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UNIVERSIDADE DO SUL DE SANTA CATARINA

NORMA REGULAMENTADORA DE SEGURANÇA EM INSTALAÇÕES E


SERVIÇOS EM ELETRICIDADE – NR10: ESTUDO DE CONFORMIDADE EM
QUADROS DE DISTRIBUIÇÃO ACESSÍVEIS A PESSOAS NÃO QUALIFICADAS

Palhoça/SC
2018
ROBERTO DE OLIVEIRA

NORMA REGULAMENTADORA DE SEGURANÇA EM INSTALAÇÕES E


SERVIÇOS EM ELETRICIDADE – NR10: ESTUDO DE CONFORMIDADE EM
QUADROS DE DISTRIBUIÇÃO ACESSÍVEIS A PESSOAS NÃO QUALIFICADAS

Trabalho de Conclusão de Curso apresentado


ao Curso de Engenharia Civil da Universidade
do Sul de Santa Catarina como requisito parcial
à obtenção do título de Engenheiro Civil.

Orientador: Prof. Ricardo Moacyr Mafra, Esp.

Palhoça/SC
2018
ROBERTO DE OLIVEIRA

NORMA REGULAMENTADORA DE SEGURANÇA EM INSTALAÇÕES E


SERVIÇOS EM ELETRICIDADE – NR10: ESTUDO DE CONFORMIDADE EM
QUADROS DE DISTRIBUIÇÃO ACESSÍVEIS A PESSOAS NÃO QUALIFICADAS

Este Trabalho de Conclusão de Curso foi


julgado adequado à obtenção do título de
Engenheiro Civil e aprovado em sua forma final
pelo Curso de Engenharia Civil da
Universidade do Sul de Santa Catarina.

Palhoça/SC, 08 de novembro de 2018.


Aos meus pais, Laudelino e Ana Maria, que me
deram a vida e com sabedoria, sempre me
orientaram na busca do conhecimento. À minha
esposa Nilce Maria e à minha filha Maria
Isabella, minha família, onde deposito todo meu
amor, carinho e atenção.
AGRADECIMENTOS

Agradeço à Deus, que me concedeu todas as graças necessárias, especialmente nas


horas mais difíceis, para alcançar este objetivo.
Agradeço à minha família, por fazer parte também nesta conquista, sempre
dedicando carinho, estímulo e compreensão nos momentos de minha ausência.
À todos que conheci nessa trajetória, especialmente aos que se tornaram amigos e
também aos professores amigos, os quais contribuíram para a minha formação.
Agradeço também, meu orientador, professor Ricardo Moacyr Mafra, por todas as
suas contribuições neste trabalho.
“Todo aquele que se dedica ao estudo da ciência chega a convencer-se de que nas
leis do Universo se manifesta um Espírito sumamente superior ao do homem, e perante o qual
nós, com os nossos poderes limitados, devemos humilhar-nos.” (ALBERT EINSTEIN, 1955).
RESUMO

A eletricidade, por ser indispensável nos dias atuais, se faz necessária em qualquer edificação,
onde ocorre a interação dos seus usuários que, na grande maioria, são pessoas não qualificadas
e, por isso, desconhecem seus efeitos e o grande perigo que se submetem quando da sua
utilização. Razão pela qual, é imprescindível que todas as instalações assegurem o mínimo de
qualidade e segurança preconizado nas normas pertinentes.
Os quadros, que normalmente constituem os elementos principais de uma instalação elétrica,
comportam e protegem os equipamentos capazes de proporcionar segurança, proteção, além de
possibilitarem os desligamentos necessários. Assim, torna-se evidente sua importância e o
conhecimento pelos profissionais envolvidos, com relação ao seu dimensionamento,
especificações, instalação e manutenção, como também, o conhecimento de todas as normas e
leis que norteiam as atividades relacionadas aos quadros elétricos.
Deste modo, este trabalho tem como objetivo, apresentar um estudo de conformidade em
quadros de distribuição acessíveis a pessoas não qualificadas, de acordo com a Norma
Regulamentadora de Segurança em Instalações e Serviços em Eletricidade – NR 10.
Em termos metodológicos, foi aplicado uma rotina de levantamento das conformidades e/ou
não conformidades encontradas em quadros vistoriados, além de apresentar os resultados
obtidos em ensaios de conformidade preconizado na norma ABNT NBR 60439-3: 2004.
Como resultados, o estudo aponta as principais não conformidades encontradas, servindo de
alerta para uma tomada de consciência com relação à qualidade e segurança das instalações
elétricas.

Palavras-chave: Conformidade à NR 10. Quadros elétricos. Segurança em instalações.


ABSTRACT

Electricity, is essential in the present day, is necessary in any building, where the interaction of
its users that, in the vast majority, are unskilled persons and therefore unaware of its effects and
the great danger that undergo at the time of your use. For this reason, it is imperative that all
installations ensure the minimum recommended quality and safety in the relevant standards.
The frames, which usually constitute the main elements of an electrical installation, carry and
protect the equipment capable of providing security, protection, in addition to allowing the
required shutdowns. Thus, it is clear your importance and knowledge by the professionals
involved, in relation to your specifications, sizing, installation and maintenance, as well as the
knowledge of all standards and laws that guide the activities related to electric boards.
In this way, this work aims to present a study of conformity in distribution boards accessible to
unskilled persons, according to the Norma Regulamentadora de Segurança em Instalações e
Serviços em Eletricidade - NR 10.
In methodological terms, was applied a lifting routine compliance and/or non-conformities
found in paintings surveyed, in addition to presenting the results obtained in conformity tests
recommended in the standard ABNT NBR 60439-3:2004.
As a result, the study points out the major non-compliances found, serving to alert an awareness
with regard to the quality and safety of electrical installations.

Keywords: compliance to NR 10. Electrical boards. Security on premises.


LISTA DE ILUSTRAÇÕES

Figura 1 – Distâncias no ar que delimitam radialmente as zonas de risco, controlada e livre. 23


Figura 2 – Distâncias no ar que delimitam radialmente as zonas de risco, controlada e livre,
com interposição de superfície de separação física adequada. ................................................. 24
Figura 3 – Origem de uma instalação alimentada diretamente em baixa tensão. ..................... 34
Figura 4 – Origem de uma instalação alimentada a partir de subestação do usuário. .............. 35
Figura 5 – Significado dos códigos IP ...................................................................................... 41
Figura 6 – Advertência dos quadros de distribuição. ............................................................... 47
LISTA DE QUADROS

Quadro 1 – Raios de delimitação de zonas de risco, controlada e livre. .................................. 23


Quadro 2 – Influências externas AD e AE e os respectivos graus de proteção IP ................... 42
Quadro 3 – Presença de água .................................................................................................... 43
Quadro 4 – Presença de corpos sólidos .................................................................................... 43
Quadro 5 – Graus de proteção IK ............................................................................................. 45
Quadro 6 – Quadros de distribuição – espaço de reserva. ........................................................ 46
Quadro 7 – Distâncias mínimas de isolação no ar. ................................................................... 62
Quadro 8 – Distâncias de escoamento mínimas. ...................................................................... 64
Quadro 9 – Lista de verificação e de ensaios a serem realizados. ............................................ 73
Quadro 10 – Sequencia dos ensaios de tipo. ............................................................................ 74
Quadro 11 – Lista de ensaios de rotina a serem realizados. ..................................................... 75
Quadro 12 – Quadro resumo de conformidade. ....................................................................... 77
Quadro 13 – Quadro resumo de conformidade. ....................................................................... 81
Quadro 14 – Quadro de verificação de conformidade - vistoria 1. .......................................... 87
Quadro 15 – Quadro de verificação de conformidade - vistoria 2. .......................................... 90
Quadro 16 – Quadro de verificação de conformidade - vistoria 3. .......................................... 93
Quadro 17 – Quadro de verificação de conformidade - vistoria 4. .......................................... 96
Quadro 18 – Quadro de verificação de conformidade - vistoria 5. .......................................... 99
Quadro 19 – Quadro de verificação de conformidade - vistoria 6. ........................................ 102
Quadro 20 – Quadro de verificação de conformidade - vistoria 7. ........................................ 105
Quadro 21 – Quadro de verificação de conformidade - vistoria 8. ........................................ 108
SUMÁRIO

1 INTRODUÇÃO................................................................................................................. 16
1.1 PROBLEMA DE PESQUISA ......................................................................................... 16
1.2 OBJETIVOS .................................................................................................................... 17
1.2.1 Objetivo geral .............................................................................................................. 17
1.2.2 Objetivos específicos ................................................................................................... 17
1.3 JUSTIFICATIVA ............................................................................................................ 18
2 REVISÃO BIBLIOGRÁFICA ........................................................................................ 20
2.1 NORMAS REGULAMENTADORAS DO MINISTÉRIO DO TRABALHO E
PRVIDÊNCIA SOCIAL........................................................................................................... 20
2.1.1 Norma Regulamentadora de Segurança em Instalações e Serviços em Eletricidade
– NR 10 .................................................................................................................................... 20
2.2 CÓDIGO DE DEFESA DO CONSUMIDOR ................................................................. 27
2.3 ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS - ABNT ............................ 28
2.3.1 ABNT NBR 5410: 2004 – Instalações Elétricas em Baixa Tensão .......................... 29
2.3.1.1 Instalação elétrica ....................................................................................................... 32
2.3.1.2 Componente elétrico................................................................................................... 32
2.3.1.2.1 Equipamento elétrico ............................................................................................... 32
2.3.1.2.2 Quadro de distribuição principal ............................................................................ 33
2.3.1.3 Circuito elétrico .......................................................................................................... 33
2.3.1.4 Manobra (elétrica) ...................................................................................................... 33
2.3.1.5 Alimentação de instalações em BT ............................................................................ 33
2.3.1.6 Origem das instalações em BT ................................................................................... 34
2.3.1.7 Isolação elétrica .......................................................................................................... 35
2.3.1.8 Isolamento elétrico ..................................................................................................... 35
2.3.1.9 Choque elétrico........................................................................................................... 36
2.3.1.9.1 Proteção básica ....................................................................................................... 36
2.3.1.9.2 Proteção supletiva ................................................................................................... 36
2.3.1.9.3 Princípio fundamental contra choques elétricos ..................................................... 36
2.3.1.9.4 Regra geral contra choques elétricos ...................................................................... 37
2.3.1.10 Equipotencialização .................................................................................................... 37
2.3.1.11 Ligação equipotencial ................................................................................................. 37
2.3.1.12 Falta elétrica ............................................................................................................... 38
2.3.1.13 Curto-circuito ............................................................................................................. 38
2.3.1.14 Capacidade de condução de corrente ......................................................................... 38
2.3.1.15 Corrente de fuga ......................................................................................................... 38
2.3.1.16 Sobrecorrente.............................................................................................................. 39
2.3.1.17 Corrente de curto-circuito........................................................................................... 39
2.3.1.18 Influências externas .................................................................................................... 39
2.3.1.18.1 Grau de proteção ..................................................................................................... 40
2.3.1.18.2 Grau de proteção contra impactos .......................................................................... 44
2.3.1.19 Conjuntos de proteção, manobra e comando .............................................................. 45
2.3.2 ABNT NBR IEC 60439 – Conjunto de Manobra e Controle de Baixa Tensão ..... 47
2.3.2.1 Definições gerais ........................................................................................................ 48
2.3.2.1.1 Conjunto de manobra e controle de baixa tensão com ensaios de tipo totalmente
testados (TTA)........................................................................................................................... 48
2.3.2.1.2 Circuito principal .................................................................................................... 48
2.3.2.1.3 Circuito auxiliar ...................................................................................................... 48
2.3.2.1.4 Barramento .............................................................................................................. 49
2.3.2.1.5 Quadro de distribuição ............................................................................................ 49
2.3.2.1.6 Condição de ensaio.................................................................................................. 49
2.3.2.2 Definições relativas à vista externa dos conjuntos ..................................................... 49
2.3.2.2.1 Conjunto fechado ..................................................................................................... 49
2.3.2.2.2 Conjunto tipo modular............................................................................................. 50
2.3.2.3 Definições relativas às partes estruturais dos conjuntos ............................................. 50
2.3.2.3.1 Invólucro .................................................................................................................. 50
2.3.2.3.2 Barreira ................................................................................................................... 50
2.3.2.3.3 Obstáculo ................................................................................................................. 50
2.3.2.3.4 Obturador ................................................................................................................ 50
2.3.2.3.5 Partes para propósitos estéticos .............................................................................. 51
2.3.2.4 Definições relativas às condições de instalação dos conjuntos .................................. 51
2.3.2.4.1 Conjunto para instalações abrigadas ...................................................................... 51
2.3.2.4.2 Conjunto para instalações ao tempo ....................................................................... 51
2.3.2.5 Definições relativas às medidas de proteção contra choques elétricos ...................... 51
2.3.2.5.1 Parte energizada...................................................................................................... 51
2.3.2.5.2 Parte da estrutura condutora exposta ..................................................................... 51
2.3.2.5.3 Condutor de proteção (PE) ..................................................................................... 52
2.3.2.5.4 Condutor neutro (N) ................................................................................................ 52
2.3.2.5.5 Condutor PEN ......................................................................................................... 52
2.3.2.5.6 Corrente de fuga ...................................................................................................... 52
2.3.2.5.7 Corrente de fuga à terra .......................................................................................... 52
2.3.2.5.8 Proteção contra contato direto ................................................................................ 53
2.3.2.5.9 Proteção contra contato indireto............................................................................. 53
2.3.2.6 Definições relativas à coordenação de isolação ......................................................... 53
2.3.2.6.1 Distância de isolamento .......................................................................................... 53
2.3.2.6.2 Distância de escoamento ......................................................................................... 53
2.3.2.6.3 Tensão de operação ................................................................................................. 53
2.3.2.6.4 Poluição ................................................................................................................... 53
2.3.2.6.5 Grau de poluição ..................................................................................................... 54
2.3.2.7 Definições relativas à corrente de curto-circuito ........................................................ 54
2.3.2.7.1 Corrente de curto-circuito (Ic) ................................................................................ 54
2.3.2.7.2 Corrente presumida de curto-circuito (Icp) ............................................................ 54
2.3.2.8 Classificação dos conjuntos ........................................................................................ 54
2.3.2.9 Características elétricas dos conjuntos ....................................................................... 55
2.3.2.9.1 Tensão nominal de operação (Ue) .......................................................................... 55
2.3.2.9.2 Tensão nominal de isolamento (Ui) ......................................................................... 55
2.3.2.9.3 Tensão suportável nominal de impulso (Uimp) ....................................................... 55
2.3.2.9.4 Corrente nominal (In) .............................................................................................. 55
2.3.2.9.5 Corrente nominal de um quadro de distribuição .................................................... 55
2.3.2.9.6 Corrente suportável nominal de curta duração (Icw) ............................................. 56
2.3.2.9.7 Corrente nominal condicional de curto-circuito (Icc) ............................................ 56
2.3.2.9.8 Frequência nominal ................................................................................................. 56
2.3.2.10 Informações sobre o conjunto .................................................................................... 56
2.3.2.10.1 Placa de identificação ............................................................................................. 56
2.3.2.10.2 Identificação ............................................................................................................ 58
2.3.2.11 Condições de serviço .................................................................................................. 58
2.3.2.11.1 Temperatura ambiente ............................................................................................. 58
2.3.2.11.2 Condições atmosféricas ........................................................................................... 58
2.3.2.11.3 Grau de poluição ..................................................................................................... 59
2.3.2.11.4 Condições especiais de serviço ............................................................................... 59
2.3.2.12 Projeto e construção mecânico ................................................................................... 60
2.3.2.12.1 Propriedades dielétricas.......................................................................................... 61
2.3.2.12.2 Distâncias de isolação ............................................................................................. 62
2.3.2.12.3 Distâncias de escoamento........................................................................................ 62
2.3.2.12.4 Espaçamentos entre circuitos distintos ................................................................... 65
2.3.2.12.5 Terminais de conexão para condutores externo ...................................................... 65
2.3.2.12.6 Identificação dos terminais de conexão .................................................................. 66
2.3.2.12.7 Grau de Proteção .................................................................................................... 66
2.3.2.13 Proteção contra choque elétrico.................................................................................. 66
2.3.2.13.1 Proteção contra contato direto ................................................................................ 66
2.3.2.13.2 Proteção contra contato indireto............................................................................. 67
2.3.2.13.3 Descarga de cargas elétricas .................................................................................. 68
2.3.2.14 Proteção contra curto-circuito e corrente suportável de curto-circuito ...................... 68
2.3.2.14.1 Informações concernentes à corrente suportável de curto-circuito ........................ 69
2.3.2.14.2 Circuitos dentro de um conjunto ............................................................................. 69
2.3.2.15 Dispositivos e componentes de manobra instalados em conjuntos ............................ 69
2.3.2.15.1 Circuitos dentro de um conjunto ............................................................................. 69
2.3.2.15.2 Instalação de dispositivos e componentes ............................................................... 70
2.3.2.15.3 Acessibilidade .......................................................................................................... 70
2.3.2.15.4 Interação .................................................................................................................. 70
2.3.2.15.5 Barreiras .................................................................................................................. 70
2.3.2.15.6 Partes removíveis e partes extraíveis ...................................................................... 70
2.3.2.16 Conexões elétricas dentro de um conjunto (barramentos e condutores isolados) ...... 71
2.3.2.16.1 Generalidades .......................................................................................................... 71
2.3.2.16.2 Dimensões e valores nominais de barramentos e condutores isolados .................. 71
2.3.2.17 Requisitos de ensaio ................................................................................................... 71
2.3.2.18 Especificação e classificação dos ensaios .................................................................. 72
2.3.2.18.1 Ensaios de tipo......................................................................................................... 72
2.3.2.18.2 Ensaios de rotina ..................................................................................................... 74
2.3.2.18.3 Ensaio dos dispositivos e equipamentos independentes incorporados no conjunto 75
3 METODOLOGIA ............................................................................................................. 76
3.1 PESQUISA BIBLIOGRÁFICA....................................................................................... 76
3.2 PESQUISA EM CAMPO ................................................................................................ 76
3.3 ENSAIOS ......................................................................................................................... 79
3.4 LIMITAÇÕES DO MÉTODO ........................................................................................ 79
4 CARACTERIZAÇÃO DA ÁREA DE ESTUDO........................................................... 80
5 RESULTADOS ................................................................................................................. 81
6 CONCLUSÃO ................................................................................................................... 83
6.1 RECOMENDAÇÕES PARA TRABALHOS FUTUROS .............................................. 84
REFERÊNCIAS...................................................................................................................... 85
APÊNDICE A – QUADRO DE VERIFICAÇÃO DE CONFORMIDADE –
CONSUMIDOR A .................................................................................................................. 87
APÊNDICE B – QUADRO DE VERIFICAÇÃO DE CONFORMIDADE –
CONSUMIDOR B .................................................................................................................. 90
APÊNDICE C – QUADRO DE VERIFICAÇÃO DE CONFORMIDADE -
CONSUMIDOR C .................................................................................................................. 93
APÊNDICE D – QUADRO DE VERIFICAÇÃO DE CONFORMIDADE -
CONSUMIDOR D .................................................................................................................. 96
APÊNDICE E – QUADRO DE VERIFICAÇÃO DE CONFORMIDADE -
CONSUMIDOR E .................................................................................................................. 99
APÊNDICE F – QUADRO DE VERIFICAÇÃO DE CONFORMIDADE -
CONSUMIDOR F................................................................................................................. 102
APÊNDICE G – QUADRO DE VERIFICAÇÃO DE CONFORMIDADE -
CONSUMIDOR G ................................................................................................................ 105
APÊNDICE H – QUADRO DE VERIFICAÇÃO DE CONFORMIDADE -
CONSUMIDOR H ................................................................................................................ 108
APÊNDICE I – ENSAIO DIELÉTRICO - QUADRO NORMATIZADO (TTA) ......... 111
APÊNDICE J – ENSAIO DIELÉTRICO - QUADRO NÃO NORMATIZADO ........... 114
ANEXO A – MANUAL DE INSTRUÇÕES TTW01-QD ANEXO 10 – ENSAIOS DE
TIPO E ENSAIOS DE ROTINA......................................................................................... 117
16

1 INTRODUÇÃO

Os quadros elétricos normalmente constituem os elementos principais de uma


instalação em baixa tensão. São eles que comportam e protegem os equipamentos capazes de
interromper automaticamente os circuitos elétricos em caso de faltas, fugas de corrente à terra,
sobrecargas, sobre tensões, além de possibilitarem os desligamentos necessários em caso de
manutenções, ampliações e reformas nas instalações, tais como: disjuntores, disjuntores ou
interruptores diferenciais residuais e os dispositivos de proteção contra surtos. Também, em
alguns casos, encontram-se instalados nos quadros elétricos, outros equipamentos necessários
à proteção, comando, sinalização, entre outros, como por exemplo: fusíveis, chaves, botoeiras,
contatores, sinaleiros e sirenes. (SOUZA; MORENO, 2001).
São os quadros de distribuição geral que interligam todos os circuitos terminais que
atendem à instalação e recebem os cabos do alimentador principal, na maioria das vezes,
provenientes do quadro de medição. É por eles que circulam as maiores correntes da instalação,
em situações normais de serviço ou em situações adversas: as correntes nominais, de sobrecarga
e de curto-circuito, podendo gerar elevados valores de temperatura. (SOUZA; MORENO,
2001).
Sabendo que as instalações elétricas na construção civil é um campo muito amplo
e cada vez mais complexo, com os mais variados sistemas, o que requer profundo conhecimento
para sua execução, fiscalização e, portanto, impossível de ser estudado como um todo, apenas
em um único trabalho. Neste sentido, será abordado neste trabalho, a conformidade de apenas
um equipamento que está, ou deveria estar, sempre presente em qualquer edificação: os quadros
elétricos.
Assim sendo, torna-se evidente a grande importância dentro de uma instalação e
imprescindível o conhecimento com relação ao seu dimensionamento, especificação, instalação
e manutenção, como também, o conhecimento de todas as normas e leis que norteiam as
atividades relacionadas aos quadros elétricos.

1.1 PROBLEMA DE PESQUISA

A eletricidade nos dias atuais é indispensável em qualquer edificação e por se tratar


de um elemento insípido, inodoro e invisível, torna ainda mais perigoso o seu manuseio. Em
qualquer edificação, sempre haverá a interação dos seus usuários, sejam eles permanentes ou
transitórios, os quais, na maioria das vezes, são pessoas não qualificadas e, por isso,
17

desconhecem seus efeitos e o grande perigo que se submetem quando da sua utilização. Razão
pela qual é imprescindível que todas as instalações sejam corretamente executas, estejam em
perfeito funcionamento e assegurem o mínimo de segurança preconizado nas normas
pertinentes. (SOUZA,2016).
Frequentemente, na divulgação de materiais e serviços em eletricidade, a afirmação
de que estão em conformidade com a NR 10 está presente. Para se ter certeza dessa
conformidade, é preciso um conhecimento muito amplo que, muitas vezes, vai além das suas
exigências.
Há uma série de providências que envolve quadros elétricos, componentes em geral
e todo o projeto da instalação, para que estes, estejam em concordância com a Norma
Regulamentadora. (SOUZA, 2012).
Neste sentido, como se ter certeza de que determinada instalação, ou em particular,
o quadro de distribuição está em conformidade com a NR 10? Quais os critérios a serem
analisados?

1.2 OBJETIVOS

Os objetivos deste trabalho estão divididos em geral e específicos, os quais serão


detalhadamente apresentados nas próximas seções.

1.2.1 Objetivo geral

Verificar a conformidade de quadros elétricos de distribuição de baixa tensão


destinados a instalação em locais acessíveis a pessoas não qualificadas durante a sua utilização,
de acordo com a Norma Regulamentadora de Segurança em Instalações e Serviços em
Eletricidade – NR 10.

