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Métodos Matemáticos

Prof. Pedro Américo Jr.

Aula 04

1
EDOs Lineares de Ordem Superior
• Estenderemos os conceitos e os métodos
apresentados, passando das EDOs lineares de
ordem n=2 para os de ordem arbitrária n.
• Agora as fórmulas ficam mais complexas, a
diversidade de raízes da equação
característica torna-se muito maior com o
aumento de n e o wronskiano passa a
desempenhar um papel mais importante.

2
EDOs Lineares Homogêneas
• Uma EDO é de n-ésima ordem quando a n-ésima derivada
y(n)=dny/dxn da função desconhecida y(x) é a derivada de
maior ordem existente. Portanto, a EDO é da forma

• em que as derivadas de menor ordem e o próprio y podem ou


não aparecer na equação. Uma EDO desse tipo é chamada de
linear quando ela pode ser escrita na forma

• Os coeficientes p0,...,pn-1 e a função r no lado direito da


equação são funções quaisquer dadas de x, e y é
desconhecida. y(n) tem o coeficiente 1. É prático escrever a
equação nessa forma, chamada de forma-padrão. Se tivermos
pn(x)y(n), devemos dividir essa expressão por pn(x) para
chegamos à forma-padrão. Uma EDO de n-ésima ordem que
não pode ser escrita dessa forma é chamada de não-linear. 3
EDOs Lineares Homogêneas
• Se r(x) for identicamente nula, r(x)0 (zero para todos os
valores de x considerados, usualmente em algum intervalo
aberto I), então temos

• e é chamada de homogênea. Se r(x) não for identicamente


nula, então a EDO é chamada de não-homogênea.
• Uma solução de uma EDO (linear ou não-linear) de n-ésima
ordem num certo intervalo aberto I é uma função y=h(x) que
é definida e n vezes diferenciável em I, e é tal que a EDO
torna-se uma identidade quando substituímos a função
desconhecida y e suas respectivas derivadas por h e suas
derivadas correspondentes.

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Princípio da Superposição
• O princípio básico da superposição ou linearidade estende-se
para as EDOs lineares homogêneas de n-ésima ordem da
seguinte maneira.
• Teorema Fundamental das EDOs Lineares Homogêneas
Para uma EDO linear homogênea, as somas e as
multiplicações por constantes das soluções num intervalo
aberto I são também soluções em I. Entretanto, isso não se
verifica para as EDOs não-homogêneas ou não-lineares.
• Solução Geral, Base, Solução Particular
Uma solução geral de uma EDO linear homogênea num
intervalo aberto I é uma solução em I da forma
• (c1,...,cn arbitrários)
• onde y1,..., yn é uma base (ou um sistema fundamental) de
soluções em I; ou seja essas soluções são linearmente
independentes em I. Obtemos uma solução particular em I se
atribuirmos valores específicos às n constantes c1,...,cn.
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Independência e Dependência Linear
• Dizemos que n funções y1(x),...yn(x) são linearmente
independentes em algum intervalo I onde elas são definidas,
caso a equação em I
• implique que todos os k1,...,kn sejam iguais a zero. Essas
funções são chamadas de linearmente dependentes em I caso
essa equação também seja válida em I para determinados
valores de k1,...,kn, desde que nem todos esses valores sejam
nulos.
• Se e somente se y1,...yn são linearmente dependentes em I,
podemos expressar (pelo menos) uma dessas funções em I
como uma combinação linear das demais n-1 funções, ou
seja, expressá-la como uma soma dessas funções, cada uma
multiplicada por uma constante (nula ou não). Isso justifica o
uso da expressão linearmente dependente. Por exemplo:

6
Independência e Dependência Linear
• Dependência Linear.
Exemplo: Mostre que as funções y1=x2, y2=5x, y3=2x são
linearmente dependente num intervalo qualquer.
Solução. y2=0y1+2,5y3. Isso prova que a dependência linear se
verifica em qualquer intervalo.
• Independência Linear
Exemplo:Mostre que y1=x, y2=x2, y3=x3 são linearmente
independentes em qualquer intervalo, por exemplo, em
-1x2.
Solução. Temos que k1x+k2x2+k3x3=0. Fazendo (a) x=-1, (b)x=1
e (c)x=2, obtemos (a)–k1+k2-k3=0, (b)k1+k2+k3=0,
(c)2k1+4k2+8k3=0. Resolvendo o sistema vemos que
k1=k2=k3=0. Isso prova a independência linear.

