove qualificação, habilitação, capacitação,


autorização dos trabalhadores e dos treinamentos realizados;

Resultados dos testes de isolação elétrica realizados em equipamentos de


proteção individual (EPI) e coletiva (EPC);

Certificações dos equipamentos e materiais elétricos em áreas classificadas;

Relatório técnico das inspeções atualizadas com recomendações, cronogramas


de adequações.

Segundo a NR10, empresas que operam em instalações ou equipamentos


integrantes do sistema elétrico de potência devem acrescentar ao prontuário a
descrição dos procedimentos para emergências e as certificações dos
equipamentos de proteção coletiva e individual.

O Prontuário de Instalações Elétricas deve ser organizado e atualizado pelo


empregador ou designado pela empresa, estando à disposição dos
trabalhadores envolvidos nas instalações e serviços em eletricidade. Os
documentos técnicos previstos no Prontuário de Instalações Elétricas devem
ser elaborados por profissional legalmente habilitado.

As medidas de proteção coletiva compreendem, prioritariamente, a


desenergização elétrica conforme estabelece a NR10 e, na sua
impossibilidade, o emprego de tensão de segurança. Se isso não for possível,
devem ser utilizadas outras medidas de proteção coletiva, como:

 Isolação das partes vivas;


 Obstáculos;

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 Barreiras;
 Sinalização;
 Sistema de seccionamento automático de alimentação;
 Bloqueio do religamento automático.

O aterramento das instalações elétricas deve ser executado conforme


regulamentação estabelecida pelos órgãos competentes e, na ausência desta,
deve atender às Normas Internacionais vigentes.

Quando as medidas de proteção coletiva forem inviáveis ou insuficientes para


controlar os riscos em trabalhos em instalações elétricas, devem ser adotados
equipamentos de proteção individual (EPIs) específicos e adequados às
atividades desenvolvidas, de acordo com a NR6. As vestimentas de trabalho
devem ser adequadas às atividades, devendo contemplar a condutibilidade,
inflamabilidade e influências eletromagnéticas. Seguindo a NR10, é vedado o
uso de peças pessoais nos trabalhos com instalações elétricas ou em suas
proximidades.

O projeto elétrico, na medida do possível, deve prever a instalação de


dispositivo de seccionamento de ação simultânea, que permita a aplicação de
impedimento de re-energização do circuito. O projeto de instalações elétricas
deve considerar o espaço seguro quanto ao dimensionamento e a localização
de seus componentes e as influências externas, na operação e realização de
serviços de construção e manutenção. Os circuitos elétricos com diferentes
finalidades, tais como: comunicação, sinalização, controle e tração elétrica
devem ser identificados e instalados separadamente, a não ser quando o
desenvolvimento tecnológico permitir compartilhamento, respeitadas as
definições de projetos.

O projeto deve definir a configuração do esquema de aterramento, a


obrigatoriedade ou não da interligação entre o condutor neutro e o de proteção
e a conexão à terra das partes condutoras não destinadas à condução da
eletricidade. Sempre que for tecnicamente viável e necessário, devem ser
projetados dispositivos de seccionamento que incorporem recursos fixos de
equipotencialização e aterramento do circuito seccionado. Todo projeto deve
prever condições para a adoção de aterramento temporário.

O projeto das instalações elétricas deve ficar à disposição dos trabalhadores


autorizados, das autoridades competentes e de outras pessoas autorizadas
pela empresa e deve ser mantido atualizado.

O projeto elétrico deve atender as Normas Regulamentadoras de Saúde e


Segurança do Trabalho, as regulamentações técnicas oficiais estabelecidas, e
ser assinado por profissional legalmente habilitado.

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O memorial descritivo do projeto deve conter, no mínimo, os seguintes itens de
segurança:

Especificação das características relativas à proteção contra choques elétricos,


queimaduras e outros riscos adicionais;

Indicação de posição dos dispositivos de manobra dos circuitos elétricos:


(Verde – “D”, desligado e Vermelho – “L”, ligado);

Descrição do sistema de identificação de circuitos elétricos e equipamentos,


incluindo dispositivos de manobra, de controle, de proteção, de
intertravamento, dos condutores e os próprios equipamentos e estruturas,
definindo como tais indicações devem ser aplicadas fisicamente nos
componentes das instalações;

Recomendações de restrições e advertências quanto ao acesso de pessoas


aos componentes das instalações;

Precauções aplicáveis em face das influências externas;

O princípio funcional dos dispositivos de proteção, constantes do projeto,


destinados à segurança das pessoas;

Descrição da compatibilidade dos dispositivos de proteção com a instalação


elétrica.

Os projetos devem assegurar que as instalações proporcionem aos


trabalhadores iluminação adequada e uma posição de trabalho segura, de
acordo com a NR17 – Ergonomia.

As instalações elétricas devem ser construídas, montadas, operadas,


reformadas, ampliadas, reparadas e inspecionadas de forma a garantir a
segurança e a saúde dos trabalhadores e dos usuários, e serem
supervisionadas por profissional autorizado, conforme dispõe a NR10.

Nos trabalhos e atividades, devem ser adotadas medidas preventivas


destinadas ao controle dos riscos adicionais, especialmente altura,
confinamento, campos elétricos e magnéticos, explosividade, umidade, poeira,
fauna e flora e outros agravantes, adotando-se a sinalização de segurança.
Nos locais de trabalho só podem ser utilizados equipamentos, dispositivos e
ferramentas elétricas compatíveis com a instalação elétrica existente,
preservando-se as características de proteção, respeitadas as recomendações
do fabricante e as influências externas.

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NORMAS TÉCNICAS BRASILEIRAS – NBR DA ABNT:

NBR 5410, NBR 14039 E OUTRAS

Eletricidade é um fenômeno manipulável pelo ser humano. Mas, para isso


existe uma série de normas e recomendações oferecidas para os profissionais
desta área. Elas, em especial a NBR 5410, advertem os profissionais sobre as
normas básicas de instalações elétricas, para que as mesmas não ofereçam
riscos e tenha funcionamento adequado.

NBR significa Normas Brasileiras que são aprovadas pela ABNT Associação
Brasileira de Normas Técnicas. Saiba quais os principais pontos da norma NBR
5410 e seus cuidados.

