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Aula 04
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EDOs Lineares de Ordem Superior
• Estenderemos os conceitos e os métodos
apresentados, passando das EDOs lineares de
ordem n=2 para os de ordem arbitrária n.
• Agora as fórmulas ficam mais complexas, a
diversidade de raízes da equação
característica torna-se muito maior com o
aumento de n e o wronskiano passa a
desempenhar um papel mais importante.
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EDOs Lineares Homogêneas
• Uma EDO é de n-ésima ordem quando a n-ésima derivada
y(n)=dny/dxn da função desconhecida y(x) é a derivada de
maior ordem existente. Portanto, a EDO é da forma
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Princípio da Superposição
• O princípio básico da superposição ou linearidade estende-se
para as EDOs lineares homogêneas de n-ésima ordem da
seguinte maneira.
• Teorema Fundamental das EDOs Lineares Homogêneas
Para uma EDO linear homogênea, as somas e as
multiplicações por constantes das soluções num intervalo
aberto I são também soluções em I. Entretanto, isso não se
verifica para as EDOs não-homogêneas ou não-lineares.
• Solução Geral, Base, Solução Particular
Uma solução geral de uma EDO linear homogênea num
intervalo aberto I é uma solução em I da forma
• (c1,...,cn arbitrários)
• onde y1,..., yn é uma base (ou um sistema fundamental) de
soluções em I; ou seja essas soluções são linearmente
independentes em I. Obtemos uma solução particular em I se
atribuirmos valores específicos às n constantes c1,...,cn.
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Independência e Dependência Linear
• Dizemos que n funções y1(x),...yn(x) são linearmente
independentes em algum intervalo I onde elas são definidas,
caso a equação em I
• implique que todos os k1,...,kn sejam iguais a zero. Essas
funções são chamadas de linearmente dependentes em I caso
essa equação também seja válida em I para determinados
valores de k1,...,kn, desde que nem todos esses valores sejam
nulos.
• Se e somente se y1,...yn são linearmente dependentes em I,
podemos expressar (pelo menos) uma dessas funções em I
como uma combinação linear das demais n-1 funções, ou
seja, expressá-la como uma soma dessas funções, cada uma
multiplicada por uma constante (nula ou não). Isso justifica o
uso da expressão linearmente dependente. Por exemplo:
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Independência e Dependência Linear
• Dependência Linear.
Exemplo: Mostre que as funções y1=x2, y2=5x, y3=2x são
linearmente dependente num intervalo qualquer.
Solução. y2=0y1+2,5y3. Isso prova que a dependência linear se
verifica em qualquer intervalo.
• Independência Linear
Exemplo:Mostre que y1=x, y2=x2, y3=x3 são linearmente
independentes em qualquer intervalo, por exemplo, em
-1x2.
Solução. Temos que k1x+k2x2+k3x3=0. Fazendo (a) x=-1, (b)x=1
e (c)x=2, obtemos (a)–k1+k2-k3=0, (b)k1+k2+k3=0,
(c)2k1+4k2+8k3=0. Resolvendo o sistema vemos que
k1=k2=k3=0. Isso prova a independência linear.
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Exemplo: Solução Geral. Base
• Resolva a EDO de quarta ordem
• onde
• Solução. Por tentativa, substituímos y=ex, obtemos a equação
característica
• Essa equação é quadrática em =2, a saber,
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Problema de Valor Inicial para uma
Equação de Euler-Cauchy de 3ª Ordem
• Exemplo: Resolva o seguinte problema de valor inicial para um
intervalo aberto qualquer I no eixo x positivo, que contém
x=1.
• Solução. Etapa 1. Solução geral. Por tentativa, fazemos y=xm,
após o que, derivando e substituindo, temos
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Independência Linear de Soluções.
O Wronskiano.
• A independência linear das soluções é crucial para se obter
soluções gerais. Embora freqüentemente a independência
possa ser verificada por inspeção, seria útil termos um critério
para isso. O critério utilizado nessa expansão utiliza o
wronskiano W de n soluções y1,...,yn, que se define como o
determinante de n-ésima ordem
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Independência Linear de Soluções.
O Wronskiano.
• Exemplo: Testar se a solução é linearmente
independente:
• Solução:
• =72
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Uma Solução Geral Inclui Todas as
Soluções
• Existência de uma Solução Geral
Se os coeficientes p0(x),...,pn-1(x) de uma EDO linear
homogênea são contínuos em algum intervalo aberto I, então
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EDOs Lineares Homogêneas com
Coeficientes Constantes
• Raízes Reais Distintas
• Se todas as n raízes 1,...,n são reais e diferentes entre si,
então as n soluções
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EDOs Lineares Homogêneas com
Coeficientes Constantes
• A função exponencial E nunca é nula. Daí, W=0 se e somente
se o determinante do lado direito for igual a zero. Este é
chamado determinante de Vandermonde ou de Cauchy. Pode-
se provar que isso equivale a
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EDOs Lineares Homogêneas com
Coeficientes Constantes
• Raízes Complexas Simples
• Quando surgem raízes complexas, elas necessariamente
ocorrem em pares conjugados, visto que os coeficientes da
EDO são reais.
