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UNIVERSIDADE FEDERAL DO VALE DO SÃO FRANCISCO

CURSO DE GRADUAÇÃO EM ENGENHARIA ELÉTRICA

WANDERSON GUIRRA ALVES DOS SANTOS

ENNE SOLUÇÕES ELÉTRICAS LTDA.

RELATÓRIO DE ESTÁGIO SUPERVISIONADO

Juazeiro, 2017
UNIVERSIDADE FEDERAL DO VALE DO SÃO FRANCISCO

CURSO DE GRADUAÇÃO EM ENGENHARIA ELÉTRICA

WANDERSON GUIRRA ALVES DOS SANTOS

ENNE SOLUÇÕES ELÉTRICAS LTDA.

Relatório final de estágio curricular apresentado ao


colegiado de engenharia elétrica da Universidade
Federal do Vale do São Francisco - UNIVASF,
Campus Juazeiro, como requisito parcial para
obtenção do título de Bacharel em Engenharia
Elétrica.

Orientador: Prof. Dr. Eduard Montgomery Meira


Costa.

Juazeiro, 2017
RESUMO

O presente relatório de estágio supervisionado tem como objetivo elucidar as


atividades de manutenções corretivas, preventivas e preditivas desenvolvidas junto à
empresa ENNE Soluções Elétricas Ltda. em algumas empresas localizadas na
cidade de Petrolina-PE e no Atacadão de Teresina-PI. O estágio teve duzentas e
quarenta horas de duração e visou o cumprimento da carga horária da disciplina
estágio curricular. Entre as técnicas de manutenção preditivas aplicadas, destacam-
se a termografia e os ensaios realizados em subestações com o auxilio de
megôhmetro e micro-ohmimetro. Paralelo a isso, foi inspecionado um sistema de
proteção contra descargas atmosférica- SPDA e realizado um estudo de seletividade
para a troca de um relé de proteção primária de um sistema de 13.8 kV.

Palavras-chave: manutenção corretiva, manutenção preventiva, manutenção


preditiva, SPDA.
Lista de Figuras

Figura 1: Conexão rompida para o fechamento da gaiola de Faraday. ......................... 14

Figura 2: Medição da resistência de aterramento pelo método queda de potencial...... 14


Figura 3: Medição de resistência de isolamento e relação de transformação das
bobinas do transformador ............................................................................................. 16
Figura 4: Medição da resistência de aterramento no Atacadão .................................... 17
Lista de Tabelas

Tabela 1: Roteiro de inspeção termográfica .................................................................. 18

Tabela 2: Componentes participantes da inspeção termográfica .................................. 18


Sumário

1. INTRODUÇÃO ................................................................................................... 7
2. OBJETIVOS ....................................................................................................... 8
3. A EMPRESA ...................................................................................................... 9
3.1. A missão da empresa .............................................................................. 9
3.2. A visão da empresa ................................................................................. 9
4. FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA ......................................................................... 10
4.1. Manutenções elétricas ............................................................................. 10
4.2. Sistemas de proteção contra descargas atmosféricas-SPDA .................. 10
4.3. Estudo de seletividade e proteção ........................................................... 10
5. ATIVIDADES DESENVOLVIDAS ...................................................................... 13
5.1. Inspeção de SPDA – Nobile Suites Del Rio ............................................. 13
5.2. Manutenções preditivo-preventivas no Atacadão, Teresina – PI ............. 15
5.3. Manutenção preventiva na Niagro ........................................................... 19
5.4. Estudo de Seletividade Makro Atacadista, Recife – PE ........................... 19
6. CONCLUSÃO ..................................................................................................... 20
7. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS .................................................................. 21

ANEXO I .................................................................................................................. 22

ANEXO II ................................................................................................................. 28

ANEXO III ................................................................................................................ 29

ANEXO IV ................................................................................................................ 31

ANEXO V ................................................................................................................. 32
1. INTRODUÇÃO

O estágio ocorreu no setor de Eletricidade Industrial na empresa ENNE


Soluções Elétricas LTDA e teve como supervisor o senhor Nelson Gonçalves Juneo,
o qual é Diretor Técnico da empresa, no período de 01 de agosto de 2017 a 02 de
outubro de 2017, com 240 horas de duração.
Durante o período do referido estágio foram realizadas diversas atividades,
como:
- Inspeção de SPDA, Nobile Suites Del Rio – Petrolina/PE;
- Manutenção Preditiva, no Makro – Petrolina/PE;
- Manutenção Preditiva, na Niagro – Petrolina/PE;
- Manutenção Preventiva e Corretiva, no Atacadão – Teresina/PI.
- Estudo de Seletividade, no Makro – Recife/PE
Na execução dessas atividades foi exigido todo o conhecimento adquirido ao
longo do curso de engenharia elétrica na Universidade Federal do Vale do São
Francisco juntamente com um estudo aprofundado das normas técnicas (NBR’s,
NR’s e entre outras) que regulamentam as atividades realizadas.

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2. OBJETIVOS

Esse estágio tem como principais objetivos:


- Aprimorar todo o conhecimento adquirido ao longo do curso de graduação
em engenharia elétrica;
- Adquirir experiência em atividades que envolvem o setor elétrico;
- Conquistar espaço no mercado de trabalho.

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3. A EMPRESA

A ENNE Soluções Elétricas LTDA foi fundada em 30 de agosto de 2015.


Apesar de ser uma empresa nova no mercado, no seguimento da engenharia
elétrica, ela conta com uma vasta experiência técnica e operacional de 20 anos,
trazida pelo sócio Nelson Gonçalves Juneo (Diretor Técnico), experiência adquirida
ao longo desse tempo atuando em Fazendas, Indústrias, Agroindústrias, Comércios
varejistas e atacadistas, Hospitais, Shoppings, dentre outros seguimentos, com
atuação em vários estados da região Nordeste.
Os serviços prestados pela empresa são:
- Instalações Elétricas de Alta e Baixa Tensão;
- Manutenção Preditiva e Preventiva com realização de ensaios em máquinas,
equipamentos e sistemas elétricos;
- Ensaios Elétricos;
- Montagem de Painéis Elétricos;
- Inspeção, Manutenção e Geração de laudos de sistemas de aterramentos e
SPDA (Sistema de Proteção contra Descargas Atmosféricas);
- Inspeção de Sistemas com geração de Relatório Técnico e Prontuário de
Instalações Elétricas.