A NBR 5410 é uma norma que determina condições e regras para instalações
elétricas de baixa tensão até 1000V em tensão alternada e 15000V em tensão
ininterrupta no Brasil. A norma foi criada com a função de
garantir qualidade nas instalações, não oferecendo riscos para trabalhadores e
animais, trazendo uniformidade entre instalações e sistemas elétricos.

Está norma é aplicada para instalações elétricas de casas, prédios, comercial,


industrial, agropecuário e etc.

A NBR 5410, assim como todas as normas, tem situações e locais específicos
que pode ser aplicada. A execução, projeto, verificação e manutenção só deve
ser confiada a profissionais qualificados a executar os trabalhos em
conformidade com esta norma.

Pode ser aplicada em:

Instalações Elétricas

Em áreas descobertas das propriedades, externas às edificações;

Em canteiros de obras, feiras, exposições e outras instalações temporárias;

Em áreas de campings, marinas e instalações análogas.

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Circuitos

Circuitos elétricos alimentados sob tensão igual ou inferior a 1000V em


corrente alternada, com frequências inferiores a 400Hz, ou a 1500V em
corrente contínua;

Não se aplica a NBR 5410 em casos de:

 Instalações elétricas de veículos automotores;


 Instalações elétricas de embarcações e aeronaves;
 Instalações de iluminação pública;
 Redes públicas de distribuição de energia;
 Instalações em minas;
 Instalações de cercas eletrificadas

Em um mundo onde a eletricidade é o combustível para a maioria das


máquinas, faz-se necessária a contínua otimização e expansão das instalações
elétricas, bem como a capacitação da mão de obra para serviços que
dependem da eletricidade.

O principal propósito da NR-10 é resguardar a segurança dos profissionais que


trabalham direta ou indiretamente com instalações elétricas. Para tanto, a
norma determina diretrizes de controle e prevenção que englobam todo o
processo de transformação da energia elétrica, a incluir geração, distribuição,
consumo e manutenção. Abrange-se ainda a seguridade dos serviços de
eletricidade e/ou que demandam essa fonte de energia.

O objetivo máximo da NR-12 é assegurar critérios de proteção de máquinas,


equipamentos e áreas operacionais com tráfego de pessoas. Também é de sua
competência regular as questões técnicas relacionadas a dispositivos
dinâmicos de acionamento e desligamento. Prioritariamente, a norma exige a
adoção de medidas de: proteção coletiva; organização do trabalho e proteção
individual.

Todos os princípios da NR-12 contemplam medidas para garantir ambientes


industriais salubres, capazes de prevenir acidentes e doenças laborais. Na
prática, trata-se de proteger os operadores de riscos que possam ter
consequências graves como esmagamento, amputamento, queimaduras ou
intoxicação.

A Norma Regulamentadora NR-10 do Ministério do Trabalho estabelece


diretrizes de segurança, visando a proteção de trabalhadores em áreas de risco

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elétrico. A norma abrange todo o processamento de energia elétrica: geração,
transmissão, distribuição e consumo.

Particularmente sobre a necessidade de uso de piso isolante elétrico, o item


10.2.8.1 da NR-10 dispõe sobre “Medidas de Proteção Coletiva”. O Estrado
ou Tapete Isolante Elétrico é EPC (Equipamento de Proteção Coletiva) utilizado
em cabinas de força (primárias, secundárias e subestações) e em frente a
painéis elétricos como CCM (Centro de Comando de Motores).

Ponto importante deste capítulo da NR-10 é o item 10.4.3.1, que destaca a


importância da compatibilidade do piso isolante elétrico com a tensão máxima
de trabalho do ambiente. Adicionalmente cita a necessidade de inspeção e
testes de acordo com regulamentações específicas ou prescrições do
fabricante. A norma de segurança da NBR 14 039 da ABNT – especifica o
formato da área coberta por pisos de isolação elétrica (Estrados ou Tapetes) e
as ASTM D -149-97 e ASTM D -1048-05 regulamenta o processo de testes do
material isolante.

Tensões de Fornecimento

Toda edificação de uso coletivo ou individual será atendida através de uma


única entrada de serviço, em um só ponto de entrega, a partir da rede de
distribuição primária aérea ou subterrânea, nas tensões nominais 13,8 ou 34,5
kV, frequência 60 Hz.

Limites de Fornecimento

O fornecimento deverá ser efetuado em tensão primária de distribuição quando


a carga instalada na unidade consumidora for superior a 75 kW e a demanda
contratada ou estimada pela distribuidora for igual ou inferior a 2500 kW. Os
fornecimentos monofásicos ficam limitados a uma potência de transformação
de 37,5 kVA.

O atendimento aos condomínios com carga instalada acima de 75 kW,


pertencentes ao grupo A, deverá ser feito através de subestação abrigada,
utilizando transformadores distintos para ligação do condomínio e dos
consumidores do grupo B. Potências superiores poderão ser atendidas em
tensão primária, desde que a viabilidade seja previamente definida pela
concessionária, tendo como base estudo técnico-econômico.

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Regulamentações do MTE

Esta NR se aplica às fases de geração, transmissão, distribuição e consumo,


incluindo as etapas de projeto, construção, montagem, operação, manutenção
das instalações elétricas e quaisquer trabalhos realizados nas suas
proximidades, observando-se as normas técnicas oficiais estabelecidas pelos
órgãos competentes e, na ausência ou omissão destas, as normas
internacionais cabíveis. 10.1.2.

Em todas as intervenções em instalações elétricas devem ser adotadas


medidas preventivas de controle do risco elétrico e de outros riscos adicionais,
mediante técnicas de análise de risco, de forma a garantir a segurança e a
saúde no trabalho. 10.2.1.

10.2.4 Os estabelecimentos com carga instalada superior a 75 kW devem


constituir e manter o Prontuário de Instalações Elétricas, contendo, além do
disposto no subitem 10.2.3, no mínimo:

a) conjunto de procedimentos e instruções técnicas e administrativas de


segurança e saúde, implantadas e relacionadas a esta NR e descrição das
medidas de controle existentes;

b) documentação das inspeções e medições do sistema de proteção contra


descargas atmosféricas e aterramentos elétricos;

c) especificação dos equipamentos de proteção coletiva e individual e o


ferramental, aplicáveis conforme determina esta NR;

d) documentação comprobatória da qualificação, habilitação, capacitação,


autorização dos trabalhadores e dos treinamentos realizados;

e) resultados dos testes de isolação elétrica realizados em equipamentos de


proteção individual e coletiva;

f) certificações dos equipamentos e materiais elétricos em áreas classificadas;

g) relatório técnico das inspeções atualizadas com recomendações,


cronogramas de adequações, contemplando as alíneas de “a” a “f”.