• Portanto, se =+i for uma raiz simples da equação
característica, então seu conjugado também será uma raiz e
duas soluções correspondentes linearmente independentes
são
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EDOs Lineares Homogêneas com
Coeficientes Constantes
• Exemplo: Resolva o problema de valor inicial
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EDOs Lineares Homogêneas com
Coeficientes Constantes
• Exemplo: Resolva a EDO
• possui as raízes
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EDOs Lineares Homogêneas com
Coeficientes Constantes
• Raízes Complexas Múltiplas
Neste caso, as soluções reais são obtidas da mesma maneira
que para as raízes complexas simples vistas anteriormente.
Conseqüentemente, se =+i for uma raiz complexa dupla,
então o conjugado =-i também o é. As soluções
linearmente independentes correspondentes são
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Método dos Coeficientes a
•
Determinar
A equação y(x)=y (x)+y (x) mostra que, para resolvermos a
h p
EDO, temos que determinar uma solução particular. Para um
equação de coeficientes constantes
, que possui uma raiz tripla =-1. Daí, uma solução geral para
EDO correspondente é
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Método dos Coeficientes a
Determinar
• Etapa 2. Se tentarmos fazer yp=Ce-x, obteremos
–C +3C-3C+C=30, que não possui solução. Tentemos Cxe-x e
Cx2e-x. A Regra da Modificação exige que
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Método dos Coeficientes a
Determinar
• Exemplo: A curva de y começa no ponto (0,3) com uma
inclinação negativa, conforme o esperado a partir dos valores
iniciais, e aproxima-se de uma inclinação nula à medida que
x. A curva tracejada na figura representa yp.
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Método da Variação dos
•
Parâmetros
O método da variação dos parâmetros também se entende
para uma ordem n arbitrária. Isso fornece uma solução
particular yp para a equação não-homogênea (na forma-
padrão, com y(n) como o primeiro termo) através da fórmula:
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Método da Variação dos
Parâmetros
• Exemplo: Resolva a equação não-homogênea de Euler-Cauchy
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Método da Variação dos
Parâmetros
• Etapa 2. Obtenção dos determinantes necessários, que são:
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Método da Variação dos
Parâmetros
• Etapa 3. Integração. Usando a formula do método da variação
dos parâmetros, também precisamos do lado direito r(x) de
nossa EDO na forma-padrão, que se obtém dividindo-se a
equação dada pelo coeficiente x3 de y´´´; portanto,
r(x)=(x4lnx)/x3=x ln(x). Temos os quocientes simples
W1/W=x/2, W2/W=-1, W3/W=1/(2x). Portanto,
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Aplicação: Vigas Elásticas
• Envergamento de uma Viga Elástica Submetida a uma Carga
• Consideremos uma viga V de comprimento L e com uma seção
transversal constante (p.ex. retangular), constituída de material
elástico homogênea (p.ex., aço). Supomos que, sob seu próprio
peso, a viga de deforma tão pouco que praticamente pode ser
considerada como reta. Se aplicarmos uma carga a V num plano
vertical passando por seu eixo de simetria (o eixo x), V sofre
uma curvatura. Seu eixo ficará então arqueado segundo a
chamada curva elástica C (ou curva de deflexão). De acordo
coma a teoria da elasticidade, pode-se provar que o momento
da inclinação M(x) é proporcional à curvatura k(x) de C.
Suponhamos que a curvatura seja pequena, de modo que a
deflexão y(x) e sua derivada y´(x) (que determina a direção da
tangente a C) também sejam pequenas. Então, através do
cálculo, obtemos
k=y´´(1+y´2)3/2y´´. 39
Aplicação: Vigas Elásticas
• Daí, EI é a constante de proporcionalidade. O
valor de E corresponde ao módulo de elasticidade de Young
do material constituinte da viga, e I é o momento de inércia
da seção transversal em torno do eixo Z (horizontal).
• Pela teoria da elasticidade, também é possível mostra que
M´´(x)=f(x), onde f(x) é a carga por unidade de comprimento.
Juntando essas
informações,
temos que:
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Aplicação: Vigas Elásticas
• Os tipos de apoio de maior importância prática para essas
estruturas, com suas correspondentes condições de contorno,
são os seguintes:
• (A) Simplesmente apoiada y=y´´=0 em x=0 e L
• (B) Engastada em ambas as extremidades y=y´=0 em x=0 e L
• (C) Engastada em x=0, livre em x=L
y(0)=y´(0), y´´(L)=y´´´(L)=0.
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Aplicação: Vigas Elásticas
• A condição de contorno y=0 significa que não ocorre nenhum
deslocamento nesse ponto; y´=0 significa que a tangente é
horizontal; y´´=0 quer dizer que não há momento fletor e
y´´´=0 indica que não há força de cisalhamento.
• Apliquemos isso ao caso da viga simplesmente apoiada e com
carga uniforme. A carga é f(x)=f0=const. Então, é
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Aplicação: Vigas Elásticas
• Uma vez que as condições de contorno em ambas as
extremidades são as mesmas, esperamos que a deflexão y(x)
seja simétrica em relação a L/2, ou seja, y(x)=y(L-x). Verifique
isso diretamente ou façamos x=u+L/2 e mostra que y torna-se
uma função par de u.
• b)
• Resolva os seguintes problemas de valor
inicial:
• a)
• b) 45
Fim.
Muito Obrigado.
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