3.1. A missão da empresa

Oferecer soluções nas diversas áreas da engenharia elétrica, prestando um


serviço de qualidade e buscando a satisfação total dos nossos clientes; estabelecer
relações de longo prazo com clientes e funcionários, atuando de forma responsável
junto à sociedade.

3.2. A visão da empresa

Tornar-se empresa referência em prestação de serviço na área de engenharia


elétrica na região do Vale do São Francisco até o ano de 2025.

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4. FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA

4.1. Manutenções elétricas

A manutenção pode ser entendida como o conjunto de cuidados técnicos


indispensáveis ao funcionamento regular e permanente de máquinas, equipamentos,
ferramentas e instalações. De forma geral, esses cuidados envolvem a conservação,
a adequação, a restauração, a substituição e a prevenção (WEBER et. al, 2008).
As manutenções são divididas basicamente em manutenções preventivas,
preditivas ou corretivas. A manutenção preventiva é a atuação realizada de forma a
reduzir ou evitar a falha ou queda no desemprenho, obedecendo a um plano
previamente elaborado, baseado em intervalos definidos de tempo. Já a
manutenção preditiva trata-se da atuação realizada com base na modificação de
parâmetros de condição ou desempenho, cujo acompanhamento obedece a uma
sistemática. Por fim, a manutenção corretiva pode ser dita como a atuação para a
correção da falha ou do desempenho menor do que o esperado. Sendo assim, a
ação principal na manutenção corretiva é corrigir ou restaurar as condições de
funcionamento do equipamento ou sistema (KARDEC, 2009).
O objetivo da manutenção elétrica é manter sob controle todas as paradas
dos equipamentos, de forma que estas não prejudiquem a produção desejada. Sua
importância reside em uma maior garantia de cumprimentos dos prazos contratuais
assumidos e um aumento considerável da vida útil dos equipamentos e,
consequentemente, um custo menor para o produto final. Uma manutenção elétrica
bem feita, além de reduzir a níveis diminutos as avarias dos equipamentos e
instalações industriais reduz, também, os riscos de acidentes de trabalho.

4.2. Sistema de proteção contra descargas atmosféricas- SPDA

A instalação de um sistema contra descargas atmosféricas tem duas funções:


neutralizar através do poder da atração das pontas, o crescimento do gradiente de
potencial elétrico entre o solo e as nuvens, através do permanente escoamento de
cargas elétricas do meio ambiente para a terra; e oferecer a descarga elétrica que

10
for cair em suas proximidades um caminho preferencial, reduzindo os riscos de sua
incidência sobre as estruturas (BOHN, s.d.).
Segundo a NBR 5419 – Proteção de estruturas contra descargas
atmosféricas, as inspeções do SPDA visam assegurar que:
 O SPDA está conforme o projeto;
 Todos os componentes do SPDA estão em bom estado, as conexões e
fixações estão firmes e livres de corrosão;
 O valor da resistência de aterramento seja compatível com o arranjo e com as
dimensões do subsistema de aterramento, e com a resistividade do solo.
Excetuam-se desta exigência os sistemas que usam as fundações como
eletrodo de aterramento;
 Todas as construções acrescentadas à estrutura posteriormente à instalação
original estão integradas no volume a proteger, mediante ligação ao SPDA ou
ampliação deste;
 A resistência pode também ser calculada a partir da estratificação do solo e
com uso de um programa adequado. Neste caso fica dispensada a medição
da resistência de aterramento.
Um dos métodos mais recomendados para a medição de resistência de
aterramento é o método da queda de potencial através do equipamento terrômetro.
Este método consiste em fazer circular uma corrente através da malha de
aterramento sob ensaio por intermédio de um eletrodo auxiliar de corrente e medir a
tensão entre a malha de aterramento e o terra de referência (terra remoto) por meio
de uma sonda ou eletrodo auxiliar de potencial.

4.3. Estudo de Seletividade e Proteção

Para a utilização da energia elétrica nos mais diversos setores da sociedade é


necessário que seja construído um complexo sistema através do qual esta energia é
gerada, transmitida e distribuída. Em conseqüência da complexidade gerada para a
utilização da energia elétrica como também de fatores internos e externos, é
impossível que o sistema esteja imune a falhas, as quais podem ser responsáveis
por danos aos elementos que compõem o sistema elétrico, tais como geradores,
cabos, transformadores e motores (Araújo, 2002). A fim de evitar que esses
elementos sofram danos, são aplicados esquemas de proteção que têm como
11
principal objetivo preservar a integridade física desses elementos e manter a
segurança de todos que usufruem da energia elétrica direta ou indiretamente
(Hewitson et al., 2004). Para que isso seja possível, um sistema de proteção deve
possuir as seguintes características:
• Rapidez: deve atuar no menor espaço de tempo entre a detecção da
anomalia e a extinção desta;
• Seletividade: evitar que partes não faltosas do sistema sejam desligadas
indevidamente e;
• Segurança: garantir que somente as partes defeituosas do sistema serão
desligadas.
Um aspecto de suma importância para atingir os objetivos citados é a
coordenação de dispositivos de proteção contra sobrecorrente. Em um sistema bem
coordenado a atuação indevida dos dispositivos de proteção é evitada fazendo com
que seja mantida a seletividade no sistema elétrico. Essa coordenação é feita
mantendo intervalos de tempo de atuação entre os dispositivos de proteção
aplicados no sistema. O processo de aplicar e coordenar os dispositivos é feito com
a ajuda de gráficos de “tempo versus corrente”, em que é possível identificar para
que valores de tempo e corrente um determinado dispositivo de proteção irá atuar.
Cada dispositivo de proteção (fusíveis, disjuntores de baixa tensão e relés) possui
uma curva característica de atuação, sendo que as curvas de fusíveis e alguns
disjuntores de baixa tensão são fixas. Isto é, não possuem parâmetros a serem
regulados. Por outro lado, os relés de sobrecorrente, principalmente os digitais,
possuem uma gama de configurações e ajustes que os deixam mais versáteis.
Para que seja possível a aplicação dos dispositivos de proteção sem que eles
interfiram no funcionamento normal do sistema ou para evitar que eles sejam
superdimensionados, é necessário conhecer as curvas de danos dos elementos que
integram o sistema como, motores, geradores, cabos, transformadores entre outros,
e ainda os critérios de proteção de cada elemento. As curvas de danos são os
limites de operação em que a integridade dos equipamentos é garantida. Quando
essas curvas são violadas e/ou os critérios de proteção não são respeitados os
danos aos equipamentos são inerentes. Com esse conhecimento é possível definir
os parâmetros que necessitam ser protegidos e como deve ser a coordenação para
que haja uma proteção de retaguarda eficiente.