10.2.5 As empresas que operam em instalações ou equipamentos integrantes


do sistema elétrico de potência devem constituir prontuário com o conteúdo do
item 10.2.4 e acrescentar ao prontuário os documentos a seguir listados:

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a) descrição dos procedimentos para emergências;

b) certificações dos equipamentos de proteção coletiva e individual;

10.3.1 É obrigatório que os projetos de instalações elétricas especifiquem


dispositivos de desligamento de circuitos que possuam recursos para
impedimento de reenergização, para sinalização de advertência com indicação
da condição operativa.

10.3.2 O projeto elétrico, na medida do possível, deve prever a instalação de


dispositivo de seccionamento de ação simultânea, que permita a aplicação de
impedimento de reenergização do circuito.

10.3.3 O projeto de instalações elétricas deve considerar o espaço seguro,


quanto ao dimensionamento e a localização de seus componentes e as
influências externas, quando da operação e da realização de serviços de
construção e manutenção.

10.3.3.1 Os circuitos elétricos com finalidades diferentes, tais como:


comunicação, sinalização, controle e tração elétrica devem ser identificados e
instalados separadamente, salvo quando o desenvolvimento tecnológico
permitir compartilhamento, respeitadas as definições de projetos.

10.3.4 O projeto deve definir a configuração do esquema de aterramento, a


obrigatoriedade ou não da interligação entre o condutor neutro e o de proteção
e a conexão à terra das partes condutoras não destinadas à condução da
eletricidade.

10.3.5 Sempre que for tecnicamente viável e necessário, devem ser projetados
dispositivos de seccionamento que incorporem recursos fixos de
equipotencialização e aterramento do circuito seccionado.

10.3.6 Todo projeto deve prever condições para a adoção de aterramento


temporário.

10.3.7 O projeto das instalações elétricas deve ficar à disposição dos


trabalhadores autorizados, das autoridades competentes e de outras pessoas
autorizadas pela empresa e deve ser mantido atualizado.

10.3.8 O projeto elétrico deve atender ao que dispõem as Normas


Regulamentadoras de Saúde e Segurança no Trabalho, as regulamentações
técnicas oficiais estabelecidas, e ser assinado por profissional legalmente
habilitado.

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EQUIPAMENTOS DE PROTEÇÃO COLETIVA

Equipamentos de Proteção Coletiva ou EPCs são dispositivos utilizados à


proteção de trabalhadores durante realização de suas atividades.

O EPC serve para neutralizar a ação dos agentes ambientais, evitando


acidentes, protegendo contra danos à saúde e a integridade física dos
trabalhadores, uma vez que o ambiente de trabalho não deve oferecer riscos à
saúde ou à a segurança do trabalhador...

Exemplos de equipamentos de proteção coletiva:

Fitas de demarcação reflexivas - Utilizadas para delimitação e isolamento de


áreas de trabalho.

Cones de sinalização – Têm Finalidade de sinalização de áreas de trabalho e


obras em vias públicas ou rodovias e orientação de trânsito de veículos e de
pedestres e podem ser utilizados em conjunto com fita zebrada, sinalizador
strobo ou bandeirolas.

Conjuntos para aterramento temporário – Têm a finalidade de garantir que


eventuais circulações de corrente elétrica fluam para a terra, minimizando os
riscos aos trabalhadores.

Detectores de tensão para baixa tensão e alta tensão – Têm a finalidade de


comprovar a ausência de tensão elétrica na área a ser trabalhada.

Coberturas isolantes – Têm a finalidade de isolar partes energizadas de redes


elétricas de distribuição durante a execução de tarefas.

Exaustores - Têm a finalidade de remover ar ambiental contaminado ou


promover a renovação do ar saudável.

Bandeirolas - Têm a finalidade de sinalização de áreas de trabalho e obras em


vias públicas ou rodovias e orientação de trânsito de veículos e de pedestres.

Plataformas - Tem a finalidade de carregar e suportar cargas humanas


(operários) e maquinas de trabalho.

18
EQUIPAMENTOS DE PROTEÇÃO INDIVIDUAL

Equipamento de proteção individual (EPI) é qualquer meio ou dispositivo


destinado a ser utilizados por uma pessoa contra
possíveis riscos ameaçadores da sua saúde ou segurança durante o exercício
de uma determinada atividade. Um equipamento de proteção individual pode
ser constituído por vários meios ou dispositivos associados de forma a proteger
o seu utilizador contra um ou vários riscos simultâneos. O uso deste tipo de
equipamentos só deverá ser contemplado quando não for possível tomar
medidas que permitam eliminar os riscos do ambiente em que se desenvolve a
atividade.

Os EPI podem dividir-se em termos da zona corporal a proteger:

Proteção da cabeça

Capacete

Proteção auditiva

Abafadores de ruído (ou protetores auriculares) e tampões

Abafadores de ruído de alta eficiência Thunder Honeywell

Proteção respiratória

Máscaras; aparelhos filtrantes próprios contra cada tipo de contaminante do ar:


gases, aerossóis por exemplo.

Respiradores Faciais Completo

Respiradores Semifaciais

Respiradores Descartáveis dobráveis

Respiradores Semi-descartáveis

Proteção ocular e facial

Óculos e máscaras
19
Proteção de mãos e braços

Luvas, feitas em diversos materiais e tamanhos conforme os riscos contra os


quais se quer proteger: mecânicos, químicos, biológicos, térmicos ou elétricos.

Proteção de pés e pernas

Sapatos, coturnos, botas, tênis, apropriados para os riscos contra os quais se


quer proteger: mecânicos, químicos, elétricos e de queda

Proteção contra quedas

Cinto de segurança, sistema anti-queda, arnês, cinturão, mosquetão.