1.2.2 Objetivos específicos

a) Apresentar os critérios normativos da Norma Regulamentadora – NR 10 do


Ministério do Trabalho e Previdência Social – MTPS, das Normas Brasileiras
(NBRs) da Associação Brasileira de normas Técnicas – ABNT e de Leis,
pertinentes à conformidade de quadros elétricos;
18

b) Identificar as conformidades e/ou não conformidades normativas de quadros


elétricos de distribuição destinados à instalação em locais acessíveis a pessoas
não qualificadas;
c) Realizar o ensaio de rigidez dielétrica em um quadro elétrico normatizado e em
um quadro elétrico não normatizado, comparando os resultados;
d) Apresentar as principais não conformidades encontradas nos quadros elétricos
instalados em edificações residenciais e comerciais.

1.3 JUSTIFICATIVA

Em pesquisa realizada por uma empresa especializada em administração de


condomínios, no ano de 2010 já apontava que cerca de 60% dos condomínios na cidade de São
Paulo sofriam com o mesmo problema: a falta de cuidados com a rede elétrica do prédio.
(ASSOCIAÇÃO DAS ADMINISTRADORAS DE BENS IMÓVEIS E CONDOMÍNIOS DE
SÃO PAULO, 2010).
Hoje na cidade de São Paulo, 90% das instalações elétricas não possuem itens
básicos de proteção e segurança a pessoas e animais como salienta a ABNT NBR 5410.
(ATUALIZAÇÃO..., 2018).
Traduzindo os percentuais apresentados em valores absolutos, em um levantamento
realizado pela Receita Federal, a pedido da Associação das Administradoras de Bens Imóveis
e Condomínios de São Paulo (AABIC), publicado em 06/03/2014, identificou 57.221
condomínios registrados e legalizados no Estado de São Paulo. Destes, 30.951 encontram-se na
região metropolitana enquanto que, 24.360 encontram-se somente na capital. (ASSOCIAÇÃO
DAS ADMINISTRADORAS DE BENS IMÓVEIS E CONDOMÍNIOS DE SÃO PAULO,
2014).
Portanto, há a necessidade de uma conscientização por todos os envolvidos do setor,
para que medidas adequadas sejam adotadas no sentido de aplicar corretamente os preceitos
normativos nas instalações elétricas, desde as fases de geração, transmissão, distribuição e
consumo, incluindo as etapas de projeto, construção, montagem, operação e manutenção,
conforme previsto na NR 10. E, nesse contexto, encontram-se todos os profissionais envolvidos,
inclusive os engenheiros civis, que muitas vezes tem um profundo conhecimento das normas
civis e reconhecida habilidade em pô-las em prática mas, por outro lado, tem pouco
conhecimento, ou quase nenhum, em relação às normas elétricas aplicadas à construção civil.
Mas, é importante o seu conhecimento pelos engenheiros civis? Não apenas importante, mas
19

imperativo, uma vez que possuem habilitação e muitas vezes são responsáveis técnicos por
instalações em baixa tensão nas mais diversas edificações.
Neste sentido, é fundamental que os quadros elétricos sejam perfeitamente
projetados, construídos, instalados e sofram as devidas manutenções necessárias durante sua
vida útil, cumprindo dessa forma, as funções a que se destinam, evitando interrupções na
instalação e garantindo a segurança necessária aos bens materiais e seus usuários.
20

2 REVISÃO BIBLIOGRÁFICA

Neste capítulo serão elencados os critérios legais e/ou técnicos normativos para a
conformidade dos quadros elétricos referentes às Normas Regulamentadoras (NRs) do
Ministério do Trabalho e Previdência Social – MTPS, Normas Brasileiras (NBRs) da
Associação Brasileira de Normas Técnicas – ABNT e Leis pertinentes. Também serão
apresentados embasamentos teóricos com relação aos conceitos relacionados ao tema de estudo,
possibilitando o entendimento dos critérios de conformidade normativos, bem como das não
conformidades apontadas nos quadros elétricos vistoriados.

2.1 NORMAS REGULAMENTADORAS DO MINISTÉRIO DO TRABALHO E


PRVIDÊNCIA SOCIAL

Em 1978, a Portaria MTB nº 3.214, de 8 de junho aprova as primeiras 28 (vinte e


oito) Normas Regulamentadoras – NRs, em cumprimento às disposições estabelecidas pelo
capítulo V, título II da Consolidação das Leis do Trabalho - CLT, relativas à segurança e
medicina do trabalho. (BRASIL, 1978).
As Normas Regulamentadoras – NRs são elaboradas pelo Ministério do Trabalho e
Previdência Social – MTPS, com o objetivo de regulamentar e detalhar disposições sobre saúde
e segurança do trabalho presentes na Consolidação das Leis do trabalho – CLT e nas demais
leis trabalhistas. E por isso, tem força de lei, ou seja, são sempre obrigatórias, ao contrário das
Normas Brasileiras – NBRs, elaboradas pela Associação Brasileira de Normas Técnicas –
ABNT, entidade privada. Enquanto o não cumprimento de uma NBR pode prejudicar o
desempenho da empresa, não cumprir uma NR pode gerar sanções, entre elas, multas e até a
interdição da empresa. (BRASIL, 1943).

2.1.1 Norma Regulamentadora de Segurança em Instalações e Serviços em


Eletricidade – NR 10

Aprovada pela Portaria nº 3.214, de 1978, a Norma Regulamentadora NR 10 –


Segurança em Instalações e Serviços em Eletricidade, já passou por três atualizações até os dias
de hoje. (BRASIL, 2016).
A necessidade de sua atualização, teve fundamento na grande transformação
organizacional do trabalho ocorrida no setor elétrico a partir da década de 1990, em especial no
21

ano de 1998, quando se iniciou o processo de privatização do setor elétrico, trazendo consigo,
subsidiariamente, outros setores e atividades econômicas. (SOUZA, 2017).
Esse processo trouxe a globalização, com a consequente introdução de novas
tecnologias, materiais e, principalmente, mudanças significativas no processo e organização do
trabalho. (SOUZA, 2017).
As novas tecnologias implementadas em sistemas e equipamentos no setor elétrico,
como em outras atividades envolvendo os serviços elétricos dos consumidores associados a
alterações no sistema de organização do trabalho, levaram a significativas penalizações aos
trabalhadores, facilmente verificados com o aumento do desemprego e a precarização das
condições de segurança e saúde no trabalho, com consequente elevação no número de acidentes
envolvendo esse agente. (MINISTÉRIO DO TRABALHO E EMPREGO, 2010).
A NR 10 dispõe sobre as diretrizes básicas para a implementação de medidas de
controle e sistemas preventivos, destinados a garantir a segurança e a saúde dos trabalhadores
que, direta ou indiretamente, interajam em instalações elétricas e serviços com eletricidade nos
seus mais diversos usos e aplicações e em quaisquer trabalhos realizados nas suas proximidades.
(MINISTÉRIO DO TRABALHO E EMPREGO, 2010).
Em seu primeiro item, 10.1, subitem 10.1.1, a norma estabelece o seguinte:
10.1.1 Esta Norma Regulamentadora – NR estabelece os requisitos e condições
mínimas objetivando a implementação de medidas de controle e sistemas preventivos,
de forma a garantir a segurança e a saúde dos trabalhadores que, direta ou
indiretamente, interajam em instalações elétricas e serviços em eletricidade.
(BRASIL, 2016, p. 1).

A NR 10, em seu primeiro item, demonstra o alcance do texto aos trabalhadores


diretos, objetivamente envolvidos na ação (eletricistas, montadores, instaladores, técnicos...),
bem como aos trabalhadores indiretos, sujeitos à reação, irregularidades ou ausência de medidas
de controle e sistemas de prevenção, usuários de equipamentos e sistemas elétricos e outras
pessoas não advertidas. Contudo, deve-se atentar para o fato de que esta legislação do MTPS,
não tem alcance, por falta de amparo legal, para estabelecer regras e exigências em locais ou
situações destinadas à segurança de outros cidadãos, não trabalhadores. (MINISTÉRIO DO
TRABALHO E EMPREGO, 2010).
Em seu subitem 10.1.2, a norma estabelece o seguinte:
10.1.2 Esta NR se aplica as fases de geração, transmissão, distribuição e consumo,
incluindo as etapas de projeto, construção, montagem, operação, manutenção das
instalações elétricas e quaisquer trabalhos realizados nas suas proximidades,
observando-se às normas técnicas oficiais estabelecidas pelos órgãos competentes e,
na ausência ou omissão destas, as normas internacionais cabíveis. (BRASIL, 2016, p.
1).
22

A imposição da Norma sujeita todas as atividades desde a produção ou geração até


o consumo final da energia elétrica, abrangendo as etapas do projeto (planejamento,
levantamentos, medições...), construção (preparação, montagens e instalações), reformas
(atualizações, modificações e ampliações), operação (supervisão, controles, ação e
acompanhamentos), manutenção (diagnóstico, reparação, substituição de partes e peças, testes)
incluindo, ainda, os trabalhos (tarefas ou atividades) realizados nas proximidades de instalações
elétricas e serviços com eletricidade. (MINISTÉRIO DO TRABALHO E EMPREGO, 2010).
Trabalhos realizados nas proximidades, são aqueles durante o qual o trabalhador
pode entrar na zona controlada, ainda que seja com uma parte do seu corpo ou com extensões
condutoras, representadas por materiais, ferramentas ou equipamentos que manipule.
(BRASIL, 2016).
Dessa forma, conforme apresentado no Quadro 1, atinge, inclusive, os
trabalhadores em ambientes circunvizinhos sujeitos às influências das instalações ou execução
de serviços elétricos que lhes são próximos, tais como: trabalhadores nas instalações
telefônicas, TV a Cabo e iluminação pública instaladas em estruturas de distribuição e
transmissão de energia elétrica, ou trabalhadores em geral (construção, manutenção, operação
não elétricas), mas que realizam suas atividades e serviços na zona controlada definida no anexo
II da NR 10. (MINISTÉRIO DO TRABALHO E EMPREGO, 2010).
23

Quadro 1 – Raios de delimitação de zonas de risco, controlada e livre.

Fonte: Anexo II da NR 10 (2016, p. 10).

Figura 1 – Distâncias no ar que delimitam radialmente as zonas de risco, controlada


e livre.

Fonte: Anexo II da NR 10 (2016, p. 10).


24

Figura 2 – Distâncias no ar que delimitam radialmente as zonas de risco, controlada


e livre, com interposição de superfície de separação física adequada.

Fonte: Anexo II da NR 10 (2016, p. 11).

Onde:
 ZL = Zona livre
 ZC = Zona controlada, restrita a trabalhadores autorizados.
 ZR = Zona de risco, restrita a trabalhadores autorizados e com a adoção de
técnicas, instrumentos e equipamentos apropriados ao trabalho.
 PE = Ponto da instalação energizado.
 SI = Superfície isolante construída com material resistente e dotada de todos
dispositivos de segurança.

Em consonância com os itens 10.1.1 e 10.1.2 desta NR, estão os itens 10.3.8 e
10.4.1, apresentados a seguir, os quais deixam claro a exigência, não só para quem constrói,
monta, reforma ou amplia obras de instalação elétricas, mas também para que as projeta, como
também quem as fiscaliza:
10.3.8 O projeto elétrico deve atender ao que se dispõe as Normas Regulamentadoras
de Saúde e segurança no Trabalho, as regulamentações técnicas oficiais estabelecidas,
e ser assinado por profissional legalmente habilitado. (BRASIL, 2016, p. 3).

Este item impõe que o projetista conheça previamente as exigências regulamentares


de segurança e saúde para que as aplique, onde couber, nas especificações constantes de seu
trabalho de elaboração do projeto elétrico. Há interferências das mais diversas em outras normas
regulamentadoras, além da NR-10, que devem ser consideradas na fase de projeto. Assim ocorre
25

com aspectos ergonômicos tratados na NR-17, de sinalização, tratados na NR-26 e outras mais.
(MINISTÉRIO DO TRABALHO E EMPREGO, 2010).
Já o item 10.4.1, reafirma, objetivamente, o item 10.1.2, ou seja, determina a
obrigatoriedade dos tomadores de serviços elétricos de construção, montagens, reformas,
ampliações, reparos, operação e inspeções, de garantir a segurança e a saúde de todos os
trabalhadores e usuários envolvidos nas instalações elétricas.
10.4.1 As instalações elétricas devem ser construídas, montadas, operadas,
reformadas, ampliadas e inspecionadas de forma a garantir a segurança e a saúde dos
trabalhadores e dos usuários, e serem supervisionadas por profissional autorizado,
conforme dispõe esta NR. (BRASIL, 2016, p. 3).

Também torna obrigatória a supervisão nessas atividades, exercida por profissional


autorizado, nos termos e condições especificadas no item 10.8 da Norma. (MINISTÉRIO DO
TRABALHO E EMPREGO, 2010).
Segundo a NR 10, em seu item 10.8.1, são considerados trabalhadores qualificados,
aqueles que receberam instrução específica em cursos reconhecidos pelo Sistema Oficial de
Ensino e que comprovaram aproveitamento mediante a realização de exames e avaliações e,
por essa razão, receberam um diploma ou certificado. Nesta categoria se enquadram, além dos
profissionais de nível superior e nível médio, com profissões regulamentadas, todos aqueles
que adquiriram conhecimento que lhes permite ter uma ocupação profissional, como os
eletricistas montadores, eletricistas de manutenção, entre outros. (MINISTÉRIO DO
TRABALHO E EMPREGO, 2010).
Naturalmente, a aplicabilidade da Norma Legal não seria possível com algumas
poucas páginas do texto aprovado, e dessa forma ela se alicerça nas normas técnicas oficiais
estabelecidas pelos órgãos competentes e, na ausência ou omissão destas, nas normas
internacionais cabíveis. Assim as instalações elétricas e serviços com eletricidade devem
atender, obrigatoriamente, a especificações e requisitos fixados nas normas técnicas aplicáveis,
tais como: NBR 5410 – Instalações elétricas de baixa tensão; NBR 14039 – Instalações elétricas
de média tensão de 1,0 kV a 36,2 kV; NBR 5418 – Instalações elétricas em atmosferas
explosivas, NBR 5419 – Proteção de estruturas contra descargas elétricas atmosféricas; NBR
IEC 60439 – Conjunto de manobra e controle de baixa tensão e outras tantas que serão
aplicáveis. (MINISTÉRIO DO TRABALHO E EMPREGO, 2010).
Nas situações em que as normas técnicas nacionais inexistirem, forem omissas ou
insuficientes, é passível a aplicação das normas técnicas internacionais relativas ao assunto.
Pode-se destacar alguns códigos ou comissões de elaboração de normas internacionais de
reconhecido valor e aplicação - IEC – Internacional Eletrotecnic Commission; NEC – National
26

Electrical Code; NFPA – National Fire Protection Association; CEI – Normas da Comunidade
Européia; EN – European Standards. (MINISTÉRIO DO TRABALHO E EMPREGO, 2010).
A NR 10 também prevê que sejam aplicadas medidas de proteção coletiva e
medidas de proteção individual, no intuito de eliminar ou reduzir, com controle, as incertezas e
eventos indesejáveis, destinados a preservar a integridade física e a saúde dos trabalhadores,
usuários e terceiros. (MINISTÉRIO DO TRABALHO E EMPREGO, 2010). Dentre as medidas
de proteção coletiva, destacamos o uso de equipamento de Proteção Coletiva (EPC), definido
como dispositivo, sistema, ou meio, fixo ou móvel de abrangência coletiva, sendo
prioritariamente a desenergização elétrica ou, na impossibilidade de aplicação desta, a utilização
da “tensão de segurança”, através da utilização da extra baixa tensão. E, na impossibilidade de
aplicação destas, devem ser utilizadas outras medidas de proteção coletiva, tais como:

 isolação das partes vivas;


 obstáculos;
 barreiras;
 sinalização;
 sistema de seccionamento automático de alimentação;
 bloqueio do religamento automático, utilizado especialmente para trabalhos em
linhas vivas; e
 aterramento das instalações elétricas.

Quando as medidas de proteção coletiva forem tecnicamente inviáveis ou


insuficientes para controlar os riscos, devem ser adotados equipamentos de proteção individual
específicos e adequados às atividades desenvolvidas. (MINISTÉRIO DO TRABALHO E
EMPREGO, 2010). Dentre elas, destacamos o uso de equipamento de proteção individual,
definido como sendo todo dispositivo ou produto, de uso individual utilizado pelo trabalhador,
destinado à proteção de riscos susceptíveis de ameaçar a segurança e a saúde no trabalho. Além
destes, considerar especialmente:

 uso de vestimentas de trabalho adequadas às atividades, devendo contemplar a


condutibilidade, inflamabilidade e influências eletromagnéticas; e
 proibição do uso de adornos pessoais nos trabalhos com instalações elétricas ou
em suas proximidades.
27

2.2 CÓDIGO DE DEFESA DO CONSUMIDOR

O Código de Defesa do Consumidor - CDC, estabelece normas de proteção e defesa


do consumidor, de ordem pública e interesse social. (BRASIL, 1990).
Sua origem remonta à Constituição Federal do Brasil/1988, a qual estabeleceu
definitivamente a defesa do consumidor como direito e garantia fundamental do cidadão (art.
170, V, CF). (BRASIL, 1990).
Após os devidos debates legislativos, em 1990, com a aprovação da Lei 8.078/1990,
surgem as bases normativas específicas para a relação consumidor/fornecedor. (BRASIL,
1990).
O CDC tem uma abrangência que envolve desde relações de compra de produtos
(alimentos, roupas, brinquedos, eletrônicos), compra de bens duráveis (terrenos, apartamentos,
carros) até as contratações de serviços (plano de saúde, telefonia móvel, conserto de
eletrodomésticos, entre outros). Suas normas objetivam regularizar as relações de consumo,
protegendo o consumidor de prejuízos na aquisição de produtos e serviços. (BRASIL, 1990).
Em seu Art. 39, Parágrafo VIII, estabelece o seguinte:

Art. 39. É vedado ao fornecedor de produtos ou serviços, dentre outras práticas


abusivas: (Redação dada pela Lei nº 8.884, de 11.6.1994)

[...]

VIII - colocar, no mercado de consumo, qualquer produto ou serviço em desacordo


com as normas expedidas pelos órgãos oficiais competentes ou, se normas específicas
não existirem, pela Associação Brasileira de Normas Técnicas ou outra entidade
credenciada pelo Conselho Nacional de Metrologia, Normalização e Qualidade
Industrial (Conmetro) (BRASIL, 1990).

[...]

Baseado nestes aspectos, qualquer fornecimento de materiais fora dos padrões e


critérios estabelecidos nas normas, é prática abusiva, ficando sujeito a ações judiciais, podendo
ser Civis e até Criminais caso ocorra o dano e o tipo do dano. Não só a empresa responsável
pela fabricação do quadro elétrico pode ser responsabilizada, mas também a empresa que
repassou, a empresa que instalou e até mesmo o proprietário onde o material não conforme
esteja instalado. (CERTIFICAÇÃO..., 2016).
O Código de Defesa do Consumidor prevê punição para profissionais da área
elétrica que coloquem em risco a segurança patrimonial ou as pessoas que circulam pela área,
por conta da má qualidade das instalações. Por isso, a qualidade dos profissionais envolvidos
no projeto é fundamental para uma instalação elétrica segura e as empresas ou fornecedores de
28

serviços podem ser punidos através de multa ou, dependendo da gravidade da situação,
penalmente. (CERTIFICAÇÃO..., 2016).

2.3 ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS - ABNT

A ABNT é o Foro Nacional de Normalização por reconhecimento da sociedade


brasileira desde a sua fundação, em 28 de setembro de 1940, e confirmado pelo governo federal
por meio de diversos instrumentos legais. (ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS
TÉCNICAS, 2018).
Entidade privada e sem fins lucrativos, a ABNT é membro fundador da
International Organization for Standardization (Organização Internacional de Normalização -
ISO), da Comisión Panamericana de Normas Técnicas (Comissão Pan-Americana de Normas
Técnicas - COPANT) e da Asociación Mercosur de Normalización (Associação Mercosul de
Normalização - AMN). Desde a sua fundação, é também membro da International
Electrotechnical Commission (Comissão Eletrotécnica Internacional - IEC). (ASSOCIAÇÃO
BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS, 2018).
A ABNT é responsável pela elaboração das Normas Brasileiras (ABNT NBR),
elaboradas por seus Comitês Brasileiros (ABNT/CB), Organismos de Normalização Setorial
(ABNT/ONS) e Comissões de Estudo Especiais (ABNT/CEE). (ASSOCIAÇÃO
BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS, 2018).
Desde 1950, a ABNT atua também na avaliação da conformidade e dispõe de
programas para certificação de produtos, sistemas e rotulagem ambiental. Esta atividade está
fundamentada em guias e princípios técnicos internacionalmente aceitos e alicerçada em uma
estrutura técnica e de auditores multidisciplinares, garantindo credibilidade, ética e
reconhecimento dos serviços prestados. (ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS
TÉCNICAS, 2018).
Normalmente conhecida por NBR, ABNT NBR é a sigla para Norma Brasileira,
aprovada pela Associação Brasileira de Normas Técnicas – ABNT. As NBRs são normas
técnicas estabelecidas de acordo com um consenso entre pesquisadores e profissionais da área
e aprovada por um organismo nacional, no caso, a ABNT, ou internacional. Frequentemente
são revisadas, atualizadas e republicadas, e, por isso, representam a forma mais eficiente de se
realizar o processo a que se referem. (SOUZA, 2017).
As NBRs estabelecem regras, diretrizes, características ou orientações sobre
determinado material, produto, processo ou serviço. As normas também asseguram as
29

características desejáveis de produtos e serviços, como qualidade, segurança, confiabilidade,


eficiência, intercambialidade e respeito ambiental. (ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE
NORMAS TÉCNICAS, 2018).
Seguir as normas, ainda contribui para a diminuição da incidência de acidentes de
trabalho, poluição e contaminação do meio ambiente, que podem gerar sanções pesadas em
casos de descumprimento. (SOUZA, 2017).
Por isso, a normas são importantes, justamente, porque indicam um padrão de
qualidade a ser seguido, melhorando a produtividade e minimizando as falhas no processo
produtivo. Além disso, a padronização possibilita a economia de matéria prima, a redução do
desperdício e dos prejuízos, aumentando a satisfação do consumidor e a competitividade no
mercado nacional e internacional. (SOUZA, 2017).
Apesar de todos os seus benefícios, as NBRs, por serem homologadas por uma
entidade privada e não pelo poder público, não são obrigatórias. Porém, estas passam a ser
obrigatórias, quando há leis e normas regulamentadoras que exigem o seu cumprimento.
(ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS, 2018).

2.3.1 ABNT NBR 5410: 2004 – Instalações Elétricas em Baixa Tensão

A ABNT NBR 5410 é a norma que estabelece as condições a que devem satisfazer
as instalações elétricas de baixa tensão, a fim de garantir a segurança de pessoas e animais, o
funcionamento adequado da instalação e a conservação dos bens, conforme definido em seu
item 1.1. (ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS, 2004a).
Ela aplica-se principalmente às instalações elétricas de edificações, qualquer que
seja seu uso (residencial, comercial, público, industrial, de serviços, agropecuário,
hortigranjeiro, etc.), incluindo as pré-fabricadas. (ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE
NORMAS TÉCNICAS, 2004a).
Esta norma também é aplicável nos seguintes casos apresentados, entre outros
relacionados em seus itens 1.2.1, 1.2.2 e 1.2.3 (ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS
TÉCNICAS, 2004a):
a) em áreas descobertas, externas às edificações;
b) em reboques (trailers), locais de acampamento (campings), marinas e
instalações análogas;
c) em instalações temporárias como canteiros de obra, feiras, exposições, etc.;
30

d) em circuitos elétricos sob tensão nominal igual ou inferior a 1000 V em corrente


alternada, com frequências inferiores a 400 Hz, ou a 1500 V em corrente
contínua;
e) em circuitos elétricos, externos aos equipamentos, funcionando numa tensão
superior a 1000 V e alimentados através de uma instalação de tensão igual ou
inferior a 1000 V em corrente alternada (por exemplo, circuitos de lâmpadas);
f) a toda fiação e a toda linha elétrica onde não se aplicam normas relativas aos
equipamentos de utilização; e
g) a instalações novas e a reformas em instalações.

