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Métodos Matemáticos

Prof. Pedro Américo Jr.

Aula 01

1
Objetivo
• Capacitar o aluno a desenvolver
modelos matemáticos de diversos
problemas de Engenharia Mecânica,
principalmente com o uso de
equações diferenciais.

2
Objetivos Específicos
• Revisão sobre Matemática (Cálculo Avançado e
Equações Diferenciais)
• Necessidade de base Matemática na Engenharia
• Importância da Matemática nas pesquisa e no
método científico
• Dificilmente uma dissertação ou tese em
Engenharia Mecânica não tenha que utilizar
Matemática
• Leis da Física são expressas por equações
diferenciais (Modelagem Matemática)

3
Ementa
• Equações diferenciais parciais, equação do
calor, equação de onda, equação de Laplace,
equações de Bessel, série de Fourier,
transformadas de Fourier e de Laplace,
introdução ao cálculo vetorial, números
complexos, funções analíticas, pólos e
resíduos, mapeamento através de funções
elementares, aplicações de mapeamento.

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Assuntos
• Equações Diferenciais Ordinárias (EDOs)
• Transformadas de Laplace
• Aproximações de Fourier (Séries, Integrais e
Transformadas)
• Equações Diferenciais Parciais (EDPs)
• Resolução Numérica de Equações Diferenciais
• Ferramentas de Engenharia Assistida por
Computador (CAE)
5
Bibliografia Básica
• Riley, K. F., Hobson, M. P., e Bence, S. J., Mathematical
Methods of Physics and Engineering, Cambridge
University Press, 2 edition, August 2002.
• KREYSZIG, Erwin. Matemática superior para engenharia,
V.1. Rio de Janeiro LTC 2008 ISBN 978-85-216-2341-0.
• KREYSZIG, Erwin. Matemática superior para engenharia,
V.2. Rio de Janeiro LTC 2008 ISBN 978-85-216-2335-9.
• CHAPRA, Steven C; CANALE, Raymond P. Métodos
numéricos para engenharia. 5. ed. São Paulo: McGraw-
Hill, 2008. xxi, 809 p. ISBN 978-85-86804-87-8.
• KREYSZIG, Erwin. Matemética superior para engenharia,
V.3. Rio de Janeiro LTC 2008 ISBN 978-85-216-2333-5..

6
Bibliografia Complementar
• KREYSZIG, Erwin. Advanced engineering mathematics.
10th ed. Hoboken: J. Willey, c2011. xxi, 1113, [140] p.
ISBN 9780470458365.
• Kreyszig, Erwin; Norminton, E. J (Edward J.). Maple
computer guide : a self -contained introduction for
Erwin Kreyszig, Advanced engineering mathematics,
eighth edition. 8th ed. New York: J. Willey, 2001 245p.
+ apêndices e índi ISBN 0471386685.
• CHAPRA, Steven C. Métodos numéricos aplicados com
MATLAB®: para engenheiros e cientistas. 3. ed. Porto
Alegre, RS: AMGH, 2013. ISBN 9788580551761.
• CHAPRA, Steven C; CANALE, Raymond P. Numerical
methods for engineers. 6th ed. Boston, Mass: McGraw-
Hill, c2010. xviii, 968 p. ISBN 9780073401065.
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FERRAMENTAS COMPUTACIONAIS
UTILIZADAS
• ANSYS® 2021 : Engenharia assistida por computador
usando o método de elementos finitos.
(http://www.ansys.com) [ CAE – Engenharia Assistida por
Computador ]
• MATLAB® 2020b : Matemática computacional.
(http://www.mathworks.com)
• MAPLE® 2020 : Álgebra computacional.
(http://www.maplesoft.com) [SAC – Sistema de Álgebra
Computacional ]
• DEV-C++® : Compilador gratuito das Linguagens C e C++.
(http://www.bloodshed.net/devcpp.html)
• HP-50 : Calculadora científica para cálculos matemáticos e
gráficos.