12
5. ATIVIDADES DESENVOLVIDAS

Durante o período do estágio na empresa ENNE Soluções Elétricas foram


executadas diversas atividades na área de projetos, inspeção e manutenção em
geral (preditiva, preventiva e corretiva) em empresas, das quais podem ser
destacadas as seguintes:
- Nobile Suites Del Rio – Petrolina/PE;
- Makro Atacadista – Petrolina/PE;
- Niagro – Nichirei do Brasil Agrícola LTDA – Petrolina/PE;
- Atacadão – Teresina/PI;
- Makro Atacadista – Recife/PE;

5.1. Inspeção de SPDA – Nobile Suites Del Rio

A inspeção do sistema de proteção contra descargas atmosféricas – SPDA


tem por objetivo assegurar: a conformidade do sistema com relação ao projeto;
verificar se o sistema se encontra em boas condições; o valor da resistência de
aterramento seja compatível com o arranjo e com as dimensões do subsistema de
aterramento; todas as construções acrescentadas à estrutura posteriormente à
instalação original estão integradas no volume a proteger, mediante a ligação ao
SPDA ou ampliação deste.
Para essa atividade, foi necessária a realização de um estudo das seguintes
normas técnicas:
 NBR 5419 – Proteção de estruturas contra descargas atmosféricas;
 NBR 15749 – Medição de resistência de aterramento e de potenciais
na superfície do solo em sistemas de aterramento;
 NBR 13571 – Hastes de aterramento aço-cobreado e acessórios;
E entre outras normas. Com isso foi possível levantar pontos especiais a
serem observados no local, como:
 Chaminés de grande porte;
 Estruturas contendo líquidos ou gases inflamáveis.
Após esses levantamentos, foi montada uma equipe para a execução da
inspeção no local: Av. Cardoso de Sá, 215 - Orla 2, Petrolina - PE, 56302-110.

13
Durante a execução do serviço foram verificadas as conexões, condições das
hastes de aterramento, ensaios de medição de resistência de aterramento e
verificação de adequação com as normas técnicas. Ver figuras a seguir.

Figura 1: Conexão rompida para o fechamento da gaiola de Faraday.

Figura 2: Medição da resistência de aterramento pelo método queda de potencial.

14
Após a inspeção foi elaborado um relatório técnico de inspeção (RTI). Através
desse foram recomendadas as seguintes medidas:
 Interconexão de algumas estruturas metálicas na cobertura do edifício;
 Substituição dos conectores quebrados e fechamento da malha da
gaiola de faraday.
Dadas às recomendações, a empresa Nobile Suites Del Rio liberou uma
ordem de serviço para que fossem executadas as devidas correções.
5.2. Manutenções preditivo-preventivas no Atacadão, Teresina – PI

Neste estabelecimento, foram acompanhados e supervisionados


procedimentos de manutenção preventiva, tais como:
 Torqueamento e tratamento químico, em todos os parafusos,
conectores e terminais de todos os equipamentos contidos na subestação;
 Limpeza de conectores, isoladores e tratamento anticorrosivo em
chaves seccionadoras e conexões diversas;
 Abertura, revisão detalhada e higienização completa do disjuntor de
média tensão da subestação; e
 Inspeção visual de buchas (isoladores) primárias e secundárias,
terminais e conectores do transformador.
Também foram realizados ensaios de rotina na subestação, como medição da
relação de transformação e resistência de isolamento do transformador. A figura 3
mostra a realização dos mesmos.

15
Figura 3: Medição de resistência de isolamento e relação de transformação das bobinas do
transformador

Os resultados dos ensaios na subestação do Atacadão são mostrados no


anexo I. Todos os ensaios obtiveram valores que atendem as especificações dos
fabricantes dos equipamentos, e normas de segurança.
Também foram realizados inspeções e ensaios na malha de aterramento do
SPDA desse estabelecimento. Durante a execução do serviço foram verificadas
ainda, as conexões, condições das hastes de aterramento e a adequação com as
normas técnicas. A figura 4 mostra a medição da resistência de aterramento.

16
Figura 4: Medição da resistência de aterramento no Atacadão

Os resultados dos ensaios efetuados no Sistema de Proteção contra


Descargas Atmosféricas do Atacadão são apresentados no anexo II.
Outro procedimento efetuado nesse estabelecimento foi a realização de uma
inspeção termográfica detalhada de todos os equipamentos da subestação e dos
painéis de acionamento da loja. Essa é uma técnica de manutenção preditiva que
visa identificar e registrar através de relatórios, termogramas e fotografias, os pontos
de calor excessivo, os que se encontram em sobrecarga ou com más conexões, os
danificados ou em vias de perda irreversível, sempre visando à economia de energia
pela eliminação do efeito joule, o prolongamento da eficiência operacional dos
sistemas elétricos e a confiabilidade dos mesmos.
O roteiro da inspeção e os elementos participantes das mesmas estão
descritas nas tabelas 1 e 2 respectivamente.