Para o profissional que atua em instalações elétricas em baixa tensão, a NBR 5410
serve como um guia, sobre o que é ou não correto, prescrevendo regras, o que faz grande
diferença conhecê-la e acima de tudo aplicá-la. Conhecer a norma e os tópicos nela propostos
esclarece muitas das dúvidas dos profissionais da área. (MATTEDE, 2018).
Executar instalações em conformidade com as normas é indiscutivelmente o
correto, pois assim fica assegurado o bom funcionamento, a conservação dos bens e
principalmente a segurança. As NBRs existem para orientar, trazer uma igualdade e melhorar
o âmbito de qualidade das instalações, e a NBR 5410 existe justamente pela preocupação com
as instalações elétricas de baixa tensão, pois muitos acidentes ocorrem neste tipo de instalação,
com usuários que nem sempre possuem qualificação. Cumprir a norma é assegurar que estas
instalações estejam dentro do que é considerado um funcionamento seguro e adequado.
(MATTEDE, 2018).
Os princípios fundamentais, conforme a ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE
NORMAS TÉCNICAS (2004a), que orientam os objetivos e as prescrições da NBR 5410, entre
outros são:
a) proteção contra choques elétricos: pessoas e animais devem ser protegidos
contra choques elétricos, ocorrido pelo contato acidental com a parte viva
perigosa, ou através de falhas que possam colocar uma massa acidentalmente
sob tensão;
b) proteção contra efeitos térmicos: toda instalação deve ser concebida e
construída de maneira a evitar temperaturas elevadas ou arcos elétricos,
excluindo qualquer risco de incêndio de materiais inflamáveis e riscos de
queimaduras a pessoas e animais, quando em serviço normal;
31

c) proteção contra sobrecorrentes: pessoas, animais e bens devem ser protegidos


contra os efeitos negativos de temperaturas ou solicitações eletromecânicas
excessivas resultantes de sobrecorrentes a que os condutores vivos possam ser
submetidos;
d) circulação de correntes de falta: os condutores, com exceção dos condutores
vivos e outras partes destinadas a escoar correntes de falta devem suportar essas
correntes sem atingir temperaturas excessivas;
e) proteção contra sobretensões: pessoas, animais e bens devem ser protegidos
contra as consequências prejudiciais resultantes de sobretensões, como faltas
entre partes vivas de circuitos sob diferentes tensões, fenômenos atmosféricos
e manobras;
f) acessibilidade dos componentes: os componentes da instalação devem permitir
espaço suficiente tanto para a instalação inicial quanto para a substituição
posterior de partes, bem como acessibilidade para fins de operação, verificação,
manutenção e reparos;
g) seleção dos componentes: os componentes da instalação devem estar em
conformidade com as normas técnicas aplicáveis e possuir características
compatíveis com as condições elétricas, operacionais e ambientais a que forem
submetidos. Caso contrário, devem ser providas medidas compensatórias,
capazes de compatibilizá-las com as exigências da aplicação; e
h) instalação dos componentes: qualquer instalação elétrica deve ser executada de
forma cuidadosa, por pessoas qualificadas, de forma a assegurar, entre outros
objetivos, que:
 as características dos componentes da instalação, como indicado em “g”, não
sejam comprometidas durante sua montagem;
 os componentes da instalação, e os condutores em particular, sejam
identificados adequadamente;
 nas conexões, o contato seja seguro e confiável;
 os componentes sejam instalados preservando-se as condições de resfriamento
especificadas.

Para que as instalações elétricas de baixa tensão funcionem adequadamente e


possam garantir a segurança de pessoas, animais e a conservação de bens, é necessário que
32

todos os seus componentes elétricos, e isto inclui os quadros elétricos, atendam os critérios
estabelecidos na NBR 5410. (ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS,
2004a).
Neste sentido, serão apresentados alguns critérios e definições estabelecidos, que
não necessariamente, estão explícitos na NBR 5410, mas que serão necessários para o
entendimento e a normatização dos parâmetros de conformidades dos quadros elétricos
apresentados na norma ABNT NBR IEC 60439.

2.3.1.1 Instalação elétrica

É definida como o conjunto de componentes elétricos associados e com


características coordenadas entre si, constituído para uma finalidade determinada. (SOUZA;
MORENO, 2001).
As instalações elétricas, segundo SOUZA e MORENO (2001), podem ser
classificadas de acordo com a sua tensão nominal (UN) como:
a) baixa tensão (BT), com UN ≤ 1000V em corrente alternada (CA), ou com UN ≤
1500V em corrente contínua (CC);
b) alta tensão (AT), com UN > 1000V em corrente alternada (CA), ou com UN >
1500V em corrente contínua (CC); e
c) extra baixa tensão (EBT ou ELV, de extra-low voltage), com UN ≤ 50V em
corrente alternada (CA), ou com UN ≤ 120V em corrente contínua (CC).

2.3.1.2 Componente elétrico

Componente de uma instalação elétrica é um termo geral que se refere a um


equipamento elétrico ou a qualquer elemento necessário ao funcionamento da instalação.
(SOUZA; MORENO, 2001).

2.3.1.2.1 Equipamento elétrico

É um componente da instalação, constituindo uma unidade funcional completa e


distinta, que exerce uma ou mais funções relacionadas com geração, transmissão, distribuição
ou utilização de energia, incluindo máquinas, transformadores, dispositivos, aparelhos de
33

medição e equipamentos de utilização, que convertem energia elétrica em outra forma de


energia diretamente utilizável (mecânica, luminosa, térmica, etc.). (SOUZA; MORENO, 2001).

2.3.1.2.2 Quadro de distribuição principal

“Primeiro quadro de distribuição após a entrada da linha elétrica na edificação.


Naturalmente, o termo se aplica a todo quadro de distribuição que seja o único de uma
edificação”. (ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS, 2004a).

2.3.1.3 Circuito elétrico

Conjunto de componentes da instalação alimentados a partir da mesma origem e


com o mesmo dispositivo de proteção. Compreende, no caso mais geral, além dos condutores,
todos os dispositivos neles ligados, as tomadas de corrente, não incluindo os equipamentos de
utilização alimentados. Sua característica essencial é a proteção dos condutores contra
sobrecorrentes. (SOUZA; MORENO, 2001).

2.3.1.4 Manobra (elétrica)

É a mudança na configuração elétrica de um circuito, através de um dispositivo


adequado e destinado a essa finalidade, realizada de forma manual ou automática. (SOUZA;
MORENO, 2001).

2.3.1.5 Alimentação de instalações em BT

Para SOUZA e MORENO (2001), uma instalação em baixa tensão pode ser
alimentada:
a) diretamente em baixa tensão;
 por rede pública de baixa tensão da concessionária;
 por transformador exclusivo, da concessionária;
b) pela alta tensão, através de subestação de transformação do usuário; e
c) por fonte própria em baixa tensão.
34

2.3.1.6 Origem das instalações em BT

As prescrições da NBR 5410, segundo SOUZA e MORENO (2001), só se aplicam


a partir do ponto de origem de uma instalação em baixa tensão, conforme segue:

 na instalação conforme a condição (a) descrita anteriormente, a origem


corresponde aos terminais de saída do dispositivo geral de comando e proteção,
normalmente o disjuntor. Nos casos em que o disjuntor se encontra antes do
medidor, a origem corresponde aos terminais de saída do medidor, conforme
Figura 3;

Figura 3 – Origem de uma instalação alimentada diretamente em baixa tensão.

Fonte: SOUZA e MORENO (2001, p. 16).

 na instalação conforme a condição (b) descrita anteriormente, a origem


corresponde aos terminais do secundário do transformador. Se a subestação
possuir mais de um transformador e que não estejam ligados em paralelo, haverá
35

tantas origens (e tantas instalações) quantos forem os transformadores, como


mostra a Figura 4;

Figura 4 – Origem de uma instalação alimentada a partir de subestação do usuário.

Fonte: SOUZA e MORENO (2001, p. 16).

 na instalação conforme a condição (c) descrita anteriormente, a origem deve


incluir a fonte.

2.3.1.7 Isolação elétrica

Isolação é o material ou o conjunto de materiais com características que impedem


a circulação de corrente entre partes condutoras. É um conceito estritamente qualitativo.
(SOUZA; MORENO, 2001).

2.3.1.8 Isolamento elétrico

Isolamento é o conjunto das propriedades adquiridas por um corpo condutor,


decorrentes de sua isolação. Tem sentido “quantitativo” e seu uso está sempre associado a ideia
de valor, por vezes até implicitamente (resistência de isolamento, isolamento para baixa tensão,
isolamento para 0,6/1kV).
36

2.3.1.9 Choque elétrico

“Choque elétrico é o efeito patofisiológico resultante da passagem de uma corrente


elétrica, a chamada corrente de choque, através do corpo de uma pessoa ou de um animal.”
(SOUZA; MORENO, 2001).
Os choques elétricos em uma instalação, segundo SOUZA e MORENO (2001), são
provenientes de dois tipos de contatos:

 direto: contato de pessoas ou animais com partes vivas sob tensão; e


 indireto: contato de pessoas ou animais com uma massa que ficou sob tensões
em condições de falta (falha de isolamento).

2.3.1.9.1 Proteção básica

Medida adotada, destinada a impedir contato com partes vivas perigosas em


condições normais de funcionamento da instalação. (ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE
NORMAS TÉCNICAS, 2004a).

2.3.1.9.2 Proteção supletiva

Medida adotada, destinada a suprir a proteção contra choques elétricos quando


massas ou partes condutoras acessíveis tornam-se acidentalmente vivas. (ASSOCIAÇÃO
BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS, 2004a).

2.3.1.9.3 Princípio fundamental contra choques elétricos

A NBR 5410, ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS (2004a),


resume o princípio que fundamenta as medidas de proteção contra choques nos seguintes
critérios:
 partes vivas1 perigosas não devem ser acessíveis; e

1
Partes vivas da instalação elétrica são as partes energizadas e normalmente destinadas a conduzir corrente.
37

 partes condutoras acessíveis2 (massas) não devem oferecer perigo, em


condições normais, ou, em particular, em caso de alguma falha que as tornem
acidentalmente vivas.

2.3.1.9.4 Regra geral contra choques elétricos

A regra geral da proteção contra choques elétricos pressupõe que o princípio


fundamental enunciado em 2.3.1.10.4 seja assegurado, no mínimo, pelo provimento conjunto
de proteção básica e de proteção supletiva, mediante combinação de meios independentes ou
mediante aplicação de uma medida capaz de prover ambas as proteções, simultaneamente.
(ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS, 2004a).
Em outras palavras, conforme SOUZA e MORENO (2001), a proteção contra
choques elétricos deve ser garantida através de duas disposições protetoras:

 uma proteção básica, que assegura a proteção contra choques elétricos em


condições normais, mas que é suscetível de falhar, considerando essa
possibilidade; e
 uma proteção supletiva que, em caso de falha da proteção básica, ainda assim,
assegure a proteção contra choques elétricos.

2.3.1.10 Equipotencialização

A equipotencialização aplicada à proteção contra choques elétricos, em regra geral,


é a interligação de todas as massas da instalação situadas em uma mesma edificação, a um
mesmo e único eletrodo ou malha de aterramento. (ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE
NORMAS TÉCNICAS, 2004a).

2.3.1.11 Ligação equipotencial

É a equipotencialização aplicada à instalação elétrica (ou parte desta) e a seu


ambiente. Seu objetivo é colocar todas as massas em um mesmo potencial, evitando diferenças

2
Partes condutoras acessíveis não são energizadas normalmente e constituídas por material condutor.
38

de potencial perigosas entre massas e entre massas e os chamados elementos condutores não
pertencentes à instalação3. (SOUZA; MORENO, 2001).

2.3.1.12 Falta elétrica

Falta elétrica é o contato ou arco elétrico acidental entre partes vivas com potenciais
diferentes, entre parte viva e a terra (falta para a terra) ou entre parte viva e a massa (falta para
a massa), em uma instalação ou equipamento. As faltas ocorrem, via de regra, por falhas na
isolação entre as partes, podendo a impedância entre elas ser considerável ou desprezível (falta
direta). (SOUZA; MORENO, 2001).

2.3.1.13 Curto-circuito

Curto-circuito é uma ligação intencional ou acidental, através de uma impedância


desprezível, entre dois ou mais pontos de um circuito. Assim, um curto-circuito constitui uma
falta direta. (SOUZA; MORENO, 2001).

2.3.1.14 Capacidade de condução de corrente

É a corrente máxima que um condutor pode conduzir continuamente, em condições


especificadas, sem que sua temperatura em regime permanente ultrapasse um valor
predeterminado. (SOUZA; MORENO, 2001).

2.3.1.15 Corrente de fuga

Corrente de fuga, como conceito geral, é a corrente de condução que percorre um


caminho diferente do previsto, devido à falha na isolação. Como na prática não existe isolação
ideal, sempre existe corrente de fuga. Em particular, a corrente de fuga de uma instalação é a
corrente que, na ausência de falta, flui para a terra ou para elementos condutivos estranhos à
instalação. (SOUZA; MORENO, 2001).

3
Como exemplos de elementos condutores não pertencentes à instalação são: tubulações de gás, de incêndio,
outras partes metálicas da edificação, etc.
39

2.3.1.16 Sobrecorrente

SOUZA e MORENO (2001), definem sobrecorrente como a corrente elétrica, cujo


valor, excede um valor nominal. O valor nominal considerado para condutores, é a sua
capacidade de condução de corrente. Nas instalações elétricas, as sobrecorrentes são aquelas
que excedem a corrente de projeto, e podem ser de dois tipos:

 corrente de sobrecarga: provocada pelo aumento da carga em um circuito sem


que haja falta elétrica; e
 corrente de falta: corrente que, num circuito ou num equipamento, flui de um
condutor para outro e/ou para a terra ou para a massa.

2.3.1.17 Corrente de curto-circuito

Corrente de curto-circuito, um caso particular da corrente de falta, é a sobrecorrente


que resulta de uma falta direta entre condutores vivos sob potenciais diferentes quando em
funcionamento normal. Desta forma, só faltas diretas entre condutores de fase e/ou entre
condutor(es) de fase e o condutor neutro podem ser chamadas de correntes de curto-circuito.
(SOUZA; MORENO, 2001).

2.3.1.18 Influências externas

As instalações elétricas, bem como seus componentes, não podem ser dissociadas
do ambiente em que se encontram. Esse ambiente, pode introduzir riscos à segurança das
pessoas e ao desempenho dos componentes da instalação. Consequentemente, para que tenham
um desempenho satisfatório, as condições do ambiente devem ser consideradas na definição
das medidas para garantir segurança e das características exigíveis dos componentes. Essas
condições constituem as chamadas “influências externas.” (SOUZA; MORENO, 2001).
Ao identificar as influências externas que predominam, é necessário a instalação
dos componentes adequados àquele ambiente. As informações de desempenho e resistência às
influências externas pertinentes, devem ser fornecidas pelos fabricantes dos componentes,
cabendo ao projetista a previsão de medidas compensatórias, durante a instalação, sempre que
alguma característica não preencher de forma satisfatória a condição de influência externa
correspondente. (SOUZA; MORENO, 2001).
40

As características de desempenho e resistência dos componentes com relação à


temperatura ambiente, ao fogo, à corrosão, à resistência mecânica, entre outras, integra a
normalização e/ou os ensaios específicos aos quais foram submetidos.
As características relativas às influências externas como: presença de água,
presença de corpos sólidos e a competência das pessoas, entre outras, são normalizadas através
dos conhecidos e consagrados índices de proteção IP. (SOUZA; MORENO, 2001).

2.3.1.18.1 Grau de proteção

A norma internacional, IEC 60529, Degrees of protection provided by enclosures


(IP Code), define os graus de proteção providos por invólucros, classificando-os através dos
índices IP (International Protection Code). A relação desses índices com as normas de
instalações ocorre, diretamente, através das seguintes influências externas: presença de água,
presença de corpos sólidos e competência das pessoas, podendo suas implicações se
estenderem, indiretamente, a outros tipos de influências externas. (SOUZA; MORENO, 2001).
A IEC 60529 define os graus de proteção e especifica os ensaios que os invólucros
devem satisfazer para enquadramento nos respectivos índices IP. A norma é aplicada aos
invólucros de um equipamento pronto para uso, quanto um invólucro puro e simples, como as
caixas, dos mais diversos tipos, disponíveis para o alojamento de componentes e equipamentos,
conexões e derivações ou a montagem de quadros elétricos. (SOUZA; MORENO, 2001).
Segundo SOUZA e MORENO (2001), na prática, essa orientação, que impõe
compatibilidade entre as características construtivas do componente e o ambiente onde será
instalado, geralmente não tem sido respeitada, onde o emprego de materiais sem o grau de
proteção adequado, como no caso das tomadas, interruptores e luminárias, concebidas para uso
interno, são instaladas em áreas externas.
O uso correto dos equipamentos com o grau de proteção adequado, é tratado com
clareza pela norma, como também, fornecido pelos fabricantes de materiais elétricos
normatizados.
A classificação é constituída pelas letras “IP” seguidas por dois algarismos e,
conforme o caso, por mais uma ou duas letras, conforme Figura 5.
41

Figura 5 – Significado dos códigos IP

Fonte: Eikon - Produtos.

O primeiro algarismo indica a proteção que o invólucro oferece contra a penetração


de corpos ou objetos sólidos, isto é, o tipo de barreira que o invólucro oferece, ao equipamento
montado em seu interior, contra o ingresso de materiais estranhos como ferramentas, pontas de
fio, poeiras, etc. Traduz também, como segundo aspecto, a proteção que o invólucro oferece,
ao usuário, contra contatos acidentais com partes internas perigosas (partes vivas). O segundo
algarismo indica a proteção que o invólucro oferece, ao equipamento no seu interior, contra o
ingresso de líquidos, mais exatamente de água. Quando a proteção correspondente não for
aplicável em relação aos dois primeiros algarismos, a norma prevê, em substituição, o uso da
letra “X”. (SOUZA; MORENO, 2001).
42

As duas letras finais previstas na norma IEC 60529, são qualificadas de letra
adicional e de letra suplementar, respectivamente. A letra adicional está relacionada também ao
segundo aspecto atribuído ao primeiro algarismo dos códigos IP, isto é, de proteção das pessoas
contra contatos acidentais com partes perigosas no interior do invólucro. Não se trata de
redundância, mas sim de uma proteção adicional em relação ao grau de proteção contra
penetração de corpos sólidos estranhos, relativo ao primeiro algarismo do índice IP, mas um
grau de proteção contra contatos acidentais efetivamente superior àquele, que caberia então, à
letra adicional informar. A letra suplementar, última letra representativa do código, acrescenta
informações gerais ao índice IP, designadas pelas letras, conforme apresentado na Figura 5.
(SOUZA; MORENO, 2001).
O Quadro 2, alinhado com os Quadros 3 e 4 da NBR 5410, apresentam as
influências externas AD (presença de água) e AE (presença de corpos sólidos) e os graus de
proteção IP exigidos.

Quadro 2 – Influências externas AD e AE e os respectivos graus de proteção IP

Fonte: SOUZA e MORENO (2001, p. 31).


43

Quadro 3 – Presença de água

Fonte: ABNT NBR 5410 (2004, p. 22).

Quadro 4 – Presença de corpos sólidos

Fonte: ABNT NBR 5410 (2004, p. 22, 23).


44

Quadro 4 – Presença de corpos sólidos (continuação)

Fonte: ABNT NBR 5410 (2004, p. 22, 23).

2.3.1.18.2 Grau de proteção contra impactos

A exemplo da norma internacional, IEC 60529, citada anteriormente, a norma


europeia EN 50102, Degrees of protection provided by enclosures for electrical equipment
against external mechanical impacts (IK code), define o grau de proteção oferecido pelo
invólucro contra impactos mecânicos externos, especificando também os ensaios pertinentes,
classificando-os através dos índices IK (IK code), constituído pelas letras IK seguidas de dois
algarismos, de 00 a 10. (SOUZA; MORENO, 2001).
O Quadro 5 relaciona os onze graus de proteção IK previstos na norma, com a
energia de impacto correspondente a cada um. Os ensaios devem ser efetuados por martelos,
que podem ser de três tipos:
 pendular, aplicável a todos os graus de proteção;
 de mola, para os graus IK 01 a IK 07; e
 de queda livre, para os graus IK 07 a IK 10.

Os invólucros dos equipamentos quando submetido ao ensaio previsto na norma,


deve suportar a energia de impacto definida sem que isso afete sua segurança elétrica, sua
45

segurança mecânica e sua função básica. Isso significa também, que após submetido ao ensaio,
o invólucro não pode ter sua classificação IP comprometida. (SOUZA; MORENO, 2001).

Quadro 5 – Graus de proteção IK

Fonte: SOUZA e MORENO (2001, p. 37).

2.3.1.19 Conjuntos de proteção, manobra e comando

Segundo a ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS (2004a), “os


quadros de distribuição são considerados como conjuntos de proteção, manobra e comando.”
Neste sentido, a NBR 5410, em seu item 6.5.4.1 recomenda que os conjuntos
montados em fábrica, assim como os conjuntos fornecidos na forma de kits, conforme ou
derivados de protótipos e que tenham sido submetidos com sucesso aos ensaios de tipo
pertinentes, devem atender à ABNT NBR IEC 60439-1. (ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE
NORMAS TÉCNICAS, 2004a).
Quaisquer outros conjuntos diferentes daqueles especificados em 6.5.4.1 devem
resultar em níveis de desempenho e segurança equivalentes aos definidos na ABNT NBR IEC
60439-1, além de respeitar as distâncias mínimas:

a) entre partes vivas nuas de polaridades distintas: 10 mm;


b) entre partes vivas nuas e outras partes condutivas (massas, invólucros): 20 mm.
46

Nas situações em que os invólucros desses conjuntos, possuírem aberturas cuja menor dimensão
esteja compreendida entre 12 mm e 50 mm, a distância especificada em b) deve ser aumentada
para 100 mm. (ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS, 2004a).
De acordo com a ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS
(2004a), todos os conjuntos devem ainda atenderem o que segue:

a) serem especificados, montados e instalados atendendo-se à todas as prescrições


dessa NBR;
b) possuírem grau de proteção do conjunto compatível com as influências externas
previstas;
c) terem seus dispositivos de proteção, manobra e comando instalados e ligados
segundo as instruções fornecidas pelo fabricante, respeitadas as prescrições
dessa NBR;
d) terem seus condutores de alimentação dos componentes e instrumentos fixados
nas portas ou tampas, dispostos de tal forma que os movimentos das portas ou
tampas não possam causar danos a esses condutores; e
e) possuírem espaço previsto de reserva para ampliações futuras, com base no
número de circuitos com que o quadro for efetivamente equipado, conforme
Quadro 6.

Quadro 6 – Quadros de distribuição – espaço de reserva.

Fonte: ABNT NBR 5410 (2004, p. 157).

f) serem instalados em local de fácil acesso e serem providos de identificação do


lado externo, legível e não facilmente removível, especialmente para os quadros
de distribuição;
47

g) terem todos seus componentes identificados em correspondência com os


respectivos circuitos e com as notações adotadas nos projetos, esquemas e
demais documentos, de forma legível, indelével, posicionada de maneira a
evitar qualquer risco de confusão; e
h) os quadros de distribuição destinados a instalações residenciais e análogas,
devem possuir a advertência, conforme Figura 6.

Figura 6 – Advertência dos quadros de distribuição.

Fonte: ABNT NBR 5410 (2004, p. 158).