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Exemplo: Solução Geral. Base
• Resolva a EDO de quarta ordem
• onde
• Solução. Por tentativa, substituímos y=ex, obtemos a equação
característica
• Essa equação é quadrática em =2, a saber,

• cujas raízes são =1 e 4. Logo, =-2,-1,1,2. Isso nos fornece


quatro soluções. Uma solução geral num intervalo qualquer é
então

• desde que essas quatro soluções sejam linearmente


independentes. E isso é o que de fato se verifica.
8
Problema de Valor Inicial
• Um problema de valor inicial consiste da EDO e em n
condições iniciais

• considerando-se um dado x0 no intervalo I e valores dados de


K0,...,Kn-1.
• Teorema da Existência e Unicidade para P.V.I
Se os coeficientes p0(x),...,pn-1(x) são contínuos em algum
intervalo aberto I e x0 pertence a I, então o problema de valor
inicial dado possui uma solução única y(x) em I.

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Problema de Valor Inicial para uma
Equação de Euler-Cauchy de 3ª Ordem
• Exemplo: Resolva o seguinte problema de valor inicial para um
intervalo aberto qualquer I no eixo x positivo, que contém
x=1.
• Solução. Etapa 1. Solução geral. Por tentativa, fazemos y=xm,
após o que, derivando e substituindo, temos

• Omitindo xm e ordenando os temos, chegamos a


m3-6m2+11m-6=0. As raízes são 1, 2 e 3 e obtendo assim as
soluções x, x2 e x3, que são linearmente independente em I.
Portanto, uma solução geral é
que é válida num intervalo qualquer I, mesmo quando esse
intervalo inclui x=0, onde os coeficientes da EDO divididos por
x3 (para termos a forma-padrão) não são contínuos.
10
Problema de Valor Inicial para uma
Equação de Euler-Cauchy de 3ª Ordem
• Etapa 2. Solução particular. As derivadas são
• e
• Com base nelas, em y e nas condições iniciais, podemos obter,
fazendo x=1

• Resolvendo o sistema chegamos c1=2, c2=1 e c3=-1.


• Logo a solução é

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Independência Linear de Soluções.
O Wronskiano.
• A independência linear das soluções é crucial para se obter
soluções gerais. Embora freqüentemente a independência
possa ser verificada por inspeção, seria útil termos um critério
para isso. O critério utilizado nessa expansão utiliza o
wronskiano W de n soluções y1,...,yn, que se define como o
determinante de n-ésima ordem

• Observe que W depende de x, uma vez que y1,...,yn também


dependem. Segundo esse critério, essas soluções constituem
uma base se e somente se W for diferente de zero.
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Independência Linear de Soluções.
O Wronskiano.
• Dependência e Independência Linear das Soluções
Consideremos que a EDO linear homogênea tenha
coeficientes contínuos p0(x),...pn-1(x) num intervalo aberto I.
Então, n soluções y1,...,yn em I são linearmente dependentes
em I se e somente seu wronskiano for zero para algum x=x0
em I. Além disso, se W for zero para x=x0, então W é
identicamente nulo em I. Dessa forma, se em I existir um x1,
para o qual W for diferente de zero, então y1,...,yn são
linearmente independentes em I, de modo que eles formam
uma base de soluções em I.

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Independência Linear de Soluções.
O Wronskiano.
• Exemplo: Testar se a solução é linearmente
independente:
• Solução:

• =72

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Uma Solução Geral Inclui Todas as
Soluções
• Existência de uma Solução Geral
Se os coeficientes p0(x),...,pn-1(x) de uma EDO linear
homogênea são contínuos em algum intervalo aberto I, então

• possui uma solução geral em I.


• A solução Geral Inclui Todas as Soluções
Se a EDO linear homogênea possui coeficientes p0(x),...,pn-1(x)
em algum intervalo aberto I, então toda solução y=Y(x) da
EDO em I é da forma

• onde y1,...,yn constituem uma base de solução em I e C1,...,Cn


são constantes adequadas. (Não possui soluções singulares).
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EDOs Lineares Homogêneas com
Coeficientes Constantes
• Consideraremos as EDOs lineares homogêneas de n-ésima
ordem com coeficientes constantes, que podem ser escritas
na forma

• onde y(n)=dny/dxn etc. Substituindo y=ex, obtemos a equação


característica

• Se  for uma raiz, então y=ex é uma solução. Para um valor n


geral, existirá um número maior de casos do que para n=2.