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Tabela 1: Roteiro de Inspeção Termográfica

LOCAL EQUIPAMENTO CÓDIGO


SUBESTAÇÃO CONJUNTO MEDIÇÃO E DISJUNÇÃO 01
SUBESTAÇÃO CONJUNTO – TRANSFORMADOR 01 02
SUBESTAÇÃO CONJUNTO – TRANSFORMADOR 02 03
SALA DE MÁQUINAS QUADRO GERAL DE BAIXA TENSÃO (QGBT) 04
SALA DE MÁQUINAS QUADRO DE TRANSFERÊNCIA AUTOMÁTICO (QTA) 01 05
SALA DE MÁQUINAS QUADRO DE TRANSFERÊNCIA AUTOMÁTICO (QTA) 02 06
SALA DE MÁQUINAS QUADRO DE TRANSFERÊNCIA MANUAL (QTM) 01 07
SALA DE MÁQUINAS QUADRO DE TRANSFERÊNCIA MANUAL (QTM) 02 08
SALA DE MÁQUINAS REDE 13.8 KV 09
SALA DE MÁQUINAS BANCO DE CAPACITORES 10
SALA DE MÁQUINAS CCM FAN COIL/CHILLER 11
SALA DE MÁQUINAS CCM LINHA DE CONGELADOS 12
SALA DE MÁQUINAS CCM LINHA DE RESFRIADOS 13
SALA DE MÁQUINAS RACK DE CONGELADOS – PEC 01 14
SALA DE MÁQUINAS RACK DE CONGELADOS – PEC 02 15
SALA DE MÁQUINAS RACK DE RESFRIADOS 16
SALA DE MÁQUINAS QUADRO DE FORÇA (QDF) - ILHA 17
SALA DE MÁQUINAS CONJ.A – COMPRESSOR CHILLER 18
SALA DE MÁQUINAS CONJ.B – COMPRESSOR CHILLER 19
SALA DE MÁQUINAS PAINEL CONTROLE DE BOMBAS SISTEMA DE INCENCIO 20
SALA DE MÁQUINAS PAINEL BOMBA GLICOL 21
PAINEL LOJA 01 22
REFEITORIO
PAINEL LOJA 02 23
PAINEL LOJA 03 24
CAIXAS
PAINEL CAIXA 25

Tabela 2: Componentes participantes da inspeção termográfica

SECCIONADORAS
BASE DE FUSÍVEIS B.T
CAPACITORES
DISJUNTOR M.T TRIFÁSICO
DISJUNTORES B.T 3Ø e 1Ø
FUSÍVEIS B.T
CONTACTORES
CONEXÕES EM BARRAMENTOS
CONEXÕES EM CABOS
TERMINAIS DE COMPRESSÃO
RELÉS TÉRMICOS
CONECTORES
TRANSFORMADORES
TPS
TCS

18
Nesta inspeção percebeu-se que apenas um equipamento apresentou um
ponto de aquecimento classificado como muito aquecido. Este se tratava do
barramento de saída da fase C do disjuntor geral do painel. Para solucionar o
problema, foi feito a troca do barramento. Também se recomendou uma nova
inspeção termográfica no intervalo de um ano.

5.3. Manutenção preventiva na Niagro

Alguns dos procedimentos efetuados nesta empresa encontram-se listados a


seguir:
 Limpeza / higienização, torqueamento e tratamento químico, em todos
os parafusos, conectores e terminais dos transformadores e chaves seccionadoras
destes.
 Inspeção visual, revisão detalhada e ensaios de rotina sobre todos os
transformadores.
 Medição da relação de transformação, resistência ôhmica e resistência
de isolamento de todas as bobinas em todos os transformadores.
 Verificação e inspeção visual de buchas (isoladores) primárias e
secundárias, terminais e conectores dos transformadores.
 Inspeção visual das juntas de vedação e verificação dos níveis e de
possíveis vazamentos de óleo nos transformadores.

Durante a realização dos mesmos, foi observado que os valores de


resistência de isolamento do transformador 02 da subestação 03, apresentam com
níveis aquém dos recomendados pelo fabricante, os dados dos ensaios realizados
neste transformador encontra-se no anexo III.

5.4. Estudo de Seletividade Makro Atacadista Recife-PE


Durante o estágio surgiu à oportunidade de realizar um estudo de seletividade
para ser feito a troca do sistema de proteção e disjunção de média tensão do Makro,
pois o mesmo é muito antigo.

19
Para realizar tal estudo deve-se primeiro solicitar a concessionário os dados
de curto circuito no barramento de atendimento do cliente, para assim
posteriormente realizar todo o processo de estudo de seletividade.
Com os níveis de curto circuito em mãos deu-se inicio ao estudo de
seletividade para o relé de proteção primária, onde configurou-se as proteções de
sobrecorrente (50/50N e 51/51N), sobretensão (59) e subtensão (27). Os detalhes
desse projeto encontram-se no anexo V, vale ressaltar que tal projeto foi aprovado
pela concessionária e a próxima etapa é realizar a troca do sistema de proteção e
disjunção e realizar o comissionamento do relé.

6. CONCLUSÃO

Através das atividades realizadas, pôde-se perceber que o estágio curricular é


indispensável na formação acadêmica do discente, visto que é possível aplicar os
conhecimentos teóricos vistos em sala de aula na prática, além de permitir ao aluno
lidar com os problemas do dia a dia da indústria.
Também nota-se a importância de procedimentos de manutenção bem
executados e realizados periodicamente para um bom funcionamento e aumento da
vida útil de máquinas e equipamentos.
Por fim, percebe-se ainda, a importância na realização de ensaios periódicos,
sejam eles em subestações, inspeções termográficas, ou outros, para que as
instalações elétricas e equipamentos mantenham-se em condições satisfatória de
funcionamento, e com a máxima disponibilidade de uso.