Proteção do tronco

Avental

Mangotes

Os Equipamentos de Proteção Individual para atividades que envolvem


eletricidade, compreendem:

 Capacetes de segurança
 Óculos de segurança;
 Luvas de segurança
 Protetores respiratórios (máscaras)
 Calçados/Sapatos de segurança
 Cintos de segurança com talabarte
 Braçadeiras;
 Vestimentas apropriadas à tarefa;
 Protetores faciais
 Protetores auriculares
 Mangas de segurança

20
ROTINAS DE TRABALHO – PROCEDIMENTOS

As atividades que envolvem energia elétrica são sempre bastante


delicadas. Os perigos de acidente são muitos e as consequências vão desde
as queimaduras mais leves até as lesões mais complicadas e muitas vezes
fatais. Por isso é importante que o trabalhador que desenvolve esse tipo de
atividade esteja sempre bem treinado quanto aos procedimentos e seguindo
todas as recomendações impostas pela segurança do trabalho.

O corpo humano é um potente condutor de eletricidade e dessa maneira,


quando entra em contato com a corrente elétrica, a mesma é conduzida para a
terra ou outro elemento condutor próximo. Esse fenômeno é o choque elétrico.

O choque causa calor e contrações musculares e suas consequências vão


desde queimaduras, como citamos anteriormente, até paradas cardíacas que
podem levar à morte. Assim tudo vai depender da intensidade da corrente e o
tempo de exposição. Apesar de muito comum, o choque não é o único risco
que o trabalhador corre ao lidar com alta tensão. Contudo para não sofrer com
os choques e com os demais acidentes elétricos é preciso que o trabalhador
esteja sempre atento às medidas determinadas pela segurança do trabalho.

A Norma Regulamentadora 10 engloba praticamente todas as orientações


relacionadas à segurança do trabalho para atividades em contato com
eletricidade. A NR 10 – Segurança em Instalações e Serviços em Eletricidade –
visa garantir a segurança e a saúde dos trabalhadores da área. Pois a norma
estabelece medidas de controle de risco coletivas, individuais e também orienta
determinados procedimentos de trabalho. A NR 10 exige ainda documentações
e certificações que comprovem que todas as medidas são seguidas
corretamente.

Uma das causas, talvez a principal, de acidentes de trabalho relacionados à


eletricidade é bem comum em diversas outras atividades: a negligência. Pois a
negligência consiste no não cumprimento dos procedimentos de segurança e
prevenção recomendados pela segurança do trabalho.

Usar equipamentos de proteção incorretamente por falta de orientação é


negligência. Porque usar determinados equipamentos para fins aos quais não
foram destinados também consiste em negligência. Então equipamentos e
ferramentas danificados, tarefas realizadas sem o desligamento da rede
elétrica e uso incorreto de equipamento de proteção individual: negligência.

21
É importante que os equipamentos utilizados durante o trabalho estejam
sempre em ótimo estado de conservação, que o trabalhador utilize-os apenas
aos meios para os quais foram destinados e que todas as orientações sejam
seguidas à risca. As empresas devem deixar os colaboradores cientes dos
riscos aos quais estão expostos; medidas protetivas devem ser realizadas
periodicamente e as corretivas sempre que necessário. Os trabalhadores
devem zelar pela sua saúde e segurança comprometendo-se a cumprir todos
os procedimentos e regulamentos da empresa.

A eletricidade faz parte integral da nossa rotina diária já que a todo momento
realizamos tarefas que necessitam da energia elétrica para acontecer. E é
exatamente para que todos os serviços relacionados à eletricidade sejam
executados com qualidade é que existem profissionais especializados
trabalhando na área.

Os trabalhos envolvendo eletricidade possuem alto grau de periculosidade e


exigem uma série de cuidados de proteção. O profissional da área é submetido
a riscos como choques, explosões e queimaduras que podem acabar causando
graves lesões, entre elas coagulações do sangue, lesões nos nervos e
músculos e em casos extremos o acidentado pode vir a óbito.

Existem também as lesões que são causadas pela reação que o trabalhador
tem ao receber um choque, mesmo que de baixa intensidade. Uma reação
brusca a um choque recebido em cima de uma escada, por exemplo, pode
causar uma queda de altura. Um tipo de acidente considerado grave. Para
evitar todos esses tipos de lesões é que existe a obrigatoriedade do uso de
equipamentos de proteção individual.

É importante que os trabalhadores utilizem também determinados


equipamentos dependendo da atividade que irão realizar:

 capacetes,
 óculos de proteção,
 protetores auriculares,
 roupas e outros equipamentos.

É necessário que o trabalhador destinado a executar as tarefas relacionadas à


instalações elétricas, receba todo o preparo necessário para desenvolver suas
atividades da forma mais segura possível. É necessário conhecer bem o local
de trabalho antes de iniciar as atividades e realizar o mapeamento de todos os
riscos para que nenhum acidente grave aconteça.

22
DOCUMENTAÇÃO DE INSTALAÇÕES ELÉTRICAS

O Prontuário de Instalações Elétricas é um sistema organizado de informações


pertinentes às instalações elétricas e aos trabalhadores que sintetizará o
conjunto de procedimentos, ações, documentações e programas que a
empresa mantém ou planeja executar para proteger o trabalhador dos riscos
elétricos.

Os principais objetivos do PIE são:

Disponibilizar ao trabalhador todas as informações necessárias a sua


segurança.

Provar ao MTE o atendimento aos requisitos da NR10.

Provar que todos os serviços são executados segundo procedimentos definidos


e Seguros.

10.2.3 As empresas estão obrigadas a manter esquemas unifilares atualizados


das instalações elétricas dos seus estabelecimentos com as especificações do
sistema de aterramento e demais equipamentos e dispositivos de proteção.

Para empresas que contenha potência instalada maior que 75KW além do
diagrama unifilar são exigidos outros documentos complementares.

10.2.4 Os estabelecimentos com carga instalada superior a 75 kW devem


constituir e manter o Prontuário de Instalações Elétricas, contendo, além do
disposto no subitem 10.2.3, no mínimo:

a) conjunto de procedimentos e instruções técnicas e administrativas de


segurança e saúde, implantadas e relacionadas a esta NR e descrição das
medidas de controle existentes;

Todos os documentos descritos nessa alínea são documentos comuns do


SESMS (Serviço Especializado em Engenharia de Segurança e Medicina do
Trabalho) o que facilita a composição do PIE por serem documentos já
costumeiros a uma empresa.