2.3.2 ABNT NBR IEC 60439 – Conjunto de Manobra e Controle de Baixa Tensão

A NBR IEC 60439-1, parte 1, é a norma que trata dos conjuntos de manobra e
controle de baixa tensão com ensaios de tipo totalmente testados (TTA) e conjuntos com ensaio
de tipo parcialmente testados (PTTA) e tem por objetivo estabelecer as definições e indicar as
condições de serviço, os requisitos de construção, as características técnicas e os ensaios para
conjuntos de manobra e controle de baixa tensão. Os ensaios aplicados aos conjuntos de
manobra e controle de baixa tensão são os de tipo totalmente testados (TTA) e de tipo
parcialmente testados (PTTA), para tensão nominal aplicada até 1000 VCA com frequência até
1000 Hz, ou 1500 VCC. (ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS, 2003).
A NBR IEC 60439-3, parte 3, é a norma que trata dos requisitos particulares para
montagem de acessórios de baixa tensão, relativos aos quadros de distribuição, destinados a
instalação em locais acessíveis a pessoas não qualificadas durante sua utilização.
48

Tem por objetivo, fornecer os requisitos adicionais para quadros de distribuição


(QD) e seus invólucros, submetidos a ensaio de tipo totalmente testados (TTA) fixos, contendo
dispositivos de proteção, controle e/ou sinalização, destinados para uso interno, em aplicações
domésticas ou em outros locais, acessíveis por pessoas não qualificadas. As tensões fase-terra
não poderão exceder 300 V em corrente alternada (ca), com proteção contra curtos-circuitos
dos circuitos de saída de até 125 A, individualmente, e com proteção de entrada de até 250 A.
(ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS, 2004b).
Neste sentido, serão abordadas as definições, as condições de serviço, os requisitos
de construção, as características técnicas e os ensaios para conjuntos de manobra e controle de
baixa tensão da norma NBR IEC 60439-1, os quais se aplicam para caracterizar os quadros de
distribuição, definidos na norma NBR IEC 60439-3, além dos requisitos adicionais previstos
nesta última, objeto de estudo deste trabalho.

2.3.2.1 Definições gerais

Para os efeitos das normas4 em estudo, aplicam-se as seguintes definições:

2.3.2.1.1 Conjunto de manobra e controle de baixa tensão com ensaios de tipo totalmente
testados (TTA)

É todo conjunto5 em conformidade com um tipo ou sistema estabelecidos, que


mantém o desempenho em relação àquele conjunto típico verificado que está em conformidade
com as normas. (ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS, 2003).

2.3.2.1.2 Circuito principal

Todas as partes condutoras de um conjunto integrantes do circuito destinado a


transmitir energia elétrica. (ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS, 2003).

2.3.2.1.3 Circuito auxiliar

4
O termo normas será utilizado para designar as normas ABNT NBR IEC 60439-1 e 60439-3 em conjunto.
5
O termo conjunto será utilizado para designar conjunto de manobra e controle de baixa tensão.
49

Todas as partes condutoras de um conjunto de um circuito, com exceção do circuito


principal, destinado a controlar, medir, sinalizar, regular, processar dado, etc. (ASSOCIAÇÃO
BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS, 2003).

2.3.2.1.4 Barramento

Condutor de baixa impedância onde podem ser conectados vários circuitos elétricos
separadamente. (ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS, 2003). A norma
define também, os seguintes barramentos:

 barramento principal: barramento onde podem ser conectados um ou mais


barramentos de distribuição e/ou unidades de entrada e de saída (ASSOCIAÇÃO
BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS, 2003);
 barramento de distribuição: barramento dentro de uma seção, conectado ao
barramento principal e a partir do qual, são alimentadas unidades de saída
(ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS, 2003).

2.3.2.1.5 Quadro de distribuição

Conjunto contendo dispositivos de manobra, de proteção, dispositivos de


sinalização e outros dispositivos de controle, podendo estes, serem fornecidos separadamente,
associados a um ou mais circuitos de saída, alimentados por um ou mais circuitos de entrada
juntamente com os bornes para os condutores neutro e os condutores do circuito de proteção.
(ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS, 2004b).

2.3.2.1.6 Condição de ensaio

Condição de um conjunto ou parte dele em que os circuitos principais estão


desenergizados e os circuitos auxiliares associados estão conectados, permitindo ensaios de
operação de dispositivos incorporados. (ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS
TÉCNICAS, 2003).

2.3.2.2 Definições relativas à vista externa dos conjuntos

2.3.2.2.1 Conjunto fechado


50

Conjunto fechado em todos os lados, com possível exceção na sua superfície de


montagem, assegurando um grau de proteção mínimo igual a IP2X. (ASSOCIAÇÃO
BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS, 2003).

2.3.2.2.2 Conjunto tipo modular

Conjunto fechado em forma de caixa, em princípio para ser montado em um plano


vertical. (ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS, 2003).

2.3.2.3 Definições relativas às partes estruturais dos conjuntos

2.3.2.3.1 Invólucro

Elemento que protege o equipamento contra certas influências externas, contra


contato direto, em qualquer direção, com um grau de proteção mínimo igual a IP2X.
(ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS, 2003).

2.3.2.3.2 Barreira

Elemento que assegura a proteção contra contato direto de qualquer direção habitual
de acesso, com grau de proteção mínimo igual a IP2X, e contra arcos de dispositivos de
manobra entre outros. (ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS, 2003).

2.3.2.3.3 Obstáculo

Elemento que impede contato direto de forma acidental, mas possibilita um contato
direto por ação deliberada. (ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS, 2003).

2.3.2.3.4 Obturador

De acordo com a ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS


(2003), parte móvel entre:

 uma posição na qual permite encontro dos contatos das partes removíveis ou
extraíveis com contatos fixos, e
51

 uma posição na qual se torna parte de um fechamento ou uma divisão que protege
os contatos fixos.

2.3.2.3.5 Partes para propósitos estéticos

Partes fornecidas apenas para melhorar a aparência de um conjunto, não


proporcionando proteção elétrica ou mecânica. (ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS
TÉCNICAS, 2004b).

2.3.2.4 Definições relativas às condições de instalação dos conjuntos

2.3.2.4.1 Conjunto para instalações abrigadas

Conjunto projetado para uso abrigado, sob condições habituais de serviço,


considerando os limites especificados em 2.3.2.11. (ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE
NORMAS TÉCNICAS, 2003).

2.3.2.4.2 Conjunto para instalações ao tempo

Conjunto projetado para uso ao tempo, sob condições de serviço habituais,


considerando os limites especificados em 2.3.2.11. (ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE
NORMAS TÉCNICAS, 2003).

2.3.2.5 Definições relativas às medidas de proteção contra choques elétricos

2.3.2.5.1 Parte energizada

Condutor ou parte condutora energizada em uso normal, inclusive condutor neutro,


mas, por convenção, não um condutor PEN; (ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS
TÉCNICAS, 2003).

2.3.2.5.2 Parte da estrutura condutora exposta


52

Parte condutora de equipamento elétrico que normalmente não é energizada, mas


que pode se tornar energizada em caso de falha; (ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS
TÉCNICAS, 2003).

2.3.2.5.3 Condutor de proteção (PE)

Condutor requerido por certas medidas de proteção contra choque elétrico, podendo
conectar eletricamente a quaisquer das partes seguintes, conforme ASSOCIAÇÃO
BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS (2003):

 partes da estrutura condutoras expostas;


 partes condutoras externas;
 terminal de aterramento principal;
 eletrodo de terra; e
 ponto aterrado da fonte ou neutro artificial.

2.3.2.5.4 Condutor neutro (N)

Condutor capaz de contribuir para a transmissão de energia elétrica do circuito,


conectado ao ponto neutro de um sistema. (ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS
TÉCNICAS, 2003).

2.3.2.5.5 Condutor PEN

Condutor aterrado com as funções de condutor de proteção e condutor neutro.


(ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS, 2003).

2.3.2.5.6 Corrente de fuga

Corrente resultante de uma falha ou de ruptura na isolação. (ASSOCIAÇÃO


BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS, 2003).

2.3.2.5.7 Corrente de fuga à terra


53

Corrente de fuga que flui para terra. (ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS


TÉCNICAS, 2003).

2.3.2.5.8 Proteção contra contato direto

“Prevenção de contato perigoso de pessoas com partes energizadas.”


(ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS, 2003).

2.3.2.5.9 Proteção contra contato indireto

“Prevenção de contato perigoso de pessoas com partes da estrutura condutoras


expostas.” (ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS, 2003).

2.3.2.6 Definições relativas à coordenação de isolação

2.3.2.6.1 Distância de isolamento

Distância entre duas partes condutoras em linha reta, configurando o menor


caminho entre estas partes condutoras. (ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS
TÉCNICAS, 2003).

2.3.2.6.2 Distância de escoamento

“Menor distância ao longo da superfície de um material isolante entre duas partes


condutoras.” (ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS, 2003).

2.3.2.6.3 Tensão de operação

Maior valor de tensão CA (r.m.s.) ou CC que pode ocorrer entre qualquer isolação,
sob tensão nominal de alimentação em condições de circuito aberto ou em condições normais
de funcionamento, desconsiderando transientes. (ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE
NORMAS TÉCNICAS, 2003).

2.3.2.6.4 Poluição
54

Qualquer material externo sólido, líquido ou gasoso, capaz de reduzir a rigidez


dielétrica ou resistividade superficial. (ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS
TÉCNICAS, 2003).

2.3.2.6.5 Grau de poluição

Número convencional baseado na quantidade de poeira condutiva ou higroscópica,


gás ionizado ou sal e, também, na umidade relativa e sua frequência de ocorrência, que resulta
em absorção higroscópica ou condensação de umidade, capaz de reduzir a rigidez dielétrica
e/ou resistividade superficial. (ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS,
2003).

2.3.2.7 Definições relativas à corrente de curto-circuito

2.3.2.7.1 Corrente de curto-circuito (Ic)

“Sobrecorrente resultante de uma falta ou uma ligação incorreta em um circuito


elétrico”. (ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS, 2003).

2.3.2.7.2 Corrente presumida de curto-circuito (Icp)

Corrente que circula quando os condutores de alimentação do circuito estão em


curto-circuito através de impedância desprezível, localizada mais perto possível dos terminais
de alimentação do conjunto. (ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS,
2003).

2.3.2.8 Classificação dos conjuntos

Segundo a ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS (2003) e


com os requisitos adicionais da ABNT NBR 60439-3, os conjuntos são classificados de acordo
com:
 a vista externa;
 o local de instalação;
 o grau de proteção;
 o tipo de invólucro;
55

 o método de montagem, por exemplo, partes fixas ou removíveis;


 as medidas para a proteção de pessoas.

2.3.2.9 Características elétricas dos conjuntos

2.3.2.9.1 Tensão nominal de operação (Ue)

É o valor de tensão entre fases, para circuitos polifásicos que, combinada com a
corrente nominal deste circuito, determina sua utilização. Para circuitos polifásicos, é a tensão
entre fases. (ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS, 2003).

2.3.2.9.2 Tensão nominal de isolamento (Ui)

É o valor da tensão referida a uma distância de escoamento e as tensões de ensaio


dielétricas. (ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS, 2003).

2.3.2.9.3 Tensão suportável nominal de impulso (Uimp)

“Valor de pico de uma tensão de impulso de forma e polaridade prescritas que o


circuito de um conjunto é capaz de suportar, sem falha, sob condições especificadas de ensaio
e para as quais se referem os valores das distâncias de isolação.” (ASSOCIAÇÃO
BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS, 2003).

2.3.2.9.4 Corrente nominal (In)

“A corrente nominal de um circuito de um conjunto é fixada pelo fabricante,


levando em consideração a potência nominal dos componentes do equipamento elétrico dentro
do conjunto, a sua disposição e a sua aplicação.” (ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE
NORMAS TÉCNICAS, 2003).

2.3.2.9.5 Corrente nominal de um quadro de distribuição

“É a corrente indicada pelo fabricante como a corrente nominal do circuito ou dos


circuitos de entrada. Se houver mais de um circuito de entrada, a corrente nominal de um quadro
de distribuição é a soma aritmética das correntes nominais de todos os circuitos de entrada
56

destinados a serem utilizados simultaneamente. Esta(s) corrente(s) deve(m) circular sem que a
elevação da temperatura das diversas partes, exceda os limites especificados, quando ensaiado.”
(ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS, 2004b).

2.3.2.9.6 Corrente suportável nominal de curta duração (Icw)

É o valor eficaz da corrente de curta duração que um circuito pode conduzir,


designado pelo fabricante, sem danos, sob as condições de ensaio especificadas durante 1 s,
salvo indicação em contrário pelo fabricante. (ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS
TÉCNICAS, 2003).

2.3.2.9.7 Corrente nominal condicional de curto-circuito (Icc)

É o valor da corrente de curto-circuito presumida que um circuito,


especificado pelo fabricante, protegido por um dispositivo de proteção contra curto-
circuito especificado pelo fabricante, pode suportar satisfatoriamente durante o tempo
de funcionamento do dispositivo sob as condições de ensaio. (ASSOCIAÇÃO
BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS, 2003).

2.3.2.9.8 Frequência nominal

É o valor da frequência que designa o conjunto e para a qual as condições de


funcionamento se referem. (ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS, 2003).

2.3.2.10 Informações sobre o conjunto

Informações a serem dadas sobre o conjunto, pelo fabricante. (ASSOCIAÇÃO


BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS, 2003).

2.3.2.10.1 Placa de identificação

Todo conjunto deve ser provido de uma ou mais placas, identificadas de maneira
durável, localizadas em lugar visível e de forma legível, no conjunto instalado. (ASSOCIAÇÃO
BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS, 2003).
57

Nos quadros de distribuição, de acordo com a NBR IEC 60439-3, as placas de


identificação podem ser instaladas atrás da porta ou cobertura removível. (ASSOCIAÇÃO
BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS, 2004b).
Também, de acordo com a ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS
TÉCNICAS (2004b), as informações especificadas nas alíneas a) e b) devem ser dadas na placa
de identificação e as informações das alíneas restantes, quando aplicável, devem ser dadas na
placa de identificação ou na documentação técnica do fabricante:

a) nome ou marca do fabricante, considerado como sendo a organização que tem a


responsabilidade pelo conjunto completo;
b) designação de tipo ou número de identificação, ou qualquer outro meios de
identificação que torne possível a obtenção do fabricante de informações
pertinentes;
c) indicação da norma IEC 60439-3;
d) tipo de corrente (e frequência, no caso de CA);
e) tensões nominais de operação;
f) tensões nominais de isolamento;
- tensão suportável nominal de impulso, quando especificado pelo fabricante;
g) tensões nominais dos circuitos auxiliares (se aplicável);
h) limites de operação;
i) corrente nominal de cada circuito;
j) corrente suportável de curto-circuito;
k) grau de proteção, se maior que IP2X, de acordo com a IEC 60529;
l) medidas para proteção de pessoas;
m) condições de serviço para uso interno, uso externo ou uso especial, se diferente
das condições habituais de serviço;
- grau de poluição, quando especificado pelo fabricante;
n) tipos de sistema de aterramento para o qual o conjunto foi projetado;
o) dimensões indicadas, de preferência, na seguinte ordem: altura, largura (ou
comprimento), profundidade;
p) peso;
q) ambiente 1 ou 2; e
r) corrente nominal do quadro de distribuição, que deve ser marcada sobre o
conjunto ou sobre a placa de identificação.
58

2.3.2.10.2 Identificação

Dentro do conjunto deve ser possível identificar os circuitos individuais e seus


dispositivos de proteção, através de indicações idênticas àquelas usadas nos diagramas de
ligações elétricas que podem ser fornecidos com o conjunto e deve estar conforme a IEC 60750.
(ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS, 2003).

2.3.2.11 Condições de serviço

As condições normais de serviço em conformidade com as normas, são as


seguintes:

2.3.2.11.1 Temperatura ambiente

Conforme a ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS(2003), as


temperaturas ambientes são:

Para instalações abrigadas:


 A temperatura ambiente não excede + 40°C e a sua média, em um período de 24
h, não excede + 35°C;
 O limite inferior da temperatura ambiente é - 5°C.

Para instalações ao tempo:


 A temperatura ambiente não excede + 40°C e a sua média, em um período de 24
h, não excede + 35°C; e
 O limite inferior da temperatura ambiente é de - 25°C em um clima temperado e
- 50°C em um clima ártico.

2.3.2.11.2 Condições atmosféricas

Conforme a ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS (2004b),


as condições atmosféricas são:

a) Para instalações abrigadas:


 O ar é limpo e sua umidade relativa não excede 50% a uma temperatura
máxima de + 40°C, podendo ser permitidas umidades relativas mais altas a
59

temperaturas mais baixas, por exemplo 90% a + 20°C, tomando cuidado com
a condensação moderada, devido a variações de temperatura.

b) Para instalações ao tempo:


 A umidade relativa, temporariamente, a 100% para uma temperatura
máxima de + 25°C.

2.3.2.11.3 Grau de poluição

“O grau de poluição se refere às condições ambientais para as quais o conjunto é


previsto.” (ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS, 2003).
Para dispositivos de manobra e componentes internos ao invólucro, é aplicável o
grau de poluição das condições ambientais internas do invólucro. (ASSOCIAÇÃO
BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS, 2004b).
Para a avaliação das distâncias de isolação e de escoamento, os quatro graus de
poluição seguintes no microambiente são estabelecidos. (ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE
NORMAS TÉCNICAS, 2003).

 grau 1: sem poluição ou somente seca não condutora;


 grau 2: normalmente poluição não condutora, ocorrendo ocasionalmente, uma
condutividade temporária causada por condensação;
 grau 3: com poluição condutora ou poluição seca não condutora que se torna
condutora devido à condensação; e
 grau 4: com poluição que provoca uma condutividade persistente que pode ser
causada, por exemplo, por pó condutivo ou pela chuva ou neve.

Os conjuntos segundo a NBR IEC 60439-3 são geralmente utilizados em um


ambiente de grau de poluição 2. Outros graus de poluição podem ser utilizados para as
aplicações específicas ou de acordo com o microambiente. (ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE
NORMAS TÉCNICAS, 2004b).

2.3.2.11.4 Condições especiais de serviço


60

De acordo com a ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS


(2004b), devem ser cumpridos os requisitos específicos, caso exista quaisquer das condições de
serviço especiais seguintes, ou serem feitos acordos especiais entre o usuário e o fabricante.
Cabe ao usuário informar o fabricante se tais condições de serviço excepcionais
existem, como por exemplo:

 valores de temperatura, umidade relativa e/ou altitude diferentes daqueles


especificados;
 aplicações onde variações de temperatura e/ou pressão do ar ocorrem a uma tal
velocidade que uma condensação excepcional está sujeita a ocorrer dentro do
conjunto.
 poluição forte do ar por pó, fumaça, partículas corrosivas ou radioativas, vapores
ou sal;
 exposição a fortes campos elétricos ou magnéticos;
 exposição a temperaturas extremas, por exemplo, radiação de sol ou fornos;
 ataque por fungo ou pequenos animais;
 instalação em locais onde existem perigo de incêndio ou de explosão;
 exposição a fortes vibrações e choques;
 instalação em tal condição que a capacidade de circulação de corrente ou
capacidade de interrupção é afetada. Os conjuntos do tipo embutir em parede não
são considerados como sendo uma condição especial. (ASSOCIAÇÃO
BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS, 2004b).

2.3.2.12 Projeto e construção mecânico

“Os conjuntos destinados a serem utilizados por pessoas não qualificadas devem
ser projetados como conjuntos de manobra e controle de baixa tensão do tipo totalmente
testados (TTA).” (ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS, 2004b).
Estes devem ser construídos com materiais capazes de resistir aos esforços
mecânicos, elétricos e térmicos, bem como aos efeitos da umidade, submetidos quando em
serviço normal. (ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS, 2003).
Os quadros de distribuição com partes em materiais isolantes, a resistência ao calor
deve ser verificada de acordo com esta norma, assim como a resistência dos materiais isolantes
61

ao calor anormal e ao fogo, devido aos efeitos elétricos internos. (ASSOCIAÇÃO


BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS, 2004b).
Deve ser assegurada proteção contra corrosão pelo emprego de materiais
apropriados ou pela aplicação de camadas protetoras equivalentes em superfície exposta,
considerando as condições pretendidas de uso e manutenção. (ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA
DE NORMAS TÉCNICAS, 2003).
Os quadros de distribuição com partes estruturais em metais ferrosos, inclusive os
invólucros, devem ter resistência adequada à ferrugem quando ensaiado conforme esta norma.
(ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS, 2004b).
O invólucro ou divisões, os meios de fechamento das portas, partes extraíveis etc.,
devem apresentar uma resistência mecânica suficiente, capaz de suportar os esforços aos quais
eles podem ser submetidos em serviço normal. (ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS
TÉCNICAS, 2003).
Invólucros dos quadros de distribuição em particular, devem, adicionalmente,
suportar a um ensaio de impacto mecânico, não sendo aplicado as partes para propósitos
estéticos. (ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS, 2004b).
Os dispositivos e os circuitos do conjunto devem ser dispostos de maneira que
facilite a sua operação e manutenção, assegurando o grau necessário de segurança.
(ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS, 2003).
Cobertura a serem removidas durante a instalação ou a manutenção não deve ser
usada para fixar componentes aos quais são conectados condutores sujeitos a qualquer esforço
quando da sua remoção. Neste caso, deve ser usada uma porta articulada. Portas e materiais
semelhantes, providos de dobradiças, devem ser usados neste caso, permitindo também, acesso
livre e facilidade de operação dos componentes incorporados. (ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA
DE NORMAS TÉCNICAS, 2004b).

2.3.2.12.1 Propriedades dielétricas

Quando, o fabricante fornecer o valor da tensão suportável nominal de impulso para


um circuito ou circuitos de um conjunto, os requisitos desta norma se aplicam e o(s) circuito(s)
deve(m) satisfazer o ensaio da tensão suportável de impulso e as verificações das distâncias de
escoamento. Caso contrário, os circuitos do conjunto devem satisfazer os ensaios dielétricos
especificados nesta norma. (ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS, 2003).
62

2.3.2.12.2 Distâncias de isolação

As distâncias de isolação devem ser suficientes para permitir que os circuitos


suportem a tensão de ensaio e devem ter valores tão altos quanto os valores dados no Quadro
7, para o caso B, campo homogêneo. Se as distâncias de isolação correspondentes à tensão
suportável nominal de impulso e o grau de poluição forem maiores que os valores dados no
Quadro 7, para caso A - campo não homogêneo, não é requerido ensaio. (ASSOCIAÇÃO
BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS, 2003).

Quadro 7 – Distâncias mínimas de isolação no ar.

Fonte: ABNT NBR IEC 60439-1 (2004, p. 50).

2.3.2.12.3 Distâncias de escoamento

a) dimensões: para graus de poluição 1 e 2, as distâncias de escoamento não devem


ser inferiores que as distâncias de escoamento associadas, selecionadas de acordo
com esta norma. (ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS,
2003).
b) uso de nervuras: a distância de escoamento pode ser reduzida a 0,8 do valor do
Quadro 8 usando nervuras com altura mínima de 2 mm, independentemente do
63

número, com largura mínima da nervura determinada por requisitos mecânicos.


(ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS, 2003).
c) aplicações especiais: Os circuitos previstos em aplicações, onde consequências
graves de uma falha de isolação tem que ser consideradas, devem ter um ou mais
dos fatores de influência (distâncias, materiais isolantes, poluição no
microambiente) utilizados de tal modo para obter uma tensão de isolamento mais
alta que a tensão nominal de isolamento dada aos circuitos, conforme Quadro 8.
(ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS, 2003).
64

Quadro 8 – Distâncias de escoamento mínimas.

Fonte: ABNT NBR IEC 60439-1 (2004, p. 52).


65

2.3.2.12.4 Espaçamentos entre circuitos distintos

Deve ser usada a tensão mais alta (entre a tensão suportável nominal de impulso
para distâncias de isolação e isolação sólida associada, e a tensão nominal de isolamento para
distâncias de escoamento), para dimensionar as distâncias de isolação, de escoamento e de
isolação sólida entre circuitos distintos. (ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS
TÉCNICAS, 2003).