20
7. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

[1] BOHN, Adolar Ricardo, Projeto de Sistema de Proteção Contra Descargas


Atmosféricas. Universidade Federal de Santa Catarina, s.d.
[2] KARDEC, Alan, NACIF, Júlio. Manutenção: função estratégica. 3 ed. Rio de
Janeiro: Qualitymark, 2009.
[3] NBR-5419 – Proteção de Estruturas Contra Descargas Atmosféricas.
[4] WEBER, A. J., AMARAL FILHO, D., ALEXANDRIA JUNIOR, J. P., CUNHA,
J.A.P., ARAÚJO, P. Curso Técnico Mecânico: Manutenção Industrial. 1 ed
SENAI – CFP Alvinar Carneiro de Resende, Contagem: 2008.
[5] ARAÚJO C. A. S.; CÂNDIDO J. R. R.; SOUSA F. C.; DIAS M. P. Proteção de
Sistemas Elétricos. Rio de Janeiro: Interciência: Light, 2002
[6] HEWITSON, L. G.; BROWN, M.; BALAKRISHNAN, R. Practical Power System
Protection. Oxford: Newnes, 2004,

21
ANEXO I

RESULTADOS DE ENSAIOS REALIZADOS NA SUBESTAÇÃO DO ATACADÃO


TERESINA-PI

Medições e Ensaios sobre Transformador 01

DADOS DO EQUIPAMENTO
FABRICANTE: COMTRAFO Nº DE SÉRIE: 101553401
POTÊNCIA: 500 KVA ANO DE FABRICAÇÃO: 2015
TIPO: A SECO MASSA: 1550kg
CORRENTE PRIMÁRIA (13.8KV): 20,92 A TENSÃO PRIMÁRIA: 13.8KV
CORRENTE SECUNDÁRIA (380/220V): 759,67 A TENSÃO SECUNDÁRIA: 380/220V

INSPEÇÃO GERAL
ACEITÁVEL NÃO ACEITÁVEL NÃO SE APLICA
VAZAMENTOS X
DRENO X
DESUMIDIFICADOR X
PLACA DE IDENTIFICAÇÃO X
ATERRAMENTO X
INDICADOR DE NÍVEL X
NÍVEL DE ÓLEO X
BUCHAS X
GRADE DE PROTEÇÃO X
COMUTADOR DE TAP X
VENTILAÇÃO FORÇADA X
FIXAÇÃO X
RESISTÊNCIA DE
ISOLAMENTO X
CONEXÕES E CABOS X
FUSÍVEIS DE PROTEÇÃO X
RELÉ DE TEMPERATURA X
TANQUE DE EXPANSÃO X

OBSERVAÇÕES
Atestamos que o equipamento esta em condições satisfatórias de uso.

22
RESISTÊNCIA DAS BOBINAS DO TRANSFOMADOR DE 13.8 KV/380 V
X1 (mΩ) 1,14 H1 (Ω) 3,74
X2 (mΩ) 1,12 H2 (Ω) 3,80
X3 (mΩ) 1,44 H3 (Ω) 3,85
RESULTADO: [ X ] ACEITÁVEL [ ] NÃO ACEITÁVEL

RESISTÊNCIA DE ISOLAMENTO DO TRAFO


H1 / TERRA 2.5 KV >1 TΩ
X0 / TERRA 500 V 512 GΩ
H1 / X0 2.5 KV >1 TΩ
RESULTADO: [ X ] ACEITÁVEL [ ] NÃO ACEITÁVEL

INDICE DE ABSORÇÃO E POLARIZAÇÃO


MEDIÇÃO DAI PI
H1 / TERRA 2.5 KV 1,44 ---
X0 / TERRA 500 V 2,32 ---
H1 / X0 2.5 KV --- ---
RESULTADO: [ X ] ACEITÁVEL [ ] NÃO ACEITÁVEL

RELAÇÃO DE TRANSFORMAÇÃO (TTR)


TAPE 1 TAPE 2
H1 H2 H3 H1 H2 H3
59,85 59,84 59,70
RESULTADO: [ X ] ACEITÁVEL [ ] NÃO ACEITÁVEL

OBSERVAÇÕES
Atestamos que este transformador encontra-se em condições satisfatórias de uso. Os itens com
parte tracejada indicam que o valor ficou acima da faixa de medição equipamento.

23
Medições e Ensaios sobre Transformador 02

DADOS DO EQUIPAMENTO
FABRICANTE: COMTRAFO Nº DE SÉRIE: 101553402
POTÊNCIA: 500 KVA ANO DE FABRICAÇÃO: 01/2011
TIPO: A SECO MASSA: 1550kg
CORRENTE PRIMÁRIA (13.8KV): 20,92 A TENSÃO PRIMÁRIA: 13.8KV
CORRENTE SECUNDÁRIA (380/220V): 759,67A TENSÃO SECUNDÁRIA: 380/220V

INSPEÇÃO GERAL
ACEITÁVEL NÃO ACEITÁVEL NÃO SE APLICA
VAZAMENTOS X
DRENO X
DESUMIDIFICADOR X
PLACA DE IDENTIFICAÇÃO X
ATERRAMENTO X
INDICADOR DE NÍVEL X
NÍVEL DE ÓLEO X
BUCHAS X
GRADE DE PROTEÇÃO X
COMUTADOR DE TAP X
VENTILAÇÃO FORÇADA X
FIXAÇÃO X
RESISTÊNCIA DE ISOLAMENTO X
CONEXÕES E CABOS X
FUSÍVEIS DE PROTEÇÃO X
RELÉ DE TEMPERATURA X
TANQUE DE EXPANSÃO X

OBSERVAÇÕES
Atestamos que o equipamento esta em condições satisfatórias de uso.

24
RESISTÊNCIA DAS BOBINAS DO TRANSFOMADOR DE 13.8 KV/380 V
X1 (mΩ) 1,29 H1 (Ω) 3,85
X2 (mΩ) 1,10 H2 (Ω) 3,68
X3 (mΩ) 1,26 H3 (Ω) 3,92
RESULTADO: [ X ] ACEITÁVEL [ ] NÃO ACEITÁVEL

RESISTÊNCIA DE ISOLAMENTO DO TRAFO


H1 / TERRA 2.5 KV >1 TΩ
X0 / TERRA 500 V 684 GΩ
H1 / X0 2.5 KV >1 TΩ
RESULTADO: [ X ] ACEITÁVEL [ ] NÃO ACEITÁVEL

INDICE DE ABSORÇÃO E POLARIZAÇÃO


MEDIÇÃO DAI PI
H1 / TERRA 2.5 KV 1,67 ---
X0 / TERRA 500 V 1,56 2,66
H1 / X0 2.5 KV --- ---
RESULTADO: [ X ] ACEITÁVEL [ ] NÃO ACEITÁVEL

RELAÇÃO DE TRANSFORMAÇÃO (TTR)


TAPE 1 TAPE 2
H1 H2 H3 H1 H2 H3
59,88 59,96 59,85
RESULTADO: [ X ] ACEITÁVEL [ ] NÃO ACEITÁVEL

OBSERVAÇÕES
Atestamos que este transformador encontra-se em condições satisfatórias de uso. Os itens com
parte tracejada indicam que o valor ficou acima da faixa de medição equipamento.