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EDOs Lineares Homogêneas com
Coeficientes Constantes
• Raízes Reais Distintas
• Se todas as n raízes 1,...,n são reais e diferentes entre si,
então as n soluções

• constituem uma base para todo x. A solução geral


correspondente é

• Com efeito, as soluções são linearmente independentes.


• Exemplo: Resolva a EDO y´´´-2y´´-y´+2y=0
• Solução. A equação característica é 3-22-+2=0. Ela possui
as raízes -1, 1, 2. A solução geral correspondente é
y=c1e-x+c2ex+c3e2x. 17
EDOs Lineares Homogêneas com
Coeficientes Constantes
• Independência Linear. Com os determinantes de n-ésima
ordem podem verificar que, tirando da matriz todas as
funções exponenciais das colunas e escrevendo seu produto
com E, então E=exp[(1+...+n)x] e o wronskiano das soluções
torna-se

18
EDOs Lineares Homogêneas com
Coeficientes Constantes
• A função exponencial E nunca é nula. Daí, W=0 se e somente
se o determinante do lado direito for igual a zero. Este é
chamado determinante de Vandermonde ou de Cauchy. Pode-
se provar que isso equivale a

• onde V é o produto de todos os fatores j-k com j<k (n); por


exemplo, quando n=3, obtemos –V=- (1-2)(1-3)(2-3). Isso
mostra que o wronskiano não é nulo se e somente se todas as
n raízes são diferentes entre si, o que nos leva ao seguinte
• Base. As soluções (com valores
quaisquer reais ou complexos para os j’s) constituem uma
base de soluções num intervalo aberto qualquer se e somente
se todas as n raízes forem diferentes entre si. 19
EDOs Lineares Homogêneas com
Coeficientes Constantes
• Independência Linear
• As soluções de

• , existentes numa quantidade qualquer e


assumindo a forma ex, são linearmente
independentes num intervalo aberto I se e
somente se os valores correspondentes de 
forem todos diferentes entre si.

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EDOs Lineares Homogêneas com
Coeficientes Constantes
• Raízes Complexas Simples
• Quando surgem raízes complexas, elas necessariamente
ocorrem em pares conjugados, visto que os coeficientes da
EDO são reais.
• Portanto, se =+i for uma raiz simples da equação
característica, então seu conjugado também será uma raiz e
duas soluções correspondentes linearmente independentes
são

21
EDOs Lineares Homogêneas com
Coeficientes Constantes
• Exemplo: Resolva o problema de valor inicial

• Solução. A equação característica é


As raízes são 1, 10i. Logo, uma solução geral da equação com
suas respectivas derivadas (obtidas por derivação)
corresponde a

• Disso e das condições iniciais, obtemos, fazendo x=0

• Resolvendo obtemos a solução: 22


EDOs Lineares Homogêneas com
Coeficientes Constantes
• Raízes Reais Múltiplas
• Se ocorrer uma raiz real dupla, digamos 1=2, então y1=y2, e
tomamos y1 e xy1 como solução correspondentes linearmente
independentes.
• De modo mais geral, se  for uma raiz real de ordem m, então
as m soluções correspondentes linearmente independentes
são

23
EDOs Lineares Homogêneas com
Coeficientes Constantes
• Exemplo: Resolva a EDO

• Solução: A equação característica

• possui as raízes

• de modo que a resposta é

24
EDOs Lineares Homogêneas com
Coeficientes Constantes
• Raízes Complexas Múltiplas
Neste caso, as soluções reais são obtidas da mesma maneira
que para as raízes complexas simples vistas anteriormente.
Conseqüentemente, se =+i for uma raiz complexa dupla,
então o conjugado =-i também o é. As soluções
linearmente independentes correspondentes são

• Como antes, as duas primeiras soluções resultam de ex e ex,


e as duas próximas soluções de xex e xex, também como
antes. Obviamente, a solução geral correspondente é então