23
O PIE é um sistema organizado de informações pertinentes às instalações
elétricas e aos trabalhadores que sintetizará o conjunto de procedimentos,
ações, documentações e programas que a empresa mantém ou planeja
executar para proteger o trabalhador dos riscos elétricos.

O primeiro passo para organizar o Prontuário das Instalações Elétricas é a


elaboração do Relatório Técnico das Inspeções (RTI) com o cronograma de
ações para adequação à NR10. O RTI deve ser elaborado com base em um
Diagnóstico de situação da empresa que analise os riscos, os procedimentos,
as documentações e as medidas de controle existentes na área elétrica e
indique todos os requisitos da NR10 não atendidos pela empresa.

O RTI deve contemplar todos os requisitos da NR10 conforme item 10.2.4,


alínea “g” da NR10. Caso a empresa não possua, será também necessário
elaborar os Laudos Técnicos das Instalações Elétricas e o Laudo do Sistema
de Proteção contra Descargas Atmosféricas (SPDA) como forma de
diagnosticar as instalações físicas na área elétrica.

O Diagnóstico e o Laudo Técnico das Instalações Elétricas comporão o RTI,


conforme requisito 10.2.4, alínea “g” da norma. O RTI e o Laudo do SPDA
formarão a base para a estruturação do Prontuário.

O objetivo central do RTI é o de determinar às empresas uma auditoria


periódica da condição de segurança das instalações elétricas e de serviços em
eletricidade.

A auditoria deve contemplar tanto os riscos e condições ambientais do trabalho


na área elétrica, como também toda a documentação das instalações elétricas,
os procedimentos de trabalho, as atividades exercidas pelos eletricistas, os
equipamentos e ferramentas utilizados, os treinamentos realizados, as medidas
de proteção coletiva e individual existentes e o processo de gestão da
segurança nas instalações elétricas.

O resultado da auditoria será o relatório técnico, contendo as não


conformidades, as recomendações, as propostas de adequação e o
cronograma de realizações.

A existência de documentação acreditada e dinamicamente atualizada com as


modificações ocorridas nas instalações – diagramas, esquemas, instruções e
procedimentos técnicos, treinamentos e demais obrigações do prontuário –
facilitará sobremaneira a execução do relatório técnico requerido.

24
RISCOS ADICIONAIS

10.2.1 Em todas as intervenções em instalações elétricas devem ser adotadas


medidas preventivas de controle do risco elétrico e de outros riscos adicionais,
mediante técnicas de análise de risco, de forma a garantir a segurança e a
saúde no trabalho.

10.2.2 As medidas de controle adotadas devem integrar-se às demais


iniciativas da empresa, no âmbito da preservação da segurança, da saúde e do
meio ambiente do trabalho.

10.2.3 As empresas estão obrigadas a manter esquemas uni filares atualizados


das instalações elétricas dos seus estabelecimentos com as especificações do
sistema de aterramento e demais equipamentos e dispositivos de proteção.

10.2.4 Os estabelecimentos com carga instalada superior a 75 kW devem


constituir e manter o Prontuário de Instalações Elétricas, contendo, além do
disposto no subitem 10.2.3, no mínimo:

a) conjunto de procedimentos e instruções técnicas e administrativas de


segurança e saúde, implantadas e relacionadas a esta NR e descrição das
medidas de controle existentes;

b) documentação das inspeções e medições do sistema de proteção contra


descargas atmosféricas e aterramentos elétricos;

c) especificação dos equipamentos de proteção coletiva e individual e o


ferramental, aplicáveis conforme determina esta NR;

d) documentação comprobatória da qualificação, habilitação, capacitação,


autorização dos trabalhadores e dos treinamentos realizados;

e) resultados dos testes de isolação elétrica realizados em equipamentos de


proteção individual e coletiva;

f) certificações dos equipamentos e materiais elétricos em áreas classificadas;


e

g) relatório técnico das inspeções atualizadas com recomendações,


cronogramas de adequações, contemplando as alíneas de "a" a "f".

10.2.5 As empresas que operam em instalações ou equipamentos integrantes


do sistema elétrico de potência devem constituir prontuário com o conteúdo do
item 10.2.4 e acrescentar ao prontuário os documentos a seguir listados:
25
a) descrição dos procedimentos para emergências; e

b) certificações dos equipamentos de proteção coletiva e individual;

10.2.5.1 As empresas que realizam trabalhos em proximidade do Sistema


Elétrico de Potência devem constituir prontuário contemplando as alíneas "a",
"c", "d" e "e", do item 10.2.4 e alíneas "a" e "b" do item 10.2.5.

10.2.6 O Prontuário de Instalações Elétricas deve ser organizado e mantido


atualizado pelo empregador ou pessoa formalmente designada pela empresa,
devendo permanecer à disposição dos trabalhadores envolvidos nas
instalações e serviços em eletricidade.

10.2.7 Os documentos técnicos previstos no Prontuário de Instalações Elétricas


devem ser elaborados por profissional legalmente habilitado.

Os trabalhos em espaços fechados, como caixas subterrâneas e estações de


transformação e distribuição, expõem os trabalhadores ao risco de asfixia por
deficiência de oxigênio ou por exposição a contaminantes nas atividades do
setor elétrico.

Os riscos para quem trabalha em instalações e serviços de eletricidade são


elevados. Podendo causar pequenas, graves lesões ou até mesmo a morte.
Tudo vai depender da tensão a qual a vítima foi exposta, destacando que, altas
tensões provocam grandes lesões. E o maior risco no trabalho com
a eletricidade ocorre quando há o contato direto com alguma parte energizada
de uma instalação, provocando a passagem de corrente através do corpo.
Lembrando que o que torna a eletricidade mais perigosa do que outros riscos
físicos (calor, frio e ruído), é que ela só é sentida pelo organismo quando o
mesmo já está sob sua ação.

Assim, devem ser tomadas medidas de controle com o objetivo de eliminar


o risco elétrico e outros riscos adicionais.