25
INSPEÇÕES E MEDIÇÕES REALIZADAS E RELATÓRIO TÉCNICO SOBRE
DISJUNTOR GERAL.

DADOS DO EQUIPAMENTO
FABRICANTE: BEGHIM RELÉ PRIMÁRIO: URPE 7104A
TIPO: 15 C TIPO DE MECANISMO: MECÂNICO
TENSÃO NOMINAL: 17.5KV CORRENTE NOMINAL: 630A

RESISTÊNCIA DOS CONTATOS DO DISJUNTOR GERAL DE 13.8 KV


FASE RESISTÊNCIA
A (mΩ) 0,13
B (mΩ) 0,11
C (mΩ) 0,10

RESISTÊNCIA DE ISOLAMENTO DO DISJUNTOR GERAL DE 13.8 KV


H1 / TERRA 2.5 KV > 200 GΩ
X0 / TERRA 500 V > 200 GΩ
H1 / X0 2.5 KV > 200 GΩ

INSPEÇÃO GERAL
ACEITÁVEL NÃO ACEITÁVEL NÃO SE APLICA
CÂMARA DE EXTINÇÃO X
CONTATOS X
VAZAMENTOS X
PINTURA X
LIMPEZA X
ATERRAMENTO X
INDICADOR DE NÍVEL DE ÓLEO X
LUBRIFICAÇÃO X
BOBINA DE ABERTURA X
BOBINA DE FECHAMENTO X
BOBINA DE MÍNIMA X
MOTOR DE CARREGAMENTO X
MOLA DE CARREGAMENTO X

OBSERVAÇÕES
Pelas inspeções e verificações diversas realizadas sobre o equipamento, atestamos que este encontra-
se em condições satisfatórias de uso.

26
MEDIÇÕES E ENSAIOS SOBRE SECCIONADORAS

SECCIONADORA DO TRANSFORMADOR 01

RESISTÊNCIA DE CONTATO DA CHAVE SECCIONADORA DE 13.8 KV


FASES RESISTÊNCIA (mΩ)
A 0,07
B 0,08
C 0,07
RESULTADO: [ X ] ACEITÁVEL [ ] NÃO ACEITÁVEL

SECCIONADORA DO TRANSFORMADOR 02

RESISTÊNCIA DE CONTATO DA CHAVE SECCIONADORA DE 13.8 KV


FASES RESISTÊNCIA (mΩ)
A 0,07
B 0,06
C 0,07
RESULTADO: [ X ] ACEITÁVEL [ ] NÃO ACEITÁVEL

SECCIONADORA GERAL

RESISTÊNCIA DE CONTATO DA CHAVE SECCIONADORA DE 13.8 KV


FASES RESISTÊNCIA (mΩ)
A 0,06
B 0,06
C 0,07
RESULTADO: [ X ] ACEITÁVEL [ ] NÃO ACEITÁVEL

27
ANEXO II

RELATÓRIO COM RESULTADOS DAS MEDIÇÕES DE RESISTÊNCIA DE


ATERRAMENTO DAS MALHAS EXISTENTES NO ATACADÃO TERESINA-PI

PONTO 01 – Subestação

Haste de Haste de
N° Resistência Condições
Tensão Corrente
Medição (Ω) Adversas
Distancia (m) Distancia (m)
01 11,00 20,00 4,85 EXCELENTE
02 12,00 20,00 5,63 BOM
03 13,00 20,00 6,72 BOM
Resistência Média entre as Medições 5,73 BOM

PONTO 02 – Caixa d’Agua

Haste de Haste de
N° Resistência Condições
Tensão Corrente
Medição (Ω) Adversas
Distancia (m) Distancia (m)
01 11,00 20,00 1,26 EXCELENTE
02 12,00 20,00 1,38 EXCELENTE
03 13,00 20,00 1,63 EXCELENTE
Resistência Média entre as Medições 1,42 EXCELENTE

PONTO 03 – Estacionamento de Motos

Haste de Haste de
N° Resistência Condições
Tensão Corrente
Medição (Ω) Adversas
Distancia (m) Distancia (m)
01 11,00 20,00 8,26 BOM
02 12,00 20,00 9,62 BOM
03 13,00 20,00 11,41 BOM
Resistência Média entre as Medições 9,76 BOM

28
ANEXO III

RESULTADOS DE ENSAIOS REALIZADOS NAS SUBESTAÇÕES DA NIAGRO –


PETROLINA/PE

Medições e Ensaios sobre Transformador Aéreo - 01 – SE - 02


DADOS DO EQUIPAMENTO
FABRICANTE: UNIÃO S.A. Nº DE SÉRIE: 312.542
POTÊNCIA: 225 KVA ANO DE FABRICAÇÃO:
TIPO: OLEO TIPO B MASSA: 1060kg
CORRENTE PRIMÁRIA (13.8KV): 9,41A TENSÃO PRIMÁRIA: 13.8KV
CORRENTE SECUNDÁRIA (380/220V): 341,85A TENSÃO SECUNDÁRIA: 380/220V

INSPEÇÃO GERAL
ACEITÁVEL NÃO ACEITÁVEL NÃO SE APLICA
VAZAMENTOS X
DRENO X
DESUMIDIFICADOR X
PLACA DE IDENTIFICAÇÃO X
ATERRAMENTO X
INDICADOR DE NÍVEL X
NÍVEL DE ÓLEO X
BUCHAS X
GRADE DE PROTEÇÃO X
COMUTADOR DE TAP X
VENTILAÇÃO FORÇADA X
FIXAÇÃO X
RESISTÊNCIA DE ISOLAMENTO X
CONEXÕES E CABOS X
FUSÍVEIS DE PROTEÇÃO X
RELÉ DE TEMPERATURA X
TANQUE DE EXPANSÃO X