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Avaliação
• Quatro exercícios de 2,5 pontos cada. Total de 4 x 2,5 = 10
pontos. (Revisar o assunto das aulas. Verificar a
compreensão por parte do aluno.)
• Trabalho na forma de um artigo no valor de 30 pontos.
(Apresentação de 05 ou 10 minutos e um artigo com 4 ou 5
páginas para os jornais com Qualis Capes A1 ou A2.)
– Aplicação de Equações Diferenciais na Engenharia;
– Modelagem Matemática de um Problema de Engenharia;
– Aplicação de Métodos Matemáticos na Dissertação ou Tese;
– Pesquisa sobre assuntos como: Cálculo Vetorial, Análise
Complexa, Transforma Z, Geometria Diferencial, Cálculo
Tensorial, Formas Diferenciais, Cálculo Exterior, Cálculo
Variacional, Wavelets, Fractais e etc.
– Aplicação ou exemplo resolvido no SAP2000, HyperWorks,
Ansys, Abaqus e etc. (Engenharia Assistida por Computador)
• Duas Provas Individuais valendo 30 pontos cada: Total 60
pontos. 9
Plano de Aulas
• Previsão ou proposta:
• Aula 01) Introdução aos Métodos
Matemáticos. Introdução ao estudo de
Equações Diferenciais. Uso do Maple.
• Aula 02) Equações Diferenciais Ordinárias de
Primeira Ordem. Conceitos e Noções
Fundamentais. Modelagem matemática.
Trajetórias Ortogonais. Aplicações em
Engenharia Mecânica.
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Plano de Aulas
• Aula 03) Equações Diferenciais Ordinárias de
Segunda Ordem. Operadores Diferenciais.
Equações de Euler-Cauchy. Oscilações Livres.
• Aula 04) Oscilações Forçadas. Ressonância.
Método Geral para Resolver Equações Não-
Homogêneas.

11
Plano de Aulas
• Aula 05) Equações Diferenciais Ordinárias
Lineares de Ordem Superior. EDOs Lineares
Homogêneas. EDOs Lineares Homogêneas
com Coeficientes Constantes. EDOs Lineares
Não-homogêneas.

12
Plano de Aula
• Aula 06) Sistema de Equações Diferenciais
Ordinárias. Plano de Fase. Métodos
Qualitativos. Pontos Críticos. Estabilidade.
Utilização do Maple Software®.

13
Plano de Aulas
• Aula 07) Primeira Prova. Valor 30 pontos.

14
Plano de Aulas
• Aula 08) Soluções Numéricas de Equações
Diferenciais. Método de Euler e Runge-Kutta.
Implementação computacional. Uso e
aplicação dos métodos numéricos. Exemplos
em Engenharia Mecânica.

15
Plano de Aulas
• Aula 09) Transformada de Laplace.
Transformada Inversa. Deslocamento sobre os
Eixos. Convolução. Função do Delta de Dirac.
Frações Parciais. Tábua de Transformadas de
Laplace.

16
Plano de Aulas
• Aula 10) Aproximação de Fourier. Série de
Fourier. Integrais de Fourier. Transformada de
Fourier. Transformada Discreta de Fourier.
Transformada Rápida de Fourier (F.F.T. - Fast
Fourier Transform). Transformada inversa.
Aplicações na engenharia.

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Plano de Aulas
• Aula 11) Equações Diferenciais Parciais.
Equação do Calor, Equação de Onda, Equação
de Laplace. Estudo de Membranas. Equações
de Mecânica dos Fluídos. Equação de Navier-
Stokes. Utilização do Maple Software®.

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Plano de Aulas
• Aula 12) Métodos Numéricos de Resolução de
Equações Diferenciais. Método de Adams,
Euler e Runge-Kutta. Resolução de Equações
Diferenciais Parciais pelo Métodos das
Diferenças Finitas.

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Plano de Aulas
• Aula 13) Introdução as ferramentas de
engenharia assistida por computador (CAE).
Tecnologia em simulação de processos.
Automação e análise de projetos de
engenharia. Introdução e utilização do
ANSYS®. Introdução sobre Resolução de
Equações Diferenciais Parciais pelo Métodos
dos Elementos Finitos.

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Plano de Aulas
• Aula 14) Prova Final - Valor: 30 pontos.

• Aula 15) Artigo e apresentação - Valor: 30


pontos.