Segundo a NR 10 “em todas as intervenções em instalações elétricas devem


ser adotadas medidas preventivas de controle do risco elétrico e de outros
riscos adicionais, mediante técnicas de análise de risco, de forma a garantir
a segurança e a saúde no trabalho”, Por sua vez, todas as medidas de controle
adotadas devem estar integradas às outras iniciativas da empresa com objetivo
de preservar a segurança, a saúde e o meio ambiente do trabalho.

Não se deve limitar as medidas de controle ao uso dos EPI’s (Equipamentos de


Proteção Individual). É necessário também o treinamento correto de todos os
trabalhadores, a elaboração do mapa de risco e a identificação de riscos
adicionais.

26
PROTEÇÃO E COMBATE A INCÊNDIOS

Ao notar uma constante queda de disjuntor em determinado ambiente, procure


um especialista. A manutenção das instalações elétricas são bastante
importantes também para verificar a qualidade dos cabos de transmissões de
energia elétrica e reparos nas distribuições pelos ambientes do imóvel.

Sobrecarregar a sua tomada com diversos eletrônicos podem comprometer a


segurança da sua casa ou escritório. É comum utilizar benjamins (T’s), ou
mesmo extensões, para ligar vários equipamentos em uma mesma tomada.
Esta prática, comum na maioria das casas, causa sobrecarga, aquecimento
dos fios, curto circuito e, por consequência, acontece o incêndio. Portanto, evite
ligar mais de um equipamento na mesma tomada.

A escolha do equipamento de combate à incêndios depende de sua completa


adaptação à parte elétrica do local, bem como seu custo final e a importância
dos acessórios elétricos em questão. Os mais recomendados são: gás carônico
(CO2), FM-200 ou Novec 1230.

Além do sistema fixo, a instalação deve contemplar:

Extintores de incêndio;

Mangueiras de incêndio;

Portas corta-fogo, que é um dos meios mais importantes na limitação da


propagação do fogo, bem como sistemas de ventilação.

Cabeamento inadequado também pode ser causa de incêndios graves com


risco de danos à instalação e perigo para as pessoas.

Os acessórios de corrente contínua (baterias UPS) são uma parte


particularmente importante e vulnerável de qualquer instalação. Eles são
derivados de baterias fixas que liberam gases inflamáveis e tóxicos.

As baterias devem estar em uma sala separada com um piso resistente à


ácidos, embaixo de uma iluminação propícia e com abastecimento de água
adequado. É aconselhável ter um sistema de drenagem resistente ao ácido, e o
quarto deve ser bem ventilado, mas a luz solar não deve ser direcionada
diretamente para as baterias.

Os principais riscos de incêndio e as dificuldades em suas detecções surgem


como resultado das seguintes situações:

Arcos elétricos e acúmulo de carga elétrica estática dentro do equipamento.

27
Superaquecimento do equipamento de controle elétrico, válvula e cabeamento.

Um vez iniciado, um incêndio pode rapidamente se alastrar devido à presença


de uma quantidade grande de material combustível na forma de hidrocarbono,
que fica nos cabeamentos e isolamentos.

O ambiente dentro das áreas de fornecimento de energia ininterrupta (salas de


baterias) pode tornar-se explosivo por causa do acúmulo de altas
concentrações de gás hidrogênio.

As subestações são geralmente não ocupadas, assim, a intervenção precoce


pode não ser possível em caso de um incêndio.

Alta movimentação de ar no local, causada pelo uso de ar condicionado,


atenua e dispersa a fumaça.

Valas subterrâneas que ligam as principais áreas da subestação são


considerados ambientes agressivos. Altos níveis de poluição presentes nessas
áreas afetarão ativamente o funcionamento dos detectores.

Para cada situação de incêndio e material que está em chamas existe um tipo
de extintor. É importante ter conhecimento dessas informações para manipulá-
lo da forma correta e evitar acidentes ainda piores. Em outros casos, como
fogo de material elétrico energizado, a água não pode ser usada para o
combate ao fogo, porque é condutora de eletricidade, podendo aumentar o
incêndio, assim como produtos químicos, como pó de alumínio, magnésio,
carbonato de potássio, pois com a água reagem de forma a aumentar os
riscos.

Uma nova tendência no mercado é um extintor que pode combater fogo em


madeira, papel, tecido, materiais sólidos em geral (classe A), líquido
inflamáveis (classe B) e equipamento elétrico energizado (classe C). Além de
ser menor e mais fácil de ser manuseado, é mais leve e possibilita que
qualquer pessoa use:

- Extintor com água pressurizada: indicado para incêndios de classe A


(madeira, papel, tecido, materiais sólidos em geral). A água age por
resfriamento e abafamento, dependendo da maneira como é aplicada.

- Extintor com gás carbônico: indicado para incêndios de classe C


(equipamento elétrico energizado), por não ser condutor de eletricidade. Pode
ser usado também em incêndios de classes A e B.

28
- Extintor com pó químico seco: indicado para incêndio de classe B (líquido
inflamáveis). Age por abafamento. Pode ser usado também em incêndios de
classes A e C.

- Extintor com pó químico especial: indicado para incêndios de classe D


(metais inflamáveis). Age por abafamento.

São enormes os riscos que o trabalhador está sujeito quando opera com
eletricidade. O contato com o corpo e as partes energizadas de uma instalação
elétrica de baixa tensão produz o chamado “choque elétrico”, e se for de alta
tensão, têm-se o “arco elétrico” que precede de contato, e em geral, leva à
morte.

Em relação ao corpo humano, os acidentes com eletricidade se dividem em:

Eletrocussão, com morte consequente,

Eletro trauma (ou lesão por eletrização),

A eletrização é a exposição do corpo a uma descarga elétrica, sempre com


resultado fatal, ela pode ocorrer tanto na baixa tensão como na alta tensão
elétrica.

Enquanto o eletro trauma é o acidente que traz consequências físicas,


orgânicas e mentais à pessoa humana.

O choque elétrico é a sensação sentida por uma pessoa quando tem o seu
corpo sujeitado à passagem de uma corrente elétrica, seja ela alternada ou
contínua. Ele se manifesta por três formas distintas;

Eletricidade estática (tensão elétrica constante)

Eletricidade Dinâmica (tensão elétrica na forma de onda eletromagnética


alternada ou contínua)

Descargas atmosféricas ou arcos elétricos.

Os fatores que determinam a gravidade do choque elétrico são:

Percurso da corrente elétrica;

Características da corrente elétrica;

Resistência elétrica do corpo humano.