2.3.2.12.5 Terminais de conexão para condutores externo

 o fabricante deve indicar se os terminais são apropriados para conexão de


condutores de cobre ou de alumínio, ou ambos. Devem ser tais que os condutores
possam ser conectados por meios de parafusos, conectores etc., e que assegurem
que a pressão de contato necessária correspondente à corrente nominal e a corrente
de curto-circuito do dispositivo e ao circuito, seja mantida. (ASSOCIAÇÃO
BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS, 2003);
 os terminais de conexão devem ser capazes de acomodar condutores da menor à
maior seção correspondente à corrente nominal. (ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA
DE NORMAS TÉCNICAS, 2003);
 Deve ser previsto o mesmo número de bornes para os condutores de neutro para
corresponder ao número de condutores neutros de saída. Estes bornes devem ser
localizados ou identificados na mesma sequência dos seus respectivos condutores
de fase. (ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS, 2004b);
 devem ser fornecidos também, terminais para os condutores de proteção dos
circuitos de entrada, de saída e para todo condutor de ligação de equipotencialidade
que possa ser requerido em função do esquema de aterramento, localizados e
identificados da mesma maneira em relação aos condutores de neutro.
(ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS, 2004b); e
 aberturas para os cabos, placas de fechamento etc. devem ser projetadas de tal
forma que, após serem instalados corretamente, as medidas de proteção
especificadas contra contato e grau de proteção devem ser obtidas. (ASSOCIAÇÃO
BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS, 2003).
66

2.3.2.12.6 Identificação dos terminais de conexão

É recomendado que a identificação dos terminais de conexão seja de acordo com a


norma IEC 60445. (ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS, 2003).

2.3.2.12.7 Grau de Proteção

 conjuntos para uso abrigado, onde não há nenhum requisito para proteção contra
penetração de água, são preferidas as seguintes referências de grau de proteção:
IP2XC, IP3X, IP4X, IP5X. (ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS
TÉCNICAS, 2004b);
 após a instalação, conforme as instruções do fabricante, o conjunto fechado deve
possuir um grau de proteção de pelo menos IP2XC. (ASSOCIAÇÃO
BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS, 2004b).

2.3.2.13 Proteção contra choque elétrico

“Os requisitos seguintes são destinados para assegurar que as medidas de proteção
exigidas são obtidas quando um conjunto é instalado em um sistema, em conformidade com a
especificação pertinente.” (ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS, 2003).

2.3.2.13.1 Proteção contra contato direto

A proteção contra contato direto pode ser obtida por meio de medidas de construção
adequada no próprio conjunto ou por medidas adicionais a serem adotadas durante a instalação.
Podem ser adotadas uma ou mais medidas de proteção definidas abaixo, levando em conta os
requisitos especificados nas subseções seguintes. (ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE
NORMAS TÉCNICAS, 2003).

 proteção por isolação de partes energizadas: Partes energizadas devem ser


completamente cobertas com um material isolante, podendo ser removido somente
mediante a sua destruição. Executada de material apropriado, capaz de resistir, de
forma durável, aos esforços mecânicos, elétricos e térmicos que a isolação pode ser
submetida em serviço;
67

 Proteção por barreiras ou invólucros: Devem ser cumpridos os seguintes


requisitos:
 Toda superfície externa deve apresentar um grau de proteção contra
contato direto, de pelo menos IP2XC de acordo com a norma IEC 60529.
(ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS, 2004b).
A distância entre os meios mecânicos providos para proteção e as partes
energizadas por eles protegidas, não deve ser inferior aos valores especificados
para as distancias de escoamento e de isolação, a menos que os meios
mecânicos sejam de material isolante. (ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE
NORMAS TÉCNICAS, 2003);
 Todas as barreiras e invólucros devem ser firmemente presos no lugar.
Levando em conta a sua natureza, tamanho e arranjo, eles devem ter
estabilidade e durabilidade suficientes para resistir às solicitações e aos
esforços prováveis de acontecerem em serviço normal, sem reduzir as
distâncias de isolação. (ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS
TÉCNICAS, 2003);
 Quando for necessário realizar a remoção de barreiras, abertura de
invólucros ou retirada de partes de invólucros (portas, armações, tampas,
fechamentos e semelhantes), isto deve ser efetuado mediante o uso de uma
chave ou de uma ferramenta. (ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS
TÉCNICAS, 2003).

2.3.2.13.2 Proteção contra contato indireto

 Através de circuitos de proteção: Um circuito de proteção em um conjunto


consiste de um condutor de proteção separado, de partes condutoras da estrutura ou
ambos e provê a proteção contra as consequências de falhas dentro do conjunto e/ou
contra as consequências de falhas em circuitos externos alimentados pelo conjunto.
(ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS, 2003).

 Devem ser tomadas precauções construtivas para assegurar continuidade


elétrica entre as partes condutoras expostas do conjunto e entre estas partes e
os circuitos de proteção da instalação. (ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE
NORMAS TÉCNICAS, 2003);
68

 Meios de operação manual (alavancas, volantes etc.) devem ser


conectados eletricamente, de uma maneira segura e permanente, com as partes
conectadas aos circuitos de proteção ou provido com isolação adicional, que os
separam de outras partes condutoras do conjunto. De preferência, que partes
dos meios manuais de operação, que normalmente são agarrados com a mão
durante operação, sejam feitos ou cobertos de material isolante, para a tensão
nominal de isolamento do equipamento. (ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE
NORMAS TÉCNICAS, 2003);
 Partes metálicas cobertas com uma camada de verniz ou esmalte,
geralmente, não podem ser consideradas isoladas adequadamente, para atender
estes requisitos. (ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS,
2003);
 A continuidade de circuitos de proteção deve ser assegurada diretamente
por interconexões efetivas ou por meio de condutores de proteção.
(ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS, 2003).

 Proteção por outras medidas do que pelo uso de circuitos de proteção: Conjuntos
podem prover proteção contra contato indireto por meio da adoção de outras
medidas diferentes, em relação ao uso de circuitos de proteção. (ASSOCIAÇÃO
BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS, 2003).
 Por meio da separação elétrica de circuitos; ou
 Por meio da isolação total.

2.3.2.13.3 Descarga de cargas elétricas

Conjuntos contendo equipamentos que podem reter cargas elétricas perigosas após
serem desligados, é requerido uma placa de advertência. (ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE
NORMAS TÉCNICAS, 2003).

2.3.2.14 Proteção contra curto-circuito e corrente suportável de curto-circuito

“Os conjuntos devem ser construídos de maneira a resistir aos esforços térmicos e
dinâmicos, resultantes de correntes de curto-circuito até os valores nominais.” (ASSOCIAÇÃO
BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS, 2003).
69

Estes conjuntos devem ser protegidos contra correntes de curto-circuito por meio
de, disjuntores, fusíveis ou combinação de ambos, incorporados no conjunto ou dispostos fora
dele. (ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS, 2003).

2.3.2.14.1 Informações concernentes à corrente suportável de curto-circuito

Conforme a ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS (2003), o


conjunto que possuir dispositivo de proteção contra curto-circuito incorporado em uma única
unidade de entrada, o fabricante deve definir a corrente suportável de curto-circuito, indicando
o valor máximo permissível da corrente presumida de curto-circuito nos terminais da unidade
de entrada.

2.3.2.14.2 Circuitos dentro de um conjunto

 Circuitos principais: seus barramentos devem ser dispostos de forma que não
seja esperado um curto-circuito interno, em condições normais de operação e
devem ser dimensionados de acordo com a corrente suportável de curto-circuito e
projetados para resistir, pelo menos a corrente de curto-circuito, limitada pelo
dispositivo de proteção, no lado da alimentação dos barramentos. (ASSOCIAÇÃO
BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS, 2003).
 Circuitos auxiliares: o projeto destes circuitos, deve levar em conta o sistema de
aterramento da alimentação e assegurar que uma falha à terra ou uma falha entre
uma parte energizada e uma parte condutora exposta, não causará funcionamento
perigoso não intencional. (ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS
TÉCNICAS, 2003).

2.3.2.15 Dispositivos e componentes de manobra instalados em conjuntos

2.3.2.15.1 Circuitos dentro de um conjunto

Os dispositivos e componentes de manobra, além de atenderem as normas IEC


pertinentes, devem ser apropriados para aplicação particular com respeito ao tipo do conjunto
(por exemplo, tipo aberto ou fechado), tensões nominais, correntes nominais, vida útil,
70

capacidades de estabelecimento e de interrupção, corrente suportável de curto-circuito, entre


outros. (ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS, 2003).

2.3.2.15.2 Instalação de dispositivos e componentes

Os dispositivos e componentes de manobra devem ser instalados conforme


instruções fornecidas pelo fabricante. (ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS
TÉCNICAS, 2003).

2.3.2.15.3 Acessibilidade

Os equipamentos, unidades funcionais montadas no mesmo suporte e os terminais


para condutores externos devem ser dispostos para que sejam acessíveis para montagem,
instalação elétrica, manutenção e substituição. (ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS
TÉCNICAS, 2003).

2.3.2.15.4 Interação

Os dispositivos e componentes de manobra devem ser instalados e ligados no


conjunto de forma que o seu funcionamento não prejudique ou não seja prejudicado pelas
interações, presentes em operação normal. No caso de equipamentos eletrônicos, pode ocorrer
a necessidade de separação ou blindagem dos circuitos de comando dos circuitos de potência.
(ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS, 2003).

2.3.2.15.5 Barreiras

Devem ser projetadas barreiras para dispositivos de manobra manuais, evitando que
arcos de interrupção não apresentem perigo para o operador. Na substituição de fusíveis, devem
ser aplicadas barreiras entre fases, a menos que a estrutura e a localização dos fusíveis torne
isso desnecessário. (ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS, 2003).

2.3.2.15.6 Partes removíveis e partes extraíveis


71

“Não são permitidas partes extraíveis em unidades destinadas a serem instaladas


em lugares onde pessoas não qualificadas têm acesso ao uso delas.” (ASSOCIAÇÃO
BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS, 2004b).

2.3.2.16 Conexões elétricas dentro de um conjunto (barramentos e condutores isolados)

2.3.2.16.1 Generalidades

As conexões entre as partes condutoras de corrente não devem sofrer alterações


indevidas, devido à elevação da temperatura normal, do envelhecimento dos materiais isolantes
e das vibrações que ocorrem em operação normal. Devem ser considerados, em particular, os
efeitos da dilatação térmica e da ação eletrolítica, no caso de metais diferentes, como também
os efeitos da resistência dos materiais em relação às temperaturas atingidas. Os contatos entre
as conexões devem ser estabelecidos de forma que assegurem uma pressão de contato suficiente
e durável. (ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS, 2003).

2.3.2.16.2 Dimensões e valores nominais de barramentos e condutores isolados

A escolha das seções dos condutores deve ser orientada pela corrente admissível,
pelos esforços mecânicos que o conjunto é submetido, pela maneira como estes condutores são
instalados, pelo tipo de isolação e, se aplicável, pelo tipo de elementos conectados e é de
responsabilidade do fabricante. (ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS,
2003).

2.3.2.17 Requisitos de ensaio

Os conjuntos são, na maioria dos casos, fabricados ou montados de forma única,


incorporando mais ou menos uma combinação aleatória de dispositivos e componentes. A
instalação e as ligações elétricas internas são efetuadas, respeitando as instruções dos
fabricantes do dispositivo e do componente. (ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS
TÉCNICAS, 2003).
72

2.3.2.18 Especificação e classificação dos ensaios

Conforme a ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS (2003), os


ensaios para verificação das características de um conjunto incluem:

 ensaios de tipo; e
 ensaios de rotina.

2.3.2.18.1 Ensaios de tipo

De acordo com a ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS


(2004b), os ensaios de tipo são destinados a verificar a conformidade com os requisitos
colocados na norma, para um determinado tipo de conjunto. São realizados em uma amostra
definida do conjunto ou em partes do conjunto fabricadas de maneira idêntica ou de projetos
similares e são realizados sob a iniciativa do fabricante.
Ensaios de tipo incluem as seguintes verificações:

a) limites de elevação da temperatura (8.2.1);


b) propriedades dielétricas (8.2.2);
c) corrente suportável de curto-circuito (8.2.3);
d) eficácia do circuito de proteção (8.2.4);
e) distâncias de isolamento e de escoamento (8.2.5);
f) operação mecânica (8.2.6);
g) grau de proteção (8.2.7);
h) construção e da marcação (8.2.9);
i) resistência aos impactos mecânicos (8.2.10);
j) resistência à ferrugem e à umidade (8.2.11, 8.2.14);
k) resistência dos materiais isolantes ao calor (8.2.12);
l) resistência ao calor anormal e ao fogo (8.2.13); e
m) resistência mecânica dos meios de fixação dos invólucros (8.2.15).

As verificações e os ensaios de tipo a serem realizados em quadros de distribuição


estão listados no Quadro 9.
73

Quadro 9 – Lista de verificação e de ensaios de tipo a serem realizados.

Fonte: ABNT NBR IEC 60439-3 (2004, p. 7).

“Os ensaios de tipo são dispostos em três sequências diferentes como detalhado no
Quadro 10. Uma amostra selecionada para ensaio para uma dada sequência deve completar
todos os ensaios naquela sequência, na ordem estabelecida.” (ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA
DE NORMAS TÉCNICAS, 2004b).
74

Quadro 10 – Sequencia dos ensaios de tipo.

Fonte: ABNT NBR IEC 60439-3 (2004, p. 9).

De acordo com a ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS


(2004b):
“Não deve haver falhas em qualquer amostra durante quaisquer dos ensaios a), c), d),
e), g) ou h). Se a primeira amostra submetida a uma sequência de ensaios completar
satisfatoriamente a sequência, não são requeridos mais ensaios desta sequência. Se,
porém, uma amostra submetida a um ensaio de acordo com b), f), i), j), k), l), ou m)
falhar, a sequência de ensaio tem que ser repetida nas três amostras adicionais e não
deve ocorrer falha.”

Devem ser realizados novos ensaios de tipo, somente quando modificações


realizadas aos componentes do conjunto forem de natureza que afetem de forma desfavorável
os resultados dos ensaios. (ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS, 2004b).

2.3.2.18.2 Ensaios de rotina

De acordo com a ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS


(2003), os ensaios de rotina são destinados a detectar falhas em materiais e na fabricação. São
realizados em todo conjunto, após finalizada a montagem ou em cada uma de suas unidades.
No local de instalação não é requerido outro ensaio de rotina.
Conjuntos montados a partir de componentes padronizados, fora da fábrica do
produtor destes componentes, pelo uso exclusivo de partes e acessórios especificados ou
fornecidos pelo produtor para este propósito, deve ser realizado ensaio de rotina pela empresa
montadora do conjunto. (ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS, 2003).
Ensaios de rotina incluem o seguinte:

a) inspeção do conjunto, inclusive inspeção da instalação elétrica e, se necessário,


ensaio de funcionamento elétrico (8.3.1);
75

b) ensaio dielétrico (8.3.2); e


c) verificação das medidas de proteção e da continuidade elétrica do circuito de
proteção (8.3.3).

Os ensaios de rotina, descritos no Quadro 11, podem ser realizados em qualquer


ordem. Ao serem realizados na fábrica do produtor, não dispensa a empresa instaladora do
conjunto, da obrigação de verificação após o seu transporte e instalação. (ASSOCIAÇÃO
BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS, 2003).

Quadro 11 – Lista de ensaios de rotina a serem realizados.

Fonte: ABNT NBR IEC 60439-3 (2004, p. 8).

2.3.2.18.3 Ensaio dos dispositivos e equipamentos independentes incorporados no conjunto

Não são exigidos os ensaios de tipo e de rotina em dispositivos e equipamentos


independentes incorporados no conjunto, quando eles forem selecionados e instalados
conforme as instruções do fabricante. (ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS
TÉCNICAS, 2003).
76

3 METODOLOGIA

O presente estudo de conformidade de quadros elétricos de baixa tensão, destinados


a instalação em locais acessíveis a pessoas não qualificadas durante a sua utilização, foi
desenvolvido através de pesquisa bibliográfica, pesquisa em campo e por meio de ensaios em
laboratório.

3.1 PESQUISA BIBLIOGRÁFICA

Desenvolvida, tendo como documento básico a Norma Regulamentadora – NR 10


do Ministério do Trabalho e Previdência Social – MTPS. A partir desta, foram estudadas as
Normas ABNT NBR 5410 e ABNT NBR 60439, partes 1 e 3, relacionadas ao tema de estudo,
sendo necessárias para identificar os critérios normativos de conformidade dos quadros
elétricos.
Também foram estudados outros documentos necessários para apresentar
embasamentos teóricos com relação aos conceitos relacionados ao tema de estudo e o Código
de Defesa do Consumidor, Lei 8.078/1990.

3.2 PESQUISA EM CAMPO

Foram realizadas vistorias aleatórias em quadros elétricos instalados em unidades


residenciais, em edifícios residenciais de uso coletivo e em unidades comerciais, estabelecidos
na grande Florianópolis.
Como forma de padronizar as vistorias, facilitando a identificação e a organização
dos dados coletados, foi elaborado o Quadro 12, quadro de verificação de conformidade,
contendo dados da unidade vistoriada e os diversos critérios normativos adotados, estabelecidos
nas normas pertinentes.
Os critérios normativos elencados no Quadro 12, foram adotados de forma a
simplificar as vistorias, sendo estas realizadas através de inspeção visual ou com a necessidade
do uso de ferramentas simples como chaves de fenda, alicate volt-amperímetro e escala métrica
constituída de material isolante. Desta forma, foi possível confirmar ou não a conformidade dos
quadros vistoriados, evitando o uso de equipamentos sofisticados, ensaios demorados e o
desligamento das instalações.
77

Todos os critérios normativos apresentados na coluna “Conformidade”, estão


devidamente fundamentados nas respectivas normas indicadas na coluna “Norma”.
Para cada item de conformidade analisado no quadro vistoriado, é apresentada a
situação de conformidade ou não conformidade, observações com relação à situação existente,
quando necessário, e as recomendações necessárias para correção das não conformidades.

Quadro 12 – Quadro resumo de conformidade.


Vistoria Identificação do proprietário Data:

Identificação do quadro Fabricante:

Nº Observações:

Aspectos Observados
Item Norma Conformidade
Situação Observações Recomendações
Circuitos de saída com proteção contra
1 NBR IEC 60439-3 curto-circuito com corrente de até 125A e
/ 1.1 corrente total de entrada de até 250A
2 NBR IEC 60439-3 Tensão nominal fase/terra que não exceda
/ 1.1 300V
Instalado em local de fácil acesso e
3 NBR 5410 / provido de identificação externa, legível e
6.5.4.8 não facilmente removível.
4 NBR IEC 60439-3 Instalado em local abrigado
/ 1.1
NBR IEC 60439-3 Invólucro com grau de proteção mínimo
5 / 7.2.1.2 igual a IP2XC

NBR 5410 / Grau de proteção com relação as


6
6.5.4.4 influências externas do local da instalação
7 NBR IEC 60439-3 Grau de poluição referente às condições
/ 6.1.2.3 ambientais do local de instalação
Sinalização de advertência (choque
8 NR 10 / 10.2.8.2.1
elétrico)
NBR 5410 / Advertência com relação à atuação de
9
6.5.4.10 disjuntores, fusíveis e DRs
Identificação de todos os componentes
internos do quadro de forma que seja fácil
NBR 5410 /
10 reconhecer os respectivos circuitos
6.5.4.9
protegidos. Identificação deve ser legível e
não facilmente removível.
Placa de identificação contendo:
a) nome ou marca do fabricante;
b) designação de tipo ou número de
identificação
NBR IEC 60439-3 c) IEC 60439-1;
11
/ 5.1 d) tipo de corrente (e frequência, no caso
de CA);
e) tensões nominais de operação;
l) grau de proteção;
u) corrente nominal.
78

12 NR 10 / 10.4.4.1 Quadro elétrico com uso exclusivo para


essa finalidade
Condutores de componentes fixados nas
NBR 5410 /
portas articuladas sem danos devido ao seu
13 6.5.4.6
movimento

Barreira que impede contato


inadvertidamente com as partes vivas, com
14 NR 10 / 10.2.8.2.1
grau de proteção mínimo igual a IP2XC,
sendo removida somente por uso de chave
NBR IEC 60439-1 Obturadores nas posições para instalações
15
/ 7.4.2.2.3c de dispositivos reservas
Condições seguras de funcionamento para
que qualquer pessoa não advertida possa
16 NR 10 / 10.6.1.2
efetuar operações elementares (ligar /
desligar circuitos)
NBR IEC 60439-3 Partes estruturais em metais ferrosos com
17
/ 7.1.1 resistência adequada à ferrugem
18 NBR IEC 60439-3 Partes extraíveis
/ 2.2.8 / 7.6.4
Presença de componente capaz de
19 NR 10 / 10.5.1a - possibilitar a desenergização do quadro
NBR 5410 / 4.1.8 (disjuntor, chave, etc.)
NR 10 / 10.5.1b - Medidas de impedimento de reenergização
20 NBR 5410 / do quadro
5.6.3.2
NR 10 / 10.2.8.2.1 Presença de dispositivos de proteção a
- NBR 5410 / corrente diferencial-residual (DR) com
21
5.1.3.2.2 corrente diferencial residual igual ou
inferior a 30 mA
NR 10 / 10.2.8.2.1 Seccionamento Automático de
- NBR 5410 / Alimentação (proteção contra falta entre
22
5.1.2.2 parte viva e massa ou parte viva e condutor
de proteção)
Condutores vivos protegidos por um ou
NBR 5410 / mais dispositivos de seccionamento
23
5.3.1.1 automático contra sobrecargas e contra
curtos-circuitos (instalados fora).
NR 10 / 10.2.8.3 - Equipotencialização das partes metálicas
24 NBR 5410 / não energizadas (aterramento)
5.1.2.2.3
NBR IEC 60439-1 Seção mínima do condutor de proteção
25 / 7.4.3.1.10 para conexão às partes condutoras
acessíveis, conforme tabela 3A
NBR 5410 / Distâncias mínimas entre partes vivas nuas
26
6.5.4.2a de polaridades distintas: 10 mm.
NBR 5410 / Distâncias mínimas entre partes vivas nuas
27 6.5.4.2b e outras partes condutivas (massas,
invólucros): 20 mm.
Componentes acessíveis, facilitando sua
NBR 5410 /
28 operação, inspeção, manutenção e o acesso
4.1.10
a suas conexões
NBR 5410 / Identificação dos condutores (fases, neutro
29
6.1.5.3 e terra)
Circuitos polifásicos protegidos por
30 NBR 5410 / 9.5.4 dispositivos unipolares de atuação
independente
Barramentos de neutro e terra previsto com
NBR IEC 60439-3 no mínimo o mesmo número de bornes
31
/ 7.1.3.5 correspondente ao número de circuitos de
saída e identificados
Condutores isolados apoiados em partes
NBR IEC 60439-1 energizadas, de potenciais diferentes ou
32
/ 7.8.3.3 extremidades afiadas e sustentados
adequadamente
79

Componentes (capacitor etc.) capazes de


33 NBR IEC 60439-1 reter cargas elétricas após desligamento
/ 7.4.4 (placa de advertência)
NBR IEC 60439-3
34
/ 7.1.1 Quadros do tipo totalmente testado (TTA)
35 NBR IEC 60439-3 Ensaios de tipo
/ 8.1.1
NBR IEC 60439-3
36 Ensaios de rotina
/ 8.1.2
Fonte: Do Autor.

3.3 ENSAIOS

Conforme preconizado na norma ABNT NBR IEC 60439-3, os quadros de


distribuição devem ser do tipo totalmente testados (TTA), através dos ensaios de tipo e de rotina
realizados, conforme já descritos nos Quadros 9 e 11.
Os ensaios de tipo, realizados por iniciativa do fabricante, são complexos e onerosos
e, por isso, não foram realizados nesse estudo.
No Anexo A é apresentado um manual de instruções com relação aos ensaios de
tipo e de rotina, elaborado pelo fabricante do quadro normatizado, utilizado nesse estudo para
execução dos ensaios de rotina.
Dos ensaios de rotina, de responsabilidade do montador do quadro, destinados a
detectarem falhas em materiais e na fabricação (montagem), foi realizado apenas o ensaio
dielétrico, aplicado em dois quadros de distribuição, sendo um deles normatizado (possuindo
todos os ensaios de tipo) e outro não-normatizado.