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Unidades de Ensino
• UNIDADE 1 – EQUAÇÕES DIFERENCIAIS ORDINÁRIAS DE
PRIMEIRA ORDEM
• 1.1 Conceitos e Noções fundamentais
• 1.2 Considerações Geométricas. Isóclinas
• 1.3 Equações Redutíveis a Forma Separável
• 1.4 Fatores Integrantes
• 1.5 Variação dos Parâmetros
• 1.6 Famílias de Curvas. Trajetórias Ortogonais
• 1.7 Método de Interação de Picard
• 1.8 Existência e Unicidade das Soluções
• 1.9 Utilização do Maple Software®
• 1.10 Aplicações em Engenharia Mecânica
22
Unidades de Ensino
• UNIDADE 2 – EQUAÇÕES DIFERENCIAIS LINEARES ORDINÁRIAS
• 2.1 Equações de Segunda Ordem, Lineares, Homogêneas
• 2.2 Equações de Segunda Ordem com Coeficientes Constantes
• 2.3 Solução geral. Bases. Problema de Valor de Inicial
• 2.4 Raízes Reais, Raízes Complexas, Raiz Dupla da Equação
Característica
• 2.5 Operadores Diferenciais
• 2.6 Oscilações Livres
• 2.7 Equações de Euler-Cauchy
• 2.8 Existência e Unicidade das Soluções. Wronskian
• 2.9 Oscilações Forçadas. Ressonância
• 2.10 Método Geral para Resolver Equações Não-Homogêneas
• 2.11 Utilização do Maple Software®
• 2.12 Aplicações em Engenharia Mecânica
23
Unidades de Ensino
• UNIDADE 3 – EQUAÇÕES DIFERENCIAIS LINEARES
DE MAIS ALTA ORDEM
• 3.1 Equações Diferenciais Lineares Homogêneas
• 3.2 Equações Diferenciais Lineares Homogêneas
com Coeficientes Constantes
• 3.3 Equações Diferenciais Lineares Não
Homogêneas
• 3.4 Utilização do Maple Software®
• 3.5 Aplicações em Engenharia Mecânica

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Unidades de Ensino
• UNIDADE 4 – SISTEMAS DE EQUAÇÕES DIFERENCIAIS
ORDINÁRIAS
• 4.1 Teoria Básica de Sistemas de Equações Diferenciais
Ordinárias
• 4.2 Sistemas de Coeficientes Constantes
• 4.3 Plano de Fase
• 4.4 Pontos Críticos. Estabilidade
• 4.5 Métodos Qualitativos para Sistemas Não Lineares
• 4.6 Métodos Numéricos. Euler e Runge-Kutta
• 4.7 Utilização do Maple Software®
• 4.8 Aplicações em Engenharia Mecânica

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Unidades de Ensino
• UNIDADE 5 – RESOLUÇÃO DAS EQUAÇÕES
DIFERENCIAIS EM SÉRIE DE POTÊNCIAS
• 5.1 Método da Série de Potências
• 5.2 Equação de Legendre. Polinômios de Legendre
• 5.3 Método de Frobenius
• 5.4 Equação de Bessel. Funções de Bessel
• 5.5 Problema de Sturm-Liouville
• 5.6 Ortogonalidade de Funções
• 5.7 Ortogonalidade dos Polinômios de Legendre e das
Funções de Bessel
• 5.8 Aplicações em Engenharia

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Unidades de Ensino
• UNIDADE 6 – TRANSFORMADA DE LAPLACE
• 6.1 Transformada de Laplace. Transformada Inversa.
Linearidade
• 6.2 Transformada de Laplace de Derivadas e Integrais
• 6.3 Deslocamento sobre os Eixos
• 6.4 Função Degrau Unitário. Delta de Dirac. Frações
Parciais
• 6.5 Convolução. Equações Integral
• 6.6 Transformação de Laplace: Fórmulas Gerais
• 6.7 Tábua de Transformadas de Laplace
• 6.6 Aplicações práticas em Engenharia