29
ACIDENTES DE ORIGEM ELÉTRICA

O que provoca a morte é a passagem da corrente elétrica pelo corpo. Existem


alguns acidentes em que a pessoa vai a óbito dependendo de alguns fatores,
tais como a passagem da corrente elétrica por órgãos vitais como o coração e
o cérebro, as condições de saúde, o ambiente molhado, o corpo molhado, os
pés descalços e assim por diante.

A sobrecarga consiste em colocar uma carga maior do que o condutor ou a


instalação são capazes de suportar. Isso pode acontecer na instalação de um
chuveiro, por exemplo. "No inverno, as pessoas procuram comprar um
aparelho mais potente para esquentar a água, mas esquecem de verificar se o
equipamento é adequado para o sistema. Isso pode provocar o aquecimento
do fio e o derretimento da capa protetora, culminando no curto-circuito”.

A distribuição de energia é uma atividade complexa e cercada de riscos. Desde


a década de 1910, o Brasil toma medidas para regular a matéria. A mais
recente normatização é dada pela ABNT NBR5410. O texto traz uma série de
exigências técnicas e sofisticadas que atendem padrões internacionais. Todo
profissional habilitado para a atividade, seja Engenheiro Eletricista ou técnico
da área, deve se atentar a esses requisitos.

Ao executar um trabalho, o Engenheiro Eletricista precisa emitir uma Anotação


de Responsabilidade Técnica (ART) para legalizar aquela atividade perante o
Conselho Regional de Engenharia e Agronomia do Paraná (Crea-PR).

A ART garante a responsabilidade do profissional em caso de irregularidades.


Além disso, é possível consultar no site do Crea se o profissional está com o
registro em dia.

Acidentes de origem elétrica podem acontecer em qualquer ambiente. A melhor


maneira de lidar com esse tipo de ocorrência, que pode ser desastrosa e trazer
graves prejuízos ao ambiente empresarial, é identificar os riscos e trabalhar de
modo preventivo.

Para evitar uma situação potencialmente perigosa, primeiramente você precisa


conhecê-la. Sem saber no que consiste uma instalação elétrica fica
difícil entender de que maneira podem ocorrer curtos-circuitos ou choques
elétricos, por exemplo.

Uma instalação elétrica é um conjunto formado por fios, cabos e outros


acessórios com características coordenadas entre si e essenciais para o

30
funcionamento de um sistema elétrico. Em uma construção, a instalação
elétrica precisa ser necessariamente acompanhada por normas. No Brasil, é
a Norma Regulamentadora 10 (NR-10) que determina regras para a segurança
e serviços com eletricidade.

Todo projeto elétrico precisa ser feito por profissionais e técnicos


especializados. É esse projeto que diz como será a instalação, seu porte,
circuitos bem como materiais e produtos que deverão ser usados.

Os acidentes de origem elétrica representam o principal tipo de acidente que as


pessoas que trabalham em ambientes regulamentados pela NR-10 podem
sofrer. Em muitos casos, um acidente desse tipo pode acarretar outros tipos de
acidente. Portanto, é essencial que os profissionais envolvidos conheçam quais
são as principais técnicas de prevenção. Isso pode ajudar até mesmo a
controlar as emergências com eficiência.

O choque elétrico acontece quando a energia atravessa um corpo, entrando


por um ponto e saindo por outro. Por conter bastante sódio e água, o corpo
humano é um ótimo condutor de eletricidade, o que agrava o perigo.

Todos os circuitos são calculados para uma determinada potência. Ela pode
representar um número limitado de equipamentos, ou mesmo um valor máximo
para um deles. Aumentar essa condição sem revisar e adequar a instalação
elétrica pode causar acidentes.

Para garantir a segurança e a saúde dos colaboradores que, direta ou


indiretamente, precisam lidar com esse tipo de trabalho, a NR-10 se aplica nas
fases de geração, transmissão, distribuição e consumo. Desse modo,
as normas técnicas oficiais estabelecidas pelos órgãos competentes precisam
estar presentes nas seguintes etapas de projeto:

 planejamento;
 construção;
 montagem;
 operação; e
 manutenção das instalações elétricas e trabalhos realizados
em proximidades.

Os trabalhadores que não tiverem treinamento específico sobre os


riscos decorrentes do emprego de energia elétrica e das principais medidas de
prevenção de acidentes em instalações elétricas não estão autorizados a
trabalhar neste tipo de atividade.

31
PRIMEIROS SOCORROS

De acordo com a Federação Internacional das Sociedades da Cruz Vermelha e


do Crescente Vermelho, define-se os primeiros socorros como a prestação
e assistência médica imediata a uma pessoa ou uma ferida até à chegada de
ajuda profissional. Centra-se não só no dano físico ou de doença, mas também
no atendimento inicial, incluindo o apoio psicológico para pessoas que sofrem
emocionalmente devido a vivência ou testemunho de um evento traumático.

Diversas situações podem precisar de primeiros socorros. As situações mais


comuns são atendimento de vítimas de acidentes automobilísticos,
atropelamentos, incêndios, tumultos, afogamentos, catástrofes naturais,
acidentes industriais, tiroteios ou atendimento de pessoas que passem mal:
apoplexia (ataque cardíaco), ataques epilépticos, convulsões, etc. Tão
importante quanto os próprios primeiros socorros é providenciar o atendimento
especializado. Ao informar as autoridades, deve-se ser direto e preciso sobre
as condições da(s) vítima(s) e o local da ocorrência; no caso dos países
subdesenvolvidos da África deve-se também informar o número telefônico do
socorrista, devido a alguns défices no sector da informática de localizações.

Todo procedimento de primeiros socorros deve começar com a avaliação das


condições da vítima. Sua avaliação é particularmente vital para fornecer a
ajuda correta à vítima: em casos de regiões selvagens, talvez o equipamento
necessário para o socorro tenha que ser carregado por quilômetros em terreno
irregular.

Atitudes de coragem ou medo são reações bastante compreensíveis. Algumas


pessoas não se manifestam pois não sabem o que fazer, enquanto outras,
sabendo ou não, podem se apresentar paralisadas pelo pânico ou pelo medo,
ficando incapazes de tomar qualquer atitude.