3.4 LIMITAÇÕES DO MÉTODO

Assim como qualquer outro método de pesquisa, sempre estão associadas


limitações quanto à sua utilização. Neste caso, em relação à pesquisa em campo, houve
restrições quanto ao acesso a um número maior de quadros elétricos de distribuição por parte
de proprietários, levando a uma amostra restrita com relação ao número total de consumidores
estabelecidos na área de abrangência deste estudo.
Outra limitação, refere-se aos ensaios de tipo e de rotina, os quais não foram
aplicados na pesquisa em campo. Os ensaios de tipo, além dos argumentos apresentados
anteriormente, tornam-se inviáveis, devido a necessidade da retirada dos quadros para a sua
execução. Com relação aos ensaios de rotina, por questões de separação elétrica do quadro em
relação à instalação, tendo que manter todas as cargas desligadas durante parte do ensaio,
também inviabiliza sua realização.
80

4 CARACTERIZAÇÃO DA ÁREA DE ESTUDO

Toda instalação de consumidores cadastrados pela CELESC Distribuição,


localizados na região da grande Florianópolis, e que possuam pelo menos um quadro de
distribuição geral, sendo estes, consumidores únicos (residenciais, comerciais, etc.) ou
consumidores de uso coletivo (residenciais, comerciais, etc.), devem ter seus quadros
adequados às normas vigentes.
Conforme preconizado na norma ABNT NBR IEC 60439-3, os quadros de
distribuição (QD), são aqueles destinados para uso em aplicações domésticas ou em outros
locais onde pessoas não qualificadas têm acesso à sua utilização, destinados a serem usados em
corrente alternada, com uma tensão nominal fase-terra que não exceda 300 V, contendo
dispositivos de proteção contra curtos-circuitos, cada um com uma corrente nominal que não
exceda 125 A, com uma corrente total de entrada que não exceda 250 A.
Neste sentido, foi adotado como critério para realização deste estudo, os quadros de
distribuição geral instalados em edificações residenciais e comerciais, por serem estes que
normalmente suportam as maiores correntes nestas instalações, que expõem o maior número de
pessoas não qualificadas aos eventuais riscos e que estão sujeitos aos aspectos legais prescritos
na NR 10 e na norma ABNT NBR IEC 60439-3.
Todos os consumidores vistoriados serão designados por letras, conforme
apresentados nos quadros de verificação de conformidade de quadros elétricos, tendo como
objetivo, preservar as edificações vistoriadas, mantendo-se em sigilo as eventuais não
conformidades encontradas em seus quadros.
81

5 RESULTADOS

Os dados obtidos nas vistorias realizadas estão apresentados como apêndices, com
seus respectivos registros fotográficos, sendo seus dados compilados no formato de quadro,
conforme modelo apresentado no Quadro 12. Todos os quadros vistoriados estão instalados em
obras executadas ou que tiveram suas instalações elétricas reformadas, após a última edição das
normas aplicadas neste estudo.
A partir dos quadros apresentados nos apêndices, foi possível construir o quadro
resumo que mostra a situação dos quadros de distribuição vistoriados em relação às normas
vigentes.

Quadro 13 – Quadro resumo de conformidade.

Vistoria Itens Conformidades Não Itens não Conformidades


analisados Conformidades aplicáveis (%)
1 36 18 16 2 50,00
2 36 17 17 2 47,22
3 36 23 11 2 63,89
4 36 21 13 2 58,33
5 36 14 20 2 38,89
6 36 18 16 2 50,00
7 36 17 17 2 47,22
8 36 21 10 5 58,33
Fonte: Do Autor.

É possível verificar através do Quadro 13 que, apesar de se ter uma amostra restrita
para a análise, todos os quadros elétricos vistoriados não atendem às exigências das normas
ABNT NBR e, por consequência, a NR 10. A maioria dos quadros analisados apresentam um
percentual igual ou inferior a 50% de itens normatizados, retratando uma grande deficiência
com relação à segurança das instalações elétricas dessas edificações.
Nos Apêndices I e J são apresentados através de fotos, os ensaios dielétricos
executados em dois quadros. A última foto de cada Apêndice apresenta o display da fonte usada
para aplicar a tensão de teste, sendo possível verificar que os quadros foram aprovados no teste,
apresentando os mesmos resultados:

 quadro normatizado / quadro não normatizado


- tensão aplicada: 1.890 V
82

- corrente superficial: 0,1 mA


- resultado: aprovado (! PASS !), não apresentando descarga superficial ou falha
de isolação.
83

6 CONCLUSÃO

O estudo de conformidade em quadros elétricos de distribuição de baixa tensão foi


realizado com sucesso. Assim, além do objetivo principal, cada um dos objetivos específicos
foi plenamente alcançado, sendo abordados individualmente, como também correlacionados
entre si, sendo apresentados os respectivos resultados.
Algumas limitações estão presentes no desenvolvimento deste estudo, que apesar
de existirem, não inviabilizam o método empregado, como também, os resultados alcançados.
Ao contrário, servem de estímulo para a realização de um trabalho maior e mais abrangente,
baseado em um número maior e mais diversificado de consumidores e de instalações.
Analisando o Quadro 13, é possível constatar a reprovação em 100% dos quadros
vistoriados com relação às normas abordadas e, por consequência, à NR 10. Este cenário sugere
uma exposição permanente a situações de risco grave a um grande número de pessoas, que na
maioria das edificações em estudo, são de usuários caracterizados por pessoas não qualificadas,
em se tratando de eletricidade. E, para que estas pessoas estejam expostas a situações de risco,
nem é preciso que as mesmas operem qualquer dispositivo existente nos quadros elétricos, mas
que apenas adentrem as zonas controladas, conforme delimitadas pelo Quadro 1 e Figuras 1 e
2.
O ensaio dielétrico executado neste estudo, o qual é uma das exigências dos ensaios
de rotina, apresentou valores idênticos nos quadros em análise, ou seja, os quadros normatizado
e não normatizado foram aprovados. Isto nos dá uma falsa impressão de que não existem
diferenças significativas com relação aos aspectos de segurança ou da importância dos ensaios
de rotina com relação aos quadros em questão. Cabe lembrar, que os ensaios de rotina, de acordo
com a ABNT NBR IEC 60439-1, são destinados a detectar falhas em materiais e na fabricação
de todo o conjunto, incluindo todos os dispositivos instalados (disjuntores e interruptores
diferenciais) que, neste caso, foram os mesmos aplicados nos dois quadros.
Em cada um dos itens de conformidade dos quadros de verificação das vistorias
realizadas, são apresentadas recomendações para adequação das não conformidades
encontradas, sendo estas, capazes de adequar totalmente às normas apresentadas, os respectivos
quadros elétricos.
Por fim, é importante salientar que, de acordo com a NR 10, a qual tem força de lei,
é de responsabilidade do proprietário da edificação e, no caso de condomínios, do síndico,
manter em condições seguras de funcionamento as instalações elétricas, e seus sistemas de
proteção devem ser inspecionados e controlados periodicamente, realizando manutenções
84

preventivas, principalmente nos quadros elétricos, onde pessoas não qualificadas realizam
operações elementares como ligar e desligar disjuntores.

6.1 RECOMENDAÇÕES PARA TRABALHOS FUTUROS

Como sugestão para o desenvolvimento de trabalhos futuros, o presente estudo


pode ser ampliado para outros tipos de consumidores, como por exemplo, industriais e
governamentais; ser aplicado a todos os quadros das instalações elétricas ou a toda instalação;
em instalações cujos locais sejam acessíveis somente a pessoas qualificadas, além de incluir
instalações de alta tensão, como por exemplo, painéis e subestações, previstas na NR 10.
85

REFERÊNCIAS

ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. Conheça a ABNT. Disponível


em: < http://www.abnt.org.br/abnt/conheca-a-abnt. Acesso em: 20 mai. 2018.

ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR 5410: Instalações elétricas


de baixa tensão. Rio de Janeiro, 2004a.

ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR IEC 60439-1: Conjuntos de


manobra e controle de baixa tensão. Parte 1: Conjuntos com ensaio de tipo totalmente testados
(TTA) e conjuntos com ensaio de tipo parcialmente testados (PTTA). Rio de Janeiro, 2003.

ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR IEC 60439-3: Conjuntos de


manobra e controle de baixa tensão. Parte 3: Requisitos particulares para montagem de
acessórios de baixa tensão destinados à instalação em locais acessíveis a pessoas não
qualificadas durante a sua utilização – Quadros de distribuição. Rio de Janeiro, 2004b.

ASSOCIAÇÃO DAS ADMINISTRADORAS DE BENS IMÓVEIS E CONDOMÍNIOS DE


SÃO PAULO. Problemas na rede elétrica atingem 60% dos condomínios em SP. São
Paulo, SP, 2010. Disponível em: <http: //www.aabic.com.br/informacoes/noticias/exibir/
index.php?id=26. Acesso em: 17 maio 2018.

ASSOCIAÇÃO DAS ADMINISTRADORAS DE BENS IMÓVEIS E CONDOMÍNIOS DE


SÃO PAULO. Sociedade dos condomínios. São Paulo, SP, 2014. Disponível em:
<http://www.aabic.com.br/informacoes/noticias/exibir/ index.php?id=522. Acesso em: 17
maio 2018.

ATUALIZAÇÃO de quadros elétricos. Eletricistassaopaulo, São Paulo. Disponível em: <


http://eletricistassaopaulo.com.br/eletrica/quadros-eletricos/. Acesso em: 20 mai. 2018.

BRASIL, Ministério do Trabalho e Previdência Social. Portaria MTPS n.º 508, de 29 de abril
de 2016. Norma regulamentadora nº 10: Segurança em instalações e serviços em
eletricidade. Disponível em: < http://www.trtsp.jus.br/geral/tribunal2/LEGIS/CLT/NRs/NR_
10.html. Acesso em: 17 maio 2018.

BRASIL. Decreto-Lei nº 5.452, de 01 de maio de 1943. Consolidação das leis do trabalho.


Rio de Janeiro, 1943. Disponível em: <http://www.trtsp.jus.br/geral/tribunal2/LEGIS/CLT/
capa_clt_dinamica.htm#atual. Acesso em: 17 maio 2018.

BRASIL. Lei nº 8.078, de 11 de setembro de 1990. Código de defesa do consumidor.


Brasília, 1990. Disponível em: < http://www.normaslegais.com.br/juridico/CDC-Codigo-de-
Defesa-do-Consumidor.htm. Acesso em: 20 maio 2018.

BRASIL. Portaria MTB nº 3.214, de 08 de junho de 1978. Aprova as Normas


Regulamentadoras - NR. Brasília, 1978. Disponível em: <http://sislex.previdencia.gov.br/
paginas/63/MTE/1978/3214.htm. Acesso em: 17 maio 2018.

CERTIFICAÇÃO TTA/PTTA para quadros elétricos. Makroservice, Goiânia, 22 ago. 2016.


Disponível em: < https://www.makroservice.com.br/blog/condutores-eletricos/certificacao-
tta-ptta-para-quadros-eletricos/. Acesso em: 20 mai. 2018.
86

MATTEDE, Henrique. O que é nbr 5410? Disponível em: < https://www.mundodaeletrica.


com.br/o-que-e-nbr-5410/. Acesso em: 24 mai. 2018.

MINISTÉRIO DO TRABALHO E EMPREGO. Manual de auxílio na interpretação e


aplicação da NR 10: NR 10 comentada. São Paulo, 2010.

SOUZA, João José Barrico de. De acordo com a NR 10. Rev. Bras. O Setor Elétrico. São
Paulo, 2012. Disponível em: <http:// www.osetoreletrico.com.br/de-acordo-com-a-nr-10/.
Acesso em: 19 maio 2018.

SOUZA, João José Barrico de. Não precisa prática, tampouco habilidade. Qualquer criança
pode manusear o aparelho. Rev. Bras. O Setor Elétrico. São Paulo, 2016. Disponível em:
<http://www.osetoreletrico.com.br/nao-precisa-pratica-tampouco-habilidade-qualquer-
crianca-pode-manusear-o-aparelho/. Acesso em: 17 maio 2018.

SOUZA, João José Barrico de. NR 10 e a terceirização. Rev. Bras. O Setor Elétrico. São
Paulo, 2017. Disponível em: < https://www.osetoreletrico.com.br/nr-10-e-terceirizacao/.
Acesso em: 20 maio 2018.

SOUZA, José Rubens Alves de; MORENO, Hilton. Guia EM da NBR 5410: Instalações
elétricas de baixa tensão. São Paulo: Aranda Editora, 2001.
87

APÊNDICE A – QUADRO DE VERIFICAÇÃO DE CONFORMIDADE –


CONSUMIDOR A

Quadro 14 – Quadro de verificação de conformidade - vistoria 1.


Vistoria Consumidor A Data: 29/09/2018
QD Geral do Condomínio Fabricante: Moratori
Observações: Quadro metálico embutido em alvenaria, com alterações na estrutura interna não

1 realizadas pelo fabricante.


Em atendimento às normas, esta edificação foi concluída no ano de 2010.

Aspectos Observados
Item Norma Conformidade
Situação Observações Recomendações
NBR IEC 60439- Circuitos de saída com proteção contra Saídas < 125A
1 3 / 1.1 curto-circuito com corrente de até 125A e Sim Geral 3x100A
corrente total de entrada de até 250A
2 NBR IEC 60439- Tensão nominal fase/terra que não exceda Sim 220V
3 / 1.1 300V
NBR 5410 / Instalado em local de fácil acesso e Identificar
3 6.5.4.8 provido de identificação externa, legível e Não Sem identificação conforme projeto
não facilmente removível. externa elétrico
4 NBR IEC 60439- Instalado em local abrigado Sim
3 / 1.1
NBR IEC 60439- Invólucro com grau de proteção mínimo
5 Sim
3 / 7.2.1.2 igual a IP2XC
NBR 5410 / Grau de proteção com relação as
6 Sim
6.5.4.4 influências externas do local da instalação
NBR IEC 60439- Grau de poluição referente às condições
7 Sim Grau 2
3 / 6.1.2.3 ambientais do local de instalação
NR 10 / Sinalização de advertência (choque Providenciar
8 Não
10.2.8.2.1 elétrico) advertência
NBR 5410 / Advertência com relação à atuação de Providenciar
9 Não
6.5.4.10 disjuntores, fusíveis e DRs advertência
Identificação de todos os componentes Identificação Adequar
internos do quadro de forma que seja fácil precária, confusa identificação, de
NBR 5410 /
10 reconhecer os respectivos circuitos Não e de fácil acordo com o
6.5.4.9
protegidos. Identificação deve ser legível e remoção projeto elétrico
não facilmente removível.
Placa de identificação contendo:
a) nome ou marca do fabricante;
b) designação de tipo ou número de
identificação
NBR IEC 60439- c) IEC 60439-1; Providenciar
11 Não
3 / 5.1 d) tipo de corrente (e frequência, no caso placa de
de CA); identificação
e) tensões nominais de operação;
l) grau de proteção;
u) corrente nominal.
Quadro elétrico com uso exclusivo para
12 NR 10 / 10.4.4.1 Sim
essa finalidade
Condutores de componentes fixados nas Não possui
NBR 5410 / portas articuladas sem danos devido ao seu componentes
13 Não aplicável
6.5.4.6 movimento instalados na
porta
Barreira que impede contato
inadvertidamente com as partes vivas, com
NR 10 / Instalar
14 grau de proteção mínimo igual a IP2XC, Não Grau de proteção
10.2.8.2.1 obturadores
sendo removida somente por uso de chave Inferior a IP2XC
88

NBR IEC 60439- Obturadores nas posições para instalações Instalar


15 Não
1 / 7.4.2.2.3c de dispositivos reservas obturadores
Condições seguras de funcionamento para Grau de proteção
que qualquer pessoa não advertida possa Inferior a IP2XC
Instalar
16 NR 10 / 10.6.1.2 efetuar operações elementares (ligar / Não da barreira de
obturadores
desligar circuitos) proteção

NBR IEC 60439- Partes estruturais em metais ferrosos com Existem pontos Efetuar proteção
17 3 / 7.1.1 resistência adequada à ferrugem Não sem a devida adequada
proteção
NBR IEC 60439-
18 Partes extraíveis Não
3 / 2.2.8 / 7.6.4
NR 10 / 10.5.1a - Presença de componente capaz de
19 NBR 5410 / 4.1.8 possibilitar a desenergização do quadro Sim Disjuntor
(disjuntor, chave, etc.)
NR 10 / 10.5.1b - Medidas de impedimento de reenergização Instalar bloqueio
20 NBR 5410 / do quadro Não mecânico
5.6.3.2
NR 10 / Presença de dispositivos de proteção a
10.2.8.2.1 - NBR corrente diferencial-residual (DR) com
21 Sim
5410 / 5.1.3.2.2 corrente diferencial residual igual ou
inferior a 30 mA
NR 10 / Seccionamento Automático de
10.2.8.2.1 - NBR Alimentação (proteção contra falta entre
22 Sim Disjuntor
5410 / 5.1.2.2 parte viva e massa ou parte viva e condutor
de proteção)
Condutores vivos protegidos por um ou
NBR 5410 / mais dispositivos de seccionamento Disjuntor
23 Sim
5.3.1.1 automático contra sobrecargas e contra termomagnético
curtos-circuitos (instalados fora).
NR 10 / 10.2.8.3 Barramento de
- NBR 5410 / Equipotencialização das partes metálicas terra fixado
24 Sim
5.1.2.2.3 não energizadas (aterramento) diretamente no
invólucro
NBR IEC 60439- Seção mínima do condutor de proteção
25 1 / 7.4.3.1.10 para conexão às partes condutoras Sim
acessíveis, conforme tabela 3A
Distâncias mínimas entre partes vivas nuas Providenciar
NBR 5410 / de polaridades distintas: 10 mm. Distância inferior isolação ou
26 Não
6.5.4.2ª a 10 mm afastar
barramentos
Distâncias mínimas entre partes vivas nuas Barramentos de Afastar
NBR 5410 / e outras partes condutivas (massas, neutro a menos barramentos de
27 6.5.4.2b invólucros): 20 mm. Não de 20 mm do neutro em
invólucro relação ao
invólucro
Componentes acessíveis, facilitando sua
NBR 5410 /
28 operação, inspeção, manutenção e o acesso Sim
4.1.10
a suas conexões
NBR 5410 / Identificação dos condutores (fases, neutro
29 Sim
6.1.5.3 e terra)
Circuitos polifásicos protegidos por
30 NBR 5410 / 9.5.4 dispositivos unipolares de atuação Não
independente
Ampliar número
Barramentos de neutro e terra previsto com Barramentos sem de bornes ou
NBR IEC 60439- no mínimo o mesmo número de bornes o número mínimo substituir
31 Não
3 / 7.1.3.5 correspondente ao número de circuitos de de bornes e sem barramentos e
saída e identificados identificações identificar
condutores
Condutores isolados apoiados em partes
NBR IEC 60439- energizadas, de potenciais diferentes ou
32 Não
1 / 7.8.3.3 extremidades afiadas e sustentados
adequadamente
89

NBR IEC 60439- Componentes (capacitor etc.) capazes de


33 1 / 7.4.4 reter cargas elétricas após desligamento Não aplicável
(placa de advertência)
NBR IEC 60439- Quadros do tipo totalmente testado (TTA) Quadro sem Substituir por
34 Não
3 / 7.1.1 certificação quadro TTA

35 NBR IEC 60439- Ensaios de tipo Não Quadro sem Substituir por
3 / 8.1.1 ensaio quadro TTA

36 NBR IEC 60439- Ensaios de rotina Não Quadro sem Realizar ensaios
3 / 8.1.2 ensaio de rotina
Fonte: Do Autor.

Fotos 1 – Quadro da vistoria 1


Vista externa Vista do espelho de proteção (barreira)

Fonte: Do Autor (2018). Fonte: Do Autor (2018).

Vista externa

Fonte: Do Autor (2018).


90

APÊNDICE B – QUADRO DE VERIFICAÇÃO DE CONFORMIDADE –


CONSUMIDOR B

Quadro 15 – Quadro de verificação de conformidade - vistoria 2.


Vistoria Consumidor B Data: 03/10/2018
QD Geral do Condomínio Fabricante: Não identificado
Observações: Quadro metálico embutido em alvenaria, sem identificação do fabricante.

2 Em atendimento às normas, esta edificação foi concluída no ano de 2013.

Aspectos Observados
Item Norma Conformidade
Situação Observações Recomendações
NBR IEC 60439- Circuitos de saída com proteção contra
Saídas < 125A
1 3 / 1.1 curto-circuito com corrente de até 125A e Sim
Geral 3x100A
corrente total de entrada de até 250A
NBR IEC 60439- Tensão nominal fase/terra que não exceda
2 Sim 220V
3 / 1.1 300V
NBR 5410 / Instalado em local de fácil acesso e Identificar
3 6.5.4.8 provido de identificação externa, legível e Não Sem identificação conforme projeto
não facilmente removível. externa elétrico
NBR IEC 60439-
4 Instalado em local abrigado Sim
3 / 1.1
NBR IEC 60439- Invólucro com grau de proteção mínimo
5 Sim
3 / 7.2.1.2 igual a IP2XC
NBR 5410 / Grau de proteção com relação as
6 Sim
6.5.4.4 influências externas do local da instalação
NBR IEC 60439- Grau de poluição referente às condições
7 Sim Grau 2
3 / 6.1.2.3 ambientais do local de instalação
NR 10 / Sinalização de advertência (choque Providenciar
8 Não
10.2.8.2.1 elétrico) advertência
NBR 5410 / Advertência com relação à atuação de Providenciar
9 Não
6.5.4.10 disjuntores, fusíveis e DRs advertência
Identificação de todos os componentes
internos do quadro de forma que seja fácil Identificação Adequar
NBR 5410 /
10 reconhecer os respectivos circuitos Não precária, confusa identificação, de
6.5.4.9
protegidos. Identificação deve ser legível e e de fácil acordo com o
não facilmente removível. remoção projeto elétrico
Placa de identificação contendo:
a) nome ou marca do fabricante;
b) designação de tipo ou número de
identificação
NBR IEC 60439- c) IEC 60439-1;
11 Não
3 / 5.1 d) tipo de corrente (e frequência, no caso Providenciar placa
de CA); de identificação
e) tensões nominais de operação;
l) grau de proteção;
u) corrente nominal.
Quadro elétrico com uso exclusivo para
12 NR 10 / 10.4.4.1 Sim
essa finalidade
Condutores de componentes fixados nas Não possui
NBR 5410 / portas articuladas sem danos devido ao seu componentes
13 Não aplicável
6.5.4.6 movimento instalados na
porta
Barreira que impede contato Instalar
NR 10 / inadvertidamente com as partes vivas, com obturadores e
14 Não
10.2.8.2.1 grau de proteção mínimo igual a IP2XC, Grau de proteção fechar orifícios
sendo removida somente por uso de chave Inferior a IP2XC
NBR IEC 60439- Obturadores nas posições para instalações Instalar
15 Não
1 / 7.4.2.2.3c de dispositivos reservas obturadores
91

Condições seguras de funcionamento para Grau de proteção Instalar


que qualquer pessoa não advertida possa Inferior a IP2XC obturadores e
16 NR 10 / 10.6.1.2 Não
efetuar operações elementares (ligar / da barreira de fechar orifícios
desligar circuitos) proteção
NBR IEC 60439- Partes estruturais em metais ferrosos com
17 Sim
3 / 7.1.1 resistência adequada à ferrugem
NBR IEC 60439-
18 Partes extraíveis Não
3 / 2.2.8 / 7.6.4
Presença de componente capaz de
19 NR 10 / 10.5.1a - possibilitar a desenergização do quadro Sim Disjuntor
NBR 5410 / 4.1.8 (disjuntor, chave, etc.)
NR 10 / 10.5.1b - Medidas de impedimento de reenergização Instalar bloqueio
20 NBR 5410 / do quadro Não mecânico
5.6.3.2
NR 10 / Presença de dispositivos de proteção a
10.2.8.2.1 - NBR corrente diferencial-residual (DR) com Verificar circuitos
21 5410 / 5.1.3.2.2 corrente diferencial residual igual ou Não externos e
inferior a 30 mA circuitos em áreas
úmidas
NR 10 / Seccionamento Automático de
10.2.8.2.1 - NBR Alimentação (proteção contra falta entre
22 Sim Disjuntor
5410 / 5.1.2.2 parte viva e massa ou parte viva e condutor
de proteção)
Condutores vivos protegidos por um ou
NBR 5410 / mais dispositivos de seccionamento Disjuntor
23 Sim
5.3.1.1 automático contra sobrecargas e contra termomagnético
curtos-circuitos (instalados fora).
NR 10 / 10.2.8.3 - Equipotencialização das partes metálicas Barramento de
NBR 5410 / não energizadas (aterramento) terra fixado
24 Sim
5.1.2.2.3 diretamente no
invólucro
NBR IEC 60439- Seção mínima do condutor de proteção
25 1 / 7.4.3.1.10 para conexão às partes condutoras Sim
acessíveis, conforme tabela 3A
NBR 5410 / Distâncias mínimas entre partes vivas nuas
26 Sim
6.5.4.2a de polaridades distintas: 10 mm.
Distâncias mínimas entre partes vivas nuas Barramentos de
NBR 5410 / e outras partes condutivas (massas, neutro a menos Afastar
27 6.5.4.2b invólucros): 20 mm. Não de 20 mm do barramentos de
invólucro neutro em relação
ao invólucro
Componentes acessíveis, facilitando sua Barramento de
NBR 5410 / operação, inspeção, manutenção e o acesso terra não Desobstruir acesso
28 Não
4.1.10 a suas conexões acessível ao barramento de
terra
Identificação dos condutores (fases, neutro Substituir cor do
NBR 5410 / Condutor fase
29 e terra) Não condutor de acordo
6.1.5.3 azul
com a fase
Circuitos polifásicos protegidos por
30 NBR 5410 / 9.5.4 dispositivos unipolares de atuação Não
independente
Barramentos de neutro e terra previsto com Barramento de Ampliar número
NBR IEC 60439- no mínimo o mesmo número de bornes terra sem o de bornes ou
3 / 7.1.3.5 correspondente ao número de circuitos de número mínimo substituir
31 Não
saída e identificados de bornes e sem barramento de
identificações terra e identificar
condutores
Condutores isolados apoiados em partes
NBR IEC 60439- energizadas, de potenciais diferentes ou
32 Não
1 / 7.8.3.3 extremidades afiadas e sustentados
adequadamente
NBR IEC 60439- Componentes (capacitor etc.) capazes de
33 1 / 7.4.4 reter cargas elétricas após desligamento Não aplicável
(placa de advertência)
NBR IEC 60439- Quadros do tipo totalmente testado (TTA) Quadro sem Substituir por
34 Não
3 / 7.1.1 certificação quadro TTA
92

35 NBR IEC 60439- Ensaios de tipo Não Quadro sem Substituir por
3 / 8.1.1 ensaio quadro TTA

36 NBR IEC 60439- Ensaios de rotina Não Quadro sem Realizar ensaios de
3 / 8.1.2 ensaio rotina
Fonte: Do Autor.

Fotos 2 – Quadro da vistoria 2


Vista externa Vista do espelho de proteção (barreira)

Fonte: Do Autor (2018). Fonte: Do Autor (2018).