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Unidades de Ensino
• UNIDADE 7 - APROXIMAÇÃO DE FOURIER
• 7.1 Introdução e Séries Trigonométricas.
• 7.2 Séries de Fourier. Funções Pares e Ímpares
• 7.3 Transformada de Fourier. Transformada
Inversa
• 7.4 Transformada Discreta de Fourier
• 7.5 Transformada Rápida de Fourier (F.F.T.)
• 7.6 Transformada de Fourier em mais de uma
Dimensão
• 7.7 Aplicações Praticas e na Engenharia
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Unidades de Ensino
• UNIDADE 8 – EQUAÇÕES DIFERENCIAIS PARCIAIS
• 8.1 Conceitos Fundamentais
• 8.2 Corda Vibrante. Equação de Onda
• 8.3 Separação das Variáveis. Método do Produto
• 8.4 Solução de d’Alembert da Equação de Onda
• 8.5 Equação de Condução do Calor
• 8.6 Laplaciano em Coordenadas Polares
• 8.7 Equação de Laplace. Potencial
• 8.8 Transformada de Laplace Aplicada às Equações Diferenciais Parciais
• 8.9 Transformada de Fourier Aplicada às Equações Diferenciais Parciais
• 8.10 Aplicações em Mecânicas dos Fluídos. Equação de Navier-Stokes
• 8.11 Resolução Numérica de Equações Diferenciais Parciais
• 8.12 Método das Diferenças Finitas
• 8.13 Introdução ao Cálculo Variacional
• 8.14 Funcionais Dependendo de Várias Variáveis Independentes. Equação de
Euler-Lagrange.
• 8.15 Métodos Aproximados no Cálculo Variacional
• 8.16 Aplicações em Engenharia Mecânica

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Unidades de Ensino
• UNIDADE 9 - ASPECTOS DA ENGENHARIA DE COMPUTAÇÃO
• 9.1 Introdução e Algoritmos
• 9.2 Aspectos da Engenharia de Computação na
Implementação dos Métodos Numéricos
• 9.3 Ferramentas de Engenharia Assistida por Computador
(C.A.E.) – Uso do ANSYS®
• 9.4 Erros, Estabilidade, Convergência e Consistência
• 9.5 Introdução a Modelagem Matemática e Numérica de
Problemas
• 9.6 Princípios do Processo de Modelagem
• 9.7 O Processo de Modelagem
• 9.8 Modelagem Matemática com o ANSYS®
• 9.9 Complexidade de Algoritmos e Performance
Computacional
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Introdução aos Métodos Matemáticos
• Antes de começar um estudo de Métodos
Matemáticos, gostaria de dar alguns exemplos
de possíveis vantagens e utilização destes.
Que aplicações podem ser tiradas destes
estudos?

31
Introdução aos Métodos
Matemáticos
• Muitos dos princípios ou leis existem na
natureza são relações ou postulados
envolvendo razões ou velocidades como as
coisas acontecem.
• Quando expressas em termos matemáticos, as
relações são equações e as razões são
derivadas; Equações contendo derivadas são
as Equações Diferenciais.

32
Introdução aos Métodos
Matemáticos
• Portanto, para entender e pesquisar
problemas envolvendo movimento de fluidos,
o fluxo de corrente em um circuito elétrico, a
dissipação de calor em objetos sólidos, a
propagação e detecção de ondas sísmicas, ou
o aumento ou decréscimo da população, entre
muitos outros, é necessário conhecer algo
acerca de equações diferenciais.

33
Introdução aos Métodos
Matemáticos
• Uma equação diferencial descreve alguns
processos físicos é freqüentemente chamado
de modelo do processo, e muitos destes
modelos serão discutidos através desta
disciplina.
• Vamos exemplificar com dois modelos que são
fáceis de resolver. É digno de nota que mesmo
as mais simples equações diferenciais
provêem modelos úteis de importantes
processos físicos. 34
Introdução aos Métodos
Matemáticos
• Modelo 01)
• Suponhamos que um objeto esteja caindo na
atmosfera próximo nível do mar. Formule uma
equação diferencial que descreva o movimento.
• Começamos introduzindo letras para representar
várias quantidades de possível interesse neste
problema.
• O movimento tem lugar durante um certo intervalo
de tempo, então vamos usar t para denotar tempo.
Usamos v para representar a velocidade do objeto
caindo. 35
Introdução aos Métodos
Matemáticos
• A velocidade irá presumivelmente modificar
com o tempo, então pensamos em v em
função de t, em outras palavras t é uma
variável independente e v a variável
dependente.
• A escolha de unidades de medidas é
arbitrária. Esta lei é expressa pela equação:
• F = m.a

36
Introdução aos Métodos
Matemáticos
• Nesta equação m é a massa do objeto e a é a
sua aceleração, F é a força líquida exercida
sobre o objeto.
• Pode-se substituir a aceleração e a equação
acima toma a forma:
• F = m . dv / dt