• Para raízes complexas triplas, obteríamos mais duas outras


soluções, x2ex cos(wx) e x2ex sen(wx), e assim por diante. 25
EDOs Lineares Não-Homogêneas
• Passemos agora das EDOs lineares homogêneas para as não-
homogêneas de ordem n. Iremos para isso escrevê-las na
forma-padrão:

• Do mesmo modo que com as EDOs de segunda ordem, uma


solução geral num intervalo aberto I do eixo x é da forma

• Aqui, é uma solução geral


da EDO homogênea correspondente

• Além disso, yp é uma solução qualquer em I, não contendo


nenhuma constante arbitrária. Se a EDO possui coeficientes
contínuos e se r(x) for contínua em I, então uma solução geral
existe e inclui todas as soluções. (Sem soluções singulares). 26
EDOs Lineares Não-Homogêneas
• Um problema de valor inicial (P.V.I.) consiste
da EDO juntamente com n condições iniciais

• Com x0 em I. Segundo essas suposições de


continuidade, este problema possui uma
solução única.

27
Método dos Coeficientes a

Determinar
A equação y(x)=y (x)+y (x) mostra que, para resolvermos a
h p
EDO, temos que determinar uma solução particular. Para um
equação de coeficientes constantes

• (a0,...,an-1 constantes) e uma função r(x) especial (tipo seno,


cosseno, exponencial e etc), é possível determinar uma
função up(x) pelo método dos coeficientes a determinar, do
mesmo modo que fizemos para EDOs de segunda ordem,
utilizando as seguintes regras:
(A) Regra Básica
(B) Regra da Modificação. Se um termo de sua escolha para
yp(x) for uma solução da equação homogênea, então
multiplique yp(x) por xk, onde k é o menor inteiro positivo tal
que nenhum termo de xk yp(x) seja uma solução.
(C) Regra da Soma 28
Método dos Coeficientes a
Determinar
• Exemplo: Resolva o problema de valor inicial

• Solução. Etapa 1. A equação característica é

, que possui uma raiz tripla =-1. Daí, uma solução geral para
EDO correspondente é

29
Método dos Coeficientes a
Determinar
• Etapa 2. Se tentarmos fazer yp=Ce-x, obteremos
–C +3C-3C+C=30, que não possui solução. Tentemos Cxe-x e
Cx2e-x. A Regra da Modificação exige que

• Substituindo essas expressões e omitindo o fator comum e-x,


chegamos a

• Eliminando então os termos lineares, quadráticos e cúbicos,


temos 6C=30. Logo, C=5. Isso fornece
30
Método dos Coeficientes a
Determinar
• Etapa 3. Escrevemos agora y=yh+yp, que é a solução geral da
EDO dada. Isso nos permite obter c1 pela primeira condição
inicial. Inserimos o valor, diferenciamos e determinamos c2
pela segunda condição inicial; a seguir, inserimos o valor e
finalmente determinamos c3 a partir de y´´(0) e da terceira
condição inicial:

• Logo, a resposta ao nosso problema é

31
Método dos Coeficientes a
Determinar
• Exemplo: A curva de y começa no ponto (0,3) com uma
inclinação negativa, conforme o esperado a partir dos valores
iniciais, e aproxima-se de uma inclinação nula à medida que
x. A curva tracejada na figura representa yp.

32
Método da Variação dos

Parâmetros
O método da variação dos parâmetros também se entende
para uma ordem n arbitrária. Isso fornece uma solução
particular yp para a equação não-homogênea (na forma-
padrão, com y(n) como o primeiro termo) através da fórmula:

• Num intervalo aberto I no qual os coeficientes da EDO e r(x)


são contínuos. As funções y1,...,yn constituem uma base para a
EDO homogênea, com o wronskiano W, e Wj(j=1,...,n) sendo
obtido de W substituindo-se a j-ésima coluna de W pela
coluna [0 0 ... 0 1]T.
33
Método da Variação dos
Parâmetros
• Portanto, quando n=2, essa expressão se
torna:

34
Método da Variação dos
Parâmetros
• Exemplo: Resolva a equação não-homogênea de Euler-Cauchy

• Solução. Etapa1. Solução geral da EDO homogênea.