Vista externa

Fonte: Do Autor (2018).


93

APÊNDICE C – QUADRO DE VERIFICAÇÃO DE CONFORMIDADE -


CONSUMIDOR C

Quadro 16 – Quadro de verificação de conformidade - vistoria 3.


Vistoria Consumidor C Data: 09/10/2018
Quadro de Distribuição Geral Fabricante: Não identificado
Observações: Quadro metálico de sobrepor em alvenaria, sem identificação do fabricante.

3
Em atendimento às normas, esta edificação foi concluída no ano de 2014.

Item Norma Conformidade Aspectos Observados


Situação Observações Recomendações
NBR IEC 60439- Circuitos de saída com proteção contra
Saídas < 125A
1 3 / 1.1 curto-circuito com corrente de até 125A e Sim
Geral 3x100A
corrente total de entrada de até 250A
NBR IEC 60439- Tensão nominal fase/terra que não exceda
2 Sim 220V
3 / 1.1 300V
NBR 5410 / Instalado em local de fácil acesso e provido Sem Identificar
3 6.5.4.8 de identificação externa, legível e não Não identificação conforme projeto
facilmente removível. externa elétrico
NBR IEC 60439-
4 Instalado em local abrigado Sim
3 / 1.1
NBR IEC 60439- Invólucro com grau de proteção mínimo
5 3 / 7.2.1.2 igual a IP2XC Sim

NBR 5410 / Grau de proteção com relação as influências


6 Sim
6.5.4.4 externas do local da instalação
NBR IEC 60439- Grau de poluição referente às condições
7 Sim Grau 2
3 / 6.1.2.3 ambientais do local de instalação
NR 10 / Sinalização de advertência (choque elétrico) Providenciar
8 Não
10.2.8.2.1 advertência
NBR 5410 / Advertência com relação à atuação de Providenciar
9 Não
6.5.4.10 disjuntores, fusíveis e DRs advertência
Identificação de todos os componentes
internos do quadro de forma que seja fácil Sem qualquer Providenciar
NBR 5410 /
10 reconhecer os respectivos circuitos Não identificação identificação, de
6.5.4.9
protegidos. Identificação deve ser legível e acordo com o
não facilmente removível. projeto elétrico
Placa de identificação contendo:
a) nome ou marca do fabricante;
b) designação de tipo ou número de
identificação
NBR IEC 60439- c) IEC 60439-1; Providenciar placa
11 Não
3 / 5.1 d) tipo de corrente (e frequência, no caso de de identificação
CA);
e) tensões nominais de operação;
l) grau de proteção;
u) corrente nominal.
Quadro elétrico com uso exclusivo para
12 NR 10 / 10.4.4.1 Sim
essa finalidade
Condutores de componentes fixados nas Não possui
NBR 5410 / portas articuladas sem danos devido ao seu componentes
13 Não aplicável
6.5.4.6 movimento instalados na
porta
Barreira que impede contato
NR 10 / inadvertidamente com as partes vivas, com
14 Sim
10.2.8.2.1 grau de proteção mínimo igual a IP2XC,
sendo removida somente por uso de chave
94

NBR IEC 60439- Obturadores nas posições para instalações


15 Sim
1 / 7.4.2.2.3c de dispositivos reservas
Condições seguras de funcionamento para
que qualquer pessoa não advertida possa
16 NR 10 / 10.6.1.2 Sim
efetuar operações elementares (ligar /
desligar circuitos)
NBR IEC 60439- Partes estruturais em metais ferrosos com
17 Sim
3 / 7.1.1 resistência adequada à ferrugem
NBR IEC 60439-
18 Partes extraíveis Não
3 / 2.2.8 / 7.6.4
NR 10 / 10.5.1a - Presença de componente capaz de
19 NBR 5410 / 4.1.8 possibilitar a desenergização do quadro Sim Disjuntor
(disjuntor, chave, etc.)
NR 10 / 10.5.1b - Medidas de impedimento de reenergização Instalar bloqueio
20 NBR 5410 / do quadro Não mecânico
5.6.3.2
NR 10 / Presença de dispositivos de proteção a
10.2.8.2.1 - NBR corrente diferencial-residual (DR) com
21 Sim
5410 / 5.1.3.2.2 corrente diferencial residual igual ou
inferior a 30 mA
NR 10 / Seccionamento Automático de Alimentação
22 10.2.8.2.1 - NBR (proteção contra falta entre parte viva e Sim Disjuntor
5410 / 5.1.2.2 massa ou parte viva e condutor de proteção)
Condutores vivos protegidos por um ou
NBR 5410 / mais dispositivos de seccionamento Disjuntor
23 Sim
5.3.1.1 automático contra sobrecargas e contra termomagnético
curtos-circuitos (instalados fora).
NR 10 / 10.2.8.3 Equipotencialização das partes metálicas Barramento de
- NBR 5410 / não energizadas (aterramento) terra fixado
24 Sim
5.1.2.2.3 diretamente no
invólucro
NBR IEC 60439- Seção mínima do condutor de proteção para Condutor de Substituir
25 1 / 7.4.3.1.10 conexão às partes condutoras acessíveis, Não aterramento condutor existente
conforme tabela 3A #6mm² por #10mm²
NBR 5410 / Distâncias mínimas entre partes vivas nuas
26 Sim
6.5.4.2a de polaridades distintas: 10 mm.
NBR 5410 / Distâncias mínimas entre partes vivas nuas
27 6.5.4.2b e outras partes condutivas (massas, Sim
invólucros): 20 mm.
Componentes acessíveis, facilitando sua
NBR 5410 /
28 operação, inspeção, manutenção e o acesso Sim
4.1.10
a suas conexões
NBR 5410 / Identificação dos condutores (fases, neutro
29 Sim
6.1.5.3 e terra)
Circuitos polifásicos protegidos por
30 NBR 5410 / 9.5.4 dispositivos unipolares de atuação Não
independente
NBR IEC 60439- Barramentos de neutro e terra previsto com
3 / 7.1.3.5 no mínimo o mesmo número de bornes Condutores dos Identificar
31 Não
correspondente ao número de circuitos de barramentos sem condutores
saída e identificados identificações
Condutores isolados apoiados em partes
NBR IEC 60439- energizadas, de potenciais diferentes ou
32 Não
1 / 7.8.3.3 extremidades afiadas e sustentados
adequadamente
NBR IEC 60439- Componentes (capacitor etc.) capazes de
33 1 / 7.4.4 reter cargas elétricas após desligamento Não aplicável
(placa de advertência)
NBR IEC 60439- Quadros do tipo totalmente testado (TTA) Quadro sem Substituir por
34 Não
3 / 7.1.1 certificação quadro TTA
NBR IEC 60439- Quadro sem Substituir por
35 Ensaios de tipo Não
3 / 8.1.1 ensaio quadro TTA
NBR IEC 60439- Quadro sem Realizar ensaios
36 Ensaios de rotina Não
3 / 8.1.2 ensaio de rotina
Fonte: Do Autor.
95

Fotos 3 – Quadro da vistoria 3


Vista externa Vista do espelho de proteção (barreira) / interna

Fonte: Do Autor (2018). Fonte: Do Autor (2018).


96

APÊNDICE D – QUADRO DE VERIFICAÇÃO DE CONFORMIDADE -


CONSUMIDOR D

Quadro 17 – Quadro de verificação de conformidade - vistoria 4.


Vistoria Consumidor D Data: 09/10/2018
Quadro de Distribuição Fabricante: Cutler Hammer
Observações: Quadro metálico de sobrepor em alvenaria.

4 Em atendimento às normas, esta edificação foi concluída no ano de 2014.

Aspectos Observados
Item Norma Conformidade
Situação Observações Recomendações
NBR IEC 60439- Circuitos de saída com proteção contra
Saídas < 125A
1 3 / 1.1 curto-circuito com corrente de até 125A e Sim
Geral 3x100A
corrente total de entrada de até 250A
NBR IEC 60439- Tensão nominal fase/terra que não exceda
2 Sim 220V
3 / 1.1 300V
NBR 5410 / Instalado em local de fácil acesso e provido Sem Identificar
3 6.5.4.8 de identificação externa, legível e não Não identificação conforme projeto
facilmente removível. externa elétrico
NBR IEC 60439-
4 Instalado em local abrigado Sim
3 / 1.1
NBR IEC 60439- Invólucro com grau de proteção mínimo
5 Sim
3 / 7.2.1.2 igual a IP2XC
NBR 5410 / Grau de proteção com relação as influências
6 Sim
6.5.4.4 externas do local da instalação
NBR IEC 60439- Grau de poluição referente às condições
7 Sim Grau 2
3 / 6.1.2.3 ambientais do local de instalação
NR 10 / Sinalização de advertência (choque elétrico) Providenciar
8 Não
10.2.8.2.1 advertência
NBR 5410 / Advertência com relação à atuação de Providenciar
9 Não
6.5.4.10 disjuntores, fusíveis e DRs advertência
Identificação de todos os componentes Providenciar
internos do quadro de forma que seja fácil identificação, de
NBR 5410 /
10 reconhecer os respectivos circuitos Não acordo com o
6.5.4.9
protegidos. Identificação deve ser legível e projeto elétrico
não facilmente removível.
Placa de identificação contendo:
a) nome ou marca do fabricante;
b) designação de tipo ou número de
identificação
NBR IEC 60439- c) IEC 60439-1; Providenciar placa
11 Não
3 / 5.1 d) tipo de corrente (e frequência, no caso de de identificação
CA);
e) tensões nominais de operação;
l) grau de proteção;
u) corrente nominal.
Quadro elétrico com uso exclusivo para essa
12 NR 10 / 10.4.4.1 Sim
finalidade
Condutores de componentes fixados nas Não possui
NBR 5410 / portas articuladas sem danos devido ao seu componentes
13 Não aplicável
6.5.4.6 movimento instalados na
porta
Barreira que impede contato
NR 10 / inadvertidamente com as partes vivas, com Grau de Instalar
Não
14 10.2.8.2.1 grau de proteção mínimo igual a IP2XC, proteção obturadores e
sendo removida somente por uso de chave Inferior a fechar orifícios
IP2XC
97

NBR IEC 60439- Obturadores nas posições para instalações de Instalar


15 Não
1 / 7.4.2.2.3c dispositivos reservas obturadores
Grau de
proteção
Condições seguras de funcionamento para Inferior a Instalar
16 NR 10 / 10.6.1.2 Não
que qualquer pessoa não advertida possa IP2XC da obturadores e
efetuar operações elementares (ligar / barreira de fechar orifícios
desligar circuitos) proteção
NBR IEC 60439- Partes estruturais em metais ferrosos com
17 Sim
3 / 7.1.1 resistência adequada à ferrugem
NBR IEC 60439-
18 Partes extraíveis Não
3 / 2.2.8 / 7.6.4
NR 10 / 10.5.1a - Presença de componente capaz de
19 NBR 5410 / 4.1.8 possibilitar a desenergização do quadro Sim Disjuntor
(disjuntor, chave, etc.)
NR 10 / 10.5.1b - Medidas de impedimento de reenergização
20 NBR 5410 / do quadro Sim Chave na porta
5.6.3.2
NR 10 / Presença de dispositivos de proteção a
10.2.8.2.1 - NBR corrente diferencial-residual (DR) com
21 Sim
5410 / 5.1.3.2.2 corrente diferencial residual igual ou inferior
a 30 mA
NR 10 / Seccionamento Automático de Alimentação
22 10.2.8.2.1 - NBR (proteção contra falta entre parte viva e Sim Disjuntor
5410 / 5.1.2.2 massa ou parte viva e condutor de proteção)
Condutores vivos protegidos por um ou mais
NBR 5410 / dispositivos de seccionamento automático Disjuntor
23 Sim
5.3.1.1 contra sobrecargas e contra curtos-circuitos termomagnético
(instalados fora).
Barramento de
NR 10 / 10.2.8.3 Equipotencialização das partes metálicas não terra fixado
24 Sim
- NBR 5410 / energizadas (aterramento) diretamente no
5.1.2.2.3 invólucro
NBR IEC 60439- Seção mínima do condutor de proteção para
25 1 / 7.4.3.1.10 conexão às partes condutoras acessíveis, Sim
conforme tabela 3A
NBR 5410 / Distâncias mínimas entre partes vivas nuas
26 Sim
6.5.4.2a de polaridades distintas: 10 mm.
Distâncias mínimas entre partes vivas nuas e Barramentos de Afastar
NBR 5410 / outras partes condutivas (massas, neutro a menos barramentos de
27 Não
6.5.4.2b invólucros): 20 mm. de 20 mm do neutro em relação
invólucro ao invólucro
Componentes acessíveis, facilitando sua
NBR 5410 /
28 operação, inspeção, manutenção e o acesso a Sim
4.1.10
suas conexões
NBR 5410 / Identificação dos condutores (fases, neutro e
29 Sim
6.1.5.3 terra)
Circuitos polifásicos protegidos por
30 NBR 5410 / 9.5.4 dispositivos unipolares de atuação Não
independente
Barramentos de neutro e terra previsto com Barramentos Ampliar número de
NBR IEC 60439- no mínimo o mesmo número de bornes sem o número bornes ou substituir
31 3 / 7.1.3.5 correspondente ao número de circuitos de Não mínimo de barramentos e
saída e identificados bornes e sem identificar
identificações condutores
Condutores isolados apoiados em partes
NBR IEC 60439- energizadas, de potenciais diferentes ou
32 Não
1 / 7.8.3.3 extremidades afiadas e sustentados
adequadamente
NBR IEC 60439- Componentes (capacitor etc.) capazes de
33 1 / 7.4.4 reter cargas elétricas após desligamento Não aplicável
(placa de advertência)
NBR IEC 60439- Quadros do tipo totalmente testado (TTA) Quadro sem Substituir por
34 Não
3 / 7.1.1 certificação quadro TTA
35 NBR IEC 60439- Ensaios de tipo Não Quadro sem Substituir por
3 / 8.1.1 ensaio quadro TTA
98

36 NBR IEC 60439- Ensaios de rotina Não Quadro sem Realizar ensaios de
3 / 8.1.2 ensaio rotina
Fonte: Do Autor.

Fotos 4 – Quadro da vistoria 4


Vista externa Vista do espelho de proteção (barreira)

Fonte: Do Autor (2018). Fonte: Do Autor (2018).


99

APÊNDICE E – QUADRO DE VERIFICAÇÃO DE CONFORMIDADE -


CONSUMIDOR E

Quadro 18 – Quadro de verificação de conformidade - vistoria 5.


Vistoria Consumidor E Data: 10/10/2018
QD Geral do Condomínio Fabricante: Não identificado
Observações: Quadro metálico embutido em alvenaria, sem identificação do fabricante.

5 Em atendimento às normas, esta edificação foi concluída no ano de 2015.

Aspectos Observados
Item Norma Conformidade
Situação Observações Recomendações
NBR IEC 60439- Circuitos de saída com proteção contra
Saídas < 125A
1 3 / 1.1 curto-circuito com corrente de até 125A e Sim
Geral 3x100A
corrente total de entrada de até 250A
NBR IEC 60439- Tensão nominal fase/terra que não exceda
2 Sim 220V
3 / 1.1 300V
NBR 5410 / Instalado em local de fácil acesso e provido Sem Identificar
3 6.5.4.8 de identificação externa, legível e não Não identificação conforme projeto
facilmente removível. externa elétrico
NBR IEC 60439-
4 Instalado em local abrigado Sim
3 / 1.1
NBR IEC 60439- Invólucro com grau de proteção mínimo Porta com Adequar ao grau de
5 Não
3 / 7.2.1.2 igual a IP2XC orifício proteção
NBR 5410 / Grau de proteção com relação as influências Porta com Adequar ao grau de
6 Não
6.5.4.4 externas do local da instalação orifício proteção
NBR IEC 60439- Grau de poluição referente às condições
7 Sim Grau 2
3 / 6.1.2.3 ambientais do local de instalação
NR 10 / Sinalização de advertência (choque elétrico) Adequar
8 Não Fora de padrão
10.2.8.2.1 advertência
NBR 5410 / Advertência com relação à atuação de Providenciar
9 Não
6.5.4.10 disjuntores, fusíveis e DRs advertência
Identificação de todos os componentes Adequar
internos do quadro de forma que seja fácil Identificação de identificação, de
NBR 5410 /
10 reconhecer os respectivos circuitos Não fácil remoção acordo com o
6.5.4.9
protegidos. Identificação deve ser legível e projeto elétrico
não facilmente removível.
Placa de identificação contendo:
a) nome ou marca do fabricante;
b) designação de tipo ou número de
identificação
NBR IEC 60439- c) IEC 60439-1; Providenciar placa
11 Não
3 / 5.1 d) tipo de corrente (e frequência, no caso de de identificação
CA);
e) tensões nominais de operação;
l) grau de proteção;
u) corrente nominal.
Quadro elétrico com uso exclusivo para essa
12 NR 10 / 10.4.4.1 Sim
finalidade
Condutores de componentes fixados nas Não possui
NBR 5410 / portas articuladas sem danos devido ao seu componentes
13 Não aplicável
6.5.4.6 movimento instalados na
porta
100

Grau de
Barreira que impede contato proteção
inadvertidamente com as partes vivas, com Inferior a
NR 10 / Instalar
14 grau de proteção mínimo igual a IP2XC, Não IP2XC
10.2.8.2.1 obturadores
sendo removida somente por uso de chave

NBR IEC 60439- Obturadores nas posições para instalações de Instalar


15 Não
1 / 7.4.2.2.3c dispositivos reservas obturadores
Grau de
proteção
Condições seguras de funcionamento para Inferior a Instalar
16 NR 10 / 10.6.1.2 Não
que qualquer pessoa não advertida possa IP2XC da obturadores
efetuar operações elementares (ligar / barreira de
desligar circuitos) proteção
NBR IEC 60439- Partes estruturais em metais ferrosos com
17 Sim
3 / 7.1.1 resistência adequada à ferrugem
NBR IEC 60439-
18 Partes extraíveis Não
3 / 2.2.8 / 7.6.4
NR 10 / 10.5.1a - Presença de componente capaz de
19 NBR 5410 / 4.1.8 possibilitar a desenergização do quadro Sim Disjuntor
(disjuntor, chave, etc.)
NR 10 / 10.5.1b - Medidas de impedimento de reenergização Instalar bloqueio
20 NBR 5410 / do quadro Não mecânico
5.6.3.2
NR 10 / Presença de dispositivos de proteção a
10.2.8.2.1 - NBR corrente diferencial-residual (DR) com
21 Sim
5410 / 5.1.3.2.2 corrente diferencial residual igual ou inferior
a 30 mA
NR 10 / Seccionamento Automático de Alimentação
22 10.2.8.2.1 - NBR (proteção contra falta entre parte viva e Sim Disjuntor
5410 / 5.1.2.2 massa ou parte viva e condutor de proteção)
Condutores vivos protegidos por um ou mais
NBR 5410 / dispositivos de seccionamento automático Disjuntor
23 Sim
5.3.1.1 contra sobrecargas e contra curtos-circuitos termomagnético
(instalados fora).
NR 10 / 10.2.8.3 Equipotencialização das partes metálicas não Barramento de
24 - NBR 5410 / energizadas (aterramento) Não terra isolado do Aterrar invólucro
5.1.2.2.3 invólucro
NBR IEC 60439- Seção mínima do condutor de proteção para Barramento de Aterrar invólucro
25 1 / 7.4.3.1.10 conexão às partes condutoras acessíveis, Não terra isolado do com condutor
conforme tabela 3A invólucro #10mm²
NBR 5410 / Distâncias mínimas entre partes vivas nuas
26 Sim
6.5.4.2a de polaridades distintas: 10 mm.
Distâncias mínimas entre partes vivas nuas e Barramentos de Afastar
NBR 5410 / outras partes condutivas (massas, neutro a menos barramentos de
27 Não
6.5.4.2b invólucros): 20 mm. de 20 mm do neutro em relação
invólucro ao invólucro
Componentes acessíveis, facilitando sua Barramentos de
NBR 5410 /
28 operação, inspeção, manutenção e o acesso a Não terra e neutro Desobstruir acesso
4.1.10
suas conexões não acessíveis aos barramentos
NBR 5410 / Identificação dos condutores (fases, neutro e
29 Sim
6.1.5.3 terra)
Circuitos polifásicos protegidos por
30 NBR 5410 / 9.5.4 dispositivos unipolares de atuação Não
independente
Condutores dos
Barramentos de neutro e terra previsto com barramentos
31 NBR IEC 60439- no mínimo o mesmo número de bornes Não sem Identificar
3 / 7.1.3.5 correspondente ao número de circuitos de identificações condutores
saída e identificados
Condutores
Condutores isolados apoiados em partes apoiados nos Fixar condutores
32 NBR IEC 60439- energizadas, de potenciais diferentes ou Sim barramentos adequadamente,
1 / 7.8.3.3 extremidades afiadas e sustentados das fases e afastando-os dos
adequadamente neutros barramentos
101

NBR IEC 60439- Componentes (capacitor etc.) capazes de


33 1 / 7.4.4 reter cargas elétricas após desligamento Não aplicável
(placa de advertência)
NBR IEC 60439- Quadros do tipo totalmente testado (TTA) Quadro sem Substituir por
34 Não
3 / 7.1.1 certificação quadro TTA
NBR IEC 60439- Quadro sem Substituir por
35 Ensaios de tipo Não
3 / 8.1.1 ensaio quadro TTA
NBR IEC 60439- Quadro sem Realizar ensaios de
36 Ensaios de rotina Não
3 / 8.1.2 ensaio rotina
Fonte: Do Autor.