37
Introdução aos Métodos
Matemáticos
• A seguir considere as forças que atuam no
objeto a medida que ele cai.
• A Gravidade exerce uma força igual ao peso
do objeto ou mg, onde g é a aceleração
devido a gravidade.
• Há também a força devida a resistência do ar,
que é mais difícil para modelar.
• Ela é proporcional à velocidade e fazemos esta
suposição aqui. Seria uma constante vezes a
velocidade. 38
Introdução aos Métodos
Matemáticos
• Como a gravidade atua para baixo e a
resistência no sentido contrário, teremos:
• F=mg–v

39
Introdução aos Métodos
Matemáticos
• Então a equação poderá ser escrita da forma:

• A equação acima é o modelo matemático de


um objeto caindo na atmosfera próximo ao
nível do mar. Note que o modelo acima
contem três constantes.

40
Introdução aos Métodos
Matemáticos
• As constantes m e  dependem muito em
particular do objeto que esteja caindo, e
normalmente são diferentes para diferentes
objetos.
• É comum referi-los como parâmetros, uma vez
que podem ter uma faixa de valores durante o
curso de um experimento.
• Por outro lado o valor de g é o mesmo para
todos os objetos.
41
Introdução aos Métodos
Matemáticos
• Para resolver a equação acima, necessitamos
encontrar uma função v =v(t) que satisfaça a
equação. Supondo m =10 kg, g= 2
kg/segundo. A equação poderá ser reescrita
como:

42
Introdução aos Métodos
Matemáticos
• Vamos investigar o comportamento de
solução da equação acima sem encontrar as
soluções em questão.
• Vamos olhá-la sob o ponto de vista
geométrico. Suponhamos que v tenha um
certo valor.
• Então avaliando o lado direito da equação ,
podemos encontrar o valor correspondente de
dv/dt.
• Por exemplo se v=40, então dv/dt =1,8. 43
Introdução aos Métodos
Matemáticos
• Isto significa que a inclinação da solução v
=v(t) tem o valor 1,8 em qualquer ponto onde
v=40.
• Podemos apresentar esta informação
graficamente no plano tv, pelo desenho de
pequenos segmentos de linha ou setas, com
inclinação de 1,8 em vários pontos na linha
v=40.

44
Introdução aos Métodos
Matemáticos
• De maneira semelhante, se v=50, então
dv/dt=-0,2 e podemos desenhar segmentos
de linhas com inclinação -0,2 em diferentes
pontos da linha v=50.
• A figura a seguir é obtida da mesma maneira
com outros valores de v.

45
Introdução aos Métodos
Matemáticos
• Esta figura é um exemplo do que se chama
campo de direção ou algumas vezes de campo
de inclinação

• Figura 1 - Campo direcional46


Introdução aos Métodos
Matemáticos
• A importância da figura acima é que
segmento de linha é uma linha tangente
para o gráfico da solução da equação

47
Introdução aos Métodos
Matemáticos
• Então,mesmo que não tenhamos encontrado
qualquer soluções, e não apareça gráfico da
solução na figura, podemos apesar disto
desenhar algumas conclusões qualitativas
acerca do comportamento das soluções.

48
Introdução aos Métodos
Matemáticos
• Por exemplo, se v é menor que um certo valor
critico, então todos os segmentos de linha tem
inclinação positiva, e a velocidade do objeto
em queda aumenta a medida que cai.
• Por outro lado, se v é maior que o valor crítico,
então os segmentos de linhas tem inclinação
negativa, e o objeto que cai tem uma
diminuição da velocidade à medida que cai.

49
Introdução aos Métodos
Matemáticos
• Qual é o valor crítico de v que separa objetos
cuja velocidade esteja aumentando daqueles
cuja velocidade esteja decrescendo?
• Referindo ainda a equação anterior,
poderíamos perguntar que valor de v irá
causar dv/dt igual a zero?
• A resposta é v=(5)(9,8)=49 m/s.