OBSERVAÇÕES
Vazamento no mostrador e indicador de nível de óleo.
Não tem válvula no dreno para coleta de óleo.
Junta de vedação ressecada na parte secundária.
Resistência de isolamento muito baixa.
A coleta de oleo foi feita diretamente do tanque principal

29
RESISTÊNCIA DAS BOBINAS DO TRANSFOMADOR DE 13.8 KV/380 V
X1 (mΩ) 44,00 H1 (Ω) 9,65
X2 (mΩ) 45,40 H2 (Ω) 10,03
X3 (mΩ) 25,50 H3 (Ω) 9,45
RESULTADO: [ X ] ACEITÁVEL [ ] NÃO ACEITÁVEL

RESISTÊNCIA DE ISOLAMENTO DO TRAFO


H1 / TERRA 2.5 KV 351 MΩ
X0 / TERRA 500 V 99,8 MΩ
H1 / X0 2.5 KV 456 MΩ
RESULTADO: [ ] ACEITÁVEL [ X ] NÃO ACEITÁVEL

INDICE DE ABSORÇÃO E POLARIZAÇÃO


MEDIÇÃO DAI PI
H1 / TERRA 2.5 KV 1,27 1,64
X0 / TERRA 500 V 0,87 1,34
H1 / X0 2.5 KV 1,14 1,81
RESULTADO: [ ] ACEITÁVEL [ X ] NÃO ACEITÁVEL

RELAÇÃO DE TRANSFORMAÇÃO (TTR)


TAPE 1 TAPE 2
H1 H2 H3 H1 H2 H3
60,02 62,45 59,80
RESULTADO: [ ] ACEITÁVEL [ X ] NÃO ACEITÁVEL

OBSERVAÇÕES
As resistencias de isolamento do trafo não se encontram em um bom valor.
Segundo análise feita na relação de transformação encontrou-se divergência na fase H2 onde o mesmo
encontra-se em um valor elevado. Deve ser feito uma análise sobre o mesmo para averiguar este
problema.
Os itens com o fundo amarelo e vermelho apresentaram valores pobres e perigosos, respectivamente,
segundo as tabelas do anexo IV.

30
ANEXO IV

TABELAS INDICATIVAS DE ESTADO DO ISOLAMENTO

INDICE DE POLARIZAÇÃO
Entre 0 1 Perigoso
Entre 1 1,5 Pobre
Entre 1,5 2 Questionável
Entre 2 3 Confiável
Entre 3 4 Bom
Maior que 4 Excelente

INDICE DE ABSORÇÃO
Entre 0 1 Perigoso
Entre 1 1,1 Pobre
Entre 1,1 1,25 Questionável
Entre 1,25 1,4 Confiável
Entre 1,4 1,6 Bom
Maior que 1,6 Excelente

31
ANEXO IV

ESTUDO DE SELETIVIDADE

1 Introdução
O presente documento tem por objetivo apresentar os cálculos referente às
proteções e ajustes do novo relé de proteção primária a ser instalado no MAKRO,
com potência de 1.500 kVA na tensão primária de 13.800 V, com a finalidade da
coordenação das proteções, com o relé a montante da concessionária CELPE,
através do barramento E09332.

2 Modelagem do Sistema Elétrico


2.1 Níveis de curto-circuitos (fornecimento Celpe)

2.2 Transformador

Equipamento V1 (kV) V2 (V) SN (kVA) z(%)


Trafo 01 13,8 380/220 750 4,88
Trafo 02 13,8 380/220 750 4,88

2.3 Disjuntor Primário

Fabricante: ABB.
Modelo: VMAX.
Meio de extinção: Vácuo.
Classe de tensão: 17,5kV.
Corrente nominal: 630A.
Capacidade de interrupção: 16kA.
NBI(Nível Básico de Impulso): 95kV.
Tensão efetiva aplicada: 17,5kV
Número de pólos: Três.
Comando: Motorizado.
Tensão de comando: 220 V.

32
2.4 Relé de Proteção Secundária

Fabricante: PEXTRON.
Tipo: Sobre-Corrente.
Modelo: URPE 7104
Proteções Implantadas: 50/51/50N/51N/51GS (ANSI).

2.7 Relé de Proteção Sobre/Sub Tensão Auxiliar Secundária

Fabricante: DIGIMEC.
Tipo: Supervisor de Tensão
Modelo: MPX-93
Proteções Implantadas: 27/59/47/48/60 (ANSI).

2.8 Transformador de Potencial

Fabricante: REHTOM.
Modelo: RPI-10.
Classe: 15KV.
Tensão primária: 13800 V.
Tensão secundária: 110/220 V.
Relação: 125,45X62,73.
Exatidão: 0,3P75.
Potência: 500VA.
NI (Nível de Isolamento): 34/95/-kV.
Encapsulamento: Resina Epóxi classe F uso interno.

2.9 Transformador de Corrente

Fabricante: REHTOM.
Modelo: RCI-11.
Classe: 15KV
Corrente primária: 250 A.
Corrente secundária: 5 A.
Relação: 50:1
Exatidão: 10B50.
NI (Nível de Isolamento): 34/110/-KV.
Encapsulamento: Resina Epóxi classe F uso interno.

33
3 Estudo de seletividade

3.1 Cálculo da corrente de TRIP I51 do relé Celpe (fase)

Cálculo do tempo de operação do relé Celpe (fase)

Porém, para este tipo de rele (ARTECHE), o múltiplo máximo é de 20. Logo:

{ } ( )

3.2 Corrente de pick-up de fase Celpe

Ipick-up Celpe = 120 [A]

3.3 Calculo da Corrente de TRIP I51N do relé Celpe (Neutro)

Calculo do tempo de operação do relé Celpe (Neutro)

{ } ( )

3.4 Corrente de pick-up de neutro Celpe

Ipick-up Celpe = 30 [A]

4 Determinação dos parâmetros do Cliente

4.1 Calculo do dimensionamento do TC

A corrente primária do TC deverá ser maior que a máxima corrente de curtocircuito


dividida por 20, para que os TC´s não entrem em saturação, ou seja:

TC escolhido: 250/5

34
IPTC = Corrente primária do TC
ISTC = Corrente secundária do TC
ICC-MAX = Corrente de curto circuito máxima no ponto de entrega.