Fotos 5 – Quadro da vistoria 5


Vista externa Vista do espelho de proteção (barreira)

Fonte: Do Autor (2018). Fonte: Do Autor (2018).

Vista externa

Fonte: Do Autor (2018).


102

APÊNDICE F – QUADRO DE VERIFICAÇÃO DE CONFORMIDADE -


CONSUMIDOR F

Quadro 19 – Quadro de verificação de conformidade - vistoria 6.


Vistoria Consumidor F Data: 10/10/2018
QD Geral do Condomínio Fabricante: Não identificado
Observações: Quadro metálico embutido em alvenaria, sem identificação do fabricante.

6 Em atendimento às normas, esta edificação foi concluída no ano de 2015.

Item Norma Conformidade Aspectos Observados


Situação Observações Recomendações
NBR IEC 60439- Circuitos de saída com proteção contra
Saídas < 125A
1 3 / 1.1 curto-circuito com corrente de até 125A e Sim
Geral 3x100A
corrente total de entrada de até 250A
NBR IEC 60439- Tensão nominal fase/terra que não exceda
2 Sim 220V
3 / 1.1 300V
NBR 5410 / Instalado em local de fácil acesso e provido Sem Identificar
3 6.5.4.8 de identificação externa, legível e não Não identificação conforme projeto
facilmente removível. externa elétrico
NBR IEC 60439-
4 Instalado em local abrigado Sim
3 / 1.1
NBR IEC 60439- Invólucro com grau de proteção mínimo
5 Sim
3 / 7.2.1.2 igual a IP2XC
NBR 5410 / Grau de proteção com relação as influências
6 Sim
6.5.4.4 externas do local da instalação
NBR IEC 60439- Grau de poluição referente às condições
7 Sim Grau 2
3 / 6.1.2.3 ambientais do local de instalação
NR 10 / Sinalização de advertência (choque elétrico) Providenciar
8 Não Fora de padrão
10.2.8.2.1 advertência
NBR 5410 / Advertência com relação à atuação de Providenciar
9 Não
6.5.4.10 disjuntores, fusíveis e DRs advertência
Identificação de todos os componentes Adequar
internos do quadro de forma que seja fácil Identificação de identificação, de
NBR 5410 /
10 reconhecer os respectivos circuitos Não fácil remoção acordo com o
6.5.4.9
protegidos. Identificação deve ser legível e projeto elétrico
não facilmente removível.
Placa de identificação contendo:
a) nome ou marca do fabricante;
b) designação de tipo ou número de
identificação
NBR IEC 60439- c) IEC 60439-1; Providenciar placa
11 Não
3 / 5.1 d) tipo de corrente (e frequência, no caso de de identificação
CA);
e) tensões nominais de operação;
l) grau de proteção;
u) corrente nominal.
Quadro elétrico com uso exclusivo para essa
12 NR 10 / 10.4.4.1 Sim
finalidade
Condutores de componentes fixados nas Não possui
NBR 5410 / portas articuladas sem danos devido ao seu componentes
13 Não aplicável
6.5.4.6 movimento instalados na
porta
Barreira que impede contato Grau de
NR 10 / inadvertidamente com as partes vivas, com proteção Instalar
14 Não
10.2.8.2.1 grau de proteção mínimo igual a IP2XC, Inferior a obturadores
sendo removida somente por uso de chave IP2XC
NBR IEC 60439- Obturadores nas posições para instalações de Instalar
15 Não
1 / 7.4.2.2.3c dispositivos reservas obturadores
103

Grau de
Condições seguras de funcionamento para proteção
NR 10 / 10.6.1.2 que qualquer pessoa não advertida possa Inferior a Instalar
16 Não
efetuar operações elementares (ligar / IP2XC da obturadores
desligar circuitos) barreira de
proteção
NBR IEC 60439- Partes estruturais em metais ferrosos com
17 Sim
3 / 7.1.1 resistência adequada à ferrugem
NBR IEC 60439-
18 Partes extraíveis Não
3 / 2.2.8 / 7.6.4
NR 10 / 10.5.1a - Presença de componente capaz de
19 NBR 5410 / 4.1.8 possibilitar a desenergização do quadro Sim Disjuntor
(disjuntor, chave, etc.)
NR 10 / 10.5.1b - Medidas de impedimento de reenergização
20 NBR 5410 / do quadro Não Instalar bloqueio
5.6.3.2 mecânico
NR 10 / Presença de dispositivos de proteção a
10.2.8.2.1 - NBR corrente diferencial-residual (DR) com
21 Sim
5410 / 5.1.3.2.2 corrente diferencial residual igual ou inferior
a 30 mA
NR 10 / Seccionamento Automático de Alimentação
22 10.2.8.2.1 - NBR (proteção contra falta entre parte viva e Sim Disjuntor
5410 / 5.1.2.2 massa ou parte viva e condutor de proteção)
Condutores vivos protegidos por um ou mais
NBR 5410 / dispositivos de seccionamento automático Disjuntor
23 Sim
5.3.1.1 contra sobrecargas e contra curtos-circuitos termomagnético
(instalados fora).
NR 10 / 10.2.8.3 Equipotencialização das partes metálicas não Barramento de
24 - NBR 5410 / energizadas (aterramento) Não terra isolado do Aterrar invólucro
5.1.2.2.3 invólucro
NBR IEC 60439- Seção mínima do condutor de proteção para Barramento de Aterrar invólucro
25 1 / 7.4.3.1.10 conexão às partes condutoras acessíveis, Não terra isolado do com condutor
conforme tabela 3A invólucro #10mm²
NBR 5410 / Distâncias mínimas entre partes vivas nuas
26 Sim
6.5.4.2a de polaridades distintas: 10 mm.
Distâncias mínimas entre partes vivas nuas e Barramentos de Afastar
NBR 5410 / outras partes condutivas (massas, neutro a menos barramentos de
27 Não
6.5.4.2b invólucros): 20 mm. de 20 mm do neutro em relação
invólucro ao invólucro
Componentes acessíveis, facilitando sua
NBR 5410 /
28 operação, inspeção, manutenção e o acesso a Sim
4.1.10
suas conexões
NBR 5410 / Identificação dos condutores (fases, neutro e
29 Sim
6.1.5.3 terra)
Circuitos polifásicos protegidos por
30 NBR 5410 / 9.5.4 dispositivos unipolares de atuação Não
independente
Barramentos de neutro e terra previsto com Condutores dos
NBR IEC 60439- no mínimo o mesmo número de bornes barramentos
31 Não
3 / 7.1.3.5 correspondente ao número de circuitos de sem Identificar
saída e identificados identificações condutores
Condutores isolados apoiados em partes
NBR IEC 60439- energizadas, de potenciais diferentes ou
32 Não
1 / 7.8.3.3 extremidades afiadas e sustentados
adequadamente
NBR IEC 60439- Componentes (capacitor etc.) capazes de
33 1 / 7.4.4 reter cargas elétricas após desligamento Não aplicável
(placa de advertência)
NBR IEC 60439- Quadros do tipo totalmente testado (TTA) Quadro sem Substituir por
34 Não
3 / 7.1.1 certificação quadro TTA
NBR IEC 60439- Quadro sem Substituir por
35 Ensaios de tipo Não
3 / 8.1.1 ensaio quadro TTA
NBR IEC 60439- Quadro sem Realizar ensaios de
36 Ensaios de rotina Não
3 / 8.1.2 ensaio rotina
Fonte: Do Autor.
104

Fotos 6 – Quadro da vistoria 6


Vista externa Vista do espelho de proteção (barreira)

Fonte: Do Autor (2018). Fonte: Do Autor (2018).

Vista externa

Fonte: Do Autor (2018).


105

APÊNDICE G – QUADRO DE VERIFICAÇÃO DE CONFORMIDADE -


CONSUMIDOR G

Quadro 20 – Quadro de verificação de conformidade - vistoria 7.


Vistoria Consumidor G Data: 10/10/2018
Quadro de Distribuição Geral Fabricante: Cemar
Observações: Quadro em PVC embutido em alvenaria.

7 Em atendimento às normas, as instalações elétricas desta edificação foram totalmente reformadas no


ano de 2017.

Aspectos Observados
Item Norma Conformidade
Situação Observações Recomendações
NBR IEC 60439- Circuitos de saída com proteção contra
Saídas < 125A
1 3 / 1.1 curto-circuito com corrente de até 125A e Sim
Geral 3x100A
corrente total de entrada de até 250A
NBR IEC 60439- Tensão nominal fase/terra que não exceda
2 Sim 220V
3 / 1.1 300V
NBR 5410 / Instalado em local de fácil acesso e provido Sem Identificar
3 6.5.4.8 de identificação externa, legível e não Não identificação conforme projeto
facilmente removível. externa elétrico
NBR IEC 60439-
4 Instalado em local abrigado Sim
3 / 1.1
NBR IEC 60439- Invólucro com grau de proteção mínimo
5 Sim
3 / 7.2.1.2 igual a IP2XC
NBR 5410 / Grau de proteção com relação as influências
6 Sim
6.5.4.4 externas do local da instalação
NBR IEC 60439- Grau de poluição referente às condições
7 Sim Grau 2
3 / 6.1.2.3 ambientais do local de instalação
NR 10 / Sinalização de advertência (choque elétrico) Providenciar
8 Não
10.2.8.2.1 advertência
NBR 5410 / Advertência com relação à atuação de Providenciar
9 Não
6.5.4.10 disjuntores, fusíveis e DRs advertência
Identificação de todos os componentes
internos do quadro de forma que seja fácil Não possui Providenciar
NBR 5410 /
10 reconhecer os respectivos circuitos Não Identificação identificação, de
6.5.4.9
protegidos. Identificação deve ser legível e acordo com o
não facilmente removível. projeto elétrico
Placa de identificação contendo:
a) nome ou marca do fabricante;
b) designação de tipo ou número de
identificação
NBR IEC 60439- c) IEC 60439-1; Providenciar placa
11 Não
3 / 5.1 d) tipo de corrente (e frequência, no caso de de identificação
CA);
e) tensões nominais de operação;
l) grau de proteção;
u) corrente nominal.
Quadro elétrico com uso exclusivo para essa
12 NR 10 / 10.4.4.1 Sim
finalidade
Não possui
NBR 5410 / Condutores de componentes fixados nas componentes
13 Não aplicável
6.5.4.6 portas articuladas sem danos devido ao seu instalados na
movimento porta
Grau de
Barreira que impede contato proteção
NR 10 / Instalar
14 inadvertidamente com as partes vivas, com Não Inferior a
10.2.8.2.1 obturadores
grau de proteção mínimo igual a IP2XC, IP2XC
sendo removida somente por uso de chave
106

NBR IEC 60439- Obturadores nas posições para instalações Instalar


15 Não
1 / 7.4.2.2.3c de dispositivos reservas obturadores
Grau de
proteção
Condições seguras de funcionamento para Inferior a Instalar
16 NR 10 / 10.6.1.2 Não
que qualquer pessoa não advertida possa IP2XC da obturadores
efetuar operações elementares (ligar / barreira de
desligar circuitos) proteção
Trilho de
17 NBR IEC 60439- Partes estruturais em metais ferrosos com Sim fixação dos
3 / 7.1.1 resistência adequada à ferrugem disjuntores
NBR IEC 60439-
18 Partes extraíveis Não
3 / 2.2.8 / 7.6.4
NR 10 / 10.5.1a - Presença de componente capaz de
19 NBR 5410 / 4.1.8 possibilitar a desenergização do quadro Sim Disjuntor
(disjuntor, chave, etc.)
NR 10 / 10.5.1b - Medidas de impedimento de reenergização Instalar bloqueio
20 NBR 5410 / do quadro Não mecânico
5.6.3.2
NR 10 / Presença de dispositivos de proteção a
10.2.8.2.1 - NBR corrente diferencial-residual (DR) com
21 Sim
5410 / 5.1.3.2.2 corrente diferencial residual igual ou
inferior a 30 mA
NR 10 / Seccionamento Automático de Alimentação
22 10.2.8.2.1 - NBR (proteção contra falta entre parte viva e Sim Disjuntor
5410 / 5.1.2.2 massa ou parte viva e condutor de proteção)
Condutores vivos protegidos por um ou
NBR 5410 / mais dispositivos de seccionamento Disjuntor
23 Sim
5.3.1.1 automático contra sobrecargas e contra termomagnético
curtos-circuitos (instalados fora).
Trilho de
NR 10 / 10.2.8.3 Equipotencialização das partes metálicas fixação dos Aterrar trilho de
24 Não
- NBR 5410 / não energizadas (aterramento) disjuntores não fixação dos
5.1.2.2.3 aterrado disjuntores
Seção mínima do condutor de proteção para Aterrar trilho de
NBR IEC 60439- conexão às partes condutoras acessíveis, fixação dos
25 Não
1 / 7.4.3.1.10 conforme tabela 3ª disjuntores com
condutor #6mm²
NBR 5410 / Distâncias mínimas entre partes vivas nuas
26 Sim
6.5.4.2a de polaridades distintas: 10 mm.
Barramentos de
NBR 5410 / Distâncias mínimas entre partes vivas nuas e terra e neutro Afastar
27 6.5.4.2b outras partes condutivas (massas, Não distantes a barramentos
invólucros): 20 mm. menos de à
20mm
Componentes acessíveis, facilitando sua
NBR 5410 /
28 operação, inspeção, manutenção e o acesso Sim
4.1.10
a suas conexões
NBR 5410 / Identificação dos condutores (fases, neutro e
29 Sim
6.1.5.3 terra)
Circuitos polifásicos protegidos por
30 NBR 5410 / 9.5.4 dispositivos unipolares de atuação Não
independente
Barramentos de neutro e terra previsto com Barramentos Ampliar número de
NBR IEC 60439- no mínimo o mesmo número de bornes sem o número bornes ou substituir
31 3 / 7.1.3.5 correspondente ao número de circuitos de Não mínimo de barramentos e
saída e identificados bornes e sem identificar
identificações condutores
Condutores isolados apoiados em partes
NBR IEC 60439- energizadas, de potenciais diferentes ou
32 Não
1 / 7.8.3.3 extremidades afiadas e sustentados
adequadamente
NBR IEC 60439- Componentes (capacitor etc.) capazes de
33 1 / 7.4.4 reter cargas elétricas após desligamento Não aplicável
(placa de advertência)
107

NBR IEC 60439- Quadros do tipo totalmente testado (TTA) Quadro sem Substituir por
34 Não
3 / 7.1.1 certificação quadro TTA
NBR IEC 60439- Quadro sem Substituir por
35 Ensaios de tipo Não
3 / 8.1.1 ensaio quadro TTA
NBR IEC 60439- Quadro sem Realizar ensaios de
36 Ensaios de rotina Não
3 / 8.1.2 ensaio rotina
Fonte: Do Autor.

Fotos 7 – Quadro da vistoria 7


Vista externa Vista do espelho de proteção (barreira)

Fonte: Do Autor (2018). Fonte: Do Autor (2018).

Vista externa

Fonte: Do Autor (2018).


108

APÊNDICE H – QUADRO DE VERIFICAÇÃO DE CONFORMIDADE -


CONSUMIDOR H

Quadro 21 – Quadro de verificação de conformidade - vistoria 8.


Vistoria Consumidor H Data: 14/10/2018
Quadro de Distribuição Geral Fabricante: Tigre
Observações: Quadro em PVC embutido em alvenaria.

8 Em atendimento às normas, esta edificação foi concluída no ano de 2010.

Item Norma Conformidade Aspectos Observados


Situação Observações Recomendações
NBR IEC 60439- Circuitos de saída com proteção contra
Saídas < 125A
1 3 / 1.1 curto-circuito com corrente de até 125A e Sim
Geral 3x100A
corrente total de entrada de até 250A
NBR IEC 60439- Tensão nominal fase/terra que não exceda
2 Sim 220V
3 / 1.1 300V
NBR 5410 / Instalado em local de fácil acesso e provido Sem Identificar
3 6.5.4.8 de identificação externa, legível e não Não identificação conforme projeto
facilmente removível. externa elétrico
NBR IEC 60439-
4 Instalado em local abrigado Sim
3 / 1.1
NBR IEC 60439- Invólucro com grau de proteção mínimo
5 Sim
3 / 7.2.1.2 igual a IP2XC
NBR 5410 / Grau de proteção com relação as influências
6 Sim
6.5.4.4 externas do local da instalação
NBR IEC 60439- Grau de poluição referente às condições
7 Sim Grau 2
3 / 6.1.2.3 ambientais do local de instalação
NR 10 / Sinalização de advertência (choque elétrico) Providenciar
8 Não
10.2.8.2.1 advertência
NBR 5410 / Advertência com relação à atuação de Providenciar
9 Não
6.5.4.10 disjuntores, fusíveis e DRs advertência
Identificação de todos os componentes
internos do quadro de forma que seja fácil Providenciar
NBR 5410 /
10 reconhecer os respectivos circuitos Não Identificação de identificação, de
6.5.4.9
protegidos. Identificação deve ser legível e fácil remoção acordo com o
não facilmente removível. projeto elétrico
Placa de identificação contendo:
a) nome ou marca do fabricante;
b) designação de tipo ou número de
identificação
NBR IEC 60439- c) IEC 60439-1; Providenciar placa
11 Não
3 / 5.1 d) tipo de corrente (e frequência, no caso de de identificação
CA);
e) tensões nominais de operação;
l) grau de proteção;
u) corrente nominal.
Quadro elétrico com uso exclusivo para essa
12 NR 10 / 10.4.4.1 Sim
finalidade
Condutores de componentes fixados nas Não possui
NBR 5410 / portas articuladas sem danos devido ao seu componentes
13 Não aplicável
6.5.4.6 movimento instalados na
porta
109

Barreira que impede contato


NR 10 /
14 inadvertidamente com as partes vivas, com Sim
10.2.8.2.1
grau de proteção mínimo igual a IP2XC,
sendo removida somente por uso de chave

NBR IEC 60439- Obturadores nas posições para instalações de


15 Sim
1 / 7.4.2.2.3c dispositivos reservas
Condições seguras de funcionamento para
que qualquer pessoa não advertida possa
16 NR 10 / 10.6.1.2 Sim
efetuar operações elementares (ligar /
desligar circuitos)
NBR IEC 60439- Partes estruturais em metais ferrosos com Quadro em
17 Não aplicável
3 / 7.1.1 resistência adequada à ferrugem PVC
NBR IEC 60439-
18 Partes extraíveis Não
3 / 2.2.8 / 7.6.4
NR 10 / 10.5.1a - Presença de componente capaz de
19 NBR 5410 / 4.1.8 possibilitar a desenergização do quadro Sim Disjuntor
(disjuntor, chave, etc.)
NR 10 / 10.5.1b - Medidas de impedimento de reenergização Instalar bloqueio
20 NBR 5410 / do quadro Não mecânico
5.6.3.2
NR 10 / Presença de dispositivos de proteção a
10.2.8.2.1 - NBR corrente diferencial-residual (DR) com
21 Sim
5410 / 5.1.3.2.2 corrente diferencial residual igual ou inferior
a 30 mA
NR 10 / Seccionamento Automático de Alimentação
22 10.2.8.2.1 - NBR (proteção contra falta entre parte viva e Sim Disjuntor
5410 / 5.1.2.2 massa ou parte viva e condutor de proteção)
Condutores vivos protegidos por um ou mais
NBR 5410 / dispositivos de seccionamento automático Disjuntor
23 Sim
5.3.1.1 contra sobrecargas e contra curtos-circuitos termomagnético
(instalados fora).
NR 10 / 10.2.8.3 Equipotencialização das partes metálicas não
Quadro em
24 - NBR 5410 / energizadas (aterramento) Não aplicável
PVC
5.1.2.2.3
NBR IEC 60439- Seção mínima do condutor de proteção para
Quadro em
25 1 / 7.4.3.1.10 conexão às partes condutoras acessíveis, Não aplicável
PVC
conforme tabela 3A
NBR 5410 / Distâncias mínimas entre partes vivas nuas
26 Sim
6.5.4.2a de polaridades distintas: 10 mm.
NBR 5410 / Distâncias mínimas entre partes vivas nuas e
27 6.5.4.2b outras partes condutivas (massas, Sim
invólucros): 20 mm.
Componentes acessíveis, facilitando sua
NBR 5410 /
28 operação, inspeção, manutenção e o acesso a Sim
4.1.10
suas conexões
NBR 5410 / Identificação dos condutores (fases, neutro e
29 Sim
6.1.5.3 terra)
Circuitos polifásicos protegidos por
30 NBR 5410 / 9.5.4 dispositivos unipolares de atuação Não
independente
Barramentos Ampliar número de
NBR IEC 60439- Barramentos de neutro e terra previsto com sem o número bornes ou substituir
31 3 / 7.1.3.5 no mínimo o mesmo número de bornes Não mínimo de barramentos e
correspondente ao número de circuitos de bornes e sem identificar
saída e identificados identificações condutores
Condutores isolados apoiados em partes
NBR IEC 60439- energizadas, de potenciais diferentes ou
32 Não
1 / 7.8.3.3 extremidades afiadas e sustentados
adequadamente
NBR IEC 60439- Componentes (capacitor etc.) capazes de
33 1 / 7.4.4 reter cargas elétricas após desligamento Não aplicável
(placa de advertência)
110

NBR IEC 60439- Quadros do tipo totalmente testado (TTA) Quadro sem Substituir por
34 Não
3 / 7.1.1 certificação quadro TTA
NBR IEC 60439- Quadro sem Substituir por
35 Ensaios de tipo Não
3 / 8.1.1 ensaio quadro TTA
NBR IEC 60439- Quadro sem Realizar ensaios de
36 Ensaios de rotina Não
3 / 8.1.2 ensaio rotina
Fonte: Do Autor.

Fotos 8 – Quadro da vistoria 8


Vista externa Vista do espelho de proteção (barreira)

Fonte: Do Autor (2018). Fonte: Do Autor (2018).

Vista externa

Fonte: Do Autor (2018).


111

APÊNDICE I – ENSAIO DIELÉTRICO - QUADRO NORMATIZADO (TTA)

Fotos 9 – Ensaio dielétrico em quadro normatizado

Vista externa

Fonte: Do Autor (2018).

Vista do espelho de proteção (barreira)

Fonte: Do Autor (2018).


112

Vista interna

Fonte: Do Autor (2018).

Painel sob ensaio

Fonte: Do Autor (2018).


113

Resultado do ensaio

Fonte: Do Autor (2018).


114

APÊNDICE J – ENSAIO DIELÉTRICO - QUADRO NÃO NORMATIZADO

Fotos 10 – Ensaio dielétrico em quadro não normatizado

Vista externa

Fonte: Do Autor (2018).

Vista do espelho de proteção (barreira)

Fonte: Do Autor (2018).


115

Vista interna

Fonte: Do Autor (2018).

Painel sob ensaio

Fonte: Do Autor (2018).


116

Resultado do ensaio

Fonte: Do Autor (2018).


117

ANEXO A – MANUAL DE INSTRUÇÕES TTW01-QD ANEXO 10 – ENSAIOS DE


TIPO E ENSAIOS DE ROTINA
118
119
120
121
122
123

Fonte: WEG

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