50
Introdução aos Métodos
Matemáticos
• De fato a função constante v(t)=49 é a solução
da equação. Para verificar esta conclusão,
substitua v(t)=49 na equação anterior e
observe que cada lado da equação fica zerado.
• Uma vez que não varia com o tempo, a
solução v(t)=49 é chamada uma solução de
equilíbrio. Se a solução que corresponde ao
balanceamento entre a gravidade e a força de
arraste.
51
Introdução aos Métodos
Matemáticos
• Na figura seguinte mostra-se a solução de
equilíbrio v(t)=49 superposta ao campo
direcional.
• Desta figura pode-se tirar outra conclusão,
qual seja, que todas as outras soluções
parecem ser convergentes para a solução de
equilíbrio à medida que t aumente.

52
Introdução aos Métodos
Matemáticos

• Figura 2 = Campo direcional e solução de


equilíbrio da equação
53
Introdução aos Métodos
Matemáticos
• Campo Direcional - São ferramentas valiosas ao
estudar as soluções das equações diferenciais da
forma

• onde f é uma dada função de duas variáveis t e y.


• Um campo direcional para equações desta forma
podem ser construídos pela avaliação de f em cada
ponto de uma grade, retangular consistindo de um
mínimo de algumas centenas de pontos.
54
Introdução aos Métodos
Matemáticos
• Então para cada ponto da grade, um pequeno
segmento de linha é desenhado cujas
inclinações é o valor de f em cada ponto.
• O campo direcional dá uma boa visão geral do
comportamento das solução da equação
diferencial.
• A constatação de um campo direcional é
freqüentemente um primeiro passo na análise
de equação diferencial.
55
Introdução aos Métodos
Matemáticos
• Duas observações são dignas de serem mencionadas.
• Primeiro ,em uma construção de um campo
direcional, não temos que resolver a equação
anterior, mas meramente avaliar a dada função f(t,u)
muitas vezes. Então os campos direcionais podem
ser construídos mesmo para equação que possam
não ser difíceis de se resolver.
• Segundo, avaliação repetitiva de uma dada função é
um assunto para o qual um computador é bem
adequado e deveria ser utilizado para desenhar um
campo direcional. 56
Introdução aos Métodos
Matemáticos
• Modelo 02 ) Ratos de Campo e Corujas
• Agora vamos ver outro exemplo bem diferente.
Considere uma população de ratos do campo que
habitam em uma certa área rural. Na ausência de
predadores supomos que a população de ratos aumente
a uma taxa proporcional a atual população.
• Esta hipótese não é bem estabelecida pela lei de
Newton (como no exemplo 1), mas é uma hipótese
inicial comum em um estudo de crescimento
populacional. Seja t o tempo e a população de ratos p(t),
então as hipóteses sobre crescimento populacional pode
ser expressa pela equação:
57
Introdução aos Métodos
Matemáticos
• onde o fator r de proporcionalidade é chamado de taxa
de crescimento . Para ser específico, supondo que o
tempo é medido em meses e a taxa r ,constante tenha o
valor de 0,5/mês. Então cada termo da equação tem a
unidade de ratos/mês.
• Agora,vamos adicionar ao problema a suposição de que
várias corujas vivam na mesma vizinhança e que elas
matam 15 ratos por dia. Para incorporar esta informação
no modelo, devemos adicionar outro termo na equação
diferencial acima, tal que ela se torne:

58
Introdução aos Métodos
Matemáticos
• Observe que o termo predatório é -450 maior que -15
uma vez que o tempo é medido em meses e a taxa
predatória mensal é necessária. Vamos investigar a
solução da equação graficamente. Um campo direcional
para esta equação esta mostrado na figura 3 abaixo:

59
Introdução aos Métodos
Matemáticos
• Comparando este exemplo com o exemplo anterior, notamos que
em amos os casos a solução de equilíbrio separa as soluções
crescentes das soluções decrescentes.
• Contudo no exemplo anterior as soluções convergem, ou são
atraídas pela solução de equilíbrio, ao passo que neste exemplo
outras soluções divergem ou são repelidas pela equação de
equilíbrio. Em ambos os casos a solução de equilíbrio é muito
importante em entender como solução da equação diferencial se
comportam. Uma versão mais geral da equação

• seria portanto

• onde a taxa de crescimento r e a taxa predatória k não estejam


especificadas. Soluções desta equação mais geral se comportam
como a anterior.
60
Introdução aos Métodos
Matemáticos
• A solução de equilíbrio será p(t)=k/r.
• Solução acima da solução de equilíbrio crescem e abaixo
decrescem.
• Deve-se ressaltar que ambos os modelos discutidos nesta seção
tem suas limitações. O modelo de um objeto em queda deixa de ser
valido tão logo o objeto alcance o solo, ou algo que pare ou baixe a
velocidade da queda.
• O modelo populacional eventualmente prediz números negativos de
ratos (se p<900) ou números exageradamente altos (se p>900).
• Ambas estas predições são irrealistas, então o modelo se torna
inaceitável após um pequeno intervalo de tempo.