Segundo o médico oncologista brasileiro Drauzio Varella, "diante de um


acidente, qualquer pessoa com pouco conhecimento e técnica pode prestar os
primeiros socorros e evitar o agravamento do problema, até que a vitima
receba atendimento especializado." O Comitê Internacional da Cruz
Vermelha atende os feridos quando as condições decorrentes de guerras
impedem que o atendimento médico seja prestado por organismos médicos
públicos.

O desmaio é provocado por falta de oxigênio ou 'açúcar' (glicose) no cérebro, a


que o organismo reage de forma automática, com perda de consciência e
queda do corpo. Tem diversas causas: excesso de calor, fadiga, falta de
alimentos, etc., e é caracterizada por palidez, suores frios, falta de forças e

32
pulso fraco. Recomenda-se deixar a vítima em estado de repouso, deitada,
sempre acomodando-a.

O choque é uma situação em que algumas alterações no corpo podem levar à


morte. O caso de vítima de estado de choque manifesta-se de diferentes
formas. A vítima pode apresentar diversos sinais e sintomas, ou apenas alguns
deles, dependendo da intensidade de cada caso.

O quadro clínico é praticamente o mesmo, não importa a causa que


desencadeou o estado. Tal estado é uma situação grave, acontece quando o
fluxo sanguíneo para as células do corpo diminui, podendo ter consequências
tais como insuficiência no abastecimento de nutrientes e oxigênio. Este caso
requer atendimento médico imediato, podendo ser aplicada, também, manobra
de profilaxia ao estado de choque.

Uma queimadura pode ter vários graus de gravidade e esta pode ser
considerada grave quando as suas características fazem com que seja
necessária uma consulta médica ou a hospitalização. A gravidade da
queimadura depende de vários fatores: do local atingida pela queimadura,
extensão da queimadura, profundidade, natureza ou causa da queimadura e da
fragilidade do indivíduo. A queimadura está entre as lesões mais comuns
ocorridas dentro de uma residência.

O sistema de avaliação utilizado para descrever a gravidade das queimaduras


baseia-se no número de camadas de tecido envolvidas. As queimaduras mais
graves destroem não apenas camadas de pele e tecido subcutâneo, mas
também tecidos subjacentes. Podem possuir características causadas por
produtos químicos, como produtos corrosivos que podem ser bases fortes ou
de origem ácida, tais como o álcool ou a gasolina, bases e ácidos.

Ou por intermédio de produtos físicos como o calor ou o frio, através de


exposição, condução ou radiação eletromagnética, existem ainda as de origem
biológica como animas: água-viva, lagarta-de-fogo e a medusa. Passados os
primeiros socorros, também é preciso tomar uma série de cuidados nos dias
seguintes. Bolhas formam uma proteção natural ao local e não devem ser
estouradas, porque isso aumenta o risco de infecção do local. O uso do
algodão também não é indicado, porque ele pode grudar nos ferimentos.

Queimaduras de 1º grau são as queimaduras menos graves; apenas a camada


externa da pele (epiderme) é afetada. A pele fica avermelhada e quente e há a
sensação de calor e dor (queimadura simples), causa algum desconforto e o
avermelhamento da pele, a destruição do tecido é mínima.

33
RESPONSABILIDADES

Segundo o Ministério do Trabalho e Emprego (MTE), quase meio milhão de


pessoas morre anualmente no Brasil por causa de doenças e acidentes
relacionados ao trabalho. Os setores de indústria, serviços e agricultura são os
que mais expõem os trabalhadores a condições de acidentes. Pensar em
segurança, qualificar profissionais, desenvolver ferramentas e instrumentos
adequados, utilizar métodos e procedimentos de trabalho seguro são formas de
mitigar os acidentes em atividades laborais.

No projeto, na instalação e na manutenção dos equipamentos voltados à


geração de energia fotovoltaica, faz-se necessário observar não só as normas
técnicas e regulamentações pertinentes a área, mas também normas de
segurança relacionadas à proteção dos profissionais que devem atuar nessas
atividades.

É conveniente salientar que as normas técnicas têm cunho de orientação e são


publicadas pela sociedade civil com objetivo de definir conceitos, regras e
padrões de determinada área ou seguimento. No Brasil, a entidade oficial que
elabora normas técnicas é a Associação Brasileira de Normas Técnicas
(ABNT).

A responsabilidade quanto ao cumprimento das normas é solidária à


contratante e ao contratado, conforme item 10.13.1 da NR-10.

10.13.1 As responsabilidades quanto ao cumprimento desta NR são solidárias


aos contratantes e contratados envolvidos.

Elas podem ser: civil ou criminal.

A responsabilidade civil se aplica às empresas e a criminal, às pessoas.

10.13.2 É de responsabilidade dos contratantes manter os trabalhadores


informados sobre os riscos a que estão expostos, instruindo-os quanto aos
procedimentos e medidas de controle contra os riscos elétricos a serem
adotados.

10.13.3 Cabe à empresa, na ocorrência de acidentes de trabalho envolvendo


instalações e serviços em eletricidade, propor e adotar medidas preventivas e
corretivas.

10.13.4 Cabe aos trabalhadores:

a) zelar pela sua segurança e saúde e a de outras pessoas que possam ser
afetadas por suas ações ou omissões no trabalho;
34
b) responsabilizar-se junto com a empresa pelo cumprimento das disposições
legais e regulamentares, inclusive quanto aos procedimentos internos de
segurança e saúde;

c) comunicar, de imediato, ao responsável pela execução do serviço as


situações que considerar de risco para sua segurança e saúde e a de outras
pessoas.

É interessante para os profissionais que atuam no segmento de energia


fotovoltaica ter o conhecimento dessa documentação aplicável.

Seguem alguns documentos estabelecidos pela NR-10:

Projeto da instalação.

O diagrama unifilar da instalação.

Procedimentos de segurança relacionados à NR-10, com descrição das


medidas de controle existentes.

Relatório do sistema de proteção contra descarga atmosférica e do sistema de


aterramento elétrico.

Especificação dos EPIs, EPCs e ferramental aplicável, conforme determina a


NR-10.

Certificações dos equipamentos de proteção coletiva e individual.

Certificados e documentos que comprovem a qualificação, habilitação,


capacitação e autorização dos trabalhadores.

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