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Atividade Acionamentos

Aluno: Gabryel Raposo

1.2 – Os circuitos de compensação de reação de armadura desempenham um papel crucial na


otimização do desempenho dos sistemas elétricos que envolvem a operação de motores ou
geradores. Quando a corrente flui pelas bobinas da armadura, um fluxo magnético é gerado, o
qual pode interferir com o fluxo principal gerado pelo circuito de campo, devido ao
acoplamento indesejado entre esses dois fluxos. A função dos circuitos de compensação de
reação de armadura é neutralizar ou minimizar essa interferência, empregando bobinas
auxiliares em série com a armadura. Essas bobinas são posicionadas de maneira estratégica
para compensar a componente horizontal do campo magnético gerado pela armadura,
ajudando a manter a operação eficiente e estável do sistema elétrico.

Por outro lado, os circuitos interpolo têm como função evitar problemas associados à
comutação da corrente na armadura. Como a comutação não é instantânea, podem ocorrer
centelhamento e até mesmo a ruptura dielétrica do ar no contato escova/comutador. A fim de
evitar esses efeitos indesejados, os circuitos interpolo são empregados. Sua função é minimizar
as variações bruscas no fluxo magnético durante o momento da comutação, garantindo uma
transição suave da corrente e reduzindo os efeitos adversos associados.

Dessa forma, os circuitos de compensação de reação de armadura e os circuitos interpolo


desempenham papéis cruciais na otimização da operação de sistemas elétricos e mecânicos,
contribuindo para um funcionamento mais eficiente, estável e confiável dos equipamentos
envolvidos

1.3 – O comutador mecânico desempenha um papel fundamental na operação de máquinas CC


uma vez que ele permite a comutação da corrente elétrica entre os enrolamentos da
armadura, garantindo que o torque necessário para a rotação seja mantido em uma única
direção.

O funcionamento do comutador baseia-se no uso de escovas que fazem contato com um anel
comutador montado no eixo da máquina. Enquanto o rotor gira, as escovas permanecem em
contato constante com o anel comutador, permitindo a transferência de corrente elétrica para
os enrolamentos da armadura.

O funcionamento eficaz do comutador está na reversão das conexões dos enrolamentos da


armadura durante a rotação. Conforme as espiras da armadura giram aproximadamente 180
graus, as conexões das extremidades das espiras também se invertem em relação à posição das
escovas. Isso garante que a direção do fluxo de corrente seja mantida em relação ao fluxo
magnético gerado pelo campo do estator. Essa inversão na comutação é essencial para manter
o torque resultante unidirecional, permitindo que o rotor continue girando na mesma direção.

Em suma, o comutador mecânico é uma peça central em máquinas CC, pois garante que a
direção da corrente e o fluxo magnético estejam alinhados corretamente para manter um
torque consistente e uma rotação contínua do rotor.
1.4 –

Variando a tensão de armadura:

Ao variar a tensão de armadura (Va) aplicada à máquina CC, podemos observar curvas
características que representam a relação entre velocidade e torque. Essas curvas, conhecidas
como curvas de velocidade por torque, têm inclinações paralelas, indicando que, para cada
valor de torque, há uma correspondente velocidade. No entanto, as curvas variam em termos
de velocidade a vazio.

Aumentar a tensão de armadura (Va) ao longo dessas curvas resulta em um aumento da


velocidade do motor para um torque constante. Isso reflete um aumento na potência mecânica
gerada pelo motor. Portanto, o controle da velocidade do motor pode ser alcançado através do
ajuste da tensão de armadura.

Em relação ao fluxo de campo:

O controle do campo magnético é outra estratégia para controlar a velocidade de uma


máquina CC. Ao reduzir a corrente de campo, enfraquecemos o fluxo magnético gerado pelo
campo. Isso afeta diretamente a equação de velocidade, uma vez que o fluxo magnético (ϕ) é o
denominador da equação.

Reduzindo o fluxo de campo, o denominador diminui, o que resulta em um aumento do valor


multiplicativo do termo dentro dos colchetes da equação de velocidade. No entanto, o termo
dentro dos colchetes também diminui devido ao enfraquecimento do campo. Portanto, para
aumentar a velocidade, é necessário diminuir o torque, visto que ambos os fatores se
contrapõem.

Essa técnica de controle permite que a máquina opere em velocidades mais altas do que o
normal, possibilitando aplicações específicas que exigem alta velocidade, mesmo que à custa
de uma redução no torque disponível.

1.5 –

A figura em questão ilustra as regiões de controle de uma máquina por meio da variação da
tensão de terminal e do enfraquecimento do campo magnético. Na região de controle através
da tensão de terminal, é possível aumentar a velocidade da máquina enquanto mantemos o
torque constante. Isso resulta em um aumento na potência fornecida pela máquina. Por outro
lado, na região de controle por meio do enfraquecimento do campo, é possível aumentar a
velocidade da máquina, mas isso acarreta uma redução no torque disponível. Nesse caso, a
potência fornecida pela máquina é mantida constante. Em resumo, a curva da Figura 1 destaca
como diferentes estratégias de controle afetam a velocidade, torque e potência da máquina.

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