61
Construindo Modelos
Matemáticos
• Ao aplicar as equações diferenciais para qualquer dos
numerosos campos em que elas sejam úteis, é
necessário primeiro formular a equação diferencial
apropriada que descreva ou modele o problema a ser
analisado. Vimos dois problemas, um físico e outro
ecológico.
• Na construção de futuros modelos, você deveria
reconhecer que cada problema é diferente e que o
sucesso de modelagem não se reduz a observação de
um conjunto de regras preestabelecidas. Certamente,
construir um modelo satisfatório é algumas vezes a
parte mais difícil do problema. Contudo, pode ser útil
que alguns passos sejam sempre parte do processo.
62
Construindo Modelos
Matemáticos
• 1. Identifique as variáveis independentes e
dependentes e use letras para representá-las. A
variável independente freqüentemente é o
tempo.
• 2. Escolha as unidades de medida para cada
variável. Em um sentido, a escolha das
unidades é arbitrária, mas algumas escolhas
podem ser muito mais convenientes que outras.
Por exemplo, escolhemos para medir tempo em
segundos no problema do objeto em queda e
meses para o problema populacional. 63
Construindo Modelos
Matemáticos
• 3. Articule o principio básico que governe o
problema no qual você esteja pesquisando. Isto
pode ser reconhecido por uma lei de física, tal
como as leis de Newton do movimento ou talvez
uma hipótese mais especulativa que possa ser
baseada em sua experiência própria ou
observações. Em qualquer caso, este passo
pode não ser um puramente matemático, mas
ira requerer de você estar familiarizado com o
campo em que o problema atua.

64
Construindo Modelos
Matemáticos
• 4. Expresse o principio ou lei no passo 3 em
termos de variáveis que você escolheu no
passo 1. Isto pode ser mais fácil dito do que
feito. Pode requerer a introdução de constantes
físicas ou parâmetros (tais como o coeficiente
de arraste no exemplo 1) e a determinação de
valores apropriados para eles. Ou pode
envolver o uso de variáveis auxiliares ou
intermediarias que devem estar relacionadas
com as variáveis primarias.

65
Construindo Modelos
Matemáticos
• 5. Tenha certeza de que cada termo em sua
equação tenha as mesmas unidades físicas. Se
este não é o caso, então sua equação pode
estar errada e você deveria procurar corrigi-la.
Se as unidades concordam, então pelo menos
sua equação é dimensionalmente consistente,
embora ela possa ter outras falhas que este
teste não revelou.

66
Construindo Modelos
Matemáticos
• 6. Nos problemas aqui considerados o resultado
do passo (4) é uma equação diferencial simples,
que constitui o modelo matemático desejado.
Tenha em mente, contudo, que em problemas
mais complexos, o modelamento matemático
pode ser muito mais complicado, talvez
envolvendo um sistema de varias equações
diferenciais, por exemplo.

67
Fases para a solução de um
problema

• É necessário:
– Obter o modelo matemático
– Resolver o modelo matemático (Computador)
– Interpretar a solução
– Testar ou verificar a solução
– Tirar conclusões da solução
68
Exemplo: Pedra caindo

69
Exemplo: Pára-quedista

70
Exemplo: Jorro de água

71
Exemplo: Massa-Mola

72
Exemplo: Batimentos num sistema
vibrante

73
Exemplo: Circuito RLC

74
Exemplo: Deformação de uma viga

75
Exemplo: Pêndulo

76
Exemplo: Modelo Predador-Pressa
de Lotka-Volterra

77
Engenharia Moderna
• Ferramentas de CAE (Engenharia Assistida por
Computador)
• “Engenharia Moderna”
CAD – Desenho
Assistido por
Computador CAE – Engenharia
Assistida por
Métodos Numéricos Computador
e Métodos
Matemáticos

• SAC – Sistema de Álgebra Computacional


• “Matemática Moderna” 78
FIM

MUITO OBRIGADO.

79

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