Substituindo y=xm e as derivadas na EDO homogênea e
excluindo o fator xm, ficamos com

• As raízes são 1,2,3 que nos dão uma base igual a

• Daí, a solução geral correspondente da EDO homogênea é

35
Método da Variação dos
Parâmetros
• Etapa 2. Obtenção dos determinantes necessários, que são:

36
Método da Variação dos
Parâmetros
• Etapa 3. Integração. Usando a formula do método da variação
dos parâmetros, também precisamos do lado direito r(x) de
nossa EDO na forma-padrão, que se obtém dividindo-se a
equação dada pelo coeficiente x3 de y´´´; portanto,
r(x)=(x4lnx)/x3=x ln(x). Temos os quocientes simples
W1/W=x/2, W2/W=-1, W3/W=1/(2x). Portanto,

• Simplificando, temos yp=(1/6)x4[ln(x-11/6)]. Logo, a resposta


é
37
Método da Variação dos
Parâmetros
• Exemplo:

38
Aplicação: Vigas Elásticas
• Envergamento de uma Viga Elástica Submetida a uma Carga
• Consideremos uma viga V de comprimento L e com uma seção
transversal constante (p.ex. retangular), constituída de material
elástico homogênea (p.ex., aço). Supomos que, sob seu próprio
peso, a viga de deforma tão pouco que praticamente pode ser
considerada como reta. Se aplicarmos uma carga a V num plano
vertical passando por seu eixo de simetria (o eixo x), V sofre
uma curvatura. Seu eixo ficará então arqueado segundo a
chamada curva elástica C (ou curva de deflexão). De acordo
coma a teoria da elasticidade, pode-se provar que o momento
da inclinação M(x) é proporcional à curvatura k(x) de C.
Suponhamos que a curvatura seja pequena, de modo que a
deflexão y(x) e sua derivada y´(x) (que determina a direção da
tangente a C) também sejam pequenas. Então, através do
cálculo, obtemos
k=y´´(1+y´2)3/2y´´. 39
Aplicação: Vigas Elásticas
• Daí, EI é a constante de proporcionalidade. O
valor de E corresponde ao módulo de elasticidade de Young
do material constituinte da viga, e I é o momento de inércia
da seção transversal em torno do eixo Z (horizontal).
• Pela teoria da elasticidade, também é possível mostra que
M´´(x)=f(x), onde f(x) é a carga por unidade de comprimento.
Juntando essas
informações,
temos que:

40
Aplicação: Vigas Elásticas
• Os tipos de apoio de maior importância prática para essas
estruturas, com suas correspondentes condições de contorno,
são os seguintes:
• (A) Simplesmente apoiada y=y´´=0 em x=0 e L
• (B) Engastada em ambas as extremidades y=y´=0 em x=0 e L
• (C) Engastada em x=0, livre em x=L
y(0)=y´(0), y´´(L)=y´´´(L)=0.

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Aplicação: Vigas Elásticas
• A condição de contorno y=0 significa que não ocorre nenhum
deslocamento nesse ponto; y´=0 significa que a tangente é
horizontal; y´´=0 quer dizer que não há momento fletor e
y´´´=0 indica que não há força de cisalhamento.
• Apliquemos isso ao caso da viga simplesmente apoiada e com
carga uniforme. A carga é f(x)=f0=const. Então, é

• Trata-se de uma equação que pode ser facilmente resolvida


através do cálculo. Duas integrações fazem-nos chegar a

• y´´(0)=0 resulta em c2=0. Então, (desde que L0)


42
Aplicação: Vigas Elásticas
• Portanto,

• Integrando essa expressão duas vezes, obtemos

• Com c4=0 de y(0). Então,

• Inserindo a expressão para k, chegamos à solução

43
Aplicação: Vigas Elásticas
• Uma vez que as condições de contorno em ambas as
extremidades são as mesmas, esperamos que a deflexão y(x)
seja simétrica em relação a L/2, ou seja, y(x)=y(L-x). Verifique
isso diretamente ou façamos x=u+L/2 e mostra que y torna-se
uma função par de u.

• Com base no que obtivemos, podemos ver que a máxima


deflexão ocorrendo no meio da viga, em u=0 (x=L/2), é igual a

• Lembre-se de que a direção positiva neste caso aponta para


baixo.
44
Exercícios:
• Resolva as seguintes EDOs:
• a)

• b)
• Resolva os seguintes problemas de valor
inicial:
• a)

• b) 45
Fim.

Muito Obrigado.

46

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