Logo, a relação de transformação (RTC) dos TC´s do cliente será dada por:

Onde: RTC = IPTC / ISTC = 250/5 = 50

4.2 Calculo da Corrente Primária Nominal da Subestação

√ √

Onde:

S = Potencia total da SE em kVA

4.3 Calculo do TAPE Temporizado de Fase do Relé

( )
( )

Onde:

FS = Fator de Segurança (1,2 a 1,5)

Adotaremos um Fator de Segurança = 1,20 (20%)

( )

Logo, o TAPE adotado =2,00 [A]

Desta forma:

ISEGUR = FS X IN(Primaria) = 1,2 X 62,75 = 75,30 [A]

ITRIP = TAPE X RTC = 2 X 50 = 100 [A]

Portanto:

ITRIP>ISEGUR. Logo, a condição está satisfeita.

4.4 Tempo de operação do relé de fase do cliente (função 51)

35
O múltiplo de fase é dado por:

O tempo de operação para proteção de sobrecorrente de fase, do relé, depende do


valor do múltiplo, do dial do tempo e do tipo de temporização. Logo:

Temporização = MI (K=13,5 e =1)

TMS = 0,1

( ) ( )

Com relação a coordenação com o relé de fase, consideramos o tempo ajustado


para o relé de fase da Celpe superior ao tempo ajustado para o relé do cliente.
Desta forma:

0,0313 seg < 0,0711 seg , ou seja, tCliente < tCelpe . Condição Satisfeita

4.5 Corrente de pick-up de fase Cliente

Demanda contrata: 500kW.

A corrente de pick-up será determinada, com a consideração de 1,5 a demanda


contratada, ou seja, 750kW e fator de potência de 0,92, portanto a corrente é de
27A.

Ipick-up Cliente = 34,10 [A]

4.6 Calculo do TAPE Temporizado de Neutro do Relé

Para calcular o TAPE de neutro do relé, deve-se escolher o fator que representará a
segurança da instalação, em relação á corrente que passa pelo condutor neutro, que
num circuito equilibrado deveria ser nula. Porém, dificilmente uma instalação terá
circuitos perfeitamente equilibrados.

Normalmente, escolhe-se este valor entre 0,1 e 0,3 fator de desequilíbrio (FDs).

A corrente nominal do cliente deve ser multiplicada por este valor, para determinar a
corrente máxima de desequilíbrio entre as fases. Considerando que o relé irá
enxergar a corrente que passa pelo secundário dos TC’s, o valor deste TAPE será:

( )
( )

Onde:

FDs = Fato de Desequilíbrio presumível ( 0,1 a 0,3)

36
Fator de desequilíbrio adotado = 0,3 (30%)

( )

TAPE adotado = 0,5

Desta forma:

ISEGUR(N) = FDs X IN(Primaria) = 0,3 X 62,75 = 18,825 [A]

ITRIP(N) = TAPE X RTC = 0,5 X 50 = 25 [A]

Portanto:

ITRIP(N)>ISEGUR(N). Logo, a condição está satisfeita.

4.7 Cálculo do Tempo de Operação do Relé de Neutro do Cliente (função 51N)

O múltiplo de neutro é dado por:

Valores adotados:

Temporização = MI (K=13,5 e a=1)

TMS = 0,1

( ) ( )

Com relação a coordenação com o relé de neutro, consideramos o tempo ajustado


para o relé de fase da Celpe superior ao tempo ajustado para o relé do cliente.
Desta forma:

0,197 seg < 0,537 seg , ou seja, tCliente < tCelpe . Condição Satisfeita.

4.8 Corrente de pick-up de neutro Cliente.

Demanda contrata: 500kW.


A corrente de pick-up será determinada, com a consideração de 1,5 a demanda
contratada, ou seja, 700kW e fator de potência de 0,92, portanto a corrente é
de 30,7A.

Ipick-up Cliente = 0,25 x 34,1A = 8,52A.

4.9 Cálculo do TAPE INSTANTANEO de Fase (função 50)

Para o calculo da corrente de ajusta da unidade instantânea de fase, são levados


em conta dois valores de corrente:
37
ICC2F – Corrente de curto-circuito bifásico

IMAG – Corrente de Magnetização

O valor de IMAG, para transformadores até 2500 kVA, é dado por:

( )

Consideração a corrente secundária dos TC’s:

( )

( )

( )

ITRIP INST (F) = 11 [A]

Desta forma:

ITRIP INST DIRETO (F) = I AJUST_INST X RTC = 11 X 50 = 550 [A]

Portanto:

( )

( )

Logo, a condição está satisfeita.

4.10 Cálculo do TAPE INSTANTANEO de Neutro (função 50N)

Considerando a corrente que passa no secundário dos TC’s:

( )

( )

I TRIP INST(N) adotado = 1 [A]

Desta forma:

38
I TRIP INST(N) DIRETO = I AJUST INST(N) X RTC = 1 X 50 = 50 [A]

Logo a condição IMÍN-CLIENTE<IMÍN-CELPE, ou seja, 50<195,77 está satisfeita.

4.11 Ajustes de tensões (função 27)

Consideraremos a condição de sub-tensão conforme equação abaixo

Portanto, tem-se o seguinte conjunto de ajustes:

27 – PICKUP = 165 [V]

27 – DELAY = 10[s]

4.12 – Ajustes de tensões (função 59)

Consideraremos a condição de sobre-tensão conforme equação abaixo

Portanto, tem-se o seguinte conjunto de ajustes:

59 – PICKUP = 253 [V]

59 – DELAY = 10[s]

39

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